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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAS Bolsista: Vinícius Melo Gonçalves Orientador: Prof. Dr. Horácio Antunes de Sant’Ana Júnior MINERAÇÃO, TERRITÓRIOS E DESIGUALDADES AMBIENTAIS NO MARANHÃO São Luís MA 2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO · PDF filesocioambientais do Grupo de Estudos: ... 7 1. INTRODUÇÃO Este relatório tem como objetivo sistematizar os trabalhos desenvolvidos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA

CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAS

Bolsista: Vinícius Melo Gonçalves

Orientador: Prof. Dr. Horácio Antunes de Sant’Ana Júnior

MINERAÇÃO, TERRITÓRIOS E DESIGUALDADES AMBIENTAIS NO

MARANHÃO

São Luís – MA

2016

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_____________________________________________________

Vinícius Melo Gonçalves

Bolsista

____________________________________________________

Prof. Dr. Horácio Antunes de Sant’Ana Júnior

Orientador

MINERAÇÃO, TERRITÓRIOS E DESIGUALDADES AMBIENTAIS NO

MARANHÃO

Relatório apresentado ao Programa

Institucional de Bolsas de Iniciação

Científica - PIBIC, na Universidade

Federal do Maranhão.

São Luís – MA

2016

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RESUMO

Este relatório é fruto do plano de trabalho “Mineração, territórios e desigualdades ambientais

no Maranhão” e a partir de um levantamento bibliográfico inicial, apresenta análise sobre

conflitos socioambientais no Maranhão levando em consideração a crescente instalação de

grandes empreendimentos e a forma pela qual estes afetam as comunidades tradicionais locais.

Visa discutir as consequências do Programa Grande Carajás (PGC), ao que se concerne à

Estrada de Ferro Carajás (EFC) e suas consequência para povos e comunidades tradicionais do

Maranhão. Para realização da pesquisa, foram feitos: visitas de campo e levantamento

bibliográfico sobre conflitos socioambientais advindos do avanço de grandes

empreendimentos. As informações utilizadas compõem o banco de dados sobre conflitos

socioambientais do Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente

(GEDMMA).

Palavras-Chave: Programa Grande Carajás; Comunidades Tradicionais; Conflitos

Socioambientais; Estrada de Ferro Carajás.

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LISTA DE SIGLAS

CVRD – Companhia Vale do Rio Doce

DESOC – Departamento de Sociologia e Antropologia

EFC – Estrada de Ferro Carajás

GEAM – Grupo de Estudos Amazônicos

GEDMMA – Grupo de Estudos: Desenvolvimento Modernidade e Meio Ambiente

GESTA – Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais

IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

JnT – Justiça nos Trilhos

PFC – Projeto Ferro Carajás

PGC – Programa Grande Carajás

PIBIC – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica

PPGCSoc – Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais

PPGPP – Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas

RESEX – Reserva Extrativista

SEMA – Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais

SEMOSP – Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos

TEMAS – Tecnologia, Meio Ambiente e Sociedade

TMPM – Terminal Marítimo de Ponta da Madeira

TRAMAS – Trabalho, Meio Ambiente e Saúde

UFC – Universidade Federal do Ceará

UFF – Universidade Federal Fluminense

UFMA – Universidade Federal do Maranhão

UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais

UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 7

2. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 10

2.1. Objetivo Geral: ............................................................................................................... 10

2.2. Objetivos Específicos:..................................................................................................... 10

3. METODOLOGIA .............................................................................................................. 11

4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ....................................................................... 12

5. RESULTADOS .................................................................................................................. 13

5.1. Formas de Resistências Frente à Mineração ................................................................. 15

5.2 Levantamento Bibliográfico ............................................................................................ 16

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 20

7. CONOGRAMA .................................................................................................................. 21

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 23

ANEXOS.................................................................................................................................. 25

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1. INTRODUÇÃO

Este relatório tem como objetivo sistematizar os trabalhos desenvolvidos no decorrer de

doze meses, período entre agosto de 2015 a julho de 2016, correspondentes à duração da bolsa

de pesquisa PIBIC/UFMA. A pesquisa foi realizada de acordo com o plano de trabalho do

bolsista que se intitula “Mineração, território e desigualdades ambientais no Maranhão”. Assim,

o relatório está sendo produzido para uma avaliação acerca da execução do plano de trabalho

que está vinculado à pesquisa Mineração, Território e Desigualdade ambientais no Brasil:

diversidade sociocultural e lutas por direitos, desenvolvido pelo Grupo de Estudos:

Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA). Nesse âmbito, é importante

destacar que, apesar do relatório ser final, a pesquisa não termina aqui. O término da bolsa não

implica no encerramento da pesquisa, pois os levantamentos realizados até o presente momento

terão caráter de base para futuras pesquisas realizadas no grupo de estudo e na continuidade da

bolsa.

