1 ÓLEOS DE LUBRIFICAÇÃO PARA COMPRESSORES DEPARAFUSO
1.1 Listas de selecção do óleo
Para os compressores de parafuso Grasso são permitidos os óleos indicados nas tabelas. A selecção dos óleosdepende das suas propriedades químicas, dos agentes a comprimir, das condições de operação da respectivainstalação e da viscosidade necessária do óleo no arranque e no funcionamento. Efectuando-se um pedido aofabricante do compressor podem também utilizar-se outros óleos além dos indicados na tabela. Pode consultar--se outros dados relativos aos óleos listados nas fichas de dados técnicos e diagramas do fabricante do óleo.Para o compressor de agentes refrigerantes devem ser utilizados óleos especiais para máquinas de frio. Aselecção é feita de acordo com o agente refrigerante, a viscosidade (no mínimo, 7 cSt com temperatura de óleoantes da entrada do compressor), a temperatura de evaporação (pourpoint) e o requisito do comportamento deseparação do óleo (ponto de inflamação, pressão de óleo).Base dos óleos de lubrificação e as abreviaturas utilizadas:
M Óleo mineral
M* Óleo mineral com tratamento especial (hydrocracked oil)
AB Alquilbenzeno
PAO Polialfaolefina
E Polioéster
PAG Polialquilglicol
«X»--«Y» Óleo de mistura de óleos base anteriores
Tabela 1: Óleos de lubrificação para R717 (amoníaco)(recomendado quando as taxas baixas de transporte de óleo do separador de óleo forem importantes)
Fabricante Tipo deóleo Base
Viscosi-dade a
40°C emcSt
Ponto deinflamação
em °C
Pourpointem °C
Observa-ções
NSFQualidade 1)
CPI
CPI1009-68 M* 68 226 -40
Hydrotrea-ted
H2
CPI1008-68 M* 64,9 240 -39 H2
KlüberLubrication
KlüberSummitRHT 68
M* 68 240 -39 H2
Informação Técnicas | Tipo C ... XFGrasso Compressor helicoidal
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Tabela 1: Óleos de lubrificação para R717 (amoníaco)(recomendado quando as taxas baixas de transporte de óleo do separador de óleo forem importantes)
Fabricante Tipo deóleo Base
Viscosi-dade a
40°C emcSt
Ponto deinflamação
em °C
Pourpointem °C
Observa-ções
NSFQualidade 1)
KlüberSummit R100
PAO
32 > 230 -60
H1
KlüberSummit R200
68 > 230 -45 H1
ShellShell Refri-geration OilS2 FR-A68
M* 68 232 -39
Hydrotrea-ted
PetroCanada Reflo 68A M* 58 236 -42 H2
TEXACO CapellaPremium M*-PAO 67 262 -42
ParamoMogulKomprimoONC 68
M* 68 230 -33
TOTALLunariaNH 68
M* 68 230 -36
FuchsRenisoUltracool 68
M-PAO 62 250 -48 H2
NXTNext Lubri-
cantsNXT-717 M* 60,6 249 -56
1) Área de aplicação na indústria alimentar segundo a NSF (National Sanitation Foundation, www.nsf.org)
– H1: Adequado a aplicações, nas quais há a possibilidade de o óleo de lubrificação poder entrar directa-mente em contacto com os alimentos.
– H2: Adequado a aplicações, nas quais não há a possibilidade de o óleo de lubrificação entrar directamenteem contacto com os alimentos.
Informação Técnicas | Tipo C ... XFGrasso Compressor helicoidal
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Tabela 2: Óleos de lubrificação para DX-Chiller com R717 (amoníaco)
Fabricante Tipo deóleo Base
Viscosi-dade a
40°C emcSt
Ponto deinflamação
em °C
Pourpointem °C
Observa-ções
NSFQualidade 1)
CPI CPI412-100 PAG 98 226 -40
FuchsRenisoPG 68
PAG 62 230 -35
Mobil Zerice S32 AB 32 154 -33Contactar
o fabricante
1) Área de aplicação na indústria alimentar segundo a NSF (National Sanitation Foundation, www.nsf.org)
– H1: Adequado a aplicações, nas quais há a possibilidade de o óleo de lubrificação poder entrar directa-mente em contacto com os alimentos.
