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    Braslia-DF An XXXIX N 213 EspEcialDEzEmbro2011 Centr de Cmunica Scial d Exrcit

    Planejamento, organizao e execuo.Conhea os bastidores dos 5 JMM

    Brasil-Campeo o esporte comoinstrumento da Paz

    O Exrcito Brasileironos 5 Jogos

    Mundiais Militares

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    3 An XXXIX N 213 EspEcialDEzEmbro 2011

    Gen Div Carlos Alberto Neiva BarcellosChefe do CCOMSEx

    ANo XXXIX N 213 EspEcialDEzEmbro 2011

    Editorial

    Chefe do CCOMSE:Gen Div Carlos Alberto Neiva Barcellos

    Subchefe do CCOMSE:Cel Inf QEMA KeplerSantos de Oliveira Bastos

    Chefe de Produo e Divulgao:Cel Cav QEMA Nilson Kazumi Nodiri

    CONSELHO EDITORIALCel Art QEMA Guido Amin NavesCel Cav QEMA Nilson Kazumi NodiriCel R/1 Jefferson dos Santos Motta

    SUPERVISO TCNICACel R/1 Jefferson dos Santos Motta

    REDAOMaj QCO Edson de Campos SouzaMaj QCO Maurcio Infante MendonaCap QCO Cacilda Leal do Nascimento

    PROJETO GRFICO1 Ten QAO Adm G Osmar Leo Rodrigues

    1 Ten QCO Karla Roberta Holanda Gomes Moreira1 Ten QAO Sau Eduardo Augusto de Oliveira2 Ten QAO Adm G Pallemberg Pinto de Aquino2 Sgt Inf Fabiano Mache

    DIAGRAMAO1 Ten QAO Sau Eduardo Augusto de Oliveira

    COORDENAO E DISTRIBUIOCentro de Comunicao Social do Exrcito

    IMPRESSOGrfica Total Editora,Rua Presidente Prudente, 252 Andar 01 Cj. 02 Pq. Empresarial Anhanguera Cajamar SPCEP 07750-000 Tel. (11) 7718-2876

    PERIODICIDADETrimestral

    TIRAGEM50.000 exemplares Circulao dirigida

    (no Pas e no exterior)

    FOTOGRAFIASArquivo CCOMSEx

    JORNALISTA RESPONSVELMaria Jos dos Santos OliveiraRP/DF/MS 3199

    DISTRIBUIO GRATUITAQuartel-General do Exrcito Bloco B Trreo

    70630-901 Setor Militar Urbano Braslia/DFTelefone: (61) 3415-4673 Fax: (61) 3415-4399

    [email protected]

    Disponvel em PDF na pgina eletrnica:

    www.eercito.gov.br

    NOSSA CAPA

    permitida a reproduo de artigos, desde que citada a fonte, eceto de matrias que contiverem indicao em contrrio.

    PUBLICAO DO CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO ExRCITO (CCOMSEx)

    Estimado Leitor,Quem acompanha um evento

    esportivo, seja pelos meios de comunicaoou pessoalmente, raramente conseguedimensionar o planejamento, a estrutura e osprofissionais necessrios para a sua realizao.O que uma assistncia comumente observa um local preparado com atletas, rbitros,comisses esportivas e equipamentosprontos. Muitas vezes tambm no se vislumbram os impactos que os eventoscausam ao ambiente, podendo alter-loprofundamente, com reflexos diretos na vidada comunidade.

    Organizar uma nica prova esportivaprofissional j uma misso complexa,que deve ser minuciosamente planejada econduzida para que transcorra de formaimpecvel. Isso no tarefa fcil e exige muitodos organizadores. Muito mais complexoainda organizar um conjunto de provasesportivas em diferentes locais de uma grandecidade e com atletas de diferentes pases, quedisputam mltiplas modalidades esportivas, falam lnguas diversas, representam vriasculturas e diferentes costumes. E essa misso,

    de conduzir um evento dessa magnitude, que foi entregue aos militares brasileiros nos5 Jogos Mundiais Militares, realizados no Riode Janeiro em 2011.

    Os artigos desta edio da Revista Verde--Oliva permitiro a voc avaliar ecompreender o hercleo trabalho deplanejamento, organizao e conduo deste

    grande evento esportivo militar. Os Jogos daPaz, conduzidos de forma impecvel pelosmilitares brasileiros, serviro como refernciapara a realizao dos megaeventos esportivosno Brasil nos prximos anos: a Copa doMundo de Futebol da FIFA, em 2014, e osJogos Olmpicos do Rio de Janeiro, em 2016.Muitos ensinamentos e um grande legadoforam construdos e consolidados pelas ForasArmadas brasileiras e serviro de farol para oscomits organizadores desses eventos.

    Para saber como esse sucesso foialcanado, esta Verde-Oliva traz artigossobre os Jogos Mundiais Militares e o

    excelente desempenho da equipe brasileiracom seu vitorioso projeto dos atletas de altorendimento. Nas matrias, est o trabalhodos rgos militares que incentivam, orientame apoiam o desporto nas Foras Armadas,como o Conselho Internacional do EsporteMilitar, a Comisso Desportiva Militar doBrasil, a Comisso de Desportos do Exrcito,o Centro de Capacitao Fsica do Exrcitoe o Instituto de Pesquisa e Capacitao Fsicado Exrcito.

    De capital importncia para a excelncia

    do evento, foi a estrutura montada para apoioaos Jogos. Nessa rea, temos a construodas Vilas Olmpicas, os trabalhos de cerimonial,com destaque para as cerimnias deabertura e encerramento, a constituio daComisso de Arbitragem, de um Sistema deComando e Controle, e de um minuciosoplanejamento e execuo da segurana.

    A sustentabilidade ambiental, fator deateno mundial, esteve presente em todasas reas temticas dos 5 JMM, assim comoo planejamento e a execuo primordial doapoio de sade no s aos atletas, mas atodos os envolvidos na competio, alm daestruturao de um bem sucedido sistemade alimentao e entretenimento. Houveainda a implantao de um eficiente sistemade transportes e uma grande preocupaocom a divulgao do evento, com o brilhantetrabalho de comunicao e marketing.

    Tudo isso permitiu s Foras Armadasbrasileiras dar uma demonstrao ao

    mundo da capacidade de o nosso Pasorganizar um grande evento esportivo comextrema competncia e profissionalismo,proporcionando, ainda, um enorme legado,material e imaterial, que servir de modelo eestmulo no somente aos militares, mas aoesporte e sociedade nacional. Ao final desua leitura, alm de ter informaes sobre agrande responsabilidade e a enorme gamade trabalhos e profissionais necessrios paraorganizar um megaevento, voc poderconhecer um pouco sobre o Tenente

    Guilherme Paraense, oficial do Exrcito eprimeiro brasileiro a conquistar medalha emuma Olimpada.

    Boa leitura.

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    O Apoio de Sade

    O Centro de Reabilitao Fsica General Lyra Tavares

    Pontualidade e Praticidade nos Transportes

    Comunicao Social e Marketing

    Alimentar bem para competir bem

    Cerimnia de Encerramento

    O Resultado das Competies

    O Legado Desportivo

    Apreciaes e depoimentos sobre os 5 JMM

    Personagem da Nossa Histria: Tenente-Coronel Guilherme Paraense

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    Sumrio

    Acompanhe nesta EdioOs Jogos Mundiais Militares

    O Projeto Atletas de Alto Rendimento

    CDE Planejamento, preparao e treinamento das Equipes para os Jogos Mundiais Militares

    A Tecnologia em Apoio aos Atletas Instituto de Pesquisa e Capacitao Fsica do Exrcito

    A Vila Verde

    A Cerimnia de Abertura

    A Arbitragem

    Comando e Controle A Coordenao do Evento Esportivo

    O Planejamento e a Execuo da SeguranaA Sustentabilidade Ambiental

    O Hipismo nos 5 Jogos Mundiais Militares

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    D epois da bem sucedida experincia de sediaros Jogos Panamericanos de 2007, o Brasil e acidade do Rio de Janeiro abrigaram os 5 JogosMundiais Militares (5JMM), maior competio militar domundo. Considerado, tambm, o terceiro maior eventoesportivo do planeta, os jogos serviram de laboratrio

    para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpadas de2016. Esses dois eventos megaesportivos, que renematletas de alto rendimento de todo o mundo, tambmsero realizados no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro.

    O Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM,Conseil International du Sport Militaire) congrega cerca de 130pases e a terceira maior organizao esportiva do mundo,depois da FIFA (Federao Internacional de Futebol) e doConselho Olmpico Internacional (COI). Desde sua criao, fundamentado no esprito olmpico, isento de conotaopoltica, religiosa e racial, est intimamente ligado ao ideal

    de promover o esporte como instrumento da paz. Almdos Jogos Mundiais Militares, o CISM realiza campeonatosmundiais militares em diversas modalidades, destacando-secomo instituio esportiva mundial.

    No Brasil, os 5 JMM foram promovidos pelo Ministrioda Defesa, com base na viso das Foras Armadas brasileirasde que o esporte um dos meios para se alcanar a paz e de suma importncia o incentivo para o desenvolvimentodessa atividade dentro dos quartis.

    No Ministrio da Defesa, a Comisso Desportiva Militardo Brasil (CDMB) o rgo responsvel pelos eventos

    esportivos que envolvem as trs Foras. misso de a CDMB

    dirigir e organizar as competies militares nacionais, comotambm constituir e representar as Foras Armadas brasileirasnas competies internacionais.

    Os jogos mundiais militares acontecem desde 1995 e agrande mensagem que procuram passar a PAZ. A primeiraedio foi realizada em Roma/Itlia e nesta oportunidade

    comemoraram-se simbolicamente os 50 anos do fim da 2Guerra Mundial.

    Realizado a cada quatro anos, em 1999, a segunda edioteve como sede a cidade de Zagreb/Crocia, que havia sidodevastada pela guerra. A competio reuniu mais de 6.000atletas de 82 pases, disputando 20 modalidades.

    De volta para a Itlia, a terceira edio aconteceu emCatnia, no ms de dezembro de 2003. Desta feita, tivemosseis mil atletas de 87 pases, competindo em 11 modalidades.

    Em 2007, antes de chegar ao Brasil, a quarta edioocorreu em Hyderabad/ndia, onde a competio apresentou

    nvel de excelncia pela quebra de alguns recordes mundiaise da competio.

    Em 2011, a edio brasileira consolidou a imagem do Brasile da cidade do Rio de Janeiro como centros com capacidadede receber grandes eventos esportivos internacionais. De 16a 24 de julho de 2011, participaram dos 5 JMM cerca deseis mil atletas de alto rendimento, brasileiros e estrangeiros,oriundos de mais de 100 pases. Com o encerramento dascompeties, o Brasil sagrou-se, pela primeira vez, campeo,demonstrando, dessa forma, a sua capacidade em recebergrandes eventos esportivos e o seu potencial atltico de fazer

    face e vencer pases tradicionalmente campees.

    OS JOGOSMUNDIAISMILITARES

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    Em diversos pases, o Ministrio da Defesa apoiao esporte de alto rendimento com as seguintes

    finalidades: melhorar o desempenho emcompeties internacionais; oferecer aos atletas condiesbsicas de desenvolvimento e opes para a transiode carreira; e capacitar atletas para alcanarem o nvelinternacional enquanto servem s Foras Armadas.

    Segundo dados fornecidos pela Secretaria-Geral doConseil International du Sport Militaire, participaram dosJogos Olmpicos em Pequim-2008, 799 atletas militares, queconquistaram 139 medalhas das 958 disputadas.

