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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA E ZOOTECNIA
Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical
CARACTERÍSTICAS PRODUTIVAS E COMPOSIÇÃO
BROMATOLÓGICA DO CAPIM MARANDU ADUBADO COM
NITROGÊNIO
KYRON CABRAL SALES
CUIABÁ - MT
2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA E ZOOTECNIA
Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical
CARACTERÍSTICAS PRODUTIVAS E COMPOSIÇÃO
BROMATOLÓGICA DO CAPIM MARANDU ADUBADO COM
NITROGÊNIO
KYRON CABRAL SALES
Zootecnista
Orientador: PROF. DR. JOADIL GONÇALVES DE
ABREU
Dissertação apresentada à Faculdade de Agronomia e Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, para obtenção do título de Mestre em Agricultura Tropical.
CUIABÁ - MT
2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA E ZOOTECNIA
Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical
CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
Título:
CARACTERÍSTICAS PRODUTIVAS E COMPOSIÇÃO BROMATOLÓGICA
DO CAPIM MARANDU ADUBADO COM NITROGÊNIO
Autor: KYRON CABRAL SALES
Orientador: PROF. DR. JOADIL GONÇALVES DE ABREU
Aprovado em: 14/12/2017
Comissão examinadora:
________________________________ ______________________________
Prof. Dr. Joadil Gonçalves de Abreu Prof. Dr.Carlos Eduardo Avelino Cabral
(FAAZ/UFMT) (Orientador) (ICAT/CUR/UFMT)
______________________________ __________________________
Profª. Drª. Lívia Vieira de Barros Drª. Isis Scatolin de Oliveira
(FAAZ/UFMT) (Membro externo)
“Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do onipotente
descansará. Direi do SENHOR: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha
fortaleza, e nele confiarei. Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da
peste perniciosa. Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das tuas asas te
confiarás; a sua verdade será seu escudo e broquel. Não terás medo do terror
de noite nem da seta que voa de dia, nem da peste que anda na escuridão, nem
da mortandade que assola ao meio-dia. Mil cairão ao teu lado, dez mil a tua
direita, mas não chegará a ti. Somente com teus olhos contemplarás, e veras a
recompensa dos ímpios. Porque tu, ó SENHOR, és meu refúgio. No altíssimo
fizeste tua habitação. Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à
tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem
em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não
tropeces com o teu pé em pedra. Pisarás o leão e a cobra: calçaras aos pés o
filho do leão e a serpente. Porquanto tão encarecidamente me amou, também
eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto, porque conheceu o meu nome. Fartá-lo-ei
com longura de dias, e lhe mostrarei minha salvação”.
Salmos 91.
Agradecimentos
Agradeço a Deus pelo privilégio da vida, por conceder, manter e recolher
quando for de sua única e exclusiva vontade.
A minha noiva Indayá Weich por estar sempre ao meu lado nos momentos
mais felizes, assim como nos mais difíceis, por ter me estendido a mão quando
mais precisei e por nunca ter-me deixado só.
Aos meus pais, Ascimu José e Lídia Cabral por terem me apoiado em
todos os momentos de minha vida, assim como durante a graduação e nesta
nova etapa. Agradeço pelos conselhos, pelo colo mesmo depois de grande,
pelas broncas e castigos que só me fizeram crescer pessoal e profissionalmente.
Agradeço pelos momentos felizes que passamos juntos e mais ainda por
estarem ao meu lado em tempos tão difíceis.
A toda minha família por serem presente em minha vida, por sermos
companheiros, amigos cúmplices. Agradeço, em especial, à minha irmã Mayra
Cabral que mesmo de longe sempre se fez presente e também ao meu tio Luiz
Cabral pela grande amizade e cumplicidade.
Ao meu primo Divaulo Cabral por ter sido o grande “ponta pé inicial” da
minha formação acadêmica.
Ao Prof. Dr. Joadil Gonçalves de Abreu pela orientação, pelo carinho,
atenção no decorrer de todos os 5 anos em que trabalhamos juntos. Sou muito
grato por ter sido seu orientado, provar da sua competência, humildade,
simplicidade e respeito ao próximo. O sentimento que levo comigo é de gratidão
e admiração.
Ao Prof. Dr. Carlos Eduardo Avelino Cabral pela orientação, pelos
grandes ensinamentos, pela amizade construída ao longo dos últimos anos. Por
ter partilhado comigo parte do seu vasto conhecimento (científico/espiritual), por
sempre estar disposto a ouvir, orientar, cobrar, acalmar, aconselhar, sempre com
muito apreço.
A Profª. Drª. Lívia Vieira de Barros e Felipe Gomes da Silva pelas
orientações, por todo amparo para a execução deste trabalho, o apoio de vocês
foi de grande valia para o bom andamento de nossas atividades.
Ao Prof. Dr. Luciano da Silva Cabral por permitir o uso do LANA para a
realização das análises laboratoriais e pelos ensinamentos concedido durante
todo esse período.
Ao Prof. Dr. Ricardo Amorim e ao técnico Huan Railon, por estarem
buscando sempre o melhor para o Programa de Pós-graduação em Agricultura
Tropical, produzindo excelentes Mestres e Doutores.
A todos os amigos do grupo de Forragicultura: Arthur Behling, Allan Pablo,
Amanda Menezes, Alessandra Schaphauser, Ana Leticia, Anne Dallabrida, Caio
Andrade, Carlos Alberto, Dayana Faria, Dayenne Herrera, Edimar Queiroz,
Flavia, Henrique Favare, João Bosco, João Barbosa, Jhonathan Fernandes,
Kefferson Fox, Keronlay Fernandes, Lilian Chambó, Lucas Campos, Lucas
Matheus, Roberto Aguiar, Paulo Octavio, Thainara Dellarminda, Vinicius Sandri,
e aos colegas Ana Paula, Aline Quintal, Elyssa Ancheschi, Leticia Helena, Leni
Rodrigues, Julian Kelly, Mauricio Silva, Ronyatta Weich, Silvio Marcio, Luiz
Henrique, Claudio, pelo apoio, carinho, paciência, dedicação, esforço para que
conseguíssemos realizar a execução deste projeto. A contribuição de vocês foi
indispensável para o bom desenvolvimento do nosso trabalho.
