Upload
phungkien
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
urbanização de assentamentos precários | paraisópolis mecanismos de inclusão da cidade informal
eliane roberto ferreiratecnóloga de construção civil | arquiteta e urbanista
email: [email protected]
fevereiro de 2011
urbanização de assentamentos precários | paraisópolis mecanismos de inclusão da cidade informal
eliane roberto ferreira
fevereiro de 2011
apresentação
O presente artigo é parte do trabalho final de graduação realizado pela autora no ano de 2010 na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e
Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas, com o título de “|Re| integração social na favela de Paraisópolis: mecanismos de inclusão da cidade informal”.
O avanço da mecanização do campo e a demanda da mão-de-obra pelas indústrias resultou no êxodo populacional para os centros urbanos, pelo menos, metade da população mundial, hoje, vive nas cidades.
Cidades sem infra-estrutura capaz de acompanhar o crescimento populacional, com a quase ausência de políticas habitacionais e planejamento urbano ineficaz, a população de baixa renda é impelida a ocupar áreas ambientalmente frágeis, vivendo em condições de risco e degradação.
Para desenvolvimento deste trabalho foi escolhida como estudo de caso a favela Paraisópolis, segunda maior da cidade de São Paulo. A proposta consiste em uma intervenção urbana pautada em uma linha condutora dividida em três hierarquias: condicionantes do projeto, onde foi feito o reconhecimento das restrições físicas e legais do lugar; deficiências, onde são elencados os maiores problemas e, por último, o levantamento das potencialidades urbanísticas locais, aquelas que podem ser incorporadas ao projeto . Em seguida, já estabelecidas as intervenções necessárias, a proposta é dividida em etapas de implantação, reconhecendo a inviabilidade de se fazer todas as intervenções concomitantemente e, a medida que a intervenção se sucede, se irradia pela comunidade como um processo de produção do espaço.[1]
O projeto está inserido nas diretrizes dos planos de urbanização de favelas, estabelecidos pela Prefeitura Municipal da cidade de São Paulo, o qual "busca oferecer aos moradores das comunidades carentes o direito à cidade, trabalhando em prol das funções sociais e do bem-estar da população".
3
A tática de intervenção estabelece-se na oferta de um programa que contemple os equipamentos de que a comunidade é mais carente, inseridos no setor mais degradado, conferindo uma nova centralidade local, a seguir a irradiação desse programa por todo o assentamento, aumentando o alcance da população atendida até extrapolar os limites da comunidade, permitindo a integração com o bairro.
Para viabilizar a proposta, inicialmente é feita a remoção das moradias sob condições de alto risco de desabamento e risco de inundação e implantação de um parque linear nas imediações do córrego do Grotão; redesenho do viário, através da abertura de novas ruas possibilitando o acesso veicular e peatonal em áreas onde o acesso praticamente inexiste, além disso, a reorganização das vias que muito estreitas são incapazes de receber o fluxo de mão dupla.
Considerando que o espaço público formal do local estabelece-se, principalmente, através das vias de acesso e passeio, propõe-se o trabalho nas calçadas através de sua criação onde ela inexiste, aumento de suas dimensões quando possível, implantação de mobiliário urbano, conferindo a esses espaços uma nova identidade e através do tratamento diferenciado, hierarquias entre as ruas que estabelecerão conexões entre os novos edifícios implantados. É sugerida a construção de edifícios educacionais, uma unidade básica de saúde, plataforma de embarque e desembarque, áreas de lazer e unidades habitacionais.
A metodologia de projeto foi desenvolvida através de estudos sobre a crise habitacional, instalação e consolidação das favelas no Brasil, as tipologias e parâmetros de intervenção pública, com enfoque na cidade de São Paulo; análise do crescimento da favela Paraisópolis, além das visitas de campo na favela e no seu entorno para entendimento do lugar, das relações com os bairros vizinhos e levantamento das necessidades mais latentes. Em seguida, estabelecido um programa de necessidades fundamentado nesses levantamentos e, por último, o desenvolvimento de uma proposta urbana que busca o crescimento local, a inclusão social e a inserção da favela, como área permeável e participativa no contexto urbano.
