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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
USO DE SOFTWARE COMERCIAL NAS LOJAS DE UM SHOPPING CENTER DA
CIDADE DE NATAL-RN.
ANA CLÁUDIA FIRMINO BARROS
Natal, dezembro de 2010.
ANA CLÁUDIA FIRMINO BARROS
USO DE SOFTWARE COMERCIAL NAS LOJAS DE UM SHOPPING CENTER DA CIDADE DE NATAL-RN.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do curso de graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientadora: Anatália Saraiva Martins Ramos, Dra.
Natal, dezembro de 2010.
Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA
Barros, Ana Cláudia Firmino. Uso de software comercial nas lojas de um shopping center da cidade de
Natal-RN / Ana Cláudia Firmino Barros. – Natal, RN, 2013. 44f. : Il. Orientadora: Profa. Dra. Anatália Saraiva Martins Ramos. Monografia (Graduação em Administração) – Universidade Federal do
Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Ciências Administrativas.
1. Administração – Monografia. 2. Tecnologia da informação –
Monografia. 3. Sistemas de informação gerencial – Monografia. I. Ramos, Anatália Saraiva Martins. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título. RN/BS/CCSA CDU 005.94:004.9
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
USO DE SOFTWARE COMERCIAL NAS LOJAS DE UM SHOPPING CENTER DA
CIDADE DE NATAL-RN.
ANA CLÁUDIA FIRMINO BARROS
Monografia apresentada e aprovada em 21 de dezembro de 2010, pela banca examinadora composta pelos seguintes membros:
______________________________________ Anatália Saraiva Martins Ramos, Dra.
Orientadora
_______________________________________ Bruna Miyuki Kasuya de Oliveira.
Examinadora
________________________________________ Marcelo de Santana Porte, M.Sc.
Examinador
Natal, 21 de dezembro de 2010
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem Ele, nada seria possível. A minha mãe; pelo esforço e dedicação, em todos os momentos desta e de outras caminhadas. A minha tia
Neuza (In memória), por me incentivar a correr atrás de meus ideais. E, em especial, ao meu filho João Lucas meu pequeno anjo, luz do meu caminho, razão de meus esforços para atingir
meus objetivos!!
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, por existir e por tudo que tenho e sou. Por transformar sonhos em realidade,
e por dá forças para seguir caminhando em meio às dificuldades da vida.
A minha mãe por ter me concebido, e me ensinado a valorizar o conhecimento e por acreditar
em mim.
A meus amigos fumacinhas (Ivan, Raquel, Rafaela, Eunice, Thiago, Klaustro e Marcela), aos
meus colegas (Amauri, Juliana, Daniel Bender), pelos momentos de aprendizagem e pela
amizade construída ao longo desse curso.
A minha orientadora, Anatália Ramos pela contribuição para o desenvolvimento desse
trabalho e, principalmente pela competência, desempenho e dedicação que demonstrou no
desenvolvimento de suas atividades.
A todos os professores que deram aula a turma (não citarei seus nomes para não cometer o
equivoco de esquecer algum), pela contribuição, em suas respectivas áreas, para nosso
desenvolvimento pessoal, intelectual, profissional e social.
Aos gerentes das lojas do shopping Midway Mall, que responderam ao questionário o que
possibilitou a concretização da pesquisa.
A todos aqueles, que direta ou indiretamente, colaboram para que esse trabalho atingisse aos
objetivos propostos.
“Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará assim uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto.” Albert Einstein
LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 01 O software básico é um intermediário entre o hardware e as aplicações
funcionais 20
FIGURA 02 Modelo de Relacionamento Cíclico 21
FIGURA 03 Modelo conceitual 22
QUADRO 01 Variáveis escolhidas para estudo na pesquisa 22
TABELA 01 Valores absolutos e percentuais de respostas e resultado da análise bidimensional da variável “relevância do uso de sistema” e escolaridade
33
TABELA 02 Valores absolutos e percentuais de respostas e resultado da análise bidimensional da variável “Conhecimento em informática”
34
TABELA 03 Valores absolutos e percentuais de respostas e resultado da análise bidimensional da variável “Interesse em SI”
35
TABELA 04 Valores absolutos e percentuais de respostas da avaliação sobre cultura organizacional
36
TABELA 05 Valores absolutos e percentuais de respostas dos softwares citados 37
TABELA 06 Valores absolutos e percentuais de respostas das empresas fornecedoras 38
TABELA 07 Valores absolutos de respostas sobre avaliação dos itens do software utilizado
39
TABELA 08 Valores absolutos e percentuais de respostas e resultado da análise bidimensional da variável “Avaliação do sistema”
40
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 01 Distribuição percentual dos respondentes por sexo 31
GRÁFICO 02 Distribuição percentual dos respondentes por faixa etária 32
GRÁFICO 03 Distribuição percentual dos respondentes por escolaridade 32
GRÁFICO 04 Distribuição dos respondentes por faixa etária versus conhecimento em informática
34
GRÁFICO 05 Distribuição dos respondentes por grau de interesse em sistema de informação versus disposição da empresa em oferecer treinamento
36
GRÁFICO 06 Distribuição percentual da Avaliação geral de funcinamento do software
39
RESUMO
O uso de softwares vem gradativamente ganhando importância no desenvolvimento das atividades gerencias, em detrimento do avanço tecnológico e da globalização da economia. Diante do exposto, o presente trabalho resulta da pesquisa realizada sobre os fatores que influenciam no uso de softwares comerciais no shopping Midway Mall, por parte dos gerentes de loja. Foram aplicados questionários estruturados, os quais permitiram coletar dados para concretizar o objetivo proposto na pesquisa. Foram aplicados 41 questionários, com gerentes de lojas selecionados por conveniência. Com o resultado obtido, pode-se auferir que uso de software entre os gerentes de lojas do Shopping Midway Mall é influenciado pelas características do sistema, do próprio gerente e da organização. Mas, essas variáveis não determinam o uso. A intensidade de uso é determinada em geral pelo interesse pessoal do usuário.
PALAVRAS-CHAVE: Uso de sistema de informação; características pessoais; características da organização; características do sistema.
ABSTRACT
The use of softwares comes gradual gaining importance in the development of the activities manages, in detriment of the technological advance and the globalization of the economy. Ahead of the displayed one, the present work results of the research carried through on the factors that influence in the use of softwares commercial in shopping Midway Mall, on the part of the store controlling. Structuralized questionnaires had been applied, which had allowed to collect given to materialize the objective considered in the research. 41 questionnaires had been applied, with controlling of store selected for convenience. With the gotten result, it can be gained that software use enters the controlling of store of the Shopping Midway Mall is influenced by the characteristics of the system, the proper manager and the organization. But, these variable do not determine the use. The use intensity is determined in general by the personal interest of the user.
KEYWORDS: Use of information system; personal characteristics; characteristics of the organization; characteristics of the system.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 12
1. PARTE INTRODUTÓRIA 13
1.1 Caracterização do ambiente de estudo 13
1.2 Contextualização e Problema 15
1.3 Objetivos da Pesquisa 16
1.4 Justificativa 17
2. REFERENCIAL TEÓRICO 19
2.1 Visão geral da Tecnologia da Informação 19
2.2 Software 20
2.3 Modelo de Relacionamento Cíclico 21
2.4 Modelo Conceitual 22
2.5 Pontos relevantes para abordagem proposta 23
3. METODOLOGIA 29
3.1 Caracterização da pesquisa 29
3.2 População e Amostra 29
3.3 Dados e Instrumentos da Coleta 29
3.4 Tratamento estatístico e forma de análise 30
3.5 Estudo piloto 30
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS 30
4.1 Apresentação dos resultados relacionados ao perfil dos gerentes 31
4.2 Resultados referentes as características da Organização 34
4.3 Resultados relativos ao software utilizado 37
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 41
REFERÊNCIAS 42
APÊNDICE
12
APRESENTAÇÃO
A tecnologia da informação é responsável por uma revolução nos negócios. Nessa
revolução, para acessar e processar informações as empresas usam a TI como nova fonte de
energia.
