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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - GESTÃO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS PROGRAMA 5S: PERSPECTIVA DOS ESCRITÓRIOS CONTÁBEIS CARIZE GAZOLA BIGUAÇU (SC), NOVEMBRO 2008.

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - GESTÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

PROGRAMA 5S: PERSPECTIVA DOS ESCRITÓRIOS CONTÁBEIS

CARIZE GAZOLA

BIGUAÇU (SC), NOVEMBRO 2008.

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CARIZE GAZOLA

PROGRAMA 5S: PERSPECTIVA DOS ESCRITÓRIOS CONTÁBEIS

Monografia apresentada com requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.

Orientador: Prof. M.sc. Francisco Eugênio Pereira

BIGUAÇU (SC), NOVEMBRO 2008.

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CARIZE GAZOLA

PROGRAMA 5S: PERSPECTIVA DOS ESCRITÓRIOS CONTÁBEIS

Esta monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis da Universidade do Vale do Itajaí – Biguaçu e aprovada pela banca constituída pelo orientador e membros abaixo.

Biguaçu SC, 08 de dezembro de 2008.

________________________________________________ Professora Marialene Pereira

Coordenadora de monografias do curso de Ciências Contábeis

Professores que compuseram a banca:

______________________________________________ Prof. Francisco Eugênio Pereira, M.Sc.

Orientador

______________________________________________ Prof. Silvio Osni Hoerich

Membro de banca

____________________________________________ Prof. Luiz Carlos Wisintainer

Membro de Banca

Biguaçu, SC 2008.

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AGRADECIMENTO

Agradeço a meus pais Sueli e Tarcisio, pelo apoio prestado em toda minha vida o qual possibilitou alcançar esta vitória a qual sinto imenso prazer em dividi-la com vocês.

Agradeço aos meus irmãos Daniela, Grasiane e Felipe, pelos momentos em que passamos juntos, os quais puderam me ajudar a descontrair em meio a grandiosa concentração para a elaboração deste trabalho.

Agradeço a meu namorado pela imensa paciência, compreensão e conhecimento divididos ao longo da nossa jornada.

Agradeço aos meus sogros Judy e Paulo, por me fazerem acreditar que é possível alcançar os nossos objetivos mesmo que pareçam distantes.

Agradeço a Deus, pelo simples fato de minha existência.

Agradeço ao meu orientador Francisco, pela dedicação e atenção despendida na elaboração da presente pesquisa.

Agradeço a todos os escritórios contábeis que tão prontamente atenderam a solicitação da pesquisa.

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A empresa que caminha para a modernidade é aquela onde as pessoas estão comprometidas com o propósito de tomar decisões eticamente

corretas e estão motivadas e capacitadas a fazê-lo. É aquela que adota sólidos padrões éticos face ao ser humano, face ao cliente, face aos

concorrentes, face a cada público com qual se relaciona.

M. D. Silva

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RESUMO

GAZOLA, Carize. Programa 5S: Perspectiva dos Escritórios Contábeis. 2008 XX p. Monografia – Curso de Ciências Contábeis – Centro de Educação Superior IV, Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu. SC.

O presente trabalho tem como finalidade de verificar a perspectiva do programa 5S pelos escritórios contábeis de Florianópolis, analisando o grau de conhecimento do programa básico de qualidade pelos escritórios, divulgar a sua importância e os benefícios que proporcionam melhorias na qualidade dos serviços oferecidos, nos resultados alcançados e principalmente na satisfação dos clientes internos e externos. Inicialmente realizou-se a revisão bibliográfica com a finalidade de aprofundar os fundamentos sobre o programa de qualidade 5S e contribuir na elaboração de uma pesquisa de campo, capaz de propiciar evidencias com relação as vantagens na aplicação desse programa de qualidade. Para elaboração dessa pesquisa foi necessário adequar a metodologia a um instrumento aplicativo de pesquisa de campo, capaz de conhecer uma amostra sobre a perpectiva do programa 5S nos escritórios contábil da cidade de Florianópolis. Conforme identificado nas questões de pesquisa o programa de qualidade 5S é conhecido pelos escritórios contábeis, entretanto, a sua aplicação não é reconhecida como uma ferramenta capaz de melhorar os resultados alcançados nem como um instrumento capaz de garantir a satisfação dos clientes e reduzir os custos. A maioria acredita que o programa pode ser entendido como uma ferramenta capaz de agregar valor para os escritórios contábeis.

Palavras-chave: Programa 5S. Qualidade dos serviços. Amostra. Satisfação dos clientes.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - COMPARAÇÃO ENTRE A CONTABILIDADE GERENCIAL E A CONTABILIDADE FINANCEIRA ...........................................................................................19

FIGURA 2 - EVOLUÇÃO DO 5S NO BRASIL ......................................................................27

FIGURA 3 - ESCLARECIMENTO SOBRE AS DEFINIÇÕES DO PROGRAMA 5S ............28

FIGURA 4 - PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DO 5S ...................................................................31

FIGURA 5 - SENSO DE UTILIZAÇÃO: ETAPA INICIAL ....................................................32

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 - CONHECIMENTO DO PROGRAMA 5S..........................................................46

GRÁFICO 2 - APLICAÇÃO ......................................................................................................47

GRÁFICO 3 - SATISFAÇÃO.....................................................................................................47

GRÁFICO 4 - “LAY-OUT” ........................................................................................................48

GRÁFICO 5 - LIMPEZA E ORGANIZAÇÃO ..........................................................................49

GRÁFICO 6 - LUCRATIVIDADE.............................................................................................49

GRÁFICO 7 - MEDIDAS PREVENTIVAS...............................................................................50

GRÁFICO 8 - MOTIVAÇÃO.....................................................................................................51

