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Devocional Vida Abundante para o mês de Julho 2016
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1
IGREJA PRESBITERIANA UNIDA COREANA DE SÃO PAULO 연합교회
vida abundante
07/2016
2
3
Colaboradores (em ordem alfabética):
Tradução:
Bong Yeon Nam Choi Chin Hae Kim Da Hae Kwon Duk Young Choi Jee Ae Park Hong Jin Hi Kim Jung Manuela Kim Priscila Chung Renata Kim Soon Chan Hong Soung Hwa Jo Suk Min Soh Sun Kyong Kim Sung Whan Hong Yoon Ji Kim Yun Sun Choi Este material foi selecionado do devocional "SEM-MUL"
do ano 2015.
4
Atos 22-28
Quando iniciamos o estudo do livro de Atos em abril, comentamos que Atos é a história da conquista do mundo, através das batalhas espirituais, pelas testemunhas do evangelho fisgadas pelo Espírito Santo. Da mesma forma que Josué conquistou as cidades de Jericó uma a uma, Jesus visitou as cidades, expulsando espíritos malignos que as dominavam e por fim, venceu o poder da morte, através da cruz em Jerusalém e da ressurreição. Depois do dia de Pentecostes, os discípulos fisgados pelo espírito de Jesus, ou seja, o Espírito Santo, venceram o poder da morte e pecado, visitando as cidades. Paulo, que é o último corredor do livro de Atos, propagou o evangelho, indo às cidades do império romano, travou batalhas com os líderes políticos e religiosos em Jerusalém e foi até Roma para anunciar o governo de Cristo.
Confronto com os líderes religiosos
de Jerusalém (22-23)
Jerusalém, onde se encontra o
templo, é o centro do judaísmo.
Assim como Jesus combateu batalha
espiritual na casa do sumo
sacerdote, Paulo também confronta
o sumo sacerdote e outros judeus.
Obviamente, os primeiros cristãos
não pensavam que eles eram
reformadores, eles somente
acreditavam que Deus havia
cumprido a Sua promessa, mas essa
verdade trouxe conflito com o
judaísmo, que só restara o casco.
Paulo revela claramente que ele é
tradicionalmente judeu aos judeus
que queriam matá-lo. De fato, ele era
um judeu legítimo (22:3-5) e ele
afirma que não deixou de ser judeu,
porém encontrou Jesus ressurreto no
caminho para Damasco, ou seja, ele
testemunha o fato que viu e
experimentou pessoalmente (22:6-
11).
Quem o fez abrir os olhos era um
judeu piedoso segundo a lei,
Ananias, que coincidentemente era o
nome do sumo sacerdote presente
(22:12, 23:2). Paulo testemunha,
citando as palavras de Ananias: “o
Deus dos nossos antepassados o escolheu para (...) ver o Justo (Jesus) e ouvir as palavras de sua boca” (22:14), que são totalmente expressões do judaísmo. O evangelho de Jesus ressurreto jamais poderia ser considerado uma doutrina herética, porém quando Paulo revela que ele recebeu do Senhor a missão de levar o evangelho aos gentios, os judeus acabam explodindo (22:22-23). Para os judeus que só tinham o casco da religiosidade, os gentios eram impuros e deveriam ser mantidos distantes, entretanto eles não conseguem ter um julgamento justo de acordo com a lei, no Sinédrio (23:1-10). Paulo fala que o importante não é aparência da religião, como deixar entrar, ou não, os gentios no templo, todavia a esperança que vem dos antepassados: a ressurreição dos mortos (23:6). Paulo encontrou pessoalmente o Jesus ressurreto e o seu ministério se baseou no testemunho desse fato. Ele nunca negou a lei e o templo, somente presenciou o cumprimento da esperança dos judeus e se empenhou para propagar essa
5
notícia. Paulo esperava que o seu
povo se concentrasse nesse
problema, entretanto os judeus se
dividiram em saduceus e fariseus e
começaram um grande tumulto (23:7-
10), pois o interesse deles estava no
templo, na consanguinidade e na
facção.
O que protegeu Paulo foi a sua
identidade de “cidadão romano”
(22:25-29, 23:22-35). O comandante
romano que prendeu Paulo não era
muito honesto (23:27), todavia
quando soube da conspiração de
assassinato através do sobrinho de
Paulo, agiu rigorosamente para que
ele fosse julgado pela lei romana
(23:16-24).
Em contrapartida, os judeus e os
seus líderes eram menos justos que
os gentios, que eles tanto
desprezavam. A multidão queria
matar uma pessoa sem motivo, o
sumo sacerdote que deveria julgar
segundo a lei, ordenou que batessem
em Paulo sem definir o pecado (23:2-
3) e até foi organizado um grupo de
conspiração de assassinato (23:12-
15). Vendo tudo isso, eles eram
menos justos que o comandante
romano e os efésios que adoravam
Ártemis (vide 19:23-41).
Propagação do evangelho aos
líderes de Cesareia (24-26)
Cesareia, como o próprio nome diz “a
terra de César”, era a sede do
governo romano que controlava a
região da Síria à Palestina. Da
mesma forma que Jesus foi
apresentado ao comandante romano
Pilatos mediante acusação do sumo
sacerdote (vide Lc 23:1-12), Paulo
também encontrou o governador
romano e o rei da Judeia, sob a
acusação do sumo sacerdote,
apresentando-lhes o evangelho em
Cesareia.
O sumo sacerdote Ananias,
acompanhado por um advogado
chamado Tértulo, apresentou
acusações contra Paulo (24:1-9) e
este conseguiu aproveitar essa
oportunidade para falar do evangelho
para o governador Félix e a sua
esposa. Paulo afirmou a Félix que
não era infrator de nenhuma lei
(24:11-13, 16-20) e que o único
motivo para as acusações era a sua
crença na ressurreição (24:15, 21).
Embora Félix não fosse honesto, pois
deixou Paulo na prisão por dois anos,
ele teve medo ao ouvir o evangelho
(24:22-27).
Novamente, Paulo foi acusado pelo
sumo sacerdote e pelos judeus mais
importantes diante de Festo, que era
sucessor de Félix, mas esse
momento foi aproveitado para falar
do evangelho ao rei Agripa, que tinha
ido saudar o governador (25:13).
Festo, vendo que Paulo não havia
infringido nenhuma lei romana,
propôs que ele fosse julgado em
Jerusalém (25:14-20), porém Paulo
recusou esta proposta e apelou a
César, para que fosse julgado em
Roma (25:9-12), devido ao que o
Senhor lhe dissera para testemunhar
também em Roma (23:11).
Como fazia pouco tempo que tomara
posse e sem conhecimento sobre os
problemas entre judeus, Festo
consultou o rei local Agripa e abriu o
julgamento de Paulo. O rei Agripa
(Herodes Agripa II) era o filho do rei
Herodes (Herodes Agripa I), que
mandara matar o apóstolo Tiago
(vide 12:1-2). Paulo, mais uma vez,
enfatizou que era judeu e
testemunhou a sua experiência no
6
caminho para Damasco (26:4-23).
Esse discurso não diferiu do que ele
falara em Jerusalém diante da
multidão e no Sinédrio (22:3-21,
23:6), entretanto estava sendo
acusado pelo mesmo motivo: a
afirmação de que a sua esperança
na ressurreição como judeu havia se
cumprido através de Jesus Cristo
(26:6-8).
Paulo testemunhou corajosamente
diante do governador e do rei,
entretanto foi chamado de louco por
Festo e foi contido por Agripa.
Mesmo assim, Paulo disse-lhes:
“Peço a Deus que se tornem como
eu” (26:29). Diante da defesa de
Paulo, Agripa e Festo não acharam
nenhum motivo de acusação contra
ele, da mesma forma que Herodes e
Pilatos não encontraram nenhum
pecado em Jesus (vide Lc 23:1-23).
A autoridade que foi exercida no
meio da tempestade (27:1-28:16)
Paulo, que embarcou no navio em
direção à Itália, estava na condição
de preso ainda não condenado, no
entanto Deus o tornou a verdadeira
autoridade que governa o mundo.
Coincidentemente, o nome do
centurião, que pertencia ao
Regimento Imperial (Augustano) e
encarregado pelos presos, era Júlio
(27:1), que nos remete a César. Na
época do nascimento de Cristo,
César Augusto (Lc 2:1), que ordenou
que fosse feito o recenseamento de
todo o império romano, também
tinha “Júlio” no seu nome: Caio Júlio
César Octaviano Augusto. O
centurião era bondoso com Paulo,
contudo em relação à navegação,
confiou mais no conselho do piloto e
do dono do navio, em vez de ouvir
Paulo (27:3, 11).
A consequência por ter ignorado o
conselho de Paulo foi desastrosa. O
navio foi arrastado pelo vento muito
forte, chamado Nordeste, perdendo-
se tudo. Se não fosse pela graça de
Deus a quem Paulo servia, nem
estariam vivos (27:14-22). Nesse
navio prestes a naufragar, Paulo se
põe numa posição de dirigente e não
mais como um preso do centurião
Júlio e do piloto. Ele acalmou as
pessoas, orientou os soldados para
não deixarem os marinheiros
escaparem, insistiu que todos se
alimentassem, tornou-se líder das
276 pessoas no navio e resgatou a
todos eles (27:21-44). A autoridade
de Jesus que Paulo exerceu no navio
era a força que salva vidas e não a
violência (27:42).
Paulo mostrou-se um apóstolo cheio
da autoridade do espírito de Jesus
quando na ilha de Malta, mesmo
tendo sido picado pela víbora, ele
não sofreu mal nenhum e curou um
doente impondo-lhe as mãos (28:1-
10). Apesar de ser um preso, ele
tinha a autoridade de Deus de
governar o mundo todo, o que nem
imperador romano tinha. Quando ele
chegou a Roma, a autoridade romana
pareceu escoltá-lo, em vez de
aprisioná-lo (28:16). Dessa forma,
Deus usou Paulo, cheio do Espírito
Santo, para revelar a autoridade de
governar o mundo todo.
A igreja, o Novo Reino de Deus
(28:17-31)
A última parte do livro de Atos parece
ser incompleto, mas é a conclusão da
parte da história que o autor
acompanhou pessoalmente. É o
anúncio da ineficiência de Israel de
7
linhagem, ou seja, judaísmo no
Reino de Deus e da igreja, que é o
novo Reino, onde os gentios foram
acrescentados como o povo de
Deus.
Isso não foi o que Paulo planejou.
Ele propagou o evangelho
fortemente baseado na palavra que
recebeu dos antepassados do seu
povo, porém entre os judeus, havia
muitos que não criam (28:23-24). Na
verdade, até essa situação foi
predita pelo profeta Isaías e Deus
chamou os gentios no lugar dos
judeus (28:25-28). Assim formou-se
o novo povo de Deus, que governa o
mundo inteiro.
Paulo pregou o Reino de Deus e
ensinou a respeito do Senhor Jesus
Cristo, abertamente e sem
impedimento algum, em Roma e não
em Jerusalém, numa casa alugada e
não no templo (28:31). Agora, a glória
de Deus chega a todos que creem
em Jesus e não somente aos judeus.
Assim como o Espírito Santo veio
primeiro aos que estavam no
aposento superior de uma casa (1:13,
2:1-2), em vez de um templo, agora a
glória de Deus chegou a uma casa
alugada em Roma e o Seu Reino foi
anunciado através de um discípulo.
Nos dias de hoje também o nosso
Senhor governa o mundo todo
através dos discípulos fisgados pelo
Espírito Santo. Esperamos que
sejamos instrumentos do Senhor que
governa esse mundo, como Pedro,
Estêvão, Filipe, Barnabé e Paulo, que
eram cheios de palavra e do Espírito
Santo.
8
01 Será testemunha daquilo que viu e ouviu
sex Atos 22:12-21
12 Um homem chamado Ananias,
fiel seguidor da lei e muito
respeitado por todos os judeus que
ali viviam,
13 veio ver-me e, pondo-se junto a
mim, disse: “Irmão Saulo, recupere
a visão”. Naquele mesmo instante
pude vê-lo.
14 Então ele disse: “O Deus dos
nossos antepassados o escolheu
para conhecer a sua vontade, ver o
Justo e ouvir as palavras de sua
boca.
15 Você será testemunha dele a
todos os homens, daquilo que viu e
ouviu.
16 E agora, que está esperando?
Levante-se, seja batizado e lave os
seus pecados, invocando o nome
dele”.
17 Quando voltei a Jerusalém,
estando eu a orar no templo, caí em
êxtase e
18 vi o Senhor que me dizia:
“Depressa! Saia de Jerusalém
imediatamente, pois não aceitarão
seu testemunho a meu respeito”.
19 Eu respondi: Senhor, estes
homens sabem que eu ia de uma
sinagoga a outra, a fim de prender e
açoitar os que crêem em ti.
20 E quando foi derramado o sangue
de tua testemunha Estêvão, eu
estava lá, dando minha aprovação e
cuidando das roupas dos que o
matavam.
21 “Então o Senhor me disse: “Vá, eu
o enviarei para longe, aos gentios””.
9
Análise do conteúdo
Percepção
1. Qual é a missão de Paulo
segundo Ananias? (vs.14-15)
2. O que o Senhor disse a Paulo
que havia voltado a Jerusalém?
(vs.18-21)
4. O que você aprende ao ver Paulo
pregar o evangelho aos gentios e
depois retornar a Jerusalém para
testemunhar o seu encontro com
Jesus?
Estudo e reflexão
3. Por que Jesus fez com que
Paulo saísse de Jerusalém para
pregar o evangelho aos gentios, e
então retornar a Jerusalém para
dar seu testemunho?
Decisão e aplicação
5. O que Jesus fez você entender,
ver e ouvir?
A quem você testemunhará isso
hoje?
Anotação
10
Por meio de Ananias, Paulo obteve a resposta para a pergunta: “Que devo
fazer, Senhor?” (v.10), que era testemunhar o que ele vira e ouvira. Era o
ministério que fora dada igualmente aos apóstolos que testemunharam o
dia em que Jesus foi elevado aos céus. Quando ele voltou de Damasco a
Jerusalém e estava a orar no templo, recebeu a ordem para sair de
Jerusalém imediatamente, pois não aceitariam o seu testemunho a
respeito de Jesus (v.18). Após o término da 3ª viagem missionária nas
terras estrangeiras, Paulo retornou a Jerusalém para testemunhar a
respeito de Jesus. Esse itinerário de Paulo remete-nos ao ministério
público de Jesus. Quando Jesus foi rejeitado na cidade natal, passou a
ensinar sobretudo na região de Galileia. Ao retornar a Jerusalém,
anunciou o evangelho diante daqueles que O rejeitaram e se opuseram a
Ele. Desta maneira, todos os apóstolos, incluindo Paulo, receberam a
missão de anunciar Jesus e viver como Ele. Reveja se você está vivendo
como um verdadeiro seguidor de Jesus, anunciando o evangelho.
ORAÇÃO Faça com que eu seja um seguidor do Senhor
que se encontrou comigo, anunciando a Tua
palavra corajosamente.
Anotação
11
02 A soberania imponente do evangelho diante do mundo
sáb Atos 22:22-29
22 A multidão ouvia Paulo até que
ele disse isso. Então todos
levantaram a voz e gritaram: “Tira
esse homem da face da terra! Ele
não merece viver!”
23 Estando eles gritando, tirando
suas capas e lançando poeira para
o ar,
24 o comandante ordenou que
Paulo fosse levado à fortaleza e
fosse açoitado e interrogado, para
saber por que o povo gritava
daquela forma contra ele.
25 Enquanto o amarravam a fim de
açoitá-lo, Paulo disse ao centurião
que ali estava: “Vocês têm o direito
de açoitar um cidadão romano sem
que ele tenha sido condenado?”
26 Ao ouvir isso, o centurião foi
prevenir o comandante: “Que vais
fazer? Este homem é cidadão
romano”.
27 O comandante dirigiu-se a Paulo
e perguntou: “Diga-me, você é
cidadão romano?” Ele respondeu:
“Sim, sou”.
28 Então o comandante disse: “Eu
precisei pagar um elevado preço por
minha cidadania”. Respondeu Paulo:
“Eu a tenho por direito de
nascimento”.
29 Os que iam interrogá-lo retiraram-
se imediatamente. O próprio
comandante ficou alarmado, ao
saber que havia prendido um cidadão
romano.
12
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como a multidão reagiu ao
longo discurso de Paulo? (vs.22-
23)
2. O que o comandante ordenou
diante do tumulto da multidão e
qual foi a reação de Paulo?
(vs.24-25)
4. O que você aprende ao ver Paulo
reagir de forma admirável, mesmo
diante da ira das pessoas e da
autoridade do comandante?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo pôde apresentar-
se de forma admirável diante do
centurião?
Decisão e aplicação
5. Como é a sua postura diante de
pessoas que reagem com
hostilidade ao evangelho?
O que você pode fazer para não
perder a sua grandiosidade?
Anotação
13
Paulo estava diante de uma situação onde deveria expor seus argumentos diante de uma multidão irada. Entretanto ele não usou esta situação a seu favor, mas sim para explicar o momento do seu encontro com Jesus. Paulo se encontrava em um tribunal para ser julgado, mas este acabou se tornando um lugar para anunciar destemidamente o evangelho do poder. Contudo a multidão ficou irada ao ouvir a sua história e então o comandante assustado, ordenou que Paulo fosse levado à fortaleza e fosse açoitado para ser interrogado como um prisioneiro comum (vs.22-24). Nesse momento Paulo contestou a sua punição injusta e fez pleno uso de seus direitos de cidadão romano. A ele Paulo não só afirmou sua cidadania romana, mas explicou como se tornara tal: “por direito de nascimento”, afirmando que não fora preso por ter cometido algum crime ou por sua origem humilde. Então o comandante ficou alarmado. Certamente os cristãos devem viver como servos humildes. Entretanto isso não significa que um cristão deva ser passivo ou submisso perante as injustiças. Pelo contrário, assim como Paulo, os cristãos devem criar a sua própria justiça e promover a sua honra firmada no evangelho.
