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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO POLITÉCNICO DA UFSM CURSO TÉCNICO EM GEOPROCESSAMENTO USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA BASE PRECISÃO NA AGRICULTURA RELATÓRIO DE ESTÁGIO Marcus Vinicius Maidana de Andrade Santa Maria, RS, Brasil 2015

USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

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Page 1: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

COLÉGIO POLITÉCNICO DA UFSM

CURSO TÉCNICO EM GEOPROCESSAMENTO

USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS

ATIVIDADES DA EMPRESA BASE PRECISÃO NA

AGRICULTURA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Marcus Vinicius Maidana de Andrade

Santa Maria, RS, Brasil

2015

Page 2: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA

EMPRESA BASE PRECISÃO NA AGRICULTURA

Marcus Vinicius Maidana de Andrade

Relatório de Estágio apresentado ao Curso Técnico em

Geoprocessamento da UFSM, como requisito parcial para obtenção

do título de

Técnico em Geoprocessamento.

Orientador: Prof. Dr Lúcio de Paula Amaral

Santa Maria, RS, Brasil

2015

Page 3: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

Universidade Federal de Santa Maria

Colégio Politécnico da UFSM

Curso Técnico em Geoprocessamento

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Relatório de Estágio Supervisionado

USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA BASE PRECISÃO NA AGRICULTURA

elaborado por Marcus Vinicius Maidana de Andrade

como requisito para obtenção do título de

Tecnólogo em Geoprocessamento

COMISSÃO EXAMINADORA:

Lúcio de Paula Amaral, Dr. (Presidente/Orientador)

Ana Caroline Paim Benedetti, Dra. (UFSM)

Alessandro Miola, Dr. (UFSM)

Santa Maria, 13 de julho de 2015.

Page 4: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

Universidade Federal de Santa Maria

Colégio Politécnico da UFSM

Curso Técnico em Geoprocessamento

USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA BASE PRECISÃO NA

AGRICULTURA

Relatório de Estágio realizado na empresa

BASE PRECISÃO NA AGRICULTURA

elaborado por Marcus Vinicius Maidana de Andrade

Lúcio de Paula Amaral (Presidente/Orientador)

Charles Pontelli (Supervisor da empresa)

Marcus Vinicius Maidana de Andrade

(Estagiário)

Santa Maria, 13 de julho de 2015

Page 5: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

RESUMO

Relatório de Estágio

Colégio Politécnico da UFSM

Universidade Federal de Santa Maria

USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA BASE PRECISÃO NA AGRICULTURA

AUTOR: MARCUS VINICIUS DE ANDRADE

ORIENTADOR: LÚCIO DE PAULA AMARAL

Santa Maria, 13 de julho de 2015

O Estágio Supervisionado com carga horária obrigatória de 200 horas, foi desenvolvido na empresa Base Precisão na Agricultura, localizada no município de Silveira Martins, RS. O estágio é requisito parcial para a formação no Curso de Técnico em Geoprocessamento do Colégio Politécnico da UFSM. Foi realizado sob a supervisão do Engenheiro Agrônomo Charles Pontelli com a orientação do professor Lúcio de Paula Amaral e teve como objetivo colocar em prática os diversos meios de trabalho com Geoprocessamento. No decorrer do estágio foram realizadas atividades como análises de abrangência de sinal para antenas RTKs (Real Time Kinematic), processamento de imagens de satélites, processamento de dados de altitude para elaboração de taipas de lavouras de arroz, criação de planilhas para controle de atividades e armazenamento de arquivos. Para execução das atividades descritas, foram utilizados softwares como Global Mapper, ArcGIS, Spring, Google Earth e TrackMaker. Durante o período de estágio, também foi prestado suporte para o setor de informática da empresa, bem como formatações de computadores, auxílio a impressoras e demais atividades. Os resultados obtidos ao longo do estágio foram satisfatórios, não somente pela experiência profissional proporcionada nesse período, mas também devido ao desenvolvimento pessoal obtido. O cotidiano com profissionais de áreas diversas proporcionou uma visão mais ampla da importância do Geoprocessamento, independente de seguimento. Palavras-chave: Geotecnologias. Sinal RTK. Agricultura de Precisão.

Geoprocessamento.

