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1 UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA COMUTAÇÃO REMOTA VIA DTMF Área de Engenharia Elétrica por Santiago Rodriguez Eduardo José Sartori, MSc. Orientador Campinas (SP), dez de 2007

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

COMUTAÇÃO REMOTA VIA DTMF

Área de Engenharia Elétrica

por

Santiago Rodriguez

Eduardo José Sartori, MSc. Orientador

Campinas (SP), dez de 2007

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

COMUTAÇÃO REMOTA VIA DTMF

Área de Engenharia Elétrica

por

Santiago Rodriguez Relatório apresentado à Banca Examinadora do Trabalho de Conclusão do Curso de Engenharia Elétrica para análise e aprovação. Orientador: Eduardo José Sartori, MSc.

Campinas (SP), dez de 2007

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SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS.................................................................. iv

LISTA DE FIGURAS ................................................................................. v

LISTA DE TABELAS ............................................................................... vi

RESUMO ................................................................................................... vii

ABSTRACT .............................................................................................. viii

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 1

1.1. OBJETIVOS ..................................................................................................... 2

1.1.1. Objetivo Geral ................................................................................................ 2

1.1.2. Objetivos Específicos...................................................................................... 2

1.2. METODOLOGIA ............................................................................................. 3

1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO ..................................................................... 3

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................ 4

2.1. CENÁRIO ATUAL .......................................................................................... 4

2.1.1. Equipamentos do Enlace ................................................................................ 5

2.2. TEORIA ENVOLVIDA ................................................................................... 6

2.2.1. Dual Tone Multi Frequency .......................................................................... 6

2.2.2. Microcontroladores ........................................................................................ 9

2.2.3. Chaves RF ..................................................................................................... 10

2.2.4. Softwares ...................................................................................................... 11

3. PROJETO ............................................................................................. 16

3.1. COMPUTADOR ............................................................................................. 18

3.1.1. Escolha do Sinal ........................................................................................... 18

3.1.2. Desenvolvimento do Sinal ............................................................................ 18

3.1.3. Desenvolvimento do Programa de Controle ............................................... 20

3.2. TRANSMISSOR E RECEPTOR DE MICROONDAS ................................ 23

3.3. DECODIFICADOR DTMF ........................................................................... 23

3.3.1. Funcionamento e Testes ............................................................................... 24

3.4. PROCESSADOR ............................................................................................ 25

3.4.1. Funcionamento e Testes ............................................................................... 26

3.5. CHAVES RF ................................................................................................... 27

3.5.1. Funcionamento e Testes ............................................................................... 29

3.6. PROPOSTA FINAL ....................................................................................... 30

3.6.1. Proposta de PCI ........................................................................................... 32

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................. 35

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... 36

ANEXO I – Esquema elétrico da PCI .................................................... 37

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ANEXO II – codigo fonte do programa gravado no µC ....................... 38

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LISTA DE ABREVIATURAS

DTMF Dual Tone Multi-Frequency RF Radio Frequency TX Transmissor RX Receptor VHF Very High Frequency UHF Ultra High Frequency FI Freqüência Intermediaria Hz Hertz µO Microondas CPU Central Processing Unit GaAs Arseneto de Gálio MMIC Microwave Monolithic Integrated Circuit I/O Input/Output RISC Reduced Instruction Set Computing AVR® Arquitetura dos Microcontroladores da Atmel IDE Interactive Development Environment µC Microcontrolador BNC Bayonet Neill-Concelman (conector) PCI Placa de Circuito Impresso PCB Printed Circuited Board TTL Transistor-Transistor Logic WAV Windows Wave (formato de áudio/extensão de arquivo) LED Light Emitting Diode

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Enlace de Microondas ....................................................................................................... 4

Figura 2. Configuração do Tx/Rx de Microondas............................................................................. 5

Figura 3. Painel Traseiro de um Mainframe de Microondas ............................................................. 6

Figura 4. Freqüências dos Tons DTMF. ........................................................................................... 8

Figura 5. Soma das Frequências: (a) 941Hz (b) 1209Hz. ................................................................. 8

Figura 6. Forma de Onda referente ao Tom DTMF da Tecla “1”. ..................................................... 9

Figura 7. Logotipo da Atmel Corporation. Fonte: http://www.ineltek.at/fileDB/Image/logos/atmel.jpg .............................................................. 10

Figura 8. Interface do Programa MatLab. ...................................................................................... 12

Figura 9. Interface do Programa NetBeans. .................................................................................... 13

Figura 10. Interface do Programa Altium Designer ........................................................................ 14

Figura 11. Interface do Programa ColdVision AVR. ...................................................................... 15

Figura 12. Diagrama em Blocos do Projeto. ................................................................................... 16

Figura 13. Setup da Proposta de Comutação. ................................................................................. 17

Figura 14. Gráfico dos 12 tons DTMF do Teclado Telefônico. ...................................................... 19

Figura 15. Geração de um Tom DTMF no MatLab. ....................................................................... 20

Figura 16. Resumo do Enlace ........................................................................................................ 21

Figura 17. Enlace Comutado .......................................................................................................... 22

Figura 18. Tela do Programa de Controle das Comutações ............................................................ 22

Figura 19. Decodificador DTMF: (a) Foto ; (b) Pinagem Fonte: Adaptado de [7]. ......................... 24

Figura 20. Esquemático do Decodificador DTMF. ......................................................................... 25

Figura 21. Foto do Layout do Protótipo de Testes. ......................................................................... 25

Figura 22. Microcontrolador ATTINY2313: (a) Foto ; (b) Pinagem Fonte: Adaptado de [9]. ......... 26

Figura 23. Esquemático das Interligações entre Decodificador e Microcontrolador ........................ 26

Figura 24. Fotos do Protótipo: (a) TOP ; (b) BOTTOM .................................................................. 27

Figura 25. Diagrama Funcional do CI HMC484MS8G Fonte: Adaptado de [10] ........................... 28

Figura 26. Evaluation Board com o CI HMC484MS8G fornecida pela empresa Hittite Microwave. .............................................................................................................................................. 28

Figura 27. Layout do Setup de Testes da Evaluation Board. ........................................................... 29

Figura 28. Foto do Layout de Testes .............................................................................................. 29

Figura 29. Layout do Setup de Testes Completo. ........................................................................... 30

Figura 30. Foto do Layout de Testes Completo. ............................................................................. 31

Figura 31. Fluxograma do Firmware de Testes. ............................................................................. 32

