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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS DRIELLE BRANDÃO DE SOUSA GEOVANA RABELO DE SOUZA PIMENTEL ATIVIDADE FÍSICA E GESTAÇÃO: UMA ABORDAGEM DO CONHECIMENTO TEÓRICO E PRÁTICO VITÓRIA, ES 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS

DRIELLE BRANDÃO DE SOUSA

GEOVANA RABELO DE SOUZA PIMENTEL

ATIVIDADE FÍSICA E GESTAÇÃO:

UMA ABORDAGEM DO CONHECIMENTO TEÓRICO E PRÁTICO

VITÓRIA, ES

2015

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DRIELLE BRANDÃO DE SOUSA

GEOVANA RABELO DE SOUZA PIMENTEL

ATIVIDADE FÍSICA E GESTAÇÃO:

UMA ABORDAGEM DO CONHECIMENTO TEÓRICO E PRÁTICO

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Educação Física. Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Luiz Vancini

VITÓRIA, ES 2015

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DRIELLE BRANDÃO DE SOUSA

GEOVANA RABELO DE SOUZA PIMENTEL

ATIVIDADE FÍSICA E GESTAÇÃO:

UMA ABORDAGEM DO CONHECIMENTO TEÓRICO E PRÁTICO

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Educação Física. Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Luiz Vancini

Aprovado em __/__/__

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________ Prof. Dr. Rodrigo Luiz Vancini

____________________________________________________ Prof. Dr. Edson Castardeli

____________________________________________________ Prof. Dr. Og Gracia Negrão

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradecemos a Deus pela vida, fé e coragem e por tornar

possível realizar esse sonho de conclusão de nossa primeira graduação.

Agradecemos também ao nosso orientador, que com muita paciência e entusiasmo

nos incentivou no processo do andamento deste trabalho. À nossa família, que nos

apoiou em tudo o que foi necessário, aos amigos e também a todos que de alguma

forma contribuíram para que esse sonho se concretizasse.

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“Que os vossos esforços desafiem as

impossibilidades, lembrai-vos de que as

grandes coisas do homem foram

conquistadas do que parecia impossível”.

(Charlie Chaplin)

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RESUMO

Estudos sobre a prática de atividade física durante o período gestacional, formas de prevenir e evitar doenças durante esse período e os efeitos da prática de atividade física para saúde materna e fetal tornaram-se frequentes entre pesquisadores e profissionais de variadas áreas da saúde como, médicos, nutricionistas, professores de educação física e fisioterapeutas. Somente a partir de 1980 a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou recomendáveis exercícios físicos para gestantes sem restrições obstétricas, e com orientação de profissionais capacitados. Entre os benefícios percebidos com a prática de atividades físicas para gestantes estão a diminuição do risco de desenvolver pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, depressão pós-parto e ter efeitos benéficos no desenvolvimento fetal. Com isso tornou-se cada vez mais frequente a adesão de gestantes à prática de exercícios físicos durante a gravidez. Contudo os números, por mais que crescentes, ainda não são satisfatórios, acredita-se que pela falta de informação e orientação muitas gestantes não praticam exercícios físicos por medo ou receio de seus efeitos durante o período gestacional. Entre os exercícios não recomendáveis estão os de mergulho em águas profundas e os que possam acarretar qualquer tipo de trauma abdominal, devendo ser levado em consideração também o nível de treinamento da gestante, seja ela atleta profissional ou iniciante.

Palavras-chave: Gestação. Atividade física. Efeitos benéficos. Contraindicações.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 9

2 METODOLOGIA.................................................................................................................................. 11

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................................................ 12

3.1 Benefícios do exercício físico no período gestacional ................................................................. 12

3.2 Cuidados e contraindicações na prática de atividades físicas para gestantes ........................... 13

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................ 30

5. REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 31

ANEXO A: REFERÊNCIAS DOS ARTIGOS ENCONTRADOS NA PUBMED ..................................... 32

ANEXO B: Questionário ......................................................................................................................... 38

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1 INTRODUÇÃO

A prática regular de exercício durante a gravidez pode promover benefícios

tanto à gestante quanto para o feto, podendo auxiliar na prevenção de doenças

durante o período gestacional. Pesquisas vêm sendo cada vez mais frequentes nessa

área, podendo ser realizada por gestantes que não tenham nenhuma contraindicação

clínica.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática de 150 minutos

semanais de exercício físico de intensidade moderada ou 75 minutos semanais de

alta intensidade, para adultos entre 18 e 64 anos de idade, a fim de reduzir doenças

relacionadas ao sedentarismo, diabetes, depressão e obesidade (NACIMENTO et al.,

2014).

Existe, entretanto, uma distinção quanto ao termo atividade física e exercício

físico. De acordo com Matijasevich e Domingues (2010) a atividade física é qualquer

movimento executado pelos músculos esqueléticos capaz de aumentar as taxas de

gasto energético acima dos níveis basais. Entre os exemplos de atividade física estão:

varrer, levantar-se, subir escadas ou outros afazeres diários.

O exercício físico pode ser considerado uma subclasse da atividade física, este

por sua vez caracteriza-se por atividades feitas de forma ordenada e com determinada

intensidade e intenção. Sendo este, durante muitos anos uma prática não

recomendada para gestantes, pois se acreditava que poderia gerar riscos à saúde

materna e fetal.

Entretanto, a partir da década de 1980 começou a haver mudanças no

paradigma em relação a prescrição de exercícios físicos para gestantes. Com o

passar dos anos o número de mulheres que iniciaram a prática de exercício aumentou

significativamente, entre elas, mulheres grávidas. Tal mudança social despertou

interesse por estudos e pesquisas sobre a interferência do exercício físico para mãe

e para o feto, e o que poderia ser prejudicial ou benéfico para saúde de ambos

(MATIJASEVICH & DOMINGUES, 2010).

Existem ainda restrições quanto à prática escolhida, não sendo recomendadas

práticas que possam implicar riscos no decorrer de sua realização, à saúde fetal como,

10

mergulho em águas profundas ou atividades que possam gerar algum trauma

abdominal.

Para gestantes a prática regular de exercício físico pode e deve ser orientada,

tendo em vista os inúmeros benefícios que pode proporcionar, entre eles está a

prevenção da pré-eclâmpsia, do diabetes gestacional e do ganho de peso gestacional.

O interesse por essa pesquisa se deu devido ao nosso perfil e interesse

profissional e por ter como projeto futuro pesquisar mais profundamente essa temática

para descobrir quais os benefícios da atividade física no período gestacional e como

isso pode influenciar na qualidade de vida da gestante e do feto.

Por considerarmos o assunto pouco explorado no Estado do Espírito Santo,

nossa intenção é divulgar o tema, que poderá contribuir com profissionais das mais

diversas áreas e a nós mesmas, tanto no âmbito pessoal, quanto profissional.

A presente pesquisa poderá trazer contribuições a pesquisadores e membros

de variadas áreas da saúde como: nutricionistas, professores de educação física e

fisioterapeutas, entre outros, no sentido de aprimorar o conhecimento sobre aspectos

da atividade física na gestação.

