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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL FLAVIA DA CONCEIÇÃO PINTO FERTILIDADE DO SOLO E PARTIÇÃO DE NUTRIENTES EM CACAUEIROS ILHÉUS BAHIA 2013

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL

FLAVIA DA CONCEIÇÃO PINTO

FERTILIDADE DO SOLO E PARTIÇÃO DE NUTRIENTES EM

CACAUEIROS

ILHÉUS – BAHIA

2013

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FLAVIA DA CONCEIÇÃO PINTO

FERTILIDADE DO SOLO E PARTIÇÃO DE NUTRIENTES EM

CACAUEIROS

ILHÉUS – BAHIA

2013

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação

em Produção Vegetal da Universidade Estadual de Santa

Cruz para obtenção do título de mestre em Produção

Vegetal.

Área de concentração: Solos e Nutrição de Plantas em

Ambiente Tropical Úmido.

ORIENTADOR: Prof. Dr. José Olimpio Souza Júnior

CO-ORIENTADORES: Prof. Dr. Arlicélio de Queiroz Paiva

Prof. Dr. Raildo Mota de Jesus

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DEDICATÓRIA

Dedico aos meus pais, parentes e amigos que sempre torceram e torcem por mim

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AGRADECIMENTOS

A Deus por está sempre presente em minha vida e realizando todos meus

sonhos.

À minha mãe pelo amor, carinho e confiança, ao meu pai pelo apoio.

Ao meu orientador José Olimpio pela paciência, incentivo e confiança.

Aos meus co-orientadores Arlicélio Paiva pela atenção e carinho, e a Raildo

Mota pelo incentivo.

Aos meus familiares que compreenderam a distância.

Aos meus amigos que compreenderam a distância e estiveram sempre em

oração e torcendo por mim: D. Benedita, Marcela, Mile, Danik, Catiane, Zinha,

Jackson, Karol, Lui, Gustavo.

Aos amigos presentes aqui em Itabuna que me deram força e coragem pra

continuar nessa jornada: Lica, Cris, Mariana, Viviane, Joedson, Ligia e Suzam.

Ao meu companheiro de casa e amigo de todas as horas Léo Dias. E a mais

nova companheira e amiga de longas datas Cristiane.

Aos amigos que fiz durante esses dois anos, minha turminha de laboratório:

Verônica, Leoberto, Mariana, Patrícia, Carol, Caique, Jaci, Felipe (Sertão) e Victor.

A minha turma da Produção Vegetal em especial a meu anjo sem asa

Luciano, Walter, Mateus, Viviane, Priscila, Alayana, Martyele, Bruno, Murilo e

Gabriel.

As minhas irmãzinhas de pesquisa pelo apoio e mão de obra Tayla e Nairane.

Aos amigos técnicos Pablo, Gerson e Givaldo pelo trabalho, colaboração e

responsabilidade.

Aos professores Eduardo Gross e George Sodré.

A Terezinha e família pelo acolhimento e carinho em sua residência durante

as coletas.

Ao amigo Milton e família pela colaboração e disponibilidade.

A amiga Bia e Andressa pelo apoio.

Ao Departamento de Ciências Agrárias pela agilidade, competência aos

pedidos de viagem em especial, a professora Agna, e as amigas Silvana, Alana,

Fernanda, Sabrina e o amigo Jackson.

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Aos orientados do professor Raildo, por estar sempre à disposição: Madson,

Anderson e Lucas.

Ao setor de transporte em especial aos amigos que fiz: Santiago, Franco,

Renato, Valtoni, Daniel e Joelma.

Ao programa de pós Graduação em Produção vegetal.

À secretaria Caroline Tavares por sua eficiência e responsabilidade.

Aos produtores rurais que colaboraram com a realização deste trabalho:

Antonio Souza (Fazendas Bom Futuro e Jacarandá), Celso Santana (Faz. Ubirajara),

Euvaldo Filho (Conjunto Nossa Senhora de Fátima), Francisco Barbosa (Faz. Bela

Floresta), Gilson Silva (Faz. Moeda), João Tavares (Faz. Leolinda), José Carlos

Assis (Faz. Nova Vida), José Mendonça (Faz. Oceania), José Oliveira Filho (Faz.

Santo Antônio), Marcos Aurélio Almeida (Fazendas Canaã e São José), Milton dos

Santos (Faz. Deus que me deu), Pedro Antônio Mello (Fazendas Reunidas São

Rafael), Pedro Caetano (Faz. Lajedo do Ouro), Roberto Vieira (Fazendas São

Domingos, São Domingos II e São Domingos IV), Terezinha Souza (Faz. Sucuriú) e

Walter Serra (Faz. Bom Retiro).

Ao Centro de Microscopia Eletrônica em especial: Dona Jaci, José, Lane,

Taíse e o professor Pedro.

Ao professor Carlos Ledo da Embrapa Mandioca e Fruticultura.

Aos funcionários da Gerlab e aos funcionários da limpeza.

Ao pessoal da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac):

Gildeci, Márcia, Carlaile e Izabel.

À Universidade Estadual de Santa Cruz.

À CAPES pela concessão da bolsa de estudo.

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LISTA DE SIGLAS

Al3+ Alumínio

Ar_0,1 Areia na camada de 0-10 cm

Ar_0,3 Areia na camada de 10-30 cm

Arg_0,1 Argila na camada de 0-10 cm

Arg_0,3 Argila na camada de 10-30 cm

Ca Cálcio

CAm Conteúdo na amêndoa

CCa Conteúdo na casca

CCa-am Conteúdo de cálcio na amêndoa

CCa-casca Conteúdo de cálcio na casca

CCa-cot Conteúdo de cálcio no cotilédone

CCa-folha Conteúdo de cálcio na folha

CCa-fr Conteúdo de cálcio no fruto

CCa-teg Conteúdo de cálcio no tegumento

CCo Conteúdo no cotilédone

CCu-am Conteúdo de cobre na amêndoa

CCu-casca Conteúdo de cobre na casca

CCu-cot Contudo de cobre no cotilédone

CCu-folha Conteúdo de cobre na folha

CCu-fr Conteúdo de cobre no fruto

CCu-teg Conteúdo de cobre no tegumento

CFe-am Conteúdo de ferro na amêndoa

CFe-casca Conteúdo de ferro na casca

CFe-cot Conteúdo de ferro no cotilédone

CFe-folha Conteúdo de ferro na folha

CFe-fr Conteúdo de ferro no fruto

CFe-teg Conteúdo de ferro no tegumento

CFo Conteúdo na folha

CFr Conteúdo no fruto

CK-am Conteúdo de potássio na amêndoa

CK-casca Conteúdo de potássio na casca

CK-cot Conteúdo de potássio no cotilédone

CK-folha Conteúdo de potássio na folha

CK-fr Conteúdo de potássio no fruto

CK-teg Conteúdo de potássio no tegumento

CMg-am Conteúdo de magnésio na amêndoa

CMg-casca Conteúdo de magnésio na casca

CMg-cot Contudo de magnésio no cotilédone

CMg-folha Conteúdo de magnésio na folha

CMg-fr Conteúdo de magnésio no fruto

CMg-teg Conteúdo de magnésio no tegumento

CMn-am Conteúdo de manganês na amêndoa

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CMn-casca Conteúdo de manganês na casca

CMn-cot Conteúdo de manganês no cotilédone

CMn-folha Conteúdo de manganês na folha

CMn-fr Conteúdo de manganês no fruto

CMn-teg Conteúdo de manganês no tegumento

CP-am Conteúdo de fósforo na amêndoa

CP-casca Conteúdo de fósforo na casca

CP-cot Conteúdo de fósforo no cotilédone

CP-folha Conteúdo de fósforo na folha

CP-fr Conteúdo de fósforo no fruto

CP-teg Conteúdo de fósforo no tegumento

CTe Conteúdo no tegumento

Cu Cobre

CZn-am Conteúdo de zinco na amêndoa

CZn-casca Conteúdo de zinco na casca

CZn-cot Conteúdo de zinco no cotilédone

CZn-folha Conteúdo de zinco na folha

CZn-fr Conteúdo de zinco no fruto

CZn-teg Conteúdo de zinco no tegumento

Dp_0,1 Densidade de partícula na camada de 0-10 cm

Dp_0,3 Densidade de partícula na camada de 10-30 cm

Ds_0,1 Densidade do solo na camada de 0-10 cm

Ds_0,3 Densidade do solo na camada de 10-30 cm

Fe Ferro

K Potássio

Ma_0,1 Macroporosidade na camada de 0-10 cm

Ma_0,3 Macroporosidade na camada de 10-30 cm

Mg Magnésio

Mi_0,1 Microporosidade na camada de 0-10 cm

Mi_0,3 Microporosidade na camada de 10-30 cm

Mn Manganês

MO Matéria orgânica

MSC Massa seca da casca

MSCO Massa seca dos cotilédones por fruto

MSF Massa seca das folhas

MSAm Massa seca das amêndoas por fruto

MST Massa seca do tegumento por fruto

Na Sódio

NFt No frutos por tonelada

NMAm No médio de amêndoas por fruto

P Fósforo

P-rem Fósforo remanescente

Pt_0,1 Porosidade total na camada de 0-10 cm

Pt_0,3 Porosidade total na camada de 10-30 cm

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RP_0,1 Resistência a penetração na camada de 0-10 cm

RP_0,3 Resistência a penetração na camada de 10-30 cm

Sil_0,1 Silte na camada de 0-10 cm

Sil_0,3 Silte na camada de 10-30 cm

TCa Teor na casca

TCa-casca Teor de cálcio na casca

TCa-cot Teor de cálcio no cotilédone

TCa-folha Teor de cálcio na folha

TCa-teg Teor de cálcio no tegumento

TCo Teor no cotilédone

TCu-casca Teor de cobre na casca

TCu-cot Teor de cobre no cotilédone

TCu-folha Teor de cobre na folha

TCu-teg Teor de cobre no tegumento

TFe-casca Teor de ferro na casca

TFe-cot Teor de ferro no cotilédone

TFe-folha Teor de ferro na folha

TFe-teg Teor de ferro no tegumento

TFo Teor na folha

TK-casca Teor de potássio na casca

TK-cot Teor de potássio no cotilédone

TK-folha Teor de potássio na folha

TK-teg Teor de potássio no tegumento

TMg-casca Teor de magnésio na casca

TMg-cot Teor de magnésio no cotilédone

TMg-folha Teor de magnésio na folha

TMg-teg Teor de magnésio no tegumento

TMn-casca Teor de manganês na casca

TMn-cot Teor de manganês no cotilédone

TMn-folha Ter de manganês na folha

TMn-teg Teor de manganês no tegumento

TP-casca Teor de fósforo na casca

TP-cot Teor de fósforo no cotilédone

TP-folha Teor de fósforo na folha

TP-teg Teor de fósforo no tegumento

TSo Teor no solo

TTe Teor no tegumento

TZn-casca Teor de zinco

TZn-cot Teor de zinco no cotilédone

TZn-folha Teor de zinco na folha

TZn-teg Teor de zinco no tegumento

Ug_0,1 Umidade do solo na camada de 0-10 cm

Ug_0,3 Umidade do solo na camada de 10-30 cm

Zn Zinco

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LISTA DE TABELAS

Capítulo 1 Tabela 1 Caracterização climática das zonas úmida e úmida a

subúmida do sul da Bahia 37

Tabela 2 Relação dos municípios do sul da Bahia onde estão localizadas as propriedades rurais selecionadas para este estudo

37

Tabela 3 Análise descritiva para as variáveis biométricas na região cacaueira da Bahia

42

Tabela 4 Análise descritiva para as variáveis de atributos químicos do solo na região cacaueira da Bahia (p = 10 cm)

43

Tabela 5 Análise descritiva de atributos físicos do solo para zona subúmida + úmida da região cacaueira da Bahia

46

Tabela 6 Análise descritiva de atributos físicos do solo para zona subúmida da região cacaueira da Bahia

47

Tabela 7 Análise descritiva de atributos físicos do solo para zona úmida da região cacaueira da Bahia

48

Tabela 8 Análise descritiva do teor e do conteúdo de P, K, Ca, Mg na folha para região cacaueira da Bahia

50

Tabela 9 Análise descritiva do teor e do conteúdo de P, K, Ca, Mg na casca para região cacaueira da Bahia

51

Tabela 10 Análise descritiva do teor e do conteúdo de P, K, Ca, Mg no cotilédone para região cacaueira da Bahia

54

Tabela 11 Análise descritiva do teor e do conteúdo de P, K, Ca, Mg no tegumento para região cacaueira da Bahia

55

Tabela 12 Análise descritiva do teor e do conteúdo de P, K, Ca, Mg na amêndoa e fruto de cacau para região cacaueira da Bahia

56

Tabela 13 Análise descritiva para exportação pela amêndoa, pela casca e fruto do cacaueiro, para a zonas subúmida e úmida do sul da Bahia

57

Tabela 14 Análise descritiva para exportação pela amêndoa, pela casca e fruto do cacaueiro, para a zona subúmida do sul da Bahia

57

Tabela 15 Análise descritiva para exportação pela amêndoa, pela casca e fruto do cacaueiro, para a zona úmida do sul da Bahia

58

Tabela 16 Coeficientes de correlação linear de Pearson entre os teores (T) e conteúdos (C) de P extraídos das cascas (Ca), dos tegumentos (Te), dos cotilédones (Co), dos solos (So), das amêndoas (Am), dos frutos (Fr) e das folhas (Fo) de cacaueiro

60

Tabela 17 Coeficientes de correlação linear de Pearson entre os teores (T) e conteúdos (C) de K extraídos das cascas (Ca), dos tegumentos (Te), dos cotilédones (Co), dos solos (So), das amêndoas (Am), dos frutos (Fr) e das folhas (Fo) de cacaueiro

61

Tabela 18

Coeficientes de correlação linear de Pearson entre os teores (T) e conteúdos (C) de Ca extraídos das cascas (Ca), dos

62

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tegumentos (Te), dos cotilédones (Co), dos solos (So), das amêndoas (Am), dos frutos (Fr) e das folhas (Fo) de cacaueiro

Tabela 19 Coeficientes de correlação linear de Pearson entre os teores (T) e conteúdos (C) de Mg extraídos das cascas (Ca), dos tegumentos (Te), dos cotilédones (Co), dos solos (So), das amêndoas (Am), dos frutos (Fr) e das folhas (Fo) de cacaueiro

64

Capítulo 2 Tabela 1 Caracterização climática das zonas úmida e úmida a

subúmida do sul da Bahia 74

Tabela 2 Relação dos Municípios do sul da Bahia onde estão localizadas as propriedades rurais selecionadas para este estudo

74

Tabela 20 Valores mínimos, máximos, médios, medianos, coeficiente de variação (CV) e teste de normalidade para as variáveis de atributos químicos do solo (p = 10 cm)

78

Tabela 21 Valores mínimos, máximos, médios, medianos, coeficiente de variação (CV) e teste de normalidade para as variáveis: teor e conteúdo de Cu, Fe, Mn e Zn na folha

79

Tabela 22 Valores mínimos, máximos, médios, medianos, coeficiente de variação (CV) e teste de normalidade para as variáveis: teor e conteúdo de Cu, Fe, Mn e Zn na casca

80

Tabela 23 Valores mínimos, máximos, médios, medianos, coeficiente de variação (CV) e teste de normalidade para as variáveis: teor e conteúdo de Cu, Fe, Mn e Zn no cotilédone

81

Tabela 24 Valores mínimos, máximos, médios, medianos, coeficiente de variação (CV) e teste de normalidade para as variáveis: teor e conteúdo de Cu, Fe, Mn e Zn no tegumento

83

Tabela 25 Valores mínimos, máximos, médios, medianos, coeficiente de variação (CV) e teste de normalidade para a variável: Conteúdo de Cu, Fe, Mn e Zn na amêndoa e no fruto

84

Tabela 26 Valores mínimos, máximos, médios, medianos, coeficiente de variação (CV) e teste de normalidade para as variáveis: exportação pela amêndoa, pela casca e fruto do cacaueiro, para zona subúmida + úmida

85

Tabela 27 Valores mínimos, máximos, médios, medianos, coeficiente de variação (CV) e teste de normalidade para as variáveis: exportação pela amêndoa, pela casca e fruto do cacaueiro, para zona subúmida

85

Tabela 28 Valores mínimos, máximos, médios, medianos, coeficiente de variação (CV) e teste de normalidade para as variáveis: exportação pela amêndoa, pela casca e fruto do cacaueiro, para zona úmida

86

Tabela 29 Coeficientes de correlação linear de Pearson entre os teores (T) e conteúdos (C) de manganês extraídos das cascas (Ca), dos tegumentos (Te), dos cotilédones (Co), dos solos

89

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(So), das amêndoas (Am), dos frutos (Fr) e das folhas (Fo) de cacaueiro

Tabela 30 Coeficientes de correlação linear de Pearson entre os teores (T) e conteúdos (C) de zinco extraídos das cascas (Ca), dos tegumentos (Te), dos cotilédones (Co), dos solos (So), das amêndoas (Am), dos frutos (Fr) e das folhas (Fo) de cacaueiro

90

Tabela 31 Coeficientes de correlação linear de Pearson entre os teores (T) e conteúdos (C) de cobre extraídos das cascas (Ca), dos tegumentos (Te), dos cotilédones (Co), dos solos (So), das amêndoas (Am), dos frutos (Fr) e das folhas (Fo) de cacaueiro

91

Tabela 32 Coeficientes de correlação linear de Pearson entre os teores (T) e conteúdos (C) de ferro extraídos das cascas (Ca), dos tegumentos (Te), dos cotilédones (Co), dos solos (So), das amêndoas (Am), dos frutos (Fr) e das folhas (Fo) de cacaueiro

92

Apêndice Apêndice A Características granulométricas em 80 áreas distintas e

duas profundidades 98

Apêndice B Porosidade total, microporosidade, macroporosidade, densidade de partícula e densidade de 80 solos distintos

100

Apêndice C Resistência à penetração de 80 solos distintos 102

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SUMÁRIO

RESUMO xii

ABSTRACT xiii

1 Introdução 17

2 Revisão de literatura 19

2.1 O cacaueiro 19

2.1.1 Nutrientes minerais 20

2.1.2 Atributos físicos e químicos do solo 23

2.1.3 Referências Bibliográficas 26

3 Capitulo 1 – Fertilidade do solo e partição de macronutrientes em

cacaueiros

32

3.1 Introdução 35

3.2 Material e Métodos 36

3.3 Resultados e Discussão 40

3.4 Conclusões 65

3.5 Referências Bibliográficas 66

4 Capitulo 2 - Fertilidade do solo e partição de micronutrientes em cacaueiros

70

4.1 Introdução 72

4.2 Material e Métodos 73

4.3 Resultados e Discussão 75

4.4 Conclusões 93

4.5 Referências Bibliográficas 94

Apêndice 97

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FERTILIDADE DO SOLO E PARTIÇÃO DE NUTRIENTES EM

CACAUEIROS

RESUMO GERAL

A forte expansão da demanda dos consumidores brasileiros por chocolates e outros produtos contendo cacau elevou o consumo doméstico do País em 2010 para 186,5 mil toneladas. O solo é a fonte natural de nutrientes para os vegetais e é complementado pelos adubos orgânicos e inorgânicos, pela fixação simbiótica de nitrogênio e pela ciclagem natural de nutrientes. A planta tem sua produtividade definida pela quantidade de nutrientes extraída do solo em todo seu ciclo. Parte desses elementos a planta estoca, parte recicla com a queda de folhas e outra parte vai para os frutos. Do cacaueiro, a amêndoa é o principal produto comercializado, que após sua fermentação e secagem é matéria prima para a produção do chocolate; da amêndoa do cacaueiro extrai-se também a manteiga, bastante utilizada para fins farmacêuticos e cosméticos, doces e massas. A casca do fruto do cacaueiro é gerador de grande quantidade de resíduo, por isso, é muitas vezes usada como fertilizante orgânico. A amêndoa é envolvida por um tegumento, que é um subproduto industrial para obtenção do líquor (matéria-prima do chocolate); este resíduo é utilizado para queima em caldeiras ou descartado pela indústria. As folhas representam em média cerca de 15,7 % da biomassa total de cacaueiros para plantas adultas, que juntamente com as cascas do fruto ficam no campo. As folhas, que caem naturalmente ou por meio das podas, são distribuídas de maneira uniforme no campo; enquanto as cascas dos frutos, que após sua quebra para retirada das sementes, são geralmente dispostas concentradamente no campo, formando as “rumas” ou “casqueiros”. O objetivo geral deste trabalho foi quantificar nutrientes minerais na folha e fruto (casca e amêndoas: cotilédone e tegumento) do cacaueiro e correlacioná-las com a disponibilidade dos mesmos no solo em lavouras comerciais. A área de estudo abrange duas zonas climáticas, úmida e úmida a subúmida, da região cacaueira da Bahia. Foram selecionadas dez propriedades rurais, em cada zona, sendo que em cada propriedade foram quatro plantas (clone PH16) com idade superior a seis anos em situações topográficas e edáficas distintas. Foram coletadas oito folhas sadias e quatro frutos maduros de cada planta, para determinação de P, K, Ca, Mg, Cu, Fe, Zn e Mn. Para análise química foram coletadas 12 amostras simples de solo para formar uma composta, num raio de 1,5 a 2,0 m do caule, na camada de 0-0,10 m, foram determinados: pH em CaCl2, fósforo remanescente (P-rem) e matéria orgânica; P, K, Na, Zn, Fe, Mn e Cu, extraídos por Mehlich-1 e Ca, Mg e Al, extraídos por KCl. Para as análises físicas, coletaram-se amostras deformadas e indeformadas nas camadas de 0-0,10 e 0,10-0,30 m, onde foram determinadas: análise granulométrica, densidade de partículas, densidade do solo, macroporosidade e microporosidade, porosidade total e resistência do solo à penetração. Foram realizadas estatísticas descritivas, teste de normalidade de Shapiro-Wilks e análise de correlação de Pearson, utilizando o procedimento CORR do SAS. Houve grande variação nos teores disponíveis dos nutrientes nos solos estudados, bem como nos teores e nos conteúdos dos mesmos nas folhas e nos compartimentos do fruto. As correlações entre nutrientes no solo, nas folhas e nos compartimentos do fruto variaram de acordo com o nutriente e a

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região, sendo que de modo geral houve boas correlações entre os conteúdos dos nutrientes nos compartimentos do fruto, independente da região. O Mn foi o micronutriente que mais se acumulou nas folhas e nos compartimentos do fruto (casca, tegumento e cotilédone), independe da zona climática, consequentemente foi o mais exportado. Os teores e os conteúdos dos micronutrientes nos compartimentos do fruto foram, em média, maiores na região subúmida em relação à região úmida. Os teores dos micronutrientes no tegumento e na casca foram muito superiores aos encontrados no cotilédone. Palavras-chave: Theobroma cacao, nutrição de plantas, composição mineral de

frutos e folhas, exportação de nutrientes, disponibilidade de nutrientes no solo.

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SOIL FERTILITY AND NUTRIENT PARTITIONING IN CACAO TREES

GENERAL ABSTRACT

The strong expansion of consumer demand for Brazilian chocolates and other

products containing cocoa increased domestic consumption in the country in 2010 to

186 500 tonnes. From the cacao seed the main product is sold after its fermentation

and drying. Chocolate is then produced. Butter is also extracted. It is widely used in

the production of pharmaceutical, cosmetics, sweets and pasta goods. The bark of

the cacao tree generates large amounts of waste, often used in producing compost.

The bean is surrounded by a husk used as a byproduct for obtaining CSF (raw

chocolate), and disposal of this waste is rejected by industry or used for burning in

boilers or even as animal fodder. The leaves represent on average about 15.7% of

the total biomass of cacao for adult plants, which along with the peel of the fruit are

left over the field. The leaves are uniformly distributed in the field and after breaking

the fruit and removal of seeds thereof, the shells are arranged in a concentrated

fashion on the field, forming the rumas or casqueiros (heaps or piles) that can be

buried in order to reduce inoculum of pathogenic fungi or spread on the surface of

the soil. Soil is the natural source for nutrients for plants and is complemented by

organic and inorganic fertilizers, the symbiotic nitrogen fixation and the natural

cycling of nutrients. The plant productivity is defined as the quantity of nutrients

extracted from the ground throughout its cycle. Some of these elements are stored

by the plant, some are recycled by falling leaves and the other part goes to the fruits.

The aim of this study is to quantify mineral nutrients in leaves and fruit (peel and

seed - cotyledon and testa -) of cacao and to correlate them with their availability in

the soil in commercial fields. The study area covers two climatic zones humid and

sub-humid of Bahia's cocoa region. Ten farms have been selected in each area. On

each farm, four plants (clone PH16) over the age of six years were considered in

distinct topographic and edaphic situations. Eight healthy leaves and four ripe fruits

from each plant were collected to determine P, K, Ca, Mg, Cu, Fe, Zn and Mn.12

simple samples were collected for chemical analysis to form a composite within a

radius of 1.5 to 2.0 m from the stem at the 0-0.10 m layer. Findings were, pH (CaCl

2), P, K, Na, Zn, Fe, Mn, Cu and P-rem (remaining phosphorus). Those were

extracted by Mehlich-1 and Ca, while Mg and Al were extracted by KCl.The organic

matter content was determined by the Walkley-Black method. As for the physical

analyses, deformed and undeformed samples were collected from layers of 0-0.10

and 0.10-0.30 m. Particle size analysis, particle density, bulk density, macroporosity

and microporosity, total porosity and resistance to penetration were determined.

Descriptive statistics, Shapiro-Wilks normality test and Pearson correlation analysis

have been carried out using the SAS CORR procedure. There was wide variation in

the levels of available nutrients in the soils, as well as the nutrients levels and the

contents in leaves and in the fruit compartments. The correlations between nutrients

in the soil, leaves and fruit compartments have varied according to the nutrient and

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the region, and in general there was good correlation between the content of

nutrients in the fruit compartments, regardless of region. The Mn was the

micronutrient that most has accumulated in the leaves and fruit compartments (peel,

seed coat and cotyledon), independent of climate zone, consequently was the most

exported. The levels and contents of micronutrients in the compartments of the fruit

were on average higher in the sub-humid region in relation to the humid region. The

levels of micronutrients in the tegument and peel were much higher than those found

in the cotyledon.

Keywords: Theobroma cacao, plant nutrition, mineral composition of fruits and

leaves, export of nutrients, nutrient availability in the soil.

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1. INTRODUÇÃO

O cacaueiro adaptou-se completamente ao clima e aos solos do sul da Bahia,

tornando o seu cultivo um grande pilar no desenvolvimento de muitas famílias de

cacauicultores, promovendo a prosperidade da região de Ilhéus, e

consequentemente colaborando para o desenvolvimento da região (CUENCA et al.,

2004).

A forte expansão da demanda dos consumidores brasileiros por chocolate e

outros produtos contendo cacau elevou o consumo doméstico do País em 2010 para

186,5 mil toneladas (SEAGRI, 2011). Atualmente o maior produtor mundial de cacau

é a Costa do Marfim, responsável por 33,6 % da produção, o que corresponde a

1.325 mil toneladas, sendo o Brasil o sexto produtor com 4,8 % (190 mil toneladas)

(MIDLEJ, 2011).