ORAÇÃO Faça com que a igreja que guarda o evangelho
da verdade não perca a sua honra diante do
mundo.
Anotação
14
03 Família que testemunha a graça recebida
dom Culto no Lar - Atos 22:11-21
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
11 Os que estavam comigo me
levaram pela mão até Damasco,
porque o resplendor da luz me
deixara cego.
12 Um homem chamado Ananias,
fiel seguidor da lei e muito
respeitado por todos os judeus que
ali viviam,
13 veio ver-me e, pondo-se junto a
mim, disse: “Irmão Saulo, recupere
a visão”. Naquele mesmo instante
pude vê-lo.
14 Então ele disse: “O Deus dos
nossos antepassados o escolheu
para conhecer a sua vontade, ver o
Justo e ouvir as palavras de sua
boca.
15 Você será testemunha dele a
todos os homens, daquilo que viu e
ouviu.
16 E agora, que está esperando?
Levante-se, seja batizado e lave os
seus pecados, invocando o nome
dele”.
17 Quando voltei a Jerusalém,
estando eu a orar no templo, caí em
êxtase e
18 vi o Senhor que me dizia:
“Depressa! Saia de Jerusalém
imediatamente, pois não aceitarão
seu testemunho a meu respeito”.
19 Eu respondi: Senhor, estes
homens sabem que eu ia de uma
sinagoga a outra, a fim de prender e
açoitar os que crêem em ti.
20 E quando foi derramado o
sangue de tua testemunha Estêvão,
eu estava lá, dando minha
aprovação e cuidando das roupas
dos que o matavam.
21 “Então o Senhor me disse: “Vá,
eu o enviarei para longe, aos
gentios””.
15
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
Paulo testemunhou as coisas que
ele passou até agora para se
defender diante dos judeus que
queriam matá-lo. Jesus o encontrou
no meio da glória quando Paulo
estava a caminho de Damasco e foi
curado através de um homem fiel
chamado Ananias quando ele ficou
cego (vs.14-15). Depois disso,
Paulo ouviu diretamente de Deus,
quando estava em oração, que ele
seria enviado aos gentios (v.21).
Para aqueles judeus que estavam
acusando Paulo de heresia e
estavam reunidos ali para matá-lo,
o testemunho dele era como
colocar mais lenha na fogueira.
Paulo também deve ter previsto
que isso iria acontecer. Mas mesmo
colocando sua vida em risco, por
que Paulo contou sobre as coisas
que ele passou? O que o fez tão
destemido?
Dentro do coração de Paulo havia
abundante graça e emoção
profunda por Deus ter escolhido e
chamado o “pior dos pecadores”
(1Tm 1:15) como ele, e ainda por
tê-lo tornado em um apóstolo.
Portanto, a força motora que faz
Paulo correr adiante por toda a vida
é a „graça‟ de ter sido escolhido
mesmo sendo uma pessoa tão
endurecida, e de ter sido chamado
como apóstolo dos gentios. Se nos compararmos com Paulo
antes de ter sido redimido, somos
melhores que ele? Talvez nós
sejamos pessoas com coração mais
endurecido que a multidão que
crucificou Jesus, mais que dos
judeus que queriam matar Paulo.
Quando a situação se inverte, talvez
nós sejamos capazes de levantar a
pedra contra Jesus.
Mas apesar de sermos assim, Jesus
nos escolheu e nos chamou para
sermos seus filhos. E conforme a
nossa situação, nos enviou para o
campo específico para servir o Reino
de Deus. Não é motivo de agradecer
e de se emocionar? São fatos para
serem lembrados e testemunhados!
Neste mês de julho, vamos começar
a metade do ano que ainda resta,
testemunhando e declarando a graça
de Jesus, de ter escolhido e ter sido
confiada a preciosa missão a nós,
assim como foi com Paulo.
16
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. O que você aprende vendo Paulo testemunhar que foi escolhido e
enviado por Deus mesmo numa situação de risco de vida?
2. Vamos compartilhar como a nossa família pode testemunhar a graça recebida do Senhor.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos Que sejamos uma família que testemunha a graça de Deus em qualquer
circunstância.
17
04 Mostre atitudes fundamentadas na palavra
seg Atos 22:30-23:5
30 No dia seguinte, visto que o
comandante queria descobrir
exatamente por que Paulo estava
sendo acusado pelos judeus,
libertou-o e ordenou que se
reunissem os chefes dos
sacerdotes e todo o Sinédrio.
Então, trazendo Paulo, apresentou-
o a eles.
1 Paulo, fixando os olhos no
Sinédrio, disse: “Meus irmãos,
tenho cumprido meu dever para
com Deus com toda a boa
consciência, até o dia de hoje”.
2 Diante disso o sumo sacerdote
Ananias deu ordens aos que
estavam perto de Paulo para que lhe
batessem na boca.
3 Então Paulo lhe disse: “Deus te
ferirá, parede branqueada! Estás aí
sentado para me julgar conforme a
lei, mas contra a lei me mandas
ferir?”
4 Os que estavam perto de Paulo
disseram: “Você ousa insultar o sumo
sacerdote de Deus?”
5 Paulo respondeu: “Irmãos, eu não
sabia que ele era o sumo sacerdote,
pois está escrito: “Não fale mal de
uma autoridade do seu povo””.
18
Estudo e Reflexão Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
19
Orientações Paulo advoga para si mesmo corajosamente Atos 22:30-23:5
Análise do conteúdo
No dia seguinte, visto que o
comandante queria descobrir
exatamente por que Paulo estava
sendo acusado pelos judeus,
ordenou que se reunissem os
chefes dos sacerdotes e todo o
Sinédrio a fim de saber a verdade.
No sinédrio Paulo alegou que tem
cumprido seu dever para com Deus
com toda a boa consciência. Paulo
repreendeu Ananias chamando-o
de parede branquiada, ao ouví-lo
ordenar que batessem na sua boca.
Ao saber que Ananias era sumo
sacerdote, ele admitiu seu erro de
tê-lo repreendido.
Estudo e Reflexão
1. Por que o sumo sacerdote
Ananias ordenou que batessem a
boca de Paulo sem mais sem
menos, demonstrando hostilidade?
- Provavelmente Ananias tinha
certeza da culpa de Paulo. A
reputação dele entre os judeus não
era favorável. Ananias sabia que
Paulo convivia com os gentios e
obviamente acreditava que
desobedecia às leis. E confiava na
acusação de que ele frequentava o
templo com gentios, desonrando o
lugar sagrado.
2. Por qual motivo Paulo disse:
“tenho cumprido o meu dever com
toda boa consciência”?
- Paulo tinha certeza da sua
inocência do dia anterior (At 21:28)
e sabia que não tinha culpa diante
das leis (Fp 3:6). Falou do seu
dever cumprido como povo de Deus
e que viveu de acordo com princípios
do evangelho. Sendo assim pôde
falar com coragem no Sinédrio e
bravejar palavra de repreensão à
hipocrisia do sumo sacerdote. E foi
sincero em admitir seu erro baseado
na palavra, por não reconhecer o
sumo sacerdote.
Percepção
Ele que servia a Deus com toda a
boa consciência, só poderia ser uma
pessoa corajosa. Eu admiro o
apóstolo Paulo. Sua atitude
inabalável diante das acusações das
pessoas deve ter vindo do
cumprimento do seu dever como
povo de Deus e de ter vivido de
acordo com princípio do evangelho.
Isso o tornou corajoso.
Eu gostaria de ser como Paulo. Mais
da metade do ano já se passou e
isso me leva a refletir o quão
consciente vivi a palavra que recebi
no início do ano. Viverei o resto de
2016 apoiando-me na palavra. Mais
uma vez comprometo-me a viver
sempre em adoração a Deus,
cumprindo meu dever para com Ele
com toda a boa consciência.
Decisão e aplicação
1. “Filhinhos, não amemos de palavra
nem de boca, mas em ação e em
verdade” (1Jo 3:18), vou decorar este
versículo novamente, escrever e
colar num lugar bem visível.
2. Vou dar o máximo no trabalho do
nosso ministério, para poder entregar
o cargo na transição do ano para o
próximo obreiro, com orgulho do meu
trabalho realizado.
20
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que Paulo disse ao sumo
sacerdote Ananias que deu a
ordem para que lhe batessem a
boca? (v.3)
2. O que disse o Paulo ao saber
que ele era o sumo sacerdote?
(v.5)
4. O que você aprende ao ver Paulo
agir com coragem, fundamentando-
se somente na lei?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo alega que não
sabia que ele era o sumo
sacerdote, utilizando-se de um
versículo da lei?
Decisão e aplicação
5. Até que ponto as minhas palavras
e meus atos estão fundamentados
nas escrituras?
O que você vai fazer nos próximos
dias para mostrar atitudes
fundamentadas na palavra de Deus?
Anotação
21
“Parede branqueada” (v.3): Paredes que pareciam firmes, mas que caem com os
ventos. Metáfora da hipocrisia. Indica que até mesmo aquele que julga, ignorava
as leis básicas.
O Sinédrio dos judeus é convocado pelo comandante romano. O crime de
Paulo era ter introduzido os gentios ao templo (21:28). Esse mesmo
Sinédrio convocado para julgamento é liderado pelo comandante gentio. O
sumo sacerdote ordenou que batessem na boca de Paulo antes mesmo
de averiguar suas infrações (v.2). No entanto desde a convocação até o
próprio julgamento, o Sinédrio não estava seguindo as leis de forma
alguma. Nisto Paulo insulta e critica Ananias, pois mesmo sendo um sumo
sacerdote, ignorava as leis básicas. Apesar de Paulo ter se desculpado, foi
em obediência às leis e não em respeito ao sumo sacerdote. Ao
observarmos este julgamento percebemos quão falsos eram as leis e o
templo venerados pela comunidade dos judeus em Jerusalém. A nossa
crença e a igreja podem passar pela mesma situação. Nada impede que
se tornem como o judaísmo daquela época se não nos basearmos na
palavra de Deus. Nós temos que buscar uma vida de fé baseada somente
na palavra, como fez Paulo.
ORAÇÃO Faça-me reconhecer os erros e fraquezas, e
dá-me coragem para transformar o meu viver
através da palavra.
Anotação
22
05 Dê atenção ao núcleo do problema
ter Atos 23:6-10
6 Então Paulo, sabendo que alguns
deles eram saduceus e os outros
fariseus, bradou no Sinédrio:
“Irmãos, sou fariseu, filho de
fariseu. Estou sendo julgado por
causa da minha esperança na
ressurreição dos mortos!”
7 Dizendo isso, surgiu uma violenta
discussão entre os fariseus e os
saduceus, e a assembléia ficou
dividida.
8 (Os saduceus dizem que não há
ressurreição nem anjos nem
espíritos, mas os fariseus admitem
todas essas coisas.)
9 Houve um grande alvoroço, e
alguns dos mestres da lei que eram
fariseus se levantaram e começaram
a discutir intensamente, dizendo:
“Não encontramos nada de errado
neste homem. Quem sabe se algum
espírito ou anjo falou com ele?”
10 A discussão tornou-se tão violenta
que o comandante teve medo que
Paulo fosse despedaçado por eles.
Então ordenou que as tropas
descessem e o retirassem à força do
meio deles, levando-o para a
fortaleza.
23
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como Paulo se apresentou no
Sinédrio onde estavam os fariseus
e os saduceus? (v.6)
2. O que alguns dos mestres da
lei, que eram fariseus, falaram a
respeito de Paulo? (v.9)
4. O que aprende com a atitude de
Paulo de se livrar da questão
secundária para tocar no ponto
principal, e com a atitude dos
Judeus que envolveram–se num
alvoroço em decorrência da
discussão?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo mudou o assunto
da discussão para a questão da
ressurreição?
Decisão e aplicação
5. Como você pode expressar a sua
fé e seus valores essenciais?
Que esforço você pode fazer hoje
para apresentar o evangelho,
qualquer que seja o lugar? Anotação
24
Paulo parecia não ter interesse em provar a sua inocência diante da
acusação dos judeus. Se Paulo quisesse se defender, estaria preocupado
em dizer que não fez um gentio entrar no templo e que nunca teve
intenção de ofender o sumo sacerdote. Todavia, para Paulo, o importante
não era sair ileso desta situação. O que importava a ele não era se um
gentio podia ou não entrar no templo, mas sim ter ou não a salvação e a
vida eterna. Por isso Paulo insistiu que o ponto principal deste julgamento
era a „ressurreição‟ e não no nível de ser a favor ou contra a cláusula da
lei, apesar dele ser um fariseu e não negar a lei e as regras do templo.
Paulo quis conduzi-los para o ponto principal da fé (v.6). Todavia o
Sinédrio acabou num grande alvoroço (v.9). Os judeus que estavam
presentes no Sinédrio estavam mais interessados naquilo que era mais
vantajoso para seu grupo religioso, ao contrário de Paulo que não buscava
vantagem própria, mas a verdade da salvação. Qual é a essência da sua
fé e seus valores? Você consegue ensinar isso em qualquer lugar que
seja?
ORAÇÃO Que eu possa sempre lembrar quais são os
valores mais importantes em Cristo.
Anotação
25
06 Palavra, a força para vencer o medo
qua Atos 23: 11-16
11 Na noite seguinte o Senhor,
pondo-se ao lado dele, disse:
“Coragem! Assim como você
testemunhou a meu respeito em
Jerusalém, deverá testemunhar
também em Roma”.
12 Na manhã seguinte os judeus
tramaram uma conspiração e
juraram solenemente que não
comeriam nem beberiam enquanto
não matassem Paulo.
13 Mais de quarenta homens
estavam envolvidos nessa
conspiração.
14 E, dirigindo-se aos chefes dos
sacerdotes e aos líderes dos
judeus, disseram: Juramos
solenemente, sob maldição, que não
comeremos nada enquanto não
matarmos Paulo.
15 Agora, portanto, vocês e o
Sinédrio peçam ao comandante que
o faça comparecer diante de vocês
com o pretexto de obter informações
mais exatas sobre o seu caso.
Estaremos prontos para matá-lo
antes que ele chegue aqui.
16 Entretanto, o sobrinho de Paulo,
filho de sua irmã, teve conhecimento
dessa conspiração, foi à fortaleza e
contou tudo a Paulo,
26
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que Deus falou para Paulo?
(v.11)
2. O que aconteceu com a cilada
daqueles que queriam matar
Paulo? (vs.15-16)
4. O que você sente ao ver o Senhor
consolar Paulo que está em perigo,
chamando-o para a missão?
Estudo e reflexão
3. Qual é o motivo de Deus
encorajar Paulo e falar sobre a
sua missão?
Decisão e aplicação
5. Como você reage quando está em
uma situação difícil?
O que você deve fazer para superar
o medo e de que modo você irá
colocar isto em prática hoje? Anotação
27
Quando os judeus percebem que a tentativa deles de matar Paulo
legalmente fracassa, decidem, cheios de fúria, tramar uma cilada para
matá-lo. A raiva deles tinha uma origem religiosa, mas ao mesmo tempo
um lado muito violento (vs.12-13). Isso mostra que eles já haviam se
distanciado das Leis de Deus. Por meio dos principais sacerdotes e
anciãos, eles queriam pedir ao comandante trazer Paulo novamente para
que fosse interrogado mais uma vez e matá-lo nesse processo.
Felizmente Paulo ouve através do sobrinho a trama que colocava a sua
vida em perigo (v.16) e sente-se ameaçado. Contudo o Senhor procurou
Paulo na noite anterior para que tivesse coragem e o avisou dos Seus
planos (v.11). Dessa maneira o coração de Paulo estava cheio da palavra
de Deus e por causa disso, conseguiu reagir com coragem. O medo pode
destruir o seu coração, mas a palavra de Deus dá a força para vencê-lo.
Como você reage frente ao medo? Que no dia de hoje você possa vencer
o medo através da palavra do Senhor.
ORAÇÃO Que possa ser um soldado de fé que luta com
a palavra de Deus contra o medo.
Anotação
28
07 Um homem usado a serviço do evangelho
qui Atos 23:17-24
17 que, chamando um dos
centuriões, disse: “Leve este rapaz
ao comandante; ele tem algo para
lhe dizer”.
18 Assim ele o levou ao
comandante. Então disse o
centurião: “Paulo, o prisioneiro,
chamou-me, pediu-me que te
trouxesse este rapaz, pois ele tem
algo para te falar”.
19 O comandante tomou o rapaz
pela mão, levou-o à parte e
perguntou: “O que você tem para
me dizer?”
20 Ele respondeu: Os judeus
planejaram pedir-te que apresentes
Paulo ao Sinédrio amanhã, sob
pretexto de buscar informações
mais exatas a respeito dele.
21 Não te deixes convencer, pois
mais de quarenta deles estão
preparando uma emboscada contra
Paulo. Eles juraram solenemente não
comer nem beber enquanto não o
matarem. Estão preparados agora,
esperando que prometas atender-
lhes o pedido.
22 O comandante despediu o rapaz e
recomendou-lhe: “Não diga a
ninguém que você me contou isso”.
23 Então ele chamou dois de seus
centuriões e ordenou-lhes: Preparem
um destacamento de duzentos
soldados, setenta cavaleiros e
duzentos lanceiros a fim de irem para
Cesaréia esta noite, às nove horas.
24 Providenciem montarias para
Paulo, e levem-no em segurança ao
governador Félix.
29
Análise do conteúdo
Percepção
1. Que notícia o sobrinho de Paulo
contou ao comandante? (vs.20-
21)
2. Como o comandante resolveu o
problema? (vs.19, 22-23)
4. O que você aprende ao ver a
imagem do comandante romano que
planeja nos mínimos detalhes um
plano para proteger Paulo?