– H2: Adequado a aplicações, nas quais não há a possibilidade de o óleo de lubrificação entrar directamenteem contacto com os alimentos.
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Tabela 3: Óleos de lubrificação para R717 (amoníaco) e R22
Fabricante Tipo deóleo Base
Viscosi-dade a
40°C emcSt
Ponto deinflamação
em °C
Pourpointem °C
Observa-ções
NSFQualidade 1)
Castrol
Aircol 299 M 56 180 -34 apenaspara R22
AircolAMX 68
M 28 260 -30 apenaspara R717
Aircol 2294 PAO 69 233 -60 apenaspara R717
CPICPI4600-46F
PAO 46 268 -51 apenaspara R717 H1
MOBIL
Zerice S32 AB 32 154 -33
Zerice S68 AB 68 174 -27
GargoyleArctic SHC226E
PAO 68 266 -45 apenaspara R717 H1
GargoyleArcticSHC NH 68
AB-PAO 64 211 -54
GargoyleArctic 300
M 68 200 -42
GargoyleArctic CHeavy
M 46 195 -42
Fuchs
RenisoS68
AB 68 190 -33
RenisoSynth 68
PAO 68 260 -57 apenaspara R717 H1
RenisoKS 46
M 46 195 -42
Informação Técnicas | Tipo C ... XFGrasso Compressor helicoidal
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Tabela 3: Óleos de lubrificação para R717 (amoníaco) e R22
Fabricante Tipo deóleo Base
Viscosi-dade a
40°C emcSt
Ponto deinflamação
em °C
Pourpointem °C
Observa-ções
NSFQualidade 1)
RenisoKC 68
M 68 200 -39 H2
Shell
Shell Refri-geration OilS4 FR-V 46
AB 46 180 -42
Shell Refri-geration OilS4 FR-V 68
AB 68 190 -39
TOTAL
LunariaNH 46
M 46 226 -36 apenaspara R717
LunariaSH 46
PAO 44 252 -51 apenaspara R717 H1
LunariaFR 68
M 68 175 -34 apenaspara R22
PetroCanada
RefloSynthetic68A
AB-PAO 62 245 -54 apenaspara R717
1) Área de aplicação na indústria alimentar segundo a NSF (National Sanitation Foundation, www.nsf.org)
– H1: Adequado a aplicações, nas quais há a possibilidade de o óleo de lubrificação poder entrar directa-mente em contacto com os alimentos.
– H2: Adequado a aplicações, nas quais não há a possibilidade de o óleo de lubrificação entrar directamenteem contacto com os alimentos.
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Tabela 4: Óleos de lubrificação para R134a; R404A; R407C; R410A; R507
Fabricante Tipo deóleo Base
Viscosi-dade a
40°C emcSt
Ponto deinflamação
em °C
Pourpointem °C
Observa-ções
NSFQualidade 1)
Castrol
Aircol SW68
E
68 245 -39
Aircol SW220 220 250 -27
CPI
Solest 68
E
64 266 -43
Solest 120 125 262 -27
Solest 220 216 271 -27
Fuchs
RenisoTritonSE 55
E
53 270 -51 H2
RenisoTritonSEZ 80
80 275 -39
RenisoTritonSEZ 100
91 288 -39
RenisoTritonSE 170
170 260 -24
RenisoPAG 220
PAG 220 240 -38 apenaspara R134a
Shell
Shell Refri-geration OilS4 FR-F 68
E
66 230 -42
Shell Refri-geration OilS4 FR-F100
94 230 -42
MOBILEALArctic 68 E 68 230 -36
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Tabela 4: Óleos de lubrificação para R134a; R404A; R407C; R410A; R507
Fabricante Tipo deóleo Base
Viscosi-dade a
40°C emcSt
Ponto deinflamação
em °C
Pourpointem °C
Observa-ções
NSFQualidade 1)
EALArctic 100
105 250 -30
TOTAL
PlanetelfACD 100FY
E
100 270 -30
PlanetelfACD 150FY
150 272 -36
1) Área de aplicação na indústria alimentar segundo a NSF (National Sanitation Foundation, www.nsf.org)
– H1: Adequado a aplicações, nas quais há a possibilidade de o óleo de lubrificação poder entrar directa-mente em contacto com os alimentos.
