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Violência Escolar Publicado em: 19/01/2009 |Comentário: 66 | Acessos: 130,104 | 84 A VIOLÊNCIA ESCOLAR A violência é hoje uma das principais preocupações da sociedade. Ela atinge a vida e a integridade física das pessoas . É um produto de modelos de desenvolvimento que tem suas raízes na história . A definição de violência se faz necessária para uma maior compreensão da violência escolar. É uma transgressão da ordem e das regras da vida em sociedade. É o atentado direto, físico contra a pessoa cuja vida, saúde e integridade física ou liberdade individual correm perigo a partir da ação de outros. Neste sentido Aida Monteiro se expressa " entendemos a violência, enquanto ausência e desrespeito aos direitos do outro"[1]. No estudo realizado pela autora em uma escola, buscou-se perceber a concepção de violência dada pelo corpo docente e discente da instituição. Para o corpo discente " violência representa agressão física, simbolizada pelo estupro, brigas em família e também a falta de respeito entre as pessoas ". Enquanto que para o corpo docente " a violência, enquanto descumprimento das leis e da falta de condições materiais da população, associando a violência à miséria, à exclusão social e ao desrespeito ao cidadão" . É importante refletirmos a diferença entre agressividade, crime e violência. A agressividade é o comportamento adaptativo intenso, ou seja , o indivíduo que é vítima de violência constante têm dificuldade de se relacionar com o próximo e de estabelecer limites porque estes às vezes não foram construídos no âmbito familiar. O sujeito agressivo tem atitudes agressivas para se defender e não é tido como violento. Ele possui "os padrões de educação contrários às normas de convivência e respeito para com o outro ." ABRAMOVAY ; RUA ( 2002) A construção da paz vem se apresentando em diversas áreas e mostra que o impulso agressivo é tão inerente à natureza humana quanto o impulso amoroso; portanto é necessária a canalização daquele para fins construtivos, ou seja, a indignação é aceita porém deve ser utilizada de uma maneira produtiva. O crime é uma tipificação social e portanto definido socialmente é uma rotulação atribuída a alguém que fez o que reprovamos. " Não reprovamos o ato porque é criminoso. É criminoso porque o reprovamos"(Émile Durkheim). Violência pode ser também “uma reação conseqüente a um sentimento de ameaça ou de falência da capacidade psíquica em suportar o conjunto de pressões internas e externas a que está submetida” LEVISKY (1995) apud DIAS;ZENAIDE(2003)

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Violncia EscolarPublicado em: 19/01/2009 |Comentrio:66| Acessos: 130,104|84A VIOLNCIA ESCOLAR

A violncia hoje uma das principais preocupaes da sociedade. Ela atinge a vida e a integridade fsica das pessoas . um produto de modelos de desenvolvimento que tem suas razes na histria .

A definio de violncia se faz necessria para uma maior compreenso da violncia escolar. uma transgresso da ordem e das regras da vida em sociedade. o atentado direto, fsico contra a pessoa cuja vida, sade e integridade fsica ou liberdade individual correm perigo a partir da ao de outros. Neste sentido Aida Monteiro se expressa " entendemos a violncia, enquanto ausncia e desrespeito aos direitos do outro"[1]. No estudo realizado pela autora em uma escola, buscou-se perceber a concepo de violncia dada pelo corpo docente e discente da instituio.

Para o corpo discente " violncia representa agresso fsica, simbolizada pelo estupro, brigas em famlia e tambm a falta de respeito entre as pessoas ". Enquanto que para o corpo docente " a violncia, enquanto descumprimento das leis e da falta de condies materiais da populao, associando a violncia misria, excluso social e ao desrespeito ao cidado" .

importante refletirmos a diferena entre agressividade, crime e violncia.

A agressividade o comportamento adaptativo intenso, ou seja , o indivduo que vtima de violncia constante tm dificuldade de se relacionar com o prximo e de estabelecer limites porque estes s vezes no foram construdos no mbito familiar. O sujeito agressivo tem atitudes agressivas para se defender e no tido como violento. Ele possui "os padres de educao contrrios s normas de convivncia e respeito para com o outro ." ABRAMOVAY ; RUA ( 2002) A construo da paz vem se apresentando em diversas reas e mostra que o impulso agressivo to inerente natureza humana quanto o impulso amoroso; portanto necessria a canalizao daquele para fins construtivos, ou seja, a indignao aceita porm deve ser utilizada de uma maneira produtiva.

O crime uma tipificao social e portanto definido socialmente uma rotulao atribuda a algum que fez o que reprovamos. " No reprovamos o ato porque criminoso. criminoso porque o reprovamos"(mile Durkheim).

Violncia pode ser tambm uma reao conseqente a um sentimento de ameaa ou de falncia da capacidade psquica em suportar o conjunto de presses internas e externas a que est submetida LEVISKY (1995) apud DIAS;ZENAIDE(2003)

Tipos de violncia

A violncia que as crianas e os adolescentes exercem , antes de tudo, a que seu meio exerce sobre eles COLOMBIER et al.(1989). A criana reflete na escola as frustraes do seu dia-a- dia.

neste contexto que destacamos os tipos de violncia praticados dentro da escola .

Violncia contra o patrimnio - a violncia praticada contra a parte fsica da escola. " contra a prpria construo que se voltam os pr-adolescentes e os adolescentes , obrigados que so a passar neste local oito ou nove horas por dia." COLOMBIER et al.(1989)

Violncia domstica - a violncia praticada por familiares ou pessoas ligadas diretamente ao convvio dirio do adolescente.

