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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
SAMÁRIA SILVA DE ARAÚJO GARCIA
DESENVOLVIMENTO DO MÉTODO DO ÍNDICE DE QUALIDADE DO PEIXE
VOADOR (Hirundichthys affinis, Günther, 1866) INTEIRO ARMAZENADO EM
GELO
NATAL/ RN
2017
1
SAMÁRIA SILVA DE ARAÚJO GARCIA
DESENVOLVIMENTO DO MÉTODO DO ÍNDICE DE QUALIDADE DO PEIXE
VOADOR (Hirundichthys affinis, Günther, 1866) INTEIRO ARMAZENADO EM GELO
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Nutrição. Orientadora: Profª Drª Karla Suzanne Florentino da Silva Chaves Damasceno. Coorientador: Prof. Dr. Rodrigo Antônio Ponce de Leon Ferreira de Carvalho.
NATAL/ RN
2017
Garcia, Samária Silva de Araújo. Desenvolvimento do método do índice de qualidade do peixevoador (Hirundichthys affinis, GÜNTHER, 1866) inteiro armazenadoem gelo / Samária Silva de Araújo Garcia. - 2017. 113f.: il.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grandedo Norte, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduaçãoem Nutrição. Natal, RN, 2017. Orientador: Profa. Dra. Karla Suzanne Florentino da SilvaChaves Damasceno. Coorientador: Prof. Dr. Rodrigo Antônio Ponce de LeonFerreira de Carvalho.
1. Peixe-voador - Dissertação. 2. MIQ - Dissertação. 3.Qualidade - Dissertação. 4. Frescor - Dissertação. 5.Armazenamento em gelo - Dissertação. I. Damasceno, Karla SuzanneFlorentino da Silva Chaves. II. Carvalho, Rodrigo Antônio Poncede Leon Ferreira de. III. Título.
RN/UF/BSCCS CDU 597.523
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRNSistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS
2
SAMÁRIA SILVA DE ARAÚJO GARCIA
DESENVOLVIMENTO DO MÉTODO DO ÍNDICE DE QUALIDADE DO PEIXE
VOADOR (Hirundichthys affinis, Günther, 1866) INTEIRO ARMAZENADO EM GELO
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição,
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção
do título de Mestre em Nutrição.
Aprovada em 08 de dezembro de 2017.
Profª. Drª. Lucia de Fátima Campos Pedrosa
Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
BANCA EXAMINADORA
Profª Drª Karla Suzanne Florentino da Silva Chaves Damasceno Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Orientadora
Prof. Dr. Alex Augusto Gonçalves
Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA Membro Externo
Profª. Drª. Elisabete Maria Macedo Viegas Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo -
USP Membro Externo
3
AGRADECIMENTOS
À Deus, por Ele ser minha esperança.
À minha mãe Francisca pelo acolhimento materno diário.
Ao meu esposo Flávio pela dedicação, companheirismo, compreensão e cuidado
diário.
À minha orientadora Karla Suzanne pela louvável paciência, auxílio, conforto, por ser
tão amiga, mãe. Obrigada por me acolher e ao meu co-orientador Rodrigo Carvalho
pela ajuda no conhecimento e intermédio com os pescadores de Caiçara do Norte.
A minha turma de mestrado pelo acolhimento das alegrias e desafios da pesquisa e
da minha vida.
Às alunas de Iniciação Científica do Projeto Voador (Amanda, Julianna e Bruna) pelo
imensurável auxílio e por serem a alegria no dia a dia da pesquisa.
Aos monitores do Laboratório de Microbiologia.
Aos julgadores sensoriais pela efetiva participação desde o início da pesquisa, pelo
empenho e dedicação.
A Isailton Tavares que pacientemente atendeu às nossas necessidades na
pesquisa, fornecendo o peixe voador.
À Dona Graça, Rogério e Jéssica pelo auxílio e paciência diante da demanda das
análises nos Laboratórios.
Aos os servidores que fazem parte do programa de Pós-Graduação em Nutrição da
UFRN.
Ao auxílio financeiro de incentivo decorrente do EDITAL FAPERN/CAPES 006/2014
- que dispõe sobre o "APOIO AOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DAS
INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR (IES) DO ESTADO DO RIO GRANDE DO
NORTE", assim como o de bolsa, EDITAL FAPERN/CAPES 013/2014 - que trata
sobre o "PROGRAMA DE BOLSAS DE FORMAÇÃO ACADÊMICA - MODALIDADE:
MESTRADO.
4
RESUMO
O peixe voador é um dos recursos disponíveis de importância econômica
e social para países como a Filipinas, Indonésia, Peru, Barbados, Trindade e
Tobago e Brasil, contudo os processos relacionados à sua perda de frescor são
pouco conhecidos. Uma ferramenta para avaliar as propriedades sensoriais do grau
de frescor do pescado, considerando aspectos específicos para cada espécie, é o
Método do Índice de Qualidade (MIQ), o qual fornece pontuações de demérito para
os atributos sensoriais do pescado em função do grau de deterioração. Neste
estudo, objetivou-se desenvolver o MIQ para avaliação do frescor do peixe voador
(Hirundichthys affinis, Günther, 1866) inteiro e armazenado em gelo, correlacionando
com análises físico-químicas e microbiológicas ao longo do período de
armazenamento. Para isso foram recrutados candidatos e selecionado julgadores
sensoriais pelos Teste de Reconhecimento de Aromas e Teste de 100 matizes de
Farnsworth Munsell. O desenvolvimento do MIQ se deu por meio de 3 ensaios de
armazenamento e foram utilizados exemplares de peixe voador capturados em
Caiçara do Norte, RN, Brasil. Foram realizadas análises microbiológicas (contagem
de Coliformes a 45ºC/g, pesquisa de Salmonella sp/25g, análise de Estafilococos
coagulase positiva/g e contagem total de microrganismos aeróbios mesófilos e
psicrotróficos) e físico-químicas (mensuração do pH e a determinação de nitrogênio
das Bases Voláteis Totais, Trimetilamina e Substâncias Reativas ao Ácido
Tiobarbitúrico). Assim, foi desenvolvido um esquema MIQ com 11 parâmetros,
agrupados em 3 atributos principais (aspecto geral, olhos e guelras) e o Índice de
Qualidade apresentou alta correlação linear (r = 0,956) com o tempo de
armazenamento indicando perda de frescor durante os dias. A contagem total de
bactérias aeróbias mesófilas e psicrotróficas revelaram forte e significante correlação
com o tempo de armazenamento (r = 0,705, p < 0,001 e r = 0,934 e p < 0,001,
respectivamente), variando de 3,20 log UFC/g (1º dia) a 5,61 log UFC/g (19º dia de
armazenamento) e de 2,0 log UFC/g (1º dia) a 8,18 log UFC/g (19º dia de
armazenamento), respectivamente. Salmonella não foi detectada em nenhuma
amostra. Foi encontrado Estafilococos coagulase positivo (4,0x102 UFC/g) e
coliformes a 45ºC (3,6 NMP/g) em uma amostra no 9º dia de armazenamento. Os
valores médios de pH tiveram aumento linear e contínuo (p < 0,001), variando de
5
6,23 (1º dia) a 6,88 (19º dia). Os valores médios de N-BVT e N-TMA variaram,
respectivamente, de 25,19 (1º dia) a 39,42 mg N-BVT/100g (19º dia) e 6,58 (1º dia) a
12,17 mg TMA/100g (19º dia), apresentando um aumento linear, contínuo e
significativo (p < 0,001 e p < 0,001) com forte e significativa correlação linear (r =
0,923, p < 0,001 e r = 0,747, p < 0,001) com o tempo de armazenamento. As médias
das Substâncias Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico (SRATB) variaram de 0,08 (1º dia)
a 2,52 MA/kg (22º dia). A Análise de Componentes Principais sugere que o peixe
voador permaneça com grau de frescor aceitável por até 9 dias, considerando as
análises realizadas e condições de armazenagem em gelo utilizadas neste estudo.
Palavras-chave: peixe voador, MIQ, qualidade, frescor, armazenamento em gelo.
6
ABSTRACT
The flying fish is one of the resources of economic and social importance
available to countries such as the Philippines, Indonesia, Peru, Barbados, Trinidad
and Tobago and Brazil, but the processes related to their loss of freshness unknown.
A tool to evaluate the sensory properties of fish freshness, considering specific
aspects for each species, is the Quality Index Method (QIM), which provides demerit
scores for the attributes of the fish as a function of the deterioration stage. The
objective of this study was to develop the QIM to evaluate the freshness of the fish
(Hirundichthys affinis, Günther, Günther, 1866), correlating with physical-chemical
and microbiological analyzes throughout the storage period. For this purpose
candidates were recruited and selected sensory judges by the Farnsworth Munsell
Aroma Test and Test of 100 shades. The development of the QIM was done by
means of 3 storage tests and were used flying fish specimens captured in Caiçara do
Norte, RN, Brazil. Microbiological analyzes (Coliform counts at 45ºC/g, Salmonella
sp/25g analysis, Coagulase positive Staphylococcus and total counts of aerobic
mesophilic and psychrotrophic) and physicochemical analyzes were performed (pH
measurement and determination of Total Volatile Bases and Trimethylamine). Then,
a QIM scheme was developed with 11 parameters, grouped into 3 main attributes
(appearance, eyes and gills) and a Quality Index that presented high linear
correlation (r = 0.956) with storage time indicating loss of freshness during the days.
The total count of aerobic mesophilic bacteria showed a significant increase (p =
0.009), ranging from 3.20 log CFU/g (1st day) to 5.61 log CFU/g (19th day of storage).
The total count of mesophilic and psychrotrophic aerobic bacteria showed a strong
and significant correlation with storage time (r = 0.705, p < 0.001 and r = 0.934 p
<0.001, respectively), ranging from 3.20 log CFU/g (1st day) 5.61 log UFC / g (19th
day storage) and 2.0 log UFC/g (1st day) at 8.18 log UFC/g (19th day storage),
respectively. Salmonella was not detected. Coagulase positive Staphylococcus
(4.0x102 CFU/g) and coliforms at 45ºC (3.6 NMP/g) were found in a 9th day storage
sample. The mean values of pH with a linear and continuous increase (p < 0.001),
ranging from 6.23 (1st day) to 6.88 (19th day). The mean values of TVB-N and TMA-N
ranged respectively from 25.19 (1st day) to 39.42 mg TVB-N/100 g (19th day) and
6.58 (1st day) to 12.17 mg (p <0.001 and p < 0.001) with a strong and significant
7
linear correlation (r = 0.923, p < 0.001 and r = 0.747, p < 0.001) with storage time. As
averages of Thiobarbituric Acid Reactive Substances (TBARS) ranged from 0.08 (1st
day) to 2.52 MA / Kg (22nd day). The Principal Component Analysis suggests that the
flying fish remain with an acceptable degree of freshness for up to 9 days,
considering the analyzes and ice storage conditions used in this study.
Key words: flying fish, MIQ, quality, freshness, ice storage.
8
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Hirundichthys affinis (A), Jerere(B)...........................................................17
Figura 2 – Fluxograma do desenho experimental.....................................................26
Figura 3 – Soluções estoque para o Teste de Reconhecimento de Aromas.............28
Figura 4 – Kit de apresentação para familiarização dos julgadores com os aromas
do Teste de Reconhecimento de Aromas...........................................................29
Figura 5 – Erlenmeyers codificados com números aleatórios das amostras
compondo o kit de análise referente ao Teste de Reconhecimento de Aromas........29
Figura 6 – Etapa de familiarização dos candidatos com os aromas do Teste de
Reconhecimento de Aromas......................................................................................30
Figura 7 – Série dos materiais codificados com três dígitos aleatórios e a ficha de
resposta apresentados ao candidato na cabine individual do Laboratório de Análise
Sensorial para o Teste de Reconhecimento de Aromas............................................30
Figura 8 – Soluções-teste do teste de 100 matizes de Farnsworth Munsell..............32
Figura 9 – Teste de 100 matizes de Farnsworth Munsell. Séries de tubos codificados
e aleatórios apresentados ao candidato em cabines individuais do Laboratório de
Análise Sensorial........................................................................................................32
Figura 10 – Etapas de desenvolvimento do esquema MIQ.......................................34
Figura 11 – Amostras de peixe voador H. affinis armazenadas em caixas isotérmicas
com gelo e temperatura monitorada...........................................................................35
Figura 12 – Julgadores avaliando os atributos sensoriais do peixe voador do primeiro
ensaio de armazenamento no Laboratório de Tecnologia de Alimentos...................36
Figura 13 – Julgadores avaliando sensorialmente as amostras de peixe voador no
segundo ensaio de armazenamento para desenvolvimento do MIQ.........................37
Figura 14 - Julgador avaliando sensorialmente as amostras de peixe voador no
terceiro ensaio de armazenamento para desenvolvimento do MIQ...........................38
9
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ACP Análise de Componentes Principais
AN Ágar Nutriente
ANOVA Análise de Variância
ATP Adenosina Trifosfato
Cad Cadaverina
CVT Contagem de microrganismos Viáveis Total
DMA Dimetilamina
EC E. Coli
EDTA Ethylenediamine Tetraacetic Acid
IQ Índice de Qualidade
KOH Hidróxido de potássio
MDA Malonaldeído
MIQ Método do Índice de Qualidade
MKTTn Tetrationato Muller Kauffmann Novobiocina
NMP Número Mais Provável
N-BVT Nitrogênio das Bases Voláteis Totais
NH3 Amônia
OTMA Óxido de Trimetilamina
Put Putrescina
PLS Partial Least Squares
RVS Rappaport Vassiliadis Soja
TBA Ácido Tiobarbitúrico
TBARS Substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TCA Ácido tricloroacético
TMA Trimetilamina
UFC Unidade Formadora de Colônia
VB Verde Brilhante
VIP Variável de Importância na Projeção
VP Voges-Proskauer
XLD Xilose Lisina Desoxicolato
10
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12
2 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA ................................................................. 14
3 OBJETIVOS ......................................................................................................... 15
3.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 15
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................. 15
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 16
4.1 PEIXE VOADOR, Hirundichthys affinis (Günther, 1866)..................................... 16
4.2 QUALIDADE DO PESCADO FRESCO .............................................................. 17
4.2.1. ASPECTOS MICROBIOLÓGICOS ................................................................. 18
4.2.2 ASPECTOS FÍSICO-QUÍMICOS ..................................................................... 19
4.2.3 ASPECTOS SENSORIAIS .............................................................................. 22
5 METODOLOGIA ................................................................................................... 26
5.1 ASPECTOS ÉTICOS ......................................................................................... 26
5.2 DESENHO DA PESQUISA ................................................................................ 26
5.3 RECRUTAMENTO, SELEÇÃO E TREINAMENTO DE AVALIADORES
SENSORIAIS PARA DESENVOLVIMENTO DO ESQUEMA MIQ............................ 27
5.3.1 RECRUTAMENTO .......................................................................................... 27
5.3.2 SELEÇÃO DOS AVALIADORES..................................................................... 27
5.3.3 TREINAMENTO .............................................................................................. 33
5.4 DESENVOLVIMENTO DO ESQUEMA MIQ ....................................................... 33
5.4.1 MATÉRIA-PRIMA ............................................................................................ 34
5.4.2 ESQUEMA MIQ PRELIMINAR ........................................................................ 35
5.4.3 TESTE DO ESQUEMA MIQ ............................................................................ 36
5.4.4 CURVA DE CALIBRAÇÃO .............................................................................. 37
5.5 ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS ....................................................................... 38
5.5.1 PREPARO DA AMOSTRA .............................................................................. 38
5.5.2. PREPARO DAS DILUIÇÕES ......................................................................... 39
5.5.3 CONTAGEM DE COLIFORMES A 45ºC/g ...................................................... 39
5.5.4 CONTAGEM DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE POSITIVA/g ................... 40
5.5.5 CONTAGEM TOTAL DE MICRORGANISMOS AERÓBIOS MESÓFILOS EM
PLACAS ................................................................................................................... 40
11
5.5.6 CONTAGEM TOTAL DE MICRORGANISMOS AERÓBIOS
PSICROTRÓFICOS EM PLACAS ............................................................................ 41
5.5.7 PESQUISA DE SALMONELLA sp/25g ............................................................ 41
5.6 ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS .......................................................................... 44
5.6.1 DETERMINAÇÃO DE PH ............................................................................... 44
5.6.2 DETERMINAÇÃO DE BASES VOLÁTEIS TOTAIS (N-BVT) E TRIMETILAMINA
(TMA) ....................................................................................................................... 44
5.6.3 AVALIAÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS REATIVAS AO ÁCIDO TIOBARBITÚRICO
(TBARS) .................................................................................................................. 45
5.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA .................................................................................... 46
6 ARTIGO PRODUZIDO .......................................................................................... 47
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 80
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 81
APÊNDICES ............................................................................................................ 93
ANEXOS ................................................................................................................ 106
12
1 INTRODUÇÃO
Os peixes voadores (família Exocoetidae) são comuns no mundo em
águas subtropicais e tropicais1,2 e considerados espécies comerciais e
ecologicamente importantes, um componente significativo da cadeia alimentar
epipelágica, independentemente da sua distribuição geográfica3, 4, 5.
