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Imac Instituto de Meio Ambiente do Acre Rua Rui Barbosa, 135, Bairro: Centro, Rio Branco, Acre Tel.: (68) 3224-5497, e-mail: [email protected] 1 Diagnóstico dos Tipos do Uso Atual da Terra com a Legenda do Mapa Definido, um Banco de Dados Acompanhado do Relatório Descritivo e Mapa e Pontos Coletados João Luiz Lani Eufran Ferreira do Amaral Nilson Gomes Bardales Edson Alves de Araújo Henrique de Oliveira Emanuel Ferreira do Amaral Nelson Avelar Rio Branco, AC 2006

Uso da Terra no município de Rio Branco

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Diagnóstico dos Tipos do Uso Atual da Terra com a Legenda do Mapa Definido, um Banco

de Dados Acompanhado do Relatório Descritivo e Mapa e Pontos Coletados

João Luiz Lani Eufran Ferreira do Amaral

Nilson Gomes Bardales Edson Alves de Araújo

Henrique de Oliveira Emanuel Ferreira do Amaral

Nelson Avelar

Rio Branco, AC

2006

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Município de Rio Branco-Acre: Relatório descritivo do Mapa de Uso da Terra, Banco

de Dados e Pontos Coletados

Sumário

1. Apresentação e Contextualização 4 2. Introdução 6 3. Metodologia 7 3.1. Situação, limites e extensão 7 a) Estudos históricos sobre uso da terra 7

b) Obtenção de fotografias panorâmicas e de pontos de uso da terra 8

c) Estudos de cobertura do solo 9 4. Resultados e Discussão 11 a) Estudos históricos sobre uso da terra em Rio Branco 11 b) Obtenção de fotografias panorâmicas e de pontos

de uso da terra 23 c) Estudos de cobertura do solo 26 5. Conclusões e Recomendações 34 6. Referências Bibliográficas 35 7. Anexos 36

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LISTA DE QUADROS

Tabela 1. Área total de ação antrópica do município de Rio Branco, segundo o uso da terra, no ano de 1987 18

Tabela 2. Área total e incremento da ação antrópica no município de Rio Branco, segundo o uso atual da terra,

no período de 1987 a 1989 19

Tabela 3. Distribuição do desmatamento nas diferentes categorias da estrutura fundiária do município de Rio

Branco, Estado do Acre, 2005 29

Tabela 4. Evolução do uso da terra no município de Rio Branco, Estado do Acre (2004-2005) 32

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Localização do município de Rio Branco na América do Sul, no Estado do Acre e os seus limites municipais 7

Figura 2. Fluxograma metodológico da obtenção dos pontos de uso do solo georreferenciados 8

Figura 3. Fluxograma da metodologia para obtenção dos mapas de cobertura do solo do município de Rio Branco, Estado do Acre 9

Figura 4. População do município de Rio Branco, Estado do Acre, nos anos de 1920, 1940 e 1950 12

Figura 5. Evolução da ação antrópica sobre as áreas de floresta no município de Rio Branco, Estado do Acre, nos anos 1976 e 1985 14

Figura 6. População do município de Rio Branco, Estado do Acre, nos anos de 1920, 1940, 1950, 1960 e 1970 15

Figura 7. População do município de Rio Branco, Estado do Acre, nos anos de 1970 e 1980 17

Figura 8. Evolução da população total do município de Rio Branco, Estado do Acre, de 1920 a 1980 18

Figura 9. Distribuição da cobertura no solo nas áreas desmatadas do município de Rio Branco, 2004 20

Figura 10. Cobertura do solo no município de Rio Branco, Estado do Acre, 2004 20

Figura 11. Evolução da população rural e urbana do município de Rio Branco, Estado do Acre, de 1920 a 2004 21

Figura 12. Evolução da população rural por períodos no município de Rio Branco, Estado do Acre, de 1920 a 2004 22

Figura 13. Distribuição dos pontos de obtenção de fotografias de uso da terra no município de Rio Branco, Estado do Acre, no mês de agosto de 2006 23

Figura 14. Fotografia aérea panorâmica retirada do ponto de coordenadas UTM 490.897, 8.853.532, em 7 de agosto de 2006, na Reserva Extrativista Chico Mendes 24

Figura 15. Fotografia de uso da terra retirada do ponto de coordenadas UTM 565.291, 8.905.615, em 5 de agosto de 2006, no Projeto de Assentamento Figueira 25

Figura 16. Distribuição de pontos de tomada de fotografias aéreas panorâmicas em um trecho da rodovia Transacreana, município de Rio Branco, Estado do Acre 26

Figura 17. Fotografia panorâmica número 1732, obtida a partir das coordenadas UTM 598.519, 8.897.115, no município de Rio Branco, Estado do Acre 26

Figura 18. Limites do município de Rio Branco, Estado do Acre 27

Figura 19. Distribuição de floresta e área desmatada no município de Rio Branco, Estado do Acre, no ano de 2005 27

Figura 20. Distribuição da cobertura no solo nas áreas desmatadas do município de Rio Branco, Estado do Acre, 2005 28

Figura 21. Distribuição da contribuição do desmatamento em unidades de conservação no município de Rio Branco, Estado do Acre, 2005 30

Figura 22. Área desmatada por projeto de assentamento no município de Rio Branco, Estado do Acre, 2005 31

Figura 23. Contribuição das diferentes categorias fundiárias para o desmatamento do município de Rio Branco, Estado do Acre, 2005 32

Figura 24 - Localização dos pontos amostrados no município de Rio Branco, Acre 40

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Município de Rio Branco-Acre: Relatório descritivo do Mapa de Uso da Terra, Banco de Dados e Pontos Coletados

1. Apresentação e Contextualização

Desde o final dos anos 80, o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) tem se destacado como um instrumento estratégico para o desenvolvimento regional sustentável e, também, como meio para enfrentar a ocupação “desordenada” na fronteira amazônica, o desenvolvimento descontrolado, o uso não sustentável de recursos naturais e as invasões de áreas indígenas e de unidades de conservação.

No Acre, o Governo Estadual instituiu o Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-Econômico, por meio do Decreto nº. 503 de 6 de abril de 1999, diretamente vinculado ao Gabinete do Governador, coordenado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação (SEPLAN/AC), atualmente Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico-Sustentável (SEPLANS), e tendo a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (SECTMA), atual Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA), como Secretaria Executiva. Este decreto também constituiu a Comissão Estadual do Zoneamento Ecológico-Econômico (CEZEE) como instância máxima de deliberação e definição das diretrizes do zoneamento (ZEE/AC). A CEZEE é composta por 34 instituições organizadas em câmaras representativas de órgãos públicos estaduais, trabalhadores, empresários, sociedade civil, órgãos públicos federais, outras esferas governamentais (administrações regionais, assembléia legislativa) e entidades públicas de pesquisa.

Na primeira fase do ZEE (Fase I), iniciada em abril de 1999, os trabalhos contemplaram a extensão territorial do Estado do Acre, sendo a maior parte deles baseados em dados secundários. Aproveitou-se e sistematizou-se os diversos estudos realizados no Estado e estabeleceu-se cooperações técnicas com instituições de governo da esfera federal, estadual e municipal, além de instituições não-governamentais.

O ZEE/AC (Fase I) constituiu um referencial importante para o planejamento do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Acre, como também para a sociedade civil e setor privado.

Para apoiar a gestão sustentável e a conservação dos recursos naturais os estudos do ZEE/AC precisam ser atualizados com um maior detalhamento, no âmbito do eixo temático recursos naturais, especificamente no que se refere ao diagnóstico do potencial e limitações de uso das principais bases produtivas do Estado: a floresta, o solo e a biodiversidade.

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A execução da segunda fase do Zoneamento Ecológico-Econômico (Fase II) teve como objetivo geral elaborar o Mapa de Gestão do Estado do Acre, na escala 1:250.000 (Decreto 4.297 de 11 de julho de 2002, o qual regulamenta o artigo 9º, inciso II, da Lei Federal nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981, que estabelece critérios para o ZEE do Brasil).

O ZEE/AC (Fase II) assume, como papel fundamental, a elaboração desse

Mapa de Gestão para o Estado do Acre na escala 1:250.000, com indicativo das zonas de uso, sendo definidas para cada uma delas as restrições, potencialidades e as recomendações de uso.

O sudeste acreano concentra 71% da população do Estado e 51% de seu

território que tem uma área total de 8.831 km2. Esta região abrange as regionais do Alto Acre, Baixo Acre e Purus, que representa a área de maior pressão antrópica e forte tendência de ampliação da ocupação humana.

O Estado do Acre é drenado por extensos rios, cuja direção geral é sudoeste-

nordeste, pertencentes à rede hidrográfica do rio Amazonas. O rio Purus é o segundo maior representante da drenagem do Estado, do qual o rio Acre é um dos seus principais afluentes, inclusive com cabeceiras em limites internacionais.