Ao CNPq, pela disponibilização da bolsa de estudos.
A todos o meu muito obrigado!
CARACTERÍSTICAS PRODUTIVAS E COMPOSIÇÃO BROMATOLÓGICA
DO CAPIM MARANDU ADUBADO COM DOSES DE NITROGÊNIO
RESUMO: Objetivou-se avaliar as características produtivas e composição
bromatológica da Brachiaria brizantha cv. Marandu submetida a adubação com
doses de nitrogênio. O experimento foi realizado na fazenda experimental
Universidade Federal de Mato Grosso, campus Cuiabá, no período de novembro
de 2015 a maio de 2017. Os tratamentos foram dispostos em delineamento
inteiramente casualizado com 5 tratamento e 7 repetições, sendo eles: 0; 25; 50;
75 e 100 kg N ha-1 corte-1 na forma de sulfato de amônio. A máxima
produtividade, no segundo ano, foi evidenciada na dose de nitrogênio de 77 kg
ha-1. Nos dois anos de avaliação, as maiores produtividades observadas foram,
em média, 14.500 kg MS ha-1. Observou-se efeito quadrático para densidade
populacional de perfilhos, de modo que a maior densidade ocorreu na dose de
83,6 kg N ha-1 corte-1. Para a proteína bruta observou-se efeito linear positivo
com 14,36% na matéria seca para a maior dose aplicada, no entanto, para fibra
insolúvel em detergente neutro observou efeito linear negativo com redução de
3,5% da maior para a menor dose. Não houve efeito da adubação sobre a
matéria seca potencialmente digestível e a fibra insolúvel em detergente neutro
indigestível. Dessa forma, a adubação nitrogenada aumentou o teor de proteína
bruta em 118% na maior dose. A máxima produtividade de MS, DPP e
porcentagem de lâmina foliar do capim Marandu encontra-se entre as doses 77
e 83 kg N ha-1 corte-1.
Palavras-chave: adubação de manutenção, braquiarão, perfilhos, níveis de
nitrogênio
PRODUCTION CHARACTERISTICS AND COMPOSITION BROMATOLOGIC
OF MARANDU GRASS FERTILIZED WITH NITROGEN DOSES
ABSTRACT: The objective was to evaluate the productive characteristics and
bromatological composition of Brachiaria brizantha cv. Marandu submitted to
fertilization with nitrogen doses. The experiment was carried out at the
experimental farm Federal University of Mato Grosso, Cuiabá campus, from
November 2015 to May 2017. The treatments were arranged in a completely
randomized design with 7 treatments and 5 replicates, being: 0; 25; 50; 75 and
100 kg N ha-1 cut-1 in the form of ammonium sulfate. The maximum productivity,
in the second year, was evidenced in the nitrogen dose of 77 kg ha-1. In the two
years of evaluation, the highest yields observed were, on average, 14,500 kg DM
ha-1. A quadratic effect was observed for population density of tillers, so that the
highest density occurred at the dose of 83.6 kg N ha-1 cut-1. For the crude
protein, a positive linear effect was observed with 14.36% in the dry matter at the
highest applied dose, however, for neutral detergent insoluble fiber, it was
observed a linear negative effect with reduction of 3.5% from the highest to the
lowest dose. There was no effect of fertilization on the potentially digestible dry
matter and the indigestible neutral detergent insoluble fiber. Thus, nitrogen
fertilization increased the crude protein content by 118% in the highest dose, the
maximum yield of DM, DPP and leaf blade percentage of Marandu grass was
between 77 and 83 kg N ha-1 cut- 1.
Keywords: maintenance fertilizer, brachiaria, tillers, nitrogen levels
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 10
2. REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................... 12
2.1 Caracterização da Brachiaria brizantha cv. Marandu ............................. 12
2.2 Adubação Nitrogênada ........................................................................... 13
2.3 Nitrogênio na produção forrageira .......................................................... 14
2.4 Características estruturais e composição bromatológica ........................... 15
3. MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................... 18
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................. 21
5. CONCLUSÃO ............................................................................................ 29
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 30
10
1. INTRODUÇÃO
O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina, com rebanho de
218 milhões de cabeças assumindo a posição de maior rebanho comercial do
mundo, dando destaque para o estado de Mato Grosso que possui 30,3 milhões
de cabeças (IBGE, 2016). Há predominância de criação de bovinos em pastejo,
tendo em vista o menor custo e a possiblidade de cultivo de forrageiras tropicais
de elevada produção.
Na região do Brasil Central, onde prevalece o bioma de Cerrado
evidenciam-se áreas de baixa fertilidade natural e exploração de forma
extrativista e insustentável, sem a devida reposição dos nutrientes extraídos, o
que resulta em um sistema com elevados níveis de degradação das pastagens.
Sabe-se que cerca de 60% das pastagens brasileiras no bioma cerrado
encontra-se em algum estádio de degradação, justamente por práticas de
manejo inadequadas que vão desde a implantação do sistema até a inadequada
manutenção (EMBRAPA, 2014).
A ausência de reposição dos nutrientes, principalmente o nitrogênio, é
uma das principais causas de sub-utilização e degradação das pastagens
tropicais. O que resulta em queda na produtividade, consequentemente queda
na capacidade de suporte animal, redução no desempenho individual dos
animais, e demais índices zootécnicos que consequentemente impactam de
forma negativa na produção animal em pastejo.
Visto que a bovinocultura tem como a principal fonte de proteína e energia
o pasto, sendo que mais de 87% dos animais abatidos foram criados
exclusivamente a base de forragem (ABIEC, 2016), sabe-se que o pasto é
responsável por fornecer cerca de 99% dos nutrientes da dieta desses animais
(Paulino et al., 2008) Assim, com a demanda crescente para se aumentar a
produtividade do pasto, reduzir os custos de produção, diminuir a idade ao abate
faz-se necessário a utilização de tecnologias que proporcionem tudo isso de
forma rentável e sustentável.
Sendo assim, o manejo adequado do pastejo e uso da adubação
nitrogenada formam importante estratégia na recuperação e manutenção da
capacidade produtiva das pastagens. É sabido que o nitrogênio contribui para o
11
aumento da produtividade da forrageira, melhora a qualidade nutricional,
principalmente os teores de proteína bruta.