Destaca-se que o projeto de pesquisa Mineração, territórios e desigualdades

ambientais no Brasil: diversidade sociocultural e luta por direitos reúne pesquisadores e

estudantes de cinco universidades e seis grupos de pesquisa, de cindo diferentes estados do

Brasil, a saber: Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente

(GEDMMA), vinculado aos Programas de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPGCSoc) e

Políticas Públicas (PPGPP) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA); Núcleo TRAMAS

- Trabalho, Meio Ambiente e Saúde, vinculado aos Programa de Pós-graduação em Saúde

Coletiva e Laboratório de Geoprocessamento e de Pós-graduação em Geografia, ambos da

Universidade Federal do Ceará (UFC); Grupo de Estudos Amazônicos (GEAM), vinculado ao

Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense (UFF);

Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais (GESTA), vinculado ao Programa de Pós-

graduação em Antropologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Grupo de

Pesquisa TEMAS (Tecnologia, Meio Ambiente e Sociedade), vinculado ao Programa de Pós-

graduação em Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS).

O plano de trabalho da pesquisa tem como objetivo fazer um levantamento bibliográfico

e uma análise dos grandes empreendimentos da ação mineradora em um crescente avanço desde

a consolidação do Programa Grande Carajás (PGC). O PGC foi criado pelo decreto-lei nº 1.813,

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de 24 de novembro de 1980 e quando começou era um programa do governo e interministerial,

composto por:

I - Ministro Chefe da Secretaria de Planejamento da Presidência da República, na qualidade de Presidente;

II - Ministro das Minas e Energia, que substituirá o Presidente em suas faltas e impedimentos; III -

Ministro dos Transportes; IV - Ministro da Indústria e do Comércio; V - Ministro da Fazenda; VI -

Ministro do Interior; VII - Ministro da Agricultura; e VIII - Ministro do Trabalho (BRASIL, 1980).

Tinha como objetivo garantir as condições necessárias para as infraestruturas de

exploração, extração e transporte do minério de ferro. O programa foi um desdobramento do

Projeto Ferro Carajás (PFC), que tinha como responsável a Companhia Vale do Rio Doce

(CVRD) que era uma empresa estatal brasileira. Porém, em 1997 a empresa fora vendida a

capital privado e em 2007 passou a se chamar somente Vale S.A.

Ao longo do tempo, os desdobramentos deste programa interministerial causaram uma

série de quebras de direitos das comunidades tradicionais, dos povos indígenas e quilombolas

que foram sendo conquistados historicamente. O PGC tinha como objetivo desenvolver

socioeconomicamente as suas áreas de abrangência dando incentivos a empreendimentos

desenvolvimentistas de exploração, extração e transporte do minério de ferro, bem como

incentivando a instalação de outros empreendimentos minerários, florestais, agrícolas,

pecuários. Este conjunto de empreendimentos provocou uma grande degradação ambiental e

social da área que a corresponde. De acordo com o decreto de criação do PGC, os

empreendimentos integrantes do Programa compreendiam:

I – serviços de infra-estrutura, com prioridade para: a) o projeto da Ferrovia Serra de Carajás – São Luís;

b) a instalação ou ampliação do sistema portuário e de outros investimentos necessários à criação e

utilização dos corredores de exportação de Carajás; c) as obras e instalações para a criação e utilização

de hidrovias com capacidade para transporte de grandes massas; d) outros projetos concernentes a infra-

estrutura e equipamentos de transporte que se façam necessários à implementação e ao desenvolvimento

do Programa Grande Carajás; e) o aproveitamento hidrelétrico das bacias hidrográficas; II – projetos que

tenham por objetivo atividades de: a) pesquisa, prospecção, extração, beneficiamento, elaboração

primária ou industrialização de minerais; b) agricultura, pecuária, pesca e agroindústria; c) florestamento,

reflorestamento, beneficiamento e industrialização de madeira; aproveitamento de fontes energéticas; III

– outras atividades econômicas consideradas de importância para o desenvolvimento da região

(BRASIL,1980).