O software é uma das muitas ferramentas que podem auxiliar os gerentes na tomada
de decisão. A utilização de softwares permite as organizações administrarem de forma mais
eficiente e eficaz os recursos que dispõem, tornando-se mais competitivas e assim se
mantendo no mercado.
Diante desse contexto, o presente trabalho tem o intuito de identificar os fatores que
influenciam na intensidade do uso dos softwares comerciais, por parte dos gerentes, nas lojas
do shopping Midway Mall. Com essa pesquisa poderão ser vistos os fatores que tem maior ou
menor influência na utilização das ferramentas oferecidas pelos softwares, e como base no
resultado poderão ser formuladas sugestões para utilização plena.
O presente está dividido em cinco capítulos. A princípio tem-se a parte introdutória,
caracterizando o ambiente de estudo onde a pesquisa foi realizada, a contextualização, o
problema da pesquisa, os objetivos geral e específicos, e a justificativa do estudo. Em seguida
parte-se para o referencial teórico, onde é descrita a revisão da literatura. No terceiro capítulo
apresenta-se a metodologia a ser utilizada no trabalho, descrevendo a caracterização da
pesquisa e a coleta e análise dos dados. No capítulo quatro são delineados os resultados
obtidos. No quinto são apresentadas as considerações finais. E, no final, são apresentadas as
referências utilizadas para embasar teoricamente a pesquisa e o apêndice.
13
1. PARTE INTRODUTÓRIA
1.1 - Caracterização do ambiente de estudo
Shopping center ou centro comercial é uma estrutura que contém estabelecimentos
comerciais como lojas, lanchonetes, restaurantes, salas de cinema, playground, parques de
diversões e estacionamento, caracterizado pelo seu fechamento em relação à cidade.
É um espaço planejado sob uma administração centralizada, composto de lojas
destinadas à exploração comercial e à prestação de serviços, sujeitas a normas contratuais
padronizadas, para manter o equilíbrio da oferta e da funcionalidade, procurando assegurar
convivência integrada.
Os locatários pagam um valor em conformidade com um percentual do faturamento
(5 a 9%) ou um valor mínimo básico estabelecido no contrato - o que for maior. O centro
comercial, na maior parte das vezes, cobra por muitos serviços, como o estacionamento.
Os shopping centers de média e grande dimensão funcionam como pequenas cidades,
possuindo uma estrutura governamental (administração) e seus serviços de polícia e
bombeiros (segurança), de limpeza, de abastecimento de água, de manutenção de
infraestruturas, etc.
O sistema de shoppings centers teve origem nos Estados Unidos há 60 anos, a partir
de uma idéia estratégia de viabilizar um macro ambiente de consumo, que fosse
extremamente agradável e confortável, sem os tradicionais problemas verificados nos demais
estabelecimentos comerciais. No Brasil, a trajetória dos shoppings centers começou na década
de 60 com a inauguração do shopping do Méier (1963) e do Shopping Iguatemi (1966).
Segundo informações disponibilizadas no site oficial do shopping, o Midway Mall é
um dos maiores shoppings centers da região Nordeste. Com uma área construída de 227 mil
metros quadrados, reúne 262 lojas, entre lojas âncoras e satélites, e estabelecimentos na praça
de alimentação, em uma área bruta locável de 67,3 mil metros quadrados. Possui três
pavimentos destinados a lojas e serviços diversos e outros seis pavimentos destinados ao
estacionamento coberto para 3.500 veículos.
A primeira fase foi inaugurada no dia 27 de abril de 2005, com a ocupação dos dois
primeiros pavimentos. O terceiro pavimento foi inaugurado em 27 de abril de 2009. Um
complemento do 3º. piso ainda está sendo preparado e irá oferecer ao público uma Área
14
Gourmet com restaurantes e um Teatro multi-funcional com capacidade para 1.400 lugares
sentados.
Em média, o shopping gera 6 mil postos de trabalho de empregos diretos. Estima-se
que o fluxo médio de veículos seja de 13 mil veículos por dia e um de público 65 mil pessoas
por dia. O shopping center Midway Mall conta com infra-estrutura típica dos grandes centros
de compras, destacando-se pela utilização de equipamentos de ponta: escadas rolantes,
elevadores panorâmicos, praça central e praças laterais com iluminação natural, painéis
decorativos, sistema de climatização e lindos jardins.
Localizado no mais importante cruzamento da cidade, formado pelas avenidas
Senador Salgado Filho e Bernardo Vieira, eixos estruturais da malha viária local, o Midway
Mall tem invejáveis condições de acessibilidade estando, no máximo, a 15 minutos dos
principais bairros da cidade e fazendo com que toda a cidade esteja no raio de sua área de
influência.
Para o cliente consumidor, esses fatores propiciam rapidez e melhores alternativas de
compras e lazer através de ambientes úteis e agradáveis, razão pela qual fazem parte do
shopping, além de lojas, praça de alimentação e prestação de serviços, espaço para exposições
culturais, salas de cinema, dentre outros. O lojista por sua vez tem a oportunidade de conduzir
seus negócios de forma rentável, desfrutando de um projeto inovador que já é um cartão
postal da cidade.
O funcionamento do Midway Mall é de responsabilidade da Administração. O
shopping em si é um grande investimento imobiliário. A administração funciona sobre forma
de condomínio, dentre suas atribuições estão à comercialização das lojas e a promoção de
marketing. Os serviços administrativos, operacionais, jurídicos, contábeis, de manutenção são
todos realizados pelo condomínio (Administração).
A administração também é responsável pelas docas (área de carga e descarga de
mercadorias), subestação elétrica de alta tensão, instalações centrais de ar condicionado,
sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário, sistema de gás canalizado,
segurança contra incêndio. Os serviços de limpeza, detetização, coleta de lixo, manutenção do
jardim e segurança são terceirizados.
As relações da Administração com os lojistas é regida por contrato. Os contratos são
renovados a cada 5 anos. Nesses contratos, existe uma cláusula que garante ao locador
(Midway) o direito de Auditar as lojas fazendo fiscalização do faturamento dos lojistas e de
todas as operações comerciais.
15
Outras normas adicionais ao contrato de locação permitem que a administração
interfira na utilização das lojas, para garantir um mix de lojas e amenizar a concorrência
desleal, e também em outros aspectos como: o de construção do imóvel, modificação do
projeto de construção, projetos e obras, todos devem ser aprovados pelo comitê técnico. Um
regulamento interno apresenta as regras que todos os lojistas devem cumprir, apresenta os
deveres, horários e obrigações sujeitos às multas se não forem cumpridos.
Aos lojistas cabe, zelar pela boa utilização da estrutura física, cumprir as normas do
shopping, atender seus clientes e comercializar seus produtos.
1.2 - Contextualização e Problema
O Século XX é considerado a Era da Informação. A partir de então, a informação
começou a fluir com velocidade maior que a dos corpos físicos. Desde a invenção do
telégrafo elétrico em 1837, passando pelos meios de comunicação de massa, e até mais
recentemente, o surgimento da grande rede de comunicação de dados que é a Internet, o ser
humano tem de conviver e lidar com um crescimento exponencial do volume de dados
disponíveis.
