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Universidade Federal de Itajubá Instituto de Recursos Naturais Ciências Biológicas Licenciatura SILVIA ARCANJO CARLOS RIBEIRO PLANTAS ORNAMENTAIS EM AMBIENTES ESCOLARES: BENEFICIOS E POTENCIAIS RISCOS. ITAJUBÁ-MG 2017

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Universidade Federal de Itajubá Instituto de Recursos Naturais

Ciências Biológicas Licenciatura

SILVIA ARCANJO CARLOS RIBEIRO

PLANTAS ORNAMENTAIS EM AMBIENTES ESCOLARES: BENEFICIOS E POTENCIAIS RISCOS.

ITAJUBÁ-MG

2017

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SILVIA ARCANJO CARLOS RIBEIRO

PLANTAS ORNAMENTAIS EM AMBIENTES ESCOLARES: BENEFICIOS E POTENCIAIS RISCOS.

Trabalho Final de Graduação apresentado à Universidade Federal de Itajubá, como parte das exigências para a conclusão do curso de Ciências Biológicas Licenciatura. ORIENTADORA: Dra. Katiucia Dias Fernandes

ITAJUBÁ-MG

2017

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SILVIA ARCANJO CARLOS RIBEIRO

PLANTAS ORNAMENTAIS EM AMBIENTES ESCOLARES: BENEFICIOS E POTENCIAIS

RISCOS.

Itajubá, 23 de Outubro de 2017.

BANCA AVALIADORA

Orientadora Co-orientador Dra. Katiucia Dias Fernandes Dr. Hisaias de Souza Almeida

Avaliador Dr. Emerson Dias Gonçalves

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Dedico este trabalho a todos aqueles Que lutam ou que já lutaram por uma

Sociedade mais justa e tolerante.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus me permitiu chegar até aqui, que

colocou pessoas boas nessa minha caminhada, que me deu forças e me

mostrou que eu era capaz quando pensei em desanimar. Agradeço ao meu

esposo que foi paciente, compreensível, atento e amável, que me deu todo o

suporte preciso para chegar ao fim do curso, aos meus filhos, que são

essenciais em minha vida, que me fazem lutar e saber que vale a pena e que

me dão alegria e paz em meio a esse turbilhão de emoções que é a graduação.

A minha família, minha mãe a quem dedico essa vitória, em quem me

espelho, aquela que me fez acreditar em mim, obrigada por tudo até hoje!!

Agradeço aos meus avós, que sempre batalharam muito pra que me tornasse o

que sou hoje, obrigada por caminharem junto a mim, degrau por degrau e aos

meus irmãos, principalmente a Sandra, que é a menina dos meus olhos e que

sempre vibrou com minhas conquistas. Aos meus sogros o meu muito obrigada,

vocês também foram essenciais para essa conquista, sempre me dando o

suporte e a tranqüilidade de que tudo daria certo. Não poderia deixar de

agradecer o meu melhor amigo, Hugo, que mesmo de longe me apoiou e me

fez rir de várias situações desesperadoras, você foi um presente lindo que a

vida me deu.

E por fim aos meus orientadores, Katiucia e Hisaias, quem foram

imprescindíveis para a realização deste trabalho, agradeço de coração o

empenho e a dedicação de vocês para com a pesquisa, vocês são incríveis.

Agradeço ao professor Emerson que de pronto aceitou meu convite para a

banca, quem admiro muito e tive o prazer de conhecê-lo durante a jornada da

graduação.

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“Cada sonho que você deixa para trás, é um pedaço

do seu futuro que deixa de existir”.

(Steve Jobs)

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RESUMO

Os espaços verdes e jardins são utilizados para passeio, descanso e

para a realização de estudos. As escolas de maneira geral possuem algum tipo

de espaço verde, denominado de jardim escolar. Este trabalho teve por objetivo

verificar a presença de espécies vegetais com potencial nocivo a saúde

humana em ambientes escolares de ensino fundamental 1 e creches da área

urbana na cidade de Itajubá – MG. O trabalho foi realizado em parceria com

cinco escolas e creches municipais e estaduais localizadas nas delimitações

urbanas da cidade de Itajubá, sul de Minas Gerais, Brasil. As plantas foram

catalogadas com o nome comum e científico, aquelas que não foram

identificadas no local foram coletadas amostras para preparação de exsicatas e

conduzidas para identificação por meio do uso de literatura específica. As

plantas foram fotografadas para a montagem de um banco de imagens

relacionando qual parte da planta pode ser tóxica e se possível qual tipo de

composto tóxico pode apresentar algum risco. Em relação as plantas com

potencialidade de risco analisamos uma a uma para propor a melhor escolha a

fim de se evitar acidentes com as mesmas, vale enfatizar que não é

recomendado em todos os casos a substituição desses exemplares, este na

verdade é último recurso, devemos sempre pensar em como utilizá-las como

meio de estudo e divulgação de informações, para assim promover uma ação

preventiva a esses acidentes. Pode-se notar a importância de abordar o tema

nas escolas, pois os próprios funcionários das escolas desconhecem

informações imprescindíveis para manter a segurança das crianças nos

espaços verdes. Bem como incentivar o uso destes espaços nas atividades

escolares para um melhor desenvolvimento dos alunos. Todas as escolas

visitadas apresentam um jardim escolar, alguns mais estruturados que os

outros e em todos eles encontramos plantas com potenciais riscos a saúde das

crianças e que todos os jardins escolares apresentam condições de serem

utilizados como material de construção do conhecimento. Assim, deve-se

utilizar o espaço privilegiado da escola para disseminar informações relevantes

sobre as plantas ornamentais nocivas a saúde humana.

Palavras chaves – Jardim escola, plantas tóxicas, educação ambiental.

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ABSTRACT

The green spaces and gardens are used for walking, resting and for carrying

out studies. Schools generally have some kind of green space, called the

school garden. The objective of this work was to verify the presence of plant

species with potential harmful to human health in primary school environments

1 and nurseries of the urban area in the city of Itajubá - MG. The work was

carried out in partnership with five schools and kindergartens located in the

urban delimitations of the city of Itajubá, south of Minas Gerais, Brazil. The

plants were cataloged with the common name and scientific, those that were

not identified in the place were collected samples for preparation of exsicatas

and conducted for identification through the use of specific literature. The plants

were photographed for the assembly of a bank of images relating which part of

the plant can be toxic and if possible which type of toxic compound may present

some risk. In relation to plants with risk potential we analyze one by one to

propose the best choice in order to avoid accidents with them, it is worth

emphasizing that it is not recommended in all cases to replace these specimens,

this is actually a last resort, we should always think about how to use them as a

means of studying and disseminating information, in order to promote a

preventive action to these accidents. One can note the importance of

addressing the issue in schools, because school staff themselves are unaware

of the information they need to keep children safe in the green space. As well as

encouraging the use of these spaces in school activities for a better

development of students. All the schools visited have a school garden, some

more structured than the others and in all of them we find plants with potential

health risks for children and that all school gardens are able to be used as

knowledge building material. Thus, it is necessary to use the privileged space of

the school to disseminate relevant information about ornamental plants harmful

to human health.

Key words - School garden, toxic plants, environmental education.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1. Detalhe de espinhos de cacto 21

FIGURA 2 - Detalhe de acúleo de rosa 21

FIGURA 3 - Detalhe folha pontiaguda de Agave. 21

FIGURA 4 - Fruto de Dillenia indica 22

FIGURA 5 - Arvore de Dillenia indica. 22

FIGURA 6 - Canteiro instituição 1 29

FIGURA 7 - Plantas suspensas instituição 1 29

FIGURA 8 - Espadinha suspensa instituição 1 29

FIGURA 9 - Detalhe do espinho do Citrus x limon (L.) Osbeck 31

FIGURA 10. Detalhe do acúleo na Rosa L. 31

FIGURA 11 - Vinca - Catharanthus roseus (L.) Don instituição 1 32

FIGURA 12 - Detalhe folhas de Monstera deliciosa Liebm instituição 1 32

FIGURA 13 – Hydrangea macrophylla L. instituição 1. 32

FIGURA 14 - Rebrota de Euphorbia pulcherrima Willd. ex Klotzsch instituição1 32

FIGURA 15 - Detalhe da flor de azaléia 32

FIGURA 16 - Detalhe de flores de Kalonchoe sp.instituição 1 33

FIGURA 17 - Exemplar de Canna indica L. instituição 1 33

FIGURA 18 - Flor de Plectranthus L’Hér instituição 1 34

FIGURA 19 – Lippia alba (Mill.) N.E.Br. ex P. Wilson instituição 1 34

FIGURA 20 – Brassica oleracea L 34

FIGURA 21 – Ocimum basilicum L. instituição 1 35

FIGURA 22 – Fruto de Malpighia glabra L 35

FIGURA 23 – Corredor externo da instituição 2 35

FIGURA 24 – Entrada da instituição 2 35

FIGURA 25 – Cereus melanurus K.Schum instituição 2 37

FIGURA 26 – Detalhe da Aloe L. instituição 2 37

FIGURA 27 – Spathiphyllum cannifolium (Dryand. ex Sims) instituição 2 38

FIGURA 28 – Ricinus communis L. instituição 2 38

FIGURA 29 – Folhas de Schizolobium parahyba (Vell.) Blake instituição 2 39

FIGURA 30 – Heliconia rostrata Ruiz & Pav instituição 2 39

FIGURA 31 – Suculenta instituição 2 39

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FIGURA 32 – Salvia splendens Sellow ex Roem. & Schult e Turnera subulata