Tendo como objetivo central conhecer os benefícios da atividade física no

período gestacional, visando à melhora da qualidade de vida tanto da gestante quanto

do feto. Para tanto, iremos:

1. Identificar na literatura científica, documentos que embasem teoricamente os

benefícios da prática de exercícios na gravidez;

2. Elencar quais os possíveis riscos da inatividade física para gestantes que não

possuem restrições clínicas;

3. Observar o nível de conhecimento de profissionais formados em educação

física e também estudantes dos últimos períodos de bacharelado e licenciatura

do curso de educação física do Centro de Educação Física e Desporto (CEFD)

da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Dessa forma o objetivo do presente trabalho é apresentar uma revisão

sistemática da literatura sobre benefícios e possíveis riscos percebidos com a

realização de atividades físicas praticadas por gestantes, a fim de refletir sobre a

importância da prática regular de exercício físico, seja para a saúde, o lazer ou na

prevenção de doenças.

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2 METODOLOGIA

Foram revisados e selecionados periódicos e artigos da base de dados da

Literatura Latino-americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde

(LILACS). Esta é a base de dados mais importante de literatura científica e técnica da

América Latina e Caribe. A busca se restringiu aos artigos publicados nos últimos 16

anos e em português. Para a realização da busca, utilizaram-se os descritores

“gestação”, “exercício físico” e “atividade física”. Foram selecionados, principalmente,

artigos de revisão e originais sobre o tema.

Além dos artigos em português, foram utilizados artigos em inglês, com o intuito

de conhecer os principais estudos atuais da literatura estrangeira. Para a realização

dessa busca, utilizaram-se os descritores “atividade física” e “gestação” (“physical

activity” and “pregnancy”), encontrados no site da Pubmed. A busca se restringiu a

artigos publicados nos últimos cinco anos, realizados em humanos, contendo

atividade física e gestação em seus títulos. Foram encontrados 82 artigos, nos quais

foram analisados e avaliados seus respectivos títulos e resumos, destacando as

principais abordagens sobre o tema selecionado. Os mesmos foram subdivididos em

38 assuntos relacionados com atividade física, para melhor compreensão.

Realizou-se também uma pesquisa de natureza quantitativa, tendo como

sujeito, 72 voluntários, entre eles profissionais formados em educação física e também

estudantes dos últimos períodos de Bacharelado e Licenciatura do curso de Educação

Física da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), que responderam a um

questionário composto por 33 questões objetivas, abordando temas importantes sobre

a mulher no período gestacional, sendo necessário assinalar sim, não ou não sei para

cada questão, com o intuito de observar o conhecimento desses voluntários.

12

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Benefícios do exercício físico no período gestacional

O exercício físico na gestação pode contribuir de forma considerável, podendo

auxiliar na redução do inchaço, uma melhor a circulação sanguínea, alívio nos

desconfortos intestinais, minimizando problemas como câimbras nas pernas, e

facilitando na recuperação pós-parto (YMCA; 1999).

Segundo Wilmore e Costill apud Rodrigues et al. (2008), a atividade

cardiovascular é maior no período gestacional do que no período não gestacional, no

entanto estudos comprovam que a prática regular exercício físico pode reduzir esse

estresse cardiovascular consequentemente diminuindo a pressão arterial e

produzindo frequências cardíacas mais baixas, maior volume sanguíneo circulante e

maior capacidade de oxigenação.

Muitas gestantes, ainda possuem receio quanto a prática regular de exercícios

por não ter a devida orientação sobre os efeitos benéficos que este pode proporcionar.

Cabe ao profissional da saúde sistematizar os benefícios adquiridos com a obtenção

de hábitos saudáveis durante o pré-natal.

Quanto a indicação de exercício para gestantes que não apresentam

contraindicações segundo Nascimento et al. (2014), o American College of

Obstetricians and Gynecologists (ACOG) recomenda pelo menos 30 minutos diários

de intensidade leve a moderada, sendo o suficiente para prevenir inúmeras doenças,

entre elas o diabetes gestacional e a pré-eclâmpsia.

Pesquisas denotam que gestantes que praticavam atividade física antes da

gravidez tiveram menor probabilidade de desenvolver diabetes gestacional (40%) e

pré-eclâmpsia (50%) comparadas com gestantes inativas. A atividade física de

intensidade leve a moderada também é recomendada para mulheres previamente

inativas que desejam iniciar a prática durante a gestação. Mulheres fisicamente ativas

antes da gestação podem manter o mesmo ritmo de treinamento, fazendo pequenas

alterações quanto ao tipo de exercício, intensidade e frequência. Entretanto, no

primeiro trimestre a gestante pode apresentar quadros frequentes de náuseas, enjoos,

sonolência, vômitos, e mal-estar causados pelas alterações hormonais, o que pode

causar indisposição à prática do exercício (NASCIMENTO et al., 2014).

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Segundo Batista (2003) o American College of Obstetricians and Gynecologists

recomenda que a atividade física seja praticada com intensidade leve a moderada,

observando a ausência de complicações obstétricas, mantendo um programa de

treinamento voltado para a fase do período gestacional e com atividades centradas

nas experiências e condições de saúde da gestante.

3.2 Cuidados e contraindicações na prática de atividades físicas para gestantes

Os exercícios aeróbios são indicados para gestantes previamente ativas,

adaptando apenas a intensidade e duração, para que se mantenha um ritmo de

treinamento, tendo em vista a indisposição causada no primeiro trimestre gestacional

pelas alterações hormonais.

Exercícios de fortalecimento muscular também são indicados, entretanto

precisam ser supervisionados e adaptados quanto à intensidade e utilização de pesos,

sendo preferencial o trabalho de grandes grupos musculares, diminuindo a carga e

aumentando o numero de repetições. A manobra de Valsalva deve ser evitada durante

o treinamento. Além disso, os músculos do assoalho pélvico também devem ser

trabalhados desde o primeiro trimestre.

O exercício físico aumenta a pressão arterial, por este motivo, gestantes com

diagnósticos de pré-eclâmpsia devem evitar exercícios, pois com o aumento da

pressão reduz-se o fluxo placentário que já está deficiente (SOUTANAKIS apud

NASCIMENTO et al., 2014).

O segundo trimestre é considerado o ideal para exercícios físicos, pois a mulher

encontra-se livre dos desconfortos do início da gravidez e dessa forma, mais disposta.

Na 20° semana inicia-se o crescimento acelerado do volume uterino, por este motivo

exercícios na posição supina devem ser evitados por longos períodos, para que não

ocorra a síndrome da posição supina (NASCIMENTO et al., 2014).

No terceiro trimestre a gestante pode sentir um grande desconforto pelo

aumento significativo de peso e limitações causadas pela fase final da gestação, o

que pode acarretar o desinteresse pelo exercício físico. Entretanto a manutenção do

exercício deve ser estimulada e adaptada, podendo ser feito exercícios aquáticos

como natação e hidroginástica.

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O exercício físico praticado de forma orientada e correta também tem um

importante papel na prevenção e redução de lombalgias causadas pela postura

incorreta das gestantes frente à hiperlordose que surge durante a gravidez. Isso

ocorre por causa da expansão do útero na cavidade abdominal e consequentemente

o desvio do centro gravitacional (HATMAN et al. apud BATISTA et al., 2003).

Análise da literatura internacional sobre atividade física e a gestação

A análise da literatura internacional foi realizada pela relação apontada entre

os títulos e seus respectivos resumos, de artigos encontrados no site da Pubmed.