    Nas Foras Armadas brasileiras, os desportos sopraticados sob direo e coordenao dos rgos

    especializados de cada Fora. No Exrcito Brasileiro, o rgoespecializado a Comisso de Desportos do Exrcito (CDE).

    Em 1991, com a criao do Centro de Capacitao Fsicado Exrcito (CCFEx), a CDE passou a subordinar-se a estergo, mantendo suas instalaes na Fortaleza de So Joo,na cidade do Rio de Janeiro.

    A CDE possui, ainda, um canal tcnico-administrativocom a Comisso Desportiva Militar do Brasil (CDMB), umrgo do Ministrio da Defesa (MD), criado em 1956, coma misso de elaborar propostas de diretrizes gerais, normase procedimentos para as atividades relativas ao esporte nas

    Foras Armadas.

    A CDMB filiada ao CISM, entidade composta por133 pases-membros, com a misso de promover relaesamigveis entre as Foras Armadas e contribuir com a pazmundial por intermdio do esporte.

    Em 1995, o CISM criou os Jogos Mundiais Militares,evento poliesportivo que ocorre a cada quatro anos, sempreno ano anterior realizao dos Jogos Olmpicos. Renemcerca de 20 esportes, divididos em esportes individuais,coletivos, militares, de combate e de demonstrao.

    Em 2007, na cidade de Ouagadougou, Burkina Faso, aAssembleia Geral do CISM elegeu o Brasil pas-sede dos 5

    Jogos Mundiais Militares, a serem realizados na cidade do Riode Janeiro, em julho de 2011.Em face do enorme compromisso de sediar um dos

    maiores eventos esportivos internacionais, o Exrcito

    O Projeto Atletasde Alto Rendimento

    Para atender s expectativas deo Brasil vir a sediar os 5 JogosMundiais Militares, o ExrcitoBrasileiro, assim como a Marinhae a Aeronutica, desenvolveuum programa esportivo-militar,incorporando aos seus efetivos

    atletas de alto rendimento,que culminou com o excelenteresultado obtido pelas ForasArmadas brasileiras nas referidascompeties.

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    Momento da incorporao de atletas de alto rendimento

    Sede da CDE no bairro da Urca-RJ

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    Brasileiro iniciou um projeto de incorporao de atletas dealto rendimento.

    No mbito do Exrcito, essa demanda teve como justificativas: garantir que o Brasil fosse bem representadonos 5 Jogos Mundiais Militares; a necessidade de o Passer representado em todas as modalidades; a ausncia deatletas no segmento feminino do Exrcito; e a projeo da

    imagem do Exrcito Brasileiro no cenrio esportivo nacionale internacional.

    A Incorporao dos Atletas

    O CCFEx possui em seus quadros uma Seo de Atletas,com vagas para 32 militares atletas. Desde a dcada de 90, aCDE realiza um trabalho de seleo e recrutamento de atletascom idade de alistamento para servir ao Exrcito e ingresso naSeo de Atletas do CCFEx.

    Tal procedimento ocorreu de maneira no sistematizadaat o ano de 2007, quando o Brasil foi escolhido para sediar

    os 5 Jogos Mundiais Militares em 2011. A partir dessemomento, a CDE realizou gestes junto ao Estado-Maiordo Exrcito e Gabinete do Comandante do Exrcito visandoobter autorizao para a criao de vagas para sargentostcnicos temporrios.

    Em ateno ao pleito acima, em maio de 2009, o Estado--Maior do Exrcito autorizou a criao de 130 vagas desargento tcnico temporrio, especialista em Educao Fsicae Desporto de Alto Rendimento, a serem includas no quadrode pessoal do CCFEx. CDE coube a confeco dos EditaisPblicos de Convocao, uma vez que ela foi responsvel

    pela preparao das equipes para os Jogos.Foram publicados trs Editais de Convocao, totalizando

    130 vagas nas seguintes modalidades: atletismo, basquetebol, jud, esgrima, natao, futebol, taekwondo, triatlo,voleibol, vlei de praia, pentatlo moderno, pentatlo militar,paraquedismo e hipismo.

    O 1 edital de convocao teve como data de ingressono Exrcito o dia 9 de novembro de 2009. Os 2 e 3convocaram atletas para ingresso em 1 de maro de 2010 e1 de maro de 2011, respectivamente.

    O Estgio Bsicode Sargentos Temporrios EBST

    Depois de rigoroso processo de seleo e posterioringresso na Fora Terrestre, os atletas frequentaram o EBST,demonstrando empenho e dedicao para conquistar asdivisas de sargento do Exrcito Brasileiro.

    O EBST tem por finalidade proporcionar osconhecimentos bsicos indispensveis e ambient-lo vidamilitar, pela aquisio de novos hbitos adequados condiode militar e atleta,

    Durante trs semanas consecutivas, foram submetidos

    rotina da caserna, recebendo, diariamente, instrues

    EBST Instruo de Tiro

    EBST Educao Fsica

    EBST Pista de cordas

    EBST Ordem Unida

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    tericas e prticas. Nesse perodo, obedeceram a umquadro de atividades com: caf da manh, formatura matinal,treinamento fsico militar, ordem unida, almoo, formatura datarde, instrues diurnas e noturnas e jantar.

    J no primeiro dia, os alunos sentiram que no seria fcil.Bem cedo tinham que ficar prontos fardados e com muitoboa apresentao para a aula inaugural. Na sequncia,passaram para a instruo de ordem unida, a primeira demuitas que ainda iriam ocorrer.

    Com horrios apertados e uma enorme gama deconhecimentos a serem absorvidos da manh noite, por duas

    semanas, os futuros sargentos tiveram de empenhar-se aomximo para aprender a marchar, usar a farda corretamente,atirar, entre outras.

    A terceira semana foi reservada para o acampamento,que foi o coroamento das instrues tericas. A rea daAcademia Militar das Agulhas Negras foi o local escolhido, porpermitir a realizao de todos os tipos de instruo e, tambm,possibilitar aos alunos conhecer um pouco da formao dosoficiais combatentes de carreira do Exrcito Brasileiro. Nocampo de instruo da AMAN, foram realizadas as instruesde transposio de curso dgua, pista de cordas, pista de

    orientao, transporte de feridos, tiro real e marcha de oitoquilmetros com pernoite no terreno (acantonamento).

    Ao final do estgio, nas dependncias do Centro deCapacitao Fsica do Exrcito, foi realizada a formatura deentrega de boinas aos novos sargentos. Cada sargento recebeusua Boina Verde Oliva, ingressando, assim, no seleto grupode Sargentos Temporrios do Exrcito Brasileiro.

    Segundo o depoimento do 3 Sargento TcnicoTemporrio Anderson de Oliveira Rodrigues, atleta devoleibol, a formatura foi a concretizao de seu sonho de umdia representar o Exrcito Brasileiro. Conheceu o projeto em

    conversa com um colega, quando jogava no SESI. A partir

    8 cEntroDE comunicao socialDo Exrcito8 cEntroDE comunicao socialDo Exrcito

    Instruo de tiro durante o EBST

    Alojamento de Atletas CDE

    EBST Realizao de marcha

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    da, como os demais candidatos, passou pelo processoseletivo sem receber nenhum privilgio. Realizou os examesfsicos, de sade e laboratoriais, bem como a apresentaode currculo, que considerou a parte mais fcil do processopor ter jogado na Seleo Brasileira de Vlei. Com relaoao ambiente da caserna, disse estar bastante satisfeito,porque a cada dia aprende mais sobre o Exrcito Brasileiro,

    que considera uma Instituio sria e com uma histrialinda. Infelizmente, a sua situao temporria, mas agorao importante dar continuidade vida e representar muitobem o Exrcito nos 5 Jogos Mundiais Militares, junto com orestante do grupo, repetindo o sucesso que teve na SeleoBrasileira de Voleibol.

    O Sucesso e as

    Contribuies do Programa

    As Foras Armadas ao redor do mundo tm participado deforma efetiva do cenrio esportivo mundial. Essa prtica, apesarde comum, apresenta diferentes formatos fundamentados nacultura, objetivos e legislao vigente em cada pas.

    Em alguns pases, elas atuam na deteco, formaoe treinamento de atletas de alto rendimento; em outros,desempenham um papel de suporte e apoio ao atleta de altorendimento, incorporando-o vida militar e permitindo-lhe

    alcanar melhores resultados.A partir das experincias praticadas nos demais pases e

    das informaes coletadas com os atletas de alto rendimentoque ingressaram no Exrcito Brasileiro em 2009/2010, pode--se concluir que a participao das Foras Armadas caracteriza--se como valiosa ferramenta de promoo do esporte de altorendimento.

    Pelo nmero de atletas militares do Exrcito Brasileiro,integrantes de selees brasileiras e com participao eresultados apresentados na ltima edio dos Jogos Olmpicosde Vero e dos Jogos Mundiais Militares, pode-se considerar o

    projeto de incluso de atletas de alto rendimento no ExrcitoBrasileiro como uma iniciativa de sucesso.

    O ingresso de atletas de alto rendimento no ExrcitoBrasileiro vem contribuindo para o desenvolvimento doesporte nacional. Das 130 vagas disponibilizadas para atletasnas 14 modalidades, 75 foram ocupadas por homens e 55por mulheres. Essa iniciativa tem possibilitado que, almde representarem as Foras Armadas brasileiras no cenriodesportivo militar mundial, os atletas tenham um aportefinanceiro, aliado a uma estrutura de treinamento em centrosesportivos militares, o que contribui significativamente para o

    incremento do esporte nacional.

    Entrevista com o 3 SargentoTcnico Temporrio Anderson

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    3 Sargento Luiza Almeida, atleta da Equipe Brasileira de Hipismo

    Atletas da Equipe Brasileira de Jud

    Formatura do EBST na CDE

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    A

    Comisso Desportiva Militar do Brasil (CDMB) um rgo permanente que coordena osassuntos referentes ao desporto militar no Pas.

    a representante do Brasil junto ao Conseil Internationaldu Sport Militaire (CISM), entidade mxima de direodo desporto militar no mundo. Criada em 1956, ficasediada em Braslia e faz parte da estrutura do Ministrioda Defesa (MD). Cabe CDMB organizar e dirigir, emcolaborao com as Comisses das Foras Singulares, ascompeties desportivas entre as Foras Armadas (FA),alm de representar o Brasil em Competies MilitaresInternacionais.

    No Exrcito Brasileiro, quem realiza trabalho similar aComisso de Desportos do Exrcito (CDE), subordinada ao

    Centro de Capacitao Fsica do Exrcito (CCFEx). Criada em

    1915, a ento Liga de Futebol Militar foi a precursora da CDE. Atualmente, a CDE ocupa as instalaes localizadas

    no histrico morro Cara de Co, dentro do complexo da

    Fortaleza de So Joo, no bairro da Urca Rio de Janeiro.Concentra seus trabalhos em planejar, organizar, dirigir,coordenar, controlar e supervisionar a prtica desportiva nombito do Exrcito.

    Os 5 Jogos Mundiais Militares Rio 2011 (5 JMM)contaram com 20 modalidades desportivas. Em todas asmodalidades, exceto basquete, boxe e pentatlo aeronutico,houve tambm competies para o segmento feminino.

    Em virtude da grande complexidade da misso de planejar,conduzir e coordenar o treinamento dessas vinte modalidades(37 equipes) j que o pas-sede dos jogos deve competir em

    todas as modalidades a CDMB decidiu delegar essa missos Comisses de Desportos das Foras Singulares. A partirda, foram formadas Comisses Tcnicas para cada uma dasmodalidades esportivas, visando preparao das equipes parao maior evento desportivo militar do mundo.