Sm. instituição 2

40

FIGURA 33 – Vista do jardim escolar da instituição 3. 40

FIGURA 34 – Cocos nucifera L. instituição 3 42

FIGURA 35 – Hibiscus L. instituição 3 42

FIGURA 36 – Detalhe da Schinus terebinthifolius Raddi instituição 3 42

FIGURA 37 – Ocimum basilicum L. instituição 3 42

FIGURA 38 – Catharanthus roseus (L.) Don instituição 3 43

FIGURA 39 – Detalhe dos espinhos da Euphorbia milii instituição 3 43

FIGURA 40 – Detalhe das folhas de Sansevieria trifasciata L Instituição 3 44

FIGURA 42 – Hibiscus L.. Instituição 4 47

FIGURA 43 – Cereus melanurus K.Schum instituição 4 47

FIGURA 44 – Lantana camara L. instituição 4 47

FIGURA 45 – Cordyline Comm. ex R.Br instituição 4 48

FIGURA 46 – Blechnum penna – marina instituição 4 48

FIGURA 47 – Plectranthus barbatus Andr. instituição 4 49

FIGURA 48 – Kalanchoe brasiliensis Larrañaga Instituição 4 49

FIGURA 49 – Cassia patellaria DC. ex Collad instituição 4 49

FIGURA 50 – Plectranthus barbatus Andr instituição 4 49

FIGURA 51 – Vaso de Eucharis gandiflora L. corredor da instituição 5 50

FIGURA 52 – Detalhes nas folhas do Eucharis gandiflora L. instituição 5 50

FIGURA 52 – Detalhe do fruto do Persea americana Mill. 50

FIGURA 54 – Flor do Turnera subulata Sm instituição 5 52

FIGURA 55 – Rosa wichuraiana L. instituição 5 52

FIGURA 56 – Hibiscus L. Instituição 5 52

FIGURA 57 – Vista panorâmica da área inacessível as crianças instituição 5 52

FIGURA 58 – Pimpinella anisum L. instituição 5 53

FIGURA 59 – Psidium guajava L. instituição 5 53

FIGURA 60 – Ocimum basilicum L. instituição 5 53

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 . CASOS REGISTRADOS DE INTOXICAÇÃO HUMANA POR

AGENTE TÓXICO E FAIXA ETÁRIA. BRASIL, 2010. 17

TABELA 2. RELAÇÃO DAS ESPÉCIES ENCONTRADAS NA INSTITUIÇÃO 1,

ORDENADAS POR FAMÍLIA E CONTENDO O NOME CIENTÍFICO E POPULAR DAS ESPÉCIES. 30

TABELA 3. RELAÇÃO DE PLANTAS ORNAMENTAIS ENCONTRADAS NA

INSTITUIÇÃO 2. 36 TABELA 4. RELAÇÃO DE PLANTAS ORNAMENTAIS ALOCADAS NA

INSTITUIÇÃO 3 41 TABELA 5. PLANTAS ORNAMENTAIS ENCONTRADAS NAS LIMITAÇÕES

DA INSTITUIÇÃO 4. 46 TABELA 6. PLANTAS ENCONTRADAS NA INSTITUIÇÃO 5. 51

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1. PRESENÇA DE PLANTAS NAS RESIDÊNCIAS – ITAJUBÁ /2017

54

GRÁFICO 2. CONHECIMENTO SOBRE PLANTAS TÓXICAS – ITAJUBÁ /

2017 54

GRÁFICO 3. PLANTAS CITADAS COMO TÓXICAS PELOS PAIS OU

RESPONSÁVEIS – ITAJUBÁ /2017 55

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SUMÁRIO

Conteúdo

2. INTRODUÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 14

2.1. Toxicidade 15

2.2. Plantas com espinhos ou acúleos 20

2.3. Tamanho do fruto 22

3. OBJETIVOS 24

4. JUSTIFICATIVA 25

5. METODOLOGIA 26

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO 28

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 57

8. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 58

APÊNDICES 62

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2. INTRODUÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os animais mantêm desde muito cedo uma relação bastante estreita

com as plantas. Tal relação pode ser considerada como “dependência”, tendo

em vista que as plantas são base da cadeia alimentar. As mesmas também

proporcionaram as modificações do ambiente terrestre possibilitando assim a

conquista e exploração de um novo habitat pelos animais. Sabe-se que as

plantas estão relacionadas diretamente com o ciclo do gás carbônico e com a

disponibilidade do gás oxigênio na atmosfera (SILVA et al., 2014). As plantas

trazem inúmeros benefícios para os animais de maneira geral, como os

exemplos citados acima, porém, alguns malefícios também podem ser

atribuídos a elas, alguns deles serão referidos a seguir.

Pela definição de Schons et al., (2012) todo o vegetal que, ingerido por

um organismo vivo, seja capaz de causar danos que refletem na saúde e

vitalidade do ser, são classificadas como plantas tóxicas. Hoje as plantas

tóxicas despertam o interesse da ciência e são estudadas devido ao aumento

dos casos de intoxicação de animais, humanos ou não, esses acidentes geram

prejuízos significativos para a saúde pública e também para a pecuária. Porém,

as plantas tóxicas já foram utilizadas pela população humana como um auxílio

na obtenção de alimentos através da caça e também em envenenamentos

intencionais, que na idade média era uma prática comum (SIMÕES et al.,

2007). Hoje encontramos as plantas tóxicas alocadas junto a espaços verdes,

podendo estar ao alcance de todos os que convivem neste espaço verde.

Os espaços verdes e jardins são utilizados para passeios, descanso e

para a realização de estudos. Porém observa-se, gradativamente, a troca do

verde por paisagens artificiais de concreto e isso causa impactos significativos

no cenário natural construído a partir dos processos de evolução e sucessão

ecológica fazendo com que os espaços urbanos sejam marcados pelo

desequilíbrio ecológico (LIMA e AMORIM, 2006).

Por outro lado, as áreas urbanizadas com a presença de vegetação

colaboram para a melhora da qualidade do ar, proporcionam um bem estar

psicológico dentre outros acrescimentos a saúde física e mental, daí a

importância de “espaços verdes” nas escolas, que são denominados de jardins

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escolares (SALATINO, 2001).

No passado, as escolas localizadas em espaços urbanos eram

estruturalmente padronizadas, pátios cimentados, cantina, corredores extensos

com inúmeras salas lado a lado e na frente do prédio apresentavam canteiros

ou pequenos jardins. Essa era a estrutura básica, já que na residência de

grande parte dos alunos havia jardins e quintais de grandes proporções,

portanto, a presença de “áreas verdes” nas escolas era dispensável (PAIVA,

2008). Porém, com o grande avanço da globalização, aumento populacional e

a modernização dos espaços urbanos substituindo os grandes quintais e

jardins por edifícios enormes, a escola passou a ser cobrada pelos pais a

oferecer aos alunos espaços agradáveis de contato com a natureza e assim a

existência de jardins escolares tornou-se algo indispensável.

Pensando nisso, o paisagismo tem por finalidade causar melhora visual

do ambiente e conseqüentemente acabam por aflorar uma sensação de

conforto e lazer às pessoas que ocupam determinada localidade. As

intervenções paisagísticas são capazes também de proteger o solo de erosões

(ORTEGA et al. 2008).

No entanto, para elaborar um projeto paisagístico deve-se levar em

consideração algumas informações extremamente relevantes sobre o local

onde esse projeto será desenvolvido, dentre eles qual a faixa etária dos

visitantes dessa área, pois em se tratando de, por exemplo, um projeto de

jardim escolar é de suma importância que o espaço não apresente riscos

físicos e nem para a saúde das crianças (PAIVA, 2008). .

Dentre as plantas utilizadas em um projeto de jardim escolar deve se

evitar a utilização de plantas nocivas à saúde (plantas tóxicas), plantas com a

presença de espinhos, árvores com frutos grandes e ainda vegetação densa

capaz de criar esconderijos (PAIVA, 2008).

A seguir estão relacionadas um conjunto de características que devem

ser observadas ao determinar as plantas que irão compor um jardim escolar:

2.1. Toxicidade

As plantas utilizadas em jardins e projetos paisagísticos são

denominadas de plantas ornamentais, porém muitas dessas plantas

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apresentam potencialidade tóxica, o que acaba sendo colocada em segundo

plano. Mesmo assim, alguns profissionais da área ou até mesmo pessoas

leigas, que não apresentam conhecimento sobre determinada espécie,as

escolhe pela beleza não levando em consideração que algumas podem causar

sérios problemas de intoxicação.

A maioria das plantas ornamentais consideradas tóxicas em geral são

atrativas e vistosas, apresentam flores coloridas e perfume agradável,

tornando-a ainda mais perigosa para as crianças. A toxidez pode estar

associada a qualquer parte da planta, desde a raiz até o fruto e pode ser

manifestada por contato ou deglutição (PAIVA e GAVILANES, 2004). Para que

uma planta seja considerada tóxica experimentações são realizas em

laboratório evidenciando qual a substância e parte especifica da planta é

responsável pela toxidez.

