Consultoria e Projetos em Arqueologia 1
Consultoria e Projetos em Arqueologia
GIOVANI SCARAMELLA
(coordenador) Marcelo Paiva GATTI
Keyla Maria Ribeiro FRAZÃO Roselene de Cássia Coelho MARTINS
Claudio Peixoto GOMES Gilmara Ferreira ALVIM
Vitor Uchoa Pinto SCARAMELLA Luana Martins CARDOSO
Cristiane Sampaio Oliveira NASCIMENTO Nancy Maria Lopes KOW
PROJETO MORRO DE SANTO ANTÔNIO / BNDES: AVENIDA REPÚBLICA DO PARAGUAI - RIO DE JANEIRO
(ETAPA DIAGNÓSTICO)
Diagnóstico arqueológico, apresentado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES
Rio de Janeiro
2015
Consultoria e Projetos em Arqueologia 2
GIOVANI SCARAMELLA (coordenador)
PROJETO MORRO DE SANTO ANTÔNIO / BNDES: AVENIDA REPÚBLICA DO PARAGUAI - RIO DE JANEIRO
(ETAPA DIAGNÓSTICO)
Diagnóstico arqueológico, apresentado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES
Rio de Janeiro, 30 de abril de 2015
Encaminhamento:
Coordenador:
Prof. MS Giovani Scaramella
Arqueólogo
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EMPRESA DE ARQUEOLOGIA
Razão social: G Scaramella Consultoria e Projetos em Arqueologia ME
Nome de fantasia: GRIFO Consultoria e Projetos em Arqueologia
CNPJ: 14.721.707/0001-00
Inscrição Municipal: 110343
Email : [email protected]
Site: www.grifo.arq.br
Endereço: Avenida das Jabuticabeiras, 55 - Cinco Lagos
Mendes - RJ - 26700-000
Telefones: (24) 2465-7022
(21) 9 9284-2434
(21) 9 7239-1122
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EQUIPE
Arqueólogo Coordenador Giovani Scaramella Telefones: (21) 9 9284-2434 (21) 9 7239-1122 (24) 2465-7022 E-mail: [email protected]
Arqueólogo Coordenador de Campo Marcelo Paiva Gatti Arqueóloga Auxiliar de Campo Keyla Maria Ribeiro Frazão Consultora em História e respon- sável pela Educação Patrimonial Roselene de Cássia Coelho Martins Assessoria em Topografia Cláudio Peixoto Gomes Consultora em Biologia Gilmara Ferreira Alvim Técnicos em Arqueologia Luana Martins Cardoso
Vítor Uchoa Pinto Scaramella Cristiane Sampaio Oliveira Nascimento
Auxiliares de Campo Carlos Roberto dos Santos Ramos
Adriane Martins Hermenegildo
Consultora Jurídica Nancy Maria Lopes Kow
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EMPRESA CONTRATANTE
Razão Social
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES
Dados da Contratante
CNPJ: 33.657.248/0001-89
Inscr. Mun.: 047.146-1
Endereço: Avenida República do Chile, 100, 19º andar - Centro
CEP 20031-917
Rio de Janeiro - RJ
http://www.bndes.gov.br/
Contatos
Mônica Monteiro (021) 3747-9717 Área de Administração [email protected] Departamento de Logística e Patrimônio Bianca Spotorno (021) 2172-8356 Coordenadora de Serviços [email protected] Gerência de Orçamentos e Projetos - AA/DELOP/GEOP
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AGRADECIMENTOS
Para a execução do diagnóstico arqueológico na área destinada à
construção do Edifício Anexo do BNDES, na Avenida República do Paraguai, Rio de
Janeiro, RJ, esta coordenação contou com a colaboração de vários profissionais,
especialmente aqueles que compuseram a base da equipe de arqueologia,
destacando-se o arqueólogo Marcelo Paiva Gatti, a arqueóloga auxiliar de campo
Keyla Maria Ribeiro Frazão, a historiadora Roselene de Cássia Martins, a bióloga
Gilmara Ferreira Alvim, o topógrafo Cláudio Peixoto e Nancy Lopes Kow esta última
pelas revisões e orientações jurídicas.
Nossos agradecimentos aos técnicos em arqueologia Luana Martins
Cardoso, Cristiane Sampaio Oliveira Nascimento e Vitor Uchoa Pinto Scaramella, bem
como aos auxiliares de campo Carlos Roberto dos Santos Ramos e Adriane Martins
Hermenegildo.
Salvo as operações mais próximas aos trabalhos de coordenação, campo
e laboratório que caracterizam as pesquisas arqueológicas, outros profissionais e
instituições influíram decisivamente para que os trabalhos fossem bem sucedidos
tendo como referencial o primor pela qualidade, dentre estes: a 6ª Superintendência
Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN,
representado por Ivo Matos Barreto Júnior, Regina Coeli Pinheiro, Regiane Gambim
Barreto, Tatiane Freire, Marcela Andrade, Cristina Leal, Simone Ribeiro e Cristiano
Oliveira; ao Instituto Rio Patrimônio da Humanidade - IRPH, especificamente por sua
Gerência de Arqueologia, representada por Eliana Teixeira de Carvalho e Carlos Rosa
de Azevedo; ao Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, Biblioteca Nacional do Janeiro e
Arquivo da Cidade do Rio de Janeiro, reservas e fontes de nossa memória.
Nossos agradecimentos ao BNDES pelo investimento e constante apoio
para o bom desenvolvimento dos trabalhos de arqueologia, assim como à Venerável
Ordem Terceira de São Francisco da Penitência - VOT, por ter aberto suas portas e
bem nos recebido em prol do desenvolvimento dos trabalhos de arqueologia naquela
localidade.
Agradecemos a Universidade Severino Sombra, localizada no municipio de
Vassouras-RJ por gentilmente ceder o Laboratório de Anatomia Veterinária para que
as comparações anatômicas pudessem ser realizadas. Aos funcionários Marcio Luiz
do Nascimento Carlos, Jorge Luiz Calixto de Souza e Carlos Magno dos Santos
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Oliveira, agradecemos pela atenção e presteza durante o período em que se realizou
o trabalho de identificação.
Nossos agradecimentos se estendem também ao pessoal técnico-
administrativo que operacionalizou tecnicamente o nosso trabalho.
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RESUMO
O presente documento é o resultado de um serviço especializado de diagnóstico
arqueológico na área destinada à construção do Edifício Anexo do BNDES na Cidade
do Rio de Janeiro/RJ. O presente relatório parcial técnico-científico detalha as
atividades de campo e práticas laboratoriais que permitiram trazer à luz os bens
materiais, diante da necessidade de se cumprir a legislação vigente e de se entender
o contexto arqueológico que tem como pano de fundo a cidade do Rio de Janeiro. A
execução dos trabalhos foi coordenada pelo arqueólogo Prof. MS. Giovani Scaramella
e visou trazer a público os achados arqueológicos. Assim, foi estabelecido contrato
entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES e a GRIFO
Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Palavras-chave: Diagnóstico. BNDES. Morro de Santo Antônio. Rio de Janeiro. Arqueologia Urbana.
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ABSTRACT
This document is the result of a specialized service archaeological diagnosis in the
area for the construction of the BNDES Annex Building in the City of Rio de Janeiro/
RJ. This technical-scientific partial report details the field activities and laboratory
practices has as an objective a reflection regarding the archeological context that has
the city of Rio de Janeiro as a background. The project was coordinated by the
archeologist Prof. Giovani Scaramella. Thus, a contract was established between the
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES and GRIFO
Consultoria e Projetos em Arqueologia has been signed.
Keywords: Diagnosis. BNDES. Rio de Janeiro. Morro de Santo Antônio. Urban
Archaeology.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Imagem de satélite com a localização da área do serviço de
arqueologia _____________________________________________29
Figura 2 - Planta com a localização da área do serviço de Arqueologia _____30
Figura 3 - Convento Santo Antônio e arredores ________________________34
Figura 4 - Lagoa de Santo Antônio (165-) ______________________________34
Figura 5 - Detalhe da gravura Panorama do Rio de Janeiro segundo panorama
pintado em Paris por G.F. Ronmy pelos desenhos de Félix Emilio
Taunay (18--) ____________________________________________36
Figura 6 - Detalhe do Plano da cidade do Rio de Janeiro (1791) ___________36
Figura 7 - Detalhe do Plano da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro
(1812) __________________________________________________37
Figura 8 - Detalhe da Planta da Cidade do Rio de Janeiro e Subúrbios (1875)
_______________________________________________________38
Figura 9 - Detalhe da planta dos estudos do arrasamento do Morro de Santo
Antônio e aterro da enseada da Glória (1890)__________________38
Figura 10 - Detalhe da planta da cidade do Rio de Janeiro e de parte dos seus
subúrbios (1885- 1905) ___________________________________39
Figura 11 - Detalhe da Planta da cidade do Rio de Janeiro e subúrbios (18--) 39
Figura 12 - Detalhe da planta dos estudos do arrasamento do Morro de Santo
Antônio e aterro da enseada da Glória (1890) ________________43
Figura 13 - Vista lateral norte da igreja da Ordem Terceira da Penitência , Moro
de Santo Antônio (1864-1957) ____________________________43
Figura 14 - Morro de Santo Antônio, vista lado norte (19--) _______________44
Figura 15 - Morro de Santo Antônio (1920) ____________________________44
Figura 16 - Favela do Morro de Santo Antônio (1954) ____________________46
Figura 17 - Desmanche do Morro de Santo Antônio (1954) _______________46
Figura 18 - Detalhe da planta dos estudos do arrasamento do Morro de Santo
Antônio e aterro da enseada da Glória (1890) ________________47
Figura 19 - Desmanche do Morro de Santo Antônio (1921) _______________49
Figura 20 - Morro de Santo Antônio: vista do lado Norte/Oeste (1958) ______49
Figura 21 - Morro de Santo Antônio: obras na encosta do morro (195-) _____50
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Figura 22 - Morro de Santo Antônio (195-) _____________________________50
Figura 23 - Desmonte do Morro de Santo Antônio (1959) _________________51
Figura 24 - Desmanche do Morro de Santo Antônio (195-) ________________51
Figura 25 - Abertura da Avenida Chile (1959) __________________________52
Figura 26 - Morro de Santo Antônio (1960) ____________________________52
Figura 27 - Esplanada de Santo Antônio (1968) ________________________52
Figura 28 - Localização das sondagens geológicas na área de estudo _____56
Figura 29 - Mapa geológico da cidade do Rio de Janeiro, destacando a região
sul do Município e a área onde está esculpido o Morro de Santo
Antônio ________________________________________________57
Figura 30 - Mapa de localização da cidade do Rio de Janeiro, destacando a área
de abrangência do Maciço da Tijuca ________________________57
Figura 31 - Levantamento planialtimétrico evidenciando a área de abrangência
do empreendimento e as intervenções arqueológicas realizadas 59
Figura 32 - Levantamento planialtimétrico evidenciando as intervenções
arqueológicas realizadas _________________________________60
Figura 33 - Vista parcial do sítio coberto por vegetação rasteira __________77
Figura 34 - Remoção da cobertura vegetal do terreno ___________________77
Figura 35 - Levantamento topográfico ________________________________78
Figura 36 - Levantamento topográfico ________________________________78
Figura 37 - Escada e rampa (Área A) _________________________________79
Figura 38 - Muro de contenção superior e inferior situado na porção Norte do
sítio ___________________________________________________79
Figura 39 - Escada inferior (Área A) __________________________________80
Figura 40 - Muro de interseção entre o sítio e as instalações da Venerável
Ordem Terceira de São Francisco da Penitência - VOT _________80
Figura 41 - Material votivo de agradecimento a Santo Antônio ____________81
Figura 42 - Antiga porta presente no paredão de interseção da área com as
instalações da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da
Penitência - VOT ________________________________________81
Figura 43 - Vista geral da Área A evidenciando a abertura dos poços-testes,
escadarias e muro de contenção ____________________________82
Figura 44 - Detalhe do suporte para grade do muro de contenção _________82
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Figura 45 - Registro da escada situada na porção superior da Área A
permitindo o acesso às demais áreas _______________________83
Figura 46 - Imagem demonstrando a existência de piso cimentado na Área B,
além das demais estruturas edificadas ______________________83
Figura 47 - Vista geral das intervenções efetuadas nas Áreas B, C, D e E,
respectivamente (direito-esquerda) _________________________84
Figura 48 - Evidenciação parcial das intervenções realizadas nas Áreas (C, D, E
e H), esta última situa-se paralela a Área C __________________84
Figura 49 - Vista geral (Área E) demonstrando as intervenções realizadas no
subsolo________________________________________________85
Figura 50 - Vista geral (Área F) testemunhando a ocorrência de materiais
diversificados na superfície e intervenções realizadas na
subsuperfície ___________________________________________85
Figura 51 - Imagem evidenciando as sondagens realizadas nas Áreas G e H 86
Figura 52 - Vista parcial do sítio evidenciando as intervenções realizadas em
subsuperfície ___________________________________________87
Figura 53 - Vista geral da sondagem I1 e da caixa d’água (Área I) _________87
Figura 54 - Parte do muro construído em alvenaria de pedra situado na porção
sul do sítio _____________________________________________88
Figura 55 - Abertura de poços-testes - Área J __________________________89
Figura 56 - Abertura de poços-testes - Área K _________________________90
Figura 57 - Vista geral da sondagem C1 (Área C) _______________________91
Figura 58 - sondagem D1 (Área D) ___________________________________92
Figura 59 - sondagem E1 (Área E) ___________________________________93
Figura 60 - sondagem F1 (Área F) ____________________________________94
Figura 61 - sondagem F2 (Área F), evidenciando a base da caixa d’água ___95
Figura 62 - sondagem G1 (Área G) ___________________________________96
Figura 63 - Vista geral da sondagem H1 (Área H) _______________________97
Figura 64 - sondagem I1 (Área I) _____________________________________98
Figura 65 - sondagem K1 (Área K) ___________________________________99
Figura 66 - poço-teste 01 (Área A) ___________________________________100
Figura 67- poço-teste 01 (Área A) ____________________________________100
Figura 68 - poço-teste 03 (Área A) ___________________________________101
Figura 69 - poço-teste 04 (Área A) ___________________________________101
Consultoria e Projetos em Arqueologia 13
Figura 70 - poço-teste 05 (Área A) ___________________________________102
Figura 71 - poço-teste 06 (Área A) exibindo sedimento avermelhado _______102
Figura 72 - poço-teste 07 (Área A) ___________________________________103
Figura 73 - poço-teste 08 (Área A) ___________________________________103
Figura 74 - poço-teste 09 (Área A) ___________________________________104
Figura 75 - poço-teste 10 (Área A) ___________________________________104
Figura 76 - poço-teste 11 (Área A) ____________________________________105
Figura 77- poço-teste 12 (Área A) ____________________________________105
Figura 78 - poço-teste 13 (Área C) ___________________________________106
Figura 79 - poço-teste 14 (Área D) ___________________________________106
Figura 80 - poço-teste 15 (Área E) ___________________________________107
Figura 81 - poço-teste 16 (Área F) ____________________________________107
Figura 82 - poço-teste 17 (Área D) ___________________________________108
Figura 83 - poço-teste 18 (Área E) ___________________________________108
Figura 84 - poço-teste 19 (Área F) ____________________________________109
Figura 85 - poço-teste 20 (Área C) ___________________________________109
Figura 86 - poço-teste 21 (Área D) ___________________________________110
Figura 87 - poço-teste 22 (Área G) ___________________________________110
Figura 88 - poço-teste 23 (Área G) ___________________________________111
Figura 89 - poço-teste 24 (Área J) ____________________________________111
Figura 90 - poço-teste 25 (Área J) ____________________________________112
Figura 91 - poço-teste 26 (Área J) ____________________________________112
Figura 92 - poço-teste 27 (Área J) ____________________________________113
Figura 93 - poço-teste 28 (Área K) ___________________________________113
Figura 94 - poço-teste 01 (Área A) ___________________________________114
Figura 95 - poço-teste 30 (Área K) ___________________________________114
Figura 96 - poço-teste 31 (Área K) ___________________________________115
Figura 97 - poço-teste 32 (Área K) ___________________________________115
Figura 98 - poço-teste 33 (Área K) ___________________________________116
Figura 99 - poço-teste 34 (Área K) ___________________________________116
Figura 100 - poço-teste 35 (Área K) __________________________________117
Figura 101 - poço-teste 36 (Área K) __________________________________117
Figura 102 - poço-teste 37 (Área K) __________________________________118
Figura 103 - poço-teste 38 (Área K) __________________________________118
Consultoria e Projetos em Arqueologia 14
Figura 104 - poço-teste 39 (Área K) __________________________________119
Figura 105 - poço-teste 40 (Área K) __________________________________119
Figura 106 - poço-teste 41 (Área K) __________________________________120
Figura 107 - poço-teste 42 (Área K) __________________________________120
Figura 108 - poço-teste 43 (Área K) __________________________________121
Figura 109 - poço-teste 44 (Área K) __________________________________121
Figura 110 - poço-teste 45 (Área K) __________________________________122
Figura 111 - poço-teste 46 (Área K) __________________________________122
Figura 112 - poço-teste 47 (Área K) __________________________________123
Figura 113 - poço-teste 48 (Área K) __________________________________123
Figura 114 - poço-teste 49 (Área K) __________________________________124
Figura 115 - Perfil estratigráfico SC1 _________________________________126
Figura 116 - Perfil estratigráfico setor SD1 ____________________________127
Figura 117 - Perfil estratigráfico setor SE1 ____________________________128
Figura 118 - Perfil estratigráfico setor SF1 ____________________________129
Figura 119 - Perfil estratigráfico setor SF2 ____________________________130
Figura 120 - Perfil estratigráfico setor SG1 ____________________________131
Figura 121 - Perfil estratigráfico setor SH1 ____________________________132
Figura 122 - Perfil estratigráfico setor SI1 _____________________________133
Figura 123 - Perfil estratigráfico setor SK1 ____________________________134
Figura 124 - Etiquetagem autoadesiva em BOPP com impressão por
transferência térmica (TT) com ribbon _____________________137
Figura 125 - Representação de Debret ________________________________142
Figura 126 - Fragmento de Cachimbo Cerâmico (Tipo X) _________________145
Figura 127 - Destaque para fornilho de Cachimbo Cerâmico (Tipo X) ______145
Figura 128 - Exemplar de bico de bule - Cerâmica Utilitária Simples Vidrada -
(Tipo VIII) _____________________________________________146
Figura 129 - Exemplares de Alças Cerâmicas __________________________146
Figura 130 - Exemplar de Cerâmica Utilitária Simples Com Banho - (Tipo II) _147
Figura 131 - Exemplar de Cerâmica Utilitária Simples - (Tipo I) ____________147
Figura 132 - Exemplar de provável “puxador” cerâmico _________________148
Figura 133 - Exemplar de Cerâmica Utilitária Simples Vidrada - (Tipo VIII) __148
Figura 134 - Exemplar de Louça Pintada - (Tipo III) _____________________153
Figura 135 - Exemplar de Padrão Willow - (Tipo III) _____________________153
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Figura 136 - Exemplar de aplique - Louça Pintada com Relevo Padrão Willow -
(Tipo III) ______________________________________________154
Figura 137 - Exemplar de Faiança Pintada - (Tipo VII) ___________________156
Figura 138 - Exemplar de Faiança Pintada - (Tipo VII) ___________________156
Figura 139 - Exemplares de Porcelanas Pintadas - (Tipo XI) ______________158
Figura 140 - Exemplar de provável xícara de porcelana __________________158
Figura 141 - Exemplar de provável alça de Porcelana ___________________159
Figura 142 - Exemplar de Porcelana Pintada Sem Relevo - (Tipo XI) _______159
Figura 143 - Exemplar de Porcelana Pintada Com Relevo - (Tipo XII) _______160
Figura 144 - Exemplar de borda de provável pires de Porcelana __________160
Figura 145 - Exemplar de Porcelana Pintada Sem Relevo - (Tipo XI) _______161
Figura 146 - Exemplar de Porcelana __________________________________161
Figura 147 - Exemplar de faiança fina sob efeito do feixe de laser _________162
Figura 148 - Exemplar de porcelana sob efeito do feixe de laser __________162
Figura 149 - Evolução da marca Pozzani ______________________________164
Figura 150 - Evolução da marca Schmidt______________________________165
Figura 151 - Evolução da marca D. Pedro II ____________________________166
Figura 152 - Exemplares de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)
____________________________________________________171
Figura 153 - Exemplares de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)
_____________________________________________________171
Figura 154 - Exemplares de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)
_____________________________________________________172
Figura 155 - Exemplares de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)
_____________________________________________________172
Figura 156 - Exemplares de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)
_____________________________________________________173
Figura 157 - Exemplar de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)
_____________________________________________________173
Figura 158 - Fragmento de vidro doméstico - Xicara (Tipo II-b) ____________174
Figura 159 - Fragmento de vidro doméstico - base de Cálice (Tipo II-d) _____174
Figura 160 - Fragmentos de embalagens de vidro - corpo de garrafa - (Tipo I-c)
_____________________________________________________175
Figura 161 - Exemplares de Embalagens - Frascos (Tipo I-b) _____________175
Consultoria e Projetos em Arqueologia 16
Figura 162 - Tipologia de formas de garrafas __________________________177
Figura 163 - Fotografia de garrafeiros tomada por Marc Ferraz em 1895 ____178
Figura 164 - Exemplar de embalagem de vidro - Garrafa tipo Bourguignonne
_____________________________________________________182
Figura 165 - Exemplar de embalagem de vidro - pescoço de garrafa _______183
Figura 166 - Exemplar de embalagem de vidro - ombro e pescoço de frasco 183
Figura 167 - Exemplar de embalagem de vidro - fundos de garrafas _______184
Figura 168 - Exemplares de embalagem de vidro - garrafas século XX(Tipo I-b)
_____________________________________________________184
Figura 169 - Primeira foto das instalações da Fábrica Santa Marina 1896 ___186
Figura 170 - Funcionários na oficina mecânica da Santa Marina em 1919 ___186
Figura 171 - Fábrica Wheaton & Co. em Millville, 1888 __________________188
Figura 172 - Propaganda de embalagem verde produzida pela Wheaton & Co.
em 1893 ______________________________________________188
Figura 173 - Trabalhadores da T. C. Wheaton Glass Company em 1890 ____189
Figura 174 - Interior da Fábrica T. C. W. em 1937 _______________________189
Figura 175 - Evolução da marca Wheaton _____________________________190
Figura 176 - Confeitaria Colombo 1894 _______________________________191
Figura 177 - Automóvel das Fábricas Peixe ____________________________193
Figura 178 - Fachada da Fábricas Peixe ______________________________194
Figura 179 - Exemplar de Telha Canal Cerâmica - (Tipo I) ________________207
Figura 180 - Exemplar de Telha de Amianto - (Tipo V) ___________________207
Figura 181 - Exemplar de Telha de Amianto - (Tipo V) ___________________208
Figura 182 - Exemplar de Telha de Francesa Cerâmica - (Tipo II) __________208
Figura 183 - Exemplar de Telha Colonial Cerâmica - (Tipo I) ______________209
Figura 184 - Exemplar de Telha Francesa Cerâmica - (Tipo II) _____________209
Figura 185 - Exemplar de Ladrilho Hidráulico Policromático - (Tipo III) _____214
Figura 186 - Exemplar de Ladrilho Hidráulico Bicromático - (Tipo II) _______214
Figura 187 - Exemplar de Ladrilho - Faiança (Portuguesa) Pintada Sem Relevo -
(Tipo VII) - Motivo decorativo “rendas”. Possivelmente Século
XVII/XVIII ______________________________________________221
Figura 188 - Exemplares de Ladrilhos - Faianças Pintadas Sem Relevo - (Tipo
VII)___________________________________________________221
Consultoria e Projetos em Arqueologia 17
Figura 189 - Exemplares de Ladrilhos - Faianças Pintadas Sem Relevo - (Tipo
VII)___________________________________________________222
Figura 190 - Exemplares de ladrilhos de faiança pintada sem relevo e
policromático - (Tipo VII) ________________________________222
Figura 191 - Exemplares de ladrilhos de louça sem relevo e sem decoração -
(Tipo III) ______________________________________________223
Figura 192 - Exemplar de ladrilho Pintado em padrão grego ______________223
Figura 193 - Exemplar de peça votiva em ladrilho ______________________224
Figura 194 - Antiga fábrica de Vila Anastácio, em São Paulo, na década de 1960
_____________________________________________________226
Figura 195 - Sócios fundadores de Klabin Irmãos & Companhia - KIC ______226
Figura 196 - Exemplar de Piso Cerâmico Monocromático Sem Relevo - (Tipo I)
_____________________________________________________230
Figura 197 - Exemplar de Mármore (Peça Votiva) _______________________232
Figura 198 - Placa votiva em metal ___________________________________232
Figura 199 - Exemplar de fogareiro __________________________________234
Figura 200 - Exemplar de colher _____________________________________234
Figura 201 - Exemplar de base para espelho de bolso ___________________235
Figura 202 - Exemplar de compasso _________________________________235
Figura 203 - Exemplares de prego ___________________________________236
Figura 204 - Exemplar de provável sacho _____________________________236
Figura 205 - Exemplar de provável peça de máquina de escrever _________237
Figura 206 - Exemplar de haste de luminária de parede __________________237
Figura 207 - Exemplar de chave Gorja ________________________________238
Figura 208 - Exemplar de tampa de garrafa - “chapinha” _________________238
Figura 209 - Vendedores de capim e leite _____________________________244
Figura 210 - Epífise distal de fêmur de bovino _________________________245
Figura 211 - fragmentos de metatarso de bovino _______________________245
Figura 212 - Caravana de comerciantes indo para Tijuca à cavalo _________246
Figura 213 - fragmentos de costela, rádio e ulna de equino ______________247
Figura 214 - Aldeia de caboclos em Cantagalo _________________________248
Figura 215 - fragmentos de mandíbula inferior de cão doméstico _________248
Figura 216 - Propaganda do projeto de saneamento urbano do Rio de Janeiro
do início do século XX __________________________________249
Consultoria e Projetos em Arqueologia 18
Figura 217 - Crânio de Rattus rattus __________________________________250
Figura 218 - Vértebra de peixe fragmentada ___________________________250
Figura 219 - Mercado da Praia do Peixe, Centro do Rio de Janeiro, c. 1893-1894
_____________________________________________________251
Figura 220 - Negros vendedores de galinhas e perus ___________________252
Figura 221 - Fragmentos de ossos de galinha doméstica (Gallus gallus) ___252
Figura 222 - Ossos de galinha doméstica (Gallus gallus) ________________253
Figura 223 - Concha de Achatina fulica, Bowdich (1822) _________________255
Figura 224 - Concha de Stramonita haemastoma, Linneaus (1767) ________255
Figura 225 - Valva de Ostrea spp ____________________________________256
Figura 226 - Planta com indicações das áreas de potencial arqueológico _______287
Figura 227- Planta com indicações das áreas de potencial arqueológico _______288
Figura 228 - Planta com indicações das áreas de potencial arqueológico na área
diretamente afetada e na área de influência direta _______________289
Consultoria e Projetos em Arqueologia 19
LISTA DE QUADROS
Quadro 01 - Sobreposição de imagem de atual satélite e Planta da Cidade do
Rio de Janeiro da Diretoria de Obras Públicas (1870) _________41
Quadro 02 - Dimensões e profundidades dos setores escavados _________74
Quadro 03 - Dimensões e profundidades dos poços-testes realizados _____75
Quadro 04 - Tempo de secagem em ambiente seco e arejado _____________136
Quadro 05 - Características dos tipos cerâmicos _______________________141
Quadro 06 - Classificação da faiança fina adotada ______________________151
Quadro 07 - Marcas de louça _______________________________________167
Quadro 08 - Marcas em vidros ______________________________________195
Quadro 09 - Marcas levantadas em telhas _____________________________210
Quadro 10 - Algumas etapas de preparação do ladrilho hidráulico ________215
Quadro 11 - Utensílios utilizados na produção de ladrilho hidráulico ______216
Quadro 12 - Marcas em ladrilho _____________________________________228
Quadro 13 - Marcas levantadas de metal ______________________________239
Quadro 14 - Cronologia dos padrões monetários brasileiros _____________241
Quadro 15 - Moedas ______________________________________________242
Quadro 16 - Síntese de meterial ósseo identificado _____________________258
Quadro 17 - Quantidade de material coletado por intervenção subsuperficial
_______________________________________________________286
Consultoria e Projetos em Arqueologia 20
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 1) _______260
Tabela 02 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 2) _______268
Tabela 03 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 3) ________276
Consultoria e Projetos em Arqueologia 21
LISTA DE GRAFICOS
Gráfico 01 - Quantidade de material ósseo identificado _________________257
Gráfico 02 - Quantidade absoluta de Materiais _________________________284
Consultoria e Projetos em Arqueologia 22
LISTA DE ABREVIATURAS SIGLAS E SÍMBOLOS
6a SR - 6a Superintendência Regional /IPHAN
AN - Arquivo Nacional
BN - Biblioteca Nacional
BOPP - Polipropileno Biaxialmente Orientado (Biaxially Oriented Polypropylene)
CNA - Centro Nacional de Arqueologia / IPHAN
EIA/Rima - Estudo de Impacto Ambiental/Rima
GAR - Gerência de Arqueologia /Instituto Rio Patrimônio da Humanidade
INEA - Instituto Estadual do Ambiente
INEPAC - Instituto Estadual de Patrimônio Cultural
IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
IRPH - Instituto Rio Patrimônio da Humanidade
BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
TAC - Termo de Ajustamento de Conduta
TT - Impressão por Transferência Térmica (Thermal Transfer printing)
Consultoria e Projetos em Arqueologia 23
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO __________________________________________________27
2 A GRIFO CONSULTORIA E PROJETOS EM ARQUEOLOGIA ____________31
3 BNDES - BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E
SOCIAL ________________________________________________________32
4 HISTÓRIA LOCAL _______________________________________________33
4.1 A ocupação e as transformações na área do Morro de Santo Antônio ___40
4.2 Os planos de urbanização: o sacrifício do Morro de Santo Antônio _____47
5 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO LOCAL ____________________________54
5.1 Geologia _____________________________________________________54
5.2 Geomorfologia ________________________________________________56
6 INTERVENSÕES ARQUEOLÓGICAS SUBSUPERFICIAIS _______________58
6.1 Limpeza do sítio _______________________________________________62
6.2 Prospecção de superfície _______________________________________62
6.3 Prospecção de subsuperfície ____________________________________62
6.4 Área A _______________________________________________________63
6.4.1 Poços-testes ________________________________________________63
6.5 Área B _______________________________________________________64
6.6 Área C _______________________________________________________64
6.6.1 Poços-testes ________________________________________________65
6.6.2 Sondagem C1 _______________________________________________65
6.7 Área D _______________________________________________________66
6.7.1 Poços-testes ________________________________________________66
6.7.2 Sondagem D1 _______________________________________________67
6.8 Área E _______________________________________________________68
6.8.1 Poços-testes ________________________________________________68
Consultoria e Projetos em Arqueologia 24
6.8.2 Sondagem E1 ________________________________________________68
6.9 Área F _______________________________________________________69
6.9.1 Poços-testes ________________________________________________69
6.9.2 Sondagem F1 ________________________________________________69
6.9.3 Sondagem F2 _______________________________________________69
6.10 Área G ______________________________________________________70
6.10.1 Poços-testes _______________________________________________70
6.10.2 Sondagem G1 ______________________________________________70
6.11 Área H ______________________________________________________71
6.11.1 Sondagem H1 ______________________________________________71
6.12 Área I _______________________________________________________71
6.12.1 Sondagem I 1 _______________________________________________72
6.13 Área J ______________________________________________________72
6.13.1 Poços-testes _______________________________________________72
6.14 Área K ______________________________________________________73
6.14.1 Poços-testes _______________________________________________73
6.14.2 Sondagem K1 ______________________________________________73
7 Perfis estratigráficos ____________________________________________125
8 PROCEDIMENTOS DE LABORATÓRIO _____________________________135
8.1 Procedimentos técnicos ________________________________________135
8.2 Fotografias de laboratório _______________________________________137
8.3 Análise do material arqueológico _________________________________138
9 MATERIAL CERÂMICO ___________________________________________139
9.1 Tipos de cerâmica _____________________________________________139
10 LOUÇA _______________________________________________________149
10.1 Marcas de fabricante de porcelana _______________________________163
Consultoria e Projetos em Arqueologia 25
10.1.1 Pozzani ____________________________________________________163
10.1.2 Schmidt ___________________________________________________164
10.1.3 Porcelana D. Pedro II _________________________________________166
11 VIDRO _______________________________________________________169
11.1 Marcas de fabricante de vidro ___________________________________185
11.1.1 Santa Marina _______________________________________________185
11.1.2 Wheaton ___________________________________________________187
11.1.3 Confeitaria Colombo _________________________________________190
11.1.4 Cisper _____________________________________________________192
11.1.5 Fábrica Peixe _______________________________________________193
12 MATERIAIS CONSTRUTIVOS _____________________________________205
12.1 Telha _______________________________________________________205
12.2 Ladrilho hidráulico ____________________________________________211
12.3 Ladrilhos ____________________________________________________217
12.3.1 Marcas de fabricante de ladrilho _______________________________224
12.3.1.1 Klabin Irmãos& Cia __________________________________________224
12.3.1.2 INCEPA __________________________________________________227
12.4 Piso cerâmico _______________________________________________230
13 PEÇAS VOTIVAS _______________________________________________231
14 METAL _______________________________________________________233
14.1 Marcas de fabricante de metal __________________________________239
14.2 Moedas _____________________________________________________240
15 ZOOARQUEOLOGIA ____________________________________________243
15.1 Metodologia _________________________________________________243
15.2 Mamíferos identificados _______________________________________244
15.2.1 Família Bovidae _____________________________________________224
Consultoria e Projetos em Arqueologia 26
15.2.2 Família Equidae _____________________________________________246
15.2.3 Família Canidae _____________________________________________247
15.2.4 Família Muridae _____________________________________________249
15.3 Peixes ______________________________________________________250
15.4 Aves _______________________________________________________251
15.4.1 Família Phasianidae _________________________________________251
15.5 Moluscos ____________________________________________________253
15.5.1 Classe Gastropoda, Curvier (1797) _____________________________253
15.5.2 Classe Bivalve, Linneaus (1758) _______________________________256
15.6 Resultados __________________________________________________256
16 QUANTITATIVO _______________________________________________259
17 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS E PROPOSTAS DE MITIGAÇÃO _________285
RERERÊNCIAS __________________________________________________294
ANEXO A - Lei Federal 3924 de 26 de julho de 1961 - Dispõe sobre os
Monumentos Arqueológicos e Pré-históricos _________________303
ANEXO B - Portaria n° 07/SPHAN de 01 de dezembro de 1988 ____________307
ANEXO C - Decreto nº 22872 de 7 de maio de 2003 - Cria a Obrigatoriedade da
Pesquisa Arqueológica nas Obras de Intervenção Urbana _______310
ANEXO D - Decreto nº 22873 de 7 de maio de 2003 - Cria a Carta Arqueológica
do Município do Rio de Janeiro _____________________________312
ANEXO E - Inventário Projeto Morro de Santo Antônio / BNDES: Avenida
República do Paraguai - Rio de Janeiro (Etapa Diagnóstico) _____314
Consultoria e Projetos em Arqueologia 27
1 INTRODUÇÃO O presente documento intitulado Morro de Santo Antônio / BNDES: Avenida
República do Paraguai - Rio de Janeiro (Etapa Diagnóstico), coordenado pelo Prof.
MS Giovani Scaramella, apresentado à empresa contratante teve como objetivo a
realização de diagnóstico arqueológico na área destinada à construção do Edifício
Anexo do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES,
especificamente, em terrenos situados no lado par da Avenida República do Paraguai,
Centro da Cidade do Rio de Janeiro, em área de 4.483,03 m².
A área de estudo compreende dois terrenos, registrados no 7º Ofício de Registro de Imóveis da Cidade do Rio de Janeiro, sob a matrícula nº 18066-2-AO, e no 2º Ofício de Registro de Imóveis da Cidade do Rio de Janeiro, sob a matrícula 101275, que estão em processo de desmembramento e remembramento (BNDES, 2014).
O projeto de construção do Edifício Anexo do BNDES prevê a subtração da
parcela do Morro de Santo Antônio marcado pelo corte da área diretamente afetada
até alcançar o nível da Avenida República do Paraguai.
As atividades tiveram início no dia 27 de janeiro de 2015, com autorização
através da Portaria n° 05 de 23 de janeiro de 2015 publicada em 26/01/2015 no Diário
Oficial da União n° 17 p. 4.
O presente relatório foi elaborado dentro de uma perspectiva interdisciplinar
de ação integrada contando com o trabalho e a cooperação de profissionais de
diferentes áreas.
O espaço exibe, dentre outras características, estruturas em cimento com
compartimentos diversos, muros em alvenaria de pedra e tijolo, muros de contenção,
escadas e rampas, uma antiga caixa d’água de alvenaria de tijolo, e materiais
arqueológicos diversificados em superfície, como garrafas, fragmentos de cerâmicas
vidradas, louça, porcelana, vidro, telhas, tijolos, placas votivas, sacos plásticos e
moedas.
Buscou-se compreender este espaço como algo vivo, considerando que o
mesmo apresenta vestígios relacionados a atividades humanas, o que permite
caracterizá-lo como Patrimônio Histórico Cultural que remonta ao período colonial.
Entende-se por patrimônio “os bens de natureza material e imaterial, tomados
Consultoria e Projetos em Arqueologia 28
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira” (BRASIL, 2012,
p. 124). Diante disso, os vestígios culturais presentes no Morro de Santo Antônio são
bens de natureza material, de valor histórico.
Partindo desse pressuposto, este relatório contempla o desenvolvimento
de pesquisa na área do Patrimônio Arqueológico, baseado em conceitos teórico-
metodológicos de campos de atuação como a Arqueologia Histórica. Os primeiros
trabalhos em sítios históricos no Brasil foram desenvolvidos por volta da década de
1930, no entanto, foi a partir da década de 1980 que essa disciplina vivenciou
mudanças significativas, especialmente com a incorporação de novas temáticas e
pressupostos teóricos e metodológicos. A partir de 1990, a Arqueologia Histórica se
consolidou como campo de pesquisa na academia, surgindo assim, vários trabalhos
tratando sobre as temáticas pertinentes. Em virtude de pesquisas desenvolvidas no
contexto da arqueologia de contrato, vários relatórios técnicos emergiram,
fortalecendo ainda mais esse campo de pesquisa.
A Arqueologia Histórica consiste no estudo dos aspectos materiais
seguindo uma perspectiva histórica, cultural e social, dos efeitos do mercantilismo e
do capitalismo na sociedade moderna (OLSER JR, 1992). Desta forma, a Arqueologia
Histórica constitui o estudo de um determinado período histórico, neste caso o
moderno, em alusão a perspectiva preconizada pelo efeito capitalista instaurado na
sociedade moderna (FUNARI, 2002). De maneira geral, a Arqueologia Histórica
possui um campo de análise vasto e promissor que fornece informações das quais
pode-se reconstituir e interpretar as sociedades do passado, e na dialética entre
passado e presente conhecermos a nós mesmos.
Desse modo, os resultados obtidos com a realização do presente
diagnóstico arqueológico permitirão a elaboração e implantação de medidas que
visem à mitigação dos impactos negativos ao patrimônio arqueológico situado na área
de construção do Edifício Anexo do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico
e Social - BNDES. A variedade de fontes de informação utilizada nas pesquisas da
arqueologia histórica, como documentos escritos, imagens pictóricas, informações
orais, artefatos, arquitetura e estruturas (OLSER JR, 1992), ajudam a compreender
as evidências de atividades humanas nesse ambiente.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 29
Figura 1 - Imagem de satélite com a localização da área do serviço de Arqueologia
Fonte: Adaptado do GOOGLE EARTH, 2014. OBS: a demarcação em vermelho aponta
para a localização do terreno.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 30
Figura 2 - Planta com a localização da área do serviço de Arqueologia
Fonte: Adaptado de BNDES, 2014. OBS: a demarcação em verde aponta para a
localização do terreno.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 31
2 A GRIFO CONSULTORIA E PROJETOS EM ARQUEOLOGIA
A GRIFO é uma empresa de consultoria e projetos especializada em
Arqueologia - urbana, histórica e pré-histórica - gerenciamento, restauração e
conservação de patrimônio cultural. Sua atuação atende as exigências da legislação
brasileira sobre áreas de interesse histórico, como também aquelas de potencial
arqueológico que apresentam a probabilidade de ocorrência de vestígios materiais
não documentados. A empresa opera no mercado com o objetivo de dar suporte
técnico-científico, assim como no de gerenciamento e coordenação de projetos em
qualquer ponto do território brasileiro, visando o máximo de eficiência e
responsabilidade com o patrimônio cultural e arqueológico nacional.
Os profissionais que atuam nesta equipe são qualificados para o
desenvolvimento de estudos de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto
ambiental (EIA/RIMA), em atendimento a legislação brasileira, em especial aos
princípios e objetivos expressos na Lei de Política Nacional do Meio Ambiente,
especificamente para área arqueológica que caracteriza a empresa.
A GRIFO elabora diagnósticos, analisa impactos ambientais, define
medidas mitigadoras dos impactos negativos e elabora programas de
acompanhamento, prospecção, resgate, monitoramento arqueológico e educação
patrimonial.
A Empresa elabora projetos e acompanha pedidos de permissão e
autorização para a realização de trabalhos arqueológicos junto ao IPHAN, sob
permanente orientação de um coordenador responsável, devidamente qualificado
para o desenvolvimento desse trabalho.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 32
3 BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES,
empresa pública federal, é hoje o principal instrumento de financiamento de longo
prazo para a realização de investimentos em todos os segmentos da economia, em
uma política que inclui as dimensões social, regional e ambiental.
Desde a sua fundação, em 1952, o BNDES se destaca no apoio à
agricultura, indústria, infraestrutura e comércio e serviços, oferecendo condições
especiais para micro, pequenas e médias empresas. O Banco também vem
implementando linhas de investimentos sociais, direcionados para educação e saúde,
agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano.
Em seu Planejamento Corporativo 2009/2014, o BNDES elegeu a
inovação, o desenvolvimento local e regional e o desenvolvimento socioambiental
como os aspectos mais importantes do fomento econômico no contexto atual, e que
devem ser promovidos e enfatizados em todos os empreendimentos apoiados pelo
Banco.
Assim, o BNDES reforça seu compromisso histórico com o
desenvolvimento de toda a sociedade brasileira, em alinhamento com os desafios
mais urgentes da dinâmica social e econômica contemporânea.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 33
4 HISTÓRIA LOCAL O levantamento histórico a seguir tem o objetivo de fornecer informações
básicas a fim de que se conheça a evolução pela qual passou o Morro de Santo
Antônio, localizado no centro da Cidade do Rio de Janeiro, onde foi realizado o
Diagnóstico Arqueológico.