Estes títulos e resumos de artigos foram associados e relacionados de acordo com

assuntos abordados com a prática de atividade física. Na Tabela 1, dos 82 artigos

selecionados da literatura internacional, relacionados com atividade física e gestação,

obteve-se 38 assuntos abordados, em sua maioria, tratando-se dos níveis e dos

possíveis benefícios que a atividade física pode proporcionar na qualidade de vida da

gestante e do feto.

Tabela 1: Análise da literatura internacional sobre gestação e atividade física.

Assuntos Número de

artigos Valores (%)

aproximados

Atividade física após a gravidez e diretrizes 1 1,21

Atividade física moderada à intensa, resistência à insulina e massa corporal 1 1,21

Benefícios da atividade física durante a gravidez 10 12,19

Benefícios e barreiras 1 1,21

Comportamento associado ao ganho de peso 1 1,21

Desenvolvimento da linguagem 1 1,21

Diabetes 5 6,09

Diabetes e obesidade 1 1,21

Dieta e Nutrição 3 3,65

Doenças hipertensivas 1 1,21

Efeitos da intervenção no estilo de vida 2 2,43

Fatos e orientações 1 1,21

Fertilidade e fecundidade 1 1,21

Fertilização in vitro 1 1,21

Filhos neurodesenvolvidos e QI 1 1,21

Frequência, duração, intensidade e tipo 2 2,43

15

Ganho de peso, estilo de vida, alimentação 2 2,43

Gasto energético 2 2,43

Hiperglicemia 1 1,21

Informações e atitudes 1 1,21

Início da gravidez e crescimento da função placentária 1 1,21

Insulina 1 1,21

Lesões 1 1,21

Medo e ansiedade 1 1,21

Nível de atividade física 11 13,41

Nível de estresse e depressão 3 3,65

Obesidade 6 7,31

Pedra na vesícula 1 1,21

Peso ao nascer e pressão arterial do feto 2 2,43

Período pré-gestacional: consumo alimentar e intolerância a glicose 1 1,21

Pré-natal 1 1,21

Pressão arterial 1 1,21

Recomendações 3 3,65

Síndrome metabólica 1 1,21

Tabagismo 3 3,65

Tamanho do bebê 1 1,21

Tolerância à glicose 2 2,43

Sem conteúdo disponível para análise 3 3,65

Total de artigos 82 100

No quadro 1, descrevemos algumas relações dos 38 assuntos abordados com

a atividade física, a partir dos títulos e resumos dos 82 artigos encontrados na

Pubmed. Como são vários estudos, abordamos as principais relações para uma

melhor compreensão.

Quadro1: Relação da atividade física com alguns dos assuntos abordados a partir

dos artigos encontrados na Pubmed.

Assuntos abordados na tabela 1 Relação com a atividade física

Atividade física após a gravidez e suas diretrizes

Atividade física pós-parto pode melhorar o humor,

manter a aptidão cardiorrespiratória, melhorar o

controle de peso, promover a perda de peso, e reduzir

a depressão e ansiedade, além de ajudar as mulheres

para iniciar ou retomar a atividade física após o parto.

Benefícios da atividade física durante a gravidez A atividade física durante a gravidez é conhecida por

ter um efeito positivo sobre a mãe e o feto, desde que

16

não haja contraindicações específicas relativas à

patologia materna. Está associada com menor

incidência de diversas patologias gestacionais,

impulsiona as capacidades físicas e mentais, além de

reduz o risco de cesariana.

Benefícios e barreiras

Os benefícios das atividades de lazer e barreiras

durante a gravidez diferem para as mulheres,

dependendo de sua prática de atividade física de lazer

na pré-gravidez. Sendo importante adaptar estratégias

para superar as barreiras para promover a iniciação e

manutenção da atividade física durante a gravidez.

Diabetes

A atividade física pode reduzir o risco de desenvolver a

doença durante a gravidez.

Diabetes e obesidade

Diabetes mellitus gestacional e obesidade podem

causar riscos durante a gravidez, prejudicando assim a

gestante e o feto.

Dieta e nutrição

As mulheres grávidas que ganham um excesso de

peso correm o risco de complicações durante a

gravidez e em longo prazo. O que pode minimizar o

ganho de peso gestacional, com efeitos variados sobre

os resultados clínicos, são as intervenções baseadas

na dieta e atividade física.

Doenças hipertensivas

A atividade recreativa no início da gravidez reduz o

risco de doença hipertensiva específica da gravidez.

Efeitos da intervenção no estilo de vida

A atividade física normalmente declina durante toda a

gravidez. Os baixos níveis estão associados ao ganho

de peso excessivo e aumento do risco de pré-

eclâmpsia, diabetes gestacional, hipertensão e risco de

cesariana. Intervenções de atividade física,

incorporando técnicas de mudança de comportamento

ajudam a reduzir o declínio da prática ao longo da

gestação.

Fatos e orientações

Exercício físico estruturado durante a gravidez reduz o

risco de cesariana. Esta é uma descoberta importante

para convencer as mulheres a serem ativas durante a

gravidez e deve levar o médico a recomendar o

exercício físico para as mulheres grávidas, quando não

está contraindicada.

Fertilidade e fecundidade

A atividade física moderada pode melhorar a fertilidade

entre as mulheres.

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Fertilização in vitro Um estilo de vida ativo no ano anterior pode impactar

favoravelmente no resultado da fertilização in vitro.

Filhos neurodesenvolvidos e QI

Atividade física materna durante a gravidez pode

alterar o QI da criança e o neurodesenvolvimento na

infância.

Frequência, duração, intensidade e tipo

Seleção de medidas de atividade física (válidas e

confiáveis) para quantificar a relação dose-resposta

(tipo, frequência, duração, intensidade) é recomendada

para aumentar a precisão e exatidão em detectar

associações da atividade física com os resultados

maternos e fetais.

Ganho de peso

Fatores de risco para o ganho de peso gestacional:

baixa renda, multíparas, privação do sono e inatividade

física.

Gasto energético

Mulheres de baixo peso e que não trabalham, são mais

propensas a usar menos energia em comparação com

as mulheres mais pesadas que usam mais e ainda são

mais propensas a desenvolver diabetes gestacional.

Hiperglicemia

Atividade física recreativa durante a gravidez está

associada a um menor risco de hiperglicemia.

Informações e atitudes

A atividade física é segura para a maioria das mulheres

grávidas e melhora da aptidão física. Os resultados

sugerem que o fornecimento de informações sobre

riscos e benefícios da atividade física no pré-natal pode

motivar as mulheres grávidas para a prática de

melhores comportamentos de saúde.

Início da gravidez e crescimento da função

placentária

A atividade física no início da gravidez pode afetar

negativamente o desenvolvimento da placenta. Esta

descoberta pode explicar a associação com a pré-

eclâmpsia grave.

Insulina

As relações entre atividade física materna, a resposta

à insulina, e massa livre de gordura infantil sugerem

que a atividade física durante a gravidez pode afetar os

resultados metabólicos da mãe e do feto.

Lesões

A incidência de lesão envolvendo atividade física foi

baixa durante a gravidez. Dessa forma, as mulheres

devem continuar a ser encorajados a manter o

envolvimento em atividade física durante a gravidez.

