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Uso da Vacina RB-51 no Controle da Brucelose
Uso da Vacina RB-51 no Controle da Brucelose
Prof. Andrey Pereira LageLaboratório de Bacteriologia AplicadaNúcleo de Pesquisa em Sáude Animal
Departamento de Medicina Veterinária PreventivaEscola de Veterinária
Universidade Federal de Minas Gerais
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Perdas decorrentes da infecção por B. abortus em bovinos
Causa de Perda Econômica Taxa
Aborto 10 a 50%
Infertilidade 20%
Natimortos 5 a 20%
Bezerros fracos
Diminuição na produção de leite 10 a 25%
Diminuição da produção de carne 5%
Mortalidade de animais adultos 1%
Redução da vida produtiva dos animais
Reposição de animais 15%
Limitação na comercialização de animais
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Distribuição da Brucelose Animal no Mundo
Livres de B.abortus e B. melitensis
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Brucelose Bovina no Brasil - 1975
AnimaisSororeagentes
Rebanhos com AnimaisSororeagentes
Fonte: Anselmo & Pavez, 1977 - DDA - SDA - MAPA
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Situação da Brucelose Bovina eBubalina no Brasil
Fonte: USP / UnB / DSA - SDA - MAPA
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Efeito do Programa de Vacinação contra Brucelose em Minas Gerais
• 1980 - Prevalência– 20,46% de focos– 6,57% de animais
• 1993 /1994 – início Triângulo Mineiro• 1998 – Obrigatória em todo o Estado• 2002 – Prevalência
– 6,04% de focos – Redução de 3,39 vezes– 1,09% de animais – Redução de 6,03 vezes
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Prevalência de Brucelose Bovina no Estado de Mato Grosso – 2002
41,1910,25
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Transmissão da Brucelose Bovina
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Fatores que Influenciam a Transmissão da Brucelose Bovina Entre Rebanhos
• Aquisição de animais– freqüência de compra– origem dos animais– testes de Brucelose
• Proximidade com rebanhos afetados• Cursos d'água• Animais saprófagos
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Fatores que Influenciam a Transmissão da Brucelose Bovina Dentro de Rebanhos
• Cobertura vacinal• Tamanho do rebanho• Densidade populacional• Instalações• Pasto maternidade• Sistemas de limpeza e desinfecção
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Sobrevivência Intracelular
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Mecanismos de Defesa na
Brucelose Bovina
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Diagnóstico Sorológico de Brucelose
• Vantagens– Rapidez, custo, facilidade de execução
e padronização internacional;
• Desvantagens– Período de incubação, infecção por
outros agentes e interferência vacinal
• Antígenos de Brucella lisa eBrucella rugosa
• Luz Indireta
• Coloração pelo Cristal Violeta
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LPS
`Cadeia O
Núcleo
Lipideo A
Poli
B
Glicano
PME
Lipoproteina
Peptidioglicano
Fosfolipídios
Estrutura da Parede Bacteriana
de bactérias
Gramnegativo
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K: 2-ceto, 3-deoxioctulozônicoQ: quinovosaminaM: manoseG: glicoseO: perosamina
Lipídeo A Nucleo Cadeia O
Estrutura do LPS de
amostras lisas e rugosas deBrucella sp
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Curva inicial de anticorpos em bovinos infectados com B. abortus ou vacinados com B19
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Curva de anticorpos em bovinos infectados com Brucella abortus ou vacinados com B19
InfectadosInfectados Vacinados entre 3Vacinados entre 3-- 8 meses8 meses
0
100
200
0 5 12Tempo em meses
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Estratégia de Ação do PNCEBT
• Medidas Compulsórias– Vacinação de fêmeas de 3 a 8 meses de idade com B19– Controle de trânsito de animais e eventos
• Medidas Voluntárias– Certificação de Propriedades Livres– Certificação de Propriedades Monitoradas
• Capacitação Técnica– Habilitação de médicos veterinários privados– Treinamento de médicos veterinários oficiais
• Educação Continuada
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Fases dos Programas SanitáriosPr
eval
ênci
a da
Doe
nça
Tempo em anos10-20 20-30
Controle Erradicação Zona Livre
Vacinação e medidas de
adesão voluntária
Redução progressiva do nº total de focos e da incidência de novos focos
Vigilância Epidemiológica
Permanente
Detecção e eliminação de todos os focos
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Controle da Brucelose Bovina
• Identificação dos animais infectados• Separação dos animais infectados• Sacrifício dos animais infectados• Destruição de restos placentários e fetos abortados• Desinfecção de instalações e utensílios• Utilização de pasto maternidade• Testes e quarentena na introdução de animais• Educação Sanitária• Vacinação
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Vacinação contra Brucelose• Obrigatória com amostra B19 em todas as fêmeas, bovinas e
bubalinas, com idade entre 3 e 8 meses;• Responsabilidade do médico veterinário cadastrado;• Aquisição somente com receituário médico veterinário• Marcação no lado esquerdo da face do animal com V#;• Proibida a vacinação de animais adultos, com B19, e de machos;• Comprovação semestral da vacinação na UVL.