    Coube CDE, por sua tradio aliada estruturaexistente no Centro de Capacitao Fsica do Exrcito e qualidade dos seus profissionais especializados em EducaoFsica e Equitao, a responsabilidade pelo planejamento,preparao e treinamento das Selees Militares Brasileirasde 10 modalidades: hipismo, esgrima, jud, paraquedismo,

    pentatlo militar, pentatlo moderno, tiro, triatlo, vlei de praia

    A Comissode Desportos

    do Exrcito

    Em funo da organizao, execuodos treinamentos e estruturas de

    apoio disponveis, proporcionados pelaComisso de Desportos do Exrcito,os atletas de alto rendimento doExrcito apresentaram um desempenhoexcepcional, chegando a um resultadoexpressivo nas competies.

    Planejamento,

    Preparao

    e Treinamento das

    Equipes para os Jogos

    Mundiais Militares

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    e voleibol. As outras 10 modalidades ficaram distribudas entrea Marinha do Brasil e a Fora Area Brasileira. Apesar dessadistribuio, com exceo das modalidades especficas decada Fora (pentatlo naval, iatismo e pentatlo aeronutico), oExrcito Brasileiro se fez representar em todas as modalidades,

    com atletas e membros das comisses tcnicas, perfazendo

    um total de 58% da delegao militar brasileira nos 5 JogosMundiais Militares Rio 2011.

    Em aproximadamente 2 anos, as equipes brasileirasparticiparam de cerca de 175 competies nacionais e 80internacionais, marcando presena na maioria dos eventosdesportivos do CISM. Foram alcanados os melhoresresultados internacionais da histria do desporto militarbrasileiro em diversas modalidades. Os resultados atingidos noperodo de preparao j serviram como indicador do sucessoque o Brasil obteria nos 5 JMM, como pode ser verificado noquadro acima.

    As equipes tiveram, no Centro de Capacitao Fsica do

    Exrcito (CCFEx), a oportunidade de aproveitar toda a logsticade apoio prestada ao treinamento, como hospedagem,alimentao, assistncias mdica, dentria e fisioterpica.

    No Instituto de Pesquisa da Capacitao Fsica (IPCFEx),os atletas foram avaliados nos laboratrios de bioqumica,

    ergometria, biomecnica e psicofisiologia. Esses laboratrios

    contam com doutores e mestres pesquisadores, sendoessenciais para que as equipes alcancem alto nvel competitivo.

    Na Escola de Educao Fsica do Exrcito (EsEFEx),as equipes desfrutaram das modernas instalaes despor- tivas, como um dos melhores campos de futebol do Riode Janeiro, uma pista de atletismo com padro internacionale academia de musculao com equipamentos totalmentemodernizados. As Comisses Tcnicas das diversas equipescontaram, em sua grande maioria, com militares do Exr-cito, formados na EsEFEx, entidade pioneira no Brasil naatividade fsico-desportiva e de reconhecida competncia

    tcnico-profissional.

    42 Campeonato Militar de Esgrima/2010 na Venezuela,medalha indita de bronze para o Brasil

    Campeonato Europeu Militar de Triathlon/2010 na Estnia,medalha de ouro no masculino e prata no feminino

    Resultados mais expressivos de equipes em preparao para os 5 JMMCompetio Local Colocao

    Campeonato Mundial Militar de Maratona Atenas - Grcia 2 Lugar Campeonato Mundial Militar de Basquete Seul Coreia do Sul 3 Lugar Campeonato Mundial Militar de Esgrima Guaira - Venezuela 3 Lugar Campeo Militar de Futebol das Amrica Paramaribo - Suriname 1 Lugar Grand Slan Civil de Jud Paris Frana 1 Lugar Campeonato Mundial Militar de Natao Warendorf - Alemanha 1 Lugar Campeonato Mundial Militar de Paraquedismo Buochs - Sua 5 Lugar Campeonato Mundial de Pentatlo Militar Schaarsbergen - Holanda 4 LugarCampeonato Mundial Militar de Pentatlo Moderno Praga Repblica Tcheca 3 Lugar Campeonato Mundial Militar de Taekwondo St- Jean-sur-Richelieu - Canad 1 Lugar Campeonato Mundial Civil de Tiro (Fogo Central) Munique - Alemanha 1 Lugar Campeonato Europeu de Triatlo do CISM Otep - Estnia 1 Lugar Campeonato Mundial Militar Feminino de Voleibol Cherry Point - EUA 1 Lugar Torneio Europeu de Vlei de Praia do CISM Warendorf - Alemanha 1 Lugar

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    Com o advento dos 5 JMM-RIO 2011, oInstituto de Pesquisa e Capacitao Fsica doExrcito (IPCFEx) prestou apoio preparao

    dos atletas militares para esse importante evento,realizando avaliaes fsicas em seus laboratrios de fisiologia, biomecnica, psicofisiologia e bioqumica. OIPCFEx a Organizao Militar subordinada ao Centrode Capacitao Fsica do Exrcito (CCFEx), que tem

    a misso precpua de realizar estudos cientficos nasreas de avaliao e treinamento fsico para o ExrcitoBrasileiro, visando a sade e operacionalidade de seupessoal.

    Os trabalhos para os 5 JMM foram desenvolvidos coma finalidade de produzir informaes teis aos integrantes dascomisses tcnicas das diferentes modalidades, buscando oaprimoramento do treinamento. Os tcnicos e preparadores

    Tecnologiaem Apoio aos AtletasInstituto de Pesquisa

    e Capacitao Fsica do ExrcitoEm busca do aprimoramento das equipes militares brasileiras, envolvidas nos5 JMM-RIO 2011, pelo emprego de tecnologias modernas, o Instituto de

    Pesquisa e Capacitao Fsica do Exrcito desenvolveu, em seus laboratrios,valioso trabalho em apoio preparao dos atletas militares, que culminou

    com melhoria do vigor fsico e aumento de operacionalidade.

    Ciclo de treinamento da Equipe MilitarMasculino de Pentatlo Moderno.

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    fsicos reuniam-se com os representantes de cada laboratrioe discutiam as particularidades e especificidades de cadamodalidade. Em seguida, eram apresentadas as possibilidadesde cada laboratrio e acertado o cronograma das avaliaesem funo do tempo disponvel e das necessidades de cadaequipe. As equipes que mais se valeram desse apoio foram asde Voleibol, Vlei de Praia, Hipismo, Tiro, Pentatlo Moderno,

    Pentatlo Militar, Natao, Futebol, Taekwondo, Esgrima eJud.

    Laboratrio de Fisiologia do Exerccio

    O laboratrio de fisiologia realizou avaliaescardiopulmonares com a medida da potncia aerbiamxima e limiares ventilatrios em atletas das modalidadesde Taekwondo, Esgrima, Jud, Pentatlo Moderno, Futebol, Voleibol e Vlei de Praia. Os resultados obtidos prestaram--se a aumentar a preciso no dimensionamento das cargasde trabalho aerbio e anaerbio e ao acompanhamento da

    evoluo dessas valncias fsicas. Tambm foi realizado testede potncia anaerbia nos atletas de Taekwondo. Esse testeforneceu informaes teis especialmente para a identificaode atletas com dficit de resistncia anaerbia, uma vez queessa valncia fsica fundamental para a manuteno daperformance em alto nvel durante toda a prova.

    Laboratrio de Biomecnica

    O Laboratrio de Biomecnica realizou atividades deavaliao fsica de natureza diversa e acompanhamento daevoluo dos atletas de Pentatlo Militar, Pentatlo Moderno,

    Tiro, Taekwondo, Vela, Futebol, Vlei de Praia, Vlei eHipismo.

    Para tal fim, fez uso de diferentes tcnicas e equipamentos.O uso de tapete de salto prestou-se a fornecer dados iniciaispara subsidiar a periodizao do treinamento de fora e potnciade salto, assim como identificar atletas que diferenciavam-seda mdia nas valncias fsicas investigadas. Por meio de testesestabilomtricos, foi possvel antecipar-se a possveis quadros

    de leso e atletas com maiores perturbaes do equilbrio. Oteste de potncia e fora isocintica permitiu identificar atletas

    com desproporo de fora anteroposterior dos membrosinferiores e entre os segmentos dos lados direito e esquerdo,possibilitando antecipar-se a possveis situaes de leso,como tambm sugerir atletas que necessitavam reforar amusculatura analisada.

    A criao do ambiente de simulao de tiro sincronizadocom sensores eletrnicos possibilitou o acompanhamentodetalhado e deteco, praticamente imperceptvel ao olharclnico do tcnico e do atleta, de erros de fundamentos tcnicos do atirador, favorecendo a uma melhoria daperformance. A cinemetria, equipamento moderno e

    sofisticado, que descreve todo o gesto desportivo do atleta,possibilitou a anlise gestual e a comparao entre os atletas edos atletas com eles mesmos ao longo de todo o perodo detreinamento, nas diferentes modalidades. O circuito tcnico deagilidade criado favoreceu a identificao dos traos atlticosque envolviam velocidade de deslocamento e habilidade tcnica especfica simultaneamente, sugerindo uma possvelmudana de categoria de alguns atletas para faixas de pesoque lhes favoreceriam no quesito agilidade e, possivelmente,um melhor rendimento e, consequentemente, maioreschances de medalhas.

    A eletromiografia de superfcie detectou limiares de fadigamuscular e permitiu traar protocolos de avaliao para o treinamento de fora em nveis favorveis ao rendimentodesportivo, reduzindo os riscos de leso. A ultrassonografiapor imagem favoreceu a identificao de possveis quadrosde leso, analisando as modificaes da estrutura interna daarquitetura muscular e a adaptao das fibras musculares aotreinamento estabelecido. Alm disso, pode-se afirmar quecerca de 95% das avaliaes deste laboratrio puderamser realizadas no local de treinamento e de competio,caracterstica extremamente favorvel especificidade e

    evoluo tcnico-fsica de cada modalidade desportiva.

    Avaliao cardio-pulmonar de atleta

    Avaliao Biomecnica da Equipe Feminina de Pentatlo Militar

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    Laboratrio de PsicofisiologiaO Tiro Esportivo, o Pentatlo Militar e o Pentatlo Moderno

    foram as modalidades acompanhadas pelo Laboratrio dePsicofisiologia durante o perodo de preparao para os 5JMM-RIO 2011.

    Durante um perodo de aproximadamente dois anos, osatletas passaram por avaliaes psicodiagnsticas constitudas

    por entrevistas abertas, inventrios e testes psicolgicos.Essas avaliaes serviram para mensurar a relao do atletacom fatores como estresse, ansiedade, tempo de prticada modalidade, bem como avaliar traos de personalidade.As informaes colhidas durante as avaliaes serviram paranortear as intervenes psicolgicas individualmente e/ou emequipe.

    As intervenes ficaram subdivididas em dois segmentosdistintos. O primeiro deles relacionado ao TreinamentoMental, em que os atletas aprenderam e praticaram tcnicasde concentrao e relaxamento, que auxiliaram no manejo

    de variveis ambientais e fisiolgicas durante os treinamentos

    e competies. O segundo segmento engloba aspectospsicolgicos de cada atleta ou da dinmica da equipe em si.Foram desenvolvidas habilidades como liderana, processodecisrio, estratgia, confiana, socializao etc. Esse processocontribuiu para melhorar as relaes do grupo, a formao devnculo e a organizao psquica da equipe como um todo. Otrabalho com a Comisso Tcnica foi determinante para que

    o trabalho da psicologia junto s equipes fosse bem sucedido.O acompanhamento era feito semanalmente ou deacordo com a demanda da equipe e inclua o acompanhamentonas competies de mbito nacional e internacional.