Para o conhecimento do referido local, nos baseamos em imagens
cartográficas, fotográficas de época e referências bibliográficas pertinentes a cada
período a ser estudado.
A área em pesquisa, localizada no centro da cidade do Rio de Janeiro, foi
outrora parte de um extenso morro denominado Santo Antônio. Interessa-nos aqui
estudar a parte remanescente do referido morro, área pouco explorada por pesquisas
anteriormente elaboradas, mais precisamente o lado limite com a Rua da Carioca e
com a atual Avenida República do Paraguai, onde serão realizadas as construções do
prédio anexo do BNDES.
AACom a chegada dos frades da Ordem do Carmo ao Brasil, requisitou-se
junto à população abastada que se ofertassem terras para se erigir um convento de
sua Ordem. Crispim da Costa ofereceu o morro contíguo a uma pequena lagoa, oferta
que foi recusada de mediato. Apesar de não terem se transferido para lá, o morro ficou
por determinado tempo sendo conhecido como “do Carmo”. (GERSON, 2000, p. 103)
Em 1592, chegaram os frades franciscanos ao Rio de Janeiro instalando-
se próximo ao morro do Castelo. Somente em 1607, decidiram construir um convento.
Foi então oferecido aos frades franciscanos o mesmo local anteriormente oferecido
aos carmelitas que, diferentemente dos antecessores, logo se interessaram em
ocupar e ali construir o convento em homenagem a Santo Antônio, desde que as
autoridades construíssem uma rua ligando a ermida ao mar e uma vala para o
escoamento das águas paradas da lagoa, no que foram prontamente atendidos
(COARACY, 1988, p. 110).
Consultoria e Projetos em Arqueologia 34
Figura 3 - Convento Santo Antônio e arredores
Fonte: GOOGLE MAPS, 2014. Legenda: A - Convento de Santo Antônio; B - Venerável
Ordem Terceira de São Francisco da Penitência.
Figura 4 - Lagoa de Santo Antônio (165-)
Fonte: PORTAL GEORIO, 2014.
A
B
Consultoria e Projetos em Arqueologia 35
Parte do convento com a igreja dedicada a Santo Antônio ficaram prontos
em 1615. Tendo sido construída em parte elevada do morro.
O acesso ao convento fazia-se por uma ladeira rasgada no próprio local onde hoje se acha a escadaria que leva à Igreja da Ordem Terceira da Penitência. Um século mais tarde, foi aberta uma segunda ladeira, de que hoje resta uma mínima fração, mas aproximadamente representada pelo atual trajeto dos bondes de Santa Teresa. (COARACY, 1988, p.115)
Em 1619 foi fundada a Ordem Terceira da Penitência por Luís de
Figueiredo e sua esposa Antônia Carneiro e lhes foi dada uma parte de terras ao lado
da igreja do Convento do Santo Antônio para que fosse erguida a Igreja de São
Francisco da Penitência (GERSON, 2000, p. 105). A situação das terras pertencentes
aos franciscanos foi, desde o momento em que nela se instalaram, um problema a ser
resolvido. Os limites do terreno a eles pertencentes era muito vago, sem
detalhamentos (COARACY, 1988, p. 116).
Além da Igreja de São Francisco da Penitência e do Convento de Santo
Antônio, ao sopé do morro foi criado um cemitério para o repouso dos escravos
pertencentes aos franciscanos. O pequeno cemitério próximo à lagoa de Santo
Antônio precisou ser ampliado para abrigar escravos de outros proprietários. O
cemitério localizado à frente da Igreja da Penitência funcionou até o ano de 1741.
Após, os escravos do convento passaram a ser enterrados “nas quadras do claustro
e no corpo da igreja” (RÖWER, 2008, p. 67). Em 1850, tal prática foi proibida por D.
Pedro II. Entretanto, os religiosos continuaram os enterramentos até o ano de 1889,
pois constituíam uma fonte de renda para o convento (RÖWER, 2008, p. 177).
O pedaço de terra do dito campo santo foi doado à Ordem Terceira da
Penitência para que se construísse um hospital, dando fundos para o mosteiro e frente
para o atual Largo da Carioca. O Hospital da Penitência foi demolido por ocasião do
alargamento do Largo da Carioca, projeto do prefeito Pereira Passos. O Hospital da
Penitência é a construção quadrangular que aparece na parte direita inferior da pintura
de Ronmy intitulada “Panorama do Rio de Janeiro segundo panorama pintado em
Paris por G.F. Ronmy pelos desenhos de Félix Emilio Taunay”.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 36
Figura 5 - Detalhe da gravura Panorama do Rio de Janeiro segundo panorama pintado em Paris por G.F. Ronmy pelos desenhos de Félix Emilio Taunay (18--)
Fonte: FRIEDRICH. (18--)
Figura 6 - Detalhe do Plano da cidade do Rio de Janeiro (1791)
Fonte: BETANCOURT, 1791. Obs.: em destaque o Morro de Santo Antônio.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 37
Observando o Plano da cidade do Rio de Janeiro, de autoria de Betancourt,
é possível verificar a antiga construção do Convento de Santo Antônio e destaca-se
aqui a presença de três pequenas construções em uma parte mais elevada, próxima
aos fundos do convento.
As mesmas construções podem ser encontradas na Planta da Cidade de
São Sebastião do Rio de Janeiro, de 1812.
Em Planta de estudos para arrasamento do morro de Santo Antônio, de
1890, observa-se que as construções são representadas mais distantes das
edificações do Convento de Santo Antônio.
Na área a ser estudada, interessa a esta pesquisa o morro de Santo
Antônio e as muitas alterações que sofreu em virtude dos projetos de remodelação do
centro da cidade do Rio de Janeiro, promovido pela iniciativa pública.
Figura 7 - Detalhe da planta da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (1812)
Fonte: IMPRESSÃO RÉGIA, 1812
Consultoria e Projetos em Arqueologia 38
Figura 8 - Detalhe da Planta da Cidade do Rio de Janeiro e Subúrbios (1875)
Fonte: GARRIGA, 1875. Obs.: em destaque, a primeira construção do Teatro Lyrico,
situado no atual Largo da Carioca
Figura 9 - Detalhe da planta dos estudos do arrasamento do Morro de Santo Antônio e aterro da enseada da Glória (1890)
Fonte: COSTA, 1890 Obs.: curvas de nível do morro e as construções nos fundos e
laterais do Convento de Santo Antônio e Ordem Terceira da Penitência
Consultoria e Projetos em Arqueologia 39
Figura 10 - Detalhe da Planta da cidade do Rio de Janeiro e de parte dos seus subúrbios (1885- 1905)
Fonte: MASCHECK, 1885-1905. Obs.: em destaque, a segunda construção do Teatro
Lyrico, situado no atual.
Figura 11 - Detalhe da Planta da cidade do Rio de Janeiro e subúrbios (18-- )
Fonte: GREINER, (18--) Em destaque, a Tipografia Nacional, situada no atual
Largo da Carioca.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 40
4.1 A ocupação e as transformações na área do Morro de Santo Antônio
O projeto de arrasamento do Morro de Santo Antônio vem desde os
meados do século XIX, mais precisamente no ano de 1845, pois já havia documento
solicitando o desmonte do mesmo invocando a questão da salubridade para a cidade
do Rio de Janeiro.
Tendo sido por Decreto Nº 1187 de 4 de junho do ano passado, determinada a obra do desmoronamento do morro de Santo Antônio desta Corte pelas razões, e para os fins declarados no dito decreto, da conformidade com a Lei Nº 353 de 12 de julho de 1845, e havendo-se procedido ás formalidades subsequentes, prescritas nesta lei: Hei por bem, nos termos do Artigo 9 da mesma Lei, aprovar o plano da referida obra, e Ordenar que segundo suas disposições, se promova o competente processo judicial.” (DECRETO EXECUTIVO Nº 1187, 1853)
No século XIX, as muitas lagoas existentes na cidade do Rio de Janeiro,
suas águas paradas, o calor, a umidade, a pouca ventilação que corria no centro da
cidade em virtude de uma barreira natural pela disposição de morros ao litoral, aliados
a outros fatores, foram considerados os causadores da pouca salubridade vivenciada
pelos moradores. Tornou-se imperativo às autoridades do Império e da Primeira
República tentar sanar tais problemas. Durante o Império, lagoas e pequenos
pântanos foram aterrados, tais como a do Boqueirão, da Sentinela, o mangal de São
Diogo, o pântano de Pedro Dias Paes Leme e outros.
Não somente os terrenos encharcados, mas também os morros foram alvo
de ataques em prol da salubridade pública.
Tendo chegado ao Meu conhecimento uma petição assinada pelo Visconde de Barbacena, solicitando autorização para organizar uma empresa, para cuja realização se torna indispensável o desmoronamento dos morros do Castelo e de S. Antônio, com decidia vantagem da salubridade pública [...] (DECRETO EXECUTIVO Nº 1187, 1853)
Consultoria e Projetos em Arqueologia 41
Quadro 1 - Sobreposição de imagem de atual satélite e Planta da Cidade do Rio de Janeiro da Diretoria de Obras Públicas (1870)
GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 42
Em imagens sobrepostas é possível verificar os contornos da antiga e atual
construção do Convento de Santo Antônio e Ordem Terceira da Penitência, bem como
uma pare da extensão do antigo morro demolido para ensejar abertura de ruas no
centro da cidade.
A partir dos meados do século XIX, as terras do Morro de Santo Antônio
passaram por diversos proprietários. Excetuando as terras no entorno próximo do
Convento, o restante foi vendido a José Maria da Silva e Joaquim Ribeiro de Avelar,
Conselheiros do Império no ano de 1852 (BARROS, 2014). Em 1856, as tais terras
passam à Fazenda Nacional. O seguinte proprietário foi a empresa industrial
Melhoramentos do Brasil, em 1891. Em 1897, as terras foram vendidas a José
Marcelino Pereira de Moraes, depois a seu sobrinho, sendo repassada à Cia.
Industrial Santa Fé. Essa venda representou o maior corte que teve o terreno, pois
“Desde então o muro de clausura corre em pequena distância do antigo cárcere em
linha até quase ao cimo do morro, onde faz ligeira curva para fora.” (RÖWER, 2008,
p. 183).
Pode-se encontrar outra descrição do morro, de 1938, do jornalista Luiz
Edmundo relatando que:
Alcançamos, enfim, uma parte do povoado mais ou menos plana e onde se desenrola a cidadela miseranda. O chão é rugoso e áspero, o arvoredo pobre de folhas, baixo, tapetes de tiririca ou de capim surgindo pelos caminhos mal traçados e tortos. Perspectivas medíocres. Todo um conjunto desmantelado e torvo de habitações sem linha e sem valor [...]. Construções, em geral, de madeira servida, tábuas imprestáveis das que se arranca a caixotes que serviram ao transporte de banha ou bacalhau, mal fixado, remendado, de cores e qualidades diferentes, umas saltando aqui, outras entortando acolá, apodrecidas, estilhaçadas ou negras. Coberturas de zinco velho, raramente ondulado, lataria que se aproveita ao vasilhame servido, feitas em folha-de-flandres. Tudo entrelaçando toscamente, sem ordem e sem capricho. (EDMUNDO, 1938, p. 251-252)
Consultoria e Projetos em Arqueologia 43
Figura 12 - Detalhe da planta dos estudos do arrasamento do Morro de Santo Antônio e aterro da enseada da Glória (1890)
Fonte: COSTA, 1890
Figura 13 - Vista lateral norte da Igreja da Ordem Terceira da Penitência,
Morro de Santo Antônio (1864-1957)
Fonte: MALTA, 1864-1957
Consultoria e Projetos em Arqueologia 44
Figura 14 - Morro de Santo Antônio, vista lado norte (19--)
Fonte: DECOURT, (19--) Foi um Rio que Passou (Blog)
Figura 15 - Morro de Santo Antônio (1920)
Fonte: MALTA, 1920.
Em 1931, a Prefeitura do então Distrito Federal do Rio de Janeiro toma
posse das terras do morro, iniciando uma contenda jurídica de forte interesse
econômico, não pela sua conservação e sim pelo desmonte do morro, pois os terrenos
do chão arrasado seriam todos do então proprietário do “antigo” morro (BARROS,
2014).
A batalha judicial em torno da propriedade do morro e também dos títulos
de concessão para o seu arrasamento estão transcritos na obra intitulada “A questão
do morro de Santo Antônio: coletânea de notícias, pareceres e documentos”, reunidos
pela Companhia Industrial Santa Fé, em 1937.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 45
À parte da questão da propriedade do terreno, ocorreu durante todo esse
processo a ocupação do morro pela população, nem sempre proprietária. As notícias
sobre a primeira fase de ocupação remonta aos anos de 1893-94, quando o governo
autorizou a construção de barracões destinados ao alojamento de soldados da
Revolta da Armada. Com o aumento da demanda por moradia, mais barracões foram
sendo construídos de forma ilegal a ponto de serem contabilizados, em 1897, “43
barracões de madeira, cobertos de zinco” (ALVITO; ZALUAR, 2004, p. 105).
Barros comenta que ocorreu um intenso movimento de ocupação e
desocupação ao longo das primeiras décadas do século XX. Sem mencionar os
fatores, os moradores teriam sido removidos em 1901. Não durou muito e o terreno já
teria sido ocupado novamente por causa das reformas de Pereira Passos. Nova
remoção ocorreu em 1910, que também não tardou a voltar a ocupação. Em 1916, a
remoção foi motivada por um incêndio (BARROS, 2014).
Ao longo desses anos entre ocupações e desocupações de moradores na
área, o morro se apresentou na descrição do cronista João do Rio como:
Um caminho amplo e maltratado, descobrindo de um lado, em planos que mais e mais se alargavam, a iluminação da cidade. [...] Acompanhei-os e dei num outro mundo. A iluminação desaparecera. Estávamos na roça, no sertão, longe da cidade. O caminho, que serpeava descendo era ora estreito, ora largo, mas cheio de depressões e de buracos. De um lado e de outras casinhas estreitas, feitas de tábua de caixão, com cercados indicando quintais. A descida tornava-se difícil [...] (RIO, 1911, p. 51-53).
Em observação à fotografia de Augusto Malta (Vista lateral norte da Igreja
da Ordem Terceira da Penitência, Morro de Santo Antônio - 1864-1957), da fachada
lateral da Igreja da Ordem Terceira da Penitência, é possível constatar a presença de
pequenos barracões na encosta do morro voltado para a Rua da Carioca. Cenário
muito parecido com o que se pode ver na foto de Milton Santos, datada de 1954.
A frase “Estávamos na roça, no sertão, longe da cidade”, de 1911, vem ao
encontro de uma fotografia de Milton Santos, datada de 1954, época em que o morro
estava em desmonte. Pelo que demonstra a mesma, há o que parece ser uma família
de moradores, humilde, observando o desmonte do morro de uma parte mais elevada.
O cenário em torno da família lembra a “roça” descrita por João do Rio, em 1911.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 46
Figura 16 - Favela do Morro de Santo Antônio (1954)
Fonte: SANTOS, 1954.
Figura 17 - Desmanche do Morro de Santo Antônio (1954)
Fonte: SANTOS, 1954.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 47
4.2 Os planos de urbanização: o sacrifício do Morro de Santo Antônio
Protagonista de muitos planos urbanísticos dos tempos do Império
(Relatório de Obras de Henrique Beaurepaire-Rohan em 1843; Plano da Comissão de
Melhoramentos em 1875; Guiseppe Fogliani em 1880) e também desde os primeiros
anos da República (Joaquim Galdino Pimentel em 1890; Sabino Pessoa), foi na
segunda década do século XX que o prefeito Carlos Sampaio ordenou o
“embelezamento” do morro. Desta vez, o objetivo não seria o desmonte e sim a
abertura de ruas de acesso para o topo do morro e escadarias para pedestres. Dentre
essas havia uma que se localizava ao lado do convento e no centro do Largo da
Carioca, outra entre a Av. Senador Dantas e Rua Evaristo da Veiga, Rua Francisco
Belisário, Beco da Carioca e Rua Silva Jardim.
Entretanto, a abertura de ruas e escadarias foi interrompida, em 1929, pelo
Plano Agache que preconizava o arrasamento do morro para o surgimento da
Esplanada de Santo Antônio.
Figura 18 - Detalhe da planta dos estudos do arrasamento do Morro de Santo Antônio
e aterro da enseada da Glória (1890)
Fonte: COSTA, 1890. Obs.: em destaque, área dos fundos do Convento
Santo Antônio e Igreja da Ordem Terceira da Penitência. Legenda: A - cemitério; B - platôs com escadarias.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 48
Outros projetos surgiram tais como o de Paulo Camargo e Almeida em
1938 e o de José Saboya Ribeiro, em 1942. Affonso Eduardo Reidy (1948-52) e
Adalberto Szilard (1950) também planejaram alterações naquela paisagem, mas foi
José de Oliveira Reis (1956) o autor do projeto que mais convinha com a situação
econômica da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. O plano contemplava a
construção de blocos de altos edifícios (torres) destinados a escritórios de grandes
empresas para que se obtivessem lucros com a venda dos terrenos para superar os
gastos com as obras do desmanche do morro (SEGRE; KOATZ, 2013, 1-14).
O desmonte pretendia além de criar novos terrenos valorizados no centro da
cidade, fornecer material para o aterro da praia do Flamengo. Para tanto, os
moradores seriam despejados do morro em prol do “progresso”, e isso não parecia
ser a preocupação dos vários planos surgidos ao longo dos anos. Tal situação foi
narrada em versos e música por Herivelto Martins e Benedito Lacerda na composição
“Morro de Santo Antônio”, em 1950.
Seu dotô não bote abaixo Tem pena do meu barracão Quem é rico se atrapalha Pra arranjar onde morar Quanto mais eu que sou pobre Como vou me arrumar Pra me mudar Seu doto me compreende O progresso é necessário Mas seu dotô Pense um pouco no operário Meu barracão é todo meu patrimônio Por favor não bote abaixo O morro de Santo Antônio (MARTINS; LACERDA, 1958).
O bota abaixo do morro simbolizou naquele momento a dialética do progresso
x atraso, do urbano x rural, da burguesia x proletariado.
Considera-se aqui de especial interesse o caráter ilustrativo das etapas do
desmanche, objetivando observar a indicação de alguma construção de significativa
importância no local da pesquisa.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 49
Figura 19 - Desmanche do Morro de Santo Antônio (1921)
Fonte: MALTA, 1921.
Figura 20 - Morro de Santo Antônio: vista do lado Norte/Oeste (1958)
Fonte: CORREIO DA MANHÃ, 1958.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 50
Figura 21 - Morro de Santo Antônio: obras na encosta do morro (195-)
Fonte: CORREIO DA MANHÃ, (195-)
Figura 22 - Morro de Santo Antônio (195-)
Fonte: SKYSCRAPERCITY, (195-)
Consultoria e Projetos em Arqueologia 51
Figura 23 - Desmonte do Morro de Santo Antônio (1959)
Fonte: O GLOBO, 1959.
Figura 24 - Desmanche do Morro de Santo Antônio (195-)
Fonte: O GLOBO, (195-).
Consultoria e Projetos em Arqueologia 52
Figura 25 - Abertura da Avenida Chile (1959)
Fonte: O GLOBO, 1959.
Figura 26 - Morro de Santo Antônio (1960)
Fonte: FOTOLOG DO LUIZ, 2014.
Figura 27 - Esplanada de Santo Antônio (1968)
Fonte: NORONHA SANTOS, 1968.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 53
Na nova Esplanada, na década de 1960 foi construída a Catedral Metropolitana
por determinação do governador Carlos Lacerda; durante a Ditadura Militar foram
construídas as sedes da Petrobrás (1968), Banco Nacional da Habitação - BNH
(1968), do Banco de desenvolvimento Econômico e Social - BNDES (1974), a torre
Metropolitan (1995) e Ventura Towers (2007) (SEGRE; KOATZ, 2013, 1-14).
Por tudo isso, o local objeto do projeto de Arqueologia encontra-se justamente
no limiar do Rio de Janeiro dos tempos coloniais com o Rio de Janeiro contemporâneo,
no limite dos contrapontos.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 54
5 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO LOCAL
A disciplina arqueológica apresenta dentre outras particularidades caráter
interdisciplinar, envolvendo diferentes áreas do conhecimento na compreensão das
paisagens culturais. Partindo desse princípio, o conhecimento geológico e
geomorfológico da área de estudo é essencial no entendimento das características
litológicas e dos fatores genéticos e evolutivos da formação dinâmica da paisagem
natural e cultural abordada neste trabalho.
5.1 Geologia
O município do Rio de Janeiro é formado, essencialmente, por rochas pré-
cambrianas pertencentes ao domínio tectono-magmático Serra do Mar, além de
coberturas farenozóicas e cenozoicas (CPRM, 2000). Mais especificamente na área
do Morro de Santo Antônio, as rochas Pré-Cambrianas são representadas pelo
Complexo Paraíba do Sul e pela Suíte Granítica Rio de Janeiro de idade
neoproterozóica. As unidades litoestratigráficas sedimentares presentes nessa área
correspondem principalmente a coberturas coluvionares e coberturas flúvio-marinhas,
presentes nas áreas mais baixas (CPRM, 2000a; BNDES, 2011).
O Complexo Paraíba do Sul (MNps), representado no Mapa Geológico da
Cidade do Rio de Janeiro, caracteriza-se pela presença de rochas com extensas
zonas de falhas transcorrentes e faixas cataclásticas associadas, intrusões e
depressões tectônicas diversas. Essas depressões tectônicas estão preenchidas por
sedimentos originando o Grabén Guanabara. Dentre as rochas aflorantes
representativas dessa unidade litoestratigráfica predominam os biotita-gnaisses,
rochas calciossilicáticas, metacarbonáticas e xistos grfitosos (CPRM, 2000a; BNDES,
2011).
A Suíte granítica Rio de Janeiro (Ny2r), representado no Mapa Geológico
da Cidade do Rio de Janeiro, constituem granitoides foleados e ortognaisses. Na área
do empreendimento verificam-se unidades de caráter magmático, representadas, por
exemplo, pelos granitos Pão de Açúcar e Corcovado. A estrutura física do Morro é
constituída por um apêndice do grande corpo do Granito Corcovado, encaixado entre
os biotita-gnaisses do Complexo Paraíba do Sul, em contato com uma faixa de brecha
tectônica (BNDES, 2011). Em decorrência da escala utilizada quando da elaboração
Consultoria e Projetos em Arqueologia 55
do mapa geológico (1:500.000) destacado acima, algumas litologias destacadas não
são observadas no mapa para esta região.
Em relação às coberturas coluvionares, estas certamente foram formadas
por solos residuais decorrentes de gnaisses e granitos e ocupam as partes mais
elevadas das encostas e vertentes. No que concerne às coberturas flúvio-marinhas
ou quaternárias (Qphm) estas foram formadas através da deposição de sedimentação
marinha e flúvio lagunar (CPRM, 2000a; BNDES, 2011). Os estratos quaternários são
compostos, no sítio em questão, por areia, silte argiloso e camadas ricas em matéria
orgânica.
Estudos geológicos realizados no ano de 2011 na Área de Influência Direta
do Empreendimento, através de reconhecimento de campo com perfurações de
quatro (04) sondagens, evidenciaram as seguintes características pedológicas para
cada corte estratigráfico (BNDES, 2011), conforme será exemplificado a seguir:
a) SP-01: Situa-se no talude próximo ao muro que divide a área do Convento de Santo Antônio. Em relação à pedologia, verificou-se camada superficial de 0,20 m seguida por solo coluvionar constituído por área fina a média, siltosa, e solo pouco a mediamente compacto;
b) SM-02: Encontra-se na porção intermediária do talude. Está representada por camada superficial de 0,20 m, seguida por solo coluvionar/residual laterizado composto por silte, e bem compactado;
c) SM-03: Localizado na crista do talude. Apresenta camada superficial de 0,20 m, seguida por solo coluvionar residual laterizado, silto-arenoso, e bem compactado;
d) SM-04: Está situado na porção inferior do talude, próximo a Avenida República do Paraguai. Apresentou cobertura superficial de 0,20 m, seguida por solo coluvionar, silto-arenoso e mediamente compacto.
Em decorrência das intervenções arqueológicas realizadas no subsolo não
terem ultrapassado a profundidade de 1,40 m, a descrição contempla apenas as
características litológicas observadas até 2,00 m de profundidade quando da
realização das análises geológicas no local. No que diz respeito às características
pedológicas de toda a área onde foi desenvolvido o diagnóstico interventivo, verificou-
se que a mesma está marcada pela incidência de aterros artificiais, sedimentos
coluviais, coberturas quaternárias, além de solo residual (rocha alterada in situ)
consequente da decomposição de rochas por processos de intemperismo. Em relação
ao tipo de sedimento observado, registrou-se areia, arenito, silte, silto-arenoso e silto-
argiloso, típicos do contexto geológico apresentado para esta região.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 56
Figura 28 - Localização das sondagens geológicas na área de estudo.
Fonte: BNDES, 2011.
5.2 Geomorfologia
Geomorfologicamente, o município do Rio de Janeiro apresenta três grupos
montanhosos, algumas serras e morros isolados. Os maciços montanhosos estão
representados pelos maciços costeiros da Tijuca, Pedra Branca e do Mendanha,
situados no extremo sudeste, na porção central e norte do município, respectivamente
(CPRM, 2000b). Cabe ressaltar, ainda, que as áreas de planícies correspondem à
Baixada da Baía de Guanabara, situada na porção norte-nordeste, e Baixada de
Jacarepaguá, localizada na porção sul-sudoeste.
O Morro de Santo Antônio está inserido em uma área representada pela
unidade de relevo maciço costeiro da Tijuca, assentado em rochas Pré-Cambrianas,
constituídas por gnaisses diversos, por exemplo biotita e granitoides, e granitos, com
cota acima de 40,00 m (FERNANDES, 1998; CPRM, 2000b). Em decorrência, das
alterações em virtude do arrasamento do Morro ao longo dos anos, não foi possível
determinar com precisão a sua altitude.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 57
Figura 29 - Mapa geológico da cidade do Rio de Janeiro, destacando a região sul do Município e a área onde está esculpido o Morro de Santo Antônio.
Fonte: Adaptado do Mapa Geológico do Estado do Rio de Janeiro (CPRM, 2000a).
Figura 30 - Mapa de localização da cidade do Rio de Janeiro, destacando a área de abrangência do Maciço da Tijuca.
Fonte: GRIFO Consultoria e Projetos em Arqueologia. Adaptado de Fernandes, 1998.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 58
6 INTERVENSÕES ARQUEOLÓGICAS SUBSUPERFICIAIS As atividades de prospecção subsuperficial, assim como as estruturas
arquitetônicas evidenciadas, foram registradas através de uma Estação Total
TOPCON mod 3207N, com precisão de 5mm, e inseridas em uma planta preexistente
georreferenciada no datum SAD69 (BNDES, 2014). Dessa forma, tornou-se
necessária a conversão de todas as coordenadas de acordo com os parâmetros
estabelecidos pelo novo Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas.
A escolha da Estação Total no levantamento das coordenadas geográficas das
atividades arqueológicas desenvolvidas no Morro de Santo Antônio levou em
consideração as características físicas do local, bem como os objetivos da pesquisa
e a distância existente entre um ponto em relação a outro. Tal ação se justifica pela
maior precisão dos dados, tendo em vista que o georreferenciamento realizado
anteriormente pelo BNDES com a utilização de um GPS geodésico apresenta
precisão com menos de 0,50 m. Enquanto isso, o levantamento com o uso de um
receptor de Sistema de Posicionamento Global (GPS) de navegação, por exemplo, da
marca Garmin Etrex, oferece precisão mínima acima de 1,00 m, podendo chegar a
vários metros dependendo do nível de interferência durante o rastreamento.
Desde 25 de fevereiro de 2015, o SIRGAS2000 (Sistema de Referência
Geocêntrico para as Américas) é o sistema geodésico de referência oficialmente
adotado no Brasil. Entre 25 de fevereiro de 2005 e 25 de fevereiro de 2015, admitia-
se o uso, além do SIRGAS2000, dos referenciais SAD 69 (South American Datum,
1969) e Córrego Alegre. Vale ressaltar, que o emprego de outros sistemas que não
possuam respaldo por Lei, podem provocar inconsistências e imprecisões na
combinação de diferentes bases de dados georreferenciados.
Os dados fornecidos pelo SAD69 e pelo SIRGAS2000 não são compatíveis
entre si, ou seja, não podem ser inseridos em um mesmo mapa. Há um deslocamento
espacial entre as coordenadas determinadas pelos dois sistemas (variável
dependendo do local onde se está). A distância média para o mesmo ponto em SAD69
e SIRGAS2000 chega a aproximadamente 65,00 m. Dessa maneira, a conversão dos
dados revelou uma alternativa viável na geração de dados com margem de erro
mínima, fornecendo assim, um melhor georreferenciamento das atividades
arqueológicas realizadas no local.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 59
Figura 31 - Levantamento planialtimétrico evidenciando a área de abrangência do empreendimento e as intervenções arqueológicas realizadas
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia adaptado de ATOL, 2013.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 60
Figura 32 - Levantamento planialtimétrico evidenciando as intervenções arqueológicas realizadas
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia adaptado de ATOL, 2013.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 61
No mês de janeiro de 2015, com base no levantamento histórico
devidamente executado, deu-se início as ações relativas à etapa de levantamento
arqueológico de campo, neste caso, prospecções (superfície e subsuperfície), que
foram realizadas de acordo com as legislações ambientais, arqueológicas e
patrimoniais pertinentes, aliadas às especificidades do contexto local, com o objetivo
de conhecer o estado contextual dos vestígios arqueológicos in situ.
Define-se aqui como “prospecção de superfície” o caminhamento exaustivo
em todo o terreno de abrangência do projeto evidenciando possíveis vestígios em
superfície. Em relação à “prospecção de subsuperfície”, a mesma compreende a
realização de tradagens e sondagens em áreas de baixo potencial e alto potencial
arqueológico, respectivamente. A metodologia adotada em cada área levou em
consideração as características da mesma, assim como os objetivos da pesquisa.
Os equipamentos utilizados em campo são comumente empregados em
trabalhos de cunho arqueológico. Considerando às especificidades do local, utilizou-
se ferramentas manuais como, enxadas, cavadeiras articuladas (boca de lobo), pás,
colheres de pedreiro, pincéis, espátulas, peneiras, dentre outros. A abertura de alguns
poços-testes em áreas de baixo potencial arqueológico foi realizada com o auxílio de
um perfurador de solo mecânico, tendo em vista a ocorrência de solo bastante
consolidado. No entanto, as demais atividades foram realizadas manualmente,
buscando preservar a integridade física dos artefatos, evitando possíveis perdas de
informações.
As intervenções arqueológicas foram realizadas com a utilização da técnica
de níveis artificiais em camadas de 0,20 m, possibilitando a análise detalhada das
características estratigráficas do sítio. O material recuperado em cada nível foi
armazenado em sacos plásticos com etiquetas de identificação da área de
proveniência, assim como da sondagem ou poço-teste escavado.
Por fim, todas as escavações arqueológicas foram fechadas, utilizando os
procedimentos recomendados pelo IPHAN. Após este procedimento, as intervenções
foram reaterradas utilizando o sedimento retirado das mesmas.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 62
6.1 Limpeza do Sítio O terreno tratado neste trabalho encontrava-se parcialmente coberto por
vegetação rasteira, o que impedia uma visualização detalhada das edificações
parcialmente soterradas e dos artefatos culturais em superfície. Dessa maneira,
optou-se pela remoção da cobertura vegetal de modo a aumentar as chances de
localização de estruturas e materiais arqueológicos, como fragmentos de louças e
vidros, cerâmica, azulejos e ladrilhos.
6.2 Prospecção de superfície Os trabalhos de prospecção de superfície são indispensáveis na ciência
arqueológica, pois além de possibilitar a identificação de sítios ou artefatos
arqueológicos, permitem uma análise pormenorizada da constituição física do sítio.
Neste sentido, esta etapa assume papel indispensável no diagnóstico do patrimônio
arqueológico de uma determinada área ou região.
A partir dos dados obtidos por meio do caminhamento exaustivo em todo o
terreno que será impactado diretamente e indiretamente pela obra de construção do
Edifício Anexo do BNDES, o sítio foi dividido em Áreas (A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K),
de modo a facilitar as atividades interventivas no subsolo. A delimitação de cada área
levou em consideração o relevo, o acesso e as estruturas arquitetônicas do sítio. Vale
ressaltar que as Áreas J e K representam o ‘’entorno’’ do sítio e compreendem as
porções Norte (vertente do morro) e Sul/Sudoeste (área alterada na época da
construção do Edifício Sede do BNDES), respectivamente.
Acredita-se que alguns dos artefatos arqueológicos observados na
superfície do solo, especialmente na Área F, foram descartados no local, o que permite
inferir que estão relacionados a outros contextos, como por exemplo, ao Convento de
Santo Antônio e a Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência. O fator
principal que permite tal inferência consiste na presença de peças votivas.
6.3 Prospecção de subsuperfície As intervenções no subsolo são de extrema importância para a localização
de artefatos arqueológicos, além do estudo pedológico do terreno. As tradagens (Ø =
0,40 m), obedeceram às especificidades de cada área quanto à profundidade, sendo
perfuradas até a camada estéril. A abertura de sondagens (0,50 m x 1,00 m) nos locais
Consultoria e Projetos em Arqueologia 63
que apresentaram uma maior incidência de artefatos culturais permitiu ampliar a área
de busca e evidenciar os perfis estratigráficos antropomorfizados. As intervenções
subsuperficiais foram realizadas em linhas paralelas com distância mínima de 5,00 m
e máxima de 10,00 m entre elas. A abertura das sondagens ocorreu de forma gradual,
determinadas de acordo com os indicadores culturais e as camadas arqueológicas
das intervenções já abertas. Ressalta-se ainda, que a cada 0,20 m escavado o
sedimento foi peneirado, evitando assim, a mistura de artefatos culturais provenientes
de níveis arqueológicos diferenciados. Em virtude das características culturais e
pedológicas do terreno, alguns poços-testes não obedeceram a metodologia de
escavação por níveis artificiais com camadas de 0,20 m.
6.4 Área A Este espaço está localizado, de maneira geral, na parte inferior do terreno.
As principais características dessa área consistem na presença de uma escada na
parte inferior, interligada a um muro em alvenaria de cerâmica, responsável por dividir
a área em questão com o espaço de uso contínuo da Ordem Terceira de São
Francisco da Penitência. Neste muro registrou-se a ocorrência de duas aberturas
fechadas com alvenaria de pedra, possivelmente, pertencentes a uma porta e/ou
janela. Verificou-se, ainda, a presença de uma rampa seguida por outra escada com
as mesmas características arquitetônicas da anterior na extremidade superior da área.
Dentre os materiais arqueológicos evidenciados em superfície, destacam-se sacos
plásticos, moluscos, borrachas, fragmentos de piso cimentado, ladrilhos, telhas,
tijolos, vidros, louças e garrafas plásticas. A partir dessas características, optou-se por
realizar 12 poços-testes (Ø = 0,40 m), com profundidade mínima de 0,75 m e máxima
de 1,10 m, escavados até a camada arqueologicamente estéril. As intervenções foram
realizadas em linhas paralelas com distância de 5,00 m entre elas.
6.4.1 Poços-testes Os 12 (doze) poços-testes perfurados nessa área registraram artefatos
culturais em superfície e subsuperfície, com exceção do Poço-teste 07 (000-080) que
não registrou ocorrências arqueológicas no subsolo. O material cultural coletado
pertence, sobretudo, aos primeiros níveis escavados (000-020) e (020-040), dentre
eles, fragmentos de telhas, vidros, louças brancas e decoradas, metal, piso
Consultoria e Projetos em Arqueologia 64
(cimentado), azulejos, tijolos e material ósseo diversificado. A partir da observação
estratigráfica, constatou-se a predominância da tonalidade vermelha com
intercalações esbranquiçadas, principalmente, em camadas arqueológicas mais
profundas.
As características expostas acima em conjunto com observações visuais
realizadas in loco, permitem inferir que o local, provavelmente, recebeu sedimento
e/ou materiais provenientes de outros contextos no aterramento da área para a
construção da rampa cimentada, atualmente, representada apenas por alguns
fragmentos em superfície. Em decorrência disso, o material arqueológico coletado nos
poços-testes abertos nessa área, encontrava-se misturado temporalmente, fato esse
que não obedece aos princípios temporais da estratigrafia, uma vez que quanto mais
profunda for a camada, mais antigo será o material associado à mesma.
É importante salientar, ainda, que o poço-teste 08 ao contrário dos demais,
registrou clara predominância da tonalidade amarela no que diz respeito ao
sedimento, devido à grande concentração de ferro (goethita). De maneira geral, os
artefatos evidenciados em subsuperfície na área A, bastante diversificados, podem
estar relacionados às atividades cotidianas a partir do século XX, enquanto a grande
maioria do material verificado em superfície, provavelmente, foi descartada nesse
ambiente, mais recentemente.
6.5 Área B Após a retirada da camada superficial, constatou-se a ocorrência de piso
cimentado em bom estado de conservação. Diante disso, não foram realizadas
intervenções na subsuperfície, mantendo assim a integridade física da estrutura.
Desse modo, realizou-se o registro fotográfico e topográfico da mesma.
6.6 Área C Delimitada por estruturas arquitetônicas com detalhes ovais na parte
superior da mesma, na porção Sul, Leste e Oeste, tradicionalmente utilizados em
locais destinados à jardinagem ou pomar. No que concerne à presença de elementos
culturais em superfície, observou-se poucos registros, porém, por ser uma área
situada próxima ao platô do Morro, não sofreu grandes intervenções antrópicas
quando da preparação do terreno, preservando uma estratigrafia bem definida.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 65
As intervenções efetuadas nesta área consistem em 02 (dois) poços-testes
(Ø = 0,40 m), com profundidade de 0,80 m e 0,90 m, respectivamente. Diante da
quantidade razoável de materiais arqueológicos recuperados com a abertura dos
poços-testes, realizou-se uma sondagem (SC1 - 0,50 m X 1,00 m) para uma melhor
visualização e compreensão da sequência estratigráfica, sendo a mesma escavada
até o nível arqueologicamente estéril, neste caso, 1,40 m.
6.6.1 Poços-testes Buscando evidenciar o potencial arqueológico dessa área, a princípio,
foram perfurado 02 (dois) poços-testes, com profundidade máxima de 0,90 m. A partir
da análise estratigráfica dos mesmos, concluiu-se que ambos apresentavam camadas
semelhantes, tanto no que diz respeito ao sedimento, quanto aos elementos
arqueológicos coletados. Constatou-se, também, uma maior concentração de
artefatos culturais a partir do nível 0,60 m, dentre eles, elementos ósseos
diversificados e louça. Em relação ao sedimento, observou-se a predominância da
tonalidade cinza médio.
6.6.2 Sondagem C1
Na Sondagem C1 desde seu primeiro nível de escavação (000-020)
apresentou raízes e artefatos arqueológicos, dentre eles, fragmentos ósseos. No nível
020-040 foram coletados materiais arqueológicos diversificados, como fragmentos
ósseos, vidros (corpos e bases), metais (pregos), botões confeccionados em
plásticos, piso hidráulico, azulejos, fragmentos de telhas, louças brancas e com
motivos decorativos (v.g. Shell Held) enquanto no nível 040-060 foram coletados
pregos, fragmentos de vidros e material ósseo; 060-080 observou-se fragmentos
ósseos, metais, vidro, fragmentos cerâmicos com marcas de queima, louça, piso
hidráulico e um cachimbo com figura antropomorfa.
No nível 080-100 evidenciou-se material ósseo, fragmentos de piso
(ladrilhos e azulejos), fragmentos de peças cerâmicas de superfície lisa e vidrada,
algumas com marcas de queima, metais (prego), fragmentos de louças brancas e
decoradas (por exemplo, faiança portuguesa). Seguido pelo nível 100-120 constatou-
se a presença de fragmentos ósseos, piso hidráulico, azulejo; vale ressaltar que este
nível apresentou poucas ocorrências arqueológicas, enquanto no nível 120-140, este,
Consultoria e Projetos em Arqueologia 66
com sedimento consolidado, apresentava tonalidade vermelha com algumas
intercalações amareladas (provavelmente hematita e goethita), além da ausência de
artefatos arqueológicos; essas características permitem inferir que esta camada exibe
o solo original do morro.
As características expostas acima indicam a existência de uma camada de
ocupação humana com evidências arqueológicas associadas seguramente ao século
XVIII ou até mesmo ao século XVII. Partindo dessa premissa, o sítio em análise serviu
em uma época anterior ao pomar, como espaço onde teriam sido fixadas moradias,
possivelmente ilegais, que foram removidas em prol da urbanização do local.
6.7 Área D As atividades desenvolvidas nesta área contemplaram a abertura de 03
(três) poços-testes (Ø = 0,40 m), com profundidade mínima de 0,55 m e máxima de
1,00 m, além de uma sondagem (SD1 - 0,50 m x 1,00 m x 1,00 m). Assim como a área
descrita anteriormente, a perfuração dos poços-testes evidenciaram abundantes
artefatos arqueológicos e um contexto estratigráfico bem definido. Desse modo, a
abertura de uma sondagem neste local permitiu o exame detalhado dos perfis do solo
e das ocorrências arqueológicas. Igualmente, possibilitou a comparação dos dados
com os registros observados na sondagem realizada na Área C (SC1), tendo em vista
que ambas apresentaram registro estratigráfico semelhante, possibilitando assim,
uma melhor compreensão do local.
6.7.1 Poços-testes Inicialmente, foram perfurados 03 (três) poços-testes nessa área. Tal ação
evidenciou artefatos arqueológicos em grandes quantidades, principalmente no PT 17
e 21, como material construtivo, fragmentos de vidro, louça, dentre outros. Vale
ressaltar, ainda, que o material coletado no PT 14 e no PT 17 não obedeceu aos níveis
artificiais de 0,20 m conforme os demais. Tal medida foi adotada em virtude da
ocorrência de rocha alterada no PT 14, motivo pela qual a escavação foi interrompida
no nível 0,55 m; em relação ao PT 17, o diâmetro do mesmo em conjunto com a
constituição física/material, exigiu uma análise diferenciada. Vale destacar que
embora esse poço-teste não tenha sido escavado em níveis artificiais de 0,20 m, o
contexto estratigráfico do material foi levado em consideração, conforme poderá ser
Consultoria e Projetos em Arqueologia 67
verificado no inventário, em apêndice. Quanto ao sedimento, verificou-se a
predominância da tonalidade marrom, tendendo ao vermelho. A abertura de uma
sondagem (0,50 m x 1,00 m) forneceu dados relevantes acerca das camadas
estratigráficas do local, conforme descrito a seguir.