Estudo e reflexão
3. Por que Deus fez com que
Paulo fosse ameaçado pelo seu
povo e depois ajudado pelo
comandante romano?
Decisão e aplicação
5. Como você tem tratado as várias
pessoas que Deus tem lhe enviado
para ajudar?
Como você irá tratá-los hoje?
Anotação
30
“Cesareia” (v.23): A sede do governo romano na Palestina. Significava „terra de
César‟ e foi construída por Herodes, o Grande, entre 37 a.C. e 4 a.C. O complexo
abrigava um grande porto, ao lado de instalações para entretenimento, como o
anfiteatro e o hipódromo.
O comandante planeja transferir Paulo para Cesareia após ouvir sobre a
conspiração para matar Paulo. Olhando somente essa imagem do
comandante, podemos deduzir que ele é bastante responsável e
disciplinado. Através da conversa com o jovem, decide preparar um
destacamento de duzentos soldados, setenta cavalheiros e duzentos
lanceiros a fim de irem para Cesareia as nove horas daquela noite. Mas na
realidade, ele não era uma pessoa honesta (vide v.27). Os judeus “justos”
estavam tentando matar Paulo, mas o comandante que não conhecia
Deus, fazia o máximo para protegê-lo. Isso é obra da providência de Deus.
Ele não é somente Deus dos judeus, mas sim de todas as nações e
governa toda a terra. Paulo prega o evangelho nas sinagogas, mas não
foram os judeus e sim os gentios que receberam a palavra. Paulo pregou
o evangelho em Jerusalém, mas quem foi usado para protegê-lo foi um
comandante romano. Dessa maneira, Deus utiliza todas as pessoas. Para
você também, existem pessoas como o comandante que foram enviados
para te ajudar. Assim como eles, trate-os e sirva com amor.
ORAÇÃO Que eu possa ter fé no Deus que protege a
todos neste mundo e que possa servir a cada
um com amor.
Anotação
31
08 A obra do Senhor que transcende as circunstâncias
sex Atos 23:25-35
25 O comandante escreveu uma
carta nestes termos:
26 Cláudio Lísias, ao
Excelentíssimo Governador Félix,
Saudações.
27 Este homem foi preso pelos
judeus, que estavam prestes a
matá-lo quando eu, chegando com
minhas tropas, o resgatei, pois
soube que ele é cidadão romano.
28 Querendo saber por que o
estavam acusando, levei-o ao
Sinédrio deles.
29 Descobri que ele estava sendo
acusado em questões acerca da lei
deles, mas não havia contra ele
nenhuma acusação que merecesse
morte ou prisão.
30 Quando fui informado de que
estava sendo preparada uma cilada
contra ele, enviei-o imediatamente a
Vossa Excelência. Também ordenei
que os seus acusadores
apresentassem a Vossa Excelência
aquilo que têm contra ele.
31 Os soldados, cumprindo o seu
dever, levaram Paulo durante a noite,
e chegaram a Antipátride.
32 No dia seguinte deixaram a
cavalaria prosseguir com ele, e
voltaram para a fortaleza.
33 Quando a cavalaria chegou a
Cesaréia, deu a carta ao governador
e lhe entregou Paulo.
34 O governador leu a carta e
perguntou de que província era ele.
Informado de que era da Cilícia,
35 disse: “Ouvirei seu caso quando
os seus acusadores chegarem aqui”.
Então ordenou que Paulo fosse
mantido sob custódia no palácio de
Herodes.
32
Análise do conteúdo
Percepção
1. Segundo o comandante, o que aconteceu com Paulo? (vs.27, 29-30 )
2. O que o governador perguntou
para Paulo em Cesareia? (v.34)
4. O que você sente ao ver Deus
que transcende as circunstâncias,
realizando a Sua vontade e a missão
de Paulo?
Estudo e reflexão
3. Por que Deus permitiu que o
inocente Paulo continuasse a ser
julgado pelos injustos? (vide v.11)
Decisão e aplicação
5. Qual é o obstáculo que impede
você de realizar o sonho ou a
missão que Deus lhe deu?
O que você deve realizar no dia de
hoje acreditando no Senhor que usa
até mesmo esse obstáculo? Anotação
33
“Félix” (v.26): Governador que governou a Judéia entre 52 d.C. até 60 d.C. O
historiador Tácito escreveu que ele “mantinha o poder de um tirano, com a
disposição de um escravo”.
O comandante não era uma pessoa honesta. Ele escreve na carta que
tinha salvo Paulo, um romano, das mãos dos judeus. Mas isso não era a
verdade (v.27). Mesmo aos seus olhos, Paulo era inocente e estava sendo
injustiçado. Depois disso, ele foi transferido para Cesareia e levado diante
do governador Félix que era uma figura cruel e gananciosa (vide 24:26).
Ele pergunta somente por uma mera formalidade, a cidade de origem de
Paulo, sem interesse nenhum em fazer um julgamento justo (v.34). Os
governantes de Judeia estavam mais interessados em agradar os judeus.
Por isso, na realidade, Paulo não estava numa situação favorável. Mas
essa situação de sofrer injustiça e de ser entregue nas mãos de
governantes corruptos, era similar à que Jesus havia enfrentado.
Passando por situações similares a Jesus, ele consegue a oportunidade
de pregar o evangelho defendendo-se durante o seu julgamento. Mesmo
em meio aos obstáculos da realidade, a obra do evangelho de Deus
continua acontecendo. O sonho de Deus continua acontecendo para
aqueles que não desistem.
ORAÇÃO Que eu possa ser um discípulo do Senhor que
dá o seu máximo, apoiando-me no sonho e na
missão que Deus me deu.
Anotação
34
09 Para não fazer parte da mentira e da ilegalidade
sáb Atos 24:1-9
1 Cinco dias depois, o sumo
sacerdote Ananias desceu a
Cesaréia com alguns dos líderes
dos judeus e um advogado
chamado Tértulo, os quais
apresentaram ao governador suas
acusações contra Paulo.
2 Quando Paulo foi chamado,
Tértulo apresentou sua causa a
Félix: Temos desfrutado de um
longo período de paz durante o teu
governo, e o teu providente cuidado
resultou em reformas nesta nação.
3 Em tudo e em toda parte,
excelentíssimo Félix, reconhecemos
estes benefícios com profunda
gratidão.
4 Todavia, a fim de não tomar-te
mais tempo, peço-te o favor de
ouvir-nos apenas por um pouco.
5 Verificamos que este homem é um
perturbador, que promove tumultos
entre os judeus pelo mundo todo. Ele
é o principal cabeça da seita dos
nazarenos
6 e tentou até mesmo profanar o
templo; então o prendemos e
quisemos julgá-lo segundo a nossa
lei.
7 Mas o comandante Lísias interveio,
e com muita força o arrebatou de
nossas mãos e ordenou que os seus
acusadores se apresentassem.
8 Se tu mesmo o interrogares,
poderás verificar a verdade a
respeito de todas estas acusações
que estamos fazendo contra ele.
9 Os judeus confirmaram a
acusação, garantindo que as
afirmações eram verdadeiras.
35
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que advogado Tértulo disse
antes de entregar Paulo? (v.3)
2. Qual era a acusação de Tértulo
a Paulo? (vs.5-6)
4. O que você aprendeu com o ato
de Tértulo acusar fortemente com
mentiras contra Paulo?
Estudo e reflexão
3. Qual é o motivo de Tértulo
bajular o governador Félix no
momento da acusação contra o
Paulo?
Decisão e aplicação
5. Qual é a mentira ou ilegalidade
com qual mais deparamos no
mundo?
Do que precisamos nos arrepender
e decidir para podermos viver neste
mundo?
Anotação
36
O sumo sacerdote Ananias desceu a Cesareia com alguns presbíteros e
um advogado chamado Tértulo. Eles apresentaram acusação ao
governador Félix contra Paulo (v.1). Pelo fato do nome Tértulo ser comum
naquela época e de ele conhecer as leis judaicas, há grande probabilidade
de ser um grego-judeu. Vendo Tértulo bajular o governador Félix antes de
acusar Paulo, notamos que eles já tiveram um relacionamento anterior.
Félix se esforçava para ganhar simpatia dos judeus na área da sua
competência e o sumo sacerdote satisfazia a vaidade do governador
preservando as suas posições políticas. Tértulo acusa Paulo de ser um
perturbador, que promove tumultos entre os judeus pelo mundo todo (vs.5-
6). A acusação de Tértulo nos mostra a parte mentirosa e injusta do
mundo. Os cristãos foram colocados em meio a este mundo injusto. Quais
são as mentiras e injustiças que mais encontramos no nosso cotidiano? O
que devemos fazer para permanecermos na nossa posição de justos sem
nos envolvermos com a injustiça?
ORAÇÃO Como filhos de Deus, que possamos viver na
honestidade, sem nos envolvermos com a
injustiça.
Anotação
37
10 Família que vence sofrimento com coragem
dom Culto no Lar – Atos 23:11-16
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
11 Na noite seguinte o Senhor,
pondo-se ao lado dele, disse:
“Coragem! Assim como você
testemunhou a meu respeito em
Jerusalém, deverá testemunhar
também em Roma”.
12 Na manhã seguinte os judeus
tramaram uma conspiração e
juraram solenemente que não
comeriam nem beberiam enquanto
não matassem Paulo.
13 Mais de quarenta homens
estavam envolvidos nessa
conspiração.
14 E, dirigindo-se aos chefes dos
sacerdotes e aos líderes dos
judeus, disseram: Juramos
solenemente, sob maldição, que não
comeremos nada enquanto não
matarmos Paulo.
15 Agora, portanto, vocês e o
Sinédrio peçam ao comandante que
o faça comparecer diante de vocês
com o pretexto de obter informações
mais exatas sobre o seu caso.
Estaremos prontos para matá-lo
antes que ele chegue aqui.
16 Entretanto, o sobrinho de Paulo,
filho de sua irmã, teve conhecimento
dessa conspiração, foi à fortaleza e
contou tudo a Paulo,
38
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
Paulo passa perigo no meio de
grande alvoroço e discussão dos
judeus, sendo protegido pelo
comandante e retirado de lá. Na
noite seguinte, pondo-se ao lado
dele o Senhor disse: “Coragem!
Assim como você testemunhou a
meu respeito em Jerusalém, deverá
testemunhar também em Roma”
(v.11).
A situação parecia piorar. Mais de
quarenta homens conspiraram
contra Paulo e juraram não comer e
nem beber enquanto não o
matassem. Corria perigo de vida
(vs.12-15). Deus fez com que o
sobrinho de Paulo tivesse
conhecimento disso para preparar
caminho de escape.
Quando paramos para pensar,
muitas vezes não compreendemos
o caminho que Deus usa. Com o
poder de Deus, poderia eliminar os
conspiradores e mandar Paulo
direto para Roma onde não teria
grandes problemas. Mas Deus
usou esses meios. Por que será
que Deus deu a missão e disse
para ser corajoso, deixando-o em
contínuo sofrimento?
Não podemos compreender todo o
plano de Deus, mas através da
passagem de hoje conseguimos
enxergar que Deus elimina as
situações difíceis, mas outras vezes
quer que os seus filhos vençam
corajosamente as dificuldades com a
força que Ele os dá. Deus quer fazer
o Seu Reino transformando Seus
filhos um por um e utilizá-los como
instrumentos. Olhando neste ângulo, podemos
dizer que Deus se utiliza das nossas
tribulações para mostrar a coragem e
o destemor que Ele nos forneceu.
Nossas tribulações serem utilizados
e ficarmos parecido com Senhor, são
motivos para agradecimento.
Quais são as dificuldades que estão
diante de nós? Através da palavra
Deus nos dá a graça e mostra o
caminho a trilhar, mas mesmo assim
não temos acumulado dificuldades e
problemas sem solução? O Senhor
quer que o Seu Reino e evangelho
sejam proclamados, mas também
que cada um de nós sejamos
fortalecidos, corajosos e vencedores.
Que possamos agir com coragem no
meio de tribulações e aflições.
Sejamos uma família espiritualmente
vitoriosa.
39
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Compare seus problemas e dificuldades de hoje com as tribulações de
Paulo. Qual seria a sua reação se passasse pelas mesmas dificuldades
de Paulo?
2. Quais são os campos e circunstâncias do seu cotidiano que Deus
ordenou para ser forte e corajoso? Compartilhe.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos
Que a nossa família seja ainda mais corajosa como discípulos de Cristo,
na existência e no caminho que cada um de nós ainda tem a trilhar.
40
11 Procure sempre conservar sua consciência limpa
seg Atos 24:10-16
10 Quando o governador lhe deu
sinal para que falasse, Paulo
declarou: Sei que há muitos anos
tens sido juiz nesta nação; por isso,
de bom grado faço minha defesa.
11 Facilmente poderás verificar que
há menos de doze dias subi a
Jerusalém para adorar a Deus.
12 Meus acusadores não me
encontraram discutindo com
ninguém no templo, nem incitando
uma multidão nas sinagogas ou em
qualquer outro lugar da cidade.
13 Nem tampouco podem provar-te as acusações que agora estão levantando contra mim.
14 Confesso-te, porém, que adoro o Deus dos nossos antepassados como seguidor do Caminho, a que chamam seita. Creio em tudo o que concorda com a Lei e no que está escrito nos Profetas,
15 e tenho em Deus a mesma esperança desses homens: de que haverá ressurreição tanto de justos como de injustos.
16 Por isso procuro sempre conservar minha consciência limpa diante de Deus e dos homens.
41
Estudo e Reflexão
Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
42
Orientações O motivo de ser corajoso
Atos 24:10-16
Análise do conteúdo Paulo argumenta diante do governador que não conseguiria juntar as pessoas e provocar tumulto na sua curta temporada de 12 dias. Admitiu como verdade seguir o Caminho do que os judeus chamavam de seita. Explicou que não era seita e que tem em Deus a mesma esperança dos judeus de que haverá ressurreição, e que por isso procura sempre conservar a sua consciência limpa diante de Deus e dos homens.
Estudo e Reflexão
1. Por que Paulo admitiu seguir o
Caminho que os judeus chamam de
seita?
- Se interesse do Paulo fosse
apenas vencer o julgamento e sair
da prisão, não precisaria ter feito
menção à sua fé. Mas Paulo falou
sem medo, pois qualquer lugar que
fosse levava o evangelho e tinha
convicção do que pregava.
2. O que leva Paulo a ser tão
corajoso?
- Por ter recebido a palavra de
promessa de Deus. Ele tinha dito:
“Coragem! Assim como você
testemunhou a meu respeito em
Jerusalém, deverá testemunhar
também em Roma” (23:11). Paulo
não temia os homens, pois deixara
o seu futuro nas mãos de Deus (Sl
27:1). Paulo era corajoso, pois era
cheio de Espírito Santo, seguia a
Deus segundo a consciência e
tinha uma fé inabalável nas Suas
promessas.
Percepção
Meditei sobre verdadeira vida de fé, baseada na argumentação de Paulo. É crer na palavra da promessa, propagar a paz de Cristo e viver sempre de consciência limpa diante de Deus e dos homens. Paulo teve misericórdia do espírito dos homens presentes no julgamento, não teve vergonha da sua própria situação e não invejou os poderes do mundo.
Olhei para dentro de mim ao ver a coragem de Paulo. Minha mente sabia, mas meu corpo não conseguia ser corajoso. Entendo que é para mim as palavras de promessa que Deus deu para Paulo, não invejo mais as pessoas que têm dinheiro, poder e fama. Terei misericórdia do espírito deles e orarei para que eles possam conhecer Deus. Vou testemunhar o meu viver com coragem e aumentar o padrão da vivência através do culto e oração. Vou me esforçar sempre para isso. Com coração „Coram Deo‟ não irei me conciliar com o mundo para o meu próprio benefício e viver todos os dias uma vida de clamor a Deus, em honestidade e gratidão.
Decisão e aplicação
1. Vou orar para que a situação financeira da família não influencie o meu estado espiritual. Primeiramente vou incentivar o cônjuge e contar com coragem sobre a minha decisão.
2. Arrependo-me de ter sentido o coração pesar ao evangelizar as pessoas nas posições privilegiadas a mim, tanto financeira, social e intelectualmente, e vou apresentar a minha fé cristã a ___________.
43
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como Paulo se justifica diante
das acusações contra os seus
atos? (vs.10-13)
2. Como Paulo se apresenta ao
governador Félix? (vs.14-16)
4. O que você aprende ao ver Paulo
se defender corajosamente diante
da pressão contrária?
Estudo e reflexão
3. Por qual motivo Paulo declara a
sua fé no que seus acusadores
chamam de seita, mesmo na
situação desfavorável?
Decisão e aplicação
5. O quão justo você é como
discípulo de Cristo?
Quais são as fraquezas que você
precisa abandonar para sempre
conservar a sua consciência limpa
diante de Deus e dos homens? Anotação
44
Na oportunidade de falar, Paulo se defendeu com coerência. Não havia
bajulação nas suas palavras. Apenas o reconhecimento de Félix como juiz
dos judeus (v.10). Declarou que não teve tempo para incitar confusão e
que ninguém o viu discutindo no templo (vs.11-13). Na verdade, para
Paulo ser vitorioso neste julgamento era melhor ter falado só até aí, mas
acabou falando de coisas que poderiam levantar polêmica, declarando
corajosamente a sua fé no que seus acusadores chamam de seita. Disse
que a sua religião não é diferente da religião dos seus acusadores e
explicou que adora a Deus, concorda com a Lei e no que está escrito nos
Profetas e que tem esperança da ressurreição (vs.14-15). Ele não tinha a
intenção de se esquivar das acusações dos judeus e mostrou que podia
responder corajosamente qualquer difamação. Paulo, em nenhuma
situação, escondeu a sua fé. Tomou atitudes de coragem diante de Deus e
dos homens. Vamos refletir o quanto somos confiantes vivendo como
seguidores do Senhor.