    Laboratrio de BioqumicaNeste laboratrio, foi prestado apoio aos atletas de diver-

    sas modalidades, realizando diferentes medies, tais como:anemias, infeces, marcadores de leses, estiramentos, ren-dimento dos treinamentos, desidratao etc.

    Foram realizados os exames de hemograma completo,

    glicose, ureia, creatinina, cido rico, colesterol total e fraes, clcio, fsforos, fosfatase alcalina, desidrogenaseltica, protena C reativa, dentre outros. Aps a emissodos resultados dos exames, era elaborado um relatrio decada atleta para ser encaminhado comisso tcnica. Essesresultados transmitiam aos treinadores a segurana necessriapara a conduo dos trabalhos e aplicao das cargas detreino, evitavam decrscimos de performance e at mesmoo overtraining, o que poderia acarretar maior quantidade deleses e piora de resultados.

    Outros apoios Alm dos trabalhos dos laboratrios, houve, tambm,

    uma intensa participao da nutricionista, avaliando o resultadobioqumico do atleta e propondo uma dieta que melhorasseseu treinamento e desempenho. Por sua vez, a cardiologista doIPCFEx realizou eletrocardiogramas de repouso e esforo, muitasvezes acompanhado de testes cardiopulmonares, em diferentesatletas das equipes de jud, vlei de praia, futebol e voleibol.

    Integrantes do instituto tambm trabalharam, no sna preparao, mas tambm na execuo dos jogos, comochefes de equipe, tcnicos e preparadores fsicos das equipes

    de basquete, natao, pentatlo militar e vlei de praia, alm daparticipao na organizao, arbitragem e gerenciamento demodalidades esportivas dos 5 Jogos Mundiais Militares, comopentatlo militar, triatlo e jud.

    Dessa forma, houve uma participao efetiva doIPCFEx nos 5 JMM-RIO 2011, inclusive com a mudanadas rotinas de trabalho e pesquisa dos laboratrios, paraque houvesse uma maior disponibilidade de pessoal ematerial, no que tange ao apoio cientfico, a fim de atendera demanda dos atletas e comisses tcnicas das seleesmilitares brasileiras. Tudo para que o Brasil atingisse o

    sucesso esportivo evidenciado.

    Preparao da Equipe Militar de Taekwondo

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    O s 5 JMM deixaram um grande legado paraa sociedade, particularmente para as ForasArmadas. As representaes dos pases parti-cipantes foram hospedadas em trs Vilas Militares, quecontinham 106 edifcios com 1.206 apartamentos decerca de 110 m de rea privada, com capacidade parareceber 8.332 pessoas.

    Aps o trmino das competies, os apartamentos dasVilas Olmpicas Branca, de responsabilidade da Marinha, Azul,da Fora Area, e Verde, do Exrcito, foram destinados

    moradia de militares.

    Todas as estruturas foram preparadas especificamente

    para os 5 JMM e proporcionaram o respaldo necessrio paraa montagem de competies de nvel olmpico.

    A Vila VerdeInaugurada 35 dias antes do incio das competies,

    pelo Ministro da Defesa, Nelson Jobim, a Vila Verde, apsser utilizada durante os jogos por delegaes de 70 pases, ficar como legado para a Fora Terrestre e, tambm, paraas Olimpadas de 2016, a ser realizada no Rio de Janeiro,quando hospedar as comisses de arbitragem.

    A VILA VERDE

    Durante os 5 Jogos MundiaisMilitares, os atletas e comissestcnicas do mundo inteiro ficaram

    hospedados em trs Vilas Olmpicas,cada uma delas construda soba responsabilidade de uma dasForas Armadas, especialmente

    para o evento. Ao Exrcito coube aconstruo da Vila Verde.

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    Possui 17 blocos de apartamentos com 24 unidadescada, totalizando 408 apartamentos de 110 m de reaprivativa, com trs quartos, uma sute, um quarto reversvel

    e banheiros.

    As obras duraram 18 meses e a entrega da Vila, sobresponsabilidade do Exrcito, atendeu a todos os requisitos

    exigidos, dentro do prazo estabelecido, como ressaltou oComandante da Fora, General Enzo Martins Peri.Os arquitetos responsveis pelo projeto preocuparam-

    -se com alguns aspectos ambientais, como a disposiodos edifcios para melhor captar a luz solar e oferecerarejamento; a colocao de cisternas, que permitem oaproveitamento das guas das chuvas; descargas ecolgicasnos banheiros; pavimentao permevel e impermevel,para no sobrecarregar a rede pluvial; e iluminao fluorescente de baixo consumo com controle de horrioe sensores nos corredores. O Presidente do Conselho

    Internacional do Esporte Militar (CISM), Coronel HamadKalkaba Malboum, ficou impressionado com o alto nveldas instalaes.

    A Vila Verde foi projetada para proporcionar uma segura econfortvel hospedagem, alm de oferecer servios diversosde qualidade, como o Centro de Boas-Vindas, o Centro deImprensa, Centro de Credenciamento, Postos de Lavanderia,Salas de Acesso Internet, Posto Mdico, Restaurante, Centrode Servios Religiosos, entre outros.

    Durante os 5 Jogos Mundiais Militares, essa Vila abrigoumais de 2.800 pessoas, entre atletas, integrantes de comisses

    tcnicas e oficiais de 111 pases participantes.A delegao do Canad foi uma das primeiras a hospedar-se

    na Vila Verde, e os atletas deixaram registradas as seguintesimpresses:

    Os prdios e apartamentos esto lindos. As instalaesdaqui so as melhores que j tivemos. Estar aqui, com atletasde outras modalidades de esportes, bem empolgante,especialmente com outros competidores canadenses. Comrelao aos servios disponveis na Vila Verde, a primeirarefeio foi deliciosa. Adoramos o feijo, o frango e o caf. Omelhor que podemos manter contato com nossos familiares

    que ficaram no Canad.

    16 cEntroDE comunicao socialDo Exrcito

    Posto de Identificao da Vila Verde

    Recepo das comitivas estrangeiras

    Entrevista com atleta do Canad

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    msicos militares. Depois, desfilaram as 111 delegaesque vieram competir nessa edio dos Jogos Mundiais. Acada representao de atletas, uma imensa projeo de ummapa-mndi sobre a lona que cobria o gramado iluminavacada pas anunciado. Por ser o pas anfitrio, o Brasil foi oltimo a entrar, com sua delegao de cerca de 250 atletas,

    arrancando aplausos e levantando a torcida aos brados deBrasil! Brasil!.

    O tema da paz foi apresentado em um belo espetculo

    de projees e coreografias assinados por Chico Spinoza,ao som de um concerto da Banda Sinfnica do Exrcito, soba regncia do maestro Benito Juarez. As guas, o sol e asmatas brasileiras, com suas flora e fauna, foram apresentadospor um bal de 450 crianas e jovens dos projetosesportivos e sociais mantidos pelas Foras Armadas, levando composio do desenho da Bandeira do Brasil, para delrio

    da arquibancada. Arion e a Tropa da Paz apareceram em grande estilo,descendo de rapel da marquise do Estdio, ao som da msicaSoldados da Paz, cantada porHerbert Viana e os Paralamasdo Sucesso.

    Aps as palavras do Presidente do CISM, CoronelHamad Kalkaba Malboum, e do hasteamento da Bandeirada entidade esportiva internacional, a Presidenta da Repblica,Senhora Dilma Roussef, declarou aberta a 5 Edio dosJogos Mundiais Militares.

    A medalhista olmpica de vela, Marinheira Izabel Swan,

    fez o juramento pelos atletas militares, e o Sargento FuzileiroNaval Marcelo de Lima Henriques prestou compromisso deimparcialidade em nome da arbitragem.

    Quando o sistema de som tocou o Marcha Soldado, todo o pblico entrou no clima da fantasia infantil dasdobraduras e sombras, que todos j viveram um dia.

    Em mais um dos momento de emoo, Toquinho cantouAquarela, de sua autoria e deVincius de Morais, enquantomais de 1.000 crianas de escolas pblicas do Rio de Janeirocoloriam o campo com cores, desenhos, alegorias, luzes ecoreografia, que mostraram toda a identificao infantil com os

    soldados brasileiros da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica.Quem nunca brincou de barquinhos, chapus de soldado egaivotas de papel?

    Zizi Possi, cantando A Paz, embalou o sobrevoo deuma gigantesca pomba branca por vrios lugares do mundoprojetados sobre o campo. Era mais um momento deemoo, que preparava a entrada do Tocha da Paz.

    Conduzido por atletas medalhistas olmpicos, o fogosimblico dos Jogos Mundiais Militares, recebido peladelegao brasileira na ndia, em 2007, foi entregue ao ex-Soldado do Exrcito Edson Arantes do Nascimento. Muitos

    no acreditavam que o Rei Pel ali estava, acendendo a Pirados Jogos de 2011. Um belo show de fogos de artifcio e luzescoloriu aquele momento, cheio de energia e beleza.

    A enorme tela que cobriu o gramado foi invadida peloelenco de crianas, jovens e adultos, que participaram dacerimnia e saudaram o Rio de Janeiro com o mais autnticosamba carioca deAlcione, Diogo Nogueira, Dudu Nobre eJorge Arago.

    O estandarte dos jogos brilhou na apresentaodo mestre-sala e da porta-bandeira, que trouxe a alegriae o entusiasmo das escolas de samba para a festa do

    esporte militar.

    18 cEntroDE comunicao socialDo Exrcito

    Pel conduz a Tocha da Paz

    Desfile das delegaes internacionais

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    com o objetivo de permitir-lhes o perfeito exerccio de suasatividades dentro da arena esportiva. Embora os principaisapoios tenham sido fornecidos por outras reas Funcionais(credenciamento, alimentao, transporte, hospedagem euniforme), o planejamento, a superviso, a coordenao e ocontrole foram realizados pela Comisso de Arbitragem.

    Composio da Arbitragem

    A Comisso de Arbitragem foi composta por recursoshumanos de diferentes origens: militares brasileiros da ativa eda reserva do Exrcito, Marinha, Aeronutica e Polcia Militardo Estado de So Paulo; militares estrangeiros; civis brasileiroscontratados e voluntrios; e civis estrangeiros.

    ESPORTES OBSERVAO

    Todas as lutas e esportes coletivosArbitragem tem avaliao subjetiva. Pasesparticipantes trazem rbitros com qualificao

    internacionalEsportes tipicamente militares: Pentatlos Militar, Naval e Aeronutico rbitros treinados pelo pas organizador

    Todos os demais esportes: atletismo, natao, tiro, vela, hipismo, etc Toda a arbitragem (contratao e/ou treinamento) acargo do pas organizador

    Flagrante da arbitragem do paraquedismo

    Arbitragem das competies de jud

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    Com a finalidade de conduzir o planejamento e acoordenao da arbitragem dos jogos, a Comisso de

    Arbitragem comps umstaffcom elementos que exerceramas seguintes funes: Coordenador Geral de Arbitragem,Gerente Geral de Arbitragem, Supevisor de Logstica, Assessor do Gerente Geral, Supervisor de Transporte,Assessor do Supervisor de Logstica, Auxiliar do Supervisorde Logstica, 2 Auxiliares do Gerente Geral e 20 Gerentes deArbitragem, um para cada modalidade de esporte.