Ainda, aumenta o vigor de rebrota da forrageira, tornando-a persistente
por muito tempo sem a necessidade de renovação das pastagens, uma vez que
essa operação é onerosa e indisponibiliza o uso da área por um longo período
de tempo. Desta forma, objetivou-se avaliar o quanto a adubação nitrogenada
incrementa a produtividade e composição bromatológica do capim Marandu.
12
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Caracterização da Brachiaria brizantha cv. Marandu
O capim Marandu é uma cultivar da espécie Brachiaria brizantha lançada
em 1984 e estudada pelo Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte
(CNPGC) a partir do ano de 1977 e pelo Centro de Pesquisa Agropecuário dos
Cerrados (CPAC) no ano de 1979. O nome Marandu tem origem no idioma
guarani cujo significado é “novidade”, palavra escolhida para representar o bom
desenvolvimento deste material. A cultivar é originaria de uma região vulcânica
da África em que os solos apresentam boa fertilidade e precipitação
pluviométrica anual de 700 mm, com oito meses de seca por ano no período de
inverno (Nunes et al., 1984).
O capim Marandu apresenta hábito de crescimento sub-cespitoso
podendo atingir até 2,5 m de altura, o pseudocolmo apresenta tricomas assim
como a parte ventral das folhas. Por outro lado, na face dorsal as folhas são
glabras apresentando formato lanceolado. A inflorescência pode atingir até 40
cm de comprimento com raques que variam de 4 a 6 racemos, as sementes
apresentam alto vigor e, em média, 145 sementes por grama. A forrageira
apresenta boa adaptação aos solos do Bioma Cerrado, evidenciado pela sua
produtividade de forragem atinge até 20 t MS ha-1 ano-1, assim como boa
capacidade de rebrota, tolerância ao frio, a seca, ao fogo e boa tolerância a
níveis altos de alumínio no solo. Outra característica importante é a resistência
a cigarrinha das pastagens devido a antibiose, a qual não permite o ataque das
cigarrinhas Deois flavopicta e Notuzulia entreriana (Nunes et al., 1984).
Para as recomendações de manejo adequado para esta forrageira
Cantarutti et al., (1999) sugere a aplicação de doses de nitrogênio entre 100 e
150 kg/ha-1 para o que considera médio nível tecnológico, para alto nível
tecnológico inferem a aplicação de 200 kg/ha-1, e somente em sistemas com
irrigação o fornecimento de 300 kg/ha-1. Em ambos os casos adota-se o
parcelamento do nitrogênio limitado a 50 kg/ha-1 por aplicação.
13
2.2 Adubação Nitrogênada
O nitrogênio é um macronutriente considerado essencial para o
desenvolvimento das culturas, sendo um componente importante na composição
de diversas moléculas e atividades bioquímicas tais como o ATP, NADH,
NADPH, clorofilas, aminoácidos, proteínas, enzimas e coenzimas. Em diversas
culturas, o principal limitante após as condições climáticas (temperatura,
insolação e água) é o nitrogênio, que exerce influência direta sobre o
crescimento das gramíneas forrageiras. O nitrogênio é absorvido do solo por
meio das raízes, na forma de NO3- e NH4
+, para então serem incorporados na
parte aérea formando compostos nitrogenados e auxiliando a fixação de carbono
(Bredemeier & Mundstock., 2000).
Deve-se escolher de forma correta o tipo de fertilizante a ser utilizado
durante a adubação de semeadura ou plantio e manutenção, uma vez que é
sabido que a eficiência de utilização desse nutriente no solo é em função do
quanto ele é recuperado pelas plantas, considerando que até 50% do nutriente
aplicado no solo pode ser perdido por diversas formas, principalmente pela
lixiviação do nitrato e volatilização da amônia (Bredemeier & Mundstock, 2000).
Diante dos demais fertilizantes nitrogenados, a ureia tem a vantagem de
ter o menor custo por quilograma de nitrogênio, apresenta alta concentração de
nitrogênio, é de fácil manuseio e aplicação, o que torna muito vantajosa e
econômica sua utilização. No entanto, observa-se na ureia grandes problemas
com a perda do nitrogênio para a atmosfera através da volatilização, que
comumente ocorre com o seu uso. Por outro lado, o uso do sulfato de amônio
reduz as perdas de nitrogênio por volatilização e contribui com a nutrição das
plantas pelo fornecimento de enxofre. Porém, a utilização causa maior
acidificação no solo em relação a outros fertilizantes, assim como a sua utilização
tem menor vantagem econômica quando comparado a ureia, uma vez que se
tem um custo maior por cada quilograma de nitrogênio aplicado (Primavesi et al.,
2004).
14
2.3 Nitrogênio na produção forrageira
A adubação nitrogenada proporciona aumento na produtividade de
matéria seca das gramíneas forrageiras. Esse aumento é resultado da
modificação de variáveis que estão correlacionadas a produtividade de forragem,
como aumento na taxa de alongamento foliar, aumento da taxa de aparecimento,
índice de área foliar, densidade populacional de perfilhos e redução do filocrono
(Alexandrino et al., 2004).
Segundo Cantarutti et al. (1999), a aplicação de doses inferiores a 50 kg
ha-1 não favorecem sistemas de média intensificação, uma vez que as doses
mais adequadas estão entre 100 e 150 kg ha-1 e para alto nível de exploração
recomenda-se a utilização de 200 kg ha-1 de nitrogênio, parcelada em seis
aplicações, e somente em sistemas de alto nível tecnológicos em pastejo rotativo
e irrigação aplica-se 300 kg ha-1 de forma parcelada. No entanto, Feitosa (2017)
e Cecato (2008) obtiveram respostas lineares e quadráticas respectivamente
trabalhando com doses máximas de nitrogênio de 550 e 600 kg ha-1 e obtiveram
produtividade maior que as testemunhas que não receberam nitrogênio.
Do mesmo modo, Sousa et al. (2013) e Dourado et al. (2009) avaliaram a
produtividade de matéria seca do capim Marandu com doses que variam de 0 a
1.000 e 0 a 500 kg ha-1 de nitrogênio e observaram ajuste de modelo quadrático,
de modo que os pontos máximos foram estimados em 773 e 411 kg ha-1,
respectivamente. Ainda, Benett et al. (2008) observaram efeito semelhante aos
citados, corroborando com a hipótese de que o ponto de máxima produtividade
de matéria seca do capim Marandu encontra-se acima da dose de nitrogênio de
500 kg ha-1 ano-1, onde produtividade máxima foi de 13.000 kg MS ha-1.