Figura 32. Camadas da Placa. ........................................................................................................ 33

Figura 33. Layout do Posicionamento e Roteamento da Placa. ....................................................... 34

Figura 34. Placa em 3D ................................................................................................................. 34

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Possibilidades de Comutações. ....................................................................................... 21

Tabela 2. Tabela verdade de funcionamento do componente HMC484. ......................................... 30

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RESUMO

RODRIGUEZ, Santiago. Comutação Remota Via DTMF. Campinas, 2007. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade São Francisco, Campinas, 2007. Este projeto apresenta uma forma de realizar comutações remotas em Chaves RF, de um enlace de Microondas, a partir da reprodução de tons codificados em DTMF na saída de áudio (fone) de um computador. Os tons e um aplicativo de controle foram desenvolvidos em computador com o auxilio dos softwares Matlab e NetBeans, respectivamente. O canal (áudio) em que o sinal de controle (DTMF) trafega é do próprio enlace, a decodificação e processamento do sinal enviado são feitos através de um circuito eletrônico microcontrolado. Este circuito tem por finalidade atuar nas Chaves RF para fazer as comutações dos sinais. Palavras-chave: Chaves RF. Enlace de Microondas. DTMF. Canal de áudio.

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ABSTRACT

This project shows a way to implement remote commutation in RF Switches over a Microwave Link,

from reproduction of DTMF tones provided by a computer’s speaker phone output. The tones and

the control software were developed using a computer, helped by Matlab and NetBeans softwares

respectively. The audio channel which the signal control (DTMF) flows belong to its own Link. The

decodification and signal processing of the DTMF tones sent by the computer, was made through a

microcontroled electronic circuitry that makes the control of the RF switches.

Keywords: RF Switching. Microwave Enlace. DTMF. audio channel.

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1. INTRODUÇÃO

As emissoras de TV Aberta no Brasil transmitem seus sinais de áudio e vídeo de forma

direta para as casa dos telespectadores através de um transmissor local, o qual normalmente cobre

uma cidade ou uma região, ou seja, do transmissor saem as ondas eletromagnéticas que são

recebidas pelas antenas das casas e prédios para que se possa ter a imagem no televisor. A

freqüência dessa transmissão para o sinal analógico se dá nas faixas de VHF e UHF.

Para que esses sinais de TV, Rádio ou mesmo dados possam ser transportados a distâncias

maiores, alimentando outras emissoras da mesma rede ou diversas estações repetidoras, outro tipo

de transmissão é necessária. Trata-se da transmissão via Microondas.

As freqüências de microondas possuem a capacidade de atingir longos alcances com pouca

potência, em contrapartida, quanto mais alta a freqüência de um sinal, maiores são as perdas quando

obstruídos por morros, prédios, árvores e etc., obstáculos comuns entre o Transmissor (Tx) e o

Receptor (Rx) de µW.

Quando uma antena Transmissora está diretamente apontada para a Receptora, chamamos

de enlace de microondas ou link microondas.

Portanto, para a cobertura local de uma cidade temos o Transmissor local, e para que esse

sinal chegue a outras cidades mais distantes, temos o Transmissor de microondas. Ele serve para

interligar no mínimo dois postos que estejam a grandes distâncias. Essas interligações, no caso de

redes de televisão, podem ser entre: Geradora/Repetidora, Geradora/Geradora ou

Repetidora/Repetidora.

É dessa forma que são formadas as redes terrestres de microondas para televisão, uma

Geradora - que normalmente está localizada em uma grande cidade - ligada as suas Afiliadas e

Repetidoras, através de seus links de microondas, para que seu sinal possa alcançar mais cidades,

estados ou ter uma cobertura nacional.

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Muitas vezes as redes de microondas possuem inúmeras repetições, não só pela distância

dos pontos a serem ligados, como também devido à topografia do terreno (obstruções). Também,

podem existir pontos (postos) estratégicos onde chegam vários sinais de diversos locais, precisando

que haja um controle dos mesmos, ou seja, se vários sinais chegam a um determinado ponto é

preciso controlar qual deles passará por esse ponto. Esse controle é feito através de comutações de

sinais, utilizando Chaves de RF especificas para a freqüência em uso. As comutações podem ser

feitas manualmente no local, através de um operador, ou feitas remotamente.

Para se fazer comutações remotamente é necessário que haja um equipamento apropriado no

local, como uma chave de RF automática, que possa ser controlada através de algum sinal elétrico,

e também um meio próprio para que esse sinal trafegue desde um Centro de Controle até o posto em

que ocorrem as comutações. Este meio pode ser um cabo de dados, uma linha telefônica, a internet,

um link microondas, etc.

1.1. OBJETIVOS

1.1.1. Objetivo Geral

Construir um equipamento (protótipo) capaz de fazer a comutação de sinais elétricos na

faixa de FI de microondas, e que possa ser controlado remotamente através de tons DTMF que

trafegam por um canal de áudio.

1.1.2. Objetivos Específicos

Este projeto tem como objetivo propor uma solução para o problema técnico de comutação

de sinais, que está ocorrendo em uma empresa geradora de TV (cuja identificação será mantida em

sigilo por motivos de confidencialidade), e com isso obter as seguintes melhorias:

• Evitar o deslocamento de um funcionário para fazer a comutação manual;

• Obter agilidade fazendo a comutação remotamente;

• Obter maior eficiência na comunicação e na troca de matérias (áudio e vídeo)

jornalísticas entre as sedes;

• Oferecer dinamismo para o consumidor final (telespectadores).

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1.2. METODOLOGIA

O projeto foi desenvolvido de acordo com os seguintes passos:

a. Geração de arquivos de áudio codificados em DTMF através do software MatLab;

b. Desenvolvimento de um programa em computador utilizando linguagem Java, com o

auxilio do software NetBeans. Este programa fará o controle das chaves a serem

comutadas e será utilizado apenas por usuários restritos, ou seja, terá um nível

mínimo de direitos de utilização (senha);

c. Desenvolvimento de um circuito eletrônico (protótipo) capaz de decodificar a

informação DTMF;

d. Desenvolvimento de um circuito eletrônico (protótipo) microcontrolado, capaz de

processar os tons DTMF decodificados pelo item c.

e. Simulação em uma chave RF de todo o processo descrito acima.

f. Desenvolvimento de um projeto completo de uma PCB capaz de atender as

expectativas do objetivo.

1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO

O trabalho se inicia apresentando o Enlace de Microondas instalado nesta empresa,

juntamente com os tipos de equipamento utilizados, o sinal que será comutado e o local em que

serão feitas as comutações.