6.7.2 Sondagem D1 Na sondagem D1, em seu primeiro nível escavado, 000-020, notou-se
sedimento exibindo tonalidade cinza escuro com intercalações esbranquiçadas;
material arqueológico, dentre eles, louças (v. g. fragmentos de pratos), metais, vidro,
moluscos, fragmentos ósseos, tomadas de louça, piso cimentado e destroços de
telhas. O nível 020-040 apresentou sedimento de coloração predominantemente
marrom; artefatos arqueológicos, como material ósseo, pregos e fragmentos de peças
cerâmicas (paredes e um fragmento de borda revestida externamente), sendo certo
que no nível 040-060, também apresentando sedimento de tonalidade
predominantemente marrom; e abundantes artefatos arqueológicos, ósseos (v. g.
peixe), fragmentos de peças em cerâmica com superfície vidrada na parte interna e
borda revestida externamente, além de exibir sinais de queima, metais, louças
(fragmentos de pires, prato fundo e raso com motivos decorativos) e fragmentos de
vidro.
No nível 060-080 foi registrado sedimento de coloração
predominantemente marrom com aspecto esbranquiçado; dentre os artefatos
arqueológicos examinados, destacam-se alguns fragmentos ósseos, louças, pregos e
vidro; vale ressaltar que ao final deste nível observou-se o início da camada vermelha
verificada também na sondagem anterior (SC1). No nível 080-100 manteve-se o
sedimento exibindo tonalidade vermelha com aspecto homogêneo, contudo
diferenciando-se pela ausência de artefatos culturais. Assim, representando a camada
arqueologicamente estéril.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 68
6.8 Área E Está situada no platô do morro (parte superior do terreno). Neste espaço
realizou-se a abertura de 02 (dois) poços-testes. Além disso, realizou-se a abertura
de 01 (uma) sondagem (SE1 - 0,50 m x 1,00 m) para melhor visualização dos níveis
e/ou camadas de ocupação.
6.8.1 Poços-testes Os poços-testes perfurados nessa área foram escavados até a
profundidade de 0,40 m, em virtude da ocorrência de rochas no espaço escolhido para
a realização dos mesmos. Diante disso, o material coletado não foi separado por nível.
A partir dessas intervenções, foram recuperados alguns fragmentos ósseos, peças em
metal oxidado, fragmentos de vidro e louça. Tendo em vista a interrupção das
escavações dos referidos poços-testes, foi aberta uma sondagem para uma melhor
compreensão das camadas antropomorfizadas.
6.8.2 Sondagem E1 O exame estratigráfico da sondagem E1 apresentou em seu primeiro nível
(000-020) sedimento na tonalidade cinza escuro tendendo ao marrom avermelhado
(camada pouco consolidada); quanto aos artefatos arqueológicos, observou-se
material ósseo, vidro, louça e pregos. No nível 020-040, o sedimento consolidado
exibia a tonalidade vermelha (contendo hematita) e ausência de material
arqueológico, enquanto no nível 040-060, sedimento consolidado exibindo a
tonalidade vermelha com algumas intercalações amareladas (presença de hematita e
goethita), chegou-se a camada arqueologicamente estéril.
Diante das características expostas, possivelmente, o solo avermelhado
pertence à estrutura física do Morro de Santo Antônio, não sendo evidenciados
artefatos culturais nesta camada.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 69
6.9 Área F Situado paralelamente a área I, neste espaço foram registrados
abundantes artefatos culturais em superfície, principalmente vidros inteiros e
fragmentos diversificados (louças, porcelana, piso hidráulico, dentre outros.). A
princípio, realizou-se a abertura de 02 (dois) poços-testes (Ø = 0,40 m) de
profundidade máxima de apenas 0,40 m, tendo em vista a existência de pequenos
blocos rochosos bastante compactados. Neste sentido, efetuou-se a abertura de uma
sondagem (0,50 m x 1,00 m), visando um maior esclarecimento da pedologia local.
Ademais, realizou-se outra sondagem (SF2 - 0,50 m X 0,50 m) contigua à parede
Norte da caixa d’água, com o objetivo de evidenciar e demonstrar a constituição física
da base da mesma.
6.9.1 Poços-testes Os materiais culturais evidenciados são semelhantes àqueles verificados
em superfície. Em relação ao sedimento, constatou-se a predominância da tonalidade
laranja. A ausência de uma camada superficial (matéria orgânica) exibindo tonalidade
escura pode ser indicativa de que houve a retirada da mesma em decorrência de
ações antrópicas nessa área, mais recentemente.
6.9.2 Sondagem F1 A escavação dessa sondagem foi interrompida no nível 000-020, em virtude
da ocorrência de cascalho e rochas conglomeráticas. Este nível registrou sedimento
na tonalidade cinza escuro no topo seguida pelo bege médio tendendo ao marrom.
Dentre os materiais arqueológicos observados destacam-se: louças brancas (v. g.
fragmentos de prato), porcelana, vidro, fragmentos de piso, peças cerâmicas e
elementos ósseos.
6.9.3 Sondagem F2
Com o objetivo de evidenciar possíveis estruturas arquitetônicas nas
proximidades da caixa d’água, realizou-se a remoção da camada superficial e abertura
de uma sondagem (SF2 - 0,50 m x 0,50 m) com 0,20 m de profundidade. Tais
intervenções evidenciaram artefatos culturais em superfície, estrutura de cimento
Consultoria e Projetos em Arqueologia 70
constituída por alvenaria de pedra (base da caixa d’água) e ausência de indícios que
indiquem a existência de outras estruturas edificadas neste local.
6.10 Área G Situa-se paralelamente a Área (A), no estrato superior do morro.
Considerando os abundantes artefatos culturais localizados em superfície, o
procedimento aplicado consistiu na abertura de 02 (dois) poços-testes (Ø = 0,40 m),
ambos com profundidade de 0,60 m. Além de uma sondagem (0,50 m x 1,00 m)
implantada a 0,50 m do paredão Norte da área.
6.10.1 Poços-testes Os poços-testes foram perfurados em uma área com bastante material
arqueológico em superfície. Essas intervenções evidenciaram materiais
diversificados, nos primeiros níveis escavados (000-020 e 020-040), representantes
de diferentes contextos ocupacionais. O sedimento verificado em ambos os poços,
apontam para a predominância da tonalidade marrom escuro.
6.10.2 Sondagem G1 O exame estratigráfico da Sondagem G1, em seu primeiro nível (000-020)
apresentou a ocorrência de materiais arqueológicos diversificados, como fragmentos
ósseos, vidro (corpo e gargalo), cerâmica (borda revestida externamente, bojo com
sinais de queima), fragmentos de telha, louças (borda de um prato e parede sem
decoração). Em relação à estratigrafia, observou-se a tonalidade cinza escura próxima
à superfície, seguida pelo marrom com intercalações amareladas. Vale ressaltar,
ainda, a presença de um encanamento a 0,10 m da parede sul desta sondagem,
supostamente, utilizada para levar a água da caixa d’água às áreas mais distantes;
No nível 020-040 os artefatos arqueológicos observados consistem em
fragmentos diversificados, como ossos longos, cerâmica, louças brancas e decoradas.
No que se refere à estratigrafia, constatou-se a predominância da tonalidade marrom,
à medida que no nível 040-060 contatou-se a presença de alguns fragmentos ósseos
e sedimento exibindo a tonalidade esverdeada com intercalações avermelhadas.
No nível 060-080 constatou-se a ausência de material arqueológico,
consequentemente a camada arqueologicamente estéril. A tonalidade predominante
Consultoria e Projetos em Arqueologia 71
é o marrom claro com aspecto esbranquiçado devido ao material constituinte. Além
disso, evidenciou-se a ocorrência da tonalidade vermelha, verificada também em
sondagens anteriores.
6.11 Área H Situa-se paralelamente a Área C e diferencia-se das demais pela maior
preocupação com a aparência estética das estruturas arquitetônicas que delimitam
esse ambiente. Assim, foi realizada a sondagem H1 (0,50 m X 1,00 m), buscando
identificar ocorrências arqueológicas na subsuperfície.
6.11.1 Sondagem H1 No exame estratigráfico da Sondagem H1, em seu primeiro nível escavado
(000-020), observou-se artefatos arqueológicos, como fragmentos de vidro, ossos,
louças brancas e decoradas, pregos, piso cimentado e fragmentos de peças
cerâmicas. No que concerne à estratigrafia, constatou-se a tonalidade cinza escura
próxima à superfície, tendendo ao marrom escuro. Na profundidade de 0,20 m, em
decorrência da presença de uma rocha dura, provavelmente um lajeado contendo
óxido de ferro, não foi possível continuar a escavação desta sondagem.
6.12 Área I Situada na parte mais elevada do sítio, distingue-se das demais por abrigar
a caixa d’água construída em alvenaria de cerâmica. Neste ambiente, realizou-se a
abertura de uma sondagem (0,50 m x 1,00 m), definida como SI1, escavada até a
profundidade de 0,80 m.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 72
6.12.1 Sondagem I 1 O exame estratigráfico da Sondagem I1, em seu primeiro nível escavado
(000-020) apresentou a ocorrência de elementos ósseos, fragmentos de peças
cerâmicas e louças, ambos em quantidades ínfimas, enquanto no nível 020-040 foram
coletados apenas poucos fragmentos ósseos.
Nos níveis 040-060 e 060-080 não foram registrados artefatos culturais.
Quanto à estratigrafia, de maneira geral, há predominância da tonalidade laranja com
algumas intercalações amareladas e avermelhadas. No topo, verifica-se a tonalidade
cinza escuro.
6.13 Área J Outra área investigada consiste na vertente do morro situada na porção
norte do terreno, paralela à Rua da Carioca, definida como Área J (entorno do sítio).
Tendo em vista a baixa potencialidade arqueológica desse local, foram realizados 04
(quatro) poços-testes (Ø = 0,40 m) com profundidade máxima de 0,80 m, em uma
linha paralela ao paredão norte do sítio (PT 24 a 27). Por questão de segurança do
arqueólogo e do pessoal de apoio, não foram realizadas tradagens na parte mais
íngreme do morro.
6.13.1 Poços-testes As prospecções de superfície e subsuperfície executadas nessa área
apontam também para o baixo potencial arqueológico da mesma, uma vez que a
maioria dos materiais arqueológicos foram verificados em superfície, referentes a uma
área de depósito de lixo, com materiais diversificados, provavelmente, depositados
intencionalmente no local. Nessa área, ainda se encontram evidências da existência
de uma porta no paredão situado na porção leste do terreno (responsável por separar
o local de estudo com a área de uso contínuo pela Venerável Ordem Terceira de São
Francisco da Penitência, reforçando que o local foi ocupado em época anterior às
estruturas arquitetônicas evidenciadas in loco.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 73
6.14 Área K Situada no entorno do sítio, especificamente, na porção sul e sudoeste do
mesmo, essa área apresenta evidentes alterações antrópicas, possivelmente,
realizadas na época de construção do Edifício Sede do BNDES com o serviço de
contenção do Morro. Em virtude dessas modificações, a constituição física dessa
porção do morro foi impactada, o que provavelmente suprimiu o patrimônio
arqueológico ali existente. Diante das características desse local, optou-se pela
realização de poços-testes (Ø = 0,40 m X 0,60 m) em linhas paralelas à extensão da
área, obedecendo a uma distância mínima de 5,00 m e máxima de 10,00 m entre eles.
Ao total foram abertos vinte e dois (22) poços-testes, além de uma sondagem (0,50 m
x 0,50 m x 0,60 m) nas proximidades do muro situado na parte sul do sítio.
6.14.1 Poços-testes Com exceção da presença de dois artefatos de vidro verificados no poço-
teste 29, os demais não registraram ocorrências arqueológicas. Durante as atividades,
observou-se a existência de um montículo de materiais arqueológicos diversificados
em superfície, situado a aproximadamente 2,00 m do PT 28. Considerando as
características dessa área, seguramente, esses materiais foram alojados
intencionalmente naquele ambiente. Em relação aos artefatos verificados no subsolo,
é possível que tenham sido depositados durante os serviços de contenção do Morro.
A estratigrafia observada aponta para a predominância de sedimento nas tonalidades
cinza claro e cinza médio, embora tenha sido constatada em alguns poços-testes, a
ocorrência de sedimento na tonalidade vermelho-alaranjado e marrom médio.
6.14.2 Sondagem K1
A presente intervenção subsuperficial registrou vários artefatos culturais
em superfície, com predominância de fragmentos de vidros e peças metálicas
oxidadas. Em relação ao subsolo, não foram verificados artefatos culturais, com
exceção de alguns blocos de tijolos em alvenaria dispostos um ao lado do outro, sem
vestígios de argamassa, provavelmente um piso rudimentar. Em relação ao
sedimento, verificou-se a tonalidade cinza escuro no topo (camada superficial) com
uma intercalação esbranquiçada, seguido pelo marrom médio tendendo ao vermelho.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 74
Quadro 2 - Dimensões e profundidades dos setores escavados Sondagem Dimensões Profundidade
S1C - Área C 0,50 m X 1,00 m 1,40 m
S1D - Área D 0,50 m X 1,00 m 1,00 m
S1E - Área E 0,50 m X 1,00 m 0,60 m
S1F - Área F 0,50 m X 1,00 m 0,20* m
S2F - Área F 0,50 m X 0,50 m 0,20* m
S1G - Área G 0,50 m X 1,00 m 0,80 m
S1H - Área H 0,50 m X 1,00 m 0,20* m
S1I - Área I 0,50 m X 1,00 m 0,80 m
S1K - Área K 0,50 m X 0,50 m 0,60 m
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Legenda: * Em virtude da ocorrência de solo residual compactado e/ou estruturas rochosas semelhantes a um
lajeado, a escavação foi interrompida.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 75
Quadro 3 - Dimensões e profundidades dos poços-testes realizados
Poço-teste Dimensões Profundidade
Poço-teste 01 Ø = 0,40 m 1,10 m
Poço-teste 02 Ø = 0,40 m 0,85 m
Poço-teste 03 Ø = 0,40 m 0,80 m
Poço-teste 04 Ø = 0,40 m 0,90 m
Poço-teste 05 Ø = 0,40 m 0,85 m
Poço-teste 06 Ø = 0,40 m 0,80 m
Poço-teste 07 Ø = 0,40 m 0,80 m
Poço-teste 08 Ø = 0,40 m 0,85 m
Poço-teste 09 Ø = 0,40 m 0,90 m
Poço-teste 10 Ø = 0,40 m 0,90 m
Poço-teste 11 Ø = 0,40 m 0,75 m
Poço-teste 12 Ø = 0,40 m 0,80 m
Poço-teste 13 Ø = 0,40 m 0,90 m
Poço-teste 14 Ø = 0,40 m 0,55 m
Poço-teste 15 Ø = 0,40 m 0,40 m
Poço-teste 16 Ø = 0,40 m 0,40 m
Poço-teste 17 Ø = 0,40 m 0,90 m
Poço-teste 18 Ø = 0,40 m 0,40 m
Poço-teste 19 Ø = 0,40 m 0,20 m
Poço-teste 20 Ø = 0,40 m 0,90 m
Poço-teste 21 Ø = 0,40 m 1,00 m
Poço-teste 22 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 23 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 24 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 25 0,40 m X 0,40* m 0,80 m
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: * Em decorrência das características físicas e pedológicas do terreno optou-se por realizar os poços-testes
com dimensões 0,40 m X 0,40 m.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 76
Quadro 3 - Dimensões e profundidades dos poços-testes realizados (continuação)
Poço-teste Dimensões Profundidade
Poço-teste 26 Ø = 0,40 m 0,40 m
Poço-teste 27 0,40 m X 0,40* m 0,80 m
Poço-teste 28 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 29 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 30 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 31 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 32 Ø = 0,40 m 0,80 m
Poço-teste 33 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 34 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 35 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 36 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 37 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 38 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 38 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 40 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 41 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 42 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 43 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 44 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 45 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 46 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 47 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 48 Ø = 0,40 m 0,60 m
Poço-teste 49 Ø = 0,40 m 0,60 m
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: * Em decorrência das características físicas e pedológicas do terreno optou-se por realizar os poços-testes
com dimensões 0,40 m X 0,40 m.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 77
Figura 33 - Vista parcial do sítio coberto por vegetação rasteira
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 34 - Remoção da cobertura vegetal do terreno
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 78
Figura 35 - Levantamento topográfico
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 36 - Levantamento topográfico
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 79
Figura 37 - Escada e rampa (Área A)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia
Figura 38 - Muro de contenção superior e inferior situado na porção Norte do sítio
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 80
Figura 39 - Escada inferior (Área A)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 40 - Muro de interseção entre o sítio e as instalações da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência - VOT
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 81
Figura 41 - Material votivo de agradecimento a Santo Antônio
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 42 - Antiga porta presente no paredão de interseção da área com as instalações da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência - VOT
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 82
Figura 43 - Vista geral da Área A evidenciando a abertura dos poços-testes, escadaria e muro de contenção
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 44 - Detalhe do suporte para grade do muro de contenção
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 83
Figura 45 - Registro da escada situada na porção superior da Área A permitindo o acesso às demais áreas.
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 46 - Imagem demonstrando a existência de piso cimentado na Área B, além das
demais estruturas edificadas.
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 84
Figura 47 - Vista geral das intervenções efetuadas nas Áreas B, C, D e E, respectivamente (direito-esquerda).
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 48 - Evidenciação parcial das intervenções realizadas nas Áreas (C, D, E e H), esta última situa-se paralela a Área C
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 85
Figura 49 - Vista geral (Área E) demonstrando as intervenções realizadas no subsolo
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 50 - Vista geral (Área F) testemunhando a ocorrência de materiais diversificados na superfície e intervenções realizadas na subsuperfície
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 86
Figura 51 - Imagem evidenciando as sondagens realizadas nas Áreas G e H.
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 87
Figura 52 - Vista parcial do sítio evidenciando as intervenções realizadas em subsuperfície
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 53 - Vista geral da sondagem I1 e da caixa d’água (Área I)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 88
Figura 54 - Parte do muro construído em alvenaria de pedra situado na porção sul do sítio
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 89
Figura 55 - Abertura de poços-testes - Área J
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 90
Figura 56 - Abertura de poços-testes - Área K
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 91
Figura 57 - Vista geral da sondagem C1 (Área C)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia
Consultoria e Projetos em Arqueologia 92
Figura 58 - sondagem D1 (Área D)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 93
Figura 59 - sondagem E1 (Área E)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 94
Figura 60 - sondagem F1 (Área F)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 95
Figura 61 - sondagem F2 (Área F), evidenciando a base da caixa d’água
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 96
Figura 62 - sondagem G1 (Área G)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 97
Figura 63 - Vista geral da sondagem H1 (Área H)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 98
Figura 64 - sondagem I1 (Área I)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 99
Figura 65 - sondagem K1 (Área K)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 100
Figura 66 - poço-teste 01 (Área A)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 67- poço-teste 01 (Área A)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia
Consultoria e Projetos em Arqueologia 101
Figura 68 - poço-teste 03 (Área A)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 69 - poço-teste 04 (Área A)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 102
Figura 70 - poço-teste 05 (Área A)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 71- poço-teste 06 (Área A) exibindo sedimento avermelhado
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 103
Figura 72 - poço-teste 07 (Área A)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 73 - poço-teste 08 (Área A)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 104
Figura 74 - poço-teste 09 (Área A)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 75 - poço-teste 10 (Área A)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 105
Figura 76 - poço-teste 11 (Área A)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 77 - poço-teste 12 (Área A)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 106
Figura 78 - poço-teste 13 (Área C)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 79 - poço-teste 14 (Área D)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 107
Figura 80 - poço-teste 15 (Área E)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 81 - poço-teste 16 (Área F)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 108
Figura 82 - poço-teste 17 (Área D)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 83 - poço-teste 18 (Área E)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 109
Figura 84 - poço-teste 19 (Área F)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Em virtude da presença de solo residual compactado e a ausência de artefatos arqueológicos, a escavação
deste poço-teste foi interrompida no nível 000-020 cm.
Figura 85 - poço-teste 20 (Área C).
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 110
Figura 86 - poço-teste 21 (Área D).
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 87 - poço-teste 22 (Área G).
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 111
Figura 88 - poço-teste 23 (Área G)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 89 - poço-teste 24 (Área J)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 112
Figura 90 - poço-teste 25 (Área J)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 91 - poço-teste 26 (Área J)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 113
Figura 92 - poço-teste 27 (Área J)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 93 - poço-teste 28 (Área K).
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 114
Figura 94 - poço-teste 29 (Área K)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 95 - poço-teste 30 (Área K)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 115
Figura 96 - poço-teste 31 (Área K)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 97 - poço-teste 32 (Área K)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 116
Figura 98 - poço-teste 33 (Área K).
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 99 - poço-teste 34 (Área K)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 117
Figura 100- poço-teste 35 (Área K)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 101 - poço-teste 36 (Área K).
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 118
Figura 102 - poço-teste 37 (Área K)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 103 - poço-teste 38 (Área K)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 119
Figura 104 - poço-teste 39 (Área K)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 105 - poço-teste 40 (Área K)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 120
Figura 106 - poço-teste 41 (Área K)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 107 - poço-teste 42 (Área K)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 121
Figura 108 - poço-teste 43 (Área K)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 109 - poço-teste 44 (Área K)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 122
Figura 110 - poço-teste 45 (Área K)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 111 - poço-teste 46 (Área K)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 123
Figura 112 - poço-teste 47 (Área K)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 113 - poço-teste 48 (Área K)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 124
Figura 114 - poço-teste 49 (Área K)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 125
7 PERFIS ESTRATIGRÁFICOS Os perfis estratigráficos foram produzidos através do registro direto em
campo, sendo certo que optou-se preferencialmente pelo perfil leste como aquele de
padrão comparativo para os demais setores, registrando-se inclusive, os níveis
arqueologicamente estéreis. São apresentados neste relatório os perfis de cada setor,
em folha modelo A3, acompanhados de legenda que permitem a compreensão do seu
conteúdo. Como forma de padronização, a GRIFO utiliza seu modelo para todos os
perfis elaborados pela empresa.
Para realização do procedimento, as paredes dos setores escavados
receberam tratamento de limpeza e prumo, para que fossem evidenciadas as
camadas. Com a utilização da colher de pedreiro foi realizado trabalho de raspagem
sempre em sentido horizontal, seguindo o sentido natural das camadas.
Subsequentemente os desenhos são refeitos em computador para fins de
padronização do traçado, adição de carimbo e legendas.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 126
Figura 115 - Perfil estratigráfico SC1
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 127
Figura 116 - Perfil estratigráfico setor SD1
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 128
Figura 117 - Perfil estratigráfico setor SE1
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 129
Figura 118 - Perfil estratigráfico setor SF1
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 130
Figura 119- Perfil estratigráfico setor SF2
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 131
Figura 120 - Perfil estratigráfico setor SG1
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 132
Figura 121 - Perfil estratigráfico setor SH1
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 133
Figura 122 - Perfil estratigráfico setor SI1
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 134
Figura 123 - Perfil estratigráfico setor SK1
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 135
8 PROCEDIMENTOS DE LABORATÓRIO
As atividades desenvolvidas em laboratório contemplam a análise dos
materiais arqueológicos coletados nas sondagens e nos poços-testes escavados,
além de artefatos encontrados em superfície. Nesta parte serão apresentados os
procedimentos técnicos envolvidos, da preparação até o armazenamento do material,
seguido pela análise dos artefatos culturais.
8.1 Procedimentos técnicos A gestão do acervo em laboratório teve como cerne a realização de
conservação preventiva do material arqueológico. Por conservação preventiva
entende-se o conjunto de ações e medidas indiretas que objetivem “evitar ou
minimizar futuras deteriorações ou perdas” (ABRACOR, 2010, p. 3).
A coleção em questão é formada por materiais de naturezas distintas, o
que pode demandar ações específicas de gerenciamento. Muito além da simples
execução de procedimentos técnicos, a realização da conservação preventiva, prevê
a necessidade de conhecimento do acervo, objeto da conservação.
O acervo composto por material arqueológico carece de uma série de
cuidados. No ato da escavação, os objetos, antes em condições química e biológica
relativamente estáveis, são expostos em novo ambiente e, a partir de então, passam
a sofrer reações de deterioração (CRONYN, 1990). Por essa razão deve-se primar
pela manipulação, limpeza e acondicionamento adequado ainda no laboratório de
campanha.
Como fase da execução do projeto foram realizados os trabalhos de
limpeza, classificação, catalogação, registro fotográfico, armazenamento, análise e
restauro do material arqueológico coletado, sempre buscando a estabilização e
conservação do acervo.
A maior parte do material arqueológico foi lavado em água corrente limpa
sendo depois alocado em bandejas empilháveis para secagem, que propiciaram um
melhor aproveitamento do espaço e maior tempo de secagem.
Apesar de majoritariamente ter-se utilizado o procedimento de lavagem em
água corrente, em alguns casos foi feita opção pela limpeza mecânica, dependendo
do estado de conservação da peça. No caso dos objetos metálicos, visando à
estabilização do processo de oxidação, e de faiança portuguesa, visando a
Consultoria e Projetos em Arqueologia 136
manutenção do esmalte, foi realizada limpeza mecânica com escovas pouco
abrasivas.
Quadro 04 - Tempo de secagem em ambiente seco e arejado
Tipo de material Tempo de secagem
Inorgânicos Mínimo de 20 dias
Orgânicos Mínimo de 30 dias
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
A equipe foi orientada a etiquetar as embalagens dos materiais em campo
com as devidas referências aos contextuais. Em laboratório, durante processo de
higienização e secagem, os mesmos materiais são mantidos associados à essas
etiquetas. Uma vez secadas, todas as peças foram acondicionadas em sacos
plásticos, recebendo uma etiqueta provisória de papel, sendo essa posteriormente
substituída por uma permanente. Cada embalagem foi numerada de forma sequencial
para o projeto, facilitando a localização das peças listadas em inventário.
Para a produção das etiquetas de identificação das embalagens e das
caixas plásticas onde foram armazenados os materiais recuperados durante o
monitoramento arqueológico, foi utilizada a impressora Zebra TLP-2844 com
impressão por transferência térmica com ribbon sobre etiquetas autoadesivas.
A impressora TLP 2844 foi projetada para utilização no envio e recepção,
armazenagem, rotulagem e controle de estoques, hospitais, saúde e laboratórios
médicos, transporte e logística, e envio de e-commerce, uma vez que sua etiqueta,
por transferência térmica, é um produto de polipropileno biaxialmente orientado
(Biaxially Oriented Polypropylene - BOPP) obtido a partir de um processo de
transformação da resina granulada de polipropileno (PP).
O BOPP é caracterizado pela excelente proteção contra gases, oxigênio e
umidade, resistente a um amplo nível de temperaturas, alta resistência tênsil,
excelente estabilidade dimensional, rigidez, sua superfície garante boa impressão, As
etiquetas de BOPP são versáteis e eficientes em sua utilização, encontrando na área
de alimentação um espaço importante na manutenção das condições de higiene,
limpeza e saúde pública. Atualmente, muitos livros estão sendo produzidos em BOPP,
o que torna esse produto conhecido como papel sintético.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 137
O processo de transferência térmica (TT) que culmina propriamente na
impressão é realizado com a utilização de um ribbon, isto é, uma fita de silicone com
um dos lados resinados. Quando o ribbon é aquecido, a resina é transferida para a
etiqueta processando assim a impressão. A qualidade da impressão é excelente e
durabilidade dessa impressão é extremamente alta e resistente, inclusive a solventes
(tanto a etiqueta em BOPP quanto a tinta impressa).
Também foram etiquetadas e numeradas, de forma sequencial a todo o
projeto, as caixas plásticas (Modelo IPHAN) utilizadas para o transporte a
acondicionamento permanente. O acesso às documentações e ao material
arqueológico ficará a critério das normas institucionais em obediência a legislação e
deliberações governamentais.
Figura 124 - Etiquetagem autoadesiva em BOPP com impressão por transferência térmica (TT) com ribbon
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
8.2 Fotografias de laboratório Os trabalhos fotográficos em laboratório estão associados à etapa de
análise dos materiais recuperados em campo e apontamento de características
consideradas importantes nesse procedimento. Normalmente como objetiva-se a
publicação dos trabalhos realizados há a necessidade de maior controle da técnica
Consultoria e Projetos em Arqueologia 138
fotográfica de forma a obter melhor qualidade na apresentação da documentação
arqueológica e de seus detalhes, por essa razão recomenda-se que se fotografe
primeiramente a ficha de identificação. Feito isso, é importante padronizar em mesa a
distância entre a câmera e o objeto. Verificar a posição da escala, da ficha de
identificação e a posição da iluminação a partir das quatro direções que compõem o
quadro da fotografia.
Deste modo, em laboratório, além das fotografias de cadastramento,
realizadas com a Câmera Sony Cybershot HX200, refletores angulares, lâmpadas
frias, tripé, rebatedor, escala gráfica ou numérica.
Foram seguidos alguns critérios para seleção de peças a serem
fotografadas. Primeiramente peças inteiras e fragmentos com marcas de fabricante
foram separados para fotografia, bem como algumas que independentemente de
apresentarem algum tipo de marcação, possuíam representativo potencial de
contextualização arqueológica.
8.3 Análise do material arqueológico
As prospecções superficiais e subsuperficiais realizadas em terrenos
pertencentes ao Morro de Santo Antônio revelaram uma cultura material diversificada,
representativa dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX. A análise dos artefatos arqueológicos
desempenha um papel de extrema importância na compreensão do modo de vida das
sociedades passadas. Por meio de registros materiais e documentos históricos, os
pesquisadores podem “reconstituir” situações cotidianas dos grupos que viveram no
local, contribuindo para a geração de conhecimento.
Por marca de fabricante entende-se qualquer marca feita pelo fabricante
intencionalmente na peça. Tais marcas podem indicar o próprio nome do fabricante,
origem, data ou aplicação. As marcas podem ser em alto relevo; baixo relevo ou
prensadas; pintadas a mão ou por transferência. Todos os exemplares com marca de
fabricante foram fotografados ao longo do projeto.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 139
9 MATERIAL CERÂMICO
Esta seção objetiva analisar o material cerâmico com finalidade de
subsidiar parte da pesquisa arqueológica histórica realizada em área urbana do atual
centro da Cidade do Rio de Janeiro.
Tecnicamente, de acordo com a definição de Rice (1987) o conceito
abrangente de cerâmica, entendido por ele como todo o material de silicato
manufaturado e formado pela aplicação de calor, tradicionalmente é associado a
peças e fragmentos em terracota, stoneware, earthenwares e porcelana, também
podem englobar telhas, manilhas, ou mesmo o vidro. O termo derivado do grego
keramos se aplica a toda uma gama de materiais produzidos por meio do tratamento
de componentes da sílica expostos a altas temperaturas.
Deste modo, o termo cerâmico abrange todos os produtos derivados de
uma composição de argila e outras substâncias minerais, que, postos ao cozimento,
obtêm solidez e inalterabilidade (PILEGGI apud TOCCHETTO et al., 2001 p. 21). Em
verdade, é um tipo de material bastante resistente, podendo suportar milhares de anos
sob a terra.
Considerando a plasticidade e as possibilidades decorativas da arte oleira,
muitas culturas passaram a desenvolver estilos próprios, transformando e
aprimorando seus estilos, padrões e motivos artísticos. Desta forma, acredita-se que,
sendo uma das mais antigas e resistentes produções e manifestações artísticas, os
artefatos produzidos com essa tecnologia possibilitam melhor identificação das
culturas e seu entendimento. Pode-se dizer que, sob a ótica arqueológica e,
considerando a possibilidade de conservação, a cerâmica permite que bem sejam
expressadas as ideias das culturas que as produzem e, talvez, melhor entendida em
sua essência.
9.1 Tipos de cerâmica
Quando nos referimos à cerâmica, dependendo do contexto, pode ser
entendida como classe de materiais produzidos pelo homem a partir do barro
ressecado e endurecimento a partir da exposição a altas temperaturas (BECKWITH,
1872, p. 6), englobando, da terracota à porcelana. A cerâmica arqueológica
comumente observada em escavações realizadas em centros urbanos brasileiros se
resumem, em linha geral a quatro tipos, são eles:
Consultoria e Projetos em Arqueologia 140
a) Terracota, ou simplesmente cerâmica (terracota): Tipo de cerâmica que
normalmente corresponde a tradicional cerâmica produzida pelas
sociedades indígenas e africanas. Significa barro cozido, sendo que
alguns autores associam terracota à cerâmica secada ao sol e não
queimada (SOUZA, 1997, p. 122);
b) Louça (earthenware, ceramic, ceramic ware): Tipo de cerâmica
branca opaca, normalmente esmaltada (impermeável), com temperatura
de queima entre 1100-1150°C;
c) Grés (stoneware): Tipo de cerâmica opaca impermeável com
temperatura de queima entre 1250-1280°C;
d) Porcelana (porcelain): Tipo de cerâmica branca impermeável com
temperatura de queima entre 1350-1400oC.
Para o entendimento da cultura material resgatada em escavações
arqueológicas em espaços urbanos, as fontes iconográficas são subsídios muito
importantes na análise associativa. As formas, a funcionalidade, o uso, o reuso, o
descarte e as correlações sociais, por exemplo podem ser alcançadas na tentativa
de entendimento da vida real original (DELPORTE, 1984).
Consultoria e Projetos em Arqueologia 141
Quadro 05 - Características dos tipos cerâmicos Características Cerâmica
(terracota) Louça (earthenware, ceramic, ceramic ware)
Grés (stoneware)
Porcelana (porcelain)
Porosidade 30% ou mais 10%-25% 0.5% - 2% Menos de 1%
Temperatura de queima
-1000 Cº 900-1200 Cº 1200-1350 Cº 1300-1450 Cº
Funcionalidade Vasos de flor; telhas; cerâmica pré-histórica
Serviço de mesa; canos; filtros; recipientes em geral
recipientes, serviço de mesa, materiais de construção
Serviço de mesa; fins decorativos
Espessura Tendência a grossa
Tendência a fina
Impermeabilidade Não Não Sim Sim
Translucidez Não Não Não Sim
Cor Vermelho, terracota, escuro
Branco Bege, terracota, escura
Branco
Textura Grossa Fina Áspero Fina
Densidade e peso Menos densa e leve
Mais densa e pesada
Regularidade Não Sim Não Sim
Aparência Cerâmica Branco áspero (?)
Cerâmica Branco vítreo
Resistência a altas e baixas temperaturas
Pequena Grande
Resistência Não Não Sim Não
Dureza Baixa Baixa Alta Alta
Sem esmalte Normal Possível Possível
Esmalte (vidrado) (Glaze)
Possível Normal Possível Não
Salt glazed (Salt-glazing)
possível possível Normal Não
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 142
Neste documento entende-se como material cerâmico aquele classificado
como terracota, sendo classificado de acordo com a seguinte tipologia:
a) Tipo I - cerâmicas simples;
b) Tipo II - cerâmicas simples com banho;
c) Tipo III - cerâmicas simples finas;
d) Tipo IV - cerâmicas simples finas escovadas;
e) Tipo V - cerâmicas simples finas e banhadas;
f) Tipo VI - cerâmicas com relevo;
g) Tipo VII - cerâmicas com relevo e vidradas;
h) Tipo VIII - cerâmicas simples vidradas;
i) Tipo IX - cerâmicas simples finas e vidradas;
j) Tipo X - cachimbos cerâmicos;
As representações iconográficas que Debret fez, durante sua passagem
pelo Brasil entre 1816 e 1831 (DEBRET, 1989), possibilita que os profissionais da
memória acessem através de sua arte, instantes eternizados por esse artista. Esses
instantes próximos da realidade presenciada por Debret fornecem a cor que dos seus
pincéis se integram às nossas canetas: o trabalho torna-se uno.
Figura 125 - Representação de Debret
Fonte: DEBRET, 1989 (E58, P6).
No Brasil, o início dos estudos sobre cerâmica voltavam-se às primitivas
formas indígenas descobertas em escavações ou produzidas pelas conhecidas
culturas indígenas que aqui se encontravam a milhares de anos. Essa arte em grande
Consultoria e Projetos em Arqueologia 143
parte utilitária sofre influência de outras culturas, sobretudo portuguesa, assim como
de diversas culturas africanas, importadas juntamente com a mão de obra escrava.
A cerâmica utilitária indígena é caracterizada, sobretudo, pela produção
com a utilização de roletes que, sobrepostos em espiral ou forma semelhante, são
unidos com a utilização dos dedos, formando, assim a parede com a forma do
vasilhame. A cerâmica artesanal, tanto para o uso doméstico quanto artístico, é
bastante produzida na atualidade, tendo sido extinta pela produção em larga escala
das olarias ou por outras indústrias com utilização de outras tecnologias ou materiais.
Até os dias de hoje, os artesãos continuam transformando blocos de argila em
utilidades para a sociedade.
As técnicas de manufatura de origem indígena que imperaram nas terras
brasileiras por milênios, sofreram modificações com a chegada das olarias, nas quais
se empregou o uso do torno.
Com as novas tecnologias de produção, outras também foram
incorporadas: a produção de tijolos, telhas e louças de barro para uso diário, são
exemplos das transformações ocorridas na cultura brasileira, se assim pode ser
chamada. As novas técnicas estão, por sua vez, também associadas a maior
quantidade de produção, economia de material, durabilidade, dureza e menor tempo
de produção. Não se deve esquecer que além das ideias importadas, os próprios
produtos também eram vendidos ou trazidos para as terras brasileiras.
O material cerâmico coletado no referido projeto consiste em fragmentos de
cerâmica simples, tanto aquelas que apresentam espessura fina quanto a grossa,
sendo que alguns fragmentos apresentam superfície vidrada, na parte interna ou
externa, principalmente a cerâmica de espessura fina. Raros são os fragmentos que
apresentam o escovado como técnica decorativa. Através da análise dos artefatos
cerâmicos, alguns fragmentos permitiram um melhor entendimento do espaço cultural,
dentre eles, um bico de bule, o pegador de uma tampa e fragmentos de uma alça e
vasos, ambos associados ao espaço doméstico. Observou-se, ainda, que alguns
fragmentos, de maneira geral, a cerâmica simples e de espessura fina, aparentemente
estão voltados ao espaço de cozinha, alguns apresentam inclusive sinais de
exposição ao fogo. Os fragmentos com espessuras mais grossas estão associados a
elementos decorativos, por exemplo, vasos e seus pratos correspondentes.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 144
As atividades arqueológicas permitiram, também, a recuperação de dois
fragmentos de cachimbos diferenciados, certamente associados à influência e/ou
presença de africanos e seus descendentes transplantados para o Brasil durante o
regime escravocrata. Um cachimbo, de maneira geral, é constituído por um fornilho
(recipiente onde se queima o fumo) e uma piteira (por onde se aspira a fumaça
produzida pelo fumo). Os artefatos evidenciados in situ foram produzidos com o uso
de argila, exibem coloração marrom escuro, decoração e marcas de queima.
Especificamente, consistem em uma peça parcialmente completa com presença de
fornilho com figura antropomórfica e piteira com boquilha em alto relevo, e uma piteira
com decoração floral feita por meio de excisões na superfície da peça, além de exibir
boquilha em alto relevo.
Agostini (1998) analisando algumas questões relativas à cultural material de
escravos do século XIX, chama à atenção para o potencial informativo dos cachimbos
enquanto registros culturais. Revela, ainda, que cachimbos apresentando figuras
antropomórficas no fornilho são comuns em descrições e pinturas pertencentes ao
contexto do Rio de Janeiro dos finais do século XVIII e principalmente no século XIX.
Os fragmentos de cachimbos encontrados, provavelmente, estão correlacionados ao
ambiente doméstico e/ou uso ritual, mantendo assim, relação direta com a favela que
se estabeleceu no local no século XIX.
Os fragmentos cerâmicos utilitários coletados durante as etapas de sondagem
arqueológica correspondem aproximadamente a 14% (234 fragmentos) de todo o
material coletado.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 145
Figura 126- Fragmento de Cachimbo Cerâmico (Tipo X)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: G/Nível: Coleta
Superficial. Em destaque imagem ampliada da peça.
Figura 127 - Destaque para fornilho de Cachimbo Cerâmico (Tipo X)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: G/Nível: Coleta
Superficial. Em destaque imagem ampliada da peça.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 146
Figura 128 - Exemplar de bico de bule - Cerâmica Utilitária Simples Vidrada - (Tipo VIII)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: G/Nível: Coleta
Superficial.
Figura 129 - Exemplares de Alças Cerâmicas
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: A - Área: C/Setor:
Sondagem C1/ Nível: 080-100; B - Área: D/Setor: Poço Teste 17/ Nível: 070-090; C - Área: C/ Nível: Coleta Superfícial.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 147
Figura 130 - Exemplar de Cerâmica Utilitária Simples Com Banho - (Tipo II)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Setor: Poço Teste
21/Nível: 060-080.
Figura 131 - Exemplar de Cerâmica Utilitária Simples - (Tipo I)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: G/Nível: Coleta
Superficial.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 148
Figura 132 - Exemplar de provável “puxador” cerâmico
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: G/Nível: Coleta
Superficial.
Figura 133 - Exemplar de Cerâmica Utilitária Simples Vidrada - (Tipo VIII)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: G/Nível: Coleta
Superficial.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 149
10 LOUÇA
Louças e porcelanas europeias eram utilizadas nas mesas e nos lares no
Rio de Janeiro do século XIX. Como parte do processo civilizador propagado
principalmente após a Corte Portuguesa transferir-se para os trópicos, a capital do
império português urgia por artigos que remetessem ao modus vivendi europeu. Foi
então que o mercado brasileiro, pós-abertura dos portos, tornou-se um importante
centro consumidor das faianças finas produzidos em grande parte pelos centros
ceramistas ingleses.
As louças são classificadas de acordo com a seguinte tipologia:
a) Tipo I - Louça simples sem relevo;
b) Tipo II - Louça simples com relevo;
c) Tipo III - Louça pintada sem relevo;
d) Tipo IV - Louça pintada com relevo;
e) Tipo V - Faiança simples sem relevo;
f) Tipo VI - Faiança simples com relevo;
g) Tipo VII - Faiança pintada sem relevo;
h) Tipo VIII - Faiança pintada com relevo;
i) Tipo IX - Porcelana simples sem relevo;
j) Tipo X - Porcelana simples com relevo;
k) Tipo XI - Porcelana pintada sem relevo;
l) Tipo XII - Porcelana pintada com relevo.
Todas as faianças finas têm como característica comum o fabrico alvo e de
baixa porosidade. Este trabalho não se propôs a uma análise química e mineralógica
das faianças finas, portanto, utilizou-se a categorização em nível de processo,
englobando as faianças finas em um mesmo grupo.