O domínio da informação disponível é uma fonte de poder, uma vez que permite
analisar fatores do passado, compreender o presente, e principalmente, antever o futuro.
Os sistemas de informação surgiram antes mesmo da informática. As primeiras
aplicações empresarias dos computadores realizavam tarefas repetitivas, de alto volume e de
computação de transações, ocorreram em meados da década de 1950.
Hoje qualquer computador tem uma variedade de programas que fazem diversas
tarefas. Eles podem ser classificados em duas grandes categorias:
a) Software de sistema que incluiu o firmware (O BIOS dos computadores
pessoais, por exemplo), drivers de dispositivos, o sistema operacional e tipicamente uma
interface gráfica que, em conjunto, permitem ao usuário interagir com o computador e seus
periféricos.
b) Software aplicativo, que permite ao usuário fazer uma ou mais tarefas
específicas. Aplicativos podem ter uma abrangência de uso de larga escala, muitas vezes em
âmbito mundial; nestes casos, os programas tendem a ser mais robustos e mais padronizados.
Programas escritos para um pequeno mercado têm um nível de padronização menor.
16
Ainda é possível usar a categoria Software embutido ou Software embarcado,
indicando software destinado a funcionar dentro de uma máquina que não é um computador
de uso geral e normalmente com um destino muito específico.
Atualmente tem-se um novo tipo de software. O software como serviço, que é um
tipo que roda diretamente na internet, não sendo necessário instalar nada no computador do
usuário. Geralmente esse tipo de software é gratuito e tem as mesmas funcionalidades das
versões desktop.
Para melhorar a eficácia, trabalhadores de todos os níveis, de todos os tipos de
empresas e de todas industrias estão fazendo uso de sistemas de informação. Em termos
corporativos, os tipos mais comuns de sistemas de informação são: de processamento de
transações e comércio eletrônico (E-commerce), de informações gerenciais, de suporte à
decisão e inteligência artificial. Juntos, esses sistemas apóiam os empregados das
organizações na realização de tarefas rotineiras e especiais.
As pessoas e as empresas reagem de maneira muito diferente diante da tecnologia.
Algumas ficam fascinadas e outras ficam perplexas; muitas se deslumbram ou são totalmente
descrentes. Há aquelas que aceitam as novas tecnologias sem maiores questionamentos e
outras que relutam em aceitá- las.
Levando-se em conta todas as informações do contexto apresentado chegou-se ao
seguinte problema: “Quais os fatores influenciadores na intensidade do uso dos softwares
comerciais, por parte dos gerentes, nas lojas do shopping Midway Mall?”.
1.3 - Objetivos da Pesquisa
a) Geral
Identificar os fatores influenciadores na intensidade do uso dos softwares comerciais,
por parte dos gerentes das lojas do shopping Midway Mall.
b) Específicos
Levantar o perfil dos gerentes e das lojas a serem estudadas;
17
Descrever características do sistema e da organização
Identificar as ferramentas oferecidas pelos softwares comerciais utilizados nas lojas do
Midway;
Identificar os fatores que influenciam na intensidade de utilização das ferramentas
oferecidas pelos softwares comerciais;
Propor sugestões de utilização plena das ferramentas oferecidas pelos softwares
comerciais utilizados;
Relacionar o uso do sistema com o nível de escolaridade.
1.4 - Justificativa
O uso de sistemas de informação pode ajudar uma organização a tornar se mais
eficiente e eficaz, agregando valor ao seu negócio, promovendo mudanças na estratégia e na
direção e fazendo com que a empresa torne-se mais competitiva. Mas, para que isso ocorra é
necessário que os usuários desses sistemas conheçam as ferramentas que dispõem e a utilizem
de forma plena, extraindo o máximo de proveito.
A proposta de pesquisar os fatores influenciadores do uso dos softwares comerciais é
justificada como importante, tendo em vista que o uso pleno das ferramentas oferecidas pelos
softwares permite redução de trabalho, melhoria na qualidade dos serviços, agilidade nos
processos, melhoria na qualidade de atendimento ao cliente, maior controle das atividades
dentre outras vantagens.
A motivação para realização desta, deve-se a observação empírica possibilitada pela
realização de estágio no setor de Auditoria do shopping Midway Mall. O referido estágio
permite ao aluno vivenciar a rotina das lojas auditadas por determinado período.
A vivência na loja propicia condições favoráveis para realização da pesquisa, pois
facilita o acesso às informações, a aplicação de questionários bem como a colaboração dos
gerentes.
O baixo custo e a disponibilidade de bibliografia também contribuem para a
viabilidade do projeto. As despesas para realização da pesquisa serão apenas com cópias do
questionário. Existe uma grande variedade de livros, artigos de jornais e revistas, trabalhos
acadêmicos sobre sistemas de informação.
18
Espera-se a partir do resultado da pesquisa, propor aos pesquisados sugestões de
utilização plena das ferramentas dos softwares que dispõem. E, também contribuir com
material teórico, que possibilite a acadêmicos e ao mundo cientifico informações adicionais
para o estudo do uso de sistemas de informações.
19
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Visão geral da Tecnologia da Informação
O relacionamento das organizações com seu ambiente se dá através da troca de
informações. Freitas e Lesca (1992, p. 97), afirma que “a informação é o processo pelo qual a
empresa se informa sobre ela mesma e sobre seu ambiente, além de passar informações dela
ao ambiente”.
Até recentemente, a informação por si só não era considerada um recurso importante
para uma firma. O processo de administração era considerado uma arte pessoal, cara a cara, e
não um extenso processo de coordenação global.
Hoje em dia, é amplamente notório que a compreensão dos sistemas de informação é
essencial para os gerentes porque a maioria das organizações necessita de sistema de
informação para sobreviver e prosperar. (LAUDON; LAUDON, 2001, p.2)
Um sistema de informação fornece informações a gerentes (de nível médio) nas áreas
funcionais, afim de apoiar tarefas administrativas de planejamento, organização e controle de
operações.
O’Brien (2001, p. 17) conceitua Sistema de Informação (SI) como “um grupo de
componentes inter-relacionados que trabalham juntos rumo a uma meta comum recebendo
insumos e produzindo resultados em um processo organizado de
transformação”.Tecnicamente, SI pode ser definido como: conjunto de componentes inter-
relacionados que coleta (ou recupera) processa, armazena e distribui informações para dá
suporte à tomada de decisão e ao controle da organização.
Os sistemas de informação transformam os dados brutos em informação útil através
de três atividades: entrada, processamento e saída. A entrada captura ou coleta dados brutos
de dentro da organização ou de seu ambiente externo. O processamento converte essa entrada
de dados brutos em uma forma mais significativa. A saída transfere a informação processada
às pessoas ou atividade onde ela será usada.
A tecnologia da informação nasceu como o uso dos computadores nas empresas. Os
sistemas de informação computadorizados se baseiam em hardware e software para processar
e difundir informações.
20
O hardware é o equipamento para armazenagem ou processamento da informação. O
Software, ou programa, é o conjunto de instruções operacionais que dirigem e controlam o
processamento do computador.
Para LAUDON e LAUDON (2001, p. 52),
“Os sistemas de informação e as organizações têm uma mutua influência entre si. Por um lado, os sistemas de informação precisam estar alinhados com a organização para fornecer informação necessária aos importantes grupos dentro da organização. Ao mesmo tempo a organização precisa estar ciente e aberta às influências dos sistemas de informação para se beneficiar de novas tecnologias.”
2.2 Software
Um hardware sem software não tem utilidade. A função principal do software é
direcionar os trabalhos do hardware.Tudo que um computador faz é instruído a partir de
programas. Um programa (software) é uma sequência de instruções específicas que
descrevem uma tarefa a ser realizada por um computador, na manipulação, redirecionamento
ou modificação de dados, de maneira lógica.