    Devido s particularidades dos regulamentos doConselho Internacional do Esporte Militar (CISM) e de cadaum dos esportes disputados, os rbitros que participaramdos Jogos tiveram diferentes origens e situaes que esto

    resumidas no quadro a seguir:

    A Equipe de rbitros brasileiros foi composta da seguintemaneira:

    512 rbitros contratados juntos s Federaes eConfederaes Nacionais;

    26 civis voluntrios; e

    417 militares da ativa convocados.Merecem destaque, na arbitragem dos jogos, as seguintes

    participaes: Centro de Preparao de Oficiais da Reserva/RJ: 200

    alunos/2011 foram treinados e integraram a arbitragem doPentatlo Militar, Pentatlo Moderno, Esgrima e Triatlo;

    Centro de Educao Fsica Almirante Adalberto Nunes:60 militares do corpo permanente e alunos foram treinadospara a arbitragem do Pentatlo Naval;

    Polcia Militar do Estado de So Paulo: 24 militaresforam destacados para conduzir a competio de Taekwondo

    e do apoio logstico a todos os rbitros.

    Esporte Estrangeiros Brasileiros Total

    Atletismo 1 158 159

    Basquetebol 15 11 26

    Boxe 36 20 56

    Hipismo 5 49 54

    Esgrima 23 40 63

    Futebol 24 17 41

    Jud 19 4 23

    Orientao 3 70 73

    Natao 0 54 54

    Pentatlo Aeronutico 0 17 17

    Pentatlo Militar 0 84 84

    Pentatlo Moderno 10 131 141

    Pentatlo Naval 0 61 61

    Paraquedismo 39 10 49

    Taekwondo 40 24 64

    Tiro 14 45 59

    Triatlo 7 42 49

    Vela 4 39 43

    Voleibol 15 54 69

    Vlei de Praia 7 25 32

    TOTAL 262 955 1217

    rbitros de Tiro

    rbitros do futebol

    Atuao dos rbitros de natao CBDA/FARJ (contratados)

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    Para controlar toda a operao dos 5 Jogos MundiaisMilitares-RIO 2011, o terceiro maior eventoesportivo do mundo, com uma complexidade

    singular caracterizada pela intensidade de eventosdirios, chegando a atingir uma mdia de 15 eventosesportivos/dia, foi estruturado um Sistema de Comando

    e Controle (C2), baseado no modelo que normalmente

    tem sido utilizado em ambientes militares. Entretanto,dadas as caractersticas dos Jogos, o cont role e a gestodas atividades foram estruturados com base no conceitode Centros Integrados (CI).

    Nos CI eram executados os diversos sistemascomputacionais para gesto e operao dos jogos. EssesCentros foram concebidos de forma a manter a consistnciacom os seguintes princpios de C2:

    Estrutura Unificada de Comando, na qual cadaintegrante recebe comandos de uma nica fonte, tendo suasatuaes e decises difundidas para todos;

    Operaes Centradas em Redes (tanto de dadosquanto de rdio), cujo objetivo principal era a descentralizaodas tomadas de deciso, fazendo uso intensivo da tecnologiada informao por meio de redes geograficamente dispersas.

    A estrutura prevista para o funcionamento dos CentrosIntegrados, sintetizada na figura abaixo, foi composta por um

    Comando e ControleA Coordenao do Evento Esportivo

    O Sistema de Comando e Controle

    empregado nos 5 Jogos MundiaisMilitares objetivou otimizar oexerccio da direo, do controlee da coordenao das atividades

    logsticas, esportivas e de segurana,possibilitando o acompanhamento em

    tempo real das aes em curso.

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    eram vistos no CIOC e a interveno desse rgo dependeriade ser ele o responsvel pela soluo do problema ou, pordeciso interna, devido gravidade da ocorrncia.

    Conforme havia sido concebida, essa estrutura decisria

    permitiu que cerca de 95% das decises para sanar osincidentes ocorridos fossem tomadas nos CIAL e que apenas5% dos incidentes escalados ou capturados tivessem asdecises tomadas no CIOC.

    A matriz de sincronizao ou Programaominuto-a-minuto, como conhecida no meio civil, foi uma importantssima ferramenta desenvolvida paragerenciamento e acompanhamento de toda a programaodas atividades planejadas pelas AF durante a execuodos Jogos. Essa matriz consiste na definio de um Marco--Zero (hora de incio do evento) e a sequncia de atividades

    decorrentes do horrio de incio do evento. De acordo coma determinao do marco-zero, todas as demais AF planejamsuas atividades anteriores ao incio do evento, bem como asatividades posteriores a ele para o desenvolvimento de umnico cronograma de atividades.

    Durante os jogos, essa ferramenta permitiu que asatividades programadas fossem acompanhadas, no CIOC,pelos representantes das gerncias de cada rea Funcional,que haviam realizado a programao, permitindo oacompanhamento de qualquer incidente ocorrido e facilitandoa tomada de decises gerenciais.

    Toda essa coordenao foi suportada pela Intranet dos

    Jogos, a Rede de Transporte, uma rede segura e criptografada.Os nmeros impressionam e do a exata dimenso doevento. Pela Matriz de Sincronizao, foram acompanhadasas programaes detalhadas, que, consolidadas, geraram

    cerca de 19.000 linhas de atividades distribudas pelo perodooperacional, compreendido entre 5 e 28 de julho. Tambm,com esse conceito e estrutura, foi possvel a operacionalizaoe o gerenciamento do fluxo de mais de 7.000 deslocamentosde viaturas (mdia de 570/dia), no perodo dos Jogos, em 74itinerrios diferentes, permitindo o atendimento de cerca de7.000 atletas/delegados, em 37 modalidades esportivas.

    O Sistema de Comando e Controle foi estruturadode forma excelente para a finalidade a que se destinava,permitindo que seus operadores estivessem em ambientepropcio para o desempenho de suas funes e atividades.

    A misso foi cumprida com eficincia e eficcia. OSistema de C2 permitiu que fossem tomadas as decises parasolucionar os problemas das mais variadas ordens, bem comoa integrao de todos os sistemas, evitando a duplicidade deinformaes e permitindo a divulgao das modificaes deplanejamentos que porventura fossem necessrias.

    O resultado do trabalho apresentado pelos CentrosIntegrados serviu de modelo de comando e controle. Essaassertiva foi evidenciada nas visitaes ao CIOC por comitivasde rgos pblicos, instituies desportivas e comitsorganizadores de eventos esportivos de vulto em nvel

    nacional e internacional.

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    nmero de representantes internacionais aps a morte deOsama Bin Laden, aumentando o risco de aes terroristas.

    Diante desse cenrio, decidiu-se criar o CCTI,subordinado ao CCOp e chefiado pelo Comandante

    da Brigada de Operaes Especiais (Bda Op Esp),englobando destacamentos contraterror dessa GrandeUnidade, elementos da Marinha do Brasil (Grupo Especialde Retomada e Resgate e Grupo de Mergulhadores deCombate), do Departamento de Polcia Federal, da PolciaMilitar do Estado do Rio de Janeiro, por intermdio doBatalho de Operaes Especiais (BOPE), da Polcia Civil,por meio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE),equipes antiexplosivos, de negociadores, de caadores e dedefesa qumica, biolgica e nuclear.

    Coube ao CCTI realizar reconhecimentos, treinamentos

    e aes preventivas, inclusive com pr-posicionamento deequipes em locais sensveis, como Estdio Joo Havelange,Maracanzinho, Paty do Alferes, Resende e Seropdica,com a finalidade de propiciar uma resposta imediata emcaso de crise.

    Comando e Controle

    A atividade de Segurana desenvolveu-se em umambiente descentralizado, com grandes distncias entreas equipes fixas e mveis e altamente urbanizado.Para que o Comando e Controle funcionasse de maneira

    efetiva, utilizou-se uma gama de tecnologias da informaoe sistemas de comunicaes rdio avanados, como o Tetrae o Trunking, perfazendo, somente na rea da segurana,500 terminais portteis, 25 veiculares e 35 fixos, alm decelulares, smartphones (para localizao via GPS em temporeal de comboios) e intranet, dentre outros.

    Logstica

    Em uma operao desse tipo, a logstica para asegurana necessria teve que pautar o seu planejamentosob dois pilares: flexibilidade e robustez. A necessidade

    de alimentao durante as 24 horas do dia foi um desafio

    superado pela AF Logstica, haja vista que as atividades eramexecutadas diuturnamente, exigindo alimentar o pessoal emregies distantes de suas bases em diversas oportunidades.

    O transporte, intimamente ligado s misses de

    segurana, mostrou-se um desafio a ser vencido em funoda descentralizao e das demandas planejadas e inopinadas.Foram realizados, em mdia, 500 deslocamentos dirios,para competies, treinamentos, passeios tursticose autoridades e outros de suporte, como de viaturasantidoping. Para cada um desses deslocamentos, haviaa necessidade de uma equipe de segurana adequada.Ressalta-se a necessidade de apoio logstico especiali-zado para o emprego de helicpteros, implicandopr-posicionamento de combustvel em diversosaerdromos do Rio de Janeiro e em Resende.

    Outros aspectos

    Houve o emprego intensivo de equipamentos desegurana eletrnica, complementarmente s aesdesenvolvidas, com 1.621 cmeras, 106 detectoresde presena e barreiras eletrnicas de permetro, 118detectores de fumaa, 23 centrais de alarme, 90 detectoresde metais fixos e 190 portteis, 15 scanners de raio X, 61catracas magnticas e 103 leitoras de cdigo de barras paraconferncia de credenciais.

    O uso de helicpteros mostrou-se fundamental

    para o cumprimento da misso, levando-se em conta anecessidade de flexibilidade diante do trfego do Rio de Janeiro em determinados horrios, o pr-posicionamentode tropas convencionais e especiais em condies de seremempregadas no mais curto prazo, nas aes de demonstraode fora nas reas de interesse do CCOp e na utilizao doolho da guia, que possibilitou o monitoramento visual adistncia e em tempo real de atividades consideradas sensveis,como a Cerimnia de Abertura e de Encerramento, bemcomo o acompanhamento de comboios que transportavamarmamentos e munies dos atletas.

    A participao da Marinha do Brasil, por intermdio

    Batedores Motociclistas preparam-separa uma Escolta de Comboio

    Viso geral de uma das Instalaes do CCOp

    27 An XXXIX N 213 EspEcialDEzEmbro 2011

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    28 cEntroDE comunicao socialDo Exrcito

    do Comando da Fora de Fuzileiros da Esquadra, propicioua necessria defesa de pontos sensveis e a proteo, como uso de meios navais, de reas importantes, como dasguas ao norte do aeroporto Tom Jobim, a leste da EscolaNaval (onde ocorreu a competio de vela) e da praia de

    Copacabana (local dos hotis que hospedaram os dignitriose outras autoridades).A vigilncia do espao areo ficou sob a coordenao

    da Fora Area Brasileira, representada na parte de segu-rana terrestre pelo III Comando Areo Regional, porintermdio do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro.Foram utilizadas aeronaves R-99 para as atividades de alerta edeteco, em conjunto com helicpteros Black Hawk e aviesT-27 e F5 para interceptao; tudo isso complementado pelaartilharia antiarea em terra, com o emprego de canhesantiareos e msseis terra-ar dispostos em reas consideradas

    sensveis.O monitoramento e a varredura abrangeram aes

    de defesa qumica, biolgica e nuclear, alm da eletrnica.Esse trabalho preventivo foi realizado sob a superviso daCompanhia de Defesa Qumica, Biolgica e Nuclear doExrcito Brasileiro, em conjunto com outras equipes, com afinalidade de eliminar ou mitigar a possibilidade de empregodesse tipo de meio contra os participantes do evento.