Do cacaueiro, a semente é o principal produto comercializado; após sua

fermentação e secagem passa a se denominar amêndoa, da qual se produz o

chocolate; extrai-se também a manteiga, bastante utilizada para fins farmacêuticos e

cosméticos, doces e massas. Do fruto do cacau também, retira-se a polpa que é rica

em açúcares e é usada para fabricar geléia, licor, vinho, vinagre e suco (FURLAN et

al., 2003).

Do fruto do cacaueiro, a casca é gerador de grande quantidade de resíduo,

podendo ser usada como alimento animal ou adubo orgânico. Por sua fez, sua

amêndoa é o principal produto comercial; sendo o tegumento da mesma um

subproduto industrial de sua moagem, enquanto o cotilédone é utilizado para

fabricação do líquor (matéria-prima do chocolate); este resíduo industrial é utilizado

para queima em caldeiras ou até mesmo como alimentação animal (SODRÉ, 2013).

As folhas representam em média 15,7 % da biomassa total da planta adulta

do cacaueiro que juntamente com as cascas do fruto ficam no campo. As folhas são

distribuídas de maneira uniforme no campo. Após a quebra do fruto e retirada das

sementes, as cascas são geralmente dispostas concentradamente no campo,

formando as “rumas” ou “casqueiros” que podem ser enterrados com finalidade de

reduzir os inóculos de fungos fitopatogênicos ou espalhadas na superfície do solo

(SILVA NETO, 2001).

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O solo é a fonte natural de nutrientes para os vegetais e é complementado

pelos adubos orgânicos e minerais, pela fixação simbiótica de nitrogênio e pela

ciclagem natural de nutrientes. Quando o solo não consegue suprir a exigência

nutricional dos vegetais, há necessidade do uso de fertilizantes para se aumentar a

produtividade (BOARETO; LAVRES JÚNIOR, 2012). As plantas crescem de acordo

com os elementos encontrados no solo, sendo que as necessidades por elementos

minerais mudam ao longo do crescimento e desenvolvimento de uma planta (TAIZ;

ZEIGER, 2013). Baixa disponibilidade de nutrientes no solo é um fator que limita a

produtividade das culturas, especialmente, se estes não forem repostos. Assim, é

essencial boa disponibilidade de nutrientes para as plantas, sendo esse o caminho

mais rápido para aumentar a produtividade dos cacaueiros (ALMEIDA et al., 2003).

A planta tem sua produtividade definida pela quantidade de nutrientes

extraída do solo em todo seu ciclo. Parte desses elementos a planta estoca, parte

recicla com a queda de folhas e outra parte vai para os frutos. Nesse sentido,

estudar e avaliar a composição mineral dos frutos e a quantidade de nutrientes que

é removido são peças fundamentais para a recomendação de adubação

(MALAVOLTA et al., 1997).

As plantas têm como exigência os macronutrientes minerais: nitrogênio (N),

fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S); e os

micronutrientes: boro (B), cobre (Cu), cloro (Cl), ferro (Fe), manganês (Mn), níquel

(Ni), molibdênio (Mo) e zinco (Zn). As quantidades de nutrientes requeridas para

alcançar uma colheita máxima diferem de uma cultura para outra. Desta maneira, é

importante saber as quantidades dos nutrientes absorvidas, exportadas na colheita e

remanescente nos restos de cultura, que podem retornar ao solo (LOPES;

GUILHERME, 2007). O cacaueiro se desenvolve em solos de níveis de fertilidade

diversos, entretanto é uma cultura mais exigente nutricionalmente, requerendo solos

com níveis de média a alta fertilidade para alcançar melhores produtividades

(BARBOSA, 2001).

A composição mineral das folhas do cacaueiro depende das condições de

fertilidade do solo e do clima, além da variedade, sombreamento, período do ano,

estágio fisiológico da planta, presença de lançamentos, entre outros (SOUZA

JUNIOR et al., 2012).

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A análise de solo é utilizada como instrumento de recomendação de doses de

micronutrientes e macronutrientes capazes de promover retorno econômico ao

produtor (CHEPOTE et al., 2005). Trata-se de uma das técnicas mais utilizadas para

nutrição mineral da planta, além de estabelecer boas correlações com o grau de

fertilidade do solo (SANTANA, 1979). Considerando que as folhas são o principal

órgão de transformações metabólicas e que refletem melhor o estado nutricional da

planta, a diagnose foliar do cacaueiro é feita pela coleta da 3ª folha a partir do ápice

de um lançamento recém amadurecido, na meia altura da copa da planta

(CHEPOTE et al. 2005; SOUZA JÚNIOR et al., 2012).

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. O cacaueiro

O cacaueiro é uma planta da família Malvaceae do gênero Theobroma, nativa

de florestas quentes e úmidas tendo como centros de difusão a América Central e o

norte da América do Sul, na bacia amazônica. Recentemente a espécie Theobroma

cacao, que pertencia anteriormente à família Sterculiaceae, foi reclassificado e

inserido na família Malvaceae (SOUNIGO et al., 2003).

Desde a antiguidade os povos (Astecas e Maias) aproveitavam a polpa do

cacau para o preparo de sucos, e as sementes torradas, moídas e misturadas à

farinha de milho para ser usada como pasta comestível, que desidratada poderia ser

armazenada para uso posterior, como bebida quente, aromatizada com especiarias,

muito apreciada até os dias atuais (CUENCA et al., 2004).

Na década de 90 as condições climáticas desfavoráveis e o surgimento da

doença vassoura-de-bruxa (Moniliophthora perniciosa (Stahel)) no Estado da Bahia

declinaram a produção brasileira em dez anos de 384 mil toneladas para 123 mil

toneladas. Depois desse período seguiram numa oscilação indefinida e determinada

pelas instabilidades climáticas, sem mostrar uma tendência evidente de recuperação

(ZUGAIB, 2011). Nesta situação, o Brasil foi obrigado a importar cacau em

amêndoas abastecendo a indústria e resguardando os empregos dos funcionários

existentes no parque industrial do cacau em Ilhéus – BA e no ano de 1993, houve

sua primeira importação significativa, 2.171 toneladas de cacau em amêndoas

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refletindo na existência de déficits no mercado interno que têm sido supridos com

importações de cacau (ZUGAIB, 2008).

2.1.1 Nutrientes minerais

A partir do CO2 atmosférico e da água presente no solo é adquirido o carbono,

oxigênio e hidrogênio (94-97%), e incorporado pela fotossíntese na planta e os

demais nutrientes (6-3%), sendo estes classificados como Nutrientes Minerais, pois

são oriundos dos minerais do solo (PERES, 2013).

O solo é o ambiente básico para o desenvolvimento das plantas, trata-se de

uma camada de material biologicamente ativa, oriundo de modificações complexas

desde o intemperismo de rochas e minerais, ciclagem e produção de nutrientes a

alteração de biomassa (LOPES; GUIMARÃES, 2007). Porém, segundo Primavesi

(2008), o simples fato de haver nutriente no solo não o faz produzir; para tanto é

necessário que o sistema água-solo-planta encontre-se em equilíbrio, havendo

absorção e metabolização dos nutrientes pelas plantas; a água atuando como

solvente; o oxigênio ativando a absorção dos nutrientes pelas plantas e a

distribuição das raízes para a planta crescer e desenvolver-se.

Os nutrientes são armazenados nas plantas, quando voltam ao solo por meio

da ciclagem, participam de um processo dinâmico chamado de ciclagem

biogeoquímica de nutrientes. Estes fazem parte de um ciclo onde são liberados

através da decomposição no solo, absorvidos pelas raízes das plantas, e utilizados

para seu crescimento e desenvolvimento (VACCARO et al. 2004).

A vegetação apresenta-se como a maior responsável pela deposição de

materiais orgânicos no solo, a qualidade e a quantidade destes no solo dependem

do tipo de material depositado e das condições ambientais (MOREIRA; SIQUEIRA,

2002). Dá-se o nome de serapilheira à camada constituída por detritos vegetais

presente na superfície do solo e, segundo Carpi Júnior (2001), fazem parte as

folhas, caules, ramos, frutos, flores e outras partes da vegetação, bem como restos

da macro e micro fauna e material fecal (GOLLEY et al., 1978).

A ciclagem de nutrientes é a liberação e transferência dos nutrientes

presentes na serapilheira para o solo, aportados, em especial, pela adição do

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material vegetal caído no solo que compõe o material a ser decomposto (GAMA-

RODRIGUES, 1997).

Em lavouras cacaueiras os macronutrientes Ca, Mg e S apresentam menos

deficientes em relação ao N, P e K. As deficiências de Ca e/ou Mg são

caracterizadas em regiões em que os solos são muito intemperizados e ácidos. Para

o sul da Bahia, os solos têm boa disponibilidade de S, que possivelmente está

associada às elevadas quantidade de matéria orgânica e ao aporte deste nutriente

como elemento acompanhante ou mesmo impureza de alguns fertilizantes (SOUZA

JÚNIOR et al., 2012).

Para a cultura do cacaueiro não se tem ainda informações de todas as

características que influenciam a produção de modo a permitir a definição das doses

de nutrientes, por esse motivo é que as análises químicas do solo e do tecido foliar

são ferramentas utilizadas para recomendação de fertilizantes e corretivos

(CHEPOTE et al., 2012).

Dantas (2011), ao avaliar a correlação dos nutrientes com a disponibilidade

no solo e o teor foliar, verificou que houve variação dessas correlações em função

da sub-região climática do sul da Bahia, em especial para P, Ca, Mg e Mn e Zn;

porem para os nutrientes K e Fe, a sub-região estudada não interferiu na correlação

entes os teores no solo e na planta.

Nesse contexto, Souza Júnior et al. (2012) afirmam que os nutrientes minerais

nas folhas de cacaueiro variam em função do clima, além de outros fatores, como:

disponibilidade do nutriente no solo, atributos do solo; forma do nutriente analisado;

manejo; tipo e idade do tecido vegetal, genética, época e forma de amostragem;

disposição da folha; floração; frutificação, lançamentos recentes de folhas;

sombreamento e luminosidade; período do ano e mudanças sazonais.

Costa (2006), estudando exportação de nutrientes em frutos de cupuaçu em

três solos da Amazônia Central, observou que, independente do tipo de solo

estudado, as maiores concentrações de N, P, Ca, Mg e Zn ocorreram nas

amêndoas, Fe e Mn na casca e K na polpa.

Segundo Chepote (2003), a avaliação química da casca do cacaueiro

colhidas e secas a 70 ºC apresentou as seguintes quantidades de elementos: 1,20 g

kg-1 de N; 1,10 g kg-1 de P; 3,88 g kg-1 de K; 0,52 g kg-1 de Ca e 0,36 g kg-1 de Mg. E

o mesmo autor conclui que a adubação de 8,8 t ha-1 com composto de casca de

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cacau, geraram aumentos na produção de cacau de 702 kg ha-1 apresentando

aumentos significativos nos teores de Ca, Mg e Mn, no solo da ordem de 46, 73,7 e

84%, respectivamente.

Ao observar as interações entre a camada superficial do solo e a vegetação,

compreende-se que a dinâmica dos nutrientes, em certo ecossistema, origina

subsídios ao monitoramento de possíveis práticas para melhorar o uso do solo

(SIMARD et al., 1988), colaborando para as estimativas das taxas de intemperismo

e ciclagem dos elementos químicos, bem como no influxo e lixiviação de nutrientes

no campo (MIRANDA et al., 2006).

Barretto et al. (2012) encontraram valores médios dos macronutrientes nas

amêndoas de cacau, chegando aos resultados de que a quantidade de N, P, K, Ca,

Mg, foram respectivamente de 25,4; 3,7; 5,3; 2,2; 3,4 g kg-1, e Fe, Zn, Cu e Mn teor

de 570,3; 241,7; 49,2 e 25,8 mg kg-¹. Concluíram que os teores encontrados estão

dentro do limite recomendado pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e

Abastecimento.

As plantas diferem quanto às quantidades de nutrientes requeridas, quanto ao

estádio de desenvolvimento, quanto ao fruto e a casca, para chegar ao ponto de

colheita. Assim é importante conhecer as quantidades dos nutrientes absorvidos

pelas plantas, exportadas na colheita e os resíduos que ficam nos restos de cultura,

que pela ciclagem podem voltar ao solo, reduzindo a adição de adubos

(NAKAYAMA, 2001).

Tem-se como ordem de extração dos nutrientes, para plantas de cacaueiro

em produção plena: K>N>Ca>Mg>P>Mn>Zn (NAKAYAMA, 2001). Observa ainda

que para manutenção de seu crescimento e produção de 1000 kg de amêndoas

secas por ano é necessário 824 kg de K2O, 529 kg de CaO, 469 kg de N, 212 kg de

MgO e 121 kg de P2O5 (NAKAYAMA, 2001).

A quantificação de nutrientes minerais no fruto (casca e semente) e na folha

do cacaueiro associando a sua disponibilidade no solo permite compreender a

distribuição dos nutrientes na planta do cacaueiro. Laviola e Dias (2008) afirmaram

que o conhecimento a respeito das necessidades nutricionais de uma cultura é

essencial para recomendação da adubação, através da estimativa do acúmulo de

nutrientes nas folhas, nos frutos e pela extração realizada na colheita.

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A frutificação de uma cultura é consequência de uma série de episódios

fisiológicos e alterações morfológicas que se segue desde a indução floral até a

maturação dos frutos. Trata-se se uma fase em que os frutos são os drenos

preferenciais na partição de nutrientes (RENA; MAESTRI, 1985) e, sendo maior a

produção de frutos, mais a planta exigirá nutrientes. Desse modo a limitação do

fornecimento de nutrientes para uma planta compromete de modo direto sua

capacidade fotossintética. Logo, para otimizar a produtividade é importante entre

outros fatores a disponibilidade de nutrientes no solo.

2.1.2 Atributos físicos e químicos do solo

A lavoura do cacaueiro para ter boa produtividade deve estar sustentada em

solo que possua boas características físicas, química e biológica, porém, existem

diversos fatores a considerar, como a qualidade genética da planta, o manejo

apropriado, a disponibilidade de água, o clima, a precaução contra ataques de

pragas e doenças, além da eliminação de ervas daninhas (SILVA NETO, 2001).

O solo pode ser conceituado de modo qualitativo como o meio de

fornecimento de elementos às plantas, facilmente alterável e produtivo ao homem,

seja no aspecto físico: aração, gradagem, drenagem; ou químico: calagem e

adubação (CANTARUTTI et al., 1999; FAQUIN, 2005).

Ao relacionar as propriedades físicas do solo, associa-se imediatamente à

qualidade do solo, pois se trata dos atributos, que possibilitam a infiltração, a

retenção e a disponibilidade de água para as plantas, adequando as trocas de calor

e de gases com a atmosfera e as raízes das plantas e possibilitando o crescimento

das raízes (REICHERT; REINERT; BRAIDA, 2003).

Solo que possui qualidade física ideal deve possuir estabilidade, ou seja, as

partículas de argila serem floculadas e com apropriada distribuição do tamanho de

poros e alta porosidade total, permitindo a absorção, armazenamento e liberação de

água às plantas (SUZUKI, 2008). A porosidade total tem grande destaque devido

sua influência para produtividade, resultante do desenvolvimento das plantas

(NEVES et al., 2007).

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Para avaliar o estado de compactação do solo, além de umidade e aeração,

avaliam-se a temperatura e textura. É importante ressalvar que as características

físicas do solo alteram-se segundo o manejo adotado (FLORES et al., 2007).

A textura do solo associada a outras características tem elevada relevância

no desenvolvimento e penetração das raízes do cacaueiro, pois para solos que

apresentam argilas expansivas a tendência é o fechamento dos espaços dos

macroporos quando úmidos, retirando o ar e tornando um ambiente não satisfatório

para o desenvolvimento das raízes dessa cultura (CHEPOTE et al., 2012).

No mapa de solos da região sul da Bahia, consta que do litoral ao oeste

aparecem com frequência solos menos intemperizados e mais férteis, incluíndo

solos com argila de alta atividade e de baixa atividade (SANTANA et al, 2002).

De acordo com Barbosa (2001), os solos com barreiras físicas bloqueiam o

desenvolvimento do sistema radicular do cacaueiro, resultando em um atrofiamento

da raiz principal.

Os atributos químicos do solo estão associados aos elementos que são

utilizados com finalidade de classificar os solos, seu uso e o crescimento e o

desenvolvimento das plantas. São determinadas pelas análises de: pH (em água,

KCl e CaCl2), matéria orgânica (MO), hidrogênio (H), alumínio (Al), fósforo (P), cálcio

(Ca), magnésio (Mg), potássio (K), soma de bases (S), capacidade de troca catiônica

(CTC), saturação por bases (V) e saturação por alumínio (m) e os micronutrientes

(B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo e Zn) (NOVAIS et al., 2007).

O cacaueiro é normalmente cultivado em solos de média a alta fertilidade.

Nesse sentido, busca-se a melhoria dos atributos químicos em solos menos férteis,

via emprego de corretivos e fertilizantes, permitindo o estabelecimento econômico

de plantações de cacau nestes solos. Quanto aos fatores de produção, se a

adubação e a calagem forem orientadas de modo correto, tem-se o aumento da

produtividade rápida e mais barata, podendo colaborar com até 40 % da mesma

(NAKAYAMA, 2001).

O pH que para maioria das culturas permite uma disponibilidade maior de

nutrientes essenciais está compreendido entre os valores entre 5,5 a 6,0. Em pH

mais elevado são mais disponíveis os macronutrientes, porém os micronutrientes,

como cobre, ferro, zinco e manganês têm sua disponibilidade diminuída com a

elevação do pH (OLIVEIRA et al. 2004).

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De acordo com Barbosa (2001), a fertilidade natural do solo ajuda a evitar os

altos custos dos corretivos e fertilizantes. O cacaueiro é uma cultura que se

desenvolve em solos de níveis de fertilidade variados, considerando ideal aqueles

que têm de média a alta fertilidade natural e pH entre 6,0 – 6,5. No sul da Bahia, a

adubação do cacaueiro é realizada com base nas doses de nitrogênio, e nos níveis

críticos de fósforo e potássio disponíveis que favorecem seu desenvolvimento e

produção máxima (CHEPOTE et al., 2005).

O objetivo geral desse estudo foi quantificar nutrientes minerais na folha e

fruto (casca, cotilédone e tegumento) de cacaueiro e correlacioná-las com a

disponibilidade dos mesmos em solo de lavouras comerciais.

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2.1.3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, C. M. V. C. et al. Fatores que afetam a produtividade do cacaueiro (Theobroma cacao L.) em Rondônia, Brasil, Revista Agrotrópica, Ilhéus, v. 15, n. 3, p. 161-168, 2003. ALMEIDA, T. C. et al. Cultura do cacaueiro. In:______. Principais Culturas – I. 2. ed. Campinas: ICEA, 1973. 222-235 p. CEPLAC. Concentração de nutrientes em amêndoas de cacau produzido no sul da Bahia. III Congresso Brasileiro de Cacau. Disponivel em: <http://www.ceplac.gov.br/paginas/cbc/paginas/publicacao/1-6%20Concetra%C3%A7%C3%A3o%20de%20nutrientes%20em%20am%C3%AAndoas%20de%20cacau%20produzido%20no%20Sul%20da%20Bahia.pdf>. Acesso em: 20 de jun 2013. BARBOSA, R. C. M. CEPLAC. Sistema de produção de cacau para Amazônia brasileira. Belém: Ministério da Agricultura e Abastecimento, 2001.125 p. BOARETTO, A. E.; LAVRES JÚNIOR, J. Avanços e Desafios da Nutrição Mineral de Frutíferas. In: PRADO, R. M. Nutrição de Plantas: Diagnose Foliar em Frutíferas. Jaboticabal: FCAV/FAPESP, 2012. 36 – 74 p. CANTARUTTI, R. B.; ALVAREZ, V. H.; RIBEIRO, A. C. Amostragem do solo. In: RIBEIRO, A. C. et al. Recomendações para o uso de Corretivos e Fertilizantes em Minas Gerais 5ª aproximação. Viçosa, CFSEMG, 1999. 13 – 20 p. CARPI JUNIOR, S. Processos erosivos, recursos hídricos e riscos ambientais na bacia do rio Mogi-Guaçu. 2001. 171 f. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual Paulista, 2001. COSTA, E. L. Exportação de nutrientes em frutos de cupuaçu (Theobromagrandiflorum (Willd. exSpreng.) em três solos da Amazônia Central. 2006. Dissertação (Mestrado). 39 f. – Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2006. CHEPOTE, R. E. Efeito do composto da casca do fruto de cacau no crescimento e produção do cacaueiro. Agrotrópica, Ilhéus, v. 15, n. 1, 2003. 1 – 8 p. CHEPOTE, R. E. et al. Recomendações de corretivos e fertilizantes na cultura do cacaueiro no Sul da Bahia. Ilhéus: CEPLAC/CEPEC, 2005. 36 p.

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3. Capítulo 1 – Fertilidade do solo e partição de macronutrientes em

cacaueiros

Resumo

A produção de qualquer planta é caracterizada pela quantidade de nutrientes

extraída do solo em seu ciclo. Uma parte desses nutrientes fica estocada na planta,

outra parte é reciclada na queda de folhas e outra parte é exportada nos frutos. O

objetivo deste estudo foi quantificar macronutrientes na folha e fruto (casca e

semente: cotilédone + tegumento) de cacaueiro e correlacioná-los com

disponibilidade dos mesmos no solo, em lavouras comerciais. A área de estudo

abrange duas zonas climáticas úmida e úmida a subúmida da região cacaueira da

Bahia. Foram selecionadas dez propriedades rurais, em cada zona. Em cada

propriedade, foram selecionadas quatro plantas (clone PH16), com idade superior a

seis anos e localizadas em situações topográficas e edáficas distintas. Foram

coletadas oito folhas sadias e quatro frutos maduros de cada planta, para

determinação de P, K, Ca, Mg. Para análise química foram coletadas 12 amostras

simples de solo para formar uma composta, num raio de 1,5 a 2,0 m do caule, na

camada de 0-0,10 m, foram determinados: pH (CaCl2); P, K e Na, extraídos por

Mehlich-1; Ca, Mg e Al, extraídos por KCl; P-rem (fósforo remanescente) e matéria

orgânica. Para as análises físicas, coletaram-se amostras deformadas e

indeformadas nas camadas de 0-0,10 e 0,10-0,30 m; foram determinadas:

granulometria, densidade de partículas, densidade do solo, macroporosidade e

microporosidade, porosidade total e resistência do solo à penetração. Foram

realizadas estatísticas descritivas, teste de normalidade de Shapiro-Wilks e análise

de correlação de Pearson utilizando o procedimento CORR do SAS. As maiores

médias foram apresentadas para a massa seca da casca, sendo esta maior para

zona úmida. Para as variáveis químicas do solo observaram-se elevados valores

para os CVs em todas as zonas avaliadas, com exceção de pH. Os teores mínimos

de P, K, Ca na folha para zona subúmida ficaram abaixo da faixa de suficiência, para

o Mg os teores foram superiores aos da faixa de suficiência. O maior teor de

nutriente encontrado na casca foi o de K e o menor foi o de P. Para os cotilédones,

os maiores e menores teores foram para K e Ca, respectivamente. O teor de P no

solo para zona subúmida teve uma alta correlação (p<0,01) apenas para seu teor e

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conteúdo na casca e conteúdo no fruto. Observam-se muitas correlações

significativas para conteúdo de P entre os diferentes componentes do fruto, sendo

estas correlações, de modo geral, maiores para a zona subúmida. Na zona úmida,

houve correlação significativa do teor de K no solo apenas com o teor na folha

(p<0,05) e casca (p<0,01); ainda na zona úmida pode-se observar alta correlação do

teor de K na folha com o seu teor na casca. O teor de Ca no cotilédone se

correlacionou com todas as variáveis, com exceção de teor no solo e teor e

conteúdo na folha. Na zona subúmida, o teor de Mg no solo se correlacionou com

teor na folha, conteúdo no cotilédone e amêndoa (p<0,05), na zona úmida o teor de

Mg no solo se correlacionou (p<0,05) com o teor na folha, conteúdo no cotilédone e

amêndoa.

Palavras-chave: Theobroma cacao, nutrição de plantas, composição mineral de

frutos e folhas.

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3. CHAPTER 1 - SOIL FERTILITY AND PARTITIONING OF NUTRIENTS IN

CACAO TREES

ABSTRACT

The production of any plant is characterized by the amount of nutrients extracted

from the soil in their cycle. One of these nutrients is stored in the plant, another part

is recycled in the fall of leaves and some is exported to fruits. The aim of this study

was to quantify macro-nutrients in leaf and fruit (peel and seed - cotyledon + seed

coat) on cocoa and correlate them with the availability of the same in soil in

commercial fields. The study area covers two climatic zones, humid and sub-humid in

the cocoa region of Bahia. Ten farms have been selected in each zone. In each farm,

four plants were selected (clone PH16), over the age of six years and located in

different topographic and soil conditions. Eight healthy leaves and four ripe fruits from

each plant were collected to determine P, K, Ca, Mg.F or chemical analysis 12 simple

samples were collected to form a composite, within 1.5 to 2.0 m from the stem at the

0-0.10 m layer. Findings were: pH (CaCl 2), P, K and Na, which extracted by

Mehlich-1, while Ca, Mg and Al were extracted by KCl, P-rem (remaining

phosphorus) and organic matter. For the physical analysis, deformed and

undeformed samples were collected in layers of 0-0.10 and 0.10-0.30 m. Findings

were: particle size analysis, particle density, bulk density, macroporosity and

microporosity, total porosity and resistance to penetration. Descriptive statistics,

normality test of Shapiro-Wilks and Pearson correlation analysis using the SAS

CORR procedure were carried out. The highest average figures were presented by

the dry mass of the shell, being this higher for wetlands. As to chemical variables of

the soil, we have observed high CVs values in all areas assessed, except for pH. The

minimum levels of P, K, Ca on the leaf at sub-humid zone were below the sufficiency

range. Mg levels were higher than the sufficiency range ones. K was the highest

nutrient content found in the bark, whereas the lowest was P. The highest levels

were in the cotyledon of K and the lowest levels in cotyledon were observed on the

Ca. The P concentration in the soil for sub-humid zone had a high correlation (p

<0.01) regarding only their form and content in the bark and content in the fruit. Many

significant correlations between P content of the different components of the fruit

have been detected. Such correlations were generally higher with regard to the sub-

humid region. In the wet zone, there was a significant content of K in the soil only at

the level of leaf (p<0.05) and shell (p <0.01), still in the humid zone one can observe

high correlation between concentration of K on the leaf with its contents in the shell.

The calcium content of the cotyledon was correlated with all variables except content

in the soil and form and content in the leaf. In the sub-humid zone, the Mg content in

soil was correlated with the leaf content, content in the cotyledon and bean (p<0.05)

In wetland Mg content in soil was correlated (p <0.05) with the content in the leaf, in

the cotyledon and bean.

Keywords: Theobroma cacao, plant nutrition, mineral composition of fruits and

leaves.

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3.1 Introdução

A produção de qualquer planta é influenciada pela quantidade de nutrientes

extraída do solo em seu ciclo. Uma parte desses nutrientes fica estocada na planta,

outra parte é reciclada na queda de folhas e outra parte é exportada nos frutos.