– H2: Adequado a aplicações, nas quais não há a possibilidade de o óleo de lubrificação entrar directamenteem contacto com os alimentos.
Indicação!
Aquando da utilização de óleos altamente viscosos com alta solubilidade em agentes refrige-rantes, deve garantir-se uma mistura suficiente de agente refrigerante e óleo no primeiroabastecimento da instalação antes da colocação em funcionamento da unidade do compres-sor de parafuso.
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Tabela 5: Óleos de lubrificação para gás natural e ligações de hidrocarboneto
Fabri-cante
Tipo deóleo Base
Viscosi-dade
a 40°Cem cSt
Ponto deinflama-
çãoem °C
Pour-pointem °C
ObservaçõesNSF
Quali-dade 1)
Castrol PD 68 M 68 234 -21 com compressão de gásnatural
CPI
CPI1515-68
PAG
65 224 Para hidrocarbonetospesados onde pode ocor-rer uma forte diluição oucondensação
CPI1515-100 103 260
CPI1516-68 62 229
Para instalações de refri-geração de propano ou dehidrocarbonetos leves, nasquais não existe o perigode uma diluição ou con-densação mais fortes.
CPI1516-100 92 260
CPI1516-150 153 260 -34
CPI4600-68
PAO
60 271 Em caso de aplicação detemperaturas altas e paracompressores booster emturbinas a gás
H2
CPI4600-100 106 271 H2
CPI9001-68
M
69 241 Para compressores boos-ter em turbinas a gás
CPI9001-100 108 260 H2
CPI1507-68
PAG
62 231 Para hidrocarbonetospesados, em aplicaçõesde refrigeração de hidro-carbonetos na área de altapressão/temperatura baixa
CPI1507-100 89 260
MOBIL
Glygoyle11
PAG
85 226 -45Para gás natural e pro-pano
Glygoyle22 177 229 -41
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Tabela 5: Óleos de lubrificação para gás natural e ligações de hidrocarboneto
Fabri-cante
Tipo deóleo Base
Viscosi-dade
a 40°Cem cSt
Ponto deinflama-
çãoem °C
Pour-pointem °C
ObservaçõesNSF
Quali-dade 1)
Shell
CorenaS3 R68
M 68 240 Para gás natural
Shell GasCompres-sor OilS4 PV 190
PAG 190 262 -30 Para gás natural e pro-pano
TOTALDACNIS
LPG 150 2)PAG 142 280 -48 Para gás natura, propano
e hidrocarbonetos leves
KlüberLubrica-
tion
SummitNGSH-100
PAO-E 140 250 -46
Para gás natural, com-pressores booster em tur-binas a gás e hidrocarbo-netos
1) Área de aplicação na indústria alimentar segundo a NSF (National Sanitation Foundation, www.nsf.org)
– H1: Adequado a aplicações, nas quais há a possibilidade de o óleo de lubrificação poder entrar directa-mente em contacto com os alimentos.
– H2: Adequado a aplicações, nas quais não há a possibilidade de o óleo de lubrificação entrar directamenteem contacto com os alimentos.