A bacia do rio Acre é a mais importante do sudeste acreano, sendo a sub-bacia do riozinho do Rola sua principal componente. Esta bacia tem suas cabeceiras na Reserva Extrativista Chico Mendes e concentra vários pontos de ação antrópica intensiva que contribuem para mudanças significativas no regime hidrológico, alteram a qualidade das águas e a sazonalidade do nível dos igarapés, e contribui para enchentes periódicas. O município de Rio Branco concentra 45% da população total. Apresenta densidade demográfica de 25,09 habitantes km-2 e 88% da população na zona urbana e 12% na zona rural, constituindo o segundo município com a maior população rural do Estado (ACRE, 2006).

Em Rio Branco, as atividades antrópicas têm gerado impactos negativos sobre o meio ambiente e o zoneamento detalhado de parte da bacia do rio Acre irá contribuir para que seja o primeiro município da Amazônia Ocidental a dispor de um instrumento de gestão territorial em escala compatível com o seu território, sendo referência para outros municípios acreanos, estados vizinhos, e mesmo países como Peru e Bolívia.

Neste contexto, torna-se essencial viabilizar o conhecimento do potencial e restrições dos seus recursos naturais e dos aspectos socioeconômicos e culturais em escala compatível a fim de possibilitar os seguintes pontos:

1) O reordenamento territorial; 2) Maior flexibilidade na definição de zonas de preservação e de produção

agropecuária e florestal; 3) A gestão sustentável do território.

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O Zoneamento Econômico, Ambiental, Social e Cultural de parte da bacia do

rio Acre, no município de Rio Branco (ZEAS), na escala de 1:100.000, permitirá estabelecer diretrizes, planejar e implementar políticas, projetos e ações com vista a conciliar o processo de desenvolvimento econômico com a conservação ambiental, a geração de emprego, a renda, a melhoria da qualidade de vida e o respeito aos aspectos sociais e culturais da população da área de estudo.

Diante deste contexto, o solo é um dos principais temas estudados e esses estudos permitirão avaliar o potencial e a fragilidade deste recurso, identificar novas áreas aptas a agropecuária ou a atividade agroflorestal, avaliar áreas degradadas e definir o nível de degradação daquelas já em uso.

2. Introdução A exemplo da maioria dos municípios da região, como Sena Madureira, Porto

Acre, Xapuri e Brasiléia, Rio Branco teve seu processo de ocupação inicial efetuado através do rio Acre (anteriormente conhecido como rio Aquiry). Esta ocupação inicial fundamentou-se na formação de seringais e no extrativismo de produtos florestais como a borracha, castanha e madeira. Posteriormente, com o declínio do setor gomífero, Rio Branco teve suas terras loteadas em colônias próximas ao já consolidado núcleo urbano.

Atualmente, Rio Branco possui uma área de 8.831 km2, dos quais 26% (2.296 km2) já se encontravam desflorestados em 2005. As áreas desmatadas, em sua maioria, estão ocupadas pela mancha urbanizada, pastagens extensivas e cultivos de subsistência, além de capoeiras com diversos estágios de sucessão natural.

O desmatamento do município tem se concentrado com maior intensidade no setor leste, principalmente ao longo das rodovias federais, rios e grandes igarapés da região.

Rio Branco, capital do Estado, abriga atualmente 305.731 habitantes (ACRE, 2006), o equivalente a quase metade (45,4%) da população acreana, e tem como limites os municípios de Sena Madureira, Bujari, Plácido de Castro, Senador Guiomard, Capixaba, Porto Acre e Xapuri.

O presente trabalho tem como objetivo discutir a dinâmica de uso da terra no município de Rio Branco desde a sua criação até o ano de 2005.

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3. Metodologia 3.1. Situação, limites e extensão

O município de Rio Branco, situado na regional do Baixo Acre, abrange uma

superfície1 de 883.143,74 hectares e está localizado entre as coordenadas geográficas de 9º30’ e 10º30’’’ de latitude sul e de 69º25’ e 67º25’ de longitude oeste (Figura 1).

69°0'0"W

69°0'0"W

68°0'0"W

68°0'0"W

10

°0'0

"S

10

°0'0

"S

70 0 7035 Quilômetros

Sena Madureira

Bujari

Porto Acre

XapuriCapixaba

Senador Guiomard

Brasiléia

Rio Branco

Figura 01. Localização do município de Rio Branco na América do Sul, no Estado do Acre e os seus limites municipais.

Os estudos sobre uso da terra no município de Rio Branco tiveram três etapas

complementares:

a) Estudos históricos sobre uso da terra Foi realizado um levantamento específico sobre informações de cobertura do

solo no município de Rio Branco, consultando-se as seguintes fontes: GUERRA (1955); IBGE (1990); FUNTAC (1990; 1992) e ACRE (2000).

1A Comissão Parlamentar de Inquérito, na forma disposta no art. 27 da Resolução nº. 86, de 28 de

novembro de 1990 – Regimento Interno da Assembléia Legislativa do Estado do Acre, revisou e definiu os novos limites para os 22 municípios acreanos no ano de 2004.

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Em todos estes trabalhos os estudos envolveram o mapeamento do uso da terra, o que contribui para entender o processo de ocupação do solo no município. b) Obtenção de fotografias panorâmicas e de pontos de uso (GPS) da terra

Realizaram-se trabalhos de campo utilizando GPS e câmeras digitais sincronizados o que permitiu a geração do banco de dados de uso e a localização precisa de amostras das diferentes tipologias de uso da terra. Como forma de complementar a visão do uso da terra no município de Rio Branco fizeram-se tomadas fotografias panorâmicas a partir de um sobrevôo de uma hora e meia com um avião de modelo Cessna 182-Skylane, em altitude de vôo do nível de referência de 1.000 m. No auxílio da navegação foi utilizado o GPSMAP 190 Garmin e na obtenção dos pontos de controle internos para realizar a sincronização utilizou-se GPS Garmin 12 XL (Figura 2).

Sincronização de hora

GPS

Máquina

Fotográfica

Digital

Marcação de

pontos de uso

Obtenção de

fotografias

Listagem de

pontos de uso

com data e hora

Listagem de

fotografias com

data e hora

Dados de

tempo comum

Listagem de coordenadas e

código da fotografia

Mapa de pontos

de uso

Figura 02. Fluxograma metodológico da obtenção dos pontos de uso do solo georreferenciados.

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Para a estruturação do arquivo de pontos de uso foi utilizado o Módulo Arc Map do Arc Gis 9.1, com os pontos de controle coletados a campo e durante o sobrevôo.

c) Estudos de cobertura do solo

As informações referentes à cobertura do solo no Estado do Acre foram

obtidas por meio da interpretação de imagens digitais em composições coloridas 5R4G3B do sensor Thematic Mapper do satélite Landsat 5 obtidas em 2004 e 2005. Os procedimentos para obtenção dos mapas finais de cobertura do solo encontram-se expressos na Figura 3 e descritos a seguir.

Imagem de Satélite

LANDSAT TM 5

(2004)

Composição

5R4G3B

Correção

Geométrica

Registro

Digitalização em

tela

Cobertura do Solo

Análises da

distribuição do

desmatamento

Imagem de Satélite

LANDSAT TM 5

(2005)

Desmatamento

total 88/2004

Figura 03. Fluxograma da metodologia para obtenção dos mapas de cobertura do solo do município de Rio Branco, Estado do Acre.

Devido às distorções introduzidas durante a aquisição das imagens, realizou-

se a correção geométrica que permitiu remover os erros sistemáticos presentes

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nestas imagens. Outro aspecto importante são os estudos multitemporais comuns na área de sensoriamento remoto os quais requerem que as imagens sejam registradas numa base cartográfica única, de forma que as respostas espaciais possam ser interpretadas no intervalo de tempo considerado.

As imagens foram georreferenciadas utilizando o aplicativo para processamento digital Envi, tendo como referência o mosaico de cobertura da Terra (geocover) disponibilizado pela Nasa, que já se encontrava georreferenciado, e o plano de informação (layer) de drenagem.

Após o registro das imagens procedeu-se à sua classificação que é o processo de extrair e simplificar informações de uso da terra para reconhecer padrões e objetos homogêneos a fim de se constituir um mapa.

Na escala considerada foram identificadas sete classes de cobertura do solo:

Área urbana – corresponde à área de maior densidade demográfica com população não agrícola onde se distribui a infra-estrutura urbana de bairros, quadras, lotes e edificações; Capoeira – área de floresta secundária abandonada para regeneração da vegetação natural, em diferentes estágios de sucessão; Pastagem – área normalmente extensa e contínua em formatos geométricos regulares, com a cobertura vegetal constituída predominantemente de gramíneas forrageiras exóticas. Nestas áreas pode ocorrer a presença de leguminosas forrageiras e espécies arbóreas isoladas remanescentes da floresta ou resultantes do processo de regeneração natural; Agricultura – área com culturas anuais ou permanentes em diferentes estágios de desenvolvimento e área recém-ocupada com agricultura, geralmente com vestígios do processo de queima; Corpos d’água – área ocupada por pequenos, médios e grandes açudes e a superfície visível dos grandes rios; Praia – pequena extensão de sedimentos arenosos que se acumulam em alguns pontos nas margens dos rios e são visíveis na época seca; Floresta – área coberta com floresta primária de diferentes composições.

