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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA
CAMPUS SÃO GABRIEL CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL
PROPOSTA DE DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS PROVENIENTES DO PROCESSAMENTO DE LEITE
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO
Lilian Stringari
São Gabriel, RS, Brasil 2011
PROPOSTA DE DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS PROVENIENTES DO PROCESSAMENTO DE LEITE
por
Lilian Stringari
Relatório de estágio curricular obrigatório apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Florestal, da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA, SG), como
requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Engenharia Florestal.
Orientador: Prof. Msc. André Carlos Cruz Copetti
São Gabriel, RS, Brasil 2011
Universidade Federal do Pampa Campus São Gabriel
Curso de Engenharia Florestal
A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Relatório de Estágio Curricular Obrigatório
PROPOSTA DE DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS PROVENIENTES DO PROCESSAMENTO DE LEITE
Elaborado por
Lilian Stringari
Como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Florestal
COMISSÃO EXAMINADORA:
________________________ Prof. Msc. André Carlos Cruz Copetti (Presidente/Orientador)
_____________________________ Prof. Msc Beatriz Stoll Moraes (UNIPAMPA)
______________________ Prof.ª Dr.ª Ana Paula Fleig Saidelles (UNIPAMPA)
São Gabriel, 21 de dezembro de 2011.
AGRADECIMENTOS
Á Deus pela oportunidade de vida.
À Universidade Federal do Pampa, por me proporcionar o primeiro passo de uma
longa caminhada.
Ao meu orientador André Carlos Cruz Copetti, pela amizade, paciência e
aprendizado, e acima de tudo, pela extrema dedicação em realizar este trabalho.
Ao demais professores pelos ensinamentos.
A Primeira turma de Engenharia Florestal. Em especial as minhas grandes
amigas, Bruna Vasconcellos e Priscilla Maia Baggio, por toda a amizade e
prontidão.
A todas as pessoas que contribuíram direta ou indiretamente para a realização
deste trabalho.
À minha família, pelo apoio, confiança e amor, principalmente aos meus pais,
Dirceu e Marta e as minhas irmãs Sabrina, Gabriele, Natalia e Sofia.
A vocês o meu muito obrigada!
RESUMO
Relatório de Estágio Curricular Obrigatório Curso de Engenharia Florestal
Universidade Federal do Pampa
PROPOSTA DE DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS PROVENIENTES DO PROCESSAMENTO DE LEITE
AUTORA: LILIAN STRINGARI
ORIENTADOR: Prof. Msc. ANDRÉ CARLOS CRUZ COPETTI
Local e Data de Defesa: São Gabriel, 21 de dezembro de 2011
O estágio curricular obrigatório foi realizado na Secretária de Agricultura e
Pecuária do município de Alegrete. O propósito principal deste relatório consiste
em uma proposta de implantação de um sistema de tratamento, a fim de tratar
todos os resíduos provenientes do processamento do leite para a fabricação de
queijo. Inicialmente foram feitas visitas técnicas a propriedade rural aonde a
agroindústria familiar se encontra, além de reuniões com os proprietários, com o
propósito de conhecer a realidade atual do empreendimento. A partir disso, foram
estudados diversos tipos de sistemas de tratamentos. Foi escolhido para esta
proposta um sistema que envolve os tratamentos primários, secundários e
terciários (Zonas de Raízes). Este sistema de tratamento demonstrou ser a
alternativa mais adequada a agroindústrias familiares de pequeno porte por se
apresentar eficientes e serem economicamente mais viáveis. Para o tratamento
terciário foi indicada a espécie Typha sp.
Palavras - chave: Agroindústria familiar, Tratamentos de Resíduos, Zonas de Raízes.
ABSTRACT
Mandatory report of curricular Class of Forest Engineering
Universidade Federal do Pampa, RS, Brasil
SIZING OF A PROPOSED WASTE TREATMENT SYSTEM FROM THE PROCESSING OF MILK
AUTHOR: LILIAN STRINGARI
ADVISOR: Prof. Msc. ANDRÉ CARLOS CRUZ COPETTI Place and Date of the defense: São Gabriel, December 21h, 2011
The stage was conducted in the curriculum required Secretary of Agriculture and
Livestock council the Municipality Alegrete. The main purpose of this report is of a
proposed deployment of a treatment system in order to discuss all the wastes
from the processing of milk for cheese manufacturing. Were initially made
technical visits to the rural property where the family is agribusiness, as well as
meetings with the owners, in order to know the current reality of the enterprise.
From this, we studied various types of treatment systems. Was chosen for this
purpose a system that involves the primary treatment, secondary and tertiary (root
zones). This system of treatment proved to be the most appropriate alternative to
small agribusinesses family because they have to be efficient and economically
viable. For tertiary was indicated the species Typha sp.