Por não ser completamente impermeável a faiança é geralmente vitrificada
para fins práticos decorativos. No caso de peças decoradas, a pintura pode ser
aplicada sobre o esmalte ou por baixo dele (CARVALHO, 2007).
No século XVIII, a Europa, e em especial a Inglaterra e a França, vivenciou
um momento de fortalecimento econômico das classes médias e da alta burguesia. O
Consultoria e Projetos em Arqueologia 150
convívio entre as classes fomentou o anseio burguês de fazer parte da alta sociedade
e de serem tratados como iguais. Ao seguir os padrões de conduta social, antes
restritos à corte, o modo de vida burguês foi tomando forma e dando origem a muitos
dos rituais diários contemporâneos.
Foi nesse contexto e devido aos avanços da revolução industrial, que os
produtores ceramistas ingleses passaram a se dedicar à popularização do luxo.
Enquanto a França se especializava em produzir artigos finos necessários ao
processo de distinção social, a Inglaterra buscava formas baratas de criar produtos de
qualidade, produzidos em larga escala.
A faiança fina inglesa é fruto do “esforço dos oleiros ingleses na busca por
processos para substituir a faiança clássica e alcançar a porcelana do oriente”
(BRANCANTES, p. 129). A faiança fina integra o gênero cerâmico denominado
earthenware. Mais barata que a porcelana, no transcurso do século XIX, as pastas de
pó de pedra rapidamente conquistaram não apenas o mercado europeu, sendo
exportadas para a América, onde alguns padrões decorativos foram desenvolvidos
para atender as demandas do próprio mercado americano.
No que diz respeito às técnicas decorativas, em função da agilidade e os
baixos custos, necessários a uma produção em larga escala, desenvolveu-se a
tranfer-printing ou pintura de transferência, uma técnica inglesa que revolucionou a
produção de louça, tornando-a mais simples e barata.
As primeiras tentativas de tranfer-printing foram realizadas sobre a
vitrificação, contudo seu resultado não foi satisfatório, já que a durabilidade da pintura
ficava comprometida. Foi então na região de Staffordshire, que em 1759 foram criadas
as primeiras peças decoradas por transferência sob o esmalte.
Além da técnica decorativa, o motivo ou padrão empregado também trazem
informações relevantes sobre o material analisado. Por motivo entende-se aquilo em
que foi inspirada a decoração da peça. O padrão é em geral produzido em série por
um ou mais fabricantes.
Em laboratório inicialmente foi feito o levantamento dos fragmentos com
marca de fabricante, a fim de obter informações como origem e período de produção.
Devido ao alto grau de fragmentação das amostras, o número de marcas era
relativamente pequeno se comparada ao volume coletado.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 151
Por marca de fabricante entende-se qualquer marca feita pelo fabricante
intencionalmente na peça. Tais marcas podem indicar o próprio nome do fabricante,
origem, data ou aplicação. As marcas podem ser em alto relevo; baixo relevo ou
prensadas; pintadas a mão ou por transferência. Todos os exemplares com marca de
fabricante foram fotografados ao longo do projeto.
A louça decorada traz em si indícios que permitem uma leitura quanto à
natureza do material e do sítio analisado. A técnica decorativa, motivo e cor fornecem
uma série de informações quanto ao uso, padrões de consumo, gostos e indicadores
temporais.
Ao longo do século XIX a faiança fina inglesa era utilizada por diversos
níveis sociais, padrões de consumo de uma “sociedade civilizada”, que foram aos
poucos absorvidos pelos cariocas no Rio de Janeiro do século XIX.
Quadro 06 - Classificação da faiança fina adotada
Motivo Descrição
Floral
Flores localizadas na parte central da peça. É importante lembrar que diversos padrões utilizam flores na decoração das bordas o que não torna o motivo floral.
Cênico Peças decoradas com motivos cênicos que em geral tratam de temas românticos, bucólicos, campestres.
Juvenille Peças voltadas para o uso infantil em geral de caráter educativo.
Chinoiserie Vistas chinesas, inspirados na porcelana oriental. O padrão decorativo Willow é o exemplar mais popular desta categoria.
Gênero
Cenas com homens e mulheres em primeiro plano, exercendo funções rotineiras ou admirando a natureza.
Oriental
Figuras em trajes estrangeiros em paisagens exóticas. Muitas vezes na presença de animais como camelos elefantes ou girafas.
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 152
O trabalho de laboratório sobre a louça permitiu a identificação de padrões
decorativos, sendo eles: o padrão Willow e o Flow Blue.
O padrão willow foi criado no final do século XVIII, tornou-se mundialmente
conhecida a partir do início do século XIX. A mais famosa Chinoiserie surgiu na
Inglaterra no intuito de copiar as padronagens orientais tão populares na época.
Produzido por centenas de ceramistas não apenas na Inglaterra, o padrão
Willow, associado à técnica de pintura por transferência, foi aplicado a uma grande
diversidade de peças. As cores e as formas dos desenhos podem variar, no entanto,
é difícil uma leitura mais detalhada de fragmentos em que não consta marca do
fabricante.
O padrão Willow que a partir do século XIX ganhou o mercado Norte e Sul
Americano foi citado em obras literárias e mesmo poemas foram escritos sobre a
história representada nessa padronagem. São muitas versões que contam a história
representada por esse padrão, mas todas têm em comum o amor impossível entre a
filha de um Mandarim e seu empregado. A moça aprisionada por seu pai no castelo
decide fugir com seu amado com a ajuda do barqueiro. O casal acaba morto pela ira
do poderoso Mandarim e passam a viver eternamente na forma de pombas.
O efeito Borrão Azul ou Flow Blue não é um padrão decorativo, mas sim
um acabamento que pode ser associado às mais diversas técnicas. O efeito de halo
é atingido pela adição de cloretos voláteis, como cloreto de amônia ou óxido de cálcio,
no forno durante a queima da vitrificação. A pintura escorre e funde-se com o esmalte.
Apesar de serem mais comuns os exemplares na cor azul, o mesmo acabamento
também é aplicado em outras cores.
Os fragmentos associados à faiança fina, predominantemente de origem
inglesa e brasileira, consistem em louças de uso doméstico, dentre elas, xícaras,
canecas, pratos e tigelas. Verificou-se, ainda, fragmentos pertencentes a elementos
construtivos, como louça sanitária e alguns exemplares de peças e/ou isolantes
elétricos.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 153
Figura 134 - Exemplar de Louça Pintada - (Tipo III)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: I/ Nível: Coleta
Superficial.
Figura 135 - Exemplar de Padrão Willow - (Tipo III)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Local: Entorno
do Sítio/Área: K/Nível: Coleta Superficial.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 154
Figura 136 - Exemplar de aplique - Louça Pintada Com Relevo - (Tipo IV)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Local: Entorno do
Sítio/Área: K/Nível: Coleta Superficial.
Como integrante da classe das louças, a faiança tipo “portuguesa” foi
amplamente utilizada na metrópole e nas colônias. Produzida desde o século XVI teve
seu auge no século XVIII quando da política pombalina de estimulo a indústria. A louça
que veio para o Brasil era em geral a de uso comum, tais como pratos, tigelas, jarros,
vasos, potes e recipientes em geral. Apesar de abundante em muitos sítios brasileiros,
pouca é a produção bibliográfica sobre o assunto.
Porosa, por ser cozida a baixas temperaturas, a faiança portuguesa tende
a ser mais espessa e de coloração mais amarelada. Devido à tonalidade de sua pasta,
é o esmaltamento que lhe confere a coloração branca.
O diagnóstico no Morro de Santo Antônio proporcionou a identificação de um
conjunto de peças bastante característico dos finais do século XVII e século XVIII,
associado, essencialmente, ao período colonial (BRANCANTE, 1981; DORDIO;
TEIXEIRA; SÁ, 2001). Essas louças refletem, principalmente, o uso doméstico como
pratos, tigelas, dentre outros. Tais particularidades corroboram a existência de
residências no local, fato este demonstrado no levantamento histórico apresentado no
início deste trabalho.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 155
Dentre os motivos decorativos observados, destacam-se: fragmentos de bordo
e bojo de pratos decorados na cor azul e vinoso, típico de faiança de brioso, a pasta
apresenta-se textura compacta na cor creme, bojo extrovertido e lábio afilado;
fragmentos de perfis de pratos com pasta de textura semi-compacta de coloração
creme e decoração em azul cobalto com círculos na superfície interna do bordo e da
base, além de exibir bordo com inflexão externa e lábio afilado; fragmento de bordo e
bojo com decoração do tipo “contas” em azul e vinoso, característica da faiança
portuguesa policroma do final do século XVII e início do século XVIII. Desde o século
XVI que o azul cobalto era aplicado na decoração das faianças por garantir a
resistência às altas temperaturas utilizadas no processo de vitrificação das peças
(ALBUQUERQUE; VELOZO, 1993).
No tocante à técnica de decoração utilizada, observam-se pinturas feitas à mão,
diferenciando da faiança inglesa, por exemplo, onde se predomina a técnica do tipo
“transfer printing”. No que concerne a decoração feita a mão, a pintura das peças era
realizada por mulheres nas olarias e a esmaltagem, geralmente, era efetuada por
artistas especializados.
Durante as escavações arqueológicas foram encontrados 147 faianças
representando aproximadamente 9% de todo o material coletado.
Apesar de não ser possível precisar quando surgiram as primeiras peças
em porcelana no mundo, uma coisa que não se discute é quanto a sua origem chinesa
na Dinastica Tãng de 618-907, período este em que surgiram os primeiros laboratórios
para confeccionar porcelana, visando abastecer os palácios imperiais. Contudo, esse
produto só chegou a Europa aproximadamente no ano de 1602, quando também
estava sendo criada a Companhia das Índias Orientais. Nessa época, em Delft,
observa-se o aperfeiçoamento da chamada porcelana holandesa (COSTA, 2000,
p.21).
O caulim foi durante muitos anos o maior segredo entre os chineses na
confecção da porcelana. Tanto é verdade que, os operários eram tratados como
escravos e se alguma informação, mesmo que insignificante, vazasse, eram punidos
com a morte (CARVALHO, 2007, p. 3). Assim sendo, entende-se porque razão as
primeiras fábricas de porcelana só apareceram na Coreia depois no século XIII, no
Reino de Annan, atual Vietnã, somente após o século XIV e no Japão no século XVII
(PORCELANA BRASIL, 2009).
Consultoria e Projetos em Arqueologia 156
Figura 137 - Exemplar de Faiança Pintada - (Tipo VII)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: A - Área: C/ Nível: Coleta Superficial; B - Área: C/ Nível: Coleta Superficial; C - Área: D/Nível: Coleta Superficial.
Figura 138 - Exemplar de Faiança Pintada - (Tipo VII)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: A - Área: G/Setor:
Sondagem G1/Nível: 020-040; B - Área: D/Setor: Sondagem D1/Nível: 040-060; C - Área: D/Setor: Sondagem D1/Nível: 040-060.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 157
Quando se compara a porcelana com a faiança, percebe-se uma diferença
marcante, pois a porcelana é composta por uma substância argilosa especial
chamada caulim e por outra de feldspato, além disso, pode-se incluir também, o
quartzo e o alabastro. Logo, esses componentes vão lhe conferir características
genuínas como a sonoridade, a homogeneidade e a translucidez (PILEGGI, 1958, p.
2).
Os exemplares recuperados consistem em fragmentos de porcelana lisa e
decorada, pertencentes a objetos de uso doméstico como xícaras, canecas e pratos.
Dentre as peças decoradas destacam-se três fragmentos de uma mesma peça que
apresentam motivos decorativos, provavelmente geométrico, na coloração verde
(padrão monocromo), realizados a partir da técnica “transfer printing”. No que diz
respeito aos fragmentos de porcelana lisa, evidenciou-se uma xícara parcialmente
inteira (contendo base, corpo, borda e lábio), uma porção da borda de um pires, um
fragmento do corpo de uma xícara sextavada, dentre outros. Com exceção de um
fragmento todos os demais não apresentam relevo. No presente projeto foram
coletados durante os trabalhos 38 fragmentos de porcelana (66% simples e 34%
decoradas), aproximadamente 2% do material coletado,
Com relação a fabricação da porcelana no Brasil, PILEGGI (1958) entende
que, a primeira indústria que a produziu foi a Companhia Cerâmica Brasileira do Rio
de Janeiro, fundada por Américo Ludof, em 1910, e que veio substituir à Companhia
de Grés e Faiança Nacional, criada em 1907 (PILEGGI, 1958, p. 2). As tentativas de
empresas para fabricar porcelana no Brasil foram muitas, porém nem todas puderam
alcançar um nível desejado de industrialização. Acredita-se que possa ter ocorrido
falta de recursos, não só financeiros como técnicos.
Para facilitar a identificação dos fragmentos de porcelana, utilizou-se o
princípio a translucidez desse material como elemento de diferenciação da faiança
fina. Assim, foi utilizado um feixe de laser sobre as peças, como técnica de laboratório.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 158
Figura 139 - Exemplares de Porcelanas Pintadas - (Tipo XI)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: D/ Nível: Coleta
Superficial.
Figura 140 - Exemplar de provável xícara de porcelana
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Local: Entorno do Sítio/
Área: K/ Nível: Coleta Superficial.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 159
Figura 141 - Exemplar de provável alça de Porcelana
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: I/ Nível: Coleta
Superficial.
Figura 142 - Exemplar de Porcelana Pintada Sem Relevo - (Tipo XI)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: I/ Nível: Coleta
Superficial.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 160
Figura 143 - Exemplar de Porcelana Pintada Com Relevo - (Tipo XII)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: F/ Nível: Coleta
Superficial.
Figura 144 - Exemplar de borda de provável pires de Porcelana
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: F/ Nível: Coleta
Superficial.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 161
Figura 145 - Exemplar de Porcelana Pintada Sem Relevo - (Tipo XI)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: F/ Nível: Coleta
Superficial.
Figura 146 - Exemplar de Porcelana
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: Área: D/ Nível: Coleta
Superficial.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 162
Figura 147 - Exemplar de faiança fina sob efeito do feixe de laser
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: registra-se a
opacicidade da peça.
Figura 148 - Exemplar de porcelana sob efeito do feixe de laser
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Obs.: registra-se a
translucidez da peça.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 163
10.1 Marcas de fabricante de porcelanas
As faianças e as porcelanas, principalmente a partir do século XIX,
passaram a receber marcas que indicam muitas vezes o fabricante, sua aplicabilidade,
padrões decorativos ou mesmo o tipo do fabrico cerâmico. A seguir são apresentadas
as marcas de fabricantes identificados nas louças coletadas durante as intervenções
arqueológicas.
10.1.1 Pozzani
Fundada em maio de 1934 por Francisco Pozzani como uma fábrica de
filtros cerâmicos, deu iniciou a suas atividades, na cidade de Jundiaí, São Paulo, onde
se encontrava as instalações da antiga Cerâmica Santa Josefina, fundada em 1913
(CARVALHO,2008).
Francisco Pozzani, seu fundador, iniciou a produção com velas para filtros cerâmicos, devido à necessidade de conseguir água filtrada e fervida para um de seus filhos, de acordo com prescrições médicas. Nessa época, os filtros eram estrangeiros e mesmo o mercado paulistano ressentia-se da falta deste produto (INDUSTRIA BRASILEIRA DE ARTEFATOS DE CERÂMICA, 2015).
Cabe destacar que embora a fábrica Pozzani fosse destinada a produção
de filtros cerâmicos, até conseguir impor seus produtos no mercado, também foram
produzidos bibelôs e pedras refratárias, quando por volta de 1939 alterou sua linha de
produção para a porcelana doméstica, assim tornando-se uma das grandes
exportadoras da época chegando a mais de 50 países em todos os continentes
(CARVALHO,2008).
Em 13 de dezembro de 2002, a Francisco Pozzani S/A foi comprada por
um grupo de investidores, alterando sua razão social para Indústria Brasileira de
Artefatos de Cerâmica - IBAC Ltda.
As linhas de produtos são compostas de: 1) Porcelana de mesa: Canecas, xícaras de chá e café, açucareiros, aparelhos de jantar, jarras, bules e uma variedade de outros itens. 2) Linha de Travessas e assadeiras refratarias; 3) Velas cerâmicas e produtos para purificação de água: Velas, filtros, torneiras e acessórios: 4) Produtos promocionais e personalizados. Nossos departamentos de arte, pesquisa e desenvolvimento são dinâmicos e atualizados com as tendências do mercado e estão aptos a desenvolver novos modelos,
Consultoria e Projetos em Arqueologia 164
designs e cores (INDUSTRIA BRASILEIRA DE ARTEFATOS DE CERÂMICA, 2015).
Figura 149 - Evolução da marca Pozzani
Fonte: CARVALHO, 2008.
10.1.2 Schmidt
Impulsionados por Fritz Schmidt, proprietário da Porcelana Mauá e
Porcelana Real, Rodolpho Pedro, Hans Ernst, Arthur Leopoldo, Alfredo e Hilda
Schimidt fundaram no ano de 1945 a primeira fábrica da Schimidt , no Estado de Santa
Catarina. (CARVALHO,2008)
Cabe ressaltar que a produção da Porcelana Schmidt só foi iniciada em
1946. Na mesma década, como a fábrica não possuía recursos para produzir modelos
originais, os mesmos eram baseados em amostras trazidas da Alemanha e seus
decalques importados de países como o Japão e a Holanda, quando no final da
referida década também começaram a utilizar decalques produzidos em Curitiba pela
Fábrica de Fontana.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 165
Em 1948, devido à crescente demanda, a família Schmidt tornou-se uma
sociedade anônima e assumiram o controle da Porcelana Real e oito anos mais tarde,
também incorporando a Porcelana Steatita na cidade de Campo Largo - PR.
(CARVALHO,2008)
Durante década de 50, várias novidades tecnológicas foram surgindo e o
grupo Schmidt cresceu exportando seus produtos, sendo a primeira vez para os
Estados Unidos. A partir da década de 70, a família Schmidt, fundiu suas 03 (três)
outras marcas (Schmidt, Steatita e Real) assumindo somente o nome da família,
Schmidt:
Na década de 70, atuando em todos os segmentos, funde-se em uma única marca: Porcelana Schmidt. Nos anos 80 e 90, com uma grande linha de produtos, a Schmidt se solidifica como líder no setor, reconhecida internacionalmente como lançadora de tendências e referência mundial de qualidade. Sua atuação durante o início dos anos 2000, a consolida na liderança no setor hoteleiro, tornando-se cada vez, referência de produtos de extrema qualidade (PORCELANAS SCHMIDT, 2015).
Figura 150 - Evolução da marca Schmidt
Fonte: CARVALHO, 2008.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 166
10.1.3 Porcelana D. Pedro II
Fundada em 1928 pelo industrial Tinoco Machado, no Rio de Janeiro. A
fábrica D. Pedro II foi a primeira fábrica de porcelana autêntica em escala industrial
Brasil, sendo um dos maiores fornecedores de porcelana comercial do país (segmento
hoteleiro, empresarial e de restaurantes), além de também produzir adornos,
porcelana para mesa, eletricidade e revestimento. Acredita-se que a fábrica D. Pedro
II durou até meados da década de 80 (CARVALHO,2008).
Inicialmente funcionou onde antes havia uma fábrica de sabão e Tinoco Machado, em São Cristovão. Trocou de mãos duas vezes: Luiz Steárica (1930) e Nadir Figueiredo (1950), Em 1940 mudou seu endereço definitivo, próximo ao endereço inicial. Apenas em 1956 passou a ter razão social própria (CARVALHO, 2008, p .24).
.
Figura 151 - Evolução da marca D. Pedro II
Fonte: CARVALHO, 2008.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 167
QUADRO 07 - MARCAS DE LOUÇA
INFORMAÇÕES IMAGEM TRANSCRIÇÃO
Contexto: Área J/Setor : Poço Teste 01/Nível : 020-040 Fábrica: Davenport / Staffordshire - Inglaterra Data da Fábrica: 1793 - 1887 Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: 1866 Localização da marca: Informações complementares:
DAVENPORT
Contexto: Área C/Setor : Sondagem C1/Nível : 000-020 Fábrica: ? / São Paulo / Brasil Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:----- Data da Processadora:----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
6 +
S PAULO
Contexto : Área J / Nível : Coleta Superficial Fábrica: John Meir e Son / Staffordshire - Inglaterra Data da Fábrica: 1812-1897 Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Louça Data do Produto: 1837-1897 Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
WARRANTED STAFFORDSHIRE
J.M.&S.
Contexto: Área A /Nível : Coleta Superficial Fábrica: Porcelana Schmidt Ltda. / Santa Catarina - Brasil Data da Fábrica: 1945 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares:
PORCELANA SCHMIDT
[S.] CATARINA [MADE IN] BRAZIL
Contexto: Área D /Nível : Coleta Superficial Fábrica: Francisco Pozzani S/A / Jundiaí - SP Data da Fábrica: 1934 - atualmente
Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Porcelana Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
POZZANI MADE IN BRAZIL
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 168
QUADRO 07 - MARCAS DE LOUÇA
INFORMAÇÕES IMAGEM TRANSCRIÇÃO
Contexto: Área F /Nível : Coleta Superficial Fábrica: Teixeira Barreto & Cia/São Caetano - SP Data da Fábrica: 1940 - atualmente
Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora:----- Produto: Porcelana Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
PORCELANA SÃO
PAULO SÃO CAETANO
Contexto: Área I /Nível : Coleta Superficial Fábrica: Francisco Pozzani S/A / Jundiaí - SP Data da Fábrica: 1934 - atualmente
Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Porcelana Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
POZZANI MADE IN BRAZIL
Contexto: Área I /Nível : Coleta Superficial Fábrica: Teixeira Barreto & Cia/ São Caetano - SP Data da Fábrica: 1940 - atualmente
Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora:----- Produto: Porcelana Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
PORCELANA SÃO
PAULO SÃO CAETANO
Contexto: Área I /Nível : Coleta Superficial Fábrica: ----- Data da Fábrica: -----
Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
[...]
MA[...]
Contexto: Local : Entorno do Sítio/Área : K/Nível : Coleta Superficial Fábrica: Porcelana D. Pedro II S.A Data da Fábrica: 1928 - 1985
Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Porcelana Data do Produto: ----- Data do Exemplar: c. 1940 Localização da marca: Informações complementares:
PORCELANA P.II
D. PEDRO II
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 169
11 VIDRO Os vidros são materiais obtidos com o resfriamento da sílica que fora
aquecida ao ponto de fusão de 1.250 oC. Os vidros comuns são compostos por
dióxido de silício (SiO2), carbonato de sódio (Na2CO3) e carbonato de cálcio (CaCO3).
De acordo com modelo da ABIVIDRO (2011) os vidros podem ser divididos
de acordo com as seguintes classes:
a) Vidros para embalagem: Potes para alimentos, frascos e garrafas para bebidas, produtos farmacêuticos, higiene pessoal e mais incontáveis outras aplicações: a utilização do vidro para embalagens é uma das mais antigas e frequentes aplicações para o vidro. Por ordem de consumo, a maior utilização é a do setor de bebidas, principalmente com cervejas, seguida pela indústria de alimentos e, logo após, produtos não alimentícios, sobretudo farmacêuticos e cosméticos.
b) Vidros domésticos: São aqueles usados em utensílios como louças de mesa, copos, xícaras e objetos de decoração como vasos.
c) Vidros planos: Os chamados vidro planos, fabricados em chapas, são consumidos principalmente pela construção civil, seguida pela indústria automobilística e moveleira, depois na produção de espelhos e um pequeno percentual para múltiplas outras aplicações. Além dos vidros translúcidos. Um outro tipo de vidro plano, chamado impresso ou fantasia, atende, com menos frequência, também o mercado da construção civil. Vários outros setores vêm aumentando seu consumo de vidro, como a indústria moveleira e o dos eletrodomésticos da chamada linha branca, como fogões, geladeiras, microondas etc.
d) Vidros especiais: São vidros com composições e características especiais, adequadas a necessidades muito específicas de utilização, como os usados na produção de cinescópios para monitores de televisão e computadores, bulbos de lâmpadas, garrafas térmicas, fibras óticas, blocos oftálmicos, blocos isoladores e até tijolos de vidro (ABIVIDRO, 2011).
Recorrente em grande parte dos sítios históricos urbanos brasileiros em
horizontes posteriores ao século XVIII, o vidro normalmente compõe uma parcela
expressiva do material arqueológico resgatado.
Há muitos anos na América do Norte o colecionismo de garrafas é bastante
desenvolvido, até porque o interesse comercial gera estímulo para a busca de novas
informações. Assim, grande parte das referências dessas fontes não se ajusta aos
Consultoria e Projetos em Arqueologia 170
rigores científicos, embora, aparentemente, essa produção apresente um norte para
os cientistas que se baseiam nos trabalhos dos colecionadores.
O século XIX, para o vidro, foi marcado por uma revolução no que diz
respeito ao aprimoramento das técnicas industriais de produção. Nesse momento,
diversas foram as invenções que aprimoraram a fabricação do vidro, fomentando o
aumento da produção e a padronização dos recipientes fabricados.
O mais antigo dos métodos de fabricação de vidro é o sopro-livre. Por não
se utilizar de nenhuma espécie de molde, a forma do recipiente fica completamente
ao encargo de um mestre sendo, portanto, muito difícil uma perfeita padronização da
peça. As garrafas fabricadas desta forma são normalmente assimétricas e irregulares,
apresentam superfície lisa e brilhante e nenhuma marca de molde, sendo o lábio na
maioria das vezes finalizado manualmente, consequentemente apresentando
deformações. Essa técnica foi largamente utilizada até meados de década de 1860.
Técnicas que utilizam moldes na fabricação de garrafas deixam em sua
superfície uma marca, importante indicador temporal. Durante o século XIX várias
técnicas de produção com moldes foram utilizadas, normalmente associadas a
acabamentos manuais.
Os vidros são classificados de acordo com a seguinte tipologia:
a) Tipo I-a - Embalagem de vidro - Potes; b) Tipo I-b - Embalagem de vidro - Frascos; c) Tipo I-c - Embalagem de vidro - Garrafas; d) Tipo II-a - Vidro doméstico - Copo; e) Tipo II-b - Vidro doméstico - Xícara; f) Tipo II-c - Vidro doméstico - Jarra; g) Tipo II-d - Vidro doméstico - Cálice; h) Tipo II-e - Vidro doméstico - Candeeiro; i) Tipo II-f - Vidro doméstico - Prato de uminária; j) Tipo III-a - Vidro plano - Simples; k) Tipo III-b - Vidro plano - Decorado; l) Tipo IV-a - Vidro especial - Lente; m) Tipo IV-b - Vidro especial - Bulbo de lâmpada; n) Tipo IV-c - Vidro especial - Tijolo; o) Tipo IV-d - Vidro especial - Telha; p) Tipo IV- e - Vidro especial - Piso.
O material vítreo coletado durante o levantamento prospectivo corresponde
a 24% do total de materiais resgatados (414 peças), sendo predominantes os
fragmentos de garrafas. Do material vítreo, 71% representam embalagens, 3% vidro
Consultoria e Projetos em Arqueologia 171
doméstico, 24% vidro plano e 2% de vidros especiais.
Figura 152 - Exemplares de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: D/ Nível:
Coleta superficial.
Figura 153 - Exemplares de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: G/ Nível: Coleta superficial.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 172
Figura 154 - Exemplares de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: D/ Nível:
Coleta superficial.
Figura 155 - Exemplares de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: H/ Nível:
Coleta superficial.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 173
Figura 156 - Exemplares de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: H/ Nível: Coleta superficial. Legenda: A - Frasco de remédio; B - ampola para seringa.
Figura 157 - Exemplar de embalagem de vidro de uso farmacêutico (Tipo I-b)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: G/ Nível:
Coleta superficial.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 174
Figura 158 - Fragmento de vidro doméstico - Xicara (Tipo II-b)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: G/ Nível:
Coleta superficial.
Figura 159 - Fragmento de vidro doméstico - base de Cálice (Tipo II-d)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: G/ Nível:
Coleta superficial.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 175
Figura 160 - Fragmentos de embalagens de vidro - corpo de garrafa - (Tipo I-c)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: G/ Nível: Coleta superficial. OBS: os fragmentos correspondem a linha de refrigerantes
da Brahma, c. décadas de 1970-1980.
Figura 161 - Exemplares de Embalagens - Frascos (Tipo I-b)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: A- Área B - Coleta
superficial; B- Área: A - Poço teste 09- Nível: 020-040. Legenda: A - tampa de frasco de remédio; B - ampola para seringa.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 176
A literatura arqueológica revela uma variedade de tipos de garrafas. Isso
se explica pela diversidade de produtos importados face a uma tímida indústria
brasileira do século XIX.
Para o estabelecimento de uma tipologia das formas de garrafa, observou-
se uma gama muito grande de tipologias apresentadas, o que permitiu algumas
conclusões e o estabelecimento do modelo aqui apresentado.
Primeiramente, registra-se uma quantidade bastante grande de tipos de
garrafas, tais como: alsácia, renana, bordelaise, bordaux spalla alta, bourguignonne,
albeisa, champenoise, champagne cuvée, ligérienne, rhôdanienne, vallée de la loire,
jura, savoie, clavelin, sud de France, gaillacoise, provençale, anfora provenzale,
provence et la corse, fiasco, chiantigiana, fancônia, pulcianella, bocksbeutel,
espanhola estilo bordeaux, jerez, madeira, porto, marsala, ungherese, black glass,
torpedo, hutchinson, dentre outras. Grande parte das classificações volta-se a
produções regionais de vinho e produções regionais de garrafa. Assim o binômio
vinho-garrafa, inicialmente, aponta para identidades regionais, onde o tipo de garrafa
aponta para um tipo de vinho. Logo, muitas denominações de garrafas são idênticas
às denominações regionais e às dos tipos de vinho. De maneira geral, observa-se que
as vinícolas, inclusive no novo mundo, ao envasarem seus vinhos procuram manter a
relação entre tipo de uva e forma de embalagem, o que não necessariamente é uma
regra.
Difícil foi estabelecer um quadro tipológico que aponte de forma clara e
definida para as diversas formas utilizadas. Optou-se pelo estabelecimento do critério
regional, eliminando e variações e escolhendo denominações de maior penetração.
Assim, foi criado o primeiro quadro com os seguintes tipos: bordelaise,
bourguignonne, champenoise, alsacienne, provençale, clavelin, porto, francônia e
fiasco. Como se trata de uma tipologia, mesmo fazendo referência a uma região ou
cidade, as denominações aqui descritas serão apresentadas como substantivos
simples. De todos os tipos o bordelaise é o mais popular. A experiência em
arqueologia histórica na cidade do Rio de Janeiro permitiu que à essa tipologia fosse
acrescida os tipos: cobb, torpedo e hutchinson ou pop. Incluiu-se a essa lista mais
quatro tipos de garrafas: tipo-A, ou Industry Standard Beer - ISB (660 ml); tipo-S (330
ml), tipo-V (330 ml); tipo-C (210/215 ml) e tipo-1: (330 ml). Essa última tipologia foi
incorporada a este trabalho a partir de observações de registros em relevo nas
Consultoria e Projetos em Arqueologia 177
garrafas enquadradas nessa classe. Esses tipos foram padrões por décadas no Brasil
para o envasamento, sobretudo de cerveja, refrigerantes e aguardentes,
predominantemente utilizados desde o início até o último quartel do século XX.
Figura 162 - Tipologia de formas de garrafas
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ISB
(6
60 m
l)
Tip
o-S
(330
ml)
Tip
o-X
(330
ml)
Tip
o-V
(330
ml)
Tip
o-C
(921
0/2
15 m
l)
Tip
o-1
(330
ml)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 178
Figura 163 - Fotografia de garrafeiros tomada por Marc Ferrez em 1895
Fonte: FERREZ, 1895 (Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro).
Consultoria e Projetos em Arqueologia 179
Contando com o eterno perdão dos enólogos que, lato sensu, estudam
também as garrafas que envasam seus apreciados vinhos, é apresentada uma
tipologia de garrafas que, como inúmeras tentativas parece apontar para uma divisão
apropriada aos estudos arqueológicos brasileiros:
a Garrafa tipo Bordelaise: Forma cilíndrica, ombro pronunciado, corpo
reto, pescoço relativamente reto e curto. A garrafa de vinho mais
difundida no mundo. Chamada também de frontignan.
b Garrafa tipo Bourguignonne: Forma cilíndro-cônica, pescoço longo,
ombro suave, corpo largo e cilíndrico com altura inferior a metade da
garrafa.
c Garrafa tipo Champenoise: Forma cilíndro-cônica, ombro suave,
pescoço curto, corpo cilindrico e base larga (ombro e base mais
pronunciados que bourguignonne), anel terminal para fixar a armação da
rolha. A parede da garrafa é mais grossa e homogênea para suportar a
pressão de até 10 atm. Usada, sobretudo, para espumantes.
d Garrafa tipo Alsacienne: Forma cilíndro-cônica alongada, não possui
ombro, originalmente na região do rio Reno. Sobretudo para vinho
branco. Também conhecida como renana.
e Garrafa tipo Provençale: Forma cilíndrica, pescoço longo, ombro suave,
corpo cilíndrico e cinturado.
f Garrafa tipo Clavelin: Forma cilíndrica, ombro bastante pronunciado,
pescoço curto, corpo reto. De origem francesa (Jura). Caracteriza-se,
sobretudo, pela capacidade de 0,62l, o que resta de um litro de vinho
amarelo depois de 6 anos em barris.
g Garrafa tipo Porto: Forma cilíndrica, ombro pronunciado, corpo reto,
pescoço dilatado. De origem portuguesa (Porto), apresenta semelhança
com as garrafas jerez ou sherry (Espanha) e Madeira (Portugal) e
Marsala (Itália), com maior altura, aqui enquadradas no mesmo tipo.
h Garrafa tipo Francônia. Origem alemã e italiana (Toscana). Forma
relativamente oval, corpo largo (em secção transversal, apresenta forma
elíptica), ombro pronunciado, pescoço curto, altura em torno de 0,20 m.
De origem alemã e italiana (Toscana), é também conhecida como
bocksbeutel e pulcianella.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 180
i Garrafa tipo Fiasco: Forma relativamente globular, pescoço longo e
ombro levemente pronunciado, base originalmente convexa. De origem
italiana era revestido de palha de forma a posicioná-la em pé.
j Garrafa tipo Cobb: Forma cilíndro-cônica, sem ombro, caracterizada pela
forma de fechamento onde, na área do pescoço existem dois
estreitamentos que limitam o movimento de uma bola de vidro. Utilizada
para bebidas gaseificadas, dependendo da posição da garrafa, permite
a passagem da bebida ou a impele pela pressão que se faz sobre a bola
de vidro e a parte interna do orifício.
k Garrafa tipo Torpedo: Forma cilíndrica, tamanho variado, não possui
ombro, a base e o top do corpo apresenta-se em pronunciado
afinamento, cujo conjunto assemelhasse a um torpedo.
l Garrafa tipo Hutchinson: Forma cilíndrica, ombro pronunciado, pescoço
bastante curto, cujo fechamento era feito internamente com um disco de
borracha de onde se estendia uma alça de arame que se pronunciava
para fora da garrafa. Utilizada para bebidas gaseificadas, a pressão
interna mantinha o disco de borracha sempre pressionado à superfície
interna do ombro da garrafa. Também conhecida como “garrafa pop”.
m Garrafa tipo Tipo-A: Forma cilíndrica, ombro pronunciado, corpo reto,
pescoço levemente dilatado. Apresenta semelhança com o tipo porto,
sendo mais alongada, com capacidade de 660 ml. Também conhecida
como industry standard beer - ISB.
n Garrafa tipo Tipo-S: Forma cilíndrica, ombro pronunciado, corpo reto,
pescoço levemente dilatado. É uma versão com a metade da capacidade
(330 ml) do tipo-A, com tamanho reduzido a aproximadamente sua
metade e mantido seu diâmetro. Na cidade do Rio de Janeiro, na década
de 60, era conhecida como "mini-saia".
o Garrafa tipo Tipo-V: Forma cilíndro-cônica, pescoço longo, ombro suave,
corpo largo e cilíndrico com altura inferior a metade da garrafa, em suma
semelhante ao tipo bourguignonne, entretanto com com capacidade de
330 ml.
p Garrafa tipo Tipo-C: Forma cilíndro-cônica, pescoço longo, ombro suave,
corpo largo e cilíndrico com altura inferior a metade da garrafa, ou seja,
Consultoria e Projetos em Arqueologia 181
semelhante ao tipo bourguignonne, entretanto com capacidade variando
entre 210 e 215 ml.
q Garrafa tipo Tipo-1: Forma cilíndrica, ombro pronunciado, corpo reto,
pescoço relativamente reto e curto, ou seja, semelhante ao tipo
bordelaise, entretanto com capacidade de 330 ml.
Seguramente existem inúmeras formas que podem ser enquadradas como
tipos, por se tratarem de modelos personalizados de garrafas de marcas específicas.
A indústria de bebidas ditas quentes (whisky, conhaque, rum, vodca, licor, etc.) e de
refrigerantes são especialmente criativas na elaboração de formas para seus
produtos. Esses últimos poderão ser utilizados, inclusive, como referências para o
estabelecimento de cronologias.
O material vítreo resgatado revelou materiais predominantemente do
século XX, facilmente identificados pela presença de emendas características do
emprego da tecnologia de produção de embalagens automáticas para vidro, que
alcança inclusive a borda dos vasilhames, neste caso, garrafas e pequenos frascos.
Em menor quantidade, encontram-se fragmentos de vidro com tecnologia mais antiga,
como fundo de garrafas, que provavelmente remontam ao século XIX.
Os fragmentos e as peças recuperadas apresentam uma grande
diversificação quanto a sua utilidade. Registra-se a presença de garrafas, frascos de
remédios, frascos para perfumes, êmbolos de seringas, fragmentos e peças inteiras,
possivelmente, relacionadas a uma enfermaria. Observam-se, ainda, tampas de
frascos associadas a produtos químicos, possivelmente, ligadas a uma botica ou a
uma enfermaria, fragmentos concernentes a adornos, como lustres ou algum tipo de
abajur, típicos de um espaço social mais requintado como, igrejas ou conventos. Além
do mais, os registros materiais contemplam também, bases de cálices pertencentes a
taças e vidros planos. Algumas marcas também foram identificadas, permitindo a
identificação do fabricante e do produto, conforme será verificado mais adiante em
seção própria.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 182
Figura 164 - Exemplar de embalagem de vidro - Garrafa tipo Bourguignonne
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.OBS: Área: Oeste/Setor:
S2A/Nível: 000-020.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 183
Figura 165 - Exemplar de embalagem de vidro - pescoço de garrafa
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área H - Coleta
superficial.
Figura 166 - Exemplar de embalagem de vidro - ombro e pescoço de frasco
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área H - Coleta
superficial.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 184
Figura 167 - Exemplares de embalagens de vidro - fundos de garrafas
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área D - Poço
teste 17 - Nível: 000-020. OS: provavelmente século XIX.
Figura 168 - Exemplares de embalagens de vidro - garrafas século XX (Tipo I-b)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: A - Área D -
Coleta superficial; B - Área: H/ Nível: Coleta superficial.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 185
11.1 Marcas de Vidro Muitas peças de vidro de uso cotidiano podem apresentar forma
patenteada, marcas e inscrições em relevo que apontam para uma indústria produtora
da embalagem, distribuidora da embalagem, processadora do produto ou para a
produtora do produto propriamente dito.
11.1.1 Santa Marina
Fundada em 1895, por Antônio da Silva Prado e o Dr. Elias Fausto Pacheco
Jordão, anteriormente chamava-se Prado & Jordão, sua produção concentrava-se em
vidros planos, contudo devido a baixa demanda alternaram para a garrafaria em 1896
(BRANDÃO, 1996, p.50).
Seu atual nome tivera origem quando Antônio da Silva Prado comprara
parte da sociedade dos herdeiros de Jordão, assim rebatizando-a de Fábrica de
Vidros Santa Marina, em homenagem a uma de suas filhas falecida (BRANDÃO,
1996, p.52). Em 1903 a firma foi transformada em sociedade anônima, finalmente,
tornando-se a Companhia Vidraria Santa Marina.
No que diz respeito à revolução de 1932, a Companhia Santa Marina teve
relativo destaque, pois:
A Vidraria Santa Marina participou do processo de diversificação da indústria de São Paulo para a produção de “material de guerra” (fuzis, bombas, vestuário e comestíveis. Com o início da Segunda Guerra em 1939, a gasolina ficou racionada e fornos passaram a ser aquecidos por gasogênio. Nesse período, houve também uma diversificação da linha de produção da vidraria: fabricação de frascos para remédios e perfumes (tubos de vidros, ampolas, flaconetes e também os vidros azuis, marca registrada do Leite de Magnésia de Philips) (RODRIGUES, 2011).
Em 1944, associada à Corning Glass Works, dos Estados Unidos, que
detinha a marca Pyrex, a Santa Marina atua na sua recuperação enfrentando o
período pós-guerra (BARCELOS, 1983, p.115). Durante as décadas de 1950 e 1960
a empresa passou por uma complexa reestruturação não só administrativa, mas
Consultoria e Projetos em Arqueologia 186
também física associando-se à Saint-Gobain e a Souchon-Neuvesel (RODRIGUES,
2011).
Nos anos 80, com o término da concessão com a Corning Glass Works,
tornou-se proibido o uso do termo Pyrex, desta forma, a empresa lançara o mesmo
produto, porém com outro nome: Marinex.
Figura 169 - Primeira foto das instalações da Fábrica Santa Marina 1896
Fonte : SANTA MARINA, 2014.
Figura 170 - Funcionários na oficina mecânica da Santa Marina em 1919
Fonte : SANTA MARINA, 2014.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 187
11.1.2 Wheaton Uma das indústrias do mundo no segmento de embalagens de vidro a T.
C. Wheaton foi fundada em 1888 quando o farmacêutico e médico Dr. T. C. Wheaton
associou-se aos empresários, Shull e Goodwin na Companhia de vidro Shull-Goodwin
em Millville, em New Jersey, nos Estados Unidos. Contudo, particularmente
interessado na confecção de vidros farmacêuticos, Dr. Wheaton comprou a
participação majoritária, fundando assim T. C. Wheaton.
A nova empresa cresceu rapidamente para refletir os interesses médicos
de seu fundador, atendendo laboratórios científicos, químicos, perfumistas,
farmacêuticos e médicos.
Em 1910 a fábrica Wheaton começa a fazer garrafas em sílex, âmbar,
verde claro, verde esmeralda e vidro. Anos mais tarde, com o início da Primeira Guerra
Mundial, as demandas aumentaram devido aos Estados Unidos torarem-se o principal
fornecedor principal de materiais de guerra, assim, enfrentando o domínio alemão no
mercado mundial. Na década de 20 a marca Registada é alterada para WHEATON.