ORAÇÃO Faz-me confiante como pessoa que crê e
segue o Senhor.
Anotação
45
12 Proclamar a ressurreição em todo lugar
ter Atos 24:17-23
17 Depois de estar ausente por
vários anos, vim a Jerusalém para
trazer esmolas ao meu povo e
apresentar ofertas.
18 Enquanto fazia isso, já
cerimonialmente puro, encontraram-
me no templo, sem envolver-me em
nenhum ajuntamento ou tumulto.
19 Mas há alguns judeus da
província da Ásia que deveriam
estar aqui diante de ti e apresentar
acusações, se é que têm algo
contra mim.
20 Ou os que aqui se acham
deveriam declarar que crime
encontraram em mim quando fui
levado perante o Sinédrio,
21 a não ser que tenha sido este:
quando me apresentei a eles, bradei:
Por causa da ressurreição dos
mortos estou sendo julgado hoje
diante de vocês.
22 Então Félix, que tinha bom
conhecimento do Caminho, adiou a
causa e disse: “Quando chegar o
comandante Lísias, decidirei o caso
de vocês”.
23 E ordenou ao centurião que
mantivesse Paulo sob custódia, mas
que lhe desse certa liberdade e
permitisse que os seus amigos o
servissem.
46
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que Paulo fez quando voltou
para Jerusalém depois de vários
anos? (vs.17-18)
2. Segundo depoimento de Paulo,
por qual motivo ele está sendo
interrogado? (v.21)
4. O que você aprende vendo Paulo
falar corajosamente sobre a
ressurreição que é a essência do
evangelho, em todo lugar?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo menciona que a
essência da questão é a
ressurreição, dentro de um
tribunal comum e não no
Sinédrio?
Decisão e aplicação
5 Em que ocasião você fala sobre o
evangelho ou sobre a sua fé?
O que poderia fazer hoje para expor
corajosamente a sua fé?
Anotação
47
Mesmo que a acusação de Tértulo não tivesse nenhum fundamento (vs.5-
8), Paulo nega-a argumentando o que ele havia feito, onde, quando e
citando quem havia o visto. Não havia testemunha que vira Paulo causar
tumulto, apenas pessoas que o viram fazer cerimônia no templo, sem
envolver-se em confusão. Se os judeus que vieram da Ásia tivessem
algum ponto de acusação contra Paulo, já deveriam tê-lo trazido diante do
governador Félix. Além disso, perante o Sinédrio também não
encontraram crime em Paulo (vs.17-20). Ninguém conseguiu provar o
crime, independente do ponto de vista, porém o foco de Paulo não era ser
solto para provar a sua inocência. Paulo mencionou (v.21) que ele tinha
argumentado sobre a ressurreição no Sinédrio (23:6), por isso ele não foi
solto e ficou sob a inspeção do centurião (v.23). Paulo queria que os
judeus tivessem interesse na “vida” e não no “templo”, mostrando esse
pensamento no tribunal. Você consegue mostrar a sua fé tão
corajosamente em qualquer lugar?
ORAÇÃO Deus, esteja sempre comigo para que eu
possa exibir a minha fé em qualquer lugar e
qualquer momento.
Anotação
48
13 Deus age nos bastidores do sofrimento
qua Atos 24:24-25:5
24 Vários dias depois, Félix veio
com Drusila, sua mulher, que era
judia, mandou chamar Paulo e o
ouviu falar sobre a fé em Cristo
Jesus.
25 Quando Paulo se pôs a discorrer
acerca da justiça, do domínio
próprio e do juízo vindouro, Félix
teve medo e disse: “Basta, por
enquanto! Pode sair. Quando achar
conveniente, mandarei chamá-lo de
novo”.
26 Ao mesmo tempo esperava que
Paulo lhe oferecesse algum
dinheiro, pelo que mandava buscá-
lo freqüentemente e conversava
com ele.
27 Passados dois anos, Félix foi
sucedido por Pórcio Festo; todavia,
porque desejava manter a simpatia
dos judeus, Félix deixou Paulo na
prisão.
1 Três dias depois de chegar à
província, Festo subiu de Cesaréia
para Jerusalém,
2 onde os chefes dos sacerdotes e
os judeus mais importantes
compareceram diante dele,
apresentando as acusações contra
Paulo.
3 Pediram a Festo o favor de
transferir Paulo para Jerusalém,
contra os interesses do próprio
Paulo, pois estavam preparando uma
emboscada para matá-lo no
caminho.
4 Festo respondeu: Paulo está preso
em Cesaréia, e eu mesmo vou para
lá em breve.
5 Desçam comigo alguns dos seus
líderes e apresentem ali as
acusações que têm contra esse
homem, se realmente ele fez algo de
errado.
49
Análise do conteúdo
Percepção
1. Qual é o conteúdo do
evangelho que o casal Félix e
Drusila ouviu de Paulo e como
eles reagiram? (v.25)
2. Qual foi a resposta de Festo
para a exigência dos judeus de
transferir Paulo para Jerusalém?
(vs.4-5)
4. O que você aprende vendo os
governadores romanos protegerem
Paulo, ajudando a propagar o
evangelho, independente da vontade
pessoal deles?
Estudo e reflexão
3. Por que os governadores
romanos ouviram o evangelho de
Paulo e não somente o
protegeram?
Decisão e aplicação
5. Quais dificuldades que você tem
enfrentado recentemente?
O que você pode fazer para superá-
las, confiando no Senhor que age
nos bastidores? Anotação
50
“Pórcio Festo” (v.27): Governou a província romana da Judeia, entre os anos de 60
a 62 D.C., na condição de Procurador. Pelo período de seu governo sabemos que
Paulo foi preso em Jerusalém no ano 58 e julgado no ano 60.
Paulo encontrou dois governadores, Félix e Festo, em Cesareia, mas
nenhum dos dois homens era justo. Sob o olhar crítico do ser humano, a
situação do Paulo só estava piorando. Por causa de Félix que era
ganancioso e que só queria satisfazer a vontade dos judeus, Paulo não
podia deixar Cesareia (vs.26-27). Além disso Paulo não conseguiu
convertê-lo, embora tivesse falado do evangelho várias vezes e com a
chegada de Festo, todo esse esforço se mostrou infrutífero. Para
conseguir a simpatia dos judeus, Festo mostrou vários gestos
conciliatórios, inclusive uma visita a Jerusalém (v.1) assim que se tornou
governador. Porém sob a ótica da „providência de Deus‟, Paulo teve várias
oportunidades de falar sobre o evangelho para Félix e sua mulher Drusila
e conseguiu permanecer fora do alcance da trama dos judeus, porque
Festo chamo-os para Cesareia, em vez de mandar Paulo para Jerusalém.
Embora seja uma situação difícil para nós, o Senhor age mesmo nesses
momentos e nos dá a força para superá-la.
ORAÇÃO Faça com que eu confie no Senhor que age
mesmo nas situações mais difíceis.
Anotação
51
14 Avanço para a missão
qui Atos 25:6-12
6 Tendo passado com eles oito a
dez dias, desceu para Cesaréia e,
no dia seguinte, convocou o tribunal
e ordenou que Paulo fosse trazido
perante ele.
7 Quando Paulo apareceu, os
judeus que tinham chegado de
Jerusalém se aglomeraram ao seu
redor, fazendo contra ele muitas e
graves acusações que não podiam
provar.
8 Então Paulo fez sua defesa:
“Nada fiz de errado contra a lei dos
judeus, contra o templo ou contra
César”.
9 Festo, querendo prestar um favor
aos judeus, perguntou a Paulo:
“Você está disposto a ir a Jerusalém
e ali ser julgado diante de mim,
acerca destas acusações?”
10 Paulo respondeu: Estou agora
diante do tribunal de César, onde
devo ser julgado. Não fiz nenhum
mal aos judeus, como bem sabes.
11 Se, de fato, sou culpado de ter
feito algo que mereça pena de morte,
não me recuso a morrer. Mas se as
acusações feitas contra mim por
estes judeus não são verdadeiras,
ninguém tem o direito de me entregar
a eles. Apelo para César!
12 Depois de ter consultado seus
conselheiros, Festo declarou: “Você
apelou para César, para César irá!”
52
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como os judeus agiram quando
Paulo apareceu? (v.7)
2. O que Paulo pediu a Festo?
(vs.10-11)
4. O que você aprende vendo Paulo
avançar corajosamente na sua
missão, apesar das inúmeras
críticas e acusações?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo não queria
encerrar o julgamento lá e apelou
para César?
Decisão e aplicação
5. Que decisão você tomará ainda
hoje para focar na missão que o
Senhor lhe deu?
O que você pode fazer para colocar
essa decisão em prática? Anotação
53
Festo quis uma conciliação com os judeus. Por isso ele voltou
imediatamente de Jerusalém para Cesareia e iniciou o julgamento de
Paulo. Nesse tribunal, muitos judeus que queriam matar Paulo
participaram. Pela expressão “aglomeraram ao redor” do v.7, podemos
imaginar o cenário de um tribunal onde os judeus soltaram acusações
falsas sem cessar. Porém Paulo não se abalou e se declarou inocente. Ele
recusou a proposta de Festo para ir a Jerusalém e preferiu apelar para
César. Isso significa que ele preferiu ser julgado no tribunal máximo de
Roma como um cidadão romano. Embora não tivesse deixado Cesareia
nos últimos 2 anos, ele não havia esquecido a missão que Deus lhe deu
para pregar o evangelho em Roma (23:11). Mesmo rodeado de inimigos,
ele estava focado na missão em Roma, em vez de se preocupar com a
própria segurança. Por meio das atitudes de Paulo reveja a sua missão e
o objetivo esquecido.
ORAÇÃO Dê-me força e sabedoria para suportar a
missão que foi dada a mim, mesmo em meio
às dificuldades.
Anotação
54
15 Como os cristãos eram vistos
sex Atos 25:13-22
13 Alguns dias depois, o rei Agripa e
Berenice chegaram a Cesaréia para
saudar Festo.
14 Visto que estavam passando
muitos dias ali, Festo explicou o caso
de Paulo ao rei: Há aqui um homem
que Félix deixou preso.
15 Quando fui a Jerusalém, os
chefes dos sacerdotes e os líderes
dos judeus fizeram acusações contra
ele, pedindo que fosse condenado.
16 Eu lhes disse que não é costume
romano condenar ninguém antes
que ele se defronte pessoalmente
com seus acusadores e tenha a
oportunidade de se defender das
acusações que lhe fazem.
17 Vindo eles comigo para cá, não
retardei o caso; convoquei o tribunal
no dia seguinte e ordenei que o
homem fosse apresentado.
18 Quando os seus acusadores se
levantaram para falar, não o
acusaram de nenhum dos crimes que
eu esperava.
19 Ao contrário, tinham alguns
pontos de divergência com ele
acerca de sua própria religião e de
um certo Jesus, já morto, o qual
Paulo insiste que está vivo.
20 Fiquei sem saber como investigar
tais assuntos; por isso perguntei-lhe
se ele estaria disposto a ir a
Jerusalém e ser julgado ali acerca
destas acusações.
21 Apelando Paulo para que fosse
guardado até a decisão do
Imperador, ordenei que ficasse sob
custódia até que eu pudesse enviá-lo
a César.
22 Então Agripa disse a Festo: “Eu
também gostaria de ouvir esse
homem”. Ele respondeu: “Amanhã o
ouvirás”.
55
Análise do conteúdo
Percepção
1. Após o julgamento de Paulo,
quem veio para visitar Festo?
(v.13)
2. Segundo Festo, qual é a razão
de Paulo ter sido acusado?
(vs.18-19)
4. Paulo prega sobre a ressurreição
de Jesus Cristo com uma postura,
que não deixa dúvidas a ninguém,
de que ele é digno. O que você
aprende com isso?
Estudo e reflexão
3. Por que Lucas registrou
detalhadamente as conversas das
autoridades gentias sobre Paulo?
Decisão e aplicação
5. Como você está sendo avaliado
por aqueles que não acreditam em
Deus?
O que você pode pôr em prática
ainda hoje para se chegar a eles
como um cristão sem motivos para a
repreensão? Anotação
56
“Rei Agripa” (v.13): Herodes Agripa II, filho do rei Agripa I, aquele que matou o
apóstolo Tiago e colocou o apóstolo Pedro na prisão (vide12:1). Quando seu pai
morreu, ele tinha 17 anos (vide 12:23, 44 d.C.)
“Berenice” (v.13): Irmã de Agripa II. Depois que seu marido morreu, estava tendo
uma relação incesta com rei Agripa.
Alguns dias depois que Paulo foi julgado por Festo, o rei Agripa e Berenice
chegaram para saudar Festo que foi nomeado como o novo governador.
Festo relatou o caso de Paulo ao rei Agripa. Como era uma conversa
particular entre dois líderes, Festo revela o que pensa sobre o caso de
Paulo. Festo esperava que Paulo tivesse cometido algum crime, mas ele
não achou nenhum. A única coisa que ele conseguiu descobrir era a
afirmação de Paulo de que um homem chamado Jesus, que já morrera,
estava vivo. Até mesmo aos olhos das autoridades seculares que não
conheciam a fé e o evangelho, Paulo era imaculado (vs.18-19). Lucas
deixou registrado como Paulo, o apóstolo dos gentios, era visto por
incrédulos para mostrar como os cristãos devem ser vistos pelo mundo.
Como você é visto aos olhos dos incrédulos? Qual é o esforço que você
precisa fazer para ser avaliado como Paulo, pessoa que não comete erros
e prega somente Jesus Cristo?
ORAÇÃO Que através dos meus atos, eu possa
demonstrar o que é realmente ter uma vida
cristã.
Anotação
57
16 Autoridade do mundo vs. Autoridade do Reino de Deus
sáb Atos 25:23-26:3
23 No dia seguinte, Agripa e
Berenice vieram com grande pompa
e entraram na sala de audiências
com os altos oficiais e os homens
importantes da cidade. Por ordem
de Festo, Paulo foi trazido.
24 Então Festo disse: Ó rei Agripa e
todos os senhores aqui presentes
conosco, vejam este homem! Toda
a comunidade judaica me fez
petições a respeito dele em
Jerusalém e aqui em Cesaréia,
gritando que ele não deveria mais
viver.
25 Mas verifiquei que ele nada fez
que mereça pena de morte; todavia,
porque apelou para o Imperador,
decidi enviá-lo a Roma.
26 No entanto, não tenho nada
definido a respeito dele para
escrever a Sua Majestade. Por isso,
eu o trouxe diante dos senhores, e
especialmente diante de ti, rei Agripa,
de forma que, feita esta investigação,
eu tenha algo para escrever.
27 Pois não me parece razoável
enviar um preso sem especificar as
acusações contra ele.
1 Então Agripa disse a Paulo: “Você
tem permissão para falar em sua
defesa”. A seguir, Paulo fez sinal
com a mão e começou a sua defesa:
2 Rei Agripa, considero-me feliz por
poder estar hoje em tua presença,
para fazer a minha defesa contra
todas as acusações dos judeus,
3 e especialmente porque estás bem
familiarizado com todos os costumes
e controvérsias deles. Portanto, peço
que me ouças pacientemente.
58
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como estavam vestidos o rei
Agripa e Berenice, quando foram
encontrar Paulo? (v.23)
2. Diante de Agripa, como Paulo
começa a se defender? (vs.2-3)
4. O que você aprende com a
postura de Paulo diante das
poderosas autoridades que vieram
com grande cerimônia e pompa?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo conseguiu se
defender sem medo, mesmo
estando em uma situação
complicada?
Decisão e aplicação
5. Em geral, quando é que você fica
com medo diante da autoridade e os
valores do mundo?
O que você precisa pôr em pratica
hoje, para viver corajosamente como
um cidadão do céu? Anotação
59
Agripa e Berenice vieram com grande cerimônia e pompa e entraram na
sala de audiência com altos oficiais e os homens importantes da cidade
para se encontrar com Paulo (v.23). Quando chegaram com grande
cerimônia, pretendiam na verdade, mostrar a sua autoridade. Festo
colocou Paulo diante de Agripa com a intenção de encontrar algum
pecado nele, pois sem nenhuma acusação, não poderia enviar um
prisioneiro à corte do imperador (vs.26-27). Provavelmente, Paulo foi
levado à sala de audiência sem saber a expectativa das pessoas, e as
autoridades estavam tentando usar seu poder para incriminá-lo, porém ele
não estava com medo, e sim tranquilo.
Paulo começa dizendo que se considera feliz por poder defender todas as
acusações dos judeus e especialmente para o rei Agripa, que estaria bem
familiarizado com todos os costumes e controvérsias deles (vs.2-3). Paulo
sabia que, no momento, a sua posição no mundo era a menor de todas,
mas diante de Deus ele era maior autoridade. Vamos refletir sobre essa
atitude corajosa de Paulo e quais são os desafios que lhe são trazidos
hoje?
ORAÇÃO Que Deus me faça sempre lembrar que sou da
família real do Reino de Deus que vive
passageiramente neste mundo.
Anotação
60
17 Dedicação sincera ao Senhor, independente das circunstâncias
dom Culto no Lar – Atos 24:24-27
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
24 Vários dias depois, Félix veio
com Drusila, sua mulher, que era
judia, mandou chamar Paulo e o
ouviu falar sobre a fé em Cristo
Jesus.
25 Quando Paulo se pôs a
discorrer acerca da justiça, do
domínio próprio e do juízo
vindouro, Félix teve medo e disse:
“Basta, por enquanto! Pode sair.
Quando achar conveniente,
mandarei chamá-lo de novo”.
26 Ao mesmo tempo esperava que
Paulo lhe oferecesse algum
dinheiro, pelo que mandava buscá-
lo freqüentemente e conversava
com ele.
27 Passados dois anos, Félix foi
sucedido por Pórcio Festo; todavia,
porque desejava manter a simpatia
dos judeus, Félix deixou Paulo na
prisão.