    Ainda na 1 fase, houve o desenvolvimento deestgios visando capacitao de recursos humanos parao desempenho de tarefas especficas, como batedores

    motociclistas, segurana de autoridades, operao deequipamentos de comando e controle, combate a incndio,emprego de armamento no letal, emprego de helicpterose operao das ferramentas de Tecnologia da Informaodisponibilizadas pelo CPO, dentre outros. Alm disso, oltimo ms foi dedicado aos treinamentos das aes queseriam desempenhadas durante os jogos, bem como paracomplementar reconhecimentos de itinerrios, dos locaisde competio e hospedagem e dos pontos sensveis deinteresse da segurana.

    importante destacar as aes junto ao escalo superior,

    em 2010, no sentido de reter recursos humanos na 1 DE,

    diminuindo substancialmente o nmero de transfernciaspara outras OM, a fim de fazer frente ao desafio dos Jogos;bem como de captar pessoal especializado em face dasdemandas visualizadas. Nesse sentido, contou-se coma vinda de oficiais e praas para trabalhar nas sees do

    Estado-Maior Geral voltados para as operaes e atividadesde apoio, como foi o caso da passagem disposiode engenheiros militares subordinados diretamente aoComando da Diviso.

    ConclusoO sucesso alcanado nas operaes de segurana

    durante a realizao dos 5 Jogos Mundiais Militares foiresultado da sinergia entre todos os atores que participaramdaquele evento, respeitando as peculiaridades e as culturas deemprego prprias. Buscou-se utilizar as melhores prticas e

    as expertises de cada componente da segurana, tendo comofoco o cumprimento da misso.

    Destaca-se que o trabalho da Inteligncia foi fundamental,na medida em que forneceu os subsdios necessriospara a segurana, tanto na fase de planejamento como nade execuo. Esse trabalho maduro e profissional, emconjunto com outros Sistemas Operacionais, demonstrou acapacidade de as Foras Armadas trabalharem em conjunto,inclusive com os OSOP, em perfeita harmonia e com umnico objetivo: prover segurana adequada e um ambienteseguro e estvel.

    O cumprimento exitoso dessa complexa misso podeser resumido em trs palavras: coordenao, cooperao ecomprometimento. Sem essas caractersticas, que permearamtodos os passos desde o planejamento at a desmobilizaodos meios, dificilmente seria possvel atingir as metas e osresultados finais.

    A experincia adquirida nos 5 Jogos Mundiais Militarespropiciou s Foras Armadas, como um dos inmeros legados,conhecimento expressivo na rea de Segurana de GrandesEventos, que se mostra bastante interessante no que tange aeventos futuros, como a Rio+20, a Copa das Confederaes,

    a Copa do Mundo e os Jogos Olmpicos.

    28 cEntroDE comunicao socialDo Exrcito

    Aspectos da segurana de estacionamento e de comboio

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    29 An XXXIX N 213 EspEcialDEzEmbro 2011

    A SustentabilidadeAmbiental

    N

    essa linha de trabalho, o Comit de PlanejamentoOperacional dos 5 Jogos Mundiais Militaresdesenvolveu o Projeto Sustentabilidade Ambiental

    e ativou a Gerncia de Meio Ambiente, que foi formadapor militares da Seo de Meio Ambiente do Exrcitosubordinada Diretoria de Patrimnio, em Braslia/DF.

    O Projeto Sustentabilidade Ambiental introduziu boasprticas ambientais aos 5 JMM, possibilitando a divulgaode medidas ambientais implantadas na infraestrutura e na fasede execuo dos Jogos. Foram definidas 4 reas temticasprincipais: sustentabilidade das obras e servios, economiade gua e energia, gesto de resduos e incentivo ao plantiocompensatrio de mudas.

    A Educao Ambiental esteve presente em todas as reas

    temticas, com a confeco de cartilhas e material informativopara os atletas, membros das delegaes e espectadores.De uma maneira geral, o Projeto teve como premissa oatendimento das regras preconizadas pela Poltica Nacional deMeio Ambiente (PNMA) e pela Poltica Nacional dos ResduosSlidos (PNRS), alm de difundir a sustentabilidade ambientalaproveitando as boas prticas ambientais j implantadas,incorporando aes bsicas educativas na fase de execuodos Jogos.

    O cronograma de visitas aos canteiros de obraspermitiu verificar que os empreendimentos cumpriram as

    condicionantes das licenas ambientais, que foram realizadas

    medidas compensatrias e que as reas degradadas foramrecuperadas, alm da verificao de que as obras apresentavam

    medidas sustentveis e de economia de gua e energia, comocaptao de gua de chuva, uso de automao de iluminao eenergia alternativa, uso de dispositivos sanitrios econmicose gesto de resduos de construo e demolio.

    Para o cumprimento das condicionantes ambientais eatendimento licena ambiental, foram realizadas diversasaes pelas empresas contratadas para a construo das Vilas de Atletas, tais como Programa de Coleta Seletivanas comunidades prximas Vila Verde; Programa deTreinamento Ambiental dos Trabalhadores da Obra na Vila Verde; umidificao das vias de acesso interno para

    minimizar a ascenso de material particulado; realizao depalestras para sensibilizao sobre controle e prevenoda Dengue; instalao de placas de sinalizao ambientale de segurana nas frentes de servios; implantao deEstao de Tratamento de Efluentes; demarcao das reasde preservao permanente na Vila Verde para garantir a

    A sustentabilidade ambiental

    de um evento fator de grandeateno mundial e consideradopr-requisito para a qualificao

    de qualquer pas sede de umevento esportivo mundial.

    Educao Ambiental nos 5 Jogos Mundiais Militares

    29 An XXXIX N 213 EspEcialDEzEmbro 2011

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    30 cEntroDE comunicao socialDo Exrcito

    preservao da cobertura vegetal nativa responsvel pormanter as caractersticas fsicas, qumicas e biolgicas do solo,bem como propiciar condies favorveis fauna e flora dolocal; utilizao de pisos semipermeveis s margens da reade preservao permanente da Vila Verde para proporcionara infiltrao das guas pluviais e minimizar os efeitos negativosdecorrentes da impermeabilizao do solo.

    O incentivo ao plantio compensatrio de mudasconsistiu na adoo de medidas para reduzir os impactosprovocados pela supresso da vegetao na rea ocupadapelas obras. Foi realizado o plantio de mudas em atendimentos condicionantes das Licenas Ambientais. Ao todo, foramplantadas 2.150 mudas de plantas da Mata Atlntica.

    Os blocos de apartamentos da Vila Verde foramprojetados para conter dispositivos de captao de gua dechuva, utilizando calhas na cobertura dos blocos de edifciose reservatrio com sistema de recalque para a irrigao dejardins e lavagem de caladas. Alm disso, o projeto atendeu

    a requisitos de economia de gua e eficincia energtica coma instalao de hidrmetros para cada unidade habitacional;dispositivos sanitrios econmicos, com descarga de duploacionamento; sensores de presena nas reas comuns, noscorredores e escadas, para acendimento das lmpadas;utilizao de lmpadas fluorescentes, que apresentam maiordurabilidade e economia em relao s demais. No Ginsiodo Comando da Brigada de Infantaria Paraquedista, foiutilizada a tecnologia zenital, que possibilitou a iluminao detodo o ginsio, durante o dia, sem a necessidade da utilizaode energia eltrica.

    Na rea da sustentabilidade das obras e servios, aempresa de engenharia contratada realizou a gesto deresduos de construo civil nas obras das Vilas de Atletas, queconsistiu no encaminhamento dos resduos de construoe demolio para destinao adequada e reciclagem. Foramencaminhados para a reciclagem 618 m de papel/papelo(sacaria de cimento e de argamassa), 3.320 m de madeira e700 toneladas de metal.

    Durante o perodo dos Jogos, a equipe da Gerncia deMeio Ambiente promoveu a medio diria do consumo degua e energia eltrica nas Vilas de Atletas. O objetivo dessa

    medida foi realizar o registro do consumo de gua e energiavisando subsidiar aes pr-ativas para economia e o usoconsciente desses dois recursos, inclusive com campanhasdirecionadas aos prximos usurios/moradores das Vilas.

    A divulgao de regras bsicas de consumo por partedos atletas foi fundamental para a gesto de resduos slidosurbanos. Os atletas receberam uma cartilha intitulada Guia dasVilas, com orientaes para o descarte correto dos resduosnas Vilas de Atletas. Os coletores de resduos localizados nosquartos dos apartamentos utilizados para hospedagem dosatletas receberam adesivos com orientao para o descarte

    de resduos reciclveis ou orgnicos. Os atletas tambm foram

    Segurana do Trabalho nas obras

    Medio do consumo de gua e energia

    Compostagem na EsEqEx

    Comlurb e sua atuao nos jogos

    30 cEntroDE comunicao socialDo Exrcito

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    31 An XXXIX N 213 EspEcialDEzEmbro 2011

    Gericin, e os resduos de sade foram encaminhados para tratamento trmico em micro-ondas e dispostos no CTRNova Gerar, em Nova Iguau. No perodo de 4 a 28 de julho,a Comlurb removeu 487 toneladas de resduos dos locais decompetio. As cooperativas de catadores cadastradas na

    Comlurb receberam 65,8 toneladas de materiais reciclveis,sendo que as Vilas de Atletas contiburam com 36,9 toneladasde materiais reciclveis.

    Outro projeto importante de sustentabilidade dosresduos slidos nos 5 JMM foi o apresentado pela Escolade Equitao do Exrcito (EsEqEx). Todo o resduo oriundodas baias de estabulagem dos animais que participaram dascompeties de hipismo e pentatlo moderno foi destinado compostagem. Esse processo transforma o estrume docavalo, resto de alimentos, serragem (cama do cavalo),urina, capim e restos de alfafa em hmus para a adubao

    das reas comuns.O Projeto Sustentabilidade Ambiental dos 5 Jogos

    Mundiais Militares apresentou importantes resultados. Osobjetivos conquistados possibilitaram o desenvolvimentoda conscincia de proteo e preservao ambiental nosprofissionais e atletas que participaram do evento.

    Com a experincia dos 5 JMM, ficou clara a importnciado planejamento das atividades na rea de meio ambienteem consonncia com as demais reas de controle e operao.Logo, a dimenso ambiental deve ser sempre prevista,desde o incio da organizao de um evento e/ou

    empreendimento.

    Plantio compensatrio de mudas Piso semipermevel e Iluminao Zenital Sustentvel

    orientados para o descarte adequado dos resduos de sade.Esses resduos foram encaminhados aos Postos de Sadepara descarte em coletores apropriados e devidamenteidentificados. Tambm foram previstos coletores individuaispara pilhas e baterias em locais estratgicos das Vilas de

    Atletas, como o Clube CISM. A empresa contratada para executar o servio de

    Governana ficou responsvel pela manuteno dalimpeza no interior da Vila Verde, inclusive no interior dosapartamentos. A manuteno da rea externa ficou soba responsabilidade da Companhia Municipal de LimpezaUrbana (Comlurb). Ao todo, foram disponibilizados cercade 3.000 contineres, com adesivos especficos para coletaseletiva, que foram distribudos nas instalaes esportivas.