Em 1946, a Wheaton estabeleceu uma nova empresa, Wheaton Glass Company,
projetado para funcionar separadamente, mas em conjunto com a empresa mais
antiga. A marca para um “W” em um círculo. (PRODUCT MANUFACTURES, 2015)
Nos anos 50, em decorrência do surgimento do plástico industrial a
Wheaton antecipou-se as concorrentes e investiu neste novo e poderoso meio de
confecção de embalagens, assim criando a Wheaton Plastics, onde desenvolveram
máquinas automáticas com a mesma função de injeção do molde de sopro usado para
o vidro, no entanto com a função de fabricar recipientes de plástico. Em 1952 é criado
o Grupo Wheaton Brasil (REFERENCE FOR BUSINESS, 2015).
Em 1952, após 64 anos de sua fundação, e com muitas experiências acumuladas, a Wheaton Brasil é fundada em São Paulo, e é pioneira ao colocar no mercado, em 1953, o primeiro frasco de penicilina fabricado numa máquina I.S. de 4 seções e dupla gota. No mesmo ano, a Wheaton Brasil passa a fabricar frascos que, além do mercado farmacêutico, também atendem a indústria de perfumaria e cosméticos (WHEATON BRASIL, 2015).
Consultoria e Projetos em Arqueologia 188
Figura 171 - Fábrica Wheaton & Co. em Millville, 1888
Fonte: PRODUCT MANUFACTURES, 2015
Figura 172 - Propaganda de embalagem verde produzida pela Wheaton & Co. em 1893
Fonte: PRODUCT MANUFACTURES, 2015
Consultoria e Projetos em Arqueologia 189
Figura 173 - Trabalhadores da T. C. Wheaton Glass Company em 1890
Fonte: PRODUCT MANUFACTURES, 2015.
Figura 174 - Interior da Fábrica T. C. W. em 1937
Fonte: PRODUCT MANUFACTURES, 2015
Consultoria e Projetos em Arqueologia 190
Figura 175 - Evolução da marca Wheaton
Fonte: REFERENCE FOR BUSINESS, 2015.
11.1.3 Confeitaria Colombo
Localizada no centro histórico da cidade do Rio de Janeiro e um dos
principais pontos turísticos da cidade, a Confeitaria Colombo foi fundada pelos
imigrantes portugueses Joaquim Borges de Meireles e Manuel José Lebrão setembro
em 1894. Integrada ao cotidiano do Rio de Janeiro, a Confeitaria tornou-se ponto de
encontro da intelectualidade, sendo frequentada por ícones como Olavo Bilac,
Machado de Assis, José do Patrocínio, João do Rio, Washington Luiz, Epitácio
Pessoa, Getúlio Vargas, Rei Alberto da Bélgica e a rainha Elizabeth da Inglaterra, o
ex-presidente Juscelino Kubitschek, o maestro e compositor Heitor Villa-Lobos, o
jornalista e escritor Lima Barreto e Chiquinha Gonzaga (CONFEITARIA COLOMBO,
2015).
Atualmente, parte do Patrimônio Histórico e Artístico do Rio de Janeiro,
como símbolo da belle époque na vida da cidade, com decoração art nouveau, com
enormes espelhos de cristal trazidos da Antuérpia, bancadas de mármore italiano e
móveis em madeira de jacarandá recria uma representação fidedigna ao que existia
dessa época nos salões europeus. (CONFEITARIA COLOMBO, 2015)
Consultoria e Projetos em Arqueologia 191
Figura 176 - Confeitaria Colombo 1894
Fonte: COLOMBO, 2015.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 192
11.1.4 Cisper
Fundada em 1908 como Fábrica Carmita, no Rio de Janeiro, a Companhia
Industria São Paulo e Rio produzia garrafas de cervejas em série quando em 1916,
durante seu processo de falência, foi comprada pelos engenheiros, Alberto Monteiro
de Carvalho e Silva e Olavo Egídio de Sousa Aranha Júnior, também criadores do
Grupo Monteiro Aranha. A Indústria de vidro CISPER, possuí fábricas localizadas
em São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus, sendo a de São Paulo sede atualmente.
A Companhia Industria São Paulo e Rio - Cisper - começou em 1908, como uma pequena fábrica chamada Carmita, no Rio de Janeiro , com tecnologia americana e máquinas automáticas da empresa Owens que produzia garrafas de cervejas em série. Mas a Carmitas faliu em 1916 e foi então adquirada pelos engenheiros , Olavo Egydio de Souza Aranha Jr e Alberto Monteiro de Carvalho e Silva, com a razão social de Companhia Industrial São Paulo e Rio - Cisper (LINO,2011).
Cabe ressaltar que a Cisper foi à primeira empresa brasileira produtora de
garrafas com máquinas automáticas e, em termos de tecnologia, era a mais avançada
do país em produção de embalagens de vidro. Uma de suas principais clientes - desde
1918, com a encomenda de 100 garrafas - a Cervejaria Brahma tornou-se o um cliente
significativo em 1923 ao encomendar a produção de 100.000 garrafas. Outro ponto
de destaque, aconteceu em 1949 quando os primeiros frascos de vidro azul para Leite
magnésia e frascos na cor verde para a Companhia Antártica Paulista (ORIGEM DAS
MARCAS, 2015).
Consultoria e Projetos em Arqueologia 193
11.1.5 Fábrica Peixe
A Indústria Alimentícia Carlos de Britto S.A, conhecida como Fábricas
Peixe, foi uma das primeiras indústrias a ser construída no Nordeste brasileiro
expandindo-se para São Paulo e Rio de Janeiro. Fundada em 1898 por Carlos
Frederico Xavier de Britto e sua esposa Maria da Conceição Cavalcanti de Brito para
o fabrico de goiabada caseira, em Pesqueira Pernambuco. (JC ONLINE, 2015)
Futuramente, uma das principais indústrias alimentícias nacionais, a
Fábricas Peixe Na primeira década do século XX adquiriu tachos a vapor de
fabricação inglesa mecanizando sua a produção, além de contratar dezenas de
operários. Em 1910 a empresa recebeu o Grande Prêmio da Exposição Internacional
de Bruxelas, na Bélgica assim tornando-se umas das maiores indústrias do Brasil. No
ano de 1990 a empresa entra em falência. (O NORDESTE, 2015)
A Peixe produziu e doces de frutas e produtos derivados de tomate,
destacando-se o Ketchup Peixe.
Figura 177 - Automóvel das Fábricas Peixe.
Fonte: PESQUEIRABR, 2015.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 194
Figura 178 - Fachada da Fábricas Peixe
Fonte: PESQUEIRABR, 2015.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 195
Quadro 08 - Marcas em vidros Informações Imagem Transcrição
Contexto: Área : E/Setor : Poço Teste 18/Nível :000-040 Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
M [...]D
Contexto: Área : E/Setor : Poço Teste 18/Nível :000-040 Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
L.W EXPOR
Contexto: Área : E/Setor : Poço Teste 18/Nível :000-040 Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
155
Contexto: Área : E/Setor : Poço Teste 18/Nível :000-040 Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
8TM S 63 TK ?
Contexto: Área : C/Setor : Poço Teste 20/Nível :060-090 Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ------ Localização da marca: Informações complementares:
[...]A
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 196
Quadro 08 - Marcas em vidros (continuação) Informações Imagem Transcrição
Contexto: Área C/Setor : Sondagem C1/Nível : 020-040 Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----
DESENHO DE UMA COROA M
Contexto: Área D/Setor : Sondagem D1/Nível : 000-020 Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
----- CI
31 b
Contexto: Área D/Setor : Sondagem D1/Nível : 040-060 Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----
VCL A II
Contexto: Área F/Setor : Sondagem F1/Nível : 000-020 Fábrica: Vidraria Santa Marina Ltda / São Paulo - Brasil Data da Fábrica: 1896 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:
33 705 SM
Contexto: Área K/Setor : Sondagem K1/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: Indústria Alimentícia Carlos de Britto S.A / Pesqueira - PE Data da Fábrica: 1898 - ? Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
FABRICA PEIXE
BRASIL
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 197
Quadro 08 - Marcas em vidros (continuação)
Informações Imagem Transcrição Contexto: Área K/Setor : Sondagem K1/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ------ Data do Distribuidor: ----- Processadora:----- Data da Processadora:----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
S
Contexto: Área K/Setor : Sondagem K1/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: ---- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:----- Data da Processadora:----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
BA 342 :2 :
Contexto: Área K/Setor : Sondagem K1/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:----- Data da Processadora:----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
223 m [...]39
Contexto: Área : D/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: Wheaton Data da Fábrica: 1888- atualmente Distribuidor: Data do Distribuidor: Processadora: Data da Processadora: Produto: Data do Produto: 1946- Data do Exemplar: Localização da marca: Informações complementares:
W 46
Contexto: Área : A/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: Wheaton Data da Fábrica: 1888-atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: 1946- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----
W 21
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 198
Quadro 08 - Marcas em vidros (continuação)
Informações Imagem Transcrição Contexto: Área : D/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: Wheaton Data da Fábrica: 1888-atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: Produto: ----- Data do Produto: 1946- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----
W
71
Contexto: Área : E / Nível : Coleta Superfícial Fábrica: Campanhia Industrial de Vidros / Recife - PE Data da Fábrica: 1958 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:
500ml. 18 CIV 71 21350_
Contexto: Área : E/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: CISPER Data da Fábrica: Distribuidor: Data do Distribuidor: Processadora: Data da Processadora: Produto: Data do Produto: Data do Exemplar: Localização da marca: Informações complementares:
Ci
300 ml
15
Contexto: Área : E/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: Wheaton Data da Fábrica: 1888-atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: 1946- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
W 26
Contexto: Área : E/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: Vidraria Santa Marina Ltda / São Paulo - Brasil Data da Fábrica: 1896 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:---- Data da Processadora:---- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:
SM [...]HEBO
730
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 199
Quadro 08 - Marcas em vidros (continuação)
Informações Imagem Transcrição Contexto: Área : E / Nível : Coleta Superfícial Fábrica: Wheaton Data da Fábrica: 1888-atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: 1946- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
W
28
Contexto: Área : E / Nível : Coleta Superfícial Fábrica: CISPER Data da Fábrica: 1918 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
CISPER
88
Contexto: Área: G/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Vidraria Santa Marina Ltda / São Paulo - Brasil Data da Fábrica: 1896 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ------ Produto: ------ Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ------ Localização da marca: Fundo Informações complementares:
SM
Contexto: Área: G/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
N S
Contexto: Área: E / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Wheaton Data da Fábrica: 1888 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: 1946 - Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----
W 16
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 200
Quadro 08 - Marcas em vidros (continuação)
Informações Imagem Transcrição Contexto: Área: D / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Campanhia Industrial de Vidros / Recife - PE Data da Fábrica: 1958 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:
216ml 12 CIV 76
611
Contexto: Área: D / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Wheaton Data da Fábrica: 1888-atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: Processadora: ----- Data da Processadora: Produto: ----- Data do Produto: 1946- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----
W 50
Contexto: Área: D/ Nível: Coleta Superfícial Vidraria Santa Marina Ltda / São Paulo - Brasil Data da Fábrica: 1896 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:
67 SM
Contexto: Área: D/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Wheaton Data da Fábrica: 1888-atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: Produto: ----- Data do Produto: 1946 - Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares:
W 4
Contexto: Área: D / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Vidraria Santa Marina Ltda / São Paulo - Brasil Data da Fábrica: 1896 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:
13 SM
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 201
Quadro 08 - Marcas em vidros (continuação)
Informações Imagem Transcrição Contexto: Área: D/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----
VCL 2
Contexto: Área: D/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: DISUL PERFUMES E COSMÉTICOS LTDA Data da Fábrica: 1930 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Perfume Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
PERFUMES CJ
LEGALION
Contexto: Área: D/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Data da Fábrica: Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:----- Data da Processadora:----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: Localização da marca: Informações complementares:
ARGENTINA
Contexto: Área: G/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Wheaton Data da Fábrica: 1888-atualmente Distribuidor: Data do Distribuidor: Processadora: Data da Processadora: Produto: 1946- Data do Produto: Data do Exemplar: Localização da marca: Informações complementares:
W
Contexto: Área: D/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Vidraria Santa Marina Ltda / São Paulo - Brasil Data da Fábrica: 1896 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ---- Localização da marca: Fundo Informações complementares:
44 SM
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 202
Quadro 08 - Marcas em vidros (continuação)
Informações Imagem Transcrição Contexto: Área: G/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Data da Fábrica: Distribuidor: Data do Distribuidor: Processadora: Data da Processadora: Produto: Data do Produto: Data do Exemplar: Localização da marca: Fundo Informações complementares:
IND BRAS 1,5
Colo[...] MA[...]
Contexto: Área: G/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Confeitaria Colombo/Rio de Janeiro Data da Fábrica: 1894 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:
CONFEITARIA K
COLOMBO
Contexto: Área: H/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Campanhia Industrial de Vidros / Recife - PE Data da Fábrica: 1958 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:
215 ml 18 CIV 70
82220
Contexto: Área: G/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Vidraria Santa Marina Ltda / São Paulo - Brasil Data da Fábrica: 1896 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:----- Data da Processadora:----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:
33 SM
Contexto: Área: H/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Corpo----- Informações complementares: -----
MAGNESIA RE[...]BON[...]
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 203
Quadro 08 - Marcas em vidros (continuação)
Informações Imagem Transcrição Contexto: Área: H/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:
K 17
Contexto: Área: H/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:
D 15 1869
Contexto: Área: H/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: F. Hoffmann-La Roche & Co ? Data da Fábrica: 1896 - atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Data do Produto: Data do Exemplar: Localização da marca: Fundo Informações complementares:
W ROCHE
17
Contexto: Local: Entorno do Sítio / Área: K / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:
D 13 330 ml
[...]-369-A
Contexto: Local: Entorno do Sítio / Área: K / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Wheaton Data da Fábrica: 1888-atualmente Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: 1946 - Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Fundo Informações complementares:
W
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 204
Quadro 08 - Marcas em vidros (continuação)
Informações Imagem Transcrição Contexto: Área: H/ Nível: Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: -----
Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----
PATENT
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 205
12 MATERIAIS CONSTRUTIVOS Neste relatório foi adotada a classificação dos vestígios arqueológicos de
acordo com o tipo de material e aplicação. Em se tratando de materiais construtivos,
essa regra será rompida por ser entendido que a análise dessa classe, independente
da natureza do material, torna mais objetivo o entendimento do contexto. De maneira
geral, o material de caráter construtivo evidenciado no sítio cobre uma grande
extensão temporal, se estendendo desde o período colonial até os dias atuais.
12.1 Telhas
No que tange as telhas normalmente recuperadas em sítios arqueológicos
históricos na cidade do Rio de Janeiro, essas normalmente se enquadram em três
tipos: meia cana ou telha canal, tipo francesa ou plana e telha de amianto. As telhas
do tipo meia cana ou canal, geralmente, são fabricadas em pequenas olarias ou em
instalações industriais, a partir da mistura de argilas, tendo suas características
associadas ao tipo de material de origem e a duração do cozimento utilizado. Esse
tipo de telha foi bastante utilizada no período colonial. Em relação aos vestígios de
telhas do tipo francesa ou plana, observa-se que algumas peças, possivelmente,
foram importadas da Europa, especificamente de Marselha, enquanto outras devem
ter sido confeccionadas aqui no Brasil, pois embora a fábrica não tenha sido
identificada, constatou-se a presença do nome “cerâmica” em português.
O amianto, conjunto de minerais constituídos basicamente por silicato de
magnésio, é utilizado na produção de diversos produtos, sendo mais comum na
confecção de telhas de fibrocimento (constitui uma mistura de amianto, celulose,
cimento, calcário e água). Segundo dados do MMA (2010) embora a extração do
amianto no Brasil tenha iniciado no ano de 1923, até 1930 quase todo o amianto
utilizado no país era importado. Ainda conforme o MMA (2010), foi a partir de 1950,
com a popularização do fibrocimento, que houve uma grande demanda por amianto,
principalmente, para a confecção de telhas. O uso desse tipo de telha desenvolve
coberturas em placas onduladas, podendo ser utilizada em diversas situações, o que
reduz os custos da construção.
A telha cerâmica coletada foi pouco representativa, destacando-se as telhas
canal e francesa. Os fragmentos de exemplares de telha colonial de cerâmica
Consultoria e Projetos em Arqueologia 206
apresentaram decoração e as telhas francesas apresentam inscrições que podem
permitir a identificação das olarias que as fabricaram.
Os fragmentos telhas de amianto recuperados no Morro de Santo Antônio
podem estar associados a barracões ligados a reformas realizadas no Convento de
Santo Antônio ou na Ordem Terceira da Penitência, sendo estes descartados no
terreno em análise. Não se descarta também a possibilidade de terem sido utilizadas
em barracões de ocupações ilegais, embora os dados históricos apontem para
telhados de cinco.
As telhas são classificadas observada a seguinte tipologia:
a) Tipo I - Telha canal cerâmica
b) Tipo II - Telha canal faiança
c) Tipo III - Telha francesa cerâmica
d) Tipo IV - Telha cumeeira cerâmica
e) Tipo V - Telha amianto
A totalidade de telhas coletadas durante o levantamento prospectivo
corresponde a aproximadamente 4% (74 peças) de todo o material resgatado com
maior incidência de telha canal cerâmica.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 207
Figura 179 - Exemplar de Telha Canal Cerâmica - (Tipo I)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: C/Setor:
Sondagem C1/Nível: 020-040.
Figura 180 - Exemplar de Telha de Amianto - (Tipo V)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: D/Setor:
Sondagem D1/Nível: 000-020.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 208
Figura 181 - Exemplar de Telha de Amianto - (Tipo V)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: D/Nível:
Coleta Superficial.
Figura 182 - Exemplar de Telha de Francesa Cerâmica - (Tipo II)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: I/Nível:
Coleta Superficial.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 209
Figura 183 - Exemplar de Telha Colonial Cerâmica - (Tipo I)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: C/Nível:
Coleta Superficial.
Figura 184 - Exemplar de Telha Francesa Cerâmica - (Tipo II)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: E/Nível:
Coleta Superficial.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 210
Quadro 09 - Marcas levantadas em telhas Informações Imagem Trnscrição
Contexto: Área: A/Setor : Poço Teste 05/Nível :000-020
Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:
Data da Processadora: ----- Produto: Telha Cerâmica
Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----
[...]ER[...]
Contexto: Área: E/Nível : Coleta Superfícial Fábrica: Marseille - França
Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Telha Cerâmica
Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares:
[GRANDE ECAILLE POUR TOITURE]
[BREVE]TES S G [D.G] [St HENR]Y-MARSE[ILLE]
[ROUX FRÉRES]
Contexto : Área H/Nível : Coleta Supefícial
Fábrica: ----- Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Telha Cerâmica
Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----
3
CERÂM[ICA]
Contexto: Área H/Nível : Coleta Supefícial Fábrica: Marseille - França
Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Telha Cerâmica
Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----
[GRAND]E ECAILLE [POUR TOITURE]
[BREVETES S/ G D.G] [St HENRY-MARSEILLE]
[ROUX FRÉRES]
Contexto: Área H/Nível : Coleta Supefícial Fábrica: Marseille - França
Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Telha Cerâmica
Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----
[GRANDE ECAILLE POUR TOITURE]
[B]REVE[TES S/ G D.G] [St] HENR[Y - MARSEILLE]
[ROUX FRÉRES]
Contexto: Área I/Nível : Coleta Supefícial Fábrica: Marseille - França
Data da Fábrica: ----- Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: Produto: Telha Cerâmica
Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: ----- Informações complementares: -----
[G]RANDE ECA[ILLE POUR TOITURE]
BREVE[TES S/ G D.G] St HENR[Y-MARSEILLE]
[ROUX FRÉRES]
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 211
12.2 Ladrilho hidráulico Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBR 9457, 1986)
ladrilho hidráulico é definido como:
[...] placa de concreto de alta resistência ao desgaste para acabamento de paredes e pisos internos e externos, contendo uma superfície com textura lisa ou em relevo, colorida ou não, de formato quadrado, retangular ou outra forma geométrica definida (ABNT, 1986).
A principal característica do ladrilho hidráulico é a alta resistência a zonas
de tráfego intenso, aliando características antiderrapantes e de alta resistência à
abrasão, o que o torna indicado para calçadas, passeios públicos, praças, garagens,
estacionamentos, rampas para automóveis, ambientes internos, bordas de piscinas
etc, oferecendo segurança para as pessoas mesmo quando molhados.
O ladrilho hidráulico também é conhecido como ladrilho de cimento e
diversos são os autores que ilustram quanto à origem de seu nome. Para Catoia (2007
apud CAMPOS, 2011) a origem de seu nome está relacionada com o seu principal
composto, um aglomerante hidráulico (cimento Portland) que adquire dureza e
resistência com a adição de água (hidratação do cimento). Para Ramos (2011 apud
CAMPOS, 2011) a derivação do termo refere-se à máquina utilizada para a fabricação
do ladrilho, a prensa hidráulica e, finalmente, para alguns fabricantes de ladrilho está
atribuído ao fato das peças, em seu processo produtivo, ficarem imersas em água por
um período de até 8 horas ou se manterem úmidas no processo de cura (para
adquirirem resistência), dispensando qualquer submissão a altas temperaturas.
No Brasil, o ladrilho hidráulico surge na segunda metade do século XIX,
sendo inicialmente importado de Portugal, França e Bélgica. Posteriormente, os
ladrilhos são fabricados artesanalmente pelos imigrantes italianos, residentes em São
Paulo. O emprego inicial nas edificações se dá como revestimento de paredes e, em
seguida, de pisos, tendo seu auge nas décadas de 1930 e 1940.
O processo de produção continua até hoje de forma artesanal e a sua característica é, apesar da possibilidade da fabricação em série, o fato de um único ladrilheiro operar o processo de produção do início ao fim. Este contato direto com o produto final é uma condição para a boa consumação de seu trabalho e até
Consultoria e Projetos em Arqueologia 212
mesmo para a correção de pequenas imperfeições nas peças (MARQUES, 2012).
Os padrões decorativos encontrados nos ladrilhos apresentam desenhos
de temas variados (padrões geométricos, florais, arabescos e suas combinações),
com características muito específicas desta tipologia de revestimento. As cores mais
utilizadas são os vermelhos, amarelos e tons terrosos.
A partir do conjunto de ladrilhos hidráulicos encontrados em campo,
durantes foi possível identificar três decorativos padrões: sem decoração, com
decoração (geométricos e florais) e antiderrapante. Os ladrilhos sem decoração
(monocromáticos) foram observados a sua aplicação em rodapé, podendo apresentar
formato quadrangular ou retangular, sendo que as peças quadrangulares
apresentaram tardoz de acabamento mais grosseiro. Não teve variação de cores,
sendo observados apenas na cor vermelha. Os ladrilhos que apresentaram decoração
(com motivo de desenhos geométricos), tiveram em sua maioria as cores preta e
branca, porém outras cores também foram identificadas, como azul, marrom e
avermelhado. O motivo chamado “estrela de oito pontas”, característico do padrão
geométrico, se fez presente. Os que apresentaram decoração com motivos florais,
arabescos ou suas combinações, possuíam seus desenhos em policromia.
Quanto ao formato, outras peças foram identificadas como rodapé,
cercadura ou tabeira; sua forma é retangular e a decoração também apresentou
modelos monocromáticos e policromáticos. Este último, com desenhos florais ou
geométricos.
A partir da década de 1960 o ladrilho hidráulico foi perdendo mercado,
paulatinamente, com o surgimento dos revestimentos cerâmicos esmaltados. A
superfície vítrea de esmalte impermeabiliza e decora a face de cada placa. Estas
características, para a época, representaram e proporcionaram maiores vantagens
sobre os ladrilhos hidráulicos como limpeza, higiene, durabilidade, impermeabilidade
e preço baixo, além do novo aspecto de modernização. Nos anos de 1970, foi o limiar
para o fechamento de muitas fábricas em virtude da não viabilidade econômica para
os empresários do ramo. Aquelas que persistiram abertas, adotaram medidas
paliativas como diminuição da quantidade de mão-de-obra e compra de matéria-prima
mais barata o que desencadeou o processo de decadência da qualidade do produto
Consultoria e Projetos em Arqueologia 213
(SILVA, 2005). Dessa forma, o ladrilho hidráulico deixou de ter aceitação no mercado
e, praticamente, caiu no esquecimento.
A partir dos anos 1980 o ladrilho hidráulico é mais uma vez valorizado
como revestimento, sendo utilizado novamente pelos arquitetos e decoradores como
forma de personalizar projetos na composição de mosaicos ou com outros materiais.
Hoje eles proporcionam um novo meio para a reprodução dos desenhos tradicionais
ou um novo campo para expressões de artistas e designers. Sua produção continua
artesanal e atende a uma demanda de consumidores que desejam possuir um projeto
personalizado como na formação de variados tapetes assim como combinações com
outros materiais como, por exemplo, madeiras e pedras (WAMZER, 2011).
No presente projeto, a tipologia adotada para a classificação dos ladrilhos hidráulicos :
a) Tipo I - Monocromático sem relevo
b) Tipo II - Bicromático sem relevo
c) Tipo III - Policromático sem relevo
d) Tipo IV - Monocromático Quadriculado
e) Tipo V - Monocromático Hachurado
f) Tipo VI - Bicromático Quadriculado
Os fragmentos de ladrilhos hidráulicos recuperados por intermédio das
intervenções arqueológicas no Morro de Santo Antônio apresentam um único padrão
decorativo, podendo ser bicromáticos ou policromáticos. Faz-se necessário registrar
que os fragmentos bicromáticos observados podem representar apenas uma parcela
do piso, dessa forma, podem ser na realidade, apenas um fragmento de um piso
policromático. Tendo em vista o processo artesanal que envolve a produção dos
ladrilhos, este deve ser visto como patrimônio material e imaterial, cujo seguimento é
de suma importância na preservação da herança cultural do nosso país.
A totalidade de ladrilhos hidráulicos coletados durante o levantamento
prospectivo corresponde aproximadamente a 0,5 % (5 peças) de todo o material.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 214
Figura 185 - Exemplar de Ladrilho Hidráulico Policromático - (Tipo III)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Legendo: A - Área: E/
Nível: Coleta Superficial; B - Área: I/ Nível: Coleta Superficial.
Figura 186 - Exemplar de Ladrilho Hidráulico Bicromático - (Tipo II)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: H/ Nível: Coleta Superficial.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 215
Quadro 10 - Algumas etapas de preparação do ladrilho hidráulico
1 Pigmento de Óxido de Ferro
2 O molde vazado (cobre ou latão)
3 Distribuição dos pigmentos
4 Retirada do molde
5 Preencimento com argamassa
6 Ladrilho é prensado
7 Imersão em tanques de água
Fonte: Adaptado de BEKER, 2009.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 216
Quadro 11 - Utensílios utilizados na produção de ladrilho hidráulico
Fonte: FÁBRICA CERÂMICA E DE FUNDIÇÃO DAS DEVEZAS. Catálogo da
Fábrica Cerâmica e de Fundição das Devezas, p. 232, s.d.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 217
12.3 Ladrilhos Denominado como um produto especial da arte do barro cozido, tem
formato de placa, regular (quadrada, retangular ou poligonal), com espessura e
tamanho variáveis, destinado ao revestimento de paredes. É constituído por duas
faces: uma externa, seu anverso, vitrificada e decorativa; a outra interna, em barro,
constitui o biscoito ou tardoz, seu verso, que fica em contato com a superfície sobre a
qual é assentado.
A manufatura deste material provém da escolha da argila que deve ser
acompanhada de outros materiais antiplásticos, denominados de pasta cerâmica que
deverá ter 70% de substância plástica e 30% de substância antiplástica. Esta pasta é
bem amassada para evitar bolhas de ar, cuja presença provoca fratura na hora da
queima. Em seguida, é feito o recorte um pouco maior do desejado devido a
ocorrência de retração. A secagem deve ser lenta, em local sem variação térmica,
livre do sol e correntes de ar. O biscoito, como assim é conhecido nessa etapa de
fabricação, deve estar totalmente seco para a sua cozedura, pois a existência de
umidade no seu interior provocará quebras durante o processo. Quando levados ao
forno, devem ser arrumados de forma que o ar circule entre eles, devendo a cozedura
deve ser lenta até alcançar 980º. Após a preparação do biscoito, inicia-se o vidrado,
que cobre o corpo cerâmico sob a forma de camada vítrea. Esta camada é obtida a
uma temperatura de 900º a 1020º. Além de fazer parte integrante da decoração da
peça, torna a superfície cerâmica mais impermeável e resistente. A coloração dos
vidrados pode ser obtida com a aplicação de diversos óxidos, e suas variações, que
produzem uma ampla diversidade de cores, como por exemplo a coloração azul é
obtida do óxido de cobalto e a coloração verde acinzentado é obtida do óxido de
níquel. Após a aplicação do vidrado, tem início o procedimento para a pintura do
azulejo. Depois de pintados são levados novamente ao forno para total fixação do
vidrado e da pintura (MACHADO, 2015).
As técnicas usadas quanto à fabricação do ladrilho, mais particularmente
do azulejo, possuem diferentes tipos, entre eles a Hispano-Mourisco (séculos XV-XVI)
e a Majólica (século XVII). A técnica Hispano-Mourisco foi desenvolvida e
implementada pelos mouros na Península Ibérica onde utilizavam a decoração
geométrica, laçaria e vegetalista. São as primeiras utilizações conhecidas do azulejo
Consultoria e Projetos em Arqueologia 218
em Portugal como revestimento de parede. Para BRANCANTE (1981), são três tipos
que compõem a influência Hispano-Mourisco.
a) Alicatado ou Mosaico (séculos XVI e XVII): Técnica para revestimento
que resulta da combinação de fragmentos cerâmicos esmaltados de
várias cores e múltiplas formas, recortados com torquês a partir de
placas coloridas, que se “encaixam” formando mosaicos geométricos. É
um processo que exigia grande habilidade e delicadeza, tornando-se
moroso e caro, acabando por ser substituído por outras técnicas
posteriores. Durante muito tempo foi produzido na região de Valência.
b) Corda-seca (final século XV e início século XVI): técnica em que a
separação das cores ou motivos decorativos é feita abrindo sulcos na
peça que, preenchidos com uma mistura de óleo de linhaça, óxido de
manganês e matéria gorda, evitam que haja mistura de cores (hidro-
solúveis) durante a aplicação e a cozedura. A superfície de cada placa
apresenta separadores destinados a impedir a mistura de várias cores.
Os motivos mais utilizados eram os mouriscos através de formas
geométricas.
c) Aresta ou Cuenca (século XVI): Utilizavam um processo mais avançado
que o anterior, onde a fabricação consistia em aplicar um molde no barro
ainda mole, criando espaços delimitados por arestas, mais altas, que
tornavam seguro o isolamento das cores, não permitindo misturas
durante a cozedura da argila e davam maior rapidez à execução do
trabalho. Daí o nome aos azulejos confeccionados a partir dessa técnica.
A processo de fabrico da técnica Majólica (século XVII) consiste em aplicar
sobre a peça um esmalte estanífero, agindo como um engobe, logo após a primeira
cozedura. O óxido de estanho produz uma coloração branca translúcida à superfície
vidrada na qual é possível aplicar diretamente os pigmentos da cor que desejar que
logo serão absorvidos e será possível fazer, posteriormente, as correções. O azulejo
é então colocado novamente no forno revelando, só após a cozedura, as respectivas
cores utilizadas. Três tipos de decoração se empregaram: o de laçaria (de tradição
mudéjar; presença de círculos com enfeites reforçados de flores); o renascentista
(inspirado nas composições de tratadistas de arquitetura; buscavam sua origem no
estilo românico) e o de grotescos (sua aplicação geralmente é feita em barras e
Consultoria e Projetos em Arqueologia 219
cercaduras de painéis). Este tipo é o menos empregado dos três (BRANCANTE,
1981).
No Brasil, os registros mais antigos de azulejo datam do século XVII, foram
trazidos de Portugal e estão concentrados na região nordeste, devido à economia
açucareira, aos engenhos e à riqueza. Segundo BARATA (1955), o primeiro registro
da azulejaria no Brasil data de cerca de 1620-1640, quando chegaram de Portugal as
peças de cerâmica vidrada para ornamentar o Convento de Santo Amaro de Água-
Fria, do Engenho Fragoso, em Olinda, hoje expostas no Museu regional de Olinda,
PE. Os azulejos existentes na Bahia foram chamados do tipo tapetes (AMARAL, s/d).
Durante os séculos XVIII-XIX chegaram no Brasil os azulejos, vindos de
Portugal, sendo utilizados principalmente na decoração de igrejas e posteriormente
na proteção (revestimento) das fachadas de edificações urbanas. Porém,
especificamente durante o século XVIII é que ocorre essa nova modalidade:
revestimento de fachadas. Esta modalidade atendia às condições climáticas de um
país tropical, com abundância de chuva e sol, tornando o azulejo um excelente
isolante térmico quando utilizado nas fachadas, transformando os interiores das
edificações em locais mais frescos. Essa nova moda acaba repercutindo em Portugal,
gerando, segundo SIMÕES (1980) “um curioso fenômeno de inversão de influências,
extraordinário exemplo de comunhão cultural”. Ainda segundo SIMÕES (1980), esse
período de fixação e nacionalização do azulejo, ou seja, o uso do azulejo na
arquitetura das fachadas foi confirmado como uma tendência normal e tipicamente
brasileira (A RELIQUIA, 2014).
A produção industrial de revestimentos cerâmicos em grande escala
começou no Brasil a partir da após a Segunda Guerra. As empresas pioneiras na
produção contínua foram a Klabim, no Rio de Janeiro; a Matarazzo, em São Paulo e
a Iasa no Nordeste. A mudança para a produção industrial ocasionou mudanças
também no caráter do material. Os revestimentos cerâmicos, antes usados apenas
pela elite, passaram a ser usados também por todas as classes sociais, inclusive em
projetos de habitação popular que gerou um aumento da produção nas indústrias de
material de construção e fez surgir vários pólos industriais, na década de 90, como
em Mogi Guaçu (SP), Criciúma (SC) e Santa Gertrudes (SP). O revestimento
cerâmico, devido às suas características de isolamento de água, facilidade de limpeza
e assepsia, tornou-se sinônimo de higiene e passou a ser exigido por vários códigos
Consultoria e Projetos em Arqueologia 220
da construção civil, principalmente em ambientes de banheiros e cozinhas
residenciais, de restaurantes, lojas, indústrias e hospitais (WANDERLEY, 2006).
Os ladrilhos são classificados observada a seguinte tipologia:
f) Tipo I - Louça simples sem relevo
g) Tipo II - Louça simples com relevo
h) Tipo III - Louça pintada sem relevo
i) Tipo IV - Louça pintada com relevo
j) Tipo V - Faiança simples sem relevo
k) Tipo VI - Faiança simples com relevo
l) Tipo VII - Faiança pintada sem relevo
m) Tipo VIII - Faiança pintada com relevo
Em relação ao material encontrado durante as etapas de sondagem
arqueológico, podemos considerar que os fragmentos de azulejos são bastante
diversificados e estão representados, essencialmente, por materiais associados a
períodos cronológicos mais recentes. Destacam-se nas fotografias abaixo os
fragmentos que apontam para uma antiguidade relacionada ao Brasil Colonial e
também, àqueles associados a períodos mais recentes, inclusive ao século XX.
Observa-se que alguns exibem, sobretudo os mais recentes, uma variação de cores,
dentre elas, o rosa, azul, marrom e branco. Alguns fragmentos apresentam padrão
grega e passagens de texto de função votiva.
A totalidade de ladrilhos hidráulicos coletados durante o levantamento
prospectivo corresponde aproximadamente a 4 % (67 peças) de todo o material.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 221
Figura 187- Exemplar de Ladrilho - Faiança (Portuguesa) Pintada Sem Relevo -
(Tipo VII) - Motivo decorativo “rendas”. Possivelmente Século XVII/XVIII.
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Ás 03 peças
correspondem á Área: C/Setor: Sondagem C1/ Nível: 080-100.
Figura 188 - Exemplares de Ladrilhos - Faianças Pintadas Sem Relevo - (Tipo VII)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Ás 03 peças
correspondem á Área: C/Setor: Sondagem C1/ Nível: 080-100.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 222
Figura 189 - Exemplares de Ladrilhos - Faianças Pintadas Sem Relevo - (Tipo VII)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Ás 03 peças
correspondem á Área: C/Setor: Sondagem C1/ Nível: 060-080.
Figura 190 - Exemplares de ladrilhos de faiança pintada sem relevo e policromático - (Tipo VII)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Setor: Poço Teste
21/Nível: 040-060.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 223
Figura 191 - Exemplares de ladrilhos de louça sem relevo e sem decoração - (Tipo III)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Local: Entorno do
Sítio/Área: K/ Nível: Coleta Superficial.
Figura 192 - Exemplar de ladrilho Pintado em padrão grego
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Local: Entorno do
Sítio/Área: K/ Nível: Coleta Superfícial.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 224
Figura 193 - Exemplar de peça votiva em ladrilho
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Local: Entorno do
Sítio/Área: K/ Nível: Coleta Superfícial. Fragmento da Benção de São Francisco: “O Senhor Te abençoe e te guarde; O Senhor Te mostre sua face e
tenha misericórdia de ti; O Senhor volva para ti seu rosto e te dê a Paz; O Senhor te abençoe”.
12.3.1 Marcas de Ladrilho
Azulejos industrializados recebem marcas que podem indicar o fabricante,
procedência e modelo ou série.
12.3.1.1Klabin Irmãos & Cia
Sediada em São Paulo, a Klabin Irmãos e Cia.(KIC) - derivada da empresa
M.F.Klabin e Irmão, tipografia (Empreza Graphica Klabin, criada em 1880 - foi fundada
em 1899, pelos imigrantes lituanos, Maurício Freeman Klabin, Miguel Lafer, Salomão
Klabin e Hessel Klabin. “A empresa tinha como finalidade a importação de produtos
de papelaria e artigos para escritório, comércio, repartições públicas e bancos.”
(KLABIN,2015)
A primeira década do século XX, além do primeiro anúncio da KIC, família
Klabin-Lafer arrendou da Fábrica de Papel Paulista de Vila do Salto de Itu e a
constituição da Companhia Fabricadora de Papel (CFP) pela KIC e outros acionistas.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 225
Devido a expansão do empreendimento, e o interesse do grupo em investir na
construção de uma grande industria de papel e celulose, na década de 20 surgiu o
primeiro escritório da KIC no Rio de Janeiro, então Capital Federal e, anos mais tarde,
o arrendamento da Manufatura Nacional de Porcelanas S/A (MNP, assim como a
compra da Fazenda Monte Alegre em Tibagi, Paraná, (PR), para a construção da
primeira fábrica integrada do Grupo e do país, denominada Indústrias Klabin do
Paraná (IKP). (KLABIN,2015)
Foi a partir do ano de 1932 que se iniciou realmente os interesses do grupo Klabin em investir na construção de uma grande industria de papel e celulose. Nesse ano o interventor do Estado do Paraná, Manuel Ribas veio para a Capital Federal para encontrar o presidente Vargas, no intuito de resolver problemas administrativos. Ribas e Wolff Klabin se conheciam desde os anos 1920, quando Wolff representava os interesses da KIC em Porto Alegre (MARGALHO,2012).
Cabe ressaltar que na década 40, tem-se inicio as atividades fabris na
unidade de Monte Alegre, assim como a alteração da a razão social da IKP para
Indústrias Klabin do Paraná de Celulose S/A (IKPC). “Primeira vez na história da
indústria nacional que uma parcela da demanda de mercado interno de papel
imprensa é suprida por indústria brasileira.” (KLABIN,2015)
Entre as o início de década de 50 do século XX e o fim da década de 90 do
mesmo período, pode ser tido como o de maior expansão dos empreendimentos da
Klabin Irmãos e Cia.
Atualmente a Klabin Irmãos & CIA possuí 17 (dezessete) unidades
industriais no Brasil e 01(um) na Argentina, Inaugurado ao fim do em 15 de setembro,
após dois anos, o Projeto de Expansão MA - 1100, que colocou a Unidade Monte
Alegre, atualmente a maior fábrica de papéis do Brasil, entre as 10 maiores fábricas
de papel do mundo,
Consultoria e Projetos em Arqueologia 226
Figura 194 - A antiga fábrica de Vila Anastácio, em São Paulo, na década de 1960
Fonte: KLABIN,2015
Figura 195 - Sócios fundadores de Klabin Irmãos & Companhia - KIC
Fonte: KLABIN,2015. OBS: Registra-se na fotografia a presença de familiares e funcionários da Companhia Fabricadora de Papel - CFP em frente de prédio da
fábrica.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 227
12.3.1.2 INCEPA
Uma das mais tradicionais fábricas do ramo da cerâmica no Brasil, a
INCEPA foi fundada em 1952 no estado do Paraná. Operando inicialmente com 120
funcionários em pouco tempo tornou-se uma das maiores empresas do estado,
quando na década de 70, a INCEPA, foi adquirida pelo grupo suíço Keramik Holding
AG Laufen, assim como diversas outras empresas brasileiras do ramo de louça
sanitárias. Atualmente INCEPA pertence ao Grupo Roca, um dos maiores grupos
industriais da Espanha que desde 1999 adquiriu a Keramik Holding AG Laufen
(INCEPA, 2015).
Consultoria e Projetos em Arqueologia 228
Quadro 12 - Marcas em ladrilho informações imagem trnscrição
Contexto: Área: C / Setor: Sondagem C1 / Nível: 020-040 Fábrica: Data da Fábrica: -----
Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora:----- Data da Processadora:----- Produto: Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
BRASIL
Contexto: Área: C / Setor: Sondagem C1 / Nível: 000-020 Fábrica: ----- Data da Fábrica: -----
Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
P48
Contexto: Área: D / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: -----
Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ------ Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
[...]CISTRA[...]
Contexto: Área: G / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Incepa Revestimentos Cerâmicos Ltda / Campo Largo - PR Data da Fábrica: 1952 - atualmente
Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Azulejo Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
[Ince]pa
Contexto: Área: G / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Klabin Irmãos & Cia Data da Fábrica: 1899 - atualmente
Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
Klabin MADE
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 229
Quadro 12 - Marcas em ladrilho (continuação)
informações imagem trnscrição Contexto: Área: G / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Incepa Revestimentos Cerâmicos Ltda / Campo Largo - PR Data da Fábrica: 1952 - atualmente
Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Azulejo Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
Incepa INDUS[TRIA]
24 3[...]
Contexto: Área: G / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: -----
Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Azulejo Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
[FR]ANCE
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 230
12.4 Pisos Cerâmico Com pouca representatividade, os fragmentos de ladrilhos cerâmicos
coletados durante as etapas de sondagem são exemplares de piso antiderrapantes.
Sua aplicação é de uso externo, geralmente utilizados em pátios, calçadas e rampas.