Violncia simblica - a violncia que a escola exerce sobre o aluno quando o anula da capacidade de pensar e o torna um ser capaz somente de reproduzir. " A violncia simblica a mais difcil de ser percebida ... porque exercida pela sociedade quando esta no capaz de encaminhar seus jovens ao mercado de trabalho, quando no lhes oferece oportunidades para o desenvolvimento da criatividade e de atividades de lazer; quando as escolas impem contedos destitudos de interesse e de significado para a vida dos alunos; ou quando os professores se recusam a proporcionar explicaes suficientes , abandonando os estudantes sua prpria sorte , desvalorizando-os com palavras e atitudes de desmerecimento". (ABRAMOVAY ; RUA , 2002, p.335) a violncia simblica tambm pode ser contra o professor quando este agredido em seu trabalho pela indiferena e desinteresse do aluno. ABRAMOVAY ; RUA ( 2002)

Violncia fsica - "Brigar , bater, matar, suicidar, estuprar, roubar, assaltar, tiroteio, espancar, pancadaria, neguinho sangrando, Ter guerra com algum, andar armado e, tambm participar das atividades das guangues " ABRAMOVAY et al. (1999)

Os fatores que levam os jovens a praticar atos violentos

So inmeros os fatores que podem levar uma criana ou um adolescente a um ato delitivo, a seguir, abordaremos os que acreditamos serem os mais relevantes .

A desigualdade social um dos fatores que levam um jovem a cometer atos violentos. A situao de carncia absoluta de condies bsicas de sobrevivncia tende a embrutecer os indivduos, assim, a pobreza seria geradora de personalidades desruptivas. " A partir desse ... de estar numa posio secundria na sociedade e de possuir menos possibilidades de trabalho, estudo e consumo, porque alm de serem pobres se sentem maltratados, vistos como diferentes e inferiores. Por essa razo, as percepes que tm sobre os jovens endinheirados so muito violentas e repletas de dio..." ABRAMOVAY et al. (1999) uma forma de castigar sociedade que no lhe d oportunidades.

A influncia de grupos de referncia de valores , crenas e formas de comportamento seria tambm uma motivao do jovem para cometer crimes.

" o motivo pelo qual os jovens...aderem s gangues a busca de respostas para suas necessidades humanas bsicas, como o sentimento de pertencimento, uma maior identidade, auto-estima e proteo, e a gangue parece ser uma soluo para os seus problemas a curto prazo" ABRAMOVAY et al. (1999), assim, o infrator se sente protegido por um grupo no qual tem confiana. " Valores como solidariedade, humildade, companheirismo, respeito, tolerncia so pouco estimulados nas prticas de convivncia social, quer seja na famlia, na escola, no trabalho ou em locais de lazer. A inexistncia dessas prticas do lugar ao individualismo, lei do mais forte, necessidade de se levar vantagem em tudo, e da a brutalidade e a intolerncia", (MONTEIRO,2003) a influncia das guangues que se aliam ao fracasso da famlia e da escola. A educao tolerante e permissiva no leva a tica na famlia. Os pais educam seus filhos e estes crescem achando que podem tudo.

dentro das guangues ou das quadrilhas como se refere Alba Zaluar que os jovens provam sua audcia , desafiam o medo da morte e da priso. uma subcultura criminosa marcada pela atuao masculina(ZALUAR, 1992, p.27).

O indivduo enfrenta uma grande oferta de oportunidades: o uso de drogas, uso de bebidas alcolicas, uso da arma de fogo aliada a inexistncia do controle da polcia , da famlia e comunidade tornam o indivduo motivado a concluir o ato delitivo. " Carncias afetivas e causas scio-econmicas ou culturais certamente a se misturam, para desembocar nestas atitudes" . (COLOMBIER,1989,p.35) . " A Disponibilidade de armas de fogo e as mudanas que isso impe s comunidades conflituosas, contribuindo para o aumento do carter mortal dos conflitos nas escolas " ABRAMOVAY ; RUA

( 2002, p.73) " a falta de policiamento agrava a situao na medida em que a polcia pode ser sinnimo de segurana e ordem" ABRAMOVAY ; RUA ( 2002, p.337)

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

ABRAMOVAY, Miriam; RUA, Maria das Graas -Violncia nas escolas. Ed.Unesco, doaes institucionais.

ABRAMOVAY, Miriam ; et alli -Guangues , galeras, chegados e rappers.RJ, Ed. Garamond , 1999.

COLOMBIER,Claire; MANGEL,Gilbert; PERDRIAULT,Marguerite .A violncia na escola.So Paulo, Ed.Summus,1989.

GUIMARES, Eloisa.Escola, Galeras e Narcotrfico.Ed. UFRJ.

SILVA,Aida Maria Monteiro.EDUCAO E VIOLNCIA: qual o papel da escola?www.dhnet.org.br/inedex.htm, 2002

SILVA,Aida Maria Monteiro.A VIOLNCIA NA ESCOLA : A PERCEPO DOS ALUNOS E PROFESSORES.www.dhnet.org.br/inedex.htm, 2002

ZALUAR, Alba (org).Violncia e educao. So Paulo, Cortez editora, 1992

[1] Aida SILVA ,EDUCAO E VIOLNCIA:qual o papel da escola?www.dhnet.org.br/inedex.htm, 10/01/2003

tera-feira, 18 de outubro de 2011O QUE E VIOLENCIAMarcadores:SOCIOLOGIA 2 ANO

A violncia hoje parte de nosso cotidiano: de maneira direta ou indireta, diariamente, somos expostos a todo tipo de informao alusiva a atos de violao integridade fsica, psicolgica e moral de outros seres humanos por meio dos noticirios televisivos, da mdia impressa, do cinema, das sries policiais e da prpria realidade nossa volta. Somos testemunhas de atos violentos, conhecemos pessoas que foram vtimas e tambm agressoras, ou somos ns prprios vtimas ou responsveis por aes que deixam sequelas fsicas e psicolgicas. Por essa razo, tratar do temaviolnciaenvolve sempre o risco da sua banalizao e do uso do senso comum. Pensar o problema de maneira sociolgica requer, antes de tudo, adotar um distanciamento apropriado, procurando analis-lo sob um enfoque objetivo.

