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Escola Secundária Gil Eanes
Curso Profissional de Animador Sociocultural
2010/2011
VídeoVídeo(Noções Gerais)
Módulo 14 – Comunicação Visual III /Disciplina de Área de Expressões – 12.º F
Expressividade da Imagem
Existem factores que contribuem para a expressividade da
imagem e para a determinação do sentido subjectivo, pessoal
que se quer dar à narrativa:
- O enquadramento;
- Os tipos de plano;
- Os ângulos da filmagem;
- Os movimentos de câmara.
Planos da Imagem
Plano Geral(Enquadramento da cena na sua totalidade)
O seu uso ordena-se dentro de 3 importantes categorias:
Plano de introdução;
Recorre-se a ele para oferecer uma visão mais ampla do terreno onde se
desenvolve a acção durante o filme, especialmente quando se tem de descrever
a proporção ou intensidade duma batalha.
A aplicação deste plano tem lugar quando é necessário destacar um homem do
ambiente que o envolve.
Plano de Conjunto
De características semelhantes às do Plano Geral, o Plano de Conjunto é talvez
mais prático como plano de introdução, existe mais clareza nos pormenores da
acção humana e dá menos importância ao ambiente em que ela se enquadra.
O plano de conjunto compreenderá, por exemplo, uma multidão agrupada diante
de uma igreja, a visão sintética de uma cavalgada, dum combate ou duma
cerimónia qualquer...
Plano Americano(Enquadra a figura humana do joelho para cima. Tipo de plano usado no cinema
Americano)
Este plano amplia o espaço visual disponível dotando-o de uma dimensão
próxima da que o olhar habitualmente tem do “objecto humano” em termos
perceptivos.
Em condições normais quando vemos uma pessoa situada por exemplo a 2m
de distância, recebemos uma informação perceptiva correspondente ao Plano
Americano.
É um plano clássico e simultaneamente aquele a que o espectador menos
atenção dedica, por corresponder exactamente ao nosso olhar natural.
Plano Aproximado e Plano Médio
(Mostra as personagens da cintura para cima)
A figura humana é enquadrada pela cintura, a maior parte do fundo é
eliminada, a figura humana converte-se no centro da atenção. É muito
prático para mostrar as relações entre as pessoas, mas apesar de tudo,
carece da intensidade psicológica dos primeiros planos (plano Aproximado de
Peito e Grande Plano).
Plano Aproximado de Peito Também conhecido por Plano Próximo, tem como principal característica,
proporcionar ao público a proximidade em relação ao objecto ou pessoa ao
mesmo tempo que elimina o ambiente que o envolve.
Pode empregar-se este isolamento visual para acentuar convenientemente
um ponto crítico duma acção dramática ou, para revelar e salientar intenções
ou atitudes.
O plano Aproximado de Peito é útil para a filmagem de diálogos, e é utilizado
pela estética televisiva de forma sistemática.
O Plano Aproximado de peito obriga o público a uma maior concentração do
que o Plano Médio, dá-se nele uma maior importância ao rosto do actor cuja
expressão requer, por isso, uma direcção mais meticulosa.
Grande Plano
(É enquadrado de uma maneira muito próxima do assunto. Imagem da
cara de uma personagem, por exemplo. Tenta-se captar as expressões,
ou chamar a atenção para algo.)
O Grande plano é essencial para atingir a máxima intensidade
dramática, este plano pode ser muito revelador dos pensamentos ou da
vida interior do protagonista.
Muito Grande Plano
A expressividade deste plano é essencial para definir características
psicológicas (o medo, a dor) ou características físicas (uma cicatriz, o rubor da
face).
De todos os enquadramentos de base, o Muito Grande plano goza de uma
posição de destaque sendo-lhe atribuído um raro privilégio artístico entre todos
os planos disponíveis, designado, por vezes, como o "microscópio psicológico
do cinema" é também um dos seus mais dinâmicos suportes.
"Descoberto", ou pelo menos utilizado de forma sistemática pelos cineastas
russos nos anos 20, faz desde então parte integrante do vocabulário
cinematográfico.
Usado de uma forma intensiva é um plano desgastante para o espectador.
Plano Pormenor ou Detalhe
(Enquadramento um objecto isolado ou parte dele ocupando todo o espaço
da imagem.)
O Plano de Pormenor pode ligar-se em perfeita continuidade com os
acontecimentos que o precedem mas, não deve ser feito com o mesmo
eixo do plano principal onde foi inserido. No caso de não se deslocar a
câmara, criar-se-á um grave problema de montagem. Pode também dar
mais vigor ao ritmo dum filme educativo para estimular o interesse que,
eventualmente, a acção tenha perdido.
Pontos de Vista e ângulos da Câmara
Ponto de Vista Normal
A posição mais corrente, a que corresponde à nossa percepção normal,
consiste em colocar a câmara frente às personagens e à mesma altura destas.