Tem importância econômica em muitos países atuando como um recurso
pesqueiro na Indonésia6, nas Ilhas do Pacífico7, Coréia, China e no Mar do Japão6, 8,
sul da Califórnia, EUA9, Sul da Índia10, Antilhas Holandesas11, Caribe Oriental12 e
Nordeste do Brasil13.
O peixe voador (Hirundichthys affinis, Günther, 1866) é a espécie mais
importante e explorada pela indústria pesqueira de Barbados14, e também é um dos
recursos disponíveis e de baixo valor comercial, explorado por países como a
Coréia, Japão, Trindade e Tobago e Brasil15.
Na região Nordeste do Brasil, o Rio Grande do Norte é o estado que
representa, em âmbito nacional, a única área de pesca do peixe voador. Dentre os
municípios litorâneos do estado, Caiçara do Norte se destaca entre as principais
áreas, com produção pesqueira relativa de H. affinis de 38% durante o período de
1993 a 201016.
A qualidade do peixe é tema de pesquisa importante visto que o peixe é
alimento altamente perecível, e se deteriora rapidamente se não for manipulado,
processado e armazenado adequadamente17. Dessa forma, o frescor é o fator de
qualidade mais importante para a pesca porque é o primeiro critério para aceitação
ou rejeição do peixe18.
Imediatamente depois da captura, uma série de processos autolíticos
começam a ocorrer19. Em seguida, ocorrem alterações químicas e físicas
provocadas pela ação dos microrganismos20. Devido à importância desses
processos vários pesquisadores e institutos do setor da pesca desenvolveram
métodos para avaliar o frescor do peixe, com base nas alterações post-mortem
associadas às mudanças sensoriais, físico-químicas e microbiológicas21, 22.
Uma ferramenta para avaliar as propriedades sensoriais do grau de
frescor do pescado, considerando aspectos específicos para cada espécie, é o
Método do Índice de Qualidade (MIQ), o qual fornece pontuações de demérito para
os atributos do pescado, que no caso do peixe inteiro, incluem superfície do corpo,
13
olhos, brânquias, textura e abdômen, em função do estágio de deterioração e perda
de frescor23, 24, 25.
O MIQ é um método sensorial descritivo bastante utilizado na Europa,
desenvolvido na década de 1980 pela Tasmanian Food Research Unit26. Seu
princípio baseia-se na proposição de que os avaliadores não podem julgar graus de
perfeição, mas podem facilmente detectar desvios ou mudanças dele e, assim, os
defeitos no produto são atribuídos a pontos de demérito que são somados para
fornecer uma avaliação geral 27.
O MIQ fornece resultados confiáveis, rápidos e apresenta uma relação
linear entre a pontuação e o frescor e o tempo de armazenamento em gelo. Este
método apresenta como vantagem o fato de não destruir a amostra, ser simples,
preciso, objetivo, fácil de aplicar, de baixo custo e requerer pouco treinamento em
relação aos outros métodos28, 29, 30.
Diante disso, é relevante o desenvolvimento de uma metodologia eficiente
que contribua para o controle de qualidade da espécie peixe voador (Hirundichthys
affinis) e assim favorecer o consumo deste pescado e de seus produtos com padrão
de qualidade que assegure a sua qualidade sensorial e microbiológica.
14
2 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA
A perda de frescor do pescado implica em aumento da deterioração, e por
isso, a utilização de métodos adequados para a avaliação da qualidade dos produtos
da pesca está relacionada com a capacidade de definir padrões quantitativos sobre
esses processos de deterioração, permitindo assim avaliação correta do frescor30, 31.
Considerando que as legislações brasileiras (Decreto nº 9.013/2017 que
dispõe sobre o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de
Origem Animal32 e o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Peixe
Fresco pela Portaria nº185/199733) apresentam falta de especificidade quanto as
características organolépticas para as espécies de pescado, intensifica-se a
necessidade de ferramentas que auxiliem no controle de qualidade para as distintas
espécies. Nesse contexto, torna-se imprescindível o estabelecimento de uma
ferramenta sensorial que viabilize o controle de qualidade do peixe voador
(Hirundichthys affinis), conhecendo seu processo de deterioração e a sua vida útil,
visto que não existe na literatura nenhum regulamento técnico que identifique a
qualidade desta espécie de pescado, bem como nenhum MIQ desenvolvido para
esta espécie.
Estudos recentes apontaram que o peixe voador pode servir de matéria-
prima para diversos tipos de produtos34 e diante do seu potencial na alimentação
humana, pode ser considerado como um recurso abundante contribuindo para
geração de empregos e renda em um município com um dos menores índices de
desenvolvimento humano do Rio Grande do Norte que é Caiçara do Norte.
O MIQ poderá ser útil para dar condição aos pescadores a respeito do
frescor do peixe, resultando na influência positiva da manipulação a bordo das
embarcações pesqueiras35, além de permitir aos produtores manter os peixes em
gelo por tempo determinado, evitando perdas e aumentando a disponibilidade
comercial das espécies36. Espera-se também que, no futuro próximo, o MIQ seja o
método padrão de referência sensorial, sendo utilizado não só para fins de pesquisa,
mas também em mercados de peixe30.
Além da análise sensorial, as análises microbiológicas e físico-químicas
nos diferentes tempos de armazenamento em gelo determinam o limite satisfatório
do pescado quanto ao padrão de qualidade exigido.
15
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Desenvolver o Método do Índice de Qualidade (MIQ) para avaliação do
frescor do peixe voador (Hirundichthys affinis) inteiro armazenado em gelo.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Selecionar e treinar uma equipe de avaliadores para avaliação sensorial
do frescor do peixe voador;
Avaliar as alterações sensoriais, físico-químicas e microbiológicas do
peixe voador armazenado em gelo ao longo do tempo;
Correlacionar o MIQ com análises físico-químicas e microbiológicas ao
longo do período de armazenamento;
Determinar a vida útil do peixe voador armazenado em gelo.
16
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1 PEIXE VOADOR, Hirundichthys affinis (Günther, 1866)
Da família Exocoetidae são encontradas no oceano atlântico 12 espécies
de peixe voador: Cypselurus cyanopterus Valenciennes, 1846; Cypselurus comatus
Mitchill, 1818; Cypselurus melanurus Rafinesque, 1810; Cypselurus heterurus
Rafinesque, 1810; Cypselurus exiliens Linné, 1771; Prognichthys gibbifrons Cuvier e
Valenciennes, 1864; Oxyporhamphus micropterus similis Bruun, 1935; Exocoetus
volitans Linnaeus, 1758; Parexocoetus brachypterus Richardson, 1846;
Hirundichthys speculiger Valenciennes, 1846 e Hirundichthys affinis, Günther,
186637, 2.
Esses peixes têm importância comercial em muitos países, atuando como
recurso pesqueiro na Indonésia6, Ilhas do Pacífico7, Coréia, China e no Mar do
Japão6, 8, Sul da Índia10, Antilhas Holandesas11, Caribe Oriental12 e Nordeste do
Brasil onde é conhecido como peixe voador de quatro asas13. Filipinas é o maior
produtor mundial e a pesca se dá na província de Batanes34. Barbados é
considerado o 5° produtor mundial de peixe voador e tem na espécie um patrimônio
nacional que simboliza o orgulho e a indústria do país, estando estampado na
moeda de um dólar e no logotipo da autoridade de turismo do país38.
O peixe voador (Hirundichthys affinis) é distribuído por todo o Atlântico
oeste tropical e é relatado próximo da costa ocidental da África39. No Atlântico
Ocidental é mais abundante ao longo da costa norte da América do Sul,
principalmente no nordeste do Brasil, no sul das Antilhas Menores e ao redor de
Curaçau39, 40, 41. No Brasil as espécies Cypselurus cyanopterus e Hirundichthys
affinis merecem destaque42. Na região de Caiçara do Norte predomina a espécie
Hirundichthys affinis (Günther, 1866) que pertence à classe Osteichthyes, ordem
Beloniformes, família Exocoetidae, gênero Hirundichthys43.
Esta espécie apresenta o corpo alongado, grosso e um pouco achatado
ventralmente, focinho mais curto que o olho, sem corte e dentes palatinos
geralmente ausentes. As nadadeiras peitorais, longas, perfazem 60 a 70% do
comprimento padrão. As nadadeiras dorsais e anais são bem atrás no corpo e suas
bases são curtas. As pélvicas são grandes, alcançando além da origem da
nadadeira anal12. Dorsalmente, a cor é azul iridescente e o corpo apresenta
17
coloração prateada. A nadadeira dorsal é incolor ou apenas ligeiramente pigmentada
e as peitorais são escuras44, Figura 1.
O corpo fusiforme facilita o hidrodinamismo e a presença da nadadeira
peitoral bem desenvolvida são adaptações para viver nas águas superficiais do mar
aberto44. O comprimento total e o peso corporal dos machos apresenta valores
médios de 26,5 cm e 150,24g e nas fêmeas, 27 cm e 154,75 g, respectivamente45. A
idade média do peixe voador Hirundichthys affinis adulto é cerca de 1 ano46.
A carne dos peixes voadores, utilizadas como isca para pesca de
espécies maiores34, tem qualidade para ser comercializada na forma de filé e suas
ovas utilizadas para produção sucedâneo de caviar47.
No Brasil, apresenta importância econômica e social, por constituir-se
alimento para populações de baixo poder aquisitivo, sendo comercializado na forma
salgada e seca45. Em Caiçara do Norte, nordeste do Brasil, a pesca do peixe voador
é realizada em barcos a motor e a vela que navegam para áreas oceânicas, em
profundidades superiores a 800 metros. O barco é deixado à deriva e é lançado na
água óleo de tubarão ou mamona para que os peixes voadores sejam atraídos e
então capturados com a utilização do jereré (armadilha de formato triangular de
madeira preenchida por uma rede de nylon)16, Figura 1.
(A) (B)
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 1. Hirundichthys affinis (A), Jerere (B).
4.2 QUALIDADE DO PESCADO FRESCO
No peixe após a captura e, consequentemente sua morte, uma série de
processos autolíticos começam a ocorrer, hidrolizando as proteínas e gorduras. Em
18
seguida, ocorrem alterações químicas e físicas provocadas pela ação dos
microrganismos20.
O rigor mortis é o primeiro estágio de alteração após a morte do pescado
e é considerado como uma alteração muscular irreversível, onde a formação do
complexo miosina com actina não pode ser desfeita, pois não existe energia
suficiente na forma de adenosina trifosfato (ATP)20.
Durante a deterioração, detecção de aromas e sabores desagradáveis,
produção de gás, formação de muco, coloração anormal e alterações na textura são
sinais de alterações do peixe que ocorrem devido à autólise, oxidação, atividade
bacteriana ou ainda pela combinação desses processos, interferindo diretamente no
prazo de validade48.
4.2.1. ASPECTOS MICROBIOLÓGICOS
O grau de deterioração do peixe é determinado, principalmente, pela
temperatura do músculo do peixe, carga bacteriana inicial, tempo decorrido após a
sua morte e pelas práticas sanitárias adotadas49 e, além disso, o crescimento
microbiano em combinação com a autólise enzimática e a oxidação são as principais
causas de deterioração dos peixes50.
Nas superfícies externas (pele e brânquias) e nos intestinos dos peixes
vivos e recém capturados, os microrganismos podem variar bastante em relação a
sua quantidade e natureza48
. Dessa forma, a microbiota existente sobre os peixes
recém-capturados depende dos seus hábitos alimentares e principalmente do
ambiente e modo de captura51.
A carne do peixe recém-capturado é estéril devido ao seu sistema
imunológico impedir que bactérias cresçam na carne. Após a morte do peixe há um
colapso do sistema imunológico, permitindo que as bactérias se proliferem48 e se
espalhe por vários tecidos52.
Essas espécies bacterianas produzem sabor, odor, textura e/ou cores
inaceitáveis, reduzindo assim a qualidade do pescado50. A microbiota natural dos
peixes são Shewanella, Pseudomonas, Photobacterium, Aeromonas e/ou
Enterobacteriaceae53 e dependem da carga bacteriana inicial, do tipo de
processamento, dos métodos de preservação e das condições de armazenamento50.
19
Em geral, bactérias gram-negativas predominam, mas os
microrganismos gram-positivos como Bacillus, Micrococcus, Clostridium,
Lactobacillus e Coryneforms também podem ser encontrados em proporções
variáveis48. Além disso, a baixa quantidade de carboidratos, pH relativamente alto
(6,2 a 6,5), alta atividade da água (aw ≈ 0,99) e altas quantidades de nitrogênio não
proteico como por exemplo, Óxido de Trimetilamina (OTMA) presentes no músculo
dos peixes servem como substrato para o crescimento de algumas bactérias
psicrotróficas54, 55.
Como o crescimento dos microrganismos é a principal causa da
degradação da qualidades dos peixes, a Contagem de microrganismos Viáveis Total
(CVT) é considerada como um índice de monitoramento da deterioração destes52.
Um nível de CVT superior a 107 UFC/g em peixe fresco é considerado inaceitável56.
No entanto, está bem documentado que nem toda a carga bacteriana enumerada
usando CVT é responsável pela deterioração, sendo observado que alguns peixes
com níveis de CVT acima de 107 UFC/g ainda são aceitáveis por avaliação
sensorial50.
As espécies psicrotróficas são dominantes durante o armazenamento dos
peixes em gelo57 e as mesófilas indica se a limpeza, a desinfecção e o controle da
temperatura durante os processos de tratamento industrial, transporte e
armazenamento foram realizados de forma adequada56.
Algumas bactérias são relacionadas a enfermidades por meio do
consumo de pescado e por isso precisam ser evitadas58. O Regulamento Técnico
sobre os Padrões Microbiológicos para Alimentos da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária59 estabelece para pescado "in natura", resfriados ou congelados não
consumido cru, tolerância para Estafilococus coagulase positiva igual a 103 UFC/g e
ausência de Salmonella sp em 25g de amostra. Não há limite estabelecido para
Coliformes em peixe fresco, entretanto há limite que varia de 5 a 103 NMP/g para
produtos derivados de pescado.
4.2.2 ASPECTOS FÍSICO-QUÍMICOS
Após a morte do peixe o processo de respiração cessa e inicia o processo
de formação de ácido lático por via anaeróbica devido a degradação do glicogênio,
resultando na redução do pH48, 60.
20
As condições criadas pela diminuição do pH podem ocasionar o
rompimento das paredes dos lisossomos das células do tecido muscular e,
consequentemente, liberar enzimas dando início ao processo de autólise, que leva a
alterações estruturais no músculo do pescado, tornando-o amolecido pela quebra
dos tecidos conjuntivos61. Além disso, ocorre uma desnaturação parcial das
proteínas, as quais perdem a capacidade de reter da água, afetando a textura do
músculo48. Essa alteração no tecido muscular viabiliza a penetração de
microrganismos, e ainda, os produtos decorrentes das reações de autólise formam
substrato ideal para desenvolvimento de bactérias61.
O odor decorrente da deterioração do pescado é atribuído ao aumento
das aminas, por exemplo, dimetilamina (DMA), trimetilamina (TMA), amônia (NH3),
histamina, putrescina (Put), cadaverina (Cad), bem como outros compostos como
ácidos, carbonilos de cadeia curta, compostos de enxofre, compostos N-cíclicos e
aldeídos insaturados, que podem ser utilizados para monitorar a deterioração dos
peixes62.
À medida que o peixe se deteriora, o aumento do Nitrogênio das Bases
Voláteis Totais (N-BVT), composto principalmente por amônia, TMA e DMA
(produtos conhecidos como bases voláteis) e também o grau de oxidação lipídica
secundária indicada pelo nível de Ácido Tiobarbitúrico (TBA), como resultado da
degradação microbiana, são amplamente utilizados para avaliar o grau de frescor do
pescado63,
64
, além da determinação de produtos de degradação de ATP e formação
de aminas biogênicas65. Dessa forma, durante todas essas modificações post-
mortem o pH se mantém constante ou aumenta ligeiramente devido à formação de
compostos básicos e aminas voláteis por ação de enzimas tissulares e degradação
por microrganismos48. Quanto mais elevado o pH, maior atividade bacteriana60.
Deve-se considerar que a variação do pH depende de múltiplos fatores,
dentre eles a espécie do peixe, o método de captura e a alimentação, o que torna a
determinação do pH um índice de frescor questionável em algumas situações48 e,
dessa forma, o pH é um parâmetro que isoladamente não é um bom indicador do
estado de frescor66.