Em seguida uma explicação do que são e de como são construídos os tons DTMF, também

uma explicação de Chaves RF atuais e de Circuitos Integrados, mais especificamente

Microcontroladores. Neste capitulo são descritos também, de uma forma breve, todos os softwares

utilizados no projeto e suas contribuições.

E concluindo, com a proposta final do projeto, que está dividida em blocos, e apresentando

cada bloco um a um, demonstrando suas funcionalidades e testes feitos durante o desenvolvimento

do projeto.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. CENÁRIO ATUAL

Existe atualmente nesta empresa com sede em Campinas, uma rota de microondas que

interliga 3 (três) cidades, como mostrado na Figura 1. Uma rota considerada principal que liga

Campinas à cidade de São Vicente na baixada Santista - SP, e é composta por 4 enlaces de

microondas, saindo de Campinas passando pelas cidades A, B, C, e chegando a São Vicente.

E duas rotas secundárias, uma ligando a cidade de Campinas a São Paulo, passando por A,

B, e de B para São Paulo. E a outra ligando a cidades de São Vicente a São Paulo passando por C e

B.

Figura 1. Enlace de Microondas

Com esta configuração mostrada na Figura 1 existe um entroncamento na Cidade B, ou seja,

chegam 3 (três) sinais diferentes e apenas dois podem ser conectados, restando um ocioso.

Normalmente ficam comutadas as cidades de Campinas e São Vicente, mas, para comutar

Campinas e São Paulo ou São Paulo e São Vicente é necessário a presença de um técnico na Cidade

B para fazer a ligação.

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Justamente para solucionar este problema é que surge o objetivo deste trabalho, que propõe

a comutação remota desses sinais, através de um sinal codificado em DTMF enviado pelo próprio

enlace de microondas, e fará a comutação de uma chave de RF instalada na Cidade B.

2.1.1. Equipamentos do Enlace

Os equipamentos utilizados no enlace são Microondas Full-duplex com duas freqüências

diferentes, ou seja, uma freqüência de transmissão e outra de recepção, na faixa de 7GHz.

Possuem um mainframe interno, utilizado normalmente nas salas de equipamentos próximos

a torre, e um conversor de freqüência, utilizado próximo a antena. As antenas são tipo parabólicas.

A mesma antena é utilizada na transmissão e na recepção, através da técnica de feeder

(Alimentador) duplo. A Figura 2 detalha o esquema de um Tx/Rx usado no enlace de microondas.

Figura 2. Configuração do Tx/Rx de Microondas.

O funcionamento básico deste equipamento é descrito a seguir:

• Recepção das freqüências de Microondas pela antena; • Trafego do sinal de alta freqüência através de um guia de onda flexível até o

Downconverter; • Conversão do sinal para freqüências na Banda L (1 a 1.5 GHz) pelo Downconverter; • Tráfego da freqüência de Banda L pelo maior trecho (topo da torre ate a base) de cabo,

até a entrada de RF no Mainframe. • Conversão do sinal de Banda L em FI (70 MHz) pelo mainframe.

O processo acima descreve a recepção de um sinal. Para a transmissão o processo é inverso.

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Os equipamentos de microondas deste enlace possuem capacidade para trafegar um canal de

vídeo e quatro canais de áudio. Na Figura 3 a seguir, é mostrado o painel traseiro de um mainframe

com seus conectores de entrada e saída.

Figura 3. Painel Traseiro de um Mainframe de Microondas

Basicamente, seguindo da esquerda para a direita na Figura 3, este equipamento possui um

modulador de áudio e vídeo, que modula esses sinais em freqüência e entrega um sinal de FI através

da saída “FI OUT”. É feito um loop para a entrada de “FI IN”, que converte o sinal de FI (70MHz)

para Banda L (aprox. 1,5GHz) e entrega no conector “RF OUT” o sinal que sobe para o

Upconverter.

2.2. TEORIA ENVOLVIDA

Alguns assuntos são de fundamental importância neste trabalho, de maneira que a seguir são

detalhados os fundamentos da teoria envolvida no desenvolvimento do projeto. Desde os tons

DTMF, passando pelos CIs e uCs utilizados em projetos eletrônicos, até as Chaves RF. Também

uma descrição dos softwares que contribuíram para o desenvolvimento do projeto.

2.2.1. Dual Tone Multi Frequency

DTMF é o acrônimo para Dual Tone Multi-Frequency, e são os sinais de áudio utilizados

em telefonia, pelos telefones mais modernos, para se fazer a discagem. Antigamente se utilizavam

telefones com discos, e seu principio de funcionamento era o de interromper a conexão de corrente

contínua com a central por um determinado tempo, esse tempo caracterizava o número do disco que

estava sendo discado.

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2.2.1.1. História

Com o avanço da tecnologia a discagem dos telefones passou a ser através dos tons DTMF.

O desenvolvimento dessa tecnologia surgiu a partir do momento em que um grupo de engenheiros

percebeu que em toda a infra-estrutura telefônica havia um elemento comum, a voz.

Como em telefonia a largura de banda necessária para se transmitir um sinal de voz legível é

de 300 Hz a 3 kHz, perceberam que poderiam transmitir tons na faixa de áudio para fazer as

discagens. Passaram então a usar um simples tom ou freqüência para cada número que se fosse

discar. Seriam necessários 10 tons de freqüências diferentes para as 10 teclas do telefone. Mas na

prática isso se tornou inviável, pois a durante a conversação, a freqüência da voz coincidia com os

tons de discagem, causando interferência ou o mau funcionamento do telefone.

Após alguns testes os engenheiros acharam uma solução bem mais segura e inteligente, ao

invés de um tom para cada número, que a voz poderia coincidir com eles com facilidade, usaram

dois tons para cada número. Gerando dois tons separados, sem relação harmônica entre eles,

diminuíram muito a chance da voz produzir um par válido de tons e interferir na linha.

2.2.1.2. Formação dos Tons

Combinando 7 tons em uma matriz de 4x3, conseguiram 12 combinações. Isso era suficiente

para todos os dez números, mais dois extras. Os telefones de tom hoje usam essa combinação,

permitindo números de 0-9 mais * e #. E por esse motivo (usar dois tons para cada número), surgiu

o nome DTMF, do inglês Dual Tone Multi-Frequency – que significa Duplo Tom – Múltiplas

Freqüências.