Existem dois tipos principais de software: software aplicativo e software básico. O
software aplicativo é um conjunto de instruções de computador escritas em linguagem de
programação. As instruções orientam o hardware na execução de atividades específicas de
processamento de dados ou informação que proporcionem funcionalidade ao usuário.
O software básico age basicamente como intermediário entre o hardware e os
programas de aplicativos, e os usuários mais avançados também podem manipulá-lo
diretamente.
A Figura 1 mostra que o software básico é necessariamente um intermediário entre o
hardware e o software de aplicativo; o software de aplicativo não consegue rodar sem o
software básico.
Figura 1 - O software básico é um intermediário entre o hardware e as aplicações funcionais Fonte: Guia de tecnologia 2, 2007.
Hardware
Software Básico
Software
21
Nos anos 50, o hardware era mais caro e raro, mas com os avanços na tecnologia de
hardware os custos diminuíram significativamente, em contra partida os softwares tornaram-
se mais caro, pois estão mais complexos e demoram mais tempo para serem desenvolvidos e a
demanda por programadores excede a oferta.
Ao contrário do hardware, que pode ser projetado e fabricado por linhas de
montagem automatizadas, o software precisa ser programado à mão. De uma maneira geral,
pode-se dizer que a potência do hardware duplica a cada 18 meses, mas a do software duplica
somente a cada oito anos. Essa diferença representa um grande desafio para os
desenvolvedores de software e para os usuários de sistemas de informação em geral.
2.3 Modelo de Relacionamento Cíclico
O modelo de Relacionamento cíclico (ver figura 2), desenvolvido por Tadeu Cruz
(2002), estuda o comportamento de qualquer empresa, decompondo-a em três elementos:
Pessoas;
Processos;
Tecnologia da Informação.
Baseando-se no Modelo de Relacionamento cíclico é possível explicar como se dá o
relacionamento da tecnologia da informação com os outros elementos existentes em qualquer
organização.
Figura 2 – Modelo de Relacionamento Cíclico Fonte: CRUZ,2002.
22
Para CRUZ (2002), o modelo de Relacionamento cíclico funciona da seguinte forma:
as pessoas aprendem a usar a tecnologia de informação com a finalidade de executar a
atividade que estiver sobre sua responsabilidade. Os fatores influenciadores e os fatores
determinantes são as causas que precisam ser descobertas e analisadas, pois podem atingir os
três elementos de forma positiva algumas vezes e de forma negativa outras.
O relacionamento das pessoas com a tecnologia da informação reforça e possibilita a
recriação de projetos de produtos e processos, e aprofunda o conhecimento sobre o conteúdo
de suas atividades, realizando-as com qualidade.
Absorver novas tecnologias significa aceitar possibilidades de mudanças, que
influenciarão a criação de processos mais avançados, econômicos e que atendem as
necessidades de demanda.
As tecnologias de informação têm aplicações muito amplas e na maioria das vezes
desconhecemos sua real potencialidade e limitamos seu uso, correndo o risco de tornar o
processo não competitivo, se comparado às organizações cujo pessoal tenha percebido
utilidades, que possam trazer um diferencial de resultado mercadológico e econômico.
Segundo CRUZ (2003, p. 27) “tecnologia só é boa se for útil, se tiver utilidade para
pessoas. Esse carácter utilitário aparece à medida que as pessoas aceitam a tecnologia e
passam a utilizá-la.”
2.4 Modelo Conceitual
Para realização da pesquisa sugere-se a utilização de um modelo conceitual (ver
figura 3) formulado com base no modelo de implementação apresentado por LUCAS JR.
(2006, p. 127).
QUADRO 1 - Variáveis escolhidas para estudo na pesquisa
VARIÁVEIS
INDEPENDENTES
VARIÁVEL
DEPENDENTE
Características do sistema
Características do usuário
Características da organização
USO DOS SOFTWARES
Fonte: Adaptado de LUCAS JR. (2006).
23
Figura 3 – Modelo conceitual Fonte: Adaptado de LUCAS JR. (2006).
A elaboração do modelo tem o intuito de delimitar as variáveis independentes que
influenciam no uso de softwares.
O modelo sugere que o uso é influenciado pelas características do sistema, do usuário
e da organização. E, também que um determinante relevante do uso, é o interesse pessoal do
usuário nos problemas abordados pelo sistema.
O interesse pessoal é um indicador de quão importante o domínio do sistema é para
um individuo.
As características do sistema se referem à usabilidade do mesmo. As características
do usuário estão relacionadas a idade, gênero, escolaridade, faixa salarial, conhecimento em
informática, e atitude. As características da organização estão associadas ao ramo de
atividade, porte e política organizacional.
2.5 Pontos relevantes para abordagem proposta
2.5.1 Adoção de TI
Existe uma diversidade de modelos teóricos para explicar a adoção da Tecnologia da
informação, tanto no nível individual quanto organizacional. Molla e Licker, (2005 apud
SANTOS, 2007, p. 1) apontam quatro perspectivas teóricas dominantes: gerencial;
organizacional; tecnológica e ambiental.
Características do sistema
USO
Características do usuário
Características da organização
Interesse pessoal do
usuário
24
Dentro dos limites de cada pressuposto, essas principais correntes teóricas são úteis
para explicar a adoção de TI. Mas, como o processo de adoção de TI é, em sua maioria,
complexo, esse precisa ser estudado dentro de uma perspectiva interacionista, combinando
diferentes lentes teóricas.
De acordo SANTOS (2007), a adoção de TI vista como um processo é apresentado
por Cooper e Zmud (1990, apud SANTOS, 2007, p.5) em um modelo de seis fases: iniciação,
adoção, adaptação, aceitação, rotinização e infusão.
Também, segundo SANTOS (2007), a grande maioria das principais teorias destina-
se somente à análise do individuo, não sendo apropriada para análise de uso em grupos e
organizações. A Teoria da Difusão da Inovação, Modelo “tri-core” de inovação de SI, Modelo
de Difusão e Infusão, Teoria Ator-Rede e Teoria Institucional são exemplos de algumas
exceções. Entre estas, a mais difundida e utilizada nos estudos de Sistemas de Informação é a
Teoria da Difusão da Inovação, demonstrando ser válida e adequada para explicar a adoção de
TI pelas organizações.
A Teoria da Difusão da Inovação considera que quando uma nova idéia surge, ela é
comunicada ao longo do tempo entre os integrantes de um sistema social, os quais reagem de
forma a adotar ou não esta inovação. O processo de comunicação da inovação é geralmente
denominado de difusão, enquanto que o a reação dos indivíduos à inovação pode ser
compreendida como sendo como o comportamento de adoção. Assim, a adoção não acontece
no vazio e está associada ao processo de difusão.
2.5.2 Dificuldades de uso de TI
Segundo SANTOS Jr.; FREITAS; e LUCIANO (2005), para que uma empresa faça
amplo (e bom) uso das tecnologias da informação, precisa haver orientação/estímulo, vontade
política, determinação/liderança, comprometimento, compartilhamento de visões,
planejamento, capacidade de assimilar inovações e consciência por parte de toda a
organização, notadamente da alta administração.
A intensidade de uso e o tipo de TI dependem do setor ou do ramo de atividade das
organizações (indústria, comércio ou serviço) e do grau de competitividade/turbulência do
setor.