Texto 1:Paisde estudante agridem diretor de escola e ameaam crianas e professores em Minas GeraisOs pais de um dos estudantes de uma escola estadual em Jurisprunpolis, interior de Minas Gerais, esto deixando alunos e professores amedrontados. Os dois tm ameaado de agresso outros pais e tambm alunos e professores. O diretor da unidade chegou a ser agredido. O estudante tem 13 anos e seus pais vo constantemente escola e fazem ameaas a crianas de 5 a 8 sries. Um professor, que no quis ser identificado, contou como ocorre a intimidao.- Ele (pai) me chamou de palhao e perguntou se eu achava que o filho dele no tinha pai. Ele disse que eu bati no filho dele, mas eu no fiz isso - afirmou.O caso mais grave, porm, aconteceu com o diretor da escola. Ele levou um soco do pai da criana e denunciou o caso polcia.- Eu, de repente, senti apenas o impacto do golpe. Em comum acordo, ns decidimos entregar famlia do menino o documento de transferncia dele para outra escola. A deciso coletiva - lembrou a vtima, ainda com os lbios inchados.De acordo com a coordenadora pedaggica, uma equipe multidisciplinar ser formada para tentar resolver a situao.

O que violncia para a sociologiaimportante terem mente que, tal como diversos outros conceitos da Sociologia, no h uma definio nica sobre o que seja violncia, aceita de forma unnime pelos socilogos em geral; diferentes autores a abordam sob enfoques diversos. Por essa razo, procuraremos comear por uma concepo geral, embasada na literatura sociolgica. Essa noo, entretanto, no deve ser entendida como um conceito fechado e acabado, mas, sim, aberto ao debate e reflexo crtica.possvel que algumas aes violentas no sejam consideradas formas de violncia, mas apenas agresses, xingamentos ou atos correlatos. Isso porque o senso comum tende a no identific-las como agresses, dado que a violncia geralmente relacionada a atos criminosos, ou a atos que geram danos fsicos para a pessoa que sofre a ao violenta. Porm, como discutiremos a seguir, a violncia envolve muito mais do que as agresses fsicas que levam aos ferimentos ou morte e, pela concepo que defenderemos aqui, todas as expresses de agresses, xingamentos ou atos correlatos podem ser consideradas formas de violncia.Por qu? Porque em todas as situaes exemplificadas esto envolvidos seres humanos que, de uma forma ou de outra, foram afetados fsica, psicolgica ou moralmente pelas aes perpetradas por outros indivduos. Esta a ideia central para a compreenso da violncia: a noo de que ela constitui uma ao que causa alguma forma dedanoa outro ser humano, direta ou indiretamente.Segundo a Organizao Mundial da Sade (OMS), noRelatrio Mundial sobre a Violncia e Sade.Genebra, 2002, a violncia pode ser definida como: o usointencionalde fora fsica ou do poder contra si mesmo, outra pessoa, um grupo ou uma comunidade.O uso da fora ou do poder pode ser:a)real,ou seja, quando chega s vias de fato e resulta em dano;b)em forma deameaa,isto , quando representa alta probabilidade de causar dano psicolgico, leso, deficincia de desenvolvimento, privao ou morte.

A violncia pode ser entendida como a ao de um indivduo ou grupo contra uma ou mais pessoas a fim de causar danos. Essa violncia pode ser direta, quando atinge imediatamente o corpo da pessoa que a sofre; ou indireta, quando se d por meio da alterao do ambiente no qual ela se encontra; ou ainda, quando se retiram, destroem ou danificam os recursos materiais. Tanto a forma direta quanto a forma indireta prejudicam a pessoa ou o grupo alvo da violncia. Alm disso, existe violncia quando a ao causa constrangimentos no apenas fsicos, mas tambm psicolgicos e morais. Finalmente, preciso incluir a violncia simblica, que no causa a morte fsica, mas atenta contra as crenas, a cultura e a prpria identidade dos indivduos que dela so vtimas. Concluindo, entende-se como violncia tudo aquilo que no desejado pelo outro, e que lhe imposto pela fora concreta ou simblica (falta do necessriovida; necessidade, fome, misria).

Os atos violentos no so necessariamente realizados por indivduos de forma isolada, mas podem ser desempenhados por grupos organizados ou no (como milcias e exrcitos) e Estados, por exemplo.As aes podem ser dirigidas no s pessoas, mas s propriedades, causando prejuzos financeiros e consequncias srias, como no caso da destruio dos campos de cultivo e colheitas. Finalmente a perseguio e represso por causa de crenas religiosas, por exemplo, seria um caso de violncia sobre as participaes simblicas e culturais de uma populao na vida de uma sociedade.Dessa forma:- violncia organizada. Exemplo: invaso de Exrcito;- Violncia de grupo: vandalismo urbano;- violncia contra a cultura e a religio de um povo: destruio de templos e imagens.

______________FONTE: (SP-SEE. Caderno do professor: sociologia, EM 2 srie, vol.4. So Paulo: SEE, 2009, pp.13-15)

CC: VIOLNCIA NA ESCOLAPublicado emEducao,TCCporPedagogia ao P da Letrano dia 17 de junho de 2013Top of FormBottom of Form

