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Univers idade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação em Engenhar ia de Produção
Centro de Tecnologia e Geociências – CTG
EST UDO EXP LORAT ÓRIO S OBRE A RE L AÇÃO DAS TECNOL OGIAS DE
COM UNICAÇÃO E I NFORM AÇÃO NA PRODUÇÃO CIE NT ÍF ICA DA
UFPE
D IS S E RT AÇÃO DE M EST RADO
Francisco de Assis Si lva Teles
Orientador: Ana Paula Cabral Seixas Costa Ferrei ra
Reci fe – Pernambuco
Junho/2006.
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
iii
“...nunca [...] plenamente maduro, nem nas idéias nem no estilo,
mas sempre verde, incompleto, experimental.”
Gilberto
Freire,
Tempo Morto e Outros Tempos, 1926
iv
DEDICATÓRIA
À minha família,
à minha esposa Aldalícia,
e aos meus filhos,
Fabrício,
Lorena
e Juliana.
Recife, Junho de 2006
v
vi
AGRADECIMENTOS
À Un ivers idade Fede ra l de Pe rnambuco e ao P rograma de Pós -Graduação em Engenha r ia de P rodução , pe las cond ições
o fe rec idas e pe los ens inamentos p ropo rc ionados pe lo seu co rpo docen te .
À P ro fa . Ana Pau la Cab ra l , ma is que uma o r ien tado ra , uma am iga que soube me gu ia r nessa d i f íc i l ta re fa . Pe los
ens inamentos , enr iquec imento p ro f iss iona l e pessoa l du ran te todo esse t raba lho .
Ao P ro f . Ad ie l A lme ida , pe lo incen t i vo desde os tempos do curso de espec ia l i zação em Gestão da In fo rmação. Po r t o rnar
poss íve l a rea l i zação desse ob je t i vo .
À P ro fa . Den ise pe lo apo io e am izade sempre p resen tes .
Ao P ro f . Gh ina to pe la per fo rmance em S is temas de P rodução .
Ao P ro f . Ab raão pe los ens inamentos em Gestão do Conhec imen to .
À co lega I vany pe lo apo io .
À toda equ ipe do PPGEP, em espec ia l a Jane , Ju l iane e I zabe l .
À todos os co legas da UFPE, em espec ia l aque les que responde ram ao ques t ioná r io , pe lo incen t i vo , po r seu tempo ,
pac iênc ia e cooperação .
A todos em f im que de a lguma fo rma con t r ibu í ram para a rea l i zação desse t raba lho .
Po r ú l t imo, gos ta r ia de de ixa r aqu i reg is t rado a m inha g ra t idão a Mar ia Ec i la da S i l va Te ixe i ra ( t ia C i la ) in memor ian .
vii
RESUMO
As Tecno log ias de In fo rmação e Comunicação baseadas na In te rnet
(T ICs ) , são ho je amp lamente d isponíve i s nas i ns t i tui ções e tem
o fe rec ido um ambien te ma is p rodut i vo para o t raba lho c ien t í f i co no uso
das redes de computadores . Essa u t i l i zação vem sendo um potenc ia l
fac i l i t ador da comunicação en t re os g rupos de pesquisa,
p ropo rc ionando , po r exemp lo , a redução de p rob lemas de coo rdenação
na pesqu isa, com fo r te impacto na produção c ien t í f ica . Par t i ndo des te
cenár io es ta d i sse r tação é um es tudo exp lo ra tó r i o , com carac te r ís t i cas
desc r i t i vas sob re a u t i l i zação das T ICs po r pa r te dos pesqu isadores da
Un ive rs idade Federa l de Pernambuco - UFPE, t endo como p r i nc ipa l
ob je t i vo ob te r i n fo rmações sobre o re lac ionamento da u t i l i zação dessas
tecno log ias po r pesqu isadores da UFPE nas a t i v idades acadêmicas e
seus re f lexos nos processos de inovação acadêmica da i ns t i t u i ção . Como
fon te de dados fo i u t i l i zado um ques t ionár io d isponib i l i zado na In te rnet
pa ra acesso dos pesqu isadores da i ns t i tu i ção .
viii
ABSTRACT
The Techno log ies o f based In fo rmat ion and Communicat ion i n t he
In te rne t (T ICs ) , a re today w ide l y ava i lab le i n the i ns t i tu t i ons and have
o f fe red a more p roduc t i ve env i ronmen t fo r the sc ient i f i c work i n t he
use o f t he compute r networks . Th is use comes be ing a fac i l i t ador
po ten t i a l o f t he communica t ion en ters t he groups o f research ,
p rov id ing , fo r example , t he reduct i on o f p rob lems of coo rd inat i on i n
t he research , w i th s t rong impact in the sc ien t i f i c p roduct ion . Break ing
o f t h is scene th i s d i sse r tação i t i s a exp lo ra to r y s tudy, w i th desc r i p t i ve
charac te r i s t i cs on the use o f the T ICs on the par t o f t he researchers o f
t he Federa l Un ive rs i t y o f Pernambuco - UFPE, hav ing as ma in ob jec t i ve
to ge t i n fo rmat ion on the re la t ionsh ip o f t he use of these techno log ies
fo r researchers o f the UFPE in the academic ac t i v i ti es and i t s
consequences in t he p rocesses o f academic i nnovat i on o f the
i ns t i t u t i on . As source o f data a ques t ionna i re d i spon ib i l i zado in the
In te rne t fo r access o f t he researchers o f t he i ns t it u t i on was used .
ix
Sumário
1 . INTRODUÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 1 .1 Jus t i f i ca t i va ............................................................................................................................5 1 .2 Re levânc ia ...............................................................................................................................6 1 .3 Ob je t i vos .................................................................................................................................7 1 .3 .1 Ob je t i vo Gera l ..................................................................................................................7
1 .3 .2 Ob je t i vos Especí f i cos .....................................................................................................7
1 .4 Metodo log ia do T raba lho .................................................................................................8 1 .5 Es t ru tu ra do T raba lho ........................................................................................................9
2 . BASE CONCEITUAL E REVISÃO DA L ITERATURA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 2 .1 Soc iedade Dig i t a l ..............................................................................................................11 2 .1 .1 Es t ru tu ra Organ izac iona l ............................................................................................12
2 .1 .2 Tecno log ia e Compet i t i v idade ..................................................................................13
2 .1 .3 In te rnet e o Desempenho Organ izac iona l ...........................................................15
2 .1 .4 In f ra -es t ru tu ra de In fo rmação ..................................................................................17
2 .2 . Inovação Tecno lóg ica ......................................................................................................18 2 .2 .1 In te rne t e a Inovação ....................................................................................................18
2 .2 .2 Un i ve rs idade e Tecno log ia .......................................................................................22
2 .2 .3 T ICs e a Co labo ração C ien t í f i ca ............................................................................22
2 .3 Gestão do Conhec imento - Knowledge Management (KM) ............................23 2 .4 Teor ia de Redes ..................................................................................................................25 2 .4 .1 Redes Soc ia i s ...................................................................................................................27
2 .4 .2 Redes como In f ra -es t ru tu ra ......................................................................................27
2 .4 .3 Redes de P rá t i cas ...........................................................................................................29
2 .4 .4 Redes de Inovação .........................................................................................................31
2 .4 .5 CSCW e a T rans ferênc ia do Conhec imen to .......................................................32
2 .4 .6 CMC e P rodut iv i dade ...................................................................................................33
2 .4 .7 CMC e a D i fusão do Conhec imento ......................................................................34
2 .5 Conc lusões do Capí tu lo ..................................................................................................34 3 APRESENTAÇÃO E ANÁL ISE DESCRIT IVA DOS DADOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3 .1 Apresentação dos Responden tes por Cent ro ..........................................................38 3 .2 T i t u lação dos Respondentes ..........................................................................................39 3 .3 T i t u lação dos Respondentes po r Cen t ro ..................................................................41 3 .4 Aná l i se da In f ra -es t ru tu ra das T IC s na UFPE ......................................................41 3 .4 .1 Fato res que In ter fe rem na U t i l i zação da Rede da UFPE .............................41
3 .4 .2 Re levânc ia dos Serv iços D isponíve is na Rede ................................................43
x
3 .5 Aná l i se do Padrão de Uso das T ICs na UFPE .......................................................44 3 .5 .1 F ina l idade do Uso da In te rnet em At i v i dades C ien t í f i cas .........................44
3 .5 .2 U t i l i zação das Tecno log ias de Comunicação E le t rôn i ca ............................45
3 .5 .3 T ipo de Uso do Me io E le t rôn i co ............................................................................48
3.5.4 Fontes de Informação Utilizadas na Produção Científica .....................................................49
3 .5 .5 T ipo de Mensagem Veicu lada na Rede ................................................................51
3 .5 .6 Número de Mensagens Env iadas e Receb idas po r D ia .................................52
3 .6 Es t ru tu ra de Co labo ração C ien t í f i ca .........................................................................52 3 .6 .1 Tamanho da Rede de Co labo ração .........................................................................53
3 .6 .2 Or igem do Pesqu isador da Rede de Co labo ração ............................................53
3 .6 .3 Resu l tado Ob t ido na Co labo ração ...........................................................................54
3 .6 .4 Fato res que Me lhor Representam a In te ração na Rede .................................55
3 .7 Conc lusões do Capí tu lo ..................................................................................................57 4 ANÁLISE EXPLORATÓRIA DOS DADOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
4 .1 In f ra -es t ru tu ra das T ICs na UFPE ..............................................................................59 4 .2 Padrão de Uso das T ICs na UFPE ...............................................................................60 4 .3 Es t ru tu ra da Co labo ração C ien t í f i ca .........................................................................64 4 .4 Conc lusões do Capí tu lo ...................................................................................................67
5 ANÁLISE E D ISCUSSÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA.. . . . . . . . . . . . . 69 5 .1 Análise dos Efeitos das TICs na Atividade Científica da UFPE................................................69 5 .1 .1 Redução dos Cus tos de T ransação.........................................................................69
5 .1 .2 Redução de Cus tos de Busca de In fo rmação ....................................................70
5 .1 .3 Redução de Cus to de T ransmissão de In fo rmações .......................................70
5 .1 .4 Ampl iação de Es toque D ispon íve l de In fo rmações .......................................71
5 .1 .5 E fe i t os do Uso das T ICs na P rodu t iv idade C ien t í f i ca .................................71
5.2 Padrão de Uso das TICs...............................................................................................................72 5 .2 .2 O Compar t i lhamento do Conhec imen to ..............................................................72
5 .2 .3 Padrão de Uso das T ICs na UFPE ..........................................................................74
5 .2 .4 Uso das T ICs e a Es t ru tu ra da Co laboração C ien t í f i ca ................................74
5.3 Análise e Discussão .....................................................................................................................76 5 .4 Conclusões do Capítulo..............................................................................................................78
6 CONCLUSÕES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 6 .2 Con t r ibu i ções do T raba lho ............................................................................................81 6 .3 L im i tações da Pesqu isa ...................................................................................................82 6 .4 Suges tões para T raba lhos Futu ros .............................................................................83
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
xi
Lista de Figuras
Figura 2.1 - Modelo do diamante de Leavitt......................................................................................................... 15
Figura 3.1 - Distribuição por gênero.................................................................................................................... 39
Figura 3.2 – Experiência acadêmica.................................................................................................................... 39
Figura 3.4 – Uso dos TICs por centro de pesquisa............................................................................................... 47
Figura 3.5 - Tipo de colaboração científica.......................................................................................................... 56
Figura 4.1 - Problemas de conexão com a rede X Troca de idéias de pesquisa...................................................60
Figura 4.2 - Convênios X Serviços WEB............................................................................................................... 60
Figura 4.3 - Troca de idéias de pesquisas X Correio eletrônico (e-mail)............................................................. 61
Figura 4.4 - Troca de idéias de pesquisas X Reuniões em meio eletrônico.......................................................... 62
Figura 4.5 - Administração de projetos X Intercâmbio de documentos................................................................ 62
Figura 4.6 - Troca de idéias de pesquisa X Submissão de trabalhos científicos...................................................63
Figura 4.8 - Administração de projetos X Reuniões em meio eletrônico.............................................................. 64
Figura 4.9 - Administração de projetos X Colaboradores.................................................................................... 64
Figura 4.10 – Troca de idéias de pesquisa X Pesquisador de outro centro.......................................................... 65
Figura 4.11 - Troca de idéias X pesquisador do exterior ..................................................................................... 66
Figura 4.12 - Publicação de artigos X Pesquisadores do mesmo centro.............................................................. 66
Figura 4.13 - Publicação de artigos X Aquisição de publicação.......................................................................... 67
xii
Lista de Tabelas
T A B E L A 3 . 1 – D I S T R I B U I Ç Ã O D E P E S Q U I S A D O R E S R E S P O N D EN T E S P O R C E N T R O D E P E S Q U I S A – U F P E. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . 38 T A B E L A 3 . 2 – T E M P O D E T I T U L A Ç Ã O. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . 40 T A B E L A 3 . 3 - F A T O R E S Q U E I N T E R F E R E M N A U T I L I Z A Ç Ã O DA R E D E . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 T A B E L A 3 . 4 - R E L E V Â N C I A D O S S E R V I Ç O S D I S P O N Í V E I S N A R E D E . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 T A B E L A 3 . 5 - F I N A L I D A D E D O U S O D A I N T E R N E T E M A T I V ID A D E S C I E N T Í F I C A S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 T A B E L A 3 . 6 – U S O D A S T E C N O L O G I A S D E C O M U N I C A Ç Ã O E L ET R Ô N I C A. . . . . . . . . . . . . . 47 T A B E L A 3 . 7 – U S O D A S T I C S P O R C E N T R O D E P E S Q U I S A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 T A B E L A 3 . 8 - T I P O D E U S O D O M E I O E L E T R Ô N I C O. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 T A B E L A 3 . 9 - F O N T E S D E I N F O R M A Ç Ã O U T I L I Z A D A S P A R A PR O D U Ç Ã O C I E N T Í F I C A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 T A B E L A 3 . 1 0 - F O N T E S D E I N F O R M A Ç Ã O U T I L I Z A D A S P A R A P R O D U Ç Ã O C I E N T Í F I C A ( P O R C E N T R O ). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 T A B E L A 3 . 1 1 - T I P O D E M E N S A G E M V E I C U L A D A N A R E D E. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 T A B E L A 3 . 1 2 – C O L A B O R A D O R E S E U S O D O E - M A I L ( P O R C EN T R O) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 T A B E L A 3 . 1 3 – O R I G E M D O P E S Q U I S A D O R. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .53 T A B E L A 3 . 1 4 – R E S U L T A D O D A I N T E R A Ç Ã O. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 T A B E L A 3 . 1 5 - F A T O R E S Q U E M E L H O R R E P R E S E N T A M A C O L AB O R A Ç Ã O C I E N T Í F I C A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 T A B E L A 3 . 1 6 – Q U A I S F A T O R E S R E P R E S E N T A M M A I S R E L E V AN T E N A I N T E R A Ç Ã O ( P O R C E N T R O ). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 T A B E L A 3 . 1 7 – R E S U L T A D O D O T E S T E D E S P E A R M A N. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
xiii
Lista de Abrevia turas
TICs – Tecno log ias de In fo rmação e Comunicação
UFPE – Un ive rs idade Federa l de Pernambuco
MCT – Min i s té r io da C iênc ia e Tecno log ia do Bras i l
OCDE - Organ ização para a Cooperação e o Desenvo l v imen to
Econômico
P&D – Pesqu isa e Desenvo lv imento
RPs – Redes de Prá t i cas
EUA – Es tados Un idos da Amér i ca
CMC – Comun icação Med iada pe las Redes de Compu tadores
LAN – Loca l Á rea Ne tworks
EDI – T roca E le t rôn i ca de Dados
KM - Know ledge Managemen t
CPs – Comun idades de P rá t i cas
CSCW - Supor te por Compu tador ao T raba lho Coopera t ivo
T I – Tecno log ia da In fo rmação
NTI – Núc leo de Tecno log ia da In fo rmação – UFPE
CAC – Cen t ro de Ar tes e Comun icação – UFPE
CE – Cent ro de Educação – UFPE
CFCH – Cen t ro de F i loso f i a e C iênc ias Humanas – UFPE
CCSA – Cen t ro de C iênc ias Sóc ias e Ap l i cadas – UFPE
CCB – Cent ro de C iênc ias B io lóg i cas – UFPE
CCS – Cent ro de C iênc ias da Saúde – UFPE
CTG – Cent ro de Tecno log ia e Geoc iênc ias – UFPE
CCEN – Cent ro de C iênc ias Ex atas e da Natu reza – UFPE
CAPES – Comissão de Apo io a Pesqu isa e Ens ino Superio r
CNPq – Conse lho Nac iona l de Pesqu isa
F INEP – F inanc iado ra de Es tudos e P ro je tos
Capítulo 1 Introdução
1
1. INTRODUÇÃO
A soc iedade da in fo rmação se carac ter i za pe la c rescente u t i l i zação de
técn i cas de t ransmissão , armazenamento de dados e in fo rmações a ba ixo
cus to , acompanhadas po r inovações o rgan izac iona i s . O avanço da
tecno log ia na p rodução fo i reconhec ido há mu i to t empo como um
impor tan te fa to r , na base do c resc imento econômico (L i v ro Verde ,
2000) .
A imp lan tação de uma in f ra -es t ru tu ra de te lecomunicações e a
ex pansão das ap l i cações baseadas na In te rne t a lavancadas pe lo
c resc imento exponenc ia l da capac idade de p rocessamen to dos
m ic rop rocessadores a tua is impu ls iona e cons t i tu i o que chamamos de
novas Tecno log ias de In fo rmação e Comun icação (T ICs) .
Segundo a lguns au to res as T ICs podem ser de f i n idas como
“ tecno log ias e ins t rumentos usados para compar t i l har , d i s t r i bu i r e
reun i r in fo rmação, bem como para comunica r -se umas com as ou t ras ,
i nd iv i dua lmen te ou em grupo , med ian te o uso de computadores e redes
de computadores in te rconectados ” .
De aco rdo com os dados da Organ ização para a Cooperação e o
Desenvo lv imento Econômico – (OCDE) , mais de 50% do P IB dos pa íses
da OCDE es tá assoc iado às indús t r ias baseadas no conhec imento . No
i n í c i o do novo mi lên io , ve r i f i ca -se uma mudança mais impor tan te , cada
vez mais se observa o aumento da impor tânc ia do conhec imen to e da
ap rend izagem para a p rosper idade econômica .
No campo acadêmico os e fe i tos das T ICs são mais evidentes na
comunicação c ien t í f i ca dev ido pr inc ipa lmente aos e fe i tos reduto res de
cus tos de t ransações das te lecomun icações . Cons iderando que o
t raba lho c ien t í f i co é p ro fundamente dependente do si s tema de
comunicação , o qua l tem como p r inc ipa i s ca rac ter ís ti cas o
compar t i l hamento e a d i fusão de conhec imen tos , espera -se que as
i novações tecno lóg i cas , adv indas do uso das T ICs por pesqu isadores,
Capítulo 1 Introdução
2
t enha cont r i bu ído para a geração de um ambien te mais p rodut i vo para as
a t i v i dades c ien t í f i cas .
Essa d imensão inovadora de conect i v idade das T ICs , se r i am uma
opor tun idade, ímpar , pa ra a comunicação , co labo ração ,
compar t i l hamento de recu rsos e acesso à in fo rmação.
De aco rdo com Ramos (1998) a aná l i se das p r inc ipa i s mot i vações e
ca rac ter ís t i cas da u t i l i zação das T ICs ap l i cadas no contex to acadêmico
cons t i t u i -se ponto bás i co para compreender e melho r exp lo ra r a d i fusão
des ta inovação tecno lóg i ca no meio acadêmico .
Dent re os vá r i os t raba lhos ana l i sados podem-se c i t ar os
segu in tes :Borgman (2001) , ap resenta o conce i to de in f ra -es t ru tu ra de
i n fo rmações baseado em pessoas , tecno log ias e conteúdo ; Macedo
(2003) , ana l i sa as T ICs como supor te às redes i n fo rmais de
conhec imento ; Newman (2003) , ana l i sa o p rocesso de d i fusão da
i n fo rmação baseado em um modelo de redes . A lbuquerque (2004)
d iscu te as d i f i cu ldades de mensuração dos e fe i tos das T ICs sob re a
p rodut i v i dade. Duque (2004) en foca os re f l exos da co labo ração
c ien t í f i ca na produ t i v idade.F leu ry (2004) es tuda o uso das T ICs no
p rocesso de t roca de i n fo rmações em redes de conhecimento . Mai resse
(2004) es tuda o re lac ionamento en t re per fo rmance o rgan izac iona l e
i nves t imentos em P&D.
Es te t raba lho p re tende desenvo l ve r um es tudo exp lo ra tó r i o sob re as
ca rac ter ís t i cas da u t i l i zação das T ICs na UFPE, em função de duas
ques tões fundamenta i s pa ra o p rocesso de desenvo l vimen to da pesqu isa
c ien t í f i ca , que são : o acesso às in fo rmações e o compar t i lhamen to do
conhec imento .
I . O acesso às in fo rmações
As redes de p rá t i cas (RPs) de f i n idas aqu i como redes de re lações
i n fo rmais que os ind i v íduos desenvo lvem dent ro das o rgan izações para
o desenvo l v imento ma is e f i c i en te de suas ta re fas , são ho je d is t r ibu ídas
po r toda a o rgan ização sendo
Capítulo 1 Introdução
3
a base para mui tas comunidades técn icas , suger indo que as fon tes de
conhec imento são agora mui to ma is d ispersas , sendo necessár io
mecan ismos para orques t ra r essa d is t r i bu ição do conhec imento (Powe l l
& Groda l , 2003) .
Nesse contex to a função de t rans fe rênc ia do conhec imen to é cent ra l
pa ra o p rocesso de i novação nas o rgan izações . Nas ins t i t u i ções
c ien t í f i cas a comun icação é c r í t i ca para o p rocesso de t rans fe rênc ia do
conhec imento .
A d imensão inovadora de conect i v i dade das T ICs baseadas na
In te rne t impu ls iona uma opor tun idade sem para le lo para a comun icação,
co laboração e acesso às in fo rmações .
Segundo Powe l l & Groda l (2003) , uma das p r i nc ipa is carac te r ís t i cas
das comunidades c ien t í f i cas é o fa to de que in fo rmações re levantes
sob re o resu l t ados de pesqu isas c ien t í f i cas sempre es t i ve ram
d isponíve is pa ra os membros da comun idade.
Pesqu isas têm rea lçado do is d i fe ren tes aspectos para o p rocesso de
t rans ferênc ia do conhec imento em redes , ambos com re f l exos na
i novação, po rém com d i fe ren tes aspectos :
• Troca de in fo rmação em rede para a complementação de
hab i l idades en t re as par tes ;
• Quando a i n fo rmação ex i s ten te é comb inada de manei ra d i fe ren te
reconf i gurando p rob lemas e so luções .
Tanto o acesso às i n fo rmações quanto o compar t i l hamento do
conhec imento , no en tan to , são d imensões que podem ser mate r i a l i zadas
na geração de idé ias em rede e dependem da capac idade de
i n te rp re tação dos in ter locu to res para se rem bem u t il i zadas , uma vez que
a i n fo rmação tem um pape l c ruc ia l pa ra o modelo do equ i l íb r i o ge ra l ,
onde sua va l i dade depende de como e la é t ra tada .
I I . O compar t i lhamento do conhec imen to
Capítulo 1 Introdução
4
A necess idade cada vez maio r de gera r novos conhec imentos ,
compar t i l há - l os e i novar rap idamente to rnam o concei to de Redes de
P rá t i cas (RPs) cada vez mais re levan te , onde pessoas com in te resses
comuns t rocam exper iênc ias em suas á reas de p rá t i ca (domín ios ) com
pessoas com as qua i s e las se i den t i f i cam do ponto de v i s ta do
conhec imento . Dessa fo rma, a hab i l idade de o rgan izar , cap tu rar e
d isseminar o conhec imento dessas redes por t oda a organ ização es tá no
cen t ro de es fo rços das organ izações modernas (Ter ra, 2000) . Saxen ian
(1994) a rgumenta que o compar t i l hamento do conhec imento i n fo rmal
po r toda a o rgan ização de uma fo rma ins t i t uc iona l i zada se cons t i tu i
numa das p r i nc ipa is p rá t i cas p ro f i ss iona i s do Va le do S i l í c io ,
con t r i bu indo de fo rma c ruc ia l pa ra a geração de um c l ima fé r t i l de
i novação.
O compar t i l hamento do conhec imento , se ja in te rno ou ex te rno,
fo rma l ou in fo rma l , é um dos desa f ios o rgan izac ionais ma is impor tan tes
e se cons t i t u i numa p rá t i ca necessár ia pa ra que a organ ização possa
i novar . As T ICs se cons t i tuem num impor tan te i ns t rumento para a
imp lementação dessa p rá t i ca nas o rgan izações , onde o c resc imento dos
se rv i ços co rpo ra t i vos d isponíve is na rede é uma c lara ev idênc ia dessa
rea l i dade.