No entanto, quando o capim Marandu é adubado com doses de nitrogênio
menores (100 a 300 kg ha-1) que as mencionadas nos parágrafo anterior, Oliveira
et al. (2014) e Carard et al. (2008) observaram que a produtividade é descrita
por modelo linear positivo, com eficiência de 45,5 kg de matéria seca produzida
para cada quilo de nitrogênio aplicado com produtividade de 4.500 kg MS há-1
no período das águas, e obtiveram produção de matéria seca próximo a 9.300
kg/ha/águas com a aplicação de 200 kg de nitrogênio respectivamente.
De modo semelhante, Costa et al. (2010) avaliaram doses de nitrogênio
de até 300 kg ha-1 e diferentes fertilizantes (ureia e sulfato de amônio) e
15
observaram efeito linear positivo para a produtividade de matéria seca de
forragem. Entretanto, quando se compara as fontes utilizadas verifica-se que o
sulfato de amônio proporcionou maior produtividade em matéria seca quando
comparado a ureia. Tal efeito está relacionado a maior perda por volatilização
quando utiliza-se ureia.
Primavesi et al., (2006), avaliaram doses de nitrogênio (de 200 a 800 kg
ha-1) e fontes (ureia e nitrato de amônio) e verificaram que quando utilizou-se
ureia a produtividade de matéria seca respondeu de forma linear positiva, com
produtividade de 12.328 kg MS ha-1 para a maior dose. Por outro lado, quando
se adubou com nitrato de amônio verificou-se efeito quadrático para a
produtividade do capim, com a máxima produtividade de matéria seca de 13.070
kg MS ha-1, de modo que este efeito pode estar relacionado a maior recuperação
de nitrogênio (84%) comparativamente a ureia.
2.4 Características estruturais e composição bromatológica
De acordo Hodgson (1990), perfilhos são unidades de crescimento das
gramíneas forrageiras, formados por folhas em crescimento, folhas totalmente
expandidas, folhas em senescência, o que compõe o número total de folhas por
perfilho com capacidade de modular o filocrono. É sabido que fatores abióticos
como temperatura, água e nitrogênio influenciam o aparecimento de folha,
alongamento de folha, tempo de vida da folha, relação lâmina/colmo+bainha,
densidade populacional de perfilhos (Chapman & Lemaire, 1993).
Quanto à densidade populacional de perfilhos (DPP), Costa et al. (2016)
demonstraram que a adubação com nitrogênio até a dose de 200 kg ha-1
promove efeito linear positivo para o perfilhamento do capim Marandu, de modo
que a maior dose utilizada proporcionou um aumento de 30% em relação a
testemunha (947 perfilhos por m2). Silva et al. (2013) obtiveram resultado
semelhante utilizando dose de nitrogênio de 300 kg ha-1, o que favoreceu um
aumento na DPP de 115%. O mesmo foi observado por Feitosa et al. (2017),
que adubaram o capim Marandu com doses de nitrogênio de até 550 kg ha-1 e
observaram aumento na DPP em 30,2% comparativamente a ausência da
adubação nitrogenada. Porém, Carard et al. (2008) observaram efeito linear
negativo quando variou o fornecimento do nitrogênio de 0 a 200 kg ha-1; tal
16
evento está relacionado a plasticidade fenotípica da gramínea forrageira que
aumenta o peso do perfilho e, em contrapartida, reduz o número de perfilhos.
Entretanto Cabral et al. (2008), avaliando capim Xaraés submetidos a
doses de nitrogênio de 0 a 500 kg ha-1, observaram comportamento quadrático
para a densidade populacional de perfilhos, que foi máxima (773 perfilhos m-2)
na dose de nitrogênio de 401 kg ha-1, 89% superior a testemunha. Corroborando
Cecato et al. (2008) observaram o mesmo comportamento para densidade
populacional de perfilhos trabalhando com adubação nitrogenada de 0 a 600 kg
há-1 em pastagem de capim Marandu. Além da DPP, dependendo do intervalo
entre cortes ou pastejo, a adubação nitrogenada pode influenciar a morfologia
da planta forrageira, o que modifica a relação lâmina foliar/colmo+bainha.
Para a relação lâmina/colmo+bainha observa-se que ocorre redução
dessa variável com o incremento de nitrogênio na adubação de capins. Cabral
et al. (2008) verificaram redução na relação lâmina foliar/colmo+bainha do capim
Xaraés de 3,9 para 2,5 quando forneceu 500 kg ha-1 de nitrogênio em relação ao
não fornecimento, respectivamente. Contudo, mesmo com redução dessa
relação com o aumento de nitrogênio, Magalhães et al. (2007) e Dourado et al.
(2009) verificaram efeito quadrático para a relação lâmina foliar/colmo+bainha.
A relação lâmina foliar/colmo+bainha pode ser usado como índice de qualidade
nutricional uma vez que o colmo apresenta menores digestibilidade (com
aumento da participação das frações indigestíveis e de digestão incompleta) e
teor de proteína bruta quando comparado às folhas (Paciullo et al., 2001)
A adubação nitrogenada proporciona aumento no teor de PB de
gramíneas. Benett et al. (2008) verificaram incremento de PB de 10,9 para
17,39% considerando doses de 0 a 600 kg ha-1, respectivamente. Costa et al.
(2010) avaliaram o capim Marandu submetido a doses e fontes de nitrogênio e
observaram que a maior dose no primeiro e segundo ano foi de 11,6 e 13,1 %
de PB respectivamente, evidenciando a importância do nitrogênio na
recuperação das pastagens.
Corrêa et al. (2005) adubaram o capim Marandu com doses de 0 a 800 kg
ha-1 e duas fontes de nitrogênio (ureia e nitrato de amônio) demonstraram que o
teor de PB quando utilizou-se ureia variou de 8 a 12,95% e o nitrato de amônio
de 8,12 a 14,20% para menor e maior dose, respectivamente, sendo o nitrato de
amônio mais eficiente para aumento do teor de PB. Cecato et al. (2004) e Moreira
17
et al. (2009) obtiveram efeito linear positivo para PB, em função da aplicação de
nitrogênio.
