A ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA AS AULAS DE
GEOGRAFIA: A EXPERIÊNCIA VIVIDA NA ESCOLA ESTADUAL CÔNEGO
ÂNGELO EM ITUIUTABA-MG
Taison Luiz de Paula Braghiroli
Elaine Aparecida Ramos
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência vivida na Escola
Estadual Cônego Ângelo na cidade de Ituiutaba-MG durante o período de Estágio
Supervisionado do curso de licenciatura em Geografia da Universidade Federal de Uberlândia -
campus Pontal, em 2013. O estágio contou com a caracterização da instituição e a aplicação de
um projeto de intervenção sobre a divisão político-administrativa do Brasil, mostrando suas
cinco grandes regiões e seus respectivos estados. Para a execução da atividade foram elaborados
materiais didáticos com a finalidade de facilitar o aprendizado dos alunos. A atividade consistiu,
primeiramente, com uma apresentação teórica sobre as regiões brasileiras em sala de aula,
depois os alunos serão levados para fora da sala, onde foi feita uma atividade de quebra-cabeça
confeccionado pelo estagiário. Posteriormente os alunos realizaram outra atividade, denominada
“mata barata”, adaptada ao tema da atividade para uma melhor compreensão dos estados
brasileiros e suas respectivas siglas e para finalizar, foi aplicado a dinâmica da teia com o intuito
de conferir o nível de aceitação do projeto.
Palavras-chave: estágio supervisionado; material didático; formação docente.
INTRODUÇÃO
O Estágio Supervisionado é uma atividade curricular obrigatória nos cursos de
Licenciatura, constituindo-se de atividades de aprendizagem social, profissional e
cultural proporcionadas ao estudante pela participação em situações reais de vida e de
trabalho escolar e tem como finalidade inserir o estagiário na realidade viva do mercado
de trabalho. As aulas teóricas de Estágio na faculdade têm como objetivo geral
desenvolver estratégias que possibilitem os alunos compreenderem a relação
teoria/prática existente no espaço geográfico, considerando o método geográfico
(Observação, descrição, extensão, explicação, analogia, síntese e representação) na
análise dos problemas socioambientais em diferentes escalas, com vistas a proporcionar
a formação de um profissional reflexivo e autônomo
Essa disciplina apresenta como objetivos específicos, segundo o plano de curso
da mesma na Universidade Federal de Uberlândia - campus Pontal, conhecer as
principais diretrizes teórico-metodológicas e conteúdos programáticos que norteiam o
ensino-aprendizagem de Geografia na Educação Básica; analisar as principais diretrizes
teórico-metodológicas e conteúdos programáticos que norteiam o ensino-aprendizagem
de Geografia nos Anos Iniciais (1ª a 4ª) e nos Anos Finais do Ensino Fundamental, bem
como o cotidiano escolar nesses Anos; diagnosticar a realidade escolar nos Anos
Iniciais (1ª a 4ª) e nos Anos Finais (5º a 8ª) do Ensino Fundamental da Educação
Infantil e sua importância para a construção da cidadania.
O objetivo desse trabalho é relatar a experiência vivida em uma escola estadual
durante o período de Estágio Supervisionado apresentando os materiais didáticos
elaborados para execução da aula. O Estágio foi desenvolvido na Escola Estadual
Cônego Ângelo na cidade de Ituiutaba-MG. No campo de estágio as atividades
específicas que foram desenvolvidas se destacam no contexto de análise do Projeto
Político Pedagógico da escola campo, apresentando dados da infraestrutura da
instituição e da comunidade escolar.
Uma outra ação específica desenvolvida foi a elaboração um Projeto de
Intervenção de acordo com a sugestão do professor responsável. O tema proposto foi as
regiões e estados brasileiros.
Conhecendo a escola e sua infraestrutura
Em 28 de novembro de 1964, foi oficialmente inaugurada a Escola Estadual
Cônego Ângelo de 1º grau em Ituiutaba, criada pelo Decreto Lei nº7215 de 10/10/63 e
com funcionamento autorizado pelo Senhor Governador do Estado de Minas Gerais, Dr.
José de Magalhães Pinto.