GRÁFICO 9 - PRINCIPAIS MOTIVOS PARA A NÃO APLICAÇÃO DOS 5S .....................51

GRÁFICO 10 - PROGRAMA DE QUALIDADE......................................................................52

GRÁFICO 11 - CREDIBILIDADE ............................................................................................53

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 10

1.1 JUSTIFICATIVA.................................................................................................. 11

1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA............................................................................ 12

1.3 OBJETIVOS.......................................................................................................... 13

1.3.1 Objetivo Geral ..................................................................................................... 13

1.3.2 Objetivos Específicos........................................................................................... 13

1.4 SUPOSIÇÕES....................................................................................................... 13

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO.......................................................................... 14

2 CONTABILIDADE GERENCIAL.................................................................... 16

2.1 CONTABILIDADE GERENCIAL / FINANCEIRA ........................................... 18

2.2 O CONTADOR GERENCIAL ............................................................................. 19

2.3 CONTROLE /CONTROLLER .............................................................................. 20

2.4 CONTROLE DE QUALIDADE TOTAL............................................................. 22

2.5 A PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS CONTÁBEIS ............................................... 23

2.6 ORIGEM DO PROGRAMA 5S............................................................................ 25

2.7 DEFINIÇÃO DO PROGRAMA 5S...................................................................... 27

2.8 OBJETIVOS.......................................................................................................... 29

2.9 SEIRI – SENSO DE UTILIZAÇÃO..................................................................... 31

2.10 SEITO – SENSO DE ORDENAÇÃO................................................................... 33

2.11 SEISO – SENSO DE LIMPEZA........................................................................... 35

2.12 SEIKETSU – SENSO DE SAÚDE....................................................................... 37

2.13 SHITSUKE - SENSO DE DISCIPLINA ............................................................. 39

3 METODOLOGIA ............................................................................................... 41

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA................................................................ 41

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3.2 INSTRUMENTOS E COLETA DE DADOS....................................................... 42

3.3 AMOSTRAGEM................................................................................................... 44

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS........................................................................ 46

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 54

5.1 GENERALIDADES.............................................................................................. 54

5.2 QUANTO AO ALCANCE DOS OBJETIVOS .................................................... 54

5.3 LIMITAÇÕES....................................................................................................... 55

5.4 RECOMENDAÇÕES PARA FUTUROS TRABALHOS.................................... 55

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente as rápidas mudanças tecnologias, vêm provocando

acirradas competições internas e externas, exigindo cada vez mais a reflexão

na qualidade dos produtos e serviços oferecidos, quando falamos em

qualidade, logo pensamos no esforço exigido para atender as expectativas de

cada cliente, pois a qualidade está ligada a sentimentos subjetivos que refletem

as necessidades internas de cada um.

Se perguntarmos a algumas pessoas leigas, “O que é Qualidade?”,

possivelmente receberemos respostas distintas, algumas pessoas definem a

qualidade pelo tempo de execução de um serviço, outras se preocupam com a

qualidade do material com que é feito o produto, algumas pelo atendimento,

outras, ainda, avaliam a qualidade pelo preço. O fato é que existem diversas

definições para a qualidade, que estão em constante evolução. Assim o termo

“Qualidade“ é um fator de sobrevivência e competitividade da atualidade.

Investir em qualidade produz: menos defeitos, produtos melhores,

posição financeira melhor, maior bem-estar, menos giro de pessoal, menos

absenteísmo, clientes satisfeitos e conseqüentemente uma imagem melhor da

empresa.

A gestão da qualidade envolve a compreensão dos processos e dos produtos e

serviços, envolve a melhoria dos processos onde há a necessidade de um preparo

mais adequado do mercado.

A garantia da qualidade são as ações tomadas para redução de defeitos, e

desta forma, entende-se que a competitividade organizacional passa obrigatoriamente

pela qualidade de vida no trabalho, é fundamental entender que para atender o cliente

externo as organizações precisam antes satisfazer seus colaboradores, que nada mais

são seus clientes internos, são eles responsáveis pelo produto e serviço oferecido.

Controle da qualidade são as ações relacionadas com a medição da qualidade,

para diagnosticar se os requisitos estão sendo respeitados e se os objetivos da

empresa estão a ser atingido.

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1.1 JUSTIFICATIVA

Uma empresa ou organização eficaz não pode ignorar a qualidade.

Desenvolver qualidade em todas as áreas deveria ser uma parte natural da vida da

empresa, tanto quanto orçamentos, auditorias e projeto de produtos. Além disso,

verifica-se uma crescente necessidade de uma melhor qualidade de vida do cidadão e

do trabalhador.

A definição do termo qualidade deve ser ampliada, não podemos olhar apenas

a qualidade de produtos e serviços, mas também a qualidade das pessoas que fazem

os produtos e prestam os serviços, pois são igualmente cruciais.

A qualidade do produto ou serviço depende dos esforços de indivíduos e de

grupos, é de extrema importância trabalhar com o desenvolvimento contínuo da

qualidade, porém não só pela qualidade técnica ou pelos ganhos financeiros, mas

também pela qualidade das pessoas que as compõem.

A qualidade total é uma filosofia de gestão baseada na satisfação dos clientes

internos e externos envolvidos na empresa, ou seja, um meio para atingir os objetivos

e resultados desejados, e como tal, faz uso de um conjunto de técnicas e ferramentas

integradas a gestão.

Após muita reflexão sobre como iniciar um programa de qualidade e

produtividade, tem-se como conclusão que se deve começar por uma faxina geral.

Diante desta necessidade, surge o programa 5S, com o intuito de criar na organização

um “ambiente de qualidade”.