Logo depois, foi adicionado um oitavo tom aos 7 primeiros. Com essa nova matriz 4x4

mostrada na Figura 4, conseguiram 16 combinações diferentes. Foram então adicionadas as letras

A, B, C e D, aumentando as possibilidades de controle. Note que a coluna 4 não é comum estar

presente em aparelhos telefônicos, mas está presente em quase todos os teclados de rádios de

comunicações.

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Figura 4. Freqüências dos Tons DTMF.

Para visualizar o funcionamento do teclado telefônico tomaremos como exemplo a tecla “1”. Ao

apertar esta tecla estará se formando a soma das freqüências de 941Hz (Figura 5(a)), da primeira

linha, e 1209Hz (Figura 5(b)) da primeira coluna.

(a) (b)

Figura 5. Soma das Frequências: (a) 941Hz (b) 1209Hz.

A resultante dessa soma é o tom DTMF mostrado na Figura 6 que representa a Tecla “1” do

Teclado Telefônico.

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Figura 6. Forma de Onda referente ao Tom DTMF da Tecla “1”.

Neste projeto os tons DTMF são utilizados como sinais de controle de um sistema de

comutação remota.

2.2.2. Microcontroladores

O microcontrolador é um circuito integrado (CI) que inclui em seu interior as três unidades

funcionais de um computador: CPU (processador), Memória, e unidades de I/O, ou seja, é um

computador completo - com suas limitações, como por exemplo, velocidade de processamento e

capacidade de memória - em apenas um circuito integrado.

2.2.2.1. Atmel AVR

Os AVRs são uma família de Microcontroladores-RISC da Atmel. A arquitetura AVR foi

concebida por estudantes do Norwegian Institute of Technology, e posteriormente desenvolvida na

Atmel Norway, empresa subsidiaria da Atmel, fundada pelos desenvolvedores do chip [1].

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O AVR é uma CPU de arquitetura Harvard. Possui 32 registros de 8 bits. Esta tecnologia foi

projetada desde seu inicio para a execução eficiente do código C compilado [1].

Figura 7. Logotipo da Atmel Corporation. Fonte: http://www.ineltek.at/fileDB/Image/logos/atmel.jpg

Neste projeto e utilizado um microcontrolador da Atmel que faz o processamento dos sinais

(DTMF) recebidos e atua nas Chaves RF.

2.2.3. Chaves RF

Chaves RF desenvolvem a maioria das funções dos sistemas de comunicações RF nos dias

de hoje. Nos transceivers (transmitters/receivers) são usados para chavear entre as etapas de

transmissão e recepção de um circuito. Devido a grande expansão ocorrida nos sistemas de

comunicações moveis, aumentou a atenção dada a pesquisa de transceiver focada em baixas

potências, baixa alimentação e na integração desses circuitos [2].

Como resultado, as chaves de RF usadas em comunicações vão desde a implementação de

diodos PIN até utilização dos circuitos formados por CMOS e GaAs [2].

2.2.3.1. GaAs

O gálio é um metal. Na tabela periódica dos elementos químicos faz parte da família do

alumínio. Durante muitos anos, desde sua descoberta em 1875 o gálio era apenas uma curiosidade

científica, devido a ser um metal que se apresenta normalmente na forma liquida era utilizado

apenas para termômetros de altas temperaturas [3].

O GaAs (arseneto de gálio) foi reconhecido como um material semicondutor com

performance superior ao do silício nos fins dos anos 70. Ainda que o GaAs tenha sido sempre mais

difícil de fabricar do que o silício, as propriedades do material permitem que os elétrons alcancem

velocidades cinco vezes maiores do que no silício. Os circuitos com mesma geometria operam com

velocidades de duas a quatro vezes maiores. Além disso, o GaAs permite o uso de diferenças de

potenciais menores, consumindo menos energia [3].

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Devido a essas características, de velocidade, baixo consumo, e também da redução de

tamanho e peso, os MMIC GaAs vêm sendo largamente utilizados em circuitos RF.

A proposta do chaveamento que será feita neste projeto utiliza componentes com tecnologia

MMIC GaAs.

2.2.4. Softwares

A seguir uma descrição dos softwares utilizados no desenvolvimento deste projeto, e suas

contribuições.

2.2.4.1. Matlab

MATLAB (MATrix LABoratory) é um software interativo de alta performance voltado para

o cálculo numérico. O Matlab integra análise numérica, cálculo com matrizes, processamento de

sinais e construção de gráficos em um ambiente fácil de usar onde problemas e soluções são

expressos somente como eles são escritos matematicamente, ao contrario da programação

tradicional [4].

O Matlab é um sistema interativo cujo elemento básico de informação é uma matriz que não

requer dimensionamento. Este sistema permite a resolução de muitos problemas numéricos em

apenas uma fração de tempo que se gastaria para escrever um programa semelhante em linguagem

Fortran, Basic ou C. Alem disso, as soluções dos problemas são expressas quase exatamente como

elas são escritas matematicamente [4].

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Figura 8. Interface do Programa MatLab.

O Matlab é utilizado na geração dos arquivos de áudio em formato wav codificados em DTMF que

farão a comutação das chaves.

2.2.4.2. NetBeans

É um IDE Java desenvolvido pela empresa Sun Microsystems.O NetBeans IDE é um

ambiente de desenvolvimento integrado gratuito e de código aberto para desenvolvedores de

software. Pode ser executado em muitas plataformas, como Widows, Linux, Solaris e MacOS. É

fácil de instalar e usar. O NetBeans IDE oferece aos desenvolvedores todas as ferramentas

necessárias para criar aplicativos profissionais de desktop, empresariais, Web e móveis

multiplataformas [5].

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Figura 9. Interface do Programa NetBeans.

No NetBeans foi desenvolvido o programa que faz o controle da comutação das chaves

através de uma interface personalizada para este projeto.

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2.2.4.3. Altium Designer

Altium Designer é um software utilizado no desenvolvimento de projetos eletrônicos que

envolvem placas de circuito impresso (PCI). Nele são feitas todas as etapas de um projeto, desde o

esquemático elétrico até o roteamento das trilhas.

Figura 10. Interface do Programa Altium Designer

No Altium Designer foram desenvolvidos os esquemáticos utilizados no protótipo e o

esquemático e layout da proposta para a PCI do projeto final.

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2.2.4.4. CodeVisionAVR e TWinAVR

CodeVisionAVR é um compilador utilizado para a geração de códigos que podem ser

gravados em microcontroladores da Atmel. Sua principal funcionalidade é possuir suporte a

linguagem C e rodar em sistema Windows.