[1] ver maricato (2009)
foto da capa: acervo pessoal / 2010foto página 1: acervo pessoal / 2010foto página 3: sehab - 2008
urbanização de favelas
4
novos assentamentos = mais áreas degradadas
crescimentocrescimento
favelas
o que é urbanização de favelas?áreas informalmente assentadas são gradualmente melhoradas, formalizadas e incorporadas à cidade | dotar comunidades precárias de infra-estrutura básica, equipamentos públicos e áreas de lazer “construir a cidade onde já existe habitação”
a construção das habitações não acompanhou o ritmo acelerado de urbanização das cidades
miséria e degradação
urbanizar favelassolução mais eficaz
agravante do problema
erradicação | reurbanizaçãomiséria e degradação | teorias e métodos em defasagem diante do constante crescimento
hortas
lazer
infra-estrutura
música
cinema e teatro
lazer
lazer malha viária
vegetação de contenção
transporte
mobiliário e u p m n oq i a e t acessibilidade dança
ginástica
habitação
energia
inclusão
biblioteca
sustentabilidade restaurante ciclovia
saúde
educação
redes regularização fundiária
profissionalizar
iluminação
ruas
participação
serviçostrabalho com água
lixo área de risco utilização dos vazios
melhoria por contágio
porque urbanizar favelas?para integrar a favela à cidade através de infra-estrutura, serviços, equipamentos públicos e políticas sociais, de desenvolvimento e planejamento urbano | estender o acesso à terra e cidadania à todos | complementar e oferecer condições ambientais.
para quem urbanizar favelas?
Segundo o IBGE são aproximadamente 6,5 milhões de favelados no Brasil ou 51 milhões de pessoas distribuídas em assentamentos irregulares | 3 milhões de pessoas morando em favelas na cidade de São Paulo | as favelas surgem como alternativa àqueles que não têm condições de pagar pela moradia | sem perspectiva de emprego formal e de outras oportunidades.[3]
[2] PMSP (2008)
"O desenvolvimento desigual é a desigualdade social estampada na paisagem geográfica e é simultaneamente a exploração d a q u e l a d e s i g u a l d a d e geográfica para certos fins sociais determinados". (SMITH, 1988).
identificação do problema
quadro de pobreza e
desigualdades sociais
nos próximos 25 anos o crescimento será de 1,8 bilhões de
pessoas - principalmente nos países em desenvolvimento [2]
[3] PMSP (2008)
5
foto: acervo pessoal / 2010
favelas6
Brasil -183 milhões de habitantes; 6,5 milhões de favelados
ou 51 milhões de pessoas distribuídas em assentamentos irregulares
Paraisópolis -2°maior favela de São Paulo; 60 mil moradores residindo em aproximadamente 20 mil casas;
Região Metropolitana de São Paulo -19,8 milhões de habitantes 9% do PIB nacional Cidade de São Paulo -10.9 milhões de habitantes; mais de 3 milhões morando em favelas; 1567 favelas; 1152 loteamentos irregulares;
1885 cortiços;
Estado de São Paulo -41,4 milhões de habitantes 34% do PIB nacional
A demanda da mão-de-obra pelas indústrias e o avanço da mecanização do campo resultou no êxodo das pessoas para os centros urbanos,
atualmente a população mundial é de 6,5 bilhões de habitantes e metade desse contingente vive nas cidades[4]. Cidades que não têm infra-estrutura capaz de acompanhar esse crescimento, sem políticas públicas adequadas ao atendimento de todos, com um mercado imobiliário inacessível por uma população cuja renda familiar é muito baixa. Resultando em miséria e degradação, em teorias e métodos, medidas que parecem sempre estar em defasagem diante do constante crescimento.