Em virtude da necessidade de sede própria e número suficiente de alunos, o
estabelecimento passou a funcionar em quatro setores distintos sendo que o gabinete e 4
(quatro) salas funcionavam no setor denominado Pedreira, em prédio metálico (pré-
fabricado), outro na Rua 34 entre Avenidas 23 e 25 onde funcionava o Centro
Educacional Brincando e Aprendendo. Os outros dois setores ficavam assim
distribuídos: um no setor Vila Platina, na Avenida 17 onde funcionava a Escola
Estadual Coronel Tônico Franco de 1º grau e o outro na Vila Natal, rua 8 entre as
Avenidas 33 e 39, onde hoje é a sede da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, onde a
escola passou a funcionar integralmente em 1967 (Figura 1).
Figura 1: Localização da Escola Estadual Cônego Ângelo
Fonte: Wikimapia (2013)
Org.: BRAGHIROLI, T. L. P. (2013)
O funcionamento da E. E. Cônego Ângelo de 1º grau em um único local forçou
uma adaptação do prédio que era antes uma capela, dividido por biombos de madeiras.
Com o auxílio de instituições religiosas e campanhas realizadas pelas professoras foram
construídas mais duas salas de aula, quatro sanitários e um bebedouro.
Uma pequena casa residencial anexa foi adaptada para funcionamento do
gabinete, cantina e uma sala de aula. Em virtude do constante crescimento da população
escolar neste setor, em 1974 as instalações de um consultório dentário anexo foram
adaptadas dando origem a mais uma sala de aula.
Posteriormente, a E. E. Cônego Ângelo de 1º grau foi novamente ampliada
passando a contar com 11 (onze) salas de aula, sala do diretor, uma salinha de material,
cantina, cinco sanitários, uma área livre de mais ou menos 316 m² cercada de muro pré-
fabricado, que era o pátio do recreio.
Em 1982, foi construído o prédio pelo governador Dr. Francelino Pereira,
autorizada a mudança para instalações próprias em 18 de agosto de 1982, conforme
ofício nº 1.781/82 da 26º S. R. E., situada à Avenida 33 com as ruas 2 e 4 nº 1.735,
Ituiutaba
Bairro Natal. Em 1985, de acordo com a Resolução 5.279/85, foi autorizada extensão de
séries, sendo a 5ª série, a partir de 1985, 6ª série a partir de 1986, 7ª série e 8ª série a
partir de 1988.
A manutenção do prédio foi feita com ajuda da comunidade, prefeitura e
verbas estaduais, construindo-se uma quadra poliesportiva sem cobertura, um muro em
volta da escola, uma quadra de areia, foi feito também um trabalho constante na
capacitação dos professores, participação efetiva em eventos sociais da comunidade,
incentivo por movimentos de funcionários estaduais à eleição de diretores, etc. Tudo
isso levou ao crescimento da democracia escolar.
A implantação do gerenciamento de qualidade total e a inclusão nas escolas se
fez presente e elevou o espírito de força e prazer pelo trabalho na educação, não
deixando de lembrar que a E. E. Cônego Ângelo de 1º grau participa de todas as
capacitações, reuniões, seminários que a Superintendência Regional de Ensino
promove. No ano de 1996, a escola conseguiu a aprovação do projeto de suplência
sendo substituído em 1998, pelo projeto "Acertando o Passo", das 4 últimas séries do
Ensino Fundamental.
O tempo escolar no ensino fundamental é organizado em ciclos. A partir de
2004, de acordo com a Resolução 469/2003 implementou-se o Ensino Fundamental de
09 (nove) anos, sendo dividido em: Ciclos e Anos. Atualmente o Ensino Fundamental
de 09 (nove) anos se divide em: Ciclo da Alfabetização que compreende do 1º ao 3º
ano; Ciclo Complementar que compreende o 4º e o 5º ano; e os Anos finais, que
compreende do 6º ao 9º anos.
Em 2006, a escola conseguiu reabrir o período noturno de aulas, atendendo
alunos da E. J. A. - Educação de Jovens e Adultos, 6º ao 9º ano. No ano de 2007,
firmou-se uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação cedendo uma sala para
a EJA (1º ao 5º ano) e uma sala do Brasil Alfabetizado mas que, por falta de espaço, em
2008 estas parcerias não foram possíveis continuar.