Com isso houve a condição para a infraestrutura do transporte do minério de ferro

oriundos do sudeste do Pará, o que levou à criação da Estrada de Ferro Carajás (EFC),

inaugurada em 1985, ocasionando um grande reflexo no Maranhão e nas suas demais

comunidades que vivem no entorno da ferrovia. A EFC cruzou centenas de comunidades e na

data presente, devido ao seu recente processo de duplicação, ocorrem vários conflitos.

O avanço da ação mineradora também gera reflexo na ilha do Maranhão, principalmente

na zona rural II, onde a Vale está localizada, com suas grandes esteiras que são direcionadas

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até o Terminal Marítimo da Ponta da Madeira (TMPM) para a escoação de sua produção, nesta

área acontecem vários conflitos, além de uma grande degradação da natureza local.

O presente relatório é dividido em 7 itens. No item 1 apresentamos a introdução. No

item 2, os objetivos geral e específicos. No item 3, a metodologia da pesquisa. No item 4

apresentamos os procedimentos experimentais. No item 5, os resultados obtidos no decorrer da

pesquisa. Nesse item, expomos um levantamento bibliográfico sobre o PGC e a EFC. Partindo

dessas exposições fizemos as análises e discussões do assunto.

Por fim, no item 6 apresentamos as considerações finais, destacamos os principais

pontos desenvolvidos na pesquisa e também algumas direções tomadas atualmente acerca da

temática. No final, no item 7, o cronograma.

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2. OBJETIVOS

A expansão da atividade mineradora em grande escala e seus desdobramentos em outros

setores econômicos têm provocado inúmeras situações conflitivas, envolvendo disputas

territoriais, fortes alterações de ambientes e modos de vida locais, agressões a direitos

legalmente garantidos ou conquistados historicamente. A necessidade de estudar melhor esses

processos e contribuir na produção de conhecimentos sobre os mesmos caracteriza-se pela

realização de estudos multidisciplinares e pela transdisciplinaridade (LEFF, 2002), pois buscam

realizar um respeitoso diálogo com saberes locais, populares, tradicionais e indígenas.

2.1. Objetivo Geral:

O objetivo central do plano de trabalho é analisar grandes projetos e políticas de

desenvolvimento vinculadas à mineração no Maranhão e os conflitos decorrentes com as

comunidades tradicionais atingidas, verificando como a expansão da mineração se articula com

os modos de vida locais (cultura, sociabilidade, trabalho), adaptados às condições ambientais

dos espaços onde vivem.

2.2. Objetivos Específicos:

Para tanto, adota como objetivos específicos:

Dimensionar os efeitos de projetos de mineração sobre a diversidade sociocultural e os

direitos das populações afetadas por eles no Maranhão;

Mapear estratégias de lutas por direitos ambientais, territoriais, sociais, econômicos e

étnicos implementadas pelas populações afetadas por projetos de mineração;

Analisar as articulações entre agentes estatais, privados (nacionais e internacionais) e

populações afetadas em contextos locais na realização de projetos de mineração;

Aprofundar os estudos sobre: modelos e projetos de desenvolvimento, mineração,

questões e movimentos socioambientais, conflitos, populações tradicionais.

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3. METODOLOGIA

No plano de trabalho, foram previstos os seguintes procedimentos metodológicos:

Revisão bibliográfica, com destaque para levantamento de pesquisas e estudos,

publicados ou não, sobre mineração no Maranhão e na Amazônia oriental;

Levantamento dos principais projetos de mineração existentes ou que atuam no

Maranhão e de sua atuação junto a povos e grupos sociais locais;

Levantamento de processos de resistência de povos e grupos sociais locais às atividades

de mineração;

Realização de trabalho de campo junto a povos e grupos sociais locais atingidos pela

mineração.

Como esse relatório apresenta resultados do primeiro ano de realização da pesquisa, foi

decido juntamente com a orientação, a priorização do primeiro item acima listado, sendo que

foi acrescentado ao objetivo especifico a busca de documentários sobre a temática abordada.

Nos anos subsequentes os demais itens serão devidamente aprofundados.