Não obstante, a sociedade diferenciada e cada vez mais individualizada não mantém coesa a democracia. Com os avanços tecnológicos na comunicação e na informação ela passou a ser global e concomitantemente, fragmentada, e sob essa ótica assistimos a uma cidade contraditória "(...) uma paisagem cheia de disparates e incongruências, formada por arranhacéus 'inteligentes' implantados em avenidas sem esgoto, barracos com antenas parabólicas, malabaristas diante de carros blindados (...)" (ARANTES e FIX, 2008)[5].
A pobreza está intrinsecamente ligada à riqueza, a maior prova disso é a existência do maior número de assentamentos informais nas cidades mais ricas[6]. As favelas surgem como alternativa àqueles que não têm condições de pagar pela moradia, que não têm perspectiva de emprego formal ou de oportunidades, seguindo a ordem da especulação imobiliária, delineando assim, as formas das cidades de hoje. Segundo Koolhaas (2006), "a cidade contemporânea, aquela que é constituída por essas periferias, deveria gerar uma espécie de manifesto, uma homenagem prematura a uma forma de modernidade que, confrontada com as cidades do passado, talvez parecesse desprovida de qualidades, mas na qual um dia haveremos de reconhecer ao mesmo tempo vantagens e desvantagens.” Através da consolidação do regime de exclusão permanente a cidade passa a ser redefinida, ela é truncada, desigual e injusta. Enquanto observamos que para a construção de uma ponte com o intuito de desafogar o trânsito ou para conferir à cidade um novo cartão postal centenas de famílias são flageladas[7], configurando o caráter dualista da cidade, embora as situações coexistentes sejam conscientes de sua dependência, uma é estranha à outra.[8]
[4]Fonte: DAVIS, 1998.[5] Pedro Arantes e Mariana Fix: São Paulo: metrópole ornitorrinco, 2008.[6] Das 3000 favelas existentes no Brasil, cerca de 1600 estão localizadas na cidade de São Paulo. Dados da PMSP (2008).[7] Ponte Estaiada Otávio Frias de Oliveira: As famílias que ainda residiam nas adjacencias da ponte foram removidas recentemente.[8] VIGLIECCA (2006), sobre o projeto de urbanização da favela de Paraisópolis. Fonte: www.vitruvius.com.br - acesso em maio/2010.
paraisópolis7
A Favela de Paraisópolis localiza-se na zona sudoestede São Paulo, na Sub-Prefeitura de Campo Limpo e é considerada a segunda maior favela da capital.
Com, aproximadamente, 60 mil moradores, ocupa uma área de 798.695 m² e tem cerca de 18.000 domicílios ocupados por famílias com renda média de R$ 558,00. Aproximadamente dois mil imóveis foram regularizados pelo governo municipal em 192 lotes, onde aproximadamente 100 proprietários foram beneficiados com o usocapião.[9]
O conjunto formado pelas comunidades de Paraisópolis, do Jardim Colombo e Porto Seguro é denominado de Complexo Paraisópolis. Localizada em uma das regiões mais ricas de São Paulo, a antiga fazenda que hoje é chamada de Paraisópolis, em 1921 foi dividida em 2.200 lotes e começou a ser invadida na década de 1950 por trabalhadores, atraídos para o bairro com a construção de casas de alto padrão. Por não serem terrenos públicos, o que compromete a regularização, a Prefeitura incentivou que os donos dos terrenos trocassem as dívidas com o governo pelas terras invadidas[10]. Em 2002, o Plano Diretor do município criou mecanismos legais para permitir a urbanização e legalização da favela[11].