Page 6: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Análise de sinal na região de Fortaleza dos Valos – RS..................17

Figura 2 - Relevo de Fortaleza dos Valos representado no Google Eart..........17

Figura 3 - Produto Final Fortaleza dos Valos....................................................18

Figura 4 - Análise de sinal região de Santa Vitória do Palmar..........................18

Figura 5 - Relevo Santa Vitória do Palmar representado no Google Earth......19

Figura 6 - Produto Final Santa Vitória do Palmar..............................................19

Figura 7 - Imagem processada do satélite Landsat 5........................................21

Figura 8 -Imagem processada do satélite Landsat 8........................................21

Figura 9 - Imagem processada do satélite Resourcesat -1...............................22

Figura 10 - Imagem processada do satélite Resoucersat-2..............................23

Figura 11 – Imagem processada do Satélite CBERS 2.....................................23

Figura 12 – Banner de localização 01...............................................................25

Figura 13 – Banner de Localização 02..............................................................26

Figura 14 – Tutorial Pós Processamento de Dados..........................................27

Figura 15 – Arquivocsv no ArcGIS...................................................................28

Figura 16 – Grade retangular no Spring............................................................29

Figura 17 – Isolinhas importadas no para o ArcGIS..........................................29

Figura 18 – Edição de isolinhas com buffer.......................................................30

Figura 19 – Mapa final da lavoura de arroz ......................................................30

Figura 20 – Quadriciclo utilizado para aquisição dos ponto..............................31

Figura 21 – Execução dos arquivos finais.........................................................31

Figura 22 – Execução das taipas a campo........................................................32

Page 7: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

SUMARIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................... 7

1.1 BASE Precisão na Agricultura................................................................7

1.2 Justificativa...................................................................................................8

1.3 Objetivos........................................................................................................8

1.3.1 Objetivo Geral............................................................................................ 8

1.3.2 Objetivos específicos................................................................................. 8

2 REVISÃO DA LITERATURA ......................................................9

2.1 Geoprocessamento.......................................................................................9

2.2Global NavigationSatellite Systeme Real Real Time Kinematic….....10

2.3 Cartografia ................................................................................................... 11

2.4 Sensoriamento Remoto............................................................................. 11

2.4.1Pré-Processamento................................................................................12

2.4.2 Processamento Digital de Imagens........................................................12

2.5 Sistema de Informações Geográficas....................................................13

2.6 Agricultura de Precisão..........................................................................14

3DESENVOLVIMENTO.........................................................................................15

3.1 Materiais..................................................................................................15

3.2 Métodos....................................................................................................15

4RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................16

4.1 Análises de sinal para torre RTK............................................................16

4.2 Processamento Digital de Imagens........................................................20

4.3 Elaboração de Banners de localização...................................................24

4.4 Tutorial para Pós Processamento de Dados..........................................27

4.5 Criação de Taipas para Lavouras de Arroz Irrigado..............................28

5 CONCLUSÃO..............................................................................33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................34

APÊNDICES....................................................................................36

Page 8: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

1 INTRODUÇÃO

O estágio supervisionado do Curso Técnico em Geoprocessamento está sendo

realizado na empresa BASE Precisão na Agricultura, durante o período de 16 de

março de 2015 até 16 de março de 2016, totalizando 800 horas, possuindo carga

horária semanal de 21:50 horas semanais.

A empresa BASE é referencia no ramo de Agricultura de Precisão no Estado

do Rio Grande do Sul, esse foi o primeiro motivo que despertou interesse em estagiar

na empresa. Também, a possibilidade de estar trabalhando com o Sensoriamento

Remoto e interagir com os demais setores da empresa, como o de informática, me

levaram a buscar essa oportunidade, ainda que as funções desempenhadas não

fossem diretamente relacionadas a agricultura de precisão e sim diretamente ao

geoprocessamento. No estágio as atividades desenvolvidas estiveram relacionadas ao

Sensoriamento Remoto, Cartografia e Sistemas de Informações Geográficas.

1.1 BASE Precisão na Agricultura

A empresa BASE Precisão na Agricultura é uma empresa de consultoria

agronômica especializada em tecnologias para a agricultura. Iniciou seus trabalhos em

2004 com uma equipe de engenheiros agrônomos, ambos com sólidos conhecimentos

nas áreas de fertilidade e manejo do solo e mecanização agrícola. Atendendo as

demandas de mercado a cada dia a Base qualifica seu grupo de colaboradores,

possuindo hoje profissionais nas áreas de automação industrial, informática e

geoprocessamento. Atualmente a empresa possui aproximadamente 50

colaboradores distribuídos em diversos setores.A empresa está localizada no

município de Silveira Martins, RS, na Avenida Osvaldo Zambonato, 623, sob direção

dos sócios Charles Pontelli (Diretor Administrativo) e seu sócio Ademir Wendling

(Diretor Técnico).

A empresa tem como visão ser referencia em tecnologias para o agronegócio.

Possui a missão de desenvolver, fornecer e aplicar soluções tecnológicas que

agreguem valor ao agronegócio, e prioriza valores como, integridade, humildade, pró-

atividade, comprometimento e profissionalismo.