Em relação ao efeito da adubação nitrogenado sob a FDN, Benett et al.
(2008), trabalhando com capim Marandu e doses de nitrogênio que variaram de
0 a 600 kg/ha, observaram efeito linear negativo para FDN em função do
nitrogênio aplicado com 69,63% para a testemunha e 64,65 % para a maior dose.
Costa et al. (2010), trabalhando com doses de nitrogênio na recuperação de
pastagem de capim Marandu, inferiram redução de 8,9% na FDN com aumento
das doses de nitrogênio, apresentando 64% de FDN para aplicação de 300 kg/ha
de nitrogênio e 70% na ausência de adubação.
Cecato et al. (2004), trabalhando com capim Marandu e doses de
nitrogênio que variaram de 0 a 600kg, verificaram efeito linear negativo para
FDA, decrescendo em função do aumento das doses, o efeito pode estar
associado ao aumento na produção de folhas que por sua vez aumenta a
participação do conteúdo celular e reduz os componentes da parede celular, PB,
FDN e FDA respectivamente. Efeito semelhante foi relatado por Costa et al
(2010), que trabalhando com doses e fontes de nitrogênio na recuperação de
pastagem de capim Marandu, inferiram redução linear para o teor de FDA em
função do fornecimento do nitrogênio com 41,14% na ausência da adubação e
30,33% na maior dose, resultando em decréscimo de 26%.
18
3. MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi realizado na Fazenda Experimental da Universidade
Federal de Mato Grosso, localizada no município de Santo Antônio do Leverger,
com coordenadas geográficas 15°51'08.6" latitude sul, 56°04'15.2" longitude
oeste e altitude de 141 metros acima do nível do mar. O clima da região é
classificado de acordo com Köppen como Aw com período de chuva (outubro a
março) e período seco (abril a setembro) bem definidos, com temperatura média
de 26°C e 1.300 mm de precipitação anual (Tabela 1). Os dados climáticos foram
coletados na Estação Meteorológica Pe. Ricardo Remetter, distante 1000 m da
área experimental.
Tabela 1- Médias da temperatura máxima, média, mínima e pluviosidade durante o período experimental
Ano Temperatura
Máxima Temperatura
Média Temperatura
Mínima
Pluviosidade total
ºC mm
2015/2016 34,1 28,7 23,3 1364,6
2016/2017 33,0 27,9 22,8 1499,9
Fonte: Estação Meteorológica Padre Ricardo Remeter, Fazenda Experimental da UFMT. Santo Antônio de Leverger - MT.
Em agosto de 2015, para análise de solo, coletou-se amostras na
profundidade de 0 a 10 cm para caracterização química e granulométrica. O solo
da área experimental foi classificado como Cambissolo Háplico Tb eutrófico
(EMBRAPA, 2013) (Tabela 2).
Tabela 2- Caracterização química e granulométrica de Cambissolo Háplico Tb eutrófico
pH P K Ca Mg Al H M.O Areia Silte Argila SB CTC V
Ca Cl2 mg dm-3 cmolc dm-3 g dm-3 g kg-1 cmolc dm-3 %
5,4 7,0 68,3 2,15 0,83 0,00 2,38 21,3 740 59 201 3,2 5,5 57,0
O ensaio experimental foi implantado em uma área de 960 m2 com a
forrageira Brachiaria brizantha cv. Marandu estabelecida no ano de 2010. O
experimento foi instalado no delineamento inteiramente casualizado com cinco
tratamentos e sete repetições, totalizando 35 unidades experimentais com 20
19
m2. Os tratamentos consistiram em cinco doses de nitrogênio (0; 25; 50; 75 e
100 kg ha-1corte-1), aplicadas na forma de sulfato de amônio. As avaliações foram
realizadas em dois anos consecutivos, durante a estação chuvosa, com coletas
de novembro de 2015 a maio de 2016 e de novembro de 2016 a maio de 2017.
No início do período chuvoso, em cada ano de avaliação, foi realizado o
corte de uniformização do capim Marandu, utilizando-se uma roçadeira manual,
considerando altura de resíduo de 20 cm, de acordo com a recomendação de
Costa e Queiroz (2013). Após a uniformização da área experimental foram
realizadas as adubações de manutenção, de acordo com as recomendações de
Martha Junior et al. (2007).
As doses de fósforo (P2O5) e potássio (K2O) utilizadas foram de 30 e 60
kg ha-1, na forma de superfosfato simples e cloreto de potássio, respectivamente.
A mesma adubação foi repetida no segundo ano de avaliação. Após a
uniformização e adubação de manutenção, deu-se início ao período
experimental com a aplicação do nitrogênio conforme cada tratamento.
Após a adubação nitrogenada, a cada três dias realizou-se a medição da
altura do dossel forrageiro, por meio de régua graduada, a fim de identificar o
momento em que o capim Marandu atingisse a altura pré pastejo de 40 cm, que
corresponde a 95% de interceptação luminosa (Feitosa. 2017). Ao atingir a altura
foram realizadas avaliações no perfilhamento, produção, composição
morfológica e estádio de degradação.
Para densidade populacional de perfilhos (DPP) utilizou-se um quadro
metálico de 0,09 m2 (0,30 x 0,30) que foi alocado em cada parcela de maneira
aleatória em três pontos para a contagem do número de perfilhos presentes na
área do quadro. Ainda realizou-se no início e no final de cada ano a avaliação da
condição da pastagem utilizando um quadro de 1 m2 (1,0 x 1,0 m) atribuindo
notas de 0 a 100 % para participação da forrageira e cobertura do solo em três
pontos nas unidades experimentais como descrito por Bauer et al. (2004).
Para avaliação das características produtivas do pasto, foram realizadas
três amostragens por unidade experimental, utilizando-se um quadro metálico de
1 m2 (1,0 x 1,0 m) para coletar toda a massa de forragem, respeitando a altura
de resíduo de 20 cm. Após o corte da forrageira, as parcelas experimentais foram
uniformizadas com o uso de roçadeira manual, na mesma altura de resíduo. Em
20
seguida, fez-se a retirada do material vegetal oriundo da uniformização com
rastelos e adubou-se com sulfato de amônio conforme cada tratamento.