O surto de crescimento populacional ocorrido nas décadas de 60 e 70 fez com que migrantes vindos de diversas partes do Brasil, em sua maioria do Nordeste, para trabalhar no mercado da construção civil, aumentassem a população de Paraisópolis. Esse crescimento foi acentuado com o desfavelamento de áreas mais nobres nas gestões dos governos de Paulo Malluf e Celso Pitta, ocasionando a mudança dos moradores de uma favela erradicada para um assentamento em processo de consolidação. Atualmente, a maioria dos moradores trabalham na região, no próprio comércio local ou prestando serviços domésticos para o bairro vizinho.
A favela sempre foi assolada por problemas como a falta de infra-estrutura básica, falta de escola, posto de saúde, água encanada, rede de coleta de esgoto, luz elétrica, segurança, transportes e ruas asfaltadas; mas hoje, Paraisópolis adquire o perfil de um bairro, através da realização de ob-ras públicas e privadas, como a instalação de redes de água e de esgoto; fornecimento de energia elétrica, o alargamento e nivelamento de ruas; os habitantes passam a dispor de um endereço.
[9] Dados da Secretaria Municipal de Habitação retirados do livro da PMSP Urbanização de Favelas: Experiência em São Paulo (2008). [10] Para fomentar a regularização fundiária, foram publicadas a Lei n°14.062/2005 e os Decretos n°47.144/2006 e n°47.272/2006. Fonte: PMSP (2008).[11] Fonte: www.prefeitura.sp.gov.br – consulta em fev/2010.
1954
1994
2004
2010
imagens: sehab - acesso 2009
As obras como a de um Centro Educacional Unificado (CEU); escola técnica, escolas de ensino fundamental e médio; e até mesmo a inauguração
de uma loja das Casas Bahia, ajudaram a valorizar os imóveis na favela.
Para a arquiteta Maria Teresa Diniz, coordenadora do Programa de Urbanização do Paraisópolis, "a transformação de Paraisópolis em bairro é um processo irreversível". A população que vive em áreas de risco, estimada em 2,4 mil pessoas, será levada pela Secretaria Municipal de Habitação para conjuntos habitacionais em construção em Paraisópolis ou para apartamentos construídos pela CDHU, do governo estadual[12].
Todavia, para Secchi (2010), "estão fazendo muitos projetos que estão avançando na hipótese de que essa favela possa se transformar em um bairro normal, moderno. Acho que não é possível. Não temos dinheiro, meios nem tempo para fazer isso. O que vi hoje é importante, como escolas, creches e esportes. Aquelas pessoas não são tão pobres assim. Se os ajudarmos a melhorar a situação em que vivem, elas conseguem. A arquitetura tem de fazer algumas sugestões claras, mas, se quisermos mudar radicalmente todas as favelas, não teremos sucesso."
Existe uma série de projetos para a urbanização de Paraisópolis, a maioria está voltado para a melhoria das habitações. Com a canalização do Córrego do Brejo, por exemplo, as famílias que moravam nas margens foram realocadas para áreas menos adensadas dentro da favela. Existe, ainda, o projeto Paraisópolis, que visa integrar os núcleos Paraisópolis, Jardim Colombo e Porto Seguro à cidade formal por meio da regularização urbanística e fundiária, com acesso à infra-estrutura, à inclusão social e à melhoria de suas condições ambientais, de habitabilidade e saúde.
De acordo com a PMSP (2008), após a superação de barreiras legais, que impossibilitavam o investimento de recursos públicos em áreas de propriedade particular, a partir de 2006 foram inciadas as obras de intervenção "prevendo a universalização do acesso aos serviços públicos". A implantação do projeto acontece de forma coletiva e conta com a criação de novos espaços urbanos destinados ao convívio. Os moradores são integrados ao trabalho através de uma rede de organizações não-g o ve r n a m e nta i s a t u a nte s n a fave l a ( Fó r u m Multientidades); "eles são conscientizados do processo de urbanização para que entendam os benefícios da mudança trazida pelas obras".
[12] Fonte: www.prefeitura.sp.gov.br – consulta em fev/2010.