Segundo Borgman (2000) , a cons t rução de uma in f ra -es t ru tu ra de
i n fo rmações é uma p ré -cond ição impor tan te para o amadurec imento de
um s i s tema de i novações nas o rgan izações , con t r i bu indo dessa fo rma
para a o t im ização dos processos o rgan izac iona is destacando-se 4
pontos .
i . Redução do cus to de busca de in fo rmações .
O re lac ionamento permanente com pesqu isadores de out ras
i ns t i t u i ções que fazem par te da rede de p rá t i cas do pesqu isador ( co lég io
i nv is í ve l ) , con t r i bu i pa ra que o pesqu isador possa i dent i f i ca r :
1 . Qual a d ispon ib i l i dade de ar t i gos e t raba lhos recentes na sua
á rea ;
2 . In fo rmações re levan tes para o seu t raba lho de pesquisa ,
fac i l i t ada pe la p rox im idade do conta to f reqüen te ;
Capítulo 1 Introdução
5
Os fabr i can tes de computadores do Va le do S i l í c io e de Aus t i n (Tex as ,
EUA) , po r exemp lo , conseguem descobr i r as necess idades e tendênc ias
dos c l i en tes com uma ve loc idade d i f í c i l de ser i gualada po r empresas de
ou t ras reg iões (Po r te r apud Ba lce i ro , 2002) .
i i . Redução do cus to de t ransmissão de in f o rmações ;
O grande impacto das tecno log ias re lac ionadas com a In te rne t se faz
sent i r p r i nc ipa lmen te no i nc remen to da la rgu ra de banda de
comunicação . Esse p rocesso permi t iu que o cus to de comun icação
ba ixasse, poss ib i l i tando o desenvo l v imento de vá r i as tecno log ias .
i i i . Amp l iação de es toque d ispon íve l de in f o rmações
Uma vez que o pesqu isador t raba lha em rede, e le recebe i n fo rmações
d ive rs i f i cadas desse me io , favorecendo a geração de um por t fó l io de
novas idé ias para pesqu isas e p ro je tos con jun tos , que são a semente
para a geração de inovações na ins t i tu i ção .
i v . Redução de cus tos de t ransação .
A p r inc ipa l l i gação en t re a ges tão de conhec imento e os negóc ios da
empresa deverá ser a t ravés de seus p rocessos . Es te fa to sugere que a
observação dos p rocessos co rpora t i vos deve se r um fa to r essenc ia l para
que se possa compreender onde e como o conhec imento possu i pape l
s i gn i f i ca t i vo no desempenho da empresa .
O p r inc ipa l impacto da ges tão de conhec imen to nos resu l t ados da
empresa deverá ser a t ravés de seu po tenc ia l de to rnar seus p rocessos
mais e f i c ien tes (Ter ra , 2000) .
1.1 Jus t i f i ca t i va
O docente enga jado em redes de comunicação e a tua l izado com as
novas tecno log ias tem mais fac i l i dade de comunicação com seus pares ,
podendo par t i c i pa r de grupos nac iona i s e i n te rnac iona i s de pesqu isa em
tempo rea l , a l ém de te r a poss ib i l i dade de desenvo lve r t raba lho
co rpo ra t i vo (Ter ra , 2000) . Os resu l t ados de pesqu isas também podem
ser d i vu lgados na i n te rnet , poss ib i l i tando que o conhec imento c i r cu le
de fo rma mais ág i l e ge re novas pesqu isas .
Capítulo 1 Introdução
6
Estudos most ram ev idênc ias da ex is tênc ia de uma co rre lação en t re
a p resença de re lações coopera t i vas , a d i vers idade de mecan ismos de
comunicação en t re agen tes d i fe renc iados e o desempenho i novador das
empresas (F leu ry,2004) .
Segundo es tes au tores , demons t ra -se que :
(1 ) o rgan izações e agentes que cooperam in t roduzem maio r
número de i novações do que os que não cooperam;
(2 ) o g rau de i novação aumenta com a va r i edade de parce i ros
comunicando-se e cooperando em rede.
De acordo com essa v i são , a p lu ra l i dade de i n te rações nas
re lações de cooperação se r i a uma das p r inc ipa is fontes de inovação .
Ganha impor tânc ia ass im , compreender como o s is tema de
comunicação baseado na u t i l i zação das T ICs po r pesqu isadores da UFPE
p romove ou p rop ic ia o favo rec imento de cond ições que fac i l i t em o
i n te rcâmb io de d i fe ren tes t ipos de in fo rmações , conhec imentos e
i novações .
1.2 Re levânc ia
A impor tânc ia da i n fo rmação e do conhec imento no mundo
contemporâneo tem s ido usua lmente assoc iada ao desenvo lv imen to das
tecno log ias de in fo rmação e comunicação (T ICs ) , as qua is , nas ú l t imas
décadas , t rans fo rmaram as fo rmas de p roduz i r e d i s tr i bu i r bens .
Nesse con tex to , a comunicação po r computador t rans fo rmou-se
num inves t imento impor tan te para a ma io r ia das organ izações , como
a l t e rnat i va conven ien te às chamadas te le fôn i cas e as escr i t as (Bo rgman ,
2001) .
No ambien te acadêmico , as Comunicações Med iadas pe las Redes
de Computadores (CMC) e as T ICs , pa r t i cu la rmente o e -mai l - que se
t rans fo rmou num dos me ios predominan tes de comunicação na chamada
soc iedade da in fo rmação - t êm t i do grande impacto nas a t i v idades dos
pesqu isadores .
Com a In te rne t , b ib l i ogra f i as , bases de dados e periód icos com
seus tex tos comple tos to rnaram-se ma is acess íve is , pe rmi t indo , à
comunidade acadêmico -c ien t í f i ca , uma a tua l i zação nunca an tes pensada
Capítulo 1 Introdução
7
em te rmos de rap idez e e f i c i ênc ia no acesso e na obtenção de
i n fo rmação .
Cons iderando que o s i s tema de comunicação é uma das
i ns t i t u i ções ma is impor tan tes da a t i v i dade c ien t í f ica , há , no en tan to ,
d i f i cu ldade em se de f i n i r e desenvo lve r metodo log ias e ins t rumentos de
pesqu isa que demons t rem empi r i camen te a re levânc ia dos f l uxos de
i n fo rmações e compar t i l hamento de conhec imen to p roporc ionados pe las
T ICs para o p rocesso de inovação tecno lóg i ca das o rgan izações .
Es ta d isse r tação procu ra cont r i bu i r t en tando ev idenc ia r d imensões
que exp l i quem como a u t i l i zação das T ICs pe los pesqu isadores da UFPE
podem in te r fer i r no p rocesso de pesqu isa c ien t í f i ca e i novação
acadêmica na UFPE, par t i cu la rmente no que tange a produção , d i fusão e
compar t i l hamento do conhec imento , baseado em uma pesqu isa empí r i ca
e na rev isão da l i t e ra tu ra .
1.3 Ob je t i vos
1.3.1 Objetivo Geral
Esta d i sse r tação tem como pr inc ipa l ob je t i vo ana l i sa r o pad rão de
u t i l i zação das T ICs por pesqu isadores da UFPE, p rocu rando ev idenc iar
re lações ex is ten tes desse p rocesso com as pesqu isas c ien t í f i cas e
i novações nas a t i v idades acadêmicas na UFPE.
1.3.2 Objetivos Específicos
Anal i sa r como a u t i l i zação das T ICs po r pesqu isadores da UFPE
tem con t r ibu ído para o i nc remen to da p rodução c ien tí f i ca e i novações
nas a t i v idades acadêmicas , em espec ia l :
• Como a u t i l i zação das T ICs po r pesqu isadores da UFPE tem
favo rec ido o acesso às i n fo rmações .
• Como a u t i l i zação das T ICs po r pesqu isadores da UFPE tem
fac i l i t ado o compar t i l hamento do conhec imento .
Capítulo 1 Introdução
8
1.4 Me todo log ia do Traba lho
O presente es tudo enquadra -se em uma t i po log ia denominada
es tudo de caso. O p ropós i to fundamenta l des te t i po de pesqu isa é
ana l i sa r uma un idade soc ia l , que pode ser um ind iv íduo, um grupo
de les , uma o rgan ização , uma Un ivers idade, uma ins t it u i ção de pesqu isa
e a té mesmo uma comunidade.
Já (Y in apud F leu ry, 2004) a f i rma que “o es tudo de caso é uma
fo rma de pesqu isa empí r i ca que inves t i ga os fenômenos contemporâneos
dent ro do seu contex to de v ida rea l , em s i t uações em que as f ron te i ras
en t re o f enômeno e o contex to não es tão c la ramente es tabe lec idas , ou
se u t i l i za de múl t ip l as fon tes de ev idênc ia” .
Os es tudos de caso têm se to rnado uma es t ra tég ia de pesqu isa
p re fe r ida pe los pesqu isadores , quando e les p rocu ram responder por que
e como ce r tos fenômenos oco r rem, quando há pouca poss ib i li dade de
cont ro le sob re os eventos es tudados e quando o foco de in te resse é
sob re os fenômenos a tua i s , que só poderão se r ana l isados dent ro de um
contex to de v ida rea l (Godoy apud T igre , 1998) .
Os es tudos de caso perm i tem também uma in te ração mais d i re ta
en t re o ob je to e o su je i to da pesqu isa, poss ib i l i t ando a busca especí f i ca
de s ign i f i cados que par t i cu lar i zam a rea l i dade em exame. Para cumpr i r
os ob je t i vos des te t raba lho , empregou-se um ques t i onár io
d ispon ib i l i zado v ia web e fe r ramen tas de aná l i se esta t ís t i ca .
A pesqu isa b ib l iográ f i ca para a compos ição do t rabalho fo i
rea l i zada em l i v ros , pe r i ód i cos , d i sse r tações e meios e le t rôn i cos .
As i novações nas a t i v i dades acadêmicas p roporc ionadas pe la
u t i l i zação das T ICs po r pesqu isadores fo i a ca tego ria esco lh ida para
en foque do t raba lho .
Para exp lo ra r as re lações en t re o uso das CMC (Comun icação
Med iada pe las Redes de Computadores) en t re os pesquisadores da
Un ive rs idade Federa l de Pernambuco - UFPE, desenvo lveu -se uma
pesqu isa baseada em um ques t ionár io d isponíve l no si t e da ins t i t u i ção
onde se ob teve um to ta l de 170 respondentes .
Capítulo 1 Introdução
9
O ques t ionár io fo i desenvo lv ido com o ob je t i vo de ana l i sa r o uso
da i n f ra -es t ru tu ra de T I (Tecno log ia da In fo rmação) d ispon íve l na
i ns t i t u i ção , baseado na es t ru tu ra da co labo ração c ien t í f i ca e na
u t i l i zação das tecno log ias de i n fo rmação e comunicação no ambien te da
un i vers idade.
1.5 Es t ru tu ra do T raba lho
Além des te capí tu lo i n t rodu tó r i o de contex tua l i zação e ob je t i vos ,
fazem par te des te t raba lho a inda os segu in tes capí tu los :
• Capí tu lo 2 – Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
Nes te capí tu lo , ap resenta -se uma rev isão da l i te ra tu ra
per t inen te ao desenvo l v imento da d isse r tação .
• Capí tu lo 3 – Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
Nes te cap í tu lo faz-se uma ap resen tação da con f i gu ração dos
dados ob t i dos na amost ra , segu ida de uma aná l i se esta t ís t i ca
desc r i t i va das in fo rmações ob t i das v isando uma melho r
v isua l i zação das carac te r ís t i cas observadas ;
• Capí tu lo 4 – Aná l i se Exp lo ra tó r i a dos Dados
Nesse cap í tu lo complementa -se a aná l i se com a ap l i cação de
técn i ca de in fe rênc ia es ta t í s t i ca usando o tes te de Spearman
para cá lcu lo das co r re lações s ign i f i ca t i vas en t re as var i áve is
u t i l i zadas na pesqu isa e uma aná l i se complementa r , usando os
grá f i cos box -p lo t ;
• Capí tu lo 5 – Aná l i se dos e fe i t os da p rodut i v idade e inovação
Nesse cap í tu lo , ap resentam-se as re lações encont radas en t re as
va r i áve is do es tudo e seus e fe i tos sob re a p rodut i vi dade e
i novação, cons ide rando as aná l i ses rea l i zadas ;
Capítulo 1 Introdução
10
• Capí tu lo 6 – Conc lusões
Por ú l t imo , ap resenta -se nesse capí tu lo as p r i nc ipai s
conc lusões , cons ide rações f i na is e suges tões para traba lhos
fu tu ros .
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
11
2. BASE CONCEITUAL E REVISÃO DA LITERATURA
Nes te capí tu lo , faz -se uma rev isão da l i t e ra tu ra mais s ign i f i ca t i va
para o desenvo lv imento dos p r i nc ipa is conce i tos re lac ionados à
d isser tação, en focando , de modo espec ia l , a ap l i cação das T ICs no
contex to da inovação dos p rocessos re lac ionados às a t i v idades
acadêmicas .
A rev isão es tá es t ru tu rada com base pr i nc ipa lmente nos segu in tes
temas: KM (Knowledge Management ) , Inovação Tecno lógi ca e Teor ia
de Redes .
2.1 Soc iedade Dig i ta l
Conforme ass ina la Borgman (2000) , o ponto de par t i da para
compreender -se o compor tamen to soc ia l que marca uma dete rminada
época é te r consc iênc ia que ex is te sempre uma re lação s imb ió t i ca en t re
o homem, a natu reza e a soc iedade, sendo que em cada per íodo da
h is tó r i a da humanidade p reva lece uma cu l t u ra técn i ca par t i cu la r .
Nesse caso , a cu l t u ra contemporânea passa a se r ca rac te r i zada
pe lo uso c rescente de tecno log ias d ig i t a i s . De acordo com Ter ra (2000) ,
o p rocesso de desenvo l v imen to do conhec imento , i nd iv i dua l ou
co rpo ra t i vo , deve se r fo rmal , e as redes de conhec imento devem d i spor
de fe r ramentas e p roced imentos que cont r ibuam para a fo rma l i zação
des te conhec imento .
Uma das manei ras mais e f i cazes de t rans fo rmar i n formações em
conhec imento numa rede é a t ravés do envo lv imento dos par t i c i pan tes no
desenvo lv imento de p ro je tos cooperat i vos (Ba lanc ie ri , 2005) .
Nesse sen t ido as tecno log ias de comun icação têm ag ido de modo a
reconf i gura r os espaços como os conhecemos, bem como a es t ru tu ra da
soc iedade (Saxen ian , 1994) .
O advento da tecno log ia de i n fo rmação face ao novo parad igma
tecnoeconômico tan to gerou necess idades de co labo ração , quan to
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
12
prop ic iou os meios técn i cos para o ap r imoramento das redes . Ou se ja ,
ao mesmo tempo em que o novo parad igma requer mais co labo ração
dent re as empresas e en t re es tas e as i ns t i t u i ções de pesqu isa, as
tecno log ias de i n fo rmação e comun icação fac i l i t am essa i n te ração, por
t o rnarem v iáve l e ráp ida a comun icação e t ransmissão de dados ,
favo recendo mudanças nas es t ru tu ras de pesqu isa , p rodução e
comerc ia l i zação (Las t res , 1995) .
2.1.1 Estrutura Organizacional
O p rocesso de cooperação e ace le ração da mudança tecno lóg i ca tem
impor tan tes imp l i cações para a Teor ia das o rgan izações . Em uma
economia c rescentemente g loba l i zada e compet i t i va , as empresas se
vêem obr igadas a t ra ta r os mercados como t rans i t ó r ios , ou “de moda” ,
nos qua i s os c i c l os do p roduto são cu r tos e a mudança na demanda en t re
um p roduto e ou t ro é ráp ida. Nes te con tex to , é essenc ia l que se adapte o
p rocesso p rodu t ivo às va r i ações do mercado (T ig re , 1998) .
Os te rmos “economia da in fo rmação” ou “soc iedade pós-
i ndus t r ia l ” f o ram cunhados para se re fe r i r à t endênc ia de agregar mais
i n fo rmação e se rv i ços ao p rocesso de desenvo lv imen to , fab r i cação ,
ges tão l og ís t i ca e vendas em de t r imen to do va lo r do p roduto f í s i co em
s i . Empresas como M ic roso f t , In te l e Google são essenc ia lmente
empresas de se rv i ços de in fo rmação (Dupas , 1999) .
Mesmo no caso de p rodutos “manu fa tu rados ” , os p reços não
guardam re lação d i re ta com os cus tos de p rodução , mas s im com
a t i v i dades de P&D e comunicação com o mercado. T ip icamen te , apenas
3% dos cus tos to ta is de um p rocessador In te l é imputado aos mate r i a i s e
ao p rocesso produt ivo , enquanto os 97% res tan tes são a t r ibu ídos à
tecno log ia e aos serv iços agregados , (T ig re , 1998) .
Ou t ra conseqüênc ia apontada po r T ig re (1998) é a subs t i tu i ção do
“p lane jamento da p rodução” , onde as quan t idades p roduz idas são
d iv id idas com antecedênc ia , pe lo conce i to de “v i são es t ra tég i ca ” , onde
o ma is impor tan te é mon i to ra r e in terp re ta r as imp li cações das
mudanças tecno lóg i cas e dos mercados e adapta r sua capac i t ação
i n te rna para responder a es tas demandas .
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
13
2.1.2 Tecnologia e Competitividade
Inovação e i n tegração são componen tes fundamenta is do cenár io
econômico de compet i t i v i dade g loba l . As T ICs são, ho je , fe r ramentas
es t ra tég i cas para poss ib i l i t a r que as o rgan izações ob tenham vantagens
rea is na melho r i a de p rodu tos e serv i ços .
Para a tender a esses requ i s i t os não bas ta apenas adqu i r i r
so f twares e equ ipamentos . É p rec iso saber ap l i cá- los de modo c r ia t i vo e
u t i l i za r co r re tamente essa in f ra-es t ru tu ra para conec tar a o rgan ização a
toda sua rede de re lac ionamentos .
V isando imp lemen tar esse modelo de ges tão f lex íve l , as
o rgan izações es tão usando cada vez mais g rupos ou equ ipes de técn i cos
como sua un idade fundamenta l den t ro da es t ru tu ra o rgan izac iona l , a f im
de responder mais rap idamente aos ambien tes em mudança (Ca ldas ,
2002) . Uma vez que a un idade fundamenta l desse p rocesso é o
t raba lhador o qua l de tém conhec imen tos imp l í c i tos da sua v ivênc ia e
ex per iênc ia , conhec ido como conhec imento tác i t o , o qua l é de
fundamenta l impor tânc ia para o p rocesso de geração de conhec imen tos
nas o rgan izações , Pete r Druker cunhou , há ce rca de qua t ro décadas ,o
te rmo know ledge worker . Fo i e le , t ambém, um dos p r imei ros teó r i cos
o rgan izac iona is a chamar a a tenção e a ava l i a r as imp l i cações para o
fa to de tan to o t raba lho técn i co quanto o não técn ico se rem, cada vez
mais , baseados no conhec imento (Da f t , 1999) .
Para gerenc ia r o conhec imen to em uma de te rminada o rgan ização ,
po r exemplo , é necessár io es t imu la r ações e a t i v i dades que permi tam a
d isseminação e o compar t i l hamento desse conhec imen to .
En t re as vá r i as ques tões e desaf ios que são apresentados es tá o
segu in te : Como u t i l i zar os inves t imen tos em T ICs para aumen ta r o
conhec imento o rgan izac iona l e não apenas para ace lera r o f l uxo de
i n fo rmações ?
Para responder a essa pergunta ve r i f i ca -se a p r i nc íp io que com a
cont ínua evo lução da compu tação d ig i ta l , p rogressos têm s ido
ve r i f i cados na so lução de p rob lemas de captação e dis t r ibu i ção do
conhec imento e que a ges tão do conhec imento (KM) , em seu s ign i f i cado
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
14
a tua l , é um es fo rço para fazer com que o conhec imento de uma
o rgan ização es te ja d i spon íve l pa ra aque les que de le necess i t em dent ro
de la , quando i sso se faça necessár io , onde isso se faça necessár io e na
fo rma como se faça necessár io , com o ob je t i vo de aumenta r o
desempenho humano e o rgan izac iona l (Ter ra ,2000) .
Para a tender a essas necess idades novos meios de comunicação
são necessár ios . A tua lmen te , avanços tecno lóg i cos não es tão apenas
so l i c i t ando um aumento de capac idades , mas também es tão expand indo
a l a rgu ra de banda para comun icação à d i s tânc ia .
As o rgan izações não es tão apenas mais bem p reparadas para
d is t r ibu i r suas melho res prá t i cas para todos , em qua lquer l ugar , mas
também podem imp lan ta r melho r i as nessas p rá t i cas de qua lquer lugar ,
po r qua lquer pessoa .
O d i fe renc ia l de p rodut i v i dade en t re os do i s t i pos de empresas
fo i cons ta tado emp i r i camen te por d ive rsos es tudos e fo i assoc iado a
métodos d i fe ren tes de o rgan iza r e coo rdenar a p rodução , pe rmi t indo
ve rsat i l i dade dos t raba lhadores , f l ex ib i l i dade na demarcação de tare fas
e sua in tegração em um p rocesso co le t i vo de ap rend izagem (T ig re ,
1998) .
O modelo de Leav i t t apud Bergamash i (1999) rep roduzido na
F igu ra 2 , quat ro fo rças em equ i l íb r io fo rmam uma o rgan ização: Tare fas ,
Pessoas , Es t ru tu ra e Tecno log ia . Essas fo rças são in te rdependentes e
permanecem em es tado de equ i l íb r io a té que a lgum fato novo – po r
ex emplo , um s is tema de ERP – p romova uma mudança em um dos
componentes , p rovocando a necess idade em todos os demais de se
a jus ta r à nova s i tuação .
P rovave lmente a imp lementação de um s i s tema ERP promoverá
mudanças em pe lo menos um dos componentes , qua l se ja , a t ecno log ia.
Dependendo do escopo e da p ro fund idade da mudança de p rocessos
envo lv idos , t odos os ou t ros poderão se a fe tados (Bergamash i , 1999) .
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
15
F i g u r a 2 . 1 - M o d e l o d o d i a m a n t e d e L e a v i t t
Fonte : Bergamash i (1999) .
2.1.3 Internet e o Desempenho Organizacional
Com a d i fusão e uso de tecno log ias de i n fo rmação e comunicação ,
a In te rnet nes te cenár io é a p r i nc ipa l p la ta fo rma de comunicação e meio
de t rans fe rênc ia de i n fo rmação e geração de novos conhec imentos . As
novas tecno log ias baseadas nos pad rões da In te rne t es tão fac i l i t ando
imensamente a t roca de in fo rmações en t re as o rgan izações e as
poss ib i l i dades de co laboração en t re as pessoas , em modos s ínc ronos ou
ass ínc ronos , i ndependen te de l oca l i zação f í s i ca .
A lém da comunicação melho rada, a In te rne t pe rmi te uma maio r
i n tegração e coo rdenação das funções in te r e i n t ra -empresa onde cada
vez mais a vantagem compet i t i va de uma empresa dependerá em grande
par te de sua i n f ra -es t ru tu ra e da rap idez com que responde às cond ições
de mercado. Nesse sen t ido a In te rne t como ambien te p rodut i vo assume
uma carac te r í s t i ca i n tegradora que é a lgo i n t r í nseco aos complexos de
d i fusão, e i s to se v iab i l i za po r sua con jugação ao s is tema tecno lóg i co
que rege a v ida contemporânea (C ISCO, 2004) .
Uma carac te r í s t i ca impor tan te da In te rnet é fa to dela se rv i r como
in f ra -es t ru tu ra para as c rescentes ap l i cações do chamado fenômeno da
convergênc ia , pe rmi t indo opera r s imu l taneamente como meio de ed ição,
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
16
armazenagem, d is t r i bu i ção de conteúdos e de comunicação (Ter ra ,
2000) .
Dessa fo rma, so luções para a in f ra-es t ru tu ra de redes assoc iadas
às ap l i cações comerc ia i s j á se i nco rpora ram às necess idades bás icas das
co rpo rações , que es tão ap rendendo rap idamente a explo ra r a rede de
comunicações e o que e la o fe rece em te rmos de ve locidade ,
f l ex ib i l i dade e esca lab i l i dade , c r iando d i fe renc ia is de mercado e
perm i t i ndo que a o rgan ização opere ma is e f i c i en temente , onde cada vez
mais a p rodu t i v idade e a compet i t i v idade dependem da capac idade dos
agen tes econômicos de ap l i ca r de modo e f i c i en te in fo rmações baseadas
em conhec imen tos (C ISCO, 2004) . Mu i tos ou t ros pesquisadores
reconhecem o impac to da In te rnet no ambien te dos negóc ios em gera l ,
como se pode ve r aba ixo .
“O en tend imento e a u t i l i zação da In ternet t êm contr i bu ído para o
sucesso e a sob rev ivênc ia da maio r pa r te das o rgan izações , o que
de termina que todas e las devam cons idera r novas opor tun idades de
melho r ia de produtos ou se rv i ços , iden t i f i cação de novos mercados ,
i novações tecno lóg i cas e me lhor i a em suas pos i ções compet i t i vas
usando T I” (R i ce , 1988) .