Page 9: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

8

1.2 Justificativa

A realização deste estágio é justificada pelas práticas nas quais se exigem

todos os conhecimentos que foram transmitidos em sala de aula. E por meio das

situações do dia a dia, que se consegue obter um grau a mais de entendimento e se

familiarizar com a profissão. Como o mercado exige cada vez mais conhecimento do

profissional, há necessidade de atualização constante, e este estágio foi enriquecedor,

na medida em que melhora a atuação na área desejada, proporciona o conhecimento

da realidade dos problemas e soluções na profissão, com uso de geoprocessamento e

geotecnologias.

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

O objetivo geral deste estágio foi aplicar os conhecimentos adquiridos no Curso

Técnico em Geoprocessamento nas atividades práticas da empresa Base Precisão na

Agricultura.

1.3.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos do estágio foram:

Realizar análises de abrangência de sinal por antenas RTK (Real Time Kinematic);

Desenvolver atividades relacionadas ao PDI (Processamento digital de imagens);

Elaborar taipas para manejo de água em arroz irrigado, com auxílio de SIGs (Sistemas de Informações Geográficas).

Page 10: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Geoprocessamento

O Geoprocessamento é um conjunto de tecnologias informatizadas de dados

georreferenciados que são executados pela ferramenta computacional chamada de

Sistema de Informações Geográficas (SIG), que tem por objetivo “servir de

instrumento eficiente para todas as áreas do conhecimento que fazem uso de mapas,

possibilitando integrar em uma única base de dados informações representando vários

aspectos do estudo de uma região” (ROSA e BRITO, 1996).

Essas técnicas permitem realizar análise complexa ao integrar dados de

diversas fontes e criar bancos de dados, desde a coleta e tratamento das informações

geográficas até a geração de saídas na forma de mapas convencionais. Permite

também a criação de relatórios, arquivos digitais, planejamento urbano, programas de

gerenciamento e administração dos recursos naturais, controle, manipulação e análise

dentro de um objetivo específico, tendo aplicação em várias áreas do conhecimento,

nas quais a localização geográfica é importante para sua caracterização e

compreensão (ROSA e BRITO, 1996).

As organizações e a sociedade de uma forma geral, sempre procuraram obter

informações com referência geográfica para auxiliá-las no desenvolvimento dos mais

variados tipos de atividades. Até o advento da informática, a manipulação de dados e

informações com referência geográfica era feita por meio da utilização de mapas

impressos o que dificultava a realização de uma análise integrada de mapas oriundos

de várias fontes, bem como a atualização desses dados e informações. Com o

desenvolvimento da informática, os dados e informações com referência geográfica

começaram a ser tratados por um conjunto de técnicas matemáticas e

computacionais, chamadas de Geoprocessamento. O Geoprocessamento utiliza

técnicas matemáticas e de computação para proceder ao processamento digital de

dados e informações com referência geográfica, sendo bastante utilizado nas áreas de

Transporte, Cartografia, Comunicação, Gestão Ambiental, Energia e Planejamento

Urbano e Territorial (CÂMARA e DAVIS, 2001).

Page 11: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

10

2.2 GNSS(Global Navigation Satellite System) e RTK (Real Time

Kinematic)

Os métodos de posicionamento vêm sendo aprimorados nos últimos anos,

visando à obtenção de alta acurácia. Dentre esses métodos pode-se citar o

posicionamento relativo cinemático em tempo real denominado Real-Time Kinematic

(RTK), sendo capaz de alcançar acurácia centimétrica no campo, sem necessidade de

realização de um pós-processamento (ALVES, 2008; MONICO, 2008).

Segundo Seeber (2003) e Monico (2008) a tecnologia RTK é baseada nas

seguintes características: transmissão em tempo real dos dados de fase da onda

portadora e pseudodistância da estação base para estação móvel ou das correções

das observáveis, resolução das ambiguidades para linha de base entre a estação base

e o móvel com solução quase instantâneaontheway ou onthefly, determinação

confiável do vetor da linha de base em tempo real. No entanto, no posicionamento

RTK, os erros envolvidos no processo (ionosfera, troposfera e órbita dos satélites), são

proporcionais ao comprimento da linha de base, o que restringe a distância entre a

estação de referência e o usuário a poucos quilômetros. Para superar este problema,

foi desenvolvido o conceito de rede de estações de referência (RTK em rede).