8
9
Estádio doMorumbi
Av. Giovanni Gronchi
Av. João Dias
Term. João Dias
Estrada de Itapecerica
Porto Seguro
Jd. Colombo
Vila Praia
Jd. Rebouças
Jd. Olinda
Jd. Catanduva
Pq. Regina
Pullman
Complexo Paraisópolis
Zona de CentrPolar: Pq. Ara
alidaderiba
N
paraisópolis | localização
foto de satélite: acesso - 2010
10
paraisópolis | divisão
imagem: foto de satélitefavela paraisópolis - sem escalafonte: Google - acesso outubro 2010
legenda:
avenida giovanni gronchivia perimetral
córregos
Nfoto de satélite: acesso - 2010
setor antonico
setor brejo
setor grotinho
setor centro
área incorporada
Situação atual: topografia acidentada, apresenta risco de desabamento para as casas que se encontram na encosta do morro cuja arquitetura é precária. Existência de moradias de chapas de madeira.Nível de degradação: altorepresenta: 15% da população
Situação atual: topografia acidentada. Nível de degradação: altorepresenta: 10% da população
Situação atual: região menos acidentada, nela está localizado o Córrego do Brejo. Muitas famílias foram removidas durante o processo de canalização do córrego.Nível de degradação: baixorepresenta: 20% da população
Situação atual: região cortada pelo córrego Antonico, subafluente do Ribeirão Pirajussara. Concentração do comércio.Nível de degradação: médiorepresenta: 40 % da população
Situação atual: concentração de residências. Nível de degradação: médiorepresenta: 15% da população
Área que se encontrava vazia e a PMSP incorporou à ZEIS. Destinada à moradias e construção da Via Perimetral.Área não degradada
setor grotão11
paraisópolis | setores
homens63 %
mulheres37 %
entre 26 e 39 anos51%
entre 40 e 59 28%
entre 19 e 26 16%
acima de 60 anos menos de 18 anos
gráfico 1: distribuição dos chefes de família por sexo
gráfico 2: idade dos chefes de família
gráfico 3: média salarial das famílias moradoras
gráfico 4: distribuição das famílias por tempo de moradia
sem informação
mais de 15 anos 12 %
de 10 a 15 anos 10 %
de 5 a 10 anos 24 %
de 3 a 5 anos 13 %
de 5 a 3 anos 24 %
menos de 1 ano 16 %
sem informação
até 2 salários 40 %
de 2 a 319 %
de 3 a 419 %
acima de 5 sal.7%
de 4 a 57%
perfil
12
intervenção13
urbanizando favelas: considerações gerais
É importante ressaltar que cada assentamento possui características próprias e é imprescindível o entendimento do lugar e sua relação com o entorno para que as propostas atendam um número maior de pessoas.A ordem das táticas de intervenção a seguir se aplica à favela Paraisópolis, todavia, pode variar de acordo com o perfil de cada comunidade.