Em função desse novo parad igma, duas modernas tecnolog ias
e le t rôn i cas emerg i ram para poss ib i l i t a r a i n f ra -es tru tu ra necessár ia pa ra
dar supor te às comp lexas ap l i cações que emerg i ram desse novo cenár io :
as bases de dados dos computadores e as modernas redes de
comunicação e le t rôn i cas . Dent ro das o rgan izações , as chamadas redes
l oca is (LAN – Loca l Área Networks ) e a rede In te rnet mais abrangente .
Com re lação às tecno log ias de se rv i ços d isponíve i s , t emos a t roca
e le t rôn i ca de dados (EDI) e o co r re io e le t rôn i co (e-mai l ) que são
ap l i cações j á conso l i dados pe los usuár ios e empresas em gera l . Essas
fe r ramentas perm i tem ent re ou t ras fac i l i dades que as pessoas t raba lhem
jun tas em tempos d i fe ren tes (po r exemplo o e -mai l ) , ou t raba lhem
jun tas s imu l taneamen te , es tando ou não num mesmo loca l f í s i co , Ter ra
(2000) .
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
17
Essas tecno log ias têm fo r te impacto no t raba lho co labo ra t i vo po r
pe rm i t i r , en t re ou t ras co isas , a subs t i tu i ção de reun iões mui tas vezes
improdu t ivas ou to rnando-as mais e f i cazes .
Para Powel l & Groda l (2003) , quan to maio r fo r o contex to do
compar t i l hamento , menor se rá a necess idade de comunicação d i re ta e
s imu l tânea para uma co labo ração e fe t i va . Dessa fo rma, com a c rescente
d im inu i ção dos cus tos de comun icação e com o advento da In te rnet ,
t o rna-se mais e f i caz e mais ba ra to t raba lhar com terce i ros do que
agrupar todas as a t i v i dades assoc iadas ao negóc io (Ter ra , 2000) .
A co labo ração i n te ro rgan izac iona l é ago ra fác i l , bara ta e as
i n i c i a t i vas de KM perm i tem exp lo ra r esses re lac ionamentos t razendo os
a t i vos in tangíve is das o rgan izações para uma base de acesso mui to mais
v is í ve l em função da compet i t i v i dade .
2.1.4 Infra-estrutura de Informação
A in f ra -es t ru tu ra de i n fo rmação pode se re fe r i r a uma es t ru tu ra
técn i ca de sus ten tação , podendo se r de f i n ida como “uma es t ru tu ra na
qua l as redes de comun icação se rvem de supor te a serv i ços de a l t o n í ve l
pa ra a comunicação humana e de acesso à in fo rmação” .
Ta l i n f ra -es t ru tu ra possu i um aspec to a rqu i t e tôn i co – uma
es t ru tu ra e um p ro je to - que se mani fes ta em in te r faces pad ron izadas e
em ob je tos pad ron izados (voz , v ídeo, a rqu i vos , co r re io e le t rôn i co e
ass im po r d ian te ) t ransmi t idos às in ter faces (Bo rgman, 2001) .
O s ign i f i cado do que se en tende po r in f ra -es t ru tu ra de in fo rmação
vem, po r sua vez , ampl i ando-se , na med ida em que aumenta a
convergênc ia en t re as i ndús t r ias de comunicação (d ifusão a t ravés de
redes a cabo e po r sa té l i t e ) , de compu tação (hardware e so f tware ) , de
conteúdos (bancos de dados , indús t r i as c inematográ fi ca e fonográ f i ca,
en t re ou t ras) e suas vá r ias in ter faces mul t imíd ias , em grande par te
v iab i l i zada pe la d ig i t a l i zação da in fo rmação em suas vá r i as fo rmas -
dados , v ídeo, t ex to e voz (Ter ra , 2000) .
Quando uma in f ra -es t ru tu ra de i n fo rmação func iona bem, as
pessoas se apó iam ne la para t raba lho c r í t i co e t a refas em gera l ,
p resumindo sua con f i ab i l i dade como rea l . Quando e la fa lha (po r
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
18
ex emplo , quando o co r re io e le t rôn i co não pode se r env iado ou receb ido ,
quando os a rqu i vos t rans fe r i dos não podem ser l i dos, ou quando a
i n fo rmação a rmazenada não pode ser ob t i da on- l ine) , a in f ra -es t ru tu ra
de i n fo rmação se to rna bem v is í ve l (Bo rgman , 2001) .
2.2 Inovação Tecno lóg i ca
A capac idade de inovar , em par t i cu lar no uso e na ap l i cação das
tecno log ias de in fo rmação e comun icação (T ICs ) , cons t i tu i um
impor tan te d i fe renc ia l no p lane jamen to e ex ecução de ações vo l t adas
para o a tend imento a c l i en tes , se ja no âmbi to un ivers i tá r io ou a n í ve l
comerc ia l . Segundo A lencar (2001) , a c r i ação de um ambien te p rop íc io
à inovação demanda es fo rços con jun tos po r pa r te das o rgan izações e
dos desenvo lvedores de s is temas. Poder i novar ex ige mais que saber
p roduz i r , demanda conhec imento para p ro je ta r novas tecno log ias de
p rodutos ou de processos ; envo lve a rea l i zação de at i v i dades de
pesqu isa e desenvo l v imento nas empresas , in ternamente ou em
cooperação com out ros agentes ; a impor tação e abso rção de tecno log ias ;
a fo rmação de pessoas qua l i f i cadas para a i novação e sua f i x ação nas
empresas ; e , a d i spon ib i l i dade de i n f ra -es t ru tu ra cien t í f i ca e
t ecno lóg i ca (L i v ro Verde, 2000) .
2.2.1 Internet e a Inovação
O uso da In te rnet e de suas ap l i cações rep resen tou a adoção de
i novações para as o rgan izações em d ive rsas s i tuações . A evo lução nes te
ambien te é cont ínua , ass im como sua u t i l i zação nas o rgan izações . Nes te
contex to , essas novas fer ramentas como meio de acesso provocaram
uma evo lução no uso da i n fo rmação d ig i t a l (O l i ve i ra, 2003) .
Es ta revo lução ocas ionou também um impac to nas un i vers idades ,
a pa r t i r das novas fo rmas de ger i r a comunicação c ien t í f i ca e ,
conseqüentemen te , os s is temas de i n fo rmação em C iênc ia e Tecno log ia
(C&T) , onde a d i spon ib i l i dade da in fo rmação a t ravés do uso i n tegrado
de tecno log ias p roporc iona um ambien te mais p rodut ivo .
As teo r i as mais recentes sob re o su rg imento dos a r ran jos
i n te ro rgan izac iona is encont ram apo io no reconhec imento da impor tânc ia
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
19
do conhec imen to como recu rso fundamenta l na concre ti zação dos
ob je t i vos ind iv idua i s , o rgan izac iona i s , in t ra e in te rorgan izac iona i s
(Ter ra , 2000) .
De modo gera l , a fo rmação de redes em seus d i versos n íve i s e
ap l i cações , tem s ido cons ide rada, t an to na p rá t i ca quanto na teo r i a , um
mecan ismo de f l ex ib i l i zação das re lações en t re as pessoas , capaz de
po tenc ia l i za r o compar t i l hamento de i n fo rmação en t re o rgan izações e
i nd iv íduos e de con t r ibu i r pa ra a geração de conhec imen to e i novação
tecno lóg i ca (Sch lemm & Souza apud Aus t i n , 2001) .
O con tex to ambien ta l de emergênc ia das redes de inovação , em
espec ia l das redes in fo rmais , é ca rac te r i zado por elevados graus de
i ncer teza e aumento da demanda por espec ia l i dades e competênc ias,
sendo um espaço onde as t rocas tecno lóg icas baseadas em co laboração e
con f i ança são fa to res-chave operac iona l i zados a t ravés das t r ocas
in terpessoa is in te rnas ou ex te rnas. Nes te contex to , cons idera -se como
rede de i novação “uma rede de o rgan izações enga jadas no
desenvo lv imento de i novações de p rodutos ou processos” (Sch lemm &
Souza apud Aus t in , 2001) .
De aco rdo com Cas te l l s apud Ter ra (2000) , funções e p rocessos
dominan tes na a tua l e ra da i n fo rmação es tão cada vez ma is o rgan izados
em to rno de redes . De aco rdo com o au to r , somos uma soc iedade em que
o poder dos f luxos é mais impor tan te que os f l uxos do poder.
Nes te t i po de es t ru tu ra soc ia l , a d inâmica a l t amen te evo lu t i va
fac i l i t a todos os t ipos de p rocessos de inovação. As redes poss ib i l i t am,
po r exemp lo , que empresas e t raba lhadores se jam su fi c i en temente
f l ex íve i s sem que percam o foco es t ra tég i co necessár io à p rodut i v i dade.
A cu l tu ra i n t r í nseca à rede é aque la em que desconst rução e
recons t rução caminham jun tas e con t inuamente (Sch lemm & Souza apud
Aus t i n , 2001) .
Percebe-se que toda a p la ta fo rma de apo io para a cons t rução da
Soc iedade da In fo rmação es tá nas Tecno log ias de In fo rmação e
Comunicação . A t ravés das redes e le t rôn icas que in terconec tam as
empresas em vár ios pontos do p laneta , t ra fega a p r inc ipa l maté r i a -pr ima
desse novo parad igma: a i n fo rmação. A capac idade de gera r , t ra ta r e
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
20
t ransmi t i r i n fo rmação é a p r ime i ra e tapa de uma cade ia de p rodução,
que se comple ta com sua ap l i cação no p rocesso de agregação de va lo r a
p rodutos e se rv i ços .
Com a expansão do uso da tecno log ia , a in fo rmação adqu i r iu
novos processos de geração, acesso , f l uxo , d isseminação e uso como já
fo i menc ionado an te r io rmente .
As redes e os se rv i ços in fo rmac iona i s e de comunicação fo ram
rede f i n idos em n íve l mund ia l , a t ravés dessas tecno log ias , como a
In te rne t , co r re io e le t rôn ico , v ideocon fe rênc ias e ou t ras fe r ramentas .
Nes te contex to “o desaf io de adqu i r i r a competênc ia necessár ia pa ra
t rans fo rmar i n fo rmação em recurso econômico es t ra tég i co é o
conhec imento ” (L i v ro Verde , 2000 , p .17) . Compreende-se melho r es ta
conce i tuação ac ima com a de f i n i ção do L i v ro Verde (MCT, 2000) que
a f i rma:
“Em esca la g loba l i zada , a Soc iedade da In fo rmação es tá sendo
cons t ru ída em d i fe ren tes aspectos , cond i ções e es t ra tég ias . As
tecno log ias envo l v idas vêm t rans formando as es t ru turas e as
p rá t i cas de produção , comerc ia l i zação e consumo, de cooperação e
compet i t i v idade , a l t e rando, en f im , a cade ia de geração de va lo r . ”
O novo parad igma, es tabe lec ido a par t i r de i novações técn i cas e
o rgan izac iona is , ab r iu uma t ra je tó r i a i n te i ramente nova para a
o rgan ização i n te rna das empresas e sua in te ração com o ambien te ,
a l t e rando a d inâmica dessa i n te ração (T ig re , 1998) .
A d i fusão de inovações depende de um con jun to de fato res
cond ic ionan tes favo ráve i s , inc lu indo i novações complementa res ,
c r i ação de i n f ra -es t ru tu ra ap rop r i ada , quebra de res is tênc ias dos
s tackho lders , mudanças na l eg is lação e ap rend izado na produção e uso
de novas tecno log ias . A tua lmente as o rgan izações passam por um
p rocesso de t rans fo rmações , ca rac te r i zado pe la incorporação de novas
tecno log ias o rgan izac iona i s a um r i tmo e abrangênc ia sem p recedentes
na h is tó r i a econômica .
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
21
A g loba l i zação dos mercados tem levado as empresas a buscar
compet i t i v i dade, comb inando novas es t ra tég ias , inovações tecno lóg i cas
e o rgan izac iona is . As tecno log ias da i n fo rmação têm um pape l cen t ra l
nes te p rocesso de t rans fo rmações , sendo ao mesmo tempo causa e
conseqüênc ia das novas fo rmas de o rgan ização da produção, (T ig re ,
1998) . As T I não cons t i t uem apenas uma nova indús t ri a , mas o núc leo
d inâmico de uma revo lução tecno lóg i ca (Ter ra , 2000).
Ao cont rá r io de mu i tas tecno log ias que são espec í f icas de
p rocessos par t i cu la res , as i novações der ivadas de seu uso têm a
ca rac ter ís t i ca de permear , po tenc ia lmen te , todo o tec ido p rodu t i vo . A
i n fo rmát i ca e as comunicações cont r i buem não apenas para i novações
em p rodutos e p rocessos , mas também para a rees t ru tu ração da
o rgan ização das empresas e de sua re lação com o mercado.
As comunicações g loba i s v ia redes e le t rôn i cas e In te rnet são um
ins t rumen to poderoso de supor te ao processo de g loba l i zação
econômica, dada as poss ib i l i dades de i n te r l i ga r mercados pe la v ia
e le t rôn i ca e d i fund i r in fo rmações (e p rodu tos) em níve l g loba l .
As opo r tun idades das T ICs para a t i v idades de i novação es tão
assoc iadas a seu po tenc ia l de aumenta r a p rodut i v idade no p rocesso de
geração , d i s t r i bu i ção e exp lo ração do conhec imento . Es ta evo lução pode
se r observada em t rês aspectos : o aumento da ve loc idade e a redução do
cus to de fer ramentas e i ns t rumentos de pesqu isas bás i cas e ap l i cadas
(p ro tó t ipos , mode los , t écn i cas de s imu lação) ; o aumento da hab i l i dade
para gera r opções tecno lóg i cas ; e o poder das redes e le t rôn i cas como
fe r ramentas de pesqu isa Fo ray apud T ig re (1998) .
Nesse contex to , cabe des tacar o c rescen te poder das redes
e le t rôn i cas como fe r ramentas de pesqu isa . Dessa fo rma as redes
perm i tem o acesso a uma ampla gama de fon tes de in fo rmação
d isponíve is , t o rnando poss íve l o desenvo lv imento para le lo , a
t rans ferênc ia de tecno log ia e o acesso compar t i l hado a dados e in f ra-
es t ru tu ra po r co labo radores em p ro je tos de P&D. Isso tem permi t i do a
superação geográf i ca na cr i ação de redes de pesqu isa e o
es tabe lec imento de ob je t i vos comuns a d i fe ren tes pesqu isadores (T ig re ,
1998) . Um exemplo desse p rocesso é a poss ib i l i dade de compor
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
22
“módu los ” adqu i r i dos d i re tamente nas redes (a exemplo do
desenvo lv imento do so f tware) permi te a mu l t i p l i cação do po tenc ia l de
cada un idade ind iv idua l de pesqu isa .
2.2.2 Universidade e Tecnologia
A necess idade cons tan te de in t roduz i r inovações neste novo
cenár io de compet i ção fez das un i ve rs idades e cent ros de pesqu isa
parce i ros es t ra tég icos do seto r empresar ia l , onde segundo T i l ak (2003) ,
o n íve l de rea l i zação tecno lóg ica depende cr i t i camente do n íve l de
educação super io r de uma de terminada economia .
Na verdade , é o ens ino super io r e a pesqu isa que aux i l i am no
desenvo lv imento de novas tecno log ias ; e é o ens ino super io r e a
pesqu isa que cont r i buem para inovações e sua d ivu lgação. Ass im
podemos espera r um e fe i t o mu i to fo r te do ens ino super io r sob re o
desenvo lv imento da tecno log ia em qua lquer soc iedade.
Segundo Dos i apud O l i ve i ra (2003) , o pa rad igma tecno lóg i co é um
ins t rumen to re levan te para i n te rp re ta r , o rdenar e hiera rqu iza r os
d i fe ren tes âmbi tos e componen tes do p rocesso de i novação tecno lóg i ca .
Um parad igma tecno lóg i co é o con jun to de imp lemen tos desenvo lv idos
e melho rados que a judam a de f in i r os caminhos da busca pe la i novação .
2.2.3 TICs e a Colaboração Científica
A pesqu isa recen te sob re o uso das tecno log ias de in fo rmação e
comunicação med iada pe las redes de computadores (CMC) nas
o rgan izações tem s ido sempre d i r i g i da para inves t i ga r o re lac ionamen to
en t re a es t ru tu ra soc ia l e o uso da tecno log ia , Powe l l & Groda l (2003) .
Segundo a l i te ra tu ra , c i en t i s tas fac i lmente se adaptam às i novações
em suas á reas , devem compet i r po r descober tas , p rest íg io e recu rsos em
uma concor r i da comun idade c ien t í f i ca g loba l .
De aco rdo com es tudos an te r i o res , t a l como os es tudos de Walsh &
Bayma (2000) , os p r inc ipa is resu l t ados ob t idos sob re a u t i l i zação do e -
mai l nas o rgan izações são os segu in tes :
� Aumento da co labo ração c ien t í f i ca ;
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
23
Uma s ign i f i can te mudança nas organ izações c ien t í f i cas tem s ido o
i ncremento da co labo ração remota, pa r t i cu la rmente da co labo ração
i n te rnac iona l .
• Hete rogene idade
Es tá re lac ionado com a d ive rs idade de re lac ionamentos , d i fusão de
i n fo rmações e inovações .
� Dispersão geográ f i ca
Uma das v i r t udes das T ICs e par t i cu larmente do e -mai l é que e le
p roporc iona um aumento da d ispersão geográ f i ca de grupos de t raba lho
e também a juda a der rubar a lgumas das bar re i ras de i n te ração que são
c r i adas pe la separação geográ f i ca .
� Aumento da eqü idade do acesso às in fo rmações
1 . As redes reduzem a necess idade de que co labo radores
es te jam no mesmo loca l ;
2 . Esses bene f í c i os são ma is no tados na co labo ração
i n te rnac iona l , onde o cus to , fuso ho rár i o , e a l i nguagem são
todos cr i adores de bar re i ras ;
2.3 Ges tão do Conhec imento - Know ledge Management ( KM)
A In te rne t t em to rnado as van tagens compet i t i vas das
o rgan izações ma is de f in idas não apenas po r sua capac idade de se
bene f i c i a r de suas amplas bases de conhec imento , mas também por sua
capac idade de t rans fe r i r conhec imen to em s is temas e i n fo rmações para
impor melho res p rá t i cas .
O desenvo l v imento co rpo ra t i vo , po r tan to , depende de ap l i cações
cen t ra is embut i das nos p rocessos de negóc ios necessár ios para ex ecuta r
a t i v i dades essenc ia i s de uma o rgan ização , (L i v ro Verde , 2000) .
As tecno log ias baseadas na In te rnet pe rmi tem o compar t i l hamen to
de i n te r faces , to rnando as i n fo rmações mais va l iosas .
O e -mai l , po r exemp lo , é uma tecno log ia que inco rpora o conce i to
de ex tens ib i l i dade , uma vez que tem agregado func iona l idades ao longo
do tempo, pe rmi t indo não apenas o compar t i l hamento de i n fo rmações ,
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
24
mas também permi t indo que ha ja uma maio r in tegração com out ras
ap l i cações , assumindo ass im uma carac te r í s t i ca co labo ra t i va , (Borgman,
2000) .
Fo r tes tendênc ias e fa to res tecno lóg icos es tão d i rec ionando essa
mudança na es t ra tég ia das o rgan izações .
Sendo ass im , o i nves t imento em grupos de t raba lho pode se r v is to
como uma es t ra tég ia para melho rar o f l uxo de i n fo rmações e de
conhec imentos que são gerados pe los membros na organ ização quando
es tes co labo ram, compar t i l ham e ens inam uns aos ou tros , (Ter ra , 2000) .
Dessa fo rma, pe rcebe-se que os p rocessos de ap rend izagem
focados em grupos ou em equ ipes podem se reves t i r de grande
impor tânc ia na d isseminação das inovações desenvo lvidas na
o rgan ização, ga ran t i ndo sua ass imi l ação , (Duque , 2004) .
O c resc imen to do seto r de te lecomun icações e as i novações
tecno lóg i cas que impõem reduções sucess i vas de cus tos ab rem novos
campos de expansão da i ndús t r ia .
Os desa f i os e a complex idade dessa nova e ra começam pe las
p róp r i as ten ta t i vas de quant i f i ca r ou med i r o recu rso conhec imento . Ao
cont rá r io dos es toques f i nance i ros , de recu rsos natu ra i s , o va lo r
econômico do recu rso conhec imen to não é tão fac i lmente compreend ido ,
c l ass i f i cado e med ido , sendo um recu rso i nv i s í ve l , i n tangíve l e d i f í c i l
de im i ta r (Ter ra , 2000) .
Por se t ra ta r de tecno log ias com impac to su f i c i en te para de f in i r a
i nauguração de um novo c i c l o l ongo de ex pansão do sis tema cap i ta l i s ta ,
as T ICs ap resen tam re lações com o aumento da p rodu ti v idade que ,
embora se ja por um lado ind iscu t íve l , po r ou t ro , são de d i f í c i l
mensuração.
A t rans ferênc ia p rodut i va do conhec imento é essenc ia l quando
duas ou mais o rgan izações podem combinar suas d i fe ren tes
po tenc ia l i dades e c r i a r um produto ou p res tar um serv iço , o qua l e les
não es ta r i am aptos a cons t ru i r ou mante r com seus próp r ios recursos .
Mu i tos es tudos apontam que a t rans fe rênc ia do conhec imento
ex p l í c i to é re la t i vamente fác i l em cont ras te com a do conhec imento
tác i to , ou se ja , o conhec imento fac i lmente t rans fe ri do é amplamente
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
25
d isperso e de ba ixo cus to , e que a p robab i l idade do conhec imento
ex p l í c i to con te r novos e lementos que l evar i am à i novação é ba ixa ,
dessa fo rma um maio r ganho pode se r ob t ido quando as novas i dé ias são
t ransmi t i das sem mui ta d i f i cu ldade. Se o conhec imento tác i t o fo r um
fa to r l im i tan te da t rans fe rênc ia do conhec imen to , o cus to de t rans fe r i r o
conhec imento é p roporc iona l ao t i po de conhec imento t rans fer ido .
De ou t ra fo rma, quando o conhec imento é mu i to “quente” e
contém um componen te tác i to g rande , o g rau de d i f i cu ldade e os cus tos
de t rans fe rênc ia são e levados , conseqüentemente , os ganhos p rev i s tos
des ta in fo rmação são i ncer tos , po rque o cus to de obte r a i n fo rmação
pode ex ceder seu va lo r , suger indo que quando o conhec imento envo lve
um n íve l moderado de complex idade, os bene f í c i os der i vados de sua
t rans ferênc ia podem ser maio res (Powe l l & Groda l , 2003) .
2.4 Teor ia de Redes
A pesqu isa sob re o re lac ionamen to en t re redes e inovação é uma
á rea re la t i vamente recente de i nves t i gação. Mu i ta pesqu isa tem s ido
desenvo lv ida foca l i zando os e fe i tos das redes com base nas paten tes ,
em acesso à i n fo rmação e na geração de novas idé ias. A lém d i sso , os
es tudos ex aminam f reqüentemente as indús t r i as h igh - tech, onde o
i nves t imento no P&D é re levante , Powe l l & Groda l (2003) .
A a tenção às conseqüênc ias de l aços da rede para o desempenho
das empresas com re lação ao i nves t imento e uso das T ICs é
re la t i vamente ra ro .
O re t ra to gera l que emerge da pesqu isa na es t ra tég ia
o rgan izac iona l e do negóc io é que as redes e a i novação cons t i t uem um
c i c l o v i r t uoso , onde os en laces ex te rnos fac i l i tam a i novação e ao
mesmo tempo as sa ídas inovat i vas a t raem ma is l aços co labora t i vos ,
es t imu lando o c resc imento o rgan izac iona l , e pa recem rea l ça r a i novação
Ahu ja (2000) .
De aco rdo com Cas te l l s (1999) , funções e p rocessos dominan tes
na a tua l e ra da i n fo rmação es tão cada vez ma is o rgan izados em to rno de
redes . De aco rdo com o au to r , somos uma soc iedade em que o poder dos
f l uxos é mais impor tan te que os f l uxos do poder .
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
26
Neste t i po de es t ru tu ra soc ia l , a d inâmica a l t amen te evo lu t i va
fac i l i t a todos os t ipos de p rocessos de inovação. As redes poss ib i l i t am,
po r exemp lo , que empresas e t raba lhadores se jam su fi c i en temente
f l ex íve i s sem que percam o foco es t ra tég i co necessár io à p rodut i v i dade.
A cu l tu ra i n t r í nseca à rede é aque la em que desconst rução e
recons t rução caminham jun tas e cont i nuamente .
Cons idera -se , po r tan to , que as redes in te rorgan izaciona i s são
mecan ismos impor tan tes para a o t im ização dos recursos
o rgan izac iona is , para o aumento da capac idade tecnológ i ca na geração
de i novações e para abso rção de know-how.
Compreender os mecan ismos de gerenc iamento das a t i vi dades
es t ra tég i cas e operac iona i s envo lv idos em es t ru tu ras complexas é um
impor tan te passo, rumo à uma compreensão mais ampla das imp l i cações
teór i cas e p rá t i cas da i n te ração en t re as suas va r iáve is (Van Aken e
Weggeman, 2000) .