Keywords: Agribusiness family, Waste Treatment, Root zones.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1- “Seminário de Bovinos de Leite”.............................................................17
Figura 2- Participação do “Seminário de Bovinos de Leite”...................................18
Figura 3- Participação do Seminário sobre “Resíduos”..........................................19
Figura 4- Seminário sobre “Resíduos”....................................................................19
Figura 5- Participação “Pedágio Natal Solidário”....................................................20
Figura 6- Mapa de localização do município de Alegrete.......................................21
Figura 7- Propriedade Rural aonde será implantada o sistema de tratamento......22
Figura 8- Prédio do empreendimento (frente)...................................................... .22
Figura 9- Prédio do empreendimento...................................................................22
Figura 10- Tratamento primário, contendo dois tanques de 1m³ cada...................24
Figura 11- Tratamento primário: tanque preenchido com material filtrante (casca
de arroz ou serragem)............................................................................................25
Figura 12- Tanque terciário ou tratamento por zonas de raízes: tratamento de
resíduos líquidos.....................................................................................................26
Figura 13- Tanque de tratamento terciário ou tratamento por zonas de raízes.
Tanque com brita tamanho 0 (zero).......................................................................26
Figura 14- Tanque de tratamento terciário ou tratamento por zonas de raízes.
Tanque com brita tamanho 2 (dois)........................................................................27
Figura 15- Tanque de tratamento terciário ou tratamento por zonas de raízes.
Tanque com implantação da macrofita Typha SP.................................................27.
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ACRIPLEITE- Associação dos Criadores e Produtores de Leite
AFPP - Agroindústrias Familiares de Pequeno Porte
AMFRO - Associação dos Municípios da Fronteira Oeste
CAAL- Cooperativa Agroindustrial Alegrete Ltda
DBO- Demanda Biológica de Oxigênio
DQO- Demanda Química de Oxigênio.
EMATER- Associação Rio-Grandense de Empreendimentos de Assistência
Técnica e Extensão Rural
IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IFF- Instituto Federal Farroupilha
IRGA – Instituto Rio Grandense do Arroz
MSc - Master of Science
PMA - Prefeitura Municipal de Alegrete
PVC - Policloreto de Vinila
SAP - Secretaria Municipal de Agricultura e Pecuária
Sebrae- RS - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio
Grande do Sul
SENAR- Serviço Nacional de Assistência Rural
UABA - União das Associações de Bairros de Alegrete
URB-AL- Programa descentralizado de cooperação da Comissão Européia
Urcamp - Universidade Regional da Campanha
SUMÁRIO
1. Organização.................................................................................................7 2. Introdução....................................................................................................8
2.1 Objetivo geral.................................................................................................8
2.2 Objetivos específicos ....................................................................................9 3. Revisão bibliográfica...................................................................................10
3.1 Resíduos e questão ambiental....................................................................10
3.2 Tratamento de resíduos ..............................................................................12
3.2.1 Tratamento primário ................................................................................12
3.2.2 Tratamento secundário ............................................................................13
3.2.3 Tratamento terciário..................................................................................13
3.2.3.1 Tratamento por Zonas de Raízes..........................................................14
3.3 Agroindústrias familiares de atividade leiterias do município de Alegrete..14
4. Atividades realizadas durante o estágio...................................................15
4.1 Acompanhamento do Projeto "Árvore é Vida".............................................15
4.2 Fórum "Gestão Ambiental- Sustentabilidade no Agronegócio"...................16
4.3 15 ° Seminário "Bovinocultura Leiteira" (Comissão Organizadora).............16
4.4 2° Seminário Regional sobre " Resíduos"(Comissão Organizadora).........18
4.5 Colaboração no Estande "Parceiros pela Produção"..................................20
4.6 'Pedágio do Natal Solidário''........................................................................20
4.7 Elaboração do Projeto de Tratamento de Resíduos....................................21
4.7.1 Localização e caracterização geral da área de estudo............................21
4.7.2 Material.....................................................................................................23
4.7.3 Metodologia..............................................................................................24
4.7.3.1 Tratamento Primário e Secundário........................................................24
4.7.3.2 Tratamento Terciário ou por Zonas de Raízes......................................25
5. Considerações Finais..................................................................................28
6 Recomendações...........................................................................................29
7 Referências Bibliográficas...........................................................................30
7
1. Organização
A Prefeitura Municipal de Alegrete conta com 12 secretarias entre elas a
Secretaria Municipal de Agricultura e Pecuária que tem como Secretário
Municipal Sr. Márcio Fonseca Amaral e como Diretor Geral Daniel Gindri.