Figura 11. Interface do Programa ColdVision AVR.

O TWinAVR é um gravador freeware de microcontroladores Atmel que utiliza, como meio de

gravação, a porta paralela de um computador. Para a gravação do ATtiny2313 foi utilizado o

tutorial descrito em [6].

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3. PROJETO

Este projeto foi dividido em etapas, como mostrado no diagrama em blocos da Figura 12

abaixo, para que se pudesse trabalhar passo a passo, focando sempre no objetivo (etapa) que estava

sendo pesquisado e/ou desenvolvido. Isso porque a proposta inicial era implementar o controle das

chaves, e não o de desenvolver também o circuito de comutação. Resultou assim, em uma economia

do tempo total esperado para este projeto, e assim, conseguindo propor um projeto de PCI para as

comutações.

Figura 12. Diagrama em Blocos do Projeto.

A Figura 12 detalha as etapas do projeto que se iniciam no Bloco “Computador”. O

Computador é o responsável em fazer a interface homem-máquina para o usuário que controla as

chaves, ele também gera e reproduz tons DTMF, em sua saída de áudio, a partir de um software de

controle. Os tons seguem por um cabo que é conectado na entrada de áudio do “Transmissor de

Microondas”. A linha em vermelho na Figura 12 indica que o enlace de microondas é algo já

instalado servindo apenas como passagem para o sinal DTMF. Esse sinal é retirado do “Receptor de

Microondas”, que está localizado na cidade “B” (Figura 1), onde serão feitas as comutações, e

inserido, através de um cabo, no “Decodificador DTMF” que é um circuito eletrônico. Este

decodifica o sinal DTMF e entrega um conjunto de 4bits TTL em suas saídas. Esses bits são

inseridos no “Processador” que compara o valor dos bits com um valor pré-estabelecido e manda

em sua saída sinais de controles para as “Chaves de RF”, que por fim, fazem as comutações.

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O esquema da Figura 13 abaixo mostra como é a proposta de configuração para fazer o

controle dos sinais.

Figura 13. Setup da Proposta de Comutação.

A Figura 13 mostra que os sinais a serem comutados são os provenientes dos conectores de

FI (IN e OUT), portanto a comutação é feita em sinais de aproximadamente 70 MHz, com potência

de 0 dBm (1 mW).

Os sinais retirados dos conectores, tipo BNC, do mainframe são conectados a placa “Chaves RF”,

que faz as comutações, e a saída de áudio de controle, ligada à placa “Processador” que decodifica,

processa o sinal DTMF recebido e faz o controle das Chaves RF.

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3.1. COMPUTADOR

3.1.1. Escolha do Sinal

Esta etapa do projeto, onde se precisou encontrar o tipo de sinal que trafegaria no canal de

áudio, foi a que tomou a maior parte do tempo de estudo para a realização do projeto.

Primeiramente foi escolhido o meio onde o sinal de controle trafegaria, como sendo o

próprio canal de áudio do equipamento de microondas.

Com a escolha, algumas idéias de possíveis sinais surgiram para fazer a comutação. Uma

delas foi a de um gerar um tom senoidal puro, de freqüência conhecida, através de um circuito

eletrônico e inseri-lo no canal para que depois pudesse ser “decodificado”. Mas como para este

projeto é necessário mais de um sinal de controle, apenas uma freqüência não seria suficiente para

fazer todas as comutações (possibilidades) necessárias, e gerar mais freqüências senoidais resultaria

em um circuito eletrônico complexo, tanto na geração como na recepção do sinal.

Outra forma encontrada de se criar o sinal, foi a de utilizar tons DTMF para fazer o controle,

mostrando-se a maneira mais eficaz e com melhor custo.

Teve início o estudo de como se poderiam gerar os tons DTMF. A primeira solução

encontrada foi a de utilizar um componente eletrônico HT9200A/B, que é um CI, da empresa Holtek

Semiconductor,capaz de gerar em sua saída os 16 tons a partir de uma entrada paralela de 3 bits, que

pode ser controlada utilizando por exemplo um microcontrolador. Mas com essa configuração o

controle das chaves não teria uma “interface amigável” para o operador das chaves.

Em seguida, surgiu a idéia de se gerar os tons DTMF através do computador, a partir do

desenvolvimento de um programa, e que além de gerar o tom tivesse uma “interface amigável” com

restrições de uso, para que pudesse ser utilizado por qualquer operador familiarizado com o sistema

de controle e com autorização.

3.1.2. Desenvolvimento do Sinal

A linguagem de programação utilizada foi Java e o programa que auxilia para o

desenvolvimento de aplicativos Java foi o NetBeans 5.5. A escolha desse programa se deu devido à

facilidade que ele oferece em se criar telas com bastantes recursos gráficos.

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No entanto, gerar os tons DTMF no aplicativo NetBeans utilizando linguagem Java se

mostrou bastante complicado precisando de um conhecimento avançado nesta linguagem. Assim,

surgiu a idéia de apenas se reproduzir os tons através do programa, ou seja, gerar um arquivo de

áudio que represente os tons DTMF em outro programa e o NetBeans apenas reproduzisse esse

arquivo.

Para se conseguir desenvolver os arquivos de áudio, em formato wav, foi utilizado o

programa Matlab. O arquivo wav foi escolhido devido a ser uma extensão muito utilizada na

plataforma Windows.

Logo, foram criadas no Matlab as 12 senoides que representam o grupo das freqüências

baixas, ou linhas (697, 770, 852, 941 Hz) e o grupo das freqüências altas, ou colunas (1205, 1336,

1477, 1633 Hz) separadamente.

Com as 12 freqüências criadas, foram-se somando duas a duas correspondendo a cada

símbolo (teclado telefônico) para se conseguir os tons DTMF, representados no domínio do tempo

na Figura 14.

Figura 14. Gráfico dos 12 tons DTMF do Teclado Telefônico.

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Em seguida as senóides, que no Matlab são representados por matizes, foram transformadas

em arquivos de áudio em formato wav, com duração de 0.5 segundo, que podem ser executados por

qualquer programa especifico de musica para Windows.

O código fonte da programação para a geração de um arquivo de áudio que representa a tecla “1” é

mostrado na Figura 15 abaixo.

Figura 15. Geração de um Tom DTMF no MatLab.

3.1.3. Desenvolvimento do Programa de Controle

Para desenvolver um programa com interface e funcionalidade apropriada à proposta do

projeto, foi necessário primeiramente fazer um levantamento de todas as possibilidades de

comutação que poderiam ocorrer na “cidade B”.