As teo r i as mais recentes sob re o su rg imento dos a r ran jos
i n te ro rgan izac iona is encont ram apo io no reconhec imento da impor tânc ia
do conhec imento , como recu rso fundamenta l na concre t i zação dos
ob je t i vos ind i v i dua i s , o rgan izac iona i s , in t ra e i n te ro rgan izac iona i s .
De modo gera l , a fo rmação de redes em seus d i versos n íve i s e
ap l i cações , tem s ido cons ide rada, t an to na p rá t i ca quanto na teo r i a , um
mecan ismo de f l ex ib i l i zação das re lações en t re as pessoas , capaz de
po tenc ia l i za r o compar t i l hamen to de i n fo rmação en t re o rgan izações e
i nd iv íduos e de con t r ibu i r pa ra a geração de conhec imen to e i novação
tecno lóg i ca (Aus t in , 2001) .
A recen te inco rpo ração de teor i as de ges tão de conhec imento na
aná l i se de es t ru tu ras o rgan izac iona is comp lexas tem incent i vado o
desenvo lv imento de novas abordagens em es tudos de ges tão de redes.
Van Aken e Weggemani (2000) , d iscu t i ndo os fa to res que i n f luenc iam a
p rodut i v i dade na geração de p rodutos e p rocessos i novadores no
contex to das redes in fo rmais co labora t i vas de ap rend izagem, p ropõem
uma comb inação da teo r i a o rgan izac iona l de redes com a teo r i a de
ges tão do conhec imento e ana l i sam a lgumas das p r i ncipa i s d i f i cu ldades
de coo rdenação encont radas em ta i s es t ru tu ras .
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
27
2.4.1 Redes Sociais
Uma rede soc ia l é fo rmada po r um con jun to ou grupo de pessoas com
a lgum padrão de con ta to ou in te ração (Newman, 2004).
Quando uma rede de computadores conecta pessoas , t emos uma
rede soc ia l . Da mesma fo rma que uma rede de computadores é fo rmada
po r um con jun to de compu tadores conec tados po r um con jun to de cabos ,
uma rede soc ia l é um con jun to de pessoas (o rgan izações ou ou t ro t ipo
de en t idade) conec tadas por um con jun to de re lac ionamentos
soc ia lmente s ign i f i ca t i vos (Wel lman , 1996) .
A aná l i se de redes soc ia is é baseada em uma supos i ção da
impor tânc ia do re lac ionamento en t re un idades de in te ração p rocu rando
t raçar e med i r os re lac ionamentos que f l uem en t re pessoas , g rupos ,
o rgan izações , computadores ou ou t ra in fo rmação ou conhec imento que
são p rocessados pe las en t i dades envo lv idas .
Segundo Powe l l & Groda l (2003) , a ex tensão para a qua l os l aços
i n te ro rgan izac iona is são cont i ngentes sob re as re lações i nd i v idua i s é
uma ques tão chave para a pesqu isa acadêmica, e t ambém um desa f io
c r í t i co para a es t ra tég ia das empresas .
2.4.2 Redes como Infra-estrutura
O esboço de nova e ra de in te l i gênc ia em rede es tá sendo marcado
po r d ive rsas tendênc ias re la t i vas às tecno log ias da in fo rmação. Essa
nova e ra ca rac te r i za -se po r c rescente in te rpenet rabi l i dade dos
computadores nas o rgan izações ; pe la convergênc ia ent re a m íd ia ,
computadores e redes de te lecomun icações ; au tomação do processo de
t raba lho ; ma io r agregação de va lo r p ropo rc ionado pelas tecno log ias da
i n fo rmação ; ace le ração da compet ição g loba l e d i fusão e adoção de
padrões tecno lóg i cos g loba i s .
A base da t rans fo rmação o rgan izac iona l e da vantagem
compet i t i va , nes te cenár io , se rá a i n fo rmação t raduz ida em
conhec imento (T ig re , 1998) .
A in fo rmação passa a ser um recu rso es t ra tég i co para as
o rgan izações . E la pode gera r as cond ições necessár ias ao a l cance dos
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
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ob je t i vos , o cumpr imento da missão co rpo ra t i va e subs id iar e lemen tos
bás i cos para melhor i a da compet i t i v i dade .
Nes te sent i do , a competênc ia t ecno lóg i ca i n f luenc ia as es t ra tég ias
da o rgan ização, es t ru tu rando uma re lação de natu reza d inâmica ao
agregar va lo r às d ive rsas p rá t i cas o rgan izac iona is . Ass is te -se , en tão , à
ap l i cação das tecno log ias da in fo rmação em toda a cade ia de negóc ios ,
desde a concepção de um p rodu to e /ou se rv i ço a té a sua
comerc ia l i zação e d is t r ibu i ção .
Nes te con tex to , as T ICs es tão p roporc ionando uma nova in f ra -
es t ru tu ra para as vá r i as a t i v i dades produt i vas e comunica t i vas , de v i ta l
impor tânc ia para a v ida o rgan izac iona l .
Os admin is t rado res , em gera l , inves tem em novas T ICs po rque
ac red i tam que isso l hes permi t i rá rea l i za r suas operações mais
rap idamente e a um cus to mais ba ixo ; u t i l i zam-nas para ob je t i vos
es t ra tég i cos e p lane jam a l cançar um ou mais dos t rês ob je t i vos
operac iona is i ndependen tes : a ) aumen tar a cont inu idade ( in tegração
func iona l , au tomação in tens i f i cada, respos ta ráp ida) ; b ) melho rar o
cont ro le (p rec isão , acu idade , p rev is ib i l i dade, consis tênc ia , cer teza) ; c )
p ropo rc ionar maio r compreens ib i l i dade (v is ib i l i dade, aná l i se , s ín tese)
das funções p rodut i vas Zubo f f apud Zaw is lak (1998) .
Na a tua l idade , as T ICs tan to do ponto de v i s ta acadêmico , como
de suas ap l i cações no mundo dos negóc ios , é assunto de grande
re levânc ia . Nos pa íses d i t os do P r imei ro Mundo as TICs têm s ido
cons ide radas como um dos grandes fa to res responsáveis pe lo sucesso
das o rgan izações , se ja em n íve l de sob rev i vênc ia , se ja no aumento da
compet i t i v i dade, ressa l t a (Yong apud Zaw is lak , 1998) .
Esse au to r c i t a Zubo f f , que def i ne as T ICs como “uma
denominação que re f l e te a convergênc ia de d i versas cor ren tes de
desenvo l v imento tecno lóg i co , i nc lu indo mic roe le t rôn ica , c i ênc ia da
computação, t e lecomun icações , engenhar ia de so f tware e aná l i se de
s is temas” ,p. 80-91, 1998.
As a t i v idades ma is suscet í ve is às a l te rações , segundo O l ive i ra
(1996) , são aque las i n tens i vas em in fo rmação, podendo-se d i s t i ngu i r
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
29
t rês g rupos . Um p r imei ro g rupo re fe re -se à p rodução: f í s i ca
(c rescentemente a t ing ida pe la robót i ca e i ns t rumen tação de con t ro le ) ; a
p rodução de i n fo rmação ( i n f luenc iada pe los computadores em ta re fas
bu roc rá t i cas , como contas a receber , con tas a pagar, fa tu ramento , e
ou t ros ) e a p rodução de conhec imento (CAD, CAM, anál i se de c réd i to e
r i sco , p rodução de sof tware, e t c ) .
O segundo grupo re fe re -se aos t raba lhos de coo rdenação, sendo as
te lecomunicações o i ns t rumen to fundamenta l da mudança que a fe ta a
d is tânc ia f í s i ca , a na tu reza do tempo sob re o t rabalho , que a rmazena
i n fo rmações e mais a memór ia o rgan izac iona l mant ida po r banco de
dados .
F ina lmen te , o t e rce i ro g rupo re fe re-se à ges tão : afe ta t an to a
d i reção que perm i te mon i to ra r o amb ien te e tomar as dec i sões para
adapta r a o rgan ização ao amb ien te , como o cont ro le que mede a
per fo rmance e compara com os p lanos para se mante r no rumo dese jado .
2.4.3 Redes de Práticas
A per fo rmance de uma o rgan ização é p ro fundamente dependente
do inves t imen to em Pesqu isa & Desenvo lv imento (P&D) rea l i zado . Os
computadores ins ta lados em todos os ambien tes corpora t i vos t raba lham
em rede, fac i l i tando o acesso à i n fo rmação .
Ao o fe recer um amb ien te de ap rend izado fo r te , baseado em t rocas
de i n fo rmação s inc ron izadas ou ass ínc ronas , as redes de i n fo rmação
to rnam-se um conce i to bas tan te a t raen te , t an to para func ionár ios como
para as o rgan izações . É um fa to conhec ido que as conexões
s ign i f i ca t i vas l evam os ind i v íduos a n íve i s de c r iat i v idade bem a lém
daque les que e les a l cançar iam i so lados , Ter ra (2000) .
Por ou t ro l ado , o compar t i l hamento de conhec imen to se ja i n te rna
ou ex terna, fo rmal ou i n fo rmal , é um dos desa f i os organ izac iona i s mais
impor tan tes , onde a a lma do modelo o rgan izac iona l es tá nas fo rmas de
comunicação , se rv indo para que resu l tados se jam conhec idos , ava l i ados
e u t i l i zados po r ou t ros pesqu isadores , (Newman, 2003) .
O conce i to de “Comunidades de p rá t i cas ” (CPs) ou “Redes de
P rá t i cas” (RPs) é um dos desenvo l v imentos mais in teressantes
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
30
re lac ionados à ges tão do conhec imento , e cons is tem em pessoas que
es tão l i gadas in fo rmalmente por um in teresse par t i lhado no ap rend izado
e /ou ap l i cação de uma p rá t i ca comum, (Ter ra , 2000) . Es tudos recen tes
demonst ram como o re lac ionamento in te ro rgan izac ional d i r i ge para
vá r i os bene f í c ios com re lação à d i fusão da i n fo rmação ,
compar t i l hamento de recu rsos , acesso a áreas espec ia l i zadas e o
ap rend izado o rgan izac iona l .
Nos campos da c iênc ia e t ecno log ia de base , as van tagens que emanam
das d i versas fon tes de i n fo rmação e recu rsos são cons ideráve i s . Nesse
contex to , a modelagem da teo r i a de redes permi te que a inves t i gação da
i n te ração en t re os componen tes da mesma most re os efe i t os sob re os
p rocessos de acesso à in fo rmação, t rans fe rênc ia do conhec imen to ,
pa ten tes e na geração de novas i dé ias .
No campo especí f i co da c iênc ia e t ecno log ia , o es tudo sob re os
co lég ios i nv i s í ve is fo i um dos p r ime i ros t raba lhos que u t i l i zou a idé ia
de redes de comun icação en t re c ien t i s tas como fo rma de exp l i ca r o
c resc imento do conhec imen to c ien t í f i co .
Nesse es tudo a au to ra mos t ra que os “co lég ios i nv isíve is ” são
ca rac ter i zados po r sua a l t a p rodu t i v idade , po r compar t i l ha r p r io r idades
de pesqu isa , po r t re inar es tudantes e po r p roduz i r e mon i to ra r o
conhec imento em seu campo.
Segundo Powe l l & Groda l (2003) , o es tudo de Crane (1972) ,
p rocu rou compreender como o conhec imento é desenvo lv ido no meio
c ien t í f i co e como a es t ru tu ra das comunidades c ien tí f i cas a fe ta a
ex pansão do conhec imento . As redes c ien t í f i cas são redes in fo rmais de
pesqu isadores que são fo rmadas em to rno de um p rob lema ou de um
parad igma comum.
Recen temen te vá r ios es tudos de redes c ien t í f i cas , traçando a
es t ru tu ra da co-au to r ia e das c i t ações (Newman, 2003) , fo rnecem uma
boa v isão dessa área de pesqu isa . Uma carac te r ís t i ca h is tó r i ca das
comunidades c ien t í f i cas é que a in fo rmação sob re resu l t ados da
pesqu isa sempre es teve d i sponíve l e d i s t r i bu ída en tre os p r i nc ipa is
membros da comun idade, e que o compar t i l hamento do conhec imen to
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
31
dent ro de uma comun idade c ien t í f i ca é o p r i nc ipa l moto r da i novação
acadêmica .
A co labo ração em pesqu isas são também mot ivadas pe la
necess idade de compar t i l ha r o uso de equ ipamen tos , cada vez mais
ca ros e complexos , e pe los novos padrões de f inanc iamento adotados
pe las agênc ias , Ka tz apud T ig re (1998) .
O dese jo dos pesqu isadores em aumenta r sua v i s ib i l idade e ,
consequentemen te , seu reconhec imento pe los pares , também tem s ido
apon tado como um fa to r que es t imu la a co labo ração cien t í f i ca
(Lau r indo , 2002) .
A comunidade de so f tware l i v re rep resenta um dos pr inc ipa is
desenvo lv imentos dessas redes de p rá t i cas , t endo como seu p r i nc ipal
“ case” o desenvo lv imento do s i s tema operac iona l L inux .
A esco lha do so f tware l i v re como opção p r i o r i t á r i a encont ra
supor te em redes de p rá t i cas d i s t r ibu ídas que são a base de o rgan ização
para mui tas comunidades técn i cas , suger indo que as fon tes de
conhec imento são agora ma is amp lamen te d ispersas e que as mensagens
de gerênc ia t êm emerg ido para o rques t rar a d is t r ibui ção do
conhec imento (Powe l l & Groda l , 2003) .
Como ex emp lo , t emos a rede de p rogramadores L inux que tem
demonst rado se r e f i caz no desenvo lv imento de so f tware de uma fo rma
a l t amente d is t r i bu ída . A comun idade L inux tem uma modesta es t ru tu ra
o rgan izac iona l , con tando com uma combinação de rede in terpessoa l e de
reputação i nd iv idua l , onde a hab i l idade do programador serve como
p ré - requ is i to para sua admissão na rede . Dessa fo rma, em ambos os
casos , a decompos ição das ta re fas de p rogramação é um fa to r
impor tan te , fac i l i t ando a d i s t r i bu i ção de ta re fas na rede .
2.4.4 Redes de Inovação
Uma das a t i v i dades c r í t i cas para o p rocesso inova t ivo é a
u t i l i zação de fon tes ex te rnas de conhec imento . Po r es te mot i vo o
re lac ionamento com out ras ins t i tu i ções ab re ma io res poss ib i l i dades de
acesso a recu rsos e conhec imen tos que não podem ser p roduz idos
i n te rnamente (Aus t i n , 2001) .
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
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A natureza do conhec imento , conce i tuado como tác i to ou
imp l í c i t o , é um impor tan te fa to r na de te rminação de como os membros
de uma rede podem e fe t i vamente compar t i l har in fo rmações e
hab i l idades (Powel l & Groda l , 2003) .
No caso das redes c ien t í f i cas , o acesso a uma ampla base de dados
c ien t í f i ca e t ecno lóg i ca , d i spon ib i l i zados na In te rnet v i a in ter face web,
se cons t i tu i numa in f ra -es t ru tu ra essenc ia l ho je em d ia para o bom
desempenho das a t i v idades acadêmicas .
A poss ib i l i dade de in terag i r com seus pares em qua lquer lugar
onde es te ja p roporc ionada pe las T ICs baseadas na Inte rne t , t em
favo rec ido o inc remento das a t i v idades co labo ra t i vas nas ins t i t u i ções
de pesqu isas e un ive rs idades , con t r i bu indo para a di fusão e
compar t i l hamento do conhec imento .
As redes co labo ra t i vas de inovação dessa fo rma são grupos
i nd iv idua lmen te au to -mo t ivados , de vá r i as par tes de uma o rgan ização
ou de múl t ip l as o rgan izações , hab i l i tadas pe la In ternet , que t raba lham
jun to numa nova i dé ia , d i r i g i dos po r uma v isão comum (Kraut &
K ies le r , 2003) .
2.4.5 CSCW e a Transferência do Conhecimento
A c rescente comp lex idade das ta re fas do mundo a tua l ex ige cada
vez mais uma maior in te ração en t re as pessoas .
A d ispon ib i l i dade de redes de computadores de a l t a ve loc idade ,
cada vez mais acess íve is , a l i ada à evo lução dos es tudos sob re o
compor tamen to dos grupos de pessoas ao desempenhar uma at i v i dade ,
pe rm i t i u o su rg imen to de uma d isc ip l i na que se convenc ionou chamar
Supor te po r Compu tador ao Traba lho Coopera t i vo (CSCW - Compute r
Suppor ted Cooperat i ve Work ) (Gretze l , 2001) .
A tua lmen te , computadores são i ns t rumentos que a lém de apo ia r a
rea l i zação de ta re fas i nd iv i dua is , são impor tan tes meios de i n te ração e
cooperação en t re as pessoas geogra f i camente d ispersas .
Enquan to o CSCW é usado para des ignar a pesqu isa na á rea do
t raba lho em grupo e como os compu tadores podem apo iá- l o , g roupware
tem s ido usado para des ignar a t ecno log ia (ha rdware e /ou so f tware )
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
33
gerada pe la pesqu isa em CSCW. Des te modo, segundo Ter ra (2000) ,
g roupware co r responde aos s is temas baseados em computador que
supor tam grupos de pessoas enga jadas em uma ta re fa (ou ob je t i vo )
comum e que p rovêem in ter face a um ambien te compar ti l hado .
Duas carac te r í s t i cas impor tan tes p roporc ionadas pe la t ecno log ia
de CSCW, são as t ransparênc ias de l oca l i zação e consc iênc ia de
t raba lho cooperat i vo , e es tão sendo ap l i cadas nas segu in tes a t i v i dades :
• Bra ins to rming para geração de idé ias ;
• Est ru tu ração des tas idé ias ;
• Aval i ação das idé ias .
2.4.6 CMC e Produtividade
Embora poucos es tudos tenham encon t rado uma cons is ten te
re lação en t re o uso das CMC e p rodut i v i dade, a comunicação é c ruc ia l
pa ra o bom func ionamento das o rgan izações . Es te fa to fo i reconhec ido
ex tensamente pe los geren tes que i nves tem em recu rsos em tecno log ia da
i n fo rmação (Duque, 2004) .
Uma comun icação po r computador , po r exemplo , t rans fo rmou-se
num inves t imento impor tan te para a ma io r ia das organ izações , como
uma a l t e rnat i va conven ien te às chamadas te le fôn i cas e aos memorandos
(Borgman, 2000) .
Por ou t ro lado , a p rodu t i v idade organ izac iona l é inf l uenc iada não
somente pe la quant i dade e pe la qua l i dade da tecno log ia de in fo rmação,
mas também pe las mane i ras em que a tecno log ia é usada , ou se ja , ao
p ro je ta r uma par te complexa de um equ ipamento , um geren te deve
compreender o func ionamento bás i co de suas par tes , de sua in te ração e
i n f luênc ia com o ambien te (A ls t yne , 1999) .
Por ex emplo , o ge ren te de T I (Tecno log ia da In fo rmação) de uma
o rgan ização ten ta p ro je tar uma rede de comunicação ó t ima – aque la que
te rá p rodu t i v idade máx ima dada a en t rada de um recurso . Para tes ta r
essa rede e le pode ana l i sa r os dados ob t idos de re la tó r ios de
per fo rmance em vár ios aspec tos de t rans fe rênc ia de i n fo rmação na
o rgan ização.
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
34
Essa aná l i se pode, po r exemplo , a judar a exp l i car as mudanças na
re lação de uma comunicação v ia e-mai l - t e l e fone da organ ização e
também pode suger i r es t ra tég ias para a gerênc ia , tal como ins ta lar ma is
t e le fones , ou i ncent i va r o uso do co r re io e le t rôn i co (Bo rgman , 2001) .
2.4.7 CMC e a Difusão do Conhecimento
O argumento bás i co para a co labo ração é que os benef í c i os de
p ro je tos que i ncorpo ram uma d iv isão in te lec tua l do t raba lho são
maio res que o cus to envo l v ido na coo rdenação. O p r ime i ro t ipo de
bene f í c i o da co labo ração é o “compar t i l hamento ” do conhec imento ,
hab i l idades e técn icas , (Powe l l & Groda l , 2003) .
Na co labo ração, i s to pode se r consegu ido po r uma d iv i são
comple ta do t raba lho fo rma l . Po r exemplo , uma pessoa pode se r boa na
cons t rução , operação e manu tenção de dete rm inado i ns t rumen to
c ien t í f i co e ou t ro na aná l i se dos dados produz idos (Powe l l & Groda l ,
2003) .
A co labo ração garan te um uso mais e fe t i vo desses talen tos , um
segundo e p róx imo t ipo de bene f í c i o no re lac ionamento é a
“ t rans fe rênc ia ” do conhec imento ou hab i l i dades , uma vez que não é
poss íve l te r t empo i nd iv idua lmen te para a tua l i za r conhec imentos ou
re tê - los .
Por tan to , nem todos os deta lhes re fe ren tes a novos avanços são
necessar iamente documentados . Mu i tos desses re lac ionamentos podem
ser t ác i tos e permanecem ass im a té que os pesqu isadores tenham tempo
para esc rever e pub l i ca r esses resu l t ados (Powe l l & Groda l , 2003) .
2.5 Conc lusões do Cap í tu lo
Relac iona-se aba ixo os p r i nc ipa is resu l t ados nesse cap í tu lo ,
i den t i f i cados a par t i r da rev isão da l i te ra tu ra .
A In te rnet e as T ICs p roporc ionam melho r i as que podem ser
v isua l i zadas nas o rgan izações a t ravés da e f i c i ênc ia de seus p rocessos e
qua l i dade dos se rv iços e p rodutos o fe rec idos .
Capí tu lo 2 Base Conce i tua l e Rev isão da L i t e ra tu ra
35
A In te rnet e as T ICs possuem carac te r ís t i cas de ap li cab i l i dade ,
i n tegração e co laboração, que poss ib i l i tam a redução de tempo e espaço
fac i l i t ando a fo rma de aqu is i ção , in terp re tação e ação sob a i n fo rmação .
A In te rnet e as T ICs cons t i t u i -se no contex to das tecno log ias de
i n fo rmação de ma ior c resc imen to e impacto na soc iedade, po is
p rop ic iam o compar t i l hamento de recu rsos , acesso à i n fo rmações e
comunicação en t re i nd iv íduos e o rgan izações .
A In te rne t t em to rnado as van tagens compet i t i vas das
o rgan izações ma is de f in idas , não apenas po r sua capac idade de se
bene f i c i a r de suas amplas bases de conhec imento , mas também por sua
capac idade de t rans fe r i r conhec imen to em s is temas e i n fo rmações para
impor melho res p rá t i cas .
As opo r tun idades das T ICs para a t i v idades de i novação es tão
assoc iadas a seu po tenc ia l de aumenta r a p rodut i v idade no p rocesso de
geração , d i s t r ibu i ção e exp lo ração do conhec imento .
Uma das manei ras mais e f i cazes de t rans fo rmar in fo rmações em
conhec imento numa rede é a t ravés do envo lv imento dos par t i c i pan tes no
desenvo lv imento de p ro je tos coopera t i vos . O adven to das T ICs face ao
novo parad igma tecnoeconômico tan to gerou necess idades de
co laboração, quanto p rop i c iou os me ios técn i cos para o ap r imoramento
das redes . Po r ou t ro lado , a p rodu t i v idade o rgan izac iona l é i n f luenc iada
não somente pe la quant idade e pe la qua l i dade da tecno log ia de
i n fo rmação , mas também pe las fo rmas como a tecno logia é usada.
Um aspecto também impor tan te de des tacar é que as TICs
baseadas na In te rne t , p r i nc ipa lmen te o e -mai l , pe rmi tem a c r i ação e a
manutenção de grupos geogra f i camente d i spersos de co labo radores , bem
como d iminuem as bar re i ras ine ren tes à comunicação face a face,
p r inc ipa lmente com pessoas desconhec idas , a judando a conso l idar
con ta tos que poderão se t rans fo rmar no fu tu ro em vár i as i n i c i a t i vas ,
como o desenvo lv imento de t raba lhos , convên ios e par t i c i pação em
eventos , con t r ibu indo dessa fo rma para uma maior v is i b i l i dade do
t raba lho do pesqu isador e da ins t i tu i ção .
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
36
3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DESCRITIVA DOS
DADOS
A aná l i se dos dados es tá d i v i d ida em duas seções princ ipa is : uma
aná l i se desc r i t i va e em segu ida uma aná l i se exp lo rató r i a , ambas
baseada nas ca rac te r ís t i cas mapeadas no ques t i onár io . In i c i a lmente são
ap resentados a lguns dados gera is sob re a pesqu isa, i nc lu indo
i n fo rmações sob re a amost ra u t i l i zada e nos do is casos são fe i t as
a lgumas aná l i ses po r cen t ro de pesqu isa .
O método mais adequado ao ob je t i vo p ropos to nes ta pesqu isa é o
desc r i t i vo , que de aco rdo com Se l l t i z apud Caldas (2002) , poss ib i l i t a
ob te r in fo rmação comp le ta e exa ta do ob je to a se r es tudado. A aná l i se
es tá baseada na op in ião de 170 p ro fesso res -pesqu isadores da UFPE, de
um to ta l de ap rox imadamente 1600 docen tes .