A determinação do Nitrogênio das Bases Voláteis Totais (N-BVT) é um
dos testes mais utilizados para determinar o grau de frescor dos peixes e inclui a
avaliação de TMA (produzida por bactérias de deterioração), DMA (produzida por
21
enzimas autolíticas durante o armazenamento congelado), NH3 (formada pela
degradação/desaminação bacteriana de proteínas, péptidos e aminoácidos, e na
degradação autolítica de adenosina monofosfato)48, 67 e são amplamente utilizados
como indicadores de vida útil, especificamente para medir estágios avançados de
deterioração do pescado68. Porém, algumas vezes são consideradas não confiáveis
para a avaliação da deterioração durante os primeiros dez dias de armazenamento
refrigerado de bacalhau, bem como várias outras espécies69.
Além disso, deve-se considerar que os valores de N-BVT dependem, em
grande parte, do método de análise e também não refletem o modo de deterioração,
se bacteriano ou autolítico48.
A TMA é outro indicador comumente utilizado para avaliar a deterioração
no pescado68. A formação de TMA a partir da redução de Óxido de Trimetilamina
(OTMA) é causada por degradação bacteriana70. Entretanto, não é uma medida
direta de deterioração bacteriana pois não são todas as bactérias presentes no
peixe deteriorado que reduzem OTMA em TMA71. E também não refletem os
estágios iniciais da deterioração e são apenas confiáveis para certas espécies de
peixes48.
Muitos dos produtos de oxidação secundária (aldeídos, cetonas, ácidos
graxos de cadeia curta e outros) possuem odores e sabores desagradáveis e estão
geralmente presentes em fases posteriores de oxidação e, portanto, são
considerados indicativos de processos de autoxidação48
. Dentre os produtos de
oxidação, alguns aldeídos reagem com o ácido tiobarbitúrico, o que possibilita obter
uma medida de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS)48. Quantidades
dessas substâncias maiores que 10μmol de equivalência de malonaldeído (MDA)
por 1 kg de peixe provavelmente terá sabores rançosos48.
De acordo com o Decreto nº 9.013/2017 que dispõe sobre o Regulamento
da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, nos casos em que
a avaliação sensorial revele dúvidas acerca do frescor do pescado, deve-se recorrer
a exames físico-químicos complementares32.
Dessa forma, o peixe fresco é aquele que atende aos seguintes
parâmetros físico-químicos, sem prejuízo da avaliação das características
sensoriais: o pH da carne deve ser inferior a 7,00 (sete inteiros) e as bases voláteis
22
totais devem ser inferiores a 30 mg (trinta miligramas) de nitrogênio/100g (cem
gramas) de tecido muscular32.
Poderão ser estabelecidos valores distintos para determinadas espécies,
a serem definidas em normas complementares, quando houver evidências
científicas de que os valores naturais dessas espécies diferem destes fixados para
pH e bases voláteis totais32.
O Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Peixe Fresco
(inteiro e eviscerado) editado pela Portaria nº185/1997 fixa parâmetros físico-
químicos do peixe fresco inteiro ou peixe eviscerado fresco, apto para consumo
humano, devendo as bases voláteis totais apresentar valor inferior a 30mg de
Nitrogênio/100g de carne, e o nível máximo de histamina deve ser 100ppm no
músculo, nas espécies pertencentes às famílias Scombridae, Scombresocidae,
Clupeidae, Coryyphaenidae33.
A Comissão Europeia, através do Regulamento (CE) 2074/200572
estabeleceu que são considerados impróprios para o consumo humano o pescado
cuja inspeção sensorial do pescado tenha suscitado dúvidas quanto ao seu frescor e
o seu controle químico mostre que estão ultrapassados os seguintes limites de
bases voláteis totais: 25 mg de nitrogênio/100 g de tecido muscular para as espécies
Sebastes spp., Helicolenus dactylopterus, Sebastichthys capensis; 30 mg de
nitrogênio /100 g de tecido muscular para as espécies que pertencem à família
Pleuronectidae (à exceção do Hippoglossus spp.) e 35 mg de nitrogênio /100 g de
tecido muscular para as espécies Salmo salar, espécies que pertencem à família
Merluccidae, espécies que pertencem à família Gadidae.
Dessa forma, esse valor ainda é muito discutido pelos pesquisadores, e
por isso a necessidade de estudos em diferentes espécies73.
4.2.3 ASPECTOS SENSORIAIS
Os atributos sensoriais do pescado fresco devem apresentar na avaliação
sensorial, algumas características sensoriais a serem consideradas adequadas ao
consumo e são estabelecidas por legislações brasileiras, como o Decreto nº
9.013/201732 e a Portaria nº185/199733 fixando requisitos para as características
organolépticas do peixe fresco inteiro ou peixe eviscerado fresco, apto para
consumo humano. No entanto, esses critérios exigidos não levam em conta a
23
diferença entre as espécies, bem como não definem parâmetros de qualidade
sensoriais para o frescor de espécies de peixes distintos74.
Nos últimos 50 anos pode-se destacar 3 esquemas para análise sensorial
do pescado fresco, a escala “Torry” (método pioneiro, desenvolvido em 1950, na
“Torry Research Station”, na Escócia), o esquema da União Europeia (Regulamento
Comunitário 103/76, de janeiro de 1976, estabeleceu critérios para comercialização
de peixes) e o Método do Índice de Qualidade75.
A escala Torry é um esquema utilizado para avaliar o odor e sabor dos
filés de peixe cozidos. Esta escala contém 10 pontos categóricos para odor e sabor
e na categoria 10 apresenta-se o odor e o sabor de muito fresco e na categoria 3, o
produto é considerado como deteriorado. Dessa forma, frequentemente uma
pontuação de 5,5 tem sido utilizada com limite para estabelecer a vida útil76.
O esquema da União Europeia é um regulamento próprio para pescado
que pode ser utilizado tanto por especialistas como autoridades sanitárias para
avaliar graus de frescor do pescado por meio de parâmetros gerais. O regulamento
apresenta esquemas distintos para peixes azuis, brancos, esqualos, cefalópodes e
crustáceos, mas não considerando as diferenças das características sensoriais entre
as espécies76.
O Método do Índice de Qualidade (MIQ) baseia-se na proposição de que
os avaliadores não podem julgar graus de perfeição, mas podem facilmente detectar
desvios ou mudanças e, assim, os defeitos no produto são atribuídos a pontos de
demérito que são somados para fornecer uma avaliação geral. Essa abordagem foi
derivada do entendimento de que, durante o armazenamento de peixes, ocorrem
mudanças que são facilmente detectáveis e geralmente mensuráveis. Isso também
está de acordo com o fato de que a grande maioria dos testes químicos, bioquímicos
e microbiológicos em produtos à base de pescado começam de zero ou baixo valor
e aumentam com a temperatura e o período de armazenamento27.
Nesse método se utiliza um sistema prático de qualificação específico
para cada espécie, avaliando a qualidade dos atributos sensoriais do pescado fresco
(aparência, textura, odor, olhos, brânquias e abdômen) e classificando-os por pontos
de demérito. A cada atributo é dado um escore, que varia de 0 a 3, sendo
considerado zero como o melhor escore. O resultado da soma dessa pontuação
24
resulta no Índice de Qualidade (IQ), o qual quanto mais próximo de zero, mais fresco
se apresenta o pescado77, 23, 48.
A diferença entre o MIQ e outros métodos sensoriais é o fato dele
apresentar os descritores para cada espécie de pescado, o que otimiza o
desenvolvimento de um esquema para cada espécie em condições específicas de
armazenamento, apresentando também as vantagens da correlação linear entre o
IQ e o tempo de estocagem, menor necessidade de preparo da amostra e menor
exigência de treinamento dos avaliadores78.
O MIQ tem sido utilizado para a qualidade do frescor de várias espécies
de pescado30
tais como: Macrobrachium amazonicum79
, Salvelinus alpinus80
,
Hippoglossus hippoglossus L.81, Salmo salar77 23, Sardinops sagax82, Cetengraulis
edentulus83, Aphanopus carbo24, Pagellus bogaraveo28, Boops boops, L84.,
Sardinella brasiliensis83, Megalobrama amblycephala85, Rhombus laevis78, Illex
coindetii86, Gadus morhua78, 87, Octopus vulgaris88, Sepia officinalis86, 31, Anguilla
anguilla89, Merluccius merluccius24, Dicentrarchus labrax24, Paralichthys patagoius90,
Pandalus borealis78, Sparus aurata91, 92, 93, Upeneus moluccensis65, Melanogrammus
aeglefius78, Merluccius capensis and M. paradoxus94, Clupea harengus78, Trachurus
trachurus24, Morone saxalis x Morone chrysops95, Panulirus Argus96, Clupea
harengus97, Sardina pilchardus98, Neoepisesarma mederi99, Engraulis
encrasicholus100, Merluccius merluccius var. mediterraneus101, Pleuroectes
platessa78
, Pollachius virens78
, Onchorhynchus mykiss102
, Mullus barbatus65
,
Sebastes mentella/marinus78, Dicentrarchus labrax103, Solea senegalensis104,
Litopenaeus vannamei105, Lepidopus caudatus24, Solea vulgaris78, Oreochromis
niloticus106, Chelidonichthys lucernus107, Scophtalmus maximus78, Micropogonias
furnieri108, Oreochromis ssp109, Colossoma macropomum x Piaractus
mesopotamicus110, Cynoscion acoupa111, Lutjanus cyanopterus112,
Pseudoplatystoma fasciatum x Leiarius marmoratus113.
Para o desenvolvimento do esquema MIQ para uma determinada espécie
é necessário ter conhecimento específico sobre a espécie a ser estudada, um painel
sensorial treinado e desenvolvido em três ensaios de armazenamento: esquema
preliminar, teste do esquema preliminar e curva de calibração. Além disso, para o
desenvolvimento completo do novo esquema MIQ, o experimento deve iniciar no
momento da captura do peixe e continuar até depois do fim da vida de prateleira.
25
Com relação à matéria prima, deve-se detalhar a data de captura, o tipo de pesca,
as condições de armazenamento e ser armazenado em caixas com gelo suficiente,
devendo o gelo ser reposto durante todo o período de armazenamento27.
Para o esquema MIQ preliminar é necessário o primeiro ensaio de
armazenamento dos peixes em gelo, bem como um painel sensorial selecionado
composto por no máximo 5 julgadores (incluindo o líder). Nessa etapa, é descrito em
detalhes todas as características do peixe até o fim da vida útil, listando todos os
atributos, bem como cada avaliação do atributo foi realizada. Em seguida, o líder
seleciona todos os atributos e descrições são agrupadas junto aos atributos e as
maiores mudanças nas características são pontuadas com pontos de demérito de 0
a 3. Isso é feito em fixos intervalos de tempo de 12 a 48 horas, a depender da
expectativa de vida útil da espécie.
O teste do esquema MIQ preliminar é feito durante o segundo ensaio de
armazenamento. Para isso, um painel sensorial com no mínimo 10 julgadores,
incluindo os que participaram do desenvolvimento do esquema MIQ preliminar são
incluídos. Neste ensaio, os intervalos fixos são menos frequentes que no primeiro
ensaio e 5 peixes são avaliados individualmente usando o esquema MIQ preliminar.
Cada pontuação de todos os atributos e comentários são escritos e depois de cada
sessão, os escores, comentários e questões de como avaliar os atributos são
discutidos entre os julgadores. Durante o desenvolvimento do MIQ, registros
fotográficos são necessários de todas as mudanças dos atributos27
.
No terceiro ensaio, curva de calibração, é realizada a análise de
regressão linear e é considerado como o mais complexo. Novos lotes de peixe, que
são armazenados por diferentes dias em gelo, ou seja, com diferentes IQ, são
avaliados em uma sessão por no máximo 5 julgadores. Amostras são codificadas
em ordem aleatória, não permitindo que os julgadores conheçam o tempo em dias
que o peixe está armazenado27.
Esse método de análise sensorial do pescado fresco poderá ser útil para
dar condição aos pescadores a respeito do frescor do peixe, resultando na influência
positiva da manipulação a bordo das embarcações pesqueiras35.
26
5 METODOLOGIA
5.1 ASPECTOS ÉTICOS
Esta pesquisa foi submetida à apreciação do Comitê de Ética do Hospital
Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
para julgamento, de acordo com a Resolução CNS/MS 466/12114 e foi aprovado sob
o número CAAE: 55299516.3.0000.5292 (Anexo 1).
5.2 DESENHO DA PESQUISA
Primeiramente foi realizado o recrutamento de candidatos a julgadores
sensoriais por meio de um questionário. Os julgadores recrutados passaram por
testes de seleção, para em seguida participar do treinamento sobre terminologias
sensoriais, uso de descritores, princípio do MIQ e estágios de deterioração do
pescado. O desenvolvimento do MIQ ocorreu em 3 ensaios de armazenamento,
denominados de Esquema MIQ preliminar, Teste do esquema MIQ e Curva de
Calibração. Para isso foram utilizados exemplares de peixe voador capturados em
Caiçara do Norte, RN, Brasil.
Além das análises sensoriais, os peixes foram avaliados quanto as
características físico-químicas e microbiológicas durante o teste do esquema MIQ e
curva de calibração (Figura 2).
Figura 2. Fluxograma do desenho experimental.
27
5.3 RECRUTAMENTO, SELEÇÃO E TREINAMENTO DE AVALIADORES
SENSORIAIS PARA DESENVOLVIMENTO DO ESQUEMA MIQ
5.3.1 RECRUTAMENTO
O recrutamento foi realizado entre funcionários, professores e
acadêmicos do Departamento de Nutrição (DNUT) da UFRN, com idade superior a
18 anos e de ambos os sexos. Os candidatos que aceitaram participar da pesquisa
preencheram um Questionário de Recrutamento (Apêndice 1) para obter
informações sobre afinidade com pescado, disponibilidade de tempo e condições de
saúde. Além disso, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE), no qual consta o objetivo da pesquisa, procedimentos metodológicos, riscos
e benefícios.
Por meio desse questionário foram excluídos os candidatos que não
gostariam de participar de um treinamento de avaliação sensorial de peixe,
possuíam alergia ao mesmo ou alguma doença que prejudicasse sua acuidade
visual, percepção de cores e/ ou capacidade de perceber odores e/ ou capacidade
tátil, ou apresentasse com frequência sintomas ou problemas relacionados à
resfriados e/ou congestão nasal.
5.3.2 SELEÇÃO DOS AVALIADORES
5.3.2.1 TESTE DE RECONHECIMENTO DE AROMAS
Os avaliadores recrutados foram selecionados por meio do Teste de
Reconhecimento de Aromas. Foram apresentadas aos avaliadores amostras para
identificação dos estímulos de olfato preparadas com o odor de limão, baunilha,
floral (lírio), canela, manjericão, menta (hortelã), cravo, morango, alecrim, alho,
cebola, orégano, vinagre, maracujá e tempero de peixe, a fim de detectar casos de
anosmia ou possível perda de sensibilidade.
Os procedimentos deste teste foram realizados de acordo com a ISO
8586115 com algumas modificações e os materiais utilizados para o preparo das
soluções estoque estão apresentados no Anexo 2.
Os materiais foram pesados em Erlenmeyer de 250mL com o auxílio de
balança analítica e em seguida foi adicionado os respectivos diluentes e fechados
com algodão (Figura 3).
28
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 3. Soluções estoque para o Teste de Reconhecimento de Aromas.
Em seguida, foram preparadas as diluições das soluções de análise
utilizando a proporção de 94% de água destilada e 6% de solução estoque. Com
essas soluções diluídas, foram preparados dois kits, o de apresentação (utilizados
para familiarização dos julgadores com os aromas) e o de análise (utilizados para as
análises individuais). Para compor o kit de apresentação foi adicionado 100 mL da
diluição de cada aroma aos Erlenmeyer de 250 mL e para o kit de análise foi
utilizado 50 mL de cada diluição e adicionado em Erlenmeyer de 100mL.
Logo em seguida os erlenmeyers foram envolvidos e vedada a entrada
com papel alumínio. Foi feita uma outra camada de papel alumínio semelhante a
uma tampa para que no momento do teste essa tampa fosse retirada e furos fossem
feitos na primeira camada de papel alumínio para que o aroma pudesse evaporar.
Os erlemeyers do kit de apresentação foram codificados com o nome do
aroma e o kit de análise com números aleatórios de três dígitos (Figura 4 e 5).
29
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 4. Kit de apresentação para familiarização dos julgadores com os aromas do
Teste de Reconhecimento de Aromas.
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 5. Erlenmeyers codificados com números aleatórios das amostras compondo
o kit de análise referente ao Teste de Reconhecimento de Aromas.
Aos candidatos foi apresentada uma amostra de cada aroma para se
familiarizarem com os 15 aromas identificados no frasco utilizando o kit de
apresentação de aromas (Figura 6). Em seguida, eles foram conduzidos a cabines
individuais e apresentados a outra série dos mesmos materiais codificados com três
dígitos aleatórios e foram solicitados a fazer a correspondência de cada amostra
com a aquela do conjunto original, utilizando apenas a memória olfativa (Figura 7). A
cada candidato foi entregue a ficha de resposta (Apêndice 2) para preenchimento.
30
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 6. Etapa de familiarização dos candidatos com os aromas do Teste de
Reconhecimento de Aromas.