A pratica dos “5 Sensos” tem sua origem no Japão. Através dela os pais

ensinavam aos seus filhos princípios que deveriam acompanhá-los por toda a vida. No

pós-guerra, na década de 50, as indústrias japonesas, destruídas e arrasadas,

adotaram os 5S como pratica de gestão, com a intenção de reestruturar sua

economia.

Foi assim que este modelo de vida japonês se transformou numa filosofia de

gestão empresarial.

O Programa 5S é uma forma de trabalho que prepara o ambiente para uma

grande transformação, busca a disciplina na empresa, através de pequenas mudanças

no dia-a-dia, promove a consciência e a responsabilidade de todos, de forma a tornar

o ambiente de trabalho agradável, seguro e produtivo, procura mobilizar a organização

para o uso responsável dos recursos nos aspectos físicos (equipamentos, máquinas e

células de trabalho), procedimentos e atitudes.

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È uma filosofia de pratica simples, que promove o crescimento contínuo das

pessoas, num aperfeiçoamento constante da rotina do trabalho diário, e como

conseqüência, a melhoria da qualidade de vida.

O 5S constitui a base para a implementação de um sistema de gestão bem

estruturado. Em qualquer organização humana, gera resultados visíveis e imediatos,

tem como objetivo à melhoria do ambiente de trabalho, no sentido físico, lógico e

mental. Sua base é educativa e prepara as pessoas para a observação crítica da sua

realidade e atuação nos desperdícios, na desorganização, sujeira, nos fatores que

acarretam doenças e conflitos e em outras anomalias do ambiente. Este conjunto de

cinco conceitos que podem ser aplicados tanto na vida profissional como na vida

pessoal, transformam pessoas em gerentes de si mesmo proporcionando uma

melhora para a organização e para o mercado de trabalho.

1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Diante do exposto a contabilidade deixou de ser apenas a escrituração das

mutações do Patrimônio, passando a ser usada como um instrumento de gestão para

o planejamento, controle e tomada de decisões, a fim de acompanhar o

desenvolvimento das empresas e abertura dos mercados, passou a se preocupar com

a questão da qualidade das informações, permitindo aos usuários acompanhar e

avaliar a evolução das empresas através da correta aplicação das normas brasileiras

de contabilidade e princípios fundamentais de contabilidade como meio para atingir

estes fins.

Assim este trabalho propõe uma pesquisa para avaliar a aplicação do

programa 5s nos escritórios contábeis da grande Florianópolis, facilitando medir

resultados a partir das perspectivas, financeiras, clientes, pessoal, processos internos

e educação, a partir desses fundamentos questiona-se:

Os escritórios contábeis atualmente possuem processo de qualidade

formalizado?

Quais as melhorias identificadas nos serviços oferecidos pelos

escritórios contábeis, após a implantação dos 5s?

Qual a visão dos clientes internos e externos com relação a

satisfação, produtividade e motivação a partir da implantação do

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programa 5S?

1.3 OBJETIVOS

Com a realização dessa pesquisa busca-se atingir os seguintes objetivos

propostos.

1.3.1 Objetivo Geral

Elaborar uma pesquisa de campo para identificar junto aos escritórios

contábeis instalados na cidade de Florianópolis, a perspectiva do programa 5s

na prestação de serviços contábeis.

1.3.2 Objetivos Específicos

Elaborar uma pesquisa de campo nos escritórios contábeis na cidade

de Florianópolis para identificar a utilização do programa 5S;

Aprofundar conhecimento bibliográfico sobre a metodologia do

programa 5s;

Conhecer os aspectos da produtividade, motivação, credibilidade e

lucratividade provocada na aplicação do programa 5S.

1.4 SUPOSIÇÕES

O resultado esperado na pesquisa, sobre a utilização do programa 5S

nos escritórios contábeis da grande Florianópolis, possa contribuir para a

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reavaliação da cultura das organizações contábeis, mostrando a importância

de um melhor relacionamento interpessoal e com os clientes externos, uma vez

que adotar a gestão pela qualidade dentro de uma organização contábil

significa preparar o ambiente para uma grande transformação. Com a

implantação do programa 5S, cria-se um ambiente de trabalho dinâmico, onde

todos interagem para um beneficio comum, o programa estimula o trabalho em

equipe, motivando os colaboradores, atendendo às necessidades dos clientes

e tornando a empresa cada vez mais preparada para o mercado competitivo.

Nas organizações de serviços contábeis a implantação de um processo

de qualidade, tanto é benéfico para os clientes externos, como para os clientes

internos, pois proporciona a padronização, elaboração de normas e

procedimentos minimizando a ocorrência de falhas e de re-trabalho, gerando

um resultado final satisfatório ao usuário do serviço prestado.

O processo de implantação da qualidade numa organização depende

muito do quanto cada colaborador se dedicar para que este processo dê certo,

pois do contrário, se não houver uma mobilização total dos colaboradores o

processo não terá sucesso, ou seja, os objetivos devem ser um ponto em

comum, tanto na área operacional, como gerencial.

O colaborador com os quais o cliente interage enquanto o serviço está

sendo realizado, é um componente crucial no julgamento que o cliente terá da

qualidade do serviço. Portanto são fatores fundamentais o treinamento e a

motivação, para manter o colaborador sempre comprometido com a qualidade

do serviço.

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

O trabalho está estruturado em 5 capítulos. Na primeira parte encontra-

se a introdução, a justificativa da escolha do tema, a definição do problema, os

objetivos geral e específicos a serem alcançados e as suposições.

O capitulo dois evidencia a fundamentação teórica onde foi abordando o

programa 5S como uma ferramenta de apoio para a qualidade na prestação do

serviço contábil, envolvendo aqui a contabilidade gerencial e a controladoria.