Conhecer a composição mineral dos frutos e a quantidade de nutrientes por eles

removidos é uma alternativa relevante para a recomendação de adubação

(MALAVOLTA et al., 1997).

Para a cultura do cacau não se tem ainda informações de todas as

características que influenciam a produção de modo a permitir a definição das doses

de nutrientes, por esse motivo é que as análises químicas do solo e do tecido foliar

são ferramentas utilizadas para recomendação de fertilizantes e corretivos

(CHEPOTE et al., 2012).

Malavolta et al. (1997) consideraram que o levantamento do estado nutricional

das lavouras por meio da diagnose foliar é importante, associando os resultados da

análise foliar aos dados de produção. A diagnose foliar é um método que colabora

com a análise de solo, aprimorando a utilização de fertilizantes e melhorando o

estado nutricional do cacaueiro, buscando como consequência o aumento da

produtividade das lavouras. As relações entre os teores dos elementos que são

verificadas nas folhas e a produção do cacaueiro possibilitam encontrar as faixas de

teores de elementos minerais adequados (SODRÉ et al., 2002; CHEPOTE, et al.

2005).

Baretto et al. (2012), ao avaliar nutrientes nas amêndoas de cacau,

encontraram teores médios dos macronutrientes N, P e K de 25,4, 3,7 e 5,3 g kg-1,

respectivamente, e concluindo que os teores encontrados estão dentro do limite

recomendado nos padrões de identidade e qualidade do Ministério de Agricultura,

Pecuária e Abastecimento.

Silva (2009) observou que os nutrientes N e K foram encontrados em maiores

teores na casca e na semente de frutos de cacau, sendo que o teor de N na

semente era superior ao valor encontrado na casca e a quantidade de K na casca

superou o encontrado na semente. Os teores menores encontrados foram para P

em todas as partes do fruto, porém os valores observados na semente foram

maiores que o da casca.

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Segundo Nakayama (2001), tem-se como ordem de extração dos nutrientes,

para plantas de cacaueiro em produção plena: K>N>Ca>Mg>P>Mn>Zn, afirmando

que para manutenção de seu crescimento e produção de 1000 kg de amêndoas

secas por ano, são necessários 824 kg de K2O, 529 kg de CaO, 469 kg de N, 212 kg

de MgO e 121 kg de P2O5.

A lavoura cacaueira para ter boa produtividade deve estar sustentada em solo

que possua bons atributos físicos e químicos, além de outros fatores que devem ser

levados em consideração, como a qualidade genética da planta, o manejo

apropriado, a disponibilidade de água, o clima, as precauções contra ataques de

pragas e doenças além da eliminação de ervas daninhas (SILVA NETO et al., 2001).

De acordo com Barbosa (2001), os solos com impedimentos físicos

impossibilitam o desenvolvimento do sistema radicular do cacaueiro, atrofiando a

raiz principal. Além desses atributos físicos, tem interferência com a troca de gases

com a atmosfera e o crescimento das raízes, a infiltração, a retenção e a

disponibilidade de água para as plantas (REICHERT; REINERT; BRAIDA, 2003).

O objetivo deste estudo foi quantificar macronutrientes na folha e fruto (casca

e semente: cotilédone + tegumento) de cacaueiro e correlacioná-los com

disponibilidade dos mesmos no solo, em lavouras comerciais.

3.2 Material e Métodos

Foram selecionadas vinte propriedades rurais no sul da Bahia que possuem

lavoura cacaueira e utilizam como material genético o clone PH16 (tolerante a

vassoura-de-bruxa) em sistema agrossilvicultural. Sendo que dessas propriedades

selecionadas dez estão localizadas em zona úmida, que não possui estação seca

definida e se enquadra em sete tipos climáticos segundo Thornthwaite: B4r A’, B3r

A’, B2r A’, B2r B’, B1r A’, B1r’ A’ e B1w A’; e dez em zona úmida a subúmida,

doravante chamada apenas de subúmida, que possui um a dois meses de seca e se

enquadra em quatro tipos climáticos: C2d A’, C2d’ A’, C2d B’ e C2w A’ tabela 1 (SEI,

2007). Na tabela 2, estão relacionados os municípios, as zonas e o número de

fazendas selecionadas.

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Foram selecionadas quatro plantas, clone PH16 com idade superior a seis

anos em situações topográficas e edáficas distintas.

Tabela 1: Caracterização climática das zonas úmida e úmida a subúmida do

sul da Bahia

Zonas Climáticas Precipitação média

(mm ano-1) Deficit Hídrico

(mm) Excedente hídrico

(mm ano-1)

Úmida > 2000 0 a 345 200 a 1409

Úmida a subúmida (subúmida)

1100 a 2000 3 a 426 22 a 424

Fonte: SEI (2007).

Tabela 2: Relação dos municípios do sul da Bahia onde estão localizadas as

propriedades rurais selecionadas para este estudo

Zonas Municípios Fazendas

Úmida

Camacã Nossa Senhora de Fátima

Piraí do Norte Deus que me deu

Igrapiúna Santo Antônio

Nova Ibiá São Rafael

Ibirapitanga São Domingos 2

Maraú Moeda

Santa Luzia Bom Retiro

Itabuna Nova Vida

Arataca Ubirajara

Uruçuca Leolinda

Subúmida

Barra do Rocha Bela Floresta

Ibirataia Lajedo do Ouro

Itagibá São Domingos 1

Jequié São Domingos 4

Itagi Jacarandá

Ibirataia Bom futuro

Ipiaú Sucuriú

Ibirataia São José

Ibirataia Canaã

Itagibá Oceania

Análise química das folhas: de cada planta foram coletadas oito folhas

diagnóstico, caractezida segundo Sodré et al. (2002), como terceira folha a partir do

ápice de ramo recém amadurecido, sem lançamentos recentes. As folhas foram

coletas no período de janeiro e fevereiro de 2012, acondicionadas em sacos de

papel, em seguida foram lavadas com água destilada e secas em estufa de

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circulação de ar a 60 ºC por 48 h, depois foram pesadas, trituradas em moinho de

facas e armazenadas em tubos coletores para posterior digestão.

Pesou-se 0,2 g da folha já processada (moída) que foram digeridas utilizando-

se 4 mL de ácido nítrico e 3 mL de peróxido de hidrogênio. Levou-se o material para

o bloco digestor com temperatura inicial de 50 °C por 30 minutos e temperatura final

de 120 °C por 90 minutos. As amostras foram feitas em duplicatas, avolumadas em

tubos falcon para 14 mL e posteriormente procederam-se às leituras de P, K, Ca e

Mg no aparelho de espectrometria de emissão atômica plasma acoplado

indutivamente (ICP OES).

Análise química dos frutos: foram coletados quatro frutos maduros de cada

planta, sendo separados em casca e amêndoa, que foram levados para estufa a 60

°C onde permaneceram por um período de 5 dias para secagem. Depois de secas,

as amêndoas foram separadas em cotilédones e tegumentos, com auxílio de um

bisturi. Após a secagem, as cascas, os cotilédones e os tegumentos foram pesados,

triturados e digeridos, utilizando-se 0,2 g dos materiais, os quais passaram por

digestão semelhante às amostras de folha, e, posteriormente, procederam-se às

leituras de P, K, Ca e Mg em ICP OES.

Análise química dos solos: para análise química foram coletadas 12

amostras simples de solo para formar uma composta, num raio de 1,5 a 2,0 m do

caule, na camada de 0-0,10 m sendo considerada a profundidade de amostragem

mais apropriada para avaliar a fertilidade do solo em lavouras cacaueiras (DANTAS,

2011). As amostras foram secas ao ar e passadas em peneira de 2 mm de abertura

de malha, constituindo-se em terra fina seca ao ar (TFSA). Determinaram-se: pH

(CaCl2 0,01 mol L-1) na proporção solo:solução 1:2,5; P, K e Na, extraídos por

Mehlich-1 (HCl 0,05 mol L-1 e H2SO4 0,0125 mol L-1), na proporção solo:solução

1:10, e Ca, Mg e Al, extraídos por KCl 1,0 mol L-1. Os sobrenadantes resultantes

foram filtrados e analisados: Ca e Mg por espectrometria de absorção atômica; P por

colorimetria; K e Na por fotometria de chama e o Al por titulação com NaOH 0,025

mol L-1, usando azul-de-bromotimol como indicador. Determinaram-se também:

fósforo remanescente (P-rem) e matéria orgânica (MO) (EMBRAPA, 2011).

Análises físicas do solo: coletaram-se amostras deformadas e

indeformadas nas camadas de 0-0,10 e 0,10-0,30 m. As amostras deformadas foram

as mesmas utilizadas para análise química. As amostras indeformadas foram

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39

coletadas com a utilização de aneis volumétricos, em 5 repetições, e beneficiadas

em laboratório para posterior análise. As análises físicas foram determinadas de

acordo com EMBRAPA (2011).

A análise granulométrica foi realizada em amostras de TFSA pelo método do

densímetro onde se utilizou 50 g de solos, adicionando-se 100 ml de água destilada

e 25 ml de NaOH 1 mol L-1 e agitadas em coqueteleiras a 12.000 rpm por 5 minutos

quando arenosas e 15 minutos quando argilosas. A densidade de partículas (Dp) foi

determinada pelo método do balão volumétrico, utilizando-se álcool etílico como

líquido penetrante.

A densidade do solo (Ds) e as porosidades (micro, macro e total) foram

determinadas nas amostras inderformadas. Ds foi calculada pela seguinte fórmula:

Ds = m/v, onde m = massa da amostra seca a 105 ºC (kg), v = volume do anel (dm3).

Para a microporosidade (Mi), as amostras foram saturadas por 24 h e,

posteriormente, colocadas em mesa de tensão e submetidas a uma tensão de 60 cm

de coluna d’água até cessar a drenagem. Em seguida, foram pesadas e colocadas

em estufa de circulação de ar a uma temperatura de 105 ºC por um período de 72 h,

sendo pesada mais uma vez. A microporosidade foi calculada pela seguinte fórmula:

Mi = (a – m) / v, onde a = massa da amostra após ser submetida a uma tensão de

60 cm de coluna de água (kg), m = massa da amostra seca a 105 ºC (kg) e v =

volume do anel (m-3).

A porosidade total foi determinada pela fórmula Pt = (Dp-Ds)/Dp (m3 m-3),

onde Dp = densidade de partículas e Ds = densidade do solo. A macroporosidade

(Ma) foi determinada pela diferença entre a porosidade total e a microporosidade

(Ma = Pt – Mi).

Para determinação da resistência do solo à penetração foi utilizado o

penetrômetro de Impacto modelo IAA/Planalsucar/Stolf, nas profundidades de 0–

0,10 e 0,10–0,30 m, com 5 repetições.

Análise estatística: foram realizadas estatísticas descritivas: valores de

mínimos e máximos, média, mediana e coeficiente de variação. Foi realizado teste

de normalidade de Shapiro-Wilks e análise de correlação de Pearson utilizando o

procedimento CORR do SAS – Statistical Analysis System (SAS Institute Inc, 2004).

Os coeficientes de correlação foram verificados pelo teste t de student a 5 % de

significância.

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40

3.3 Resultados e Discussão

Os valores mínimos e máximos da tabela 3 mostraram uma alta amplitude

nos dados biométricos de folhas e frutos, em ambas as zonas climáticas, mesmo

sendo um único material genético (clone PH16). Na zona subúmida, a maioria das

variáveis apresentou distribuição normal, com exceção do número de frutos por

tonelada (NFt); porém na zona úmida, a massa seca da folha (MSF) e número de

frutos por tonelada (NFt) apresentaram distribuição não normal.

As variáveis massa seca da casca (MSC), massa seca da amênoda (MSAm)

e massa seca do cotilédone (MSCo) foram maiores na região úmida em relação à

subúmida (Tabela 3), possivelmente porque na primeira há maior precipitação

pluviométrica (Tabela 1), o que favoreceria a maior acúmulo de biomassa nas partes

dos frutos (casca e amêndoa). Isto indica que na região subúmida as plantas

precisariam produzir em média 21,6 % a mais de frutos, para se ter a mesma

produção de amêndoas secas da região úmida (Tabela 3).

Silva (2009), trabalhando com diferentes clones de cacau em ambiente

tropical do tipo Af, segundo a classificação de Köeppen, com precipitação anual

média de 1830 mm, obteve uma massa seca de casca (MSC), para o clone PH16,

de 47,8 g, valor que está dentro da faixa de amplitude encontrada, mas inferior à

média e mediana aqui observadas para esta região (Tabela 3).

A média e a mediana para MSF, NMAm e MSCo foram semelhantes quando

analisadas em conjuto e separadamente por zona climática (Tabela 3). Esta

similaridade entre os valores de média e de mediana, independente da zona, indica

simetria na distribuição os dados para estas variáveis.

Para as variáveis químicas do solo, observaram-se alta amplitude e elevados

valores para os CVs (Tabela 4), em todas as zonas avaliadas, com exceção dos

valores de pH, indicando alta variabilidade destas características entre os solos

estudados. Os maiores valores de CVs foram observados para: P 121,64 %; 115,05

%; 111,05 % (zona subúmida + úmida, zona subúmida, zona úmida,

respectivamente), K 105,36 %; 61,94 %; 135,41 % (zona subúmida + úmida, zona

subúmida, zona úmida, respectivamente) e Al 122,46 %; 56,05 %; 146,36 % zona

subúmida + úmida, zona subúmida, zona úmida, respectivamente). Machado et al.

(2007) também observaram elevado valor de CV para P, alegando que esse alto

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41

valor de CV se deve à grande variação dos teores desse nutriente na área

amostrada; porém, neste estudo o CV mostrou-se ainda maior (Tabela 4).

Anchieta et al. (2011), em trabalho com o objetivo de avaliar os atributos

químicos do solo de três áreas com históricos agrícolas distintos, também

observaram elevados valores de CVs para o K, sendo que os autores atribuem esta

elevada variação ao histórico do manejo ao longo do tempo destas áreas;

argumento este que poderia ser aqui utilizado para justificar também as altas

variabilidades químicas encontradas (Tabela 4), pois é de se esperar manejos

nutricionais distintos em fazendas de produtores diversos.

Na zona subúmida, a maioria das variáveis apresentaram distribuição normal

com exceção do P e K, já na zona úmida a distribuição normal só foi observada para

MO, pH, Ca, Mg e P-rem (Tabela 4). Marin (2002) defende que de 15 a 80 % do P

tem provável origem da matéria orgânica, no entanto observa-se que na zona

subúmida o teor de matéria orgânica foi menor em relação à zona úmida, diferindo

do teor de P que na zona subúmida foi 45 % maior em relação à zona úmida,

demonstrando também a influência da textura na dinâmica de adsorção do P

(Tabela 6 e 7) (VALLADARES et al., 2003).

Observam-se, independente da região, altos valores médios e medianos de

P-rem, os quais podem ser explicados pelo acúmulo de resíduos orgânicos na

superfície em decorrência da pouca movimentação do solo (PAIVA; ARAUJO, 2007),

indicando a ação da matéria orgânica no bloqueio dos sítios de adsorção de P

(DANTAS, 2011).

O pH foi a variável de menor amplitude de valor e menor CV, independente

das zonas, fato compreendido porque é uma variável logaritmizada.

Comparando os teores médios e medianos dos cátions trocáveis (Al, K, Ca e

Mg) nota-se que estes não diferiram quanto às zonas; fato que pode ser justificado

por ser um sistema agrossilvicultural, sem movimentação de solo, o que favorece o

acúmulo superficial de matéria orgânica (DANTAS, 2011), somado ao efeito mais

superficial dos corretivos de acidez e de alguns fertilizantes, que,

consequentemente, contribui para o acúmulo dos mesmos em camadas mais

superficiais do solo.

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Tabela 3 - Análise descritiva para as variáveis biométricas na região

cacaueira da Bahia

Variáveis Unidade Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona subúmida + úmida

MSF g 0,73 2,04 1,22 1,18 23,24 0,96*

MSC g 31,13 116,53 59,82 56,37 26,56 0,95**

MSAm g 19,48 84,75 47,07 47,09 26,57 0,99ns

NMAm

19,00 63,33 39,87 40,00 18,14 0,98ns

MSCo g 12,47 73,60 40,30 40,89 28,26 0,99ns

MST g 0,28 11,15 6,77 6,68 28,38 0,98ns

NFt frutos/t 11.799 51.335 23.082 21.238 32,84 0,85**

zona subúmida

MSF g 0,73 2,04 1,23 1,18 23,62 0,96ns

MSC g 31,13 88,47 55,13 54,54 21,33 0,97ns

MSAm g 23,34 58,15 41,86 42,30 22,38 0,96ns

NMAm

23,00 51,50 39,13 40,09 15,86 0,97ns

MSCo g 17,82 50,39 35,15 36,31 24,14 0,97ns

MST g 4,04 10,32 6,71 6,27 25,04 0,96ns

NFt frutos/t 17.198 42.845 25.328 23.648 27,02 0,86**

zona úmida

MSF g 0,73 1,90 1,22 1,18 23,14 0,92**

MSC g 39,12 116,53 64,52 62,90 28,08 0,95ns

MSAm g 19,48 84,75 52,29 52,88 25,18 0,98ns

NMAm

19,00 63,33 40,62 40,00 20,06 0,97ns

MSCo g 12,47 73,60 45,45 46,46 25,69 0,97ns

MST g 0,28 11,15 6,84 6,99 31,57 0,97ns

NFt frutos/t 11.799 51.335 20.836 18.921 36,95 0,74** MSF = massa seca de folha; MSC = massa seca de casca; MSAm = massa seca de amêndoa; NMAm = número médio de amêndoa por fruto; MSCo = massa seca de cotilédone; MST = massa seca de tegumento; NFt = número de frutos por tonelada. ns = não significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 %; * e ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 e 1 %, respectivamente.

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Tabela 4 - Análise descritiva para as variáveis de atributos químicos do solo

na região cacaueira da Bahia (p = 10 cm)

Variáveis Unidades Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona subúmida + úmida

MO g kg-1 7,24 57,51 33,49 32,38 33,10 0,99ns

pH

4,61 7,11 5,90 5,89 9,35 0,99ns

P mg dm-3 0,10 157,90 21,20 11,95 121,64 0,74**

K mmolc dm-3 0,53 19,38 2,43 1,64 105,36 0,60**

Na mmolc dm-3 0,15 2,03 0,50 0,45 53,03 0,81**

Ca mmolc dm-3 7,19 109,59 54,81 52,05 45,61 0,96*

Mg mmolc dm-3 5,63 55,29 26,76 25,60 43,21 0,98ns

Al3+ mmolc dm-3 0,00 8,80 1,29 1,00 122,46 0,63**

P-rem mg L-1 18,40 59,10 38,41 38,35 21,69 0,99ns

zona subúmida

MO g kg-1 7,24 56,69 29,15 28,35 34,95 0,97ns

pH

5,03 7,10 6,02 5,92 8,99 0,97ns

P mg dm-3 0,10 157,90 27,35 15,50 115,05 0,78**

K mmolc dm-3 0,71 6,18 2,40 1,87 61,94 0,88**

Na mmolc dm-3 0,18 0,94 0,44 0,43 37,58 0,96ns

Ca mmolc dm-3 13,78 109,59 56,12 54,81 42,74 0,96ns

Mg mmolc dm-3 5,63 44,14 25,70 25,01 36,77 0,98ns

Al3+ mmolc dm-3 0,00 3,00 1,11 1,20 56,05 0,95ns

P-rem mg L-1 28,40 59,10 40,61 40,70 19,71 0,96ns

zona úmida

MO g kg-1 15,31 57,51 37,83 38,17 27,27 0,98ns

pH

4,61 7,11 5,79 5,82 9,44 0,98ns

P mg dm-3 1,20 76,50 15,05 8,15 111,05 0,78**

K mmolc dm-3 0,53 19,38 2,45 1,22 135,41 0,53**

Na mmolc dm-3 0,15 2,03 0,57 0,51 57,65 0,82**

Ca mmolc dm-3 7,19 103,49 53,50 50,93 48,99 0,95ns

Mg mmolc dm-3 6,42 55,29 27,83 27,52 48,12 0,96ns

Al3+ mmolc dm-3 0,00 8,80 1,46 0,70 146,36 0,65**

P-rem mg L-1 18,40 57,60 36,21 36,10 22,55 0,99ns

MO = matéria orgânica; pH em CaCl2; P = fósforo, K = potássio e Na = sódio, extraídos por Mehlich-1; Ca = cálcio, Mg = magnésio e Al

+3 = alumínio, extraídos por KCl 1,0 mol L

-1. ns = não significativo pelo

teste de Shapiro-Wilks a 5 %; * e ** = significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 e 1 %, respectivamente.

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44

A avaliação da análise descritiva dos atributos físicos dos solos das 80 áreas

estudadas (zona subúmida + úmida), encontra-se na tabela 5. Nas tabelas 6 e 7 são

apresentadas as análises descritivas dos atributos físicos das duas zonas

separadamente. Todas as variáveis físicas avaliadas apresentaram alta variabilidade

e alta amplitude de variação.

Com relação à granulometria, a fração areia apresentou maior média em

relação à fração argila, percebe-se que a areia, na profundidade de 0-0,10 m, foi

significativa (p<0,05) apresentando distribuição não normal dos dados, enquanto que

a argila apresentou distribuição não normal nas duas profundidades. Os solos

apresentaram teor médio de 509,5 g kg-1 de argila (Tabela 5), o que pode indicar

solos com permeabilidade rápida para a água e com boa aeração (FERREIRA;

TAVARES FILHO; FERREIRA, 2010). O silte para as duas profundidades tem uma

distribuição não normal, contudo, existem solos com teores mais elevados de silte

(473,6 de 0 – 0,1 m e 755,0 kg-1 de 0,1 – 0,3 m; tabela 5) que podem apresentar

menor taxa de drenagem (BRADY; WEIL, 2008), sobretudo quando localizados nas

partes mais baixas da paisagem.

No que se refere à porosidade, considerando as duas zonas em conjunto, a

macroposidade (Ma) apresentou uma distribuição não normal dos dados nas duas

profundidades, com valores médios acima dos níveis desejados para um solo

considerado ideal (Tabela 5); porém quando se analisou as duas zonas

separadamente, de modo geral, a Ma apresentou uma distribuição normal, exceto

para a camada de 0,1 – 0,3 m, para a zona subúmida (Tabelas 6 e 7). Este atributo

é influenciado pela textura, estrutura e matéria orgânica do solo (FERREIRA;

TAVARES FILHO; FERREIRA, 2010).

Para ambas as zonas conjunto e para a zona umida, a microporosidade (Mi)

apresentou distribuição normal na camada de 0 – 0,1 m e, independente da zona

climática, distribuição não normal para a camada de 0,1 – 0,3 m; entretando em

ambas zonas e ambas camadas os valores médios de microporosidade foram

semelhantes (Tabela 5, 6 e 7).

De dodo geral, independente da zona climática, a resitência à penetração

(RP) foi significativa nas duas profundidades, indicando distribuição não normal

(Tabelas 5, 6 e 7); tendo um alto CV (40,79 % e 50,53 %, nas profundidades de 0 –

0,10 e 0,10 – 0,30 m, respectivamente). Os valores médios para as duas

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profundidades encontram-se acima do valor de 2,0 MPa; o qual é sugerido por Silva

et al. (1994) como referência de limite de ausência de impedimento físico para

crescimento das raízes. Silva et al. (2004) observaram valores inferiores a esses, em

um Argissolo Vermelho-Amarelo. A RP apresentou menores médias na zona úmida,

o que pode ser uma consequência da maior umidades dos solos (Ug) desta zona no

momento das avaliações (Tabelas 6 e 7). Além da umidade, outros parâmetros

como densidade do solo, textura e teor de matéria orgânica podem influenciar na

medida de RP (VAZ et al., 2002). Independente da zona climática, a RP foi menor na

camada mais superficial (Tabelas 6 e 7), possivelmente devido ao maior teor de

matéria orgânica e de areia, associados à menor densidade do solo.

A densidade do solo nas duas profundidades, nas zonas em conjunto e nas

duas zonas separadamente (Tabelas 5, 6, e 7) apresentaram distribuição normal,

corroborando com os resultados de Passos e Carvalho et al. (2002) que

encontraram distribuição normal para densidade do solo na profundidade de 0,05 m.

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Tabela 5 – Análise descritiva de atributos físicos do solo para zona subúmida

+ úmida da região cacaueira da Bahia

Variáveis Unidades Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona subúmida + úmida

Ar_0,1 g kg-1 36,4 869,1 509,5 507,6 34,10 0,96*

Sil_0,1 g kg-1 55,2 473,6 168,0 144,8 52,45 0,84**

Arg_0,1 g kg-1 60,0 590,0 322,4 330,0 44,04 0,96*

Ds_0,1 kg dm-3 0,92 1,78 1,35 1,38 12,39 0,98ns

Dp_0,1 kg dm-3 2,35 2,84 2,60 2,60 3,42 0,99ns

Pt_0,1 m3 m-3 0,33 0,63 0,48 0,47 12,53 0,98ns

Mi_0,1 m3 m-3 0,04 0,58 0,33 0,36 34,85 0,97ns

Ma_0,1 m3 m-3 0,02 0,33 0,15 0,13 53,18 0,95**

Ar_0,3 g kg-1 38,4 812,7 428,4 416,3 40,79 0,99ns

Sil_0,3 g kg-1 54,5 459,4 134,1 109,6 59,83 0,74**

Arg_0,3 g kg-1 40,0 755,0 437,6 467,5 39,72 0,97*

Ds_0,3 kg dm-3 1,07 1,87 1,44 1,43 12,07 0,99ns

Dp_0,3 kg dm-3 2,55 2,91 2,69 2,69 2,75 0,97ns

Pt_0,3 m3 m-3 0,30 0,62 0,46 0,47 14,50 0,99ns

Mi_0,3 m3 m-3 0,05 0,51 0,33 0,37 32,86 0,93**

Ma_0,3 m3 m-3 0,02 0,39 0,13 0,12 62,28 0,93**

RP_0,1 MPa 1,13 4,68 2,07 1,78 40,79 0,82**

RP_0,3 MPa 1,03 7,32 3,28 3,97 50,53 0,91**

Ug_0,1 kg kg-1 0,06 0,64 0,28 0,27 44,90 0,96*

Ug_0,3 kg kg-1 0,06 0,41 0,25 0,25 36,21 0,97* Ar, Sil, Arg_0,1 e 0,3 = areia, silte e argila nas profundidades de 0-10 e 10-30 cm, respectivamente. Ds, Dp, Pt_0,1 e 0,3 = densidade do solo, densidade de partícula e porosidade total nas profundidades de 0-10 e 10-30 cm, respectivamente. Mi, Ma, RP, Ug_0,1 e 0,3 = microporosidade, macroporosidade, resistência a penetração e umidade do solo nas profundidades de 0-10 e 10-30 cm, respectivamente. ns = não significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 %; * e ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 e 1 %, respectivamente.