61
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
Há dez anos vivendo em Judá,
Félix sabia que as acusações
contra Paulo eram questões
religiosas, e que não havia
nenhuma questão a ser tratada
judicialmente, mas como ele se
preocupava com a opinião dos
judeus (v.9) e esperava que Paulo
lhe oferecesse algum dinheiro,
deixou-o em custódia por dois
anos.
Festo, o sucessor de Félix, também
o deixou preso, pois desejava
manter a simpatia dos judeus
(v.27). Assim como Jesus havia
sido injustiçado pelos líderes judeus
e pelo governador Pilatos, Paulo
também foi tratado de forma ilegal e
injusta pelos líderes judeus, pelo
governador Félix e seu sucessor,
Festo.
Mesmo assim, Paulo não cessou
em divulgar o evangelho. Mesmo
estando em custódia e sendo
vigiado pelo centurião, uma vez que
não tinha uma causa exata para o
julgamento e devido à cidadania
romana, foi permitida a Paulo certa
liberdade (v.23). Nesses dias,
Paulo continuou sua missão
enviando cartas a muitas igrejas,
saudando-as, repreendendo-as e
encorajando-as.
Ainda falou para Félix e sua esposa
Drusila, filha caçula de Herodes
Agripa e com descendência judia,
sobre a fé em Cristo. Félix e Drusila
não se converteram, porém Paulo
cumpriu fielmente sua missão em
Cesareia, assim como fez quando
era livre. Em Corinto, vivendo como
fabricante de tendas (18:3), e em
Cesaréia vivendo como prisioneiro
em custódia, Paulo cumpriu
fielmente sua missão, lançando a
semente do evangelho.
Durante dois anos injustamente
preso, Paulo usou positivamente
esse tempo divulgando o evangelho
e se relacionando com os irmãos da
fé. Com isso, podemos ver que os
homens de fé não são abalados
pelas circunstâncias. Reflitamos
juntos sobre a circunstância em que
nos encontramos; certamente, uma
família cheia de fé não se abalará
com as circunstâncias que a
rodeiam. Esperamos que a nossa
família possa fielmente dedicar-se ao
Senhor e superar qualquer situação
que esteja passando.
62
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Qual foi a postura de Paulo, durante os dias de custódia, e como Deus
tem o guiado?
2. Tenha um momento para refletir na postura que teve durante o dia de
hoje, e compartilhe como você usará todos os momentos do seu dia para
glorificar o Senhor.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos Dá-me um coração comprometido e obediente para que em todos os
momentos do meu dia possa pensar e usar para o Senhor.
63
18 A evidência da ressurreição é a transformação da minha vida
seg Atos 26:4-12
4 Todos os judeus sabem como
tenho vivido desde pequeno, tanto
em minha terra natal como em
Jerusalém.
5 Eles me conhecem há muito
tempo e podem testemunhar, se
quiserem, que, como fariseu, vivi de
acordo com a seita mais severa da
nossa religião.
6 Agora, estou sendo julgado por
causa da minha esperança no que
Deus prometeu aos nossos
antepassados.
7 Esta é a promessa que as nossas
doze tribos esperam que se
cumpra, cultuando a Deus com
fervor, dia e noite. É por causa
desta esperança, ó rei, que estou
sendo acusado pelos judeus.
8 Por que os senhores acham
impossível que Deus ressuscite os
mortos?
9 Eu também estava convencido de
que deveria fazer todo o possível
para me opor ao nome de Jesus, o
Nazareno.
10 E foi exatamente isso que fiz em
Jerusalém. Com autorização dos
chefes dos sacerdotes lancei muitos
santos na prisão, e quando eles eram
condenados à morte eu dava o meu
voto contra eles.
11 Muitas vezes ia de uma sinagoga
para outra a fim de castigá-los, e
tentava forçá-los a blasfemar. Em
minha fúria contra eles, cheguei a ir a
cidades estrangeiras para persegui-
los.
12 Numa dessas viagens eu estava
indo para Damasco, com autorização
e permissão dos chefes dos
sacerdotes.
64
Estudo e Reflexão
Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
65
Orientações Recordação de como Paulo se tornou apóstolo de Jesus Atos 26:4-12
Análise do conteúdo
Paulo prega o evangelho diante do
rei Agripa e das pessoas em torno
do rei, recordando-se de quando ele
era um dos fariseus. Ele confessa
que sendo membro do partido dos
fariseus, tinha servido Deus
rigorosamente como um judeu,
opondo-se contra Jesus de Nazaré
perseguido por causa do
evangelho. Paulo argumenta que
ele foi acusado por causa da sua
esperança na ressurreição, porém
isto não era heresia como a
acusação dos judeus e nem difere
da tradição judaica.
Estudo e Reflexão
1. Por que, enquanto se defendia,
Paulo fala sobre o seu processo de
transformação?
- Quando Paulo começou o
discurso para se defender, ele
conta o seu passado para mostrar
que a ressurreição de Jesus é um
"fato". Não era fácil aceitar uma
afirmação de encontro com uma
pessoa ressuscitada, anteriormente
morta na cruz e ainda que Ele é o
Filho de Deus, no entanto o rei
Agripa, por conhecia o judaísmo e
saber que Deus é todo-poderoso,
concorda que a afirmação de Paulo
é possível. Paulo continuou
afirmando que tudo isso é agir de
um Deus poderoso.
2. Por que Lucas deixou registrada
a afirmação de Paulo de que ele
não foi capaz de ir contra Deus e
que viveu uma vida de obediência à
graça de Deus?
- Lucas estava tentando dizer
através da boca de Paulo que o plano de Deus era salvar judeus e
gentios. Paulo argumenta que não é novo evangelho, mas o cumprimento do evangelho da aliança que foi
prometida há muito tempo. Este é o núcleo do cristianismo que foi
cumprido pelo Messias que é Jesus Cristo, através da Sua morte e da
ressurreição. Este plano de salvação deve ser pregado igualmente a Israel
e aos gentios. Percepção
Fui desafiado vendo que Paulo, mesmo no perigo, pregava sobre
Jesus Cristo sem medo. Sem dúvida, Paulo era uma pessoa que
orava para que todos voltassem para o evangelho e que todos vivessem
nele. Eu decido viver como Paulo, tendo a
luz e pregando com esperança, para que muito mais pessoas se voltem
para o Senhor. Desejo que a minha vida seja entregue e usada na
providência do Senhor e usada unicamente para que eu possa
testemunhar de Jesus. Decisão e aplicação
1. Vou me preparar melhor para cumprir a minha vocação, procurando
os métodos e abordagens para compartilhar o evangelho de forma
mais eficaz e aplicar na prática. 2. Embora eu queira interceder por
colegas que ainda não creem em Deus, não consegui pôr em prática,
pois eu não separei um tempo específico. Vou criar uma lista de
orações, determinando um horário específico para interceder por cada
um deles.
66
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como Paulo entende a razão
do seu interrogatório? (vs.6-8)
2. Segundo Paulo, como ele
confessa que era antes de
conhecer Jesus? (vs.9-12)
4. Para pregar o evangelho da
ressurreição, Paulo declara os seus
erros do passado. O que aprende
com isso?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo diz ao rei Agripa
sobre sua religião e ações
passadas?
Decisão e aplicação
5. Você teve alguma transformação
depois de se encontrar com Jesus?
Como você vai demonstrar essa sua
transformação para as pessoas que
vão encontrar hoje? Anotação
67
Desde início do seu julgamento no conselho, o interesse de Paulo estava
alinhado com a ressurreição de Jesus (23:6). Paulo começou dizendo para
o rei Agripa, que ele também estava na mesma posição dos acusadores.
Paulo era um fariseu, nascido em Tarso, região da Cilícia e criado em
Jerusalém. Recebeu um duro treinamento como aluno de Gamaliel, que
era o melhor estudioso da época (22:3). Assim, ele era contra o nome de
Jesus e os que criam nEle, chegando a liderar a perseguição de muitos
cristãos, indo até outras cidades para prendê-los e castigá-los. Ele
argumenta que não poderia pregar este Jesus, se realmente não O tivesse
encontrado ressuscitado e que não estaria enfrentando este julgamento.
Para Paulo, a evidência da ressurreição de Jesus era ele mesmo, ou seja,
através da conversão da sua vida, a ressurreição de Jesus foi confirmada.
O mesmo se aplica a nós: as provas da ressurreição e da salvação de
Jesus é a transformação das nossas vidas. Lembremo-nos de que as
pessoas mais próximas de nós, como a família e colegas de trabalho,
podem conhecer Jesus, através da transformação da nossa vida.
ORAÇÃO Faça com que apareça abundantemente na
minha vida, as provas de que encontrei Jesus.
Anotação
68
19 Uma vida que testemunha o evangelho
ter Atos 26:13-23
13 Por volta do meio-dia, ó rei,
estando eu a caminho, vi uma luz
do céu, mais resplandecente que o
sol, brilhando ao meu redor e ao
redor dos que iam comigo.
14 Todos caímos por terra. Então
ouvi uma voz que me dizia em
aramaico: “Saulo, Saulo, por que
você está me perseguindo? Resistir
ao aguilhão só lhe trará dor!”
15 Então perguntei: Quem és tu,
Senhor? Respondeu o Senhor:
“Sou Jesus, a quem você está
perseguindo.
16 Agora, levante-se, fique em pé.
Eu lhe apareci para constituí-lo
servo e testemunha do que você viu
a meu respeito e do que lhe
mostrarei.
17 Eu o livrarei do seu próprio povo
e dos gentios, aos quais eu o envio
18 para abrir-lhes os olhos e
convertê-los das trevas para a luz, e
do poder de Satanás para Deus, a
fim de que recebam o perdão dos
pecados e herança entre os que são
santificados pela fé em mim”.
19 Assim, rei Agripa, não fui
desobediente à visão celestial.
20 Preguei em primeiro lugar aos que
estavam em Damasco, depois aos
que estavam em Jerusalém e em
toda a Judéia, e também aos gentios,
dizendo que se arrependessem e se
voltassem para Deus, praticando
obras que mostrassem o seu
arrependimento.
21 Por isso os judeus me prenderam
no pátio do templo e tentaram matar-
me.
22 Mas tenho contado com a ajuda
de Deus até o dia de hoje, e, por este
motivo, estou aqui e dou testemunho
tanto a gente simples como a gente
importante. Não estou dizendo nada
além do que os profetas e Moisés
disseram que haveria de acontecer:
23 que o Cristo haveria de sofrer e,
sendo o primeiro a ressuscitar dentre
os mortos, proclamaria luz para o seu
próprio povo e para os gentios.
69
Análise do conteúdo
Percepção
1. Qual é a missão que Paulo
conta ter recebido de Jesus?
(vs.16-18)
2. Como foi a vida de Paulo após
o encontro com Jesus? (vs.19-22)
4. Paulo sofreu muitas opressões
por causa do evangelho, mas por
isso recebeu a ajuda e o cuidado de
Deus. O que você aprende com
isso?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo pôde afirmar
com tanta certeza que não
desobedeceu à visão celestial?
Decisão e aplicação
5. O que o atrapalha a viver uma
vida testemunhando o evangelho?
O que você precisa decidir e colocar
em prática, para cumprir a missão,
apesar da opressão e das
dificuldades? Anotação
70
“Resistir ao aguilhão” (v.14): „aguilhão‟ era um chicote, cuja ponta tinha ferros ou
ossos pontiagudos; era utilizado em cavalos ou bois rebeldes, e quando estes
animais davam coices de rebeldia se machucavam ainda mais.
Paulo conta sobre seu encontro com Jesus em Damasco há 25 anos. Ele
conta detalhadamente sobre a conversa que teve com Jesus e explica
sobre a missão que recebeu. Paulo, como servo e testemunha de Cristo,
havia sido chamado para converter o povo de Israel e os gentios, do poder
de Satanás para Deus (vs.16-18). Com a clareza do que Jesus falara,
Paulo viajou por Damasco, Jerusalém, toda a Judéia, a região de Galácia,
Macedônia, Acaia, e a Ásia menor, levando o evangelho. Certamente, se
não houvesse a ajuda de Deus, Paulo não teria conseguido vencer toda a
opressão dos judeus e ter pregado sobre o sofrimento e a ressurreição de
Cristo. A vida de Paulo era a prova da ressurreição de Cristo, mas também
a prova de que Deus o ajudava na obra da divulgação do evangelho.
Como vemos, os que vivem para o evangelho podem ter dificuldades, mas
tudo é transformado no testemunho do evangelho. Como você pode usar a
sua vida como testemunho do evangelho?
ORAÇÃO Senhor que a Sua ajuda possa ser a minha
força e assim viver uma vida de testemunho.
Anotação
71
20 Desejo que se tornem como eu
qua Atos 26:24-32
24 A esta altura Festo interrompeu
a defesa de Paulo e disse em alta
voz: “Você está louco, Paulo! As
muitas letras o estão levando à
loucura!”
25 Respondeu Paulo: Não estou
louco, excelentíssimo Festo. O que
estou dizendo é verdadeiro e de
bom senso.
26 O rei está familiarizado com
essas coisas, e lhe posso falar
abertamente. Estou certo de que
nada disso escapou do seu
conhecimento, pois nada se passou
num lugar qualquer.
27 Rei Agripa, crês nos profetas?
Eu sei que sim.
28 Então Agripa disse a Paulo:
“Você acha que em tão pouco
tempo pode convencer-me a tornar-
me cristão?”
29 Paulo respondeu: “Em pouco ou
em muito tempo, peço a Deus que
não apenas tu, mas todos os que
hoje me ouvem se tornem como eu,
porém sem estas algemas”.
30 O rei se levantou, e com ele o
governador e Berenice, como
também os que estavam assentados
com eles.
31 Saindo do salão, comentavam
entre si: “Este homem não fez nada
que mereça morte ou prisão”.
32 Agripa disse a Festo: “Ele poderia
ser posto em liberdade, se não
tivesse apelado para César”
72
Análise do conteúdo
Percepção
1. Qual foi a reação de Festo e
Agripa, ao ouvir o que Paulo
dizia? (vs.24, 28)
2. Quais são as palavras usadas
por Paulo para expressar a
veracidade do que estava
contando? (vs.26, 29)
4. O que você aprende ao ver Paulo
se dedicando unicamente ao
evangelho independente das
circunstâncias?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo, sendo réu,
corajosamente proclamou o
evangelho ao rei?
Decisão e aplicação
5. Quem você tem no coração para
evangelizar?
O que você pode colocar em prática
hoje para poder evangelizá-lo? Anotação
73
Ao ouvir a defesa de Paulo, Festo o julga como louco (v.24). Paulo
brevemente responde à reação de Festo, e logo se dirige ao rei Agripa
(v.26). Por ter sido recém nomeado, Festo podia não conhecer os
acontecimentos relacionados à morte de Jesus, mas o rei Agripa viu seu
pai Agripa I perseguir a igreja (v.3; cap.12). Então o rei naturalmente
mantinha distância do evangelho proposto por Paulo. Mesmo assim, o
apóstolo disse que pedia a Deus para que não somente o rei, mas que
todos os que o ouviam se tornassem como ele (v.29). Durante os dois
anos que Paulo estava sob custódia em Cesareia, seu único interesse era
divulgar o evangelho da ressurreição, e quando surgia oportunidade, se
focava em uma pessoa e então falava sobre o evangelho. Existem
momentos difíceis em que podemos nos sentir injustiçados, porém até
esses momentos podem ser transformados em instrumentos de missão.
Esperamos que a sua vida seja totalmente focada no evangelho, a ponto
do mundo temer essa força, assim como foi a vida de Paulo.
ORAÇÃO Tendo ou não oportunidade, que eu sempre
tenha coragem de falar sobre o evangelho.
Anotação
74
21 Pela fé além do favor
qui Atos 27:1-11
1 Quando ficou decidido que
navegaríamos para a Itália, Paulo e
alguns outros presos foram
entregues a um centurião chamado
Júlio, que pertencia ao Regimento
Imperial.
2 Embarcamos num navio de
Adramítio, que estava de partida
para alguns lugares da província da
Ásia, e saímos ao mar, estando
conosco Aristarco, um macedônio
de Tessalônica.
3 No dia seguinte, ancoramos em
Sidom; e Júlio, num gesto de
bondade para com Paulo, permitiu-
lhe que fosse ao encontro dos seus
amigos, para que estes suprissem
as suas necessidades.
4 Quando partimos de lá, passamos
ao norte de Chipre, porque os
ventos nos eram contrários.
5 Tendo atravessado o mar aberto
ao longo da Cilícia e da Panfília,
ancoramos em Mirra, na Lícia.
6 Ali, o centurião encontrou um
navio alexandrino que estava de
partida para a Itália e nele nos fez
embarcar.
7 Navegamos vagarosamente por
muitos dias e tivemos dificuldade
para chegar a Cnido. Não sendo
possível prosseguir em nossa rota,
devido aos ventos contrários,
navegamos ao sul de Creta, defronte
de Salmona.
8 Costeamos a ilha com dificuldade e
chegamos a um lugar chamado Bons
Portos, perto da cidade de Laséia.
9 Tínhamos perdido muito tempo, e
agora a navegação se tornara
perigosa, pois já havia passado o
Jejum. Por isso Paulo os advertiu:
10 “Senhores, vejo que a nossa
viagem será desastrosa e acarretará
grande prejuízo para o navio, para a
carga e também para a nossa vida”.
11 Mas o centurião, em vez de ouvir
o que Paulo falava, seguiu o
conselho do piloto e do dono do
navio.
75
Análise do conteúdo
Percepção
1. Quem ficou responsável pela
escolta de Paulo e como ele o
tratava? (vs.1, 3)
2. O que Paulo advertiu sobre o
navio, e em quem o centurião
acreditou? (vs.10-11)
4. O que você aprende ao ver que
Júlio, mesmo concedendo um favor
a uma pessoa de Deus, não
consegue confiar nela?