Para a ob tenção dos dados , op tou -se po r ques t i onár io au to -
ap l i cado v ia web , d ispon ib i l i zado à comunidade de pesqu isadores da
UFPE du rante os meses de Abr i l e Ma io de 2005. A aná l i se es ta t í s t i ca
fo i f e i t a po r me io de técn i cas de aná l i se per t i nen tes . A popu lação de
es tudo fo i composta po r docentes da UFPE que u t i l i zam os se rv i ços do
Núc leo de Tecno log ia da In fo rmação da UFPE (NTI) , lo tados em 8
cen t ros de pesqu isa da UFPE.
A aná l i se es ta t í s t i ca fo i desenvo l v ida a par t i r da tabu lação dos
dados u t i l i zando o ap l i ca t i vo STATIST ICA fo r W indows, Re lease 6 S ta t
Sof t , Inc (2002) .
O ques t i onár io d i spon ib i l i zado e le t ron i camen te fo i es t ru tu rado em
módu los , com o ob je t i vo de se ob ter dados re fe ren tes a qua t ro
ca rac ter ís t i cas cons ide radas impor tan tes para os obje t i vos da pesqu isa ,
con fo rme desc r i to a segu i r :
• Dados de iden t i f i cação
Cent ro de pesqu isa ao qua l o pesqu isador es tá lo tado ;
Tempo de t raba lho
Sexo
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
37
T i t u lação
Tempo de T i t u lação
Essas in fo rmações são impor tan tes uma vez que poss ib i l i tam aná l i ses
mais deta lhadas da amost ra em es tudo .
• I n f ra -es t ru tu ra das T ICs na UFPE
Fato res que i n te r ferem na u t i l i zação da rede ;
Re levânc ia dos se rv i ços d isponíve is na rede ;
Re levânc ia das fon tes de in fo rmação u t i l i zadas na produção
acadêmica ;
Com re lação a es te tóp i co , p re tende-se ana l i sa r se a in f ra -es t ru tu ra
de T ICs d isponíve l ho je na UFPE tem cont r i bu ído para o bom
desempenho das a t i v i dades acadêmicas e também p rocura r i den t i f i car
qua i s t ecno log ias são mais u t i l i zadas .
• Padrão de uso das T ICs na UFPE
Fina l i dade do uso da In te rnet em at i v i dades c ien t í fi cas ;
Re la t i vo ao uso das T ICs ;
T ipo de uso das T ICs ;
T ipos de mensagens ve icu ladas na rede ;
To ta l de mensagens env iadas po r d ia ;
To ta l de mensagens receb idas po r d ia ;
Es te tóp i co procura i den t i f i ca r p re fe rênc ias na u t il i zação das
T ICs e i n fo rmações sob re t i po de uso do me io e le t rôn i co ,uma vez que ,
segundo Duque (2002) , pesqu isadores de d i fe ren tes áreas usam as T ICs
de modos d i s t i n tos .
• Est ru tu ra da co labo ração c ien t í f i ca
Or igem do pesqu isador da rede de co labo ração;
T ipo de resu l t ado ob t i do na co labo ração c ien t í f i ca;
Qua is fa to res melho r rep resentam a sua in te ração ;
Qua l o t amanho da rede de co labo ração
Es te tóp i co fo rnece a in fo rmação sob re o p rocesso de co labo ração
c ien t i f i ca na UFPE, cons ide rado pe la l i t e ra tu ra como a a t i v idade que
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
38
t em maior impac to na u t i l i zação das T ICs po r pesqu isadores na
p rodução acadêmica , Ter ra (2000) , Borgman (2001) , Duque (2004) .
3.1 Apresen tação dos Responden tes po r Cen t ro
Embora a UFPE tenha ho je um cont ingen te de ap rox imadamente
1600 docentes em seus 10 cen t ros de pesqu isas , ob teve-se um to ta l de
170 ques t ionár ios respond idos , a lgo em to rno de 11% do to ta l dos 8
cen t ros consu l tados con fo rme a Tabe la 3 .1 .
Ava l i a -se que o pequeno número de respos tas se deve, em par te ,
ao fa to de que no momento em que se ap l i cou o ques ti onár io a rede de
comunicação do NTI ap resentava sér ios p rob lemas de per fo rmance.
T a b e l a 3 . 1 – D i s t r i b u i ç ã o d e p e s q u i s a d o r e s r e s p o n d en t e s p o r c e n t r o d e p e s q u i s a –
U F P E
CENTRO N %
CAC 18 11
CCB 23 14
CCEN 32 19
CCS 18 11
CCSA 15 9
CE 7 4
CFCH 10 6
CTG 47 28
Total 170 1,00
Os ques t ionár ios receb idos ap resen taram a d is t r ibu ição ind i cada
pe la Tabe la 3 .1 , ou se ja , a maio r ia , 28% dos responden tes , fo ram
pesqu isadores do Cen t ro de Tecno log ia e Geoc iênc ias da UFPE (CTG) ,
19% do Cen t ro de C iênc ias Exa tas e da Na tureza (CCEN) , 14% do
Cent ro de C iênc ias B io lóg i cas (CCB) , empatados em quar to l ugar
aparecem o Cent ro de Ar tes e Comun icação (CAC) e o Cent ro de
C iênc ias da Saúde (CCS) , com 11% das respos tas . Em segu ida o Cent ro
de C iênc ias Soc ia is e Admin i s t ração (CCSA) com 9% , o Cent ro de
F i loso f i a e C iênc ias Humanas (CFCH) com 6% e po r ú lt imo , o Cent ro
de Educação (CE) , com 4% das respos tas . In i c i a lmen te fo i rea l i zada
uma aná l i se descr i t i va dos dados con fo rme descr i t o no i tem ante r i o r .
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
39
3.2 T i tu lação dos Responden tes
Dos 170 pesqu isadores que compõem a amost ra , pode-se ve r i f i ca r
de aco rdo com a d i s t r i bu i ção rep resen tada na F igu ra 3 .1 que 40% dos
respondentes são do sexo femin ino e 60% do sexo mascu l ino .
Com re lação ao tempo de se rv i ço ou ex per iênc ia acadêmica , pode-
se ve r i f i ca r na F igu ra 3 .2 que a g rande ma io r i a , cerca de 76% dos
respondentes têm mais de 10 anos de exper iênc ia .
Jun tos , os pesqu isadores que têm menos de 5 anos e os que têm
mais de 5 e menos de 10 representam um percentua l de 12%.
Com re lação à t i tu lação , de aco rdo com os dados ap resen tados na
F igu ra 3 .3 ve r i f i ca -se que 6% dos pesqu isadores respondentes têm o
t í tu lo de espec ia l i zação , 12% têm o t í t u l o de mest re , 58% têm t í t u lo de
douto r e 24% têm o pós -dou to rado.
F i g u r a 3 . 1 – D i s t r i b u i ç ã o p o r g ê n e r o
Figu ra 3 .2 – Exper iênc ia acadêmica
Distribuição por gênero
Feminino; 40%
Masculino; 60%
Distribuição por tempo de serviço (Experiência)
Menos de 5 anos; 12%
Entre 5 e 10 anos; 12%
10 ou mais anos; 76%
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
40
Histograma Titulação
6%
12%
58%
24%
Especialização Mestrado Doutorado Pós-doutorado
Titulação
0
20
40
60
80
100
120
No
of o
bs
F i g u r a 3 . 3 – E x p e r i ê n c i a a c a d ê m i c a
T A B E L A 3 . 2 – T e m p o d e t i t u l a ç ã o
T I T U L A Ç Ã O T O T A L
N %
M e n o s d e 5 a n o s 3 9 2 2 , 7
E n t r e 5 e 1 0 a n o s 5 3 3 0 , 8
M a i s d e 1 0 a n o s 8 0 4 6 , 5
T o t a l 1 7 0 1 0 0
Com re lação ao tempo de t i t u l ação dos respondentes , con fo rme
ap resentado na Tabe la 3 .2 , a ma io r i a dos pesqu isadores (46 ,5%) , ob teve
a sua t i t u l ação há mais de 10 anos . 30 ,8% en t re 5 e 10 anos e 22 ,7%
têm menos de 5 anos de ob tenção da t i tu l ação.
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
41
3.3 T i tu lação dos Responden tes po r Cen t ro
Com re lação à t i tu l ação ve r i f i ca -se que , pa ra a amost ra
pesqu isada, 75% dos pesqu isadores do CTG são douto res e 15% têm o
pós -doutorado . No CCEN, 34% têm o douto rado e 59% têm o pós-
douto rado .
O sexo femin ino aparece com ma ior exp ressão nos cent ros de
Educação (CE) , de C iênc ias B io lóg i cas (CCB) e C iências da Saúde
(CCS) . No CE, 57% dos pesqu isadores que têm o doutorado são do sexo
femin ino . No CCS, 50% dos que têm douto rado são do sex o femin ino e
no CCB, 43% dos que têm o t í tu lo de douto r são do sexo femin ino .
Ana l i sando os pesqu isadores que têm o t í t u l o de pós-douto rado ,
t em-se que : 14% dos pesqu isadores do CE têm esse t ítu l o e todos e les
são do sexo femin ino e no CCB 13%.
Os pesqu isadores com ma is t empo de t i tu l ação es tão nos segu in tes
cen t ros : CFCH (70%) , CCEN (65 ,6%) e CAC (61 ,1%) .
Pesqu isadores na fa ix a in te rmed iár i a en t re 5 e 10 anos de
t i tu l ação es tão em sua maior i a lo tados no CTG (44 ,7%) , CCB (43 ,5%) e
CE (42 ,9%).
Os pesqu isadores que têm menos de 5 anos com a t i t ul ação es tão
l o tados em sua ma ior i a nos segu in tes cen t ros : CCS (44 ,4%) e CE
(42 ,9%) .
3.4 Aná l i se da In f ra -es t ru tu ra das T ICs na UFPE
A segu i r ana l i sam-se as ques tões p ropos tas no ques ti onár io
u t i l i zado na pesqu isa que es tão re lac ionadas com a i n f ra-es t ru tu ra de T I
(Tecno log ia da In fo rmação) , d i spon íve l ho je na UFPE.
3.4.1 Fatores que Interferem na Utilização da Rede da UFPE
Conforme os dados ap resen tados na Tabe la 3 .3 , os fato res que
mais in ter fe rem na u t i l i zação da rede para os pesquisadores
respondentes são: os p rob lemas de conexão com a rede , 91% dos
pesqu isadores , segu ido da ve loc idade da rede, com 68% das respos tas .
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
42
Em te rce i ro l ugar aparece a fa l t a de supor te t écn i co com 47% ,
segu ido de pouco espaço d isponíve l no se rv ido r de e-mai l com 20% das
respos tas . Observa-se que o i t em bar re i ra l i ngü ís t ica não tem impacto
na comunidade o que d i fe re de es tudos seme lhantes ap l i cados em ou t ras
i ns t i t u i ções de pesqu isa, fa to que pode se r exp l i cado pe lo a l to índ i ce
(82%) de pesqu isadores com o t í t u lo de douto r observado na pesqu isa.
T A B E L A 3 . 3 - F a t o r e s q u e i n t e r f e r e m n a u t i l i z a ç ã o da r e d e .
FATORES MUITO
RELEVANTE
RELEVANTE POUCO
RELEVANTE
IRRELEVANTE TOTAL
N % N % N % N %
Problemas de conexão
com a rede
155 91 9 5 4 2,5 2 1,5 170
Falta de suporte técnico 80 47 59 35 22 13 9 5 170
Espaço disponível no
servidor de e-mail
35 20 66 39 41 24 28 17 170
Velocidade da rede
(conexão)
115 68 37 22 12 7 6 3 170
Não-familiaridade com o
software
16 9 31 18 52 31 71 42 170
Barreira lingüística 7 4 18 11 36 21 109 64 170
Falta de treinamento 12 7 27 16 45 27 86 50 170
Com re lação aos fa to res que in te r fe rem na u t i l i zação da rede da
UFPE, os pesqu isadores respondentes des tacaram que a d i f i cu ldade de
conexão com a rede é o p rob lema mais impor tan te dent re os
re lac ionados .
Em re lação a esse i t em é in teressante no tar que a di f i cu ldade de
conexão com a rede fo i cons ide rada pouco re levante en t re os fa to res
que in te r fe rem na u t i l i zação da rede para o Cent ro de Ar tes e
Comunicação (CAC) . Ta l resu l t ado sugere que esse cen t ro t em obt ido
um bom aprove i tamen to do acesso ao backbone da rede da UFPE.
O segundo fa to r ma is c i t ado fo i a fa l t a de supor te t écn i co ,
cons ide rado mui to impor tan te p r i nc ipa lmente para os pesqu isadores do
CCSA, CFCH e CCB. Des taca-se que o cent ro cu jos pesqu isadores
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
43
respondentes c i ta ram essa d i f i cu ldade , o CCSA, mantém uma equ ipe
p róp r i a de admin i s t ração de sua rede loca l .
O espaço d isponíve l no se rv ido r de e -mai l não fo i cons ide rado
re levante na u t i l i zação da rede, em espec ia l pa ra os pesqu isadores do
CCEN, o que é bas tan te coeren te com a rea l idade deste cen t ro , uma vez
que todos os depar tamentos do cent ro mantêm seu p róp r i o se rv ido r de
e -mai l .
Mu i to embora a bar re i ra l i ngü ís t i ca no gera l não tenha s ido
cons ide rada como re levan te na u t i l i zação da rede, grande par te dos
pesqu isadores responden tes do CE (14%), e do CCSA (13%)
cons ide raram esse i t em como mu i to re levante .
No ou t ro ex t remo temos os pesqu isadores do CFCH e CCEN que
cons ideraram esse i tem como de nenhuma impor tânc ia na u t i l i zação da
rede .
A fa l t a de t re inamen to fo i cons ide rada re levante p ri nc ipa lmen te
pe los pesqu isadores respondentes do CCSA (27%) , e pe los
pesqu isadores do CE (14%).
3.4.2 Relevância dos Serviços Disponíveis na Rede
T A B E L A 3 . 4 - R e l e v â n c i a d o s s e r v i ç o s d i s p o n í v e i s n a r e d e
SERVIÇOS DISPONÍVEIS MUITO
RELEVANTE
RELEVANTE POUCO
RELEVANTE
IRRELEVANTE TOTAL
N % N % N % N % 170
Bases de dados científicos 144 85 19 11 3 2 4 2 170
Revistas eletrônicas 141 83 20 12 6 3 3 2 170
Aquisição de publicação 108 63 34 20 23 14 5 3 170
Sites de agências de pesquisa 146 86 18 11 4 2 2 1 170
Bibliotecas virtuais 121 71 38 22 8 5 3 2 170
Sites de cursos de pós-graduação 55 32 80 47 23 13 12 8 170
Sites de empresas especializadas 40 23 70 41 42 25 18 11 170
Com base nos dados apresentados na Tabe la 3 .4 , os se rv i ços
d ispon ib i l i zados na rede da UFPE cons iderados mais re levantes fo ram
os s i t es de ó rgãos do governo na área de pesqu isa ta i s como: CAPES,
CNPq, F INEP, e t c . com 86% das respos tas , em segundo tem-se as bases
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
44
de dados c ien t í f i cos , com 85%, em terce i ro as rev istas e le t rôn icas com
83%, segu ido das b ib l i o tecas v i r tua i s com 71% e da aqu is i ção de
pub l i cações com 63% das respos tas .
Mu i to embora os s i t es de empresas espec ia l i zadas não tenham s ido
cons ide rados um serv iço d ispon ib i l i zado na rede impor tan te , po r g rande
par te dos pesqu isadores respondentes da UFPE (23%), quando ana l i sa -
se esse i t em po r cen t ro de pesqu isa ind i v idua lmente, cons ta ta -se que a
g rande maior i a dos pesqu isadores respondentes do CCSA (66 ,7%)
cons ide ram esse serv iço d i spon íve l na rede mui to relevante .
3.5 Aná l i se do Padrão de Uso das T ICs na UFPE
Real iza -se em segu ida uma aná l i se das ques tões re lac ionadas ao
padrão de uso das T ICs pe los pesqu isadores respondentes .
3.5.1 Finalidade do Uso da Internet em Atividades Científicas
Conforme os dados ap resen tados na Tabe la 3 .5 , a comun idade
acadêmica da UFPE u t i l i za a i n te rnet como supor te pa ra suas a t i v i dades
de pesqu isa de mane i ra in tensa em a t i v idades d i re tamente vo l t adas para
a p rodução c ien t í f i ca .
O resu l t ado ob t i do demonst ra que a f i na l i dade ma is re levante no
uso da i n te rne t em a t i v idades de pesqu isa é a pesqu isa de a r t i gos
c ien t í f i cos (91%) , comprovando o uso d i re tamente re lac ionado à
p rodução c ien t í f i ca .
Em segu ida aparece a comun icação com pesqu isadores da mesma
á rea (87%) , esse resu l t ado comprova es tudos an te r i o res que cunharam o
te rmo “ba lkan iza t ion” (Walsh & Bayma, 1998; Bo rgman , 2000) , para
i nd ica r que pesqu isadores tendem a se comunica r com pessoas da sua
mesma á rea de conhec imen to .
A submissão de t raba lhos e per iód icos (80%) e a comun icação
de t raba lhos c ien t í f i cos (79%) são cons iderados mu i to re levantes
i nd icando que a in te rnet t em fac i l i t ado a comun icação de pesqu isadores
com os agentes de d ivu lgação c ien t í f i ca , t an to fo rma is (ex , ed i to res
c ien t í f i cos ) , quan to os meios in fo rma is (ex , congressos) , fac i l i t ando a
d ivu lgação da produção c ien t í f i ca , por me io da fac il i dade na submissão
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
45
de a r t i gos e t raba lhos c ien t í f i cos , poss ib i l i t ando uma maio r v is i b i l i dade
do t raba lho de pesqu isa .
Uma aná l i se desse i t em po r cen t ro cons ta ta que todos os
pesqu isadores do CCEN usam a in te rne t t endo como princ ipa l f ina l idade
a pesqu isa de ar t i gos c ien t í f i cos , segu ido pe los pesqu isadores do CCB
(96%) e do CCS (94%) .
T A B E L A 3 . 5 - F i n a l i d a d e d o u s o d a I n t e r n e t e m a t i v id a d e s c i e n t í f i c a s
FINALIDADE DO
USO DA INTERNET
MUITO
RELEVANTE
RELEVANTE POUCO
RELEVANTE
IRRELEVANTE Total
N % N % N % N % N
Comunicação com pesquisadores
da mesma área
147 87 14 8 6 3 3 2 170
Comunicação com pesquisadores
de outra área
81 47 64 38 20 12 5 3 170
Comunicação para fins didáticos 97 57 58 34 13 8 2 1 170
Comunicação de trabalhos científicos 135 79 28 17 4 2 3 2 170
Submissão de trabalhos e periódicos 136 80 29 17 2 1 3 2 170
Pesquisa de artigos científicos 154 91 10 6 4 2 2 1 170
Coordenação de projetos 110 65 34 20 16 9 10 6 170
3.5.2 Utilização das Tecnologias de Comunicação El etrônica
Com re lação ao padrão de uso das T ICs po r pesqu isadores
respondentes , observa-se segundo os dados ap resentados na Tabe la 3 .6
que o se rv i ço de co r re io e le t rôn i co (e -mai l ) f o i cons iderado o ma is
usado por 92% dos pesqu isadores , os se rv i ços d i sponíve is na web com
50% das respos tas aparece em segundo e em te rce i ro os se rv i ços de
v ideoconfe rênc ia e ambien tes v i r tua is com 17% dos casos .
Aqu i é in teressante no ta r que apesar dos p rob lemas c i tados com
re lação à rede de comunicação , o se rv i ço de con fe rênc ia e le t rôn i ca , que
requer uma boa qua l i dade de banda de comunicação , aparece em
des taque como um dos mais usados .
O co r re io e le t rôn ico , que in i c i a lmente parec ia se r um subs t i tu to
dos meios de comunicação t rad i c iona l , en t re os qua is , ca r tas ,
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
46
memorandos e te le fonemas , adqu i r iu ca rac ter ís t i cas p róp r ias to rnando-
se o p r inc ipa l meio de comunicação en t re os pesqu isadores (Bo rgman,
2001) .
Con forme con f i rma es ta pesqu isa, en t re as vantagens apon tadas
po r d i versos au to res es tá o fa to de o e-mai l se r hoje em d ia um me io de
comunicação de amplo acesso, mu l t i f unc iona l e que ut i l i za l inguagem
in fo rmal semelhante à d iscussão acadêmica ve rba l , além de se r um meio
de comunicação ass íncrono , Walsh & Bayma (1998) , Borgman (2001) .
O resu l t ado ob t i do em re lação à p re fe rênc ia pe lo uso do co r re io
e le t rôn i co e da web fo i seme lhante ao reg i s t rado na l i te ra tu ra , Ramos
(1998) , Macedo (1999) ,Bo rgman (2001) ,Walsh & Maloney (2002) ,
Powe l l & Groda l (2003) os qua i s cons ide ram esses dois recu rsos
(co r re io e web) os p i l a res da i n f ra -es t ru tu ra para pesqu isa no ambien te
acadêmico .
As demais t ecno log ias de comunicação e le t rôn i ca d isponíve is na
rede são pouco u t i l i zadas pe los docentes da UFPE. Merece des taque, no
en tan to , o uso das tecno log ias de v ideocon fe rênc ia e ambien tes v i r tua is
de comunicação , também u t i l i zados pe los pesqu isadores respondentes ,
po r serem recu rsos impor tan tes que permi tem a comunicação em tempo
rea l e necess i t am de uma boa i n f ra -es t ru tu ra de comunicação . O
resu l t ado da u t i l i zação des te t ipo de tecno log ia sugere que a
comunidade c ien t í f i ca da UFPE acompanha as i novações imp lementadas
nos s is temas de comun icação e le t rôn ica .
As l i s tas de d iscussão, no en tan to , embora se ja uma tecno log ia de
comunicação e le t rôn i ca d isponíve l há mais t empo na rede , aparece com
um índ i ce de u t i l i zação pouco exp ress i vo , apenas 8 ,7% dos
pesqu isadores respondentes ind i cam essa tecno log ia como a mais usada,
embora uma parce la maior de pesqu isadores respondentes a use
regu la rmen te (27 ,3%) .
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
47
T A B E L A 3 . 6 – U s o d a s t e c n o l o g i a s d e c o m u n i c a ç ã o e l et r ô n i c a
TECNOLOGIA
USADA/USO
MAIS USADO USO
REGULAR
POUCO
USADO
NUNCA
USOU
TOTAL
N % N % N % N % N
Correio eletrônico 156 92 14 8 0 0 0 0 170
Videoconferência 30 17 28 17 60 35 52 31 170
Listas de discussão 15 9 45 27 74 43 36 21 170
Ambientes virtuais 29 17 31 18 60 35 50 30 170
Serviços WEB 85 50 55 32 20 12 10 6 170
T a b e l a 3 . 7 – U s o d a s T I C s p o r c e n t r o d e p e s q u i s a
CENTRO CORREIO
ELETRÔNICO
(E-MAIL)
VIDEOCONFERÊNCIA LISTAS DE
DISCUSSÃO
AMBIENTES
VIRTUAIS
SERVIÇOS
WEB
N % N % N % N % N %
CAC 17 94,4 0 0 5 27,8 6 33,3 8 44,4
CCB 21 91,3 1 4,3 1 4,3 4 17,4 15 65,2
CCEN 31 96,9 0 0 1 3,1 2 6,3 11 34,4
CCS 16 88,9 2 11,1 2 11,1 2 11,1 8 44,4
CCSA 13 86,7 3 20,0 2 13,3 2 13,3 10 66,7
CE 7 100 0 0 0 0 1 14,3 4 57,1
CFCH 10 100 0 0 1 10 5 50,0 6 60,0
CTG 41 87,2 3 6,4 2 4,3 7 14,9 22 46,8
Total 156 91,8 6 3,5 14 8,2 29 17,1 84 49,4
Uso das TICs por centro
05
1015202530354045
CAC CCB CCEN CCS CCSA CE CFCH CTG
Centros de pesquisa - UFPE
Usa
bilid
ade
C o rre io e le trô nico (e -m a il)
Video co nfe rê nc ia
Lis ta s de dis c us s ã o
Ambiente s virtua is
S erviço s web
F i g u r a 3 . 4 – U s o d o s T I C s p o r c e n t r o d e p e s q u i s a
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
48
A Tabela 3 .7 e a F igu ra 3 .4 desc revem o padrão de ut i l i zação das
tecno log ias de comunicação e le t rôn i ca por cen t ro .
O serv i ço de v ideocon fe rênc ia é usado com ma is f reqüênc ia pe los
pesqu isadores do CCSA (20%) , segu indo do CCS (11%) e do CCB
(4 ,3%). Aqu i é i n te ressante no ta r que segundo a pesqu isa , mais de 85%
dos pesqu isadores do CE, e mais de 76% dos pesqu isadores do CTG
nunca u t i l i za ram o se rv i ço de v ideocon fe rênc ia .
Os ambien tes v i r tua i s de comun icação são usados pr inc ipa lmente
po r pesqu isadores do CFCG (50%) , pe lo CAC (33 ,3%) e pe lo CCB
(17 ,4%) .