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Introduo1 Estatsticas no fenmeno da violncia na populao2 Breve histrico da mdia no Brasil.3 ndice de violncia na mdia.4 A ao do Estado e Sociedade.5 A dignidade humana.6 ConclusesIntroduoA mudana da pratica em sala de aula, no acontece por mgica e muito menos por decreto.Ela comea quando a professora toma uma atitude que aponta para um caminho novo, uma trilha que vai sendo construda de forma lenta com pequenas mudanas de atitude e proposta simples.O processo de transformao vai ganhando densidade medida que o professor vai prestando ateno ao redor de novas propostas de trabalho que surge em sala de aula, em forma de produo e mudana de postura dos alunos. medida que ele passa a valorizar o seu prprio trabalho, registrando, fazendo parcerias, reeditando as experincias de forma ampliada e revista.Ao invs de planos mirabolantes, o professor vai criando pequenas estratgicas que atendam as necessidades, tornando a aula mais atraente ao mesmo tempo em que desenvolve o senso critico dos alunos.Nesse caminho no cabe a falta de esperana, ou medo de ousar, ou medo de se expor. necessrio romper o falso equilbrio das aulas tradicionais, assumindo uma postura de professor aprendiz junto com os alunos, o professor buscar a construo e a reelaborao do conhecimento despertando os alunos para as infinitas posio de um mundo construdo a partir de uma viso critica e consciente. Cada professor dever acreditar na importncia do registro, da troca, do repensar constante das praticas cotidianas em sala de aula, buscando tornar suas aulas mais envolventes e seus alunos mais ativos e reflexivos, respeitadas todas as exigncias do Estatuto da criana Lei 8069 de julho de 1.990.Repblica Federativa do BrasilESTATUTO DA CRIANALEI n. 8.069, de 13 de julho de 1.990.Capitulo lVDo direito a Educao, a Cultura, ao Esporte e ao Lazer.Art.53. A criana e o adolescente tm direito educao, visando ao Pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exerccio da cidadania e qualificao para o trabalho, assegurando se lhes:I Igualdade de condies para o acesso e permanncia na escola;II- direito de ser respeitado por seus educadores;III- direito de contestar critrios avaliativos, podendo recorrer s instancias escolares superiores;IV- direito de organizao e participao em entidades estudantis;V- acesso escola pblica e gratuita prxima de sua residncia ;Pargrafo nico direito dos pais ou responsveis ter cincia do processo pedaggico, bem como participar da definio das propostas educacionais.Artigo 54 dever do Estado assegurar criana e ao adolescente :I ensino fundamental, obrigatrio e gratuito, inclusive para os que a ele no tiverem acesso na idade prpria;II- progressiva extenso da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino mdio;III- atendimento educacional especializado aos portadores de deficincia, preferencialmente na rede regular de ensino;IV- atendimento em creche e pr- escola s crianas de zero a seis anos de idade;V- acesso aos nveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criao artstica, segundo a capacidade de cada um;VI- oferta de ensino noturno regular, adequado s condies do adolescente trabalhador;VII- atendimento no ensino fundamental, atravs de programas suplementares de material didtico escolar transporte, alimentao e assistncia sade ;pargrafo 1 O acesso ao ensino obrigatrio e gratuito direito pblico subjetivo.Pargrafo 2 O no oferecimento do ensino obrigatrio pelo poder pblico ou sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente.Pargrafo 3 Compete ao poder pblico recensear os educandos no ensino fundamental, fazer lhes a chamada e zelar, Junto aos pais ou responsvel, pela freqncia escola.Artigo 55 Os pais ou responsvel tem a obrigao de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.Artigo 56 Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicaro ao Conselho Tutelar os casos de:I maus tratos envolvendo seus alunos;II reiterao de faltas injustificadas e de evaso escolar, esgotados os recursos escolares;III elevados nveis de repetncia.Artigo 57 O poder pblico estimular pesquisas, experincias e novas propostas relativas a calendrio, seriao, currculo, metodologia, didtica e avaliao, com vistas insero de crianas e adolescentes excludos do ensino fundamental obrigatrio.Artigo 58 No processo educacional respeitar-se- a os valores culturais, artsticos e histricos prprios do contexto social da criana e do adolescente, garantindo se a estes a liberdade de criao e o acesso s fontes de cultura.Artigo 59 Os Municpios, com apoio dos Estados e da Unio estimularo e facilitaro a destinao de recursos e espaos para programaes culturais,esportivas e de lazer voltadas para infncia e a juventude. A finalidade de qualquer ao educativa deve ser a produo de conhecimento que aumenta a conscincia e a capacidade de iniciativa transformadora dos grupos, segundo (Paulo Freire).Tema Violncia na EscolaObjetivo do trabalhoO trabalho pesquisado tem a finalidade de ressaltar a situao scio econmica dos docentes e discentes de nossa sociedade brasileira.Tendo como objetivo analisar o papel da escola famlia meio sociedade, a interao dos componentes dever ter a preocupao de inserir o jovem na sociedade contempornea.A abordagem do tema tem a finalidade de relacionar o meio escolar, a violncia, a participao da famlia como aparelho social e a integrao na sociedade.Procurou-se aprofundar os conhecimentos em torno desta temtica com o intuito vido de conhecer como a escola famlia e em sentido lato a sociedade se organiza na gesto desta problemtica to grave nos dias de hoje. J Rousseau afirmava que os homens no nascem naturalmente maus, a sociedade que o transforma. De fato, nenhum ser humano nasce violento ou criminoso, o seu destino no est traado. Os comportamentos so fruto do ambiente a que so exposto. Para Paul Vidal de La Blache, o homem fruto do meio ambiente, mas pode modificar-se, (Escola Possibilista).O educador social um profissional que pode agir e interagir na preveno e resoluo dos problemas e violncias. preciso estar consciente de que este trabalho insuficiente na abordagem desta temtica, dado que o fenmeno da violncia muito amplo e surge em varidssimos contextos, resta ento, cogitar que toda a sociedade deveria se mobilizar para proteger os cidados de amanh, para que no tenham um futuro sombrio com sofrimento, privaes e sem projeto de vida., o trabalho em si tem a propor uma analise educacional de nosso Pais, mostrando, sobretudo, A Violncia Educacional;Violncia