Os fragmentos coletados apresentaram variação na composição da face superior;
algumas peças com subdivisões quadrangulares enquanto que outras apresentaram
tracejados com linhas em diagonal. A maior parte dos fragmentos apresentou
coloração amarelada, sendo raros aqueles com cor preta.
A totalidade de fragmentos de piso cerâmico coletados durante o
levantamento prospectivo corresponde aproximadamente a 0,5 % (11 peças) de todo
o material.
Figura 196 - Exemplares de piso cerâmico monocromático sem relevo - (Tipo I)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Legenda: A - Local:
Área: C/ Nível: Coleta Superficial; B - Local: Área: C/ Nível: 060-080. C - Local: Área: C/ Setor: Sondagem C1/Nível: 060-080. OBS: As peças A e B são
comumente conhecidas como pastilhas.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 231
13 PEÇAS VOTIVAS
O trabalho prospectivo desenvolvido no morro de Santo Antônio evidenciou
duas peças votivas, de agradecimento a Santo Antônio, o que aponta para uma área
de descarte do Convento. São peças recentes, sem dúvida, referentes ao século XX,
confeccionadas em mármore e aço inoxidável, respectivamente.
As práticas votivas são marcadas pela presença do devoto (aquele que pede a
graça) e da divindade (entidade/ser/santo que atenderá ao pedido). Como resultado
deste processo, temos o agradecimento ou retribuição, um gesto público ou presente
dado pelo fiel ao seu santo de devoção em agradecimento à divindade. Essas
expressões votivas são tradicionalmente reconhecidas sob as formas de desenhos,
figuras esculpidas em madeira, modeladas em argila ou cera, na maioria das vezes,
representando estruturas do corpo que estavam precisando da cura. Além disso,
comumente são representados através de placas com inscrições, manuscritos em
papel, objetos de uso cotidiano e fotografias, ressignificados no contexto religioso. A
representação física, muitas vezes, é substituída também por sacrifícios pessoais,
interdições e ritos, demonstrando valores litúrgicos variados.
A eficácia simbólica das trocas votivas deriva do catolicismo popular e
ultrapassam as fronteiras determinadas pelos ex-votos. Embora os indivíduos
manifestem sua fé através de formas expressivas variadas, conservam o mesmo
aspecto cíclico do dar-receber-retribuir, conforme destacado no parágrafo anterior. A
infinidade de objetos votivos encontrados em sítios dessa natureza, como nas igrejas,
guardam diferentes significados e funções nos ciclos de ofertas, possuindo assim, não
apenas valor estético, mas também antropológico.
Vistos sob a ótica da cultura popular, os ex-votos são bens culturais
representativos das condições materiais e expressivas dos sistemas simbólicos e das
formas de relações sociais envolvidas e podem ser enquadrados dentro da categoria
de “objetos de arte de natureza folclórica” (BONFIM, 2012). Desse modo, as peças
votivas assumem papel importante na compreensão dos valores e costumes de um
povo.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 232
Figura 197 - Exemplar de Mármore (Peça Votiva)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: F/ Nível:
Coleta Superficial.
Figura 198 - Placa votiva em mental
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: H/ Nível:
Coleta Superficial.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 233
14 METAL A cultura material de origem metálica advinda das intervenções arqueológicas
reflete a sua utilidade em pelo menos dois tipos de ambiente: no espaço doméstico e
na arquitetura local. No primeiro registra-se a presença de um pequeno vasilhame de
ágata com sinais de queima e também um fogareiro feito a partir de ferro fundido, além
de uma peça bastante danificada que se integrava a uma lamparina e uma colher.
Relacionado também ao espaço doméstico, foi coletada uma chave de um capacitor
produzido no século XX, comum nos antigos rádios, e um compasso bastante utilizado
em marcação em metais ou madeira. Associados a vidros, embora na classe de
materiais metálicos, faz-se necessário registrar a presença de tampinhas de modelo
crow, utilizadas no fechamento de garrafas. É possível que essas peças estejam
associadas às antigas habitações irregulares que existiam no terreno analisado.
No que diz respeito à arquitetura, observa-se uma peça associada à luminária,
vários pregos e também objetos que, possivelmente, estejam associados ao gradil ou
a outro detalhe arquitetônico. Foram também coletadas peças metálicas de
maquinário que podem estar associadas ao próprio desmanche do morro de Santo
Antônio ou ao uso eventual, seja por aqueles que habitavam o espaço religioso ou até
mesmo a favela. Os objetos consistem, essencialmente, em pequenos parafusos
associados ao maquinário pesado e ao encanamento da área. Ambos podem estar
relacionados ao arrasamento do morro ou a construção das residências/barracões,
naquele ambiente.
É importante destacar também um fragmento que integrava uma máquina de
escrever, bastante comum no século XX, com evidentes marcas de fogo e
intempéries.
No decorrer do projeto foram coletados 150 fragmentos de metal,
representando aproximadamente 9% do material resgatado.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 234
Figura 199 - Exemplar de fogareiro
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: E/ Setor:
Poço teste 01/Nível: 020-040.
Figura 200 - Exemplar de colher
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Setor: Poço teste
21/Nível: 060-080.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 235
Figura 201 - Exemplar de base para espelho de bolso
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: C/ Setor:
Poço teste 13/Nível: 060-080.
Figura 202 - Exemplar de compasso
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: C/ Setor: Sondagem C1/Nível: 040-060.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 236
Figura 203 - Exemplares de prego
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: D/ Setor: Sondagem D1/Nível: 020-040.
Figura 204 - Exemplar de provável sacho
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: D/ Setor:
Sondagem D1/Nível: 040-080.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 237
Figura 205 - Exemplar de provável peça de máquina de escrever
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: B/ Nível:
Coleta Superficial.
Figura 206 - Exemplar de haste de luminária de parede
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: H /Nível: Coleta superficial.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 238
Figura 207 - Exemplar de chave Gorja
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: I /Nível:
Coleta superficial.
Figura 208 - Exemplar de tampa de garrafa - “chapinha”.
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS: Área: C/ Setor:
Poço teste 13/Nível: 020-040.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 239
14.1 Marcas De Metal Azulejos industrializados recebem marcas que podem indicar o fabricante,
procedência e modelo ou série.
Quadro 13 - Marcas levantadas de metal Informações Imagem Trnscrição
Contexto: Área: C / Setor: Poço Teste 13 / Nível: 060-080 Fábrica: ----- Data da Fábrica: ------
Distribuidor: ------ Data do Distribuidor: ------ Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ------ Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
[Desenho de flor]
Contexto: Área: D / Setor: Sondagem D1 / Nível: 000-020 Fábrica: ----- Data da Fábrica: -----
Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Zíper Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
REC
Contexto: Área: H / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: ----- Data da Fábrica: -----
Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: Placa de alumínio Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
Á Frei Fabiano de Cristo Octavio C. Genú
E familia, agradecem a graça alcaçada. Rio março de 1984
Contexto: Área: H / Nível: Coleta Superfícial Fábrica: Bhering & Cia S/A / Santo Cristo - RJ Data da Fábrica: 1930 - ?
Distribuidor: ----- Data do Distribuidor: ----- Processadora: ----- Data da Processadora: ----- Produto: ----- Data do Produto: ----- Data do Exemplar: ----- Localização da marca: Informações complementares:
BHERING
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 240
14.2 Moedas Ao longo dos séculos, em função de sua sobrevivência e do conforto, o
homem buscou através do sistema de trocas sanar suas necessidades individuais.
Esse sistema, denominado escambo, deu origem ao mais variado câmbio de produtos
e mercadorias, inclusive os metais sob as formas mais diversas, que futuramente se
tornariam a matéria prima para a confecção das moedas.
Confeccionadas, no século VII A.C, as primeiras moedas, tal como
conhecemos, surgiram na Lídia (atual Turquia), sendo seu cunho, ou demais
características, prensadas através do golpe de um objeto pesado, onde o valor
empregado também era calculado pela nobreza dos metais utilizados. Deste modo, a
moeda, como hoje a conhecemos, é o resultado de uma longa evolução.
No Brasil, em 1645 surgiram as primeiras moedas cunhadas no país com
a palavra Brasil, o Florim, foram confeccionadas pelos holandeses que ocupavam o
Nordeste brasileiro. No entanto, em 1694, o então rei de Portugal, D. Pedro II, fundou
a primeira Casa da Moeda brasileira, na Bahia, que futuramente foi transferida para o
Rio de Janeiro (1698), depois para Pernambuco (1700) quando em 1703 voltou,
definitivamente, para o Rio de Janeiro. Neste período, em 1695, a moeda oficial do
Brasil foi o Real, no plural Réis (CASA DA MOEDA, 2015)
Durante os trabalhos do diagnóstico do BNDES foram encontradas 07
(sete) moedas, (0,2% do material coletado) que apontam para a ocupação local desde
a segunda metade do século XIX até os dias atuais. Todas as moedas encontradas
eram de baixo valor aquisitivo para suas épocas.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 241
Quadro 14 - Cronologia dos padrões monetários brasileiros
Padrão Denominação Símbolo Vigência
Real Período colonial até 07/10/1833. Era conhecido popularmente como Réis.
Rs - 07/10/1833
Mil Réis Vigoro a partir do Segundo Império. Rs 08/10/1833 - 31/10/1942
Cruzeiro Em 1942, com a inflação durante a 2ª Guerra, o Real vira cruzeiro e 3 zeros são cortados.
Cr$ 01/11/1942 - 12/02/1967
Cruzeiro Novo
Com a inflação, o poder de compra do cruzeiro diminuiu muito e mais 3 zeros são cortados.
NCr$ 13/02/1967 - 14/05/1970
Cruzeiro Em 1970 o Cruzeiro Novo volta a ser chamado de cruzeiro.
Cr$ 15/05/1970 - 27/02/1986
Cruzado Em 28 de fevereiro de 1986, o Plano Cruzado corta 3 zeros da moeda, que passa a se chamar cruzado.
Cz$ 28/02/1986 - 15/01/1989
Cruzado Novo
Em janeiro de 1989, o Plano Verão congelou os pecos, cria o cruzado novo e corta 3 zeros.
NCz$ 16/01/1989 - 15/03/1990
Cruzeiro Em março de 1990, o então presidente Collor bloqueia as aplicações financeiras e a moeda volta a ser o cruzeiro.
Cr$ 16/03/1990 - 31/07/1993
Cruzeiro Real Em agosto de 1993, a moeda fica sem 3 zeros novamente e vira Cruzeiro Real. Nos 11 meses de sua existência, o cruzeiro real acumulou uma inflação e 3.700%
CR$ 01/08/1993 - 30/06/1994
Real Em julho de 1994,o presidente Itamar Franco criou o Real, cujo o plural é Reais. Antes que entrasse em circulação, passou vigorou uma unidade de conta, não de troca, chamada URV - Unidade Real de Valor, com variação diária. A economia era estimulada a usá-la como referência. Quando a URV chegou a 2.750 cruzeiros reais, a Nova moeda, REAL, entrou em vigor.
R$ 01/07/1994 -
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia adaptado de EDUCACIONAL, 2015
Consultoria e Projetos em Arqueologia 242
Quadro 15 - Moedas INFORMAÇÕES Anverso Verso
Contexto: Área: D / Setor: Poço Teste 14 / Nível : 000-055 Fábrica: Casa da Moeda do Rio de Janeiro Data da Fábrica: 1694 - atualmente
Produto: Moeda Data do Exemplar: 1969 Período da série: 1969 - ? Imagem no anverso: ----- Texto no anverso: 5 CENTAVOS - 1969 Imagem no verso: Efígie da República Texto no verso: BRASIL Matéria-prima: Aço inox Informações complementares:
Contexto: Área: B / Nível: Coleta Superficial. Fábrica: Casa da Moeda do Rio de Janeiro. Data da Fábrica: 1694 - atualmente.
Produto: Moeda. Data do Exemplar: 1978 . Período da série: 1975 - 1979. Imagem no anverso: Representação da indústria naval. Texto no anverso: 50 CENTAVOS - 1978. Imagem no verso: Efígie da República. Texto no verso: BRASIL. Matéria-prima: Aço inox. Informações complementares:
Contexto: Área: G / Nível: Coleta superficial. Fábrica: Casa da Moeda do Rio de Janeiro. Data da Fábrica: 1694 - atualmente. Período da série: Produto: Moeda. Data do Exemplar: 1980 Imagem no anverso: ----- Texto no anverso: 10 CRUZEIROS - PROVA -1980 Imagem no verso: Mapa do Brasil. Texto no verso: BRASIL. Matéria-prima: Aço inox. Informações complementares:
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 243
15 ZOOARQUEOLOGIA
responsáveis pela nutrição, relacionamento e reprodução do animal. O
manto é uma membrana celular delgada que reveste a massa visceral, também
responsável pela secreção da concha. O Filo Mollusca abrange sete classes:
Aplacophora (sem concha); Polyplacophora (concha com sete ou oito placas
imbricadas); Monoplacophora (uma concha em forma de tigela); Gastropoda (com
concha, em geral, helicoidal, ou sem concha, com pé ventral); Bivalvia (uma concha,
formada por duas valvas); Scaphopoda (uma concha, em forma de presa de elefante
perfurada) e Cephalopoda (sem concha ou concha reduzida e pé na cabeça) THOMÉ,
et al, 2010, p.23). Para este estudo, será necessário apenas o conhecimento da classe
Gastropoda - referente a 05 (cinco) exemplares e da classe Bivalvia, referente a 01
(um) exemplar encontrado.
15.1 Metodologia
O material coletado nas escavações foi recolhido, embalado e identificado
por setores de acordo com os procedimentos arqueológicos previsto em projeto. No
laboratório de Biologia da GRIFO Arqueologia, passou por uma triagem, a fim de
separar os tipos de ossos (visivelmente diferentes). A análise do material foi realizada
com o objetivo de identificar os vestígios, uma vez que o material encontrado é
composto predominantemente por fragmentos. Para tanto, foram utilizados materiais
de referência existentes, valendo-se do banco de dados do Laboratório de Anatomia
Veterinária da Universidade Severino Sombra - USS e do Laboratório de Biologia da
GRIFO Arqueologia, bem como bibliografia específica nas áreas de Anatomia
Veterinária, Zooarqueologia e Anatomia Comparada.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 244
15.2 Mamíferos identificados Os ossos evidenciados durante o serviço de diagnóstico arqueológico no
Morro de Santo Antônio são predominantemente de mamíferos.
15.2.1 Família Bovidae Presente em boa parte no material ósseo encontrado, estão os vestígios
de gado bovino - Bos taurus, Linnaeus (1758). Foi possível identificar os fragmentos
como sendo desta espécie em função das características anatômicas como tamanho,
espessura e densidade, que variam entre frações de ossos do tipo longo, curto e
irregular. Os fragmentos passíveis de identificação são partes de ossos como úmero,
tíbia, ulna, fêmur, metatarso, costela, metacarpo, articulação fixa, falange e vértebra.
Esta espécie animal é amplamente utilizada na alimentação humana ao redor do
mundo, fornecendo carne e leite, além de ser um importante animal de tração.
Figura 209 - Vendedores de capim e leite
Fonte: DEBRET, 1834. OBS: Ao fundo, destaque para um boi puxando carroça com
carga de capim e em primeiro plano vendedores de leite.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 245
Figura 210 - Epífise distal de fêmur de bovino
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Figura 211 - fragmentos de metatarso de bovino
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Legenda: A - fragmento de
epífise; B - observa-se no material marcas de corte (seta vermelha).
Consultoria e Projetos em Arqueologia 246
15.2.2 Família Equidae Entre os fragmentos encontrados, ossos equinos foram identificados, entre
eles: costela, carpo, fêmur, rádio e ulna. A identificação foi possível a partir de
comparação anatômica e observação das características, principalmente, o tamanho
e espessura. O cavalo - Equus caballus, Linneaus (1758) - é um importante animal
relacionado às atividades humanas, devido a sua força e agilidade. Está presente na
cavalaria militar, para movimentação de moinhos, além de ser um meio de transporte
de pessoas e mercadorias, principalmente relacionado às atividades de séculos
passados.
Figura 212 - Caravana de comerciantes indo para Tijuca à cavalo
Fonte: RUGENDAS, 1835. OBS : observa-se nessa gravura a prática de abandonar mortos os animais para serem consumIdos por detritívoros da cadeia alimentar.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 247
Figura 213 - fragmentos de costela, rádio e ulna de equino
Fonte: GRIFO Consultoria e Projetos em ArqueologiaLegenda: A - costela; B -
costela ; C rádio e ulna fusionados.
15.2.3 Família Canidae
As análises constataram 2 (dois) fragmentos ósseos de cão doméstico -
Canis lupus familiaris, Linneaus (1758). A anatomia comparada revelou tratar-se de
mandíbula inferior, de um animal de porte médio. Os cães são animais facilmente
domesticáveis, têm uma longa trajetória de convívio e companheirismo com humanos
e são encontrados em praticamente, todo o mundo. No Brasil, essa tradição não fugiu
à regra sendo, inclusive adotada pelas comunidades indígenas.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 248
Figura 214 - Aldeia de caboclos em Cantagalo
Fonte: DEBRET, 1834. OBS: Destaque para um cão doméstico
em meio aos indígenas.
Figura 215 - fragmentos de mandíbula inferior de cão doméstico
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 249
15.2.4 Família Muridae
Na amostra contendo material inteiro, foi identificado um crânio de rato
doméstico - Rattus rattus, Linneaus (1758) - mamífero roedor de pequeno porte,
muitas vezes relacionado às atividades humanas. Animal onívoro, muito ágil, de
reprodução rápida e um potencial transmissor de doenças. Seguramente, desde os
primeiros anos de colonização esse animal acompanhou o europeu em suas
embarcações, povoando o continente americano, transformando-se eventualmente
em praga associada às más condições de higiene.
Figura 216 - Propaganda do projeto de saneamento urbano do Rio de Janeiro do início do século XX
Fonte: SLIDESHARE, 2015. OBS: Destaque para o Rattus rattus, infestado de pulgas,
transmissoras da peste bubônica.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 250
Figura 217 - Crânio de Rattus rattus
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
15.3 Peixes Os peixes são animais de corpo fusiforme bastante presente na dieta
alimentar de inúmeras culturas por todo o mundo, sendo sua carne rica em nutrientes
e boa fonte de proteína. Foram identificadas 3 (três) vértebras de peixe: 02 (duas)
medindo 10 mm de largura e 01 (uma) medindo 25 mm de largura, porém faltam
indícios que auxiliem na identificação das espécies.
Figura 218 - Vértebra de peixe fragmentada
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 251
Figura 219 - Mercado da Praia do Peixe, Centro do Rio de Janeiro, c. 1893-1894
Fonte: UNICAMP, 2015.
15.4 Aves
Em menor quantidade que os mamíferos, os ossos de aves identificados,
dentre os demais materiais coletados no diagnóstico arqueológico, resumem-se a
animais domesticados pelo homem.
15.4.1 Família Phasianidae
No material coletado pôde-se observar fragmentos ósseos identificados
como sendo de galinha doméstica - Gallus gallus domesticus, Linneaus (1758).
Grosso modo, os ossos de aves são chamados de pneumáticos e sua leveza facilita
o vôo. Em sua maioria, os fragmentos ósseos são de tibiotarso, ulna, fêmur e úmero.
O material não fragmentado somam 08 (oito) peças e tratam-se de: tibiotarso, úmero,
carpometacarpo, tarsometatarso e ulna. A galinha é um importante animal presente
na alimentação humana, pois tanto sua carne quanto seus ovos são fonte de
proteínas.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 252
Figura 220 - Negros vendedores de galinhas e perus
Fonte: DEBRET, 1834.
Figura 221 - Fragmentos de ossos de galinha doméstica (Gallus gallus)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Legenda: A - fêmur ; B -
ulna ; C - tibiotarso.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 253
Figura 222 - Ossos de galinha doméstica (Gallus gallus)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Legenda: A - carpometacarpo ;
B - úmero ; C - tarsometatarso ; D - fêmur ; E - tibiotarso.
15.5 Moluscos
Os moluscos identificados durante a análise do material arqueológico
coletado no Morro de Santo Antônio resumem-se às classes gastropoda e bivalve.
15.5.1 Classe Gastropoda, Curvier (1797)
Foram identificados 5 (cinco) exemplares de gastrópodes no material
coletado, sendo 04 (quatro) exemplares da espécie Achatina fulica, Bowdich (1822),
com diferenças no tamanho das conchas e 01 (um) exemplar da espécie Stramonita
haemastoma, Linnaeus (1767). Os gastrópodes constituem-se a mais diversificada
classe de moluscos, vivendo em ambientes terrestres, límnicos ou marinhos. Tem
coloração variada e a concha, em geral, é uma espiral cônica composta de voltas
não tubulares (THOMÉ et allii, 2010, p. 36).
Consultoria e Projetos em Arqueologia 254
A espécie Achatina fulica pertence ao grupo dos moluscos pulmonados
terrestres e é conhecida como caramujo gigante africano. Adultos desta espécie
possuem conchas com até 200 mm de comprimento e chegam a pesar 200 g. A
introdução desta espécie no Brasil, provavelmente ocorreu nos anos finais da década
de 80, através de uma feira agropecuária, sendo importado para o consumo humano,
como uma opção ao escargot. Por não ser nativo e não ter predador natural, Achatina
fulica é considerado uma praga agrícola, além de estar relacionado a um tipo de
meningite eosinofílica (TELES et alii, 1997, p.311).
A classe Gastropoda analisada contempla também 01 (um) exemplar de
Stramonita haemastoma, Linneaus (1767), um predador de pequenos bivalves e
poliquetos. Sua concha pode medir até 90 mm de comprimento e 55 mm de largura.
A espécie possui um longo estágio larval, o que permite sua dispersão por
praticamente todo o litoral do Brasil (UDELSMANN, 2009, p.13).
Consultoria e Projetos em Arqueologia 255
Figura 223 - Concha de Achatina fulica, Bowdich (1822)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Legenda : A - Vista anterior ; B
- Vista posterior.
Figura 224 - Concha de Stramonita haemastoma, Linneaus (1767)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Legenda : A - Vista anterior ; B - Vista posterior.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 256
15.5.2 Classe Bivalve, Linneaus (1758)
O material zooarqueológico coletado, apresenta 01 (um) molusco bivalve,
Ostrea spp., estando representado por parte de uma de suas duas valvas. Os bivalves
são animais exclusivamente aquáticos e a maioria é marinha. A concha é formada por
duas valvas comprimidas lateralmente, cuja abertura e fechamento são realizados por
fortes músculos (THOMÉ et alii, 2010, p. 67).
Figura 225 - Valva de Ostrea spp.
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. Legenda : A - vista anterior ; B
- vista posterior.
15.6 Resultados
O material zooarqueológico encontrado é composto 90 (noventa)
exemplares de material ósseo, predominantemente por fragmentos ósseos, o que
dificultou consideravelmente a identificação; além de 06 (seis) exemplares
malacológicos. De acordo com as análises realizadas, foi possível constatar que
tratam-se de vestígios ósseos de espécies como mamíferos de grande porte (bovino
e equino), mamífero de pequeno porte (cão doméstico e rato), ave (galinha doméstica)
e peixe. Entre os moluscos, foram identificados gastrópodes e bivalves.
Atenção e dedicação são requisitos fundamentais para análises
zooarqueológicas, sendo, ainda, de grande importância realizar consultas a um bom
acervo bibliográfico e banco de dados em anatomia, para eventuais comparações.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 257
Foram identificadas 96 peças no total, sendo o material analisado
composto predominantemente por fragmentos ósseos. A intensa fragmentação das
amostras dificultou bastante sua identificação, no entanto, as análises realizadas
constataram a presença de mamíferos de grande e pequeno porte (24%)
respectivamente : boi e cavalo, cão e rato ; ave (66,6%) : galinha doméstica ; peixe
(3,1%) e moluscos (6,2%). A presença de elementos ósseos bovinos, de aves e de
peixes certamente estão relacionados à dieta alimentar das populações que residiram
no local. No que diz respeito aos fragmentos ósseos de cão e rato, o primeiro é típico
de ambientes domésticos, enquanto o segundo pode ter sido atraído para o local em
virtude do acúmulo de resíduos em função da presença de barracões ou até mesmo,
mais recentemente, tendo em vista a grande quantidade de dejetos observada.
Em relação aos moluscos, a presença da espécie Achatina fulica deve-se
a sua grande capacidade de adaptação aos habitats terrestres e úmidos,
característico da porção analisada. Em relação à espécie Stramonita haemastoma,
pode-se concluir que a mesma foi levada por grupos humanos que residiam no local,
enquanto a Ostrea spp, pode estar relacionada à dieta alimentar e à comercialização.
Gráfico 01 - Quantidade de material ósseo identificado
0
10
20
30
40
50
60
70
Mamíferos Aves Peixes Moluscos
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 258
Quadro 16 - Síntese de meterial ósseo identificado
Tipo de material
Classificação Espécie Condição do
material Identificação
Ósseo Mamífero Bos taurus Fragmentado
Úmero, tíbia, ulna, fêmur, metatarso, costela, metacarpo,
articulação fixa, falange e vértebra
Ósseo Mamífero Equus caballus Fragmentado Costela, carpo, fêmur, rádio e
ulna
Ósseo Mamífero Canis lupus
familiaris Fragmentado Mandíbula inferior
Ósseo Mamífero Rattus rattus Inteiro Crânio
Ósseo Ave Gallus gallus domesticus
Fragmentado Tibiotarso, ulna, fêmur e úmero
Ósseo Ave Gallus gallus domesticus
Inteiro Tibiotarso, carpometacarpo,
tarsometatarso e ulna
Ósseo Peixe - Inteiro Vértebra
Calcário Molusco Achatina fulica Inteiro Concha
Calcário Molusco Stramonita
haemastoma Inteiro Concha
Calcário Molusco Ostrea spp. Fragmentado Valva
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 259
16 QUANTITATIVO
O levantamento prospectivo do presente projeto resultou no registro de
1713 exemplares em sua maioria fragmentos de material vítreo (24%), representando
a grande maioria de ocorrência arqueológica. Demais materiais como cerâmica
utilitária e construtiva, metal, vidro, porcelana, ósseo e malacológico foram
significativamente menos representativos.
O levantamento prospectivo foi realizado com 09 (nove) sondagens e 49 (
quarenta e nove) poços-teste. A definição dos locais escavados teve como principal
objetivo conhecer o potencial arqueológico do local, de forma auxiliar o trabalho de
monitoramento das intervenções subsuperficiais executadas pela construtora, assim
como permitir o entendimento contextual arqueológico e subsequentes interpretações
em laboratório.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 260
Tabela 01 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 1)
Local
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A PT01 100-120
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A PT02 000-020
A PT02 020-040 3 3 1
A PT02 040-060
A PT02 060-080
A PT02 080-100
A PT02 100-120
A PT02 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 3 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
A PT03 000-020 1 1
A PT03 020-040
A PT03 040-060
A PT03 060-080
A PT03 080-100
A PT03 100-120
A PT03 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A PT04 000-020
A PT04 020-040
A PT04 040-060
A PT04 060-080
A PT04 080-100
A PT04 100-120
A PT04 120-140
Consultoria e Projetos em Arqueologia 261
Tabela 01 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 1)
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A PT05 100-120
A PT05 120-140
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A PT06 100-120
A PT06 120-140
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A PT07 000-020
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A PT07 100-120
A PT07 120-140
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A PT08 060-080
A PT08 080-100
A PT08 100-120
A PT08 120-140
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Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 262
Tabela 01 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 1)
Local
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levo tip
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A PT09 000-020
A PT09 020-040
A PT09 040-060
A PT09 060-080
A PT09 080-100
A PT09 100-120
A PT09 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A PT10 000-020
A PT10 020-040 3
A PT10 040-060
A PT10 060-080
A PT10 080-100
A PT10 100-120
A PT10 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A PT11 000-020
A PT11 020-040 1
A PT11 040-060
A PT11 060-080
A PT11 080-100
A PT11 100-120
A PT11 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A PT12 000-020
A PT12 020-040 1
A PT12 040-060
A PT12 060-080
A PT12 080-100
A PT12 100-120
A PT12 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 263
Tabela 01 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 1)
Local
Áre
a
Sondagens e
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06 furo
s t
ipo I
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Tijo
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08 f
uro
s tip
o III
b
Tijo
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09 furo
s t
ipo I
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Tijo
lo -
10 f
uro
s tip
o III
d
Tijo
lo -
15 f
uro
s tip
o III
e
Tijo
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18 f
uro
s tip
o IIIf
Tijo
lo -
21 f
uro
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o III
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mic
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o I
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Louça s
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Louça s
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o II
Ladrilh
o -
Louça p
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levo tip
o III
Ladrilh
o -
Louça p
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da c
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vo tip
o IV
Ladrilh
o -
Fa
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imple
s s
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levo tip
o V
A Superfície 4 1
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
B Superfície
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
C PT13 000-020
C PT13 020-040
C PT13 040-060
C PT13 060-080
C PT13 080-100
C PT13 100-120
C PT13 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
C PT20 000-040
C PT20 040-060 1
C PT20 060-090 1
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
C SC1 000-020 1
C SC1 020-040 1 1 5 1
C SC1 040-060
C SC1 060-080 2 2
C SC1 080-100 7
C SC1 100-120
C SC1 120-140
C Superfície 1 1 1
SUBTOTAL 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 11 0 0 0 1 3 0 0 0 0 5 0 2 0 0
D PT14 000-055 1
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
D PT17 000-020
D PT17 020-070
D PT17 070-090 1 1
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 264
Tabela 01 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 1)
Local
Áre
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Sondagens e
Poços-t
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o IV
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D PT21 000-020
D PT21 020-040
D PT21 040-060
D PT21 060-080
D PT21 080-100
D PT21 100-120
D PT21 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
D SD1 000-020 1 1
D SD1 020-040
D SD1 040-060 4
D SD1 060-080
D SD1 080-100
D SD1 100-120
D SD1 120-140
D Superfície 3 1
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
E SE1 000-020 1
E Superfície 1 1
SUBTOTAL 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
E PT15 000-035 1
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
E PT18 000-040 1 2
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0
F SF1 000-020
F SF1 020-040
F SF1 040-060
F SF1 060-080
F SF1 080-100
F SF1 100-120
F SF1 120-140
F Superfície 2
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 265
Tabela 01 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 1)
Local
Áre
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Sondagens e
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F SF2 020-040
F SF2 040-060
F SF2 060-080
F SF2 080-100
F SF2 100-120
F SF2 120-140
F Superfície
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
G PT22 000-020
G PT22 020-040
G PT22 040-060
G PT22 060-080
G PT22 080-100
G PT22 100-120
G PT22 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
G PT23 000-020
G PT23 020-040
G PT23 040-060
G PT23 060-080
G PT23 080-100
G PT23 100-120
G PT23 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
G SG1 000-020 1
G SG1 020-040 3
G SG1 040-060
G SG1 060-080
G SG1 080-100
G SG1 100-120
G SG1 120-140
G Superfície 19 1 3
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 19 1 3 0 0
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 266
Tabela 01 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 1)
Local
Áre
a
Sondagens e
Poços-t
este
Nív
el
Arg
am
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Ladrilh
o h
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o -
M
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o h
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P
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Ladrilh
o h
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o -
Mo
nocro
má
tico Q
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o IV
Ladrilh
o h
idrá
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Mo
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V
Ladrilh
o h
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Bic
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Tijo
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Ma
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o II
Tijo
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Tijo
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06 furo
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Tijo
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Tijo
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09 furo
s t
ipo I
II-c
Tijo
lo -
10 f
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s tip
o III
d
Tijo
lo -
15 f
uro
s tip
o III
e
Tijo
lo -
18 f
uro
s tip
o IIIf
Tijo
lo -
21 f
uro
s tip
o III
g
Te
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Canal cerâ
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Ladrilh
o -
Louça s
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em
re
levo tip
o I
Ladrilh
o -
Louça s
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rele
vo tip
o II
Ladrilh
o -
Louça p
inta
da s
em
re
levo tip
o III
Ladrilh
o -
Louça p
inta
da c
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rele
vo tip
o IV
Ladrilh
o -
Fa
iança s
imple
s s
em
re
levo tip
o V
H SH1 000-020 2 1
H SH1 020-040
H SH1 040-060
H SH1 060-080
H SH1 080-100
H SH1 100-120
H SH1 120-140
H Superfície 1 3
SUBTOTAL 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
I SI1 000-020
I SI1 020-040 1
I SI1 040-060
I SI1 060-080
I SI1 080-100
I SI1 100-120
I SI1 120-140
I Superfície 2 3
SUBTOTAL 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
J PT24 000-020
J PT24 020-040 2 1
J PT24 040-060
J PT24 060-080
J PT24 080-100
J PT24 100-120
J PT24 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 267
Tabela 01 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 1)
Local
Áre
a
Sondagens e
Poços-t
este
Nív
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am
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s tip
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s tip
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o IV
Ladrilh
o -
Fa
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o V
J PT27 000-020 2 1
J PT27 020-040
J PT27 040-060
J PT27 060-080
J PT27 080-100
J PT27 100-120
J PT27 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
J Superfície
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
K PT28 000-020
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
K PT29 000-020
K PT29 020-040
K PT29 040-060
K PT29 060-080
K PT29 080-100
K PT29 100-120
K PT29 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
K SK1 000-020
K SK1 020-040
K SK1 040-060
K SK1 060-080
K SK1 080-100
K SK1 100-120
K SK1 120-140
K Superfície 2 3 4
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 4 0 0
TOTAL COLETADO 0 0 1 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 51 0 18 0 5 11 0 0 0 0 37 1 9 0 0
Fonte : GRIFO - Consultoria e Projetos em arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 268
Tabela 02 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 2)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Local
Áre
a
Sondagens e
Poços-t
este
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A PT01 000-020
A PT01 020-040 1 7 1 4
A PT01 040-060 4 1 1
A PT01 060-080
A PT01 080-100
A PT01 100-120
A PT01 120-140
SUBTOTAL 0 1 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 5 1
A PT02 000-020
A PT02 020-040 3 1 1 2 2
A PT02 040-060
A PT02 060-080
A PT02 080-100
A PT02 100-120
A PT02 120-140
SUBTOTAL 0 3 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 2 0
A PT03 000-020 2 2
A PT03 020-040 2
A PT03 040-060
A PT03 060-080
A PT03 080-100
A PT03 100-120
A PT03 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2 0
A PT04 000-020
A PT04 020-040
A PT04 040-060
A PT04 060-080
A PT04 080-100
A PT04 100-120
A PT04 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Consultoria e Projetos em Arqueologia 269
Tabela 02 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 2)
Local
Áre
a
Sondagens e
Poços-t
este
Nív
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Ladrilh
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A PT05 000-020 1 1 3
A PT05 020-040 1
A PT05 040-060
A PT05 060-080
A PT05 080-100
A PT05 100-120
A PT05 120-140
SUBTOTAL 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 1 0
A PT06 000-020
A PT06 020-040 1 1 1
A PT06 040-060
A PT06 060-080
A PT06 080-100
A PT06 100-120
A PT06 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A PT07 000-020
A PT07 020-040
A PT07 040-060
A PT07 060-080
A PT07 080-100
A PT07 100-120
A PT07 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A PT08 000-020
A PT08 020-040 1 1
A PT08 040-060
A PT08 060-080
A PT08 080-100
A PT08 100-120
A PT08 120-140
SUBTOTAL 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 270
Tabela 02 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 2)
Local
Áre
a
Sondagens e
Poços-t
este
Nív
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o IV
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A PT09 000-020
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A PT09 040-060
A PT09 060-080
A PT09 080-100
A PT09 100-120
A PT09 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0
2 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 1 1 0
A PT10 000-020
A PT10 020-040
A PT10 040-060
A PT10 060-080
A PT10 080-100
A PT10 100-120
A PT10 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A PT11 000-020
A PT11 020-040 1
A PT11 040-060
A PT11 060-080
A PT11 080-100
A PT11 100-120
A PT11 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A PT12 000-020
A PT12 020-040 1
A PT12 040-060
A PT12 060-080
A PT12 080-100
A PT12 100-120
A PT12 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 271
Tabela 02 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 2)
Local
Áre
a
Sondagens e
Poços-t
este
Nív
el
Ladrilh
o -
Fa
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vo tip
o V
I
Ladrilh
o -
Fa
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vo tip
o V
II
Ladrilh
o -
Fa
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o V
III
Encanam
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- C
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o IV
Encanam
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VC
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o IV
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banhada t
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II
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III
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b
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Vid
ro P
lano -
Sim
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o III
-a
Vid
ro P
lano -
Decora
do tip
o III
-b
A Superfície 1 1 6 1 2
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 0 0 0 1 2
B Superfície 5 1 1
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 1 0 0 0 0 0 0 1 0
C PT13 000-020
C PT13 020-040
C PT13 040-060 1 2 2 1 1
C PT13 060-080
C PT13 080-100
C PT13 100-120
C PT13 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0
C PT20 000-040
C PT20 040-060
C PT20 060-090 2 4 4
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 4 0
C SC1 000-020 2 1
C SC1 020-040 4 2 6 17
C SC1 040-060 1 6
C SC1 060-080 3 13 1 18 1 2
C SC1 080-100 3 7 4 16 5
C SC1 100-120 1 4
C SC1 120-140
C Superfície 2
SUBTOTAL 0 7 0 0 0 0 0 0 22 10 0 0 0 0 0 40 0 1 0 0 0 1 15 0 0 0 0 0 0 23 0
D PT14 000-055 2 4 1
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 1 0
D PT17 000-020 16 1
D PT17 020-070
D PT17 070-090 1 2 2 1
SUBTOTAL 0 1 0 0 0 0 0 0 2 2 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 16 0 0 0 0 0 0 1 0
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 272
Tabela 02 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 2)
Local
Áre
a
Sondagens e
Poços-t
este
Nív
el
Ladrilh
o -
Fa
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s c
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o V
I
Ladrilh
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III
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Encanam
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Encanam
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o IV
Encanam
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- P
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o
I
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ipo II
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ária
- fin
a tip
o III
Cerâ
mic
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tilit
ária
- fin
a
escovada tip
o IV
Cerâ
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- fin
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banhada t
ipo V
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o
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Vid
ro P
lano -
Sim
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s tip
o III
-a
Vid
ro P
lano -
Decora
do tip
o III
-b
D PT21 000-020
D PT21 020-040
D PT21 040-060 2 7 2
D PT21 060-080 5 6
D PT21 080-100
D PT21 100-120
D PT21 120-140
SUBTOTAL 0 2 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 2
D SD1 000-020 3 1 1 2 5
D SD1 020-040 4 5 4 1
D SD1 040-060 1 3 1 9 1 1 16 2
D SD1 060-080 3 1 3 2
D SD1 080-100
D SD1 100-120
D SD1 120-140
D Superfície 1 27 1 33 5 12 2 9
SUBTOTAL 0 0 0 2 0 0 0 0 37 6 0 0 0 0 0 50 0 1 0 0 0 7 35 2 0 0 0 0 2 17 0
E SE1 000-020 1
E Superfície 15 9 10
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 15 9 0 0 0 0 0 0 10 0
E PT15 000-035 1 1 2 10
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 10 0
E PT18 000-040 2 1 20
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 20 0 0 0 0 0 0 0 0
F SF1 000-020 1 1 1 1 7 2
F SF1 020-040
F SF1 040-060
F SF1 060-080
F SF1 080-100
F SF1 100-120
F SF1 120-140
F Superfície 14
SUBTOTAL 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 15 7 0 0 0 0 0 0 2 0
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 273
Tabela 02 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 2)
Local
Áre
a
Sondagens e
Poços-t
este
Nív
el
Ladrilh
o -
Fa
iança s
imple
s c
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o V
I
Ladrilh
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o III
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o IV
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banhada t
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ária
- c
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II
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ipo V
III
Cerâ
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ária
- sim
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Vid
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o
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Vid
ro P
lano -
Sim
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o III
-a
Vid
ro P
lano -
Decora
do tip
o III-b
F SF2 000-020
F SF2 020-040
F SF2 040-060
F SF2 060-080
F SF2 080-100
F SF2 100-120
F SF2 120-140
F Superfície
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
G PT22 000-020
G PT22 020-040
G PT22 040-060
G PT22 060-080
G PT22 080-100
G PT22 100-120
G PT22 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
G PT23 000-020
G PT23 020-040
G PT23 040-060
G PT23 060-080
G PT23 080-100
G PT23 100-120
G PT23 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
G SG1 000-020 3 1 1
G SG1 020-040 2
G SG1 040-060
G SG1 060-080
G SG1 080-100
G SG1 100-120
G SG1 120-140
G Superfície 5 5 37 1 1 4
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 6 38 0 1 0 1 0 0 4 0
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 274
Tabela 02 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 2)
Local
Áre
a
Sondagens e
Poços-t
este
Nív
el
Ladrilh
o -
Fa
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imple
s c
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rele
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I
Ladrilh
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Ladrilh
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III
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Encanam
ento
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Encanam
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o IV
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o IV
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ária
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ária
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vid
rada t
ipo V
II
Cerâ
mic
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aria
- S
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III
Cerâ
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Vid
ro P
lano -
Sim
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s tip
o III
-a
Vid
ro P
lano -
Decora
do tip
o III
-b
H SH1 000-020
H SH1 020-040
H SH1 040-060
H SH1 060-080
H SH1 080-100
H SH1 100-120
H SH1 120-140
H Superfície 5 17 1
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 17 0 0 0 0 0 0 1 0
I SI1 000-020
I SI1 020-040 1 1
I SI1 040-060
I SI1 060-080
I SI1 080-100
I SI1 100-120
I SI1 120-140
I Superfície
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
J PT24 000-020
J PT24 020-040
J PT24 040-060
J PT24 060-080
J PT24 080-100
J PT24 100-120
J PT24 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 275
Tabela 02 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 2)
Local
Áre
a
Sondagens e
Poços-t
este
Nív
el
Ladrilh
o -
Fa
iança s
imple
s c
om
rele
vo tip
o V
I
Ladrilh
o -
Fa
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da s
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o V
II
Ladrilh
o -
Fa
iança p
inta
da c
om
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o V
III
Encanam
ento
- S
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tip
o I
Encanam
ento
- F
err
o t
ipo II
Encanam
ento
- C
hum
bo t
ipo III
Encanam
ento
- C
obre
tip
o IV
Encanam
ento
- P
VC
tip
o V
Cerâ
mic
a U
tilit
ária
- S
imple
s tip
o
I
Cerâ
mic
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ária
- S
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s
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- fin
a tip
o III
Cerâ
mic
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ária
- fin
a
escovada tip
o IV
Cerâ
mic
a U
tilit
ária
- fin
a
banhada t
ipo V
Cerâ
mic
a U
tilit
ária
- c
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rele
vo
tip
o V
I
Cerâ
mic
a U
tilit
ária
- c
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rele
vo
vid
rada t
ipo V
II
Cerâ
mic
a U
tilit
aria
- S
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les
Vid
rada t
ipo V
III
Cerâ
mic
a U
tilit
ária
- sim
ple
s fin
a
vid
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ipo IX
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tip
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Cachim
bo
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Utilit
ário
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o II
Vid
ro E
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o I-a
Vid
ro E
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ipo I
-
b
Vid
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o
I-c
Vid
ro D
om
éstico -
Copo t
ipo II-
a
Vid
ro D
om
éstico -
Xíc
ara
tip
o II-
b
Vid
ro D
om
ésticos -
Jarr
a tip
o II-
c
Vid
ro D
om
éstico
-cálic
e t
ipo II-
d
Vid
ro D
om
éstico
- C
andeeiro tip
o
II-e
Vid
ro D
om