3.5.3 Tipo de Uso do Meio Eletrônico
T A B E L A 3 . 8 - T i p o d e u s o d o m e i o e l e t r ô n i c o
TIPO DE USO DO MEIO ELETRÔNICO DIÁRIO SEMANAL MENSAL NUNCA TOTAL
N % N % N % N %
Mensagens pessoais 133 78 24 14 10 6 3 2 170
Reuniões em meio eletrônico 14 8 38 22 53 32 65 38 170
Administração de projetos 34 20 55 32 45 27 36 21 170
Troca de idéias de pesquisa 55 32 68 40 37 22 10 6 170
Receber ajuda técnica 15 9 38 22 75 44 42 25 170
Fornecer ajuda técnica 19 11 41 24 68 40 42 25 170
Busca de literatura 81 48 69 41 15 9 5 3 170
Intercâmbio de documentos 64 38 60 35 36 21 10 6 170
Conferência eletrônica 6 3 20 12 34 20 110 65 170
Avaliação de trabalhos científicos 30 18 44 26 65 38 31 18 170
Com re lação às ca tego r ias dos t ipos de uso ident i f icadas na
Tabe la 3 .8 , a f reqüênc ia d iá r i a aponta as mensagens pessoa is como as
mais u t i l i zadas , com 78% das respos tas .
Depo is aparece a busca de l i t e ra tu ra, com 48% das respos tas ,
segu ido de i n tercâmb io de documentos com 38%, e a t roca de idé ias
de pesqu isa com 32% das respos tas .
Com f reqüênc ia mensa l , receber a juda técn ica aparece em
p r imei ro com 44% das respos tas , f o rnecer a juda técn ica em segundo
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
49
com 40% e ava l iação de t raba lhos c ien t í f i cos em te rce i ro com 38% das
respos tas .
Ana l i sando o t i po de uso com f reqüênc ia semanal , a busca de
l i t e ra tu ra (41%) aparece em p r ime i ro l ugar , em segundo a t roca de
idé ias de pesqu isa (40%) e em terce i ro , t emos o i n te rcâmbio de
documen tos (35%).
É a inda i n te ressan te no ta r que 65% dos pesqu isadores nunca
usaram a tecno log ia de con fe rênc ia e le t rôn i ca em suas a t i v i dades de
pesqu isa e 38% nunca se reun i ram em amb ien tes v i r tua is, t i po MSN.
Ana l i sando esse i tem por cen t ro de pesqu isa pode-se observar o
segu in te :
Os pesqu isadores do CE u t i l i zam semana lmen te o meio e le t rôn i co
para t roca de idé ias de pesqu isa (71 ,4%) e i n te rcâmbio de
documen tos (57%).
A inda com re lação ao uso semanal , 59 ,6% dos pesqu isadores do
CTG usam o meio e le t rôn ico para busca de l i t e ra tu ra.
3.5.4 Fontes de Informação Utilizadas na Produção Científica
Conforme os dados ap resen tados na Tabe la 3 .9 , as fon tes de
i n fo rmação ma is u t i l i zadas para a p rodução de conhec imento são as
f on tes e le t rôn i cas (75%) , resu l t ado que vem demons t ra r o impacto que
a in te rnet t em ho je na p rodução c ien t í f i ca da UFPE.
Esse resu l t ado também most ra a evo lução do compor tamento dos
pesqu isadores , que em out ros es tudos como o de (Souza, 2003) ,
ap resentou as b ib l io tecas como pr inc ipa l fon te de in fo rmação u t i l i zada
po r pesqu isadores da Embrapa .
En t re as ou t ras fon tes de in fo rmação mais u t i l i zadas na p rodução
c ien t í f i ca , t êm-se as b ib l i o tecas (47%) e as f on tes imp ressas (44%).
Mu i to embora a fon te co legas (21%) tenha s ido pouco c i t ada como
fon te mais usada, ve r i f i ca -se que 52% dos pesqu isadores responden tes
fazem uso regu la r desse recu rso para desenvo lv imento de sua p rodução.
Esse resu l t ado j un tamente com a fon te amb ien te de t raba lho
(28%) , vem comprovar ou t ros resu l t ados ob t i dos na li t e ra tu ra , os qua i s
i nd icam que c ien t i s tas c i tam sempre co legas como fon te de p rodução de
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
50
conhec imento , comprovando que os pad rões do t raba lho acadêmico têm
s ido a l t e rados com a in te rne t , p r i nc ipa lmente quanto à co laboração no
desenvo lv imento de pesqu isas (Walsh & Ma loney, 2002, Powe l l &
Groda l 2003) .
Ana l i sando agora as fon tes de in fo rmações d i spon íveis na rede
que são u t i l i zadas na p rodução c ien t í f i ca po r cen t ro , Tabe la 3 .10 ,
observa-se o segu in te :
Mu i to embora as fon tes e le t rôn icas se jam as mais usadas no gera l ,
ex is tem d i fe renças nos cen t ros .
No CE as f on tes imp ressas (57 ,1%), co legas (57 ,1%) , even tos
(57 ,1%) e o amb ien te de t raba lho (71 ,4%) são c i t ados como p r i nc ipa is
fon tes para a p rodução de conhec imento .
No CCSA, as b ib l i o tecas (80%) , as f on tes imp ressas (66 ,7%) ,
amb ien te de t raba lho (46 ,7%) são cons ideradas como fon tes mais
usadas e 66 ,7% dos pesqu isadores fazem uso regu la r do ambien te de
t raba lho como fon te para p rodução de conhec imento .
No CFCH, os even tos (70%) são c i tados como fon te regu la r de
i n fo rmação para a p rodução de conhec imento , as b ib l io tecas (60%) e as
f on tes imp ressas (50%), como fon tes mais usadas .
T A B E L A 3 . 9 - F o n t e s d e i n f o r m a ç ã o u t i l i z a d a s p a r a pr o d u ç ã o c i e n t í f i c a
FONTES/TIPO DE USO MAIS USADO USO REGULAR POUCO USADO TOTAL
N % N % N %
Bibliotecas 80 47 59 35 31 18 170
Colegas 36 21 89 52 45 27 170
Fontes impressas 75 44 74 43 21 13 170
Fontes eletrônicas 127 75 34 20 9 5 170
Eventos 54 32 88 52 28 16 170
Ambiente de trabalho 47 28 87 51 36 21 170
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
51
T A B E L A 3 . 1 0 - F o n t e s d e i n f o r m a ç ã o u t i l i z a d a s p a r a p r o d u ç ã o c i e n t í f i c a ( p o r
c e n t r o )
CENTRO\FO
NTES
BIBLIOTECAS COLEGAS FONTES
IMPRESSAS
FONTES
ELETRÔNIC
AS
EVENTO
S
AMBIENTE DE
TRABALHO
N % N % N % N % N % N %
CAC 11 61,1% 4 22,2% 11 61,1% 8 44,4% 6 33,3% 5 27,8%
CCB 10 43,5% 4 17,4% 7 30,4% 18 78,3% 7 30,4% 6 26,1%
CCEN 16 50,0% 10 31,3% 14 43,8% 27 84,4% 9 28,1% 8 25,0%
CCS 7 38,9% 3 16,7% 9 50,0% 16 88,9% 6 33,3% 5 27,8%
CCSA 12 80,0% 5 33,3% 10 66,7% 11 73,3% 4 26,7% 7 46,7%
CE 3 42,9% 4 57,1% 4 57,1% 3 42,9% 4 57,1% 0 0,0%
CFCH 6 60,0% 3 30,0% 5 50,0% 6 60,0% 2 20,0% 4 40,0%
CTG 16 34,0% 3 6,4% 15 31,9% 37 78,7% 1
8
38,3% 11 23,4%
TOTAL 81 47,6% 36 21,2% 75 44,1% 126 74,1% 5
6
32,9% 46 27,1%
3.5.5 Tipo de Mensagem Veiculada na Rede
T A B E L A 3 . 1 1 - T i p o d e m e n s a g e m v e i c u l a d a n a r e d e
TIPO DE MENSAGEM/ TIPO DE USO MAIS
USADO
USO
REGULAR
POUCO
USADO
TOTAL
N % N % N %
Científico-tecnológica 130 77 35 20 5 3 170
Informação bibliográfica 103 61 55 32 12 7 170
Informação sobre cursos/eventos 50 30 91 53 29 17 170
Mensagens gerais 54 32 81 48 35 20 170
Revisão de trabalhos técnico-cientificos 75 44 71 42 24 14 170
Com re lação ao t i po de mensagem ve icu lada na rede , ap resenta -se
na Tabe la 3 .11 que os responden tes cons ide ram as mensagens de cunho
c ien t í f i co - tecno lóg i co como as mais usadas no me io e le t rôn ico , com
78% das respos tas , depo is t emos i n fo rmação b ib l i og rá f i ca com 60%
das respos tas e rev isão de t raba lhos técn i co -c ien t í f i cos com 44% das
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
52
respos tas , segu ido de mensagens gera is com 32% e i n fo rmação sob re
cu rsos /even tos com 30% das respos tas .
Nes ta ques tão observa-se a inda o ba ixo percen tua l de
pesqu isadores respondentes (32%) que i nd ica ram as mensagens de
cunho gera l como o t ipo mais usado, i nd icando que o e -mai l é ut i l i zado
de fo rma in tensa e focado nas a t i v i dades acadêmicas.
As mensagens com i n fo rmação b ib l iog rá f i ca são ma is usadas por
pesqu isadores respondentes do CCB (82 ,6%) e do CCEN (80%) .
As mensagens sobre rev i são de t raba lhos c ien t í f i cos são mais
usadas po r pesqu isadores respondentes do CCB (69 ,6%) , CCS (61%) e
CFCH (50%) .
No CE (71 ,4%), no CTG (48 ,9%) e no CFCH (50%) os
pesqu isadores responden tes fazem uso regu la r de mensagens para
rev isão de t raba lho técn i co -c ien t í f i co .
3.5.6 Número de Mensagens Enviadas e Recebidas por Dia
Alguns es tudos como o de A ls t yne (1999) e Walsh & Maloney
(2002) , ana l i sam a p rodut i v i dade acadêmica cons ide rando o f l uxo de
mensagens ve i cu ladas na rede . De aco rdo com os dados ap resentados na
Tabe la 3 .12 tem-se que :
O número méd io de mensagens env iadas po r d ia é maior no CCSA
(13 ,6 ) , CAC (11 ,9 ) , CTG (10 ) e CCS (9 ,2 ) .
Com re lação à méd ia de mensagens receb idas po r d ia t em-se:
CCEN (31 ,3 ) , CFCH (22 ,5 ) , CAC (22 ,3 ) e CCS (18 ,5 ) .
3.6 Es t ru tu ra de Co laboração C ien t í f i ca
Segundo a l i t e ra tu ra , a in ternet t em p roporc ionado as cond ições
necessár ias para uma maio r in teração en t re pesqu isadores , fac i l i t ando
dessa mane i ra o t raba lho co labo ra t i vo , que é uma das pr i nc ipa i s fon tes
de i novação no p rocesso de p rodução c ien t í f i ca .
A segu i r , apresenta -se os resu l t ados da pesqu isa no tocante à
es t ru tu ra de co laboração c ien t í f i ca da amost ra pesqu isada.
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
53
3.6.1 Tamanho da Rede de Colaboração
T a b e l a 3 . 1 2 – C o l a b o r a d o r e s e u s o d o e - m a i l ( p o r c en t r o)
CENTRO/USO DA REDE COLABORADORES MENSAGENS
ENVIADAS
MENSAGENS
RECEBIDAS
Media Máx Mín Media Max Min Media Max Min
CAC 17,6 30 2 11,9 30 3 22,3 80 3
CCB 13,8 60 2 6,8 15 1 14,4 100 3
CCEN 12,3 60 1 7,6 30 2 31,3 105 2
CCS 7,8 15 2 9,2 30 1 18,5 50 5
CCSA 9,3 26 3 13,6 50 1 13,3 35 1
CE 14,7 40 3 8,3 15 4 14,3 30 5
CFCH 13,6 30 6 12 25 5 22,5 50 10
C T G 1 6 , 1 4 0 3 1 0 3 0 1 1 6 , 1 4 0 3
Com re lação ao tamanho da rede de co labo ração dos
pesqu isadores , ap resenta -se na Tabe la 3 .12 :
O número méd io de co labo radores é maio r no CAC (17 ,6 ) , CTG
(16 ,1 ) , CE (14 ,7 ) , CCB (13 ,8 ) , CFCH (13 ,6 ) e CCEN (12 ,3 ) .
3.6.2 Origem do Pesquisador da Rede de Colaboração
T A B E L A 3 . 1 3 – O r i g e m d o p e s q u i s a d o r
ORIGEM DO PESQUISADOR N %
Pesquisador do mesmo centro 125 73
Pesquisador de outro centro 107 63
Pesquisador de outras instituições 143 84
Pesquisador do país 135 79
Pesquisador do exterior 113 66
Pesquisador da mesma área 142 83
Pesquisador de outra área 65 38
Na Tabe la 3 .13 são ap resentados os dados da o r i gem dos
pesqu isadores que fazem par te da rede de re lac ionamentos dos
pesqu isadores respondentes .
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
54
Os dados ind i cam que 84% dos pesqu isadores responden tes usam
essa in teração para t rocar i dé ias com co legas de out ras ins t i t u i ções ,
embora essa comun icação ocor ra na sua maior i a com pesqu isadores da
mesma á rea de pesqu isa, com 83% das respos tas , 79% são pesqu isadores
do país e 66% são pesqu isadores do ex ter io r .
Nesse ponto cons ta ta -se mais uma vez a g rande u t i l idade do e -
mai l como meio de comunicação e a con f i rmação de a lguns resu l tados
desc r i t os em out ras pesqu isas , en t re e les :
O e -mai l t em a ca rac te r ís t i ca de se r um uma fe r ramenta que d i r i ge
para uma “ba lkaz inação” , ou se ja , comun icação com pessoas da mesma
á rea de conhec imento ;
O e -mai l é um meio de comunicação que fac i l i t a os
re lac ionamentos i n fo rma is , c i t ado na l i t e ra tu ra como as re lações que
o fe recem maiores opo r tun idades de geração de novas i dé ias e
conseqüente inovação nas empresas e o rgan izações .
De acordo com os dados observados na Tabe la 3 .13 , o con ta to com
pesqu isadores de ou t ras i ns t i tu i ções (84%) aparece como a in te ração
mais re levante no me io e le t rôn i co , em segu ida tem o conta to com
pesqu isadores da mesma á rea (83%) , dado que vem comprovar o
fenômeno observado em out ras pesqu isas , (Walsh & Bayma, 1998;
Bo rgman, 2001) , ind i cando que pesqu isadores tendem a se comunica r
com pessoas da mesma á rea de conhec imento .
3.6.3 Resultado Obtido na Colaboração
T A B E L A 3 . 1 4 – R e s u l t a d o d a i n t e r a ç ã o
R E S U L T A D O D A I N T E R A Ç Ã O T O T A L
N %
P u b l i c a ç ã o d e a r t i g o s 1 6 2 9 5
C o n v ê n i o s 6 3 3 7
P a t e n t e s 9 5
Com re lação ao resu l t ado que me lho r representa a colabo ração
c ien t í f i ca dos pesqu isadores respondentes , os dados ap resentados na
Tabe la 3 .14 i nd icam que a pub l i cação de a r t i gos c ien t í f i cos (95%)
aparece como o resu l t ado mais impor tan te ob t i do na in teração dos
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
55
pesqu isadores com seus pares . Em segundo l ugar t emos os convên ios
(37%) e em te rce i ro , a p rodução de pa ten tes (5%) .
Ana l i sando essa ques tão po r cen t ro , pode-se ver i f i car que no CFCH
os convên ios (60%) são o t i po de resu l t ado mais c i t ado do p rocesso de
co laboração c ien t í f i ca . Em segu ida temos o CTG (48 ,9%) , CAC
(38 ,9%) , CCB (34%) e CCEN (34%) .
As pa ten tes são cons ide radas como tendo melho r re lação com sua
i n te ração po r pesqu isadores respondentes do CCEN (9,4%) , CTG
(8 ,5%), CCS (5 ,6%) e CCB (4 ,3%).
3.6.4 Fatores que Melhor Representam a Interação na Rede
T A B E L A 3 . 1 5 - F a t o r e s q u e m e l h o r r e p r e s e n t a m a c o l ab o r a ç ã o c i e n t í f i c a
RESULTADO DA COLABORAÇÃO CIENTÍFICA TOTAL
N %
Compartilhamento de equipamentos 51 30
Uso de infra-estrutura 74 43
Discussão de idéias 139 82
Coordenação de projetos 87 51
Com re lação à co laboração c ien t í f i ca , Tabe la 3 .15 , a g rande
maio r i a dos pesqu isadores respondentes da UFPE (82%) ind i cou que
usam o meio e le t rôn i co para d iscu t i r idé ias de pesqu isa com out ros
pesqu isadores .
Em segundo lugar aparece a coordenação de p ro je tos (51%), em
te rce i ro o uso de i n f ra-es t ru tu ra (43%) e po r ú l t imo o
compar t i lhamento de equ ipamen tos (30%) das respos tas .
Ana l i sando po r cen t ro , a Tabe la 3 .16 re fe re -se a compu tação das
respos tas à opção “ma is re levante ” . Tem-se que o uso do me io
e le t rôn i co para a d iscussão de idé ias é mais acentuado en t re os
pesqu isadores do CFCH (100%) , CCB (91 ,3%) e CE (85 ,7%) .
A coordenação de p ro je tos é mais in tensa en t re os pesqu isadores
respondentes do CCS (66 ,7%), CTG (63 ,8%) , CCB (60 ,9%) e CFCH
(60%) .
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
56
O uso de in f ra -es t ru tu ra é mais c i tado en t re os pesqu isadores
respondentes do CCB (56 ,5%), CCS (55 ,6%) , CAC (50%) e CCEN
(46 ,9%) .
O compar t i lhamen to de equ ipamentos é o t ipo de co labo ração
mais usado en t re pesqu isadores respondentes do CCB (39 ,1%), CCS
(38 ,9%) , CTG (38 ,3%) e CCEN (31 ,3%) .
T a b e l a 3 . 1 6 – Q u a i s f a t o r e s r e p r e s e n t a m m a i s r e l e v an t e n a i n t e r a ç ã o ( p o r c e n t r o )
CENTRO/COLABORAÇÃO COMPARTILHAMENTO
EQUIPAMENTOS
USO DE
INFRA-
ESTRUTURA
DISCUSSÃO DE
IDÉIAS
COORDENAÇÃO
DE PROJETOS
Total
N % N % N % N % N
CAC 2 11,1 9 50 11 61,1 9 50 18
CCB 9 39,1 13 56,5 21 91,3 14 60,9 23
CCEN 10 31,3 15 46,9 26 81,3 12 37,5 32
CCS 7 38,9 10 55,6 13 72,2 12 66,7 18
CCSA 3 20 5 33,3 12 80 2 13,3 15
CE 1 14,3 0 0 6 85,7 2 28,6 7
CFCH 1 10 2 20 10 100 6 60 10
CTG 18 38,3 18 38,3 39 83 30 63,8 47
TOTAL 51 30 72 42,4 138 81,2 87 51,8 170
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Comp. Equip Infra-strutura Dis. Idéias Coord. Proj.
Colaboração
T otalpesquisadores
F i g u r a 3 . 5 - T i p o d e c o l a b o r a ç ã o c i e n t í f i c a
Cap í tu lo 3 Apresen tação e Aná l i se Descr i t i va dos Dados
57
3.7 Conc lusões do Cap í tu lo
Uma aná l i se dos dados ob t i dos rep resen tados na F igura 3 .5 most ra
que para a amost ra pesqu isada a coo rdenação de pro je tos responde pe la
g rande maio r i a da co labo ração c ien t í f i ca (40%) , segu ida da d iscussão
de idé ias (30%) , uso da in f ra-es t ru tu ra (20%) e compar t i l hamento de
equ ipamen tos (10%) . A grande maio r ia dos pesqu isadores cons idera a
pub l i cação de a r t igos como o p r inc ipa l resu l tado da sua i n te ração no
p rocesso de co laboração e com re lação à u t i l i zação das tecno log ias de
i n fo rmação e comunicação , a g rande ma io r i a e legeu o e -mai l como
p r inc ipa l fe r ramen ta , segu ido dos se rv i ços web.
Com base na Tabe la 3 .12 podemos i n fe r i r que o tamanho méd io da
rede de co labo radores é de 13 pessoas e com re lação ao uso do e -ma i l ,
t em-se que o número méd io de mensagens env iadas é de 9 ,5
mensagens /d ia e 19 ,6 mensagens receb idas /d ia .
As mensagens ve i cu ladas na rede de ca rá te r c i en t í fi co -
tecno lóg i co têm ma ior uso , segu ido das mensagens sobre i n fo rmação
b ib l iográ f i ca .
O uso da In te rnet em a t i v idades c ien t í f i cas , a pesqu isa de a r t i gos
c ien t í f i cos fo i cons iderada po r 91% dos pesqu isadores como mui to
re levante , em segundo aparece a comun icação com pesqu isadores da
mesma á rea com 87% das respos tas , segu ido de submissão de t raba lhos
a congressos com 80 %, comunicação de t raba lhos c ien t í f i cos com 79%
e de coo rdenação de p ro je tos com 65% dos casos . Os resu l t ados
sugerem uma u t i l i zação das fe r ramen tas de Tecno log ia de In fo rmação e
Comunicação focada na p rodução acadêmica .
Capí tu lo 4 Aná l i se Exp lo ra tó r i a dos dados
58
4 ANÁLISE EXPLORATÓRIA DOS DADOS
Nesse cap í tu lo desenvo lve -se uma aná l i se exp lo ra tó ri a dos dados
v isando ob te r me lho res i n fo rmações sob re re lações ex is ten tes en t re as
va r i áve is do es tudo . Uma vez que a g rande maio r i a das va r iáve i s
rep resentadas no ques t i onár io fo ram mapeadas como var i áve is
ca tegó r i cas o rd ina i s , ap l i cou -se tes tes es ta t ís t i cos não paramét r i cos
u t i l i zando o ap l i ca t i vo STATIST ICA fo r Windows , Re lease 6 S ta t so f t ,
Inc (2002) .
Os resu l t ados fo ram ap resentados gra f i camen te em box-p lo t com
os va lo res de med iana , 1 quar t i l (25%), 3 quar t i l (75%), va lo res
máx imos e mín imos , ou t l i e rs e ex t remos.
O coef i c i en te de Spearman busca i den t i f i ca r uma co rre lação en t re
duas va r i áve is o rd ina is e é baseado em pos tos , quando cada ind i v íduo
recebe um pos to em duas sé r ies o rdenadas . O mesmo possu i mecan ismos
para t ra ta r observações empatadas , quando o mesmo score é dado para
mais de um ind iv íduo , S iege l (1975) . Nos p róx imos it ens ap resentam-se
co r re lações es ta t i s t i camente s ign i f i ca t i vas en t re as va r i áve is u t i l i zadas
na pesqu isa .
A aná l i se es ta t í s t i ca de s ign i f i cânc ia fo i rea l i zada a par t i r dos
tes tes da aná l i se de cor re lação de Spearman, cons iderando n íve i s de
s ign i f i cânc ia de 5%.
Os fa to res mais s ign i f i can tes para o es tudo são l is tados na Tabe la
3 .17 , onde o tes te de Spearman re je i tou a h ipó tese H0 (h ipó tese nu la =
são independen tes) , com os va lo res de p computados , i nd i cando
poss ib i l i dade de cor re lação en t re as va r i áve is re lac ionadas .
Capí tu lo 4 Aná l i se Exp lo ra tó r i a dos dados
59
T a b e l a 3 . 1 7 – R e s u l t a d o d o t e s t e d e S p e a r m a n
V a r i á v e l 1 V a r i á v e l 2 S p e a r m a n t ( N - 2 ) p - l e v e l
A d m d e p r o j e t o s R e u n i õ e s e m m e i o
e l e t r ô n i c o
0 , 7 0 4 8 0 0 3 , 9 7 4 0 3 0 , 0 0 1 0 9 0
A d m d e p r o j e t o s I n t e r c â m b i o d e
d o c u m e n t o s
0 , 4 9 8 6 9 9 2 , 3 0 1 4 0 0 , 0 3 5 1 4 9
A d m d e p r o j e t o s C o l a b o r a d o r e s -
0 , 5 2 9 3 3 3
-
2 , 4 9 5 6 3
0 , 0 2 3 8 8 3
T r o c a d e i d é i a s d e
p e s q u i s a s
P r o b l e m a s d e
c o n e x ã o n a r e d e
-
0 , 5 7 4 0 6 3
-
2 , 8 0 4 3 7
0 , 0 1 2 7 2 6
T r o c a d e i d é i a s d e
p e s q u i s a s
P e s q u i s a d o r d o
e x t e r i o r
-
0 , 5 9 3 7 0 2
-
2 , 9 5 1 2 3
0 , 0 0 9 3 8 6
‘ T r o c a d e i d é i a s d e
p e s q u i s a s
P e s q u i s a d o r d e
o u t r o c e n t r o
-
0 , 5 4 6 2 0 6
-
2 , 6 0 8 2 8
0 , 0 1 9 0 1 8
T r o c a d e i d é i a s d e
p e s q u i s a s
R e u n i õ e s e m m e i o
e l e t r ô n i c o
0 , 4 7 7 6 3 1 2 , 1 7 4 6 1 0 , 0 4 5 0 0 5
T r o c a d e i d é i a s d e
p e s q u i s a s
F o r n e c e r a j u d a
t é c n i c a
0 , 6 7 8 2 2 8 3 , 6 9 1 7 8 0 , 0 0 1 9 7 6
T r o c a d e i d é i a s d e
p e s q u i s a s
C o n f e r ê n c i a
e l e t r ô n i c a
0 , 7 2 1 6 3 9 4 , 1 6 9 6 9 0 , 0 0 0 7 2 3
P u b l i c a ç ã o d e
a r t i g o s
A q u i s i ç ã o d e
p u b l i c a ç ã o
0 , 5 9 8 7 1 5 2 , 9 8 9 9 8 0 , 0 0 8 6 5 9
P u b l i c a ç ã o d e
a r t i g o s
P e s q u i s a d o r d o
m e s m o c e n t r o
0 , 5 3 4 5 2 2 2 , 5 2 9 8 2 0 , 0 2 2 2 9 4
C o n v ê n i o s S e r v i ç o s W e b 0 , 5 7 2 9 1 3 2 , 7 9 6 0 1 0 , 0 1 2 9 4 8
4.1 In f ra -es t ru tu ra das T ICs na UFPE
Segundo a F igu ra 4 .1 observa-se que a g rande maio r ia dos
pesqu isadores respondentes que t rocam idé ias de pesqu isas em rede com
seus pares cons ide ram os p rob lemas de conex ão com a rede como mui to
re levantes para o desenvo l v imen to de seus t raba lhos.