na escola e violncia socialNacionalR. Guzzo01 de Agosto de 2006O interior das escolas revela a realidade em que vivemos, expresso da convivncia marcada pela intolerncia, desrespeito, pela ausncia de dilogo e prticas de dominao e explorao. Professores, pais e estudantes tm sentido que a escola no consegue transformar o que est posto no cotidiano da vida. Est cada vez mais difcil viver a escola em qualquer um de seus segmentos. H alguns anos, este quadro tem se agravado sem que polticas educacionais sejam conseqentes transformao desta realidade, at porque existem para mant-la. Professores adoecem, estudantes sofrem presses de todos os lados e escapam como podem, respondem com mais violncia quando ameaados, no vem formas de superao, diretores desanimam diante de tantos problemas e os pais no sabem mais a quem recorrer.Neste quadro, vrias pessoas, profissionais, educadores, pais e estudantes, buscam uma soluo. Com uma preocupao evidente de todos os agentes educacionais na busca de situaes para vencer a violncia dentro da escola, preciso que este assunto seja tratado com a prioridade e importncia que ele merece.Em primeiro lugar importante assinalar que a violncia no se vence. Esta idia de superao da violncia pela violncia no avana, reproduz o que est vigente, a cada vez em um nvel de mais intensidade. preciso compreender a violncia como um fenmeno psicossocial complexo pelas formas de manifestao e de suas causas. As polticas tradicionais fundadas nos princpios da sociedade capitalista burguesa acabam por manter a diviso de classes e perpetuar a cultura da violncia.Enquanto esta sociedade continuar dividida, a escola continuar a ser uma engrenagem dentro do sistema geral de explorao e dominao, com professores e diretores cumprindo um papel que no rompe com este ciclo, pelo contrrio colabora e defende os interesses do estado. Instala-se um ciclo de formao e organizao sobre a maneira como as pessoas se relacionam uma cultura da violncia. Romper com isto requer um movimento amplo envolvendo a todos.No so os psiclogos nas escolas que vencem a violncia com terapias. No so os professores que vencem a violncia suspendendo os alunos ou colocando-os para fora da sala de aula. No so os diretores que vencem a violncia expulsando os estudantes e cercando a escola de policiais. A violncia no se vence desta forma. Assim, apenas a alimentamos inserimos a violncia em uma rede de dominao da qual no temos escapatria.Vivemos em um pas marcado por grandes injustias sociais. Somos alimentados diariamente com informaes que reduzem a complexidade do fenmeno relacionando a violncia a indivduos ou grupos sociais. A violncia pode qualificar aes individuais e coletivas, mas emerge a partir de marcos sociais que tm sua origem na negao do direito a uma vida digna, na explorao de uns pelos outros.Por isso, preciso que a escola seja um espao de referncia para a discusso de assuntos da comunidade, de assuntos referentes ordem social. preciso que todos os agentes envolvidos no processo educativo busquem um sentido de existncia para o currculo e promovam novas formas de relaes que revolucionem o que est posto. preciso a promoo dos direitos humanos por meio do cotidiano, como referncia para a ao educativa. preciso resgatar a vida denunciando uma realidade que a destri.Que todos os que compreendem a cultura da violncia como conseqncia e meio de um sistema social violento, sintam-se chamados a no aliment-la em seu cotidiano para que, conscientes de seu papel, seja possvel enfrentar com coragem esta realidade.Que os professores tomem conscincia do quanto so explorados e humilhados neste sistema que espera deles exatamente o que tm vivido um desgaste cotidiano, salrio indigno, falta de condies de trabalho, exigncias descabidas diante das sucessivas alteraes nas polticas educacionais sem correspondncia no apoio e condies de trabalho e possam construir a luta pela formao de pessoas livres e emancipadas.Violncia nas escolasVivenciamos em nossa sociedade mudanas sociais, polticas, tecnolgicas e culturais freqentes que desafiam as nossas instituies educacionais. Aliada a essas mudanas, a violncia emergiu como um problema para os indivduos e a sociedade, com suas diferentes manifestaes, que cresce descontroladamente e assusta nossos administradores escolares, constituindo-se em entrave nas relaes educacionaisOs cuidados com a violncia escolar devem ser uma preocupao constante e comum a todos os membros que compem a estrutura interna de um estabelecimento escolar de ensino, pois, como afirma Jean-Franois Blin, a preveno da violncia na escola diz respeito a todos ns: crianas, jovens e pais, atores e responsveis pelo sistema educacional, e tambm aos representantes dos poderes pblicos (2005 p.8). Pela sua emergncia no ambiente escolar, diante das interaes entre o fato social e a educao, urge a necessidade de nos preocuparmos com as atitudes de todas as pessoas que fazem parte da rotina da escola, compreendendo as relaes presentes nos atos de violncia que ocorrem no meio escolar e fora dele, apontando aes que visem sua erradicao, em nvel pedaggico e administrativo-jurdico. Para isso, torna-se importante conhecermos o ambiente externo e interno escolar, envolvendo neste trabalho toda a equipe da escola e suas aes nesse ambienteMiriam Abramovay (2002), afirma que: a sociedade brasileira, vem-se deparando com um aumento das violncias nas escolas, sendo diversos os episdios envolvendo agresses verbais, fsicas e simblicas aos atores da comunidade escolar (p. 32). Devemos, porm, diferenciar a violncia que vem de fora do ambiente escolar e aquela denominada de violncia escolar, que nasce no interior da escola e que atinge diretamente aqueles alunos que esto sob a guarda dos educadores, os quais podero ser chamados a responder por danos materiais e morais advindos do descumprimento do dever de vigilnciaO ideal que a escola desenvolva esforos para formular e implementar medidas de segurana que sejam eficazes, como uma forma de lidar com as constantes mudanas em nossa sociedade e tambm para que no venhamos a enfrentar uma evaso escolar por falta de segurana em seu interiorHoje necessrio uma viso pr-ativa sobre as aes que devem ser desenvolvidas na busca de uma segurana eficaz e eficiente. A antecipao dos acontecimentos cobe o surgimento de problemas graves e minimiza a ao de possveis agentes nocivos vida da escola. Reagir aos fatos ser sempre contraproducente. Medidas passivas e ativas, tanto externas quanto internamente, devem ser