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Cuidados na Aplicação de Vacinas contra Brucelose
• Manter as vacinas sob refrigeração (4oC)• Não congelar as vacinas• Depois de reidratadas, utilizar as vacinas em um um
prazo 2 - 4 h• Utilizar equipamento de proteção individual
– avental de mangas longas– óculos de proteção– máscaras– luvas
• Utilizar seringas descartáveis• Descartar corretamente frascos, seringas e agulhas
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Vacina B 19 - I
• Amostra lisa de B. abortus• Vacina viva atenuada• Amostra estável e de reduzida virulência• Utilizada como vacina desde a década de 1930• Pode provocar aborto e orquite• Cuidados na aplicação• Patogênica para o homem
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Vacina B 19 - II
• Persistência de Ac é evitada com vacinação na idade de 3 - 8 meses
• Proibida a vacinação de animais adultos;• Proteção de 65 - 75 %• Imunidade por aproximadamente sete anos• Vacinação previne a brucelose clínica• Vacinação de animais infectados não altera o curso
da doença• Somente a vacinação não erradica a doença
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Características de uma vacina ideal contra Brucelose Bovina
• Não induzir Ac que interfiram com o diagnóstico sorológico, mesmo quando aplicada repetidamente
• Ser atenuada e aplicável em animais de qualquer idade• Não provocar abortos em animais prenhes• Induzir imunidade forte e duradoura com uma única dose• Ser estável• Ser barata e fácil de preparar
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Características B19 e RB51
LIPID A CORE
Cadena - O
LISA
RUGOSA
MUY INMUNODOMINANTE
ANTICUERPOS
B.abortusB melitensisB. suis
B19
RB51
Cadeia O
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Vacina RB 51 - I• Amostra rugosa de B. abortus• Derivada da amostra lisa 2308 de B. abortus por
passagem em meio contendo concentrações subinibitórias de rifampicina
• Não induz o aparecimento de Ac detectáveis pelos testes diagnósticos de rotina
• Vacina viva atenuada• Amostra estável e de reduzida virulência• Mutação no gene wboA (glicosiltransferase) e wzt
(transporte da cadeia O)
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Vacina RB 51 - II
• Utilizada como vacina nos EUA desde de 1996• Empregada como vacina única
– EUA, Chile e Uruguai
• Empregada em conjunto com B19– África do Sul, Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica,
México, Paraguai e Venezuela
• Pode provocar aborto• Cuidados na aplicação• Patogênica para o homem
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Vacina RB 51 - III
• No Brasil, permitida a vacinação de animais com idade superior a 8 meses
• Proteção semelhante a da B19 (65 - 75 %)• Vacinação previne a brucelose clínica• Vacinação de animais infectados não altera o curso
da doença• Somente a vacinação não erradica a doença.
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Recomendações para utilização da RB51 no Brasil
• Vacinação de fêmeas bovinas com idade superior a 8 meses e que não foram vacinadas com amostra B19 entre 3 e 8 meses de idade;
• Vacinação de fêmeas bovinas adultas, não reagentes aos testes diagnósticos, em estabelecimentos de criação com focos de brucelose.
Instrução Normativa SDA 33/2007
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Eficácia das vacinasB19 e RB51 contra Brucelose
VacinaIdade à
Vacinação(meses)
DoseVacinal
(UFC/dose)
ProteçãocontraAborto
Proteçãocontra
InfecçãoReferência
B19 6 6 x 1010 73% 65% Buddle, 1948B19 6 6 x 1010 100% 63% Manthei, 1952B19 8 6 x 1010 77% 79% Berman et al, 1952B19 4 6 x 1010 79% 67% Lambert et al, 1961B19 3 – 6 4 x 1010 86% 67% Sutherland et al, 1981RB51 3 – 10 1 x 1010 – 89% Cheville et al, 1996RB511 12 – 60 3 x 1010 70% 80% Elzer et al, 1998RB51 18 1 – 3 x 109 100% 100% Olsen, 2000RB51 3 – 6 1 x 1010 89% 54% Olsen, 2000
1 – via oral
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Avaliação da RB51 no Brasil
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Avaliação da RB51 no Brasil
Abortos e Partos
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Avaliação da RB51 no Brasil
Infecção de Vacas e Fetos
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SorologiaSorologia
Vacinação Desafio
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Modelo de Transmissão da Brucelose
Bovina
Dias, 2004
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Efeito da Vacinação segundo
Modelo de Brucelose
Bovina
Dias, 2004
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Situação da Brucelose Bovina e Bubalina no Brasil
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Utilização da Vacinação no Controle da Brucelose
BovinaDias, 2004
B19
RB51
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Principais Utilizações da RB51
• Ampliação da cobertura vacinal;• Proteção dos animais que não foram
imunizados pela B19;• Proteção de animais não vacinados que se
deslocam para regiões com focos de Brucelose;
AUMENTO DAIMUNIDADE DE REBANHO