éstico
-ilu
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tip
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II-f
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o III
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Vid
ro P
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Decora
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o III-b
J PT27 000-020 3
J PT27 020-040
J PT27 040-060
J PT27 060-080
J PT27 080-100
J PT27 100-120
J PT27 120-140
SUBTOTAL 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
J Superfície 2
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
K PT28 000-020 5
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0
K PT29 000-020
K PT29 020-040
K PT29 040-060
K PT29 060-080
K PT29 080-100
K PT29 100-120
K PT29 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
K SK1 000-020
K SK1 020-040
K SK1 040-060
K SK1 060-080
K SK1 080-100
K SK1 100-120
K SK1 120-140
K Superfície 4 37 1 5 1
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 37 0 1 0 0 0 0 5 1
TOTAL COLETADO 0 20 0 2 0 0 0 0 98 23 0 0 0 0 0 111 0 2 0 0 0 62 232 8 2 0 1 0 3 92 6
Fonte : GRIFO - Consultoria e Projetos em arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 276
Tabela 03 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 3)
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Local
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Poço
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o V
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les
sem
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vo tip
o IX
Porc
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les
com
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vo tip
o X
Porc
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ária
- p
inta
da
sem
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vo tip
o X
I
Porc
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tilit
ária
- p
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da
com
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vo tip
o X
II
outr
os
plá
stico
Lít
ico
Ósseo
Vegeta
l
Ma
lacoló
gic
o
Sin
tético
Me
tal
A PT01 000-020
A PT01 020-040 1 3 5 4
A PT01 040-060
A PT01 060-080
A PT01 080-100
A PT01 100-120
A PT01 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 4
A PT02 000-020 1
A PT02 020-040 1 1 4
A PT02 040-060
A PT02 060-080
A PT02 080-100
A PT02 100-120
A PT02 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0
A PT03 000-020 1
A PT03 020-040
A PT03 040-060
A PT03 060-080
A PT03 080-100
A PT03 100-120
A PT03 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
A PT04 000-020
A PT04 020-040
A PT04 040-060
A PT04 060-080
A PT04 080-100
A PT04 100-120
A PT04 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Consultoria e Projetos em Arqueologia 277
Tabela 03 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 3)
Local
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o X
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o X
I
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o X
II
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Lít
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Ósseo
Vegeta
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Sin
tético
Me
tal
A PT05 000-020 1 1 2 7 1 9
A PT05 020-040
A PT05 040-060
A PT05 060-080
A PT05 080-100
A PT05 100-120
A PT05 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 1 0 1 0 2 0 7 0 0 0 0 0 0 0 1 9 0 0 0 0
A PT06 000-020 1
A PT06 020-040 10
A PT06 040-060
A PT06 060-080
A PT06 080-100
A PT06 100-120
A PT06 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0
A PT07 000-020
A PT07 020-040
A PT07 040-060
A PT07 060-080
A PT07 080-100
A PT07 100-120
A PT07 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A PT08 000-020
A PT08 020-040 1
A PT08 040-060
A PT08 060-080
A PT08 080-100
A PT08 100-120
A PT08 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 278
Tabela 03 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 3)
Local
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o V
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o V
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o V
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o IX
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o X
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ária
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o X
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pin
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o X
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Sin
tético
Me
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A PT09 000-020
A PT09 020-040 3 1
A PT09 040-060
A PT09 060-080
A PT09 080-100
A PT09 100-120
A PT09 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
A PT10 000-020 2
A PT10 020-040
A PT10 040-060
A PT10 060-080
A PT10 080-100
A PT10 100-120
A PT10 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0
A PT11 000-020
A PT11 020-040
A PT11 040-060
A PT11 060-080
A PT11 080-100
A PT11 100-120
A PT11 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A PT12 000-020
A PT12 020-040
A PT12 040-060
A PT12 060-080
A PT12 080-100
A PT12 100-120
A PT12 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 279
Tabela 03 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 3)
Local
Áre
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Sondagens e
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rele
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o I
Louça U
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Sim
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o II
Louça U
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ária
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da s
em
rele
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o III
Louça U
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ária
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inta
da c
om
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o IV
Fa
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ária
- s
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les s
em
rele
vo tip
o V
Fa
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ária
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les c
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o V
I
Fa
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ária
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da s
em
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o V
II
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inta
da c
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vo tip
o V
III
Porc
ela
na U
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ária
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les
sem
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vo tip
o IX
Porc
ela
na U
tilit
ária
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les
com
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vo tip
o X
Porc
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na U
tilit
ária
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vo tip
o X
I
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Ósseo
Vegeta
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o
Sin
tético
Me
tal
A Superfície 3 6 1 1 1
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 3 0 6 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0
B Superfície 6 1 1 2
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 6 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
C PT13 000-020
C PT13 020-040 16
C PT13 040-060 0 1 7 2 2 13 2
C PT13 060-080 12
C PT13 080-100
C PT13 100-120
C PT13 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 1 0 7 0 2 0 2 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 30
C PT20 000-040
C PT20 040-060
C PT20 060-090 2 34
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 34 0 0 0 0
C SC1 000-020 9 5 2 7 1 13
C SC1 020-040 6 3 2 1 2 2 1 15
C SC1 040-060 3 13
C SC1 060-080 3 3 16 36 1 10
C SC1 080-100 2 1 19 34
C SC1 100-120 6
C SC1 120-140
C Superfície 3 3 1 1
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 23 5 9 3 2 0 35 0 1 2 2 0 0 2 0 101 0 3 0 36
D PT14 000-055 1 1 4 1
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
D PT17 000-020 2
D PT17 020-070
D PT17 070-090 3 8 1 4 7 6
SUBTOTAL 0 0 0 2 0 3 0 8 0 1 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 6
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 280
Tabela 03 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 3)
Local
Áre
a
Sondagens e
Poços-t
este
Nív
el
Vid
ro E
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Lente
tip
o IV
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o IV
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Vid
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Te
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o IV
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Vid
ro E
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is -
Pis
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o IV
-e
Louça U
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ária
- s
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s s
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rele
vo tip
o I
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Sim
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o II
Louça U
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o III
Louça U
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ária
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inta
da c
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re
levo tip
o IV
Fa
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ária
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imp
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em
re
levo tip
o V
Fa
iança U
tilit
ária
- s
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les c
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vo tip
o V
I
Fa
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ária
- p
inta
da s
em
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o V
II
Fa
iança U
tilit
ária
- p
inta
da c
om
rele
vo tip
o V
III
Porc
ela
na U
tilit
ária
- s
imp
les
sem
rele
vo tip
o IX
Porc
ela
na U
tilit
ária
- s
imp
les
com
rele
vo tip
o X
Porc
ela
na U
tilit
ária
- p
inta
da
sem
rele
vo tip
o X
I
Porc
ela
na U
tilit
ária
- p
inta
da
com
rele
vo tip
o X
II
outr
os
plá
stico
Lít
ico
Ósseo
Vegeta
l
Ma
lacoló
gic
o
Sin
tético
Meta
l
D PT21 000-020
D PT21 020-040
D PT21 040-060 4 2 3 1
D PT21 060-080 7 3
D PT21 080-100
D PT21 100-120
D PT21 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 4 0 2 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 3
D SD1 000-020 2 1 11
D SD1 020-040 17 10
D SD1 040-060 11 3 14 34 59 22
D SD1 060-080 3 1 7 2
D SD1 080-100 1 9
D SD1 100-120
D SD1 120-140
D Superfície 12 4 2 3 3
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 26 0 9 0 14 0 45 0 0 3 3 0 0 0 0 85 0 1 0 45
E SE1 000-020 1
E Superfície 8 1 5 2 1
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 8 1 5 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0
E PT15 000-035 1 1 1 4
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0
E PT18 000-040 6 5 3 4
SUBTOTAL 6 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 4
F SF1 000-020 7 2 1 3
F SF1 020-040
F SF1 040-060
F SF1 060-080
F SF1 080-100
F SF1 100-120
F SF1 120-140
F Superfície 21 1 5 1 3 6 2 1 1 1
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 28 1 5 1 2 0 3 0 6 2 1 1 2 0 0 3 0 0 0 0
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 281
Tabela 03 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 3)
Local
Áre
a
Sondagens e
Poços-t
este
Nív
el
Vid
ro E
specia
is -
Lente
tip
o IV
-a
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F SF2 000-020
F SF2 020-040
F SF2 040-060
F SF2 060-080
F SF2 080-100
F SF2 100-120
F SF2 120-140
F Superfície
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
G PT22 000-020
G PT22 020-040
G PT22 040-060
G PT22 060-080
G PT22 080-100
G PT22 100-120
G PT22 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
G PT23 000-020
G PT23 020-040
G PT23 040-060
G PT23 060-080
G PT23 080-100
G PT23 100-120
G PT23 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
G SG1 000-020 5 3
G SG1 020-040 3 2 3 2 15
G SG1 040-060 6
G SG1 060-080
G SG1 080-100
G SG1 100-120
G SG1 120-140
G Superfície 1 10 2
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 9 0 2 0 3 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 34 0 0 0 2
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 282
Tabela 03 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 3)
Local
Áre
a
Sondagens e
Poços-t
este
Nív
el
Vid
ro E
specia
is -
Lente
tip
o IV
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Vid
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Me
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H SH1 000-020 3
H SH1 020-040
H SH1 040-060
H SH1 060-080
H SH1 080-100
H SH1 100-120
H SH1 120-140
H Superfície 1 1 4
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 3 0 0 0 4
I SI1 000-020
I SI1 020-040 8
I SI1 040-060
I SI1 060-080
I SI1 080-100
I SI1 100-120
I SI1 120-140
I Superfície 3 4 1 3 4 6
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 3 0 4 0 0 0 1 0 3 0 4 0 0 0 0 8 0 0 0 6
J PT24 000-020
J PT24 020-040 1 1 5 1
J PT24 040-060 12
J PT24 060-080
J PT24 080-100
J PT24 100-120
J PT24 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 1 1 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 1
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 283
Tabela 03 - Quantitativo de Materiais por setores e níveis (Parte 3)
Local
Áre
a
Sondagens e
Poços-t
este
Nív
el
Vid
ro E
specia
is -
Lente
tip
o IV
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Vid
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Louça U
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o II
Louça U
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o III
Louça U
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da c
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o IV
Fa
iança U
tilit
ária
- s
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o V
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o V
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o V
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Fa
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levo tip
o V
III
Porc
ela
na U
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ária
- s
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les
sem
rele
vo tip
o IX
Porc
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na U
tilit
ária
- s
imp
les
com
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vo tip
o X
Porc
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na U
tilit
ária
- p
inta
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sem
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o X
I
Porc
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na U
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Ósseo
Vegeta
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J PT27 000-020
J PT27 020-040
J PT27 040-060
J PT27 060-080
J PT27 080-100
J PT27 100-120
J PT27 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
J Superfície 000-020
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
K PT28 000-020
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
K PT29 000-020
K PT29 020-040
K PT29 040-060
K PT29 060-080
K PT29 080-100
K PT29 100-120
K PT29 120-140
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
K SK1 000-020
K SK1 020-040
K SK1 040-060
K SK1 060-080
K SK1 080-100
K SK1 100-120
K SK1 120-140
K Superfície 1 4 2 1 6
SUBTOTAL 0 0 0 0 0 0 0 7 1 0 0 0 0 4 0 0 0 2 1 0 0 0 0 0 6
TOTAL COLETADO 6 0 0 2 0 123 9 72 5 35 1 111 0 18 7 12 1 5 3 1 347 0 6 0 150 Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 284
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
0 0 1 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
51
0
18
0 5 110 0 0 0
37
19
0 0 0
20
0 2 0 0 0 0
98
23
0 0 0 0 0
111
0 2 0 0 0
62
232
8 2 0 1 0 3
92
6 6 0 0 2 0
123
9
72
5
35
1
111
0
187 12
1 5 3 1
347
0 6 0
150
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
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Gráfico 02 - Quantidade absoluta de Materiais
Consultoria e Projetos em Arqueologia 285
17 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS E PROPOSTAS DE MITIGAÇÃO
O presente diagnóstico contempla o resultado de uma ação de campo e
laboratório, realizada com o auxílio de fontes históricas e arqueológicas, que tem por
objetivo avaliar os problemas a serem causados pela execução das obras de
construção do Edifício Anexo do BNDES no Morro de Santo Antônio, Rio de Janeiro -
RJ, em uma área de 4.483,03 m². Neste caso, faz-se necessário, a criação e
implantação de medidas mitigatórias, que visem à preservação da memória local e a
produção de conhecimento.
Além da análise qualitativa realizada sobre o material coletado em
superfície ou através das intervenções subsuperficiais, faz-se necessário um
entendimento quantitativo do sítio arqueológico prospectado.
As intervenções subsuperficiais totalizam 58 pontos entre poços-testes e
sondagens, que distribuídos pelo terreno em análise, permitem um entendimento
acerca da distribuição quantitativa do material arqueológico, observando-se tanto as
áreas de maior concentração, assim como as de absoluta ausência de materiais, isto
é, áreas arqueologicamente estéreis.
Considerando o levantamento histórico e as observações dos perfis
estratigráficos associados às interpretações de solo, observa-se que 48,27 % das
sondagens não apresentam vestígios arqueológicos, seguramente consequência da
subtração da terra quando do arrasamento parcial do Morro de Santo Antônio ocorrido
em meados do século XX.
Na área mais alta do terreno prospectado, inserido na área diretamente
afetada, assim como na área de influência indireta, direcionada aos fundos do
Complexo da Venerável Ordem Terceira da Penitência observa-se uma grande
concentração de vestígios arqueológicos fragmentados de diversas naturezas tais
como vidro, louça, metais, porcelana, cerâmica, dentre outros, assim como vestígios
arquitetônicos como um caminho composto por escadarias, rampas, muros de
contenção, possivelmente ajardinados, que de fato constitui alto potencial
arqueológico de interesse histórico. Cabe frisar que, embora houvesse no início dos
trabalhos, uma expectativa de localização de sítios pré-históricos nada relacionado a
esse contexto foi identificado.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 286
Para melhor visualização dessas áreas de alto potencial arqueológico foi
elaborada uma apresentação gráfica, com base numa planta fornecida pelo BNDES
onde foram impressos círculos azuis e verdes que representam, respectivamente a
ocorrência de vestígios arqueológicos recuperados através de poços-testes e
sondagens.
Quadro 17 - Quantidade de material coletado por intervenção subsuperficial
Intervenções subsuperficiais
Quantidade de Material Coletado
Intervenções subsuperficiais
Quantidade de Material Coletado
Poço Teste 01 46 Poço Teste 30 0
Poço Teste 02 23 Poço Teste 31 0
Poço Teste 03 09 Poço Teste 32 0
Poço Teste 04 00 Poço Teste 33 0
Poço Teste 05 28 Poço Teste 34 0
Poço Teste 06 15 Poço Teste 35 0
Poço Teste 07 00 Poço Teste 36 0
Poço Teste 08 03 Poço Teste 37 0
Poço Teste 09 12 Poço Teste 38 0
Poço Teste 10 05 Poço Teste 39 0
Poço Teste 11 02 Poço Teste 40 0
Poço Teste 12 02 Poço Teste 41 0
Poço Teste 13 62 Poço Teste 42 0
Poço Teste 14 15 Poço Teste 43 0
Poço Teste 15 22 Poço Teste 44 0
Poço Teste 16 0 Poço Teste 45 0
Poço Teste 17 56 Poço Teste 46 0
Poço Teste 18 44 Poço Teste 47 0
Poço Teste 19 0 Poço Teste 48 0
Poço Teste 20 48 Poço Teste 49 0
Poço Teste 21 42 Sondagem C1 353
Poço Teste 22 00 Sondagem D1 282
Poço Teste 23 00 Sondagem E1 03
Poço Teste 24 23 Sondagem F1 26
Poço Teste 25 0 Sondagem F2 0
Poço Teste 26 0 Sondagem G1 50
Poço Teste 27 06 Sondagem H1 07
Poço Teste 28 05 Sondagem I1 11
Poço Teste 29 0 Sondagem K1 0
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 287
Figura 226 - Planta com indicações das áreas de potencial arqueológico
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS; as diferenças de tamanho dos círculos (verdes e azuis) que registram a presença de materiais arqueológicos sugerem diferenças
quantitativas de material resgatado.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 288
Figura 227 - Planta com indicações das áreas de potencial arqueológico: detalhe para a área de concentração
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia. OBS; as diferenças de tamanho dos círculos (verdes e azuis) que registram a presença de materiais arqueológicos sugerem diferenças
quantitativas de material resgatado.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 289
Figura 228 - Planta com indicações das áreas de potencial arqueológico na área diretamente afetada e na área de influência direta
Fonte: GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 290
O tamanho desses círculos é variado, pois representam a
proporcionalidade na quantidade de materiais recuperados, independentemente de
sua natureza. Nessa apresentação gráfica foram desconsideradas as estruturas
arquitetônicas, embora arqueológicas; Entretanto, faz-se necessário registrar que as
estruturas arquitetônicas registradas em campo coincidem com a área de ocorrência
dos demais materiais arqueológicos, o que possibilitar inferir na possibilidade de
continuação dessa relação por outras áreas atualmente arrasadas.
Essas plantas fornecem subsídio gráfico suficiente para um melhor
entendimento, observando através desse recurso que a área de interesse
arqueológico repousa exclusivamente na parte mais alta do terreno e nas rampas de
acesso a Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência.
Finalmente, ainda nesta seção, apresenta-se uma última planta com a
demarcação das áreas consideradas de alto potencial arqueológico tanto na área
diretamente afetada (em amarelo) quanto na área de influência indireta (em azul).
As obras de infraestrutura, que tanto têm permitido a expansão econômica,
o progresso e o bem-estar da sociedade humana, demandam constante
monitoramento, tendo em vista o extenso patrimônio arqueológico ainda por detectar.
Dessa forma, os estudos de impacto assumem papel crucial no resgaste e proteção
desses bens, uma vez que permitem que sejam analisadas, elaboradas e implantadas
formas de minimizar danos ao patrimônio arqueológico. Este patrimônio pode ser
preservado mediante um conjunto de ações que garantam a sua permanência com os
seus diversos valores e significados na vida de uma comunidade ou de um
determinado lugar.
O levantamento histórico devidamente executado em conjunto com os
trabalhos de prospecção superficial e subsuperficial realizadas “in loco”, apontam para
atividades culturais no local desde o século XVII. Sabe-se que o espaço em análise
neste diagnóstico foi alvo de inúmeras alterações e/ou impactos resultantes dos
projetos de remodelação do centro da cidade do Rio de Janeiro promovidos pela
iniciativa pública ao longo dos anos.
A partir do século XIX até os dias atuais, a área de estudo foi palco de
diferentes ocupações, dentre elas, os barracões destinados ao alojamento de
soldados da Revolta da Armada, ocupações ilegais, um cemitério, além de abrigar
estruturas arquitetônicas associadas a um caminho com rampas e escadas,
Consultoria e Projetos em Arqueologia 291
seguramente anteriores ao século XX. Vale ressaltar que embora documentos
históricos indiquem a existência de um cemitério possivelmente próximo ao local, não
foram evidenciados artefatos tampouco vestígios ósseos humanos que estejam
correlacionados com este tipo de aproveitamento espacial. Desse modo, é evidente
que a porção do Morro de Santo Antônio tratada neste trabalho apresenta vestígios
culturais relacionados a diferentes contextos históricos e guardam em si informações
cruciais no entendimento da paisagem arqueológica.
O arrasamento de grande parte do Morro de Santo Antônio, em meados do
século XX, alterou substancialmente o contexto arqueológico das porções Sul e Oeste
do terreno, situadas onde foram construídas as avenidas República do Chile e
República do Paraguai, respectivamente. Em virtude dos impactos existentes, as
atividades de campo registraram a inexistência artefatos culturais neste ambiente
associados à essas vertentes residuais do Morro de Santo Antônio. Dessa maneira,
acredita-se que as intervenções efetuadas ao longo dos anos suprimiram
praticamente todo o patrimônio material ali depositado.
Na área diretamente afetada pelo empreendimento numa parcela de 15 %
registrou-se presença de estruturas arquitetônicas históricas, representadas por
muros e escadas em alvenaria de pedra e cerâmica. Associada à essas estruturas
constatou-se também a ocorrência de demais vestígios arqueológicos de naturezas
diversas, que foram coletados e analisados em laboratório. Essa área é caracterizada
como de alto potencial arqueológico, tanto em superfície quanto no subsolo.
Caracteriza-se também como de alto potencial arqueológico a área de influência
indireta, contígua ao empreendimento, pertencente ao complexo da Venerável Ordem
Terceira de São Francisco da Penitência.
O projeto de construção do Edifício Anexo do BNDES prevê a subtração da
parcela do Morro de Santo Antônio marcado pelo corte da área diretamente afetada
até alcançar o nível da Avenida República do Paraguai.
Como os vestígios arqueológicos encontrados nessa área, embora antigos,
são residuais, e uma parcela significativa, em área contígua, poderá ser preservada
para futuras gerações como testemunhos dessa história, não é reconhecida essa
ocorrência como obstáculo ao empreendimento, desde que o patrimônio arqueológico
comprometido seja devidamente resgatado e documentado, assim como
desenvolvidas as cabíveis atividades educacionais de valorização da herança cultural.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 292
A análise dos impactos decorrentes da implantação do Edifício Anexo do
BNDES foi fundamentada no contexto histórico local e no potencial arqueológico
demonstrado através das atividades interventivas. Dessa forma, buscou-se identificar
os impactos a serem gerados na fase de instalação e operação do empreendimento
nas áreas de influência do mesmo. Diante disso, em relação aos impactos sobre o
patrimônio arqueológico propõem-se atividades mitigatórias e/ou compensatórias
apresentadas a seguir em três etapas:
a) Etapa 1 - Atividades de escavação e monitoramento arqueológicos
buscando destacar da melhor forma possível as estruturas
arquitetônicas, assim como resgate do patrimônio arqueológico
comprometido. Cabe frisar que o serviço de arqueologia a ser
desenvolvido na parcela comprometida (15 %) da área diretamente
afetada deverá preceder toda e qualquer atividade in loco por parte da
empresa responsável pela obra do Edifício Anexo do BNDES, sendo
imperativo ajustes de ambos cronogramas;
b) Etapa 2 - Consolidação e restauração do Patrimônio Edificado ali
presente, especialmente as escadas, rampas e muros. Tais ações terão
por escopo deixar em evidência para a comunidade em geral o registro
do passado e, consequentemente, provocar o sentimento de
pertencimento e resgatar a memória da sociedade. Dessa maneira, o
registro material do passado poderá ser incorporado ao
empreendimento, associado a jardins e acessos;
c) Etapa 3 - Adoção de medidas educacionais compensatórias em relação
aos impactos a serem provocados pela instalação e operação do
empreendimento, tanto no que concerne ao contexto arqueológico e
ambiental. Partindo desse pressuposto, sugere-se a implantação de um
Museu ao ar livre de caráter permanente, aliado as estruturas
arquitetônicas a serem recuperadas. As exposições poderão ser
compostas por expositores autoexplicativos, com uma parcela do
patrimônio arqueológico resgatado, e contemplem o contexto histórico
do local e as principais características dos artefatos culturais
recuperados.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 293
Essas ações irão fortalecer o vínculo da comunidade com o seu patrimônio,
assim como mantê-lo vivo para as gerações futuras. Através desses registros, a
memória individual e coletiva poderá contribuir para o restabelecimento dos laços
afetivos, há muito rompidos, emergindo um sentimento de pertencimento ao local. Vale
ressaltar, também, que durante a fase de construção do empreendimento,
especificamente quando houver intervenção no subsolo, essa deverá ter
obrigatoriamente o acompanhamento de uma equipe de arqueologia devidamente
qualificada.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 294
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Consultoria e Projetos em Arqueologia 300
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Consultoria e Projetos em Arqueologia 303
ANEXO A
Lei Federal n° 3924 de 26 de julho de 1961 - Dispõe sobre os Monumentos
Arqueológicos e Pré-históricos
Consultoria e Projetos em Arqueologia 304
LEI FEDERAL 3924 de 26 de julho de 1961 Dispõe sobre os Monumentos Arqueológicos e Pré-históricos CAPÍTULO I DOS MONUMENTOS ARQUEOLÓGICOS E PRÉ-HISTÓRICOS Artigo 1° - Os monumentos arqueológicos ou pré-históricos de qualquer natureza existentes no território nacional e todos os elementos que neles se encontram ficam sob a guarda e proteção doPoder Público, de acordo com o que estabelece o Artigo 175 da Constituição Federal. Parágrafo Único - A propriedade da superfície, regida pelo direito comum, não inclui a das jazidas arqueológicas ou pré-históricas, nem a dos objetos nelas incorporados na forma do Artigo 152 da mesma Constituição. Artigo 2° - Consideram-se monumentos arqueológicos ou pré-históricos: a) - as jazidas de qualquer natureza, origem ou finalidade, que representem testemunhos da cultura dos paleoameríndios do Brasil, tais como sambaquis, montes artificiais ou tesos, poços sepulcrais, jazigos, aterrados, estearias ou quaisquer outras não especificadas aqui, mas de significado idêntico, a juízo da autoridade competente. b) - Os sítios nos quais se encontram vestígios positivos de ocupação pelos paleoameríndios, tais como grutas, lapas e abrigos sob rocha; c) - Os sírios identificados como cemitérios, sepulturas ou locais de pouso prolongado ou de aldeamento, "estações" e "cerâmicos", nos quais se encontrem vestígios humanos de interesse arqueológico ou paleoetnográfico; d) - As inscrições rupestres ou locais como sulcos de polimentos de utensílios e outros vestígios de atividade paleoameríndios. Artigo 3° - São proibidos em todo o território nacional, o aproveitamento econômico, a destruição ou mutilação, para qualquer fim, das jazidas arqueológicas ou pré-históricas conhecidas como sambaquis, casqueiros, concheiros, biribigueiras ou semambis, e bem assim dos sítios, inscrições e objetos enumerados nas Alíneas b, c e d do artigo anterior, antes de serem devidamente pesquisados, respeitadas as concessões anteriores e não caducas. Artigo 4° - Toda a pessoa, natural ou jurídica que, na data da publicação desta lei, já estiver procedendo, para fins econômicos ou outros, à exploração de jazidas arqueológicas ou pré-históricas, deverá comunicar à Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, dentro de sessenta (60) dias, sob pena de multa de Cr$ 10.000,00 a Cr$ 50.000,00 (dez mil a cinquenta mil cruzeiros), o exercício dessa atividade, para efeito de exame, registro, fiscalização e salvaguarda do interesse da ciência. Artigo 5° - Qualquer ato que importe na destruição ou mutilação dos monumentos a que se refere o Artigo 2° desta lei, será considerado crime contra o Patrimônio Nacional e, como tal, punível de acordo com o disposto nas leis penais. Artigo 6° - As jazidas conhecidas como sambaquis, manifestadas ao governo da União, por intermédio da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, de acordo com o Artigo 4° e registradas na forma do Artigo 27 desta lei, terão precedência para estudo e eventual aproveitamento, em conformidade com o Código de Minas. Artigo 7° - As jazidas arqueológicas ou pré-históricas de qualquer natureza, não manifestadas e registradas na forma dos Artigos 4° e 6° desta lei, são consideradas, para todos os efeitos, bens patrimoniais da União. CAPÍTULO II DAS ESCAVAÇÕES ARQUEOLÓGICAS REALIZADAS POR PARTICULARES Artigo 8° - O direito de realizar escavações para fins arqueológicos, em terras de domínio público ou particular, constitui-se mediante permissão do Governo da União, através da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ficando obrigado a respeitá-lo o proprietário ou possuidor do solo. Artigo 9° - O pedido de permissão deve ser dirigido à Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, acompanhada dos trabalhos a serem executados, da prova de idoneidade técnico-científica e financeira do requerente e do nome do responsável pela realização dos trabalhos. Parágrafo Único - Estando em condomínio a área em que se localiza a jazida, somente poderá requerer a permissão o administrador ou cabecel, eleito na forma do Código Civil. Artigo 10 - A permissão terá por título numa portaria do Ministro de Educação e Cultura, que será transcrita em livro próprio da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, e na qual ficarão estabelecidas as condições a serem observadas ao desenvolvimento das escavações e estudos. Artigo 11 - Desde que as escavações e estudos devam ser realizados em terreno que não pertence ao requerente, deverá ser anexado ao seu pedido o consentimento escrito do proprietário do terreno ou de quem esteja em uso e gozo desse direito.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 305
§ 1° - As escavações devem ser necessariamente executadas sob a orientação do permissionário, que responderá civil, penal e administrativamente, pelos prejuízos que causar ao Patrimônio Nacional ou a terceiros. § 2° - As escavações devem ser realizadas de acordo com as condições estipuladas no instrumento de permissão, não podendo o responsável, sob nenhum pretexto, impedir a inspeção dos trabalhos por delegado especialmente designado pela Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, quando for o julgado conveniente. § 3° - O permissionário fica obrigado a informar à Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, trimestralmente, sobre o andamento das escavações, salvo a ocorrência de fato excepcional, cuja notificação deverá ser feita imediatamente, para as providências cabíveis. Artigo 12 - O Ministro da Educação e Cultura poderá cassar a permissão concedida, uma vez que: a) - Não sejam cumpridas as prescrições da presente lei e do instrumento de concessão da licença; b) - Sejam suspensos os trabalhos de campo por prazo superior a doze (12) meses, salvo motivo de força maior, devidamente comprovado; c) - No caso de não cumprimento do Parágrafo 3° do artigo anterior. Parágrafo Único - Em qualquer dos casos acima enumerados, o permissionário não terá direito à indenização alguma pelas despesas que tiver efetuado. CAPÍTULO III DAS ESCAVAÇÕES ARQUEOLÓGICAS REALIZADAS POR INSTITUIÇÕES CIENTÍFICAS ESPECIALIZADAS DA UNIÃO, DOS ESTADOS E DOS MUNICÍPIOS Artigo 13 - A União, bem como os Estados e Municípios mediante autorização federal, poderão proceder a escavações e pesquisas, no interesse da arqueologia e da pré-história em terrenos de propriedade particular, com exceção das áreas muradas que envolvem construções domiciliares. Parágrafo Único - A falta de acordo amigável com o proprietário da área onde situar-se a jazida, será esta declarada de utilidade pública e autorizadas a sua ocupação pelo período necessário à execução dos estudos, nos termos do Artigo 36 do Decreto-lei 3365, de 21 de Junho de 1941. Artigo 14 - No caso de ocupação temporária do terreno, para realização de escavações nas jazidas declaradas de utilidade pública, deverá ser lavrado um auto, antes do início dos estudos, no qual se descreva o aspecto exato do local. § 1° - Terminados os estudos, o local deverá ser restabelecido, sempre que possível, na feição primitiva. § 2° - Em caso de escavações produzirem a destruição de um relevo qualquer, essa obrigação só terá cabimento quando se comprovar que, desse aspecto particular do terreno, resultavam incontestáveis vantagens para o proprietário. Artigo 15 - Em casos especiais e em face do significado arqueológico excepcional das jazidas poderá ser promovida a desapropriação do imóvel, ou parte dele, por utilidade pública, com fundamento no Artigo 5°, Alíneas k e l do Decreto-lei 3365, de 21 de Junho de 1941. Artigo 16 - Nenhum órgão da administração federal, dos Estados ou dos Municípios, mesmo no caso do Artigo 28 desta lei, poderá realizar escavações arqueológicas ou pré-históricas, sem prévia comunicação à Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, para fins de registro no cadastro de jazidas arqueológicas. Parágrafo Único - Dessa comunicação deve constar, obrigatoriamente, o local, o tipo ou a designação da jazida, o nome do especialista encarregado das escavações, os indícios que determinaram a escolha do local e posteriormente, uma súmula dos resultados obtidos e do destino do material coletado. CAPÍTULO IV DAS DESCOBERTAS FORTUITAS Artigo 17 - A posse e a salvaguarda dos bens de natureza arqueológica ou pré-histórica constituem, em princípio, direito imanente ao Estado. Artigo 18 - A descoberta fortuita de quaisquer elementos de interesse arqueológico ou pré-histórico, histórico, artístico ou numismático, deverá ser imediatamente comunicada à Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ou aos órgãos oficiais autorizados, pelo autor do achado ou pelo proprietário do local onde tiver ocorrido. Parágrafo Único - O proprietário ou ocupante do imóvel onde se tiver verificado o achado, é responsável pela conservação provisória da coisa descoberta, até pronunciamento e deliberação da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Artigo 19 - A infringência da obrigação imposta no artigo anterior implicará na apreensão sumária do achado, sem prejuízo da responsabilidade do inventor pelos danos que vier a causar ao Patrimônio Nacional, em decorrência da omissão. CAPÍTULO V
Consultoria e Projetos em Arqueologia 306
DA REMESSA PARA O EXTERIOR DE OBJETOS DE INTERESSE ARQUEOLÓGICO OU PRÉ-HISTÓRICO, HISTÓRICO, NUMISMÁTICO OU ARTÍSTICO Artigo 20 - Nenhum objeto que apresente interesse arqueológico ou pré-histórico, numismático ou artístico poderá ser transferido para o exterior, sem licença expressa do Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, constante de uma "guia" de liberação na qual serão devidamente especificados os objetos a serem transferidos. Artigo 21 - A inobservância da prescrição do artigo anterior implicará a apreensão sumária do objeto a ser transferido, sem prejuízo das demais cominações legais a que estiver sujeito o responsável. Parágrafo Único - O objeto apreendido, razão deste artigo, será entregue à Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. CAPÍTULO VI DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 22 - O aproveitamento econômico das jazidas objeto desta lei, poderá ser realizado na forma e nas condições prescritas pelo Código de Minas, uma vez concluída a sua exploração científica, mediante parecer favorável da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ou do órgão oficial autorizado. Parágrafo Único - De todas as jazidas será preservada sempre que possível ou conveniente, uma parte significativa, a ser protegida pelos meios convenientes, como blocos testemunhos. Artigo 23 - O Conselho de Fiscalização das Expedições Artísticas e Científicas encaminhará à Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional qualquer pedido de cientista estrangeiro, para realizar escavações arqueológicas ou pré-históricas, no país. Artigo 24 - Nenhuma autorização de pesquisa ou de lavra para jazidas de calcário de concha, que possua as características de monumentos arqueológicos ou pré-históricos, poderá ser concedida sem audiência prévia da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Artigo 25 - A realização de escavações arqueológicas ou pré-históricas, com infringência de qualquer dos dispositivos desta lei, dará lugar à multa de Cr$ 5.000,00 (cinco mil cruzeiros) a Cr$ 50.000,00 (cinquenta mil cruzeiros) sem prejuízo de sumária apreensão e consequente perda, para o Patrimônio Nacional, de todo o material e equipamento existente no local. Artigo 26 - Para melhor execução da presente lei, a Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional poderá solicitar a colaboração de órgãos federais, estaduais, municipais, bem como de instituições que tenham, entre os seus objetivos específicos, o estudo e a defesa dos monumentos arqueológicos e pré-históricos. Artigo 27 - A Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional manterá um Cadastro dos monumentos arqueológicos do Brasil, no qual serão registradas todas as jazidas manifestadas, de acordo com o disposto nesta lei, bem como das que se tornarem conhecidas por qualquer via. Artigo 28 - As atribuições conferidas ao Ministério da Educação e Cultura, para o cumprimento desta lei, poderão ser delegadas a qualquer unidade da Federação, que disponha de serviços técnico-administrativos especialmente organizados para a guarda, preservação e estudo das jazidas arqueológicas e pré-históricas, bem como de recursos suficientes para o custeio e bom andamento dos trabalhos. Parágrafo Único - No caso deste artigo, o produto das multas aplicadas e apreensões de material legalmente feitas, reverterá em benefício do serviço estadual organizado para a preservação e estudo desses monumentos. Artigo 29 - Aos infratores desta lei serão aplicadas as sanções dos artigos 163 e 167 do Código Penal, conforme o caso, sem prejuízo de outras penalidades cabíveis. Artigo 30 - O Poder Executivo baixará, no prazo de 180 dias, a partir da vigência desta lei, a regulamentação que for julgada necessária à sua fiel execução. Artigo 31 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
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ANEXO B
Portaria n° 07/SPHAN de 01 de Dezembro de 1988
Consultoria e Projetos em Arqueologia 308
Portaria n° 07/SPHAN de01 de Dezembro de 1988 O Secretário do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo inciso VII do art. 16 do Regimento Interno aprovado pela Portaria Ministerial n.º 284,de 17 de julho de 1986, e republicado através da Portaria Ministerial n.º 313, de 8 de agosto de1986, e Considerando que a Lei n.º 3.924, de 26 de julho de 1961, submete à proteção do Poder Público, pela SPHAN, os monumentos arqueológicos e pré-históricos; Considerando a necessidade de regulamentar os pedidos de permissão e autorização e a comunicação prévia quando do desenvolvimento de pesquisas de campo e escavações arqueológicas no País a fim de que se resguarde os objetos de valor científico e cultural localizados nessas pesquisas; Considerando a urgência de fiscalização eficaz das atividades que envolvem bens de interesse arqueológico e pré-histórico do País resolve: Artigo 1º - Estabelecer os procedimentos necessários à comunicação prévia, às permissões e às autorizações para pesquisas e escavações arqueológicas em sítios arqueológicos previstas na Lei n.º 3.924, de 26 de julho de 1961. Artigo 2º - O pedido de permissão será feito através do requerimento da pessoa natural ou jurídica privada que tenha interesse em promover as atividades descritas no art. 1º. Artigo 3º - As instituições científicas especializadas da União, dos Estados e dos Municípios deverão requerer autorização para escavações e pesquisas em propriedade particular. Parágrafo único - Para efeitos desta Portaria, as Universidades e suas unidades descentralizadas incluem-se entre as instituições cientificas de que trata o capítulo III da Lei n.º 3.924/61. Artigo 4º - Os órgãos da Administração Federal, dos Estados e dos Municípios comunicarão previamente qualquer atividade objeto desta Portaria, informando, anualmente à SPHAN, o desenvolvimento dos trabalhos. Artigo 5º - Os pedidos de permissão e autorização, assim como a comunicação prévia, devem ser dirigidos ao Secretário da SPHAN acompanhados das seguintes informações: I - indicação do nome, endereço, nacionalidade e currículo com cópia das publicações cientificas que comprove a idoneidade técnico-científica do arqueólogo responsável e da equipe técnica; II - delimitação da área abrangida pelo projeto; III - relação, quando for o caso, dos sítios a serem pesquisados com indicação exata de sua localização; IV - plano de trabalho científico que contenha: 1. definição dos objetivos; 2. conceituação e metodologia; 3. sequência das operações a serem realizadas no sítio; 4. cronograma da execução; 5. proposta preliminar de utilização futura do material produzido para fins científicos, culturais e educacionais; 6. meios de divulgação das informações científicas obtidas; V - prova de idoneidade financeira do projeto; VI - cópia dos atos constitutivos ou lei instituidora, se pessoa jurídica; VII - indicação, se for o caso, da instituição cientifica que apoiará o projeto com respectiva declaração de endosso institucional. Parágrafo 1º - Serão liminarmente rejeitados os projetos que não apresentarem garantia quanto à sua execução e quanto à guarda do material recolhido. Parágrafo 2º - Os projetos em cooperação técnica com instituições internacionais devem ser acompanhados de carta de aceitação da instituição científica brasileira corresponsável indicando a natureza dos compromissos assumidos pelas, tanto técnicos quanto financeiros. Artigo 6º - A SPHAN responderá aos pedidos referentes a pesquisas de campo e escavações em noventa dias, salvo se insatisfatoriamente instruídos, reiniciando-se a contagem do prazo a partir do cumprimento da exigência. Parágrafo único - A decisão considerará os critérios adotados para a valorização do sítio arqueológico e de todos os elementos que nele se encontrem, assim como as alternativas de aproveitamento máximo do seu potencial cientifico, cultural e educacional. Artigo 7º - As permissões e autorizações devem ser revalidadas a cada dois anos, contados da data de emissão do respectivo instrumento. Parágrafo único - Salvo motivo justificado, e a critério exclusivo da SPHAN, as permissões e autorizações só serão renovadas mediante a apresentação dos relatórios técnicos e a comprovação de que as informações científicas estão sendo divulgadas. Artigo 8º - A não apresentação dos relatórios técnicos por período igual ou superior a doze meses consecutivos acarretará o cancelamento da permissão e da autorização, ficando o pesquisador impedido de prosseguir nos trabalhos de campo e a área de pesquisa liberada para novos projetos.
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Artigo 9º - Os trabalhos de pesquisa serão efetuados sob permanente orientação do coordenador responsável, que não poderá transferir a terceiros os encargos da coordenação sem prévia anuência da SPHAN. Parágrafo único - O arqueólogo designado coordenador dos trabalhos será considerado, durante a realização das etapas de campo, fiel depositário do material arqueológico recolhido ou de estudo que lhe tenha sido confiado. Artigo 10º - Do brasileiro responsável pelo desenvolvimento de pesquisas realizadas por estrangeiros exigir-se-á o disposto no art. 9º. Artigo 11º - Os relatórios técnicos devem ser redigidos em língua portuguesa e entregues à SPHAN acompanhados das seguintes informações: I - cadastro, segundo formulário próprio, dos sítios arqueológicos encontrados durante os trabalhos de campo; II - meios utilizados durante os trabalhos, medidas adotadas para a proteção e conservação e descrição do material arqueológico, indicando a instituição responsável pela guarda e como será assegurado o desenvolvimento da proposta de valorização do potencial científico, cultural e educacional; III - planta(s) e fotos pormenorizadas do sítio arqueológico com indicação dos locais afetados pelas pesquisas e dos testemunhos deixados no loca; IV - foto do material arqueológico relevante; V - planta(s), desenhos e fotos das estruturas descobertas e das estratigráficas reconhecidas; VI - planta(s) com indicação dos locais onde se pretende o prosseguimento das pesquisas em novas etapas; VII - indicação dos meios de divulgação dos resultados Art. 12 - Terminada a pesquisa, o coordenador encaminhará à SPHAN, em língua portuguesa, o relatório final dos trabalhos, onde deverá constar: I - as informações relacionadas no art. 11, exceto a do item VI; II - listagem dos sítios arqueológicos cadastrados durante o desenvolvimento do projeto; III - relação definitiva do material arqueológico recolhido em campo e informações sobre seu acondicionamento e estocagem, assim como indicação precisa do responsável pela guarda e manutenção desse material. Art. 13 - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Augusto Carlos da Silva Telles Secretário da SPHAN Publicado no D.O U de 15.12 88
Consultoria e Projetos em Arqueologia 310
ANEXO C
Decreto n° 22872 de 7 de Maio de 2003 - Cria a Obrigatoriedade da Pesquisa
Arqueológica nas Obras de Intervenção Urbana.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 311
DECRETO Nº 22872 DE 7 DE MAIO DE 2003.