Estudo e reflexão
3. Por que o centurião Júlio ouve
o piloto e o dono do navio, em vez
de ouvir o conselho de Paulo?
Decisão e aplicação
5. Qual é a decisão espiritual, a qual
você deve se submeter indo além de
uma reação positiva?
Como você vai colocar isso em
prática? Anotação
76
“Navio alexandrino” (v.6): navio cargueiro que transportava grãos de Alexandria, no
Egito, até Roma. Era um navio de grandes dimensões que portava até 276
pessoas (At 27:37-38).
“Jejum” (v.9): indica o „Dia da Expiação‟ e, sendo o décimo dia do mês Tishri do
calendário judaico, corresponde ao final de setembro/começo de outubro.
O grupo de Paulo finalmente partiu em direção à Roma e, vendo que se
faz o uso do termo „nós‟, é aparente que nesse grupo havia mais alguém
que registrou os atos do apóstolo (27:1-28:16). Um centurião chamado
Júlio ficou responsável pela escolta de Paulo e, depois de chegarem a
Mirra tendo partido de Cesareia em um navio costeiro que passava por
todos os portos da Ásia, eles trocam para um navio alexandrino, no
entanto ficam presos devido a um forte vento noroeste, e com dificuldade
chegam ao lugar chamado Bons Portos. Na época, setembro a novembro
era um período perigoso, e de novembro a meados de fevereiro a
navegação era proibida; então passado o Jejum, a navegação não deve
ter sido fácil. Apesar de Paulo ter advertido que correriam risco de vida, o
centurião em vez de ouvir a palavra de Paulo, que havia sido fabricante de
tendas, seguiu o conselho do piloto e do dono do navio, que tinham
experiência de navegação no Mediterrâneo. Em Sidom, Júlio fez o favor
de permitir que Paulo se encontrasse com seus amigos (v.3), mas não
tinha „confiança‟ nele a ponto de mudar a direção da viagem. Dessa
mesma forma, a fé vai além de uma abordagem positiva, com confiança e
dependência.
ORAÇÃO Faça com que eu realmente creia na palavra
de Deus e pratique em ação, não apenas de
coração.
Anotação
77
22 Em que devo crer acima da minha experiência, que será jogada fora
sex Atos 27:12-20
12 Visto que o porto não era próprio
para passar o inverno, a maioria
decidiu que deveríamos continuar
navegando, com a esperança de
alcançar Fenice e ali passar o
inverno. Este era um porto de
Creta, que dava para sudoeste e
noroeste.
13 Começando a soprar
suavemente o vento sul, eles
pensaram que haviam obtido o que
desejavam; por isso levantaram
âncoras e foram navegando ao
longo da costa de Creta.
14 Pouco tempo depois,
desencadeou-se da ilha um vento
muito forte, chamado Nordeste.
15 O navio foi arrastado pela
tempestade, sem poder resistir ao
vento; assim, cessamos as
manobras e ficamos à deriva.
16 Passando ao sul de uma
pequena ilha chamada Clauda, foi
com dificuldade que conseguimos
recolher o barco salva-vidas.
17 Levantando-o, lançaram mão de
todos os meios para reforçar o navio
com cordas; e temendo que ele
encalhasse nos bancos de areia de
Sirte, baixaram as velas e deixaram o
navio à deriva.
18 No dia seguinte, sendo
violentamente castigados pela
tempestade, começaram a lançar
fora a carga.
19 No terceiro dia, lançaram fora,
com as próprias mãos, a armação do
navio.
20 Não aparecendo nem sol nem
estrelas por muitos dias, e
continuando a abater-se sobre nós
grande tempestade, finalmente
perdemos toda a esperança de
salvamento.
78
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que aconteceu com o navio
que deportou após o vento sul
soprar suavemente? (vs.13-14)
2. De que forma as pessoas
agiram quando o navio foi
arrastado pela tempestade?
(vs.16-20)
4. O que você aprende ao ver as
pessoas que perderam tudo no que
acreditavam e ficarem devastadas?
Estudo e reflexão
3. Qual foi o principal problema
que fez com que essas pessoas
perdessem até a esperança de
salvamento?
Decisão e aplicação
5. Em seu cotidiano, em que você
está confiando?
O que você pode praticar hoje como
sendo uma pessoa que depende de
Deus acima de tudo? Anotação
79
“Sirte” (v.17): região da costa de Cirene no norte da África, cujos bancos de areia
eram temidos pelos marinheiros da época.
Quando a viagem para Roma se torna difícil, o centurião, o piloto e o dono
do navio começam a procurar um lugar para passar o inverno, e decidem
ir para Fenice, um porto de Creta. Eles confiavam em sua experiência,
técnica e equipamentos. Nesse momento o vento sul começa a soprar, e
eles pensam que sua decisão estava correta (v.13). Eles continuaram
navegando próximo à costa da ilha de Creta desviando da tempestade, no
entanto o navio é arrastado pelo vento forte, chamado Nordeste, até o
Mediterrâneo (vs.14-16). Temendo um naufrágio, os tripulantes baixaram
as velas, e no segundo dia lançaram fora a carga. No terceiro dia,
lançaram fora a armação do navio (vs.17-19), no entanto mesmo com
esses atos de desespero, o navio não pôde ser controlado. Para as
pessoas do navio que pegavam a direção de acordo com as constelações,
não enxergá-las por dias era um grande colapso. Tudo o que eles
confiavam não passavam de coisas que seriam jogadas fora diante de
uma grande provação e perigo. A confiança em Jesus Cristo, que acalma
a tempestade, é o único caminho para encontrar a paz em meio a um
vento forte.
ORAÇÃO Faça com que eu confie somente em Jesus
Cristo, e não em coisas que serão jogadas
fora.
Anotação
80
23 De onde vem a salvação
sáb Atos 27:21-26
21 Visto que os homens tinham
passado muito tempo sem comer,
Paulo levantou-se diante deles e
disse: Os senhores deviam ter
aceitado o meu conselho de não
partir de Creta, pois assim teriam
evitado este dano e prejuízo.
22 Mas agora recomendo-lhes que
tenham coragem, pois nenhum de
vocês perderá a vida; apenas o
navio será destruído.
23 Pois ontem à noite apareceu-me
um anjo do Deus a quem pertenço e
a quem adoro, dizendo-me:
24 “Paulo, não tenha medo. É
preciso que você compareça perante
César; Deus, por sua graça, deu-lhe
a vida de todos os que estão
navegando com você”.
25 Assim, tenham ânimo, senhores!
Creio em Deus que acontecerá do
modo como me foi dito.
26 Devemos ser arrastados para
alguma ilha.
81
Análise do conteúdo
Percepção
1. Paulo encoraja as pessoas que
estavam com ele no barco
repetindo quais palavras?
(vs.22,25)
2. Quais são os dois pontos
principais da palavra dada a Paulo
por Deus? (v.24)
4. O que você aprende ao ver Paulo
confiante por saber que a salvação
vem apenas de Deus?
Estudo e reflexão
3. Como Paulo pôde falar com
convicção para terem “coragem” e
“ânimo”?
Decisão e aplicação
5. Quem é a pessoa ao seu redor
que, quando chega uma dificuldade,
tenta resolvê-la sozinha?
Como você irá mostrar a essa
pessoa que a paz da salvação está
em Cristo? Anotação
82
No momento de desespero e medo em que estavam à deriva e há dias
sem comer, finalmente Paulo abriu a boca. Primeiro, ele relembra que
havia tentado impedir essa viagem, aumentando a credibilidade do que
estava prestes a dizer (v.21). Em seguida, diz que um anjo de Deus lhe
informou que “é preciso que compareça perante César”, e “deu-lhe a vida
de todos os que estão navegando com ele” (vs.23-24). Ele diz que o navio
será perdido, mas todas as vidas serão salvas. Paulo principalmente fala
para terem “coragem” e “ânimo” (vs.22, 25). Como Paulo, um aprisionado,
pôde falar com tanta confiança? Ele sabia muito bem que aquela era uma
situação impossível de se resolver com forças humanas, mas que Deus
poderia dar a salvação a qualquer momento. No passado, Paulo também
se esforçava cumprindo as Leis a fim de receber a salvação, mas apenas
a recebeu quando foi encontrado por Jesus. Ao final, as pessoas que
tentaram se salvar estavam aterrorizadas, todavia Paulo, que sabia que
Deus é o único caminho para a salvação, pôde desfrutar da paz.
ORAÇÃO Faça com que apenas a paz vinda do Senhor
encha a minha vida.
Anotação
83
24 O evangelho da salvação que foi claramente proclamado
dom Culto no Lar - Atos 26:24-32
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
24 A esta altura Festo interrompeu
a defesa de Paulo e disse em alta
voz: “Você está louco, Paulo! As
muitas letras o estão levando à
loucura!”
25 Respondeu Paulo: Não estou
louco, excelentíssimo Festo. O que
estou dizendo é verdadeiro e de
bom senso.
26 O rei está familiarizado com
essas coisas, e lhe posso falar
abertamente. Estou certo de que
nada disso escapou do seu
conhecimento, pois nada se
passou num lugar qualquer.
27 Rei Agripa, crês nos profetas?
Eu sei que sim.
28 Então Agripa disse a Paulo:
“Você acha que em tão pouco
tempo pode convencer-me a tornar-
me cristão?”
29 Paulo respondeu: “Em pouco ou
em muito tempo, peço a Deus que
não apenas tu, mas todos os que
hoje me ouvem se tornem como eu,
porém sem estas algemas”.
30 O rei se levantou, e com ele o
governador e Berenice, como
também os que estavam assentados
com eles.
31 Saindo do salão, comentavam
entre si: “Este homem não fez nada
que mereça morte ou prisão”.
32 Agripa disse a Festo: “Ele
poderia ser posto em liberdade, se
não tivesse apelado para César”.
84
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
Esse julgamento ocorreu em 60
d.C., ano em que Festo se tornou governador de Judá. Festo chamou
Paulo de louco em alta voz, ao ouvir o que havia acontecido a
Paulo no caminho para Damasco e sobre Jesus ressurreto. Essa
reação de Festo talvez seja uma reação natural de alguém nessa
posição, todavia Paulo não se deixou abalar. Festo podia não ter
conhecimento do fato que ocorreu a Jesus de Nazaré há trinta anos,
durante o governo de Pilatos (26-36 d.C.), porém o rei Agripa não tinha
como não saber. Este grande alvoroço ocorrido em Jerusalém,
quando várias testemunhas viram Jesus ressurreto depois de alguns
dias da Sua condenação na cruz, aconteceu durante a infância do rei
Agripa (Herodes Agripa II, ano de 27-100 d.C.). Agripa não contestou
logicamente as palavras de Paulo, porém manteve fechado o seu
coração. Diante disso, Paulo contou sem hesitação a sua experiência e
a sua crença. Ele tinha plena convicção a ponto de dizer que
desejava que as pessoas, seja rei ou governador, se tornassem como
ele.
Paulo foi corajoso em qualquer situação, porque a ressurreição de
Cristo era um fato real que ninguém podia negar. Muitas pessoas haviam
visto Jesus ressurreto com seus próprios olhos, portanto esse fato
não foi algo ocorrido na imaginação de alguém ou num mundo
misterioso. Deus estava com Paulo, fazendo com que ele proclamasse a
ressurreição de Jesus sem se abalar, sem temer as autoridades terrenas,
mesmo que elas não acreditassem ou o chamassem de louco.
O evangelho da ressurreição, de que nós temos conhecimento e em que
cremos, não é algo do “mundo da fé, mundo espiritual”, contudo um fato
real que ocorreu de verdade na história. Foi por isso que Paulo
proclamou este fato colocando sua própria vida em risco.
Metade do ano de 2016 já se passou. Vamos olhar como nós
testemunhamos o evangelho durante esse tempo e vamos reconfirmar que
o evangelho é claramente real e verdadeiro. E vamos, toda a família,
viver como testemunha destemida no meio deste mundo.
85
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Vamos conversar sobre como nossa família tem tido convicção a
respeito do evangelho e da ressurreição de Jesus.
2. Vamos compartilhar de que maneira podemos transmitir para as
pessoas ao nosso redor, que a ressurreição de Jesus é um fato real
histórico.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos Que possamos testemunhar o evangelho como Paulo, com poder e
convicção.
86
25 Seja influente no meio em que está
seg Atos 27:27-37
27 Na décima quarta noite, ainda
estávamos sendo levados de um
lado para outro no mar Adriático,
quando, por volta da meia-noite, os
marinheiros imaginaram que
estávamos próximos da terra.
28 Lançando a sonda, verificaram
que a profundidade era de trinta e
sete metros; pouco tempo depois,
lançaram novamente a sonda e
encontraram vinte e sete metros.
29 Temendo que fôssemos jogados
contra as pedras, lançaram quatro
âncoras da popa e faziam preces
para que amanhecesse o dia.
30 Tentando escapar do navio, os
marinheiros baixaram o barco
salva-vidas ao mar, a pretexto de
lançar âncoras da proa.
31 Então Paulo disse ao centurião e
aos soldados: “Se estes homens
não ficarem no navio, vocês não
poderão salvar-se”.
32 Com isso os soldados cortaram as
cordas que prendiam o barco salva-
vidas e o deixaram cair.
33 Pouco antes do amanhecer, Paulo
insistia que todos se alimentassem,
dizendo: Hoje faz catorze dias que
vocês têm estado em vigília
constante, sem nada comer.
34 Agora eu os aconselho a
comerem algo, pois só assim
poderão sobreviver. Nenhum de
vocês perderá um fio de cabelo
sequer.
35 Tendo dito isso, tomou pão e deu
graças a Deus diante de todos. Então
o partiu e começou a comer.
36 Todos se reanimaram e também
comeram algo.
37 Estavam a bordo duzentas e
setenta e seis pessoas.
87
Estudo e Reflexão
Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
88
Orientações Seja marinheiro usado por Deus
Atos 27:27-37
Análise do conteúdo Na décima quarta noite após ter enfrentado a tempestade e vagueado pelo mar Adriático, os marinheiros, percebendo que estavam próximos da terra, baixaram as âncoras e esperaram o dia raiar. Aproveitando a situação, os marinheiros fingiram lançar as âncoras da proa, mas baixaram também o barco salva-vidas. Percebendo isso, Paulo avisou os soldados e fez com que cortassem as cordas do barco salva-vidas. Paulo também falou que todos seriam salvos. Amanhecendo o dia, Paulo tomou o pão, agradeceu, o partiu e comeu junto com as pessoas. O número dessas pessoas era de 276. Estudo e Reflexão 1. Por que os marinheiros, pretendendo lançar âncora, baixaram o barco salva-vidas para fugir? - Eles eram especialistas que conheciam o mar, porém os marinheiros queriam fugir para salvar somente a si mesmos, abandonando a todos. Eles não confiaram nas palavras de Paulo. Tentaram salvar-se usando suas próprias forças e maneiras, até o fim. Fizeram uma escolha egoísta e radical para salvar somente as suas vidas. 2. Por que Paulo disse: “só assim poderão sobreviver”? (v.34) - Ao dizer: “só assim poderão sobreviver”, Paulo estava comunicando a vontade de Deus. Anteriormente Deus já havia prometido que ninguém perderia a vida, assim Paulo estava declarando que “o capitão deste barco é o Senhor”. Mesmo enfrentando tempestade e vagueando no mar obscuro, a voz de Deus que assegura a segurança foi transmitida através de Paulo. Percepção
Apesar de Paulo ser um prisioneiro, ele foi um farol que direcionou para o caminho certo todas as pessoas do barco que não sabiam o que fazer. Deus salvou todas as 276 pessoas através de uma pessoa que tinha o chamado: Paulo. Essa postura de Paulo faz com que eu, que tenho pais e sogros não crentes, perceba muita coisa: que nada é possível se eu não tiver total confiança em Deus, assim como Paulo. Eu desejo ter responsabilidade até o fim sobre esse mundo difícil, com fé íntegra em Deus. Além disso, eu enxerguei a mim mesma na atitude dos marinheiros. Estou falando da atitude covarde de sair ilesa sozinha numa situação difícil para todos, confiando nas minhas próprias experiências. Até agora pensei que a minha decisão estava correta, mas através dessa passagem, compreendi que a vontade de Deus é usar minha experiência e meu conhecimento de forma formosa para Seu ministério. Eu percebi que Deus usa a habilidade do marinheiro na hora que Ele precisa para o ministério, portanto a decisão do marinheiro, tomada por si só, se desvia da salvação de Deus. Assim sendo, pretendo estar diante de Deus como um marinheiro que é usado por Ele. Decisão e aplicação 1. Confiarei totalmente em Deus qualquer que seja a situação. Esperarei no Senhor, e encorajarei o marido e as crianças, crendo que até a doença do familiar é um instrumento para a salvação de Deus. 2. Serei a pessoa que dá esperança para a família, para meus pais e meus sogros. Irei compartilhar meu testemunho e falar do evangelho quando os encontrar neste fim de semana.
89
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que Paulo levou os soldados
a fazer, quando os marinheiros
tentavam escapar? (vs.30-32)
2. Qual foi a atitude de Paulo em
favor das pessoas que estavam
juntos no barco? (vs.33-36)
4. O que você aprende com a
providência de Deus de usar uma
situação difícil para erguer Paulo
como o líder do barco?
Estudo e reflexão
3. Por que o centurião, os
soldados e até as pessoas dentro
do barco confiaram em Paulo
apesar dele ser um prisioneiro?
Decisão e aplicação
5. Como você tem exercido
influência no meio em que Deus o
colocou?