25
Para Tapscott (1997, apud SANTOS Jr.; FREITAS; e LUCIANO, 2005, p.8), a
adoção de TI possibilita às pessoas fazer mais em menor espaço de tempo, de modo que a
eficiência resulte em economia de tempo que, por sua vez, pode ser reinvestida na eficácia
pessoal.
No entanto, pode haver resistência interna à mudanças, já que diferentes habilidades
tornam-se relevantes na qualificação (ou não) dos indivíduos para as tarefas, levando a um
desequilíbrio na estrutura social existente.
Uma vez que a adoção de TI impacta sobre os indivíduos e sobre os processos
organizacionais, há que se considerar a cultura da empresa. A manifestação maior ou menor
de cada um dos aspectos da cultura implica no grau de aceitação/resistência dos indivíduos e,
conseqüentemente, da organização, à mudança.
Outro ponto a ser considerado, é a disponibilização dos recursos físicos necessários.
Apesar de o custo da TI ser cada vez menor – em função de sua universalização e conseqüente
ganho de escala – e da crescente conscientização de que a TI pode proporcionar redução nos
custos nas organizações, os recursos financeiros necessários para aquisição (ou mudança) da
TI podem impactar significativamente, dependendo do sistema a ser utilizado.
A principal responsabilidade das pessoas de uma organização no exercício de suas
funções é a (antecipação e) solução de problemas e a tomada de decisão (Freitas et al. 2000,
apud SANTOS Jr.; FREITAS; e LUCIANO, 2005, p.9). Nesse sentido, a informação ajuda na
análise, planejamento, implementação e controle, ou seja, contribui para a melhoria do
processo de decisão.
Assim, conforme Martens (2001, apud SANTOS Jr.; FREITAS; e LUCIANO, 2005,
p.9) para a efetiva gestão da TI, é fundamental que seja feita a análise dos custos, dos
benefícios mensuráveis e não- mensuráveis, dos resultados esperados, da realidade
econômica, financeira e político-social da empresa, além de questões sociopolíticas que
podem aflorar decorrentes do impacto da TI implantada.
2.5.3 Usabilidade em Sistema de Informação
A norma de qualidade ISO/IEC 9126 usa o termo usabilidade desde 1991 para
descrever “o esforço necessário para utilizar o software e para o julgamento individual deste
uso por determinado conjunto de usuários” (WINCKLER, 1999, p.14)
26
A aceitação de software está diretamente relacionada à satisfação do usuário durante
a utilização do mesmo. Dessa forma, a interface com o usuário é parte fundamental dos
sistemas de informação. Para Ferreira e Leite (2003, p.115) por ser a parte visível do software,
por meio da qual os usuários se comunicam com os sistemas para executarem suas tarefas, é
preciso que ela seja amigável, ou seja, de fácil utilização e que atenda as expectativas e
necessidades de seus usuários.
Um sistema orientado para a usabilidade possui uma interface que deve ser usada
para se executar uma tarefa sem chamar nenhuma atenção para si, de modo a permitir que os
usuários não precisem focalizar a sua energia na interface em si, mas apenas no trabalho que
eles desejam executar (Norman, 1986, apud FERREIRA E LEITE, 2003, p. 117).
De acordo com Yed (1984, apud FERREIRA E LEITE, 2003, p.117) a construção
de sistemas que levam em consideração aspectos relacionados às características dos usuários e
à qualidade do software, é um processo difícil. As razões dessa dificuldade são diversas, mas
a pouca atenção dada à definição de requisitos, primeiro passo no desenvolvimento de um
software, pode ser considerada como sendo uma das principais. Por ser a etapa inicial, ela
possui forte impacto na qualidade do desenvolvimento em si e do produto final, ou na falta
dela.
Ferreira e Leite (2003) afirmam que os requisitos não funcionais, entre eles os de
interfaces, dizem respeito à qualidade do sistema, descrevem as suas facilidades e são
diretamente ligados a aspectos negligenciados da Engenharia de Software, que são os fatores
humanos. A desconsideração desses fatores na definição de requisitos, conforme Yeh (1984,
apud FERREIRA E LEITE, 2003) e Chug (1995, apud FERREIRA E LEITE, 2003) constitui
uma das principais razões da insatisfação do usuário com relação a um produto.
Segundo Pressman (1992, apud Ferreira e Leite 2003) agrupa os requisitos não
funcionais desejáveis em uma boa interface em duas categorias: requisitos relacionados à
exibição de informação e à entrada de dados.
. Requisitos Relacionados à Exibição da Informação: . Consistência; . Feedback; . Níveis de habilidade e comportamento humano; . Percepção humana; . Metáforas; . Minimização de carga de memória; . Classificação funcional dos comandos; . Projeto independente da resolução do monitor.
27
. Requisitos Relacionados à Entrada de Dados: . Mecanismos de ajuda; . Prevenção de erros; . Tratamento de erros.
Winckler (1999) afirma que alguns autores associam a usabilidade aos princípios: a)
facilidade de aprendizado; b) facilidade de lembrar como realizar uma tarefa após algum
tempo; c) rapidez no desenvolvimento de tarefas; d) baixa taxa de erros; e) satisfação
subjetiva do usuário. A usabilidade também pode ser entendida como qualidade de uso da
interface. Embora as definições para o termo variem conforme o autor pode-se entender a
usabilidade como um conjunto de métricas ou características com as quais é possível medir a
qualidade da interação do usuário com a interface.
Também segundo o mesmo autor (1999, p. 12) quando a usabilidade no software é
alcançada ela pode ser medida em aspectos tais, como: psicológicos (satisfação dos usuários
durante a utilização do sistema), gerenciais (ganho de produtividade) e econômicos (menor
custo de treinamento dos usuários).
Segundo Nielsen (1993, apud WINCKLER,1999, p. 30), conhecer os usuários
compreende identificar suas diferenças individuais, suas tarefas atuais, desenvolver uma
análise funcional das tarefas e considerar a evolução dos usuários. Características como
experiência de trabalho, nível de instrução, idade, experiência com computadores, auxiliam na
definição da complexidade da interface para os usuários. Algumas como idade e sexo são
fáceis de serem observados enquanto outras como a memória espacial, habilidade de
raciocínio e estilos de aprendizado não são tão óbvias.
Entretanto, conhecer o usuário é uma atividade complexa. Por duas razões: primeiro,
porque envolve a compreensão de características inerentes ao ser humano como o
funcionamento da memória, o processo cognitivo e limitações físicas de percepção do
ambiente. E, segundo, porque requer a compreensão das diferenças entres os indivíduos como
personalidade, aspectos culturais, lingüísticos e grau de conhecimento, entre outros.
A atividade de conhecer o usuário pode levar à descoberta de características que se
repetem dentro da população de indivíduos, identificando assim padrões de comportamento
ou perfis. Com base no estudo destes perfis é possível desenvolver modelos de usuários para
compreender as diferenças individuais. Modelos sobre perfis dos usuários ajudam a
compreender as diferenças individuais e são peças-chave para a personalização. Devido à
28
complexidade de representação das características do ser humano existem inúmeros perfis,
que refletem características diferentes dos usuários. (WINCKLER, 1999, p. 33).
Em sua tese, Winckler (1999) apresenta os tipos psicológicos dos usuários, o modelo
é baseado nas teorias de Carl Jung (1875-1961), segundo o qual, as pessoas expressam suas
preferências por alguns comportamentos mais do que por outros e podem ser classificadas em
tipos psicológicos por suas preferências, características individuais, hábitos e iniciativas.
Pela classificação de Jung, existem 16 tipos psicológicos representados pela
combinação de 4 pares opostos. Winckler ressalta que esta classificação é utilizada para
descrever características individuais de personalidade em função de padrões de
comportamento, mas de fato não existem duas pessoas com a mesma personalidade.