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4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

Para a execução desse projeto foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema

abordado, sendo que grande parte desses estudos foram feitos nas reuniões semanais do Grupo

de Estudo: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA).

A pesquisa que fora desenvolvida tem seu foco, em um primeiro momento, na busca de

referências bibliográficas e filmográfica que tratassem da mineração, porém, principalmente

relativas ao corredor que se forma ao longo da Estrada de Ferro Carajás (EFC) que recorta o

Maranhão. Ao mesmo tempo, o bolsista firmou acordo para realizar buscas em bibliotecas,

sites, no próprio GEDMMA ou grupos parceiros como o Justiça nos Trilhos (JnT) com a

finalidade de fazer um levantamento de documentos, laudos e produtos de pesquisas anteriores

sobre a temática proposta pela pesquisa.

A utilização das fontes documentais, que foram disponibilizadas pelos meios ditos

acima, serviu de incremento para a análise das questões que foram problematizadas e colocadas

em discussão nesse relatório.

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5. RESULTADOS

Analisando as principais questões que já são propostas pelo plano de trabalho, podemos

observar a questão da violação dos direitos humanos dos moradores das comunidades

tradicionais, a reação dos afetados à duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC), conflitos

entre povos indígenas, como Awá, Guajajara, Kriati, Gavião, Carajá, Kaapor1, e a Vale S.A., e

o aumento da violência dentro das comunidades tradicionais. Todas essas problemáticas são

reflexo do desenvolvimento dos grandes empreendimentos que começaram a ser instalados no

Maranhão em meados da década de 1970.

Nos dias de hoje, a ex-estatal Companhia Vale do Rio Doce (hoje já privatizada e

denominada somente Vale S.A.) avança em relação ao seu dito desenvolvimento e apesar de

afirmar que

A Vale vem contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico e cultural das cidades onde desenvolve

suas operações. Além das obrigações legais e gestão dos impactos das operações e projetos, a Vale tem

ações destinadas a potencializar as oportunidades nos territórios em que está presente, como programas

voltados para a qualificação profissional e de fornecedores, o relacionamento com comunidades locais e

tradicionais, além de atividades voltadas para a valorização da cultura. (VALE, s/d),

não se preocupa com o bem-estar das populações que estão em suas redondezas. Muitas famílias

são afetadas diretamente, tanto em sua economia como também na sua própria saúde. Com

proposta de melhorias substanciais no índice de desenvolvimento humano (IDH) e redução da

pobreza, na qual o Maranhão é figurado em tempos entre os piores do Brasil. Esses projetos

ainda contam com grande ajuda governamental, tendo em vista que o grande crescimento

econômico ajudaria no desenvolvimento social. No entanto, o que se percebe é o grande

acúmulo de capital na Vale e sem o devido acompanhamento das vidas atingidas.

A Estrada de Ferro Carajás (EFC) passa por 23 municípios do Maranhão (Açailândia,

Alto Alegre do Pindaré, Anajatuba, Arari, Bacabeira, Bom Jesus das Selvas, Buriticupu,

Cidelândia, Igarapé do Meio, Itapecuru-Mirim, Itinga do Maranhão, Miranda do Norte,

Monção, Pindaré-Mirim, Rosário, Santa Inês, Santa Rita, São Francisco do Brejão, São Luís,

São Pedro da Água Branca, Tufilândia, Vila Nova dos Martírios, Vitória do Mearim)

abrangendo cerca de 50 mil km² do território maranhense. A EFC percorre, aproximadamente

900 km, desde a mina localizada em Parauapebas no Pará até o Terminal Marítimo da Ponta da

Madeira (TMPM) em São Luís no Maranhão.

1 Grafia de acordo com a “Convenção para Grafia dos Nomes Tribais”

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Por toda essa extensão uma média de 100 comunidades2 são diretamente afetadas, ou

são cortadas ao meio, isoladas, ou deslocadas compulsoriamente3 pela EFC que, ainda assim,

está sendo duplicada. Visto isso, segundo nossa análise, para a lógica da empresa, o

desenvolvimento e o crescimento econômico não podem parar.