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Tabela 6 - Análise descritiva de atributos físicos do solo para zona subúmida

da região cacaueira da Bahia

Variáveis Unidades Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona subúmida

Ar_0,1 g kg-1 282,7 869,1 545,4 543,9 24,50 0,96ns

Sil_0,1 g kg-1 69,4 335,4 147,0 134,1 42,09 0,92**

Arg_0,1 g kg-1 60,0 545,0 307,6 325,0 43,45 0,96ns

Ds_0,1 kg dm-3 1,12 1,60 1,36 1,36 9,15 0,96ns

Dp_0,1 kg dm-3 2,35 2,79 2,60 2,61 3,27 0,98ns

Pt_0,1 m3 m-3 0,40 0,55 0,48 0,48 9,39 0,95ns

Mi_0,1 m3 m-3 0,15 0,46 0,35 0,37 20,39 0,87**

Ma_0,1 m3 m-3 0,02 0,28 0,13 0,12 49,76 0,95ns

Ar_0,3 g kg-1 199,9 812,7 472,1 449,5 31,43 0,97ns

Sil_0,3 g kg-1 58,7 242,2 110,8 101,4 40,76 0,84**

Arg_0,3 g kg-1 40,0 735,0 417,1 442,5 42,09 0,97ns

Ds_0,3 kg dm-3 1,17 1,74 1,45 1,42 9,84 0,97ns

Dp_0,3 kg dm-3 2,57 2,91 2,69 2,69 2,52 0,95ns

Pt_0,3 m3 m-3 0,33 0,56 0,46 0,47 12,76 0,96ns

Mi_0,3 m3 m-3 0,15 0,45 0,36 0,37 18,72 0,94*

Ma_0,3 m3 m-3 0,03 0,27 0,11 0,11 45,24 0,92**

RP_0,1 MPa 1,19 4,68 2,46 2,19 34,97 0,89**

RP_0,3 MPa 1,33 7,32 4,40 4,47 34,78 0,97ns

Ug_0,1 kg kg-1 0,06 0,33 0,22 0,21 31,43 0,97ns

Ug_0,3 kg kg-1 0,06 0,33 0,20 0,21 30,97 0,98ns

Ar, Sil, Arg_0,1 e 0,3 = areia, silte e argila nas profundidades de 0-10 e 10-30 cm, respectivamente. Ds, Dp, Pt_0,1 e 0,3 = densidade do solo, densidade de partícula e porosidade total nas profundidade de 0-10 e 10-30 cm, respectivamente. Mi, Ma, RP, Ug_0,1 e 0,3 = microporosidade, macroporosidade, resistência a penetração e umidade do solo nas profundidades de 0-10 e 10-30 cm, respectivamente. ns = não significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 %; * e ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 e 1 %, respectivamente.

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Tabela 7 - Análise descritiva de atributos físicos do solo para zona úmida da

região cacaueira da Bahia

Variáveis Unidades Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona úmida

Ar_0,1 g kg-1 36,4 864,8 473,7 478,9 42,57 0,96ns

Sil_0,1 g kg-1 55,2 473,6 189,0 155,2 55,48 0,84**

Arg_0,1 g kg-1 64,0 590,0 337,2 337,5 44,51 0,95ns

Ds_0,1 kg dm-3 0,92 1,78 1,34 1,40 15,10 0,97ns

Dp_0,1 kg dm-3 2,42 2,84 2,60 2,59 3,60 0,96ns

Pt_0,1 m3 m-3 0,33 0,63 0,48 0,47 15,06 0,96ns

Mi_0,1 m3 m-3 0,04 0,58 0,32 0,32 46,52 0,96ns

Ma_0,1 m3 m-3 0,00 0,33 0,17 0,15 51,83 0,95ns

Ar_0,3 g kg-1 38,4 770,6 384,6 382,1 49,27 0,98ns

Sil_0,3 g kg-1 54,5 459,4 157,4 129,0 63,17 0,78**

Arg_0,3 g kg-1 105,0 755,0 458,0 487,5 37,50 0,95ns

Ds_0,3 kg dm-3 1,07 1,87 1,43 1,43 14,10 0,98ns

Dp_0,3 kg dm-3 2,55 2,89 2,69 2,69 2,99 0,97ns

Pt_0,3 m3 m-3 0,30 0,62 0,47 0,47 16,18 0,99ns

Mi_0,3 m3 m-3 0,05 0,51 0,31 0,32 44,15 0,90**

Ma_0,3 m3 m-3 0,00 0,39 0,16 0,14 63,49 0,96ns

RP_0,1 MPa 1,13 4,21 1,68 1,53 37,08 0,58**

RP_0,3 MPa 1,03 4,61 2,13 1,93 34,58 0,89**

Ug_0,1 kg kg-1 0,06 0,64 0,34 0,33 40,37 0,98ns

Ug_0,3 kg kg-1 0,10 0,41 0,30 0,33 29,01 0,90**

Ar, Sil, Arg_0,1 e 0,3 = areia, silte e argila nas profundidades de 0-10 e 10-30 cm, respectivamente. Ds, Dp, Pt_0,1 e 0,3 = densidade do solo, densidade de partícula e porosidade total nas profundidade de 0-10 e 10-30 cm, respectivamente. Mi, Ma, RP, Ug_0,1 e 0,3 = microporosidade, macroporosidade, resistência a penetração e umidade do solo nas profundidades de 0-10 e 10-30 cm, respectivamente. ns = não significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 %; ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 1 %.

Os teores mínimos de P, K, Ca na folha para as zonas em conjunto e na zona

subúmida ficaram abaixo da faixa de suficiência apresentada por Souza Júnior et al.

(2012), de 1,7-2,5 g kg-1, 18-24 g kg-1 e 8-15 g kg-1, respectivamente, no entanto

para zona úmida esses teores se encontraram nesta faixa. Para o Mg os teores

mínimos ficaram abaixo da faixa de suficiência quando comparados com as duas

zonas juntas e a zona úmida, enquanto que para zona subúmida esse teor mínimo

ficou acima dessa faixa. Comparando o teor médio de K na folha entre zona úmida e

zona subúmida nota-se que na zona úmida foi 10,85 % maior, sendo que o teor

deste no solo para esta zona foi 2,04 % superior ao da zona subúmida. As medianas

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não divergiram da média, mostrando que os dados tiveram simetria. Independente

das zonas, as menores amplitudes foram observadas para os teores foliares de P.

Os dados da tabela 9 mostram o teor e o conteúdo de P, K, Ca e Mg na

casca, sendo que o nutriente encontrado em maior quantidade foi o de K, e o menor

foi o de P, em ambas as zonas, corroborando com os resultados de Silva (2009),

que encontrou 1,4 g kg-1 de P e 38,3 g kg-1 de K para o clone PH16. Assim como na

folha, as menores amplitudes na casca foram observadas para os teores de P. A

zona que apresentou os maiores teores de K e Ca na casca foi à zona subúmida, os

quais foram em média 8,1 % e 25 %, respectivamente, superiores em relação à zona

úmida; porém os teores médios de P e de Mg na casca praticamente não diferiram

entre as zonas. Na zona úmida, todos os nutrientes estudados na casca

apresentaram distribuição normal; na zona subúmida também, exceto o Ca (Tabela

9).

Em ambas as zonas, o cotilédone representou em média 85,6 % do peso da

amêndoa, sendo os 14,4 % restante para o tegumento; porém esta propoção entre

cotilédone/tegumento foi em média superior na zona úmida, de 6,64, em relação a

zona subúmida, de 5,24 (Tabela 3). Pode-se observar que os maiores teores no

cotilédone foram de K (Tabela 10), independentemente da zona. Comparando a

casca do fruto (Tabela 9) com o cotilédone (Tabela 10), nota-se que o teor médio de

K na casca foi superior 177,1 %. Por sua vez, o P apresentou teores no cotilédone

maiores do que na casca, em média, 231,6 %. Os menores teores no cotilédone

foram observados para o Ca em ambas as zonas e os menores valores de CV para

o Mg e o K. Na zona subúmida, todas as variáveis apresentaram uma distribuição

normal, com exceção do conteúdo de Ca.

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50

Tabela 8 - Análise descritiva do teor e do conteúdo de P, K, Ca, Mg na folha

para região cacaueira da Bahia:

Variáveis Unidade Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona subúmida + úmida

TP-folha g kg-1 1,33 3,65 2,14 2,00 26,30 0,93**

TK-folha g kg-1 11,07 43,60 24,57 24,28 25,62 0,99ns

TCa-folha g kg-1 1,97 20,35 9,17 9,08 45,18 0,96*

TMg-folha g kg-1 3,83 12,25 6,26 5,95 25,80 0,93**

CP-folha mg por folha 1,20 5,28 2,60 2,45 33,50 0,95** CK-folha mg por folha 11,16 54,50 29,66 28,59 29,95 0,98ns

CCa-folha mg por folha 2,32 30,55 11,53 9,93 56,78 0,93** CMg-folha mg por folha 3,31 17,48 7,78 7,16 38,34 0,94**

zona subúmida

TP-folha g kg-1 1,33 2,66 1,80 1,69 20,33 0,87**

TK-folha g kg-1 11,07 33,26 23,16 23,05 28,42 0,95ns

TCa-folha g kg-1 4,99 20,35 11,55 11,64 32,13 0,98ns

TMg-folha g kg-1 4,51 12,25 6,89 6,54 25,10 0,93*

CP-folha mg por folha 1,20 3,75 2,19 2,04 28,82 0,92** CK-folha mg por folha 11,16 54,50 28,04 26,06 33,92 0,97ns

CCa-folha mg por folha 4,48 30,55 14,44 13,46 44,87 0,95ns

CMg-folha mg por folha 3,32 15,92 8,47 8,12 33,78 0,98ns

zona úmida

TP-folha g kg-1 1,69 3,65 2,47 2,48 21,21 0,95ns

TK-folha g kg-1 18,30 43,60 25,98 24,70 22,06 0,93*

TCa-folha g kg-1 1,97 14,12 6,78 5,81 45,05 0,93*

TMg-folha g kg-1 3,83 9,21 5,64 5,40 21,76 0,94*

CP-folha mg por folha 1,26 5,28 3,02 3,02 29,56 0,99ns

CK-folha mg por folha 13,78 49,43 31,27 29,52 25,58 0,95ns

CCa-folha mg por folha 2,32 25,29 8,62 7,25 60,85 0,87** CMg-folha mg por folha 3,31 17,48 7,08 6,28 41,94 0,87**

TP-folha, TK-folha, TCa-folha, TMg-folha = teor de fósforo, potássio, cálcio e magnésio na folha, respectivamente. CP-folha, CK-folha, CCa-folha, CMg-folha = conteúdo de fósforo, potássio, cálcio e magnésio na folha, respectivamente. ns = não significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 %; * e ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 e 1 %, respectivamente.

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51

Tabela 9: Análise descritiva do teor e do conteúdo de P, K, Ca, Mg na casca

para região cacaueira da Bahia:

Variáveis Unidade Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona subúmida + úmida

TP-casca g kg-1 0,75 2,29 1,52 1,54 22,00 0,99ns

TK-casca g kg-1 23,02 52,68 37,13 37,13 18,69 0,99ns

TCa-casca g kg-1 1,93 8,32 4,04 3,88 29,79 0,92**

TMg-casca g kg-1 1,90 5,29 3,46 3,42 17,60 0,99ns

CP-casca g por fruto 0,04 0,16 0,09 0,09 31,59 0,95**

CK-casca g por fruto 0,99 4,12 2,20 2,14 28,24 0,98ns

CCa-casca g por fruto 0,08 0,43 0,24 0,23 33,65 0,94**

CMg-casca g por fruto 0,10 0,46 0,21 0,20 30,36 0,94**

zona subúmida

TP-casca g kg-1 0,75 2,29 1,53 1,54 21,98 0,98ns

TK-casca g kg-1 24,10 51,73 38,60 40,07 20,12 0,96ns

TCa-casca g kg-1 2,55 8,32 4,50 4,12 31,43 0,93*

TMg-casca g kg-1 2,47 4,38 3,46 3,51 13,48 0,98ns

CP-casca g por fruto 0,04 0,15 0,08 0,08 31,03 0,96ns

CK-casca g por fruto 0,99 3,35 2,14 2,14 29,70 0,97ns

CCa-casca g por fruto 0,12 0,42 0,25 0,24 34,73 0,93*

CMg-casca g por fruto 0,11 0,28 0,19 0,19 22,62 0,97ns

zona úmida

TP-casca g kg-1 0,93 2,27 1,51 1,53 22,30 0,97ns

TK-casca g kg-1 23,02 52,68 35,70 35,68 16,18 0,97ns

TCa-casca g kg-1 1,93 5,03 3,60 3,70 20,62 0,98ns

TMg-casca g kg-1 1,90 5,29 3,47 3,38 21,02 0,98ns

CP-casca g por fruto 0,05 0,16 0,10 0,09 31,05 0,94ns

CK-casca g por fruto 1,09 4,12 2,27 2,15 26,94 0,97ns

CCa-casca g por fruto 0,08 0,43 0,23 0,22 32,49 0,94ns

CMg-casca g por fruto 0,10 0,46 0,22 0,23 33,38 0,96ns

TP-casca, TK-casca, TCa-casca, TMg-casca = teor de fósforo, potássio, cálcio e magnésio na casca, respectivamente. CP-casca, CK-casca, CCa-casca, CMg-casca = conteúdo de fósforo, potássio, cálcio e magnésio na casca, respectivamente. ns = não significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 %; * e ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 e 1 %, respectivamente.

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52

Observando o teor e o conteudo de nutrientes nos componentes do fruto,

nota-se que o K é nutriente em todos eles (casca, cotilédone e tegumento) e tanto o

teor, quanto o conteúdo obteceram a seguinte ordem: K-casca>K-cot>K-teg

(Tabelas 9, 10 e 11). Dos outros três macronutrientes analisados no fruto, em média,

o P foi o que menos se acumulou na casca e no tegumento, mas foi o segundo no

cotilédone; o Ca foi o 2º na casca, 3º no tegumento e último no cotilédone; enquanto

o Mg foi o 2º no tegumento, 3º no cotilédone e último na casa (Tabelas 9, 10 e 11).

Desses quatro nutrientes nos componentes do fruto (Tabelas 9, 10 e 11), os

teores e os conteúdos médios ficaram próximos aos medianos, o que mostra

simetria na distribuição dos dados. Enquanto as amplitudes e os coeficientes de

variação (CVs) altos indicam variabilidade alta, apesar de ser um único clone,

porém, em média, essa variabilidade foi menor que a observada para as folhas

(Tabela 8).

Como consequência, há alta variabilidade, altas amplitudos e altos Cvs

(Tabela 12), para o conteúdo desses nutrientes na amêndoa (cotilédone +

tegumento) e no fruto como um todo (amêndoa + casca). Na zona subúmida os

conteúdos na amêndoa e no fruto foram menores que na zona úmida; e as variáveis

CP-am, CK-am, CMg-am, CP-fr, CK-fr, CCa-fr e CMg-fr da zona subúmida

apresentaram distribuição normal com exceção do CCa-am. Em ambas as zonas

observam-se também simetria dos dados, já que os valores de mediana estão

próximos da média.

Em média, os conteúdos de P, K e Mg na amêndoa da zona úmida foram

33,3, 7,0 e 13,3 %, respectivamente, superiores em relação à zona subúmida; sendo

que para o conteúdo destes nutrientes no fruto como um todo, estes valores médios

foram superiores 22,2, 6,7 e 14,7 %, respectivamente, para a zona úmida (Tabela

12), refletindo principalmente o maior acúmulo médio de biomassa do fruto (casca

mais amêndoa) produzido na região mais úmida, que foi de 17,0 e 24,9 % para

casca e amêndoa, respectivamente (Tabela 3).

Para a exportação dos macronutrientes (Tabela 13), comparando as duas

zonas juntas, observa-se que a maioria das variáveis apresentaram uma distribuição

não normal, com exceção de P2O5am, MgOam e MgOfr. De modo geral, essas

variáveis também apresentaram alta variabilidade, com exceção do MgO na

amêndoa que teve um baixo CV; notam-se as maiores médias de exportação para o

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53

K2O tanto na amêndoa, quanto na casca e consequentemente no fruto; sendo que a

exportação é a quantidade de nutrientes efetivamente retirada da lavoura (SOUZA

JÚNIOR, 2012), sendo a casca do fruto do cacaueiro considerada um componente

de exportação adicional (SILVA, 2009).

Na zona subúmida (Tabela 14) nota-se que as únicas variáveis que seguiram

distribuição normal foram as exportações de P2O5, K2O e MgO pela amêndoa, sendo

que nessa zona a menor amplitude foi para CaO na amêndoa, apresentando

também a menor média (1,56 kg t-1). Para a zona úmida (Tabela 15), as exportações

via amêndoa, casca e fruto foram menores em relação à zona subúmida. Nota-se

que o K na zona úmida (Tabela 15) foi 13,75 % menor quando comparado com a

zona subúmida. A maior exportação observada para zona úmida foi de P2O5 na

amêndoa sendo superior 3,73 % à zona subúmida. Observando a exportação

(Tabelas 13, 14 e 15) nota-se que o nutriente mais exportado foi o K devido à grande

parte concentrar-se na casca, retornando para lavoura de forma concentrada

(SOUZA JÚNIOR et al., 2012) e o menos exportado foi o Ca. As exprtações de

macronutrientes foram maiores pela casca, em relação à amêndoa. A exportação de

nutriente para o fruto do cupuaçuzeiro, segundo Costa (2006), seguiu a seguinte

ordem: K>Mg>P>Ca, diferente da ordem encontrada nesse estudo para o fruto de

cacau que foi a seguinte: K>P>Mg>Ca.

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Tabela 10: Análise descritiva do teor e do conteúdo de P, K, Ca, Mg no

cotilédone para região cacaueira da Bahia:

Variáveis Unidade Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona subúmida + úmida

TP-cot g kg-1 3,77 6,21 5,04 5,10 11,62 0,98ns

TK-cot g kg-1 7,93 25,14 13,40 13,19 18,19 0,90**

TCa-cot g kg-1 0,36 1,51 0,72 0,67 33,85 0,91**

TMg-cot g kg-1 2,85 4,63 3,61 3,61 8,51 0,98ns

CP-cot g por fruto 0,08 0,38 0,20 0,20 29,91 0,99ns

CK-cot g por fruto 0,28 0,99 0,52 0,53 24,52 0,97ns

CCa-cot g por fruto 0,01 0,07 0,03 0,03 36,64 0,82**

CMg-cot g por fruto 0,05 0,27 0,14 0,14 26,47 0,98ns

zona subúmida

TP-cot g kg-1 3,78 6,21 5,01 5,08 12,75 0,98ns

TK-cot g kg-1 11,75 19,43 14,52 14,18 11,59 0,96ns

TCa-cot g kg-1 0,47 1,51 0,85 0,78 30,65 0,94ns

TMg-cot g kg-1 3,24 4,63 3,77 3,74 7,21 0,96ns

CP-cot g por fruto 0,09 0,29 0,18 0,17 27,53 0,98ns

CK-cot g por fruto 0,28 0,75 0,50 0,51 24,09 0,97ns

CCa-cot g por fruto 0,02 0,07 0,03 0,03 38,04 0,77**

CMg-cot g por fruto 0,07 0,20 0,13 0,13 24,20 0,98ns

zona úmida

TP-cot g kg-1 3,77 6,14 5,07 5,15 10,57 0,98ns

TK-cot g kg-1 7,93 25,14 12,31 12,02 20,94 0,69**

TCa-cot g kg-1 0,36 0,86 0,58 0,58 21,21 0,98ns

TMg-cot g kg-1 2,85 4,11 3,46 3,49 7,55 0,96ns

CP-cot g por fruto 0,08 0,38 0,23 0,23 26,28 0,99ns

CK-cot g por fruto 0,31 0,99 0,54 0,55 24,66 0,95ns

CCa-cot g por fruto 0,01 0,05 0,03 0,03 34,69 0,85**

CMg-cot g por fruto 0,05 0,27 0,16 0,16 25,57 0,97ns

TP-cot, TK-cot, TCa-cot, TMg-cot = teor de fósforo, potássio, cálcio e magnésio no cotilédone, respectivamente. CP-cot, CK-cot, CCa-cot, CMg-cot = conteúdo de fósforo, potássio, cálcio e magnésio no cotilédone, respectivamente. ns não significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 % e ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 1 %.

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Tabela 11: Análise descritiva do teor e do conteúdo de P, K, Ca, Mg no

tegumento para região cacaueira da Bahia:

Variáveis Unidade Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona subúmida + úmida

TP-teg g kg-1 0,84 2,24 1,28 1,21 20,34 0,93** TK-teg g kg-1 5,86 15,80 9,07 8,73 17,54 0,93**

TCa-teg g kg-1 1,17 4,33 2,23 2,08 33,32 0,92** TMg-teg g kg-1* 1,77 3,94 2,59 2,57 17,08 0,97ns

CP-teg g por fruto 0,001 0,015 0,009 0,008 33,80 0,97ns

CK-teg g por fruto 0,003 0,111 0,061 0,062 33,81 0,98ns

CCa-teg g por fruto 0,001 0,031 0,014 0,014 35,24 0,96ns

CMg-teg g por fruto 0,001 0,026 0,017 0,017 25,91 0,97ns

zona subúmida

TP-teg g kg-1 0,84 1,74 1,30 1,26 18,65 0,97ns

TK-teg g kg-1 6,57 12,27 9,12 9,07 13,76 0,99ns

TCa-teg g kg-1 1,25 4,33 2,47 2,25 29,97 0,96ns

TMg-teg g kg-1 1,99 3,71 2,65 2,70 14,10 0,97ns

CP-teg g por fruto 0,004 0,014 0,009 0,008 32,46 0,95ns

CK-teg g por fruto 0,030 0,106 0,061 0,062 31,47 0,96ns

CCa-teg g por fruto 0,007 0,031 0,016 0,015 32,37 0,96ns

CMg-teg g por fruto 0,008 0,024 0,017 0,017 23,72 0,97ns

zona úmida

TP-teg g kg-1 0,95 2,24 1,27 1,18 22,12 0,81** TK-teg g kg-1 5,86 15,80 9,02 8,65 20,81 0,90**

TCa-teg g kg-1 1,17 4,04 1,99 1,94 33,77 0,86** TMg-teg g kg-1 1,77 3,94 2,54 2,44 19,70 0,94* CP-teg g por fruto 0,001 0,015 0,009 0,008 35,52 0,97ns

CK-teg g por fruto 0,003 0,111 0,061 0,057 36,38 0,98ns

CCa-teg g por fruto 0,001 0,024 0,013 0,013 34,20 0,93* CMg-teg g por fruto 0,001 0,026 0,017 0,017 28,19 0,95ns

TP-teg, TK-teg, TCa-teg, TMg-teg = teor de fósforo, potássio, cálcio e magnésio no tegumento, respectivamente. CP-teg, CK-teg, CCa-teg, CMg-teg = conteúdo de fósforo, potássio, cálcio e magnésio no tegumento, respectivamente. ns não significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 %, * e ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 e 1 %, respectivamente.

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Tabela 12: Análise descritiva do teor e do conteúdo de P, K, Ca, Mg na

amêndoa e fruto de cacau para região cacaueira da Bahia:

Variáveis Unidade Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona subúmida + úmida

CP-am g por fruto 0,09 0,39 0,21 0,21 29,01 0,99ns

CK-am g por fruto 0,31 1,08 0,59 0,59 23,67 0,97ns

CCa-am g por fruto 0,02 0,09 0,04 0,04 29,84 0,86**

CMg-am g por fruto 0,07 0,30 0,16 0,16 24,65 0,97ns

CP-fr g por fruto 0,14 0,55 0,30 0,30 27,32 0,98ns

CK-fr g por fruto 1,32 5,20 2,79 2,72 26,01 0,98ns

CCa-fr g por fruto 0,09 0,50 0,28 0,27 31,34 0,95**

CMg-fr g por fruto 0,20 0,75 0,37 0,36 24,80 0,95**

zona subúmida

CP-am g por fruto 0,09 0,30 0,18 0,18 26,56 0,98ns

CK-am g por fruto 0,32 0,81 0,57 0,58 23,00 0,97ns

CCa-am g por fruto 0,03 0,09 0,05 0,04 29,83 0,85**

CMg-am g por fruto 0,08 0,22 0,15 0,15 22,15 0,97ns

CP-fr g por fruto 0,14 0,43 0,27 0,26 24,71 0,98ns

CK-fr g por fruto 1,32 4,03 2,70 2,69 26,75 0,97ns

CCa-fr g por fruto 0,15 0,48 0,29 0,29 31,34 0,95ns

CMg-fr g por fruto 0,20 0,49 0,34 0,35 19,35 0,98ns

zona úmida

CP-am g por fruto 0,09 0,39 0,24 0,24 25,85 0,99ns

CK-am g por fruto 0,31 1,08 0,61 0,61 24,07 0,96ns

CCa-am g por fruto 0,02 0,07 0,04 0,04 27,42 0,83**

CMg-am g por fruto 0,07 0,30 0,17 0,17 24,50 0,97ns

CP-fr g por fruto 0,17 0,55 0,33 0,33 25,38 0,99ns

CK-fr g por fruto 1,52 5,20 2,88 2,80 25,31 0,96ns

CCa-fr g por fruto 0,09 0,50 0,27 0,26 31,19 0,93*

CMg-fr g por fruto 0,21 0,75 0,39 0,40 26,40 0,95ns

CP-am, CK-am, CCa-am, CMg-am = conteúdo de fósforo, potássio, cálcio, magnésio na amêndoa. CP-fr, CK-fr, CCa-fr, CMg-fr = conteúdo de fósforo, potássio, cálcio, magnésio no fruto. ns não significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 %, * e ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 e 1 %, respectivamente.

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Tabela 13: Análise descritiva para exportação pela amêndoa, pela casca e

fruto do cacaueiro, para a zonas subúmida e úmida do sul da Bahia

Variáveis Unidade Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona subúmida + úmida

P2O5am kg t-1 7,60 13,30 10,27 10,40 11,64 0,99ns

K2Oam kg t-1 10,10 26,20 15,31 15,20 15,59 0,92**

CaOam kg t-1 0,70 2,80 1,31 1,20 34,50 0,91**

MgOam kg t-1 4,50 7,00 5,73 5,70 7,65 0,97ns

P2O5cas kg t-1 2,10 12,60 4,59 4,30 37,56 0,86**

K2Ocas kg t-1 34,30 118,80 57,95 56,40 25,56 0,94**

CaOcas kg t-1 3,20 24,40 7,43 7,00 41,77 0,81**

MgOcas kg t-1 3,40 15,20 7,48 7,50 26,22 0,95**

P2O5 fr kg t-1 9,90 24,80 14,86 14,60 17,49 0,94**

K2O fr kg t-1 47,10 137,90 73,26 71,70 21,86 0,94**

CaO fr kg t-1 4,20 26,40 8,74 8,10 38,63 0,83**

MgO fr kg t-1 8,00 20,60 13,21 13,10 15,95 0,98ns

P2O5am, K2Oam, CaOam e MgOam = P2O5, K2O, CaO e MgO exportados pela amêndoa; P2O5cas, K2Ocas, CaOcas e MgOcas = P2O5, K2O, CaO e MgO exportados pela casca; P2O5fr, K2Ofr, CaOfr e MgOfr = P2O5, K2O, CaO e MgO exportados pelo fruto. ns não significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 % e ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 1 %.