implementadas gradativamente, tendo normalmente como foco o pblico-alvo a atingir: os responsveis pelos alunos, docentes e discentesDentro das opes artesanais de segurana moderna, alm de cmeras, que podem ser espalhadas no ambiente escolar, temos ainda detectores de metais nas portas de entrada, sistema eletrnico de identificao, rdios intercomunicadores nas mos dos vigilantes. Todo esse aparato uma conseqncia do aumento da criminalidade nos grandes centros, que faz com que as instituies escolares passem a se prevenir contra furtos, roubos, trfico de drogas e at mesmo seqestros-relmpagoMas como enfrentar o prazer que muitas pessoas tm em romper as regras de convivncia, diante do abandono de compromissos de alguns responsveis por nossos alunos e tambm daqueles que deveriam cuidar da segurana como um todo? E como faz-lo de forma segura?Uma possvel alternativa a elaborao de um Plano de Combate Violncia Escolar, uma ferramenta que subsidiar as escolas no planejamento preventivo de suas aes de segurana e aplicaes de medidas scio-educativas no interior do ambiente escolar, combinando a experincia dos profissionais que compem a equipe responsvel pelo plano com o conhecimento daqueles que obrigatoriamente tm o dever de nos auxiliar na manuteno da segurana como um todo (Conselho Tutelar, Juizado da Infncia e da Juventude, Fora Policial, entre outros)No existe um modelo fechado de plano; usualmente, ele passa por quatro fases, se considerarmos que antes de qualquer ao haver a necessidade de se estabelecer um diagnstico real da situao da escola. Para isso, devemos realizar um levantamento fidedigno do espao fsico, do efetivo populacional e de instalaes sujeitas ao de possveis agentes externos e internosDevemos tambm buscar apoio e parcerias em experincias de enfrentamento da questo da segurana nas escolas em organizaes no-governamentais e em entidades que buscam o combate violncia escolar, lembrando ainda que as autoridades policiais tm papel importante para garantir uma situao de tranqilidade comunidade escolar, e quando a presena destes for necessria dentro do recinto escolar, deve haver um preparo para receb-los, para que no venhamos a descumprir os ditames legais do Estatuto da Criana e do Adolescente, primando sempre pelo total sigilo das ocorrncias de caso de violncia escolar que envolvem nossas crianas e nossos jovens adolescentes.1 Estatsticas no fenmeno da violncia na Populao.O aumento da violncia e criminalidade um fenmeno social complexo, do qual ainda no detemos conhecimento suficiente para identificar com preciso seus fatores, de modo que h especulao sobre os dados. Afirmamos isso, porque inmeros casos de violncia nem sequer chegam a ser levadas com grau de confiabilidade extremado ao conhecimento pblico e das autoridades.A grande discusso do momento tem sido o Estatuto do desarmamento, projeto de lei que visa desarmar a populao com a finalidade de reduzir o numero de armas de fogo legais no pais, apresentando tambm, o controle das apreenses das armas ilegais para que se possa ter uma viso real de justia igualitria. Entretanto, sequer sabemos ao certo o numero aproximado de armas existentes em circulao no mercado brasileiro, porque se tem uma viso de que referido assunto de segurana nacional, portanto, sigilosa. Como pode opinar a sociedade sobre um projeto de lei que nem sequer possui dados concretos pblicos?O problema no esta nas armas legais, onde h um pseudocontrole estatal. Mas nas armas ilegais que adentram o pais direto para o crime organizado e o trfico de entorpecentes. De certo, o uso de armas de fogo nocivo, mas o Estado no garante a segurana do cidado e agora lhe impe a proibio de comprar uma arma para defender-se ? .Parece-nos contraditrio. As imposies estatais para a compra e porte de uma arma legal parecem ser suficientemente capazes de impedir a sua proliferao, o problema aplicabilidade dessas imposies que deixa muito a desejar.No se defende a idia de que o desarmamento seja a soluo para conter a violncia, pelo contrario, facilita o avano da criminalidade que acredita em seu domnio no espao social.Ocorre que o direito de defesa do cidado de bem deve ser preservado. Enquanto o Estatuto do Desarmamento retira as armas da populao os grupos criminosos adquirem mais armas e de maior potencial lesivo.Alm disso, o crime organizado ao tomar conhecimento do desarmamento da populao pode insuflar-se a tentar at uma tomada de poder, porque j notria que a policia no consegue tomar os morros e favelas tomados pelo narcotrfico, mas ainda no sabemos se o inverso possvel.A idia de desarmamento veio em boa hora, principalmente para melhorar a imagem do Brasil no contexto mundial, fragilizada diante da posio do primeiro lugar em numero de mortes por intermdio de armas de fogo.Todavia, o texto de lei pouco ir modificar caso seja recebido como campanhas de desarmamento anteriores, onde somente armas antigas foram recolhidas e destrudas.Alm dessa iniciativa, necessrio combater o armamento das organizaes criminosas, reduzindo a capacidade mortfera das mesmas.Ao lado do desarmamento tem que nascer na populao a conscincia de que a arma no garantia de segurana e que pode constituir-se num risco para a segurana da famlia e a sociedade de um modo geral, podendo tornar-se o instrumento de ataque ou de morte.2 Breve Histrico da Mdia no BrasilO caos social e a violncia so explorados pela Mdia, desde os remotos tempos . Na evoluo da Mdia, encontramos a existncia de programao de atos violentos e de conflitos, o que diferencia os dias atuais das remotas pocas, sendo apenas a velocidade de propagao das informaes e a facilidade de acesso de pessoa a estas informaes.Inicialmente as noticias eram enviadas por mensageiros, quando surgiu o sistema de telgrafos instalados pelo ento Marechal Rondon, os quais serviram para divulgar as noticias da guerra mundial.Com o surgimento do Rdio e a transmisso em tempo quase real de sons, a guerra foi muito mais propagada e as pessoas tinham mais informaes sobre o desenrolar do conflito.A televiso foi inventada e os conflitos ganharam contornos mais reais, sendo mostrados conflitos do Golfo, panelao na Argentina ataques s torres gmeas (EUA), ocupao do Iraque ( guerra contra o terror) at os dias atuais.Em nosso Pais, a guerra de Canudos serto da Bahia em 1.897, foi o primeiro conflito brasileiro a ser coberto pelos jornais da poca, enviaram jornalistas especialmente para informar o resto do Brasil sobre os acontecimentos. J nessa poca ocorria a manipulao com vistas a