2) O nome do produto mudou de «TOTAL Primera LPG 150» para «TOTAL DACNIS LPG 150».
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Tabela 6: Óleos de lubrificação para aplicação de CO2
Fabricante Tipo deóleo Base
Viscosi-dade a
40°C emcSt
Ponto deinflamação
em °C
Pourpointem °C
Observa-ções
NSF quali-dade 1)
CPI
CPI4624-46F
PAO
46 H1
CPI4624-68F
68 H1
Fuchs
RenisoC 85 E
E* 278 -42 totalmentemiscível H2
RenisoC 130 E
E* 136 -27
RenisoC 170 E
E* 170 -30
Respeitar alacuna demiscibili-dade
* A respeitar aquando da utilização de óleos ésteres: t Entrada de óleo ≤ t End - 4K1) Área de aplicação na indústria alimentar segundo a NSF (National Sanitation Foundation, www.nsf.org)
– H1: Adequado a aplicações, nas quais há a possibilidade de o óleo de lubrificação poder entrar directa-mente em contacto com os alimentos.
– H2: Adequado a aplicações, nas quais não há a possibilidade de o óleo de lubrificação entrar directamenteem contacto com os alimentos.
Indicação!
Aquando da utilização de óleos altamente viscosos com alta solubilidade em agentes refrige-rantes, deve garantir-se uma mistura suficiente de agente refrigerante e óleo no primeiroabastecimento da instalação antes da colocação em funcionamento da unidade do compres-sor de parafuso.
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Tabela 7: Utilização de elastómeros de o-rings no compressor de parafuso dependendo do agenterefrigerante e do óleo de lubrificação:
Agente refrigerante
Óleo
M M*M*-
PAOAB E PAO
AB-PAO
PAG
R717 (amoníaco) CR/HNBR
CR/HNBR
CR/HNBR CR - HNBR CR
CR/HNBR
R22 CR - - CR CR - CR -
R134a, R404A, R407C, R410A,R507, R23 - - - - HNBR - - -
R290 (Propano), R1270 (Propileno) - - - - - HNBR - HNBR
R744 (CO2) - - - - CR HNBR - CR
Legenda para as abreviaturas utilizadas dos elastómeros:CR Cloropreno (borracha de neopreno)HNBR Borracha de butadieno de nitrilo hidrogenado
Indicação!
No caso do gás natural e de ligações de hidrocarboneto como meio de compressão (tabela 5;página 8), deve perguntar-se ao fabricante sobre os elastómeros de o-rings consoante o casode aplicação.
Indicação!
• O pourpoint descreve a fluidez a frio de um óleo e é um valor de referência não garantido para atemperatura de evaporação mínima. [O pourpoint é definido como a temperatura, à qual a fluidezde um óleo diminui a ponto de, em determinadas condições, num período de 5 seg. deixar desair do recipiente]
• Os compressores são equipados com os elastómeros adequados nos pontos de vedação, osquais são seleccionados dependendo do agente refrigerante e do lubrificante. (tabela 7;página 11)
• Aquando da selecção de um tipo de óleo, a compatibilidade do material de vedação utilizado nocompressor para os o-rings (qualidade do elastómero), para além do agente refrigerante, deveser tida em consideração. (tabela 7; página 11)
• A totalidade dos tipos de óleo referidos não pode ser utilizada num compressor existente. Umaatribuição do tipo de óleo, dependendo do elastómero utilizado, é imperativa mesmo com omesmo agente refrigerante.
• Os tipos de óleo não são sempre compatíveis uns com os outros (não miscíveis).
• A troca de um tipo de óleo por um outro pode provocar avarias e fugas nos pontos de vedaçãodurante do funcionamento do compressor. Aquando de uma troca do tipo de óleo, o fabricantedo compressor deve ser sempre consultado.
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Cuidado!