A digitalização em tela das feições foi realizada por meio do modo de edição

do Arc Map, módulo do aplicativo de geoprocessamento Arc Gis 9.1.

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4. Resultados e Discussão

a) Estudos históricos sobre uso da terra em Rio Branco

Os relatos de GUERRA (1955) são muito precisos no que se refere ao processo de ocupação do Acre e, em particular, de Rio Branco:

“A sede do seringal2 foi estabelecida na margem esquerda do rio Acre, porém, a futura cidade começaria a se desenvolver na margem oposta. Em 22 de agosto de 1904 o pequeno aglomerado humano em formação foi elevado à categoria de vila, com a denominação de Volta da Emprêsa.”

Fica evidente no texto supracitado que a concentração da ação antrópica no

município de Rio Branco ocorria no entorno imediato da sede do Seringal Emprêsa. A partir de 1904 até 1942 o processo de ocupação se traduzia num povoamento do município concentrado no entorno imediato da sede, com ênfase na atividade extrativista direcionada para um único produto: a borracha.

Sobre o processo de colonização do município a descrição de GUERRA (1955) é muito singular:

“Podemos encarar as questões referentes à colonização, sob dois aspectos: 1º - uma fase pioneira de colonização que pode ser sinônimo de simples fase de povoamento; 2º - uma fase de colonização planejada empiricamente com o verdadeiro objetivo de fixar o homem ao solo. Esta última data do ano de 1942, quando o governador Oscar Passos encarregou o agrônomo Pimentel Gomes de apresentar um plano sistemático de colonização.”

A viagem do geógrafo Antônio Teixeira Guerra ao Acre se deu em 1953, 11 anos após a elaboração do plano estratégico para colonização que, segundo sua avaliação, não foi executado por falta de verbas.

A aplicação do plano na sua íntegra pode ter sido falha, porém em 1950 já havia em Rio Branco uma população rural efetivamente criada e estabelecida que representava 76% da população total do município (Figura 4).

2Seringal Emprêsa fundado por Neutel Newton Maia em 1882.

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Ha

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tes

1920 1940 1950

Anos

Rural

Urbana

Figura 04. População do município de Rio Branco, Estado do Acre, nos anos de 1920, 1940 e 1950. Fonte: IBGE.

Antes do plano existiam apenas três colônias fundadas logo após a criação do

território do Acre: Gabino Besouro (fundada em 1908), Deocleciano de Sousa (fundada em 1912), e Cunha Vasconcelos (fundada em 1913). Todas criadas nos arredores da vila e às margens do rio Acre, com uma população estimada (em junho de 1951) de 278 pessoas.

Sobre esta situação específica do processo de ocupação nas três colônias do município, GUERRA (1955) descreve enfaticamente:

“...Estas três colônias municipais não receberam nenhuma orientação técnica e para aí apenas foram encaminhados lavradores que recebem pomposamente o título de „colonos‟. A experiência aí está, para servir de lição aos atuais administradores. Uma área de floresta espessa, em menos de 50 anos de uso com culturas itinerantes, se vê transformada em uma pobre área de pastagem. Aliás idêntica sorte está reservada aos atuais lotes agrícolas do núcleo colonial Seringal Emprêsa, e às demais colônias existentes nos arredores de Rio Branco, caso persistam no uso de técnicas indígenas do cultivo do solo...”

O plano do agrônomo Pimentel Gomes na verdade constitui o primeiro zoneamento do município de Rio Branco, no qual se adquiriram em 1941 as terras do Seringal Emprêsa3 e a partir de 1943 começaram a se estabelecer os primeiros lotes de 12,5 e 25 hectares, onde se deveria realizar a agricultura e a pecuária associadas à silvicultura. As terras do seringal foram divididas em três zonas: florestal, urbana e agrícola.

3A realização do plano se deu durante o governo de José Guiomard dos Santos, que em maio de

1947, pelo Decreto nº. 83, transformara os 80 mil hectares de terra do Seringal Emprêsa em núcleos coloniais.

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A zona urbana era constituída de uma extensão do núcleo urbano consolidado da cidade de Rio Branco e possuía cerca de 1.931 pessoas.

A zona florestal possuía 421 estradas de seringas, distribuídas em 67 colocações de seringueiros, portanto a ênfase se deu na extração do látex.

A zona agrícola possuía oito colônias e uma população de 4.518 pessoas, sendo as mais populosas a de Juarez Távora, São Francisco e Dias Martins, com 388, 327 e 309 habitantes, respectivamente.

Apenas 1,1% da área do seringal encontrava-se desmatada o que correspondia a 911 hectares. Os produtos que ocupavam a maior extensão eram feijão, mandioca e cana-de-açúcar.

Além do Seringal Emprêsa existia ainda a colônia Cruz Milagrosa, localizada acerca de 10 a 12 quilômetros ao norte da cidade de Rio Branco, sendo a estrada carroçável Rio Branco–Sena Madureira (atual BR 364) a via de ligação entre a capital do território e este núcleo colonial. Possuía uma área total de 2.375 hectares dos quais 4,8% já se encontravam desmatados.

O núcleo colonial Governador José Guiomard dos Santos se localizava ao sul da cidade de Rio Branco, numa faixa de 400 metros de largura (200 metros para cada lado), tendo a rodovia Plácido de Castro (atual AC-40) como eixo, numa extensão de 20 quilômetros (do 15 ao 35). A ocupação na época da avaliação de GUERRA (1995) ainda era muito recente, sendo as culturas mais importantes mandioca, arroz, milho, banana e cana-de-açúcar. Vale ressaltar a presença de capoeiras em vários lotes.

Na época de seu estudo GUERRA (1995) sintetizou muito bem a situação do uso da terra no Acre e em particular em Rio Branco, principal núcleo agrícola da época:

“A colonização tem que voltar as suas vistas não apenas para o aumento da produção agropastoril, mas particularmente para a produção de natureza extrativa vegetal e animal, considerando sua abundância relativa. Também, não podemos deixar de salientar que a fase da coleta e da caça dos produtos da floresta tem que ser normalmente substituída. A exploração deve ser feita tendo em vista o estímulo da heveicultura.” “A prática do método rotineiro indígena, herdado pelo homem rural, tem que ser gradativamente substituída por um processo mais racional, que evite a rápida exaustão do solo e a constante rotação de terras. É bem verdade que não podemos pensar no momento na aplicação em larga escala de maquinismos agrícolas para destocar o solo, por exemplo, nem tampouco, no uso de adubos químicos. Todavia, deve estar o Departamento da Produção apto, ou melhor, suficientemente informado, de tais práticas na região, a fim de que se possa pô-las em funcionamento, desde que, se verifique um aumento populacional na Amazônia acreana, exigindo a redução do emprego do sistema rotineiro de derrubadas, quase anuais, para o cultivo do solo.” “Além da agricultura, torna-se urgente o desenvolvimento do rebanho bovino e uma diminuição da importação do gado boliviano para o corte. O aumento do número de cabeças de gado da região deve visar não só ao que se destina ao corte, mas também para o fornecimento de leite, tão indispensável na alimentação humana...”

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No início da década de 50 as atividades agropecuárias no município de Rio Branco estavam centralizadas no entorno do núcleo urbano principal. O foco do desmatamento era nos pequenos roçados para o cultivo de culturas anuais, com as culturas permanentes ocupando poucas áreas nas colônias.

Os estudos do IBGE (1990) com vista a realizar um diagnóstico geoambiental e socioeconômico na área de influência da BR 364, trecho Porto Velho–Rio Branco, permitiram visualizar o processo de ocupação e, de forma espacializada, o desmatamento de 1976 até 1985 para o sudeste do Acre.

Este material foi digitalizado e sobreposto aos limites do município de Rio Branco (Figura 5) e, apesar de estar numa escala de pouco detalhe (que não permite quantificações precisas), possibilita ver as tendências da evolução do desmatamento, desde os relatos de GUERRA (1955).

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Legenda

Desmatamento até 1976

Desmatamento até 1985

Floresta remanescente

Figura 05. Evolução da ação antrópica sobre as áreas de floresta no município de Rio Branco, Estado do Acre, nos anos 1976 e 1985. Fonte: IBGE, 1990.

Passados 25 anos dos relatos de GUERRA (1955) no então território do Acre,

em 1976, o desmatamento ainda se concentrava no entorno do núcleo urbano do município de Rio Branco.

Apesar da população rural ter crescido 161% quando comparada a de 1950 e representar ainda 58% da população total, não houve grande incremento da área desmatada em Rio Branco. O fato mais evidente no município na década de 60-70 foi o incremento da população urbana que praticamente triplicou nestes 10 anos (Figura 6).