Também apresenta o modelo de grau de experiência dos usuários. O grau de
experiência é um modelo de usuário bastante difundido, que representa a experiência em
relação a três dimensões: a) sistema e interface; b) uso de computadores em geral; e c)
domínio da tarefa. Este é um modelo evolucionário que acompanha o aprendizado do usuário
e que, independente do estágio ou grau de experiência em que se encontre, todo usuário já foi
algum dia - em maior ou menor grau - um novato.
A experiência no domínio de conhecimento do sistema também conta. Com usuários
especialistas, pode-se utilizar terminologia especializada e maior densidade de informações na
tela. Contudo, a velocidade de aprendizado é uma característica individual que também se
modifica entre os usuários e que, com o passar do tempo, diminui as diferenças entre eles.
E, o modelo de canal de comunicação, baseado no trabalho de Orth (1993) que
propõe técnicas oriundas da Programação Neurolingüística (PNL) para personalizar a
interface.
Conforme, Winckler a PNL enfatiza que todo o aprendizado humano está baseado
em experiências realizadas através dos sentidos: visão, audição e cinestesia (tato, olfato e
paladar), e que as diferenças individuais correspondem ao canal preferencial de comunicação
de cada indivíduo.
Dessa forma, pode-se utilizar o mesmo canal de comunicação preferencial do
interlocutor para estabelecer um contato mais cordial. A identificação pode ser feita através da
observação dos tipos de palavras processuais (verbos, advérbios e adjetivos), que a pessoa
emprega para descrever sua experiência.
29
3. METODOLOGIA
3.1 – Caracterização da pesquisa
Esta pesquisa pode ser definida como exploratória descritiva. A pesquisa, segundo
Tripodi (1981, p. 32) é do tipo exploratória descritiva, tendo em vista que pretende verificar
quais são as variáveis que influenciam no uso de softwares comercias, segundo adaptação do
modelo de implementação de sistemas (LUCAS JR, 2006, p.127). A abordagem ao problema
de pesquisa é do tipo quantitativa.
3.2 – População e amostra
O universo dessa pesquisa foram as lojas do Shopping Midway Mall. A população
interna compreendeu os gerentes das 262 lojas do Shopping Midway Mall.
Entretanto, devido a grande quantidade de lojas e gerentes, não foi possível trabalhar
com todos, sendo assim, optou-se por selecionar uma amostra da população.
A amostra é não probabilística, por conveniência. A amostra selecionada
correspondeu a 15% da população o que equivaleu a 41 estabelecimentos comerciais.
3.3 – Dados e instrumentos da coleta
Os dados primários foram obtidos pelo próprio pesquisador através de questionários.
O questionário foi elaborado com base nas variáveis associadas com estudos de
implementação (LUCAS JR, 2006, p.127) e, em ampla revisão da literatura sobre os fatores
que contribuam na intensidade do uso de sistemas de informação.
Para coleta dos dados foram aplicados 41 questionários a amostra populacional. O
instrumento de coleta foi aplicado aos gerentes das lojas do Midway Mall, em outubro, do
corrente ano.
30
3.4 – Tratamento estatístico e forma de análise
Após a coleta dos dados, os resultados obtidos foram transferidos para o programa
Excel para o tratamento estatístico dos dados. O tratamento estatístico teve por objetivos a
obtenção dos percentuais e verificar a existência ou não de relações de dependência entre
algumas das variáveis em estudo.
A análise dos resultados foi realizada de forma quantitativa e os mesmos foram
apresentados graficamente.
3.5 – Estudo piloto
Após a elaboração da primeira versão do questionário, realizou-se uma verificação
do questionário elaborado observando se as perguntas e os conteúdos estavam abordados
corretamente.
Aplicou-se um pré-teste com 10 pessoas, para que estas avaliassem o instrumento de
pesquisa quanto a sua forma redacional: ao conteúdo, a estrutura e a linguagem; e também
apresentação visual.
O teste piloto foi avaliado por alunas do mestrado, graduandos, professores e
gerentes. O resultado foi utilizado para aperfeiçoar o questionário. Foram realizadas
alterações na estrutural redacional de algumas questões e melhoramento na disposição visual
do questionário conforme sugerido.
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS
Os resultados abaixo apresentados foram obtidos após tabulação dos dados coletados
por meio de questionário. A pesquisa foi realizada entre o dia 15 e 30 do mês de outubro do
corrente ano, aplicou-se 41 questionários estruturados com 19 perguntas. O público-alvo
foram os gerentes de loja do Shopping Midway Mall.
31
Para a análise estabeleceu-se as relações entre os dados obtidos, o problema de
pesquisa e a teoria, bem como se utilizou o apoio de recursos como: tabelas e gráficos
elaborados na tabulação.
Procurou-se apresentar os resultados agrupados em blocos como as questões estavam
dispostas no questionário, sendo: 1) perfil do gerente; 2) características da organização 3)
características do software utilizado.
4.1. Apresentação dos resultados relacionados ao perfil dos gerentes
Dos 41 respondentes, 27 (65,85%) eram do sexo feminino e 14 do masculino
(34,15%) (ver Gráfico 1). Entre eles 12(29,27%) eram gerentes de lojas locais; 12 (29,27%)
de lojas direto da empresa e; 17 (41,46%) de franquias.
A média salarial de 58,54% dos gerentes era em torno de 3 a 5 salários mininos
(considerou-se o salário minino na base de R$510,00 reais), a média não diferi entre os sexos.
Gráfico 1: Distribuição percentual dos respondentes por sexo Fonte: Dados da pesquisa O gráfico 2 apresenta a distribuição dos respondentes por faixa etária. Observa-se
que a maioria (43,90%) tem idade entre 28 e 34 anos, mas, entre o sexo masculino a maior
parte (42,85%) tem entre 22-28 anos, entre o sexo feminino a faixa etária predominante é
entre 28 e 34 anos, conforme predominância geral.
32
Gráfico 2: Distribuição percentual dos respondentes por faixa etária Fonte: Dados da pesquisa
Quanto ao estado civil, pode-se observar, no geral, um certo equilíbrio entre o
percentual de solteiros (53,65%) e casados (46,35%). Mas, entre o sexo masculino a grande
maioria (71,43%) é de solteiros. Entre o sexo feminino não há significativo percentual de
diferença, 44,44% estão solteiras e 55,55% estão casadas.
No gráfico 3, os respondentes estão distribuídos por nível de escolaridade. Percebe-
se que um percentual significativo possui bom nível de escolaridade. 34,15% possui ensino
superior incompleto, 14,63% ensino superior completo e 9,76% possui pós-graduação.
Gráfico 3: Distribuição percentual dos respondentes por escolaridade Fonte: Dados da pesquisa
33
Quando questionados sobre o conhecimento em informática (Windows, Word,
Excel) , 43,90% dos gerentes responderam que tem conhecimento intermediário. Apenas
17,08% responderam possui conhecimento avançado.
Em relação ao grau de relevância atribuida ao uso de sistemas de informação
gerencial, a maioria (85,36%) dos respondentes assinalou entre relevante e totalmente
relevante. E 2,44% respondam pouco relevante. Sobre o grau de utilidade, 68,29% considera
o uso de softwares é muito útil do desempenho das tarefas gerenciais.
A percepção da utilidade dos computadores é diretamente influenciada pelo prazer
em usá-los e pela percepção de que eles são fáceis de ser usados. A influência da resistência
ao uso de computadores sobre a percepção de sua utilidade acontece apenas indiretamente,
como influência negativa da resistência sobre a facilidade de uso.(DIAS, 2000, p.62).