Após cada corte, procedeu-se a pesagem do material presente em cada
quadro para determinar o acúmulo de massa verde, e, em seguida, realizou-se
a separação botânica (capim Marandu e plantas invasoras) e morfológica do
capim Marandu (lâmina foliar, colmo+bainha) de uma amostra de
aproximadamente 200 g por parcela experimental. Para realizar análises de
composição bromatológica retirou-se uma amostra de aproximadamente 500 g
de forragem, que foi acondicionada em sacos de papel e submetidos à secagem
em estufa de circulação e renovação de ar a 55+ 5ºC por 72 horas ou até atingir
peso constante. Após a secagem procedeu-se a pesagem do material. Todos os
procedimentos descritos acima foram repetidos nos dois anos de avaliação
(2015/2016; 2016/2017).
Ao fim do período experimental, realizou-se uma amostra composta de
todas as avaliações realizadas no período chuvoso para estimativa da
composição bromatológica. As amostras de forragem previamente secas em
estufa a 55+ 5°C foram moídas em peneira de 1 mm em moinho tipo Willey para
determinação dos teores de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), matéria
mineral (MM), fibra detergente neutro (FDN), fibra detergente ácido (FDA), fibra
em detergente neutro indigestível (FDNi) de acordo com a metodologia descritas
por Silva e Queiroz (2002).
As características produtivas avaliadas foram: massa seca total, matéria
seca potencialmente digestível (MSPD), densidade populacional de perfilhos
(DPP), relação lâmina foliar/colmo+bainha (LF/CB), participação da forrageira,
cobertura do solo. Os resultados foram submetidos à análise de variância,
considerando efeito da adubação nitrogenada, dos períodos de avaliação
(primeiro e segundo ano) e a interação entre estes fatores. Em caso de efeito
significativo, realizou-se análise nos modelos linear e quadrático. As diferenças
entre os anos de avaliação foram avaliadas pelo teste de Tukey. Em todos os
testes adotou-se 5% de probabilidade de erro.
21
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para todas as variáveis produtivas, houve interação entre as doses de
nitrogênio e os anos avaliados (2015/2016; 2016/2017), com exceção para a
densidade populacional de perfilhos que foi influenciada somente pela adubação
nitrogenada (Tabela 3). Evidencia interação entre doses de nitrogênio e anos de
avaliação para MM e FDA. Para a PB, FDN, FDNi e MSPD, observou efeito
isolado da adubação nitrogenada; ano e adubação; ano; ano respectivamente
(Tabela 3).
Tabela 3- Síntese da análise de variância (Pr>Fc) dos efeitos de adubação e ano sobre
as características produtivas, avaliação da degradação e composição bromatologicas
do capim Marandu submetido à adubação nitrogenada
Variáveis Nitrogênio Ano Adubação
* Ano
CV1 CV2
(%) (%)
Produtividade (kg MS ha-1 águas)
<0,0001 0,2158 0,0075** 8,55 7,71
Lâmina foliar (%) <0,0001 0,0086 <0,0001** 4,84 4,42
Colmo+bainha (%) <0,0001 0,0086 <0,0001** 8,63 7,89
Relação LF/CB <0,0001 <0,0001 <0,0001** 11,64 10,17
Plantas invasoras (kg MS ha-1) 0,0005 0,0001 0,0001** 203,7 195,9
Densidade de perfilhos (nº m-²) <0,0001** 0,2141 0,1635 11,03 11,25
Participação da forrageira (%) <0,0001 0,0002 <0,0001** 4,69 4,86
Cobertura do solo (%) <0,0001 0,2060 <0,0001** 7,95 7,02
Matéria seca verde (kg MS ha-1) <0,0001 0,0001 <0,0097** 14,97 14,6
Matéria mineral (%) <0,0001 0,1922 <0,0001** 6,69 3,37
Proteína bruta (%) <0,0001** 0,1565 0,9516 18,83 16,25 FDN (%) <0,0001** <0,0001** 0,2539 2,93 2,63
FDA (%) 0,0728 0,1005 <0,0088** 3,48 3,35
FDNi (%) 0,7649 <0,0041** 0,0901 7,63 9,19
Todos os tratamento adubados com nitrogênio apresentaram intervalo de
cortes menores que o tratamento sem adubação nitrogenada, assim como
também apresentaram maior número de cortes. Os tratamentos com as três
maiores doses de nitrogênio apresentaram cincos cortes cada um, enquanto
naqueles com ausência de adubação foram realizados somente três cortes, em
ambos os anos (Tabela 4). A maior dose de nitrogênio reduziu, em média, o
intervalo entre cortes em 16 dias, comparativamente ao capim Marandu não
adubado com nitrogênio.
Para a produtividade de massa seca observou-se efeito linear para o
primeiro ano e quadrático para o segundo ano avaliado (Tabela 5). É evidente o
22
efeito do nitrogênio na recuperação do pasto de capim Marandu, em função do
aumento na produtividade. No primeiro ano, observou-se a maior produtividade
na maior dose, com produtividade de 14.684 kg MS ha-1 águas-1 enquanto que,
a ausência de adubação produziu 8.016 kg MS ha-1 águas-1 ; 54,59% da
produtividade obtida na dose máxima (Figura 1).
Tabela 5. Características produtivas do capim Marandu submetido à adubação nitrogenada em dois anos sucessivos.
Ano Nitrogênio (kg ha-1 corte-1) Pr > Fc*
0 25 50 75 100 L Q
Produtividade (kg MS ha-1 águas-1)
2015/2016 8.308 a 10.118 a 12.623 b 14.646 a 14.375 a <0,001 0,001
2016/2017 6.927 b 10.026 a 13.900 a 14.272 a 13.576 a <0,001 0,001
Lâmina foliar (%)
2015/2016 49 b 67 a 68 a 70 a 71 a <0,001 0,001
2016/2017 62 a 63 b 63 b 63 b 64 b 0,254 0,882
Colmo+bainha (%)
2015/2016 51 a 33 b 32 b 30 b 29 b <0,001 <0,001
2016/2017 38 b 37 a 37 a 37 a 36 a 0,254 0,882
Relação LF/CB
2015/2016 0,99 b 2,07 a 2,13 a 2,33 a 2,49 a <0,001 <0,001
2016/2017 1,64 a 1,72 b 1,69 b 1,71 b 1,80 b 0,208 0,829
Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05).