Tabela 14: Análise descritiva para exportação pela amêndoa, pela casca e

fruto do cacaueiro, para a zona subúmida do sul da Bahia

Variáveis Unidade Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona subúmida

P2O5am kg t-1 7,60 12,70 10,07 10,10 12,27 0,98ns

K2Oam kg t-1 13,20 21,30 16,41 16,10 9,97 0,97ns

CaOam kg t-1 1,00 2,80 1,56 1,50 28,17 0,94*

MgOam kg t-1 5,30 7,00 5,95 5,90 6,19 0,96ns

P2O5cas kg t-1 2,50 12,60 4,77 4,70 37,86 0,78**

K2Ocas kg t-1 34,30 118,80 62,34 60,00 25,84 0,93*

CaOcas kg t-1 3,70 24,40 8,54 7,90 42,84 0,79**

MgOcas kg t-1 4,10 15,20 7,74 7,90 23,78 0,86**

P2O5 fr kg t-1 10,40 24,80 14,85 14,50 18,51 0,89**

K2O fr kg t-1 49,00 137,90 78,75 77,10 21,19 0,93*

CaO fr kg t-1 5,00 26,40 10,10 9,40 38,15 0,81**

MgO fr kg t-1 10,20 20,60 13,68 13,90 13,47 0,91** P2O5am, K2Oam, CaOam e MgOam = P2O5, K2O, CaO e MgO exportados pela amêndoa; P2O5cas, K2Ocas, CaOcas e MgOcas = P2O5, K2O, CaO e MgO exportados pela casca; P2O5fr, K2Ofr, CaOfr e MgOfr = P2O5, K2O, CaO e MgO exportados pelo fruto. ns não significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 %, * e ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 e 1 %, respectivamente.

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58

Tabela 15: Análise descritiva para exportação pela amêndoa, pela casca e

fruto do cacaueiro, para a zona úmida do sul da Bahia

Variáveis Unidade Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona úmida

P2O5am kg t-1 7,70 13,30 10,46 10,55 10,87 0,98ns

K2Oam kg t-1 10,10 26,20 14,23 13,95 17,74 0,75** CaOam kg t-1 0,70 2,50 1,07 1,00 29,68 0,77** MgOam kg t-1 4,50 6,40 5,53 5,60 7,33 0,94* P2O5cas kg t-1 2,10 9,60 4,41 4,25 37,23 0,91** K2Ocas kg t-1 35,30 86,80 53,68 53,95 22,67 0,95ns

CaOcas kg t-1 3,20 11,00 6,35 5,70 30,71 0,93* MgOcas kg t-1 3,40 12,00 7,22 7,15 28,57 0,97ns

P2O5 fr kg t-1 9,90 20,40 14,86 14,70 16,68 0,97ns

K2O fr kg t-1 47,10 103,80 67,92 67,95 19,91 0,95ns

CaO fr kg t-1 4,20 13,50 7,42 6,70 29,21 0,93*

MgO fr kg t-1 8,00 17,60 12,76 12,50 17,77 0,97ns

P2O5am, K2Oam, CaOam e MgOam = P2O5, K2O, CaO e MgO exportados pela amêndoa; P2O5cas, K2Ocas, CaOcas e MgOcas = P2O5, K2O, CaO e MgO exportados pela casca; P2O5fr, K2Ofr, CaOfr e MgOfr = P2O5, K2O, CaO e MgO exportados pelo fruto. ns não significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 %, * e ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 e 1 %, respectivamente.

O teor de fósforo (P) no solo para zona subúmida apresentou alta correlação

(p<0,01) com o teor e conteúdo na casca e conteúdo no fruto, e também se

correlacionou significativamente (p<0,05) com o teor na folha, teor no cotilédone e

teor no tegumento (Tabela 16). Gonçalves et al. (1986) constataram que a

disponibilidade de P em mudas de Eucalyptus grandis, em solos da região do

cerrado, correlação significativa entre o conteúdo de P na parte aérea e a produção

de matéria seca com os teores de P no solo. O teor na folha se correlacionou com

teor no tegumento (p<0,01) e com teor na casca e conteúdo no tegumento (p<0,05).

Na zona subúmida o conteúdo de P na amêndoa e no fruto se correlacionaram

melhor com os conteúdos na casca, no cotilédone e no tegumento. Na zona úmida o

teor de P no solo não se correlacionou significativamente com os componentes da

planta e o teor na folha, apenas se correlacionou com seu conteúdo foliar; o teor na

casca teve uma alta correlação (p<0,01) com o teor no cotilédone, independente da

região. Observam-se muitas correlações significativas para conteúdo de P entre os

diferentes componentes do fruto, sendo estas correlações, de modo geral, maiores

para a zona subúmida.

Para as zonas em conjunto (Tabela 17), o teor de potássio (K) no solo se

correlacionou significativamente com seus teores na folha (p<0,05) e na casca

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(p<0,01); já o teor de K na folha se correlacionou significativamente com seu

conteúdo (p<0,05) e seus teores na casca e no tegumento (p<0,05). Para a zona

subúmida, o teor de K no solo apresentou correlação significativa com seu teor na

casca e no tegumento, enquanto seu teor da folha se correlacionou

significativamente apenas com seu conteúdo foliar. Na zona úmida, foram

observadas correlações significativas para os teores de K no solo, na folha e na

casca. Independente da zona ocorreu, de modo geral, correlações significativas

entre os conteúdos de K nos diferentes componentes do fruto: casca, cotilédone,

tegumento, amêndoa (cotilédone + tegumento) e fruto (casca + amêndoa).

Observando os teores e conteúdos de cálcio (Ca), tabela 18, nota-se que o

teor de Ca no solo, quando observada as zonas em conjunto apenas se

correlacionou (p<0,01) com o teor na casca, entretanto quando observada

separadamente as zonas, nota-se que o teor de Ca no solo se correlacionou mais

com os compartimentos da planta na zona subúmida do que na zona úmida, tendo o

teor de Ca no solo para zona úmida se correlacionando negativamente com o

conteúdo na amêndoa (-0,33). Barreto et al. (2006), estudando três tipos de sistema

de uso de solo, constataram que o sistema agroflorestal apresentou maiores teores

de Ca, devido a uma correção dois meses antes da coleta, com fosfato de cálcio,

entretanto o solo sob pastejo provavelmente recebeu essa contribuição, uma vez

que anterior a sua implantação, essa área era utilizada com a cultura do cacau. Já o

solo de mata apresentou menores teores, já sendo esperado, uma vez que neste

sistema o que está disponível no solo provavelmente esteja sendo absorvido pela

vegetação, que por sua vez retorna para o solo. O teor da Ca na folha teve boas

correlações com as partes do fruto principalmente com teor na casca, teor no

cotilédone e teor e conteúdo no tegumento; os teores na casca e no cotilédone se

correlacionaram com todas as variáveis. Na zona úmida, o teor de Ca no solo se

correlacionou apenas com o conteúdo na amêndoa (p<0,05), o teor na folha além de

se correlacionar com seu conteúdo também se correlacionou com o teor na casca,

entretanto o teor na casca se correlacionou com o teor no cotilédone e no tegumento

e conteúdo no fruto. O teor no cotilédone se correlacionou com todas as variáveis,

com exceção de teor no solo e folha e conteúdo na folha. Nota-se para o nutriente

Ca maiores correlações dos compartimentos dos frutos para zona úmida.

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Tabela 16: Coeficientes de correlação linear de Pearson entre os teores (T) e

conteúdos (C) de P extraídos das cascas (Ca), dos tegumentos (Te), dos

cotilédones (Co), dos solos (So), das amêndoas (Am), dos frutos (Fr) e das folhas

(Fo) de cacaueiro

P

Variáveis analisadas

zona subúmida + úmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,00ns -0,21ns 0,33** 0,17ns 0,27* -0,06ns 0,27* 0,11ns -0,04ns 0,02ns

TFo

0,74** 0,13ns 0,32** 0,17ns 0,44** 0,00ns 0,01ns 0,42** 0,42**

CFo

0,04ns 0,18ns 0,07ns 0,33** -0,14ns -0,10ns 0,31** 0,29*

TCa

0,55** 0,70** -0,02ns 0,32** 0,02ns -0,03ns 0,18ns

CCa

0,52** 0,61** 0,05ns 0,25* 0,61** 0,81**

TCo

0,22ns 0,32** 0,10ns 0,22ns 0,35**

CCo

-0,15ns 0,31** 1,00** 0,96**

TTe

0,41** -0,14ns -0,09ns

CTe

0,36** 0,35**

CAm 0,96**

zona subúmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,36* -0,19ns 0,42** 0,54** 0,40* 0,28ns 0,34* 0,28ns 0,31ns 0,44**

TFo

0,54** 0,40* 0,14ns 0,25ns 0,03ns 0,45** 0,35* 0,05ns 0,09ns

CFo

0,10ns -0,01ns 0,05ns -0,10ns 0,13ns 0,19ns -0,07ns -0,07ns

TCa

0,69** 0,66** 0,07ns 0,39* 0,12ns 0,07ns 0,32ns

CCa

0,62** 0,56** 0,33* 0,28ns 0,55** 0,79**

TCo

0,36* 0,17ns 0,16ns 0,38* 0,51**

CCo

0,21na 0,45** 0,99** 0,95**

TTe

0,67** 0,23ns 0,29ns

CTe

0,49** 0,47**

CAm 0,95**

zona úmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,02ns -0,06ns 0,22ns -0,23ns 0,08ns -0,26ns 0,19ns -0,17ns -0,25ns -0,27ns

TFo

0,70** 0,08ns 0,31ns 0,14ns 0,32ns -0,20ns -0,15ns 0,29ns 0,32ns

CFo

0,05ns 0,15ns 0,06ns 0,25ns -0,29ns -0,28ns 0,22ns 0,21ns

TCa

0,47** 0,76** -0,08ns 0,26ns -0,08ns -0,09ns 0,12ns

CCa

0,43** 0,62** -0,14ns 0,24ns 0,62** 0,82**

TCo

0,10ns 0,49** 0,04ns 0,08ns 0,23ns

CCo

-0,38* 0,31ns 1,00** 0,95**

TTe

0,20ns -0,37* -0,31ns

CTe

0,36* 0,35*

CAm 0,95** ns

não significativo pelo teste t a 5 % de significância, * significativo pelo teste t a 5 % de significância e ** altamente significativo pelo teste t a 1 % de significância.

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Tabela 17: Coeficientes de correlação linear de Pearson entre os teores (T) e

conteúdos (C) de K extraídos das cascas (Ca), dos tegumentos (Te), dos

cotilédones (Co), dos solos (So), das amêndoas (Am), dos frutos (Fr) e das folhas

(Fo) de cacaueiro

K

Variáveis analisadas

zona subúmida + úmida

TFo CFo TCa CCa Tco CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,25* 0,07ns 0,44** 0,14ns 0,07ns -0,05ns 0,13ns -0,06ns -0,05ns 0,11ns

TFo

0,67** 0,27* 0,22ns -0,11ns 0,01ns 0,23* 0,08ns 0,02ns 0,19ns

CFo

0,07ns 0,07ns -0,20ns -0,06ns -0,07ns -0,10ns 0,02ns 0,05ns

TCa

0,48** 0,09ns 0,10ns 0,19ns 0,01ns 0,10ns 0,43**

CCa

-0,19ns 0,69** 0,09ns 0,32** 0,69** 0,99**

TCo

-0,11ns 0,37** 0,13ns -0,08ns -0,18ns

CCo

-0,05ns 0,41** 0,85** 0,78**

TTe

0,46** 0,01ns 0,08ns

CTe

0,53** 0,38**

CAm 0,79**

zona subúmida

TFo CFo TCa CCa Tco CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,18ns -0,18ns 0,40* 0,41* 0,13ns 0,17ns 0,44** 0,31ns 0,21ns 0,40*

TFo

0,71** 0,26ns 0,07ns 0,08ns -0,13ns 0,41* 0,22ns -0,10ns 0,04ns

CFo

-0,05ns -0,14ns 0,00ns -0,21ns 0,18ns 0,14ns -0,17ns -0,15ns

TCa

0,72** 0,15ns 0,33* 0,29ns 0,11ns 0,32ns 0,69**

CCa

-0,08ns 0,62** 0,31ns 0,31ns 0,62** 0,99**

TCo

0,10ns -0,01ns -0,03ns 0,08ns -0,05ns

CCo

0,10ns 0,41* 0,99** 0,72**

TTe

0,61** 0,18ns 0,31ns

CTe

0,53** 0,37*

CAm 0,73**

zona úmida

TFo CFo TCa CCa Tco CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,32* 0,22ns 0,58** 0,07ns 0,08ns -0,06ns 0,10ns -0,11ns -0,08ns 0,04ns

TFo

0,59** 0,46** 0,35* -0,03ns 0,07ns 0,14ns -0,04ns 0,05ns 0,30ns

CFo

0,38* 0,26ns -0,23ns 0,04ns -0,25ns -0,33* -0,02ns 0,22ns

TCa

0,23ns -0,13ns -0,08ns 0,11ns -0,11ns -0,09ns 0,18ns

CCa

-0,22ns 0,76** -0,06ns 0,34* 0,75** 0,99**

TCo

-0,13ns 0,58** 0,23ns -0,08ns -0,20ns

CCo

-0,14ns 0,42** 0,99** 0,84**

TTe

0,39* -0,07ns -0,06ns

CTe

0,55** 0,39*

CAm 0,83** ns

não significativo pelo teste t a 5 % de significância, * significativo pelo teste t a 5 % de significância e ** altamente significativo pelo teste t a 1 % de significância.

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62

Tabela 18: Coeficientes de correlação linear de Pearson entre os teores (T) e

conteúdos (C) de Ca extraídos das cascas (Ca), dos tegumentos (Te), dos

cotilédones (Co), dos solos (So), das amêndoas (Am), dos frutos (Fr) e das folhas

(Fo) de cacaueiro

ns não significativo pelo teste t a 5 % de significância, * significativo pelo teste t a 5 % de significância

e ** altamente significativo pelo teste t a 1 % de significância

Ca

Variáveis analisadas

zona subúmida + úmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,17ns 0,17ns 0,33** 0,14ns 0,15ns 0,00ns 0,14ns -0,01ns -0,06ns 0,12ns

TFo

0,89** 0,56** 0,19ns 0,47** 0,09ns 0,50** 0,32** 0,21ns 0,20ns

CFo

0,58** 0,24* 0,38** 0,06ns 0,39** 0,27* 0,16ns 0,24* TCa

0,68** 0,55** 0,23* 0,45** 0,36** 0,36** 0,66**

CCa

0,28* 0,53** 0,10ns 0,35** 0,55** 0,99** TCo

0,53** 0,43** 0,44** 0,60** 0,34**

CCo

-0,06ns 0,35** 0,86** 0,62** TTe

0,49** 0,18ns 0,12ns

CTe

0,68** 0,43** CAm 0,65**

zona subúmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,18ns -0,04ns 0,53** 0,33* 0,36* 0,17ns 0,22ns 0,16ns 0,15ns 0,34*

TFo

0,85** 0,44** 0,28ns 0,23ns 0,06ns 0,51** 0,37* 0,18ns 0,30ns

CFo

0,51** 0,37* 0,18ns 0,05ns 0,30ns 0,27ns 0,15ns 0,37*

TCa

0,83** 0,46** 0,16ns 0,33* 0,27ns 0,32ns 0,81** CCa

0,25ns 0,37* 0,09ns 0,20ns 0,38* 0,99**

TCo

0,63** 0,26ns 0,31ns 0,60** 0,33* CCo

-0,06ns 0,30ns 0,86** 0,48**

TTe

0,63** 0,24ns 0,12ns

CTe

0,67** 0,28ns

CAm 0,50**

zona úmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,16ns 0,14ns 0,07ns -0,07ns -0,18ns -0,20ns 0,06ns -0,22ns -0,33* -0,10ns

TFo

0,90** 0,52** -0,03ns 0,13ns -0,07ns 0,27ns -0,20ns -0,13ns -0,05ns

CFo

0,48** -0,03ns 0,08ns -0,09ns 0,27ns -0,11ns -0,16ns -0,05ns

TCa

0,47** 0,39* 0,14ns 0,50** 0,28ns 0,25ns 0,46**

CCa

0,35* 0,74** 0,06ns 0,53** 0,80** 1,00** TCo

0,44** 0,51** 0,37* 0,51** 0,38*

CCo

-0,17ns 0,37* 0,87** 0,77** TTe

0,18ns -0,09ns 0,04ns

CTe

0,63** 0,58** CAm 0,84**

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63

Nota-se que nas zonas em conjunto o teor de Mg no solo (Tabela 19) não se

correlacionou com os teores e os conteúdos na planta; o teor na folha apenas se

correlacionou com seu teor e conteúdo no tegumento; o teor na casca se

correlacionou com o teor no tegumento e conteúdo no fruto (p<0,05), além de se

correlacionar com seu conteúdo (p<0,01); o teor de Mg no cotilédone se

correlacionou positivamente com teor no tegumento (p<0,05) e negativamente com

conteúdo na amêndoa e fruto; o teor no tegumento se correlacionou negativamente

com seu conteúdo na amêndoa e no fruto (p<0,05). Na zona subúmida, o teor de Mg

no solo se correlacionou com o teor na folha e os conteúdos no cotilédone e na

amêndoa (p<0,05), o teor na folha apenas se correlacionou com seu conteúdo,

igualmente ao teor na casca que se correlacionou com seu conteúdo; o conteúdo no

tegumento se correlacionou com conteúdo na amêndoa. Na zona úmida, o teor de

Mg no solo se correlacionou (p<0,05) apenas com o teor no cotilédone; o teor na

folha se correlacionou com seu conteúdo e teor na casca, o teor na casca se

correlacionou com seu conteúdo, teor no tegumento e conteúdo no fruto; em contra

partida o conteúdo de Mg na casca se correlacionou com o conteúdo no tegumento,

amêndoa e fruto (p<0,01), conteúdo no cotilédone teve boas correlações com o

conteúdo no tegumento (p<0,05) e conteúdo na amêndoa e fruto (p<0,01). De

maneira geral, as correlações de Mg na zona úmida foram menores que na zona

subúmida.

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64

Tabela 19: Coeficientes de correlação linear de Pearson entre os teores (T) e

conteúdos (C) de Mg extraídos das cascas (Ca), dos tegumentos (Te), dos

cotilédones (Co), dos solos (So), das amêndoas (Am), dos frutos (Fr) e das folhas

(Fo) de cacaueiro

Mg

Variáveis analisadas

zona subúmida + úmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,09ns 0,09ns -0,01ns -0,09ns 0,10ns -0,01ns -0,08ns -0,13ns -0,01ns -0,07ns

TFo

0,79** 0,22ns -0,02ns 0,10ns -0,15ns 0,26* 0,11ns -0,14ns -0,07ns

CFo

0,29ns 0,01ns -0,04ns -0,13ns 0,31** 0,13ns -0,11ns -0,04ns

TCa

0,45** 0,07ns -0,05ns 0,28* 0,07ns -0,04ns 0,28*

CCa

-0,28* 0,63** -0,17ns 0,29* 0,62** 0,94**

TCo

-0,31** 0,26* 0,13ns -0,26* -0,31**

CCo

-0,42* 0,37** 0,99** 0,85**

TTe

-0,31** -0,40** -0,30**

CTe

0,46** 0,40**

CAm 0,85**

zona subúmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,36* 0,27ns 0,05ns -0,22ns 0,01ns -0,33* -0,13ns -0,19ns -0,33* -0,32ns

TFo

0,73** -0,07ns 0,11ns -0,18ns 0,06ns 0,17ns 0,04ns 0,04ns 0,09ns

CFo

0,00ns 0,12ns -0,28ns 0,00ns 0,17ns 0,13ns -0,01ns 0,08ns

TCa

0,38* 0,12ns -0,20ns 0,02ns -0,11ns -0,20ns 0,14ns

CCa

-0,32ns 0,48** -0,30ns 0,13ns 0,48** 0,90**

TCo

-0,12ns 0,03ns 0,10ns -0,08ns -0,26ns

CCo

-0,21ns 0,37* 0,99** 0,81**

TTe

0,20ns -0,20ns -0,30ns

CTe

0,45** 0,32ns

CAm 0,82**

zona úmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo -0,06ns 0,01ns -0,04ns -0,10ns 0,33* 0,09ns -0,03ns -0,08ns 0,09ns -0,04ns

TFo

0,87** 0,56** 0,11ns -0,06ns -0,10ns 0,32* 0,14ns -0,07ns 0,04ns

CFo

0,50** 0,07ns -0,13ns -0,09ns 0,38* 0,09ns -0,06ns 0,01ns

TCa

0,50** 0,06ns 0,02ns 0,40* 0,17ns 0,04ns 0,35*

CCa

-0,10ns 0,65** -0,08ns 0,43** 0,65** 0,95**

TCo

-0,21ns 0,38* 0,09ns -0,17ns -0,14ns

CCo

-0,51** 0,46** 0,99** 0,85**

TTe

-0,20ns -0,49** -0,26ns

CTe

0,55** 0,52**

CAm 0,85** ns

não significativo pelo teste t a 5 % de significância, * significativo pelo teste t a 5 % de significância e ** altamente significativo pelo teste t a 1 % de significância.

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65

3.4 CONCLUSÕES

Houve muitas variações na disponibilidade de macronutrientes nos solos

estudados, bem como no teor e no conteúdo dos mesmos nas folhas e nos

compartimentos do fruto.

Independente das zonas, o teor de K foi o mais expressivo para os

compartimentos da planta (folha, casca, cotilédone e tegumento).

Os teores de P, Ca e Mg no solo pouco se correlacionaram com os

componentes da planta.

Os teores de K, Ca e Mg na casca foram muito superiores aos encontrados

no tegumento e cotilédone.

O teor de P foi superior no cotilédone em comparação com a casca e

tegumento.

De modo geral, para os macronutrientes analisados, independente das zonas,

houve correlações significativas entre os conteúdos nos componentes do

fruto.

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66

3.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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69

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70

4. Capítulo 2 - Fertilidade do solo e partição de micronutrientes em cacaueiros

Resumo

Os micronutrientes têm importância direta no crescimento e no desenvolvimento do cacaueiro. Esses elementos participam de processos fisiológicos na planta, que estão diretamente associados ao metabolismo vegetal e também podem atuar no controle e resistência a doenças fúngicas. O objetivo deste estudo foi quantificar micronutrientes na folha e fruto (casca e semente: cotilédone + tegumento) de cacaueiro e correlacioná-los com disponibilidade dos mesmos no solo, em lavouras comerciais. A área de estudo abrange duas zonas climáticas: úmida e úmida a subúmida da região cacaueira da Bahia. Foram selecionadas dez propriedades rurais, em cada zona. Em cada propriedade, selecionaram-se quatro plantas (clone PH16) com idade superior a seis anos, em situações topográficas e edáficas distintas. Foram coletadas oito folhas sadias e quatro frutos maduros de cada planta, para determinação de Cu, Fe, Zn e Mn. Para análise química de solo foram coletadas 12 amostras simples, num raio de 1,5 a 2,0 m do caule, na camada de 0-0,10 m; foram determinados: pH (CaCl2); Cu, Fe, Zn e Mn extraídos por Mehlich-1; fósforo remanescente (P-rem) e matéria orgânica. Foram realizadas estatísticas descritivas, teste de normalidade de Shapiro-Wilks e análise de correlação de Pearson utilizando o procedimento CORR do SAS. Houve grande variação nos teores dos micronutrientes catiônicos disponíveis nos solos estudados, bem como nos teores e nos conteúdos dos mesmos nas folhas e nos compartimentos do fruto. As correlações entre micronutrientes no solo, nas folhas e nos compartimentos do fruto variaram de acordo com o nutriente e a região, sendo que de modo geral houve boas correlações entre os conteúdos dos micronutrientes nos compartimentos do fruto, independente da região. O Mn foi o micronutriente que mais se acumulou nas folhas e nos compartimentos do fruto (casca, tegumento e cotilédone), independe da zona climática, consequentemente foi o mais exportado. Os teores e os conteúdos dos micronutrientes nos compartimentos do fruto foram, em média, maiores na região subúmida em relação à região úmida. Os teores dos micronutrientes no tegumento e na casca foram muito superiores aos encontrados no cotilédone. Palavras-chave: exportação de nutrientes, disponibilidade de nutrientes no solo.

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4. CHAPTER 2 - SOIL FERTILITY AND PARTITION OF MICRONUTRIENT IN

CACAO TREES

ABSTRACT

Micronutrients have critical importance in the growth and development of cacao

trees. These elements participate in physiological processes in the plant, which are

directly associated with plant metabolism and may also have activity in the control

and resistance to fungal diseases. The aim of this study was to quantify

micronutrients in leaf and fruit (peel and seed: cotyledon + seed coat) of cocoa and

correlate them with the availability of the same soil in commercial fields. The study

area covers two climatic zones, humid and sub-humid in the cocoa region of Bahia.

Ten farms were selected in each zone. In each farm, four plants (clone PH16) over

the age of six years in different topographic and edaphic situations were selected.

We collected eight healthy leaves and four ripe fruits from each plant for

determination of Cu, Fe, Zn and Mn. For soil chemical analysis were collected 12

simple samples within 1.5 to 2.0 m from the stem at 0-0.10 m layer, the findings

were: pH (CaCl2), Cu, Fe, Zn and Mn extracted by Mehlich-1 and remaining

phosphorus (P-rem) and organic matter. Descriptive statistics, the Shapiro-Wilks

normality test and Pearson correlation analysis using the SAS CORR procedure

were carried out. There was wide variation in the levels of available nutrients in the

soils, as well as the nutrients levels and the contents in leaves and in the fruit

compartments. The correlations between nutrients in the soil, leaves and fruit

compartments have varied according to the nutrient and the region, and in general

there was good correlation between the content of nutrients in the fruit

compartments, regardless of region. The Mn was the micronutrient that most has

accumulated in the leaves and fruit compartments (peel, seed coat and cotyledon),

independent of climate zone, consequently was the most exported. The levels and

contents of micronutrients in the compartments of the fruit were on average higher in

the sub-humid region in relation to the humid region. The levels of micronutrients in

the tegument and peel were much higher than those found in the cotyledon.

Keywords: export of nutrients, nutrient availability in the soil.

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4.1 Introdução

Os micronutrientes têm importância direta no crescimento e desenvolvimento

do cacaueiro, eles participam de importantes processos fisiológicos na planta, sendo

que alguns destes estão diretamente associados ao controle e resistência a

doenças, nesse caso em especial, a vassoura-de-bruxa (Moniliophthora perniciosa

(Stahel)) (ZAMBOLIM; VENTURA, 1996). Micronutrientes, como por exemplo o

manganês (Mn), podem estar associados a substâncias indutoras de resistência,

onde agem como co-fatores de enzimas e na produção de compostos fenólicos

(Aguilar e Resende, 2001). Em pesquisas realizadas por Aguilar (1999) e Nakayama

et al. (1998) foram observados efeitos positivos do Mn, em pulverização foliar e

solução nutritiva, na proteção contra a vassoura-de-bruxa, produzindo uma

resistência parcial contra a doença.

O cultivo do cacaueiro predominante em solos de média à alta fertilidade na

Bahia inibiu as pesquisas com micronutrientes na região. Porém, os solos do sul da

Bahia, em sua maioria, possuem teores bastante variados de micronutrientes e o

cultivo do cacaueiro em solos de menor fertilidade, associado ao uso intensivo de

corretivos e de adubos apenas com macronutrientes, às exportações da cultura e às

perdas naturais de nutrientes podem causar deficiência de micronutrientes para a

cultura (SANTANA; IUGE, 1979; NAKAYAMA et al., 1986)

A composição química tanto quanto o acúmulo de nutrientes em folhas e

frutos são informações fundamentais para se conhecer as exigências nutricionais de

uma planta, que podem servir como subsídio para estimar a quantidade dos

nutrientes a ser fornecida às plantas por meio da adubação (LAVIOLA et al., 2008).