• A faixa de viscosidade indicada do óleo de lubrificação antes do compressor deve ser res-peitada. Deve ter-se em consideração que são possíveis combinações de agente refrige-rante / óleo, nas quais o agente refrigerante é dissolvido no óleo, dependendo da pressãoe temperatura no separador de óleo da unidade. Isto causa uma diminuição da viscosi-dade do óleo puro e uma formação de espuma aquando da alteração do equilíbrio da solu-ção através da redução da pressão ou do aumento da temperatura. Neste caso, é necessá-rio refrigerar o óleo para uma diferença mínima de temperatura, a qual é calculada no pro-grama de selecção de compressores para as condições de operação indicadas. O com-pressor só deverá ser operado se a temperatura de entrada do óleo for mantida de acordocom o programa de selecção de compressores!
• O comportamento de separação do óleo dos tipos de óleo indicados na tabela pode variar(por ex. influência da pressão de vapor de óleo, viscosidade do óleo, solubilidade, tempe-ratura de compressão final).
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1.2 INDICAÇÕES SOBRE A SELECÇÃO DO ÓLEO PARA MÁQUINAS DE FRIO
As propriedades do óleo para máquinas de frio influenciam o funcionamento de uma instalação de refrigeraçãocom compressores de parafuso inundados de óleo, uma vez que, apesar de um separador de óleo altamenteeficaz, não se pode excluir que um resto de óleo para máquinas de frio tenha entrado no circuito de agente refri-gerante. Como tal, aquando da selecção de óleo deve ter-se em consideração,
• além de um poder lubrificante adequado do óleo nas posições dos rolamentos do compressor de parafuso(viscosidade mínima do óleo tendo em consideração a solubilidade dos agentes refrigerantes em óleodependendo da pressão e temperatura),
• a pressão de vapor do óleo para um bom comportamento de separação no separador de óleo,
• uma fluidez a frio adequada do óleo à temperatura de evaporação e à temperatura de sucção,
• os requisitos de miscibilidade das fases líquidas do agente refrigerante e do óleo (lacuna de miscibilidade).O agente refrigerante utilizado, as condições de aplicação e a construção concreta da instalação determinam aspropriedades necessárias do óleo para máquinas de frio.Actualmente são utilizados 5 tipos diferentes de óleo base:
1. Óleos minerais para amoníaco e R22
2. Polialfaolefinas para amoníaco e CO2 (R744)
3. Alquilbenzeno para amoníaco e R22
4. Poliglicol (óleo PAG) para amoníaco, CO2 e R134a
5. Óleo éster para R404A, R134a, R 507 e CO2, bem como outras misturas de agentes refrigerantes, comopor ex. R404A e R407C
Além dos componentes puros do óleo base são também utilizadas misturas de óleo mineral e alquilbenzeno oude polialfaolefina e alquilbenzeno.As propriedades dos agentes refrigerantes em relação aos óleos referidos são muito diferentes.O par de agentes constituído pelo agente refrigerante e o óleo para máquinas de frio possuem 2 requisi-tos fundamentais:
a) uma viscosidade mínima do óleo de 7 cSt, máxima de 70 cSt, na entrada do compressor tendo em consi-deração a solubilidade dos agentes refrigerantes em óleo
e
b) a miscibilidade de ambas as fases líquidas de um conteúdo de óleo (aprox. 1 a 2 %) e do agente refrige-rante.
Para além do requisito de uma viscosidade adequada do óleo de lubrificação, as temperaturas de compressãofinal no compressor devem ser altas, de modo que o óleo carregado com agente refrigerante possa arrefecerpara um mínimo de 10 K para que o óleo não forme espuma, em caso de queda de pressão e/ou de aumentoda temperatura, antes de o óleo atingir as posições dos rolamentos. O requisito básico b) não é cumprido peloóleo mineral, alquilbezeno e polialfaolefina em combinação com amoníaco, uma vez que existe uma lacuna demiscibilidade a 100% e não se encontra disponível uma solubilidade do vapor do agente refrigerante em óleonem uma miscibilidade das fases líquidas. Contudo, estes óleos são utilizados preferencialmente em instala-ções NH3. As etapas de separação fina de óleo evitam que grandes conteúdos de óleo entrem no circuito derefrigeração.As variantes de óleo base referidas causam taxas de transporte de óleo de diferentes quantidades, uma vezque os pontos de inflamação dos óleos referidos diferem muito uns dos outros (ponto de inflamação mais baixocom alquilbenzeno de cerca de 160°C, ponto de inflamação mais alto com polialfaolefina significativamenteacima dos 200°C).