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No terceiro capítulo foi apresentada a metodologia utiizada na

pesquisa, tendo como foco principal a sua caracterização e o critério utilizado

em relação a presente pesquisa.

O capitulo quatro mostra os resultados obtidos na pesquisa de campo,

as questões formuladas e uma amostra da utilização do programa 5S pelos

escritórios contábeis de Florianópolis.

No capitulo quinto está apresentado as considerações finais, onde pode-

se observar claramente as questões de pesquisa, conhecer o alcance dos

objetivos e a confirmação das suposições.

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2 CONTABILIDADE GERENCIAL

A contabilidade empresarial não participa no processo decisório, mas,

através de suas informações e de relatórios atualizados, desencadeia a tomada

de decisões por parte dos administradores.

Segundo Haussamann (2001 p. 18):

A contabilidade é uma ciência que tem por finalidade registrar e controlar todos os fatos administrativos das empresas em geral, bem como demonstrar as variações qualitativas e quantitativas ocorridas no patrimônio, sob o ponto de vista econômico e financeiro”.

Para Haussamann (2001 p.18 e 19):

Para auxiliar a executar os trabalhos dos administradores de forma eficaz, a contabilidade empresarial deverá direcionar seus objetivos básicos para os seguintes pontos:

1) Escriturar todos os fatos da empresa de acordo com os métodos contábeis uniformes no tempo, segundo os princípios contábeis e a legislação vigente.

2) Através de um sistema de contabilidade, prestar informações periódicas à administração a respeito da situação econômica e financeira da empresa.

As informações gerenciais identificam a existência de um problema ou

da possibilidade de aperfeiçoar procedimentos, através das formas alternativas

de ajustes ou de solução.

Para o Conselho Regional de Contabilidade do estado de São Paulo

(1993 p. 15) “A contabilidade gerencial caracteriza-se exclusivamente por

fornecer dados aos administradores para auxiliá-los no processo decisório de

uma empresa”.

Assim, a contabilidade gerencial é vista como um gerenciamento da informação

contábil.

Segundo Padoveze (2004, p.24):

A contabilidade gerencial é relacionada com o fornecimento de informações para os administradores – isto é, aqueles que estão dentro da organização e que são responsáveis pela direção e controle de suas operações.

Segundo Horngren (1985, p. 4):

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A contabilidade administrativa interessa pela acumulação, classificação e interpretação de informações que ajudem os executivos a atingir objetivos organizacionais tal como explícita ou implicitamente definidos pela direção.

Segundo Anthony (1977 p. 13) “A contabilidade gerencial preocupa-se

com a informação contábil que é útil à administração”.

A informação é a matéria-prima do processo de tomada de decisão.

Com isso a informação útil é aquela que atende às necessidades individuais de

cada gestor.

Para Haussmann (2001 p. 19) “O sistema contábil está representado por

um conjunto de elementos que, ligados harmonicamente entre si, geram

informações úteis para a tomada de decisões”.

Ainda para Haussamann (2001 p. 21):

O sistema da Contabilidade Gerencial tem por finalidade refinar e apresenta de forma transparente, resumida e operacional dados esperados contidos no registro da Contabilidade tradicional, no sistema de custo, e em outros sistemas, bem como juntar tais informes com outros conhecimentos não especificamente ligados à área contábil, para suprir a administração em seu processo decisório.

Para o Conselho regional de contabilidade do estado de São Paulo

(1993 p. 26):

É evidente que a qualidade da informação irá determinar a qualidade da decisão tomada. Se todos estiverem conscientes disso e a empresa trabalhar no sentido de buscar as informações que realmente interessam, proporcionando recursos adequados para sua execução, os resultados serão alcançados.

O que ocorre, normalmente, é que, à medida que a organização cresce, a alta administração se afasta dos níveis operacionais e passa a ter menos conhecimento dos fatos, alguns dos quais podem, inclusive, determinar o sucesso da organização.

Para que o processo de tomada de decisão seja eficaz a alta

administração deve interagir com todas as áreas existentes na empresa, todos

devem estar voltados para um único objetivo.

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2.1 CONTABILIDADE GERENCIAL / FINANCEIRA

Os métodos da contabilidade financeira e da contabilidade gerencial

foram desenvolvidos para diferentes finalidades e para diferentes usuários das

informações financeiras. Há, contudo, numerosas semelhanças entre os

procedimentos da contabilidade financeira e a gerencial.

Segundo Horngren (1985 p. 13) “A contabilidade financeira enfatiza o

preparo de relatórios de uma organização para usuários externos, como, por

exemplo, bancos e o publico investidor”.

Segundo Padoveze (2004, p. 39) Contabilidade financeira “É a

contabilidade a valores históricos, com a contabilização da correção monetária

das demonstrações financeiras em seus aspectos legais”.

Comparação entre a Contabilidade Gerencial e a Contabilidade Financeira

Fator Contabilidade

Financeira Contabilidade Gerencial Usuário dos relatórios Externos e Internos Internos

Objetivos dos relatórios Facilitar a análise financeira para as necessidades dos usuários externos

Objetivo especial de facilitar o planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisão internamente

Forma dos relatórios

Balanço Patrimonial, Demonstrações dos Resultados, Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos e Demonstração das Mutações do Patrimônio líquido

Orçamento, contabilidade por responsabilidade, relatórios de desempenho, relatórios de custo, relatórios especiais não rotineiros para facilitar a tomada de decisão

Freqüência dos relatórios Anual, trimestral e ocasionalmente mensal

Quando necessário pela administração

Custo ou valores utilizados Primariamente históricos (passados)

Históricos e esperados (previstos)

Base de mensuração usadas para quantificar os dados

Moeda corrente Varias bases (moeda corrente, moeda estrangeira - moeda forte, medidas físicas, índices etc.)