Sendo importante conhecer as quantidades dos nutrientes que são absorvidos pelas

plantas, exportadas na colheita e os resíduos que ficam nos restos de cultura, que

pela ciclagem podem voltar ao solo reduzindo a adição de adubo requerido

(NAKAYAMA, 2001). Além disso, a composição química da folha do cacaueiro pode

definir limites de interpretação das faixas dos teores adequados na matéria seca.

Barretto et al. (2012) encontraram valores médios de micronutrientes ao

avaliar os nutrientes nas amêndoas de cacau, chegando a teores médios de Fe, Zn,

Cu e Mn, respectivamente, de 570,3; 241,7; 49,2; 25,8 mg kg-1 e concluindo que os

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teores encontrados estão dentro do limite recomendado nos padrões de identidade e

qualidade do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Dessa maneira, a quantificação de nutrientes minerais no fruto e na folha do

cacaueiro, associando a sua disponibilidade no solo, permitem compreender a

distribuição dos nutrientes em importantes órgãos da planta e como cada parte se

correlaciona com a disponibilidade de nutrientes no solo, além de possibilitar estimar

a exportação de nutrientes. Laviola e Dias (2008) afirmaram que o conhecimento

das necessidades nutricionais de uma cultura é essencial para recomendação da

adubação, através da estimativa do acúmulo de nutrientes nas folhas, nos frutos e

pela extração realizada na colheita.

O objetivo deste estudo foi quantificar micronutrientes na folha e fruto (casca

e amêndoa: cotilédone + tegumento) de cacaueiro e correlacioná-los com a

disponibilidade dos mesmos no solo, em lavouras comerciais.

4.2 Material e Métodos

Foram selecionadas 20 propriedades rurais no sul da Bahia que possuem

lavoura cacaueira e utilizam como material genético o clone PH16 (tolerante a

vassoura-de-bruxa) em sistema agrossilvicultural. Sendo que dessas propriedades

selecionadas 10 estão localizadas em zona úmida, que não possui estação seca

definida e se enquadra em sete tipos climáticos segundo Thornthwaite: B4r A’, B3r A’,

B2r A’, B2r B’, B1r A’, B1r’ A’ e B1w A’; e 10 em zona úmida a subúmida, doravante

chamada apenas de subúmida, que possui um a dois meses de seca e se enquadra

em quatro tipos climáticos: C2d A’, C2d’ A’, C2d B’ e C2w A’, tabela 1 (SEI, 2007). Na

tabela 2 estão relacionados os municípios, as zonas e o número de fazendas

selecionadas. Em cada fazenda foram selecionadas quatro plantas, clone PH16, com

idade superior a seis anos, em situações topográficas e edáficas distintas.

Análise química das folhas: de cada planta foram coletadas oito folhas

diagnóstico, caracterizada segundo Sodré et al. (2002), como terceira folha a partir

do ápice de ramo recém amadurecido, sem lançamentos recentes. As folhas foram

coletas no período de janeiro e fevereiro de 2012, acondicionadas em sacos de

papel, em seguida foram lavadas com água destilada e secas em estufa de

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circulação de ar, a 60 ºC por 48 h, depois foram pesadas, trituradas em moinho de

facas e armazenadas em tubos coletores para posterior digestão.

Pesaram-se 0,20 g das folhas já moídas, que foram digeridas utilizando-se 4 mL

de ácido nítrico e 3 mL de peróxido de hidrogênio. Levou-se o material para o bloco

digestor com temperatura inicial de 50 °C por 30 minutos e, temperatura final de 120 °C

por 90 minutos. As amostras foram feitas em duplicatas, avolumadas em tubos falcon

para 14 mL, e posteriormente procederam-se às leituras de Mn, Cu, Zn e Fe no aparelho

de espectrometria de emissão atômica plasma acoplado indutivamente (ICP OES).

Tabela 1: Caracterização climática das zonas úmida e úmida a subúmida do

sul da Bahia

Zonas Climáticas Precipitação

média (mm ano-1) Déficit

hídrico (mm) Excedente hídrico

(mm ano-1)

Úmida > 2000 0 a 345 200 a 1409

Úmida a subúmida (subúmida) 1100 a 2000 3 a 426 22 a 424 Fonte: SEI (2007).

Tabela 2: Relação dos Municípios do sul da Bahia onde estão localizadas as

propriedades rurais selecionadas para este estudo

Zonas Cidades Fazendas

Úmida

Camacã Nossa Senhora de Fátima

Piraí do Norte Deus que me deu

Igrapiúna Santo Antônio

Nova Ibiá São Rafael

Ibirapitanga São Domingos 2

Maraú Moeda

Santa Luzia Bom Retiro

Itabuna Nova Vida

Arataca Ubirajara

Uruçuca Leolinda

Subúmida

Barra do Rocha Bela Floresta

Ibirataia Lajedo do Ouro

Itagibá São Domingos 1

Jequié São Domingos 4

Itagi Jacarandá

Ibirataia Bom futuro

Ipiaú Sucuriú

Ibirataia São José

Ibirataia Canaã

Itagibá Oceania

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Análise química dos frutos: foram coletados quatro frutos maduros de cada

planta, sendo separados em casca e amêndoas, que foram levados para estufa a 60

°C onde permaneceram por um período de 5 dias para secagem. Depois de secas,

as amêndoas foram separadas em cotilédones e tegumentos com auxílio de um

bisturi. Após a secagem, as cascas, os cotilédones e os tegumentos foram pesados,

triturados e digeridos, utilizando-se 0,2 g dos materiais, os quais passaram por

digestão semelhante às amostras de folha, e, posteriormente, procederam-se às

leituras de Mn, Cu, Zn e Fe em ICP OES.

Análise química dos solos: para análise química foram coletadas 12

amostras simples de solo para formar uma composta, num raio de 1,5 a 2,0 m do

caule, na camada de 0-0,10 m, sendo considerada a profundidade de amostragem

mais apropriada para avaliar a fertilidade do solo em lavouras cacaueiras (DANTAS,

2011). As amostras foram secas ao ar e passadas em peneira de 2 mm de abertura

de malha, constituindo-se em terra fina seca ao ar (TFSA). Determinaram-se: pH

(CaCl2) nas proporções de 10 cm3 de solo e 25 ml de CaCl2 0,01 mol L-1; teores de

Mn, Cu, Zn e Fe, extraídos por Mehlich-1 (HCl 0,05 mol L-1 e H2SO4 0,0125 mol L-1)

na proporção 1:10 (solo:solução); os sobrenadantes resultantes foram filtrados e os

nutrientes foram dosados por espectrometria de absorção atômica. Determinaram-se

também: fósforo remanescente (P-rem) e matéria orgânica (MO) (EMBRAPA, 2011).

Análise estatística: foram realizadas estatísticas descritivas: valores

mínimos e máximos, média, mediana e coeficiente de variação. Foi realizado teste

de normalidade de Shapiro-Wilks e análise de correlação de Pearson utilizando o

procedimento CORR do SAS – Statistical Analysis System (SAS Institute Inc, 2004).

Os coeficientes de correlação foram verificados pelo teste t de student a 5 % de

significância.

4.3 Resultados e Discussão

Independente da zona, as variáveis apresentaram grandes amplitudes de

variação e altos CVs, com exceção do pH (Tabela 20). Quando observadas ambas

as zonas em conjunto (subúmida + úmida) apenas a matéria orgânica (MO), pH e P-

rem apresentaram distribuição normal. Independente da zona climática, dentre os

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micronutrientes, os maiores teores médios e medianos foram constatados para o

Mn, sendo a maior média encontrada para zona subúmida (Tabela 20); nesta zona,

a MO, o pH e P-rem apresentaram distribuição normal. Variações dos atributos

químicos do solo estão relacionadas a alterações provocadas pelas adubações e

calagens sucessivas e irregulares (SILVA; CHAVES, 2001).

Na zona úmida, pode-se observar que o Cu foi o micronutriente que teve o

mais alto CV (159,9 %), inclusive com teores médios (12,0 mg dm-3) e máximos

(87,0 mg dm-3) altos, o que pode ser devido ao maior uso de fungicidas cúpricos em

algumas fazendas desta região, devido à maior incidência e severidade de doenças

fúngicas, causadas pela elevada umidade.

Os maiores valores de matéria orgânica (MO) foram observados na zona

úmida, sendo superior 22,9 % em relação à zona subúmida. Isso se deve ao fato de

um suprimento maior de água em decorrência da zona (PEREIRA et al., 2004).

Pode-se observar que na zona subúmida (Tabela 21) apenas o teor e

conteúdo de Mn na folha apresentaram uma distribuição normal, porém houve uma

alta variabilidade e uma alta amplitude de variação independente das zonas e para

todos os micronutrientes. O Mn foi o micronutriente que mais se acumulou nas

folhas independentemente das zonas, teores esses que corroboram com os

resultados de Dantas (2011) que encontrou teores foliares de Mn acima da faixa de

suficiência; neste estudo aqui adotado 150-750 mg kg-1 (SOUZA JÚNIOR et al.,

2012).

As médias dos teores foliares de Zn nas zonas juntas e separadas se

apresentaram abaixo em relação à faixa de suficiência sugerida por Souza Júnior et

al. (2012), que é de 80-150 mg kg-1, sendo essas médias foliares de 60,4; 58,1 e

62,6 mg kg-1 nas zonas em conjunto, zona subúmida e úmida, respectivamente

(Tabela 21).

O teor médio foliar de Fe foi acima da faixa de suficiência sugerida por Souza

Júnior et al. (2012), com exceção da zona úmida que ficou abaixo dessa referência

(49,6 mg kg-1). Os teores médios foliares de Cu tanto para as zonas juntas como

separadas se apresentaram dentro da faixa de suficiência que é de 10-20 mg kg-1

(SOUZA JÚNIOR et al., 2012). Os valores mínimos estão abaixo dessa faixa e o

máximo acima (Tabela 21), dados esses que corroboram com os resultados de

Dantas (2011). As concentrações de micronutrientes nas folhas diferiram quanto às

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zonas; na zona em conjunto observa-se o mesmo comportamento para zona úmida

(Mn>Zn>Fe>Cu), comportamento esse que segue a mesma ordem encontrada por

Costa (2006), entretanto na zona subúmida o teor de Fe foi maior em relação ao Zn,

seguindo a seguinte ordem Mn>Fe>Zn>Cu.

Para os micronutrientes na casca (Tabela 22), tanto para as zonas em

conjunto quanto separadamente, nota-se uma baixa variabilidade (CV %), quando

comparados aos teores especialmente nos solos (Tabelas 20), mas também nas

folhas (Tabelas 21), mas, mesmo assim, apresentaram alta amplitude de variação

(Tabela 22). Observou-se também que a maioria das variáveis apresentou

distribuição normal independente da zona. O menor teor na casca foi o de Zn e o

maior teor de Mn; todos os nutrientes apresentaram altas amplitudes, sendo maiores

para o Fe e Mn na zona úmida. Os altos teores e conteúdos de Mn na casca

implicam em alta demanda deste micronutriente pelo cacaueiro; assim o adequado

manejo das cascas no campo, com distribuição mais homogênea destas, é

fundamental para uma reposição mais uniforme deste nutriente no solo. Estudo

realizado por Chepote (2003), em um Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico,

revelou que o uso de 8 t ha-1 ano-1 de composto de casca do fruto de cacau

promoveu um aumento de 133 % na produção de amêndoas secas de cacau, de

527 para 1229 kg ha-1. Os teores médios e medianos de Cu na casca não variaram

entre as zonas; para o Zn estes valores também foram semelhantes entre as zonas.

Assim como a casca e a folha, o cotilédone (produto utilizado na fabricação

do chocolate) foi o compartimento que apresentou o maior teor médio de Mn,

principalmente na zona subúmida, apresentando uma distribuição normal dos dados

e alta amplitude de variação (Tabela 23). Houve alta variabilidade dos teores e dos

conteúdos de micronutrientes no cotilédone da amêndoa, em especial para a zona

subúmida; sendo que todos os micronutrientes no cotilédone, seja teor ou conteúdo,

apresentaram distribuição não normal para as zonas em conjunto, porém quando

analisados por zona, muitos passaram a ter distribuição normal (Tabela 23). Os

teores médios de Cu, Fe, Mn e Zn para o cotilédone foram superiores na zona

subúmida em 53,5 %; 79,1 %; 125,3 % e 81,2 %, respectivamente, em relação à

zona úmida.

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Tabela 20: Valores mínimos, máximos, médios, medianos, coeficiente de

variação (CV) e teste de normalidade para as variáveis de atributos químicos do solo

(p = 10 cm)

Variáveis Unidades Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona subúmida + úmida

MO g kg-1 7,24 57,51 33,49 32,38 33,10 0,99ns

pH

4,61 7,11 5,90 5,89 9,35 0,99ns

Cu mg dm-3 0,3 87,0 7,3 2,1 196,91 0,49**

Fe mg dm-3 15,6 388,8 67,0 50,9 86,63 0,70**

Mn mg dm-3 6,5 753,6 169,6 144,3 89,49 0,86**

Zn mg dm-3 0,6 30,2 7,1 5,4 81,41 0,84**

P-rem mg L-1 18,4 59,1 38,4 38,3 21,69 0,99ns

zona subúmida

MO g kg-1 7,24 56,69 29,15 28,35 34,95 0,97ns

pH

5,03 7,10 6,02 5,92 8,99 0,97ns

Cu mg dm-3 0,3 14,3 2,6 2,1 93,12 0,71**

Fe mg dm-3 16,1 203,2 53,5 44,8 67,89 0,81**

Mn mg dm-3 22,3 753,6 199,2 179,0 82,78 0,87**

Zn mg dm-3 1,5 30,2 8,8 7,5 73,00 0,87**

P-rem mg L-1 28,4 59,1 40,6 40,7 19,71 0,96ns

zona úmida

MO g kg-1 15,31 57,51 37,83 38,17 27,27 0,98ns

pH - 4,61 7,11 5,79 5,82 9,44 0,98ns

Cu mg dm-3 0,4 87,0 12,0 2,5 159,90 0,64**

Fe mg dm-3 15,6 388,8 80,5 64,4 89,04 0,72**

Mn mg dm-3 6,5 595,6 139,9 96,0 94,93 0,85**

Zn mg dm-3 0,6 21,9 5,3 4,2 82,69 0,83**

P-rem mg L-1 18,4 57,6 36,2 36,1 22,55 0,99ns

MO = matéria orgânica, pH em CaCl2, Cu = cobre, Fe = ferro, Mn = manganês, Zn = zinco, extraídos por Mehlich-1; P-rem = fósforo remanescente. ns não significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 % e ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 1 %.

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Tabela 21: Valores mínimos, máximos, médios, medianos, coeficiente de

variação (CV) e teste de normalidade para as variáveis: teor e conteúdo de Cu, Fe,

Mn e Zn na folha

Variáveis Unidade Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona subúmida + úmida

TCu-folha mg kg-1 3,5 31,7 10,3 9,1 47,96 0,81**

TFe-folha mg kg-1 26,0 207,6 57,0 49,6 48,18 0,73**

TMn-folha mg kg-1 51,0 2.733 1.023 970 63,26 0,96*

TZn-folha mg kg-1 19,9 147,7 60,4 57,1 39,71 0,92**

CCu-folha mg por folha 3,3 36,1 12,5 11,4 47,33 0,91**

CFe-folha mg por folha 22,9 216,1 69,7 60,2 51,43 0,82**

CMn-folha mg por folha 62,0 3.918 1.305 1.089 72,61 0,93**

CZn-folha mg por folha 20,9 280,3 77,4 65,7 61,20 0,81**

zona subúmida

TCu-folha mg kg-1 3,5 31,7 8,6 7,2 55,03 0,64**

TFe-folha mg kg-1 35,4 207,6 64,4 56,2 47,47 0,66**

TMn-folha mg kg-1 330,0 2.733 1.252 1.208 41,43 0,98ns

TZn-folha mg kg-1 19,9 124,6 58,1 56,1 42,95 0,91**

CCu-folha mg por folha 3,3 26,0 10,3 9,2 45,54 0,89**

CFe-folha mg por folha 37,4 216,1 78,5 62,8 49,38 0,79**

CMn-folha mg por folha 334,5 3.918 1.561 1.470 51,00 0,94ns

CZn-folha mg por folha 20,9 253,9 74,0 65,9 62,2 0,82**

zona úmida

TCu-folha mg kg-1 5,8 30,6 12,1 11,2 38,09 0,85**

TFe-folha mg kg-1 26,0 143,1 49,6 42,8 44,25 0,76**

TMn-folha mg kg-1 51,0 2.669 795,4 580,5 86,52 0,88**

TZn-folha mg kg-1 28,7 147,7 62,6 58,4 36,79 0,91**

CCu-folha mg por folha 6,3 36,1 14,7 14,0 42,32 0,91**

CFe-folha mg por folha 22,9 191,6 61,0 54,7 50,44 0,82**

CMn-folha mg por folha 62,0 3.570 1.049 750,3 97,71 0,83**

CZn-folha mg por folha 30,3 280,3 80,8 64,7 60,68 0,81** TCu-folha, TFe-folha, TMn-folha, TZn-folha = teor de cobre, ferro, manganês e zinco na folha, respectivamente. CCu-folha, CFe-folha, CMn-folha, CZn-folha= conteúdo de cobre, ferro, manganês e zinco na folha, respectivamente. ns não significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 %; * e ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 e 1 %, respectivamente.

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Tabela 22: Valores mínimos, máximos, médios, medianos, coeficiente de

variação (CV) e teste de normalidade para as variáveis: teor e conteúdo de Cu, Fe,

Mn e Zn na casca

Variáveis Unidade Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona subúmida + úmida

TCu-casca mg kg-1 75,2 229,4 151,6 153,6 22,03 0,99ns

TFe-casca mg kg-1 189,9 528,8 346,2 342,3 17,59 0,99ns

TMn-casca mg kg-1 2.302 5.268 3.717 3.713 18,69 0,99ns

TZn-casca mg kg-1 101,6 242,0 188,7 186,8 13,85 0,98ns

CCu-casca mg por fruto 3,6 16,4 9,0 8,5 31,64 0,97*

CFe-casca mg por fruto 10,2 45,6 20,6 19,6 30,13 0,95**

CMn-casca mg por fruto 99,0 412,1 220,5 213,6 28,24 0,98ns

CZn-casca mg por fruto 4,9 22,9 11,2 10,8 27,52 0,97ns

zona subúmida

TCu-casca mg kg-1 75,2 229,4 152,7 153,7 22,01 0,98ns

TFe-casca mg kg-1 246,7 437,8 345,8 350,8 13,47 0,98ns

TMn-casca mg kg-1 2.410 5.172 3.860 4.007 20,12 0,96ns

TZn-casca mg kg-1 101,6 241,5 191,7 193,7 13,74 0,94*

CCu-casca mg por fruto 3,6 14,8 8,4 8,1 30,05 0,97ns

CFe-casca mg por fruto 11,3 28,4 18,9 19,3 22,57 0,97ns

CMn-casca mg por fruto 99,0 335,5 213,7 213,6 29,70 0,97ns

CZn-casca mg por fruto 4,9 15,9 10,6 10,6 25,18 0,98ns

zona úmida

TCu-casca mg kg-1 93,0 227,5 150,5 152,4 22,33 0,97ns

TFe-casca mg kg-1 189,9 528,8 346,6 337,4 21,01 0,98ns

TMn-casca mg kg-1 2.302 5.268 3.570 3.568 16,17 0,97ns

TZn-casca mg kg-1 146,0 242,0 185,8 184,9 13,97 0,96ns

CCu-casca mg por fruto 4,5 16,4 9,6 9,1 31,84 0,96ns

CFe-casca mg por fruto 10,2 45,6 22,23 22,4 33,01 0,96ns

CMn-casca mg por fruto 109,5 412,1 227,1 215,0 26,95 0,97ns

CZn-casca mg por fruto 7,1 22,9 11,9 11,6 28,41 0,94* TCu-casca, TFe-casca, TMn-casca, TZn-casca = teor de cobre, ferro, manganês e zinco na casca, respectivamente. CCu-casca, CFe-casca, CMn-casca, CZn-casca = conteúdo de cobre, ferro, manganês e zinco na casca, respectivamente. ns não significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 %; * e ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 e 1 %, respectivamente.

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Tabela 23: Valores mínimos, máximos, médios, medianos, coeficiente de

variação (CV) e teste de normalidade para as variáveis: teor e conteúdo de Cu, Fe,

Mn e Zn no cotilédone

Variáveis Unidade Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona subúmida + úmida

TCu-cot mg kg-1 2,48 32,32 12,28 9,65 55,01 0,87**

TFe-cot mg kg-1 7,57 34,09 15,03 11,20 49,39 0,77**

TMn-cot mg kg-1 12,19 117,01 46,37 34,92 62,12 0,88**

TZn-cot mg kg-1 13,51 57,75 26,50 20,51 48,44 0,77**

CCu-cot mg por fruto 0,04 1,19 0,48 0,42 52,19 0,94**

CFe-cot mg por fruto 0,14 1,38 0,58 0,50 45,83 0,93**

CMn-cot mg por fruto 0,18 5,14 1,76 1,55 58,60 0,90**

CZn-cot mg por fruto 0,24 2,34 1,02 0,91 45,79 0,92**

zona subúmida

TCu-cot mg kg-1 2,48 32,32 14,91 14,17 56,73 0,93*

TFe-cot mg kg-1 7,65 34,09 19,36 21,22 43,53 0,87**

TMn-cot mg kg-1 19,67 117,01 64,56 62,08 45,16 0,95ns

TZn-cot mg kg-1 13,51 57,75 34,28 41,07 41,99 0,86**

CCu-cot mg por fruto 0,04 1,19 0,51 0,45 57,51 0,95ns

CFe-cot mg por fruto 0,14 1,38 0,67 0,64 47,27 0,96ns

CMn-cot mg por fruto 0,35 5,14 2,25 2,03 51,11 0,94ns

CZn-cot mg por fruto 0,39 2,34 1,19 1,03 47,48 0,94*

zona úmida

TCu-cot mg kg-1 4,99 19,07 9,71 9,36 28,90 0,94*

TFe-cot mg kg-1 7,57 17,98 10,81 10,64 18,59 0,87**

TMn-cot mg kg-1 12,19 77,44 28,65 25,43 46,67 0,88**

TZn-cot mg kg-1 13,90 24,47 18,92 18,58 15,10 0,97ns

CCu-cot mg por fruto 0,10 1,16 0,45 0,42 43,83 0,90**

CFe-cot mg por fruto 0,16 0,97 0,49 0,47 33,81 0,95ns

CMn-cot mg por fruto 0,18 3,29 1,29 1,19 47,68 0,95ns

CZn-cot mg por fruto 0,24 1,44 0,86 0,83 32,17 0,98ns

TCu-cot TFe-cot, TMn-cot, TZn-cot = teor de cobre, ferro, manganês e zinco no cotilédone, respectivamente. CCu-cot, CFe-cot, CMn-cot, CZn-cot = conteúdo de cobre, ferro, manganês e zinco no cotilédone, respectivamente. ns não significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 %; * e ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 e 1 %, respectivamente.

Na tabela 24 verifica-se uma menor variabilidade (CV %) para teor e conteúdo

de micronutrientes no tegumento, quando comparados aos altos CV no solo (Tabela

20). O Cu foi o nutriente que apresentou menor teor no tegumento, independente da

zona climática; sendo a zona subúmida a que apresentou menor teor médio deste

nutriente. Semelhante as outras partes vegetais (casca, folha e cotilédone), o Mn foi

o micronutriente mais abundante no tegumento, independente das zonas climática;

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confirmando que este elemento é o micronutrientes mais absorvido pelo cacaueiro

(SOUZA JÚNIOR et al., 2012), no entanto os teores dos outros três micronutrientes

no tegumento também são altos (Tabela 24), em relação ao cotilédone (Tabela 23),

que é a parte da amêndoa utilizada para fabricação do chocolate.

Na tabela 25, conteúdo de micronutrientes na amêndoa e no fruto, nota-se

uma menor variabilidade, quando comparados ao CV do solo, independente da

região; mesmo com baixos CVs, as amplitudes foram altas e os valores de mediana

próximos aos da média indicam uma simetria dos dados. Para as regiões em

conjunto, apenas os conteúdos de Cu na amêndoa (CCu-am) e de ferro no fruto

(CFe-fr) não apresentaram distribuição normal. Na região subúmida, todas as

variáveis apresentaram distribuição normal e alta amplitude de variação; porém na

região úmida apenas CCu-am e CZn-fr não apresentaram distribuição normal.

Observa-se pequena variação do conteúdo médio de micronutrientes na amêndoa e

no fruto, entre as duas regiões (Tabela 25).

Nas tabelas 26, 27 e 28 apresenta-se estimativa das exportações de

micronutrientes para produção de uma tonelada de amêndoas secas, para as

regiões em conjunto e separadamente. Observam-se valores médios de CVs para a

exportação de todos os micronutrientes, porém há amplitude alta das exportações

dos mesmos, independente do nutriente e da região (Tabelas 26, 27 e 28). Quando

as regiões são analisadas em conjunto, os dados de exportação de micronutrientes

não apresentaram distribuição normal (Tabela 26), porém quando analisados

separadamente, muitos mostraram distribuição normal (Tabelas 27 e 28).

Independente do compartimento do fruto, casca ou amêndoa, o Mn foi o

micronutriente mais exportado. Em média, para a produção de uma tonelada de

amêndoas secas, seria exportado 147,7 g e 4.811,1 g de Mn, respectivamente, pela

amêndoa e pela casca; isso implica que a exportação média de Mn pelo fruto foi 847

% superior ao segundo micronutriente mais exportado, que foi o Fe (Tabela 26). As

exportações de nutrientes pelo fruto seguiu a seguinte ordem Mn>>Fe>Zn>Cu,

diferente da observada por Costa (2006) em frutos de cupuaçu (Fe>Mn>Zn). As

exportações de micronutrientes foram muito maiores pela casca do que pela amêndoa

(Tabelas 26, 27 e 28), apontando a importância do manejo do casqueiro na ciclagem

destes nutrientes no sistema (retorno e distribuição do mesmo na lavoura).