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 7. Série dos materiais codificados com três dígitos aleatórios e a ficha de
resposta apresentados ao candidato na cabine individual do Laboratório de Análise
Sensorial para o Teste de Reconhecimento de Aromas.
Foram selecionados neste teste os candidatos que acertaram no mínimo
80% das respostas em 80% dos testes. O Teste de Reconhecimento de Aromas foi
31
realizado três vezes e conduzidos no Laboratório de Tecnologia de Alimentos e em
cabines individuais no Laboratório de Análise Sensorial do DNUT da UFRN.
5.3.2.2 TESTE DE 100 MATIZES DE FARNSWORTH MUNSELL
O teste de discriminação de cores foi realizado com os candidatos que
atingiram a pontuação mínima de acerto nos testes de Reconhecimento de Aromas.
O teste de 100 matizes de Farnsworth Munsell foi realizado de acordo com a ISO
8586115.
Os reagentes e materiais utilizados foram 32 tubos de ensaio, balança
analítica, água destilada, amido de milho em pó, grafite em pó, corantes amarelo
damasco líquido, azul anis pó e vermelho morango pó.
Com estes materiais foram preparadas três soluções estoque (amarela,
azul e vermelha) e uma mistura estoque (amido com grafite).
Para a série de testes a partir da cor amarela para verde e azul, foi
pesado 0,2 g de amarelo em um balão volumétrico de 100mL e 0,2 g de azul em um
balão volumétrico de 200 mL e ambos diluídos com água destilada.
Para a série de testes a partir da cor vermelha para violeta e azul, foi
pesado 0,2 g de vermelho em um balão volumétrico de 100mL e 0,2 g de azul em
um balão volumétrico de 200 mL e ambos diluídos com água destilada.
Para o teste com a cor cinza do claro para o escuro, foi preparada uma
mistura homogênea com 90% da fração em massa de amido de milho (nativo e
baixo teor de umidade) e 10% da fração em massa de grafite em pó.
Em seguida foi preparado três séries de testes (do amarelo passando
pelo verde até azul, do vermelho passando pelo violeta até o azul e do cinza claro
para o cinza escuro) a partir das soluções estoque.
A preparação das soluções-teste se deu da seguinte forma: para cada
uma das amostras 1 até 11 (série de tubos) foi adicionado a um tubo de ensaio e
diluído com 10 mL de água destilada o(s) volume(s) da(s) solução(ões)-estoque, em
mililitros, listado(s) no Anexo 3. Em seguida os tubos foram fechados (Figura 8).
32
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 8. Soluções-teste do teste de 100 matizes de Farnsworth Munsell.
Para cada amostra de 1 a 10 da variação de cinza, foi adicionado em
tubos de ensaio as quantidades de amido de milho e grafite listados no Anexo 3.
No momento da realização do teste os tubos foram apresentados ao
julgador em ordem aleatória em cabines individuais (Figura 9) e foi solicitado que a
série de tubos fosse organizada a partir do amarelo, passando pelo verde até azul, a
partir do vermelho, passando pelo violeta até o azul e a partir do cinza claro para o
escuro. Foi entregue ao julgador a ficha para resposta (Apêndice 3) e o TCLE.
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 9. Teste de 100 matizes de Farnsworth Munsell. Séries de tubos codificados
e aleatórios apresentados ao candidato em cabines individuais do Laboratório de
Análise Sensorial.
33
Os requisitos mínimos da seleção de julgadores nesse teste foi que para
cada série de 10 a 11 amostras, foram permitidos até dois erros envolvendo duas
amostras adjacentes.
Esse teste foi realizado com os julgadores por três vezes e foram
selecionados aqueles que atenderam os requisitos mínimos em pelo menos um dos
testes. Os testes foram conduzidos em cabines individuais no Laboratório de Análise
Sensorial do DNUT da UFRN.
5.3.3 TREINAMENTO
Os avaliadores (n=20) foram treinados de acordo com as normas
internacionais, perpassando pela terminologia geral, terminologia relativa aos
sentidos, terminologia relativa aos atributos organolépticos, terminologia relativo aos
métodos116 e também no desenvolvimento e uso de descritores115. Esse treinamento
ocorreu durante 3 sessões.
Em um primeiro momento, os avaliadores foram orientados quanto os
princípios do MIQ, os atributos analisados por meio deste método, as vantagens e
resultados que este método pode oferecer. Foi exposto para quais espécies de
pescado já existem o MIQ desenvolvido e a participação do peixe voador
Hirundichthys affinis nos países que possuem maior produção do peixe voador.
Na segunda e terceira sessão foi explicado e ilustrado por meio de
imagens os estágios de deterioração do pescado e suas consequências no aspecto
sensorial do mesmo e imagens ilustrando os diferentes graus de frescor com as
alterações nos atributos de qualidade de diferentes espécies de pescado. Além
disso, foi explicado o vocabulário específico dos atributos organolépticos para esta
espécie e suas medidas morfométricas. Por meio de infográfico, (Apêndice 4) os
avaliadores foram informados sobre descrição geral dos parâmetros sensoriais que
devem ser avaliados por cada julgador sensorial no momento do desenvolvimento
do MIQ.
5.4 DESENVOLVIMENTO DO ESQUEMA MIQ
As etapas de desenvolvimento do esquema MIQ pode ser visualizado na
Figura 10.
34
Figura 10. Etapas de desenvolvimento do esquema MIQ.
5.4.1 MATÉRIA-PRIMA
Foram utilizados exemplares do peixe voador (Hirundichthys affinis)
provenientes do seu habitat natural (Caiçara do Norte, RN, Brasil) capturados com
jerere no início da manhã nos meses de fevereiro a julho de 2017. Após a captura os
peixes foram armazenados em caixas isotérmicas com gelo e transportados ao
Laboratório de Microbiologia de Alimentos do Departamento de Nutrição da UFRN,
acomodando-os a uma temperatura de ±2ºC em camadas de gelo em escama
(proporção 1:1, peixe:gelo) para que as amostras mantivessem a temperatura
superficial próxima a 0ºC. A temperatura era monitorada com termômetro digital
diariamente (Figura 11). O gelo derretido de cada caixa foi reposto diariamente e a
água proveniente do degelo era drenada. Para assegurar que a qualidade das
amostras não fosse comprometida foi estabelecido um tempo limite de 30h entre a
captura e o início dos testes.
Um primeiro lote (n = 50 peixes) capturado em fevereiro foi utilizado para
a etapa do Esquema MIQ preliminar, considerado como o primeiro ensaio de
armazenamento em gelo. Um segundo lote de 280 peixes foi utilizado, capturados
em maio, dos quais 80 peixes foram destinados para as análises microbiológicas e o
restante (n= 200) foi utilizado para a etapa do Teste do esquema MIQ (segundo
ensaio de armazenamento) e análises físico-químicas. Para a Curva de Calibração
do esquema MIQ, análises microbiológicas e físico-químicas foram utilizados 110
peixes capturados em tempos distintos durante os meses de junho e julho, sendo
este o terceiro ensaio de estocagem.
35
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 11. Amostras de peixe voador H. affinis armazenadas em caixas isotérmicas
com gelo e temperatura monitorada.
5.4.2 ESQUEMA MIQ PRELIMINAR
Este foi considerado o primeiro ensaio de armazenamento, consistindo na
análise sensorial, a cada 48h, de um único lote de peixe voador estocado em gelo,
um total de 10 sessões de análise. Cada amostra foi previamente mantida em
condições ambientais por 30 minutos antes da análise30, apresentadas à equipe de
julgadores (1 homem e 4 mulheres) previamente selecionada, sobre bandeja com
fundo branco e analisadas sob condições laboratoriais. As amostras foram
descartadas após cada sessão de análise.
Aos cinco julgadores foi solicitado avaliar os atributos sensoriais de uma
amostra: aspecto externo (pele, muco, odor, textura/firmeza, abdômen), olhos
(córnea, forma e cor), brânquias/guelras (cor, odor, muco)78 bem como descrever
como a avaliação de cada atributo foi realizada utilizando uma Ficha de Avaliação
(Apêndice 5) . As sessões de análise foram conduzidas de forma a obter o máximo
de descritores possíveis que pudesse assinalar todas as modificações ocorridas no
peixe voador com o decorrer do tempo de armazenamento até o fim da vida útil e
uma lista de termos descritivos relativo aos atributos do pescado foi levantada.
36
A partir das alterações dos atributos sensoriais perceptíveis pela equipe
de avaliadores durante 19 dias de armazenamento, o líder produziu um protocolo
preliminar, selecionando os descritores, agrupando-os junto aos atributos de
qualidade e atribuído uma pontuação de 0-1, 0-2, 0-3 pontos de demérito para as
alterações que ocorreram no decorrer do tempo de armazenamento. O número de
pontos atribuídos para cada atributo foi somado, resultando no Índice de Qualidade
(IQ) igual a 29, o qual é a pontuação sensorial total (Apêndice 6).
Todas as sessões de análise sensorial foram realizadas no Laboratório de
Tecnologia dos Alimentos do DNUT da UFRN (Figura 12).
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 12. Julgadores avaliando os atributos sensoriais do peixe voador do primeiro
ensaio de armazenamento no Laboratório de Tecnologia de Alimentos.
5.4.3 TESTE DO ESQUEMA MIQ
O segundo ensaio de armazenamento do peixe voador em gelo foi
utilizado para testar o esquema MIQ preliminar resultante das primeiras
observações, realizar possíveis alterações e também para treinar a equipe de
julgadores sensoriais no uso do protocolo. O protocolo MIQ preliminar foi explicado
aos julgadores e indicado como realizar a correta avaliação utilizando o mesmo. Foi
solicitado aos julgadores que destacasse os descritores que os fizeram determinar
cada ponto de demérito (score).
Dessa forma, durante 19 dias, a cada 48h os julgadores (entre 11 e 20)
analisaram amostras de peixe voador armazenadas em gelo (Figura 13) e foi
realizado registro fotográfico dos atributos sensoriais do peixe voador para cada
tempo de armazenamento, sendo então analisado os peixes armazenados a 1, 3, 5,
7, 9, 11, 13, 15, 17 e 19 dias em gelo.
37
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 13. Julgadores avaliando sensorialmente as amostras de peixe voador no
segundo ensaio de armazenamento para desenvolvimento do MIQ.
A versão final do esquema MIQ foi preparada pelo líder considerando as
sugestões de melhorias dadas pelos julgadores e de acordo com a o número de
repetição de cada descritor por dia de análise, permanecendo no esquema MIQ
apenas os descritores que foram mais repetidos. A versão MIQ final apresentou um
IQ total igual a 22 pontos (Apêndice 7).
5.4.4 CURVA DE CALIBRAÇÃO
A partir da definição final do esquema MIQ para a espécie Hirundichthys
affinis, três julgadores treinados quanto ao uso do protocolo MIQ analisaram 10
peixes aleatoriamente escolhidos para cada tempo de armazenamento.
Para esse terceiro ensaio, novos lotes (n = 5) foram estocados por
diferentes dias em gelo. Em cada sessão de análise, 5 peixes com tempos de
armazenamento distintos foram apresentados sob bandejas com fundo branco,
previamente codificados com números aleatórios de três dígitos, sem a indicação de
tempo de armazenamento e avaliados pelos julgadores (Figura 14). No total de 2
sessões de análise foram avaliados peixes armazenados em gelo a 1, 4, 5, 8, 10,
14, 16, 17 e 22 dias.
38
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 14. Julgador avaliando sensorialmente as amostras de peixe voador no
terceiro ensaio de armazenamento para desenvolvimento do MIQ.
5.5 ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS
As análises foram realizadas com duas amostras de peixe voador
armazenadas em gelo, sendo cada uma composta por 4 exemplares de peixe
voador (H.affinis).
Foram realizadas a contagem de Coliformes a 45ºC/g pela técnica dos
tubos múltiplos117, pesquisa de Salmonella sp/25g118, análise de Estafilococos
coagulase positiva/g pelo método de contagem direta em placas119 e contagem total
de microrganismos aeróbios mesófilos120 e psicrotróficos121 em placas.
As análises foram realizadas durante o desenvolvimento do esquema MIQ
preliminar nos dias 1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, 15, 17 e 19 e na etapa da curva e calibração
nos dias1, 4, 5, 8, 9, 10, 14, 16, 17 e 22 de armazenamento.
Essas análises foram conduzidas no Laboratório de Microbiologia de
Alimentos do DNUT da UFRN.
5.5.1 PREPARO DA AMOSTRA
Com auxílio de utensílios adequados (pinça e tesoura estéreis) foram
retirados a musculatura de quatro peixes inteiros para compor uma amostra que foi
utilizada para a contagem de Coliformes a 45ºC/g, Estafilococos coagulase
positiva/g, contagem total de microrganismos aeróbios mesófilos e psicrotróficos e
para a pesquisa de Salmonella sp/25g.
39
5.5.2. PREPARO DAS DILUIÇÕES
Foram pesados 25g da amostra e transferida para um erlenmeyer estéril
de 500 mL, contendo 225 mL de água peptonada 0,1% e homogeneizado por 2
minutos. Essa solução caracterizou-se como a diluição 10–1. A partir dela foram
realizadas as diluições subsequentes (10–2, 10–3 e 10–4) retirando-se 1 mL da diluição
anterior e adicionando a um tubo contendo 9 mL de água peptonada a 0,1% estéril.
5.5.3 CONTAGEM DE COLIFORMES A 45ºC/g
Realizou-se o teste presuntivo, em que três alíquotas de 1 mL foram
inoculadas em uma série de três tubos contendo 10 mL de Caldo Lauril Sulfato
Triptose (LST) por diluição. Em seguida foram incubados em estufa a 35±0,5º por
24±2h. Após esse período, foi observado se houve produção de gás nos tubos de
Durhan e crescimento, passando então para a prova confirmatória. Caso negativo,
foi reincubado até completar 48±2h e repetida a leitura, passando para prova
confirmatória subsequente em caso de crescimento com produção de gás.
Para a confirmação dos coliformes termotolerantes, uma alçada de cada
tubo positivo do teste presuntivo foi transferida para tubos contendo tubos de Durhan
e 10 mL Caldo E. coli (EC). A observação de crescimento com produção de gás nos
tubos de EC, após 24±2h de incubação a 44,5±0,2ºC no banho-maria foi
considerada confirmativa da presença de coliformes termotolerantes e o resultado foi
determinado pelo Número Mais Provável (NMP)/g utilizando a técnica dos tubos
múltiplos (série de três tubos).
Os tubos de EC positivos para coliformes termotolerantes são suspeitos
da presença de E. coli. Para a confirmação, uma alçada de cada tubo foi estriada em
placas contendo Ágar Levine Eosina Azul de Metileno e incubadas em estufa a 35
±1ºC por 24±2 horas e, transcorrido esse tempo, observado o desenvolvimento de
colônias típicas de E. coli (nucleadas, com centro preto, com ou sem brilho metálico).
Em caso positivo, colônias típicas foram transferidas para tubos inclinados de Ágar
Padrão para Contagem (PCA) e incuba-los a 35 ±1ºC por 24±2 horas. A partir das
culturas puras em PCA, foi realizada a coloração de Gram e também submetidas às
provas bioquímicas: indol, VM, VP e citrato (IMViC). Foram consideradas como E.
coli todas as culturas da seguinte forma: bastonetes Gram negativas, indol (+) ou (-),
VM (+), VP (-) e citrato (-).
40
5.5.4 CONTAGEM DE ESTAFILOCOCOS COAGULASE POSITIVA/g
A contagem deste microrganismo foi realizada transferindo 0,1mL (100µL)
de cada diluição para placas de Petri contendo Ágar Baird-Parker. Este
procedimento foi realizado em duplicata por diluição. O inóculo, com auxílio alça de
Drigalski, foi espalhado e então, as placas foram incubadas em estufa a 35-37ºC por
45-48 horas.
Transcorrido esse tempo a contagem das colônias presuntivas que
apresentam características circulares, pretas ou cinza escuras, lisas, convexas, com
bordas perfeitas, massa de células esbranquiçada nas bordas, rodeada por uma
zona opaca e/ou um halo transparente se estendendo para além da zona opaca,
foram contabilizadas nas placas que apresentaram entre 20 e 200 colônias típicas
e/ou atípicas.
Em seguida, foram selecionadas 6 colônias típicas e/ou atípicas,
semeadas com o auxílio de uma alça de platina estéril em 6 tubos contendo Caldo
Infusão Cérebro Coração e estes foram incubados em estufa a 35-37ºC por 18-24
horas.
A partir dos tubos com Caldo Infusão Cérebro Coração, após o período de
incubação, foi realizado o teste da coagulase e semeado 0,25mL (250µL) da cultura
para um tubo estéril contendo 0,5mL (500µL) de plasma de coelho com EDTA
(Coagulase Plasma - EDTA), incubado em estufa a 35-37ºC, observando
periodicamente durante 6 horas, verificando se havia a formação de coágulo. A
coagulação total ou parcial do plasma foi considerada positiva.