A Secretaria de Agricultura e Pecuária é responsável pelo apoio, incentivo
e fornecimento de infraestrutura fundamental as pequenas propriedades rurais,
realizando projetos, acompanhamento e avaliando sua exceção, promovendo o
crescimento integrado da Agricultura e Pecuária no Município, prestando
assistência técnica, providenciando mudas de boa qualidade colocando-as a
disposição dos interessados e proporcionando assistência permanente, bem
como buscar meios para proporcionar a melhoria da produtividade em todas as
áreas pelas Secretarias assistidas.
A Seção de Projetos Especiais compete criar projetos, não constantes dos
outros serviços da Secretaria, procurando recursos financeiros e técnicos,
organizando projetos visando convênios com órgãos particulares e públicos,
informar-se quanto a evolução e técnicas que venham a surgir, bem como
promover campanhas de divulgação, incentivando e apoiando pequenos e
médios produtores rurais, através de cursos informativos.
A Divisão de Fomento Agropecuário é responsável pela promoção de
desenvolvimento integrado da Agricultura e Pecuária realizando a integração
entre Governo, Agropecuaristas e Técnicos, colaborando com entidades públicas
e privadas, na organização e realização de Exposições Feiras, para prestação de
Assistência Técnica, campanhas de produtividade, instituindo concursos com
prêmios e incentivos à produção, incentivando as classes produtoras da
importância da participação no sistema cooperativo, divulgando orientação
técnica, sempre que possível e promovendo cursos de aperfeiçoamento em
agropecuária, podendo para isto celebrar acordos e convênios com entidades
públicas e privadas, bem como manter o levantamento atualizado das terras do
município, próprias para a agricultura, aproveitadas ou não.
8
2. Introdução
Os resíduos gerados no processamento de qualquer tipo de matéria prima
causam grandes impactos ao meio ambiente, ameaçando a qualidade de água, o
que pode impossibilitar a utilização para o consumo humano e para os solos
agrícolas (MATOS, 2005).
A sociedade vem cada vez mais cobrando as boas práticas de
industrialização e comercialização de produtos agroindustriais. Essas novas
regras exigem que as leis ambientais penalizem os empreendimentos que
causarem qualquer tipo de contaminação ao meio ambiente.
As agroindústrias são consideradas importantes na economia brasileira,
porém vêem produzindo durante os processos de produção consideráveis
quantidades de resíduos tanto sólidos quanto líquidos. Estes resíduos gerados
bem como as águas residuárias podem conter gorduras, sólidos orgânicos e
inorgânicos, além de substâncias químicas, o que os torna grande poluidoras dos
ecossistemas.
Por isso, torna- se importante conhecer a realidade das agroindústrias
familiares de cada região, para propor alternativas de sistemas de tratamentos, a
fim de deixar os resíduos em condições mais adequadas para a atualização para
outros fins, como exemplo a agricultura.
Algumas agroindústrias têm negligenciado no que diz respeito aos aspectos
ambientais legais, deixando- as muitas vezes em situações de fragilidade perante
aos órgãos fiscalizadores. Este fato tem implicado na não obtenção da
legalização fiscal e sanitária para comercialização dos produtos, já que a licença
ambiental é considerada requisito obrigatório.
2.1 Objetivo geral
O presente trabalho tem por objetivo propor um sistema de tratamento
para tratar os resíduos provenientes do processamento do leite.
9
2.2 Objetivos específicos
- Analisar a situação atual do empreendimento e indicar o sistema de tratamento
mais adequado.
- Esquematizar e dimensionar o sistema de tratamento
10
3. Revisão bibliográfica
3.1 Resíduos e questão ambiental
As atividades extensivas, agrícolas e a produção de seus derivados são
grandes geradores de problemas ambientais, como a poluição dos solos, das
águas superficiais e das águas subterrâneas (MARTINI & LANNA, 2003). Os
resíduos dessas atividades apresentam em sua composição grande quantidade
de matéria orgânica e quando lançados em cursos d’água exigem uma alta
demanda de oxigênio do meio, que dependendo da magnitude desse processo
pode baixar significativamente esses índices de oxigênio (ESKINAZI-SANT’ANNA
et al, 2006).
Di Bernardo (1995) comenta que quando ocorre o aumento de nutrientes
nos cursos d’água devido à grande quantidade de material orgânico despejada.
As bactérias aeróbicas, para estabilizarem o material presente, começam a
utilizar o oxigênio disponível no ambiente aquático fazendo com que decresça a
concentração de oxigênio do meio, podendo provocar a mortandade dos animais
aquáticos por asfixia.