como urbanizar favelas?1 - reconhecimento do local
2 - relação com seu entorno
3 - considerar a participação da comunidade
4 - implantação de equipamentos e habitação
5 - trabalho do espaço público
condicionantes restrições físicas
restrições legais
deficiências degradação
ausência de equipamento/
mobiliário
condicionantes
deficiências
potêncialidades localização / relação c/ entorno
vazios existentes e criados após intervenção
potencialidades
hierarquia de interveção
táticas
estrutura de intervenção
1. reconhecimento
2. relação com o entorno
4. implantação de equipamentosqualificadores urbanos
- áreas de influência- potencialidades
- av. giovanni gronchi | comunidades vizinhas - acesso aos transportes | trabalho
5. habitação
5. espaço público
3. participação da comunidade
14
táticas| reconhecendo os indíces de degradação
alto
médio
baixo
PMSP
PMSP
u dPMSP at an o
sem atuação da PMSP
inundação isolamento risco deincêndio
acúmulode lixo
risco de desabamento
alta densidade
insalubridade ausência de saneamento
poluição visual
poluiçãosonora
topografia muito acidentada
15
táticas|relações
reconhecimentodo local e levantamento das
maiores necessidades
programa de necessidades
reconhecimentodo entorno e identificação
da relação com a comunidade
transportetrabalho
PMSP
PMSP
análise dos índices de degradação
existência de atuação da PMSP
catalisadores de degradação
16
táticas|catalisadores dos índices de degradação
creche
escola
posto de saúde
acesso
saneamento
comércio consolidado
habitaçõessem risco
vegetaçãode
contenção
área de
lazer
intervenção da PMSP
intervenção da PMSP
índice alto catalisador
médio
baixo
nenhum
inserção de infra-estrutura
aumento na inserção de infra-estrutura
eliminação da situação de degradação
situação 1
situação 2
situação 3
17
táticas|explosão do programa por todo o assentamento
explosão
redes
público
comunidade
do programa | expansão dele pelo
estabelecimento de de
espaço programa
maior da
assentamento
consolidadas como irradiação
do atendimento
conexãoruas
| educ
ação
saúd
einfra
sane
amen
ot
ocup
ação
dos
vaz
ios la
zer
cida
dania
concentração das na área com maior índice de
necessidades degradação
18foto de satélite: acesso - 2010
19
paraisópolis 2011...
táticas
táticas|implantação de redes de expansão da melhoria | melhoria por contágio
20
propostas
análise dos índices de degradação
PMSPanálise das intervenções da PMSP
análise do perfil da comunidade e do sítio
Proposta
propostas de intervenção
espaços utilizadosexpansão pelo assentamento
irradiaçãode infra pela
quadra
expansão para as quadrasvizinhas
geral
áreas de risco espaços intersticiais espaços a serem utilizados
intervenção é um catalisador
0
número de remoções é
mínimo
espaços utilizados
ruas: estruturas de conexão
espaço de uso público consolidado
ligação entre os edifícios
hierarquias entre as ruas: conexões
21
propostas
sistema viário
malha original ortogonal
topografia acidentada
isolamento vielas
alternativa
ocorrência
acompanhando a topografia
desobstrução e criação de novos
caminhos
apropriação das vielas
resultado
proposta
acesso veicular e peatonal
isolamento
ocorrência
reestruturaçãoda malha
proposta
atendimento do assentamentoo
implantação de caçambas
estacionárias em vários pontos
pontos isolados e com acúmulo
inundação insalubridade
coleta de lixo
isolamento
ocorrência
22
propostas
redes de água | luz | esgoto
atendimento no perímetro das
quadras
reestruturaçãoda malha
proposta
atendimento do interior da
quadra
implantação de equipamentos
implantação de sistemas de captação
dependências
a reestruturação da malha viária desencadeia uma série de melhorias relacionadas umas com as outras | melhora o sistema de fluxos | que melhora o sistema de acessos | reduzindo os pontos de acúmulo de lixo através da circulação do caminhão de coleta | melhora do acesso veicular e peatonal ocasiona a implantação de redes | mobiliário urbano | acessibilidade | melhoria por contagio | atendimento do assentamento
moradia educação
crechescentros comunitários
lazer
centro de esportescriação de área de lazer na adjacência do córregopraças em espaços residuais
uhsucs
restaurante e mercado popularplataforma de embarque
saúde
ubs
cidadania
confrontação23
programa de necessidades básico
situação atual e situação proposta
perspectiva: córrego grotão_horta comunitária e área infantil
perspectiva:praça do skate - córrego do grotão - quadras poliesportivas
perspectiva: campo da palmeirinha | edifícios habitacionais em
perspectiva: edifícios habitacionais - pré etapascomércio no térreo | rampa e escadas
perspectiva: praça em espaço residual entre as casas
perspectiva: campo da palmeirinha | arquibancada | iluminação | tratamento do campo
perspectivas: córrego do grotão
acesso ao material na íntegra | bibliografia
pranchas banca final _ apresentação:
http://www.megaupload.com/?d=GPLENB0F
Memorial:
http://www.megaupload.com/?d=43LSVDVR
Livros:
ABUJAMRA, W. A realidade sobre o problema da favela. São Paulo: Bentivegna Editora, 1967.
