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    INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO DE COIMBRA COIMBRA BUSINESS SCHOOL 

    Tópicos de Cálculo Financeiro

    Capítulo 1 – Operações de Capitalização e de Actualização

    Licenciatura em Solicitadoria e Administração

    Ano lectivo de 2015/16

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    • Capital (C0), taxa de juro (i ) e tempo (n) sãoconceitos essenciais no âmbito do CálculoFinanceiro.

    • Ao longo do nosso estudo, vamos dedicarparticular atenção às operações financeiras eà dimensão financeira do juro.

    2

    QUESTÕES PRÉVIAS

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    3/30

    • Não devemos confundir juro ( J) e taxa de juro(i ).

    • Enquanto o primeiro é uma grandeza absoluta,a segunda é uma grandeza relativa, que resultado confronto entre o próprio juro e o montante

    de capital considerado, isto é

    i  =

    3

    JURO E TAXA DE JURO

    0C

     J 

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    4/30

    • Como se processa a produção de juros?

    Depende do regime de capitalizaçãoadoptado:

    Regime de  juro simples (“puro”  e “dito 

    simples”) Regime de juro compostoRegime de capitalização contínua

    4

    OPERAÇÕES DE CAPITALIZAÇÃO

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    5/30

    • No regime de  juro simples, o juro periódicosai do processo de capitalização.

    • No regime de  juro composto, o juroperiódico permanece no processo de

    capitalização, indo acrescer ao capital iniciale produzindo os denominados “juros  de juros” (anatocismo).

    5

    REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO SIMPLESE COMPOSTO

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    6/30

    • Em juro simples:

     J k = C0  i

     J k = C0  n  i

    Cn = C0 

    6

    FÓRMULAS ESSENCIAIS (1)

    i n1

    n

    1k 

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    7/30

    Em juro composto:

    Cn = C0

    FÓRMULAS ESSENCIAIS (2)

    7

    n1   i

    n

    1k 

    n

    0k   11C   i J 

      ii J    1k 

    0k    1C

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    8/30

    • No regime de capitalização contínua, aprodução de juros ocorre k vezes ao longo decada um dos n períodos considerados.

    • Retomando a expressão que nos permiteconhecer o capital acumulado e atendendo à

    premissa definida no ponto anterior, teremosque

    8

    REGIME DE CAPITALIZAÇÃO CONTÍNUA(1)

    k n

    0n

    k 1CC

     

      

     

      i

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    9/30

    • Se 1) considerarmos um período de capitalizaçãosuficientemente pequeno de tal modo que k  + ∞ e 2)atendermos às bases dos logaritmos neperianos,

    demonstra-se que

    = ei

    9

    REGIME DE CAPITALIZAÇÃO CONTÍNUA(2)

    1    

      

     

      i

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    10/30

     • Substituindo na expressão anterior vem

    Cn = C0  eni

    expressão que nos permite calcular o montante decapital acumulado num processo de capitalizaçãocontínua.

    • À semelhança do que sucedia no regime decapitalização composta, o juro total produzido emcapitalização contínua obtém-se através da diferençaentre Cn e C0.

    REGIME DE CAPITALIZAÇÃO CONTÍNUA(3)

    10

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    11/30

    • É necessário que o período de duração daoperação esteja expresso na mesma unidadede tempo que a do período a que a taxa de

     juro se reporta.

    • Quando tal não sucede, temos de determinar

    um  período de tempo equivalente  ou umataxa equivalente (por ora, limitar-nos-emos aconsiderar um período de tempo equivalente).

    Discordância entre o período daoperação e o período da taxa

    11

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    12/30

    Em  juro simples, se a taxa for anual e o temposurgir expresso em meses, teremos (com n  adesignar o número de meses):

     J k = C0  

     J k = C0    i

    Cn = C0 

    12

    NOVAS FÓRMULAS (1)

    12i

    n

    1k 

    12

    n

     

      

       

    12

    n1

      i

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    13/30

    • Ainda em  juro simples, se a taxa for anual e otempo surgir expresso em dias, teremos (comn a designar o número de dias):

     J k = C0  

     J k = C0    i

    Cn = C0 

    13

    NOVAS FÓRMULAS (2)

    360

    i

    360

    n

     

      

        360

    n1

      i

    n

    1k 

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    14/30

    Em  juro composto, se a taxa for anual e otempo surgir expresso em dias (com n  aidentificar o número de dias), teremos:

    Cn = C0 

    • Ainda em juro composto, se a taxa for anual e otempo surgir expresso em meses (com n  aidentificar o número de meses), teremos:

    Cn = C0 

    14

    NOVAS FÓRMULAS (3)

    360n

    1   i

    12n

    1   i

  • 8/19/2019 view-1 (1) (1) (1)

    15/30

    • Na eventualidade de a taxa periódica variardurante o prazo da operação (situação, aliás,

    com forte aderência em termos práticos), ocapital acumulado, em regime de jurocomposto, obtém-se através da expressão:

    Cn = C0 

    15

    TAXAS PERIÓDICAS VARIÁVEIS (1)

    n

    1k 

    k 1   i

  • 8/19/2019 view-1 (1) (1) (1)

    16/30

    A expressão anterior permite determinar a taxamédia de aplicação, que é a taxa constante que,em termos médios, permite a obtenção domesmo montante acumulado, para o mesmoprazo de aplicação.

