A família de asteróides Baptistina
Por Luiz Henrique
Primeiramente: o que são asteróides?
Asteróides são como montanhas que orbitam em torno do Sol, assim como a Terra. São todos menores que ela, rochosos como ela e
muitas vezes (note que Ceres é uma exceção) sem uma forma bem definida, ao contrário da Terra, que é esférica.
Kilometers = Quilômetros
O que são asteróides?
A formação dos asteróides
Os asteróides teriam nascido juntamente com o sistema solar, a partir de uma grande nuvem, chamada
genericamente de nebulosa - ≈ 5 bilhões de anos atrás.
A formação dos asteróides
Acreção de massa
Partículas pequenas se juntaram para dar origem a corpos maiores. Estes, se juntaram para originar corpos ainda maiores, e assim
sucessivamente.
A formação dos asteróides
Crescimento impedido
A presença de Júpiter teria atrapalhado o crescimento dos asteróides, devido à sua grande massa.
A formação dos asteróides
As famílias de asteróides
Famílias de asteróides são um conjunto de asteróides que têm várias características em comum. Eles possuem, por exemplo, órbitas bem
parecidas.
As famílias de asteróides
A família do asteróide 298 Baptistina
As famílias de asteróides recebem o nome do membro mais importante. No caso da família Baptistina, este é 298 Baptistina (REPRESENTADO
acima), descoberto em 1890 por Auguste Charlois.
A família do asteróide Baptistina
O ancestral do asteróide Baptistina (≈ 170 km de diâmetro) teria sido atingido por outro asteróide (≈ 60 km), há ≈ 165 milhões de anos atrás.
Formação da família Baptistina
Formação da família Baptistina: impacto
O impacto originou a família Baptistina, que incluía originalmente mais de 300 corpos maiores que 10 km e mais de 140.000 maiores que 1 km.
Formação da família Baptistina
Formação da família Baptistina: fragmentação
(1) Em seguida ao choque, os recém formados asteróides começaram a vagar pelo espaço. (2) Com o tempo, alguns deles escaparam do cinturão
de asteróides, (3) eventualmente chegando muito próximo à órbita da Terra e a de outros planetas.
Evolução da família Baptistina
Passeio pelo sistema solar interior
É provável que um grande fragmento se chocou com a Lua... - ≈ 108 milhões de anos atrás.
Evolução da família Baptistina
Choque com a Lua
(Foto da cratera Tycho (lado visível, 43˚S, 11˚W): o umbigo da Lua.)
Evolução da família Baptistina
Formação de cratera lunar
e é ainda mais provável que outro tenha se chocado com a Terra, gerando a cratera Chicxulub - ≈ 65 milhões de anos atrás.
Evolução da família Baptistina
Choque com a Terra
Formação de cratera na Terra
Mapa gravimétrico (que mostra elevações e vales) da cratera de Chicxulub, México, à esq., e Hiroshima, à dir. - idade da cratera: ≈ 65
milhões de anos.
Evolução da família Baptistina
(Como chegamos a estas conclusões?: coleta de dados)
Os telescópios são instrumentos essências na coleta de dados astronômicos.
Como chegamos a estas conclusões?
(Como chegamos a estas conclusões?: leis físicas)
As leis físicas nos dizem como age a natureza: a partir de dados, "podemos conhecer o passado".
Como chegamos a estas conclusões?
(Como chegamos a estas conclusões?: simulações por computadores)
Com computadores, através de simulações, podemos
formular e avaliar teorias, a partir de dados e de leis físicas.
Como chegamos a estas conclusões?
Consequência do choque com a Terra: extinção dos dinossauros
Escavações comprovam que um processo repentino extinguiu grande parte da vida na Terra - ≈ 65 milhões de anos atrás.
O choque com a Terra
Evidência geológica de um impacto
No mundo todo, encontra-se uma faixa subterrânea de irídio, elemento abundante em asteróides, mas escasso na Terra.
O choque com a Terra
Outras consequências da formação da família Baptistina
20% dos asteróides que cruzam atualmente a órbita da Terra seriam pertencentes à família Baptistina. A órbita da Terra está mostrada em vermelho; em azul, temos as órbitas de outros planetas e, em laranja,
a de alguns asteróides.
Outras consequências...
Outras consequências da formação da família Baptistina
A extinção dos grandes répteis favoreceu o domínio atual dos mamíferos. Entre eles, encontram-se nós, humanos.
Outras consequências...
O asteróide BaptistinaO asteróide Baptistina
Por Luiz Henrique Vale SilvaPor Luiz Henrique Vale SilvaMonitor do CDA e aluno do curso de Monitor do CDA e aluno do curso de bacharelado em Física do IFSC - USPbacharelado em Física do IFSC - USP
São Carlos, outubro de 2007São Carlos, outubro de 2007
e-mail: [email protected]