Cria a Obrigatoriedade da Pesquisa Arqueológica nas Obras de Intervenção Urbana.
O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais e,
Considerando a importância do patrimônio arqueológico pré-histórico e histórico da Cidade do Rio de Janeiro e a necessidade premente de incentivar ações voltadas para sua inserção nas políticas públicas do Município;
Considerando que a disciplina legal das atividades arqueológicas encontra-se definida na Lei Federal 3.924, de 26 de julho de 1961, que dispõe sobre os sítios arqueológicos e pré-históricos e na Portaria IPHAN n° 07, de 01 de dezembro de 1987, que regulamenta as pesquisas de campo e escavações arqueológicas;
Considerando o disposto na RESOLUÇÃO CONAMA nº 01, de 23 de janeiro de 1986, artigo 6.°, inciso I, alínea C, que inclui os sítios arqueológicos no diagnóstico ambiental da área de influência do projeto;
Considerando o contido na Lei Orgânica do Município, de 1990, em seus art. 342; 343, inciso II, parágrafo 2.°; 350; 422, parágrafo 1.° e 429, inciso IX;
Considerando as intervenções a serem implementadas pelo Projeto Rio Cidade e o disposto no Processo n° 12/000.810/2003,
DECRETA
Art, 1.° Todas as obras que envolvam intervenções urbanísticas e/ou topográficas realizadas pelo Poder Público Municipal - direta ou indiretamente, em áreas que sugiram interesse histórico, deverão prever estudos e acompanhamento com vistas a pesquisa arqueológica.
§ 1.° Os estudos definidos no caput indicarão a necessidade ou não de suplementação externa por contratação de pesquisa profissional diretamente ou através de instituições universitárias.
§ 2.° Para efeito deste artigo, serão observados os seguintes procedimentos técnicos:
a) os impactos deverão ser identificados e mitigados através de pesquisas arqueológicas, que constarão necessariamente de duas etapas:
1 - avaliação e diagnóstico;
2 - projeto de execução.
Art. 2.º Este Decreto entra em vigor na da de sua publicação.
Rio de janeiro, 7 de maio de 2003 - 439º ano da fundação da Cidade
CESAR MAIA
Consultoria e Projetos em Arqueologia 312
ANEXO D
Decreto n° 22873 de 7 de Maio de 2003 - Cria a Carta Arqueológica do Município do
Rio de Janeiro.
Consultoria e Projetos em Arqueologia 313
DECRETO Nº 22873 DE 7 DE MAIO DE 2003.
CRIA a Carta Arqueológica do Município do Rio de Janeiro.
O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais, e
CONSIDERANDO a necessidade de garantir a preservação dos sítios arqueológicos como legado às gerações futuras e proteger este potencial cultural para que seja estudado como devido, não só pelas instâncias públicas como pelas instituições científicas creditadas;
CONSIDERANDO a necessidade imediata de definir diretrizes para orientar a gestão do patrimônio arqueológico nas Áreas de Proteção do Ambiente Cultural e nos espaços que integram o território do município do Rio de Janeiro;
CONSIDERANDO o contido na Lei Orgânica do Município, de 1990, em seus art. 342; 343, inciso II, parágrafo 2º; 350; 422 parágrafos 1º e 429, inciso IX e o disposto no Processo Nº 12/000.809/2003,
DECRETA
Art. 1º - Fica instituída a figura da Carta Arqueológica do Município do Rio de Janeiro.
Art. 2º - A Carta Arqueológica consistirá no mapeamento, em escala cadastral, dos Sítios arqueológicos e das Áreas de Potencial Arqueológico do Município.
§ 1º - Entende-se por Área de Potencial Arqueológico, aquela que apresenta a probabilidade de ocorrência de vestígios materiais não documentados.
§ 2º - Os dados gerados pela Carta Arqueológica serão incorporados ao Sistema de Informação Geográfica do Município para divulgação e fruição pública das ações desenvolvidas na gestão municipal do patrimônio cultural.
Art. 3º - As disposições deste instrumento serão exercidas pela Secretaria Municipal das Culturas, através do seu Departamento Geral de Patrimônio Cultural-DGPC.
Art. 4º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.
Rio de Janeiro, 7 de maio de 2003
CESAR MAIA
Consultoria e Projetos em Arqueologia 314
ANEXO E
Inventário Projeto Morro de Santo Antônio / BNDES: Avenida República do Paraguai - Rio de Janeiro
(Etapa Diagnóstico)
Consultoria e Projetos em Arqueologia 315
Caixa n°
Emb. n°
Área Setor Nível Material Imagem Observações
0001 0001 J Poço teste 24 040-060 Ósseo
12 fragmentos de ósseo
0001 0002 A Poço teste 01 020-040 Ósseo
05 fragmentos de ósseo
0001 0003 A Poço teste 02 000-020 Ósseo
03 fragmentos de ósseo
0001 0004 A Poço teste 02 020-040 Ósseo
01 fragmento de ósseo
0001 0005 A Poço teste 05 000-020 Ósseo
09 fragmentos de ósseo
0001 0006 A Poço teste 06 020-040 Ósseo
06 fragmentos de ósseo
0001 0007 A Poço teste 06 000-020 Ósseo
04 fragmentos de ósseo
0001 0008 A Poço teste 09 020-040 Ósseo
01 fragmento de ósseo
0001 0009 A Poço teste 10 000-020 Ósseo
02 fragmentos de ósseo
0001 0010 C Poço teste 13 040-060 Ósseo
13 fragmentos de ósseo
0001 0011 E Poço teste 15 000-035 Ósseo
01 fragmento de ósseo
Consultoria e Projetos em Arqueologia 316
0001 0012 E Poço teste 15 000-035 Ósseo
03 fragmentos de ósseo
0001 0013 D Poço teste 17 070-090 Ósseo
01 fragmento de ósseo
0001 0014 D Poço teste 17 070-090 Ósseo
06 fragmentos de ósseo
0001 0015 E Poço teste 18 000-040 Ósseo
03 fragmentos de ósseo
0001 0016 C Poço teste 20 060-090 Ósseo
31 fragmentos de ósseo
0001 0017 C Poço teste 20 060-090 Ósseo
03 fragmentos de ósseo
0001 0018 D Poço teste 21 060-080 Ósseo
07 fragmentos de ósseo
0001 0019 D Poço teste 21 040-060 Ósseo
01 fragmento de ósseo
0001 0020 C Sondagem C1 080-100 Ósseo
34 fragmentos de ósseo
0001 0021 C Sondagem C1 060-080 Ósseo 36 fragmentos de ósseo
Consultoria e Projetos em Arqueologia 317
0001 0022 C Sondagem C1 100-120 Ósseo
06 fragmentos de ósseo
0001 0023 C Sondagem C1 020-040 Ósseo
15 fragmentos de ósseo
0001 0024 C Sondagem C1 000-020 Ósseo
04 fragmentos de ósseo
0001 0025 C Sondagem C1 000-020 Ósseo
03 fragmentos de ósseo
0001 0026 C Sondagem C1 040-060 Ósseo
03 fragmentos de ósseo
0002 0027 D Sondagem D1 000-020 Ósseo
02 fragmentos de ósseo
0002 0028 D Sondagem D1 020-040 Ósseo
17 fragmentos de ósseo
0002 0029 D Sondagem D1 060-080 Ósseo
07 fragmentos de ósseo
0002 0030 D Sondagem D1 040-060 Ósseo
25 fragmentos de ósseo
0002 0031 D Sondagem D1 040-060 Ósseo
34 fragmentos de ósseo
Consultoria e Projetos em Arqueologia 318
0002 0032
E Sondagem E1 000-020 Ósseo
01 fragmento de ósseo
0002 0033 F Sondagem F1 000-020 Ósseo
03 fragmentos de ósseo
0002 0034 G Sondagem
G1 000-020 Ósseo
03 fragmentos de ósseo
0002 0035 G Sondagem
G1 020-040 Ósseo
15 fragmentos de ósseo
0002 0036 G Sondagem
G1 040-060 Ósseo
06 fragmentos de ósseo
0002 0037 H Sondagem H1 000-020 Ósseo
03 fragmentos de ósseo
0002 0038 I Sondagem I1 020-040 Ósseo
08 fragmentos de ósseo
0002 0039 G ----- Coleta
superficial Ósseo
10 fragmentos de ósseo
0002 0040 D Sondagem D1 000-020 Malacológico
01 peça de malacológico
0002 0041 C Sondagem C1 000-020 Malacológico
01 peça e malacológico - gastrópoda
0002 0042 C ----- Coleta
superficial Malacológico
01 peça de malacológico -
gastrópoda
0002 0043 E ----- Coleta
superficial Malacológico
01 peça de malacológico -
gastropóda
Consultoria e Projetos em Arqueologia 319
0003 0044 A Poço teste 01 020-040 Telhas
01 fragmento de telha Francesa tipo III
03 fragmentos de telhas colonial tipo I
0003 0045 J Poço teste 24 020-040 Telhas
02 fragmentos de telhas colonial tipo I
0003 0046 A Poço teste 02 020-040 Telhas
03 fragmentos de telhas francesas tipo III
03 fragmentos de telhas colonial tio I
0003 0047 A Poço teste 03 000-020 Telhas
01 fragmento de telha colonial tipo I
01 fragmento de telha francesa tipo III
0003 0048 A Poço teste 05 000-020 Telhas
01 fragmento e telha francesa tipo III
0003 0049 A Poço teste 09 020-040 Telhas
03 fragmentos de telha colonial tipo III
0003 0050 A Poço teste 11 020-040 Telhas
01 fragmento de telha colonial tipo I
0003 0051 A Poço teste 12 020-040 Telhas
01 fragmento de telha colonial tipo I
0003 0052 D Poço teste 17 070-090 Telhas
01 fragmento de telha francesa tipo III
01 fragmento de telha colonial tipo I
0003 0053 E Poço teste 15 000-035 Telhas
01 fragmento de telha colonial tipo I
0003 0054 C Poço teste 20 060-090 Telhas
01 fragmento de telha colonial tipo I
0003 0055 E Poço teste 18 000-040 Telhas
01 fragmento de telha colonial tipo I
Consultoria e Projetos em Arqueologia 320
0003 0056 C Poço teste 20 040-060 Telhas
02 fragmentos de telha colonial tipo I
0003 0057 A Poço teste 06 020-040 Telhas
01 fragmento de telha colonial tipo I
0003 0058 C Sondagem C1 080-100 Telhas
07 fragmentos de telha colonial tipo I
0003 0059 C Sondagem C1 060-080 Telhas
02 fragmentos de telha colonial tipo I
0003 0060 D Sondagem D1 040-060 Telhas
04 fragmentos de telha colonial tipo I
Tipo 0003 0061 C Sondagem C1 020-040 Telhas
01 fragmento de telha colonial tipo I
01 fragmento de telha amianto tipo V
0003 0062 D Sondagem D1 000-020 Telhas
01 fragmento de telha colonial tipo I
01 fragmento de telha amianto tipo V
0003 0063 G Sondagem
G1 000-020 Telhas
01 fragmento de telha colonial tipo I
0003 0064 G Sondagem
G1 020-040 Telhas
03 fragmentos de telha colonial tipo I
0003 0065 H Sondagem H1 000-020 Telhas
01 fragmento de telha amianto tipo V
02 fragmentos de telha colonial tipo I
0003 0066 I Sondagem I1 020-040 Telhas
01 fragmento de telha colonial tipo I
0003 0067 A ----- Coleta
superficial Telhas
01 fragmento de telha francesa tipo III
04 fragmentos de telha colonial tipo I
Consultoria e Projetos em Arqueologia 321
0003 0068 C ----- Coleta
superficial Telhas
01 fragmento de telha colonial tipo I
0003 0069 D ----- Coleta
superficial Telhas
01 fragmento de telha amianto tipo V
0003 0070 D ----- Coleta
superficial Telhas
02 fragmentos de telha colonial tipo I
0003 0071 E ----- Coleta
superficial Telhas
01 fragmento de telha francesa tipo III
0003 0072 H ----- Coleta
superficial Telhas
03 fragmentos de telha francesa tipo III
0003 0073 I ----- Coleta
superficial Telhas
01 fragmento de telha francesa tipo III
0003 0074 J Poço teste 24 020-040 Telhas
01 fragmento de telha amianto tipo V
0003 0075 J Poço teste 27 000-020 Telhas
02 fragmentos de telha colonial tipo I
0004 0076 A Poço teste 01 020-040 Louça
03 fragmentos de faiança pintada tipo VII
azul 01 fragmento de louça
pintada tipo III azul
0004 0077 J Poço teste 24 020-040 Louça
05 fragmentos de louça pintada tipo III azul
01 fragmento de louça simples tipo I
01 fragmento de louça simples tipo II
0004 0078 A Poço teste 02 000-020 Louça
01 fragmento de faiança pintada tipo VII azul
0004 0079 A Poço teste 02 020-040 Louça
01 fragmento de faiança tipo V
01 fragmento de louça pintada tipo III azul
Consultoria e Projetos em Arqueologia 322
0004 0080 A Poço teste 05 000-020 Louça
02 fragmentos de faiança pintada tipo V
azul
0004 0081 A Poço teste 05 000-020 Louça
01 fragmento de louça simples tipo II
01 fragmento de louça pintada tipo III azul 07 fragmentos de
faiança pintada tipo VII marrom, azul e verde.
0004 0082 A Poço teste 06 000-020 Louça
01 fragmento de faiança tipo V
0004 0083 A Poço teste 09 020-040 Louça
01 fragmento de louça pintada tipo III azul
0004 0084 C
Poço teste 13 040-060 Louça
01 fragmento de louça pintada tipo III azul 02 fragmentos de
faiança pintada tipo VII azul
07 fragmentos de faiança simples tipo V
0004 0085 D Poço teste 14 000-055 Louça
01 fragmento de louça simples tipo I
01 fragmento de louça pintada tipo III azul 04 fragmentos de
faiança pintada tipo VII azul e marrom
0004 0086 E Poço teste 15 000-035 Louça
01 fragmento de louça simples tipo I
01 fragmento de faiança pintada tipo VII azul
0004 0087 D Poço teste 17 070-090 Louça
01 fragmento de faiança simples tipo V
01 fragmento de faiança pintada tipo VII azul
0004 0088 D Poço teste 17 070-090 Louça
03 fragmentos de louça simples tipo I
01 fragmento de faiança pintada tipo VII azul
07 fragmentos de louça pintada tipo III azul
0004 0089 E Poço teste
18 000-040 Louça
05 fragmentos de louça simples tipo I
0004 0090 A Poço teste 08 020-040 Louça
01 fragmento de louça simples tipo I
Consultoria e Projetos em Arqueologia 323
0004 0091 C Poço teste 20 060-090 Louça
02 fragmentos de faiança simples tipo V
0004 0092 D Poço teste 21 040-060 Louça
04 fragmentos de louça simples tipo I
03 fragmentos de faiança pintada tipo VII
azul 02 fragmentos de louça
pintada tipo III
0004 0093 D Poço teste 17 070-090 Louça
01 fragmento de louça pintada tipo III azul 02 fragmentos de
faiança pintada tipo VII azul
0004 0094 C Sondagem C1 000-020 Louça
01 fragmento de louça simples tipo I
05 fragmentos de louça simples tipo II
01 fragmento de louça pintada tipo III azul
0004 0095 C Sondagem C1 000-020 Louça
01 fragmento de louça simples tipo I
01 fragmento de louça pintada tipo III azul
0004 0096 C Sondagem C1 020-040 Louça
05 fragmentos de louça simples tipo I
02 fragmentos de faiança simples tipo V
03 fragmentos de louça pintada tipo III azul,
verde
0004 0097 C Sondagem C1 080-100 Louça
19 fragmentos de faiança pintada tipo VII
azul 02 fragmentos de louça
simples tipo I 01 fragmento de louça
pintada tipo III azul
0004 0098 C Sondagem C1 020-040 Louça
01 fragmento de louça sanitária tipo I
0004 0099 D Sondagem D1 040-060 Louça
32 fragmentos de faiança pintada tipo VII
13 fragmentos de faiança simples tipo V
06 fragmentos de louça simples tipo I
03 fragmentos de louça pintada tipo III
0004 0100 C Sondagem C1 020-040 Louça
01 fragmento de porcelana simples tipo
IX 02 fragmentos de
porcelana pintada tipo XI verde e azul
02 fragmentos de porcelana sanitária tipo
X
Consultoria e Projetos em Arqueologia 324
0004 0101 C Sondagem C1 000-020 Louça
05 fragmentos de louça simples tipo I
02 fragmentos de louça sanitária tipo I
0004 0102 D Sondagem D1 060-080 Louça
03 fragmentos de louça simples tipo I
01 fragmento de louça simples tipo II
0004 0103 D Sondagem D1 020-040 Louça
09 fragmentos de faiança pintada tipo VII
azul 01 fragmento de louça pintada tipo III verde
0004 0104 F Sondagem F1 000-020 Louça
07 fragmentos de louça simples tipo I
02 fragmentos de faiança simples tipo V
0004 0105 G Sondagem
G1 020-040 Louça
03 fragmentos de louça simples tipo I
01 fragmento de louça pintada tipo III azul 02 fragmentos de
faiança simples tipo V 02 fragmentos de
faiança pintada tipo VII
0004 0106 G Sondagem
G1 000-020 Louça
05 fragmentos de louça simples tipo I
0004 0107 G Sondagem
G1 020-040 Louça
01 fragmento de louça pintada tipo III azul
01 fragmento de faiança simples tipo V
0004 0108 C Sondagem C1 060-080 Louça
16 fragmentos de faiança pintada tipo VII
azul 03 fragmentos de louça
simples tipo I
0004 0109 C Sondagem C1 060-080 Louça
03 fragmentos de louça pintada tipo III azul
0004 0110 C Poço teste 13 040-060 Louça
02 fragmentos de porcelana simples tipo
IX
0004 0111 A ----- Coleta
superficial Louça
02 fragmentos de louça simples tipo I
06 fragmentos de louça pintada tipo III azul
01 fragmento de faiança pintada tipo VI
Consultoria e Projetos em Arqueologia 325
0004 0112 A ----- Coleta
superficial Louça
01 fragmento de porcelana pintada tipo
XI azul 01 fragmento de
porcelana simples tipo IX
0004 0113 B ----- Coleta
superficial Louça
01 fragmento de louça sanitária tipo I
05 fragmentos de louça simples tipo I
01 fragmento de louça pintada tipo III
01 fragmento de louça simples tipo II
0004 0114 C ----- Coleta
superficial Louça
03 fragmentos de louça simples tipo I
03 fragmentos de faiança pintada tipo VI
0004 0115 D ----- Coleta
superficial Louça
04 fragmentos de louça simples tipo I
01 fragmento de louça tipo III
01 fragmento de porcelana tipo X
0004 0116 D ----- Coleta
superficial Louça
03 fragmentos de porcelana pintada tipo
III verde 02 fragmentos de louça
simples tipo I 02 fragmentos de
faiança pintada tipo VII azul
02 fragmentos de porcelana simples com
relevo
0004 0117 D ----- Coleta
superficial Louça
02 fragmentos de louça sanitária tipo I
0004 0118 D ----- Coleta
superficial Louça
04 fragmentos de louça simples tipo I
03 fragmentos de louça pintada tipo III azul e
verde
0004 0119 E ----- Coleta
superficial Louça
01 fragmento de louça sanitária tipo I
0004 0120 E ----- Coleta
superficial Louça
05 fragmentos de louça simples tipo I
03 fragmentos de louça pintada tipo III
0004 0121 E ----- Coleta
superficial Louça
02 fragmentos de louça simples tipo I
02 fragmentos de porcelana simples tipo
IX 01 fragmento de louça
tipo simples tipo II 01 fragmento de louça pintada tipo III verde
Consultoria e Projetos em Arqueologia 326
0004 0122 F ----- Coleta
superficial Louça
04 fragmentos de porcelana simples tipo
IX 04 fragmentos de louça
pintada tipo III 14 fragmentos de louça
simples tipo I 01 fragmento de louça
simples tipo II
0004 0123 F ----- Coleta
superficial Louça
01 fragmento de porcelana pintada tipo
XII 01 fragmento de
porcelana pintada tipo XI
02 fragmentos de porcelana simples tipo
X 02 fragmentos de
porcelana simples tipo IX
01 fragmento de louça simples tipo II
01 fragmento de louça simples tipo I
0004 0124 F ----- Coleta
superficial Louça
05 fragmentos de louça simples tipo I
01 fragmento de louça pintada tipo III azul
01 fragmento de louça sanitária tipo I
03 fragmentos de faiança pintada tipo VII
azul
0004 0125 I ----- Coleta
superficial Louça
04 fragmentos de louça tipo III
02 fragmentos de louça tipo I
01 fragmento de faiança tipo VII
04 fragmentos de porcelana pintada tipo
XI 03 fragmentos de
porcelana simples tipo IX
0004 0126 K ----- Coleta
superficial Louça
04 fragmentos de porcelana simples tipo
IX 04 fragmentos de louça
pintada tipo III azul, marrom,
01 fragmento de louça tipo IV rosa e verde
0004 0127 D Sondagem D1 040-060 Louça
01 fragmento de faiança simples tipo V
0004 0128 D Sondagem D1 040-060 Louça
05 fragmentos de louça simples tipo I
02 fragmentos de faiança pintada tipo VII
azul
Consultoria e Projetos em Arqueologia 327
0005 0129 A Poço teste 01 020-040 Vidro
01 fragmento de vidro tipo III-a
01 fragmento de vidro tipo III-b
04 fragmentos de vidro tipo I-c
0005 0130 A Poço teste 02 020-040 Vidro
02 fragmentos de vidro tipo III-a
02 fragmentos de vidro tipo I-b
0005 0131 A Poço teste 03 000-020 Vidro
02 fragmentos de vidro tipo III-a
02 fragmentos de vidro tipo I-c
0005 0132 A Poço teste 05 000-020 Vidro
03 fragmentos de vidro tipo I-c
0005 0133 A Poço teste 05 020-040 Vidro
01 fragmento de vidro tipo III-a
0005 0134 A Poço teste 09 020-040 Vidro
03 fragmentos de vidro tipo I-c
01 fragmento de vidro tipo III-a
01 fragmento de vidro de iluminaria tipo II-f
0005 0135 A Poço teste 12 020-040 Vidro
01 fragmento de vidro tipo III-a
0005 0136 A Poço teste 08 020-040 Vidro
01 fragmento de vidro tipo I-c
0005 0137 D Poço teste 14 000-055 Vidro
01 fragmento de vidro tipo III-a
04 fragmentos de vidro tipo I-c
0005 0138 C Poço teste 13 040-060 Vidro
01 fragmento de vidro tipo I-c
01 fragmento de vidro tipo II-a
0005 0139 E Poço teste 15 000-035 Vidro
10 fragmentos de vidro tipo III-a
02 fragmentos de vidro tipo I-c
0005 0140 D Poço teste 17 000-020 Vidro
16 fragmentos de vidro tipo I-c
01 fragmento de vidro tipo III-a
02 fragmentos de vidro tipo IV-d
Consultoria e Projetos em Arqueologia 328
0005 0141 E Poço teste 18 000-040 Vidro
20 fragmentos de vidro tipo I-c
06 fragmentos de vidro tipo III-a 01 frasco
0005 0142 C Poço teste 20 060-090 Vidro
04 fragmentos de vidro tipo III-a
04 fragmentos de vidro tipo I-c
0005 0143 D Poço teste 21 040-060 Vidro
07 fragmentos de vidro tipo I-c
02 fragmentos de vidro tipo III-a
0005 0144 K Poço teste 28 000-020 Vidro
05 fragmentos de vidro tipo II-a
0005 0145 A Poço teste 01 020-040 Vidro
04 fragmentos de vidro tipo III-a
0005 0146 C Sondagem C1 060-080 Vidro
02 fragmentos de vidro tipo I-c
0005 0147 C Sondagem C1 040-060 Vidro
06 fragmentos de vidro tipo III-a
01 fragmento de vidro tipo I-b
0005 0148 C Sondagem C1 020-040 Vidro
17 fragmentos de vidro tipo III-a
06 fragmentos de vidro tipo I-c
0005 0149 C Sondagem C1 080-100 Vidro
05 fragmentos de vidro tipo I-c
0005 0150 D Sondagem D1 000-020 Vidro
01 garrafa 02 fragmentos de vidro
tipo II-a 01 fragmento de vidro
tipo I-b 05 fragmentos de vidro
tipo III-a
Consultoria e Projetos em Arqueologia 329
0005 0151 D Sondagem D1 040-060 Vidro
01 frasco 19 fragmentos de vidro
tipo I-c 02 fragmentos de vidro
tipo III-a
0005 0152 E Sondagem E1 000-020 Vidro
02 fragmentos de vidro tipo III-a
02 fragmentos de vidro tipo I-c
0005 0153 D Sondagem D1 060-080 Vidro
02 fragmentos de vidro tipo I-c
0006 0154 F Sondagem F1 000-020 Vidro
07 fragmentos de vidro tipo I-c
02 fragmentos de vidro tipo III-a
01 fragmento de vidro tipo I-b
0006 0155 G Sondagem
G1 000-020 Vidro
01 fragmento de vidro tipo I-c
01 fragmento de vidro tipo I-b
0006 0156 K Sondagem K1 Coleta
superficial Vidro
19 fragmentos de vidro tipo I-c
01 fragmento de vidro tipo III-a
0006 0157 A Sondagem A1 ----- Vidro
01 frasco 02 fragmentos de vidro
tipo III-b
0006 0158 A Sondagem A1 Coleta
superficial Vidro
06 fragmentos de vidro tipo I-c
01 fragmento de vidro tipo III-a
0006 0159 B ----- Coleta
superficial Vidro
05 fragmentos de vidro tipo I-b
01 fragmento de vidro tipo I-c
01 fragmento de vidro tipo III-a
0006 0160 C ----- Coleta
superficial Vidro
02 fragmentos de vidro tipo I-c
Consultoria e Projetos em Arqueologia 330
0006 0161 D ----- Coleta
superficial Vidro
01 fragmento de vidro tipo III-a
03 fragmentos de vidro tipo I-c
0006 0162 D ----- Coleta
superficial Vidro
02 frascos 03 fragmentos de vidro
tipo I-b 04 fragmentos de vidro
tipo I-c 02 fragmentos de II-f
0006 0163 D ----- Coleta
superficial Vidro
08 fragmentos de vidro tipo III-a
05 fragmentos de vidro tipo I-c
0006 0164 E ----- Coleta
superficial Vidro
14 fragmentos de vidro tipo I-b
10 fragmentos de vidro tipo III-a
0006 0165 E ----- Coleta
superficial Vidro
09 fragmentos de vidro tipo I-c
0006 0166 E ----- Coleta
superficial Vidro
01 frasco
0006 0167 F ----- Coleta
superficial Vidro
14 frascos 01 êmbolo de seringa
0005 0168 G ----- Coleta
superficial Vidro
36 fragmentos de vidro tipo I-c
02 frasco 01 fragmento de vidro
tipo I-b 04 fragmentos de vidro
tipo III-a 01 fragmento de vidro
tipo II-d 01 fragmento de vidro
tipo II-b
0005 0169 G ----- Coleta
superficial Vidro
02 frascos tipo 01 fragmento de vidro
tipo I-c
0005 0170 H ----- Coleta
superficial Vidro
17 fragmentos de vidro tipo I-c
02 peças de vidro tipo I-b
03 fragmentos de vidro tipo I-b
01 fragmento de vidro tipo III-a
Consultoria e Projetos em Arqueologia 331
0006 0171 K ----- Coleta
superficial Vidro
18 fragmentos de vidro tipo I-c
04 fragmentos de vidro tipo III-a
01 fragmento de vidro tipo III-b 01 frasco
04 fragmentos de vidro tipo I-b
01 ampola
0006 0172 K ----- Coleta
superficial Vidro
01 ampola
0004 0173 G ----- Coleta
superficial Louça
01 fragmento de louça simples tipo I
0004 0174 I ----- Coleta
superficial Louça
01 fragmento de louça simples tipo I
0007 0175 E ----- Coleta
superficial
Ladrilho
hidráulico
01 fragmento de ladrilho hidráulico tipo III
0007 0176 H ----- Coleta
superficial
Ladrilho
hidráulico
01 fragmento de ladrilho hidráulico tipo II
0007 0177 I ----- Coleta
superficial
Ladrilho
hidráulico
01 fragmento de ladrilho hidráulico tipo III
0007 0178 I ----- Coleta
superficial
Ladrilho
hidráulico
01 fragmento de ladrilho hidráulico tipo III
0007 0179 C ----- Coleta
superficial
Ladrilho
hidráulico
01 fragmento de ladrilho hidráulico tipo III
0004 0180 C ----- Coleta
superficial Plástico
01 fragmento de plástico
Consultoria e Projetos em Arqueologia 332
0004 0181 C Sondagem C1 020-040 Plástico
01 fragmento de plástico
0004 0182 K ----- Coleta
superficial Plástico
01 peça de plástico
0005 0183 D Sondagem D1 020-040 Vidro
04 fragmentos de vidro tipo I-c
01 fragmento de vidro tipo III-a
0002 0184 A ----- Coleta
superficial Malacológico
01 fragmento de malacológico -
gastrópoda
0002 0185 C Sondagem C1 060-080 Malacológico
01 fragmento de malacológico
0007 0186 A Poço teste 01 020-040 Ladrilho
02 fragmentos de ladrilho tipo I
01 fragmento de ladrilho tipo VII
0007 0187 A Poço teste 02 020-040 Ladrilho
03 fragmentos de ladrilho tipo VII
01 fragmento de ladrilho tipo I
0007 0188 A Poço teste 05 000-020 Ladrilho
01 fragmento de ladrilho tipo VII
0007 0189 A Poço teste 08 020-040 Ladrilho
01 fragmento de ladrilho tipo VII
0007 0190 D Poço teste 17 070-090 Ladrilho
01 fragmento de ladrilho tipo VII
0007 0191 E Poço teste 18 000-040 Ladrilho
02 fragmentos de ladrilho tipo I
0007 0192 D Poço teste 21 040-060 Ladrilho
02 fragmentos de ladrilho tipo VII
Consultoria e Projetos em Arqueologia 333
0007 0193 J Poço teste 27 000-020 Ladrilho
01 fragmento de ladrilho tipo I
03 fragmentos de ladrilho tipo VII
0007 0194 C Sondagem C1 020-040 Ladrilho
05 fragmentos de ladrilho tipo I
01 fragmento de ladrilho tipo III
0007 0195 C Sondagem C1 080-100 Ladrilho
03 fragmentos de louça tipo VII
0007 0196 C Sondagem C1 100-120 Ladrilho
01 fragmento de ladrilho tipo VII
0007 0197 C Sondagem C1 060-080 Ladrilho
03 fragmentos de louça tipo VII
0007 0198 C Sondagem C1 000-020 Ladrilho
01 fragmento de ladrilho tipo III amarelo
0007 0199 F Sondagem F1 000-020 Ladrilho
01 fragmento de louça tipo VII
0007 0200 D ----- Coleta
superficial Ladrilho
01 fragmento de ladrilho tipo VII
0007 0201 D ----- Coleta
superficial Ladrilho
01 fragmento de ladrilho tipo I
0007 0202 E ----- Coleta
superficial Ladrilho
01 fragmento de ladrilho tipo I
0007 0203 F ----- Coleta
superficial Ladrilho
01 fragmento de ladrilho tipo I
0007 0204 G ----- Coleta
superficial Ladrilho
01 fragmento de ladrilho tipo I
01 fragmento de ladrilho tipo II
Consultoria e Projetos em Arqueologia 334
0007 0205 G ----- Coleta
superficial Ladrilho
18 fragmentos de ladrilho tipo I
03 fragmentos de ladrilhos tipo III
0007 0206 K ----- Coleta
superficial Ladrilho
04 fragmentos de
ladrilhos tipo III
03 fragmentos de
ladrilhos tipo I
0007 0207 D Poço teste 14 000-055 Ladrilho
01 fragmento de ladrilho tipo I
0007 0208 A Poço teste 01 020-040 Piso cerâmico
01 fragmento de piso cerâmico tipo I
0007 0209 A Poço teste 03 000-020 Piso cerâmico
01 fragmento de mármore
0007 0210 C Sondagem C1 060-080 Piso cerâmico
01 fragmento de piso cerâmico tipo I pastilha
0007 0211 C Sondagem C1 060-080 Piso cerâmico
01 fragmento de piso cerâmico tipo I
0007 0212 C ----- Coleta
superficial Piso cerâmico
01 fragmento de piso cerâmico tipo I
0007 0213 F ----- Coleta
superficial Ladrilho
01 peça de piso cerâmico tipo I
0008 0214 A Poço teste 01 020-040 Cerâmica
07 fragmentos de cerâmica tipo I
01 fragmento de cerâmica tipo VIII
0008 0215 A Poço teste 02 020-040 Cerâmica
01 fragmento de cerâmica tipo I
01 fragmento de cerâmica tipo VIII
Consultoria e Projetos em Arqueologia 335
0008 0216 A Poço teste 03 000-020 Cerâmica
01 fragmento de cerâmica tipo II
0008 0217 A Poço teste 05 000-020 Cerâmica
01 fragmento de cerâmica tipo VIII
0008 0218 A Poço teste 06 020-040 Cerâmica
01 fragmento de cerâmica tipo VIII 01 fragmento de cerâmica tipo II 01 fragmento de cerâmica tipo I
0008 0219 A Poço teste 09 020-040 Cerâmica
01 fragmento de cerâmica tipo VIII 02 fragmentos de cerâmica tipo II
0008 0220 A Poço teste 11 020-040 Cerâmica
01 fragmento de cerâmica tipo VIII
0008 0221 A Poço teste 13 040-060 Cerâmica
02 fragmentos de cerâmica tipo II 01 fragmento de cerâmica tipo I
02 fragmentos de cerâmica tipo VIII
0008 0222 D Poço teste 14 000-055 Cerâmica
02 fragmentos de cerâmica tipo I
0008 0223 E Poço teste 15 000-035 Cerâmica
01 fragmento de cerâmica tipo I
01 fragmento de cerâmica tipo VIII
0008 0224 D Poço teste 17 070-090 Cerâmica
02 fragmentos de cerâmica tipo I
02 fragmentos de cerâmica tipo II 01 fragmento de cerâmica tipo VIII
0008 0225 E Poço teste18 000-040 Cerâmica
02 fragmentos de cerâmica tipo I
0008 0226 C Poço teste 20 060-090 Cerâmica
02 fragmentos de cerâmica tipo I
Consultoria e Projetos em Arqueologia 336
0008 0227 D Poço teste 21 060-080 Cerâmica
05 fragmentos de cerâmica tipo I
06 fragmentos de cerâmica tipo VIII
0008 0228 C Sondagem C1 000-020 Cerâmica
01 fragmento de cerâmica tipo I
0008 0229 C Sondagem C1 020-040 Cerâmica
04 fragmentos de cerâmica tipo II
02 fragmentos de cerâmica tipo VIII
0008 0230 C Sondagem C1 000-020 Cerâmica
01 fragmento de cerâmica tipo I
01 fragmento de cerâmica tipo II
0008 0231 C Sondagem C1 060-080 Cerâmica
17 fragmentos de cerâmica tipo VIII 13 fragmentos de
cerâmica tipo I 01 fragmento de cerâmica tipo II
0008 0232 C Sondagem C1 060-080 Cerâmica
01 fragmento de cerâmica tipo VIII
0008 0233 C Sondagem C1 060-080 Cerâmica
01 peça de cerâmica tipo X
0008 0234 C Sondagem C1 080-100 Cerâmica
16 fragmentos de cerâmica tipo VIII 04 fragmentos de cerâmica tipo II
07 fragmentos de cerâmica tipo I
0008 0235 C Sondagem C1 100-120 Cerâmica
04 fragmentos de cerâmica tipo VIII
0008 0236 D Sondagem D1 040-060 Cerâmica
09 fragmentos de cerâmica tipo VIII
Consultoria e Projetos em Arqueologia 337
0008 0237 D Sondagem D1 040-060 Cerâmica
01 fragmento de cerâmica tipo II
03 fragmentos de vidro tipo I
0008 0238 D Sondagem D1 000-020 Cerâmica
03 fragmentos de cerâmica tipo II
0008 0239 D Sondagem D1 040-060 Cerâmica
01 fragmento de cerâmica tipo X
0008 0240 D Sondagem D1 020-040 Cerâmica
05 fragmentos de cerâmica tipo VIII 04 fragmentos de
cerâmica tipo I
0008 0241 D Sondagem D1 060-080 Cerâmica
03 fragmentos de cerâmica tipo VIII 01 fragmento de cerâmica tipo II
03 fragmentos de cerâmica tipo I
0008 0242 E Sondagem E1 000-020 Cerâmica
01 fragmento de cerâmica tipo VIII
0008 0243 F Sondagem F1 000-020 Cerâmica
01 fragmento de cerâmica tipo VIII 01 fragmento de cerâmica tipo I
0008 0244 G Sondagem
G1 000-020 Cerâmica
03 fragmentos de cerâmica tipo I
0008 0245 G Sondagem
G1 020-040 Cerâmica
02 fragmentos de cerâmica tipo VIII
0008 0246 I Sondagem I 020-040 Cerâmica
01 fragmento de cerâmica tipo VIII 01 fragmento de cerâmica tipo I
0008 0247 A ----- Coleta
superficial Cerâmica
01 fragmento de cerâmica tipo I
0008 0248 D ----- Coleta
superficial Cerâmica
01 fragmento de cerâmica tipo VIII
Consultoria e Projetos em Arqueologia 338
0008 0249 D ----- Coleta
superficial Cerâmica
02 fragmentos de cerâmica tipo I
0008 0250 D ----- Coleta
superficial Cerâmica
25 fragmentos de cerâmica tipo I
32 fragmentos de cerâmica tipo VIII 01 fragmento de cerâmica tipo II
0008 0251 G ----- Coleta
superficial Cerâmica
01 fragmento de cerâmica tipo I
0008 0252 G ----- Coleta
superficial Cerâmica
04 fragmentos de cerâmica tipo I
0008 0253
J
----- Coleta
superficial Cerâmica
02 fragmentos de cerâmica tipo I
0003 0254 k ----- Coleta
superficial Telha
02 fragmentos de telha tipo I
0004 0255 A Poço teste 05 000-020 Lítico
01 fragmento de lítio
0004 0256 E Poço teste 15 000-035 Louça
01 fragmento de louça pintada tipo III
0004 0257 F Sondagem F1 000-020 NI
01 fragmento NI
0009 0258 A Poço teste 01 020-040 Metal
03 fragmentos de metal
Consultoria e Projetos em Arqueologia 339
0009 0259 J Poço teste 24 020-040 Metal
01 fragmento de metal
0009 0260 A Poço teste 01 020-040 Metal
01 fragmento de metal
0009 0261 C Poço teste 13 040-060 Metal
01 fragmento de metal
0009 0262 C Poço teste 13 040-060 Metal
01 fragmento de metal
0009 0263 D Poço teste 14 000-055 Metal
01 moeda de metal
0009 0264 D Poço teste 17 070-090 Metal
06 fragmentos de metal
0009 0265 E Poço teste 18 000-040 Metal
04 fragmentos de metal
0009 0266 D Poço teste 21 060-080 Metal
03 fragmentos de metal
0009 0267 C Sondagem C1 000-020 Metal
13 fragmentos de metal
0009 0268 C Poço teste 13 060-080 Metal
12 fragmentos de metal
0009 0269 C Poço teste 13 020-040 Metal
16 fragmentos de metal
0009 0270 C Sondagem C1 040-060 Metal
09 fragmentos de metal
Consultoria e Projetos em Arqueologia 340
0009 0271 C Sondagem C1 060-080 Metal
06 fragmentos de metal
0009 0272 C Sondagem C1 060-080 Metal
04 fragmentos de metal
0009 0273 C Sondagem C1 040-060 Metal
04 fragmentos de metal
0009 0274 D Sondagem D1 000-020 Metal
01 peça de metal
0009 0275 D Sondagem D1 040-060 Metal
02 fragmentos de metal
0009 0276 D Sondagem D1 060-080 Metal
02 fragmentos de metal
0009 0277 D Sondagem D1 020-040 Metal
10 fragmentos de metal
0009 0278 D Sondagem D1 000-020 Metal
10 fragmentos de metal
0009 0279 D Sondagem D1 040-080 Metal
06 fragmentos de metal
0009 0280 D Sondagem D1 040-060 Metal
14 fragmentos de metal
0009 0281 K Sondagem K1 Coleta
superficial Metal
01 fragmento de metal
0009 0282 K Sondagem K1 Coleta
superficial Metal
03 fragmentos de metal
Consultoria e Projetos em Arqueologia 341
0009 0283 B ----- Coleta
superficial Metal
02 fragmentos de metal
0009 0284 G ----- Coleta
superficial Metal
02 fragmentos de metal
0009 0285 H ----- Coleta
superficial Metal
01 peça de metal
0009 0286 H ----- Coleta
superficial Metal
03 fragmentos de metal
0009 0287 I ----- Coleta
superficial Metal
06 fragmentos de metal
0009 0288 K Sondagem K1 Coleta
superficial Metal
01 fragmento de metal
0009 0289 K ----- Coleta
superficial Metal
01 fragmento de metal
0004 0290 K ----- Coleta
superficial Louça
07 fragmentos de louça tipo III
0008 0291 D ----- Coleta
superficial Encanamento
01 fragmento de encanamento - manilha
tipo I
0008 0292 D Sondagem D1 040-060 Stoneware
01 fragmento de stoneware
0004 0293 E ----- Coleta
superficial Louça
01 fragmento de louça tipo III
Consultoria e Projetos em Arqueologia 342
GRIFO - Consultoria e Projetos em Arqueologia.
0003 0294 D ----- Coleta
superficial Telha
01 fragmento de telha tipo I
0004 0295 H ----- Coleta
superficial Louça
01 fragmento de porcelana tipo XI III