Assim, de acordo com Barg (2004), alguns elementos provenientes de

plantas capazes de causar intoxicação são alcalóides, cardiotônicos,

glicosídeos cianogenéticos, taninos, saponinas, oxalato de cálcio,

toxialbuminas que provocam uma sensibilidade em todos os animais. No Brasil

ainda há certa carência científica sobre o princípio ativo de plantas nativas,

assim, com essa informação, será possível obter um controle mais eficaz dos

casos de intoxicação (CARVALHO et al., 2009).

Matos et al. (2011) apresenta duas formas de acidentes com plantas

tóxicas: intoxicação direta e indireta. Intoxicação direta quando há a consumo

acidental de alguma parte da planta e indireta quando a intoxicação ocorre ao

se alimentar de leite ou carne de outro animal que tenha ingerido tal planta.

Sabe-se que pelo menos 90% das plantas com potencial tóxico encontradas

em jardins causam reações cutâneas, ou seja, alergias e dermatites. Estas

geralmente associadas a plantas que liberam látex podem atuar também nas

mucosas que por natureza são mais sensíveis, irritando assim a boca, língua e

garganta. Uma pequena porcentagem dessas plantas, em torno de 10%, pode

levar a desequilíbrios no funcionamento do coração levando ao descompasso

das batidas do mesmo. Há ainda registros de cólicas e disenterias que podem

ter sido provocadas por intoxicação por plantas (SINTOX, 2010).

A maioria dos casos de intoxicação por plantas registrados em 2010

ocorreram em crianças de até 9 anos de idade (TABELA 1). Isso pode ser

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explicado pela grande atração que acontece entre as plantas e as crianças

dessa idade, seja pela cor ou ornamentação da planta em questão ou até

mesmo pelo estágio de desenvolvimento que a criança está passando.

Tabela 1. Casos Registrados de Intoxicação Humana por Agente Tóxico e Faixa Etária. Brasil, 2010.

Fonte: MS/FIOCRUZ/SINITOX/2010

Vale ressaltar que é exatamente nessa idade que as crianças passam

a conhecer e a explorar o mundo. De acordo com os estudos do tão

conhecido psicanalista Sigmund Freud é na faixa etária de 0 a 18 meses que

a criança passa por um estágio de desenvolvimento conhecido como fase

oral, durante essa fase oral as crianças têm a tendência de levar a boca todo

e qualquer material / objeto que a mesma consiga segurar. A criança está

desenvolvendo a exploração oral de seu ambiente (BULLOK e TROMBLEY,

2000) e, portanto nessa idade pode haver um aumento no risco de

intoxicações por ingestão de plantas tóxicas ou que sejam capazes de

obstruir as vias respiratórias e mesmo após essa fase oral as crianças

continuam a explorar e descobrir o ambiente onde estão inseridas.

Além de humanos podemos lembrar que os animais domésticos também

são vítimas de acidentes com plantas tóxicas, sendo que os gatos são mais

sensíveis a esses quadros de intoxicações (MANTECHEVIS, 2004).

Como precaução desses acidentes, não se deve cultivar plantas com

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potencial tóxico em ambientes freqüentados por crianças, nem na área

externa e nem na área interna, esses acidentes ocorrem na maioria das vezes

na própria residência já que é de costume dos brasileiros cultivarem vasos no

interior da casa e em muitos casos há certo desconhecimento por parte da

população da toxicidade de algumas plantas facilmente cultivadas em vasos

(SANCHEZ, 1998). Apresentamos na tabela 2 algumas espécies nacionais ou

cultivadas no Brasil com potencial tóxico.

Segundo Campos et., al.(2016) alguns dos vegetais com potencial

tóxico em humanos, na família Anarcadiaceae temos a Anarcadium

occidentale L., conhecida popularmente como o acajaiba, apresenta

toxicidade em suas folhas, caule e sementes causando queimaduras na pele

e mucosa e a Lithraea brasiliensis L., chamada de aroeira preta que apresenta

toxicidade em toda sua parte aérea, acarretando dermatites de contato como

bolhas e caso haja a ingestão há manifestações gastrointestinais, ainda dessa

família temos a Mangifera elaeagnoides Raldk, chamada popularmente de

manga e possui toxicidade relacionada as suas folhas provocando dermatites

de contato; Na família Apocynaceae também temos alguns exemplares de

vegetais tóxicos: a Allamanda catartica L., chamada de alamanda

popularmente apresenta toxicidade em toda sua extensão corpórea causando

distúrbios gastrointestinais e cólicas, a Asclepias curassavica L., conhecida

pelo nome comum de oficial de sala também apresenta potencialidade tóxica

em toda sua extensão corpórea tendo como principais sintomas da

intoxicação a irritação da boca e faringe, náuseas, dor abdominal e prostação,

a Rauvolfia tetraphylla L., com potencialidade tóxica nas folhas, córtex e frutos

apresentando como principais sintomas da intoxicação diarréia, vômitos,

diminuição da pressão arterial, convulsões podendo em casos mais graves

levar a óbito; Na família Asteraceae temos a Artemisia absinthium L.,

conhecida como sinistro, possui agentes tóxicos capazes de desencadear

quadros convulsivos, alucinógenos e abortivos; Na família Boraginaceae

temos a Heliotropium elongatum (Lehm.), chamado também de fedegoso, com

potencialidade tóxica nas partes aéreas e raízes, podendo desencadear

sintomas como a afecção hepática crônica e a Symphytum officinalis L., o

confrei, com toxidade nas partes aéreas levando a quadros de anorexia,

letargia, dor abdominal e trombose. Ainda segundo este estudos na família

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Cactaceae temos agentes tóxicos nas folhas, talos e frutos da Quiabentia

zehntneri (Briton & Rose) Briton & Rose, também chamada de bombardeira e

apresenta látex irritante capaz de provocar queimadura na pele e mucosa; Na

família Combretaceae temos a Sipaúba, classificada cientificamente como

Combretum mellifluum Eichle, com potencial tóxico nas folhas e brotos sejam

eles verdes ou secos podendo desencadear sintomas da intoxicação como

fezes ressenquidas com muco ou sem e com estrias de sangue de odor

desagradável. Já a família Cucurbitaceae apresenta a Luffa operculata (L.)

Cogn, conhecida pelo nome comum de buchinha do norte, os agentes tóxicos

estão alocados nos frutos, podem causar hemorragias, náuseas, vômitos,

dores abdominais podendo levar a um quadro de coma ou óbito;

Ainda segundo os estudos feitos por Campos et. al. (2006), a família

Euphorbiaceae apresenta um numero bastante elevado de vegetais com

potencialidade tóxica, como a Codiaeum variegatum (L.) Blume, chamada de

cróton popularmente e a toxidade esta relacionada a toda sua extensão

corpórea podendo causar eczemas após repetidas exposição a seu látex,

temos ainda a Euphorbia láctea L., o candelabro, que possui látex caustico

emético e purgativo causando dermatites e irritações das mucosas, temos

ainda a Euphorbia pulcherrima Willd. Ex Klotzsch, o tão conhecido bico-de-

papagaio, que desencadeia dermatites de contato, conjuntivite e lesões na

córnea e caso haja a ingestão da mesma pode ocorrer lesão irritativa devido

ao seu látex, disfagia, edema de lábios e língua, dor, queimações e vômitos, a

Euphorbia tirucalli L., o aveloz, causa dermatites de contato, a Jatropa curcas

L., o pinhão branco, com toxicidade nas folhas e frutos gerando irritações no

trato gastrointestinais, dor abdominal, náuseas, vômitos, hipotensão, dispnéia,

arritmias e até mesmo paradas cardíacas, já a flor de coral, chamada

cientificamente Jatropa multifida L., com toxidade relacionada com as folhas,

caules, raízes e sementes, causando desidratação e insulficiencia renal e

hepática, e a Maninhot esculenta Crantz, a mandioca brava, possui toxicidade

nas raízes, podendo causar náuseas, cólicas irritação da mucosa, torpor,

quadros de coma e cianose e a mamona, chamada de Ricinus communis L.,

com toxicidade nas sementes podendo causar náuseas, dor abdominal,

hipotermia, taquicardia e até mesmo o óbito; na família Fabaceae temos a

Crotalaria juncea L., chamada também de agaí, com agentes tóxicos nos

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frutos e sementes, podendo causar transtornos no SNC e coração; Da família

Moraceae temos toxicidade presente nos vegetais das espécies Ficus maxima

P. Miller, a caxinguba, alocados nas sementes e folhas causando irritações na

pele, purido, rubor e se ingeridas distúrbios gástricos e a Hera, Ficus pumila L.,

com látex causador de fitofotodermatites; Já na família Rutaceae temos a

Ruta graveolens L., a arruda, com potenciais tóxicos alocados nas partes

aéreas que pode ser abortivo, hemorrágico e causador ainda de sonolência e

convulsões; A família Solanaceae temos um numero expressivo de espécies

com potencialidade tóxica, como a Brunfelsia uniflora (Pohl) D. Don, o manacá

com agentes tóxicos presentes nas folhas, raízes e talos desencadeando

distúrbios no sistema nervoso central, delírio, convulsões e até mesmo a

morte, a Datura inóxia Mill, com folhas, flores e sementes com potencialidade

tóxica, causando sonolência, temperatura alta, transtornos mentais e morte, o

estramônio, chamado também de Datura stramonium L., com toxicidade em

todas as partes da plantas causando vômitos, taquicardia, alucinações e

delírios, a Brugmansia suaveolens (Willd.) Sweet, a trompeteira causando a

quadros de agitações, a Nicotiana glauca L., couve do mato que pode levar

até mesmo a paradas respiratórias e morte, ainda dentro dessa família temos

a Solanum concinnum Schott ex Sendtn, a jurubeba, que possui frutos com

toxicidade que dentre outras coisas é abortiva; Na família Urticaceae temos a

Laportea aestuans (L.) Chew e a Urtica dióica L. conhecidas como urtiga

brava e comum respectivamente que causam dermatites de contato devido

aos pêlos do caule e folhas; Na família Verbanaceae temos o camará,

Lantana camara L., que é teratogênico.