O método RTK em rede é baseado no uso de uma única estação de referência

localizada nas proximidades do receptor móvel. Entretanto, em razão dos erros

envolvidos no processo, como efeitos atmosféricos (ionosfera e troposfera), órbita dos

satélites entre outros, os quais são correlacionados espacialmente, o RTK fica restrito

a aplicações com distâncias inferiores a 20 km entre a estação-base e a móvel,

dependendo principalmente das condições ionosféricas. Para superar este problema,

vem sendo empregado o conceito de rede de estações de referência, denominado

RTK em rede ou simplesmente posicionamento baseado em redes, devido à

necessidade de uma melhor disponibilidade, acurácia e confiabilidade no

posicionamento e navegação. Mas, assim como em todos os outros métodos de

posicionamento, a ionosfera deve ser modelada de forma adequada para que o

posicionamento em redes possa atender a acurácia centimétrica almejada (ALVES,

2008).

Page 12: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

11

2.3Cartografia

Compreendendo que uma linguagem expressa, através do uso de um sistema

de signos, um pensamento e um desejo de comunicação com os outros, a Cartografia

pode legitimamente ser concebida como uma linguagem universal (JOLY,

2004).ROBINSON, et al. 1987, afirma que:

“Num sentido amplo, a Cartografia inclui qualquer atividade em que a representação e utilização de mapas tenha um interesse básico. Isso inclui o ensino da habilidade na utilização dos mapas; o estudo da história da Cartografia; a manutenção de coleções de mapas com as atividades associadas de catalogação e bibliografia e recolha, comparação e manipulação dos dados e o desenho e preparação de mapas, cartas, plantas e atlas. Apesar de cada uma destas atividades poder implicar procedimentos altamente especializados e requerer um treino especial, todas elas se relacionam com os mapas; e é o carácter único destes, como objeto intelectual central, o que aglutina os cartógrafos que trabalham com eles.” (ROBINSON, et al. 1987).

De qualquer forma, as classificações de documentos cartográficos podem ser

diversas, dependendo dos critérios que utilizarmos como ponto de partida.

Poderíamos classificar os mapas tendo como critério, por exemplo, o seu tamanho

(desde os minúsculos mapas impressos em selos de correio até aos mapas murais

militares), mas tratar-se-ia de uma classificação sem qualquer utilidade. Assim, as

classificações mais utilizadas, como explica (ROBINSON, et al.1987), são as que

tomam como critério de classificação a escala, a função ou o tema.

2.4Sensoriamento Remoto

De acordo com FLORENZANO (2002), o sensoriamento remoto é a tecnologia

que permite obter imagens e outros tipos de dados, da superfície terrestre, através da

captação e do registro da energia refletida ou emitida pela superfície.

A principal contribuição do sensoriamento remoto veio com as primeiras

imagens orbitais do planeta terra. Desde então, o homem tem verificado uma grande

degradação do meio ambiente terrestre provocado por uma visão consumidora e

descartável dos recursos naturais como se fossem inesgotáveis poluindo o solo, a

água, e o ar e deixando uma perspectiva negativa para as gerações futuras. Esta

visão tem contribuído muito para o desenvolvimento sustentável. (ROCHA, 2000, p.

115).

Page 13: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

12

Segundo Rocha (2000), a evolução do Sensoriamento Remoto através do

desenvolvimento de sensores mais potentes veio proporcionando ao longo do tempo

imagens com resoluções cada vez melhores, associadas às técnicas de extração de

informações oriundas do processamento de imagens, ampliando suas aplicações a

diversas áreas do conhecimento: levantamento de recursos ambientais, análise

ambiental, geologia, agricultura, florestas, estudos urbanos, entre outros.

2.4.1 Pré-Processamento

Segundo Crósta (1993), imagens geradas por sensores remotos são sujeitas a

uma série de distorções espaciais, não possuindo, portanto precisão cartográfica

quanto ao posicionamento dos objetos, superfícies ou fenômenos nelas

representados. Os tipos de distorções mais comuns são causados pela rotação da

Terra, instabilidade da plataforma e curvatura da Terra.

O processamento digital de imagens pode ser dividido em três etapas

independentes: pré-processamento, realce e classificação. O pré- processamento

refere-se ao processamento inicial de dados brutos para calibração radiométrica da

imagem, correção de distorções geométricas e remoção de ruído. As técnicas de

realce mais comuns em PDI são: realce de contraste, filtragem, operação aritmética,

transformação IHS e componentes principais. Já as técnicas de classificação podem

ser divididas em; classificação supervisionada (por pixel) e classificação não

supervisionada (por regiões), (INPE, Arquivo de Ajuda do SPRING).

Segundo Crósta (1993), a enorme mistura de frequências em uma imagem

dificulta a interpretação de feições com frequências específicas. As técnicas

empregadas para a remoção de ruído são variadas e dependem da origem do mesmo.

A técnica mais utilizada consiste na aplicação de filtros de convolução.