Os resíduos agroindustriais (resíduos provenientes das atividades
extensivas e agrícolas) são gerados no processamento de alimentos, fibras,
couro, madeira, produção de açúcar e álcool, entre outros, e as águas residuárias
são provenientes da lavagem dos produtos e/ou lavagem de equipamentos,
materiais e instalação utilizada no processamento. Os resíduos provenientes do
processamento de leite são altamente poluentes por conter: gorduras, sólidos
orgânicos e inorgânicos, além de substâncias químicas que podem ser
adicionadas no processo de fabricação (MATOS, 2005).
Esta composição faz do tratamento de resíduos oriundos da atividade
agroindustrial uma operação de alta complexidade, pois cada composição
específica de um efluente gerado exige um sistema de tratamento diferenciado
(SILVEIRA, 1999).
Machado et al. (2001) apontam uma grande diversidade na composição
dos efluentes nas indústrias de laticínios, verificando a ocorrência das águas de
11
lavagem de equipamentos e piso, os esgotos sanitários gerados e as águas
pluviais captadas na indústria, além de embalagens plásticas, embalagens de
papelão, lixo doméstico, cinzas de caldeiras, aparas de queijo e, em menor
quantidade, metais e vidros. Por isso, torna-se difícil a esquematizar um sistema
adequado, devido à necessidade de utilização de métodos variados para
minimizar os impactos poluentes dos resíduos e achar melhor soluções e
destinos para esses resíduos.
Isto implica na necessidade de investir em sistemas de controle ambiental
em agroindústrias familiares de pequeno porte (AFPP) mesmo que atuando em
pequenas escalas. As AFPP caracterizam-se por ser um segmento constituído
por pequenos produtores, que processam alimentos de origem vegetal e/ou
animal e que, geralmente, o processamento é simplificado, mas que agregam
valor aos produtos (FISCHER, 2006).
O conhecimento de dados como quantidade de resíduos gerados e as
suas características físicas e químicas são fundamentais para concepção e o
dimensionamento dos sistemas de tratamento, e ou, disposição dessas águas na
natureza (MATOS, 2005).
No caso de resíduos líquidos, o tratamento pelo método da zona de raízes
é um dos mais promissores em escala de AFPP. Este método teve sua origem na
Europa, na década de 1950, para a redução de compostos orgânicos de
efluentes industriais (FERREIRA et al., 2003).
Os baixos custos de implantação e operação, aliados à tecnologia
relativamente simples e eficiente na remoção de poluentes, são fatores que têm
contribuído para a utilização crescente dos leitos cultivados em diversos países
do mundo, principalmente de resíduos domésticos e industriais (FERREIRA et al.,
2003; ANJOS, 2003).
No processo de fabricação de queijos, o leite desnatado ou puro é
submetido a um processo de coagulação com a adição de determinadas
enzimas. Na fabricação de queijo são gerados 0,6 a 0,9 litro de soro para cada
litro de leite processado, sendo assim o soro do queijo é considerado um efluente
(RECH, 2003). Por isso a importância do tratamento destes resíduos nas
agroindústrias familiares já que é baixo risco de contaminação das águas e que o
potencial de poluição dos resíduos gerados pode ser minimizado com técnicas
simplificadas (COPETTI, 2010).
12
3.2 Tratamento dos resíduos
Para o entendimento e dimensionamento de sistemas de tratamento de águas
residuárias de processamento de produtos agroindustriais, deve estar claro o
objetivo do tratamento, o nível de tratamento que se quer alcançar e a destinação
do efluente tratado. Se o destino final dos resíduos seja um corpo receptor, o
sistema deve ser planejado de forma que se atenda a Legislação Ambiental, cuja
exigência é de que ou efluente atinja o padrão de lançamento (DBO de 60 mg L-¹)
ou que o sistema tenha eficiência de 85% na remoção de DBO e que o
lançamento do efluente tratado não venha a alterar a classe de enquadramento
dos cursos d’água. Se a opção for despejar no solo estes resíduos o sistema de
tratamento pode ser mais simples (MATOS, 2005).
Para o tratamento de resíduos provenientes do processamento de leite
devem-se utilizar os tratamentos primários, secundários e terciários:
3.2.1 Tratamento Primário
No tratamento primário os sólidos são parcialmente removidos em
unidades de decantação e uma parte em unidades de suspensão. Para que isso
seja possível, podem ser utilizados processos de decantação, digestão
anaeróbia, filtros biológicos, filtros orgânicos, lagoas anaeróbias ou reatores
anaeróbios, na etapa posterior podem ser utilizados filtros orgânicos. Nesse caso,
alguns resíduos agrícolas, tais como bagaço de cana-de-açúcar, sabugo de
milho, serragem de madeira e a casca de arroz, podem ser utilizadas como
materiais filtrantes para separação de sólidos da água residuária, uma vez que
proporcionam melhoria nas qualidades químicas e físicas do efluente (BRANDÃO
et al., 2000).