Recomenda-se em casos de intoxicação por plantas a condução da

vítima imediatamente a uma unidade de saúde e se possível levar consigo

uma amostra da planta responsável por esse quadro, assim o tratamento será

mais especifico.

2.2. Plantas com espinhos ou acúleos

Algumas plantas ornamentais apresentam espinhos que segundo

Barbosa (2010), são estruturas modificadas e fazem parte do caule da planta,

ou seja, são uma pequena extensão dos mesmos, são lenhosas e

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vascularizados e quando arrancados causam um estrago relativamente grave

na planta (FIGURA 1). Já os acúleos são superficiais, uma projeção do córtex e

da epiderme e não apresentam vascularização (FIGURA 2) para diferenciar os

espinhos dos acúleos na prática, basta tentar arrancá-lo, enquanto os espinhos

são de difícil remoção os acúleos saem com facilidade, também há plantas

ornamentais que apresentam a folha pontiaguda (FIGURA 3), essas

características podem ser consideras como potenciais fatores de risco em um

jardim, principalmente escolar, podemos citar as roseiras como exemplo, pois

são plantas comumente cultivadas em jardins residenciais e que apresentam

acúleos.

FIGURA1- Detalhe de espinhos de cacto.

Fonte: www.pixabay.com

FIGURA 2- Detalhe de acúleo de rosa.

Fonte: www.mundoeducacao.bol.uol.com.br

FIGURA 3- Detalhe folha pontiaguda de Agave.

Fonte: www.floriculturajardimdoeden.com

Outro fator que se deve em levar em consideração quanto aos espinhos

é que em alguns casos além dos espinhos a planta também apresenta

potencial tóxico ou alergênico e através do ferimento com espinho a

intoxicação pode ser potencializada. Não há dados sobre acidentes com

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plantas com espinhos, pois na maior parte dos casos são acidentes não tão

graves e que não necessitam de intervenções médicas.

2.3. Tamanho do fruto

Devido à estrutura física frutos grandes estão mais propensos a cair, fato

que é impossível de se prever e é nesse momento que os acidentes acontecem.

Também não há como definir se o acidente será grave ou não, isso depende de

inúmeros fatores como altura da queda do fruto, tamanho e peso do fruto,

idade e estrutura física da pessoa atingida, local do corpo atingido dentre

outros fatores. Os frutos que apresentam essas características devem ser

evitados em locais de movimentação de pessoas e de trafego, não somente

onde há crianças, pois o mesmo trás riscos de acidentes a qualquer faixa etária

e poderia vir a ser a causa de um acidente automobilístico. Um exemplo de

frutos que são grandes e pesados são os da Dillenia indica (FIGURA 4 e 5),

mais conhecida como maçã de elefante.

FIGURA 4 – Fruto de Dillenia indica FIGURA 5 – Arvore de Dillenia indica.

Fonte: www.medicinanatural.com.py Fonte: www.lh2treeid.blogspot.com.br

Do mesmo modo como ocorre no caso dos espinhos também não há

dados de registros desses acidentes, pois os mesmos acontecem em pequena

proporção. Dessa forma é prudente que plantas com essas características não

sejam cultivadas em locais de passagem de pedestres e muito menos em

jardins escolares e domésticos.

Apesar dos riscos que algumas plantas possam trazer quando

depositadas em jardins escolares, não podemos deixar de enfatizar os

benefícios que as mesmas trazem não somente no bem estar e sensação de

aconchego que elas proporcionam, mas também no seu potencial como objeto

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de estudo, facilitando em alguns casos a promoção de atividades lúdicas –

pedagógicas e práticas. Em cada faixa etária e ano escolar as plantas podem

ser utilizadas e exploradas de diferentes maneiras se tornando assim um objeto

de estudo bastante flexível que tende a aproximar o conteúdo trabalhado em

sala de aula com o cotidiano do aluno, contextualização, favorecendo o

processo de construção do conhecimento como defende Francisco e Klein

(2015):

“As aulas práticas podem funcionar como um

contraponto das aulas teóricas, como um poderoso

catalisador no processo de aquisição de novos conhecimentos,

pois há vivência a fixação do conteúdo a ela relacionado,

descartando-se a idéia de que as atividades experimentais

devem servir somente para a ilustração da teoria. A intenção das práticas

é estreitar o laço entre o conteúdo e nossas atividades corriqueiras.”

(FRANCISCO e KLEIN, 2015) [pg.11180]

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3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo Geral • Este trabalho teve por objetivo verificar a presença de espécies

vegetais com potencial nocivo a saúde humana em ambientes escolares

de ensino fundamental 1 e creches da área urbana na cidade de Itajubá –

MG.

3.2. Objetivos Específicos • Identificar as plantas ornamentais com potenciais de risco a saúde

presentes nos jardins escolares de escolas municipais de ensino

fundamental ciclo 1 e creches;

• Levantar dados quantitativos sobre o conhecimento prévio da

população quanto os potenciais riscos das plantas ornamentais.

• Orientar para a substituição ou isolamento das plantas

ornamentais com potenciais riscos dos jardins escolares bem como,

instruir quanto ao uso do mesmo como ferramenta para disseminação de

conhecimento;

• Alertar e instruir a comunidade escolar quanto o manuseio de

plantas tóxicas e com espinhos;

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4. JUSTIFICATIVA

Devido ao grande número de casos de intoxicação por plantas de

crianças na faixa etária de 1 a 14 anos (TABELA 1) faz-se necessário uma

intervenção na comunidade escolar com intuito de informar sobre os riscos

que algumas plantas trazem para as pessoas e assim contribuir para a

redução desses números. Para isso é imprescindível que as plantas ali

presentes sejam identificadas e catalogadas e assim haja o levantamento

de dados das plantas que podem trazer algum malefício para a saúde das

crianças.

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5. METODOLOGIA

O presente trabalho foi realizado em parceria com cinco escolas e

creches municipais e estaduais localizadas nas delimitações urbanas da

cidade de Itajubá, sul de Minas Gerais. A cidade tem uma população

estimada em 96.523 habitantes, distribuídos em uma área total de 290,45 km²,

sendo que 70,70 km² são de área urbana (IBGE, 2010).Salienta-se que todo

e qualquer dado sobre nome ou localização das instituições e colaboradores

da pesquisa seguirão em sigilo a fim de que não haja prejuízos ou boatos em

relação a sua reputação.

As plantas foram classificadas como perigosas / inadequadas ou

inofensivas / adequadas para os ambientes utilizados pelas crianças. As

plantas que apresentem substâncias tóxicas em sua composição, que tenham

espinhos ou acúleos na extensão do corpo e que possuem frutos grandes e

pesados que possam cair, foram classificadas como inadequadas aos jardins

escolares e as que não apresentam tais características são recomendadas

para cultivo em jardins escolares. Vale ressaltar que a escolha das

instituições não foi definida somente por sua localização dentro das

delimitações urbanas da cidade, tendo em vista que a cidade apresenta uma

extensão relativamente grande de área urbana.

A escolha das escolas e creches para o desenvolvimento da pesquisa

deu-se exclusivamente pela faixa etária das crianças que varia de 0 a 3 anos

de idade nas creches e de 4 a 10 anos de idade nas escolas de ensino

fundamental do clico 1. Em relação ao bairro onde essas instituições estão

alocadas, procurou-se trabalhar principalmente nos bairros não centrais e que

são popularmente conhecidos como bairros carentes, desta maneira pode-se

disseminar uma informação importante para as pessoas que teoricamente

teriam menos acesso a mesma.

Deste modo, a metodologia implantada neste trabalho é a de pesquisa-

ação, pois a mesma tem por finalidade principal a pesquisa coligada a

intervenções que possam solucionar ou amenizar um problema coletivo.

Segundo Vasconcelos; Vieira e Vieira (2009), essa metodologia tem se

mostrado importante para a melhora na formação de um profissional, além de

que a metodologia pesquisa-ação é bastante flexível, podendo sofrer

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alterações e aceitando bem as novas idéias durante a sua execução.

As plantas foram identificadas com o nome comum e científico.

Aquelas que não foram identificadas no local foram coletadas amostras para

preparação de exsicatas e conduzidas para identificação por meio de

literatura específica. Em seguida as plantas foram fotografadas para a

montagem de um banco de imagens relacionando qual parte da planta pode

ser tóxica e se possível qual tipo de composto tóxico.

A fim de se verificar o conhecimento prévio da comunidade escolar

acerca dos potenciais tóxicos e outros riscos que algumas plantas

ornamentais podem acarretar um questionário (APÊNDICE 1) fora enviado

aos pais e responsáveis dos alunos das instituições.