Medo e ansiedade

O medo das mulheres grávidas pode explicar porque

elas reduzem o seu nível de atividade física. Uma

18

atenção especial deve ser dada a mulheres grávidas

que tiveram experiências negativas em gestações

anteriores, que as tornam ansiosas e que possam

desencorajá-las a ser fisicamente ativas.

Nível de atividade física

De acordo com estudos, mães com baixos níveis de atividade

física eram mais propensas a ter um parto instrumental em

comparação às mães com níveis mais altos. Mães com

sobrepeso ou obesidade eram mais propensas a exigir uma

indução, ter um bebê macrossômico e uma internação mais

longa depois do parto. Um nível adequado de atividade física

entre as mulheres jovens em idade reprodutiva é

especialmente importante porque é uma das condições que

afeta sua capacidade de procriação.

Nível de estresse e depressão

Atividade física durante a gravidez foi associada a

níveis mais baixos de estresse e sintomas depressivos

menos graves após o parto.

Obesidade

Aumento da atividade física durante a gravidez pode

reduzir o risco de diabetes gestacional e pré-eclâmpsia,

que ocorrem mais comumente em mulheres com

sobrepeso e obesas. Intervenções para promover essa

prática devem também direcionar mudanças nas

atividades habituais, combinados uma alimentação

saudável para evitar ganho de peso excessivo durante

a gravidez e promover um ambiente fetal saudável.

Pedra na vesícula

A atividade física moderada à vigorosa não diminuiu a

incidência de pedra na vesícula durante a gravidez.

Peso ao nascer e pressão arterial do feto A atividade física materna está associada a uma

alteração na relação entre peso ao nascer e pressão

arterial sistólica (PAS). O aumento do nível de gasto

energético na gravidez está associado com

adiposidade neonatal.

Pré-natal

Atividade física no pré-natal pode melhorar a saúde

materna e infantil e proporcionar menor risco de doença

futura para a mãe e o bebê.

Pressão arterial

Nas mulheres normotensas, a atividade física realizada

no início da gravidez parece modular ligeiramente a

pressão arterial de repouso no início e após a gravidez.

Recomendações

Pesquisadores e profissionais devem promover a

atividade física, antes, durante e após a gravidez. Além

disso, há um número crescente de mulheres que

19

desejam manter os níveis de aptidão física durante o

período pré-natal ou iniciar exercício físico para um

estilo de vida mais saudável durante a gravidez.

Mulheres previamente inativas ou ativas (sem

contraindicações) estão em um baixo risco para

eventos adversos fetais ou maternos se participam de

rotinas de atividade física durante a gravidez.

Síndrome metabólica

Quantidades elevadas de atividade física na gravidez

podem ter efeitos benéficos sobre os níveis de HDL,

pressão arterial diastólica e IMC.

Tabagismo

As atividades físicas e intervenções podem ajudar a

cessação.

Tolerância à glicose

Mulheres diagnosticadas com tolerância à glicose

anormal e diabetes mellitus gestacional estão em maior

risco para o diabetes tipo 2. A atividade física pode ser

associada com um risco reduzido de distúrbios. O alto

IMC pré-gestacional confere um elevado risco de

tolerância à glicose anormal, independentemente do

estilo de vida, durante a gravidez.

De acordo com o Quadro 1, muitas das possíveis complicações da gestação

podem ser amenizadas com intervenções e práticas de exercícios regularmente.

Entre os diversos benefícios da prática de atividade física, encontrados na literatura

internacional estão: melhora da aptidão cardiorrespiratória; perda de peso; redução

da depressão e ansiedade; redução do risco de desenvolver o Diabetes Mellitus

Gestacional e Diabetes Mellitus Tipo II; redução do risco de doença hipertensiva

específica da gravidez; e redução do risco de cesariana.

Entende-se que o papel do profissional da saúde é fundamental para

intensificar a proposta de incentivo à prática de atividade física e a importância de

promover os benefícios que a atividade física pode proporcionar para manter a

qualidade de vida da gestante e do feto. Devem promover a atividade física, antes,

durante e após a gravidez.

Aplicação e análise do questionário sobre atividade física e gestação

A capacitação e atualização dos profissionais de educação física se fazem

necessária frente ao aumento constante de mulheres que iniciam as práticas

20

esportivas durante o período gestacional e as que optam por manter a prática de

esporte durante a gravidez.

Com isso, profissionais de diversas áreas envolvidos com o cuidado e

tratamento de gestantes como, profissionais de educação física, médicos, enfermeiros

nutricionistas, entre outros, devem buscar melhor capacitação para este atendimento

especial e individualizado, pois para cada gestante os riscos e benefícios devem ser

cuidadosamente avaliados, considerando as complicações que podem ocorrer

durante a gestação. Há também a necessidade por parte das instituições de ensino

em formar profissionais capacitados para as novas mudanças do mercado.

Com a finalidade de observar o conhecimento e as maiores dúvidas dos

profissionais formados em educação física e também de estudantes de educação

física quanto à prescrição de exercícios para gestantes, foi desenvolvido um

questionário composto por 33 questões objetivas (Sim / Não / Não sei), abordando

temas importantes sobre a mulher no período gestacional: diabetes gestacional,

obesidade, pré-eclâmpsia, prática de exercícios durante os três trimestres

gestacionais, efeitos negativos do treinamento para mãe e para o feto, exercícios em

mulheres treinadas e mulheres destreinadas, desenvolvimento fetal, ansiedade e

depressão.

O questionário também contém perguntas sobre o nível de conhecimento e

aprofundamento no tema proposto e a segurança do profissional formado e estudante

de educação física em prescrever atividade física para gestantes. O questionário foi

aplicado na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e contou com a

participação de 72 voluntários. Os participantes são alunos que estão nos últimos

períodos do curso de educação física, tanto do bacharelado quanto da licenciatura.

Nas tabelas abaixo (2 a 8) estão apresentados os resultados relativos às

seguintes temáticas avaliadas pelo questionário: recomendação da prática de

atividade física; atividade física no controle e prevenção do diabetes gestacional;

exercício físico no controle da pressão arterial; intensidade do exercício durante a

gestação; riscos e benefícios de atividades físicas no desenvolvimento fetal; vivencia

prática e teórica do profissional; nível de conhecimento dos profissionais e segurança

quanto a prescrição de exercícios para gestantes.

21

Tabela 2: Recomendação da prática de atividade física.

Questões Sim n(%)

Não n(%)

Não sei n(%)

Não responderam

n(%)

Recomendam a prática de atividade física para gestantes

70(97,2) 1(1,4) 1(1,4) 0(0)

Indicam exercícios para prevenção de

lombalgias

58(80)

2(2,7)

12(16,6)

0(0)

Gestantes são desaconselhadas a praticar

qualquer atividade física

0(0)

59(81,9)

13(18)

0(0)

Exercícios físicos ajudam a diminuir ansiedade

e depressão pós-parto

49(68)

5(6,9)

15(20,8)

3(4,1)

Gestantes com dor abdominal ou hemorragias

devem interromper a prática de exercícios

54(75)

3(4,1)

12(16,6)

3(4,1)

A atividade física para gestantes passou a ser recomendada a partir da década

de 1980, quando começou a haver maiores pesquisas e que poderia haver efeitos

benéficos para a mãe e o feto. Um dos efeitos positivos é que a prática de exercício

combate a depressão pós-parto, tal resultado se deve a autoestima elevada, maior

sensação de bem estar, diminuição da sensação de isolamento social, diminuição da

ansiedade e do estresse (ARTAL apud MATSUDO et al., 2000).