O que você pode fazer hoje para
que o domínio de Deus se manifeste
no seu cotidiano? Anotação
90
Lc 24:30: “Quando estava à mesa com eles, tomou o pão, deu graças, partiu-o e o deu a eles”
Quem estava conduzindo este barco não era o capitão nem o centurião,
mas o prisioneiro Paulo. Cortar as cordas do barco salva-vidas foi uma
decisão que exigia muita coragem, porém os soldados agiram de imediato
às falas de Paulo (vs.30-32). Além disso, Paulo tranquilizou as pessoas e
fez com que se alimentassem (vs.33-36). Foi providência de Deus usar a
forte tempestade para que todos que estavam no barco tivessem que
seguir Paulo e também, a cena em que ele tomou o pão, deu graças e
partiu faz lembrar o que Jesus fez diante dos discípulos depois que Ele
ressuscitou (vide Lc 24:30). Assim como Jesus passou pela morte e
ressuscitou, Paulo mostrou a glória de Jesus Cristo e repartiu a santa
refeição com as 276 pessoas que passaram pela forte tempestade
semelhante à morte. Não foi pela vontade de Paulo que ele embarcou no
barco e partiu do porto, porém confiou no Deus que o trouxe até aqui, e
tornou-se o líder do barco superando todas as tribulações.
Semelhantemente a Paulo, quando estivermos em situações difíceis, nós
devemos depender ainda mais de Deus e levar a luz da esperança aos
lugares, onde fomos enviados.
ORAÇÃO Desejo fazer o meu melhor, compreendendo
que onde eu estou é o lugar que Deus me
enviou para servir.
Anotação
91
26 Sendo um cristão reconhecido
ter Atos 27:38-44
38 Depois de terem comido até
ficarem satisfeitos, aliviaram o peso
do navio, atirando todo o trigo ao
mar.
39 Quando amanheceu não
reconheceram a terra, mas viram
uma enseada com uma praia, para
onde decidiram conduzir o navio, se
fosse possível.
40 Cortando as âncoras, deixaram-
nas no mar, desatando ao mesmo
tempo as cordas que prendiam os
lemes. Então, alçando a vela da
proa ao vento, dirigiram-se para a
praia.
41 Mas o navio encalhou num
banco de areia, onde tocou o fundo.
A proa encravou-se e ficou imóvel, e
a popa foi quebrada pela violência
das ondas.
42 Os soldados resolveram matar os
presos para impedir que algum deles
fugisse, jogando-se ao mar.
43 Mas o centurião queria poupar a
vida de Paulo e os impediu de
executar o plano. Então ordenou aos
que sabiam nadar que se lançassem
primeiro ao mar em direção à terra.
44 Os outros teriam que salvar-se em
tábuas ou em pedaços do navio.
Dessa forma, todos chegaram a
salvo em terra.
92
Análise do conteúdo
Percepção
1. Que providência tomaram após
encontrar um lugar apropriado
para atracar o navio? (v.40)
2. Percebendo que a atracação
seria difícil, que medida os
soldados e o centurião queriam
tomar? (vs.42-44)
4. O que aprende ao ver a atitude do
centurião de tentar salvar a vida de
Paulo apesar do risco?
Estudo e reflexão
3. Por que a proposta dos
soldados foi contrária à do
centurião quanto aos prisioneiros?
Decisão e aplicação
5. Quanta confiança e respeito você
tem conquistado através da sua fé e
do seu caráter?
O que você precisa fazer a partir de
hoje para se tornar um cristão que
recebe reconhecimento até dos
infiéis? Anotação
93
Amanhecendo o dia, puderam avistar uma enseada com uma praia, mas
conduzir o grande navio até a beira não seria fácil. Atiraram o mantimento
ao mar e cortaram até as âncoras, mas mesmo assim a proa encalhou-se
num banco de areia e a popa começou a quebrar com a violência das
ondas (v.41). Nesse momento, os soldados sugeriram matar todos os
prisioneiros (v.42). Esse era um pensamento malicioso de esquivar-se da
responsabilidade de uma possível fuga dos prisioneiros, tramando talvez
um relatório enganoso dizendo que tiveram que matar os prisioneiros
fugitivos no processo de perseguição. Apesar da sugestão dos soldados, o
centurião, que confiava em Paulo e queria salvá-lo, impediu o plano e fez
com que os que sabiam nadar fossem primeiro em direção à terra e depois
os outros, com ajuda das tábuas e pedaços do navio. Apesar de Paulo ser
um prisioneiro, ele recebeu a confiança e o respeito de uma autoridade
terrena, porque confiou no Deus Todo-poderoso. Como resultado, salvou
não somente a si mesmo, mas a todos que estavam no navio. Essa é a
atitude que os cristãos enviados ao mundo devem buscar ansiosamente.
Onde quer que estejamos, devemos ter reconhecimento, inclusive dos
infiéis, e como resultado, tornarmos discípulos de Cristo que conduz os
incrédulos para o caminho da salvação.
ORAÇÃO Que eu possa ter reconhecimento do mundo e
trazer os incrédulos para o caminho da
salvação através da vida de santidade.
Anotação
94
27 Coração que recebe o homem de Deus
qua Atos 28:1-10
1 Uma vez em terra, descobrimos
que a ilha se chamava Malta.
2 Os habitantes da ilha mostraram
extraordinária bondade para
conosco. Fizeram uma fogueira e
receberam bem a todos nós, pois
estava chovendo e fazia frio.
3 Paulo ajuntou um monte de
gravetos; quando os colocava no
fogo, uma víbora, fugindo do calor,
prendeu-se à sua mão.
4 Quando os habitantes da ilha
viram a cobra agarrada na mão de
Paulo, disseram uns aos outros:
“Certamente este homem é
assassino, pois, tendo escapado do
mar, a Justiça não lhe permite
viver”.
5 Mas Paulo, sacudindo a cobra no
fogo, não sofreu mal nenhum
6 Eles, porém, esperavam que ele
começasse a inchar ou que caísse
morto de repente, mas, tendo
esperado muito tempo e vendo que
nada de estranho lhe sucedia,
mudaram de idéia e passaram a
dizer que ele era um deus.
7 Próximo dali havia uma
propriedade pertencente a Públio, o
homem principal da ilha. Ele nos
convidou a ficar em sua casa e, por
três dias, bondosamente nos recebeu
e nos hospedou.
8 Seu pai estava doente, acamado,
sofrendo de febre e disenteria. Paulo
entrou para vê-lo e, depois de orar,
impôs-lhe as mãos e o curou.
9 Tendo acontecido isso, os outros
doentes da ilha vieram e foram
curados.
10 Eles nos prestaram muitas honras
e, quando estávamos para embarcar,
forneceram-nos os suprimentos de
que necessitávamos.
95
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como os habitantes de Malta
trataram Paulo e seus
companheiros? E o que
aconteceu como consequência
disso? (vs.2, 7-10)
2. Qual foi a reação dos
habitantes da ilha de Malta com o
fato de Paulo ter sido mordido por
uma víbora? (vs.4,6)
4. O que você aprendeu ao ver os
habitantes de Malta, que receberam
os homens de Deus,
experimentarem milagres e curas?
Estudo e reflexão
3. Por que Deus, através de
Paulo, agraciou os habitantes da
ilha com milagres e curas?
Decisão e aplicação
5. Como você está tratando as pessoas que estão ao seu redor, principalmente aquelas mergulhadas em dificuldades?
Com que ação você pode ajudá-las
hoje?
Anotação
96
“Malta” (v.1): conhecida por Melita pelos gregos e romanos. Fazia parte da
província da Sicília, estando localizada a 92 km ao sul dessa grande ilha.
As pessoas que desembarcaram na ilha perderam tudo, tendo somente a
própria vida salva. Mesmo nessa situação, Deus usa os habitantes da ilha
para suprir todas as necessidades deles e ocorrem “acontecimentos
especiais” para esses habitantes que receberam os homens de Deus.
Deus faz os habitantes presenciarem Paulo ser mordido por uma serpente
venenosa e se salvar sem sofrer mal algum, e com isso, faz os habitantes
terem conhecimento de que Paulo não era uma pessoa comum (vs.3-6).
Esses habitantes, por ainda não conhecerem a Deus, pensam que Paulo
era um deus. Mesmo assim, Deus faz com que o homem principal da ilha,
Públio, receba Paulo e todos os seus companheiros em sua casa. Através
de Paulo, Ele faz curar o pai de Públio e realiza o milagre de curar a outros
doentes da ilha (vs.7-9). Assim, Paulo que foi rejeitado pelos judeus,
recebe boas-vindas dos habitantes da ilha de Malta que não tinham
nenhum conhecimento a respeito de Deus. O poder de Deus age naqueles
que recebem o homem de Deus. E ao nosso redor também há pessoas
enviadas por Deus. Vamos refletir para saber quem são essas pessoas
que devemos receber e como devemos cuidar delas.
ORAÇÃO Dê-me um bom coração para receber e cuidar
das pessoas enviadas pelo Senhor.
Anotação
97
28 A fé que quebra a parede e transforma o mundo
qui Atos 28:11-15
11 Passados três meses,
embarcamos num navio que tinha
passado o inverno na ilha; era um
navio alexandrino, que tinha por
emblema os deuses gêmeos Cástor
e Pólux.
12 Aportando em Siracusa, ficamos
ali três dias.
13 Dali partimos e chegamos a
Régio. No dia seguinte, soprando o
vento sul, prosseguimos, chegando
a Potéoli no segundo dia.
14 Ali encontramos alguns irmãos
que nos convidaram a passar uma
semana com eles. E depois fomos
para Roma.
15 Os irmãos dali tinham ouvido falar
que estávamos chegando e vieram
até a praça de Ápio e às Três
Vendas para nos encontrar. Vendo-
os, Paulo deu graças a Deus e
sentiu-se encorajado.
98
Análise do conteúdo
Percepção
1. Qual a característica do navio
que transportou Paulo até Potéoli?
(v.11)
2. Como Paulo foi recebido pelos
irmãos de Potéoli e de Roma?
(vs.14-15)
4. O que você aprendeu ao ver
Paulo, que sofreu perseguição pelos
judeus em Jerusalém, receber
encorajamento dos irmãos de
Roma?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo registra que se
sente encorajado pelos irmãos
que vivem no meio da cultura
pagã?
Decisão e aplicação
5. Para você, qual o significado da
“fé correta”?
Que esforço você deve fazer para
que a sua fé não se limite a um
simples zelo religioso? Anotação
99
“Castor e Pólux” (v.11): os dois filhos de Zeus (gr., Dioscuroi), deidades guardiães
dos marinheiros.
“Praça de Ápio e Três Vendas” (v.15): cidade pequena a 64 km de Roma e
ciandade a 52 km de Roma, respectivamente.
Paulo e seus companheiros estão a caminho de Roma. Eles se encontram
no meio da cultura pagã, sem qualquer relação com judaísmo. Eles
passaram três meses com habitantes da ilha de Malta que não conheciam
a Deus e embarcam no navio que tinha por emblema os deuses gêmeos,
Castor e Pólux (v.11). Siracusa, Régio, Potéoli, Praça de Ápio, Três
Vendas, etc. são todos nomes de grandes cidades portuárias. Por se tratar
de cidades desenvolvidas no comércio e nas acomodações, eram vistas
pelos judeus como cidades distantes de Jerusalém, corruptas e profanas,
mas Paulo, que chegou até aqui sofrendo rejeição dos judeus de
Jerusalém, foi muito bem recebido pelos irmãos de Potéoli e de Roma
(vs.14-15). Paulo foi perseguido em Jerusalém que tinha templo, porém
em Roma, centro do imperador e de idolatria, recebeu boas vindas.
Através desse fato o evangelho quebra a parede do templo e do judaísmo
e registra a edificação da verdade que salvará o mundo inteiro. Nós
também devemos tomar cuidado para não cometermos os mesmos erros
dos judeus. Esperamos que a nossa fé não fique restrita dentro da igreja,
contudo que seja firme na crença no poder de Deus transformador do
mundo.
ORAÇÃO Que a minha fé não fique restrita à igreja e que
eu adquira capacidade de transformar o
mundo.
Anotação
100
29 Eternamente envolvido na missão do evangelho
sex Atos 28:16-22
16 Quando chegamos a Roma,
Paulo recebeu permissão para
morar por conta própria, sob a
custódia de um soldado.
17 Três dias depois, ele convocou
os líderes dos judeus. Quando
estes se reuniram, Paulo lhes disse:
Meus irmãos, embora eu não tenha
feito nada contra o nosso povo nem
contra os costumes dos nossos
antepassados, fui preso em
Jerusalém e entregue aos romanos.
18 Eles me interrogaram e queriam
me soltar, porque eu não era
culpado de crime algum que
merecesse pena de morte.
19 Todavia, tendo os judeus feito
objeção, fui obrigado a apelar para
César, não porém, por ter alguma
acusação contra o meu próprio povo.
20 Por essa razão pedi para vê-los e
conversar com vocês. Por causa da
esperança de Israel é que estou
preso com estas algemas.
21 Eles responderam: Não
recebemos nenhuma carta da Judéia
a seu respeito, e nenhum dos irmãos
que vieram de lá relatou ou disse
qualquer coisa de mal contra você.
22 Todavia, queremos ouvir de sua
parte o que você pensa, pois
sabemos que por todo lugar há gente
falando contra esta seita.
101
Análise do conteúdo
Percepção
1. Quem foram as primeiras
pessoas que Paulo convidou
assim que chegou a Roma?
(v.17a)
2. Qual explicação Paulo dá sobre
o motivo de estar acorrentado?
(vs.17b-20)
4. O que você aprende ao ver Paulo
dar predominância à missão que à
sua segurança?
Estudo e reflexão
3. Por que Paulo convidou os
líderes dos judeus assim que
chegou a Roma?
Decisão e aplicação
5. Qual é a missão da sua vida que
deve sustentar em qualquer
circunstância?
O que deve fazer hoje para
sustentar até o fim a missão
confiada a você? Anotação
102
2Tm 4:2: “Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda
corrija, exorte com toda a paciência e doutrina”.
Assim que chegou a Roma, Paulo teve o privilégio de ter um espaço
próprio sob a custódia de um soldado (v.16), talvez isso tenha ocorrido por
ainda não ter recebido sentença e por ter tido boa reputação no decorrer
da viagem. Da mesma forma como fez em outras regiões, Paulo começa a
evangelizar com foco nos judeus. Paulo convida os líderes dos judeus
para dizer que está preso pelo Messias Jesus Cristo, que é “esperança de
Israel” (vs.17-20). Paulo foi preso quando estava proclamando que o
messias, que Deus prometera a Israel, é justamente Jesus Cristo que
ressuscitou. Após ter levantado a questão da ressurreição na igreja de
Jerusalém, Paulo não saiu do assunto. A cabeça do Paulo estava
completamente tomada pela evangelização da ressurreição. Seja em
tempo certo ou não, Paulo anunciou evangelho (2Tm 4:2), pois para Paulo
a missão de evangelizar era mais importante que sua própria vida. Qual é
a sua missão a defender em qualquer circunstância?
ORAÇÃO Faça-me saber o dever que tenho a cumprir e
dê-me fervor pra isso.
Anotação
103
30 Não focar somente no resultado da obra
sáb Atos 28:23-31
23 Assim combinaram encontrar-se
com Paulo em dia determinado,
indo em grupo ainda mais
numeroso ao lugar onde ele estava.
Desde a manhã até a tarde ele lhes
deu explicações e lhes
testemunhou do Reino de Deus,
procurando convencê-los a respeito
de Jesus, com base na Lei de
Moisés e nos Profetas.
24 Alguns foram convencidos pelo
que ele dizia, mas outros não
creram.
25 Discordaram entre si mesmos e
começaram a ir embora, depois de
Paulo ter feito esta declaração final:
Bem que o Espírito Santo falou aos
seus antepassados, por meio do
profeta Isaías:
26 “Vá a este povo e diga: Ainda
que estejam sempre ouvindo, vocês
nunca entenderão; ainda que
estejam sempre vendo, jamais
perceberão.
27 Pois o coração deste povos e
tornou insensível; de má vontade
ouviram com os seus ouvidos, e
fecharam os seus olhos. Se assim
não fosse, poderiam ver com os
olhos, ouvir com os ouvidos,
entender com o coração e converter-
se, e eu os curaria”.
28 “Portanto, quero que saibam que
esta salvação de Deus é enviada aos
gentios; eles a ouvirão!”
29 Depois que ele disse isto, os
judeus se retiraram, discutindo
intensamente entre si.
30 Por dois anos inteiros Paulo
permaneceu na casa que havia
alugado, e recebia a todos os que
iam vê-lo.
31 Pregava o Reino de Deus e
ensinava a respeito do Senhor Jesus
Cristo, abertamente e sem
impedimento algum.
104
Análise do conteúdo
Percepção
1. Qual foi o assunto da
explicação que Paulo deu aos que
o procuraram? (v.23)
2. Como Paulo reagiu ao ver os
judeus de Roma rejeitarem o
evangelho? (vs.28-31)
4. O que aprende ao ver Paulo
dedicar fervorosamente à missão
independente do resultado?
Estudo e reflexão
3. Mesmo os judeus terem
rejeitado o evangelho, o que levou
Paulo a não se decepcionar e
continuar evangelizando os
gentios corajosamente?
Decisão e aplicação
5. Qual é a sua reação ao ver um resultado não satisfatório, mesmo tendo se dedicado ao máximo?
Qual será sua decisão para cumprir
sua missão mesmo diante de
dificuldades? Anotação
105
Paulo convidou os líderes judeus para explicar e testemunhar o reino de
Deus e Jesus Cristo (v.23), mas eles não aceitaram o evangelho. Da
mesma forma que os judeus de Israel não reconheceram o messias que
estavam esperando, como a profecia do profeta Isaias (Is 6:9-10), os
judeus de Roma também não aceitaram as palavras de Paulo. Como de
costume, Paulo não conseguindo converter os judeus como desejado, ele
evangelizou os gentios. Mesmo que a obra direcionada aos judeus não
desse fruto como esperava, Paulo não se desanimava. Estando Paulo
envolvido intensamente no evangelho, nunca se rendeu aos ambientes
precários e aos obstáculos à sua frente. De acordo com os estudiosos,
enquanto Paulo estava preso na prisão de Roma registrou Hebreus,
Filipenses, Colossenses e Filemom. Nada podia impedir o fervor que ele
tinha pela missão. Como você reagiria se o resultado não atingisse o
esperado, mesmo depois de dedicar ao máximo de si? Dedique ao
processo e não ao resultado da missão.