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6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao todo 76 espécies vegetais foram identificadas nas instituições das

quais 15 espécies apresentavam potencialidade de risco, sendo que 11

espécies possuem toxicidade, 5 apresentam espinhos ou acúleos em sua

estrutura corpórea e 1 espécie possui fruto grande com propensão a queda,

lembrando que algumas espécies apresentam mais de um fator de risco. Das

plantas com potencialidade de risco a Citrus x limon (L.) Osbeck foi encontrada

em 4 das 5 instituições visitadas, esta elevada ocorrência pode estar

relacionado com fato de o limão ser um fruto comum a culinária brasileira, ser

de fácil propagação e baixa manutenção. Bem como o desenvolvimento de

projetos de horta, algo comum a cultura brasileira, portanto as instituições, que

não apresentam um jardim escolar estruturado, desenvolvem projetos de horta

e os produtos derivados desta horta são utilizados na própria escola. Essa

atitude pode auxiliar no processo de educação alimentar e/ou no hábito de se

alimentar com produtos saudáveis, bem como a disseminação do conceito e

benefícios da agricultura familiar e sustentável.

6.1. Instituição1

A instituição 1, atende crianças de 4 aos 10 anos de idade, apresenta

dois espaços verdes dentro da escola sendo que um deles, onde se

concentram a maior parte de plantas é um canteiro (FIGURA 6) no qual os

alunos não tem muito acesso. Esse é um local de passagem próximo a sala da

direção e secretaria, local que não é muito freqüentado pelos alunos. O outro

espaço verde da escola é um espaço relativamente grande onde os alunos

praticam algumas atividades físicas ao ar livre e, neste espaço não há

diversidade de espécies vegetais, apenas um gramado com uma árvore.

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FIGURA 6 – Canteiro instituição 1

Além desses espaços verdes, a instituição ainda mantém uma horta e

algumas outras plantas suspensas dispostas como um jardim vertical (FIGURA

8 e 9). As plantas presentes nesta instituição (TABELA 3) agregam beleza e

uma sensação de aconchego a mesma, podendo até mesmo melhorar a

qualidade de vida dos freqüentadores desta área, como defende Nucci (2008).

FIGURA 7 – Plantas suspensas FIGURA 8 – Espadinha suspensa

instituição 1 instituição 1

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Tabela 2. Relação das espécies encontradas na instituição 1, ordenadas por Família e contendo o nome científico e popular das espécies.

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR

Alliaceae Allium schoenoprasum L. Cebolinha verde

Apiaceae Apium prostratum Labill. Salsinha

Apocynaceae Catharanthus roseus (L.) Don Vinca

Araceae Alocasia macrorrhizos (L.) Orelha-de-elefante

Araceae Monstera deliciosa Liebm Monstera /costela de

Adão

Arecaceae Phoenix roebelenii Palmeira Fênix

Araceae Syngonium angustatum

Schott

Singônio

Begoniaceae Begonia aconitifolia A.DC. Begônia metálica

Brassicaceae Brassica oleracea L. Couve

Cannaceae Canna indica L. Cana

Commelinaceae Tradescantia pallida (Rose)

Hunt.

Trapoeraba Roxa

Crassuláceas Kalonchoe sp. Kalandiva

Crassulaceae Sedum L. Rabo de burro

Ericaceae Rhododendron simsii Azaléia

Euphorbiaceae Euphorbia pulcherrima Willd.

ex Klotzsch

Bico de papagaio

Fabaceae Trifolium médium L. Trevinho

Geraniaceae Pelargonium hortorum Gerânio

Hemerocallidaceae Hemerocalis (L.) Merocalis

Hydrangeaceae Hydrangea macrophylla Hortênsia

Lamiaceae Mentha spicata L. Hortelã

Laminaceae Ocimum basilicum L. Manjericão

Lamiaceae Plectranthus L’Hér. Dólar

Liliaceae Sansevieria trifasciata hanni Espadinha

Lomariospsidaceae Nephrolepis exaltata L. Samambaia-espada

Malpighiaceae Malpighia glabra L. Acerola

Maranthaceae Calathea discolor G. Mey. Calathea

Pinaceae Pinus taeda L Pinus

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Poaceae Bambusa textilis McClure. Bambuzinho de jardim

Poaceae Paspalum notatum Flúggé Grama batatais

Rosaceae Rosa sp Roseira

Rutaceae Citrus x limon (L.) Osbeck Limoeiro

Verbanaceae Lippia alba (Mill.) N.E.Br. ex

P. Wilson

Cidreira de mato

Das plantas encontradas na instituição 1 os exemplares com

potencialidade nociva são:O limoeiro – Citrus x limon (L.) Osbeck (FIGURA 9) e

a roseira - Rosa sp.(FIGURA 10) que possuem espinhos e acúleos no qual

acidentalmente as crianças podem se machucar. Plantas com agentes tóxicos

também foram encontradas neste jardim escolar, como: a Vinca – Catharanthus

roseus (L.) Don (FIGURA 11) que apresenta toxicidade em toda a extensão de

seu corpo; a Monstera - Monstera deliciosa Liebm (FIGURA 12) onde a

toxicidade está relacionada com o caule, folha e látex irritante; a Hortênsia –

Hydrangea macrophylla (FIGURA 13) nas folhas e no broto encontra-se a

toxicidade que é causada pelos princípios ativos são o glicosídeo cianogênico e

a hidrangina (BARG, 2004); O bico-de-papagaio - Euphorbia pulcherrima Willd.

ex Klotzsch (FIGURA 14) que apresenta látex irritante em toda a sua extensão

corpórea (BARG, 2004); a azaléia – Rhododendron simsii (FIGURA 15) traz

riscos à saúde humana se ingerida folhas, flores e néctar tendo como princípio

ativo os terpenoídes e a andromedotixina que podem causar distúrbios

digestivos e, portanto são responsáveis por sua toxicidade (FRANSCISCO,

2014).

FIGURA 9 – Detalhe do espinho do Citrus x limon (L.) FIGURA 10 – Detalhe do acúleo na Rosa sp.

Osbeck FONTE https://vamoscirandar.wordpress.com

FONTE - https://www.flickr.com/

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FIGURA 11 – Vinca - Catharanthus roseus (L.) Don FIGURA 12 – Detalhe folhas de Monstera deliciosa

instituição 1. Liebm instituição 1.

FIGURA 13. Hydrangea macrophylla L. instituição 1. FIGURA 14. Rebrota de Euphorbia pulcherrima Willd. ex

Klotzsch instituição 1.

FIGURA 15 – Detalhe da flor de azaléia

FONTE - http://portalmedicinafelina.com.br

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As plantas com potencialidade de risco encontradas nesta instituição,

como citado anteriormente, se encontram em local onde as crianças não

permanecem por muito tempo, assim a substituição dessas plantas deixa de

ser a única alternativa para que o ambiente fique mais seguro para as mesmas.

Sendo assim, sugere-se a construção de uma barreira física, que pode ser

confeccionada com madeiras como um cercado, isolando a área ou até mesmo

uma barreira psicológica com plantas fazendo uma cerca viva do tipo sebe.

Algumas plantas sem nenhum potencial de risco encontradas nesta

instituição foram a Kalandiva – Kalonchoe sp. (FIGURA 16) que apresenta

flores pequenas e coloridas podendo ser utilizada como material de estudo não

só pelas cores de suas folhas, mas em relação a texturas diferentes como

propõe Costa e Costa (2007). A cana - Canna indica L. (FIGURA 17) também

traz uma imagem visual muito bonita ao jardim assim como a flor conhecida

popularmente como dólar – Plectranthus L’Hér (FIGURA 18).

FIGURA 16 – Detalhe de flores de Kalonchoe sp. FIGURA 17- Exemplar de Canna indica L.

instituição 1 instituição 1

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FIGURA 18 – Flor de Plectranthus L’Hér

Instituição 1

Plantas com potencialidade medicinal também foram identificadas neste

jardim como a cidreira - Lippia alba (Mill.) N.E.Br. ex P. Wilson (FIGURA 19),

bem como plantas comestíveis como couve – Brassica oleracea L (FIGURA 20),

manjericão – Ocimum basilicum (FIGURA 21) e acerola – Malpighia glabra L

(FIGURA 22) dentre outras.

FIGURA 19 – Lippia alba (Mill.) N.E.Br. ex P. Wilson FIGURA 20 – Brassica oleracea L

Instituição 1 FONTE - http://www.hortamercurio.com.br/planta/

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FIGURA 21 – Ocimum basilicum instituição 1 FIGURA 22 –Fruto de Malpighia glabra L.

FONTE - http://virtualmarketingpro.com/blog/

6.2. Instituição 2

A instituição 2 é uma escola estadual e atende crianças e jovens de 4 á

17anos.O jardim escolar é bastante grande, estendendo-se por toda a área

ocupada pela escola (FIGURA 23 e 24), assim todas as plantas ali presentes

estão ao livre alcance das crianças.As plantas estão dispostas por corredores,

área de lazer, parquinho, área da prática de esportes e próximas as salas de

aula.Apesar de sua grande extensão, o jardim escolar não é composto por uma

variedade muito grande de espécies distintas e sim de várias repetições de

exemplares da mesma espécie (TABELA 4).