Restrições nas informações fornecidas

Princípios Contábeis Geralmente Aceitos

Nenhuma restrição, exceto as determinadas pela administração

Arcabouço teórico e técnico Ciência Contábil

Utilização pesada de outras disciplinas, como economia, finanças, estatística, pesquisa operacional e comportamento organizacional

Características da informação fornecida

Deve ser objetiva (sem viés), verificável, relevante e a tempo

Deve ser relevante e a tempo, podendo ser subjetiva, possuindo menos verificabilidade e menos precisão

Perspectiva dos relatórios Orientação histórica Orientação para o futuro para facilitar o planejamento, controle e avaliação de desempenho antes

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do fato (para impor metas), acoplada com uma orientação história para avaliar os resultados reais (para o controle posterior do fato)

FIGURA 1 - COMPARAÇÃO ENTRE A CONTABILIDADE GERENCIAL E A CONTABILIDADE FINANCEIRA Fonte: Padoveze (2004, p. 24)

2.2 O CONTADOR GERENCIAL

O termo gestão deriva do latim gestione e significa gerir, gerência,

administração. Gerir é fazer as coisas acontecerem e conduzir a organização

para seus objetivos.

Segundo Dias (artigo eletrônico)

[...] o contador necessita se ater a situações estratégicas, estar preparado para ser um Contador Gerencial. Cada vez mais é comum as empresas consultarem os profissionais contábeis sobre composição de seus custos, para formação seu preço de venda, sua opinião sobre análises do balanço e outras situações gerenciais. Na maioria das vezes, o contador não está preparado para isso. Preocupado em atender as inúmeras exigências principais e acessórias do fisco federal, estadual e municipal, o contador às vezes não dispõe de tempo para situações que demandam análises estratégicas [...]

Segundo Oliveira (2005 p. 136):

È preciso mencionar que uma entidade não tem como finalidade somente maximizar seus resultados, mas um elenco de finalidades, como: melhoria da produtividade, satisfação de seus clientes, responsabilidade pública, desenvolvimento de recursos humanos etc. A empresa, porém, deverá cumprir sua missão para garantir sua continuidade.

Segundo Catelli (1999 p. 111) “Gestão é o processo de decisão,

baseado em um conjunto de conceitos e princípios coerentes entre si, que visa

garantir a consecução da missão da empresa”.

Segundo Dias (artigo eletrônico)

Tão importante saber como se comportou a empresa no passado, com base nas informações da contabilidade financeira, também interessa ao empresário saber o que fazer no futuro, traçar estratégicas para situações de dificuldades a serem enfrentadas, ou seja, fazer um planejamento das atividades, elaborar um fluxo de caixa, executar um

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orçamento de vendas, enfim, utilizar-se da contabilidade como ferramenta de gestão empresarial.

Segundo Padoveze (2004 p. 26):

[...] a Contabilidade Gerencial existe ou existirá se houver uma ação que faça com que ela exista. Uma entidade tem Contabilidade Gerencial se houver dentro dela pessoas que consigam traduzir os conceitos contábeis em atuação prática. Contabilidade Gerencial significa gerenciamento da informação contábil.

Segundo Martins (artigo eletrônico)

O contador gerencial preocupa-se em transformar as Demonstrações Financeiras em informações, que permitam concluir se a empresa vem sendo bem ou mal administrada, se tem ou não condições de pagar suas dívidas, se é ou não lucrativa, se merece ou não crédito, se vem evoluindo ou regredindo, se é eficiente ou ineficiente, se vai falir ou continuará operando. O grau de excelência da contabilidade gerencial é dado exatamente pela qualidade e extensão das informações que consegue gerar.

Para Catelli (1999 p. 449):

A empresa com finalidade lucrativa deve ser visualizada como uma máquina de fazer dinheiro e sua meta definida pragmaticamente como “ganhar dinheiro” tanto no presente como no futuro. Na teoria das restrições, cada decisão gerencial deveria ser orientada no sentido de ajudar a empresa a atingir sua meta de ganhar dinheiro. Cada decisão de investimento deveria ser baseada no questionamento se o investimento irá ou não ajudar a empresa a atingir sua meta, e, portanto, na opinião dos autores, é preciso implementar um sistema de gerenciamento da produção que incentive cada pessoa na empresa a tomar decisões que contribuam para a meta de ganhar dinheiro.

São características do contador gerencial: apresentar de maneira clara,

resumida e operacional dados esparsos nos registros da contabilidade

financeira, de custos, etc., bem como juntar tais informes com outros

conhecimentos não especificamente ligados à área contábil, para suprir a

administração em seu processo decisório.

2.3 CONTROLE /CONTROLLER

Com a evolução da contabilidade e a crescente complexidade das empresas

visando atingir um bom resultado, o mercado atual mostra a clara necessidade e a

importância do profissional contábil numa visão gerencial, auxiliando os gestores nas

empresas, assim ampliando sua atuação, na figura do controller.

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Segundo Mosimann (1999 p. 71):

O cumprimento da missão e a continuidade de uma empresa dependem de seu processo decisório. A eficácia de um gestor está fortemente ligada ao impacto causado pelo relacionamento com seus subordinados, isto é, ao processo de controle exercido.

O título de controller se aplica aos diversos cargos na área de contabilidade, onde

o nível e as responsabilidades variam de uma empresa para outra. Em algumas empresas

o controller é uma pessoa que reúne dados, basicamente para fins de relatórios externos

e internos. Em outras é um executivo que ocupa uma posição de staff, participando no

planejamento e no controle administrativo.