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Apesar da fluidez do óleo ser caracterizada pelo pourpoint, o qual é fornecido pelos fabricantes do óleo, os tiposde óleo base acima referidos apresentam uma característica VT diferente, de modo que, com a mesma viscosi-dade inicial, por ex. de 68 cSt, em caso de temperaturas baixas no evaporador podem ocorrer diferenças deviscosidade, as quais se situam entre 1500 e 20000 cSt a -20°C.
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Em relação aos óleos, os agentes refrigerantes possuem as seguintes propriedades:
• AmoníacoCom a excepção do óleo PAG, o amoníaco não se dissolve em outros lubrificantes Uma mistura mecânica éfeita de forma muito intensiva, de modo que o amoníaco é sempre transportado no óleo. Devido ao con-teúdo reduzido de amoníaco, o poder lubrificante do óleo não é alterado e a miscibilidade entre as faseslíquidas do óleo e do agente refrigerante não está disponível. Como tal, é necessária uma separação efici-ente do óleo.
• HFC (por ex. R134a, R404A, R507)Os HFC não possuem cloro e a sua aplicação não se encontra limitada. Para este agente refrigerante sãoutilizados óleos ésteres. A maior solubilidade destes agentes refrigerantes no óleo éster tem de ser conside-rada aquando da selecção do óleo, uma vez que a viscosidade inicial do óleo pode alterar-se consideravel-mente através da dissolução dos agentes refrigerações no óleo. A fluidez do óleo no evaporador é indicadaem amplos limites devido a uma boa miscibilidade.
A seguir é fornecida uma descrição das propriedades mais importantes dos grupos de óleo principais:
1. Óleo mineralOs óleos minerais de base nafténica são adequados a instalações de refrigeração, porém também são utili-zados óleos de base parafínica. Devido a um tratamento especial (desparafinação), os óleos de base parafí-nica possuem mais ou menos as mesmas propriedades dos óleos de base nafténica. Os óleos minerais sãocaracterizados por uma miscibilidade relativamente pequena em relação aos HCFC (por ex. R22) a tempe-raturas mais baixas. Os óleos minerais possuem um índice de viscosidade relativamente alto e uma pres-são de vapor baixa (ponto de inflamação mais alto), pelo que o transporte de óleo é influenciado de formapositiva.
2. AlquilbenzenoOs alquilbenzenos são óleos sintéticos produzidos a partir do gás natural. São caracterizados por uma ele-vada miscibilidade com HCFC (por ex. R22) mesmo em temperaturas de evaporação mais baixas. Osalquilbenzenos possuem uma estabilidade térmica superior aos óleos minerais (aplicação de amoníaco comcompressores de pistão). Têm tendência a uma maior formação de espuma do que os óleos minerais noseparador de óleo e, consequentemente, a um maior transporte de óleo, condicionado por um ponto deinflamação mais baixo. Após uma conversão de óleo mineral para alquilbenzeno, deve ter-se em considera-ção que os alquibenzenos possuem forte uma acção de limpeza e, como tal, os filtros ficam inicialmentemais sujos do que o habitual após a mudança de óleo.
