Upload
thiago-pacheco
View
219
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1. INTRODUÇÃO
1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
No moderno ambiente de trabalho, empresas tem dependido cada vez mais da Internet
para seus negócios nacionais e internacionais, visando o sucesso no mercado empresarial.
Recursos tecnológicos são usados a todo momento para que as tarefas sejam executadas,
diferenciando bastante da antiga cultura de trabalho, na qual emergiu as normas trabalhistas,
criadas na década de trinta como meio salutar diante das questões jurídicas oriundas do nicho
agrário e fabril.
A tecnologia tem proporcionado meios para que as organizações atinjam seus
objetivos com menos custo e maior produtividade. Entretanto, alguns funcionários podem
exagerar no uso da internet e de diversas maneiras, prejudicarem os processos da empresa por
falta de atenção ou revelando seu lado íntimo e pessoal, ferindo princípios éticos de trabalho
A utilização das mídias sociais vem crescendo exponencialmente nos últimos anos,
sendo os números de usuários impressionantes. O Facebook, uma das mais expressivas redes
sociais do mundo, possuía até o primeiro semestre de 2014, 1,32 bilhão de usuários ativos,
número muito superior aos usuários do ano anterior, pouco mais de 800 milhões. No mesmo
período o Whatsapp, um aplicativo muito utilizado em smartphones, já continha 600 milhões
de usuários ativos em sua rede.
Através destes números, podemos perceber a grande popularização desses sites e esse
tipo de interação entre as pessoas, culminando na extrapolação do uso de muitos empregados
que trazem essa interação para o seu ambiente de trabalho. Ademais, um grande número de
empresas não permite a utilização das redes sociais durante o expediente ou limita o acesso
dos funcionários a determinados sites para não prejudicar o cumprimento das tarefas.
Outrossim, pelo amplo acesso à internet por meio de redes 3G, 4G e wifi, o
trabalhador pode se dispersar facilmente das atividades funcionais de trabalho com um celular
ou tablet, dando lugar ao uso destas redes sociais. Logo, como poderia o gestor agir para
solucionar esse tipo de problema? Até que ponto pode ser permitido o uso das redes sociais
dentro das empresas?
1.2 HIPÓTESE
As empresas deveriam impor limites mais rígidos e fechar totalmente o acesso ao
Facebook e aos outros sites de relacionamento, sendo este um procedimento relativamente
simples para a maior parte das empresas de médio e grande porte. Ela configurariam o
bloqueio do acesso aos endereços dessas redes em seus roteadores ou servidores. Porém isso
não eliminaria a possibilidade de uso da rede pelos smartphones e tablets pessoais.
Outra solução seria deixar que os funcionários acessassem livremente esses sites,
estabelecendo na empresa uma cultura de responsabilidade e bom senso na navegação em
redes sociais. Isso seria muito difícil, correndo o risco de não obter uma total adesão desta
consciência responsável.
Além destas, uma forma de abordar este problema seria abrir o acesso em horários
específicos como antes do início da jornada de trabalho, na hora do almoço e após o
expediente, a qual tem sido uma opção utilizada por várias empresas. A vantagem é que desta
maneira a empresa consegue fazer com que os colaboradores fiquem focados no trabalho, mas
também não se sintam totalmente “isolados do mundo digital”, pois podem acessar seus perfis
nos horários permitidos pela empresa.
1.3 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA
O presente estudo visa analisar o problema trazido pelo mal uso das redes sociais no
ambiente corporativo de empresas situadas na cidade do Rio de Janeiro, focando no 4 (quatro)
últimos anos, ou seja, do ano de 2011 até 2015.
1.4. OBJETIVOS
De forma ampla, pretende-se identificar a melhor maneira de gerenciar o uso das redes
sociais pelos trabalhadores, tendo em vista uma maior produtividade dos bens e serviços e
redução dos custos empresariais. Especificamente, visa-se conscientizar os trabalhadores
sobre os custos do mal uso das redes sociais no ambiente de trabalho e mostrar os riscos de
um uso irresponsável destas redes. Além disso, deseja-se guiar os trabalhadores para uma
cultura organizacional fundamentada na produtividade e desenvolvimento corporativo.
1.5 JUSTIFICATIVAS
A relevância desta pesquisa é manifestada no estabelecimento de insights que revelem
aos administradores os custos objetivos, reais e mensuráveis do uso das redes sociais no
ambiente de trabalho em detrimento de execução das tarefas inerentes ao serviço.
Ela também importante por que trata de um assunto pouco estudado e atual, podendo
trazer esclarecimentos mais profundos sobre o aparente problema que as organizações têm
enfrentado com o uso das redes sociais em detrimento da produtividade.
1.6 METODOLOGIA
Para o presente estudo serão utilizados artigos científicos, publicações de revistas
especializadas, dados jornalísticos e pesquisa de campo promovida pelo grupo por meio de
questionário.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo o advogado Marcus Reis (2013 apud PRONUNCIATI), o Brasil ainda não
possui uma legislação específica para internet e que as decisões judiciais para os problemas
dessa esfera levados ao Judiciário são, atualmente, baseadas nas leis já existentes, como a
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e o Código de Processo Civil. Desta forma, a
empresa tem o direito de restringir o acesso do funcionário as mídias sociais e possui o direito
de puni-lo caso não o cumpra. Porém as empresas necessitam de uma política clara e por
escrito, e fazer com que seus funcionários tenham conhecimento do mesmo.
As redes sociais constituem meios ágeis e eficientes de comunicação e relacionamento
social, desta forma, é possível ao trabalhador publicar informações que possam causar
prejuízos ao empregador, a este também é possível ter acesso ao perfil do trabalhador e
selecionar candidatos, promover ou inibir ascensões dentro da empresa conforme convicções,
credo, orientação sexual e amizades reveladas em redes sociais. A seguir serão apresentados
alguns casos relacionados à utilização de mídias sociais durante o expediente de trabalho.
Nos Estados Unidos, "dois empregados de uma grande rede de pizzaria postaram um
vídeo no YouTube em que, por brincadeira, violavam as regras básicas de higiene na
preparação de uma pizza. O vídeo rapidamente se tornou um fenômeno mundial de
visualizações", afetando a imagem e a clientela da pizzaria, levando à despedida dos
trabalhadores por justa causa.
Um trabalhador criou um blog que, encerrado o expediente, publicava as perguntas
consideradas por ele as mais idiotas dos "clientes mais burros do dia", o que gerou reclamação
de uma das empresas clientes do call center.
Na Inglaterra, um empregado de uma famosa marca de computadores postou no
Facebook comentários negativos sobre a marca e seus produtos, o que também levou à
despedida motivada do trabalhador.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PRONUNCIATI, JULIANA. Uso de redes sociais no trabalho requer cuidado. Disponível em
<http://www.rhportal.com.br/artigos/rh.php?rh=Uso-de-redes-sociais-no-trabalho-requer-
cuidado&idc_cad=42i96lzcc >. Acessado em: 07/04/2014
O uso de redes sociais e do Facebook nas empresas. Disponível em <
http://blog.curriculum.com.br/o-uso-de-rede-sociais-e-do-facebook-nas-empresas/>. Acessado
em: 07/04/2014
BELMONTE, ALEXANDRE DE SOUZA AGRA. Os Problemas e Limites do Uso das Redes
Sociais no Ambiente de Trabalho. Disponível em <http://www.editoramagister.com/
doutrina_24697476_OS_PROBLEMAS_E_LIMITES_DO_USO_DAS
_REDES_SOCIAIS_NO_AMBIENTE_DE_TRABALHO.aspx>. Acessado
em: 07/04/2014