2.4.2 Processamento Digital de Imagens (PDI): cálculo de NDVI

O PDI consiste na disciplina que envolve o desenvolvimento e uso de

equipamentos, técnicas e algoritmos com o fim de melhorar ou modificar o aspecto

Page 14: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

13

visual das imagens digitais ou de interpretar o seu conteúdo (LEITE, 2006). Ainda de

acordo com o autor as áreas de possível atuação do PDI são: estudos ambientais,

ciências médicas, história, arquitetura, publicidade, entre outras, e também algumas

questões que podem ser resolvidas com o PDI, por exemplo, em relação ao solo onde

pode ser identificado os aspectos pedogenéticos, umidade e matéria orgânica, e com

relação a vegetação que podemos identificar, tipo, estado fitossanitário, fase do ciclo

vegetativo e aspectos fisiológicos.

Moreira (2005) afirma que os dados de reflectância dos alvos podem ser

transformados em índices de vegetação, os quais foram criados com o intuito de

ressaltar o comportamento espectral da vegetação em relação ao solo e a outros alvos

da superfície terrestre, sendo que um dos índices mais utilizados é o NDVI

(NormalizedDifferenceVegetation Index).

O Índice de Vegetação Diferença Normalizada (NDVI) é representativo de

vários índices de vegetação espectrais, este índice é uma técnica bastante importante

utilizada para melhor visualizar os alvos no que diz respeito a variação da vegetação,

ele é a razão entre as bandas de alta correlação entre si e serve para realçando os

alvos de interesse, a biomassa vegetal (FREIRE; PACHECO, 2005). O NDVI um dos

índices de vegetação mais conhecidos é, definido pela seguinte fórmula:

NDVI = (NIR – R)/(NIR + R) Onde:

NIR = Infravermelho próximo (0,75 – 0,90 µm);

R = Vermelho (0,63 – 0,70 µm).

2.5 Sistema de Informações Geográficas

Rocha (2002) apresenta o SIG como um sistema com capacidade para

aquisição, armazenamento, tratamento, integração, processamento, recuperação,

transformação, manipulação, modelagem, atualização, análise e exibição de

informações digitais georreferenciadas, topologicamente estruturadas, associadas ou

não a um banco de dados alfanumérico.

Espírito-Santo (2003) descreve que os Sistemas de Informações Geográficas

(SIG), e as informações florísticas e estruturais provenientes de inventários florestais,

têm permitido o estudo da vegetação em um contexto espacial (Steege, 1998),

utilizando uma grande base de dados conseguiu realizar uma série de análises de

distribuição espacial das principais famílias e gêneros Arbóreos do Parque Nacional da

Page 15: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

14

Guyana em uma área de aproximadamente 360.000 ha. Florenzano (2002) acrescenta

que as imagens de satélite e as fotografias aéreas são retratos fieis da superfície

terrestre, os mapas são representações do todo ou de uma parte da superfície

terrestre. A realidade nos mapas é representada de forma reduzida e selecionada. Nas

imagens de Sensoriamento Remoto, a paisagem está representada em todos os seus

aspectos: geologia, solo, água, relevo, vegetação e uso da terra.

2.6 Agricultura de Precisão

O termo agricultura de precisão (AP) engloba o uso de tecnologias atuais para

o manejo de solo, insumos e culturas, de modo adequado às variações espaciais e

temporais em fatores que afetam a produtividade das mesmas (EMBRAPA, 1997).

Mas a AP não está relacionada somente ao uso de ferramentas de alta

tecnologia, pois os seus fundamentos podem ser empregados no dia-a-dia das

propriedades pela maior organização e controle das atividades, dos gastos e

produtividade em cada área. O emprego da diferenciação já ocorre na divisão e

localização das lavouras dentro das propriedades, na divisão dos talhões ou piquetes,

ou simplesmente, na identificação de “manchas” que diferem do padrão geral. A partir

dessa divisão, o tratamento diferenciado de cada área é a aplicação do conceito de

AP.

Segundo Batchelor et al. (1997) a agricultura de precisão é uma filosofia de

manejo da fazenda na qual os produtores são capazes de identificar a variabilidade

dentro de um campo, e então manejar aquela variabilidade para aumentar

produtividade e os lucros.

Page 16: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

3 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO

3.1 Materiais

Ao decorrer do estágio, foram utilizadas Imagens de Satélites, adquiridas

através dos sites Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do United

StatesGeologicalSurvey (USGS). As imagens baixadas são de origem gratuita,

pertencentes a diversas orbitas e pontos. A aquisição e análise dessas imagens é de

responsabilidade do estagiário.