O material filtrante, depois de exaurida sua capacidade de remoção de
material orgânico da água residuária, deve ser substituído por materiais orgânicos
“limpos”. O material orgânico retirado dos filtros pode ser submetido ao processo
de compostagem (MATOS, 2005). A compostagem é eficaz, pois, recicla a
13
matéria orgânica dos resíduos sólidos, formando um composto aplicável na
agricultura como adubo, rico em nutrientes (RUSSO, 2003).
3.2.2 Tratamento Secundário
No tratamento secundário acontece a remoção significativa do material
orgânico em suspensão fina e a parte do material orgânico na forma de sólidos.
Para este tipo de tratamento pode ser usada a filtração biológica, lodos ativados,
lagoas de estabilização, tratamento por escoamento superficial ou sistemas de
tratamento em áreas alagadas (MATOS, 2005).
3.2.3 Tratamento Terciário
Já o tratamento terciário tem como objetivo a remoção de poluentes
específicos (nitrogênio, fósforo, metais pesados ou outras substâncias tóxicas ou
compostos não biodegradáveis), agentes patogênicos ou ainda, a remoção
complementar de poluentes não suficientemente removidos no tratamento
secundário.
Para o aproveitamento agrícola o tratamento primário, geralmente, já
coloca a água residuária em condições de ser transportada e aplicada ao solo.
Caso a opção seja despejar este resíduo em corpos hídricos, para atendimento
da legislação ambiental, o tratamento deverá ser, necessariamente, continuado,
sendo o líquido enviado para recebimento de tratamento secundário onde grande
variedades de microorganismo fazem parte desse processo (MATOS, 2005).
14
3.2.3.1 Tratamento por Zonas de Raízes
O tratamento por Zonas de Raízes também conhecida como tratamento de
águas residuárias em áreas alagadas vem sendo utilizada, desde as décadas de
60 e 70 na Europa, apresentando sempre resultados satisfatórios. Os
mecanismos envolvidos neste tratamento são: filtração, degradação microbiana
da matéria orgânica, absorção de nutrientes, adsorção no solo, entre outros
(MATOS, 2005).
As plantas desempenham papel importante neste tipo de tratamento, pois,
as mesmas utilizam os nutrientes dos resíduos. Além disso, as plantas favorecem
o aumento de biofilmes que facilitam a degradação dos compostos orgânicos,
proporcionando mais eficiência e rápida depuração da água residuária. A
espécie mais utilizada neste tratamento é a Zantedeschia aethiopica (copo- de-
leite), por sua fácil adaptação (JOLY, 1979). Também existem outras espécies que
podem ser utilizadas, como as Scirpus sp. (junco) e a Thypha sp. (tifa).
Segundo Matos (2005) este tipo de tratamento pode ser implantado em
tanques de concreto ou em valetas devidamente impermeabilizadas.
3.3 Agroindústrias familiares de atividades leiteiras do município de
Alegrete
A região de Alegrete possui condições favoráveis de clima e solo, para
desenvolvimento de campos naturais de boa qualidade, além de programas de
créditos que fazem com que essa região tenha grande potencial para
desenvolvimento da bovinocultura de leite. Esta atividade vem crescendo no
município, visto que no ano de 2002, a produção média diária era de 12 mil litros
dia, sendo desde total apenas 60% comercializado formalmente (LEONARDI et
al.; 2010).
De acordo com Leonardi et al. (2010)
“Para fomentar e desenvolvimento da bacia leiteira do município, várias ações tem sido realizadas em conjunto com entidades ligadas ao setor, como a PMA – Prefeitura Municipal de Alegrete, através da SAP
15
(Secretaria Municipal de Agricultura e Pecuária), Emater - RS, Fundação Maronna, Banco do Brasil, IFF (Instituto Federal Farroupilha), Sindicato Rural de Alegrete, Sindicato dos trabalhadores Rurais de Alegrete, CAAL (Rações) e a ACRIPLEITE (Associação dos Criadores e Produtores de Leite), denominados Parceiros pela Produção. As ações promovidas como Dias de campo, Seminários, Feiras, contratação de técnicos, aquisição de máquinas e equipamentos, compra de veículos, acesso a de linhas de crédito, realização e provimento de cursos e realização de diagnósticos sobre atividade. Estas iniciativas contribuíram diretamente para a profissionalização desses produtores, ocasionando um aumento do volume total do leite produzido no município e na produtividade por animal (LEONARDI et al., 2010, p.21)”
Atualmente, a produção de leite do município de Alegrete está assentado
nas pequenas propriedades rurais, onde aproximadamente 132 famílias
encontram- se envolvidas nessa atividade e que tem produção anual média de
7,2 milhões de litros, o que mostra grandes avanços alcançados neste período. A
produção leiteira do município representa 0,3 % da produção do estado
(LEONARDI, 2010).