direcionar a opinio pblica, atravs da afirmao que se tratava de um movimento monarquista contra a Repblica recm proclamada.3 ndice de violncia na MdiaO retrato jornalstico da violncia no pode ser tomado como o real. Os crimes apresentados ao telespectador e ao leitor de jornais so os mais fantsticos, ingredientes extraordinrios, quase que lendas urbanas. A explorao emocional o foco preferido, porque dela que se extrai os maiores ndices de audincia . As pesquisas acadmicas que tratam da veiculao de violncia pela mdia aferiram que a dramatizao exagerada e a manipulao dos fatos direcionada de acordo com o ndice de audincia apresentado.Ao telespectador fornecido o mais interessante, um simples assalto, ou o assassinato comum sequer so observados pela mdia, sempre ansiosa pelo escndalo, pelo crime que possa comover ou incitar a populao, como o caso de adolescente que matam os pais, adolescentes que desferem tiros em colegas dentro das escolas, velhinhos espancados, crianas violentadas estupradas dentro da prpria casa, assassinatos passionais, enfim os crimes mais brbaros diante dos olhos de todos sem nenhuma ao preventiva por parte da segurana.De fato esses crimes existem, mas em numero muito menor que o alardeado, a impresso que temos no essa porque a mdia explora os casos mais brbaros exausto, tudo em nome da paz social, do alerta s autoridades.No basta apenas anunciar a pratica do crime, necessrio mostrar o estilo de vida do criminoso, fotos da cena do crime, sangue das vtimas, depoimentos emocionado de familiares e se possvel at o julgamento judicial dos acusados, aps obviamente do julgamento pblico.Esse julgamento pblico j se mostrou equivocado, no caso da Escola Base, onde educadores foram acusados de abusar sexualmente das crianas e tiveram suas vidas destrudas, para aps provarem na justia, que no cometeram nenhum crime.A imprensa nesta poca, como de costume, fez presso para a populao repudiar os acusados, o que de fato ocorreu, pela irresponsabilidade de jornais e emissoras de televiso.Saiu recentemente condenao da Folha de So Paulo a indenizar cada um dos acusados em R$ 360.000,00(trezentos e sessenta mil reais).A mdia tem cometido atrocidades em nome da justia social aos olhos da populao, e tem exorbitado em mostrar violncia em demasia a troco de audincia.Para evitar os desmandos jornalsticos e televisivos, urge a criao de um rgo fiscalizador, que tenha o controle necessrio na apurao dos fatos.Acusar sem provas, no deixa de ser uma violncia, o cidado ate se esgotarem as investigaes presumidamente inocente, o Estado quem tem o dever de provar ser ele culpado ou no. Ainda que no haja defesa, na dvida in dbio pro Ru ou seja, na falta de prova a favor do Ru. Isso possibilita que alguns culpados possam ser julgados inocentes, porm se justifica, para que inocentes no sejam julgados culpados por erros do Estado no seu direito de punir, cabe aqui, ressaltar que dever do Estado preparar melhor o setor de inteligncia dos aparelhos policiais.A exaltao da violncia pelos meios de comunicao deve ser repelida pela sociedade porque no traz beneficio algum, apenas fomenta a sensao de insegurana e banaliza os sentimentos humanos.O senso de indignao no abalado pela reduo da violncia mostrada na televiso, a maior demonstrao disso so os dias atuais, onde os conceitos de moral e tica tornam-se flexveis e mutveis, numa sociedade rumo a alienao e ausncia de valores.4 A ao do Estado e SociedadeA sabedoria popular nos indica melhor prevenir do que remediar e de fato a preveno melhor do que a represso posterior. O fator preveno algo alcanado aps um longo processo ligado conscientizao popular.Para a formao da conscincia acerca do problema e da necessidade de tomar medidas para evit-lo necessrio um relacionamento mais estreito entre o Estado e as Comunidades.Esse relacionamento deve ser realizado por meio de campanhas educacionais. Diante da omisso do Estado surgiram as Organizaes no governamentais ONGs, ligadas a movimentos sociais e as questes relevantes do desenvolvimento humano. As ONGs ligadas ao combate e preveno violncia atuam diretamente no seio da populao, desenvolvendo projetos na escola e nas comunidades, instaurando nas pessoas o senso de cidadania. O ambiente escolar o meio mais propicio para a disseminao de informaes porque os jovens levaro seus conhecimentos aos adultos de sua famlia, de forma que a semente da cidadania brotar na famlia toda.A populao em geral desconhece seus direitos, ignorando sua condio de cidado no seio social, fornecendo a ele atividades que desenvolva seu potencial de aprendizado, debatendo questes relacionadas violncia, direitos humanos e seu papel na sociedade. Atravs dessas iniciativas particulares estamos conseguindo excelentes resultados.5 A dignidade humanaDignidade; o mnimo de respeitabilidade que um ser humano merece receber do Estado e da populao em geral.Toda forma de desrespeito dignidade humana uma violncia e no apenas os crimes que deixam corpos ou feridos, o Estado tem falhado no controle e represso da violncia e a preveno tem advindo da prpria sociedade organizada .Nesse cenrio a impunidade corri a estrutura do poder constitudo, taxando-o de incapaz, de inepto, ou at mesmo intil.A populao sem perspectiva cede a qualquer proposta aparentemente de fcil aplicabilidade e que propicie bons resultados, como a pena de morte e a priso perptua.Diante de tantas violncias praticadas por miliantes e policiais a sociedade silencia-se para os abusos. Resta aos espaados, torturados e seviciados, seqestrados pela fora repressiva estatal a Lei do Silencio, na qual quem delata encontra a morte prxima.Se for permitido policia agir contrariamente a Lei, estaremos todos sujeitos a sofrer abusos porque ficar a cargo da prpria policia decidir quem ou no bandido e executar o castigo sumariamente. Essa situao perigosa demais. Cabendo ao Estado a garantia da dignidade de todos .Nesse momento de instabilidade em todos os setores da sociedade, marcado pela corrupo, desrespeito dignidade humana, expanso do crime organizado, do trafico de entorpecentes, e decadncia do Estado enquanto instituio, os problemas sociais parecem ganhar dimenses acompanhado pela criminalidade e violncias diversas.A sociedade recua temerosa da violncia no trabalho, em suas casas, nas ruas enfim em todos os lugares sem controle, passam a ter sua liberdade reduzida e cerceada.O cidado torna-se encarcerada em sua prpria casa, portador de inmeras fobias oriundas do temor de ser vtima de todas modalidades de