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Figura 16. Resumo do Enlace

A Figura 16 mostra que na cidade B existe um entroncamento de sinais, ou seja, este e o

único ponto em que passam todos os sinais possíveis do enlace. Sendo assim, ele é um elemento

comum no enlace. Por isso é nesse local que se fará o controle dos sinais.

Como os sinais de transmissão e recepção deste enlace de microondas são independentes

(transmissão e recepção trabalham em freqüências distintas) foram levantadas 9 (nove)

possibilidades de comutações como mostra a Tabela 1.

Tabela 1. Possibilidades de Comutações.

Possibilidades Transmissor Sentido do Sinal Receptor

1 Campinas → São Vicente São Vicente → Campinas

2 Campinas → São Paulo São Paulo → Campinas

3 São Vicente → São Paulo São Paulo → São Vicente

4 Campinas → São Vicente São Paulo → Campinas

5 Campinas → São Paulo São Vicente → Campinas

6 São Vicente → Campinas São Paulo → São Vicente

7 São Vicente → São Paulo Campinas → São Vicente

8 São Paulo → Campinas São Vicente → São Paulo

9 São Paulo → São Vicente Campinas → São Paulo

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Tome-se como exemplo a Possibilidade 1. Na tabela 1 essa possibilidade diz que Campinas

está enviando sinal para São Vicente, e São Vicente está enviando para Campinas, portanto nesta

comutação São Paulo está ocioso, ou seja, não transmite sinal para ninguém e não recebe sinal de

ninguém.

Figura 17. Enlace Comutado

A partir das possibilidades da Tabela 1 criou-se uma um programa no NetBeans com uma

interface adequada e que facilitasse a escolha da comutação.

Figura 18. Tela do Programa de Controle das Comutações

Nesta tela o usuário escolhe as cidades a serem ligadas, escolhendo quais cidades

transmitem e quais cidades recebem o sinal, feita a escolha clica-se no botão “Comutar” para

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acionar o circuito. Neste instante é reproduzido o tom DTMF que representa a possibilidade

escolhida na saída de áudio do computador. Cada uma das 9 possibilidades possui um tom próprio.

O Botão “Reset” envia um tom que faz o reset do circuito de decodificação, fazendo com

que as chaves voltem a uma posição default. Neste projeto foi escolhida a Possibilidade 1 da Tabela

1 como posição default.

O botão em branco pode ser usado para uma futura versão deste software, como por

exemplo, autenticação de usuários (senhas).

3.2. TRANSMISSOR E RECEPTOR DE MICROONDAS

A rede de microondas mostrada na Figura 1 se encontra em funcionamento, restando apenas

o problema da comutação remota citado no objetivo deste trabalho.

Como os equipamentos de Microondas possuem 1 canal de vídeo e 4 canais de áudio.

Normalmente, em Televisão, no canal de vídeo trafega o sinal de vídeo principal a ser transmitido,

no canal de áudio 1 trafega o áudio correspondente ao sinal de vídeo, no canal 2 trafega a

comunicação entre salas de controle, restando 2 canais vagos para outros fins. Em um desses canais

trafegará o sinal de controle que fará as comutações das chaves.

3.3. DECODIFICADOR DTMF

Depois de enviados os tons, via canal de áudio, é preciso decodificá-los para que se possa ter

a opção do que fazer com este sinal, neste caso, saber quais chaves comutar.

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O componente eletrônico utilizado para fazer a decodificação DTMF é o MT8870DE da empresa

Zarlink Semiconductor, mostrado na Figura 19.

(a) (b)

Figura 19. Decodificador DTMF: (a) Foto ; (b) Pinagem Fonte: Adaptado de [7].

3.3.1. Funcionamento e Testes

Este CI tem a funcionalidade de decodificar os 16 pares de tons DTMF em 4 bits. Sua

arquitetura consiste em um filtro que separa as freqüências do grupo alto das freqüências do grupo

baixo dos tons, seguido de uma secção com um contador digital que verifica a freqüência e a

duração do tom antes de passar o código binário para sua saída [8].

Além da decodificação DTMF é utilizada outra funcionalidade deste CI, trata-se da função

do pino de saída StD. Este pino tem por função tornar sua saída em nível alto enquanto um tom

válido for decodificado pelo CI [8]. Devido a essa funcionalidade este pino será utilizado como

interrupção para o microcontrolador.

Para testar o componente foi utilizada a configuração de circuito recomendada pelo

Datasheet do fabricante. Para visualização de sua funcionalidade foram acrescentados resistores em

serie com LEDs, como mostrado no esquemático da Figura 20 e no layout de testes da Figura 21,

para que o conjunto de 4 LEDs mostra-se o código binário correspondente ao tom inserido no

circuito.

Foram reproduzidos os tons criados no Matlab através da saída de fone de um computador e

comprovada a funcionalidade do componente.

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Na proposta do projeto a entrada de sinal vem da saída de áudio do equipamento de

microondas, e a saída decodificada é ligada a entrada do microcontrolador.

Figura 20. Esquemático do Decodificador DTMF.

Figura 21. Foto do Layout do Protótipo de Testes.

3.4. PROCESSADOR

Nesta etapa é feito o processamento do sinal recebido. Após a decodificação DTMF o

processamento tem a função de analisar a informação (4 bits) que chega e atuar nas chaves RF.

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O componente utilizado para fazer essa função é o ATTiny2313, mostrado na Figura 22.

ATTiny2313 é um microcontrolador da empresa Atmel com tecnologia AVR.

(a) (b)

Figura 22. Microcontrolador ATTINY2313: (a) Foto ; (b) Pinagem Fonte: Adaptado de [9].

3.4.1. Funcionamento e Testes

Os 4 bits com a informação DTMF decodificada, entregues pelo MT8870, são ligados a 4

pinos (PD3, PD4, PD5, PD6), configurados como entrada, deste microcontrolador, para que se faça

a aquisição dos dados. É ligado também o pino StD do decodificador DTMF a uma quinta entrada

(PD0), como mostrado no esquemático da Figura 23 e no layout real da Figura 24.

Figura 23. Esquemático das Interligações entre Decodificador e Microcontrolador

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(a) (b)

Figura 24. Fotos do Protótipo: (a) TOP ; (b) BOTTOM

Esta quinta entrada serve como uma interrupção para o microcontrolador, toda vez que o

pino StD fica em nível lógico alto, significa que ele já esta com os bits prontos em sua saída.