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Tabela 24: Valores mínimos, máximos, médios, medianos, coeficiente de

variação (CV) e teste de normalidade para as variáveis: teor e conteúdo de Cu, Fe,

Mn e Zn no tegumento

Variáveis Unidade Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona subúmida + úmida

TCu-teg mg kg-1 65,8 578,5 182,9 167,9 42,75 0,80**

TFe-teg mg kg-1 218,0 1.175,7 423,6 403,1 31,27 0,81**

TMn-teg mg kg-1 394,1 1.445,1 742,0 718,5 27,29 0,94**

TZn-teg mg kg-1 212,6 558,2 379,1 379,4 16,04 0,99ns

CCu-teg mg por fruto 0,16 2,89 1,17 1,17 39,04 0,96*

CFe-teg mg por fruto 0,21 5,49 2,79 2,79 34,50 0,99ns

CMn-teg mg por fruto 0,28 9,17 4,92 4,72 34,72 0,98ns

CZn-teg mg por fruto 0,13 3,94 2,52 2,49 28,66 0,97ns

zona subúmida

TCu-teg mg kg-1 65,80 350,4 162,1 161,9 31,40 0,92**

TFe-teg mg kg-1 219,2 1.175,7 389,0 366,4 38,67 0,59**

TMn-teg mg kg-1 427,1 1.445,1 732,2 666,9 28,53 0,88**

TZn-teg mg kg-1 288,0 558,2 381,8 384,5 15,15 0,96ns

CCu-teg mg por fruto 0,39 2,03 1,07 1,02 36,15 0,97ns

CFe-teg mg por fruto 1,25 5,49 2,54 2,44 34,27 0,92*

CMn-teg mg por fruto 2,50 9,17 4,79 4,62 31,61 0,92*

CZn-teg mg por fruto 1,40 3,94 2,54 2,28 28,44 0,94ns

zona úmida

TCu-teg mg kg-1 94,4 578,5 203,2 189,1 46,31 0,78**

TFe-teg mg kg-1 218,0 742,2 457,4 458,3 22,62 0,98ns

TMn-teg mg kg-1 394,1 1.083,5 751,6 744,8 26,40 0,94*

TZn-teg mg kg-1 212,6 518,3 376,6 372,8 17,06 0,99ns

CCu-teg mg por fruto 0,16 2,89 1,28 1,25 39,38 0,95ns

CFe-teg mg por fruto 0,21 4,91 3,03 3,30 32,81 0,97ns

CMn-teg mg por fruto 0,28 8,78 5,04 5,08 37,44 0,99ns

CZn-teg mg por fruto 0,13 3,73 2,51 2,59 29,26 0,94* TCu-cot TFe-cot, TMn-cot, TZn-cot = teor de cobre, ferro, manganês e zinco no cotilédone, respectivamente. CCu-cot, CFe-cot, CMn-cot, CZn-cot= conteúdo de cobre, ferro, manganês e zinco no cotilédone, respectivamente. ns não significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 %, * e ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 e 1 %, respectivamente.

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Tabela 25: Valores mínimos, máximos, médios, medianos, coeficiente de

variação (CV) e teste de normalidade para a variável: conteúdo de Cu, Fe, Mn e Zn

na amêndoa e no fruto

Variáveis Unidade Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona subúmida + úmida

CCu-am mg por fruto 0,40 4,05 1,65 1,57 38,40 0,96*

CFe-am mg por fruto 0,48 5,79 3,37 3,48 30,75 0,99ns

CMn-am mg por fruto 1,28 12,95 6,68 6,70 31,56 0,98ns

CZn-am mg por fruto 0,57 5,49 3,55 3,54 27,04 0,99ns

CCu-fr mg por fruto 4,21 18,99 10,65 9,92 28,98 0,98ns

CFe-fr mg por fruto 12,71 50,70 23,98 23,15 28,00 0,95**

CMn-fr mg por fruto 101,89 419,70 227,08 220 27,65 0,98ns

CZn-fr mg por fruto 6,84 28,08 14,79 14,86 24,23 0,97ns

zona subúmida

CCu-am mg por fruto 0,43 3,04 1,58 1,52 37,31 0,98ns

CFe-am mg por fruto 1,42 5,79 3,21 3,23 29,71 0,98ns

CMn-am mg por fruto 2,85 12,95 7,03 6,78 30,06 0,95ns

CZn-am mg por fruto 1,92 5,49 3,72 3,70 26,39 0,97ns

CCu-fr mg por fruto 4,21 15,94 9,98 9,84 27,21 0,99ns

CFe-fr mg por fruto 12,71 31,59 22,15 22,19 21,22 0,96ns

CMn-fr mg por fruto 101,89 342,10 220,75 212,4 29,09 0,97ns

CZn-fr mg por fruto 6,84 20,34 14,31 14,18 22,15 0,98ns

zona úmida

CCu-am mg por fruto 0,40 4,05 1,72 1,65 39,23 0,93*

CFe-am mg por fruto 0,48 5,37 3,52 3,78 31,21 0,97ns

CMn-am mg por fruto 1,28 10,31 6,33 6,51 32,68 0,98ns

CZn-am mg por fruto 0,57 5,13 3,38 3,40 27,14 0,96ns

CCu-fr mg por fruto 6,07 18,99 11,31 10,70 29,34 0,96ns

CFe-fr mg por fruto 13,63 50,70 25,76 26,21 30,59 0,96ns

CMn-fr mg por fruto 116,98 419,70 233,42 223,05 26,40 0,97ns

CZn-fr mg por fruto 9,51 28,08 15,25 15,29 25,77 0,94* CCu-am, CFe-am, CMn-am, CZn-am = conteúdo de cobre, ferro, manganês e zinco na amêndoa. CCu-fr, CFe-fr, CMn-fr, CZn-fr = conteúdo de cobre, ferro, manganês e zinco no fruto. ns não significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 %; * e ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 e 1 %, respectivamente.

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Tabela 26: Valores mínimos, máximos, médios, medianos, coeficiente de

variação (CV) e teste de normalidade para as variáveis: exportação pela amêndoa,

pela casca e fruto do cacaueiro, para zona subúmida + úmida

Variáveis Unidade Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona subúmida + úmida

Cu am g t-1 16,6 68,7 35,8 33,8 34,67 0,94**

Fe am g t-1 20,4 170,0 72,6 71,8 26,84 0,89**

Mn am g t-1 54,0 384,6 147,7 139,3 36,06 0,91**

Zn am g t-1 24,3 164,3 78,0 70,8 29,40 0,93**

Cu cas g t-1 93,6 550,6 200,4 186,3 37,54 0,85**

Fe cas g t-1 207,2 918,8 451,0 450,7 26,25 0,95**

Mn cas g t-1 2.850,1 9.864,4 4.811,1 4.682,6 25,55 0,94**

Zn cas g t-1 153,6 496,1 245,5 242,9 24,20 0,93**

Cu fr g t-1 116,9 598,8 236,2 223,4 33,40 0,86**

Fe fr g t-1 278,7 1013,4 523,7 516,6 23,23 0,96*

Mn fr g t-1 2999 10086 4958,8 4838 25,00 0,94**

Zn fr g t-1 209,0 590,1 323,5 319,9 20,87 0,94**

Cu am, Fe am, Mn am e Zn am = Cu, Fe, Mn e Zn exportados pela amêndoa; Cu cas, Fe cas, Mn cas e Zn cas = Cu, Fe, Mn e Zn exportados pela casca; Cu fr, Fe fr, Mn fr e Zn fr = Cu, Fe, Mn e Zn exportados pelo fruto. * e ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 e 1 %, respectivamente.

Tabela 27: Valores mínimos, máximos, médios, medianos, coeficiente de

variação (CV) e teste de normalidade para as variáveis: exportação pela amêndoa,

pela casca e fruto do cacaueiro, para zona subúmida

Variáveis Unidade Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona subúmida

Cu am g t-1 16,6 68,7 38,5 35,4 35,53 0,95ns

Fe am g t-1 44,6 170,0 78,0 76,1 28,22 0,85**

Mn am g t-1 111,7 263,2 170,7 167,8 24,91 0,95ns

Zn am g t-1 56,3 132,1 90,4 88,9 21,01 0,97ns

Cu cas g t-1 111,2 550,6 208,6 205,5 37,90 0,78**

Fe cas g t-1 245,1 918,8 466,8 476,9 23,87 0,86**

Mn cas g t-1 2.850 9.864 5.175 4.982 25,84 0,93*

Zn cas g t-1 165,5 496,1 257,8 252,9 23,25 0,87**

Cu fr g t-1 127,8 598,8 247,1 236,3 33,39 0,81**

Fe fr g t-1 313,7 1.013,4 544,9 542,6 21,80 0,89**

Mn fr g t-1 2.999 10.086 5.346 5.032 25,13 0,93* Zn fr g t-1 229,9 590 348,1 347,8 18,18 0,91**

Cu am, Fe am, Mn am e Zn am = Cu, Fe, Mn e Zn exportados pela amêndoa; Cu cas, Fe cas, Mn cas e Zn cas = Cu, Fe, Mn e Zn exportados pela casca; Cu fr, Fe fr, Mn fr e Zn fr = Cu, Fe, Mn e Zn exportados pelo fruto. ns não significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 %; * e ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 e 1 %, respectivamente.

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86

Tabela 28: Valores mínimos, máximos, médios, medianos, coeficiente de

variação (CV) e teste de normalidade para as variáveis: exportação pela amêndoa,

pela casca e fruto do cacaueiro, para zona úmida

Variáveis Unidade Mínimo Máximo Média Mediana CV % Normalidade

zona úmida

Cu am g t-1 16,8 59,4 33,3 33,0 31,99 0,93*

Fe am g t-1 20,4 92,7 67,3 67,3 22,52 0,94ns

Mn am g t-1 54,0 384,6 125,3 116,9 42,73 0,71**

Zn am g t-1 24,3 164,3 66,0 65,7 30,34 0,67ns

Cu cas g t-1 93,6 419,6 192,4 184,8 37,14 0,90**

Fe cas g t-1 207,2 722,0 435,7 431,3 28,54 0,97ns

Mn cas g t-1 2.926 7.206 4.456 4.478 22,68 0,95ns

Zn cas g t-1 153,6 378,2 233,6 226,2 24,47 0,94*

Cu fr g t-1 116,9 479,0 225,6 214,4 33,15 0,89**

Fe fr g t-1 278,7 767,5 503,0 497,4 24,33 0,97ns

Mn fr g t-1 3.027 7.301 4.582 4.586 22,03 0,95ns

Zn fr g t-1 209,0 529,9 299,6 295,7 21,18 0,92** Cu am, Fe am, Mn am e Zn am = Cu, Fe, Mn e Zn exportados pela casca; Cu fr, Fe fr, Mn fr e Zn fr = Cu, Fe, Mn e Zn exportados pelo fruto. ns não significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 %; * e ** significativo pelo teste de Shapiro-Wilks a 5 e 1 %, respectivamente.

Observaram-se maiores exportações, para todos os quatro micronutriente

analisados, para a região subúmida em relação à região úmida (Tabelas 27 e 28);

sendo estas, em média, superiores na primeira região em 15,7 %, 15,9 %, 36,3 % e

36,9 %, para Cu, Fe, Mn e Zn, respectivamente, para o componente amêndoa

(exportação efetiva) e em 8,4 %, 7,1 %, 16,1 % e 10,4 %, para Cu, Fe, Mn e Zn,

respectivamente, para o componente casca (exportação adicional).

Com base nas quantidades de micronutrientes exportados por tonelada de

amêndoas secas pode-se fazer uma estimativa de quanto deve ser reposto por meio

da adubação.

Em ambas as regiões conjuntamente foram obtidas correlações significativas

e positivas entre o teor de Mn no solo e seu teor e conteúdo na folha e no

cotilédone; porém quando se analisa as regiões separadamente, os teores de Mn no

solo se correlacionam melhor seu teor no cotilédone, para a região subúmida; e com

teor e conteúdo na folha para região úmida (Tabela 29). Independente da região, o

teor foliar de Mn se correlacionou significativamente com seu conteúdo foliar, teor e

conteúdo na casca; porém, apenas para a região úmida verificaram-se correlações

significativas entre Mn na folha e Mn no cotilédone. Para este nutriente, as maiores

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87

correlações entre os componentes da planta foram observadas para a região úmida

(Tabela 29), mostrando que na região de maior precipitação pluvial, há maior relação

entre a distribuição do Mn nos diferentes órgãos da planta.

O teor de Zn no solo não se correlacionou significativamente com seu teor ou

conteúdo em nenhum compartimento da planta, independentemente da região

(Tabela 30), diferente do observado por Dantas (2011), que obteve boas correlações

entre teores de Zn no solo (Mehlich-1 e p = 10 cm) e Zn em folhas de cacaueiro,

sendo estas correlações, apesar de significativas, bem distintas entre as mesmas

regiões aqui estudadas. O teor e o conteúdo foliar de Zn, independente da região,

pouco se correlacionaram com os teores e os conteúdos de Zn nas diferentes partes

do fruto. Ou seja, a disponibilidade de Zn no solo e o status nutricional das folhas

pouco interferiram na composição mineral deste nutriente nas diferentes partes do

fruto. Porém, de modo geral, independente da região, os conteúdos de Zn nos

diferentes compartimentos do fruto se correlacionaram significativa e positivamente

entre si (Tabela 30).

Os teores de Cu no solo se correlacionaram significativamente com o teor e o

conteúdo deste nutriente na folha, no cotilédone e no tegumento e

consequentemente com o seu conteúdo na amêndoa, apenas para a região úmida

(Tabela 31). Dantas (2011) também encontrou correlação significativa (r = 0,54)

entre teores de Cu no solo (Mehlich-1 e p = 10 cm) e Cu foliar, porém apenas para a

região subúmida do sul da Bahia.

Na região úmida, o Cu foliar se correlacionou significativamente também com

o teor e o conteúdo de Cu no cotilédone (Tabela 31), sugerindo que nesta região o

teor no solo e, ou foliar de Cu pode interferir na qualidade mineral desse nutriente no

cotilédone. Semelhantemente ao Zn, independente da região, houve muitas

correlações significativas entre os conteúdos de Cu nos diferentes compartimentos

do fruto (Tabela 31).

O teor de Fe no solo se correlacionou significativamente com o teor e

conteúdo na folha, apenas para a região subúmida (Tabela 32); Dantas também

encontrou correlação (r = 0,67) entre teores de Fe no solo (Mehlich-1 e p = 10 cm) e

Fe foliar em cacaueiros, porém para simultaneamente para as duas sub-regiões aqui

avaliadas, as quais não diferiram estatisticamente entre si, ou seja, esta correlação

significativa encontrada pelo autor independeu da sub-região. Para a região úmida,

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88

só houve correlação significativa do teor de Fe no solo com seu teor e conteúdo no

cotilédone (Tabela 32).

Independente da região, o teor de Fe foliar não se correlacionou

significativamente com os teores e os conteúdos deste elemento nos diferentes

compartimentos do fruto (Tabela 32), porém semelhante aos demais micronutrientes

e independentes da região, houve muitas correlações significativas entre os

conteúdos de Fe nos diferentes compartimentos do fruto (Tabela 32), exceto para

tegumento na região subúmida.

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89

Tabela 29: Coeficientes de correlação linear de Pearson entre os teores (T) e

conteúdos (C) de manganês extraídos das cascas (Ca), dos tegumentos (Te), dos

cotilédones (Co), dos solos (So), das amêndoas (Am), dos frutos (Fr) e das folhas

(Fo) de cacaueiro

Mn

Variáveis analisadas

zona subúmida + úmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,40** 0,43** 0,24* 0,15ns 0,46** 0,32** 0,03ns -0,08ns 0,09ns 0,10ns

TFo

0,93** 0,58** 0,43** 0,52** 0,42** 0,12ns -0,06ns 0,16ns 0,21ns

CFo

0,54** 0,40** 0,49** 0,38** 0,09ns -0,04ns 0,16ns 0,21ns

TCa

0,89** 0,50** 0,49** 0,28* -0,03ns 0,22ns 0,33**

CCa

0,43** 0,52** 0,22ns 0,06ns 0,30** 0,43**

TCo

0,88** 0,05ns -0,02ns 0,41** 0,45**

CCo

0,05ns 0,13ns 0,60** 0,64**

TTe

0,52** 0,44** 0,45**

CTe

0,87** 0,84**

CAm 0,99**

zona subúmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,23ns 0,36* 0,22ns 0,13ns 0,48** 0,25ns -0,03ns -0,04ns 0,10ns 0,11ns

TFo

0,89** 0,49** 0,34* 0,31ns 0,16ns 0,25ns 0,24ns 0,26ns 0,29ns

CFo

0,41* 0,31ns 0,33* 0,17ns 0,23ns 0,28ns 0,29ns 0,31ns

TCa

0,92** 0,36* 0,30ns 0,42** 0,15ns 0,27ns 0,37*

CCa

0,36* 0,43** 0,39* 0,26ns 0,42** 0,52**

TCo

0,85** 0,08ns 0,11ns 0,54** 0,55**

CCo

0,08ns 0,25ns 0,72** 0,73**

TTe

0,61** 0,48** 0,50**

CTe

0,85** 0,83**

CAm 0,99**

zona úmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,51** 0,45** 0,22ns 0,15ns 0,27ns 0,24ns 0,14ns -0,09ns -0,02ns 0,01ns

TFo

0,94** 0,62** 0,48** 0,65** 0,53** 0,09ns -0,17ns 0,00ns 0,07ns

CFo

0,59** 0,44** 0,61** 0,50** 0,04ns -0,18ns -0,02ns 0,05ns

TCa

0,88** 0,95** 0,81** 0,18ns -0,12ns 0,13ns 0,26ns

CCa

0,83** 0,81** 0,09ns -0,05ns 0,19ns 0,35*

TCo

0,89** 0,18ns -0,09ns 0,18ns 0,31ns

CCo

0,08ns 0,15ns 0,43** 0,54**

TTe

0,45** 0,44** 0,43**

CTe

0,96** 0,91**

CAm 0,99** ns

não significativo pelo teste t a 5 % de significância, * significativo pelo teste t a 5 % de significância e ** altamente significativo pelo teste t a 5 % de significância.

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90

Tabela 30: Coeficientes de correlação linear de Pearson entre os teores (T) e

conteúdos (C) de zinco extraídos das cascas (Ca), dos tegumentos (Te), dos

cotilédones (Co), dos solos (So), das amêndoas (Am), dos frutos (Fr) e das folhas

(Fo) de cacaueiro

Zn

Variáveis analisadas

zona subúmida + úmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,20ns 0,14ns 0,03ns 0,01ns 0,12ns 0,02ns 0,12ns 0,13ns 0,11ns 0,04ns

TFo

0,92** 0,02ns -0,07ns -0,26* -0,26* 0,33** 0,15ns -0,02ns -0,07ns

CFo

0,00ns -0,09ns -0,19ns -0,20ns 0,30** 0,12ns -0,01ns -0,08ns

TCa

0,33** 0,15ns 0,12ns 0,17ns 0,01ns 0,07ns 0,30**

CCa

-0,15ns 0,26* -0,11ns 0,35** 0,40** 0,97**

TCo

0,79** -0,06ns 0,00ns 0,39** -0,03ns

CCo

-0,08ns 0,26* 0,69** 0,41**

TTe

0,21ns 0,12ns -0,07ns

CTe

0,88** 0,54**

CAm 0,61**

zona subúmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,24ns 0,18ns -0,01ns 0,09ns -0,14ns -0,18ns 0,12ns 0,19ns 0,04ns 0,09ns

TFo

0,90** -0,06ns -0,33* -0,29ns -0,30ns 0,36* 0,34* 0,08ns -0,01ns

CFo

-0,13ns -0,05ns -0,21ns -0,21ns 0,40* 0,38* 0,16ns 0,01ns

TCa

0,54* 0,08ns 0,12ns 0,26ns 0,18ns 0,20ns 0,51**

CCa

-0,12ns 0,21ns 0,14ns 0,35* 0,38* 0,96**

TCo

0,83** -0,15ns -0,05ns 0,44** 0,04ns

CCo

-0,04ns 0,16ns 0,69** 0,39*

TTe

0,44** 0,30ns 0,21ns

CTe

0,82** 0,55**

CAm 0,63**

zona úmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,26ns 0,18ns -0,01ns 0,07ns 0,21ns 0,16ns 0,11ns 0,04ns 0,08ns 0,08ns

TFo

0,94** 0,13ns -0,15ns -0,23ns -0,16ns 0,32* -0,03ns -0,08ns -0,15ns

CFo

0,14ns -0,15ns -0,28ns -0,20ns 0,23ns -0,11ns -0,15ns -0,16ns

TCa

0,23ns 0,31ns 0,05ns 0,09ns -0,16ns -0,12ns 0,17ns

CCa

0,27ns 0,71** -0,28ns 0,38* 0,52** 0,98**

TCo

0,56** -0,04ns 0,14ns 0,28ns 0,30ns

CCo

-0,24ns 0,54** 0,74** 0,78**

TTe

0,01ns -0,07ns -0,25ns

CTe

0,97** 0,55**

CAm 0,68** ns

não significativo pelo teste t a 5 % de significância, * significativo pelo teste t a 5 % de significância e ** altamente significativo pelo teste t a 5 % de significância.

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91

Tabela 31: Coeficientes de correlação linear de Pearson entre os teores (T) e

conteúdos (C) de cobre extraídos das cascas (Ca), dos tegumentos (Te), dos

cotilédones (Co), dos solos (So), das amêndoas (Am), dos frutos (Fr) e das folhas

(Fo) de cacaueiro

Cu Variáveis analisadas

zona subúmida + úmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,42** 0,49** 0,02ns 0,19ns 0,10ns 0,31** 0,46** 0,44** 0,44** 0,27*

TFo

0,86** 0,00ns 0,13ns 0,00ns 0,14ns 0,20ns 0,23ns 0,22ns 0,17ns

CFo

-0,04ns 0,12ns 0,05ns 0,20ns 0,23* 0,26* 0,27* 0,17ns

TCa

0,56** 0,12ns -0,07ns 0,16ns -0,06ns -0,07ns 0,50**

CCa

-0,02ns 0,17ns 0,06ns 0,38** 0,28* 0,98**

TCo

0,82** 0,19ns 0,27* 0,52** 0,09ns

CCo

0,11ns 0,55** 0,54** 0,68**

TTe

0,37** 0,36** 0,13ns

CTe

0,95** 0,47**

CAm 0,47**

zona subúmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo -0,09ns -0,01ns 0,09ns 0,09ns 0,32ns 0,30ns 0,01ns 0,17ns 0,26ns 0,14ns

TFo

0,85** 0,08ns -0,03ns 0,09ns 0,12ns -0,11ns 0,14ns 0,15ns 0,00ns

CFo

0,03ns -0,03ns 0,21ns 0,23ns -0,01ns 0,27ns 0,29ns 0,03ns

TCa

0,70* 0,15ns 0,01ns 0,05ns -0,01ns 0,00ns 0,65**

CCa

0,07ns 0,16ns 0,09ns 0,21ns 0,22ns 0,98**

TCo

0,89** 0,35* 0,40* 0,71** 0,22ns

CCo

0,32ns 0,49** 0,82** 0,33*

TTe

0,67** 0,59** 0,21ns

CTe

0,90** 0,39*

CAm 0,42**

zona úmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,50** 0,53** 0,03ns 0,17ns 0,71** 0,62** 0,47** 0,48** 0,54** 0,26ns

TFo

0,85** -0,05ns 0,15ns 0,45** 0,34* 0,25ns 0,17ns 0,22ns 0,18ns

CFo

-0,07ns 0,10ns 0,44** 0,35* 0,21ns 0,15ns 0,21ns 0,14ns

TCa

0,49** 0,07ns -0,21ns 0,26ns -0,09ns -0,13ns 0,43**

CCa

0,08ns 0,28ns -0,03ns 0,29ns 0,30ns 0,98**

TCo

0,81** 0,60** 0,69** 0,75** 0,23ns

CCo

0,29ns 0,84** 0,91** 0,45**

TTe

0,20ns 0,24ns 0,02ns

CTe

0,99** 0,47**

CAm 0,48** ns

não significativo pelo teste t a 5 % de significância, * significativo pelo teste t a 5 % de significância e ** altamente significativo pelo teste t a 5 % de significância.

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92

Tabela 32: Coeficientes de correlação linear de Pearson entre os teores (T) e

conteúdos (C) de ferro extraídos das cascas (Ca), dos tegumentos (Te), dos

cotilédones (Co), dos solos (So), das amêndoas (Am), dos frutos (Fr) e das folhas

(Fo) de cacaueiro

Fe

Variáveis analisadas

zona subúmida + úmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,27* 0,20ns -0,06ns 0,19ns 0,00ns 0,12ns 0,06ns 0,11ns 0,13ns 0,20ns

TFo

0,86** 0,08ns -0,01ns 0,27* 0,24* -0,04ns 0,04ns 0,09ns 0,00ns

CFo

0,15ns 0,02ns 0,27* 0,23* 0,01ns 0,06ns 0,11ns 0,04ns

TCa

0,45** 0,09ns 0,01ns 0,15ns 0,07ns 0,07ns 0,43**

CCa

-0,13ns 0,20ns 0,04ns 0,40** 0,42** 0,99**

TCo

0,79** -0,23* -0,20ns 0,01ns -0,12ns

CCo

-0,14ns 0,15ns 0,40** 0,24*

TTe

0,48** 0,41** 0,10ns

CTe

0,97** 0,52**

CAm 0,55**

zona subúmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,58** 0,46** 0,10ns -0,06ns 0,24ns 0,14ns -0,11ns -0,06ns -0,01ns -0,06ns

TFo

0,80** -0,05ns -0,16ns 0,18ns 0,12ns -0,08ns 0,02ns 0,06ns -0,14ns

CFo

-0,08ns -0,11ns 0,20ns 0,15ns -0,06ns 0,10ns 0,15ns -0,08ns

TCa

0,38* 0,24ns 0,05ns 0,03ns -0,10ns -0,08ns 0,33*

CCa

0,05ns 0,27ns 0,06ns 0,30ns 0,36* 0,98**

TCo

0,82** -0,12ns -0,11ns 0,17ns 0,08ns

CCo

-0,07ns 0,09ns 0,42* 0,33*

TTe

0,12ns 0,09ns 0,08ns

CTe

0,94** 0,46**

CAm 0,53**

zona úmida

TFo CFo TCa CCa TCo CCo TTe CTe CAm CFr

TSo 0,28ns 0,19ns -0,04ns 0,19ns 0,42** 0,41* 0,06ns 0,09ns 0,14ns 0,20ns

TFo

0,92** 0,20ns 0,24ns 0,20ns 0,29ns 0,22ns 0,22ns 0,24ns 0,25ns

CFo

0,33* 0,23ns 0,15ns 0,23ns 0,29ns 0,20ns 0,21ns 0,24ns

TCa

0,50** -0,03ns -0,03ns 0,30ns 0,17ns 0,15ns 0,48**

CCa

-0,01ns 0,49** -0,12ns 0,40* 0,43** 0,99**

TCo

0,59** -0,03ns 0,04ns 0,13ns 0,01ns

CCo

-0,01ns 0,58** 0,68** 0,55**

TTe

0,14ns 0,12ns -0,09ns

CTe

0,99** 0,51**

CAm 0,54** ns

não significativo pelo teste t a 5 % de significância, * significativo pelo teste t a 5 % de significância e ** altamente significativo pelo teste t a 5 % de significância.

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93

4.4 CONCLUSÕES

Houve muita variação nos teores disponíveis dos micronutrientes catiônicos

nos solos estudados, bem como no teor e no conteúdo dos mesmos nas

folhas e nos compartimentos do fruto.

Independente da zona climática, o manganês foi o micronutriente que mais se

acumulou nas folhas e nos componentes do fruto, sendo consequentemente o

micronutriente mais absorvido, acumulado e exportado pelo cacaueiro.

Os teores dos micronutrientes no tegumento e na casca foram maiores aos

encontrados no cotilédone.