O ambiente de trabalho utilizado para desenvolvimento do estágio no setor de

processamento da empresa, dispõe de computador com acesso a internet,

escrivaninha e cadeira. Os principais softwares utilizados foram: Global Mapper 16.2,

ArcGIS 10.1 e Spring 5.3, também foram utilizados como softwares auxiliares as

atividades o Photoshop CS6, TrackMaker, Google Earth, Word e Excel.

3.2 Métodos

Os trabalhos foram desenvolvidos utilizado os softwares Global Mapper 16.2,

ArcGIS 10.1 e Spring 5.3. Seguindo orientações, primeiramente foram priorizadas as

atividades relacionadas a análises de sinal para antena RTK. No segundo momento,

seguiram os processamentos de imagens de satélites e confecção de mapas das

áreas de clientes (produtores). Como última e mais recente atividade, foram realizadas

a geração de taipas para lavouras de arroz irrigado, atividade que ainda se encontra

em faze de ajustes.

Para desenvolvimento dessas atividades, foram necessários conhecimentos

em Cartografia, Sensoriamento Remoto e Sistemas de Informação Geográfica.

Page 17: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

4 RESULTADOS E DISCUÇÃO

Os trabalhos realizados durante o estágio, incluíram análises de sinal RTK, o

processamento digital de imagem, a elaboração de mapas temáticos e a criação de

taipas para lavouras de arroz. Como atividades complementares foram criadas

planilhas para controle de dados e atividades, suporte na parte de informática da

empresa e a elaboração de tutorial para pós processamento de dados.

4.1 Análises de sinal para torre RTK

As primeiras atividades realizadas foram as análises de potencial de sinal para

antena RTK, com pontos em localidades distantes, sendo o primeiro ponto na região

de Fortaleza dos Valos, com coordenadas geográficas 28°44'54,66"S e 53°13'25,01"O,

e um segundo ponto na região de Santa Vitória do Palmar, contendo coordenadas

33°16'1,58"S e 53°14'20,42"O. Depois de criados os pontos no Google Earth, com as

respectivas coordenadas, os arquivos foram importados em formato kml, para o

software Global Mapper 16.2, foi adquirido o relevo com resolução de 30m através do

USGS, tendo como fonte o SAR (radar de abertura sintética) obtidos durante a missão

SRTM (Shuttle Radar TopographyMission) no ano de 2000, através de parceria entre a

agência espacial alemã (DLR), a agência espacial italiana e a NASA. Por meio desse

processo é possível obter o percentual de eficiência de análise para cada ponto. O

produto final deve estar em formato kmz, para ser possível a visualização do relevo.

Pode-se observar que na análise da região de Fortaleza dos Valos, o

percentual de eficiência atingiu os 26,2%, devido as irregularidades do terreno.

Ilustração na Figura 1

Page 18: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

17

Figura 1 - Análise de sinal na região de Fortaleza dos Valos - RS Fonte: Autor.

Figura 2 - Relevo de Fortaleza dos Valos representado no Google Earth

Fonte: Autor.

Page 19: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

18

Figura 3 - Produto Final Fortaleza dos Valos Fonte: Autor.

A figura 4, apresenta a análise realizada na região de Santa Vitória do

Palmar, conseguiu-se atingir um percentual de 95,7%, pois a localidade dispõe

de uma superfície com poucas irregularidades.

Figura 4 - Análise de sinal região de Santa Vitória do Palmar Fonte: Autor.

Page 20: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

19

Figura 5 - Relevo de Santa Vitória do Palmar representado no Google Earth Fonte: Autor.

Figura 6 – Produto Final Santa Vitória do Palmar Fonte: Autor.

Observou-se que, se mantidos os padrões indicados para instalação da

torre, com altura de 60m e raio de no máximo 20 km, a abrangência de sinal se

faz maior em regiões mais planas.

Page 21: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

20

4.2 Processamento Digital de Imagens

No software ArcGIS 10.2, foram realizados processamentos de imagens

adquiridas nos sites do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (INPE) e United

StatesGeologicalSurvey (USGS), inúmeras imagens foram baixadas ao longo do

estágio, por ser se tratar da primeira etapa das atividades e de responsabilidade do

estagiário. As imagens gratuitas são dos satélites das séries Landsat, ResourceSat e

CBERS. Para realizar as atividades solicitadas, se fizeram necessárias a aquisição

das bandas: Blue, Green, Red e NearInfrared (NIR).

Na série Landsat, composta pelos sensoresOperacional Land Imager

(OLI) e ThermalInfrared Sensor (TIRS), com resolução de 30m, foram adquiridas as

bandasBlue, Green, Red e NearInfrared (NIR). Para serie ResourceSat, com sensores

Linear Imaging Self-Scanner (LISS3) e Wide Field Sensor (WiFS), com resolução de

56 metros, foram baixadas as bandas: verde, vermelho, infravermelho próximo e

infravermelho médio. A composição falsa-cor realizada para imagem do satélite

CBERS-02 que dispõe do sensor (WFI) , com resolução de 20m, foram adquiridas as

bandas: azul, verde, vermelho e infravermelho próximo.