4. Atividades realizadas durante o estágio
No período de 03 de outubro a 18 de dezembro de 2011, efetuou-se o
estágio curricular obrigatório na Secretaria da Agricultura e Pecuária no município
de Alegrete, com Supervisão de Gabriella Trindade Segabinazi, Engenheira
Ambiental da Secretaria da Agricultura e Pecuária e orientação do Prof. Msc.
André Carlos Cruz Copetti.
Neste período foram realizadas as seguintes atividades:
4.1 Acompanhamento do “Projeto Árvore é vida”
O “Projeto Árvore é vida” é uma parceria da Secretaria da Agricultura e
Pecuária e Secretaria de Meio Ambiente com o convênio estabelecido com a
AMFRO (Associação dos Municípios da Fronteira Oeste). Este projeto tem como
16
objetivo principal a recuperação de áreas degradadas localizadas no município.
Os agricultores, os quais aderirem ao projeto recebem as mudas e assistência
técnica gratuita da Secretaria da Agricultura e Pecuária e Secretaria do Meio
Ambiente. Esta atividade contemplou o auxílio na distribuição de mudas,
contagem de mudas, encanteiramento das mudas, bem como o conhecimento da
produção e funcionamento do Viveiro Florestal Municipal João Souto.
4.2 Fórum “Gestão Ambiental- Sustentabilidade no Agronegócio”
Fórum sobre Gestão Ambiental foi realizado no dia 10 de outubro de 2011,
no município de Rosário do Sul, evento este promovido pelo Serviço de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Sebrae/RS). O objetivo deste
evento foi mostrar principalmente aos produtores rurais, a necessidade da Gestão
ambiental nas propriedades levando em consideração os diferentes sistemas de
produção rurais.
Na oportunidade o Professor da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Paulo César de Faccio Carvalho explanou a palestra “Gestão Ambiental da
Propriedade Rural”. Também participaram deste evento o consultor do
Sebrae/RS Dr. Davi Teixeira dos Santos com a palestra “Gestão Ambiental e a
Eficiência do Processo Produtivo na Propriedade Rural e o Roberto Andrade
Grecellé com o tema “Gestão Ambiental na Propriedade Rural e os Ganhos
Mercadológicos.”
4.3 15 ° Seminário de “Bovinos de Leite” (Comissão Organizadora).
O Seminário sobre Bovinocultura Leiteira foi realizado pela Secretaria de
Agricultura e Pecuária, EMATER, Fundação Maronna, ACRIPLEITE, Sindicato
Rural, URCAMP, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Instituto Federal
Farroupilha, com patrocínio do Banco do Brasil, SENAR e Projeto URB-AL
17
Pampa, no dia 30 de novembro de 2011, no município de Alegrete (Parque de
Exposições Lauro Dornelles) (Figura 1 e 2).
O objetivo deste evento foi proporcionar aos produtores e técnicos que
desenvolvem o setor leiteiro na região, conhecimento técnico, inovação
tecnológica e trocas de experiências. Neste evento teve como palestrantes o
produtor e Zootecnista, Roni Rhode explanou em sua palestra um breve histórico
de como alcançou sucesso nesta atividade, defendendo a tese de que os
produtores devem investir em alimentos e genética de qualidade, pois é como a
atividade poderá remunerar melhor, ou Médico Veterinário Emanuel Camargo,
com a palestra sobre a “Importância do Aparelho Locomotor da Vaca Leiteira” e
Diego Zeni também Médico Veterinário abordou o tema “A Criação Correta da
Terneira”.
FIGURA 1- “Seminário de Bovinos de Leite”
18
FIGURA 2- Participação do “Seminário de Bovinos de Leite”
4.4 2° Seminário Regional sobre “Resíduos” (Comissão Organizadora)
O Seminário Regional sobre Resíduos “O Lixo nosso de cada dia”
aconteceu nos dias 1 e 2 de dezembro de 2011, no Salão de Atos da Urcamp-
Universidade Regional da Campanha (Figuras 3 e 4). O objetivo deste evento foi
fornecer elementos de estimulo à gestão ambiental, econômica e social dos
resíduos sólidos e demonstrou através de experiências consolidadas as formas
de gestão que deram certo nos municípios e proporcionou espaços de reflexão
para a solução dos problemas. O evento foi realizado através da Secretaria de
Meio Ambiente e do Conselho Municipal do Meio Ambiente, em parceria com o
Fundo de Saneamento Básico.