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Anos

Rural

Urbana

Figura 06. População do município de Rio Branco, Estado do Acre, nos anos de 1920, 1940, 1950, 1960 e 1970. Fonte: IBGE.

Nos nove anos seguintes (de 1976 a 1985) o desmatamento avança

significativamente, tendo como vetores três principais eixos: BR 364 no sentido Rio Branco–Porto Velho, BR 317 no sentido Rio Branco–Boca do Acre e a rodovia estadual AC-90 (estrada Transacreana).

Nesta fase, embora sejam visíveis e intensos os efeitos das mudanças de uso da terra sobre o extrativismo, ainda se tem nesta forma de uso a maior extensão territorial (IBGE, 1990).

Ainda segundo IBGE (1990), devido à baixa rentabilidade e à situação de isolamento, os seringueiros dependem de atividades complementares, como a coleta da castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa H.B.K) e cultivos itinerantes de subsistência. A caça, a pesca e a utilização de produtos da floresta completam o conjunto de atividades características da população extrativista.

Vale ressaltar o incremento do número de serrarias que em 1975 era menor

que dez na região florestal de Rio Branco e em 1987 já atingia quase quarenta, resultando em um aumento de 300%. Os madeireiros contam apenas com a época de verão para extrair e transportar a madeira, por isso, procuram neste período estocar a maior quantidade possível, pois no inverno as chuvas impedem o tráfego de caminhões e a operacionalidade das máquinas. A cada dia sofisticam-se as técnicas de desflorestar e acelera-se o processo de desflorestamento (IBGE, 1990). No relatório (IBGE, 1990) há uma descrição detalhada do uso pela agricultura, destacando-se os seguintes itens:

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“...De um modo geral estes pequenos estabelecimentos estão voltados para a produção de cultivos de subsistência em consórcio ou solteiros e, não raro, para atividades extrativas e pastoreio de gado, além da criação de animais de pequeno porte para consumo próprio. Cultivam-se, basicamente, milho, arroz, mandioca e feijão por um período médio de três anos, após o que a terra é utilizada com pastagem, por igual período, ou é abandonada, transformando-se em capoeira, enquanto novas áreas são desmatadas para utilização. Nesta forma itinerante e extensiva de uso, raras vezes o colono consegue cultivar mais de 4 hectares...” “...A continuidade da pressão antrópica, por um lado, e a inadequação das formas de uso por outro lado conduzem a um prognóstico pessimista para o futuro próximo...”

A expansão da ocupação mais recente, seguindo os eixos das rodovias BR

364 e BR 317, deve-se essencialmente à atividade pecuária (IBGE, 1990) e a este respeito vale ressaltar a descrição detalhada do sistema de manejo adotado:

“Os sistemas de cultivo das pastagens, via de regra, não se modificam substancialmente na área. Consistem no desbravamento da floresta, que inclui a broca da mata, em maio/junho, seguindo-se a derrubada e o rebaixamento em julho e a queimada e limpeza do terreno em agosto/setembro. A semeadura é feita „a lanço‟ ou por avião nas grandes propriedades, logo após a queimada e o aceiro, com as primeiras chuvas, podendo também ocorrer o plantio de mudas. As gramíneas mais utilizadas são: a braquiária (Brachiaria decumbens), o quicuio da Amazônia (Brachiaria humidicola), o braquiarão ou brizantão (Brachiaria brizantha), o colonião (Panicum maximum Jacq.) e o Jaraguá (Hyperrhenia rufa). Apesar de largamente adotadas, por serem consideradas as mais resistentes, tem-se verificado na prática que elas apresentam uma alta incidência de pragas e doenças, como é o caso da cigarrinha nos cultivos de braquiária. Observa-se, também, um declínio acentuado da capacidade de suporte que é função também da qualidade dos ambientes, altamente vulneráveis às práticas adotadas. Em decorrência desses fatos, a utilização contínua não excede três a quatro anos.” “...A puerária ou kudzu tropical (Pueraria phaseoloides), bastante conhecida na região, tem seu uso como forragem restrito às grandes fazendas.” “...Os tratos culturais são reduzidos. Anualmente, durante o verão, faz-se a queimada para a limpeza dos pastos e para a renovação do capim.”

Nessa década (1970-1980) acontece o principal evento demográfico para o município de Rio Branco. Há uma redução de 38,9% na população rural e um incremento de 145,8% na população urbana (Figura 7). Desta forma a população do município, que estava basicamente concentrada na zona rural até o ano de 1970, passa a residir na zona urbana em 1980. Este fato tem conseqüências profundas para o município no que se refere ao uso da terra.

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1970 1980

Anos

Urbana

Rural

Figura 07. População do município de Rio Branco, Estado do Acre, nos anos de 1970 e 1980. Fonte: IBGE.

O primeiro trabalho englobando todo o território acreano numa escala de

1:100.000 que permitia detalhar o desmatamento foi realizado pela Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Funtac) para o ano de 1987 (FUNTAC, 1990).

Esse trabalho é um marco para os estudos temporais de uso da terra no Estado do Acre. Embora tenha sido realizado todo de forma analógica, inclusive com quantificações utilizando planímetro, representa a primeira visão detalhada que se tem dos polígonos de desmatamento e sua relação com as características econômicas de cada município.

O trabalho cita que Rio Branco apresentava 16,54% de sua área sob ação antrópica, porém nesta época ainda englobava os municípios de Capixaba, Bujari e Porto Acre, o que não permite uma comparação direta com os dados atuais.

A população do município representava 37,79% da população do Estado (FUNTAC, 1990) e sofreu um incremento significativo a partir da década de 60 (Figura 8).

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Anos

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Figura 08. Evolução da população total do município de Rio Branco, Estado do Acre, de 1920 a 1980. Fonte: IBGE.

Do total de área desmatada verificou-se que 71,31% destinaram-se à

pastagem, no ano de 1987 (Tabela 1). Ressalta-se que a atividade pecuária somente participou com 7,46% da arrecadação do ICM do setor primário (a borracha com 56,88%) e que o setor terciário em Rio Branco é o que mais contribui para as receitas próprias do Estado do Acre (FUNTAC, 1990). Tabela 01. Área total de ação antrópica do município de Rio Branco, segundo o uso da terra, no ano de 1987

Ação antrópica Área

Absoluta (ha) Relativa (%)

Área urbana 7.634,73 3,23 Capoeira 19.470,46 8,23 Pasto 168.627,35 71,31 Colocações/colônias/roçados 12.234,24 5,17 Projetos de colonização 22.934,08 9,70 Culturas 4.111,13 1,74 Espelhos-d’água 1.445,52 0,63

Total 236.457,51 100,00 Fonte: FUNTAC, Laboratório de Sensoriamento Remoto, 1987.

Utilizando imagens de 1989 o projeto da Funtac deu continuidade aos

trabalhos de mapeamento de uso da terra, porém o segundo trabalho não foi publicado, ficando na forma de relatório técnico interno (FUNTAC, 1992).

No período analisado Rio Branco foi o município que apresentou o maior

incremento de ação antrópica com 40.973,03 hectares desmatados em dois anos. O

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desmatamento em 1989 correspondia a 19,09% do território rio-branquense e 71,1% deste desmatamento (Tabela 2) representava pastagens (FUNTAC, 1992).

Tabela 02. Área total e incremento da ação antrópica no município de Rio Branco, segundo o uso da terra, no período de 1987 a 1989

Ação antrópica

Área - 1987 Área - 1989 Incremento

Absoluta (ha)

Relativa (%)

Absoluta (ha)

Relativa (%)

1

Absoluto (ha)

Relativo (%)

2

Área urbana 3.145,60 1,36 3,520,60 1,29 375,00 11,92 Capoeira 19.470,46 8,39 22.916,31 8,40 3.445,85 17,70 Pasto 168.627,35 72,70 194.065,88 71,10 25.438,53 15,08 Colocações/colônias/roçados 12.234,24 5,27 14.177,29 5,19 1.943,05 15,88 Projetos de colonização 22.934,08 9,89 30.483,58 11,17 7.549,50 32,92 Culturas 4.111,13 1,77 6.332,23 2,32 2.221,10 54,03 Espelhos-d’água 1.445,52 0,62 1.445,52 0,53 0,00 0,00

Total 231.968,38 100,00 272.941,41 100,00 40.973,03 17,66

Fonte: FUNTAC, Laboratório de Sensoriamento Remoto, 1989. 1Percentual relativo à área total de ação antrópica. 2Percentual relativo à diferença entre os anos de 1987 e 1989.

Os dados de FUNTAC (1992) ainda revelam que nestes dois anos houve

mudança na classe de uso da terra em 1.662,6 hectares e que desta área 97,6% deixaram de exercer função produtiva, transformando-se em capoeiras.