Hoje, a Vale S.A. se configura entre as maiores mineradoras do mundo. Atuante em

vários países, a transcontinental, tem lucro que extrapola a barreira dos bilhões,

A Vale divulgou nesta quinta-feira, 28 de julho, seu resultado financeiro referente ao segundo trimestre

de 2016. A empresa fechou o período com lucro líquido de US$ 1,1 bilhão. A geração de caixa atingiu

US$ 2,38 bilhões, superando em 19% o resultado registrado no 1T16. “Foi um trimestre de melhorias

sequenciais dos principais objetivos da companhia”, afirmou o diretor-executivo de Finanças e Relações

com Investidores, Luciano Siani Pires (VALE, 2016).

E mesmo afirmando que a sua visão é “ser a empresa de recursos naturais global número

um em criação de valor de longo prazo, com excelência, paixão pelas pessoas e pelo planeta”

(VALE, s/d), parece não se importar com os direitos humanos, com direitos territoriais, das

comunidades que são diretamente atingidas. Então, transformar tudo em números, para a

empresa, é mais fácil e isto está além das vidas que são atingidas por seu avanço desenfreado.

A EFC, que compõe uma espécie de “sistema mina-ferrovia-porto” (SANT’ANA

JÚNIOR; MENDONÇA, 2014), começou a funcionar em 1985, quando começou a operar a

primeira mina e também o complexo portuário do Itaqui, em São Luís. A estrada de ferro recorta

a região oeste da ilha do Maranhão até chegar ao TMPM, atingindo várias comunidades como:

Vila Maranhão, Camboa dos Frades, Cajueiro, Maracanã, Vila Samara, Pedrinhas, Vila

Conceição etc., localizadas na zona rural II de São Luís. O GEDMMA é atuante na pesquisa e

assessoria às comunidades que vêm enfrentando o caos causado pelas grandes empresas que

estão instaladas nas suas proximidades. A linha férrea está em constate funcionamento

causando vários tipos de poluições, desde partículas soltas no ar, até poluição sonora.

As lideranças das comunidades atingidas ao longo da EFC tentam recorrer contra esses

avanços se aliando a grupos que estudam, analisam e fazem levantamentos de dados e assim

promovem uma capacitação aos membros dessas comunidades para disputa de territórios e

frente a uma duplicação que acontece de forma processual, com parcelamento dos trechos que

serão duplicados, para ser mais fácil conseguir os licenciamentos ambientais. A duplicação da

EFC já faz parte do cotidiano, pois é uma demanda do novo projeto da Vale S.A., o S11D, o

2 Dado obtido no site do Justiça nos trilhos 3 Almeida (1996, p. 30) define deslocamento compulsório como sendo “o conjunto de realidades factuais em que

pessoas, grupos domésticos, segmentos sociais e/ou etnias são obrigados a deixar suas moradias habituais, seus

lugares históricos de ocupação imemorial ou datada, mediante constrangimentos, inclusive físicos, sem qualquer

opção de se contrapor e reverter os efeitos de tal decisão, ditada por interesses circunstancialmente mais

poderosos”.

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maior e mais ambicioso projeto de mineração do mundo4. Em São Luís, a duplicação aconteceu

na entrada e saída dos trens no Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, um prolongamento de

15 km. No Maranhão já está ocorrendo em Açailândia, Buriticupu, Arari, Igarapé do Meio entre

outras localidades. As comunidades estão recorrendo a esses grupos, para além de

conhecimentos dos direitos que eles têm, também para conseguir aliados para uma luta contra

os impactos gerados pela mineração ao longo do Corredor Carajás.

5.1. Formas de Resistências Frente à Mineração

As comunidades tradicionais, povos indígenas e quilombolas, que são diretamente

atingidos pela mineração e também pela passagem da EFC, articulam-se entre eles, como

também com aliados que lutam pela mesma causa. Com convocatórias de audiências públicas,

reuniões nas assembleias de moradores, denúncias ao ministério público, como também ao

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), à

Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (SEMOSP), manifestações e protestos, para

com isso alertarem o Estado sobre os impactos que estão sendo causados por esses

empreendimentos de mineração.