5.5.5 CONTAGEM TOTAL DE MICRORGANISMOS AERÓBIOS MESÓFILOS EM
PLACAS
Foi realizado o plaqueamento em profundidade transferindo 1mL
(1000µL) de cada uma das diluições para placas petri estéreis e vazias, vertendo em
cada uma 15mL de Ágar Padrão para Contagem, previamente fundido e resfriado a
44-46ºC. O inóculo foi misturando com o meio de cultura nas placas por meio de
movimentos suaves em forma de oito no sentido horário e anti-horário, repetindo de
oito a dez vezes, sob uma superfície plana. As placas foram distribuídas numa
bancada fria, sem empilhar, para solidificação do meio e em seguida foram
41
incubadas em estufa a 35±1ºC por 48±2 horas. Esse procedimento foi realizado em
duplicata para cada diluição.
Foram selecionadas as placas com as diluições que apresentaram melhor
visualização e com 25 a 250 colônias. Realizou-se a contagem das colônias com o
auxílio de um contador de colônias. O número de unidades formadoras de colônias
(UFC) por gramas da amostra foi calculado multiplicando o número de colônias (a
média aritmética da contagem obtida em cada uma das placas duplicatas) pelo
inverso da diluição inoculada.
5.5.6 CONTAGEM TOTAL DE MICRORGANISMOS AERÓBIOS
PSICROTRÓFICOS EM PLACAS
Por meio da técnica de semeadura em superfície foi transferido 0,1mL
(100µl) de cada uma das diluições para placas de Petri com Ágar Padrão para
Contagem previamente preparadas. O inóculo, com auxílio alça de Drigalski, foi
espalhado até que todo o excesso de líquido fosse absorvido. As placas foram
incubadas de 7±1ºC por 10 dias. Este procedimento foi realizado em duplicata.
A contagem seguiu as mesmas orientações descritas para o
plaqueamento em profundidade, porém, foi multiplicado o resultado por dez, para
levar em conta o volume dez vezes menor inoculado.
5.5.7 PESQUISA DE SALMONELLA sp/25g
Para o pré-enriquecimento foi homogeneizado uma porção de 25g da
amostra em erlenmeyer com 225mL de Água Peptonada Tamponada e incubado a
37±1ºC/18±2h.
Após esse período o erlenmeyer do pré-enriquecimento foi
cuidadosamente agitado e realizado o enriquecimento seletivo, transferindo uma
alíquota de 0,1mL em um tubo contendo 10 mL de caldo Rappaport Vassiliadis Soja
(RVS) e 1mL em um tubo contendo 10 mL de Caldo Tetrationato Muller Kauffmann
Novobiocina (MKTTn). O caldo RVS foi colocado a 41,5±1°C/24±3h em banho-maria
e o caldo MKTTn a 37±1°C/24±3h na estufa.
O plaqueamento diferencial foi a etapa seguinte, na qual estrias por
esgotamento foram feitas em placas contendo ágar Xilose Lisina Desoxicolato (XLD)
e ágar Verde Brilhante (VB) a partir de uma alçada nas culturas do tubo com RVS. O
42
mesmo procedimento foi realizado com o caldo MKTTn. As placas foram incubadas
a 37±1°C/24±3h.
Após o período de incubação foi verificado desenvolvimento de colônias
típicas de Salmonella nos meios de plaqueamento diferencial. No ágar XLD as
colônias típicas são cor de rosa escuro, com centro preto e uma zona avermelhada
levemente transparente ao redor. Cepas de Salmonella ácido sulfídrico fortemente
positivas podem produzir colônias com centro preto grande e brilhante, ou mesmo
inteiramente pretas. Cepas de Salmonella ácido sulfídrico fortemente negativas
produzem colônias cor de rosa com centro rosa mais escuro, mas não preto. Cepas
de Salmonella lactose positivas produzem colônias amarelas com ou sem centro
preto. No ágar VB colônias típicas são de cor vermelha.
De cada placa inoculada, cinco colônias típicas e/ou atípicas foram
submetidas à confirmação. Por estrias de esgotamento foi inoculada cada colônia
selecionada em placa com Ágar Nutriente (AN), para purificação e incubadas a
37±1°C/24±3h. Após a incubação foi selecionada uma colônia bem isolada de cada
placa de AN para os testes de confirmação bioquímica e sorológicos.
Para o teste de crescimento em Ágar Tríplice Açúcar Ferro foi inoculado,
com uma agulha de inoculação, cada cultura em um tubo inclinado de Ágar Tríplice
Açúcar Ferro, por picada e estrias na rampa e incubado a 37±1ºC/24±3h, com as
tampas ligeiramente frouxas, para manter condições aeróbias e prevenir produção
excessiva de H2S. Após esse período foi observada a ocorrência de reação típica de
Salmonella: rampa alcalina (vermelha), fundo ácido (amarelo) com produção de gás
(bolhas ou rachaduras no meio de cultura), com ou sem produção de H2S
(escurecimento ou não do meio no fundo). Eventualmente pode crescer uma cepa
lactose positiva de Salmonella, provocando uma reação ácida (amarela) atípica na
rampa. Essas cepas não foram descartadas sem levar em conta os resultados dos
demais testes a seguir.
No teste de urease cada cultura foi inoculada por estrias na rampa em um
tubo com Ágar Uréia de Christensen inclinado e incubado a 37 ± 1ºC/24±3h. A
ocorrência de viragem alcalina do indicador com alteração da cor do meio de
pêssego para cor rosa escuro indicou teste positivo e a permanência do meio na cor
original, teste negativo. A maioria das cepas de Salmonella são urease negativa.
43
O teste de lisina descarboxilase foi conduzido inoculando, logo abaixo da
superfície do líquido, a cultura, em um tubo com Caldo Descarboxilase 0,5% L-lisina.
Incubou-se a 37 ± 1ºC/24±3h e em seguida observou se ocorreu turvação com
viragem alcalina do indicador, alterando a cor do meio para roxo azulado (teste
positivo) ou viragem ácida para amarelo (teste negativo). A maioria das salmonelas
são lisina-positivas, mas as cepas do sorotipo Paratyphi são negativas.
No teste de Voges-Proskauer (VP) cada cultura foi inoculada em um tubo
com 3mL de caldo VM-VP e incubados a 37±1ºC/24±3h. Após a incubação, foram
adicionados aos tubos duas gotas de solução aquosa 0,5% de creatina monohidrato,
três gotas da solução α-naftol 5% e duas gotas de solução KOH 40%, nesta
sequência, agitando os tubos entre um reagente e outro. O desenvolvimento de uma
cor rosa escuro ou vermelho no meio de cultura, no intervalo de 15 min, indicou teste
positivo. O não desenvolvimento da cor rosa ou vermelha indicou negativo. As
salmonelas são VP negativas.
Para o teste de Indol cada cultura foi inoculada em um tubo com 5 mL de
Caldo Triptona 1% suplementado com 1g/L de DL-Triptofano e incubado a
37±1ºC/24±3h. Após esse período foi adicionado 1 mL do Reagente de Kovacs,
para cada 5 ml de cultura, e observado o desenvolvimento de um anel vermelho-
violeta na superfície do meio de cultura (teste positivo) ou se o anel permaneceu
amarelado, cor do reagente de Kovacs (teste negativo). Desenvolvimento de vários
tons entre vermelho e rosa indicou teste indeterminado. A maioria das cepas de
Salmonella são indol-negativas.
Para a confirmação sorológica, a detecção dos antígenos somáticos (poli
O) e flagelares (poli H) foram realizados. Para isso, foram marcados dois quadrados
de aproximadamente 2cm2 em uma lâmina de vidro, usando um lápis de marcar
vidro de material hidrofóbico. Colocada uma gota de solução salina 0,85% estéril em
um dos quadrados e uma gota de anti-soro somático polivalente anti-Salmonella no
outro. Emulsionada uma parte da colônia suspeita na gota de solução salina e outra
parte na gota de anti-soro. Segurando a lâmina contra um fundo preto bem
iluminado, realizou-se delicados movimentos de inclinação e rotação da lâmina, para
movimentar a emulsão, observando a ocorrência de aglutinação no quadrado com o
anti-soro. Foi comparada com a aparência da emulsão no quadrado com salina
(controle negativo), para não confundir a aparência turva da emulsão com reação de
44
aglutinação. Eventualmente a aglutinação em ambos os quadrados, indicou que a
cepa é auto-aglutinante. O mesmo procedimento foi realizado substituindo o anti-
soro somático pelo anti-soro flagelar polivalente anti- Salmonella.
5.6 ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS
A mensuração do pH122 e a determinação de nitrogênio das Bases
Voláteis Totais e de Trimetilamina por arraste de vapor123 foram realizadas nas
amostras de peixe voador (H.affinis) armazenado em gelo, durante os ensaios do
teste do esquema MIQ e da curva de calibração. As substâncias reativas ao ácido
tiobarbitúrico (TBARS) foram determinadas por espectrofotometria124 durante o
ensaio da curva de calibração.
As análises foram conduzidas no Laboratório de Análise de Alimentos do
DNUT da UFRN e realizadas em triplicata para cada dia de amostragem durante
todos os pontos amostrais do experimento.
5.6.1 DETERMINAÇÃO DE pH
Uma amostra de 3g foi homogeneizada com 30 mL de água destilada até
que todas as partículas ficassem uniformemente suspensas. O pH foi mensurado
utilizando um aparelho medidor digital de pH (pH 21 HANNA, Brasil).
5.6.2 DETERMINAÇÃO DE BASES VOLÁTEIS TOTAIS (N-BVT) E TRIMETILAMINA
(TMA)
Para a determinação de N-BVT uma amostra de 25g foi homogeneizada
com 75mL de solução de ácido tricloroacético a 5% durante 1 minuto em mixer
(Mixer 700 PHILCO, China) para obter uma massa homogênea. O homogeneizado
foi filtrado utilizando papel filtro qualitativo até obtenção de um extrato límpido. Uma
alíquota de 5 mL do extrato foi transferida para aparelho de destilação por arraste de
vapor e adicionado 5mL de solução de hidróxido de sódio 2 M. O filtrado foi destilado
em equipamento destilador e o destilado foi recebido em Erlenmeyer contendo 5 mL
de solução de ácido clorídrico 0,01N e indicador (solução de ácido rosólico)
coletando cerca de 15 mL do destilado. Foi titulado o excesso de ácido com solução
de hidróxido de sódio 0,01N até coloração rósea pálido.
45
Para a determinação de TMA, foi adicionado 1mL de formaldeído a 16%
para cada 10mL de líquido no Erlenmeyer proveniente da análise de N-BVT e
titulado o ácido liberado com solução de hidróxido de sódio 0,01N até o mesmo
ponto final.
Os resultados da análise de N-BVT e TMA foram expressos em mg de
N/100g de amostra. As equações a seguir foram utilizadas para calcular esses
resultados:
Equação 1:
Equação 2:
Onde:
75 = solução de ácido tricloroacético a 5% em mL utilizado para homogeneizar a
amostra.
A = conteúdo de água na amostra expressa como mg/ 100g.
V = volume de ácido consumido em mL na titulação com solução de hidróxido de
sódio 0,01N
V’ = volume de ácido liberado em mL na titulação com solução de hidróxido de sódio
0,01N
F = fator de correção da solução de hidróxido de sódio 0,01N
N = normalidade da solução de hidróxido de sódio 0,01N
P = peso da amostra em gramas
Va = volume da alíquota em mL.
Na maioria dos casos pode-se afirmar que o conteúdo de água no
músculo do peixe é de 80%.
5.6.3 AVALIAÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS REATIVAS AO ÁCIDO TIOBARBITÚRICO
(TBARS)
Foram pesados 10g de amostra em balança analítica e homogeneizados
com 50 mL de ácido tricloroacético (TCA) a 7,5 % com EDTA a 0,1% durante 1
minuto em um mixer. O homogeneizado foi filtrado através de papel de filtro
46
qualitativo e recolhido em um béquer. Foi transferido 5 mL do filtrado para um tubo
de cultura com tampa (este procedimento foi realizado em triplicata) e adicionado 5
mL de ácido tiobarbitúrico (0,02 M de solução de ácido 2-tiobarbitúrico). Foi feito um
branco com 5 mL de TBA e 5 mL de TCA a 7,5% com EDTA a 0,1% para calibrar o
espectro. Os tubos foram agitados mecanicamente e aquecidos em banho-maria por
40 minutos a 100ºC e em seguida, resfriados em gelo por 10 minutos. A absorbância
foi mensurada em espectrofotômetro a 538 nm.
Os resultados da análise de TBA foram expressos como mg de
malonaldeído/kg de amostra.
5.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA
As médias dos dados das análises microbiológicas e físico-químicas
foram comparadas por meio de uma análise de variância (ANOVA) e os efeitos
foram considerados significativos, de acordo com teste de Tukey, quando p-valor <
0,05. Os dados bacteriológicos foram expressos em log UFC/g.
Foi realizada a correlação linear dos dados das análises microbiológicas,
físico-químicas e sensoriais com o período de armazenamento, obtendo-se o
coeficiente de correlação (r), sendo considerado significativo quando p-valor < 0,05.
A Análise de Componentes Principais (ACP) foi utilizada para
correlacionar os dados das análises sensoriais, microbiológicas e físico-químicas
tanto do segundo como do terceiro ensaio de armazenamento, teste do esquema
MIQ e curva de calibração, respectivamente.
Os dados obtidos no esquema MIQ foram submetidos à análise de
regressão linear simples. A equação da regressão linear simples e o coeficiente de
determinação (R2) entre o IQ (Índice de Qualidade) e o tempo de armazenamento
em gelo foram calculados.
A regressão dos mínimos quadrados parciais (Partial Least Squares –
PLS) foi usada para determinar a incerteza da predição de dias no gelo a partir do
IQ. Os atributos do MIQ que mais positivamente ou negativamente influenciaram no
IQ foram identificados através da Variável de Importância na Projeção (VIP).
Todas as análises estatísticas foram realizadas pelo programa XLSTAT
para Windows (Adinsoft, Paris, France) e Microsoft Excel.
47
6 ARTIGO PRODUZIDO
O artigo intitulado “Desenvolvimento do Método do Índice de Qualidade
do peixe voador (Hirundichthys affinis. Günther, 1866) armazenado em gelo” foi
submetido para publicação no periódico “Food Control”, que possui fator de impacto
3,496 e Qualis A1 da CAPES para área de Nutrição.
48
DEVELOPMENT OF THE QUALITY INDEX METHOD FOR THE WHOLE FLYING
FISH (Hirundichthys affinis, Günther, 1866) STORED ON ICE
Samária Silva de Araújo Garciaa
Bruna Nayara Nogueira Filgueiraa
Amanda Gracielle Carlos Dantasa
Julianna Domingos Campos de Souzaa
Rodrigo Antônio Ponce de Leon Ferreira de Carvalhob
Karla Suzanne Florentino da Silva Chaves Damascenoa
aDepartment of Nutrition (DNUT), Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN),
Avenida Senador Salgado Filho, 3000, Campus Universitário. Lagoa Nova, 59078-
970 Natal, RN, Brazil.
bAgricultural School of Jundiaí (EAJ), Federal University of Rio Grande do Norte
(UFRN), RN 106, Km 03, Distrito de Jundiaí, 59280-000 Macaíba, RN, Brazil.
Corresponding author: [email protected]
Abstract
This study aims to develop the Quality Index Method (QIM) for the whole flying fish
(Hirundichthys affinis) stored on ice and to estimate the shelf life according to the
physicochemical, microbiological and sensorial characteristics. The QIM scheme for
the flying fish stored on the ice was developed during three storage trials. The final
QIM scheme included 11 parameters, grouped into 3 quality attributes (general
appearance, eyes, and gills), with demerit scores ranging from 0 to 3 for each
parameter. A Quality index maximum score of the was 22 points and displayed a
strong (r = 0.956) and significant (p <0.0001) linear correlation with storage time.
Variables importance in the projection values (VIP) most relevant to this QIM were
recorded for superficial mucus, the color of the pupil and cornea. The total count of
aerobic mesophilic and psychotropic bacteria showed a significant increase with a
strong and significant correlation with storage time. The initial values of pH, TVB-N,
and TMA-N (6.23, 25.19 and 6.58 mg 100g-¹, respectively) increased linearly and
were strongly and significantly correlated with the ice storage period until the
maximum values of 6.88, 39.49 and 12.00 mg 100g-¹ respectively on the 19th.
TBARS analysis ranged from 0.08 on the 1st day to 2.52 MA/kg on the 22nd day of ice
storage. Based on the PCA correlation of the studied variables, the shelf life of the
flying fish stored on the ice was 9 days.
Keywords: Flying fish; Hirundichthys affinis; Quality Index Method; shelf life
49
Highlights
••There is no published data about the flying fish post mortem changes and shelf life.
•This is the first Quality Index Method scheme developed for a species of flying fish.
• Quality Index showed a strong and significant correlation with storage time.
• The shelf life of the flying fish stored in ice was estimated in 9 days.
• It allows predicting how many days the fish is stored.