ORAÇÃO Que eu possa dedicar ao máximo à missão
dada a mim focando somente em Deus.
Anotação
106
31 A graça que recebemos e compartilhamos
dom Culto no Lar – Atos 28:7-15
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
7 Próximo dali havia uma
propriedade pertencente a Públio,
o homem principal da ilha. Ele nos
convidou a ficar em sua casa e,
por três dias, bondosamente nos
recebeu e nos hospedou.
8 Seu pai estava doente, acamado,
sofrendo de febre e disenteria.
Paulo entrou para vê-lo e, depois
de orar, impôs-lhe as mãos e o
curou.
9 Tendo acontecido isso, os outros
doentes da ilha vieram e foram
curados.
10 Eles nos prestaram muitas
honras e, quando estávamos para
embarcar, forneceram-nos os
suprimentos de que
necessitávamos.
11 Passados três meses,
embarcamos num navio que tinha
passado o inverno na ilha; era um
navio alexandrino, que tinha por
emblema os deuses gêmeos Cástor
e Pólux.
12 Aportando em Siracusa, ficamos
ali três dias.
13 Dali partimos e chegamos a
Régio. No dia seguinte, soprando o
vento sul, prosseguimos, chegando
a Potéoli no segundo dia.
14 Ali encontramos alguns irmãos
que nos convidaram a passar uma
semana com eles. E depois fomos
para Roma.
15 Os irmãos dali tinham ouvido
falar que estávamos chegando e
vieram até a praça de Ápio e às
Três Vendas para nos encontrar.
Vendo-os, Paulo deu graças a Deus
e sentiu-se encorajado.
107
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
Quando o navio que os levava a Roma naufragou, Paulo e as pessoas a bordo conseguiram com muita dificuldade desembarcar na ilha de Malta. Eles não tinham mais nada, mas Deus fez Paulo curar o pai de Públio, o homem principal da ilha, como também outros doentes, suprindo desta forma suas necessidades (vs.8-9). Os homens de Malta prestaram muitas honras a Paulo e à sua comitiva e ainda forneceram os suprimentos de que necessitavam (v.10). Depois disso Paulo e sua comitiva passaram por Siracusa, Régio, Potéoli, até chegarem a Roma (vs.11-14). Quando os irmãos ouviram que Paulo estava chegando, foram acolhê-lo e Paulo deu graças a Deus por sentir-se encorajado (v.15). Na verdade, o Senhor já havia esclarecido a Paulo que ele testemunharia igualmente a respeito de Jesus em Roma (23:11). Sendo assim, esse era um caminho preparado por Deus. Mesmo assim Paulo foi escoltado a Roma como prisioneiro e sofreu um naufrágio. Isso causava estranheza. Por que Paulo que vivia segundo a vontade do Senhor
e no caminho que Jesus preparou, passava por tanta opressão e dificuldade? Ao observar a passagem de hoje, Paulo e sua comitiva naufragaram e atracaram na ilha, mas por causa disso, a graça do Senhor os alcançou, realizando-se a obra da cura e de restauração. Apesar de ser um prisioneiro, Paulo estava sendo usado como um canal da graça. Além do mais, o nosso Deus não só usou Paulo como instrumento, mas por meio de muitos irmãos de fé, deu conforto e coragem a ele, que rendeu graças e louvores abundantes ao Senhor. Desta maneira o nosso Deus Pai, ao mesmo tempo em que realiza a sua obra por meio de nós, Seus filhos, Sua mão auxiliadora conforta e provê as nossas necessidades.
Do mesmo modo, o caminho que a
nossa família tem que trilhar hoje,
certamente não é fácil. A despeito
disso devemos nos lembrar de que o
cristão pode ser usado como o canal
da graça. Acima de tudo, devemos
confiar ainda mais em Deus que nos
encoraja e conforta, renovando a
nossa força e avançando mais uma
vez nesta semana.
108
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Assim como Paulo há alguma parte difícil que ata a sua família? Você
crê que até mesmo todas essas coisas serão usadas por Deus como
canal da graça?
2. O que você fará para ter a certeza do consolo e encorajamento que
vêm de Deus? Compartilhem sobre como encorajarão uns aos outros
para vencer este problema na família.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos Dá-me um coração comprometido e obediente para que em todos os
momentos do meu dia possa pensar e usar para o Senhor.
109
Estudo Bíblico da Fazenda
1 semana
Minha vida é um testemunho do Evangelho
Atos 22:1-11
Abrindo o coração
Há poder nas palavras dos homens. Principalmente, aqueles que ouvem
com o coração aberto, conseguem sentir o clamor dos corações das
pessoas. E é exatamente esta a mensagem que queremos compartilhar,
através do texto de hoje, sobre a mensagem de Paulo. Ele proclamou a
mensagem que se deseja clamar, revelando a sua identidade por
completo e com muito mais eloquência do que qualquer outra pessoa. O
que ele verdadeiramente queria transmitir para as pessoas? Qual a
evidência dele ter falado desta maneira? Hoje, através do discurso de
Paulo, podemos compreender o seu coração e refletir quais as lições que
podemos tirar a partir disso.
Semeando a palavra
1. Em que idioma falou Paulo para se identificar e se apresentar? (vs.2-3)
2. Quem poderia testemunhar o que Paulo cometia, antes de se encontrar
com o Senhor? (vs.4-5)
3. O que acontece com Paulo a caminho de Damasco? Neste momento,
que voz ouve Paulo e que resposta ele obtém? (vs.6-8)
110
4. Por que Paulo falou sobre o milagre, no qual as pessoas dificilmente
poderiam acreditar, somente depois de revelar a sua identidade, de ser
um judeu instruído pela autoridade religiosa honrada e de ter sido um
perseguidor de cristãos?
5. Mesmo que não seja como o testemunho miraculoso de Paulo, todos
os cristãos têm testemunho do Senhor, que opera por meio de suas
vidas. Em qual situação, de nossas vidas, tivemos o encontro com o
Senhor e como podemos testemunhar a Sua presença viva?
6. Vamos meditar e compartilhar como podemos testemunhar com as
pessoas ao nosso redor sobre como e quando se deu o nosso encontro
com Deus.
Colhendo os frutos da vida
A vida de Paulo se transforma completamente após o encontro com o
Senhor, a caminho de Damasco e pregou essa mudança às outras
pessoas. A melhor ferramenta que podemos usar, quando pregamos o
evangelho, é exatamente a transformação de nossas vidas. Mesmo que
não seja igual à dramática transformação de Paulo, se tivermos uma vida
cada vez mais diferente da anterior, conforme aumenta o conhecimento
acerca de Jesus, as pessoas ao nosso redor reconheceriam que Jesus
está vivo e que continua agindo nas nossas vidas. Lembremo-nos da
primazia do amor de Deus e tenhamos plena comunhão com Ele.
Desejamos que nos tornemos santos preciosos de Deus que vivem de
acordo com a Sua vontade e que tenhamos frutos pelo crescimento e
transformação de suas vidas.
111
Estudo Bíblico da Fazenda
2 semana
Sem temor diante da mentira Atos 24:1-16
Abrindo o coração
É muito difícil viver como testemunha de Jesus Cristo neste mundo
contaminado pela mentira. Ao enfrentarmos a batalha espiritual neste
mundo, percebemos a verdade de que as pessoas são muito mais
ignorantes do que pensamos e são egoístas também, entretanto não
podemos desistir delas e nem nos afastar delas, amaldiçoando-as. Temos
de nos esforçar para pregar o evangelho e mostrar onde está a verdade,
nem que seja para salvar somente a alma de uma pessoa. Paulo está
lutando uma batalha espiritual e se esforçou ao máximo para pregar o
evangelho aos tolos judeus. Vamos observar de que forma podemos
vencer o mundo, através da atitude de Paulo.
Semeando a palavra
1. Qual foi acusação de Tértulo contra Paulo, diante de Félix? (vs.5-6)
2. Enquanto bajula Félix, Tértulo está fazendo acusação contra Paulo;
quem confirmou esta acusação? (vs.3-4,9)
3. Por que Paulo está dizendo que Tértulo e os judeus não podem mais
acusá-lo diante de Félix? (vs.11-13)
112
4. Por que Paulo disse que adora a Deus, que crê na Lei e no que está
escrito nos Profetas e crê na ressurreição tanto de justos como de
injustos? (vs.14-15)
5. O que devemos fazer para vencer com sabedoria as dificuldades que
enfrentamos, ao também vivermos como cristãos? Vamos conversar
com que atitude devemos reagir, quando somos perseguidos pelo
mundo somente pelo fato de sermos cristãos?
6. Quais dificuldades podemos prever ao testemunhar o evangelho?
Com que coração nós devemos pregar o evangelho, apesar destas
dificuldades?
Colhendo os frutos da vida
Não há ninguém que se alegre com o sofrimento, mas o Senhor mesmo
decidiu andar pelo caminho do sofrimento e Paulo seguiu o mesmo
caminho. Apesar de não entendermos o motivo de estarmos passando
por dificuldades, temos de viver conforme nosso chamado pelo nosso
Senhor, para pregar o evangelho que nos foi concedido. Em momentos
de nossa vida, sofreremos como Paulo, pelo motivo de sermos cristãos,
entretanto podemos sentir a presença de Deus através destas situações.
Ao fim, a mentira acabará e somente a verdade de Deus permanecerá.
Vamos crer nesta verdade e orar sinceramente para que nos tornemos
discípulos do Senhor, que cada vez mais confiam somente nele.
113
Estudo Bíblico da Fazenda
3 semana
O sofrimento junto com Cristo Atos 25:6-12
Abrindo o coração
Ao propagar o evangelho, Paulo encontrou várias dificuldades. Sofreu com
problemas econômicos e também com o desentendimento com os
cooperadores, mas a maior barreira à sua missão sempre foram os
sofrimentos e as opressões provenientes dos judeus. Essa é a realidade
desconfortável deparada por aquele que acha que a vida após acreditar
em Cristo seja mil maravilhas. Aos que tentam viver de acordo com a fé,
neste mundo cruel, suportar o sofrimento é um pré-requisito. É um
sofrimento por causa da fé em Cristo. O livro de Atos está repleto da
demonstração da vida dessas testemunhas e suas ações. Vejamos como
Paulo superou esses obstáculos.
Semeando a palavra
1. Quem acusou Paulo? Por quê? (vs.7-8, vide 24:5-6)
2. Qual foi o conteúdo da defesa de Paulo? E qual foi a conclusão que
Festo chegou acerca do seu caso? (vs.8 e 11; vide vs. 25-26)
3. Por que Festo queria prestar um favor aos líderes judeus? (vide 25:1-3)
114
4. O que você aprende de Paulo que suportou os sofrimentos injustos junto
com Cristo, testemunhando continuamente a respeito da sua morte e sua
ressurreição?
5. Já sofreu injustiças por causa da fé cristã? Continua suportando os
sofrimentos junto com Cristo e testemunhando o evangelho como Paulo fez
nestas circunstâncias?
6. O que você faria nesta semana para continuar a vida digna ao
evangelho, apesar dos sofrimentos provenientes do fato de acreditar em
Cristo?
Colhendo os frutos da vida
Paulo sofreu injustiças ao tentar propagar o evangelho de Cristo, mas ele
os suportou sem temer a morte. Naturalmente, todos os crentes salvos
esperam por uma vida abençoada enquanto vivem aqui na terra.
Esperamos sempre estar isentos de sofrimentos, doenças e dores, no
entanto o sofrimento, a opressão e as críticas podem vir a incidir em nossas
vidas como as flechas. Verifique se você consegue continuar andando junto
com Cristo, sem que o amor a ele se esfrie, mesmo em situações adversas,
suportando os sofrimentos com a fé inabalável. Paulo suportou todos os
sofrimentos com a base na verdade inabalável. Não se entregou nem
desistiu da sua missão por causa do sofrimento. Oremos abençoando uns
aos outros, a fim de que nos tornemos obreiros que suportam os
sofrimentos junto com Cristo, apesar das circunstâncias adversas.
115
Estudo Bíblico da Fazenda
4 semana
O que testemunho até o dia de hoje Atos 26:13-32
Abrindo o coração
Durante a nossa vida, deparamos com várias situações em que
precisamos nos defender de todos os tipos de acusações. Paulo também
passou por várias dificuldades em que precisou se defender, mas nada é
comparável com os últimos anos da sua vida, repletos de julgamentos.
Por causa desses julgamentos, ele teve de ser preso e passar o perigo de
vida. Mesmo assim, ele não desistiu e lutou até o fim. O que devemos
prestar atenção aqui, é que ele quis continuar com esses julgamentos não
apenas com o intuito de provar sua inocência. Analisando o real objetivo
de Paulo ao continuar apelando pelos novos julgamentos, devemos refletir
qual deveria ser o objetivo da nossa vida também.
Semeando a palavra
1. Com quem Paulo está falando? O que ele relata que viu? (vs.13-15,
v.19)
2. Segundo Paulo, por que ele foi preso? E por que ele fez isso? (vs.16-
21)
3. Paulo já se defendeu várias vezes em tribunais anteriores, e o conteúdo
da sua defesa diante do rei Agripa não se difere muito do que já havia
defendido anteriormente (vide 22:1-21). Como ele qualifica a sua defesa
(v.22)? Por quê?
116
4. Por que Paulo não pôde ser solto deste julgamento? Por que ele
mesmo causou isso? (v.32 vide vs.2, 22, 28)
5. O que pode se aprender de Paulo, que escolheu sem medo o caminho
mais complicado a fim de cumprir a sua missão, apesar de poder
escolher o caminho mais fácil? Você está se esforçando para
testemunhar as boas novas para todos como Paulo fez?
6. Qual dificuldade se espera encontrar, ao viver para cumprir a ordem
de testemunhar Cristo? E como você espera superar este obstáculo?
Colhendo os frutos da vida
Todas as defesas de Paulo nos momentos finais da sua vida não
consistiam em provar a sua inocência em benefício próprio, mas
testemunhar que Jesus está vivo, isto é, que Ele ressuscitou, por isso
apesar dele ser o acusado, em vez de se defender, acabou
testemunhando. Isto significa que a vida de Paulo está centrada no fato
de que Cristo vive. Você acha que está difícil testemunhar Cristo no seu
dia a dia? Então lembre primeiro da ressurreição de Cristo e procure as
oportunidades de falar de Cristo nos pequenos momentos do dia a dia.
Ore e abençoe uns aos outros para que possa viver a vida de pequeno
Jesus, experimentando-O nos momentos da vida cotidiana de cada um.
117
Estudo Bíblico da Fazenda
5 semana
O esforço final Atos 28:23-31
Abrindo o coração
Somos como peregrinos. Todas as pessoas deste mundo um dia
morrerão, por isso não viveremos neste mundo eternamente e a nossa
existência aqui é transitória. Jesus disse que há uma missão para todos
nós, que vivemos como peregrinos neste mundo. A missão é de ser “as
suas testemunhas até os confins da terra (At 1:8)”. Paulo foi a pessoa que
mais se dedicou a seguir este mandamento de Jesus. Paulo, sem se
preocupar com a situação ao seu redor, dedicou-se a esta missão. Sendo
assim, sacrifiquemos também a nós mesmos para fazermos o que
precisamos. Vamos analisar, através deste último capítulo de Atos, qual
deve ser a nossa atitude.
Semeando a palavra
1. O que Paulo pregou aos judeus tão logo eles chegaram à casa onde
Paulo estava abrigado e na data combinada? Como os judeus reagiram
assim que ouviram o testemunho de Paulo? (vs.22-25a)
2. Paulo, diante da reação deles, cita as palavras do profeta Isaías. Por
que ele cita estas palavras? (vs.25b-27)
3. O que Paulo fez durante a sua permanência na casa, em que havia
alugado, e na sua opinião como Paulo foi capaz de fazer tudo isso
corajosamente e sem hesitação? (vs.30-31)
118
4. O que você aprende ao se deparar com este Paulo que
silenciosamente pregou o evangelho independente das circunstâncias
enfrentadas?
5. Paulo permaneceu em Roma em uma casa alugada, no entanto
reconheceu que o lugar fora concedido para que o evangelho fosse
pregado. Será que estamos pregando o Evangelho com coragem e sem
hesitação, assim como Paulo, independente do perigo?
6. Lucas finaliza o livro de Atos mostrando o esforço de Paulo para
pregar o evangelho. Vamos compartilhar como devemos viver a nossa
vida como peregrinos, olhando para o exemplo de Paulo, que cumpriu a
missão que fora dada por Jesus até o último momento.
Colhendo os frutos da vida
Lucas, o autor do livro de Atos, termina o livro revelando a perspectiva
de Paulo quanto a evangelização dos gentios. Na verdade, assim que
chega à Roma, Paulo concentra suas forças na evangelização dos
judeus, no entanto os judeus discordaram entre si quando ouviram o
evangelho. Olhando de uma forma racional, nada estava acontecendo
conforme Paulo esperava, mas ele ensina tudo sem medo,
corajosamente e sem hesitação. Assim Paulo colocou todos os seus
esforços e se concentrou na pregação do evangelho,
independentemente das circunstâncias. A nossa missão é pregar o
evangelho e é algo que devemos cumprir. Isso não pode ser adiado,
mesmo diante das dificuldades que podemos enfrentar hoje, para
propagação do evangelho. Desejamos que, como discípulos de Jesus,
possamos nos tornar filhos de Deus que pregam o evangelho ao mundo
com alegria.