É o menos dramático dos ângulos de câmara para enquadrar um personagem.
Quando o realizador coloca a câmara deverá saber se o plano corresponde à
visão subjectiva de um personagem da cena, então a altura da câmara
corresponde ao nível do olhar dessa personagem.
plano - Picado
(Vista de cima para baixo, ficando a objectiva acima do nível normal do olhar.)
Este Ponto de vista enquadra um personagem visto de cima e pretende
diminuir a sua força ou importância, fazendo-o parecer débil ou vulnerável,
pode também, ser extremamente útil para descrever a topografia da paisagem.
Contra-picado
(Vista de baixo para cima, ficando a objectiva abaixo do nível normal do olhar)
A câmara é colocada a um nível mais baixo que o que contém a direcção
normal do olhar de um personagem, de forma a captar o objecto que está a ser
filmado, de baixo para cima.
Este efeito provocará, consequentemente, o aumento de estatura e
importância de um personagem, de forma a colocá-lo numa posição dominante.
Agiganta a estatura do herói ou acentua inquietantemente a personalidade do
vilão.
Inclinação da Câmara segundo o eixo horizontal
O efeito que se consegue mediante a inclinação da câmara segundo o eixo horizontal
é o de criar uma imagem em diagonal no ecrã. Essa diagonal pode ser utilizada com
um Ponto de vista normal ou, com mais ênfase, num Plano Contra-picado ou Picado.
A visão em diagonal, apesar de ser um ângulo menos frequente e bastante mais
rebuscado, pretende traduzir de forma mais intensa o movimento, dramatiza
necessariamente a acção, pode dar uma componente de desequilíbrio e de tensão
acrescida.
Vídeo:
Tutorial Produção Vídeo - Planos e Regras de Enquadramento:
http://www.youtube.com/watch?v=vE9mPn3n2Jc
Movimentos de Câmara
Podem-se distinguir três tipos de movimentos de câmara:
- Travelling;
- Panorâmica;
- Trajectória.
Panorâmica
Rotação da câmara em torno de seu eixo vertical ou horizontal, sem
deslocamento da câmara.
Na panorâmica, a câmara gira em torno de um eixo fixo, à maneira de um
espectador sentado que mexa a cabeça da direita para a esquerda
(panorâmica horizontal) ou de baixo para cima (panorâmica vertical). Podem
combinar-se as duas, o que se verifica sobretudo no documentário.
Travelling Deslocamento da câmara. Pode ser para frente (in), para trás (out), para cima,
para baixo, para os lados ou combinado.
A própria câmara que se desloca, quer ao ombro, quer sobre carris, dolly ou
qualquer outro mecanismo. Existem vários tipos de deslocações possíveis:
PARA A FRENTE(dolly in)
O travelling para a frente vem juntar-se à eficiência da panorâmica, pois dá-nos
uma apreensão progressiva do real. No documentário esta apreensão tem um
interesse estritamente intelectual. Mas numa obra dramática a tensão do
espectador pode crescer à medida que a câmara se aproxima do ponto nevrálgico.
Um dos empregos mais sugestivos do travelling para a frente é aquilo a que se
chama travelling subjectivo: por exemplo, uma personagem penetra com uma
sensação de admiração e de terror um mundo insólito. A câmara recorre ao
travelling para simular a visão da personagem.
Travelling
PARA TRÁS (dolly back)
Do ponto de vista da observação, esta dilatação progressiva do campo da visão
permite-nos apreender o que Claudel chamaria uma co-naissance do mundo,
duma ordem privilegiada.
Por exemplo, descobriremos em torno de um agricultor, que trabalha, toda as
coordenadas da sua actividade, penetramos na imagem à medida que o campo
visual se alarga. No final de uma filme o travelling para trás pode produzir um
efeito mais interessante que o travelling para a frente.
Pode ter vários sentidos; conclusão; afastamento no espaço; acompanhamento
de um personagem que avança; afastamento psicológico.
Travelling
LATERAL (acompanhamento)
No travelling lateral que pode ser horizontal ou vertical, a câmara desloca-se
paralelamente ao lugar da acção e acompanha as personagens nas suas
deambulações.
Pode combinar-se de uma maneira extremamente suave com os outros dois e
dar assim ao espectador uma sensação de à-vontade e flexibilidade.
Zoom – Travelling Óptico
Alteração gradual, dentro de um mesmo plano, do ângulo de visão. Chama-se
zoom-in quando este diminui e zoom-out quando aumenta.
A Zoom (objectiva de distância focal variável) é utilizada muitas vezes para
substituir o Travelling mecânico.
Vídeos:
Aulas de Cinema - Movimentos de Câmara:
http://www.youtube.com/watch?v=cPSQqp-Aj6c
Cineclube - movimentos de câmara:
http://www.youtube.com/watch?v=oo0k82UaUw8