violncias urbanas.Nesse turbilho de emoes os discursos demaggicos, ganham fora de adeptos, apontando meios esdrxulos como soluo desses conflitos.A pena de priso colocada como soluo para o crime,generalizando sua aplicao o mximo possvel, de modo a evitar o contato da populao com os infratores.Essa idia de penalizao mxima foi implantada pela mdia, atravs do show dramtico da violncia urbana. Diante da visibilidade de tantos crimes brbaros, e s so estes os abordados, a populao adquiriu o temor de ser vtima dos mesmos crimes a qualquer instante.O crime no fruto da atualidade, sempre existiu e sempre existir. O crime no tem bices de nenhum carter, ocorre em todas as camadas sociais, e em todas as Naes.Diante da impossibilidade de extino dos crimes, devemos control-los a nveis aceitveis e que viabilizem a convivncia em sociedade.A historia evolutiva da pena iniciou-se com o significado de tortura ou castigo, vindo aps a ser uma medida teraputica, com finalidades de cura do infrator em seu mal social, possibilitando seu retorno sociedade em condies de nela permanecer sem cometer novos delitos. A finalidade construir uma sociedade tranqila, atravs da recuperao do infrator, se ressalvado os casos psiquitricos no recuperveis.Ao passo que a finalidade da pena no vem sendo cumprida, observamos o ingresso dos apenados da sociedade com temor, porque priso no recupera o doente social, acentua sua patologia, o que compromete ainda mais a sociedade.As conseqncias do nosso sistema penal falido so retratadas em livros, filmes e pela mdia quando demonstra as constantes rebelies nos presdios superlotados.A superlotao no um problema a ser resolvido somente com a construo de mais presdios, mas tambm com a recuperao e seleo dos encarcerados para que no futuro no mais cometam crimes e retornem ao estabelecimento penal.Aliado a isso se faz necessrio graduar e adequar s penas em relao, possibilitando assim, a pratica de penas alternativas aos crimes de menor relevncia social, aplicando-se o cumprimento de servios pena alternativa de carter indenizatrio para sociedade em entidades filantrpicas.O aparato estatal necessita de voluntrios na prestao de servios em escolas, hospitais, obras pblicas, recuperao de jardins e limpeza de galerias etc., estabelecendo assim, maior sustentao econmica aos cofres pblicos para serem aplicados nestas instituies com maior transparncia poltica e na educao, cujos valores se distanciam em muito do crcere para o da educao.Impedir o contato de infratores de crimes de menor relevncia social, com infratores de periculosidade e crueldade elevada, leva-nos a crer no risco de no atuao dessa medida de ressocializadora no mago do ser repreendido dentro do sistema penitencirio.6 ConclusoA historia brasileira em sua constituio, marcada pela violncia. J no nosso descobrimento, na ocupao europia do nosso territrio os portugueses dizimaram a populao indgena quase levando a sua completa extino, por inmeras razes, mas principalmente as econmicas. E durante toda a nossa histria, marcada por pequenos levantes e revolues, tivemos a presena da violncia.O perodo militar caracterizado pela existncia dos direitos humanos, de sorte que os militares tudo podiam e cometiam abusos, inclusive seqestros, assassinatos, torturas e atentados. Essa poca deixou marcas profundas na sociedade brasileira que aprendeu a prezar a luta pela liberdade a todo custo.Diante da complexidade que envolve a violncia faz-se necessrio o desenvolvimento de pesquisas quantitativas e qualificativas confiveis, para que a partir delas seja possvel formao de uma poltica eficaz, passo fundamental para iniciar a melhoria da segurana para a populao.O plano Nacional de Segurana Pblica deve ater-se s peculiaridades regionais, buscando atender o imenso contingente territorial brasileiro de maneira democrtica, abrindo discusso popular por meio de audincias pblicas em todos estados da federao.Ademais, o plano deve trazer diretrizes gerais, deixando as especificas para os governos e prefeituras que esto mais prximos da realidade prtica de seu territrio. Para garantir a eficcia, devem ser estabelecidas metas a serem alcanadas e encontros anuais para discuti-las e sanar problemas de curso.Paralelamente, a esta iniciativa o Programa Nacional de Direitos Humanos deve retomar sua meta, propiciando melhorias da imagem internacional do Pais, que mede a civilizao pelo critrio dos direitos humanos respeitados. Finalmente, importante articular as iniciativas de reestruturao das polcias com (cursos e reciclagens, acompanhamento psicolgico dentro das instituies policiais, bem como no interior das penitencirias para observar os comportamentos de reeducandos na extenso de sua doena Social.A criao de programas governamentais de educao e conscientizao popular, porque a sociedade civil organizada atuante capaz de reduzir a criminalidade reduzindo a violncia no pais, no sendo tarefa apenas para o Estado, mas de toda sociedade.O poder pblico incapaz de controlar a violncia deixa o cidado entregue prpria sorte.E os braos do poder pblico, representados pela policia, poder executivo, legislativo e judicirio est constantemente envolvidos com escndalos de corrupo ou convenincia com a criminalidade organizada, tambm chamada de poder paraleloOs meios de comunicao exercem papel essencial no Estado Democrtico, porque garantem a publicidade a todos os atos do Estado, mostrando inclusive a atividade criminosa, no permitindo o maquiamento da realidade.pelo Estado, como acontecia na Ditadura Militar. Mas quando a atividade da mdia revela-se causadora da violncia ,desrespeito aos direitos individuais, afrontando os padres de moral e tica, justo que de forma democrtica a populao exera uma forma de controle. Essa forma de controle possibilitar o melhor uso da mdia na sociedade,propiciando o crescimento humanstico dos cidados brasileiros educando-os para o mundo globalizado.Somente a sociedade civil pode legitimar os atos do governo democrtico e este caminho seguro para o combate violncia com possibilidades de xito.E a mobilizao da populao e sua imediata conscientizao que ir garantir que toda a instrumentao fornecida pelo Estado poder surtir efeito pleno, nesse contexto que iremos implementar nossa cidadania infante, condio bsica para o avano de uma sociedade.Referencia BibliogrficaPIRES, Ariovaldo de Campos. Reflexo sobre a independncia. Imprensa Oficial de Minas Gerais.CAL, Barbosa. Olhares, registros de pratica pedaggicas.Freire, P. Pedagogia do Oprimido.Autor:Wanderley do Amaral