    Alm da limpeza e coleta dos resduos nas Vilas deAtletas, a Comlurb ficou responsvel pelas reas internas e

    externas dos locais de competies, entorno e vias de acesso.Para isso, destacou 1.317 profissionais, todos devidamenteuniformizados e utilizando os equipamentos de proteoindividual (EPI). Foram construdos locais de triagem na Vila,denominados Ecopontos, para armazenamento temporriodos resduos e higienizao dos contineres. A partir desselocal, os resduos gerados no preparo de alimentos foramtransportados em contineres especficos para compostagemna Estao de Transferncia (ETR) da Usina do Caju, e osresduos reciclveis foram encaminhados para a cooperativade catadores. Os resduos orgnicos provenientes dos

    sanitrios e de varrio foram encaminhamento ao CTR de

    31 An XXXIX N 213 EspEcialDEzEmbro 2011

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    No perodo de 19 a 24 de julho de 2011, noCentro Nacional de Hipismo (CNH), foram

    realizadas, sob responsabilidade do 2Regimento de Cavalaria de Guardas, as trs modalidadesesportivas hpicas (Adestramento, Concurso Completode Equitao CCE e Salto) dos 5 Jogos MundiaisMilitares. O CNH conta com uma pista principal desaltos com piso especial, que amortece o impacto dos tendes do cavalo, pistas de aquecimento, picadeirocoberto para adestramento e uma pista de mais decinco mil metros de extenso com obstculos naturaispara o cross country.

    Em 2011, a competio marcou a primeira vez dos

    Jogos Mundiais Militares no continente americano. Oprprio CISM, as delegaes dos pases a ele filiados eas federaes internacionais das diversas modalidadesdesportivas expressaram ansiedade e expectativa, noreveladas nos eventos anteriores do gnero, em razo dasvariveis contribuintes, que transformaram os Jogos numademonstrao de esforo e efetividade nacional.

    Alm do aluguel dos animais de salto, que foramutilizados pelas equipes dos pases inscritos nos jogos,a fim de atender os acordos estabelecidos entre aComisso Desportiva Militar do Brasil (CDMB) e o CISM,

    o pas organizador disponibilizou, na rea de competio,

    O Hipismonos 5 Jogos

    Mundiais Militares

    Os militares brasileiros superaram

    as dificuldades presentes nascompeties hpicas e lograram

    excelentes resultados, mantendo atradio do hipismo militar brasileirode bons resultados nas competies.

    32 cEntroDE comunicao socialDo Exrcito

    instalaes (pistas para as competies, estbulos para osanimais, pisos das pistas e do cross, vestirios para juzes e

    concorrentes, alojamentos e refeitrio para os tratadores)e servios (desenhador de percursos, forragem para osanimais estrangeiros, atendimento veterinrio, transportede animais) que atenderam s condicionantes tcnicasda competio. Para isso, houve necessidade de alguns trabalhos de melhoria, de construo e de aquisio demateriais para que a competio apresentasse o nveltcnico exigido.

    O hipismo o esporte em que dois atletas formamum nico conjunto (cavalo/cavaleiro) para competir

    Tenente-Coronel Sgnaolin e o cavalo Escudeiro do Rincoouro individual no CCE

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    na busca de medalhas. Nesse mister, so exigidosdos conjuntos um elevado nvel tcnico e esforos no

    limite da resistncia fsica. Assim, fundamental para aintegridade fsica dos competidores realizar um preparoideal dos pisos e obstculos para as pistas de salto, deadestramento e para o cross country, com varas de pesoideal, suportes e ganchos de segurana, bem como umaestrutura tcnica compatvel, atendimento veterinrio comtransporte dos animais para os locais das competies eresgate de animais acidentados, caso seja necessrio. Nos5 JMM do CISM, houve a participao de 14 pases nacompetio de hipismo.

    Optou-se pela realizao da modalidade de salto com

    cavalos cedidos pelo pas organizador. O nmero ideal(quantidade mnima prevista para atender expectativa totalde inscries) girou em torno de cinquenta animais de nveltcnico para saltar 1,20m e cinco animais de nvel tcnicopara saltar 1,30m nas disputas por equipe e individual.

    No Adestramento e no CCE, os concorrentespuderam disputar com seus prprios cavalos, sendoainda disponibilizados 16 animais para o CCE pelo pasorganizador.

    Com exceo da prova de adestramento do CCE, quefoi disputada no picadeiro coberto, as demais competies

    de Hipismo foram realizadas ao ar livre.

    33 An XXXIX N 213 EspEcialDEzEmbro 2011

    3 Sargento Luiza Almeidamedalha de ouro Individual Adestramento

    Equipe de Salto - Medalha de ouro

    Capito Barros na prova de salto

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    Oapoio de sade ficou a cargo da Gernciade Sade da rea Funcional de Logstica doComit de Planejamento Operacional (CPO)e abrangeu os procedimentos sanitrios preventivos,realizados pelos respectivos rgos dos governos federal,

    estadual e municipal, bem como o desdobramento doatendimento pr-hospitalar, fixo e mvel, nas instalaesesportivas e no esportivas para os casos de urgncia eemergncia, culminando com a ateno hospitalar paraas ocorrncias de maior complexidade.

    A misso da Gerncia de Sade, conforme prevista noprojeto original, foi a de coordenar e controlar todo o fluxo deapoio de sade s instalaes esportivas e no esportivas, bemcomo prover assistncia mdica, farmacutica, de fisioterapia,de enfermagem e odontolgica, com qualidade, oportunidadee segurana, para todo o pessoal envolvido atletas, tcnicos,

    membros das delegaes, convidados e famlia, pblicoespectador e a fora de trabalho terceirizado, de acordocom as diretrizes emanadas do CISM e buscando atender sparticularidades de cada delegao, esporte e instalao.

    Para a operacionalizao das aes de sade, houve anecessidade de proceder terceirizao de equipes de sadee de ambulncias da classe D (tipo UTI), mediante processolicitatrio do tipo prego global, cuja empresa vencedora docertame foi a TOESA Service, uma vez que as OrganizaesMilitares Operacionais e de Sade das trs Foras Armadasno tinham condies de atuar em todas as frentes projetadas

    em recursos humanos, material e ambulncias para o devidoapoio ao macroevento desportivo.

    Durante os trabalhos de planejamento, foram realizadas frequentes reunies de coordenao entre as equipes desade das Foras Armadas e do Ministrio da Sade, as quais

    permitiram o aperfeioamento das aes a realizar, sobretudo luz da legislao vigente dos segmentos envolvidos, facilitando a adoo das medidas sanitrias preventivas comacerto e maior eficincia tcnica.

    As arenas esportivas e no esportivas, militares e civis, foramvisitadas pelas equipes sanitrias do Ministrio da Sade, as quaisdesenvolveram um trabalho de orientao minucioso do pontode vista preventivo nos refeitrios, nas arenas de competio,nas reas externas para os espectadores e instalaes de sade,atendendo s exigncias sanitrias legais vigentes no Pas. Comisso, foi possvel adotar oportunamente as medidas cabveis para

    a melhoria da qualidade dos servios prestados s delegaesinternacionais e ao nosso pblico interno.

    Fora de Trabalho A fim de mobiliar em recursos humanos a estrutura

    operacional planejada, foi constituda uma fora de trabalhocomposta por 416 integrantes das trs Foras e 458 terceirizados (TOESA Service), perfazendo um total de874 profissionais de sade, que atuaram em sistema derevezamento e foram distribudos funcionalmente de acordocom a tabela abaixo:

    O Apoio de Sade

    Para assistir o universo de atletas, delegados, fora de trabalho e espectadores,

    foi planejado e executado um apoio em sade com recursos humanos e materiaisnecessrios para um atendimento seguro, oportuno e de qualidade, antes,

    durante e aps o megaevento.

    FT Sade Mdico Enfermeiro Dentista Farmacutico FisioterapeutaTecEnf

    TecFisiot

    Auxiliarodontologia

    Maqueiro Total

    Marinha 65 5 5 1 10 70 0 4 19 179

    Exrcito 30 1 1 1 9 9 3 0 20 74

    FAB 104 1 18 3 7 0 0 10 20 163

    Total deMilitares

    199 7 24 5 26 79 3 14 59 416

    TOESA 129 150 0 0 35 0 0 0 144 458

    Total Geral 874

    34 cEntroDE comunicao socialDo Exrcito

    Fora de Trabalho da Sade empregada nos 5JMM

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    Numa viso sistmica do apoio de sade, foi elaboradoum organograma funcional a ser realizado desde a chegadadas delegaes ao Pas, passando pelos hotis, eventos sociais,

    arenas esportivas e no esportivas.A estrutura organizacional padro foi planejada de acordo

    com as caractersticas de cada arena a ser apoiada, o tipo decompetio realizada e a sua complexidade. Foram planejadosos apoios de acordo com as peculiaridades das instalaes,para 11 arenas civis, 18 arenas militares e as 3 Vilas dos Atletas.

    Operacionalidade

    As equipes de sade atuaram nas Vilas de Atletas, arenasde competio, hotis, Aeroporto Internacional Tom Jobim(Galeo), Base Area do Galeo e por ocasio das Cerimnias

    de Abertura e de Encerramento.Nas arenas esportivas, o apoio de sade foi realizado em

    32 Postos Fixos de atendimento mdico especializado emurgncia e emergncia, em 51 Postos Mveis (ambulnciascom suporte avanado de vida) e por 15 equipes mdicas ede fisioterapia de atendimento junto ao field of play (FOP).

    Nos locais de hospedagem e Vilas dos Atletas, o apoio desade foi efetuado por 3 Postos Mdicos com atendimentomdico, fisioterpico e odontolgico e por 3 Ambulncias comsuporte avanado de vida. Em todas as situaes, os PostosMdicos e Ambulncias estavam devidamente mobiliados.

    Conforme preconizado no projeto original, o

    atendimento de sade nas arenas de competio e nos locaisde treinamento obedeceram aos princpios da eficincia e daeficcia, e ocorreram de forma oportuna, ou seja, com um

    intervalo de tempo mnimo decorrido entre o momento doacidente desportivo e o atendimento mdico especializado.

    Por isso, devido ao desdobramento das reas decompetio, abrangendo o municpio do Rio de Janeiro,passando por Paty de Alferes, Seropdica e chegando aResende, foi desenvolvido o Plano de Evacuao Aeromdicae Resgate (PEVAMR), por meio de uma operao conjuntado 3/8 Grupo de Aviao e do 3 Esquadro de Transporte Areo (ETA), ambos da Fora Area Brasileira, comdisponibilizao de um Helicptero H-34 (Super-Puma)

    35 An XXXIX N 213 EspEcialDEzEmbro 2011

    Ambulncia classe D TOESA Service

    Posto fixo de atendimento

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    para Resgate, e de uma aeronave C-95 (Bandeirante) paraEvacuao Aeromdica (EVAM), coordenada pela II FAE epelo 3 ETA, respectivamente.

    O apoio hospitalar foi distribudo, de acordo com as arenase instalaes no esportivas, para os hospitais: Hospital Naval

    Marclio Dias, Hospital Central do Exrcito e Hospital da ForaArea do Galeo, os quais atenderam os atletas, membros dasdelegaes, famlia CISM e fora de trabalho militar. Por meiode parceira com o Sistema nico de Sade/SUS (governos federal, estadual e municipal), foram disponibilizados 12

    hospitais de referncia no Estado do Rio de Janeiro, paraatendimento dos civis, terceirizados e espectadores.

    Como parte integrante do Planejamento de Sade, oCorpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro(CBMERJ) desenvolveu importante ao estratgica parao apoio s emergncias mdicas, salvamento, preveno ecombate a incndios, no entorno das arenas esportivas e noesportivas.