As imagens são selecionadas conforme as safras solicitadas, após o

georreferenciamento das imagens,foram recortados os limites de interesse e aplicadas

asreamostragens pelo método bilinear, reduzindo o pixel para 10m. O arquivo final

(RGB), é exportado em formato Geotiff, para dar prosseguimento ao objetivo final das

atividades.Para realização das tarefas utilizamos o Datum WGS84 e sistemas de

coordenadas UTM.

Page 22: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

21

A Figura 7, refere-se a imagem do satélite Landsat 5 com data de 17 de fevereiro

de 2010, orbita 223 e ponto 079 e resolução de 30m, com sensor TM. Aplicada a

combinação de bandas 432(NearInfraredRed e Green).Foi possível uma análise do IV

de cada talhão, para posteriormente ser trabalhado o NDVI da imagem.

Figura 7 – Imagem processada do satélite Landsat 5 Fonte: Autor.

Logo abaixo a Figura 8, ilustra uma imagem do satélite Landsat 8 processada,

pode-se observar que nessa situação a imagem abrange vários talhões em uma única

cena. Referente a data de 11 de outubro de 2014, com orbita 221 e ponto 71, possui

resolução espacial de 30m com seu sensor OLI. Para análise do índice de vegetação

foi utilizada a combinação de bandas 543 (NearInfraredRed e Green).

Figura 8 – Imagem processada do satélite Landsat 8

Fonte- Autor

Page 23: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

22

Ao longo das atividades de processamento, por vezes encontrou-se

dificuldades na aquisição de imagens para determinadas áreas, logo foram

processadas imagens dos demais satélites disponíveis, levando em conta que muitas

regiões são frequentemente cobertas por nuvens.

Foram utilizadas imagens dos satélites Resourcersat 1 e 2. AFigura 9,

representa o resultado final do processamento da imagem do Resourcesat -1

adquirida no site do INPE, com resolução de 56m e sensor LISS3. Datade 01

fevereiro de 2013, contendo orbita 327 e ponto 99. A combinação utilizada para

análise do índice de vegetação foi 321 (NearInfrared,Red e Green).

Figura 9 – Imagem processada do satéliteResourcesat -1 Fonte - Autor

Logo abaixo a Figura 10 apresenta a imagem processada do satélite

Resoucersat-2, com resolução de 56m e data 13 de fevereiro de 2015, com orbita 329

e ponto 104. Seu sensor LISS3 e combinação de bandas 321 (infravermelho próximo,

vermelho e verde).

Page 24: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

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Figura 10 –Imagem processadado satélite Resoucersat-2

Fonte - Autor

A Figura 11 abaixo apresentada, ilustra o processamento de uma imagem do

satélite CBERS 2, referente a data 14 de fevereiro de 2009, adquirida no site do INPE,

contendo orbita 153 e ponto 132 e sensor TIRS. Para análise do índice de vegetação

foi utilizada a combinação 432 (infravermelho próximo, vermelho e verde).

Figura 11 – Imagem processada do Satélite CBERS 2

Fonte – Autor

Page 25: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

24

4.3 Elaboração de banners de localização

Utilizando o software ArcGIS 10.2, em conjunto com o Photoshop CS6, foram

confeccionados dois banners de localização. Através dos contornos dos limites em

formato shapefile, foi obtida a imagem de satélite do Bing Maps pelo ArcGis, as

estradas internas e a rede viária (base cartográfica) presentes no mapa, foram

adquiridas no Site do Laboratório de Geoprocessamento da UFRGS, porém, devido a

localidade da propriedade, foram necessários ajustes, como inclusão e exclusão de

estradas ao longo de toda área trabalhada, esses arquivos foram ajustados no

ArcGIS, em seguida os banners foram exportados em formato TIFF, para serem

editados no Photoshop, os nomes de cada talhão e demais atributos dos banners

foram formatados. As figuras 12 e 13 apresentam o resultado final da atividade.

Page 26: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

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Figura 12 – Banner de localização 01

Fonte – Autor

Page 27: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

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Figura 13 – Banner de Localização 02

Fonte – Autor

Page 28: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

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4.4 Tutorial para Pós Processamento de Dados

Conforme solicitação da empresa, foi elaborado um tutorial para Pós

Processamento de Dados no software Topcon Tools. Utilizando os conhecimentos

adquiridos nas aulas de GNSS e com auxilio do orientador de estágio Professor Lucio

de Paula Amaral, foi possível realizar a tarefa e apresentar na empresa dentro do

prazo estabelecido.