Utilizando imagens de satélite Landsat do ano de 2004, Oliveira, H. et al. (2006) fizeram uma avaliação da cobertura do solo de todo o Estado do Acre. Passados 15 anos foi possível realizar um novo trabalho agora no contexto do Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Acre.

Oliveira, H. et al. (2006) citam que o município de Rio Branco possui uma área de 8.831 km2 (5,4% do território acreano) e, no ano de 2004, cerca de 25% de sua cobertura florestal original já havia sido convertida.

Da área convertida 78% constituem pastagens, distribuídas nos projetos de assentamento e nas propriedades particulares do município (Figuras 9 e 10). As capoeiras ocupam 16% da área convertida, a agricultura ocupa 1,4% da área total do município e a área urbana, 3,2%. As praias são insignificantes em termos de área na escala de estudo. A ação antrópica se concentra na faixa da BR 364, no entorno do núcleo urbano, na Transacreana, na AC-010, nos ramais de acesso a projetos de assentamento e nas margens do rio Acre. Os grandes remanescentes de floresta são frutos de unidades de conservação, de grandes seringais e de áreas de reserva legal de grandes propriedades.

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Pastagem

77,6%

Espelho de água

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16,3%

Urbana

3,2%

Agricultura

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Praia

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Figura 09. Espacialização da cobertura no solo nas áreas desmatadas do município de Rio Branco, 2004. Fonte: Oliveira, H. et al., 2006.

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Legenda

Agricultura

Capoeira

Espelho d'água

Floresta

Pastagem

Praia

Área Urbana

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Figura 10. Cobertura do solo no município de Rio Branco, Estado do Acre, 2004. Fonte: Oliveira, H. et al., 2006.

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Em 2004 a população urbana de Rio Branco ainda em franca expansão atinge 262.857 habitantes e, a população rural, 23.225 habitantes, o que representa apenas 8% da população total do município. Embora seja um percentual relativamente pequeno esta população rural é a primeira do Estado do Acre, tendo o município de Cruzeiro do Sul a segunda população rural do Estado com 22.999 habitantes.

Por ser a capital acreana pólo de migração rural-urbana dentro do município e entre os municípios e outros estados do país, durante os 84 anos de história de ocupação do município com registro populacional (Figura 11), notam-se nitidamente três fases descritas nos trabalhos citados anteriormente:

Uma fase predominantemente rural, que se estende de 1920 até 1970;

Uma fase de transição com aumento geométrico da população urbana, que se estende de 1970 a 1980;

Uma fase de explosão da população urbana, que se estende de 1980 a 2004.

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Anos

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Rural Urbana

Figura 11. Evolução da população rural e urbana do município de Rio Branco, Estado do Acre, de 1920 a 2004. Fonte: IBGE.

Entre 1970 e 1980 a população rural de Rio Branco diminuiu para 18.825 habitantes e até 2001 sofreu reduções sistemáticas, mas a partir de 2003 mostrou uma ligeira tendência de acréscimo (Figura 12). Esta dinâmica populacional está diretamente relacionada com a dinâmica de uso da terra observada no município.

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1980-1970 1991-1980 1996-1991 2000-1991 2001-2000 2002-2001 2003-2002 2004-2003

Períodos

Figura 12. Evolução da população rural por períodos no município de Rio Branco, Estado do Acre, de 1920 a 2004. Fonte: IBGE.

As políticas desenvolvimentistas, realizadas pelo Governo Federal, nas décadas de 60 e 70, visando integrar a Amazônia ao restante do país, geraram uma nova organização no espaço geográfico da região, estendendo-se ao Acre (CARMO, 2006). Segundo BECKER (2004) apud CARMO (2006) neste processo, imigrantes, principalmente sulistas, foram atraídos pelas políticas desenvolvimentistas, acarretando novas formas de ocupação da região. Dentre as transformações que ocorreram, destacam-se:

A conectividade, permitindo à região comunicar-se internamente com o resto do país e com o exterior, rompendo com sua condição de grande “ilha”;

A estrutura da economia, que se transformou com a industrialização; hoje, a região ocupa o segundo lugar no país na exploração mineral e o terceiro na produção de bens de consumo duráveis;

A urbanização, alterando de tal modo a estrutura do povoamento que a Amazônia é hoje uma floresta urbanizada, com 69,07% dos seus 20 milhões de habitantes vivendo em núcleos urbanos, com importante papel na dinâmica regional;

A mudança na estrutura da sociedade regional – envolvendo diversificação social, conscientização e aprendizado político, fruto da conectividade, da mobilidade populacional e da urbanização – é, provavelmente, a mais importante transformação ocorrida, expressa na organização da sociedade civil e no despertar da região para as conquistas da cidadania;

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Esta mudança, inclusive, está na base de uma outra, posterior, que consiste na implantação de uma malha socioambiental representando uma nova forma de apropriação do território por grupos sociais, áreas protegidas e experimentos conservacionistas.

Enfim, um vasto território adquiriu uma nova escala como região efetiva do

país. Surgem novos protagonistas no processo de desenvolvimento regional. A ação combinada de processos globais, nacionais e regionais, políticas contraditórias, do ponto de vista ambiental e econômico, alteram o povoamento da região, expressando-se territorialmente no embate entre três grandes padrões de uso da terra: 1) a reprodução do ciclo de exploração da madeira/expansão da pecuária/desflorestamento; 2) as experiências sustentáveis do extrativismo florestal e pesqueiro tradicional melhorados; 3) a agropecuária capitalizada. b) Obtenção de fotografias panorâmicas e de pontos de uso da terra

As fotografias selecionadas de uso da terra foram distribuídas em aéreas panorâmicas (110) e de campo (91) o que permitiu montar a estrutura básica do banco de dados de uso da terra que poderá ser atualizado anualmente a partir do emprego da metodologia de sincronização do GPS com a máquina fotográfica digital (Figura 13).

Estas fotografias serviram de base para os ajustes da interpretação visual e da digitalização em tela realizada para obter o mapa de uso da terra no município de Rio Branco.

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Figura 13. Distribuição dos pontos de obtenção de fotografias de uso da terra no município de Rio Branco, Estado do Acre, no mês de agosto de 2006.

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Utilizando os dados de coordenadas dos pontos das fotografias é possível fazer uma análise aprofundada do ambiente. Por exemplo, na Figura 14, tem-se uma fotografia retirada na Reserva Extrativista Chico Mendes, no município de Rio Branco, e uma área da Depressão Juruá-Iaco.

Figura 14. Fotografia aérea panorâmica retirada do ponto de coordenadas UTM 490.897, 8.853.532, em 7 de agosto de 2006, na Reserva Extrativista Chico Mendes.

Na Figura 15, observa-se uma área recém-desmatada de floresta aberta com

bambu, nos limites do Projeto de Assentamento Figueira em área de solos predominantes do tipo Luvissolo Háplico Órtico típico. Este desmatamento ocorreu a 434 metros do leito do igarapé Pau Seco a 1.759 metros da Transacreana no ramal Jarinal. Desta forma, no âmbito do zoneamento municipal, usando as fotografias panorâmicas georreferenciadas, o técnico tem a possibilidade de incorporar informações temáticas com precisão, como neste caso, informações de solos, vegetação, rede viária e rede hidrográfica. Assim, as informações de uso podem ser constantemente atualizadas a partir do georreferenciamento das fotografias obtidas nas diversas viagens de campo feitas pela Secretaria de Meio Ambiente e Secretaria de Agricultura e Florestas, além daquelas realizadas no âmbito do grupo de trabalho que coordena o zoneamento municipal.

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Figura 15. Fotografia de uso da terra retirada do ponto de coordenadas UTM 565.291, 8.905.615, em 5 de agosto de 2006, no Projeto de Assentamento Figueira.

Em razão do georreferenciamento das fotografias podem-se facilmente

associar as informações do campo com os produtos temáticos. Na Figura 16, é possível observar pontos de tomada de fotografias aéreas panorâmicas. Neste caso, deve-se considerar que o ponto de obtenção está a 1.000 metros de altitude o que permite um maior recobrimento e detalhe de que lado da aeronave foi obtida a fotografia.

Na Figura 17, pode-se ter uma visão da paisagem na área do mapa (Figura 16), que se encontra dentro dos limites da área de proteção ambiental do São Francisco. Desta forma, com o uso das ferramentas de geoprocessamento é possível manter atualizado o banco de dados para realizar análises multitemporais e monitoramento da área.

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APA São Francisco

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Figura 16. Distribuição de pontos de tomada de fotografias aéreas panorâmicas em um trecho da rodovia Transacreana, município de Rio Branco, Estado do Acre*. *Cinza-claro: desmatamento; branco: floresta; linha verde: limites da APA São Francisco.

Figura 17. Fotografia panorâmica número 1732, obtida a partir das coordenadas UTM 598.519, 8.897.115, no município de Rio Branco, Estado do Acre.

c) Estudos de cobertura do solo

O mapa de uso da terra para o ano de 2005 foi construído a partir da base

dos limites municipais. Embora os limites utilizados por Oliveira, H. et al. (2006) sejam os dados oficiais do memorial descritivo dos limites municipais, foram observadas diferenças em alguns deles quando se ajusta à base cartográfica, principalmente naqueles pontos onde o memorial se refere aos limites naturais (Figura 18).