Segundo Horngren (1985 p.09) “Controller exerce uma força ou influência ou

projeta uma atitude que impele a administração rumo a decisões lógicas e compatíveis

com os objetivos”.

Segundo Anthony (1977 p. 48):

O controller é responsável pela elaboração e operação do sistema através do qual a informação de controle é coletada e relatada. [...] O controller também pode ser responsável pela análise dos dados, por apontar seu significado para a administração, e por fazer recomendações daquilo que deveria ser feito. [...] Ele controla a integridade do sistema contábil e é responsável pela segurança do patrimônio contra furto e fraudes.

Segundo Nakagawa (1993 p.13):

Os modernos conceitos de Controladoria indicam que o controller desempenha sua função de controle de maneira muito especial, isto é, ao organizar e reportar dados relevantes exerce uma força ou influência que induz os gerentes a tomarem decisões lógicas e consistentes com a missão e objetivos da empresa.

Para Oliveira (2005 p. 19):

Devido a sua importância como órgão de controle e assessoria, o controller deve ser um profissional de alto nível na empresa. O posicionamento ideal seria em nível de diretoria, já existindo, inclusive, em alguns grupos empresariais brasileiros, o cargo de Diretor de Controladoria em seus organogramas.

Em decorrência da globalização, para atender aos usuários deste novo ambiente,

hoje o controller assume um papel multifuncional, onde tem por obrigação acumular

experiências nas mais diversas áreas, tais como contábil, financeira e administrativa,

pois só assim poderá suprir as expectativas da organização.

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2.4 CONTROLE DE QUALIDADE TOTAL

As empresas americanas habitualmente ressaltavam uma forma de

controle estatístico da qualidade que fixava limites superiores para os níveis

aceitáveis de produtos defeituosos. Nessa filosofia, produtos vindos de

fornecedores e destinados aos clientes eram vistoriados e aceitos, se

percentagem estimadas de defeitos fossem menor que um limite

preestabelecido, assim determinado como Nível de Qualidade Aceitável (NQA).

A política de verificação da qualidade e o fato de deixar passar pelo controle

produtos imperfeitos para aumentar a produção, esperando assim corrigir os

defeitos através do pessoal de manutenção, acarretaram num alto custo.

Opondo-se a isso, as companhias japonesas e alguns fabricantes

europeus acidentais na Alemanha, Suíça e Suécia investiram em uma filosofia

de controle da qualidade total, em que o único nível de qualidade aceitável era

de zero defeito. Ainda que tal meta na prática jamais fosse alcançada, ela

proporcionava um parâmetro pelo qual a companhia nunca estava satisfeita

com seu programa de qualidade, mesmo com defeitos, extremamente

reduzidos ano após ano.

Segundo Padoveze (2004 p. 375):

Um dos pilares do conceito da qualidade total é a filosofia de que a qualidade do produto deverá ser assegurada durante todo seu processo de identificação mercadológica, engenharia de desenvolvimento, engenharia de produção, durante a produção e atendimento ao cliente. Ou seja, a qualidade do produto deve ser assegurada em todos os processos por onde passa o produto, desde sua concepção inicial.

Segundo Catelli (1999 p. 566):

Associando-se serviços aos produtos, a definição de qualidade pode ganhar ainda mais amplitude. E pior: à medida que se considera a premissa de que as expectativas dos clientes são crescentes, dificilmente os atributos de qualidade permaneceriam constantes no tempo. Ou seja, o cliente pode exigir coisas diferentes em tempos diferentes, dependendo do seu estoque de informação, do aumento da concorrência, esforços promocionais e mudanças de expectativas (entendam-se gostos e preferências).

Perante a necessidade de mudanças nos sistemas implantados, na

tecnologia aplicada e nos processos existentes. È de grande importância suprir

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a empresa e seus funcionários de uma cultura que entenda as necessidades

das mudanças e as entenda sem dificuldades, já que é de responsabilidade do

gestor o gerenciamento de tecnologias e pessoas para a obtenção de

resultados.

Segundo Catelli (1999 p. 564):

Em alguns segmentos, as iniciativas da qualidade são estrategicamente vitais para a continuidade dos negócios. As pressões por mais segurança, por mais limpeza e por produtos mis confiáveis estão-se intensificando a cada ano. Neste caso é necessário diagnosticar os caminhos para ajustar as empresas às demandas crescentes, mantendo-as competitivas e ainda lucrativas.

Segundo Perez Junior, José Hernandez (1997 p. 176):

Muitas vezes, a implantação de programa de qualidade gera a necessidade de se criar novas formas de trabalho. Para a obtenção do certificado da série ISSO 9000, por exemplo, é necessário um controle de todas as etapas do processo, incluindo o treinamento de auditores de qualidade e a aplicação de ferramentas estatísticas. Assim, muitas vezes faz-se necessária a reengenharia, onde são eliminadas as atividades secundárias, a gestão é descentralizada e novas funções são implantadas.

2.5 A PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS CONTÁBEIS

Para entender um pouco mais sobre os serviços contábeis é preciso

retroceder alguns anos, a 30 anos atrás encontraríamos empresas de

contabilidade dedicadas somente à execução de serviços contábeis.

Para Victorino (2000 p.38):

O Brasil sofreu forte influência da corrente italiana primeiramente, até a antiga lei das Sociedades Anônimas, sem perder os traços de uma escola verdadeiramente brasileira. Entre 1920 a 1940, cada empresa comercial ou industrial (naquele tempo não se falava “empresa” , dizia-se “firma”) tinha seu “guarda-livros”, geralmente um homem bem intencionado mas de pouca formação técnica, sem haver freqüentado escolas ou cursos da especialidade, aprendera pela prática ou pelo empirismo. O guarda-livros fazia tudo: a Contabilidade da firma, a sua escrituração, a sua correspondência, os seus contratos e distratos, preenchia os cheques, fazia pagamentos e recebimentos, enfim era o “factótum”.