Entre as mudanças que ocorrem com o avanço da gestação estão o surgimento

de lombalgias, ocasionadas pela hiperlordose devido ao aumento do útero na

cavidade abdominal. Contudo, 16,6% dos participantes da pesquisa desconhecem a

relação entre os benefícios do exercício sobre a hiperlordose e 80% indicam

exercícios para prevenção de lombalgias. De acordo com Hartmann apud Batista et

al. (2003), a prática de exercícios proporciona o fortalecimento muscular e a

adequação a uma postura correta frente a lordose e pode prevenir ou diminuir as dores

que surgem comumente nos últimos trimestres gestacionais.

Apesar dos benefícios percebidos Bennell apud Lima et al (2005) a prática de

exercícios deve ser imediatamente interrompidos em caso de sangramento vaginal,

doenças cardíacas, risco de parto prematuro ou aborto entre outras contra indicações

que podem ocasionar risco materno ou fetal. Entretanto 16,6% dos participantes

22

responderam não saber sobre os sinais e sintomas que levam a interrupção das

atividades

Tabela 3: Atividade física no controle e prevenção do diabetes gestacional.

Questões Sim n(%)

Não n(%)

Não sei n(%)

Não responderam

n(%)

Exercícios físicos são benéficos na prevenção de diabetes gestacional

38(52,7) 3(4,1) 31(43) 0(0)

Atividades físicas mantêm os níveis glicêmicos normais em pacientes portadoras de diabetes

55(76,3) 2(2,7) 12(16,6) 3(4,1)

Das questões apresentadas duas eram relacionadas ao diabetes gestacional

e os efeitos do exercício físico sobre as gestantes. Conforme as tabelas de resultados

aproximadamente 43% dos participantes responderam desconhecer os benefícios

relacionados ao exercício físico na prevenção de diabetes gestacional e 76,3%

alegaram que a prática de exercício contribui de forma benéfica para o controle

glicêmico. De acordo com Dye et Al apud Matsudo (2000), após estudos realizados

com gestantes, afirmam que o exercício contribuiu para reduzir o risco do surgimento

de diabetes gestacional e para o controle glicêmico em gestantes já portadoras do

diabetes. Em gestantes diabéticas do tipo II o exercício mostrou-se benéfico quanto

ao aumento na sensibilidade dos receptores de insulina e com consequente aumento

na captação de glicose circulante. Entretanto para obter esses resultados a prática de

exercícios deve ser associada a hábitos alimentares saudáveis, pois exercícios

extenuantes e prolongados podem levar a um quadro hipoglicêmico que pode ocorrer

mais rápido em gestantes causando efeitos adversos para a mãe e o feto (Gorski apud

Matsudo et al., 2000).

23

Tabela 4: Exercício físico no controle da pressão arterial.

Questões Sim n(%)

Não n(%)

Não sei n(%)

Não Responderam

n(%)

Evitar exercícios em isometria e manobra de Valsalva devido ao aumento da resposta

pressórica

56(77,7) 4(5,5) 12(16,6) 0(0)

18(25) 5(6,9) 48(66,6) 0(0)

Gestantes com pré-eclâmpsia não devem praticar exercícios físicos

Entre os efeitos benéficos do exercício durante a

gestação está a prevenção da pré-eclâmpsia 38(52,7) 3(4,1) 31(43) 0(0)

A sobrecarga cardiovascular é maior no período gestacional do que no período não gestacional

40(55,5) 3(4,1) 29(40,2) 0(0)

Exercícios são contraindicados em caso de

hipertensão grave e de difícil controle 37(51,3) 16(22,2) 15(20,3) 3(4,1)

Durante o exercício ocorre a redistribuição sanguínea aos músculos em

atividade, entretanto o aumento constatado do debito cardíaco durante a gestação

compensa essa redistribuição de forma que não ocorra a diminuição do fluxo

sanguíneo ao feto. Estudos realizados por Clapp et al. apud Matsudo et al. (2000)

mostraram que a queda de pO2 fetal foi menor em gestantes previamente ativas, com

isso acredita-se que o exercício regular reduz a necessidade de redistribuição do fluxo

sanguíneo. Dos entrevistados, 40,2% desconhecem o fato da pressão arterial ser

maior no período gestacional do que no período não gestacional e 66,6% não sabem

se mulheres com pré-eclâmpsia pode praticar exercícios, sendo este um termo a ser

de conhecimento de todos os profissionais de educação física pois, a prescrição

inadequada de exercícios para mulheres com o diagnóstico de pré- eclampsia pode

colocar em risco tanto a saúde da mãe quanto do feto.

Brenner apud Matsudo et al. (2000) mostraram por meio de pesquisas que

mesmo com a elevação da frequência cardíaca materna durante o exercício, não

ocorre sofrimento fetal, pois a mesma permanece elevada durante e após 5 minutos

de exercício, retornando aos níveis basais após cinco minutos de exercício de

intensidade leve a moderada e demorando aproximadamente 30 minutos para

retornar aos níveis basais após a pratica de exercícios de alta intensidade. Entretanto,

para causar o sofrimento fetal o índice de diminuição fluxo placentário deve ser de

24

aproximadamente 50%. Essa diminuição de fluxo foi raramente observada em

exercícios de intensidade leve a moderada, ocorrendo com mais frequência em

exercícios extenuantes e prolongados (CLAPP et al. apud MATSUDO et al., 2000).

Uma possível explicação para os breves períodos de bradicardia fetal durante

o exercício é a resposta normal a eventos hemodinâmicos ou a compressão da cabeça

do feto devido ao mau posicionamento no útero durante o exercício. Por outro lado,

estudos mostram que o feto pode tolerar sem maiores prejuízos a eventual hipóxia

moderada bem como outras enfermidades maternas como doenças cardíacas e

enfermidades metabólicas (WOLFE apud MATSUDO et al, 2000)

Tabela 5: Intensidade do exercício recomendada durante a gestação.

Questões Sim n(%)

Não n(%)

Não sei n(%)

Não Responderam

n(%)

Atividade física de intensidade moderada é recomendada durante todo período gestacional

44(61,1) 18(25) 10(13,8) 0(0)

Exercícios aeróbios de intensidade moderada são recomendados apenas para gestantes previamente ativas

9(12,5) 48(66,6) 14(19,4) 0(0)

Exercícios de força como a musculação, de intensidade leve à moderada é recomendado para gestantes

61(84,7) 2(2,7) 9(12,5) 0(0)

Mulheres atletas podem manter a mesma intensidade de exercício mesmo durante a gestação

10(13,8) 50(69,4) 9(12,5) 0(0)

Atletas profissionais podem manter a mesma intensidade de treinamento e retornar a competir em alto nível após a gestação

33(45,8) 20(27,7) 19(26,3) 0(0)

Exercícios intensos devem ser evitados no primeiro trimestre gestacional pelo risco de aborto espontâneo

49(68) 9(12,5) 11(15,2) 3(4,1)

Atividades intensas no último trimestre devem ser evitadas pelo risco de parto prematuro