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Legenda

Limites municipais - Memorial Descritivo ITERACRE/INCRA

Limites municipais - ajustadoslimites naturais - escala 1:100.000

Figura 1824. Limites do município de Rio Branco, Estado do Acre.

Na avaliação do uso para o ano de 2005 houve uma redução na área do

município de 16.832 hectares que correspondem a 1,9%. Este ajuste é necessário pois permite a locação dos limites municipais em marcos naturais como divisores de água e rede de drenagem.

Os dados de 2005 revelam que o município de Rio Branco já apresenta 26% de área convertida (Figura 19) o que significa que em um ano de uso da terra (2004-2005) houve uma redução de 4% na área de floresta, condicionando uma conversão de 27.071 hectares. Além disso, o processo de fragmentação aumentou consideravelmente, uma vez que em 2004 foram quantificados 95 polígonos de floresta e em 2005 este número aumentou para 120 polígonos.

Floresta

74%

Desmatamento

26% Figura 19. Distribuição de floresta e área desmatada no município de Rio Branco, Estado do Acre, no ano de 2005.

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Em razão das condições climáticas do ano de 2005, no qual ocorreu uma das maiores secas já registradas no Acre, a imagem utilizada permitiu separar as áreas queimadas e aquelas com solo exposto, ou seja, com cobertura vegetal rala.

Desta forma as pastagens ocupam 62,6% da área convertida (Figura 20), ou seja, 141.124 hectares. As áreas queimadas, que são distribuídas em 1.336 polígonos e ocupam 35.816 hectares, são o segundo maior uso em extensão e podem ser áreas de floresta, capoeira, agricultura ou pastagem.

Agricultura

4.69%Área Urbana

2.52%

Capoeira

10.83%

Espelho d'água

1.46%

Pastagem

62.62%

Área queimada

15.89%

Praia

0.02%

Solo exposto

1.96%

Figura 2025. Distribuição da cobertura no solo nas áreas desmatadas do município de Rio Branco, Estado do Acre, 2005.

As capoeiras ocupam 10,8% da área convertida que representa 24.396 hectares distribuídos em 1.334 fragmentos com uma média de 18,2 hectares/fragmento. Considerando que a maioria destes fragmentos são frutos da agricultura migratória, a média das áreas indica capoeiras mais antigas, uma vez que as mais jovens teriam áreas menores.

As áreas possíveis de serem reconhecidas com cultivo ocupam 4,7% da área convertida o que corresponde a 10.578 hectares distribuídos em 681 fragmentos com uma média de 15,5 hectares. Vale ressaltar que parte da área utilizada com agricultura está na forma de capoeira (como capoeira jovem) e também nas áreas queimadas.

Por fim as menores áreas são ocupadas pela área urbana (2,5% da área convertida), solo exposto (2,0% da área convertida), espelho-d’água (1,5% da área convertida) e pelas praias (que ocupam menos de 0,1% da área sem cobertura florestal).

Embora a extensão do rio Acre que corta o município de Rio Branco seja de aproximadamente 76 quilômetros, só foi possível mapear cerca de 41 hectares em 2005.

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Uma forma de avaliar o processo de desmatamento é relacionar a sua distribuição com a situação fundiária do município de forma a entender a contribuição de cada estrato para o desmatamento municipal.

As unidades de conservação existentes em Rio Branco ocupam uma área de 198.275 hectares que corresponde a 22% do município (Tabela 3). O desmatamento total das quatro unidades de conservação até o ano de 2005 equivale a 25.059 hectares que contribuem com 10,6% do desmatamento municipal. Vale ressaltar a situação das áreas de proteção ambiental que atingem um desmatamento de 62% a 81%. Tabela 3. Distribuição do desmatamento nas diferentes categorias da estrutura fundiária do município de Rio Branco, Estado do Acre, 2005

Nome Área

Desmatada (%) Contribuição

desmatamento municipal (%)

Quantidade de fragmentos

Área antrópica (ha)

ha %

Unidades de conservação 198.274,7 22,45 12,64 10,6 3.586 25.059,34

APA Amapá 5.213,4 0,59 62,15 1,4 817 3.239,94

APA Irineu Serra 843,1 0,10 80,92 0,3 76 682,25

APA São Francisco 26.764,8 3,03 71,12 8,1 1.747 19.036,18

Reserva Extrativista Chico Mendes 165.453,4 18,73 1,27 0,9 946 2.100,97

Projetos de assentamento 88.822,5 10,06 54,13 20,4 4.780 48.075,77

PA Baixa Verde 4.035,4 0,46 84,88 1,5 180 3.425,13

PA Benfica 4.198,8 0,48 96,75 1,7 306 4.062,20

PA Boa Água 4.110,5 0,47 76,58 1,3 323 3.147,65

PA Carão 7.833,9 0,89 79,28 2,6 391 6.210,84

PA Colibri 1.498,1 0,17 58,23 0,4 234 872,34

PA Figueira 25.458,5 2,88 50,54 5,4 862 12.867,96

PA Gal. Moreno Maia 21.345,5 2,42 47,01 4,2 1.412 10.035,42

PA Itamaraty 7.083,6 0,80 46,82 1,4 228 3.316,44

PA Oriente 6.890,7 0,78 22,33 0,7 327 1.538,43

PA Vista Alegre 1.022,5 0,12 52,73 0,2 161 539,12

PAD Humaitá 1.244,9 0,14 60,77 0,3 135 756,54

PAD Pedro Peixoto 332,0 0,04 89,53 0,1 30 297,24

PAE Remanso 2.495,1 0,28 2,09 0,0 37 52,03

PAE Riozinho 137,3 0,02 0,01 0,0 21 0,01

PCA Casulo Geraldo Mesquita 223,0 0,03 92,02 0,1 47 205,19

PCA Casulo Hélio Pimenta 138,9 0,02 99,35 0,1 10 137,97

PCA Geraldo Fleming 323,3 0,04 66,13 0,1 24 213,79

PE Pólo Agroflorestal Benfica 150,0 0,02 100,00 0,1 11 149,96

PE Pólo Agroflorestal Wilson Pinheiro 300,6 0,03 82,34 0,1 41 247,50

Propriedades particulares 375.832,2 42,6 23,7 37,7 7.883 89.149,77

Áreas discriminadas 200.972,4 22,8 36,3 30,9 6.624 72.882,09

Áreas arrecadadas 2.350,4 0,3 44,4 0,4 4 1.043,97

A APA do São Francisco apresenta 71% de seu território convertido,

contribuindo com uma área de 19.036 hectares para o desmatamento municipal. Desta forma, 76% dos desmatamentos em Rio Branco em unidades de conservação ocorrem na APA do São Francisco (Figura 21), que além de possuir a maior área convertida das quatro unidades de conservação ainda apresenta nos seus limites 1.747 fragmentos de ação antrópica.

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A APA do Amapá apresenta 62% do seu território convertido e contribui com 1,4% do desmatamento municipal, sendo de 13% a participação no desmatamento em unidades de conservação no município de Rio Branco (Figura 21).

A APA Irineu Serra é a menor unidade de conservação do município e possui 843,1 hectares, sendo 682 deles já desmatados, o que representa 81% do território.

APA Amapá

13%

APA Irineu Serra

3%

APA São Francisco

76%

Reserva Extrativista

Chico Mendes

8%

Figura 21. Distribuição da contribuição do desmatamento em unidades de conservação no município de Rio Branco, Estado do Acre, 2005.

A Reserva Extrativista Chico Mendes possui 18% do seu território no município de Rio Branco o que corresponde a 165.453,4 hectares. Apenas 1,3% desta área encontra-se desmatada em 946 fragmentos com uma média de 2,2 hectares por fragmento. Assim, fica evidente que esta forma de fragmentação está associada a colocações no interior da floresta, e as dificuldades de acesso e posição desta área em relação ao território da reserva contribuem para a baixa taxa de desmatamento.

Os projetos de assentamentos nas diferentes modalidades representam 10,1% do território rio-branquense e possuem uma área total de 88.822,5 hectares, dos quais 54,1% se encontram desmatados. São 48.075,77 de área convertida distribuída em 4.780 fragmentos com uma média de 10,1 hectares.

O assentamento que mais contribui para o desmatamento de Rio Branco é

o PA Figueira o qual está com 50,5% do seu território convertido o que representa 12.868 hectares desmatados. Os outros quatro maiores participantes no desmatamento municipal são PA Gal. Moreno Maia (10.035 ha), PA Carão (6.211), PA Benfica (4.062 ha) e PA Baixa Verde (3.425,13 ha), conforme se pode observar na Figura 22.