    Alm dessa bem sucedida parceria, uma outra parceriatcnica que incrementou a qualidade dos resultados alcanadosfoi aquela estabelecida com o Ministrio da Sade, por meiodos Centro de Informaes Estratgicas em Vigilncia emSade (CIEVS) Federal, Estadual e Municipal.

    Dados Epidemiolgicos

    Oriundos da parceria estabelecida entre a Gernciade Sade do CPO com os rgos de Vigilncia em Sade(Ministrio da Sade, Secretaria Estadual de Sade eSecretaria Municipal de Sade, ambos do Rio de Janeiro), os

    quais tiveram acesso s arenas esportivas e no esportivas,o nmero de atendimentos acumulados para o perodode ocorrncia dos 5 JMM foi 1.849. As competiesrealizadas/vilas em funcionamento totalizaram nmero deeventos igual a 157. Esse valor foi obt ido a partir da anlise

    36 cEntroDE comunicao socialDo Exrcito

    Pblico Assistido N Atendimentos %

    Atleta 729 39,4

    Fora de Trabalho Militar 294 15,9

    Fora de Trabalho Civil 288 15,6

    Delegao 156 8,4

    Voluntrios 41 2,2

    CISM 23 1,2

    Outros 191 10,3

    Em branco 127 6,9

    Total 1849 100

    Frequncia acumulada de atendimentos segundo o tipo de pblico assistido

    Ambulncia do Corpo de Bombeiros doRio de Janeiro pronta para prestar apoio

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    dos dados digitados e processados at o fechamento dasVilas Militares.

    O grupo de atletas foi o que mais utilizou apoio de

    sade (39,4%), segundo a tabela acima.

    Legado para as Foras Armadas

    Trs ambulncias do tipo UTI, mobilirios, equipamentosmdicos, de fisioterapia e de odontologia, material de pensoe equipamentos de proteo individual foram utilizados nosPostos de Atendimento das Vilas de Atletas (Branca, Verdee Azul), nos hospitais militares de referncia e, tambm, notreinamento e formao do pessoal militar de sade.

    A reforma arquitetnica do prdio do antigo Hospital deGuarnio da Vila Militar para abrigar o Centro de Reabilitao

    Motora foi uma conquista importante para a comunidademilitar do Exrcito, que utiliza os servios de fisioterapia, alioferecidos em alto padro teraputico.

    O aperfeioamento de militares de sade foiconseguido por meio da disponibilizao de recursos financeiros para a realizao dos Cursos de Suporte Avanado de Vida no Trauma Advanced TraumaLife Support (ATLS), com a participao de 68 oficiaismdicos, e de Suporte Bsico de Vida Basic Life Support(BLS), ministrado para 30 graduados, alm do Cursode Maqueiro/Socorrista, ministrado gratuitamente pelo

    CBMRJ, para 59 praas.

    Concluso

    O apoio de sade aos 5JMM foi concludo, dentro doplanejamento previsto, com resultados exitosos nos 1.849

    atendimentos mdicos. Os indicadores epidemiolgicosrevelaram a eficcia dos servios prestados e a complexidadedos atendimentos, realizados com sucesso. Considerando oatendimento de sade s competies e s trs Vilas dos Atletas,foram totalizados 157 eventos, os quais atestam a efetividadediria dos servios prestados pelas equipes de sade.

    Ao estabelecermos uma relao comparativa com os 4Jogos Mundiais Militares, realizados de 10 a 24 de outubrode 2007, na ndia, podemos constatar, dentre outrosindicadores, que, apesar do efetivo de atletas da atual edio ter sido 40,9% maior, em valores relativos, a porcentagem

    de atendimentos mdicos nesta categoria (39,4%) foi menorque naquela edio (47,6%), em Hyderabad. Por outro lado,o nmero de remoes hospitalares foi 404% maior nos 5 JMM, demonstrando que os atendimentos foram de maiorgravidade.

    Finalmente, considerando que essa 5 edio dos jogos foi25,7% maior no nmero de participantes, 40,9% maior emnmero de atletas, 35% maior em nmero de modalidadesesportivas (20) do que a anterior (13), conclui-se que oefetivo a maior em 51,2%, daquele utilizado em 2007, foiadequadamente dimensionado no planejamento executado

    no megaevento de 2011.

    5JMM/2011 4JMM/2007 Diferencial

    Total de participantes(atletas e delegados)

    6.328 (100%) 5.032 (100%) 25,7%

    Atletas 4.157 (65,6%) 2.949 (58,6%) 40, 9%

    Total de atendimentos mdicos 1.849 (100%) 901 (100%) 105%

    Atendimentos de Atletas (lesesesportivas)

    729 (39,4%) 429 (47,6%) 69,9% *O ndice de atendimento foimenor nos 5JMM em valores relativos

    Atendimentos Hospitalares 97 (5,2%) 24 (2,7%) 404%

    Quadro Estatstico Comparativo das Edies: 5 JMM x 4 JMM Atendimento Mdico

    37 An XXXIX N 213 EspEcialDEzEmbro 2011

    Interior de uma ambulncia tipo UTI Entrega de certificados do curso de socorrista

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    38 cEntroDE comunicao socialDo Exrcito

    OCentro de Reabilitao Fsica General LyraTavares ocupa as instalaes da tradicionalEscola Municipal Rosa da Fonseca, local onde,

    a 14 de janeiro de 1914, foi lanada a clula embrionriado Servio de Sade na Guarnio da Vila Militar, queposteriormente se transformou no Hospital Geral doRio de Janeiro.

    Inaugurado no dia 9 de junho de 2011, recebeu essenome em homenagem ao General-de-Exrcito Aurlio de

    Lyra Tavares, que foi um dos responsveis pela promulgaodo Decreto-Lei n 938, de 13 de outubro de 1969, o qualassegurou o exerccio das profisses de fisioterapeuta eterapeuta ocupacional no Brasil.

    Com a escolha da cidade do Rio de Janeiro para sediaros 5 Jogos Mundiais Militares no ano de 2011, houve anecessidade de criao de um centro para reabilitao erecuperao dos atletas nacionais e estrangeiros durante operodo dos Jogos. Coube, assim, ao Hospital Geral do Riode Janeiro, por estar localizado na maior Guarnio Militare possuir o maior contingente de tropas operacionais da

    Amrica Latina, a idealizao desse Projeto.Dessa forma, alm de ter sido referncia para os JogosMilitares, tornou-se tambm um local com multiespecialidades fisioteraputicas para os usurios do sistema SAMMED/FUSEX, pois oferece atendimento em diversas especialidadescom um alto nvel de complexidade para as vrias patologiasdo aparelho locomotor e possui condies de atender aosmais diversos grupos de pessoas, tais como: recm-nascidos,crianas, adolescentes, adultos, idosos, atletas e portadoresde necessidades especiais.

    O Centro de ReabilitaoFsica General Lyra Tavares

    Criado para ser referncia emreabilitao fsica para todos os atletas,sejam do Brasil ou de outros pases, oCentro de Reabilitao Fsica General

    Lyra Tavares, inaugurado em 9 de junhode 2011, destaca-se, no Brasil, entre ossimilares, pelo seu atendimento tantoem capacidade como em qualidade.

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    39 An XXXIX N 213 EspEcialDEzEmbro 2011

    Instalaes

    Com uma rea de aproximadamente 1.500 m2,o Centro de Reabilitao Fsica possui espao para

    avaliao, Reeducao Postural Global (RPG), FisioterapiaNeurofuncional, Eletrotermoterapia, Eletromagnetismo,Pilates, Fisiodiagnstico, Cinesioterapia, Hidroterapia empiscina aquecida e uma ampla recepo, tudo distribudo emsete salas com equipamentos de ltima gerao e operadospor 22 fisioterapeutas qualificados.

    Cada sala est devidamente mobiliada e equipada parasua atividade-fim.

    A Fisioterapia Neurofuncional reabilita pacientes comnecessidades especiais e deficits motores oriundos de diversasneuropatias. Contm objetos estimuladores, espelho, barra

    paralela, maca eltrica e div, escada e rampa de canto.A RPG trata de distrbios posturais e possui salas com

    macas especficas, espelhos e objetos de correo, comobolas e calos para alongamentos.

    A Eletrotermofototerapia destinada ao tratamentocomplementar de patologias traumatolgicas e ortopdicas.Possui boxes, equipados com macas, aparelhos de ultrassom,laser, tens/fes, infravermelho, neurovector e neuro estethics.

    O atendimento com Eletromagnetismo possui boxes comaparelhos de ondas curtas, micro-ondas e macas especficas.

    A Cinesioterapia abrange as atividades de exerccios em

    geral para fortalecimento e alongamento muscular. Para isso,

    dispe de um amplo ginsio, com bicicletas, esteiras, barrade Ling, macas, divs, camas elsticas, cadeiras de rodas,aparelhos de mecanoterapia, exercitadores, bolas suas,

    bastes, halteres, caneleiras, andadores e caixa de areia parapropriocepo.

    A Hidroterapia indicada para pacientes com leses traumato-ortopdicas, para portadores de necessidadesespeciais e para pacientes com distrbios neurolgicos. Oservio de Hidroterapia possui piscina aquecida e adaptadapara portadores de necessidades especiais, turbilhes paramembros superiores e inferiores e mquina de gelo, emsuporte crioterapia (tratamento com gelo).

    No Estdio de Pilates, realizada a correo e ofortalecimento dos msculos dinmicos e postura individual.

    Piscina aquecida de Hidroterapia

    Manobra de relaxamento muscular em atleta

    Tratamento manipulao cervical

    Tramento de Crioterapia

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    40 cEntroDE comunicao socialDo Exrcito

    Funciona com aparelhagem prpria, tais como Cadillac,Reformer, Ladder Barrel e Wall Unit.

    No setor de Fisiodiagnstico, realizado o diagnsticocom o objetivo de se verificar o grau de comprometimentomuscular. Esse procedimento possibilita uma ampla abordageme eficcia quando usado em atletas e militares operacionais,pois possibilita reduzir o perodo de recuperao. Conta comum aparelho de Cyberxy de ltima gerao, com computadore impressora.

    Os atendimentos so realizados diariamente, no turnoda manh e da tarde, com uma mdia de 2.000 pacientes/

    ms. O tratamento iniciado aps a avaliao feita pelofisioterapeuta. O agendamento feito presencialmente, das

    7h s 18h, de segunda a sexta-feira. Para tanto, o pacientedeve estar de posse do encaminhamento mdico.

    A Misso de Ontem e de HojeOs 5 Jogos Mundiais Militares foram realizados no

    perodo de 16 a 24 de julho de 2011. Nesse perodo, o Centrode Reabilitao atendeu, em mdia, 70 atletas de diferentesnacionalidades e modalidades esportivas, cumprindo, assim, oseu propsito de criao.

    Oferecer qualidade e diversidade no tratamentofisioterpico aos usurios o objetivo principal do Centro de

    Reabilitao, visando prevenir e tratar, em tempo mnimo,leses traumato-ortopdicas, leses que acometem oaparelho locomotor, o fortalecimento muscular de um modogeral, a reeducao da postura global e a propriocepogerada nas articulaes, que atingem militares e participantesdo sistema SAMMED/PASS/FUSEX. Aliado aos equipamentosde ultima gerao, o Centro conta ainda com um serviodiferenciado, prestado por fisioterapeutas altamentequalificados. Dessa forma, o Centro uma referncia emtermos de atendimento na reabilitao fsica, refletindo grandeexpressividade no desempen