A partir de 2009 de acordo com a Resolução 1033 de 17 de janeiro de 2008,
implantou-se o PAV - Projeto de Aceleração da Aprendizagem "Acelerar para Vencer",
visando atender aos alunos com distorção idade/ano de escolaridade, sendo constituído
pela Aceleração I - para alunos dos anos iniciais e Aceleração II - para os alunos dos
anos finais. No ano de 2012 foram desenvolvidos vários projetos da Secretaria Estadual
de Educação, tais como: Projeto Incluir, Aluno de Tempo Integral, Peas, Escola Viva
Comunidade Ativa, Abrindo Espaços.
A Escola Estadual Cônego Ângelo (Figura 2) conta com 09 (nove) salas de
aula, um laboratório de informática, uma sala de recursos que atende os alunos com
algum tipo de deficiência e os alunos de outras escolas do município, equipada para
atender as várias deficiências, principalmente as deficiências visual, mental e auditiva.
Conta-se também com um professor de apoio para atender o aluno com deficiência
física e três professores intérprete de Libras. A estrutura física da escola também
contempla uma Quadra Poliesportiva coberta, uma quadra não coberta, uma cantina.
Está em construção uma nova sala para os alunos de tempo integral, visto que o espaço
físico da escola não era suficiente para a adequação de todos os alunos.
Figura 2: Escola Estadual Cônego Ângelo
Fonte: BRAGHIROLI, T. L. P. (2013)
Em 2013, a escola ofereceu matrícula para 1º ao 9º ano do ensino fundamental,
PAV, EJA, PROETI e Mais Educação. A partir de então, o ensino fundamental, com
duração de 09 (nove) anos, estrutura-se em 4 (quatro) ciclos de escolaridade,
considerados como blocos pedagógicos sequenciais, sendo: Ciclo da Alfabetização, com
duração de 3 (três) anos de escolaridade, 1º, 2º e 3º ano; Ciclo Complementar, com
duração de 2 (dois) anos de escolaridade, 4º e 5º ano; Ciclo Intermediário, com duração
de 2 (dois) anos de escolaridade, 6º e 7º ano; Ciclo de Consolidação, com duração de 2
(dois) anos de escolaridade, 8º e 9º ano.
Além de todos estes projetos a escola está desenvolvendo anualmente o PIP -
Programa de Intervenção Pedagógica, com o objetivo de garantir que todos os alunos
estejam lendo e escrevendo até os 8 (oito) anos de idade. A área interna da escola pode
ser observada na figura 3, que mostra o espaço do pátio, localização das salas de aula,
bebedouro, entre outros elementos.
Figura 3: Espaço interno da E. E. Cônego Ângelo
Fonte: BRAGHIROLI, T. L. P. (2013)
Vale salientar que a escola estava em obras visto que estava sendo construída
uma sala para os alunos que ficam em tempo integral. Isso se deu porque não havia
espaço para que esses alunos, que estudam no período da manhã, ficassem no período
da tarde. A figura 4 mostra as obras de construção da sala para os alunos de tempo
integral.
Figura 4: Construção da sala de período integral.
Fonte: BRAGHIROLI, T. L. P. (2013)
A Escola Estadual Cônego Ângelo atende, no período da tarde, do 1º ao 7º ano
do ensino fundamental, contando com uma professora em cada sala e também com um
professor de apoio para atender o aluno com deficiência física, além disso a escola conta
com o apoio de três professores intérpretes de Libras. De acordo com os dados da
escola, os alunos apresentam as seguintes médias de idade para cada ano de
escolaridade:
Gráfico 1: Média de idade dos alunos.
Org.: BRAGHIROLI. T. L. P.
Com relação ao número de alunos por sala, os dados da escola são os seguintes:
Gráfico 2: Número de alunos por sala.
Org.: BRAGHIROLI, T. L. P. (2013)
Nota-se que a variação do número de alunos por sala varia de 15 a 26 alunos
dependendo do ano. O 4° ano foi dividido em dois devido a grande quantidade de
alunos. O gráfico da idade em relação ao ano de escolaridade mostra que a maioria, ou
todos os alunos se encontram nos anos corretos, partindo de que um aluno deva
ingressar no ensino fundamental com 6 anos de idade. É importante salientar que todos
os dados apresentados referentes a escola e a comunidade escolar são resultados da
análise do Projeto Político Pedagógico da mesma.