50
Introduction 1
Flying fish (Exocoetidae family) are small pelagic fishes with planktonic 2
feeding habits, commonly found globally in subtropical and tropical oceans 3
(Oxenford, Mahonl, & Hunte, 1995) and are considered commercially and 4
ecologically important. The flying fish is a significant component of the epipelagic 5
food chain as a forage species for pelagic fishes such as tuna, swordfish, and Mahi 6
mahi (Parin, 1968; Parin, 2002). 7
Flying fishes are a source of income for coastal communities in the Asian 8
countries of the Philippines, Indonesia, and India; in the Caribbean countries as 9
Barbados, Dominican Republic; in South America as Trinidad and Tobago, Peru and 10
Brazil; and in Africa as Benin, Sao Tome, Principe, and Nigeria; which altogether and 11
combined with other countries produced 55.000 t of flying fishes in 2015 (FAO, 12
2017). The economic importance of the flying fish was first described in the 1960s in 13
Indonesia (Parin, 1960), Dutch Antilles (Zeneveld, 1961), Barbados (Lewis, John B.; 14
Brundritt, J. K.; Fish, 1962), Korea, China and Japan (Parin, 1960; Shiokawa, 1969), 15
California (USA) (Herald, 1969) and later in northeastern Brazil (Ogawa & Alves, 16
1971) and Pacific islands (Gillet & Ianelli, 1991) and south of India (Pajot & 17
Prabhakaradu, 1993). 18
The flying fish has a low market value, but in Barbados filleting adds value 19
(CRFM, 2014). In northeastern Brazil, this fish is sold salted (Ogawa & Alves, 1971). 20
The flying fish roe, called Tobiko, holds value for Asian markets and is exported by 21
Peru, Indonesia, and Brazil, all of which exported about 2,000 tons of roe in 2015 22
from various species, including the flying fish (FAO, 2017). 23
Value-added strategies for ocean-caught flying fish are still in development, 24
which impedes improving the use of this important resource for socio-economic and 25
environmental purposes. Unpublished studies have demonstrated that the minced 26
meat of flying fish can produce different consumer food products such as nuggets 27
and meat patties with a high acceptance rate. An important necessity for value-28
addition of flying fish products is to understand the postmortem changes and 29
determine the shelf life of this species. Immediately after capture, a series of autolytic 30
processes begin to occur (García et al., 2017), followed by chemical and physical 31
changes caused by microorganisms (Liu, Liang, Xia, Regenstein, & Zhou, 2013). In 32
light of these processes, several methods have been developed to evaluate fish 33
51
freshness based on postmortem changes associated with sensorial, physicochemical 34
and microbiological changes (Ocaño-Higuera et al., 2011; Li, Li, & Hu, 2013). 35
A tool to evaluate the sensory properties of fish freshness, considering specific 36
aspects of each species is the Quality Index Method (QIM) (Martinsdóttir, 37
Sveinsdóttir, Luten, Schelvis-Smit, & Hyldig, 2001), which provides demerit scores for 38
fish attributes such as eyes, gills, and texture according to the stage of decay and 39
loss of freshness (Sveinsdottir, Hyldig, Martinsdottir, Jørgensen, & Kristbergsson, 40
2003; Nunes, Batista, & Cardoso, 2007; Hyldig, G., Martinsdottir, E., Sveinsdottir, K., 41
Schelvis, R., & Bremner, 2010). 42
The QIM provides reliable, fast results and presents a linear relationship 43
between punctuation and freshness and storage time on ice. This method has the 44
advantage of not manipulating the sample with chemicals, being simple, precise, 45
objective, easy to apply, low cost and requiring little training in relation to other 46
methods (Sant’ana, Soares, & Vaz-Pires, 2011; Šimat, Bogdanović, Krželj, Soldo, & 47
Maršić-Lučić, 2012; Borges, Conte-Junior, Franco, Mársico, & Freitas, 2014). 48
This study aims to develop the Quality Index Method for the flying fish 49
(Hirundichthys affinis) stored on ice and to estimate the shelf life according to the 50
physicochemical, microbiological and sensorial characteristics. 51
52
2. Material and methods 53
2.1. Ethical aspects 54
This study was approved by the Ethics Committee of the Onofre Lopes 55
University Hospital of the Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN; CAAE 56
number: 55299516.3.0000.5292), in accordance with Resolution CNS/MS 466/12 57
(Brazil, 2012). 58
59
2.2. Collection and storage of samples 60
Samples of the whole flying fish (Hirundichthys affinis) were captured in the 61
early morning from February to July 2017, in the Atlantic Southwest, Major Fishing 62
Area 41, Subarea 41.1 and Division 41.1.2 (Natal) and landed in the county of 63
Caiçara do Norte, RN, Brazil. 64
Upon capture, the fish were packed in insulated boxes between layers of ice 65
for transport to the Food Microbiology Laboratory of the Department of Nutrition at 66
52
UFRN, and were then maintained at a temperature of ± 2ºC. The ice from each box 67
was replenished daily and the water from melting was drained. To ensure that the 68
quality of the samples was not compromised, a time limit of less than 30 h was 69
established between the capture and the start of the tests. 70
A first batch (n = 50 fish) was used for the preliminary QIM scheme step, 71
considered as the first ice storage assay. A second batch of 280 fish was used, of 72
which 80 fish were destined for the microbiological analyses and the remainder (n = 73
200) was used for the QIM scheme test stage (second storage test) and physico-74
chemical analyses. For the Calibration Curve of the QIM scheme, microbiological and 75
physico-chemical analyses were used 110 fish (third storage test). 76
77
2.3. Sensory analysis 78
2.3.1. Development of the Quality Index Method (QIM) 79
The QIM scheme for the flying fish (Hirundichthys affinis) was developed and 80
evaluated following guidelines for fish species described in Martinsdóttir, Sveinsdóttir, 81
Luten, Schelvis-Smit, & Hyldig (2001) and Hyldig, Bremner, Martinsdóttir, & Schelvis 82
(2012). The QIM scheme was developed using three storage trials for the flying fish. 83
A sensory panel of 20 individuals was recruited to undergo training for sensory 84
evaluation of fish products according to the International Standards Organization 85
(2012). The panelists were declared to be void of fish allergies and any impairment of 86
their visual acuity, color perception, ability to perceive odors and tactile ability. 87
Panelists were also declared void of symptoms or problems related to colds and 88
nasal congestion. The sensorial analyses were conducted in the laboratory at a 89
temperature of 20ºC and with adequate lighting. 90
To develop the preliminary QIM scheme, the first batch of flying fish stored on 91
ice was analyzed every 48 hours by 5 members of the sensory panel (1 man and 4 92
women), with the objective of establishing the sensorial descriptors through a total of 93
10 analytical sessions. Each sample was removed from ice storage and kept at room 94
temperature for 30 minutes before analyses, presented to the panel of judges on a 95
white tray and analyzed under laboratory conditions. Samples were discarded after 96
each analytical session. 97
From the sensory parameters described by the panelists, the panelist leader 98
produced a preliminary QIM scheme, assigning a score of zero to three demerit 99
53
points for each quality parameter. Scores close to zero represent better quality while 100
closer to three was lesser quality. 101
The QIM scheme test (second ice storage trial) was performed to confirm the 102
first observations, to perform revisions in the scheme and to train members of the 103
sensory panel to use the scheme. 104
For 19 days every 48 hours (days 1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, 15, 17, and 19), the 105
sensory panel (n = 11 to 20 panelists) analyzed samples of flying fish stored on ice 106
using the preliminary QIM scheme, totaling 10 analytical sessions. Photographic 107
records of the sensory parameters of the flying fish were carried out during each time 108
of storage. 109
The final version of the QIM protocol was prepared by the leader with 110
consideration of the suggestions for improvements given by the panelists, and 111
according to the number of repetitions of each quality parameter description per day 112
of analysis. Only the descriptors that were used the most remained in the QIM 113
scheme. 114
For the QIM calibration curve, the fishs were stored on ice for different lengths 115
of time (days). In each analytical session, 5 fishs with distinct storage times were 116
presented under white-bottomed trays, previously coded with random three-digit 117
numbers, without indication of storage time, and evaluated individually by 3 panelists. 118
In a total of two analytical sessions, fish were stored on ice at 1, 4, 5, 8, 9, 10, 14, 16, 119
17 and 22 days. 120
121
2.3. Microbiological analyses 122
The Coliforms count at 45ºC/g was performed by the multiple tube technique 123
according to Kornacki & Johnson (2001), Salmonella sp/25g according to the 124
methodology described in the International Standards Organization (2002), analysis 125
of coagulase positive Staphylococcus/g by the direct counting method described in 126
Lancette & Bennett (2001), and total count of aerobic mesophilic and psychrotrophic 127
plaques as described in Morton (2001) and Cousin, Jay & Vasavada (2001), 128
respectively. 129
Microbiological analyses were carried out on 1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, 15, 17 and 130
19 days of storage in the preliminary QIM test stage and on 1, 4, 5, 8, 9, 10, 14, 16, 131
54
17 and 22 days, during the calibration curve of the QIM scheme, using two samples, 132
each sample consisting of 4 specimens of flying fish (H.affinis) stored on ice. 133
134
2.4. Physicochemical analysis 135
During the ice storage of the flying fish, the ionic potential of the hydrogen (pH) 136
was measured using a digital pH meter (pH 21 HANNA, Brazil) equipped with a glass 137
electrode calibrated with buffer solutions 4 and 7 according to the methodology 138
described by the Adolfo Lutz Institute (2008). 139
Nitrogen from the Total Volatile Bases (TVB-N) and Trimethylamine (TMA-N) 140
were determined using steam drag method modified from Brazil (1981). Initially, 25g 141
of muscle from a flyingfish sample was homogenized with 75 mL of 5% trichloroacetic 142
acid solution for 1 minute in a mixer (Mixer 700 PHILCO, China) to obtain a 143
homogeneous mass. The homogenate was filtered through qualitative filter paper 144
until a clear extract was obtained. An aliquot of 5 mL of the extract was transferred to 145
a steam distillation apparatus and 5 mL of 2 M sodium hydroxide solution was added. 146
The filtrate was distilled and collected in an Erlenmeyer containing 5 mL of 0.01 N 147
hydrochloric acid solution and indicator (rosolic acid solution), to obtain about 15 mL 148
of the distillate. Excess acid was titrated with 0.01N sodium hydroxide solution until 149
pale pink coloration. 150
To determine the TMA-N, 1mL of 16% formaldehyde was added to each 10mL 151
of liquid in the Erlenmeyer from the TVB-N analysis, and titrated the released acid 152
with 0.01N sodium hydroxide solution to the same endpoint. 153
The results of the TVB-N and TMA-N analysis were expressed as mg N 100g-1 154
of the sample. The following equations were used to calculate these results. 155
156
157
158
159
At where: 160
75 = 5% solution of trichloroacetic acid in mL used to homogenize the sample. 161
A = water content in the sample expressed as mg / 100g. 162
V = volume of acid consumed in mL on titration with 0.01N sodium hydroxide solution 163
55
V' = volume of acid consumed in mL on titration with 0.01N sodium hydroxide 164
solution in the second titration 165
F = correction factor of 0.01N sodium hydroxide solution 166
N = normality of 0.01N sodium hydroxide solution 167
P = sample weight in grams 168
Va = volume of the aliquot in mL. 169
The water content of the fish muscle was approximately 80%. 170
These analyses were carried out in triplicate concomitant with the 171
microbiological analyses in the second and third storage trials, and two samples of 172
flying fish (as a pool of 4 fish per sample) were evaluated. 173
Thiobarbituric acid reactive substances (TBARS) were determined in triplicate 174
by spectrophotometry as described by Vyncke (1970) on the days of the third ice 175
storage assay. 176
177
2.5. Statistical analysis 178
The means of the microbiological and physicochemical parameters were 179
compared using the analysis of variance (ANOVA). If significant differences were 180
found, means were compared using the Tukey test with p-value < 0.05. 181
Bacteriological data were expressed as log CFU / g. 182
The linear correlations of the microbiological, physicochemical and sensorial 183
data with the storage period were performed to obtain the correlation coefficient (r), 184
which was considered significant when p-value < 0.05. 185
Principal Component Analysis (PCA) was used to correlate data from the 186
sensory, microbiological and physicochemical analyses of both the second and third 187
storage tests, the QIM scheme test, and the calibration curve, respectively. 188
The data obtained in the QIM scheme were subjected to simple linear 189
regression analyses. The simple linear regression equation and the coefficient of 190
determination (R2) between the QI and the storage time on ice were calculated. 191
The Partial Least Squares (PLS) regression was used to determine the 192
uncertainty of predicting days on ice from the QI. The attributes of the QIM that most 193
positively or negatively influenced the QI were identified through the Importance of 194
Projection (VIP) variable. 195
56
All statistical analyses were performed by the XLSTAT program for Windows 196
(Adinsoft, Paris, France) and Microsoft Excel. 197
198
3. Results and discussion 199
3.1 Quality Score Method (QIM) 200
The final QIM scheme (Table 1) developed for whole flying fish (H. afinnis) 201
included 11 parameters, grouped into 3 quality attributes (general appearance, eyes, 202
and gills), with demerit scores ranging from 0 to 3 for each parameter. The total sum 203
of demerit points is called the Quality Index (QI) and the maximum score is 22 points. 204
The QI displayed a strong (r = 0.956), positive and significant (p <0.001) linear 205
correlation with storage time. This evolution can be expressed by the equation y = 206
0.9343x + 1.8968, whose determination coefficient was R2 = 0.9486 (Figure 1), 207
indicating this model as a strong and significant (p <0.001) predictor for IQ 208
assessment for any day of ice storage of the flying fish, within the range of days 209
studied (1 - 22 days). 210
The current scheme score lies between the maximum score of the schemes 211
reported previously for species such as the Mediterranean anchovy (Engraulis 212
encrasicholus), which recorded a maximum QI of 23 for 10 parameters grouped into 213
5 main attributes (Pons-Sánchez-Cascado, Vidal-Carou, Nunes, & Veciana-Nogués, 214
2006), carapeba (Eucinostomus gula) which recorded a maximum QI of 19, for 9 215
parameters grouped into 3 main attributes (Gonçalves & Soares, 2017) and turbot 216
(Scophthalmus maximus), which recorded a maximum QI of 20 for 9 parameters 217
grouped into 5 main attributes (Li et al., 2017). This reveals the sensorial differences 218
between species and reinforces the need for a specific sensory evaluation scheme 219
for each species. 220
The slope of the regression (0.934) was superior to those previously reported 221
for pelagic fish such as the herring (0.361 to 0.743) (Nielsen & Hyldig, 2004) and 222
inferior to the demersal acoupa weakfish (1.2284 to 1.5884) (Billar dos Santos, 223
Kushida, Viegas, & Lapa-Guimarães, 2014), with rejections estimated at 6.5 and 8 to 224
9 days, respectively. This affirms the general observation that small fish spoil faster 225
than large fish (Huss, 1995; Nielsen & Hyldig, 2004). 226
Changes occur during the storage of fish that are easily detectable and usually 227
measurable. This affirms that the vast majority of chemical, biochemical and 228
57
microbiological tests on fish products start at zero or a low value and increase with 229
temperature and storage period (Hyldig, Bremner, Martinsdóttir, & Schelvis, 2012). 230
Figure 2 shows the partial least squares (PLS) regression based on the mean 231
QI scores per storage day, which showed an error of approximately 1.4 days (MSE = 232
1.356) and a coefficient of determination (R² = 0.963) of the linear regression 233
between the QI and ice storage. The QI is suggested here to predict the storage time 234
to an accuracy of ± 1 day and a half, based on average scores of three samples 235
evaluated per day of storage. Figure 2 also shows that the opinion of the judges was 236
more dispersed on days 1, 5, and 16.These results are similar to the development of 237
the QIM for anchovy, Engraulis anchoita, which showed a margin of error of 1.044 238
days (Massa, Manca, & Yeannes, 2012), the bogue, Boops boops, with an error of 239
0.9535 days (Bogdanović, Šimat, Frka-Roić, & Marković, 2012) and for carapeba 240
(Eucinostomus gula) with an error of 1.8 days (Gonçalves and Soares, 2017). 241
The Variable Importance of Projection (VIP) values superior to 1.0 revealed 242
that the superficial mucus, the color of pupil and cornea (2.603, 1.164 and 1.057, 243
respectively) were the most relevant quality attributes to this QIM scheme for the 244
Hirundichthys affinis (Figure 3). 245
The evolution of the QI for individual quality parameters of the flying fish stored 246
on ice revealed that for the general appearance attribute, the skin color ranged from 247
dark blue and matte until the fifth day to an inconsistent dark blue and matte with 248