Dos respondentes, 26,83% não possui “nem pouco nem muito” interesse em
desenvolver habilidades sobre o uso de sistemas de informações gerenciais. Entretanto,
65,85% tem muito interesse. Esse significativo percentual é reflexo do grau de relevância
atribuido ao uso e também do grau de utilidade percebido no desempenho das tarefas
gerencias.
Na associação do nível de escolaridade com o grau de relevância atribuído ao uso de
sistemas de informações gerenciais (ver tabela 1), constatou-se que não existe relação
estatística significativa entre essas variáveis. O percentual de respostas entre as alternativas
relevante e totalmente relevante totaliza a maioria da respostas em todos os níveis de
escolaridade.
Tabela 1 – Valores absolutos e percentuais de respostas e resultado da análise bidimensional da variável “relevância do uso de sistema” e escolaridade.
Escolaridade Pouco
relevante Neutro Relevante Totalmente
relevante Total
Ens. Méd. Incompleto 0 (0,00) 0 (0,00) 1 (2,44) 0 (0,00) 1 (2,44) Ens. Méd. Completo 0 (0,00) 3 (7,38) 10 (24,39) 3 (7,38) 16 (39,02) Ens. Sup. Incompleto 1 (2,44) 1 (2,44) 7 (17,07) 5 (12,20) 14 (34,15) Ens. Sup. Completo 0 (0,00) 1 (2,44) 1 (2,44) 4 (9,75) 6 (14,63) Pós-graduação 0 (0,00) 0 (0,00) 2 (4,88) 2 (4,88) 4 (9,75) Qui-quadrado= 9,37 Nível descritivo= 0,43 Fonte: Dados da pesquisa
Também não foram encontradas relações significativas entre a faixa etária dos
gerentes entrevistados com o nível de conhecimento em informática, conforme se observa na
tabela 2 e no gráfico 4.
34
Tabela 2 – Valores absolutos e percentuais de respostas e resultado da análise bidimensional da variável “Conhecimento em informática” e idade.
Idade Básico Intermediário Avançado Total
22-28 5(12,19) 6(14,63) 1(2,44) 12 (29,27)
28-34 8(19,51) 8(19,51) 4(9,75) 20 (48,78)
34-40 1(2,44) 2 (4,88) 2 (4,88) 5 (12,19)
40-46 1(2,44) 2(4,88) 0(0,00) 3 (7,32)
46-52 1(2,44) 0(0,00) 0(0,00) 1 (2,44) Qui-quadrado= 5,31 Nível descritivo= 0, 34 Fonte: Dados da pesquisa
Gráfico 4: Distribuição dos respondentes por faixa etária versus conhecimento em informática. Fonte: Dados da pesquisa Para Boynton, Zmud e Jacobs (1994, apud CHIEOCHAN O., D. LINDLEY E
DUNN T., p. 8) o conhecimento da tecnologia da informação por parte dos gerentes é um
fator dominante para explicar o nível de tecnologia da informação utilização nas
organizações. Da mesma forma Cragg, & King (1993, apud CHIEOCHAN O., D. LINDLEY
E DUNN T., 2000, p. 8) observa que a falta de conhecimento dos proprietários é mais forte
fator de inibição
4.2. Resultados referentes as características da Organização
Quanto ao porte da empresa, 46,34% das empresas cujos gerentes responderam a
pesquisa, são de grande porte. 34,15% de médio porte, 12,20 de pequeno. E, 7,32% são
multinacionais.
Conforme Thong e Yap (1995, apud CHIEOCHAN O., D. LINDLEY E DUNN T.,
2000, p. 8) o tamanho do negócio é uma variável importante na determinação do uso de
tecnologia da informação.
35
A tabela 3, mostra os valores absolutos e os percentuais da avaliação sobre a cultura
organizacional das empresas. Segundo Burn, Davison & Jordan (1997, apud CHIEOCHAN
O., D. LINDLEY E DUNN T., 2000, p. 8), Straub (1994, apud CHIEOCHAN O., D.
LINDLEY E DUNN T., 2000, p. 8) a cultura organizacional é fator significativo para a
adoção de tecnologia de informação e a utilização.
Tabela 3 – Valores absolutos e percentuais de respostas da avaliação sobre
cultura organizacional
Cultura 1 2 3 4 5 Não Avaliou
Centralizada 2(4,88) 1(2,44) 9(21,95) 10(24,39) 15(36,58) 4 (9,76)
Descentralizada 12(29,27) 10(24,39) 7(17,07) 4 (9,76) 0 (0) 8(19,51)
Burocrática 3(7,32) 5(12,20) 9(21,95) 12(29,27) 6(14,63) 6(14,63)
Desburocratizada 12(29,27) 6(14,63) 11(26,83) 3(7,32) 2(4,88) 7(17,07)
Formal 2(4,88) 5(12,20) 15(36,58) 7(17,07) 6(14,63) 6(14,63)
Informal 8(19,51) 6(14,63) 11(26,83) 5(12,20) 3(7,32) 8(19,51)
Inovadora 1(2,44) 2(4,88) 8(19,51) 11(26,83) 13(31,70) 6(14,63)
Conservadora 11(26,83) 8(19,51) 3(7,32) 7(17,07) 5(12,20) 7(17,07)
Controlistica 5(12,20) 5(12,20) 10(24,39) 10(24,39) 4 (9,76) 7(17,07)
Flexível 1(2,44) 3(7,32) 14(34,15) 6(14,63) 12(29,27) 5(12,20) Legenda: 1 - Discordo totalmente 2 - Discordo parcialmente 3 - Indiferente (nem discordo nem concordo) 4 - Concordo parcialmente 5 - Concordo totalmente Fonte: Dados da pesquisa
Observa-se, com base na tabela 3 que há uma predominância de organizações
avaliadas como centralizadas, burocráticas, formais, inovadoras e flexíveis.
Sobre a exigência da utilização do sistema para realização das atividades gerenciais
70,73% dos respondentes assinalaram positivamente. Mas, apenas 29,27% afirmaram haver
política de incentivo ao uso.
Apesar disso 53,66% dos gerentes, afirmaram que a disposição da empresa em
oferece treinamento, cursos para capacitar os funcionários a usar o sistema. Os cursos
ocorrem com periodicidade anual (22,37%), semestral (22,73%) ou eventualmente (27,27%).
Associando a disposição da empresa em oferecer treinamento com o interesse dos
gerentes em desenvolver habilidades em sistema de informação, percebeu-se que não
significativa relação estatística entre essas variáveis.
36
Tabela 4 – Valores absolutos e percentuais de respostas e resultado da análise bidimensional da variável “Interesse em SI”
Disposição da Empresa
Nenhum Pouco Nem pouco nem
muito Interessado Muito Total
Sim 0 (0,00) 0 (0,00) 4 (9,75) 1 (2,44) 1 (2,44) 23(56,10)
Não 0 (0,00) 0(0,00) 7 (17,07) 2(4,88) 9 (21,95) 18(39,02)
Qui-quadrado= 3,58 Nível descritivo= 0, 28 Fonte: Dados da pesquisa
Gráfico 5: Distribuição dos respondentes por grau de interesse em sistema de informação versus disposição da empresa em oferecer treinamento.
Fonte: Dados da pesquisa Yap (1986, apud CHIEOCHAN O., D. LINDLEY E DUNN T., 2000, p. 3) explica
que é difícil estabelecer a verdadeira relação entre a informação tecnologia e organizações.
Porque os fatores organizacionais podem determinar o uso da tecnologia da informação ou a
utilização tecnologia da informação pode influenciar a organização, ou alguma combinação
de ambos.