FIGURA 23 – Corredor externo da instituição 2 FIGURA 24 –Entrada da instituição 2

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Tabela 3. Relação de plantas ornamentais encontradas na instituição 2.

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR

Asteraceae Bidens pilosa L. Picão

Araceae Monstera deliciosa Liebm Monstera

Araceae Spathiphyllum cannifolium

(Dryand. ex Sims) Schott

Lírio da paz

Arecaceae Palma Mill. Palmeira real

Cactaceae Cereus melanurus K.Schum Cacto trepador

Euphorbiaceae Euphorbia pulcherrima Willd. ex

Klotzsch

Bico de papagaio

Euphorbiaceae Ricinus communis L. Mamona

Fabaceae Caesalpinia pluviosa DC. var.

pluviosa

Sibipiruna

Fabaceae Schizolobium parahyba (Vell.)

Blake

Guapuvuru

Fabaceae Trifolium médium L. Trevinho

Heliconaceae Heliconia rostrata Ruiz & Pav. Bananeira-do-brejo

Lamiaceae Melissa officinalis L. Cidreira

Lamiaceae Plectranthus barbatus Andr. Falso boldo

Lamiaceae Salvia splendens Sellow ex

Roem. & Schult.

Sangue de adão

Rutaceae Citrus x limon (L.) Osbeck Limoeiro

Maranthaceae - Maranta

Myrtaceae Myrtus comunis L. Murta

Myrtaceae Syzygium cumini (L.) Skeels Jamelão

Passifloraceae Turnera subulata Sm. Flor do Guarujá

Phyllantaceae Phyllanthus acutifolius Poir. ex

Spreng.

Quebra-pedra

Poaceae Cymbopogon citratus (DC.) Stapf Capim

Urticaceae Pilea nummularifolia (Sw.) Wedd. Dinheiro em penca

Xanthorrhoeaceae Aloe L. Babosa

- - “Suculentas”

Plantas com potencialidades de risco foram encontradas como o limoeiro;

o cacto trepador – Cereus melanurus K.Schum (FIGURA 25) que possui

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espinhos e sua extensão; a babosa – Aloe L. (FIGURA 26) que além dos

espinhos espalhados por toda a lateral de suas folhas ainda são pontiagudas e

sua seiva se ingerida pode causar irritação a mucosa bucal (BARG, 2004).

Outras plantas com potencialidade tóxica encontradas foram: o bico de

papagaio - Euphorbia pulcherrima Willd. ex Klotzsch, Monstera - Monstera

deliciosa Liebm e o lírio da paz – Spathiphyllum cannifolium (Dryand. ex Sims)

Schott (FIGURA 27) que apresentam toxidade em toda a sua estrutura

corpórea e a sua intoxicação pode causar até mesmo morte súbita e por fim a

mamona – Ricinus communis L. (FIGURA 28) que apresenta como principio

ativo a toxialbumina e alcalóides presentes em sua semente, onde está

alocada sua toxicidade (BARG, 2004). Exemplares dessas espécies estão em

locais de fácil acesso das crianças e algumas em ambientes constantemente

freqüentados pelas crianças, estes exemplares podem e devem ser realocados

ou isolados em outro ambiente menos freqüentado pelos alunos, placas de

identificação e alerta sobre o risco também são uma opção para a prevenção

de acidentes, bem como, a instrução dos professores para com os alunos

sobre os riscos que estas plantas em questão podem trazer se ingerida ou

manuseada de forma inadequada.

FIGURA 25 – Cereus melanurus K.Schum instituição 2 FIGURA 26 – Detalhe da Aloe L. instituição 2

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FIGURA 27 – Spathiphyllum cannifolium FIGURA 28 – Ricinus communis L. instituição 2

(Dryand. ex Sims) Schott instituição 2

Plantas com potenciais benéficos também foram encontradas, podendo

citar as árvores de grande porte como a sibipiruna - Caesalpinia pluviosa DC.

var. pluviosa e guapuvuru – Schizolobium parahyba (Vell.) Blake (FIGURA 29)

quando grandes fazem sombra deixando o ambiente mais confortável. Plantas

ornamentais que proporcionam uma melhora visual ao ambiente também foram

encontradas, dentre elas temos a bananinha do brejo – Heliconia rostrata Ruiz

& Pav. (FIGURA 30), palmeira real – Palma Mill. e algumas plantas conhecidas

como “suculentas” (FIGURA 31), sangue de adão – Salvia splendens Sellow ex

Roem. & Schult e flor do Guarujá – Turnera subulata Sm. (FIGURA 32). A

escola não apresenta horta, mas possui algumas espécies de plantas utilizadas

como medicinais como, por exemplo, o picão - Bidens pilosa L., o quebra–

pedra – Phyllanthus acutifolius Poir. ex Spreng. e a cidreira - Melissa officinalis

L..

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FIGURA 29 – Folhas de Schizolobium parahyba FIGURA 30 – Heliconia rostrata Ruiz & Pav

(Vell.) Blake instituição 2 instituição 2

FIGURA 31 – Suculenta instituição 2

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FIGURA 32 – Salvia splendens Sellow ex Roem. &

Schult e Turnera subulata Sm. instituição 2

6.3. Instituição 3

A instituição 3 atende crianças de 4 aos 10 anos, sendo uma escola da

rede municipal da cidade. Possuem algumas plantas que compõem o seu

jardim escolar juntamente com um parquinho (FIGURA 33), além desse espaço

ainda possui uma horta e alguns vasos dispostos nos corredores. Na área

denominada de jardim escolar não há uma variedade de espécies e nem

abundância das mesmas, mas plantas que existem neste espaço estão

totalmente desprotegidas e acessíveis às crianças, até mesmo as plantas com

algum potencial de risco.

FIGURA 33 – Vista do jardim escolar da instituição 3.

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41

Assim como nas outras escolas, algumas plantas presentes nesta

também trazem algum tipo de risco para a saúde das crianças e outras não.

Esta é uma escola grande que comportaria um número maior de espécimes

(TABELA 5). Plantas ornamentais inofensivas a saúde humana foram

encontradas e ocasionam uma beleza visual notável, como o Hibisco –

Hibiscus L. (FIGURA 34), o coqueiro - Cocos nucifera L. (FIGURA 35) e a

aroeira – Schinus terebinthifolius Raddi (FIGURA 36).

Tabela 4. Relação de plantas ornamentais alocadas na instituição 3

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR

Alliaceae Allium schoenoprasum L. Cebolinha

Anacardiaceae Schinus terebinthifolius

Raddi

Aroeira

Apiaceae Apium prostratum Labill. Salsinha

Apocynaceae Catharanthus roseus (L.)

Don

Vinca

Arecaceae Cocos nucifera L. Coqueiro

Brassicaceae Brassica oleracea L. Couve

Euphobiaceae Euphorbia milii Coroa de cristo

Fabaceae Leucaena leucocephala

(Lam.) de Wit

Leucena

Lamiaceae Mentha spicata L. Hortelã

Laminaceae Ocimum basilicum L. Manjericão

Laminaceae Rosmarinus officinalis L. Alecrim

Liliaceae Sansevieria trifasciata L. Espada de são Jorge

Malvaceae Hibiscus L. Hibisco

Myrtaceae Psidium guajava L. Goiabeira

Solanaceae Solanum melongena L. Berinjela

Rutaceae Citrus x limon (L.) Osbeck Limoeiro

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FIGURA 34 – Cocos nucifera L. FIGURA 35 – Hibiscus L. FIGURA 36 – Detalhe da Schinus

instituição 3 instituição 3 terebinthifolius Raddi instituição 3

Plantas comestíveis e medicamentosas também foram encontradas

nesta escola, pois como citado acima a escola apresenta uma horta, dentre

elas podemos citar o manjericão – Ocimum basilicum L. (FIGURA 37) utilizado

como condimento de tempero na culinária, couve – Brassica oleracea L.,

salsinha – Apium prostratum Labill., berinjela – Solanum melongena L., entre

outros.

FIGURA 37 – Ocimum basilicum L. instituição 3

Dentre as plantas que podem acarretar algum risco para as crianças

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43

encontramos a vinca – Catharanthus roseus (L.) Don (FIGURA 38) que é muito

comum nos jardim em geral e possui potencial tóxico causando náuseas e

incômodos gastrointestinais (BARG, 2004); a coroa de cristo – Euphorbia milii

(FIGURA 39) que além de sua toxicidade possui espinhos, ou seja, dois fatores

que podem ocasionar acidentes; espada de são Jorge – Sansevieria trifasciata

L. (FIGURA 40) que apresenta substâncias tóxicas ao homem e folha

pontiagudas aumentado o risco de acidentes. Na figura 40 pode-se notar que

houve uma preocupação em cortar a ponta de algumas folhas para diminuir o

risco de acidentes, mas causa deformação das plantas e finalmente o limoeiro

que apresenta espinhos.

FIGURA 38 – Catharanthus roseus (L.) Don instituição 3

FIGURA 39 – Detalhe dos espinhos da Euphorbia milii instituição 3

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44

FIGURA 40 – Detalhe das folhas de Sansevieria trifasciata L. instituição 3

Novamente as plantas com potencialidade de risco estão ao livre acesso

das crianças, e neste caso especificamente, as mesmas estão alocadas junto

ao parquinho, local acessado principalmente pelos alunos da educação infantil,

crianças de 4 aos 6 anos, que estão passando pela fase da descoberta e

exploração do mundo, assim o cuidado para que acidentes não ocorram deve

ser redobrado.