loose scales on the 14th day (Figure 4A). The QI for mucus started as zero until the 249
tenth day and reached its maximum value as it became viscous and beige on the 17th 250
day. The odor worsened from day 5 onwards while the texture / firmness started in 251
the middle of its scale and oscillated reflecting confusing criteria for the evaluators as 252
also did the abdomen (Figure 4A). Both of these parameters were not considered 253
relevant according to the VIP scores. 254
For the quality attribute of the eyes, the individual QI revealed that the cornea 255
scored zero on the first day of analysis and increased almost progressively until 256
reaching its maximum score on the 17th day when it became opaque, orange and 257
gold colored and presented black spots. The shape was convex during most of the 258
period but the lineation changed from defined to weak after the fifth day of ice 259
storage. The pupil color changed almost linearly from bright dark blue to an opaque 260
and milky light gray until day 9 when it reached a plateau (Figure 4B) 261
58
Similar to the eye parameters, the evolution of the gills quality parameters 262
seemed more evident than those of the general appearance. The color of the gills 263
changed from bright red/wine to light wine to brown after 5 days and reached a faded 264
red /brown color in the 10th day possibly due to the presence of oxyhemoglobin, 265
which was transformed into metamyoglobin (Lanzarin et al., 2016). The odor evolved 266
in steps and reached the intermediate value after 8 days as a strong, persistent acid 267
and dried seaweed odor and its maximum at the 16th day as very strong, persistent 268
acid and ammonia odor. The mucus followed the color and odor patterns and 269
reached the intermediary score, reddish and viscous after 9 days and remained close 270
to its maximum until the end (Figure 4C), similar to other studies Lanzarin et al. 271
(2016) e Borges, Conte-Junior, Franco, Mársico, & Freitas (2014) 272
Images of the sensory attributes of H. affinis on the 1st and 19th day of 273
storage can be observed in Figure 5. 274
275
3.2 Microbiological analysis 276
The total count of mesophilic aerobic bacteria showed a significant increase (p 277
= 0.009) with a strong and significant correlation (r = 0.705 and p < 0.001) ranging 278
from 3.20 log CFU/g on the first day to 5.61 log UFC/g on the 19th day of storage, 279
which can be explained by the equation y = 0.11191x + 3.0475 (R2 = 0.597) (Figure 280
6). A mesophilic count level above 7.0 log CFU / g in fresh fish is considered 281
unacceptable (ICMSF, 1986). In this study, this value was not reached during the 19 282
days of storage. 283
The total count of aerobic psychrotrophic bacteria showed a significant linear 284
increase (p < 0.001) with a strong and significant correlation (r = 0.934 and p 285
<0.0001) with storage time, ranging from 2.0 log CFU/g on the first day at 8.18 log 286
CFU/g on the 19th day of storage, which can be explained by the equation y = 287
0.3585x + 2.1933 (R2= 0.875) (Figure 6). 288
Since the growth of microorganisms is the main cause of fish quality 289
degradation, the total viable microorganisms count is considered as a monitoring 290
index of fish deterioration (Morsy et al., 2016). 291
Psychrotrophic species are dominant during storage of fish on ice (Nychas & 292
Drosinos, 2010) and mesophilic bacteria indicate whether cleaning, disinfection and 293
59
temperature control during industrial treatment, transport and storage processes 294
have been adequately performed (ICMSF, 1986). 295
The flesh of the newly caught fish is sterile because its immune system 296
prevents bacteria from growing in the flesh. After fish death there is a collapse of the 297
immune system, allowing the bacteria to proliferate and during storage, a part of the 298
bacteria present in the skin invade the flesh (Huss, 1995). This explains the low total 299
counts reported at the beginning of the storage period and the increase over time 300
(Figure 6). 301
Salmonella sp. was absent in all samples in contrast to other studies with 302
yellow hake (Cynoscion acoupa) stored on ice (Billar dos Santos, Kushida, Viegas, & 303
Lapa-Guimarães, 2014). 304
Staphylococcus coagulase positive was found in a sample (4.0x102 CFU/g - 305
9th day of storage), however, this value was under the limit established by the 306
Brazilian legislation that corresponds to 103 CFU/g (Brazil, 2001). In acoupa weakfish 307
(Cynoscion acoupa) preserved on ice, no positive coagulase Staphylococcus was 308
detected in any sample (Billar dos Santos, Kushida, Viegas, & Lapa-Guimarães, 309
2014). 310
The mean number of thermotolerant coliforms at 45°C remained < 3.0 MPN/g 311
during the storage period, except on day 9 of storage where a value of 3.6 MPN/g 312
was found. There is no established limit for Coliforms in fresh fish, however, values 313
ranging from 5 to 103 MPN/g are acceptable for fish products (Brazil, 2001). 314
315
3.3 Physicochemical analysis 316
The initial pH value of 6.23 increased linearly and was strongly and 317
significantly correlated (r = 0.847 and p < 0.001) with the ice storage period until the 318
maximum value of 6.88 on the 19th day (Figure 7). Previous studies with the pelagic 319
horse mackerel and the benthic tub gunard reported initial pH values of 6.38 and 320
6.25 that increased to 7.65 and 7.17 after 22 and 21 days on the ice, respectively 321
(Rodríguez, Losada, Aubourg, & Barros-Velázquez, 2005; Bekaert, 2006). 322
The pH of live fish is typically about 7.3 and falls through rigor mortis as 323
glycogen is converted to lactic acid through anaerobic processes, resulting in pH 324
levels close to 6.0. After the resolution of rigor mortis, the glycogen is replaced by 325
alkaline substances, such as ammonia and other volatile compounds from protein 326
60
degradation expressed as TVB-N and TMA-N, which increase the pH as deterioration 327
progresses (Huss, 1995; Rodríguez et al., 2005; Howgate, 2009; Gonçalves, Lima & 328
Paula, 2015; Ritter et al., 2016) (Figure 8). 329
This trend was also evident in this study. The levels of TVB-N and TMA-N 330
followed the pH path and increased almost linearly and significantly (p < 0.001 and p 331
< 0.001, respectively) from 25.19 (1st day) to 39.42 (19th day) and 6.58 (1st day) to 332
12.00(19th day) mg 100g-¹, respectively, which were strongly e significantly correlated 333
with the 19 day period (r = 0.923, p < 0,001 e r = 0.747, p < 0,001, respectively). 334
The adoption of TVB-N as a spoilage indicator is very controversial as its 335
values are affected by species, capture method, and analytical procedure. It is 336
observed that since the first days of storage, the flying fish has already presented 337
high values of TVB-N. This may indicate a particular feature of the species that may 338
be associated with the capture mode. 339
According to Relibein & Oehlenschlager (1982), the determination of TVB-N 340
reflects only advanced stages of deterioration and are generally considered 341
unreliable to evaluate deterioration during the first ten days of refrigerated cod 342
storage. 343
Another factor that may be related to high initial values is the practice of 344
artisanal catching of flying fish. Capture methods for marine fish are more stressful 345
and lead to worse maltreatment with onboard accommodation. In addition, N-TVB 346
values should be considered to depend on the method of analysis and not reflect the 347
mode of deterioration, whether bacterial or autolytic (Huss, 1995). 348
Throughout the long history of spoilage studies on fish, the pH, and the TVB-N 349
are the most common measurements of the muscle tissue. However, the great 350
variability of intrinsic pH and TVB-N between species, effects of biological conditions 351
and harvesting procedures and between fish within a batch, impede the efficacy of 352
these measures for spoilage (Howgate, 2009). 353
The results of the thiobarbituric acid reactive substances (TBARS) analysis 354
ranged from 0.08 on the 1st day to 2.52 MA/kg on the 22nd day of ice storage. A study 355
about the effects of ozonated ice on sardines stored on ice for 22 days demonstrated 356
linear correlations between 0.84 and 0.95 between TBARS and storage time. 357
Damage to lipids measured by TBARS under different ice storage conditions ranged 358
from 0.57 - 0.65 to 2.12 - 2.66 mg malonic aldehyde/kg of sample at 2 and 19 days 359
61
storage, respectively (Losada, Barros-Velázquez, Gallardo, & Aubourg, 2004). A 360
study on the quality of sardines marketed as wholesale and free-trade recorded 361
TBARS values between 0.02 - 2.73 and 1.07 - 15.66 mg malonic aldehyde/kg for 362
fresh and frozen sardines, respectively (Pereira & Tenuta-Filho, 2005). 363
364
3.4 Correlation between sensory, microbiological and physicochemical analysis 365
In the Principal Component Analysis (PCA), two vectors were used to explain 366
93.12% of the variance and the first main component (PC1) explained 86.22%, while 367
the second main component (PC2) explained 6.90% of the variances quality 368
parameters. 369
Figure 9 shows that all vector lengths are similar, which means that their 370
importance for differentiating the samples was also similar. Thus, the parameters in 371
the order of importance of the vectors are days of storage (0.997), mean scores 372
(0.992), TVB-N (0.960), psychrotrophic (0.940), pH (0.910), TMA-N (0.889) and 373
mesophilic (0.795). Vectors that are close indicate parameters that are likely to be 374
significantly correlated linearly (p <0.009). The growth of mesophiles did not show 375
significant correlation with pH (p = 0.073). 376
The counting parameters of mesophilic bacteria and TMA-N were observed to 377
have little influence on the differentiation of the samples during the storage period. 378
The formation of groups of samples and the correlation of samples for different 379
storage times. Samples stored for 1, 3, 5, 7 and 9 days (observations 1, 2, 3, 4 and 380
5) were similar in relation to freshness. Samples stored for 10 and 15 days 381
(observations 6 and 8) were located in the PC1 and PC2 positive quadrants, while 382
the samples stored for 13, 17 and 19 days (observations 7, 9 and 10) were in the 383
PC1 positive quadrant and in the negative quadrant PC2. 384
As previously reported, the microbiological, physicochemical and sensorial 385
variables evaluated showed an increase over the storage period and, consequently, 386
the decrease of freshness. 387
In the Principal Components Analysis (PCA), observations 6, 7, 8, 9 and 10, 388
for 10, 13, 15, 17 and 19 days of ice storage, respectively, of the flying fish samples 389
were better represented with the high scores (Figure 9) and that the position of the 390
samples stored at 1, 3, 5, 7 and 9 days showed that this group consisted of samples 391
suitable for human consumption. 392
62
In Figure 10, the PCA performed with the calibration curve data from the QIM 393
scheme indicates that the observations 6, 7, 8, 9 and 10 (ice storage days 10, 14, 16, 394
17, 22) also showed high values, confirming that the flying fish exhibited more 395
deterioration after 10 days of storage during the third storage test. 396
As shown by the PCA (Figures 9 and 10), the samples stored up to the 9 days 397
on the ice were similar in freshness. 398
399
4. Conclusions 400
The QIM scheme for flying fish (Hirundichthys affinis) was obtained in this study and 401
is a reliable and practical tool to evaluate the freshness of this fish when stored on 402
ice. The QIM scheme established a maximum Quality Score of 22 demerit points, 403
with a strong and significant linear correlation with the storage time, making it 404
possible to predict how many days the fish is stored. The sensory parameters mucus, 405
pupil color, and cornea were considered relevant to the scheme. Based on the PCA 406
correlation of the studied variables, the shelf life of the flying fish stored on ice was 9 407
days 408
409
Acknowledgements: financial incentive aid resulting from the FAPERN/CAPES 410
006/2014 Notice - which provides for "Support for postgraduate programs of Higher 411
Education Institutions (HEIs) in the state of Rio Grande do Norte / Brazil" and 412
FAPERN / CAPES 013/2014 - which deals with the "Scholarship program of 413
academic formation - modality: masters and doctorate" 414
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Table 1. Quality Index scheme for the flying fish (Hirundichthys affinis) stored on ice.
Quality attributes
Parameters Description Score
General aspect
Skin Bright, iridescent dark blue; well adhered scales. 0
Bright, dark blue matte; scales less adhered and more apparent.
1
Non-uniform, matte blue, loose scales. 2
Mucus Aqueous, transparent, absent 0
Slightly viscous, light beige. 1
Odor Fresh fish, seaweedy 0
Fish, cucumber. 1
Fish filth, moldy dirty cloth. 2
Texture/ firmness
Firm 0
Firm, elastic, muscle recovers quickly after finger pressure
1
Less firm and less elastic, finger pressure mark dissappears slowly or remains.
2
Abdomen Firm 0
Elastic to soft 1
Very soft 2
Eyes Cornea Bright, translucent 0
Bright, silvery white and / or yellowish 1
Bright, gray, yellowish 2
Opaque, golden, orange, black spots 3
Form Convex, defined delineation of the cornea and pupil
0
Convex, pupil without delineation 1
More convex or flat, pupil without delineation 2
Color of pupil
Dark blue, bright, slightly translucent 0
Dark gray, blurry 1
Light gray, opaque, milky 2
Gills Color Bright red, wine 0
Wine, brownish 1
Faded red, light wine, faded brown. 2
Odor Strong, sea air, seaweedy, fresh fish 0
Strong, persistant, mild acid, dried seaweed 1
Very strong, persistent, strong acid, ammonia. 2
Mucus Transparent, slightly viscous, absent. 0
Reddish, slimy. 1
Reddish, very viscous. 2
Quality index (0 - 22)
70
Figure 1. Regression analysis for the flying fish (Hirundichthys affinis) between mean
Quality Index storage on ice for 22 days.
71
Figure 2. Partial least-squares (PLS) model of measured vs. predicted 22 demerit
points of the QIM scheme for the flying fish (Hirundichthys affinis) stored on ice for 22
days. Continuous lines represent 95% confidence limits of the regression.
Observations: 30 R
2: 0.963
Standard deviation: 1.205
MSE: 1.356
72
Figure 3. Variable Importance in the Projection (VIP) values of the Quality Index
Method parameters for flying fish (Hirundichthys affinis) stored on ice with 95%
confidence level.
73
Figure 4. Mean scores of each quality attribute parameter assessed for the flying fish
(Hirundichthys affinis) stored on ice for 22 days.
General aspect
Eyes
Gills
74
1 day
stored on ice
19 days
stored on ice
Figure 5. Changes in the selected quality attribute parameters (abdomen, eye, gills)
evaluated with the QIM scheme for the flying fish (Hirundichthys affinis) for the 1st
and 19th day of ice storage.
75
Figure 6. Total Mesophilic bacteria count (TMC) and psychrotrophic (TPC) bacteria
counts of the flying fish (Hirundichthys affinis) stored on ice during 19 days.
76
Figure 7. Regression analysis for the flying fish (Hirundichthys affinis) between mean
pH and storage time on ice for 19 days.
77
Figure 8. Mean total volatile basic nitrogen (TVB-N) and trimethylamine Nitrogen
(TMA-N) with regression analysis for the flying fish (Hirundichthys affinis) stored on
ice during 19 days.
78
Figure 9. Correlation loadings plots of the principal component analysis (PCA) of the
quality parameters assessed for the flying fish (Hirundichthys affinis) stored on ice for
19 days in storage trial 1. TVB-N = Total volatile basic nitrogen, TMA-N =
Trimethylamine, pH = hydrogen potential, obs1 = day 1, obs2 = day 3, obs3 = day 5,
obs4 = day 7, obs5 = day 9, obs6 = day 10, obs7 = day 13, obs8 = day 15, obs9 =
day 17, obs10 = day 19.
79
Figure 10. Correlation loadings plots of the principal component analysis (PCA) of the
quality parameters assessed for the flying fish (Hirundichthys affinis) stored on ice for
22 days in storage trial 3. TVB-N = Total volatile basic nitrogen, TMA-N =
Trimethylamine, pH = hydrogen potential, TBARS = Thiobarbituric acid reactive
substances. P1 = skin, P2 = general aspect - mucus, P3 = general aspect - odor, P4
= texture/firmness, P5 = abdomen, P6 = eyes - cornea, P7 = eyes - form, P8 = eyes
– color of pupil, P9 = gills - color, P10 = gills - odor, P11 = gills - mucus, obs1 = day
1, obs2 = day 4, obs3 = day 5, obs4 = day 8, obs5 = day 9, obs6 = day 10, obs7 =
day 14, obs8 = day 16, obs9 = day 17, obs10 = day 22.
80
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa fez parte de um grande projeto em parceria com a Escola
Agrícola de Jundiaí/UFRN, intitulado "Projeto voador: agregação de valor e renda ao
pescado em Caiçara do Norte".
Para a realização das análises foram encontradas algumas limitações:
falta de recursos financeiros para compra de gelo para o armazenamento dos peixes
e de alguns reagentes, bem como o atraso do recebimento dos materiais
necessários após a compra; também a dificuldade de comunicação com o pescador
de Caiçara do Norte para a captura dos peixes, a dependência de fatores naturais
para que tudo estivesse favorável para a pesca.
Com esta pesquisa foi possível a colaboração em três planos de Iniciação
Científica que resultaram em Trabalhos de Conclusão de Curso e um trabalho
selecionado para apresentação oral no Congresso de Iniciação Científica e
Tecnológica da UFRN (CICT 2017) e participação como co-orientadora.
Participação como ministrante nas ações de extensão intitulado II
Minicurso de Microbiologia de Alimentos: Normas de laboratório, preparo de meios
de cultura e interpretação de resultados e na Semana de estudos sobre a
Salmonella: Implantação de metodologia no Departamento de Nutrição da UFRN.