19
FIGURA 3- Participação do Seminário sobre “Resíduos”
FIGURA 4- Participação do Seminário sobre “Resíduos”
20
4.5 Colaboração no Estande “Parceiros pela Produção”
Aconteceu em Alegrete a “69° Exposição Agropecuária” no período de 10
a 16 de outubro de 2011.
Na ocasião a Secretaria da Agricultura e Pecuária juntamente com os
Parceiros pela Produção (EMATER, IRGA, Instituto Federal Farroupilha,
Associação dos Arrozeiros, ACRIPLEITE) ficaram a disposição da sociedade
para apresentar as atividades realizadas pelos mesmos.
4.6 “Pedágio do Natal Solidário”
Nos dias 24 de novembro e 9 de dezembro de 2011 ocorreu no município
de Alegrete o ‘Pedágio do Natal Solidário”, na ocasião a Secretaria de Agricultura
e Pecuária, doou 300 mudas de frutíferas para a UABA ( União das Associações
de Bairros de Alegrete) (Figura 5). O intuito deste pedágio foi arrecadar fundos
para a compra de alimentos e brinquedos para famílias carentes.
FIGURA 5- Participação Pedágio do Natal Solidário.
21
4.7 Elaboração do Projeto de Tratamento de Resíduos
O estágio desenvolvido teve como objetivo principal dimensionar um
sistema de tratamento de resíduos de uma agroindústria familiar que processa
leite para fabricação de queijos. O empreendimento em questão contemplado
para este projeto recorreu a Secretaria da Agricultura e Pecuária, por apresentar
dificuldades em encontrar soluções para o tratamento dos resíduos gerados, o
que impossibilitou até agora este empreendimento de conseguir as licenças
ambientais e sanitárias, junto aos órgãos licenciadores.
Para a realização deste projeto foram feitas visitas técnicas a propriedade
rural e reuniões com os proprietários deste empreendimento, afim de, conhecer a
situação atual.
4. 7.1 Localização e caracterização geral da área de estudo
O trabalho será realizado em uma agroindústria familiar de pequeno porte
(AFPP), no município de Alegrete (Fronteira oeste do Estado do Rio Grande do
Sul) (Figura 6).
FIGURA 6- Mapa de localização do município de Alegrete. Fonte: IBGE (2010).
22
O empreendimento possui centro geográfico nas coordenadas 29°49‘
16.48” N e 55°40’ 49.14’’E, ficando aproximadamente uns dez quilômetros do
centro urbano (Figura 7, 8 e 9).
FIGURA 7- Propriedade Rural aonde será implantada o sistema de tratamento. Fonte: Google Earth (imagem de 2009)
FIGURA 8- Prédio do empreendimento (frente). FIGURA 9- Prédio do empreendimento.
A área da região é relativamente plana, sendo que os pontos mais
elevados não ultrapassam os 350 metros do nível do mar.
O clima da região é classificado como subtropical úmido de classe Cfa com
chuvas regularmente distribuídas durante o ano, frequentemente com déficit
23
hídrico no período de verão, segundo classificação de Kõeppen. A precipitação
anual é de 1350 mm, com variação de 20%. A temperatura média anual é de
18,6°C, variando entre 13,1°C em julho e 24°C em janeiro (MMA/IBAMA, 1999).
A cobertura vegetal é caracterizada pelas formações Estepe Gramíneo-
Lenhosa e Savana-Estépica Gramineo-Lenhosa. Trata-se de uma região
descampada e de domínio de gramíneas tropicais ou subtropicais, de produção
nitidamente estacional, apresentando algumas de bom ou razoável valor
forrageiro (FLORES et al., 2010).
4.7.2 Material
Para a construção do sistema de tratamento serão necessários:
- 2 caixas e água de fibrocimento de 1mᵌ (1000 litros);
- 500 tijolos;
- 3 mᵌ de brita tamanho 0 (zero);
- 3.mᵌ de brita tamanho 2 (dois);
- cimento;
- areia;
- 4 barras de 6m de cano PVC 50 mm;
- 3 barras de 6m de cano PVC 75 mm;
- 10 curvas 75 mm;
- 5 conexão em T 50 mm;
- 5 conexão em T- 75 mm;
- 1 tubo veda calha;
- 1 bisnaga de cola para canos;
- 2 mᵌ de casca de arroz ou serragem.
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4.7.3 Metodologia
O empreendimento processará 500 litros por dia, sendo que mais ou menos
88,5% deste volume são descartados como resíduos.
O sistema de tratamento dos resíduos provenientes do processamento do
leite (produção de queijos) constituirá nas etapas de tratamento primário,
secundário e terciário.