Os teores e os conteúdos dos micronutrientes no fruto foram, em média,

maiores na região subúmida, em relação à região úmida.

As correlações entre micronutrientes no solo, nas folhas e nos

compartimentos do fruto variaram de acordo com o nutriente e a região,

sendo as menores correlações observadas para o zinco.

De modo geral, independente da zona climática, houve boas correlações

entre os conteúdos dos micronutrientes nos compartimentos do fruto.

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4.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANCHIETA, L. et al. Dependência espacial de atributos químicos do solo em áreas com históricos agrícolas distintos. In: II Simpósio de Geoestatística Aplicada em Ciências Agrárias. Botucatu, SP, 2011. Anais. Botucatu, 1 – 7 p. AGUILAR, M. A. G. Influência do manganês sobre aspectos bioquímicos e fisiológicos da tolerância de cacau (Theobroma cacao L.) à vassoura-de-bruxa (Crinipellis perniciosa (Stahel) Singer. 1999. 85 f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 1999. AGUILAR, M. A. G.; RESENDE, M. L. V. Bases bioquímicas e fisiológicas da resistência a doenças. In: Dias, L. A. S. (Ed.). Melhoramento genético do cacaueiro. Viçosa: FUNAPE, UFG, 2001. p. 325-359. BARRETTO, W. S. et al. Concentração de nutrientes em amêndoas de cacau produzido no sul da Bahia. Anais. In: ICONGRESSO BRASILEIRO DE CACAU, 3. , CEPLAC. Disponível em: <http://www.ceplac.gov.br/paginas/cbc/paginas/publicacao/1-6%20Concetra%C3%A7%C3%A3o%20de%20nutrientes%20em%20am%C3%AAndoas%20de%20cacau%20produzido%20no%20Sul%20da%20Bahia.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2013. CARVALHO, C. H. S. et al. Relação entre produção, teores N, P, K, Ca, Mg, amido e a seca de ramos do catimor (Coffea arabica L.). Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 28, n. 6, p. 665-673, 1993. CHEPOTE, R. E. Efeito do composto da casca do fruto do cacau no crescimento e produção do cacaueiro. Agrotrópica, Ilhéus, v. 15, n. 1. p. 1 – 8, 2003. COSTA, E. L. Exportação de nutrientes em frutos de cupuaçu (Theobroma grandiflorum (Willd. exSpreng.) em três solos da Amazônia Central. 2006. 39 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2006. DANTAS, P. A. S. Relação entre fertilidade do solo e nutrição do cacaueiro no sul da Bahia. 2011. 85 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual de Santa Cruz. Ilhéus, 2011. LAVIOLA, B. G.; DIAS, L. A. S. Teor e acúmulo de nutrientes em folhas e frutos de pinhão-manso. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, v. 32. n. 5. p. 1969-1975, 2008.

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LINDSAY, W. L. Chemical equilibria in soils. New York: John &Wiley. 1979. 449 p. MALAVOLTA, E. Manual de nutrição mineral de plantas. São Paulo: Agronômica Ceres, 2006. 638 p. MALAVOLTA, E.; MALAVOLTA, M. L.; CABRAL, C. P. Nota sobre as exigências minerais do cacaueiro. In: Anais da E. S. A. Luiz de Queiroz. v. 41. 1984. NAKAYAMA, L. H. I. Calagem em solo ácido cultivado com cacau. Revista Theobroma, Ilhéus, v. 16, n. 4, p. 243-247, 1986. NAKAYAMA, L. H. I.; ANDERBRHAN, T.; ALBUQUERQUE, P. S. B. Indução de resistência em Theobroma cacao ao Crinipellis perniciosa, agente causador da vassoura-de-bruxa, através de fertilizantes e ácido salicílico. In: Reunião brasileira de fertilidade do solo e nutrição de plantas, 1998, Caxambu. Resumos. Caxambu. 1998. p. 527. NAKAYAMA, L. H. I. Manejo Químico do Solo para o Cacaueiro. Sistema de produção de cacau para Amazônia brasileira. CEPLAC: Belém. 2001.125 p. PEREIRA, W. L. M.; VELOSO, C. A. C.; GAMA, J. R. N. F. Teor e composição da matéria orgânica de um Latossolo Amarelo cultivado com pastagens na Amazônia Oriental. Revista de Ciência Agrária, Belém, n. 42, p. 265-274, 2004. SANTANA, M. B. M.; IGUE, K. Composição química das folhas do cacaueiro em função da idade e da época do ano. Revista Theobroma, Ilhéus, v. 9, n. 2, p. 63-76, 1979. SEI – Superintendência de estudos econômicos e sociais da Bahia. Informações geoambientais. Tipologia climática, segundo Thornthwaite do estado da Bahia, 2007. Disponível em: <http://www.sei.ba.gov.br/site/geoambientais/cartogramas/pdf/carto_tip_clim.pdf>. Acesso em: 23 set. 2012. SILVA, J. V. O. Produção e partição de biomassa e nutrientes e parametrização de um sistema para recomendação de N, P e K para cacaueiros. 2009. 85 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, 2009.

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SILVA, P. C. M.; CHAVES, L. H. G. Avaliação e variabilidade espacial de fósforo, potássio e matéria orgânica em Alissolos. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 5, n. 3, p. 431-436, 2001. SODRÉ, G. A. et al. Extrato da casca do fruto do cacaueiro como fertilizante potássico no crescimento de mudas de cacaueiro. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 34, n. 3, p. 881-887, 2012. SOUZA, C. A. S. et al. Doses de fósforo e zinco no acúmulo de macro e micronutrientes em mudas de cacaueiro. Agrotrópica, Ilhéus, v. 18, p. 25-38, 2006. SOUZA JÚNIOR, J. O. et al. Diagnose foliar na cultura do cacau. In: PRADO, R. M. Nutrição de Plantas: Diagnose Foliar em Frutíferas. Jaboticabal: FCAV/FAPESP, 2012, p. 443-476. SOUZA, C. A. S. et al. Doses de fósforo e zinco no acúmulo de macro e micronutrientes em mudas de cacaueiro. Agrotrópica, Ilhéus, v. 18, n. único, p. 25-38, 2006. ZAMBOLIM, L.; VENTURA, J. A. Resistência a doenças induzidas pela nutrição das plantas. Piracicaba: POTAFOS, 1996. 16 p.

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APÊNDICE

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Apêndice A - Características granulométricas em 80 áreas distintas e duas profundidades

(continua)

Área

Profundidades (cm) 0-10

10-30

Areia Silte Argila Classificação Textural Areia Silte Argila Classificação Textural

g kg-1

g kg-1

1 645,2 159,8 195 Franco Arenosa 613 182 205 Franco-Argilo-Arenosa

2 594,4 210,6 195 Franco Arenosa 540,1 199,9 260 Franco-Argilo-Arenosa

3 633,3 241,7 125 Franco Arenosa 664,6 195,4 140 Franco Arenosa

4 592,6 257,4 150 Franco Arenosa 473,9 241,1 285 Franco-Argilo-Arenosa

5 316,3 163,7 520 Argilosa 327,1 132,9 540 Argilosa

6 398,5 121,5 480 Argilosa 274,6 65,4 660 Muito Argilosa

7 262,9 202,1 535 Argilosa 255,3 114,7 630 Muito Argilosa

8 379,6 170,4 450 Argilosa 330,9 119,1 550 Argilosa

9 400,4 224,6 375 Franco Argilosa 272,2 67,8 660 Muito Argilosa

10 449,2 140,8 410 Argilo Arenosa 390,2 59,8 550 Argilosa

11 260,2 289,2 450 Argilosa 175,1 69,9 755 Muito Argilosa

12 606,8 123,2 270 Franco-Argilo-Arenosa 497,3 147,7 355 Franco-Argilo-Arenosa

13 635,7 119,3 245 Franco-Argilo-Arenosa 521,2 103,8 375 Argilo Arenosa

14 566,4 118,6 315 Franco-Argilo-Arenosa 464,6 95,4 440 Argilo Arenosa

15 554,2 145,8 300 Franco-Argilo-Arenosa 416,1 98,9 485 Argilo Arenosa

16 465,8 154,2 380 Argilo Arenosa 465,4 89,6 445 Argilo-Arenosa

17 363,7 86,3 550 Argilosa 290,5 54,5 655 Muito Argilosa

18 526,1 143,9 330 Franco-Argilo-Arenosa 483,3 101,7 415 Argilo Arenosa

19 318,3 91,7 590 Argilosa 249,2 70,8 680 Muito Argilosa

20 474,7 105,3 420 Argilo Arenosa 363,4 96,6 540 Argilosa

21 768,6 121,4 110 Franco Arenosa 680,9 104,1 215 Franco-Argilo-Arenosa

22 864,8 55,2 80 Areia Franca 719,4 85,6 195 Muito Argilosa

23 835,4 69,6 95 Franco Arenosa 676,4 133,6 190 Franco Arenosa

24 824 111 64 Areia Franca 770,6 124,4 105 Franco Arenosa

25 36,4 473,6 490 Franco Argilosa 50,6 459,4 490 Argilo Siltosa

26 72,5 467,5 460 Argilo Siltosa 99,9 430,1 470 Argilo Siltosa

27 72,2 427,8 500 Argilo Siltosa 38,4 426,6 535 Argilo Siltosa

28 54 406 540 Argilo Siltosa 44,5 345,5 610 Muito Argilosa

29 555,4 269,5 175 Franco-Argilo-Arenosa 410,2 189,8 400 Argilo Arenosa

30 483,1 211,9 305 Franco Argilosa 227,6 187,4 585 Argilosa

31 487,8 272,2 240 Franco-Argilo-Arenosa 266,9 143,1 590 Argilosa

32 448,3 291,7 260 Franco-Argilo-Arenosa 161,6 218,4 620 Muito Argilosa

33 498,7 156,3 345 Franco-Argilo-Arenosa 410 150 440 Argilo Arenosa

34 467,3 107,7 425 Argilo Arenosa 374 101 525 Argilosa

35 585,3 179,7 235 Franco-Argilo-Arenosa 530,9 179,1 290 Franco-Argilo-Arenosa

36 616,4 123,6 260 Franco-Argilo-Arenosa 581,5 188,5 230 Franco-Argilo-Arenosa

37 378,9 141,1 480 Argilosa 263,7 141,3 595 Argilosa

38 430,9 129,1 440 Argilo Arenosa 289,3 110,7 600 Muito Argilosa

39 638 162 200 Franco-Argilo-Arenosa 475,9 144,1 380 Argilo Arenosa

40 386,9 113,1 500 Argilosa 244,8 125,2 630 Muito Argilosa

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99

Apêndice A - Características granulométricas em 80 áreas distintas e duas profundidades

(conclusão).

Área

Profundidades (cm)

0-10

10-30

Areia Silte Argila Classificação Textural Areia Silte Argila Classificação Textural

g kg-1

g kg-1

41 512,8 127,2 360 Argilo Arenosa 479,7 115,3 405 Argilo Arenosa

42 567,1 152,9 280 Franco-Argilo-Arenosa 640,1 89,9 270 Franco-Argilo-Arenosa

43 607,2 182,8 210 Franco-Argilo-Arenosa 380,7 109,3 510 Argilosa

44 513,6 86,4 400 Argilo Arenosa 450,8 109,2 440 Argilo Arenosa

45 428,3 81,7 490 Argilosa 360,6 89,4 550 Argilosa

46 555,6 69,4 375 Argilo Arenosa 390,5 99,5 510 Argilosa

47 466 79 455 Argilo Arenosa 316,3 58,7 625 Muito Argilosa

48 282,7 292,3 425 Argilosa 383,6 66,4 550 Argilosa

49 335,4 179,6 485 Argilosa 275,6 109,4 615 Muito Argilosa

50 408,9 136,1 455 Argilosa 421,7 103,3 475 Argilosa

51 638,9 176,1 185 Franco Arenosa 651,5 208,5 140 Franco Arenosa

52 842,4 97,6 60 Areia Franca 812,7 147,3 40 Areia Franca

53 427,9 92,1 480 Argilosa 291,8 68,2 640 Muito Argilosa

54 497,6 112,4 390 Argilo Arenosa 416,6 73,4 510 Argilosa

55 502,5 177,5 320 Franco-Argilo-Arenosa 389,6 70,4 540 Argilosa

56 586,5 128,5 285 Franco-Argilo-Arenosa 476,6 88,4 435 Argilo Arenosa

57 477,7 132,2 390 Argilo Arenosa 322,3 77,7 600 Muito Argilosa

58 453,1 96,8 450 Argilo Arenosa 298,1 71,9 630 Muito Argilosa

59 426,7 153,3 420 Argilosa 377,4 112,6 510 Argilosa

60 451,3 178,7 370 Argilo Arenosa 372,5 72,5 555 Argilosa

61 502 138 360 Franco-Argilo-Arenosa 467,4 112,6 420 Argilo Arenosa

62 351,6 123,4 525 Argilosa 203,3 61,7 735 Muito Argilosa

63 336,4 118,6 545 Argilosa 199,9 75,1 725 Muito Argilosa

64 557,3 112,7 330 Franco-Argilo-Arenosa 429 106 465 Argilosa

65 605,6 244,4 150 Franco Arenosa 735,4 174,6 90 Franco Arenosa

66 593,2 171,8 235 Franco-Argilo-Arenosa 525,5 144,5 330 Franco-Argilo-Arenosa

67 633,5 176,5 190 Franco Arenosa 532,4 137,6 330 Franco-Argilo-Arenosa

68 459,9 200,1 340 Franco-Argilo-Arenosa 448,3 166,7 385 Argilo Arenosa

69 807,5 72,5 120 Areia Franca 636,5 93,5 270 Franco-Argilo-Arenosa

70 620,5 114,5 265 Franco-Argilo-Arenosa 464,9 90,1 445 Argilosa

71 577,1 202,9 220 Franco-Argilo-Arenosa 551,6 168,4 280 Franco-Argilo-Arenosa

72 618,9 161,1 220 Franco-Argilo-Arenosa 627,1 112,9 260 Franco-Argilo-Arenosa

73 717,2 102,8 180 Franco Arenosa 658 72 270 Franco-Argilo-Arenosa

74 539,6 335,4 125 Franco Arenosa 410,6 89,4 500 Argilosa

75 780,3 69,7 150 Franco Arenosa 628 92 280 Franco-Argilo-Arenosa

76 869,1 70,9 60 Areia 746,8 88,2 165 Franco Arenosa

77 584,9 265,1 150 Franco Arenosa 587,8 242,2 170 Franco Arenosa

78 630,3 199,7 170 Franco Arenosa 600,8 239,2 160 Franco Arenosa

79 548,2 161,8 290 Franco-Argilo-Arenosa 552 113 335 Franco-Argilo-Arenosa

80 499 106 395 Franco-Argilo-Arenosa 370,1 109,9 520 Argilosa

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100

Apêndice B - Porosidade total, microporosidade, macroporosidade, densidade de partícula e densidade de 80 solos distintos

(continua)

Áreas

Profundidade (cm)

0-10 10-30

DS DP PT Micro Macro

DS DP PT Micro Macro

kg dm-3 m3 m-3

kg dm-3 m3 m-3

1 1,51 2,62 0,42 0,140 0,284

1,48 2,61 0,43 0,137 0,298

2 1,46 2,48 0,41 0,130 0,279

1,67 2,68 0,38 0,081 0,296

3 1,56 2,81 0,45 0,110 0,335

1,68 2,70 0,38 0,292 0,085

4 1,49 2,57 0,42 0,150 0,272

1,79 2,70 0,34 0,052 0,284

5 1,13 2,57 0,56 0,457 0,101

1,24 2,55 0,51 0,431 0,082

6 1,20 2,63 0,55 0,421 0,125

1,41 2,64 0,47 0,428 0,038

7 0,95 2,56 0,63 0,548 0,080

1,22 2,57 0,52 0,475 0,050

8 1,14 2,67 0,57 0,440 0,134

1,21 2,69 0,55 0,432 0,120

9 1,47 2,52 0,42 0,266 0,152

1,42 2,64 0,46 0,221 0,242

10 1,45 2,64 0,45 0,216 0,237

1,43 2,64 0,46 0,238 0,221

11 1,39 2,58 0,46 0,249 0,212

1,19 2,66 0,55 0,162 0,391

12 1,65 2,74 0,40 0,138 0,260

1,54 2,57 0,40 0,161 0,240

13 1,44 2,68 0,46 0,280 0,183

1,25 2,79 0,55 0,294 0,259

14 1,39 2,63 0,47 0,326 0,144

1,38 2,67 0,48 0,333 0,150

15 1,30 2,64 0,51 0,386 0,121

1,74 2,69 0,35 0,142 0,212

16 1,53 2,55 0,40 0,106 0,292

1,53 2,55 0,40 0,106 0,292

17 1,23 2,59 0,53 0,447 0,080

1,19 2,72 0,56 0,416 0,145

18 1,34 2,57 0,48 0,377 0,102

1,40 2,61 0,47 0,337 0,128

19 1,13 2,69 0,58 0,482 0,099

1,14 2,69 0,58 0,434 0,141

20 1,12 2,49 0,55 0,456 0,094

1,28 2,68 0,52 0,415 0,107

21 1,25 2,47 0,49 0,319 0,174

1,68 2,76 0,39 0,307 0,085

22 1,41 2,63 0,46 0,229 0,234

1,87 2,65 0,30 0,133 0,162

23 1,38 2,70 0,49 0,204 0,286

1,63 2,74 0,40 0,268 0,136

24 1,44 2,61 0,45 0,217 0,231

1,71 2,74 0,37 0,212 0,162

25 1,03 2,48 0,59 0,583 0,003

1,43 2,59 0,45 0,439 0,010

26 1,40 2,42 0,42 0,282 0,139

1,49 2,80 0,47 0,413 0,054

27 0,92 2,50 0,63 0,573 0,057

1,55 2,75 0,44 0,433 0,004

28 1,40 2,62 0,46 0,326 0,138

1,41 2,78 0,49 0,471 0,021

29 1,09 2,58 0,58 0,493 0,083

1,45 2,81 0,49 0,439 0,046

30 1,67 2,84 0,41 0,202 0,210

1,53 2,69 0,43 0,279 0,150

31 1,46 2,79 0,48 0,464 0,014

1,38 2,89 0,52 0,480 0,043

32 1,12 2,64 0,58 0,516 0,061

1,23 2,64 0,53 0,510 0,024

33 1,78 2,63 0,33 0,041 0,284

1,56 2,80 0,45 0,175 0,270

34 1,50 2,65 0,43 0,148 0,286

1,48 2,70 0,45 0,207 0,247

35 1,45 2,59 0,44 0,243 0,198

1,52 2,69 0,43 0,178 0,256

36 1,59 2,56 0,38 0,132 0,247

1,56 2,57 0,39 0,126 0,268

37 1,17 2,47 0,52 0,438 0,087

1,11 2,71 0,59 0,448 0,141

38 1,21 2,50 0,52 0,403 0,113

1,12 2,58 0,57 0,449 0,118

39 1,47 2,59 0,43 0,320 0,111

1,31 2,70 0,51 0,443 0,072

40 1,10 2,59 0,58 0,379 0,198 1,07 2,79 0,62 0,430 0,188

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101

Apêndice B - Porosidade total, microporosidade, macroporosidade, densidade de partícula e densidade de 80 solos distintos

(conclusão)

Áreas

Profundidade (cm)

0-10

10-30

DS DP PT Micro Macro

DS DP PT Micro Macro

kg dm-3 m3 m-3

kg dm-3 m3 m-3

41 1,42 2,46 0,42 0,383 0,040

1,49 2,60 0,43 0,368 0,058

42 1,32 2,66 0,50 0,409 0,096

1,55 2,71 0,43 0,328 0,102

43 1,35 2,63 0,49 0,381 0,107

1,38 2,77 0,50 0,449 0,052

44 1,36 2,69 0,50 0,409 0,088

1,27 2,81 0,55 0,406 0,141

45 1,21 2,60 0,53 0,461 0,071

1,17 2,68 0,56 0,366 0,199

46 1,35 2,69 0,50 0,387 0,110

1,38 2,91 0,53 0,401 0,125

47 1,29 2,79 0,54 0,373 0,164

1,43 2,70 0,47 0,419 0,051

48 1,33 2,70 0,51 0,388 0,119

1,37 2,72 0,50 0,391 0,106

49 1,23 2,57 0,52 0,382 0,138

1,32 2,78 0,53 0,391 0,134 50 1,51 2,61 0,42 0,403 0,018

1,48 2,68 0,45 0,334 0,116

51 1,38 2,56 0,46 0,384 0,076

1,55 2,72 0,43 0,289 0,139

52 1,53 2,59 0,41 0,148 0,262

1,58 2,72 0,42 0,151 0,269

53 1,29 2,77 0,54 0,394 0,142

1,31 2,64 0,50 0,396 0,107

54 1,12 2,35 0,52 0,339 0,184

1,42 2,68 0,47 0,382 0,090

55 1,48 2,61 0,43 0,364 0,069

1,42 2,69 0,47 0,369 0,104

56 1,50 2,66 0,44 0,415 0,021

1,38 2,75 0,50 0,370 0,130

57 1,16 2,53 0,54 0,423 0,120

1,40 2,67 0,48 0,449 0,027

58 1,43 2,69 0,47 0,364 0,104

1,38 2,72 0,49 0,450 0,044

59 1,24 2,65 0,53 0,374 0,159

1,35 2,72 0,50 0,424 0,080

60 1,15 2,58 0,55 0,406 0,147

1,28 2,73 0,53 0,394 0,136

61 1,33 2,49 0,46 0,435 0,029

1,57 2,68 0,42 0,378 0,039 62 1,12 2,49 0,55 0,402 0,150

1,38 2,69 0,49 0,441 0,046

63 1,16 2,50 0,54 0,410 0,127

1,31 2,68 0,51 0,445 0,065

64 1,33 2,62 0,49 0,409 0,085

1,30 2,81 0,54 0,375 0,164

65 1,49 2,53 0,41 0,346 0,065

1,74 2,64 0,34 0,230 0,112

66 1,48 2,55 0,42 0,339 0,083

1,54 2,65 0,42 0,308 0,109

67 1,24 2,54 0,51 0,392 0,117

1,65 2,78 0,41 0,326 0,079

68 1,49 2,68 0,45 0,367 0,078

1,45 2,64 0,45 0,332 0,121

69 1,36 2,59 0,47 0,194 0,281

1,61 2,65 0,39 0,304 0,090

70 1,33 2,60 0,49 0,321 0,166

1,36 2,62 0,48 0,391 0,089

71 1,47 2,68 0,45 0,349 0,101

1,66 2,69 0,38 0,334 0,049

72 1,60 2,65 0,40 0,278 0,117

1,23 2,62 0,53 0,406 0,124

73 1,46 2,65 0,45 0,234 0,216

1,49 2,67 0,44 0,275 0,167

74 1,49 2,70 0,45 0,354 0,094

1,26 2,63 0,52 0,387 0,133

75 1,35 2,62 0,49 0,237 0,249

1,54 2,69 0,43 0,314 0,115

76 1,52 2,56 0,41 0,165 0,240

1,66 2,63 0,37 0,253 0,117

77 1,39 2,55 0,46 0,290 0,165

1,60 2,66 0,40 0,262 0,135

78 1,31 2,54 0,48 0,301 0,182

1,72 2,57 0,33 0,281 0,049

79 1,42 2,58 0,45 0,329 0,120

1,60 2,60 0,38 0,322 0,062

80 1,46 2,64 0,45 0,327 0,122 1,36 2,79 0,51 0,383 0,130

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102

Apêndice C - Resistência à penetração de 80 solos distintos (continua)

Resistência à Penetração Umidade

MPa kg kg-1

Área 0-10 10-30 0-10 10-30

1 1,47 1,65 0,25 0,29

2 1,30 1,82 0,28 0,25

3 1,43 1,86 0,26 0,26

4 1,26 3,16 0,31 0,31

5 1,49 2,70 0,40 0,38

6 2,15 3,09 0,32 0,29

7 1,19 1,82 0,52 0,40

8 1,99 2,22 0,48 0,36

9 1,13 1,51 0,40 0,41

10 1,35 1,77 0,42 0,39

11 1,60 1,37 0,50 0,38

12 1,71 1,89 0,25 0,26

13 2,09 2,60 0,17 0,17

14 4,02 4,62 0,15 0,17

15 4,21 4,03 0,16 0,19

17 1,80 2,49 0,40 0,37

18 1,75 2,35 0,30 0,29

19 1,62 1,93 0,47 0,41

20 1,51 1,62 0,43 0,34

21 2,02 2,28 0,15 0,14

22 1,47 2,04 0,15 0,13

23 1,53 2,78 0,08 0,10

24 1,61 3,14 0,06 0,13

25 1,52 1,76 0,64 0,40

26 1,51 2,30 0,52 0,34

27 1,39 1,87 0,56 0,34

28 1,56 1,95 0,53 0,35

29 1,59 1,98 0,52 0,21

30 1,27 1,84 0,40 0,32

31 1,50 2,38 0,29 0,28

32 1,55 2,07 0,28 0,29

33 1,66 1,50 0,27 0,34

34 1,40 1,72 0,42 0,35

35 1,29 1,31 0,31 0,30

36 1,45 2,28 0,33 0,35

37 1,57 1,61 0,39 0,39

38 1,62 1,24 0,33 0,35

39 1,19 1,03 0,31 0,33

40 1,55 1,33 0,40 0,38

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103

Apêndice C - Resistência à penetração de 80 solos distintos (conclusão)

Resistência à penetração Umidade

MPa kg kg-1

Área 0-10 10-30 0-10 10-30

41 3,59 5,09 0,20 0,22

42 2,56 4,97 0,21 0,16

43 2,18 4,69 0,22 0,21

44 1,78 3,66 0,24 0,25

45 2,62 3,32 0,27 0,22

46 2,57 4,88 0,18 0,20

47 2,14 4,71 0,23 0,25

48 2,77 4,87 0,27 0,24

49 2,88 5,65 0,24 0,24

50 2,71 6,60 0,18 0,19

51 2,50 5,39 0,15 0,11

52 1,47 1,33 0,06 0,06

53 2,00 3,90 0,33 0,31

54 1,79 3,37 0,28 0,21

55 4,49 7,11 0,21 0,19

56 1,95 3,05 0,27 0,24

57 1,81 2,97 0,31 0,26

58 2,39 3,58 0,27 0,30

59 2,13 2,97 0,28 0,26

60 2,08 3,14 0,33 0,26

61 2,19 4,33 0,28 0,26

62 1,97 3,63 0,32 0,33

63 2,04 5,02 0,33 0,29

64 1,54 2,44 0,30 0,25

65 1,94 3,13 0,20 0,14

66 4,00 6,14 0,14 0,14

67 4,00 6,77 0,13 0,12

68 4,68 7,32 0,15 0,15

69 2,05 5,74 0,13 0,14

70 1,78 4,11 0,21 0,21

71 1,78 2,65 0,25 0,21

72 2,52 5,43 0,20 0,17

73 1,47 3,17 0,14 0,14

74 2,22 3,15 0,21 0,20

75 1,49 2,17 0,14 0,14

76 1,19 2,03 0,16 0,14

77 3,99 5,95 0,14 0,14

78 3,62 6,14 0,11 0,10

79 2,65 4,60 0,23 0,17

80 2,88 6,78 0,19 0,20