As comunidades contam com o apoio de grupos, como o GEDMMA e o JnT, que juntos

realizam um projeto de extensão universitária, denominado Programa Grande Carajás,

Cidadania, Direitos Humanos e Educação Ambiental. O referido projeto tem como objetivo

apoiar as comunidades atingidas ao longo do corredor Carajás em relação ao que elas sofrem e

o que pode ser feito, dando um embasamento e empoderamento frente à uma mineração que

avança e causa vários impactos nas comunidades. Contam, também, com outro projeto de

extensão universitária, denominado Educação Ambiental e Cidadania na Zona rural II de São

Luís - MA, que atuou principalmente nas comunidades tradicionais desta localidade, pois as

mesmas, por iniciativa de organizações locais, estão, desde 2003, reivindicando a criação da

Reserva Extrativista (Resex) de Tauá-Mirim. O projeto tinha como perspectiva de formação de

cidadãos mais críticos e sensíveis às questões ambientais e também de assessoria às

associações/uniões de moradores, para acompanhar o processo jurídico que ocorre nas

instâncias judiciais no processo de criação da Resex. E a Educação Ambiental visava

principalmente aos jovens com a perspectiva de educação popular e construindo conhecimentos

a partir saberes prévios e modo de vida dos participantes.

Então, as populações atingidas estão se munindo com o que podem para tentar barrar

esses avanços da mineração, que agora estão ocorrendo por conta da duplicação da EFC e

4 Site da Vale S.A.

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consentimento por parte do IBAMA, da Secretária Estadual do Meio Ambiente (SEMA) e

outros órgãos estaduais ou municipais, aos quais compete fazer o serviço de licenciamento

ambiental.

5.2 Levantamento Bibliográfico

Ao longo da duração da bolsa de pesquisa resolvi me ater, principalmente, para um

levantamento bibliográfico sobre a EFC, no Maranhão que envolve leituras de artigos, relatório,

revistas, etc. que abordam questões desde a etapa de sua construção, até os impactos causados

às comunidades. Destaco aqui, em um quadro, algumas dessas obras que são importantes no

conjunto da pesquisa.

Quadro1: Levantamento de obras relativas ao PGC e a EFC

AUTOR TÍTULO MODALIDADE ANO

Madelaine Cousineau

Adriance

Terra Prometida: as

comunidades eclesiais de

base e os conflitos rurais.

Livro 1996

Vitor Asselim Grilagem: corrupção e

violência em terras do

Carajás

Livro 2009

Horácio Antunes de Sant’Ana

Júnior, Madian de Jesus

Frazão Pereira, Elio de Jesus

Pantoja Alves e Carla Regina

Pereira

Ecos dos conflitos

socioambientais: A

RESEX de Tauá-Mirim

Livro 2009

Bárbara Ann Eglish Alcoa na Ilha: um

documento acerca das

implicações sociais,

econômicas e ambientais

da implantação de uma

indústria de alumínio em

São Luis do Maranhão

Livro 1984

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AUTOR TÍTULO MODALIDADE ANO

Lúcio Flávio Pinto Carajás, o ataque ao

coração da Amazônia.

Livro 1982

Elio de Jesus Pantoja Alves,

Horácio Antunes de Sant’Ana

Júnior, Bartolomeu Rodrigues

Mendonça

Projetos de

desenvolvimento, impactos

sócio-ambientais e a

reserva extrativista do

Taim

Artigo em

periódico

científico:

Ciências

Humanas em

Revista

2007

Horácio Antunes de Sant’Ana

Júnior; Bartolomeu Rodrigues

Mendonça

Grande Carajás, projetos de

desenvolvimento e

conflitos ambientais no

Maranhão

Artigo em jornal:

Vias de Fato

2014

Marcelo Sampaio Carneiro

A exploração mineral de

Carajás: um balanço trinta

anos depois

Artigo em revista:

Não Vale

2014

Lucianna Cristina Teixeira

Soares

A terceirização sob a

flexibilização das relações

de trabalho: bases

históricas e expressões no

corredor de exportação

mínero-siderúrgico de

Carajás (PA) /Porto Ponta

da Madeira (MA)

Artigo em anais

de evento

científico:

IV Jornada

Internacional de

Políticas Públicas

2009

Raimundo Lima dos Santos

O Projeto Grande Carajás –

PGC- e seus reflexos para

as quebradeiras de coco de

imperatriz

Artigo em anais

de evento

científico: II

Seminário de

Pesquisa da Pós-

Graduação em

História

UFG/UCG

2009

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AUTOR TÍTULO MODALIDADE ANO

GEDMMA

Anais do Seminário

Internacional Carajás 30

anos: resistências e

mobilizações frente a

projetos de

desenvolvimento na

Amazônia Oriental

Anais de evento

científico:

Seminário

Internacional

Carajás 30 anos

2014

Horácio Antunes de Sant’Ana

Júnior

Carajás 30 anos: projetos

de desenvolvimento,

resistências e mobilizações

na Amazônia oriental..