Capí tu lo 4 Aná l i se Exp lo ra tó r i a dos dados
60
Box Plot (Troca de idéias de pesquisas X Problemas de conexão com a rede)
Median 25%-75% Non-Outlier Range
Muito relevanteRelevante
Pouco relevanteIrrelevante
Problemas de conexão com a rede
00
Diário
Semanal
Mensal
Nunca
05
Tro
ca d
e id
éias
de
pesq
uisa
F i g u r a 4 . 1 - P r o b l e ma s d e c o n e x ã o c o m a r e d e X T r o ca d e i d é i a s d e p e s q u i s a
4.2 Padrão de Uso das T ICs na UFPE
Com re lação ao padrão de uso das T ICs pe los pesqu isadores
respondentes , ana l i sa-se aba ixo a lgumas re lações sign i f i can tes .
De acordo com a F igu ra 4 .2 observa-se que a g rande maio r i a dos
pesqu isadores respondentes que co labo ram na fo rmação e manutenção
de convên ios faz uso regu la r dos se rv iços d i sponíveis na web .
Box Plot (Convênios X Serviços WEB)
Median 25%-75% Non-Outlier Range Outliers
Convênios0
Mais usado
Uso regular
Pouco usado
Nunca usou
5
Ser
viço
s W
EB
Figura 4.2 - Convênios X Serviços WEB
Capí tu lo 4 Aná l i se Exp lo ra tó r i a dos dados
61
Anal i sando a F igu ra 4 .3 t em-se que a g rande maio r ia dos
pesqu isadores responden tes faz uso da tecno log ia de con fe rênc ia
e le t rôn i ca na t roca de idé ias de pesqu isas com suas redes de
co laboradores .
Box Plot (Troca de idéias de pesquisas X Conferência eletrônica)
Median 25%-75% Non-Outlier Range Outliers Extremes
Diário Semanal Mensal Nunca
Conferência eletrônica
0
Diário
Semanal
Mensal
Nunca
5
Tro
ca d
e id
éias
de
pesq
uisa
Figura
4.3 - Troca de idéias de pesquisas X Conferência eletrônica
De aco rdo com a F igu ra 4 .4 t em-se que os pesqu isadores
respondentes que t rocam idé ias de pesqu isas d ia r i amente com ou t ros
pesqu isadores em meio e le t rôn i co usam essa in te ração para fo rnecer
a juda técn i ca .
Capí tu lo 4 Aná l i se Exp lo ra tó r i a dos dados
62
Box Plot (Troca de idéias de pesquisas X Fornecer ajuda técnica)
Median 25%-75% Non-Outlier Range Outliers
Diário Semanal Mensal Nunca
Fornecer ajuda técnica
0
Diário
Semanal
Mensal
Nunca
5
Tro
ca d
e id
éias
de
pesq
uisa
F igu ra 4 .4 - T roca de i dé ias de pesqu isas X Fo rnecer a juda técn i ca
Percebe-se na F igura 4 .5 , que a f reqüênc ia de uso da rede para o
i n te rcâmb io de documentos es tá d i re tamen te re lac ionada com a
a t i v i dade de admin is t ração de p ro je tos . Ou se ja , os pesqu isadores
respondentes gera lmente usam a rede para o i n te rcâmb io de documentos
quando admin is t ram p ro je tos de pesqu isa em rede .
Box Plot (Adm de Projetos X Intercâmbio de documentos)
Median 25%-75% Non-Outlier Range
Diário Semanal Mensal Nunca
Intercâmbio de documentos
00
Diário
Semanal
Mensal
Nunca
05
Adm
inis
traç
ão d
e pr
ojet
os
F i g u r a 4 . 5 - A d m i n i s t r a ç ã o d e p r o j e t o s X I n t e r c â m b io d e d o c u m e n t o s
Capí tu lo 4 Aná l i se Exp lo ra tó r i a dos dados
63
Anal i sando a F igu ra 4 .6 , observa-se que os pesqu isadores que usam a
rede com mais f reqüênc ia para reun iões com out ros pesqu isadores , tem
como p r i nc ipa l f i na l idade a t roca de i dé ias de pesqu isas .
Box Plot (Troca de idéias de pesquisas X Reuniões em meio eletrônico)
Median 25%-75% Non-Outlier Range Outliers
DiárioSemanal
MensalNunca
Reuniões em meio eletrônico
00
Diário
Semanal
Mensal
Nunca
05
Tro
ca d
e id
éias
de
pesq
uisa
F i g u r a 4 . 6 – T r o c a d e i d é i a s d e p e s q u i s a s X R e u n i õ es e m m e i o e l e t r ô n i c o s
Ana l i sando a F igu ra 4 .7 t em-se que a g rande maio r ia dos
pesqu isadores responden tes que fazem uso d iár io da rede com a
f i na l i dade de admin is t ra r p ro je tos , ge ra lmente usam as tecno log ias de
reun iões on l ine , como o msn e a v ideocon fe rênc ia para i n te rag i r com
out ros pesqu isadores .
Capí tu lo 4 Aná l i se Exp lo ra tó r i a dos dados
64
Box Plot (Adm. de projetos X Reuniões em meio eletrônico)
Median 25%-75% Non-Outlier Range Outliers
DiárioSemanal
MensalNunca
Reuniões em meio eletrônico
0
Diário
Semanal
Mensal
Nunca
5
Adm
inis
traç
ão d
e pr
ojet
os
F i g u r a 4 . 7 - A d m i n i s t r a ç ã o d e p r o j e t o s X R e u n i õ e s em m e i o e l e t r ô n i c o
4.3 Es t ru tu ra da Co laboração C ien t í f i ca
De aco rdo com a F igu ra 4 .8 , t em-se que os pesqu isadores
respondentes cu jo g rupo de co labo ração são fo rmados em méd ia por 10
pesqu isadores , e que a f reqüênc ia de uso dec resce com o tamanho dos
grupos de pesqu isas .
Box Plot (Colaboradores X Adm. de Projetos)
Median 25%-75% Non-Outlier Range Outliers Extremes
Diário Semanal Mensal Nunca
Administração de projetos
0
10
20
30
40
50
60
70
Col
abor
ador
es
F i g u r a 4 . 8 - A d m i n i s t r a ç ã o d e p r o j e t o s X C o l a b o r a d or e s
Capí tu lo 4 Aná l i se Exp lo ra tó r i a dos dados
65
Observa-se na F igu ra 4 .9 que a g rande maio r ia dos responden tes
t roca idé ias de pesqu isas em rede semanalmente com pesqu isadores de
ou t ros cent ros de pesqu isa.
Box Plot (Troca de idéias de pesquisas X Pesquisador de outro centro)
Median 25%-75% Non-Outlier Range Outliers
Pesquisador de outro centro00
Diário
Semanal
Mensal
Nunca
05
Tro
ca d
e id
éias
de
pesq
uisa
F i g u r a 4 . 9 – T r o c a d e i d é i a s d e p e s q u i s a X P e s q u i s ad o r d e o u t r o c e n t r o
De aco rdo com a F igu ra 4 .10 , t em-se que a g rande maio r i a dos
pesqu isadores responden tes que usam a rede para co labora r com
pesqu isadores do ex ter io r o faz p r i nc ipa lmente para a t roca de idé ias
sob re pesqu isas .
Capí tu lo 4 Aná l i se Exp lo ra tó r i a dos dados
66
Box Plot (Troca de idéias de pesquisas X Pesquisador do exterior)
Median 25%-75% Non-Outlier Range Outliers
Pesquisador do exterior00
Diário
Semanal
Mensal
Nunca
05
Tro
ca d
e id
éias
de
pesq
uisa
F i g u r a 4 . 1 0 - T r o c a d e i d é i a s X p e s q u i s a d o r d o e x t er i o r
De aco rdo com a F igu ra 4 .11 , observa-se que os pesqu isadores
respondentes que co laboram em rede com a f ina l idade de pub l i ca r
a r t i gos i n te ragem p r inc ipa lmente com pesqu isadores do seu cent ro de
pesqu isa .
Box Plot (Pesquisador do mesmo centro X Publicacao de artigos)
Median 25%-75% Non-Outlier Range
Publicação de artigos0
Diário
Semanal
Pes
quis
ador
do
mes
mo
cent
ro
F i g u r a 4 . 1 1 - P u b l i c a ç ã o d e a r t i g o s X P e s q u i s a d o r e s d o m e s m o c e n t r o
Capí tu lo 4 Aná l i se Exp lo ra tó r i a dos dados
67
Segundo a F igu ra 4 .12 , observa-se que os pesqu isadores
respondentes que co laboram em rede com a f ina l idade de pub l i ca r
a r t i gos cons ide ram a aqu is i ção de pub l i cação na rede como um serv i ço
mui to re levante .
Box Plot (Aquisição de publcação X Publicação de artigos)
Median 25%-75% Non-Outlier Range Outliers
Diário Semanal Mensal Nunca
Publicação de artigos
00
Diário
Semanal
Mensal
Nunca
05
Aqu
isiç
ão d
e pu
blic
ação
F i g u r a 4 . 1 2 - P u b l i c a ç ã o d e a r t i g o s X A q u i s i ç ã o d e p u b l i c a ç ã o
4.4 Conc lusões do Capí tu lo
A aná l i se ex p lo ra tó r i a e fe tuada nos permi te i n fer i r que o pad rão de
uso das T ICs no ambien te da UFPE es tá assoc iado às segu in tes
ca rac ter ís t i cas :
• A t roca de idé ias dos pesqu isadores em rede se const i tu i numa das
p r inc ipa is a t i v i dades ;
• O re lac ionamento ap resentado en t re as a t i v i dades de t roca de
i dé ias em rede e fo rnecer a juda técn i ca sugere que essa in teração
contenha um fo r te componente re lac ionado ao compar ti l hamento
do conhec imento . Ou se ja , a t roca de i dé ias em rede para a
Capí tu lo 4 Aná l i se Exp lo ra tó r i a dos dados
68
so lução de p rob lemas re lac ionados com pesqu isas desenvo lv idas
em con jun to ;
• A re lação ap resentada en t re o i n te rcâmbio de documen tos e a
admin is t ração de p ro je tos em rede pode se r cons iderada como
a t i v i dade de d i fusão do conhec imento e também como
compar t i lhamento de conhec imentos ;
• A co r re lação ap resen tada en t re as va r i áve is , pub l i cação de a r t i gos
e a comunicação de t raba lhos c ien t í f i cos es tá re lacionada com a
d i fusão de conhec imentos ;
• Anal i sando a co labo ração c ien t í f i ca em rede , os indi cadores
ap resentados sugerem que o uso das T ICs no ambien te da UFPE
d i r i ge para uma in teração homogênea cons iderando a á rea de
conhec imento (ba lkan ização) , mas também pode se r entend ida
como uma in te ração hete rogênea com re lação às or igens dos
re lac ionamentos ;
• Observa-se um s ign i f i can te e fe i to en t re o uso das TICs e a
co laboração remota , no uso das T ICs para t roca de idé ias de
pesqu isas com pesqu isadores de ou t ros cen t ros de pesqu isas e do
ex ter io r .
Capí tu lo 5 Anál i se e D iscussão dos Resu l tados da Pesqu isa
69
5 Anál ise e Discussão dos Resul tados da Pesquisa.
Nesse capí tu lo faz -se uma aná l i se das ca rac ter ís t i cas observadas nas
aná l i ses es ta t í s t i cas re lac ionadas com os ob je t i vos do es tudo.
5.1 Análise dos Efeitos das TICs na Atividade Científic a da UFPE.
Descreve-se a segu i r os p r inc ipa is e fe i t os do uso das T ICs nas
a t i v i dades c ien t í f i cas na UFPE observados nas aná l ises rea l i zados com
os dados da pesqu isa .
5.1.1 Redução dos Custos de Transação
Os avanços recentes na tecno log ia de i n fo rmação e comun icação
reduz i ram, s ign i f i ca t i vamente , os cus tos de t ransação
Essa redução em par te é dev ido ao bara teamento dos cus tos de
comunicação p roporc ionados pe la In ternet , fac i l i t ando dessa manei ra a
comunicação en t re pesqu isadores e d i fe ren tes grupos de pesqu isa
nac iona is e i n te rnac iona i s .
Esse p rocesso fac i l i t a a c r i ação de comunidades v ir t ua is que tem
cont r i bu ído no aumento da p rodução c ien t í f i ca da UFPE, confo rme é
demonst rado pe los dados ob t idos na pesqu isa.
Segundo esses dados , 90 ,7% dos pesqu isadores da UFPE u t i l i zam
a In te rne t pa ra pesqu isa de a r t i gos c ien t í f i cos , demons t rando que a rede
o fe rece cond ições para a geração do conhec imen to .
Ent re as fac i l i dades , pode-se c i t a r que os pesqu isadores são ho je
menos dependen tes de ambien tes f í s i cos , como b ib l iotecas , t endo mu i to
mais f l ex ib i l i dade para p lane jar seu t raba lho podendo desenvo l vê - l o a
pa r t i r de casa , do esc r i tó r i o ou mesmo em v iagem. Ou se ja , o amp lo
acesso à in fo rmação reduz os cus tos de busca da i n fo rmação, com
re f l exos pos i t i vos na p rodut i v i dade do pesqu isador .
Capí tu lo 5 Anál i se e D iscussão dos Resu l tados da Pesqu isa
70
5.1.2 Redução de Custos de Busca de Informação
A in f ra -es t ru tu ra ho je d isponíve l na rede e de acesso à
comunidade c ien t í f i ca , em te rmos de bases de dados c ien t í f i cos e
p roced imentos re lac ionados à a t i v i dade acadêmica, pe rmi te que
pesqu isadores desenvo lvam suas a t i v idades com mui to mais rap idez e
con f i ab i l i dade , com re f lexos na qua l idade do t raba lho acadêmico .
Segundo a pesqu isa , 85% dos pesqu isadores respondentes
i n fo rmaram que u t i l i zam bases de dados c ien t í f i cos para o
desenvo lv imento do seu t raba lho e 86% consu l tam os s i tes de órgãos
governamen ta is de pesqu isa , ind i cando que esses po rta i s co rpora t i vos
do governo fazem par te ho je da i n f ra -es t ru tu ra de in fo rmação
necessár ia ao bom desempenho da a t i v i dade acadêmica.
De aco rdo com os dados ob t i dos , pode-se também observar na
Tabe la 3 .9 , que a p r inc ipa l fon te de i n fo rmação c i tada para a p rodução
do conhec imento fo i o meio e le t rôn ico (75%) e que um dos p r inc ipa i s
usos desse me io é a busca de l i t e ra tu ra (48%) para o desenvo l v imento
de pesqu isas , Tabe la 3 .8 .
5.1.3 Redução de Custo de Transmissão de Informaçõ es
Alguns es tudos argumentam que a ve loc idade de comunicação
p roporc ionada pe las tecno log ias de i n fo rmação e comunicação ,
re lac ionadas com a In te rnet , têm d i r i g ido para uma nova fo rma de
d is t r ibu i ção do t raba lho c ien t í f i co .
Segundo os dados ap resen tados na Tabe la 3 .13 , 84% dos
pesqu isadores da UFPE u t i l i zam a rede para t roca de i dé ias com co legas
de ou t ras i ns t i t u i ções e 66% in fo rmaram que in te ragem com
pesqu isadores do ex ter io r .
Nesse ponto cons ta ta -se que a pesqu isa con f i rma um dos
resu l t ados c i t ados em d ive rsos es tudos an te r io res , Bo rgman
(2001) ,Walsh & Ma loney (2002) , os qua i s sugerem que o uso do e -mai l
d i r i ge para uma redução das bar re i ras geográ f i cas .
Capí tu lo 5 Anál i se e D iscussão dos Resu l tados da Pesqu isa
71
5.1.4 Ampliação de Estoque Disponível de Informaçõ es
Os resu l t ados ap resentados na Tabe la 3 .4 ind i cam qua is são os
recu rsos e le t rôn i cos mais u t i l i zados pe los pesqu isadores da UFPE e
perm i te i den t i f i ca r a impor tânc ia para as a t i v idades de pesqu isa . Os
resu l t ados most ram a u t i l i zação dos serv iços d i sponíve is com re lação as
a t i v i dades acadêmicas .
A g rande maio r i a dos pesqu isadores c i t ou como mui to re levante
os se rv i ços d i spon íve i s nos s i t es de agênc ias de pesqu isas que de
a lguma fo rma tenham re lação com as a t i v i dades dos pesqu isadores ,como
CNPq e Capes , aqu i va le ressa l t a r que esses por ta is co rpo ra t i vos do
governo ho je o ferecem uma gama de documentos e p roced imen tos que
são essenc ia i s às a t i v idades dos docentes p r inc ipa lmente os
p roced imentos re la t i vos à admin is t ração de convên ios , bo lsas de
es tudos e p ro je tos de pesqu isas .
Po r ou t ro l ado , a rede ho je d ispon ib i l i za ao pesquisador uma
in f in idade de opções de bases de dados c ien t í f i cos , em todas as á reas de
pesqu isa , que podem ser usados para o desenvo l v imento do t raba lho de
pesqu isa . Essas bases de dados d ispon íve i s na rede fo ram cons ideradas
como mu i to re levan te po r 85% dos pesqu isadores respondentes .
5.1.5 Efeitos do Uso das TICs na Produtividade Cie ntífica
Para Duque (2004) , o argumento bás i co para a co laboração é o fa to
de que os bene f í c i os de p ro je tos que inco rpo ram uma d i v i são i n te lec tual
do t raba lho são ma iores que o cus to envo lv ido na coordenação desses
grupos .
Con forme os dados da Tabe la 3 .14 , a g rande maio r i a dos
pesqu isadores da UFPE, 95%, usam as T IC ’s pa ra a p rodução de a r t i gos
c ien t í f i cos , como pr i nc ipa l resu l t ado de sua i n teração com seus co legas ;
Em segundo aparece a admin is t ração de convên ios , com 37% das
respos tas e em te rce i ro com 5%, a p rodução de patentes .
Esses dados demonst ram como é re levante para a comun idade
c ien t í f i ca da UFPE a i n f ra -es t ru tu ra de T I d i sponíve is na i ns t i tu i ção e o
seu impacto nas a t i v idades dos pesqu isadores .
Capí tu lo 5 Anál i se e D iscussão dos Resu l tados da Pesqu isa
72
5.2 Padrão de Uso das TICs
A d ive rs idade de uso das T ICs , ad i c ionada à mensuração do padrão
de uso , é um ind icador de uma d i fusão bem suced ida de uma dada
tecno log ia , a t ravés da ó t i ca das esco lhas das tecnolog ias d i sponíve is no
s is tema, independen te da i n tens idade de uso .
Nessa perspec t i va , todas as tecno log ias bem d i fund idas numa
o rgan ização e por tan to amp lamente ado tadas devem o fe recer uma
cont r i bu ição re levan te para os p rocessos de inovação nas o rgan izações ,
imp lementando vantagens compet i t i vas às mesmas.
5.2.2 O Compartilhamento do Conhecimento
A pesqu isa moderna é cada vez ma is complexa ex ig indo um
con jun to c rescente de hab i l i dades . Nas comunidades c ien t í f i cas o
compar t i l hamento do conhec imen to é p ra t i cado pr inc ipa lmente nas
a t i v i dades co labora t i vas seme lhan te ao que oco r re no Va le do S i l í c io ,
onde segundo Saxen ian (1994) o compar t i l hamen to do conhec imento
i n fo rmal por t oda a o rgan ização de uma fo rma ins t i tuc iona l i zada se
cons t i t u i numa das p r inc ipa i s p rá t i cas pro f i ss iona is desenvo lv idas ,
con t r i bu indo de fo rma c ruc ia l pa ra a geração de um c l ima fé r t i l de
i novação.
Es te p rocesso de co labo ração gera e re f i na o mate r ia l c ru
i n tangíve l da mudança técn i ca – i dé ias. Um modelo fo rma l fo i
desenvo lv ido para mos t ra r que o compar t i l hamento l ibe ra l do
conhec imento nas comunidades c ien t í f i cas é o p r i nc ipa l i ndu to r da
i novação acadêmica (Dav id apud Powe l l & Groda l , 2003) . Uma vez que
os l aços f racos ou con ta tos i n fo rma is são um po tencia l fac i l i t ado r da
geração de i novação nas o rgan izações .
O co r re io e le t rôn ico (e -mai l ) , po r sua vez é uma tecno log ia que
perm i te e fac i l i t a as comunicações i n fo rmais , con t ribu indo para a
fo rmação e manutenção desses con ta tos .
Capí tu lo 5 Anál i se e D iscussão dos Resu l tados da Pesqu isa
73
Nesse contex to , os g rupos de t raba lho que usam o e-mai l podem
ser g randes , mu i to complexos e , no en tan to , t e r uma es t ru tu ra mais ág i l
que os grupos de t raba lhos que usam apenas a comunicação face-a - face .
Por ou t ro l ado , uma das imp l i cações des te fa to é que , embora
ap l i cações de T I / In te rne t o fe reçam fer ramen tas de co laboração va l iosas
e i n fo rmação abundante , com f reqüênc ia i sso não subs t i tu i rá o pape l da
i n tu i ção e a r i queza e p ro fund idade das t rans fe rências de conhec imen to
e c r i ação que oco r rem em encont ros cara -a -ca ra (Terra , 2000) .
Ou t ros es tudos , como o dos pesqu isadores Walsh & Maloney (2002) ,
encon t ra ram e fe i t os s ign i f i can tes en t re o uso do e -mai l baseado no
número de mensagens env iadas pe los pesqu isadores , a es t ru tu ra da
co laboração e a p rodut i v i dade c ien t í f i ca .
De aco rdo com os dados des ta pesqu isa tem-se que:
• A número méd io de mensagens env iadas pe los pesqu isadores
respondentes é de 9 ,5 mensagens /d ia ;
• Os grupos de pesqu isas das redes de co labo ração dos
pesqu isadores respondentes têm em méd ia 13 componentes ;
• A tecno log ia de e -mai l é usada po r 92% dos pesqu isadores
respondentes em at i v i dades c ien t í f i cas ;
• 77% dos pesqu isadores responden tes usam a tecno log ia de e -mai l
pa ra o in tercâmbio c ien t í f i co ;
• 95% do resu l tado da i n te ração dos pesqu isadores responden tes
com seus grupos de co laboração é rea l i zado pe la p rodução de
a r t i gos c ien t í f i cos .
Pode-se conc lu i r que o uso da tecno log ia de e -ma i l pe los pesqu isadores
respondentes pode es ta r assoc iado ao inc remento da in teração com seus
pares , fac i l i t ando o acesso às in fo rmações com re f lexos no inc remen to
da p rodut i v i dade c ien t í f i ca .
Capí tu lo 5 Anál i se e D iscussão dos Resu l tados da Pesqu isa
74
5.2.3 Padrão de Uso das TICs na UFPE
As repos tas às ques tões p ropos tas i nd icam a manei ra como os
pesqu isadores da UFPE u t i l i zam as T ICs para a p rodução do
conhec imento .
Todos os dados re la t i vos à comun icação na c iênc ia vêm demonst ra r
que a i n te ração man t i da pe los pesqu isadores da UFPE com seus co lég ios
i nv is í ve is , fo rmados em méd ia por 13 pesqu isadores , é mant i da a t ravés
do uso do e -ma i l p r inc ipa lmente (92%) , como tecno log ia de
comunicação .
O pr inc ipa l ou tpu t dessa i n te ração é a p rodução de a r t i gos
c ien t í f i cos , 95% dos responden tes , Tabe la 3 .14 .