32(44,4) 8(11,1) 29(40,2) 3(4,1)

Exercício de alta intensidade deve ser evitado por causar sofrimento fetal

27(37,5) 9(12,5) 32(44,4) 4(5,5)

Atividades com levantamento frequente de peso aumentam consideravelmente o risco de parto prematuro

39(54,6) 6(8,3) 24(33,3) 3(4,1)

Atividades de intensidade moderada diminuem o risco de complicações obstétricas

42(58,3) 5(69) 22(305) 3(4,1)

25

Uma dúvida recorrente quanto a realização de exercícios durante a gestação

está relacionada à intensidade e os riscos causados pela intensidade inadequada. O

Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia (1985) recomenda a prática de

exercícios três vezes na semana em intensidade leve a moderada que representa em

torno de no máximo 60% a 70% da capacidade aeróbia o que significa

aproximadamente uma FC de 140 bpm. Apesar dessa recomendação, gestantes que

se exercitaram por 43 minutos por dia 3 vezes por semana mantendo uma frequência

cardíaca superior a 144 bpm não apresentaram efeitos adversos fetais ou maternos.

Outros autores como White apud Matsudo (2000) consideram a utilização da

escala de Borg para mensurar a intensidade, sendo adequado manter os exercícios

entre 12-14 considerando uma escala de 6-20. Uma regra importante quanto ao

mensurar a intensidade é a capacidade de dialogar enquanto executa o exercício, ou

seja, se for possível manter o diálogo a intensidade é considerada leve a moderada.

Assim como a intensidade a frequência e a duração são fatores relevantes a

serem considerados na prescrição de exercícios e serão estabelecidos conforme o

condicionamento físico e os objetivos a serem alcançados.

Mulheres atletas que apresentam gestação regular, ou seja, sem complicações

ou contraindicações obstétricas podem manter a intensidade leve a moderada e

aumentar a frequência e a duração, entretanto 69,4% responderam que mulheres

atletas não devem manter o mesmo nível de atividade física durante a gestação.

Mulheres previamente inativas são aconselhadas a iniciar atividades de baixa

intensidade aumentando gradativamente à medida que se adapta aos exercícios.

Entretanto com o avanço da gestação e o crescimento uterino a mulher tende

naturalmente a diminuir o nível de atividade física (MORTON apud MATSUDO 2000).

A musculação entra na lista de atividades que geram dúvidas quanto aos riscos

e benefícios de sua prática no período gestacional. Para mulheres adeptas da

musculação devem ser orientadas a exercitar os grandes grupos musculares e

executar apenas exercícios de baixo impacto articular e evitar os que demandem

equilíbrio e a manobra de Valsalva.

A musculação mostrou-se benéfica nas respostas cardiovasculares,

respiratórias, metabólicas, aumento da massa muscular com consequente diminuição

26

da massa adiposa e fortalecimento articular, que se faz necessário frente ao aumento

considerável de peso durante a gestação. Entretanto a musculação é recomendada

apenas para mulheres que a praticavam antes da gestação (AZEVEDO apud

MONTENEGRO et al., 2014).

Exercícios em posição supina também devem ser evitados segundo

Montenegro (2014), pois o útero pode comprimir a veia cava prejudicando o retorno

venoso, fenômeno conhecido como síndrome da hipotensão supina.

Não existem dados científicos que comprovem maior incidência de abortos

espontâneos em gestantes praticantes ou não de exercícios físicos nem que

comprovem que qualquer nível de exercício físico influencia o aborto. Atletas de alto

nível que optam por manter o condicionamento físico e a alta intensidade durante os

treinos não apresentaram resultados prejudiciais à saúde materna ou fetal de acordo

com Wolfe apud Matsudo (2000). Entretanto os estudos mostram resultados

controversos uma vez que autores como Zaharieva apud Matsudo et al. (2000) indica

que gestantes atletas tiveram maior incidência de nascimento prematuro e com baixo

peso. De acordo com a literatura apresentada, mulheres atletas podem manter os

exercícios em alta intensidade com orientação e algumas restrições quanto ao tempo

de execução, pois exercícios extenuantes por períodos prolongados e frequentes

mostraram-se negativos quanto ao crescimento fetal, onde as crianças nasceram

baixo do peso recomendado. (BENNEL apud LIMA 2005).

Gestantes sedentárias ou mesmo as que praticam exercícios regularmente não

devem almejar os mesmos resultados ou níveis de treinamento de gestantes atletas,

pois estas representam um número seleto de mulheres extremamente ativas capaz

de suportar esforço físico de alta intensidade, tendendo a desprezar sinais de

exaustão, o que pode ser considerado um risco adicional (MATSUDO, 2000).

Apesar de estudos que mostram algumas alterações em mulheres que mantém

exercícios de alto rendimento no início da gestação, atletas de elite podem manter os

níveis de treinamento, pois não existem consequências adversas para exercícios

intensos nos primeiros trimestres, e orienta a diminuição da intensidade com o avanço

da gestação e o repouso no último trimestre. As alterações articulares, ligamentares

e posturais que ocorrem devido a mudança no centro de gravidade com o avanço da

gestação tendem a limitar o desempenho, por este motivo sugere-se que exercícios

27

em níveis competitivos sejam suspensos a partir da 16a à 20o semana de gestação

(HALE apud MATSUDO et al., 2000).

Ao serem questionados sobre exercício e aborto 68% responderam que o

exercício nos primeiros trimestre podem causar aborto espontâneo, de acordo com os

estudos, entre os efeitos do exercício no corpo da gestante acreditava-se que a

atividade física estimulava a contração uterina, o que consequentemente levaria ao

trabalho de parto. Entretanto Bishop apud Batista et al. (2014) acredita que a atividade

física promove o fortalecimento da musculatura pélvica, o que consequentemente

diminui o risco de parto prematuro. Para ele, outros fatores podem ocasionar o parto

prematuro como a falta de adesão a programas de assistência pré-natal, idade e

paridade.

Tabela 6: Riscos e benefícios da atividade física no desenvolvimento fetal.

Questões Sim n(%)

Não n(%)

Não sei n(%)

Não Responderam

(%)

Exercícios orientados contribuem para o desenvolvimento fetal

50(69,4) 5(6,9) 14(19,4) 3(4,1)

Exercícios orientados de intensidade moderada contribuem para o aumento do peso fetal

18(25)

16(22,2)

35(48,6)

3(4,1)

Exercícios com risco de trauma abdominal são prejudiciais para saúde e desenvolvimento fetal

50(69,4) 5(6,9) 14(19,4) 3(4,1)

Com acentuada diminuição no movimento fetal os exercícios devem ser interrompidos

28(38,8) 3(4,1) 37(51,3) 4(5,5)

Exercícios em ambientes muito quentes, com

temperatura muito elevada devem ser evitados

pelo risco de má formação fetal.

22(30,5) 12(16,6) 34(47,2) 4(5,5)

Exercícios aquáticos têm sido constantemente recomendados. Entre as

atividades aquáticas mais disseminadas como prática saudável está a natação e a

hidroginástica, que constituem exercícios aeróbios, de baixo impacto articular, ainda

proporciona diminuição da resistência vascular renal e da filtração renal causada pela

pressão hidrostática de acordo com Katz apud Matsudo (2000).