Segundo Thomé (2001 p. 11):

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A grande evolução, porém, está na prestação dos serviços, cuja característica principal era o trabalho pessoal do proprietário ou dos sócios: na atenção dada ao cliente, na execução dos serviços mais importantes e na supervisão dos serviços executados por seus auxiliares.

Ainda para Thomé (2001 p.12):

Com o crescimento das empresas, evoluiu a forma de prestar serviços ao cliente. O trabalho pessoal do sócio foi gradualmente sendo substituído pela mão-de-obra contratada. A prestação de serviços profissionais pelos sócios evoluiu para a venda desses mesmos serviços, agora executados por profissionais contratados. O contabilista passou a ser também empresário, dividindo seu tempo entre supervisão, controle e fiscalização dos serviços executados por seus colaboradores para seus clientes e a administração do próprio negócio.

Segundo Victorino (1999 p. 27):

A EMPRESA DE CONTABILIDADE PODE SER COMPARADA A UMA BANQUETA EQUILIBRADA EM QUATRO PERNAS

PRIMEIRA PERNA: qualidade técnica (serviço excelente, constante e entregue no prazo)

SEGUNDA PERNA: pessoal (selecionado, treinado, desenvolvendo, motivado, ou seja, a melhor equipe disponível).

TERCEIRA PERNA: administrativa / financeira / operacioanl.

QUARTA PERNA: marketing “CENTRO NO CLIENTE” (divulgar e informar o diferencial competitivo).

Para Thomé (2001 p. 81):

Um pintor de parede, mencionando uma profissão ao acaso, para executar seu ofício com qualidade, não depende exclusivamente de sua competência profissional. Depende também da qualidade dos materiais a serem empregados (tinta, solvente etc.) e dos equipamentos a serem utilizados (rolos, pincéis, escada etc.); além disso, deverá cumprir os prazos combinados, tanto de início como de término da obra.

Da mesma forma, vários são os fatores que contribuem para a melhorara a qualidade dos serviços contábeis.

Para Victorino (1999 p. 55):

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PONTOS DE GRANDE IMPORTÂNCIA PARA A QUALIDADE.

DEVEMOS:

Encantar o cliente – fazer o cliente feliz, muito feliz.

Manter melhorias permanentes e contínuas.

Avaliar a qualidade informação gerada ao cliente.

Valorizar a informação gerada ao cliente.

Sermos pontuais nos serviços prestados ao cliente.

Gerara informações confiáveis e com credibilidade.

Mostrar segurança nos serviços prestados.

A informação tem que ter tempestividade.

2.6 ORIGEM DO PROGRAMA 5S

O 5S teve origem no Japão, diante da difícil situação econômica do pós-

guerra na década de 50, o país precisava se reerguer e tinha que superar a

desvantagem da carência de recursos. Foi quando a indústria encontrou uma

alternativa, porém seu mercado interno não possuía recursos para o consumo

e a exportação encontrava resistência, pois os produtos não alcançavam os

padrões necessários. Com isso seus produtos passaram a ser sinônimo de

baixa qualidade.

Segundo Osada (1992 p. ix):

Por que, então, a indústria japonesa é uma ameaça tão grande a tantos países? Porque há um recurso que o Japão possui em abundância: pessoas que sabem que nada é de graça, que estão dispostas a estudar muito e a trabalhar muito para ganhar a vida. A taxa de analfabetismo funcional no Japão está entre as mais baixas do mundo. Suas relações trabalhistas estão entre as mais harmoniosas, pois os trabalhadores sabem como é importante descobrir formas cada vez melhores de fazer as coisas que facilitem seu trabalho, aumentem sua produtividade e tornem suas vidas mais confortáveis.

Então, preocupados em reverter a situação os japoneses começaram a

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investir em “Programas de Qualidade”. Em busca do conhecimento da

qualidade foram levados ao Japão grandes consultores tais como Deming e

Juran, que disseminaram conceitos atualizados de gestão de empresas. Foi

então que o Japão conseguiu se igualar aos concorrentes.

Segundo Gomes et all (1998 p. 3):

Como explicar o sucesso alcançado? Quem promoveu essa transformação? A chave está na maneira com que os japoneses implementaram seus “Processos de Gestão da Qualidade”. Pode-se notar alguns pontos comuns e um deles é a maneira de iniciar o processo. Todos começam pelo “Programa 5S”. Não se trata de um “Programa da Qualidade”. Trata-se de uma ferramenta a mais para se atingir o nível de qualidade, dentro de um esforço de educação das pessoas. Esforço para gerar ambiente sadio de educação continuada.

O 5S foi lançado formalmente no Brasil em maio de 1991, e hoje muitas

empresas vêm desenvolvendo a prática do 5S, com bons resultados, como por

exemplo: CEMAN, CVRD, CSN, FORD, PETROBRÁS, BRAHMA, FIAT, SESI,

etc. A sua importância fundamental na criação do ambiente da qualidade tem

sido amplamente reconhecida.

Segundo Ribeiro (1994 p. 15):

Apesar do 5S ser reconhecido mundialmente como originário do Japão, a sua essência está presente em qualquer população, nação, sociedade, família ou pessoa que pratique bons hábitos, que zele pela higiene, segurança, bem-estar, sensatez e respeito ao próximo.

A Figura 2 apresenta matricialmente a evolução do 5S no Brasil.