Os resultados obtidos estão semelhantes aos encontrados por Feitosa
(2017) que evidenciaram produtividades de massa seca de 14.049 kg ha-1 para
o capim Marandu adubado com 550 kg de N e eficiência de 11,18 kg MS para
cada kg de N fornecido. Da mesma forma, foi relatado por Cecato et al. (2008) o
aumento de 48% na produção de massa seca do capim Marandu com
fornecimento de 574 kg de N ha-1 produzindo 14.389 kg MS ha-1 e eficiência de
8,18 kg MS ha-1 para cada kg de N aplicado.
23
Figura 1 – Produtividade em matéria seca do capim Marandu em função de doses de nitrogênio durante o período das águas.
O aumento na produtividade de massa seca está relacionado ao aumento
nas taxas de aparecimento e alongamento foliar, comprimento das folhas, DPP
e redução do filocrono, o que foi evidenciado por diversos trabalhos publicados
(Martuscello et al., 2005; Cabral et al., 2008; Dourado et al., 2009).
Para a porcentagem de lâmina foliar, colmo+bainha e relação
lâmina/colmo+bainha observa-se efeito quadrático no primeiro ano de avaliação
para ambas as variáveis, obtendo maior porcentagem de lâmina foliar e menor
participação de colmo+bainha na dose 76,5 kg ha-1 (Figura 3). De modo
semelhante, Sousa et al. (2013), avaliando o efeito do nitrogênio na produção do
capim Marandu, observaram efeito quadrático para a relação
lâmina/colmo+bainha.
No segundo ano de avaliação, os efeitos das variáveis citadas
anteriormente não foram explicados por nenhum dos modelos propostos (linear
e quadrático), de modo que independente da dose de nitrogênio a porcentagem
de lâmina foliar e colmo+bainha foram de 63 e 37%, respectivamente (Tabela 5).
Esse evento pode ter ocorrido em função do manejo adotado neste experimento
com altura de entrada e altura de saída pré-estabelecido, proporcionando
resultados semelhantes entre os tratamentos.
Para DPP, verificou-se efeito quadrático, de modo que a maior população
(1.128 perfilhos por m-2) foi identificada na dose de 83,56 kg ha-1 corte-1,
enquanto no capim Marandu não adubado ocorreu apenas 677 perfilhos por m2,
o que demonstra incremento de 66,61% e uma eficiência 2,7 perfilhos para cada
y 2016 = 66,691x + 8681,9R² = 0,9187
y 2017= 6647,204864 + 196,936513x -1,267559x2
R² = 0,9758
6000
7500
9000
10500
12000
13500
15000
0 25 50 75 100
Pro
du
tivi
dad
e (k
g M
S h
a-1 )
Nitrogênio (kg ha-1 corte-1)
2016 2017
24
kg de N aplicado (Figura 2). Os resultados encontrados corroboram com Cabral
et al. (2008) e Dourado (2009), que observaram efeito quadrático para densidade
de perfilhos em função da adubação nitrogenada, com maiores densidades nas
doses de 270 e 357 kg ha-1, respectivamente.
Figura 2 – Densidade populacional de perfilhos do capim Marandu em função de doses de nitrogênio durante o período das águas.
Figura 3 – Porcentagem de colmo+bainha e lâminas foliares do capim Marandu adubado com doses de nitrogênio durante o período das águas.
Para participação da forrageira observou-se efeito quadrático, no primeiro
ano, com ponto de máxima fora do intervalo estudado. Na ausência de adubação
verificou-se 80% de participação da forrageira, enquanto na maior dose de
nitrogênio quantificou-se participação de 98,5%. Este efeito está relacionado a
menor produtividade de massa seca e menor DPP evidenciada na ausência de
y = 677,42 + 10,796x -0,0646x2
R² = 0,9513
600
700
800
900
1000
1100
1200
1300
0 25 50 75 100
Per
filh
os
m-2
Nitrogênio (kg ha-1 corte-1)
y = -0,0036x2 + 0,5512x + 51,079R² = 0,8941
y = 0,0036x2 - 0,5512x + 48,921R² = 0,8941
0
20
40
60
80
100
0 25 50 75 100
Folh
as/c
olm
o+b
ain
ha
(%)
Nitrogênio (Kg ha corte)
folhas colmo
25
adubação nitrogenada, o que resultou em maior exposição do solo e favoreceu
o aparecimento de plantas invasoras.
Os efeitos encontrados para cobertura do solo foram quadrático e linear
para o primeiro e segundo ano, respectivamente (Tabela 6). No primeiro ano, a
ausência de adubação nitrogenada apresentou 59% de cobertura e a dose de
82 kg ha-1 corte-1 proporcionou a maior cobertura (98,74%) (y = 0,2198x + 76,362).
No segundo ano, mesmo na ausência de adubação o capim Marandu obteve
76% de cobertura, maior que a observada no primeiro ano, o que demonstra que
o manejo adequado do resíduo retarda a degradação.
Os resultados encontrados demonstram que o pasto está em condição
excelente nos tratamentos adubados com nitrogênio e em condição boa quando
não adubados segundo (Bauer et al., 2004) o que requer, no último caso, a
necessidade de controle de plantas invasoras e adubação de manutenção para
se obter maior cobertura de solo.
Para plantas invasoras verificou-se massa passível de ser contabilizada
no primeiro ano de avaliação, com a maior massa seca no tratamento não
adubado com nitrogênio (546 kg MS ha-1 águas-1) (y= 0,0942x2-14,629x+546,01).
A partir da dose de nitrogênio de 79,24 kg ha-1 corte-1, no primeiro ano e em
todas as doses no segundo ano, não se observou participação de plantas
invasoras. Esse efeito é justificado pela maior produtividade de matéria seca,
maior DPP e maior cobertura de solo que suprimem o aparecimento das
invasoras (Tabela 6).
Independente do ano de avaliação houve efeito linear positivo da
adubação nitrogenada sob o teor de PB do capim Marandu (Figura 4). A
adubação nitrogenada proveu incremento de 118 % de proteína bruta na MS
quando se comparou com a maior dose de nitrogênio (14,36%) com a ausência
da adubação (6,57%). De acordo com Van Soest (1994) a exigência mínima em
PB para que não afete o consumo animal é de 7% na MS, sendo assim o
tratamento testemunha fica inadequado para consumo exclusivo uma vez que
apresenta 6,57% de PB.