Assim, o µC faz uma varredura constante no pino StD, comparando o nível presente com

nível 0 ou nível 1. Somente quando StD é igual a 1, o microcontrolador faz a aquisição das 4

entradas de bits de dados. Após a aquisição µC compara esses valores com valores definidos a partir

da Tabela 1. E a cada vez que a comparação se equivaler com os valores pré-definidos são setadas 6

pinos (PB0, PB1, PB2, PB3, PB4, PB5) configurados como saídas com níveis 0 ou 1.

Esses 6 pinos servem como controle para atuar nas Chaves RF.

3.5. CHAVES RF

A última etapa do projeto se refere às chaves RF, que fazem o controle dos sinais de FI. O

componente utilizado nos testes e na proposta é o HMC484MS8G, da empresa Hittite Microwave

Corporation.

É uma chave RF SPDT, isso quer dizer que possui uma entrada e duas saídas, em um

encapsulamento MSOPG com 8 pinos, portanto com um tamanho bem pequeno. É também um

GaAs MMIC de 10W [10], ou seja, é um CI com tecnologia GaAs que suporta até 10W (40 dBm),

valor suficiente para este projeto que usa como sinal de FI 1mW (0 dBm).

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Aplicações típicas para este componente são em infra-estruturas wireless, celulares, rádio-

móveis, pois suporta freqüências de 0 (DC) a 3GHz [10].

Figura 25. Diagrama Funcional do CI HMC484MS8G Fonte: Adaptado de [10]

Para que este componente pudesse ser testado foi negociado via e-mail com a empresa

Hittite Microwave Corporation o envio de amostras e de uma Evaluation Board.

Figura 26. Evaluation Board com o CI HMC484MS8G fornecida pela empresa Hittite Microwave.

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3.5.1. Funcionamento e Testes

Com as amostras em mãos a funcionalidade deste componente pôde ser comprovada com o

layout do setup mostrado na Figura 27 e do setup real da Figura 28.

Figura 27. Layout do Setup de Testes da Evaluation Board.

Figura 28. Foto do Layout de Testes

Com o gerador de funções foi gerada uma onda senoidal com freqüência de 10MHz, e

ligado a entrada (RFC, Figura 25) da EB onde está o componente HCM484MS8G. Cada saída (RF1

e RF2) da EB é ligada a uma entrada do osciloscópio, dessa maneira se pode identificar qual saída

esta conduzindo. A alimentação da EB é de 5VDC. Nos pinos de controle A e B foram ligados VCC

e GND alternadamente de acordo com a tabela verdade fornecida no Datasheet do fabricante e

mostrada na Tabela 2.

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Tabela 2. Tabela verdade de funcionamento do componente HMC484.

CONTROL INPUT SIGNAL PATH STATE A B RFC to RF1 RFC to RF2

High Low Off On Low High On Off Low Low Off Off

Dessa forma se comprovou que a chave se mantém desligada quando os pinos de controle

estão em nível lógico Low e acionada para cada canal quando se alternam os níveis dos pinos A e B.

3.6. PROPOSTA FINAL

Após os testes individuais do diagrama mostrados na Figura 12, e comprovando a

funcionalidade dos componentes escolhidos e dos aplicativos desenvolvidos, foram testadas todas

as etapas em conjunto, da seguinte forma.

Figura 29. Layout do Setup de Testes Completo.

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Figura 30. Foto do Layout de Testes Completo.

O software desenvolvido no CodeVisionAVR , mostrado no ANEXO II, foi criado para

realizar as 3 primeiras possibilidades da Tabela 1, e tem a característica de funcionamento de

acordo com fluxograma da Figura 31.

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Figura 31. Fluxograma do Firmware de Testes.

3.6.1. Proposta de PCI

No software Altium Designer, um projeto de uma PCI que contempla todas as

funcionalidades do objetivo deste trabalho relacionado às Chaves RF. E que juntamente com o

software de controle, a decodificação DTMF e o processamento, garantem todos os objetivos do

projeto.

O esquemático mostrado no ANEXO I mostra a proposta final das ligações e componentes

para a fabricação da PCI com as Chaves RF.

São utilizados 3 componentes HMC484MS8G (U1, U2, U3) para as comutações, 6

conectores BNC fêmea, dois para cada equipamento de microondas, sendo um de entrada e outro de

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saída de FI. São utilizados 2 conectores tipo “Header”, para os sinais de controles (P1-6 pinos),

provenientes da PCI do µP, e para alimentação (P2-2pinos) do circuito. Cada par de pinos do

conector P1 alimenta as entradas de controle de uma Chave RF.

A placa é composta por 4 camadas, a primeira “SINAL TOP_LAYER” onde passam a maioria das

trilhas, sendo que onde não existem trilhas é feito um plano GND. A segunda camada é totalmente

“GND” e tem a função de separar as camadas de sinais 1 e 3 e possibilitar um terra próximo a

qualquer componente da camada “SINAL TOP_LAYER”. A terceira também é uma camada de

sinal, chamada “SINAL2 MID_LAYER” utilizada para rotear às trilhas restantes que não foram

possíveis na camada 1. E por último a camada “GND BOTTOM LAYER” que também é um plano

GND de proteção.

Figura 32. Camadas da Placa.

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O layout de PCI proposto é mostrado na Figura 33.

Figura 33. Layout do Posicionamento e Roteamento da Placa.

Com o software Altium Designer é possível ter uma perspectiva da placa em 3D. A Figura

34 mostra a placa depois de fabricada e montada.

Figura 34. Placa em 3D

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este projeto tem por finalidade oferecer, para a empresa em questão, a solução do problema

de comutações remotas. Algo que aparentemente seria tecnicamente difícil de ser resolvido ou, com

alto custo, no caso de se recorrer a uma empresa especializada para implantar um sistema

apropriado, foi conseguido de maneira simples e com baixo custo, utilizando um computador e um

circuito eletrônico simples.

Espera-se em uma segunda fase do projeto, uma atualização desta primeira proposta, tendo

como principal incremento a implementação do retorno de um sinal de resposta para os comandos

enviados. Isso para que se possa ter certeza de que o comando enviado trafegou pelo enlace, foi

decodificado, processado e atuou nas chaves RF de forma correta.

É importante esclarecer que a utilização do tom DTMF para fazer o controle das chaves

também pode ser adaptada para outras aplicações; neste projeto os tons controlam chaves de RF,

mas também podem ser adaptados para controlar outros tipos de aplicações, desde que se tenha um

canal de áudio como meio, para que o tom trafegue até o ponto de controle.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] “Tecnologia AVR”. Disponível em <http://es.wikipedia.org/wiki/AVR>.