Nas três instituições de ensino, pode-se incorporar a estrutura

disponibilizada pelos jardins escolares, plantas ornamentais inofensivas a

saúde humana, como material de estudo, pois durante essa fase da vida

escolar as crianças começam a construir os conhecimentos acerca das

relações entre os seres vivos. Essa relação pode ser ilustrada pela associação

das plantas com os animais, principalmente insetos que visitam o jardim

escolar, estudar ainda os animais e plantas de maneira independente. É

possível trabalhar conceitos de educação ambiental e também promover a

sensibilização ambiental, ajudando assim na formação de cidadãos mais

conscientes sobre suas ações no mundo e responsáveis por conduzir o mundo

para um futuro sustentável (LEFF, 2005). Essas atividades se estendem até o

ensino médio, cada etapa escolar as plantas serão estudadas de maneiras

diferentes, algumas vezes é um estudo mais “superficial” e em outras um

estudo mais aprofundado, mas de qualquer maneira é um tema que perpassa

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por toda a vida escolar da criança.

Até mesmo as plantas com potencialidade de risco podem ser utilizadas

como material de estudo, segundo defende Bochner e Lemos (2017), a retirada

e substituição dessas plantas dos jardins escolares é uma ação radical e

simplista, pois acaba por desperdiçar a ocasião para se ensinar sobre as

plantas com potencialidades de risco á saúde humana e de outros animais, não

há espaço melhor que a escola para se ensinar. Apesar de a substituição

desses exemplares parecerem à melhor forma de prevenção, a construção

desse conhecimento será de grande valia para a vida desse aluno, pois o

mesmo vai se deparar com plantas nocivas á saúde ao longo de sua vida, em

parques, espaços públicos e privados e assim já terá conhecimento suficiente e

estará preparado para evitar os acidentes e preservar sua saúde.

6.4. Instituições4 e 5

As instituições 4 e 5 são creches municipais e portanto atendem

crianças de 0 aos 3 anos. As duas instituições possuem plantas ao alcance das

crianças e nas duas encontramos plantas com potencialidade de risco.

A instituição 4 oferece às crianças uma área verde ou jardim escolar

bem estruturado (FIGURA 41) e de grandes dimensões.O mesmo está alocado

junto a área de recreação das crianças, junto ao parquinho e ao espaço onde

elas praticam as atividade ao ar livre, não possui horta .

As plantas presentes no local (TABELA 6) ficam ao total alcance das

crianças e algumas são incorporadas as atividades desenvolvidas pelas

crianças junto às monitoras, como o hibisco – Hibiscus L. (FIGURA 42).

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Tabela 5. Plantas ornamentais encontradas nas limitações da instituição 4.

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR

Anacardiaceae Schinus terebinthifolius

Raddi

Aroeira

Blechnaceae Blechnum penna - marina Samambaia

Cactaceae Cereus melanurus

K.Schum

Cacto trepador

Crassulaceae Kalanchoe brasiliensis

Larrañaga

Saião

Fabaceae Caesalpinia pluviosa DC.

var. pluviosa

Sibipiruna

Fabaceae Cassia patellaria DC. ex

Collad.

Peninha

Fabaceae Leucaena leucocephala

(Lam.) de Wit

Leucena

Fabaceae Schizolobium parahyba

(Vell.) Blake

Guapuruvu

Geraniaceae Pelargonium hortorum L. Gerânio

Labiatae Plectranthus barbatus

Andr.

Falso – Boldo / Boldo

Laxmanniaceae Cordyline Comm. ex R.Br. Dracena vermelha

Malvaceae Hibuscus L. Hibisco

Sapindaceae Allophylus edulis var.

gracilis Radlk.

Fruto do pombo

Verbanaceae Lantana camara L. Camara de jardim

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FIGURA 42 – Hibiscus L. Instituição 4

Plantas com potencialidade de riscos que foram encontradas nesta

instituição são:o cacto trepador - Cereus melanurus K.Schum (FIGURA 43) que

apresenta espinhos; o camará de jardim – Lantana camara L. (FIGURA 44) que

possui potencialidade tóxica nos frutos verdes e folhas cuja potencialidade está

relacionada com substâncias como os triterpenos hepatotóxicos que causam

entre outros sintomas náuseas, diarréias e letargia (BARG, 2004).

FIGURA 43 – Cereus melanurus K.Schum instituição4 FIGURA 44 – Lantana camara L. instituição 4

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Espécies com efeito paisagístico também foram localizadas, sendo elas

a dracena vermelha - Cordyline Comm. ex R.Br. (FIGURA 45), a samambaia –

Blechnum penna – marina (FIGURA 46), o gerânio - Pelargonium hortorum L.

(FIGURA 47), a Kalandiva – Kalanchoe brasiliensis Larrañaga (FIGURA 48) e

outras plantas como a peninha - Cassia patellaria DC. ex Collad. (FIGURA 49)

e o falso boldo - Plectranthus barbatus Andr. (FIGURA 50) também estão

alocadas neste jardim escolar.

FIGURA 45 – Cordyline Comm. ex R.Br. instituição4 FIGURA 46 – Blechnum penna– marina instituição 4

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FIGURA 47 – Plectranthus barbatus Andr. FIGURA 48 – Kalanchoe brasiliensis Larrañaga

Instituição 4 instituição 4

FIGURA 49 – Cassia patellaria DC. ex Collad. Instituição 4 FIGURA 50 – Plectranthus barbatus Andr. instituição 4

Já a instituição 5 apresenta dois espaços com plantas (TABELA 7). O

primeiro onde as crianças têm livre acesso há poucas plantas as mesmas

estão dispostas em vasos altos, criando assim uma barreira para o acesso das

crianças. Esta foi à instituição onde encontramos o menor número de plantas

com potencialidade tóxica. O lírio-do-amazônas – Eucharis gandiflora

apresentava rasgos em suas folhas, possivelmente feitos pelas crianças que

arrancaram pedacinhos, já que a planta fica em um vaso no corredor

(FIGURAS 51 e 52). Ainda foi encontrado o abacateiro - Persea americana

(FIGURA 53) que possui frutos grandes, porém o mesmo está localizado em

um local onde as crianças não têm acesso, além do limoeiro com a presença

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50

de espinhos.

FIGURA 51 – Vaso de Eucharis gandiflora L. FIGURA 52 – Detalhes nas folhas do Eucharis gandiflora L.

no corredor instituição 5 instituição 5

FIGURA 52 – Detalhe do fruto do Persea americana Mill.

FONTE - http://meninosdecumbica.blogspot.com.br

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Tabela 6. Plantas encontradas na instituição 5.

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR

Amaryllidaceae Eucharis gandiflora L. Lírio-do-amazonas

Apiaceae Pimpinella anisum L. Erva doce

Caricaceae Carica papaya L. Mamão

Convolvulaceae Ipomoea batatas (L.) Lam. Batata doce

Lamiaceae Plectranthus barbatus

Andr.

Boldo

Laminaceae Ocimum basilicum L. Manjericão

Lauraceae Persea americana Mill. Abacate

Malvaceae Hibiscus L. Hibisco

Myrtaceae Psidium guajava L. Goiaba

Passifloraceae Turnera subulata Sm Flor do Guarujá

Poaceae Zoysia willd Grama esmeralda

Rosaceae Rosa wichuraiana L. Rosinha

Rosaceae Rubus fruticosus L. Amora

Rutaceae Citrus x limon (L.) Osbeck Limoeiro

As plantas encontradas na área acessível às crianças são: a flor do

Guarujá - Turnera subulata Sm (FIGURA 54), a rosinha – Rosa wichuraiana L.

(FIGURA 55) que está alocada em um vaso alto de cimento o que impede as

crianças de entrarem em contato com os acúleos, o hibisco – Hibiscus L.

(FIGURA 56) e a grama esmeralda - Zoysia willd.

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FIGURA 54 – Flor do Turnera subulata Sm FIGURA 55 –Rosa wichuraiana L. FIGURA 56 –Hibiscus L.

instituição 5 instituição 5 instituição 5

Na área não acessível às crianças (FIGURA 57) é onde se encontra o maior

numero de espécimes de plantas, como a erva-doce - Pimpinella anisum L.

(FIGURA 5), a Goiabeira - Psidium guajava L. (FIGURA 59), o mamoeiro -

Carica papaya L., a amoreira - Rubus fruticosus L., o boldo - Plectranthus

barbatus Andr., o abacate - Persea americana Mill, o limoeiro - Citrus x limon

(L.) Osbeck, a batata doce - Ipomoea batatas (L.) Lam. e o manjericão –

Ocimum basilicum L. (FIGURA 60).