Aplicação e resultados do Projeto de Intervenção
O projeto de intervenção, como já mencionado, foi elaborado para a disciplina
de Estágio Supervisionado I do curso de Geografia da Faculdade de Ciências Integradas
do Pontal da Universidade Federal de Uberlândia. Esse projeto tinha como objetivo
geral fazer com que os alunos conseguissem identificar e compreender as cinco regiões
brasileiras no que tange as suas variadas características físicas e socioeconômicas. Para
a elaboração do Projeto de Intervenção foram utilizados autores como Barreiro (2006),
Batista Neto e Santiago, (2006), Cavalcanti (2006), Fazenda (2006), Passini (2007) E
Vasconcelos (2008).
A sequência didática se iniciou com uma parte teórica com relação as regiões
brasileiras (Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste e Sul), onde os alunos puderam
expor suas experiências, suas viagens, as diferenças que conseguiram encontrar nas
regiões visitadas e essa conversar foi bastante interessante visto que nessa escola há
grande número de migrantes nordestinos.
Após essa parte teórica em sala de aula, os alunos foram levados para fora da
sala de aula, onde puderam mostrar seus conhecimentos sobre o tema de uma forma
mais dinâmica e divertida pois foram aplicadas três atividades para fixação do conteúdo.
A primeira diz respeito a um jogo de quebra-cabeça das regiões e dos estados
pertencentes a cada região, logo após foi aplicado mais um jogo que tinha como foco os
estados brasileiros, suas siglas e especificidades e para finalizar, foi aplicada uma
dinâmica para que os alunos falassem sobre o que conseguiram sintetizar do conteúdo
que foi passado e sobre a atividade realizada.
Para a execução da atividade foram necessários quadro e giz juntamente com o
livro didático para uma apresentação geral do tema. Foi utilizado também figuras do
território brasileiro dividido nas suas regiões, o jogo “mata barata” adaptado com as
sigla e nome dos estados brasileiros além de outros materiais secundários que serviram
de auxílio no desenvolver da atividade, como barbante e fita adesiva.
A partir da preparação que foi feita tanto pelos alunos como pela professora e o
estagiário para a execução do projeto do intervenção, não houve nenhum incidente que
pudesse comprometer a execução desse projeto. Inicialmente, a professora junto com o
estagiário separaram pelo pátio da escola três contornos do mapa do Brasil na cor preta
(Figura 5) e do lado foi anexado um mapa em preto e branco com as regiões e os
estados presentes no território nacional.
Figura 5 : Contorno do mapa do Brasil (base para o quebra-cabeça)
Fonte: BRAGHIROLI, T. L. P. (2013)
Em outras partes da escola foram "escondidas" as peças que montavam,
primeiramente as regiões e posteriormente os estados de cada região. Vale salientar que
as regiões eram em papéis de cores diferentes e os estados também, sendo que todos os
estados de uma mesma região permaneciam de uma mesma cor conforme pode ser
observado na figura 6.
Figura 6: Partes do quebra-cabeça (regiões e estados brasileiros).
Fonte: BRAGHIROLI, T. L. P. (2013)
O conjunto de alunos foi dividido em três grupos e cada grupo ficava em seus
respectivos mapas, sendo que dois alunos ficavam para montar o quebra-cabeça e os
outros iam procurar as peças necessárias para a montagem do mesmo. Iniciou-se com a
montagem das regiões, e o grupo que conseguisse montar as regiões primeiro ganhavam
100 (cem) pontos (Figura 7).
Figura 7: Os alunos montando o quebra-cabeça das regiões brasileiras.
Fonte: BRAGHIROLI, T. L. P. (2013)
Após a montagem das regiões brasileiras, os alunos buscaram em partes da
escola as peças necessárias para a montagem dos estados em cima das regiões, tendo
como base o mapa fixado ao lado do quebra-cabeça, conforme figura 8.
Figura 8: Montagem dos estados brasileiros.