26
Tabela 6. Características de avaliação da condição da pastagem do capim Marandu submetido à adubação nitrogenada em dois anos sucessivos
Ano Nitrogênio (kg ha-1 corte-1) Pr > Fc*
0 25 50 75 100 L Q
Plantas invasoras (kg MS ha-1)
2015/2016 600 101 138 0 0 <0,001 <0,001
Densidade de perfilhos (nº m-²)
Média 667 948 995 1163 1101 <0,001 <0,001
Participação da forrageira (%)
2015/2016 77 a 99 a 95 a 100 a 100 a <0,001 <0,001
2016/2017 57 b 88 a 88 a 97 a 98 a 0,202 0,695
Cobertura do solo (%)
2015/2016 57 b 88 a 88 a 97 a 98 a <0,001 <0,001
2016/2017 77 a 84 a 82 a 95 a 99 a <0,001 0,380
Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05).
Por outro lado, de acordo com Lazzarini et al. (2009), o teor mínimo de
proteína bruta para que a microbiota ruminal consiga utilizar os componentes
fibrosos da forragem de baixa qualidade é de 8%, e para otimizar o consumo
animal, reduzir os efeitos de repleção e obter maior desempenho é preciso níveis
próximos a 11% de PB na MS. Sendo assim a aplicação de doses de nitrogênio
a partir de 56,81 kg N ha-1 corte -1 proporcionaram condições de otimizar o
desempenho animal e obter maiores ganhos (Figura 4).
Figura 4 –Teor de proteína bruta do capim Marandu adubado com doses de nitrogênio durante o período das águas.
y = 6,572701 + 0,077924 xR² = 0,9868
6
8
10
12
14
16
0 25 50 75 100
Pro
teín
a b
ruta
(%
)
Nitrogênio ( kg ha-1 corte-1)
27
Para matéria mineral observa-se efeito quadrático para ambos os anos de
avaliação (Tabela 7). A redução na matéria mineral pode ter ocorrido por efeito
de diluição na composição de forragem, em função do acentuado aumento na
produtividade. Resultados semelhantes foram observados por Almeida (2013) e
Agulhon et al. (2004).
Tabela 7. Características de composição bromatológica do capim Marandu submetido à adubação nitrogenada em dois anos sucessivos
Ano Nitrogênio (kg ha-1) Pr > Fc*
0 25 50 75 100 L Q
Matéria mineral (%)
2015/2016 9,20 b 8,38 b 8,01 a 8,13 a 7,87 a <0,001 <0,001
2016/2017 9,80 a 8,68 a 8,25 a 7,10 b 7,33 b <0,001 <0,001
Proteína bruta (%1)
Média 6,97 8,30 9,99 12,43 14,64 <0,001 0,2150
FDN (%)
Média 66,69 68,17 66,51 64,24 64,30 <0,001 0,0880
FDA (%)
2015/2016 30,27 b 31,40 a 32,04 a 31,72 a 32,04 a <0,0040 0,1070
2016/2017 32,18 a 32,05 a 32,91 a 31,55 a 30,98 a <0,0290 <0,0460
Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05).
À medida que se aumentou as doses de nitrogênio observou-se redução
linear no teor de FDN. Comparando a maior dose utilizada (64,23%) e a ausência
de adubação, observou-se redução de 3,48% na FDN (Figura 5). Corroborando
com estes resultados, Costa et al. (2010) verificaram que o incremento do
nitrogênio reduz a FDN, comparando-se a adubação nitrogenada e ausência de
adubação.
Para FDA somente observou-se efeito linear positivo para o primeiro ano
de avaliação (Tabela 7), para o segundo observa-se efeito quadrático (Figura 5).
Em ambos os anos verificou-se que a variação entre os tratamentos ocorrem de
maneira pequena, com valores de 1,6% na MS (Figura 5). Cecato et al. (2004),
avaliando o capim Marandu com aplicação de nitrogênio de até 600 kg N ha-1,
28
encontraram resposta semelhante aos citados neste trabalho, com redução de
apenas de 1,8% na FDA.
Observou-se somente efeito de ano para FDNi do capim Marandu
adubado com nitrogênio, de modo que no segundo ano houve maior FDNi (23,06
%) que no primeiro ano (21,56%). Entretanto as médias encontradas para os
dois anos de avaliação corroboram com os resultados encontrados por Cabral et
al. (2017) trabalhando com pastos de capim Marandu.
Figura 5 – Porcentagem de FDN (A) e FDA (B) do capim Marandu adubado com doses de nitrogênio durante o período das águas.
Da mesma forma, para matéria seca potencialmente digestível não se
observou efeito dos níveis de nitrogênio tendo somente efeito do ano, t endo
em média 77% de MSPD. Este efeito está relacionado às pequenas variações
na FDN, ausência de efeito da adubação sobre a FDNi, uma vez que que estas
frações são utilizadas para estimativa da MSPD. Pesqueira-Silva et al. (2015),
trabalhando com capim Marandu, encontraram resultados semelhantes para
MSPD com 71%, relatando que o consumo de matéria seca não foi influenciado
negativamente em função da MSPD.
y = 67,722206 - 0,034824xR² = 0,6639
64
65
66
67
68
69
0 25 50 75 100
FDN
(%
)
Nitrogênio ( kg ha-1 corte-1)A
y (2016) = 30,718241 + 0,015815x R² = 0,7084
y (2017) = 32,071418 + 0,023914x -0,000355x2
R² = 0,7341
30
31
32
33
34
0 25 50 75 100
FDA
(%
)
Nitrogênio ( kg ha-1 corte-1)B
2016 2017
29
5. CONCLUSÃO
A adubação nitrogenada influenciou positivamente a produtividade e o
teor de proteína bruta do capim Marandu, aumentando em 118% o teor de PB.
A máxima produtividade de matéria seca, densidade populacional de
perfilhos e porcentagem de lâmina foliar do capim Marandu durante o período
das águas encontra-se entre 77 e 83 kg N ha-1 corte-1.
30
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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