Existem outros fatores fundamentais para a prática saudável de atividade física

considerando as condições físicas das gestantes como a temperatura corporal e os

28

efeitos que esta variação pode causar ao desenvolvimento fetal como a temperatura

corporal. Dos 72 entrevistados 16,6% responderam que altas temperaturas não

acarretam riscos a saúde e 47,2% responderam não saber acerca da relação entre

altas temperaturas e os riscos á saúde fetal.

Estudos realizados com animais revelaram que altas temperaturas podem

resultar em má formação nos tubos neurais. Apesar de tal estudo ainda não ter sido

comprovado em humanos sugere-se que gestantes evitem altas temperaturas que

possam levar a um estado hipertérmico (BENNELL apud LIMA, 2005). Apesar dos

benefícios constatados, independente do exercício escolhido, ou seja, musculação,

atividades aeróbias ou práticas aquáticas, estes devem ser imediatamente

interrompidos em caso de sangramento vaginal ou histórico de aborto, falta de ar após

os exercícios, dor de cabeça constante ou no peito, fraqueza muscular, perda de

líquido amniótico ou diminuição do movimento ou sofrimento fetal (Colégio Americano

de Ginecologia e Obstetrícia apud Matsudo, 2000). As atividades devem ser

retomadas apenas após liberação médica.

Tabela 7: Vivência prática e teórica do profissional.

Questões Sim n(%)

Não n(%)

Não responderam

n(%)

Durante a sua pratica profissional ou estagio já prestou serviços a mulheres grávidas

28(38,8) 41(56,9) 3(4,1)

Já teve informações por meio de livros ou revistas sobre pratica de atividade física para gestantes

46(63,8) 21(29,1) 5(6,9)

Durante a formação teve aula de conhecimentos específicos sobre atividade física e gestação.

16(22,2) 53(73,6) 3(4,1)

Tabela 8: Nível de conhecimento dos profissionais de educação física e segurança

quanto à prescrição de exercícios para gestantes.

De acordo com seu nível de conhecimento, sente segurança em prescrever exercícios físicos para gestantes?

Resposta n (%)

De jeito nenhum 22(30,5) Um pouco 12(16,6) Moderadamente 27(37,5) Bastante 6(8,3) Extremamente Não Responderam

2(2,7) 3(4,1)

29

De acordo com os resultados apresentados nas tabelas 7 e 8, 56,9% dos alunos

finalistas e profissionais formados que responderam ao questionário, nunca

participaram de nenhuma interferência com mulheres grávidas, tanto durante sua

formação quanto após a graduação e 73,6% não obtiveram durante o curso aulas

voltadas para o conhecimento referente a atividade física e gestação. Este pode ser

considerando um quantitativo preocupante considerando o crescente número de

gestantes adeptas a prática de exercícios durante a gestação e a falta de profissionais

capacitados para a orientação e prescrição de exercícios de forma correta,

respeitando a individualidade biológica e os objetivos almejados.

Quando questionados quanto ao nível de segurança para desenvolver

trabalhos com gestantes 30,5% responderam que de jeito nenhum se sentem seguros

para prescrever exercícios e 16,6% responderam que sentem um pouco de

segurança. Apenas 2,7% dos participantes se declararam extremamente seguros.

Notoriamente este não pode ser considerado um número satisfatório tendo em vista

os riscos apresentados ao desenvolver práticas esportivas não recomendadas ou

executadas de forma incorreta. Essa falta de segurança afeta também os resultados

e os objetivos almejados pela gestante e a saúde materna e fetal, pois ao não executar

os exercícios corretos, ou seja, com o volume e intensidade ideais, não alcançarão os

benefícios do exercício físico bem orientado e executado.

Por este motivo cabe ao profissional buscar informações e uma melhor

qualificação quanto à prescrição de exercícios para gestantes, e as universidades

formar profissionais capacitados para atuar no mercado de acordo com as novas

demandas que estão em constante mudança.

30

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Estudos apontaram que gestantes que aderiram ou mantiveram a prática de

exercícios apresentaram efeitos benéficos para sua saúde e a saúde fetal. Entretanto,

existe a necessidade de orientação quanto a prática escolhida de forma a não se

tornar prejudicial, considerando o nível de treinamento, problemas de saúde que

comprometam a gestação e necessitem repouso e evitar esportes que possam causar

trauma abdominal.

Para tanto se faz necessário o acompanhamento de profissionais capacitados

para prestar a devida orientação. Profissionais envolvidos com o cuidado e tratamento

de gestantes devem buscar melhor capacitação para este atendimento especializado

e individualizado.

Há também a necessidade por parte das instituições de ensino superior em

formar profissionais capacitados a atenderem essa população em questão.

31

5. REFERÊNCIAS

BATISTA, Daniele Costa et al. Atividade física e gestação: saúde da gestante não atleta e crescimento fetal. Revista Brasileira Saúde Materna e Infantil. v.3, n.2. 2003. LIMA, Fernanda R.; OLIVEIRA, Natália. Gravidez e exercício. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 45, n. 3, p. 188-90, mai./jun., 2005. MATIJASEVICH, Alice; DOMINGUES, Marlos Rodrigues. Exercício físico e nascimentos pré-termo. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. vol.32 no.9 Rio de Janeiro Set. 2010. MATSUDO, Victor K.R; MATSUDO Sandra M.M. Atividade física e desportiva na gravidez. Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul – CELAFISCS. Publicado no livro: A Grávida. TEDESCO JJ (Editor), São Paulo, ATheneu, pp.59-81,2000 MONTENEGRO, Léo de Paiva. Musculação: abordagens para a prescrição e recomendações para gestantes. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, Edição Suplementar 2, São Paulo, v.8, n.47, p.494-498. 2014. NASCIMENTO, Simony Lira et al. Recomendações para a prática de exercício físico na gravidez: uma revisão critica da literatura. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Rio de Janeiro, v.36, n.9, set. 2014. RODRIGUES, Vinícius Dias et al. Prática de exercício físico na gestação. Revista Digital efdeportes. Buenos Aires, Ano 13, n. 126, nov. 2008. YOUNG MEN'S CHRISTIAN ASSOCIATION (YMCA). Ginástica para gestantes. São Paulo: Manole,1999.