4.7.3.1 Tratamento Primário e Secundário
Responsável por remover os materiais sólidos como as gorduras, entre
outros. Para o este tratamento serão utilizados dois tanques de 1m³ (1000 litros)
cada (Figura 10).
FIGURA 10- Tratamento primário, contendo dois tanques de 1m³ cada.
Estes tanques serão preenchidos com matérias filtrantes, sendo mais
indicado para este tratamento a casca de arroz ou serragem devido à
disponibilidade dos mesmos na região (Figura 11).
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FIGURA 11- Tratamento primário: tanque preenchido com material filtrante (casca de arroz ou
serragem).
Observação: os tanques requerem manutenção pelo menos uma vez por
semana. Sempre que o material filtrante esteja saturado, deve-se retirar todo o
material do sistema e adicionar novo material.
O material separado nesse tanque é rico em nutrientes, que ao ser jogado no
solo sem estabilização (antes de fermentar) pode causar injúrias às plantas e
prejudicar o desenvolvimento do vegetal, por isso deve se fazer a compostagem,
produzindo assim um adubo orgânico rico em nitrogênio, potássio e fósforo.
4.7.3.2 Tratamento Terciário ou Tratamento por zonas de raízes.
Responsável por tratar todo o resíduo liquido (soro), provenientes do
processamento do leite, o sistema será constituído de apenas um tanque de
alvenaria (Figura 12). Este tanque terá 3 metros de comprimento, 2 de largura e
1,2 metros de profundidade (3x2x1,2).
Observação: Tanques de tratamento de resíduos líquidos são usados para
filtragem física e biológica para degradação de compostos orgânicos solúveis e
redução de DBO e DQO.
Casca de Arroz ou Serragem
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FIGURA 12- Tanque terciário ou tratamento por zonas de raízes: tratamento de resíduos líquidos.
Observação: deve- se deixar 0,20 metros de borda (acima do solo) para
evitar que entre enxurrada pra dentro do sistema.
O tanque será preenchido primeiramente com uma fina camada de brita
para que logo após possam ser colocadas as tubulações perfuradas
responsáveis pela drenagem do efluente tratado. Na seqüência será colocado
uma camada com cerca de 50 cm de brita tamanho 0 (zero) e posteriormente
outra camada de brita tamanho 2 (dois) preenchendo assim o resto do tanque
(Figura 13).
O resíduo será distribuído através de tubulações perfuradas, 10 cm acima do
nível permanente de água e 5 cm abaixo da superfície das britas, para que tenha
uma zona aerada.
FIGURA 13- Tanque de tratamento terciário ou tratamento por zonas de raízes. Tanque com brita tamanho 0 (zero).
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Observação: A camada de brita serve de suporte para as plantas e para
formação de biofilmes em sua superfície, os quais são altamente importantes
para o tratamento (Figura 14).
FIGURA 14- Tanque de tratamento terciário ou tratamento por zonas de raízes. Tanque com
brita tamanho 2 (dois).
Será utilizada a espécie Typha sp (popularmente conhecida por tifa), típica
de áreas úmidas (Figura 15).
FIGURA 15- Tanque de tratamento terciário ou tratamento por zonas de raízes. Tanque com
implantação da macrofita Typha sp.
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5. Considerações finais
A proposta para implantação do sistema alternativo para o tratamento de
resíduos agroindustriais terá uma avaliação de custos antes da implantação para
verificar a viabilidade econômica perante as condições do produtor. Caso seja
considerada adequada, será implantado como projeto piloto, servindo de modelo
aos demais interessados. Este sistema poderá ser uma alternativa para
solucionar problemas enfrentados pelas agroindústrias familiares do município,
visto que existem muitas agroindústrias clandestinas, devido a não conseguirem
se adequar as exigências legais, porém cabe ressaltar que este sistema deve ser
avaliado a funcionalidade pelos órgãos licenciadores.
A demais, a proposta vem despertando interesse pelo produtor e técnicos
que pretendem divulgar e aplicar aos demais estabelecimentos que necessitarem
caso o sistema apresente bons resultados.
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6. Recomendações
A estação de tratamento de resíduos por meio de zonas de raízes pode
ser uma alternativa prática, acessível e eficiente para o tratamento de resíduos de
agroindústrias rurais, porém devem-se fazer estudos mais detalhados sobre os
processos envolvidos bem como a destinação final que se deve dar à biomassa
produzida nos sistemas de tratamentos (COPETTI, 2010).
Diante disso, sugere- se que após a implantação e funcionamento do
sistema, façam- se coletas periódicas dos resíduos e encaminhando os mesmos
para laboratórios, afim de, verificar a eficiência do sistema.
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7. Referências Bibliográficas
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Faculdade de Ciências e Tecnologia – Departamento de Engenharia Civil, 2003