    • Teremos que

    C0  = C0

    donde se retira que =

    TAXAS PERIÓDICAS VARIÁVEIS (2)

    16

    n

    1   i  

    n

    1k k 

    1   i

    i     11n

    1

    n

    1k 

    k  

    i

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    17/30

    •  A determinação do factor de capitalização composta(FCC), isto é, do valor pelo qual vamos multiplicar umdado capital inicial por forma a obtermos o capital

    acumulado, em regime de juro composto, podeocorrer através de uma das seguintes formas:

    Recurso a calculadoras

    Consulta das tabelas financeiras

    Através de interpolação linear

    17

    DETERMINAÇÃO DO FACTOR DECAPITALIZAÇÃO COMPOSTA

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    18/30

    • São quadros de dupla entrada, onde, paradeterminados valores de n e de i , se indica ovalor correspondente do factor decapitalização composta.

    • Não contemplam, porém, todos os valorespossíveis de n e de i .

    18

    TABELAS FINANCEIRAS

  • 8/19/2019 view-1 (1) (1) (1)

    19/30

    • Destina-se a apurar o factor de capitalizaçãocomposta para valores de n  e de i   nãoprevistos nas tabelas.

    • Em Cálculo Financeiro, a interpolação lineartraduz-se na aplicação de uma das seguintes

    fórmulas:

    19

    INTERPOLAÇÃO LINEAR (1)

  • 8/19/2019 view-1 (1) (1) (1)

    20/30

     

    ou

    em que os pares ( x0, y

    0) e ( x

    1, y

    1) correspondem às

    coordenadas dos pólos considerados.

    20

    INTERPOLAÇÃO LINEAR (2)

    0

    01

    01

    0.int  x x x x

     y y y y  

    0

    01

    01

    0.int  y y y y

     x x x x  

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    21/30

    • A interpolação conduz, porém, não a valoresexactos, mas sim a valores aproximados do valorreal, uma vez que se pressupõe que a função

    exponencial tem um comportamento linear entreos pólos.

    Não obstante, a interpolação linear revela-se umatécnica bastante útil, que pode, inclusivamente,ser aplicada a outro tipo de problemas.

    INTERPOLAÇÃO LINEAR (3)

    21

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    22/30

    OPERAÇÕES DE ACTUALIZAÇÃO OUDESCONTO

    • A actualização ou desconto consiste em determinaro valor presente de um capital com vencimento emum dado momento futuro, sendo que

    Desconto = Cn  – C0

    • À semelhança da capitalização, também aactualização pode ocorrer sob duas formas: – Em regime de juro simples

     – Em regime de juro composto

    22

  • 8/19/2019 view-1 (1) (1) (1)

    23/30

    DESCONTO EM REGIME DE JUROSIMPLES

    • Por sua vez, o desconto em regime de jurosimples pode assumir uma das seguintesmodalidades:

     – Desconto por dentro (Dd) ou racional: o montante dos juros é calculado sobre o valor actual do capital, istoé, sobre C0.

     –

    Desconto  por fora  (Df ) ou comercial: o montante dos juros é calculado sobre o valor que o capital assumeno seu vencimento, isto é, sobre Cn.

    23

  • 8/19/2019 view-1 (1) (1) (1)

    24/30

    FÓRMULAS ESSENCIAIS (1)

    • No desconto por dentro:

    Dd = C0 × n × i (1)

    • Porém, como C0 = (2), podemos definir

    Dd = (3)

    24

    in+1Cn

    i

    i

    n1

    nCn

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    25/30

    • No desconto por fora:

    Df  = Cn n  i (4)

    • Por sua vez, como Df  = Cn  – C0 (5), podemosestabelecer que

    C0 = Cn (1  – n × i ) (6)

    FÓRMULAS ESSENCIAIS (2)

    25

  • 8/19/2019 view-1 (1) (1) (1)

    26/30

    • A expressão definida em (3) permite conhecero montante do desconto por dentro emfunção do valor nominal do capital.

    • A expressão definida em (6) permite calcular ovalor actual do capital (ou valor líquido) em

    função do valor nominal da dívida.

    FÓRMULAS ESSENCIAIS (3)

    26

  • 8/19/2019 view-1 (1) (1) (1)

    27/30

    • O valor de C0  obtido através de (2), uma vezaplicado em regime de juro simples, durante nperíodos e à taxa de juro i , perfaz, exactamente, aquantia correspondente ao valor nominal dadívida, ou seja, a Cn.

    • O valor de C0  obtido através de (6) só permitirá

    perfazer, passados n períodos, uma quantia iguala Cn, se for colocado a uma taxa de juro maiorque i .

    FÓRMULAS ESSENCIAIS (4)

    27

  • 8/19/2019 view-1 (1) (1) (1)

    28/30

    DESCONTO COMPOSTO (1)

    Corresponde ao inverso da capitalização emregime de juro composto, logo:

    Cn = C0 ( 1 + i  )n 

      C0 = Cn ( 1 + i  )-n (7)

    • Por sua vez, como Dc = Cn  – C0, vem que

    Dc = Cn [ 1 - ( 1 + i )-n] (8)

    28

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    29/30

    • O valor obtido por intermédio de (7), uma vezaplicado em regime de juro composto, à taxade juro i , durante n períodos, permite perfazer

    o montante correspondente ao valor nominaldo capital, ou seja, a Cn.

    •O desconto composto pode, ainda, sercalculado à taxa de desconto d  que equivale àtaxa de juro i .

    DESCONTO COMPOSTO (2)

    29

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    30/30

    DESCONTO COMPOSTO (3) 

    • Sendo d = , demonstra-se que i = .

    • Por conseguinte, Dc = Cn [1  – (1  – d )t] .

    • A expressão anterior equivale à que se

    obteve em (8), conduzindo ambas ao mesmovalor de Dc.

    1

     

    i

    i

    1