Anais de evento

científico:

Congresso da

Associação

Latinoamericana

de Sociologia

2014

Secretaria de Planejamento e

Coordenação da Presidência

da República (SEPLAN)

Plano Diretor do Corredor

da E.F. Carajás

Relatório 1988

Instituto Apoio Jurídico

Popular

Programa Grande Carajás:

memorial

Relatório 1989

Secretaria de Planejamento e

Coordenação da Presidência

da República (SEPLAN)

Gerenciamento do Plano

Diretor do corredor da

Estrada de Ferro Carajás:

Estudo DS-05

Relatório

1987

Secretaria de Planejamento e

Coordenação da Presidência

da República (SEPLAN)

Gerenciamento do Plano

Diretor do corredor da

Estrada de Ferro Carajás:

Estudo DS-01

Relatório

1987

Cristiane Faustino; Fabrina

Furtado

Mineração e Violações de

Direitos: O projeto Ferro

Carajás S11D, da Vale S.A.

Relatório

2013

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AUTOR TÍTULO MODALIDADE ANO

Carlos Juliano Barros

Trem de maranhense

Reportagem em

site

2007

Carlos Juliano Barros

O efeito colateral do

progresso

Reportagem em

site

2007

Carlos Juliano Barros

Parauapebas: entre o céu e

o inferno

Reportagem em

site

2007

Justiça nos Trilhos

Peleja do povo contra o

dragão de ferro

Documentário

2014

Victor Lopes (direção)

Mapa da Mina – Estrada

de Ferro Carajás

Documentário

2001

Frederico Veronesi

Não Vale

Documentário

2010

Comitê Nacional em Defesa

dos Territórios Frente à

Mineração

Buraco de Rato um filme

sobre a Vale S.A.

Documentário

2015

Justiça nos Trilhos

Pelos caminhos da Vale

Documentário

2015

Rede Século 21

Documentário Trilhos da

Vida

Documentário

2016

Justiça nos Trilhos

Minério de ferro, viagem

sem retorno

Documentário

2014

Jornal da Vale

Especial Projeto Carajás –

Inauguração da Estrada de

Ferro (1985)

Documentário

1986

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AUTOR TÍTULO MODALIDADE ANO

Discovery Channel Brazil

Estrada de Ferro Carajás,

Brasil

Documentário

2013

Mídia Ninja

Enquanto o trem não passa

Documentário

2013

Estas obras acima listadas e outras, irão compor um futuro acervo online e físico que

ficará no GEDMMA e servirá de base para estudos e demais pesquisas que se realizarão a partir

dessa temática.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante das exposições, constatamos que a Vale S.A., por mais que a mesma, desde

quando ainda era estatal, pregue um discurso humanitário e de respeito à natureza, não

demonstra o devido acompanhamento dos atingidos por sua mineração exacerbada. O governo

brasileiro com suas propostas desenvolvimentistas, dando incentivos a empresas mineradoras,

causou e vem causando nas comunidades grandes degradações tanto ambientais, como no

âmbito social. No Maranhão, desde a década de 1980, com a EFC, Complexo Portuário do

Itaqui e outros empreendimentos, ocorreram, e ainda na presente data ocorrem, vários conflitos

envolvendo as empresas com as comunidades tradicionais, quilombolas e também povos

indígenas, que muitas vezes acaba ocasionando a perca de territórios por parte daqueles que já

os detinham.

Este relatório teve como objetivo principal fazer um levantamento bibliográfico sobre

as obras que foram desenvolvidas a respeito da mineração, no que concerte o PGC, à Vale S.A.

e à EFC. Contudo, durante o primeiro ano de obtenção da bolsa de iniciação científica não foi

possível abranger tamanha gama de estudos e reportagens, conforme fora proposto. Esta foi

uma das dificuldades encontradas no decorrer da bolsa, com isso é importante frisar que mesmo

o relatório sendo final, a pesquisa não terá como se estagnar aqui. O término da bolsa não

implica no encerramento da pesquisa.