Uma possibilidade de abordagem é observar as características organizacionais, que
afetam o uso da tecnologia da informação a fim de compreender por que algumas
organizações investem fortemente na informação tecnologia, enquanto outros gastam
relativamente pouco.
37
4.3. Resultados relativos ao software utilizado
De acordo com estudo realizado por Donaldo Dias (2000, p.62), sobre os fatores
motivadores e de resistência ao uso de Tecnologia da Informação, os gerentes enfatizam que
“os sistemas de informação devem estar alinhados com o negócio da organização, devem ser
amigáveis, fáceis de acessar, usar uma tecnologia atualizada e serem desenvolvidos com a
participação dos usuários. Os sistemas devem, ainda, atender completamente às necessidades
dos usuários, os quais devem ter amplo conhecimento e adequado treinamento sobre eles.”
Pelos dados obtidos na pesquisa, 65,85% dos respondentes utilizam software em suas
atividades gerencias. Somente 34,15% dos gerentes não responderam e/ou não utilizam.
Quanto ao nome dos softwares utilizados foram citados 17 nomes diferentes, apresentados na
tabela 5. As empresas citadas como fornecedoras são apresentadas na Tabela 6.
Tabela 5 – Valores absolutos e percentuais de respostas dos softwares citados
Software utilizado Nº citações % Linx 5 12,20
RBO 1 2,44
Ecrm 1 2,44
SIS 2 4,88
Degust 1 2,44
Windows 3 7,32
VAN 1 2,44
NatalSoft 2 4,88
Pegasus 3 7,32
Gestor 1 2,44
Dgcom 1 2,44
Inteq 1 2,44
Única informatica 1 2,44
Microsiga 1 2,44
GAL 1 2,44
SIP 1 2,44
Protheus 1 2,44
Não possui/ Não Informou 14 34,15 Fonte: Dados de pesquisa
38
Tabela 6 – Valores absolutos e percentuais de respostas das empresas fornecedoras
Empresa Fornecedora Nº citações %
Linx 1 2,44 Adidas 1 2,44 Saraiva 1 2,44 Consist 1 2,44 NI 1 2,44 NTK 1 2,44 Inoados tecnologia 1 2,44 Próprio da franquia 2 4,88 Natalsoft 5 12,20 RM informatica 1 2,44 UNUM 1 2,44 Única informatica 1 2,44 Concinco 1 2,44 Expert´s 1 2,44 Uzy 1 2,44 Totis 1 2,44 Quadrant 1 2,44 Polimort 1 2,44 Não sabe/Não informou 18 43,90
Fonte: Dados da pesquisa
Sobre o tipo de software 75,61% respondeu que é do tipo proprietário- licença de uso
paga. 19,51% não responderam e 4,88% responderam que o software utilizado é do tipo livre
– licença de uso gratuita.
Mas, observando os softwares citados constata-se que esses percentuais não
correspondem à realidade. Um percentual maior de empresas faz uso de softwares do tipo
livre. Esses dados revelam que os respondentes da pesquisa não distinguem ou desconhecem
o tipo de software que utilizam.
A tabela 7 mostra a avaliação dos itens em relação ao software utilizado. Nota-se um
concentração de afirmações entre as respostas concordo parcialmente e concordo totalmente.
Também ocorreu considerável número de afirmações para a resposta indiferente (nem
discordo nem concordo).
Houve baixa freqüência de afirmações a resposta Discordo totalmente. Pode-se
afirmar desses resultados que os respondentes estão satisfeitos com os softwares utilizados.
39
Tabela 7 – Valores absolutos de respostas sobre avaliação dos itens do software
utilizado
Item 1 2 3 4 5 Não Avaliou
Linguagem adequada 1 2 5 14 11 8
Número de funções Adequado 1 2 6 16 10 6 Número de passos satisfatório para realização de tarefas
1 1 10 15 8 6
Mensagens de erros informam problema e como resolve
6 4 8 9 8 6
Disposição visual dos comandos excelente 2 1 8 12 11 7
Funções compatíveis com a necessidade da loja 2 2 4 15 12 6
Fácil utilização 1 3 8 10 13 6
1 - Discordo totalmente 2 - Discordo parcialmente 3 - Indiferente (nem discordo nem concordo) 4 - Concordo parcialmente 5 - Concordo totalmente Fonte: Dados da pesquisa
No geral (ver gráfico 6) , o funcionamento do software foi avaliado com bom pela
grande maioria (53,66%). 21,95% avaliaram como muito bom e excelente. Somente 2,44%
como sendo péssimo. O que confirma a avaliação do julgamento dos itens relacionados ao
software utilizado, onde a grande maioria concordou parcial ou totalmente com os itens
julgados.
Gráfico 6: Distribuição percentual da Avaliação geral de funcinamento do software. Fonte: Dados da pesquisa
40
Não foram encontradas relações estatísticas significativas entre o sexo dos
respondentes com Avaliação do sistema, conforme se observa na tabela 8.
Tabela 8 – Valores absolutos e percentuais de respostas e resultado da análise bidimensional da variável “Avaliação do sistema”
Sexo Péssimo Regular Bom Muito bom Excelente Não respondeu Total
Feminino 1 (2,44) 4 (9,75) 17 (41,46) 2 (4,88) 1 (2,44) 2 (4,88) 27(65,85)
Masculino 0 (0,00) 3 (7,32) 5 (12,2) 1 (2,44) 3 (7,32) 2 (4,88) 14(34,15)
Qui-quadrado= 5,46 Nível descritivo= 0, 34 Fonte: Dados da pesquisa
41
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O resultado da pesquisa oferece várias contribuições para o entendimento dos fatores
que influenciam o uso de softwares comerciais por parte dos gerentes de loja do Shopping
Midway Mall. O estudo confirmou que a grande maioria considera relevante e útil o uso de
sistemas de informações no desenvolvimento das atividades gerencias, em especial porque
acham que ela aumenta a qualidade do seu trabalho, e agiliza a execução das tarefas. Mas, os
gerentes não demonstram tanto interesse em desenvolver habilidades quanto ao uso mais
intenso dos sistemas de informação. O estudo também mostrou que os sistemas foram bem
avaliados, e atende aos critérios de usabilidade.
Constatou-se após analise dos dados que a associação entre o nível de escolaridade
com o grau de relevância atribuído ao uso de sistemas de informações gerenciais; a faixa
etária dos gerentes entrevistados com o nível de conhecimento em informática; a disposição
da empresa em oferecer treinamento com o interesse dos gerentes em desenvolver
habilidades em sistema de informação; o sexo dos respondentes com Avaliação do sistema
não existe relações estatísticas significativas entre essas variáveis. Mas, nenhuma delas é
totalmente independente.
Em face dos resultados obtidos, pode-se perceber que uso de software entre os
gerentes de lojas do Shopping Midway Mall é influenciado pelas características do sistema,
do próprio gerente e da organização. Mas, essas variáveis não determinam o uso. A
intensidade de uso é determinada em geral pelo interesse pessoal do usuário. Esse resultado
corrobora com o modelo conceitual elaborado para essa pesquisa
Em função dos resultados obtidos e das considerações da presente pesquisa,
recomenda-se:
As empresas cujos gerentes responderam a pesquisa - Incentivem desenvolvimento
do capital humano de suas organizações promovendo desenvolvimento da capacidade
intelectual através utilização dos sistemas de informação como ferramenta estratégica;
Ofereçam mais treinamentos e estimulem o uso dos softwares.
Aos gerentes – Agreguem valor as atividades gerenciais utilizando-se dos softwares
para obter conhecimento e informações para tomar melhores decisões.
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REFERÊNCIAS
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