O recrutamento e os testes de seleção de julgadores sensoriais desta
pesquisa gerou um resumo intitulado “Selection of assessors to compose a trained
team for development of the fish Quality Index Method (QIM)” aprovado para
apresentação no 12º Simpósio Latino Americano de Ciência de Alimentos (SLACA).
81
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117. Kornacki J, Johnson J. Enterobacteriaceae, coliforms, and Escherichia coli as
quality and safety indicators. In: Downes F, Ito K, editors. Compendium of
Methods for the Microbiological Examination of Foods. 4th ed. Washington, D.
C.: American Public Health Association; 2001. p. 69–82.
118. International Standards Organization. ISO 6579. Microbiology of food and
92
animal feeding stuffs – Horizontal method for the detection of Salmonella spp.
4th ed. 2002.
119. Lancette G, Bennett R. Staphylococcus aureus and staphylococcal
enterotoxins. In: Downes F, Ito K, editors. Compendium of Methods for the
Microbiological Examination of Foods. 4th ed. Washington, D. C.: American
Public Health Association; 2001. p. 387–403.
120. Morton R. Aerobic plate count. In: Compendium of Methods for the
Microbiological Examination of Foods. 2001.
121. Cousin M, Jay J, Vasavada P. Psychrotrophic microrganisms. In: Downes F, Ito
K, editors. Compendium of Methods for the Microbiological Examination of
Foods. 4th ed. Washington, D. C.: American Public Health Association; 2001.
p. 159–66.
122. Instituto Adolfo Lutz. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. In: Métodos
físico-químicos para análise de alimentos. 4th ed. São Paulo; 2008. p. 104–5.
123. Brasil. Métodos analíticos oficiais para controle de produtos de origem animal
e seus ingredientes: Métodos Físico-Químicos. (LANARA). M da AP e AN de
DALN de RA, editor. Portaria No 01, de 07 de outubro de 1981. Brasília (DF):
Diário Oficial da União de 13 de outubro de 1981; 1981.
124. Vyncke W. Direct Determination of the Thiobarbituric Acid Value in
Trichloracetic Acid Extracts of Fish as a Measure of Oxidative Rancidity. Fette,
Seifen, Anstrichm. 1970;72(12):1084–7.
93
APÊNDICES
94
APÊNDICE 1 – Questionário para recrutamento de avaliadores.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
QUESTIONÁRIO PARA RECRUTAMENTO DE AVALIADORES
Nome: ________________________________________________________
Data de nascimento: ___/___/_____ Sexo: ( )F ( ) M
Endereço:___________________________________________________________
_____________________________________________________
Telefones: _______________________________
E-mail:__________________________________
1. Gostaria de participar de um treinamento de análise sensorial?
[ ]Sim [ ]Não
2. Quais os seus horários livres para a participação do treinamento?
___________________________________________________________________
_____________________________________________________
3. Gosta de peixe? [ ]Sim [ ]Não
4. Cite aromas que você desgosta muito.
____________________________________________________________
____________________________________________________________
5. Você é capaz de citar um alimento que possua brilho na superfície?
____________________________________________________________
6. Você tem algum problema de saúde que contra indique o contato (com as mãos
ou aroma) com pescado?
___________________________________________________________________
_____________________________________________________
7. Você possui alguma doença que prejudique sua acuidade visual, percepção de
cores e/ ou capacidade de perceber odores e/ ou capacidade tátil?
___________________________________________________________________
_____________________________________________________
95
8. Está tomando alguma medicação que poderia interferir sua capacidade de
perceber odores? Em caso positivo, explique, por favor.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
9. Apresenta com frequência sintomas ou problemas relacionados à:
- Resfriados frequentes: [ ]Sim
- Dor de cabeça: [ ]Sim
- Congestão nasal: [ ]Sim
- Uso de medicamentos: [ ]Sim
10. Já realizou ou realiza algum curso e/ou treinamento sobre análise sensorial?
[ ]Sim [ ]Não
96
APÊNDICE 2 – Teste de reconhecimento de aromas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
TESTE DE RECONHECIMENTO DE AROMAS
Data: ___/___/___.
Provador: __________________________________________________ Nº: ______
Você está recebendo amostras com aromas distintos. Aspire a primeira amostra.
Identifique o odor/aroma e registre na ficha. Aguarde alguns segundos para aspirar a
próxima ou realize o branco aspirando o braço ou a mão inodoros. Proceda dessa
forma para as amostras restantes. Faça aspirações curtas e sequenciais e evite
inalações profundas e longas.
Amostra Identificação/descrição do odor/aroma
Observações:________________________________________________________
___________________________________________________________________
Muito Obrigada!
97
APÊNDICE 3 – Teste de 100 matizes de Farnsworth Munsell
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
TESTE DE 100 MATIZES DE FARNSWORTH MUNSELL
Data: ___/___/___.
Julgador: __________________________________________________
Você está recebendo tubos apresentados em ordem aleatorizada e tem que ser
organizados a partir do amarelo, passando pelo verde até azul, a partir do vermelho,
passando pelo violeta até o azul e a partir do cinza claro para o escuro.
Ordem dos tubos (do amarelo ao azul)
Amostras
Tubo 1
Tubo 2
Tubo 3
Tubo 4
Tubo 5
Tubo 6
Tubo 7
Tubo 8
Tubo 9
Tubo 10
Tubo 11
Códigos
Ordem dos tubos (do vermelho ao azul)
Amostras
Tubo 1
Tubo 2
Tubo 3
Tubo 4
Tubo 5
Tubo 6
Tubo 7
Tubo 8
Tubo 9
Tubo 10
Tubo 11
Códigos
Ordem dos tubos (do cinza claro ao cinza escuro)
Amostras
Tubo 1
Tubo 2
Tubo 3
Tubo 4
Tubo 5
Tubo 6
Tubo 7
Tubo 8
Tubo 9
Tubo 10
Códigos
Muito Obrigada!
98
APÊNDICE 4 – Infográfico.
99
APÊNDICE 5 – Ficha de avaliação
Desenvolvimento do Método do Índice de Qualidade do peixe voador
(Hirundichthys affinis. Günther, 1866)
Julgador: Data: ___/____/ _______.
PARÂMETROS DE QUALIDADE DESCREVA COMO A AVALIAÇÃO DO FOI FEITA
DESCRITORES
ASPECTO/ TEXTURA
PELE
MUCO
CHEIRO (cheirar a zona dorsal)
TEXTURA/FIRMEZA (pressionar com o dedo, não com demasiada força, a parte dorsal; observar se o músculo recupera e a rapidez com que tal acontece)
100
ABDOMEN (apertar entre os dedos ou palpando levemente com a ponta dos dedos)
OLHOS (não toque nos olhos; se um olho estiver danificado, observe o outro)
CÓRNEA (avaliar a cor e a transparência)
FORMA (avaliar olhando diretamente ou de lado para o olho)
COR DA PUPILA (observar a pupila perpendicurlarmente)
GUELRAS COR
ODOR (levante os opérculos e cheire o arco branquial)
MUCO (avaliar cor e aspecto)
101
APÊNDICE 6 – Protocolo QIM preliminar.
Desenvolvimento do Método do Índice de Qualidade do peixe voador
(Hirundichthys affinis. Günther, 1866)
Julgador: Data: ___/____/ _______.
PARÂMETROS DE QUALIDADE Descritores SCORE
ASPECTO PELE (observar a cor da região dorsal, lateral e abdominal. Passar o dedo em todo o corpo no sentido cabeça cauda e obervar as escamas)
Dorso: brilhante, úmido, azul escuro iridiscente; lateral: branco iridiscente; ventre: branco; escamas aderidas.
0
Dorso: brilhante, azul escuro fosco; lateral: branco iridiscente; ventre: branco com risco amarelado; escamas menos aderidas e mais aparentes no dorso.
1
Dorso: menos brilhante, azul não uniforme e fosco; lateral: branco com menos iridiscência; ventre: bege claro com risco amarelo queimado; escamas menos aderidas e mais aparentes no dorso.
2
Dorso: azul arroxeado não uniforme e fosco; lateral: branco e desbotado com menos iridiscência; ventre: amarelo queimado, levemente dourado; escamas soltas.
3
MUCO (observar, passar o dedo levemente e levantá-lo em todo o corpo)
Aquoso, transparente, ausente. 0
Levemente viscoso, transparente. 1
Levemente viscoso, escorregadio, transparente ou bege claro, com espuma. 2
CHEIRO (cheirar a zona dorsal)
Peixe fresco, maresia, algas na praia. 0
Acentuado, forte, residual, sargaço desidratado/seco. 1
Neutro, sargaço, praia, peixaria, peixe. 2
Peixaria suja, peixe que não está fresco, seção de peixe no supermercado, insosso, 3
102
frio
TEXTURA/FIRMEZA (pressionar com o dedo, não com demasiada força, no meio e próximo à cabeça na região dorsal; observar se o músculo recupera e a rapidez com que tal acontece)
No centro: firme, rígido, marca do dedo desaparece imediatamente; próximo à cabeça: elástico, marca do dedo desaparece imediatamente.
0
No centro: firme, rígido, marca do dedo desaparece imediatamente; próximo à cabeça: menos elástico, marca do dedo desaparece lentamente
1
No centro: firme, rígido, marca do dedo desaparece lentamente; próximo à cabeça: menos elástico, marca do dedo desaparece mais lentamente ou marca do dedo permanece
2
ABDOMEM (apertar entre os dedos ou palpando levemente com a ponta dos dedos no centro e próximo à cabeça)
No centro: firme; próximo à cabeça: elástico 0
No centro: pouco elástico, levemente distendido; próximo à cabeça: menos elástico. 1
No centro: flácido; próximo à cabeça: muito mole. 2
OLHOS (não toque nos olhos; se um olho estiver danificado, observe o outro)
CÓRNEA (observar a cor e a transparência perpendicularmente)
Brilhante, cinza prateado, translúcida. 0
Brilhante, branco prateado e/ou levemente amarelado, traço de sangue. 1
Brilhante, cinza, amarelado, dourado, alaranjado, partes opacas. 2
Sem brilho, cinza, dourado, alaranjado, partes opacas, manchas pretas, enegrecido na parte inferior.
3
FORMA (observar a forma frontal e perpendicularmente)
Convexo, delineamento definido da córnea e pupila. 0
Convexo, delineamento definido da córnea, pupila com perda de delineamento, formato de gota
1
Mais convexo, abaulamento, delineamento definido da córnea, pupila com perda de delineamento, formato de gota
2
Mais convexo, abaulamento, delineamento definido da córnea, pupila com perda de delineamento, formato de gota e com descolamento.
3
COR DA PUPILA Azul escuro, levemente translúcido, brilhante. 0
103
(observar a pupila perpendicularmente)
Cinza escuro, azul escuro esbranquiçado, leitoso, embaçado 1
Cinza, azul esbranquiçado, mais opaco, bem leitoso. Olho cego. Faixa azul acinzentada, preto fumê, preto opaco ao redor da pupila. Esfera branca, mais claro no centro.
2
Cinza azulado, esbranquiçada, dourado. Faixa azul acinzentada ao redor. Fenda/ marca transparente no centro.
3
GUELRAS COR (levantar o opérculo e observar a cor)
Vermelho, vinho, brilhante 0
Vermelho, vinho, amarronzado, marrom desbotado, amarelado nas pontas. 1
Vermelho desbotado, rosa claro, vinho claro, marrom amarelado, amarronzado nas pontas, vermelho pálido no interior.
2
ODOR (levante os opérculos e cheire o arco branquial)
Forte, maresia, algas, sargaço, peixe fresco, ferro 0
Forte, persistente, leve ácido, sargaço desidratando, escamas ressecadas. 1
Forte, persistente, ácido, praia cheia de sargaço ressecado, de podre 2
Muito forte, persistente, muito ácido, amoníaco. 3
MUCO (observar a cor e aspecto)
Transparente, líquido, pouco aparente, ausente, nenhum. 0
Transparente, levemente viscoso. 1
Marrom claro, amarelado, avermelhado, viscoso, camada gelatinosa. 2
Rosa, muito viscoso, muito muco formando liga entre as brânquias, muco unindo as brânquias.
3
ÍNDICE DE QUALIDADE (0 - 29)
104
APÊNDICE 7 – Esquema QIM final.
Desenvolvimento do Método do Índice de Qualidade do peixe voador
(Hirundichthys affinis. Günther, 1866)
CÓDIGO DA AMOSTRA: Data: ___/____/____. Atributos de qualidade
Parâmetros Descritores Score
Aspecto geral
Pele Brilhante, azul escuro iridescente; escamas aderidas.
0
Brilhante, azul escuro fosco; escamas menos aderidas e mais aparentes.
1
Azul não uniforme e fosco, escamas soltas. 2
Muco Aquoso, transparente, ausente 0
Levemente viscoso, bege claro. 1
Cheiro Peixe fresco, maresia. 0
Peixe, pepino. 1
Peixaria suja, pano sujo molhado. 2
Textura/ firmeza
Rígido 0
Firme, elástico, marca do dedo desaparece imediatamente.
1
Menos firme e menos elástico, marca do dedo desaparece lentamente ou permanece.
2
Abdômen Firme. 0
Não muito firme. 1
Mole. 2
Olhos Córnea Brilhante, translúcida. 0
Brilhante, branco prateado e/ou amarelado. 1
Brilhante, cinza, amarelado. 2
Opaco, dourado, alaranjado, manchas pretas. 3
Forma Convexo, delineamento definido da córnea e pupila.
0
Convexo, pupila com perda de delineamento. 1
Mais convexo ou plano, pupila com perda de delineamento.
2
Cor da pupila
Azul escuro, levemente translúcido, brilhante. 0
Cinza escuro, embaçado. 1
Cinza claro, opaco, leitoso. 2
Guelras Cor Vermelho, vinho, brilhante. 0
Vinho, amarronzado. 1
Vermelho desbotado, vinho claro, marrom desbotado.
2
Odor Forte, maresia, algas, sargaço, peixe fresco. 0
Forte, persistente, leve ácido, sargaço ressecado.. 1
Muito forte, persistente, muito ácido, amoníaco. 2
105
Muco Transparente, levemente viscoso, ausente. 0
Avermelhado, viscoso. 1
Avermelhado, muito viscoso. 2
Índice de Qualidade (0 - 22)
106
ANEXOS
107
ANEXO 1 – Parecer do Comitê de Ética.
108
109
110
111
112
ANEXO 2 – Material utilizado para preparo das soluções estoque para o Teste de
Reconhecimento de Aromas.
.
Odor Material Quantidade Diluente
(100ml)
Tempero de
Peixe
Tempero oriental (Hondashi) 1g Água
destilada
Canela Canela-da-china em casca (General
Mills Brasil Alimentos Ltda.)
1g Etanol 99,8%
Manjericão Folhas de manjericão fresco 1g Etanol 99,8%
Menta/Hortelã Essência de menta (Cod. 1640) 5 gotas Etanol 99,8%
Cravo Essência de cravo (Cod. 1640) 5 gotas Etanol 99,8%
Limão Essência de limão (Essência e Arte) 5 gotas Etanol 99,8%
Morango Cobertura para sorvete de Morango
(Sterbom)
1g Água
destilada
Alecrim Folhas de alecrim fresco 1g Etanol 99,8%
Alho Dentes de alho in natura triturado 1g Etanol 99,8%
Cebola Cebola in natura triturada 1g Etanol 99,8%
Baunilha Aroma artificial de baunilha
(água, álcool etílico, corante
caramelo, aroma artificial de
baunilha)
1g Etanol 99,8%
Orégano Orégano desidratado (Hikari) 1g Etanol 99,8%
Vinagre Vinagre 1g Etanol 99,8%
Maracujá Essência de Maracujá (Essência e
Arte - Propylane Glycol)
5 gotas Etanol 99,8%
Floral/Lírio Essência de floral (Essência e Arte) 5 gotas Etanol 99,8%
113
ANEXO 3 – Volumes da solução-estoque (solução colorida) diluída em 10 mL no primeiro quadro e Quantidade da mistura-estoque
a ser misturada com amido de milho branco no segundo quadro.
Valores em mililitros.
Volume da solução-estoque colorida
Amostra N°.
Tubo 1
Tubo 2
Tubo 3
Tubo 4
Tubo 5
Tubo 6
Tubo 7
Tubo 8
Tubo 9
Tubo 10
Tubo 11
Amarelo ou vermelho
2,5
2,35 2,15 1,9 1,65 1,25 0,7 0,35 0,15 0,05 0
Azul 0 0,15 0,35 0,6 0,85 1,25 1,8 2,15 2,35 2,45 2,5
NOTA: verde = amarelo + azul; violeta = vermelho + azul
Valores em grama.
Substância Amostra N°.
Tubo 1
Tubo 2
Tubo 3
Tubo 4
Tubo 5
Tubo 6
Tubo 7
Tubo 8
Tubo 9
Tubo 10
Amido de milho 1,99 1,97 1,95 1,93 1,91 1,89 1,87 1,85 1,83 1,81
Mistura-estoque grafite/ amido de milho
0,01 0,03 0,05 0,07 0,09 0,11 0,13 0,15 0,17 0,19