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0.00

2000.00

4000.00

6000.00

8000.00

10000.00

12000.00

14000.00

De

sm

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P.A. B

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Projetos de Assentamento Figura 22. Área desmatada por projeto de assentamento no município de Rio Branco, Estado do Acre, 2005.

Embora as propriedades particulares não tenham sido georreferenciadas

individualmente, encontra-se na base de dados do ZEE-Acre (Fase II) o polígono referente a estas áreas que em Rio Branco ocupam 375.832 hectares (43% do município), dos quais 24% já se encontram desmatados o que representa uma contribuição de 38% para o desmatamento municipal. São 7.883 fragmentos no interior das propriedades particulares em uma área de 89.150 hectares o que corresponde a uma média de 11,3 hectares por fragmento.

Ocorrem ainda no município as áreas discriminadas. A ação discriminatória é de competência do poder público federal (quando em faixa de fronteira) ou dos estados e o seu objetivo é separar as terras devolutas (art. 1º da Lei nº. 6.383, de 1976) ou as terras de domínio público (art. 1º da Lei nº. 3.081, de 1956) das de domínio particular. Cabe aos pretensos proprietários de terras contidas nos limites da área discriminada demonstrar a origem de seus títulos para provar o domínio particular.

As áreas discriminadas ocupam 200.972 hectares (23% da área do município de Rio Branco) e apresentam um desmatamento de 36% o que corresponde a 72.882 hectares distribuídos em 6.624 fragmentos com uma média de 11 hectares/fragmento.

Existe apenas uma área arrecadada no município de Rio Branco: a Gleba Oriente e Sol Nascente, que possui uma extensão de 2.350 hectares e já se encontra com 44% de seu território desmatado.

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Desta forma as propriedades particulares contribuem com a maior parte do desmatamento municipal (37,7% das áreas desmatadas estão nestas propriedades) e, em seguida, estão as áreas discriminadas com 30,9% (Figura 23).

Propriedade

Particulares

37.7%

Projetos de

assentamento

20.4%

Áreas arrecadadas

0.4%

Unidades de

conservação

10.6%Áreas Discriminadas

30.9%

Figura 2326. Contribuição das diferentes categorias fundiárias para o desmatamento do município de Rio Branco, Estado do Acre, 2005.

Os projetos de assentamento contribuem com 20,4% do desmatamento municipal, as unidades de conservação com 10,6% e as áreas arrecadadas, em função de sua extensão, contribuem com 0,4%.

Ao se comparar os dados do ZEE-Acre de 2004 e os dados do Zeas aos quais se refere este relatório é possível verificar alguns pontos importantes.

As áreas utilizadas para agricultura evoluíram cerca de 7.197 hectares o que corresponde a um incremento de 213% (Tabela 4). Além do procedimento metodológico mais rigoroso para o mapeamento houve uma melhor visualização destas áreas em função do número de queimadas no município neste ano.

Tabela 4. Evolução do uso da terra no município de Rio Branco, Estado do Acre (2004-2005)

Uso/cobertura Área (ha) Evolução

2004 2005 (ha) %

Agricultura 3.382,0 10.578,7 7.196,7 212,8 Área urbana 6.693,7 5.689,5 -1.004,2 -15,0

Capoeira 42.272,2 24.396,0 -17.876,2 -42,3 Massa -d'água 3.318,0 3.283,0 -35,0 -1,1

Pastagem 159.443,6 141.124,6 -18.319,1 -11,5 Praia 0,7 41,2 40,5 6.165,0

Solo exposto 0,0 4.419,2 4.419,2 - Área queimada 0,0 35.816,7 35.816,7 -

Floresta 668.436,4 641.365,3 -27.071,1 -4,0

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A área urbana reduziu cerca de 15% em razão do mapeamento de algumas feições de capoeiras, espelhos-d’água e mesmo fragmentos florestais como o do Campus da Universidade Federal do Acre, não mapeados em 2004.

As áreas de capoeira reduziram cerca de 42%, indicando o uso intensivo para cultivos anuais e para implantação de pastagens, uma vez que esta redução foi condicionada pelas queimadas fazendo com que essas áreas fossem inseridas em outra categoria de cobertura do solo.

Os espelhos-d’água, que representam a lâmina de água do rio Acre e os açudes (visíveis na escala de mapeamento e no sensor utilizado), existentes tiveram uma redução de 1,1% provavelmente em função da seca que atingiu a região em 2005.

As pastagens tiveram uma redução de 11,5% que corresponde àquelas áreas que passaram para capoeira ou áreas de pastagens recém-queimadas que foram inseridas em outra categoria de legenda (áreas queimadas).

Para o ano de 2005 foi inserida outra categoria de legenda que não existia em 2004, as áreas de solo exposto que correspondem a 4.419 hectares e possuem uma vegetação muito rala.

As áreas queimadas que não haviam sido mapeadas em 2004, em função da época da imagem e da baixa representatividade desta categoria, no ano de 2005 ocuparam 35.817 hectares, que representam área de pastagens, capoeiras e floresta primária que foram queimadas.

Desta forma, em um ano foram convertidos 27.071 hectares de floresta primária o que corresponde a uma redução de 4% na cobertura florestal do município de Rio Branco.

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5. Conclusões e Recomendações

Com base nos dados obtidos foi possível estabelecer as seguintes conclusões:

O município de Rio Branco apresenta 26% de área desmatada o que significa que em um ano de uso da terra (2004-2005) houve uma redução de 4% na área de floresta, condicionando uma conversão de 27.071 hectares em um ano;

As pastagens ocupam 62,6% da área convertida, ou seja, 141.124 hectares, sendo o segundo maior uso em extensão as áreas queimadas que correspondem a 35.816 hectares;

O desmatamento total das quatro unidades de conservação até 2005 equivale a 25.059 hectares que contribuem com 10,6% do desmatamento municipal;

As propriedades particulares contribuem com a maior parte do desmatamento municipal uma vez que 37,7% das áreas desmatadas estão nestas propriedades.

Com base nos dados obtidos pelo estudo é possível estabelecer as seguintes recomendações gerais:

Deve-se inserir como procedimento metodológico padrão dos trabalhos de campo do Zeas o georreferenciamento das fotografias de uso da terra para consolidar o banco de dados e realizar análises multitemporais, inclusive estabelecendo pontos para monitoramento anual;

Deve-se estruturar um programa de monitoramento da cobertura vegetal do município de Rio Branco, de forma que anualmente estes dados sirvam de base para o planejamento das ações de uso da terra, fiscalização, controle e educação ambiental;

A base fundiária do município na escala de 1:100.00 é inconsistente, devendo-se priorizar o detalhamento desta base nos assentamentos, por meio da materialização dos lotes, nas grandes propriedades e nos seringais pelo georreferenciamento.

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7. Anexos

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Anexo I. Lista de pontos de uso da terra, agosto de 2006

Zona X Y Cód. Data / hora Azimute Velocidade

km h-1

Fotografia 1 Fotografia 2 Fotografia 3 Fotografia 4

19L 620575 8905065 1 8/2/2006 18:17 345 25.50 7110

19L 619811 8905129 2 8/2/2006 18:21 250 5.12 7112

19L 619657 8905047 3 8/2/2006 18:33 180 0.21 7121

19L 619628 8905042 4 8/2/2006 18:36 257 3.43 7123

19L 620233 8905250 5 8/2/2006 18:48 15 5.07 7129

19L 620172 8905377 6 8/2/2006 18:51 331 3.54 7134

19L 620179 8905414 7 8/2/2006 18:54 129 1.85 7139

19L 620304 8905140 8 8/2/2006 19:06 169 4.21 7154

19L 620298 8905067 9 8/2/2006 19:09 0 0.07 7159

19L 620299 8905068 10 8/2/2006 19:09 63 1.58 7164

19L 620459 8905033 11 8/2/2006 19:19 101 4.17 7177

19L 629258 8884518 12 8/3/2006 19:25 20 15.22 1389

19L 629584 8886015 13 8/3/2006 19:28 107 5.58 1394

19L 629677 8885986 14 8/3/2006 19:29 107 11.28 1395

19L 629675 8885985 15 8/3/2006 19:29 236 0.26 1398

19L 629911 8885936 16 8/3/2006 19:32 90 0.07 1400

19L 630223 8885875 17 8/3/2006 19:35 219 0.45 1402

19L 630786 8885211 18 8/3/2006 19:38 126 1.93 1407

19L 630325 8885765 19 8/3/2006 19:41 322 6.91 1411

19L 630086 8885908 20 8/3/2006 19:50 225 11.68 1415

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19L 525893 8898414 22 8/4/2006 14:47 203 1.05 1416

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19L 526811 8900740 28 8/4/2006 15:40 180 0.43 1427

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19L 527802 8902021 36 8/4/2006 15:51 49 0.65 1443

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19L 528897 8906488 42 8/4/2006 16:15 276 14.76 1458

19L 530294 8909735 43 8/4/2006 16:36 274 0.92 1466

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19L 531599 8910968 45 8/4/2006 16:46 354 17.18 1461