Segundo os dados ob t idos na pesqu isa , a p rodução c ien t í f i ca deve
conte r um fo r te componente i novat i vo uma vez que os pesqu isadores
u t i l i zam as T IC `s p r inc ipa lmente para a geração de novas i dé ias de
p ro je tos e t raba lhos de pesqu isa , 82% dos respondentes , Tabe la 3 .15 .
A In te rnet t em fac i l i t ado a ampl i ação das re lações en t re
pesqu isadores , com o i nc remento da in te ração en t re os par t i c ipan tes dos
seus grupos de co labo ração (co lég ios i nv is í ve is ) , onde segundo Ter ra
(2000) , o g rande impacto da In te rnet pode se r med ido pe lo fan tás t i co
aumento da capac idade de comun icação .
Os d ive rsos me ios de comunicação e le t rôn i ca u t i l i zados , po r
pesqu isadores respondentes da UFPE podem ser v is tos na Tabe la 3 .6 ,
com a ind i cação de sua re levânc ia .
Os resu l t ados ob t i dos con f i rmam resu l t ados de pesquisas
an ter io res onde o co r re io e le t rôn i co é a t ecno log ia de comunicação
e le t rôn i ca ma is usada, com la rga d i fe rença dos demais , Macedo
(1999) ,Bo rgman (2001) , Walsh & Maloney (2002) ,O l i vei ra (2003) . Em
segundo são u t i l i zados os serv i ços d i sponíve i s na web .
5.2.4 Uso das TICs e a Estrutura da Colaboração Cie ntífica
De acordo com Walsh & Ma loney (2002) , pesqu isas sobre o uso
das T ICs baseadas na In te rnet , pa r t i cu la rmente o e -ma i l , sugerem que a
adoção dessas tecno log ias pode inc rementa r o tamanho de grupos de
Capí tu lo 5 Anál i se e D iscussão dos Resu l tados da Pesqu isa
75
t raba lho , aumentando a d ispersão geográ f i ca desses grupos e
p roporc ionando a eqü idade do acesso às i n fo rmações nas ins t i t u i ções
c ien t í f i cas .
Espera -se ass im que o uso das T ICs , par t i cu larmente do e-mai l ,
pe los pesqu isadores possa es tar assoc iado a mudanças no tamanho de
grupos de t raba lho , d i spersão geográ f i ca e he te rogene idade da
co laboração c ien t í f i ca , i n f luenc iando a p rodu t i v idade desses grupos .
• Tamanho da Rede Soc ia l
As pessoas não podem se re lac ionar s imu l taneamen te com um número
mui to g rande de pessoas . Segundo (Wat t s , 1999; Marsden, 1987 apud
Walsh & Maloney, 2002) , os amer i canos têm apenas t rês pessoas com
quem e les “d iscu tem assuntos impor tan tes” e que apenas 5% da
popu lação tem mais que c inco con f iden tes . Ent re tan to , o uso das T ICs
pode aumenta r o t amanho dessa rede soc ia l .
No es tudo cons ta ta -se que o número méd io da rede soc ia l dos
pesqu isadores respondentes é de 13 pessoas , con f i rmando que o uso das
T ICs fac i l i t a a expansão dos grupos de t raba lho .
• Dispersão Geográ f i ca
O aumen to da qua l idade da banda de comunicação p roporc ionada
pe la In te rne t e t ecno log ias re lac ionadas , t em remetido para uma nova
fo rma de d i s t r i bu ição do t raba lho c ien t í f i co .
A v i r tude do e -mai l e das T ICs re lac ionadas com a In te rne t é que
fac i l i t am a supera r ba r re i ras de in teração c r iadas pe la separação
geográ f i ca .
Esse bene f í c i o é mais v is í ve l na co laboração c ien t íf i ca , onde o
cus to , fuso ho rá r io e l i nguagem são todos c r i ado res de bar re i ras . As
T ICs reduzem dessa fo rma a necess idade de se es ta r no mesmo loca l
pa ra t raba lhar j un to .
Capí tu lo 5 Anál i se e D iscussão dos Resu l tados da Pesqu isa
76
No es tudo tem-se a i n te ração dos pesqu isadores responden tes com
seus grupos de co labo ração é rea l i zada com pesqu isadores de ou t ros
cen t ros de pesqu isas e com pesqu isadores do ex ter ior , dado que pode
se r assoc iado a d ispersão geográ f i ca desses grupos de t raba lho .
• Hete rogene idade
O t raba lho em grupo usando o e -mai l , po r ex emp lo , pode se r ma is
amplo , mais comp lex o e , no en tan to , t e r uma es t ru tura mais enxuta que
aque les que usam a comunicação face a face (Sp rout & K ies le r apud
Walsh & Maloney, 2002) .
A ls t yne (1999) , d iscu te que o uso da In te rnet e das T ICs
re lac ionadas poder ia l eva r a uma ba l kan ização da c iênc ia , com
pesqu isadores usando seu tempo l im i tado de comunicação para in terag i r
apenas com aque les de sua mesma á rea de conhec imento .
É p rováve l que a d i vers idade de re lac ionamentos perm i ta o acesso a
uma maior var iedade de i n fo rmações , po r i sso uma maio r
he terogene idade poderá se r assoc iada a uma maio r p rodut i v i dade . Po r
ex emplo , um pesqu isador que submete um p ro je to na rede para se r
ava l i ado po r ou t ros pesqu isadores , deve receber uma grande d ive rs idade
de op in iões sob re o mesmo, com vár i os pontos de v i stas que e le p róp r i o
não tenha perceb ido . Esse processo tende a en r iquecer o p ro je to
o r i g ina l .
Segundo os dados do t raba lho a co laboração c ien t í f ica dos
pesqu isadores responden tes é rea l i zada den t ro da ins t i tu i ção
(co labo ração i n t ra-o rgan izac iona l ) e t ambém com pesqu isadores de
ou t ras ins t i t u i ções c ien t í f i cas (co laboração in terorgan izac iona l ) ,
podendo se r cons ide rada ass im como uma in teração hete rogênea .
5.3 Análise e Discussão
Uma vez que a l i te ra tu ra sob re o es tudo de redes formadas por
pesqu isadores se cons t i t ua numa á rea de i nves t i gação a inda bas tan te
recente , cons ide ra -se que os ob je t i vos p ro je tados para esse t raba lho
Capí tu lo 5 Anál i se e D iscussão dos Resu l tados da Pesqu isa
77
f o ram a l cançados , mu i to embora se ja p rematu ro espera r respos tas
so f i s t i cadas para desc rever esses resu l tados .
Espera -se que fu tu ras pesqu isas o fe reçam uma aná l i se ma is
comple ta da manei ra espec í f i ca de como as redes de pesqu isadores que
usam as T ICs , favorecem a inovação acadêmica.
A t ransc r i ção e aná l i se dos dados , após sua depuração e
comparação com as i n fo rmações ap resentadas na base teó r i ca,
pe rm i t i ram o a l cance dos ob je t i vos p ropos tos . As info rmações fo ram
subd iv id idas em duas par tes p r inc ipa i s : uma aná l i se desc r i t i va dos
dados ob t idos ; e a segunda par te contém as i n fo rmações ob t idas na
aná l i se exp lo ra tó r ia a t ravés de tes tes não -paramét ri cos e aná l i se g rá f i ca
box -p lo t . O t ra tamento das respos tas ob t i das perm i tiu ve r i f i ca r o
resu l t ado de cada uma das ques tões :
• A u t i l i zação das T ICs pe los pesqu isadores da UFPE tem
favo rec ido o acesso às i n fo rmações ?
Nos ú l t imos anos , a In te rnet ob teve um cresc imento exp los ivo . A
web é uma v ia de comunicação a l t amen te in te ra t i va e, a l iada às T ICs ,
t em p roporc ionado aos pesqu isadores a poss ib i l i dade de t raba lharem
jun tos para gera r idé ias , d iscu t i r p ro je tos e t omar dec isões , apesar da
l oca l i zação .
Con forme desc r i to , t an to na aná l i se desc r i t i va quanto na aná l i se
ex p lo ra tó r i a , cons ta ta -se que o pad rão de uso das TICs pe los
pesqu isadores da UFPE tem favo rec ido o acesso às info rmações .
• A u t i l i zação das T ICs pe los pesqu isadores da UFPE tem fac i l i t ado
o compar t i l hamento do conhec imento ?
Como pode se r ve r i f i cado, há fo r tes ind íc ios de que as T ICs
fac i l i t am a co labo ração c ien t i f i ca , aumentando a f lex ib i l i dade e
ag i l i dade do pesqu isador , es t imu lando a c r i a t i v i dade e , po r tan to , a
ge ração de novas idé ias .
Capí tu lo 5 Anál i se e D iscussão dos Resu l tados da Pesqu isa
78
As aná l i ses desc r i t i vas e ex p lo ra tó r i as rea l i zadas com os dados da
pesqu isa permi tem a f i rmar que a u t i l i zação das T ICs po r pesqu isadores
da UFPE tem perm i t i do um maior compar t i l hamento das i n fo rmações
ob t idas pe los pesqu isadores e seus pares .
O resu l t ado desse p rocesso se t raduz numa maio r p rodu t i v idade do
pesqu isador , com re f l exos pos i t i vos para a ins t i t u ição . A i novação, que
pode se r t raduz ida tan to no processo de geração de novas i dé ias para
pesqu isas como nas a t i v i dades re lac ionadas pe los responden tes , como a
admin is t ração de convên ios e geração de paten tes , se t raduz numa
manei ra de combinar hab i l idades e conhec imen tos nas a t i v i dades
co labora t i vas t razendo resu l t ados pos i t i vos para a ins t i tu i ção .
Uma vez que essa maio r p rodu t i v idade é ob t ida pe la u t i l i zação das
T ICs em p rocessos de p rodução c ien t í f i ca , pode-se in fe r i r que a
u t i l i zação das T ICs pe los pesqu isadores da UFPE tem perm i t i do um
incremento de inovações nas a t i v idades acadêmicas desenvo l v idas pe los
pesqu isadores .
5.4 Conclusões do Capítulo
Os resu l t ados observados , ap resen tados no Cap í tu lo an te r io r e nes te
Capí tu lo pe rmi tem assoc ia r o uso das T ICs na UFPE com os segu in tes
fa to res :
• Hete rogene idade das redes de co labo ração c ien t í f i ca;
• Colaboração remota , p r inc ipa lmente a co labo ração com out ros
cen t ros de pesqu isas e também com pesqu isadores do ex ter i o r ;
• O uso das T ICs pode fac i l i t a r o inc remen to na pub l icação de
a r t i gos , manutenção de convên ios e geração de patentes ;
• O desenvo l v imento de conta tos com grupos de pesqu isa fo ra da
UFPE tem s ido fac i l i t ado pe lo uso da rede e das T ICs ;
• A d i vers idade de re lac ionamentos em rede deve cont ribu i r para a
geração de novas idé ias , pe rmi t indo inc remento de inovações na
i ns t i t u i ção ;
Capí tu lo 5 Anál i se e D iscussão dos Resu l tados da Pesqu isa
79
• O e-mai l se cons t i t u i na tecno log ia mais usada pe los
pesqu isadores responden tes , con f i rmando es tudos an te r i o res e
pode se r cons ide rado como uma fe r ramenta que perm i te o aumento
da p rodut i v i dade acadêmica.
Capí tu lo 6 Conc lusões
80
6 CONCLUSõES
Apresenta -se a segu i r as cons ide rações f ina i s sob re o t raba lho ,
l im i tações da pesqu isa e suges tões para t raba lhos fu tu ros .
6.1 Considerações f ina is
Es ta pesqu isa buscou ana l i sa r a u t i l i zação das T ICs no ambien te da
UFPE, baseado nos dados ob t idos em uma pesqu isa in tenc iona l cu jo
g rupo de i n te resse é fo rmado po r pesqu isadores da ins t i tu i ção que são
usuár ios a t i vos dos s i s temas de comun icação e le t rôni ca
d ispon ib i l i zados pe lo NT I (Núc leo de Tecno log ia da In fo rmação) ó rgão
responsáve l pe la imp lementação das po l í t i cas de T I na UFPE.
Mu i to embora se jam v is í ve i s a impor tânc ia do tema e o fa to das
i ns t i t u i ções de ens ino , como qua isquer ou t ras o rganizações , es ta rem
inser i das num con tex to cada vez mais compet i t i vo necess i t ando ,
po r tan to , es tar admin i s t ra t i vamen te mun idas de in formações para a
ráp ida e e f i c i en te tomada de dec i são , ve r i f i ca -se a escassez de es tudos
ap l i cados espec i f i camente às ins t i tu i ções de ens ino e p r inc ipa lmente na
UFPE.
O ob je t i vo gera l do es tudo fo i a aná l i se do pad rão de uso das T ICs
pe los pesqu isadores da UFPE e sua re lação com a pesqu isa c ien t í f i ca e
as i novações no amb ien te acadêmico .
Baseado numa amost ra de 170 pesqu isadores par t i c ipantes da
pesqu isa , o ins t rumento de co le ta de dados usado foi um ques t ionár io
e labo rado v i sando con temp la r t rês ca rac te r ís t i cas pr i nc ipa is de
s is temas: in f ra-es t ru tu ra , usab i l idade e ap l i cações mapeadas no es tudo
como: i n f ra -es t ru tu ra de T I , pad rão de uso das T ICs e a co labo ração
c ien t í f i ca .
Capí tu lo 6 Conc lusões
81
Os resu l t ados ob t i dos com o es tudo es tão fundamen tados na
l i t e ra tu ra pesqu isada e nas aná l i ses es ta t ís t i cas rea l i zadas . Ta is
resu l t ados permi te conc lu i r que o uso das T ICs pe los pesqu isadores
respondentes na UFPE favo rece a d i fusão de i n fo rmações e
conhec imentos em rede , a t ravés do acesso e compar ti l hamento de
conhec imentos , c r i ando dessa fo rma um ambien te favoráve l ao
su rg imento de i novações nas a t i v i dades acadêmicas , con f i rmando ass im
os ob je t i vos especí f i cos des te es tudo .
Faz -se necessár io nesse pon to , no en tan to , rever as observações
desc r i t as no cap í tu lo 3 , que esse es tudo , em função de suas
ca rac ter ís t i cas desc r i t i vas e exp lo ra tó r i as , a lém de sua amost ra de
conven iênc ia , possu i res t r i ções quanto às suas conclusões , que não
perm i tem a f i rmações conc lus ivas ou de f i n i t i vas sob re os resu l t ados da
pesqu isa , pa r t i cu larmen te na ap l i cação dos resu l t ados ob t idos com a
amost ra em re lação ao un ive rso da pesqu isa.
6.2 Con t r i bu ições do T raba lho
Este t raba lho teve po r m issão a pesqu isa, de f i n i ção e ap l i cação
em casos rea i s de um p rocesso para aná l i se do pad rão de u t i l i zação das
T ICs po r par te dos pesqu isadores da UFPE e sua i n f luênc ia sobre a
i novação acadêmica . Dent ro do tempo p rev is to pa ra o desenvo l v imen to
do t raba lho , o mesmo fo i d i v i d ido , bas icamente nas segu in tes e tapas :
Ap l i cação de um ques t i onár io aos pesqu isadores da UFPE, o qua l fo i
d ispon ib i l i zado no s i te do NT I - UFPE. Com base nesses dados fo i
mon tado um banco de dados para supor te à aná l i se esta t ís t i ca da
pesqu isa .
Pe lo expos to , pode-se conc lu i r que as tecno log ias de i n fo rmação e
comunicação par t i cu larmente a u t i l i zação do e-mai l t em fo r te impacto
no ambien te de produção c ien t í f i ca , com re f l exos s ign i f i can tes na
co laboração c ien t í f i ca , p r inc ipa lmente na i n te ração en t re pesqu isadores
da UFPE e de ou t ros cent ros de pesqu isa .
Capí tu lo 6 Conc lusões
82
Com re lação à p rodut i v idade pode-se i n fe r i r que ex is te um e fe i t o
s i gn i f i can te en t re a u t i l i zação do e -mai l e a p rodução c ien t í f i ca ,
mate r i a l i zada nesse caso nos a r t i gos c ien t í f i cos e na coo rdenação de
convên ios . Iden t i f i ca -se também uma carac te r í s t i ca que d iz que o e -
mai l d i r i ge para uma ba lkan ização, ou se ja , a g rande ma io r i a dos
pesqu isadores t raba lha ( i n te rage) com pessoas da mesma á rea de
conhec imento .
Pode-se conc lu i r en tão que a in ternet con t r ibu i pa ra o inc remento
da co labo ração c ien t í f i ca com re f lex os pos i t i vos na p rodut i v idade
acadêmica , uma vez que reduz p rob lemas de coo rdenação , fac i l i t a a
i novação em função da fac i l i dade de t roca de i dé ias e também aumenta
a conect i v i dade dos pesqu isadores da UFPE com seus pares .
Espera -se que esse t raba lho tenha impac to pos i t i vo com re lação à
tomada de dec isão pe los d i r i gen tes , com re lação à alocação de recu rsos
para a imp lementação e manu tenção de s is temas con f iáve i s e de
a rqu i t e tu ra robus ta , uma vez que a u t i l i zação das tecno log ias de
i n fo rmação e comun icação faz par te do d ia a d ia da grande maior i a dos
pesqu isadores , da amos t ra pesqu isada sendo de v i t a l impor tânc ia para a
un i vers idade e para a soc iedade.
6.3 L imi tações da Pesqu isa
As l im i tações do es tudo se re fe rem p r i nc ipa lmen te ao número
reduz ido de respondentes em re lação ao un ive rso de docen tes da UFPE.
Sendo ass im, cons idera -se que os resu l t ados ob t i dos e as ava l i ações
rea l i zadas têm uma ab rangênc ia res t r i ta .
Esses resu l t ados , no en tan to , são impor tan tes uma vez que
perm i tem de l inear a lgumas ca rac te r í s t i cas observadas na u t i l i zação das
T ICs po r pa r te dos pesqu isadores da i ns t i t u i ção e também por se r um
es tudo p ione i ro na UFPE.
Os a l t os inves t imen tos fe i t os nos ú l t imos anos em tecno log ia da
i n fo rmação p rec isam melho ra r a p rodu t i v idade das o rgan izações , mas,
pa ra que i sso oco r ra , as inovações prec isam ser acei t as e e fe t i vamente
u t i l i zadas (Ter ra ,2003) .
Capí tu lo 6 Conc lusões
83
O uso das tecno log ias da i n fo rmação pe los i nd iv íduos , g rupos e
o rgan izações é uma var i áve l de ex t rema impor tânc ia para a pesqu isa em
s is temas de i n fo rmação . E la possu i a l to va lo r p rá t ico para os
admin is t rado res i n te ressados em ava l ia r os impac tos da T I .
No en tan to , dev ido às d i f i cu ldades de mensuração dos e fe i t os das
T ICs e as l im i tações desse es tudo , há d i f i cu ldades em se ob te r dados
ob je t i vos do seu impac to na ins t i tu i ção como um todo.
6.4 Suges tões para T raba lhos Fu tu ros
Dev ido ao fa to de se r uma á rea de i nves t i gação a inda bas tan te
i nc ip ien te , ac red i ta -se que o campo é bas tan te fé r ti l pa ra fu tu ros
es tudos . Mesmo com re lação à pesqu isa rea l i zada , os dados ob t i dos
a inda o ferecem vár i as abordagens que poderão se r desenvo lv idas , t a is
como:
• Desenvo lve r um es tudo de aná l i se de redes cons ide rando os
cen t ros de pesqu isas como os nós dessa rede usando como l i nks as
vá r i as opções abordadas na pesqu isa com re lação à ut i l i zação das
T ICs ;
• Anal i sa r pad rões de compor tamen to no uso das T ICs de
pesqu isadores de cen t ros d is t in tos cons ide rados como redes de
p rá t i cas ;
• Procu rar ana l i sa r o pad rão de re lac ionamento dos pesqu isadores
com suas redes de co laboração;
• Anal i sa r a pa r t i r de so f tware espec i f i co o f l uxo de mensagens dos
pesqu isadores a par t i r dos a rqu ivos de l ogs do se rvido r de e -ma i l ,
p rocu rando i den t i f i ca r pad rões de re lac ionamentos na fo rmação
dessas redes .
Referências Bibliográficas
84
REFERÊNCIAS BIBL IOGRÁFICAS
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Apêndice Questionário
87
Apênd ice A – Ques t ioná r io ap l i cado
QUESTIONÁRIO – PESQUISA USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO
Informações do Docente
Sexo: Masculino
Centro: CCSA
Titulação: Especialização
Experiência Profissional: Menos de 5 anos
Questionário
(1) Fatores que interferem na utilização da rede.
Use códigos: (1) muito relevante, (2) relevante, (3) pouco relevante, (4) irrelevante.
1 2 3 4 Problemas de conexão com a rede
1 2 3 4 Falta de suporte técnico
1 2 3 4 Espaço disponível no servidor de e-mail
1 2 3 4 Velocidade da rede (conexão)
1 2 3 4 Não-familiaridade com o software
1 2 3 4 Barreira linguística
1 2 3 4 Falta de treinamento
Outros fatores (especifique)
(2) Finalidade do uso da Internet em atividades científicas.
Apêndice Questionário
88
Use códigos: (1) muito relevante, (2) relevante, (3) pouco relevante, (4) irrelevante.
1 2 3 4 Comunicação com pesquisadores da mesma área
1 2 3 4 Comunicação com pesquisadores de outras áreas
1 2 3 4 Comunicação para fins didáticos
1 2 3 4 Comunicação de trabalhos científicos
1 2 3 4 Submissão de trabalhos e periódicos
1 2 3 4 Pesquisa de artigos científicos
1 2 3 4 Coordenação de projetos
Outras finalidades (especifique)
(3) Com relação ao uso da tecnologia de comunicação eletrônica.
Use códigos: (1) mais usado, (2) uso regular, (3) pouco usado, (4) Nunca usou.
1 2 3 4 Correio eletrônico (e-mail)
1 2 3 4 Videoconferência
1 2 3 4 Listas de discussão
1 2 3 4 Ambientes virtuais (MSN,ICQ,etc)
1 2 3 4 Serviços WEB
Apêndice Questionário
89
Outras tecnologias (especifique)
(4) Com relação a relevância dos serviços disponíveis na rede.
Use códigos: (1) muito relevante, (2) relevante, (3) pouco relevante, (4) irrelevante.
1 2 3 4 Bases de dados científicos
1 2 3 4 Revistas eletrônicas
1 2 3 4 Aquisição de publicação
1 2 3 4 Sites de órgãos governamentais de pesquisa (capes,cnpq,mct,etc)
1 2 3 4 Bibliotecas virtuais
1 2 3 4 Sites de cursos de pós-graduação
1 2 3 4 Sites de empresas especializadas
Outras (especifique)
(5) Com relação a origem do pesquisador da sua rede de colaboração:
Pesquisador do mesmo centro
Pesquisador de outro centro
Pesquisador de outras instituições
Apêndice Questionário
90
Pesquisador do país
Pesquisador do exterior
Pesquisador da mesma área
Pesquisador de outra área
(6) Com relação as fontes de informação utilizadas para sua produção científica.
Use códigos: (1) mais usado, (2) uso regular, (3) pouco usado.
1 2 3 Bibliotecas
1 2 3 Colegas
1 2 3 Fontes impressas
1 2 3 Fontes eletrônicas
1 2 3 Eventos
1 2 3 Ambiente de trabalho
Outras fontes (especifique)
(7) Com relação ao tipo de mensagem veiculada na rede.
Use códigos: (1) mais usado, (2) uso regular, (3) pouco usado.
1 2 3 Científico-tecnológica
Apêndice Questionário
91
1 2 3 Informação bibliográfica
1 2 3 Informação sobre cursos/eventos
1 2 3 Mensagens gerais
1 2 3 Revisão de trabalhos técnico-científico
Outros tipos de mensagens (especifique)
(8) Com relação ao tipo de uso do meio eletrônico.
Use códigos: (1) diário, (2) semanal, (3) mensal, (4) Nunca.
1 2 3 4 Mensagens pessoais
1 2 3 4 Reuniões em meio eletrônico
1 2 3 4 Administração de projetos
1 2 3 4 Troca de idéias de pesquisa
1 2 3 4 Receber ajuda técnica
1 2 3 4 Fornecer ajuda técnica
1 2 3 4 Busca de literatura
1 2 3 4 Intercâmbio de documentos
1 2 3 4 Conferência eletrônica
1 2 3 4 Avaliação de trabalhos cientìficos
Apêndice Questionário
92
Outros tipos de mensagens (especifique)
(9) Com relação a sua titulação, você a obteve:
Menos de 5 anos
Entre 5 e 10 anos
Mais de 10 anos
(10) Com relação a colaboração científica, quais dos resultados abaixo tem maior relação com sua interação:
Publicação de artigos
Convênios
Patentes
Outros (especifique)
(11) Ainda com relação a colaboração quais fatores representam mais sua interação:
Compartilhamento de equipamentos
Uso de infra-estrutura
Discussão de idéias
Coordenação de projetos
Apêndice Questionário
93
Outros (especifique)
(12) Com relação a sua produção científica.
Quantos pesquisadores fazem parte da sua rede de colaboração?
(13) Com relação a utilização da rede.
Quantas mensagens você envia em média por dia:
Quantas mensagens você recebe em média por dia:
Enviar
Livros Grátis( http://www.livrosgratis.com.br )
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