3. PolialfaolefinasAs polialfaolefinas são óleos sintéticos com uma estabilidade química e térmica elevadas. Por isso, são pre-ferencialmente utilizadas em compressores que trabalham com temperaturas de compressão final elevadas,por ex. em bombas de calor. As polialfaolefinas são utilizadas em instalações de amoníaco. O pourpointmuito baixo permite temperaturas de evaporação muito baixas. O elevado ponto de inflamação das polial-faolefinas conduz a um transporte de óleo mais pequeno.Atenção: O elevado ponto de anilina das polialfaolefinas provoca uma contracção relativamenteforte dos o-rings na qualidade CR, pelo que podem surgir fugas mesmo em vedações estáticasquando os óleos minerais ou alquilbenzenos são substituídos por polialfaolefinas.A contracção é evitada ao utilizar-se óleos mistos sintéticos de polialfaolefina e alquilbenzeno. Aquando dautilização de óleos PAO puros, os compressores Grasso são equipados com anéis HNBR, nos quais nãoocorre qualquer contracção em combinação com o óleo.
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4. Óleos ésteresAo contrário do óleo mineral, do alquilbenzeno e da polialfaolefina, os óleos ésteres podem ser dissolvidosnos novos HFC (R134a, R404A, R507, etc.) não clorados. Como tal, os óleos ésteres são actualmente osúnicos lubrificantes que podem ser utilizados para os HFC. Os óleos ésteres possuem um ponto de inflama-ção superior, pelo que o conteúdo do vapor de óleo do separador de óleo e, consequentemente, o trans-porte de óleo são influenciados de forma favorável. Os óleos ésteres são higroscópicos. Estes absorvem aágua quando em contacto com a atmosfera. Por isso, os óleos ésteres têm de ser conservados em recipien-tes fechados. Antes do abastecimento de óleo, o compressor tem de ser evacuado com cuidado.
5. Óleo à base de poliglicolOs óleos à base de poliglicol são solúveis em amoníaco e muito higroscópicos. Consequentemente, pos-suem os mesmos requisitos do manuseamento com óleo éster. Aquando da seleção do óleo deve ter-se emconta a diminuição da viscosidade através da dissolução dos agentes refrigerantes no óleo. A fluidez doóleo no evaporador deve ser verificada tendo em consideração a miscibilidade entre o óleo para máquinasde frio e o agente refrigerante nas respectivas temperaturas de evaporação.
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PARÂMETROS UTILIZADOS PARA OS ÓLEOS:
DensidadeA diferença de densidades entre a fluidez do agente refrigerante e o óleo pode ser importante para o refluxode óleo. Deve ter-se em consideração que o alquilbenzeno apresenta uma densidade mais reduzida do queo óleo mineral e o poliglicol apresenta uma densidade maior do que o óleo mineral. O método de mediçãoda densidade encontra-se descrito na DIN 51757.
ViscosidadeDe acordo com a norma ISO 3448, os lubrificantes são classificados em classes de viscosidade, as quaissão indicadas como n.º ISO VG. O n.º ISO é apenas uma referência nominal, ou seja, a viscosidade efectivadeve diferir em determinadas áreas (DIN 51562). A especificação da viscosidade refere-se a 40°C e a100°C.
Índice de viscosidadeO índice de viscosidade indica a relação entre a alteração da viscosidade dependendo da temperatura (ISO2909). Um índice de viscosidade elevado significa alterações de viscosidade mais pequenas em caso dealterações de temperatura em comparação com um índice de viscosidade mais baixo.
Ponto de inflamaçãoO ponto de inflamação indica a temperatura, à qual os vapores que escapam de um recipiente aquecidopodem ser inflamados por uma chama. O método de medição encontra-se descrito na ISO 2592. Os óleoscom um ponto de inflamação elevado possuem uma pressão de vapor de óleo baixa. Isto melhora as possi-bilidades da separação de óleo de um gás comprimido no separador de óleo e reduz o transporte de óleodo compressor na instalação.