Fonte: BRAGHIROLI, T. L. P. (2013)
Após a montagem do mapa completo, com as regiões e os estados de cada
região, foi retirado todas as peças do quebra-cabeça juntamente com a base e o mapa de
apoio do pátio da escola, para que se pudesse preparar a próxima atividade prevista para
esse dia de execução do projeto. Depois do pátio limpo (sem as peças da atividade
anterior), foram colocadas as peças do jogo "mata barata" adaptadas para o tema da
oficina, onde em cada barata foi colocado a sigla dos estados brasileiros, conforme a
figura 9, e em um potinho foi colocado o nome de todos os estados para que fosse feito
um sorteio.
Figura 9: Jogo do "mata barata".
Fonte: BRAGHIROLI, T. L. P. (2013)
Após todas as baratas espalhadas pelo pátio da escola, os alunos de cada grupo
fizeram uma fila para que tivesse uma ordem de jogadores. Os primeiros jogadores
pegaram os chinelos que fazem parte do jogo e ficaram atrás de uma linha demarcada
no chão, quando o nome do estado era sorteado, eles deveriam correr até encontrar a
barata com a sigla do estado. Quem encontrasse e batesse primeiro com o chinelo,
ganhava o ponto para sua equipe. Na figura 10, pode-se observar a execução dessa
atividade referente aos estados pertencentes ao Brasil, tal qual seus siglas, que são
importantes na análise de mapas e textos.
Figura 10: Aplicação da atividade "mata barata".
Fonte: BRAGHIROLI, T. L. P. (2013)
Com o final da atividade do "mata barata", foi feita uma última atividade onde
os alunos puderam expor sua opinião com relação às atividades desenvolvidas durante o
dia. Para isso foi feito a dinâmica da teia, onde um rolo de barbante foi sendo passado
de mão em mão entre os alunos e cada um pode colocar os pontos positivos e negativos
que encontram durante a realização do projeto. A atividade da teia foi de essencial
importância para uma avaliação tanto dos alunos, para saber se eles conseguiram fixar o
conteúdo, como das atividades executadas, se atingiram o objetivo proposto. Na
imagem 11 é possível observar a realização dessa dinâmica.
Figura 11: Dinâmica da teia.
Fonte: BRAGHIROLI, T. L. P. (2013)
Com as atividades realizadas, pode-se perceber que os objetivos propostos
foram alcançados com êxito visto que além dos alunos se divertirem, conseguiram
aprender mais sobre as divisões do Brasil, tanto em regiões como também em estados e
as diferenças entre eles relacionado a questão física (clima, relevo, vegetação) e a
questão humana (política, economia, cultura).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Estágio Supervisionado é uma disciplina essencial para os graduandos que
optarem pela licenciatura, pois é a partir dele que se aprende a observar a dinâmica da
escola, as diferenças existentes entre escolas e compreender que o ensino deve estar
inserido na realidade do aluno para que processo de ensino aprendizagem seja mais
eficiente. O Estágio Supervisionado também permite ao estudante perceber que a escola
é algo dinâmico, existindo uma hierarquia a ser seguida além de regras a serem
cumpridas com relação aos conteúdos a serem ministrados. Foi possível perceber
também que a disciplina de geografia não é considerada com tanto importância como as
disciplinas de português e matemática, por exemplo.
A partir da atividade aplicada, os resultados obtidos foram positivos pois os
alunos puderam compreender o conteúdo, alcançando o objetivo proposto. A elaboração
dos materiais didáticos e utilização desses em sala de aula rendeu conhecimentos
importantes na atuação como professor e mostrou que é possível transmitir o conteúdo
com aulas mais dinâmicas e divertidas e não, somente, do modo tradicional com lousa,
giz e livro didático, ou seja, esses equipamentos servem como auxílio para uma boa
aula.
REFERÊNCIAS
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professores. São Paulo: Avercamp, 2006.
BATISTA NETO, J.; SANTIAGO, E. Formação de professores e prática
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CAVALCANTI, L. S. Geografia, escola e construção do conhecimento. Campinas:
Papirus, 2006.
FAZENDA, I. Metodologia da pesquisa educacional. São Paulo: Cortez, 2006.
PASSINI, E. Y. et. all. Prática de Ensino de Geografia e estágio supervisionado. São
Paulo: Contexto, 2007.
VASCONCELOS, C. Para onde vai o professor? Resgate do professor como sujeito
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