FIGURA 57 – Vista panorâmica da área inacessível as crianças instituição 5

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FIGURA 58 – Pimpinella anisum L. FIGURA 59 – Psidium guajava L. FIGURA 60 – Ocimum basilicum L.

instituição 5 instituição 5 instituição 5

A instituição 5 apresenta a necessidade da substituição de apenas um

espécime, o lírio-do-amazônas - Eucharis gandiflora L., e / ou a realocação da

mesma já que está disposto em um vaso no corredor, pois as crianças são

muito pequenas e faz parte do desenvolvimento das mesmas a fase oral, onde

ela leva tudo que tem acesso a boca, aumentando o risco de intoxicações

pelas plantas tóxicas. As outras plantas que apresentam algum tipo de risco

para as crianças estão totalmente fora do alcance das mesmas. Já na

instituição 4 é importante substituir o camará de jardim – Lantana camara L.,

devido sua toxicidade, lembrando que o cambará apresenta odor agradável e

flores coloridas que chamam ainda mais atenção das crianças e ainda estão ao

livre acesso das crianças, pois assim como na instituição 5 as crianças estão

passando pela mesma fase de desenvolvimento. Os cactos trepadores podem

ser removidos, pois os mesmos estão propensos a cair e assim acidentar

alguma criança.

É de suma importância ressaltar que mesmo quando nos referimos ao

desenvolvimento de crianças que estão na creche, às plantas ornamentais

também aparecem como um material a ser utilizado a fim de auxiliar o

desenvolvimento. Os estudos de Costa e Costa (2007) mostram que as

crianças mesmo em idades menores são capazes de explorar a

heterogeneidade de cores que as plantas ornamentais trazem, não só nas

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flores, mas também nos galhos, folhas e tronco e relacionar isso com a

mudança das estações do ano, já que as flores e folhas mudam sua coloração

de acordo com a entrada de novas estações. Elas podem associar o conceito

sobre a passagem do tempo, podendo ser trabalhado a partir da observação do

desenvolvimento das plantas ao longo do ano, seja pela queda das folhas no

outono, ou pelo aparecimento das flores na primavera ou pelo simples

crescimento dela.

6.5. Questionário Diagnóstico

Foram entregues aos pais e responsáveis dos alunos 400 questionários,

distribuídos uniformemente, sendo 80 por instituição. Os mesmos foram

levados para a casa para serem respondidos, dado o prazo de 7 dias para a

devolução dos mesmos. Foram devolvidos 201 questionários respondidos.

A maior parte das crianças (63%) tem contato diário com plantas já que

na residência das mesmas há a presença de plantas ornamentais (GRÁFICO

1).

Gráfico 1. Presença de plantas nas residências – Itajubá /2017

Das 123 respostas positivas para a presença de plantas em casa, 76%

afirmam terem plantas ornamentais sem potenciais riscos a saúde, 24%

confirmam que suas plantas ornamentais apresentam algum tipo de risco,

61%

39%

Você tem planta em casa?

SIM NÃO

45%

55%

Você conhece alguma planta tóxica ?SIM NÃO

Gráfico 2. Conhecimento sobre plantas tóxicas – Itajubá / 2017

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sendo que 60% delas possui espinhos em sua extensão corpórea. Ainda 40%

toxicidade e frutos grandes sendo que a maioria delas não apresenta

potencialidade medicinal, portanto estão alocadas nestes ambientes somente

por sua beleza e potencialidade alimentar. Dados sobre intoxicações e os

sintomas acarretados a elas também são escassos, segundo Martins et al.,

(2005) necessário o desenvolvimento de sistemas de informação mais eficazes

a respeito das ocorrências das enfermidades causadas pelas intoxicações por

vegetais, tendo em vista que diagnosticar a intoxicação em crianças muito

pequenas é mais difícil, já que os sintomas de uma intoxicação por plantas é

muito parecido e facilmente confundido com doenças como viroses comuns as

crianças. Quando indagados quanto ao conhecimento de alguma planta

considerada tóxica (GRÁFICO 2), observamos a deficiência de conhecimento

que os populares apresentam em relação as plantas nocivas á saúde.

Há muita confusão quanto a definição de plantas tóxicas (GRÁFICO 3).

Nota-se alguns equívocos como com o cacto (nome científico) por exemplo que

não apresenta toxicidade e sim espinhos que podem causar acidentes; a

citronela – Cymbopogon citratus (DC.) Stapf, que é bastante utilizada como

repelente natural não possuindo agentes tóxicos aos homens. Das plantas

citadas, aquela com real potencialidade tóxica é a Dieffenbachia seguine (Jacq.)

Schott. Conhecida popularmente como comigo-ninguém-pode, tem se

mostrado como uma das principais plantas que causam intoxicações no Brasil

segundo Silva e Ushirobira (2010). A ingestão da Dieffenbachia seguine (Jacq.)

Schott causa dor imediata, edemas na língua e mucosa bucal, úlceras, vômitos,

disfagia, pode ainda causar lesões oculares como fotofobia, inchaço e dor

intensa dentre outros sintomas (CUMPSTON et al., 2003). Segundo Gardner

(1994), a sua ação tóxica é conhecida há muito tempo, documentos

comprovam tal afirmação mostrando relatos de que nazistas utilizavam o

Plantas citadas como tóxicas Mamona

Comigo ningém pode

Singônio

Bico de papagaio

Coroa de cristo

Maconha

Urtiga

Espada de São Jorge

Monstera

Copo de leite

Erva de rato

Citronela

CactoGráfico 3. Plantas citadas como tóxicas pelos pais ou responsáveis – Itajubá /2017

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extrato aquoso desta planta em presos de campos de concentração a fim de

esterilizá-los Além disso, relatos mostram que escravos jamaicanos eram

castigados pelos seus “senhores” com partes desta planta esfregadas em suas

bocas.

Cerca de 94%dos pais ou responsáveis dos alunos acreditam que faltam

informações sobre os riscos que as plantas podem trazer, corroborando com o

que constatou Oliveira et al., (2003) de que “atualmente os saberes sobre

plantas tóxicas não alcançam a população e nem mesmo os especialistas do

campo da saúde o suficiente de maneira a se evitar acidentes causados por

plantas ornamentais [...]”.

Ainda de acordo com os pais ou responsáveis dos alunos tais

informações podem ser veiculadas principalmente através das instituições de

ensino e imagens, textos e vídeos nas redes sociais.

6.6. Orientação e instrução

Com o intuito de orientar os professores e pais sobre o risco que

algumas plantas ornamentais podem trazer para os jardins escolares assim

como para a própria casa, foi elaborado um panfleto (APÊNDICE 2) com

definição e imagens de plantas com potencialidade de risco. O panfleto trás

ainda informações sobre cuidado que devemos ter em relação às plantas

ornamentais com potencialidade tóxica e sobre os procedimentos a serem

seguidos caso haja um acidente com as plantas. O panfleto foi entregue as

escolas e a fim de se orientar toda a comunidade escolar. O mesmo foi postado

nas redes sociais das instituições, assim a informação chegará a um número

maior de pessoas.

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os espaços verdes nas escolas são de extrema importância, trazendo a

sensação de conforto e aconchego. Esses ambientes são imprescindíveis para

que os alunos se desenvolvam melhor, assim como contribuem para suas

aplicações na construção de conhecimentos para os alunos.

Porém, plantas com potencialidade de risco são encontradas em quase

todos os ambientes, pois possuem alguma contribuição paisagística. A

substituição ou a retirada dessas plantas dos jardins escolares acaba por não

ser a melhor opção, é sim a solução mais prática, porém a menos eficaz, se

levarmos em consideração todas as contribuições que elas podem trazer para

os alunos. Deve-se evitar nos projetos paisagísticos escolares plantas com

esses potenciais de risco, mas caso isso ocorra a escola deve isolá-la e tentar

utilizá-la como ferramenta / material de estudo.

A escola deve preparar seu aluno para a vida, como um cidadão e

ensiná-lo e orientá-lo quanto aos riscos e manuseio de algumas espécies de

plantas. Facilitar à comunidade escolar informações a cerca de determinado

assunto é a melhor forma de prevenção, principalmente questões relacionadas

às plantas, algo que já faz parte da “natureza” humana.

Nota-se ainda que falta a divulgação de informações a respeito das

plantas nocivas a saúde. Deve-se ainda utilizar a influência da internet e das

redes sociais para a divulgação de textos, imagens e vídeos relacionados as

plantas ornamentais com potencialidade tóxica. Com a sensibilização da

população pode ser que haja um número muito menor de casos de acidentes

com plantas tóxicas.

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APÊNDICES

APÊNDICE I – QUESTIONÁRIO

QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO

Itajubá, Agosto de 2017.

As informações levantadas nesse questionário servirão como base para a pesquisa intitulada por “Plantas ornamentais em ambientes escolares: benefícios e riscos”.

1. Você tem plantas em casa?

( ) Sim ( ) Não

2. Você tem conhecimento sobre alguma espécie de planta considerada

tóxica?

( ) Sim ( ) Não Qual:

3. As plantas presentes em sua casa apresentam espinhos, toxidade ou

frutos grandes e pesados?

( ) Sim ( ) Não Se sim, qual : ( ) Espinhos ( ) Toxidade ( ) Frutos grandes e pesados

4. Você já soube de algum caso de criança intoxicada por planta?

( ) Sim ( ) Não

5. Você acha que falta informações sobre as plantas que possam trazer

risco a saúde?

( ) Sim ( ) Não

6. Como você gostaria de ter mais informações sobre plantas nocivas a

saúde? Pode marcar mais de um.

( ) Palestra na escola ( )Panfletos ( ) cartilha ( ) imagens e texto nas redes sociais

Agradecemos sua colaboração

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APÊNDICE II – PANFLETO