AMARAL Jr., A, Org.; BURITY, J de A. Organização social, identidade e diferença: perspectivas pós-estruturalistas de análise social. São Paulo: Annablume, 2006.
ARANTES, O B F D. Urbanismo em Fim de Linha e Outros Estudos Sobre o Colapso da Modernização Arquitetônica. São Paulo: EDUSP, 1998.
BONDUKI, N. Habitar São Paulo: Reflexões sobre a gestão urbana. São Paulo: Estação Liberdade, 2000.
_______. Origens da habitação social no Brasil – Arquitetura Moderna, Lei do Inquilinato e Difusão da Casa Própria. São Paulo: Estação Liberdade/ FAPESP, 1998.
BRAKARZ, J. Cidades para todos: a experiência recente com programas de melhoramento de bairros. Washington, DCBID 2002.
BUENO, L M de M. Política habitacional e Favelas. São Paulo, FAUUSP, 1998. Trabalho Programado.
_______. Projeto e Favela: metodologia para projetos de urbanização de favelas, 2000. Tese de doutorado - FAUUSP, São Paulo.
_______. O tratamento especial de fundos de vale em projetos de urbanização de assentamentos precários como estratégia de recuperação das águas urbanas. PUC - Campinas, 2004.
CALDEIRA, T P do R. Cidades de muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo. Edusp, SP, 1984.
CARVALHO, F. A casa do homem do século XX, in: XAVIER, A. (Org). Depoimentos de uma geração: arquitetura moderna brasileira. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.
CHOAY, F. O Urbanismo, Utopias e Realidades. Paris, 1965.
DANIEL, C A. Internacionalização, integração e o papel das cidades. Notas sobre o caso do Grande ABC, São Paulo, Cidade, cidadania e integração. Comissão parlamentar conjunta do Mercosul. Instituto Friedrich Naumann, 1997.
DAEE - Departamento de Águas e de Energia Elétrica - Bacia do Rio Pirajussara - Diagnóstico geral e ações recomendadas. In: Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, Ed do DAEE, Dezembro de 1999.
DAVIS, M. Planeta Favela. Tradução de Beatriz Medina. São Paulo: Boitempo, 2006.
DEBORD,G. A Sociedade do Espetáculo. Tradução: Estela dos Santos Abreu. – Rio de Janeiro:Contraponto,1997.
DENALDI, R. Políticas de Urbanização de Favelas: evolução e impasses. Tese de Doutorado, FAUUSP, 2003.
DRUMMOND, D. Architectes des favelas. BORDAS, Paris, 1981.
FAUSTO, B. História do Brasil. EDUSP, São Paulo, 2001.
FERRO, S. Arquitetura e Trabalho Livre. Org. ARANTES,P. São Paulo: Cosac & Naify, 2006.
HOBSBAWM, E J. The Age of Extremes: The Short Twentieth Century, 1914-1991. Londres, 1994. Informal toolbox: slumlab Paraisópolis: Oficina de idéias. Urbanização de favela. São Paulo, SEHAB, 2008.
KLINK, J. Estabilização, descentralização e políticas sociais: dilemas no padrão de financiamento das cidades brasileiras. São Paulo, FAUUSP, 1998. Trabalho programado.
KOOLHAAS, R. Por uma cidade contemporânea. In: NESBIT, K. (Org). Uma nova agenda para a Arquitetura: Antológica Teórica (1965-1995). São Paulo: Cosac & Naify, 2006.