[2] Raymond Koo.”RF Switches” - <www.eecg.toronto.edu/~kphang/papers/2001/koo_rftx.doc>

[3] “Gálio – Um resíduo milionário já em aproveitamento uma matéria prima indispensável nos dias de hoje.” Disponível em <http://www.bolsaderesiduos.org.br/mat_galio.php>. Acessado em 10/11/2007.

[4] “Matlab – Matrix LABoratory”. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/MATLAB>. Acessado em 16/9/2007.

[5] “NetBeans IDE” Disponível em <http://www.netbeans.org/products/ide/index_pt_BR.html>. Acessado em 16/9/2007.

[6] “Tutorial de Gravação do ATtiny2313”. Disponível em <http://www.qsl.net/pa3ckr/bascom%20and%20avr/using%20the%20attiny2313/index.html>. Acessado em 05/10/2007.

[7] Figura “MT8870” - Adaptado de <http://www.kit8051.com.br/images/mt8870.jpg>. Acessado em 26/08/2007.

[8] ZARLINK SEMICONDUCTOR; MT8870 Integrated DTMF Receiver, MT8870 Datasheet. Disponível em <www.zarlink.com>. Acessado em 25/08/2007.

[9] Figura “ATTINY2313” – Adaptado de <Fonte: http://www.olimex.cl/images/ATtiny2313.jpg>. Acessado em 18/10/2007.

[10] HITTITE MICROWAVE CORPORATION; HMC484MS8G GaAs MMIC SWITCH, HMC484MS8G Datasheet. Disponível em <www.hittiti.com>. Acessado em 18/09/2007.

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ANEXO I – ESQUEMA ELÉTRICO DA PCI

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ANEXO II – CODIGO FONTE DO PROGRAMA GRAVADO NO µC

/***************************************************** This program was produced by the CodeWizardAVR V1.25.3 Evaluation Automatic Program Generator © Copyright 1998-2007 Pavel Haiduc, HP InfoTech s.r.l. http://www.hpinfotech.com Project : TCC Santiago Version : 1.0 Date : 7/11/2007 Author : Santiago Rodrigues Company : USF - Campinas Comments: Este firmware é uma implementação do processamento de bits(DTMF decod.) em 4 entradas para a comutação de chaves RF em 6 saídas. Chip type : AT90S2313 Clock frequency : 3,686400 MHz Memory model : Tiny External SRAM size : 0 Data Stack size : 32 *****************************************************/ #include <90s2313.h> #define bit0 PIND.3 //define PIND.3 como bit0. #define bit1 PIND.4 //define PIND.4 como bit4. #define bit2 PIND.5 #define bit3 PIND.6 #define SV1 PORTB.2 #define SV2 PORTB.3 #define CAMP1 PORTB.0 #define CAMP2 PORTB.1 #define SP1 PORTB.4 #define SP2 PORTB.5 // External Interrupt 0 service routine // O sinal de STD NA BORDA DE SUBIDA faz o uC entrar na rotina de interrupção interrupt [EXT_INT0] void ext_int0_isr(void) { // Place your code here if(bit0 == 1 && bit1 == 0 && bit2 == 0 && bit3 == 0) // tom DTMF 1 { CAMP1 = 0; CAMP2 = 1; SV1 = 1; SV2 = 0; SP1 = 0; SP2 = 0; } if(bit0 == 0 && bit1 == 1 && bit2 == 0 && bit3 == 0) // tom DTMF 2 { CAMP1 = 1; CAMP2 = 0; SV1 = 0; SV2 = 0; SP1 = 0; SP2 = 1; } if(bit0 == 1 && bit1 == 1 && bit2 == 0 && bit3 == 0) // tom DTMF 3 { CAMP1 = 0; CAMP2 = 0; SV1 = 0; SV2 = 1; SP1 = 1; SP2 = 0; } } // Declare your global variables here void main(void) { // Declare your local variables here

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// CONFIGURA AS SAIDAS DAS CHAVES PORTB.0 = 0; // SAIDA PARA CAMPINAS (CONTROLE A) DDRB.0 = 1; PORTB.1 = 0; // SAIDA PARA CAMPINAS (CONTROLE B) DDRB.1 = 1; PORTB.2 = 0; // SAIDA PARA SV (CONTROLE A) DDRB.2 = 1; PORTB.3 = 0; // SAIDA PARA SV (CONTROLE B) DDRB.3 = 1; PORTB.4 = 0; // SAIDA PARA SP (CONTROLE A) DDRB.4 = 1; PORTB.5 = 0; // SAIDA PARA SP (CONTROLE B) DDRB.5 = 1; //Configuração dos pinos de entrada para os bits //DTMF decodificados. PORTD.3 = 1; DDRD.3 = 0; // bit 0 – configure o pino 7 como entrada. PORTD.4 = 1; DDRD.4 = 0; // bit 1 PORTD.5 = 1; DDRD.5 = 0; // bit 2 PORTD.6 = 1; DDRD.6 = 0; // bit 3 // Timer/Counter 0 initialization // Clock source: System Clock // Clock value: Timer 0 Stopped TCCR0=0x00; TCNT0=0x00; // Timer/Counter 1 initialization // Clock source: System Clock // Clock value: Timer 1 Stopped // Mode: Normal top=FFFFh // OC1 output: Discon. // Noise Canceler: Off // Input Capture on Falling Edge // Timer 1 Overflow Interrupt: Off // Input Capture Interrupt: Off // Compare Match Interrupt: Off TCCR1A=0x00; TCCR1B=0x00; TCNT1H=0x00; TCNT1L=0x00; OCR1H=0x00; OCR1L=0x00; // External Interrupt(s) initialization // INT0: On // INT0 Mode: Rising Edge // INT1: Off GIMSK=0x40; MCUCR=0x03; GIFR=0x40; // Timer(s)/Counter(s) Interrupt(s) initialization TIMSK=0x00; // Analog Comparator initialization // Analog Comparator: Off // Analog Comparator Input Capture by Timer/Counter 1: Off ACSR=0x80; // Global enable interrupts #asm("sei") //habilita todas interrupções // POSIÇÃO DEFAULT DAS CHAVES CAMP1 = 0; CAMP2 = 1; SV1 = 1; SV2 = 0; SP1 = 0; SP2 = 0; while (1) { // Place your code here } }