PourpointO pourpoint é a temperatura à qual a fluidez do óleo diminui a ponto de, em determinadas condições, numperíodo de 5 s deixar de sair do recipiente. De acordo com a norma a temperatura do pourpoint é 3% maisbaixa do que a temperatura medida (método de medição conforme a ISO 3016). O pourpoint é interessantepara os pares de agentes que não se dissolvem uns com os outros. Os óleos com um pourpoint baixo sãomais facilmente guiados de volta para o lado de sucção do que os óleos com um pourpoint mais alto. Aprática demonstra, no entanto, que é possível utilizar os óleos mesmo a temperaturas de evaporação quesão mais baixas do que o pourpoint sem que ocorram problemas de funcionamento.
Ponto de floculaçãoO ponto de floculação indica a temperatura, à qual o líquido R12, o qual está misturado com 10% de óleo,escurece devido a partículas de cera, as quais se separam do óleo quando este arrefece (método de medi-ção conforme a DIN 51351). O ponto de floculação é de interesse quando o óleo e o agente refrigerante semisturam. O ponto de floculação indica que um óleo possui menos componentes de cera e que as instala-ções com HCFC (por ex. R22) podem ser operadas com temperaturas de evaporação baixas. Em caso desegregações de cera do óleo, pode ser de esperar problemas na válvula de expansão ou nas válvulas.reguladoras. Para os óleos ésteres é indicada uma temperatura de solução crítica e medida com uma mis-tura de 10% de óleo e 90% de R134a. A temperatura de solução crítica é a temperatura, à qual o óleo sesepara completamente do agente refrigerante (variável não padronizada).
Ponto de anilinaO ponto de anilina indica a temperatura, à qual uma solução homogénea devido a aquecimento com omesmo conteúdo de volume de um lubrificante ou de uma massa lubrificante ou óleo e anilina volta a escu-recer durante o arrefecimento por meio de decomposição. O ponto de anilina é a medição da quantidade decarbono insaturado que pode ser encontrada no óleo. É também uma medida para a compatibilidade dediferentes materiais selantes com os quais o óleo entra em contacto (método de medição conforme a ISO3977). A maioria dos óleos para máquinas de frio possuem um ponto de anilina baixo. Os o-rings de neo-preno ou de cloropreno incham e têm de ser substituídos após uma desmontagem. Os óleos para máquinasde frio de polialfaolefinas possuem um ponto de anilina alto, por isso, os neoprenos contraem. Aquando da
Informação Técnicas | Tipo C ... XFGrasso Compressor helicoidal
GEA Refrigeration Germany GmbH | C_505520_8 | 24.03.2015 17
utilização de polialfaolefinas como óleo para máquinas de frio, é necessário utilizar HNBR como materialpara os o-rings.
Índice de neutralizaçãoO índice de neutralização indica a acidez de um óleo e é comprovado através de titulação com potassacáustica (KOH). O valor é indicado em mg KOH por g de óleo (método de medição conforme a DIN 51558).Os óleos novos devem possuir um índice de neutralização baixo.
Indicações sobre a mudança de óleoAquando da mudança do tipo de óleo ou do fabricante de um óleo, primeiro deve consultar-se o fabricantedo compressor de modo a evitarem-se problemas no funcionamento da instalação. Em caso de tipos deóleo incompatíveis são possíveis segregações do óleo, as quais podem provocar problemas na instalação(filtro de óleo, poder lubrificante dos rolamentos, refluxo de óleo não garantido). Se for necessário utilizarum outro tipo de óleo, é obrigatoriamente necessário retirar todo o óleo da instalação e limpar o compressore o separador de óleo em profundidade (se possível, com uma lavagem adicional).
Tabela de selecção do óleoTodos os óleos autorizados para os compressores de parafuso Grasso encontram-se indicados na tabelade selecção do óleo. Dependendo das especificidades da instalação, as particularidades técnicas referidasacima devem ser tidas em consideração aquando da selecção do óleo.
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