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19L 539186 8915349 52 8/4/2006 18:11 87 25.80 7331

19L 547698 8917389 53 8/4/2006 19:03 75 1.84 7352

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19L 610916 8896845 64 8/5/2006 10:28 275 18.06 1488

19L 611137 8897282 65 8/5/2006 10:30 219 2.02 1490

Page 39: Uso da Terra no município de Rio Branco

Imac – Instituto de Meio Ambiente do Acre Rua Rui Barbosa, 135, Bairro: Centro, Rio Branco, Acre

Tel.: (68) 3224-5497, e-mail: [email protected]

39

Zona X Y Cód. Data / hora Azimute Velocidade

Km h -1 Fotografia 1 Fotografia 2 Fotografia 3 Fotografia 4

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19L 565291 8905615 70 8/5/2006 11:58 166 0.28 1516

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19L 548172 8901167 75 8/5/2006 13:08 30 2.46 1537

19L 653135 8888217 76 8/5/2006 16:02 125 1.37 1555

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19L 657752 8887881 78 8/5/2006 16:12 58 28.67 1565

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19L 565485 8906063 83 8/6/2006 10:21 243 0.31 7556

19L 565487 8906063 84 8/6/2006 10:22 109 0.22 7559

19L 551722 8896076 85 8/6/2006 11:14 199 5.18 7564

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19L 551220 8893850 87 8/6/2006 11:43 270 1.98 7569

19L 551173 8893853 88 8/6/2006 11:49 327 0.25 7572

19L 551173 8893850 89 8/6/2006 11:51 194 0.28 7576 7606 7613 7615

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19L 615980 8891189 91 8/6/2006 14:04 67 104.84 7622

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19L 587589 8896109 104 8/7/2006 9:41 247 219.09 1625

19L 585872 8895262 105 8/7/2006 9:41 244 222.36 1626 1627

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19L 478916 8849679 113 8/7/2006 10:13 253 212.94 1639

19L 477214 8849064 114 8/7/2006 10:13 250 210.10 1640

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19L 468728 8837914 118 8/7/2006 10:22 88 223.80 1644

19L 470650 8837699 119 8/7/2006 10:23 96 224.65 1645

19L 474413 8837460 120 8/7/2006 10:24 87 223.31 1646

19L 478250 8837730 121 8/7/2006 10:25 85 223.44 1647

19L 482065 8837269 122 8/7/2006 10:26 100 228.12 1648

19L 483991 8836999 123 8/7/2006 10:26 98 225.78 1649

19L 491403 8839583 124 8/7/2006 10:29 8 206.68 1650

19L 484792 8871265 125 8/7/2006 10:38 351 209.16 1653

19L 483987 8881921 126 8/7/2006 10:41 10 217.57 1655 1656

19L 483986 8883667 127 8/7/2006 10:41 360 209.61 1657 1658 1659

19L 483937 8885506 128 8/7/2006 10:42 358 213.59 1661

19L 483955 8887405 129 8/7/2006 10:42 1 220.49 1662 1663

19L 484589 8889039 130 8/7/2006 10:43 21 210.45 1666 1667

19L 486217 8890009 131 8/7/2006 10:43 59 219.96 1668

19L 488104 8890462 132 8/7/2006 10:44 76 225.35 1669 1670

19L 489992 8890907 133 8/7/2006 10:45 77 225.33 1671

Page 40: Uso da Terra no município de Rio Branco

Imac – Instituto de Meio Ambiente do Acre Rua Rui Barbosa, 135, Bairro: Centro, Rio Branco, Acre

Tel.: (68) 3224-5497, e-mail: [email protected]

40

Zona X Y Cod Data/hora Azimute Velocidade

km/h Fotografia 1 Fotografia 2 Fotografia 3 Fotografia 4

19L 491795 8891412 134 8/7/2006 10:45 74 224.67 1672

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19L 515781 8901231 136 8/7/2006 10:52 73 217.38 1675 1676

19L 520667 8903725 137 8/7/2006 10:54 60 213.90 1677

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19L 525440 8906351 140 8/7/2006 10:55 69 217.04 1681

19L 527299 8906542 141 8/7/2006 10:56 84 217.04 1682

19L 529138 8906393 142 8/7/2006 10:56 95 221.46 1683 1684

19L 530574 8905472 143 8/7/2006 10:57 123 204.76 1685

19L 531485 8903987 144 8/7/2006 10:57 148 202.25 1686 1687

19L 561335 8887057 145 8/7/2006 11:08 113 216.38 1688

19L 562855 8886044 146 8/7/2006 11:08 124 219.1 1689

19L 570131 8880174 147 8/7/2006 11:11 122 231.70 1690

19L 571923 8879209 148 8/7/2006 11:11 118 236.37 1691

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19L 597335 8887887 157 8/7/2006 11:22 358 211.06 1709 1710

19L 597348 8889656 158 8/7/2006 11:23 0 212.34 1712

19L 597354 8893178 159 8/7/2006 11:24 360 209.21 1715

19L 597304 8894979 160 8/7/2006 11:24 358 209.23 1716

19L 597341 8896836 161 8/7/2006 11:25 1 215.71 1717

19L 597387 8898595 162 8/7/2006 11:25 1 211.11 1718

19L 597469 8907570 163 8/7/2006 11:28 359 219.04 1719

19L 597195 8909423 164 8/7/2006 11:28 352 217.54 1720

19L 596905 8911281 165 8/7/2006 11:29 351 218.39 1721 1722

19L 597923 8912303 166 8/7/2006 11:29 45 167.50 1723 1724

19L 598634 8910782 167 8/7/2006 11:30 155 201.40 1725 1726

19L 598457 8908842 168 8/7/2006 11:30 185 233.74 1727 1728

19L 598592 8903070 169 8/7/2006 11:32 179 230.77 1729

19L 598641 8901059 170 8/7/2006 11:32 179 233.54 1730

19L 598533 8899080 171 8/7/2006 11:33 183 230.18 1731

19L 598519 8897115 172 8/7/2006 11:33 180 228.29 1732 1733

19L 599149 8891399 173 8/7/2006 11:35 166 228.25 1734

19L 599328 8889534 174 8/7/2006 11:35 175 224.74 1735 1736

19L 596098 8898604 175 8/7/2006 11:39 5 215.14 1737

19L 610639 8894994 176 8/7/2006 11:44 113 222.12 1738

19L 617924 8893710 177 8/7/2006 11:46 96 216.96 1739

19L 619732 8893109 178 8/7/2006 11:46 108 221.31 1740

19L 621486 8892452 179 8/7/2006 11:47 111 224.70 1741

19L 622842 8889602 180 8/7/2006 11:48 183 226.03 1742 1743

19L 622850 8887652 181 8/7/2006 11:48 180 226.45 1744 1745 1746

19L 622903 8885753 182 8/7/2006 11:49 178 228.05 1747

19L 625180 8865008 183 8/7/2006 11:55 91 199.21 1748

19L 627444 8866793 184 8/7/2006 11:56 24 176.06 1750

19L 627647 8868432 185 8/7/2006 11:56 7 198.18 1751

19L 627652 8870142 186 8/7/2006 11:57 0 198.62 1752

19L 627629 8871834 187 8/7/2006 11:57 359 203.06 1753 1754

19L 627348 8883444 188 8/7/2006 12:01 357 188.92 1755

19L 626986 8890000 189 8/7/2006 12:03 358 193.60 1756

19L 627099 8891688 190 8/7/2006 12:03 4 202.93 1757 1758

19L 626998 8893430 191 8/7/2006 12:04 357 202.71 1759 1760

19L 626794 8895147 192 8/7/2006 12:04 353 200.79 1761 1762 1763

19L 626603 8896813 193 8/7/2006 12:05 353 201.15 1764 1765

19L 626884 8898513 194 8/7/2006 12:05 9 200.15 1766 1767

19L 627494 8900127 195 8/7/2006 12:06 21 207.04 1768

19L 651537 8904997 196 8/7/2006 12:17 358 206.01 1769

19L 651688 8908417 197 8/7/2006 12:18 6 201.18 1770

19L 629557 8896828 198 8/7/2006 12:37 325 224.06 1771

19L 628494 8898274 199 8/7/2006 12:37 324 215.30 1772

19L 621000 8902218 200 8/7/2006 12:40 302 194.15 1773

19L 620678 8909060 201 8/7/2006 13:03 63 0.15 1774

Page 41: Uso da Terra no município de Rio Branco

Imac – Instituto de Meio Ambiente do Acre Rua Rui Barbosa, 135, Bairro: Centro, Rio Branco, Acre

Tel.: (68) 3224-5497, e-mail: [email protected]

41

Anexo II. Mapa de pontos coletados.

69°0'0"W

69°0'0"W

68°0'0"W

68°0'0"W

10

°0'0

"S

10

°0'0

"S

Figura 24 - Localização dos pontos amostrados no município de Rio Branco, Acre.