KOWARICK, L A. Espoliação Urbana. Editora Paz e Terra. São Paulo, 1974.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: Manual de indentificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Volume 1 e 2. São Paulo, 1992.
MARICATO, E. Brasil, Cidades alternativas para a crise urbana. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2001.
MASCARÓ, J L. Loteamentos Urbanos. Editora L. Mascaró. Porto Alegre, 2003.
MORETTI, R de S. Normas urbanísticas para habitação de interesse social: recomendações para elaboração. São Paulo: IPT, 1997.
PEREIRA, A R. Como selecionar plantas para áreas degradadas e controle de erosão. Belo Horizonte: Deflor, 2005.
RODRIGUES, A M. Moradia nas cidades brasileiras. São Paulo. Contexto: 2001.
SANTOS, M. A urbanização brasileira. Hucitec, São Paulo, 1999.
__________. O espaço dividido. Edusp. São Paulo, 2004.
VALLADARES, L do P. Passa-se uma casa: análise do programa de remoção de favelas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 1978.
VERÁS, M P B. Enigmas da gestão da cidade mundial de São Paulo: políticas urbanas entre o local e o global. In: SOUZA, M A A et al. (org) Metrópole e Globalização: conhecendo a cidade de São Paulo. São Paulo. Ed. Cedesp, 1999.
VILLAÇA, F. O que todo cidadão precisa saber sobre habitação. São Paulo: Global, 1986.
UEMURA, M M. Programa de saneamento ambiental da bacia do Guarapiranga. Alternativa para proteção dos mananciais? 2000. Dissertação de mestrado. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Pontifice Universidade Católica, Campinas.
Urbanização de Favelas: A Experiência de São Paulo. São Paulo: Boldarini Arquitetura e Urbanismo, 2008.
Urbanização de Favelas em Foco: Experiência de 6 cidades. Prefeitura da Cidade de São Paulo, 2008.
Revistas:
Revista AU – ano 22 n°161 – ago 2007: Cidade e Oportunidade. (pag. 72 – 75). Revista AU - ano 23 n° 166 - jan 2008: FDE Jardim Angélica, São Paulo, Sp. Núcleo de Arquitetura. (pag. 44 - 49) Revista AU - ano 24 n° 181 - abril 2009: Democratização Paramétrica. (pag. 44 - 49). Revista AU - ano 24 n° 186 - set 2009: Elemental Paraisópolis. (pag. 44 - 49). Revista AU - ano 24 n° 187 - out 2009: A integração da favela é desejada pela cidade? (pag. 16 - 17). Revista Projeto Design - n° 348 - fev 2009: Intervenção transformará megafavelas em bairro. (pag. 100) MARICATO, E. É preciso repensar o modelo. Revista AU - ano 24 n° 186 - set 2009 (pag. 62 - 64). ROLNIK, R. Regularização urbanística e exclusão territorial. Revista Polis n°32. São Paulo, 1999. 160
Legislações e Normas:
Plano Regional Estratégico da Subprefeitura do Campo Limpo. Plano Regional Estratégico do Município de São Paulo. Manual de projeto geométrico de travessias urbanas - 2010. NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos
Sítios consultados na internet:
http://www.prefeitura.sp.gov.br – acessos em março e setembro de 2010. http://www.geografia.fflch.usp.br – acesso março de 2010. http://www.vitruvius.com.br/revistas/arquitextos - acesso abril de 2010. http://www.archdaily.com - acessos em abril e setembro de 2010. http://www.usp.br/fau/depprojeto/.../fix_metropoleornintorrinco.pdf - acesso abril de 2010. http://www.habisp.inf.br - acessos em abril e setembro de 2010. http://www.mmbb.com.br - acesso maio de 2010. http://www.arcoweb.com.br - acesso maio de 2010. http://sptransporte.kit.net/SPTrans/Terminais - acesso maio de 2010. http://www.kristinejensen.dk/pragsboulevard.html - acesso outubro de 2010.