32

ANEXO A: REFERÊNCIAS DOS ARTIGOS ENCONTRADOS NA PUBMED

1: Silva FT, Araujo Júnior E, Santana EF, Lima JW, Cecchino GN, Silva Costa FD. Translation and cross-cultural adaptation of the Pregnancy Physical Activity Questionnaire (PPAQ) to the Brazilian population. Ceska Gynekol. 2015 Aug;80(4):290-8. 2: Currie S. Behaviour change techniques that reduce the decline in women's physical activity in pregnancy. Midwives. 2015 Summer;19:32. 3: Braillon A, Bewley S. Trials on physical activity for smoking cessation in pregnancy missed a trick or two. BMJ. 2015 Jun 30;350:h3554 4: Ussher M, Lewis S, Aveyard P, Manyonda I, West R, Lewis B, Marcus B, Riaz M, Taylor A, Daley A, Coleman T. Physical activity for smoking cessation in pregnancy: randomised controlled trial. BMJ. 2015 May 14;350:h2145. 5: Russo LM, Nobles C, Ertel KA, Chasan-Taber L, Whitcomb BW. Physical activity interventions in pregnancy and risk of gestational diabetes mellitus: a systematic review and meta-analysis. Obstet Gynecol. 2015 Mar;125(3):576-82. 6: Sorbye LM, Klungsoyr K, Samdal O, Owe KM, Morken NH. Pre-pregnant body massindex and recreational physical activity: effects on perinatal mortality in a prospective pregnancy cohort. BJOG. 2015 Sep;122(10):1322-30. 7: Kowalska J, Olszowa D, Markowska D, Teplik M, Rymaszewska J. [Physical activity and childbirth classes during a pregnancy and the level of perceived stress and depressive symptoms in women after childbirth]. Psychiatr Pol. 2014 Sep-Oct;48(5):889-900. 8: Mudd LM, Evenson KR. Review of impacts of physical activity on maternal metabolic health during pregnancy. Curr Diab Rep. 2015 Feb;15(2):572. 9: Ruifrok AE, Rogozinska E, van Poppel MN, Rayanagoudar G, Kerry S, de Groot CJ, Yeo S, Molyneaux E, McAuliffe FM, Poston L, Roberts T, Riley RD, Coomarasamy A, Khan K, Mol BW, Thangaratinam S; i-WIP (International Weight Management in Pregnancy) Collaborative Group. Study protocol: differential effects of diet and physical activity based interventions in pregnancy on maternal and fetal outcomes--individual patient data (IPD) meta-analysis and health economic evaluation. Syst Rev. 2014 Nov 4;3:131. doi: 10.1186/2046-4053-3-131. Review. Erratum in: Syst Rev. 2015;4:101. 10: Domingues MR, Matijasevich A, Barros AJ, Santos IS, Horta BL, Hallal PC. Physical activity during pregnancy and offspring neurodevelopment and IQ in the first 4 years of life. PLoS One. 2014 Oct 28;9(10):e110050. 11: Hayes L, Bell R, Robson S, Poston L; UPBEAT Consortium. Association between physical activity in obese pregnant women and pregnancy outcomes: the UPBEAT pilot study. Ann Nutr Metab. 2014;64(3-4):239-46. 12: Mor R, Ben-Shlomo I. [Physical activity during pregnancy--facts and practical guidelines]. Harefuah. 2014 Aug;153(8):467-70, 497. 13: Pivarnik JM, Mudd LM, White EE, Schlaff RA, Peyer KL. Physical activity during pregnancy and offspring characteristics at 8-10 years. J Sports Med Phys Fitness. 2014 Oct;54(5):672-9. 14: Hui AL, Back L, Ludwig S, Gardiner P, Sevenhuysen G, Dean HJ, Sellers E, McGavock J, Morris M, Jiang D, Shen GX. Effects of lifestyle intervention on dietary intake, physical activity level, and gestational weight gain in pregnant women with different pre-pregnancy Body Mass Index in a randomized control trial. BMC Pregnancy Childbirth. 2014 Sep 24;14:331.

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ANEXO B: Questionário

1. A prática de atividade física orientada é recomendada para gestantes.

2. Grávidas sedentárias e pouco ativas apresentam considerável declínio do condicionamento físico

durante a gravidez.

3. A atividade física orientada (de intensidade moderada) é uma prática recomendada para gestantes

durante todo o período gestacional.

4. Gestantes são desaconselhadas a praticar qualquer tipo de atividade física.

5. O ganho de peso excessivo pode expor a gestante ao desenvolvimento de hipertensão arterial,

diabetes e obesidade pós-parto.

6. A prática de exercícios aeróbios de intensidade moderada (caminhada, hidroginástica e etc.) é

recomendada apenas para gestantes previamente ativas.

7. O treinamento de força (musculação), de intensidade leve a moderada, pode ser praticado por

gestantes.

8. Na prática do treinamento de força durante a gestação devem ser evitados exercícios em isometria

e a manobra de Valsalva (bloqueio respiratório) pelo risco de aumento da resposta pressórica.

9. Mulheres grávidas com diagnóstico de pré-eclampsia não devem praticar atividade física.

10. Mulheres altamente treinadas (atletas) podem manter a mesma intensidade de treinamento físico

durante o período gestacional.

11. Atletas profissionais são capazes de manter elevada intensidade de treino, ao longo de uma

gestação saudável, e de retornar rapidamente a competir em alto nível.

12. Entre os benefícios da prática de atividade física durante a gestação podemos citar a prevenção da

pré-eclampsia e do diabetes gestacional.

13. Mulheres grávidas têm propensão maior de desenvolverem lombalgia (por hiperlordose) e a prática

de atividade física auxilia na redução e prevenção desse quadro.

14. A sobrecarga (atividade) cardiovascular é maior no período gestacional do que no não gestacional.

15. A atividade física pode contribuir para manter os níveis glicêmicos normais em gestantes que

apresentam diabetes gestacional.

16. A prática de exercícios físicos intensos deve ser evitada nos primeiros três meses de gestação por

expor as grávidas a um maior risco de aborto espontâneo.

17. A prática de exercícios físicos intensos nos últimos meses de gestação pode provocar parto

prematuro.

18. A prática de exercícios físicos durante a gestação tem efeito positivo para o desenvolvimento fetal.

19. A prática de exercícios físicos orientados (de intensidade moderada) durante o período gestacional

contribui para o aumento do peso fetal.

20. A prática de exercícios físicos de alta intensidade (por reduzir o transporte de oxigênio e nutrientes

para a placenta) é contraindicada por causar sofrimento fetal.

21. A prática de exercícios físicos com risco de trauma abdominal é prejudicial para a saúde e

desenvolvimento fetal.

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22. Em casos que ocorra a diminuição acentuada do movimento fetal a prática de exercícios físicos

deve ser imediatamente interrompida.

23. A prática de exercícios físicos durante a gestação pode reduzir o risco de desenvolvimento de

ansiedade e depressão pós-parto.

24. Grávidas devem evitar realizar exercícios físicos em ambientes muito quentes e piscinas com

temperatura muito elevada pelo risco de má formação fetal.

25. Para mulheres grávidas com quadros de hipertensão grave e de difícil controle a prática de

exercícios físicos é contraindicada.

26. Gestantes com dor abdominal, cólica e hemorragia vaginal devem interromper a prática de atividade

física imediatamente.

27. Grávidas que trabalham com levantamento frequente de cargas pesadas, ou seja, em atividade

ocupacional intensa, aumentam consideravelmente o risco de parto prematuro.

28. A prática de atividade física, de intensidade moderada no decorrer do ciclo gestacional, diminui o

risco de complicações obstétricas.

29. Pela falta de informação adequada, aproximadamente 95% das mulheres em idade fértil são

insuficientemente ativas.

30. Na sua prática profissional e/ou de estágio, já prestou auxilio e serviço para mulheres grávidas

(academia, escola, clubes, personal trainer e etc.)?

31. Já teve informações a respeito de gravidez e exercício físico (livros, panfletos, palestras e etc.)?

32. Durante a sua formação, teve aulas de conhecimentos específicos com relação à prescrição de

atividades físicas para gestantes?

33. De acordo com seu nível atual de conhecimento, sente segurança em prescrever exercícios físicos

para gestantes?

( ) de jeito nenhum ( ) um pouco ( ) moderadamente ( ) bastante ( ) extremamente