O passo a passo dispõe de 21 paginas e foi elaborado através da versão 7.5.1,

apresentação de algumas páginas do trabalho consta na Figura 14.

Figura 14 – Tutorial Pós Processamento de Dados

Fonte – Autor

Page 29: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

28

4.5 Criação de taipas para lavouras de arroz irrigado

Para elaboração de taipas em lavouras de arroz irrigado, foram utilizados os softwares

ArcGIS 10.1 e Spring 5.2.

Primeiramente os pontos foram coletados a campo com utilização do RTK,após

aquisição dos pontos, os arquivosforam importados em formato csvpara o ArcGIS,

onde foram salvos em formato shapefile, em seguida verificamos a existência de

possíveis ruídos, se necessário, alguns pontos são excluídos.

Na segunda parte da atividade, utilizando o programa Spring, os arquivos

foram importados em shapefile contendo os pontos de altitude e o limite da área

proposta. Após importados os arquivos para o Spring, foram criados os pontos

amostrais modelo digital numérico do terreno(MNT), em seguida foi gerada a grade

retangular e aplicados os filtros necessários na imagem gerada. Após esses processos

foram criadas as isolinhas, contendo mais de uma medida de espaçamento, para

posteriormente serem analisadas e editadas no ArcGIS, para representarem as taipas

(marachas).

A área a seguir possui 12 há, para realização das atividades utilizamos o

Datum WGS 84 e sistemas de coordenadas UTM. Logo abaixo, a Figura 15 representa

a o arquivo em formato csv após importado para o ArcGIS, os pontos destacados

representam a existência de possíveis ruídos, a análise é feita em todos os pontos ao

decorrer da área.

Figura 15 – Arquivocsv no ArcGIS

Fonte - Autor

Page 30: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

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A seguir, na Figura 16, está ilustrada a geração da grade retangular no

programa Spring, logo foram aplicados os devidos filtros na imagem e criadas as

isolinhas.

Figura 16 – Grade retangular no Spring

Fonte: Autor Fonte: Autor

Na Figura 17, a área representada, possui diferenças de nível maiores ao

decorrer de todo o limite, o que torna o processo mais complexo, exigindo maior

atenção e tempo para execução do trabalho.

Figura 17 –Isolinhas importadas no para o ArcGIS

Fonte- Autor

Page 31: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

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Utiliza-se a aplicação de buffers para realizar a análise das distâncias entre as

taipas, representadas por isolinhas, a medida do buffer varia de acordo com a área. A

Figura18 ilustra o exemplo.

Figura 18 – Edição de isolinhascom buffer

Fonte: Autor

Na Figura 19, a representação do produto final entregue ao cliente.

Figura 19 – Mapa final da lavoura de arroz

Fonte - Autor

Page 32: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

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Equipamento utilizado pela equipe de campo, para obtenção dos pontos de

altitude. Ilustração na Figura 20

Figura 20 – Quadriciclo utilizado para aquisição dos pontos

Fonte – Base (2015).

Arquivos importados em formato shapefile para o monitor do piloto.

Representação na Figura 21.

Figura 21 – Execução dos arquivos finais

Fonte–Base (2015).

Page 33: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

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A Figura 22, representa o resultado final do processamento, a execução das

taipas a campo. O tempo de execução para a realização desses trabalhos está ligado

a área de interesse, conforme as diferenças de nível do terreno, pode-se levar de 4 a

12 horas.

Figura 22 – Execução das taipas a campo

Fonte – Base (2015).

Page 34: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

CONCLUSÃO

O estágio supervisionado proporcionou construir uma visão mais ampla e real

do que significa o Geoprocessamento. Com a realização de diversas atividades como:

análise de sinal RTK, PDI e a elaboração de taipas para arroz irrigado, desenvolvidas

no setor de processamento da empresa, foi adquirido conhecimento de práticas

necessárias para se alcançar um trabalho de resultado satisfatório. Diante das

inúmeras atividades realizadas ao longo do período de estágio, foi possível utilizar o

conhecimento adquirido no Curso Técnico em Geoprocessamento e desenvolver a

capacidade profissional, perante os desafios que surgem no cotidiano do técnico.

Contudo, o estágio nos proporciona não somente o desenvolvimento

profissional, mas também uma evolução pessoal, os desafios e dificuldades impostas,

servem de aprendizagem e nos encoraja a novos obstáculos.

Page 35: USO DO GEOPROCESSAMENTO NAS ATIVIDADES DA EMPRESA

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APÊNDICES

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