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7. CONOGRAMA

Atividades Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul

Nivelamento

teórico (estudos

semanais com

equipe de

pesquisa)

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Pesquisa

bibliográfica

X X X X X X X X X X X

Trabalho de

Campo

X X X X

X X X

Participação em

oficinas anual da

Pesquisa

X

Participação em

seminário de

Pesquisa

X

X

X

Elaboração e

entrega de

Relatório Final

X

X

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A exploração ambiental na Amazônia e a promessa de desenvolvimento. Entrevista especial

com Horácio Antunes de Sant'Ana Júnior. Instituto Humanitas Unisinos. 06 de maio de 2014.

Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/530910-a-exploracao-ambiental-na-

amazonia-e-a-promessa-de-desenvolvimento-entrevista-especial-com-horacio-antunes-de-

santana-junior>. Acesso em: 02 ago. 16

ALMEIDA, Alfredo Wagner Berno de. Refugiados do desenvolvimento: os deslocamentos

compulsórios de índios e camponeses e a ideologia da modernização. In: Travessia.

maio/agosto, 1996. p. 30-35.

BRASIL. Decreto nº 1.813, de 24 de novembro de 1980. Institui regime especial de incentivos

para os empreendimentos integrantes do Programa Grande Carajás e dá outras providências.

Diário Oficial, Brasília, DF, 24 nov. 1980.

BRASIL. Decreto nº 85.387, de 24 de novembro de 1980. Dispõe sobre a composição,

competência e funcionamento do Conselho Interministerial do Programa Grande Carajás e dá

outras providências. Diário Oficial, Brasília, DF, 24 nov. 1980.

Impactos ambientais e violações de direitos caracterizam maior projeto da Vale. 16 de outubro

de 2013. Amazônia. Disponível em: <http://amazonia.org.br/2013/10/impactos-ambientais-e-

viola%C3%A7%C3%B5es-de-direitos-caracterizam-maior-projeto-da-vale>. Acesso em: 02

ago. 16

RBA. Convenção para grafia de nomes indígenas. Revista de Antropologia. Vol. 2. Nº 2. São

Paulo, 1954. p.150-152

SANT’ANA JÚNIOR, Horácio Antunes de. Carajás 30 anos projetos de desenvolvimento

resistências e mobilizações na Amazônia oriental. Disponível em:

<http://reporterbrasil.org.br/2014/05/carajas-30-anos-projetos-de-desenvolvimento-

resistencias-e-mobilizacoes-na-amazonia-oriental>. Acesso em: 30 jul. 16

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SANT'ANA JÚNIOR, Horácio Antunes de; MENDONÇA, Bartolomeu Rodrigues. Grande

Carajás, projetos de desenvolvimento e conflitos ambientais no Maranhão. Vias de Fato, São

Luís - MA, jan. 2014. p. 8 - 9. (http://www.viasdefato.jor.br).

VALE. 30 anos da Vale no Pará e no Maranhão. Site da Vale. Disponível em:

<http://www.vale.com/brasil/pt/business/logistics/railways/30-anos-vale-para-

maranhao/Paginas/default.aspx>. Acesso em: 27 jul. 16

VALE. A Vale no Maranhão. Relatório Regional 2015. Maranhão, 2015. Disponível em:

<http://www.vale.com/brasil/PT/initiatives/environmental-social/iniciativas-sociais-

maranhao/Documents/relatorio-maranhao-2015.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2016

VALE. Nossos Compromissos. Site da Vale. Disponível em:

<http://www.vale.com/brasil/PT/aboutvale/our-commitments/Paginas/default.aspx>. Acesso

em: 27 jul. 16

VALE. Projeto Ferro Carajás S11D: Um novo impulso ao desenvolvimento sustentável do

Brasil. Pará. 2013

VALE. Resultados trimestrais: Vale fecha o segundo trimestre com lucro e recordes de

produção. Site da Vale. Disponível em:

<http://www.vale.com/brasil/pt/aboutvale/news/paginas/financial-report-2q16.aspx>. Acesso

em: 30 jul. 16

http://www.conflitoambiental.icict.fiocruz.br/index.php

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ANEXOS

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Fonte: IBGE (mapa com todos os municípios maranhense).

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Fonte: Ciência Hoje (área de abrangência do PGC)

Fonte: VALE (relatório regional 2015)

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Fonte: ICMBio/UFMA (EFC na Resex)

Fonte: SEPLAN (Área básica do corredor)

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Fonte: SEPLAN (planta da EFC)

Fonte: SEPLAN (capa do relatório)