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FIGURA 2 - EVOLUÇÃO DO 5S NO BRASIL

Fonte: Ribeiro (1994 p. 16)

2.7 DEFINIÇÃO DO PROGRAMA 5S

O programa 5S é uma ferramenta indispensável no sistema de qualidade

e a sua implantação e prática no dia-a-dia, visa garantir a manutenção e

melhoria do sistema de qualidade. È um processo educacional que deve ser

Características

Até 1990 1990 - 1992 1992 – 1994 A partir de 1994

Tendências

Foco

* Atividades de ordem e limpeza * Restrito ao processo de Produção

* Aplicação do 5S * Restrito ao processo de Produção

* Instalações físicas * Comportamento

* Todos os ambientes * Atitudes e valores

* Aplicação aos familiares de empregados * Aplicação nas escolas

Sistemática * Sem Sistemática

* Japonesa (visitas)

* Difusão em eventos * Literatura em português

* Sistematização de acordo com a cultura brasileira

* Melhoria contínua

Vinculação * Processo de Segurança industrial

* Processo de produção * Secretarias de TQC (Gestão da Qualidade Total)

* Secretarias de TQC * Processo de RH

* Ferramenta do TQC * Ferramenta do TPM (Manutenção da Produtividade Total)

* Base para a Qualidade Total

Porte

* Grande porte

* Grande porte

* Grande e médio portes

* Grande e médio portes * Pequenas e micro (início)

* Grande e médio portes (consolidação a médio prazo) * Pequenas e micro (consolidação a longo prazo)

Atividade * Industrias * Industrias

* Industrias e prestadoras de serviços

Todas as atividades

Todas as atividades

EM

PR

ES

A

Controle * Privadas e estatais

* Privadas e estatais

* Privadas e estatais

* Privadas e estatais * Publicas (início)

* Privadas e estatais * Publicas (consolidação a longo prazo)

Sindicato Sem participação Alheio

Oposto, sem argumentos

Neutro, com algumas oposições Defensor do 5S

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praticado por todos os níveis da organização, pois qualquer sistema de

qualidade esta fundamentado em educação.

O nome 5S vem das iniciais de cinco palavras japonesas, seiri, seiton,

seiso, seiketsu e shitsuke. As quais foram traduzidas por utilização, ordenação,

limpeza, padronização e disciplina, com o propósito de um melhor

esclarecimento elaborou-se a Figura 3, identificando as palavras na linha

japonesa, suas possíveis traduções e por ultimo o significado ou objetivo.

5S’s Traduções Significados

Seiri Utilização, organização, seleção, classificação, descarte...

Identificar o que é necessário e o que é desnecessário para o trabalho;

Seiton

Ordenação, sistematização, arrumação...

Idealizar uma disposição para o material de trabalho, que possibilite localizar facilmente as coisas para o uso;

Seiso

Limpeza, inspeção, zelo... Eliminar qualquer tipo de sujeira na área e cumprir um conjunto de ações preventivas, mantendo tudo sempre limpo;

Seiketsu Padronização, asseio, saúde, aperfeiçoamento, higiene...

Manter a utilização, a organização e a limpeza, ou seja, é a prevenção de condições prejudiciais à Qualidade de vida;

Shitsuke Disciplina, autocontrole, harmonia, educação...

Cumprir procedimentos operacionais, éticos e padrões estabelecidos.

FIGURA 3 - ESCLARECIMENTO SOBRE AS DEFINIÇÕES DO PROGRAMA 5S

Fonte: Autora.

Segundo Silva (1996 p. 23):

[...] “Somente quando os empregados se sentirem orgulhosos por terem construído um local de trabalho digno e se dispuserem a melhorá-lo continuamente, ter-se-á compreendido a verdadeira essência do 5S”. Para essa empresa, o seiri/seiton equivale à pesquisa de eficiência; o seiton equivale à procura do melhor leiaute; o seisou significa inspeção e eliminação da fadiga do equipamento; o seiketsu equivale à eliminação do estresse da pessoa; enquanto o shitsuke equivale a argumentar até o último momento, mas, cumprir rigorosamente o que foi decidido.

A experiência brasileira tem demonstrado que a essência do 5S é a autodisciplina, entendido por este conceito a iniciativa, a busca do conhecimento de si mesmo e do outro, o espírito de equipe, o autodidatismo e a melhoria contínua em nível pessoal e organizacional.

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Segundo Gomes et all (1998 p. 23):

O programa 5S é considerado base fundamental para a implementação de outros projetos mais complexos relacionados com a gestão pela Qualidade Total, tendo em vista que é uma oportunidade inigualável para obter o comportamento dos colaboradores. E comprometimento, quando se inicia qualquer empreitada nessa área, é fator crítico de sucesso. Em outras palavras, não pode deixar de acontecer.

O 5S trabalha o lado educacional das pessoas. Muitas vezes notamos que estas têm atitudes inadequadas simplesmente por ignorância. Ignorância não no sentido pejorativo da palavra, mas aqui empregada no seu verdadeiro significado, proveniente de ignorar, não ter conhecimento de. Então, falta fornecer o conhecimento necessário.

O programa 5S ou apenas 5S, é um programa de melhoria

comportamental, cuja principal característica é a simplicidade. Conjunto de

cinco conceitos que podem ser aplicados tanto na vida profissional quanto na

vida pessoal. È uma filosofia profunda de práticas simples, que promove o

crescimento contínuo das pessoas, num aperfeiçoamento constante da rotina

do trabalho diário e, conseqüentemente, a melhoria da qualidade de vida.

O 5S deve acontecer em três dimensões distintas: A física ou mecânica

está ligada às coisas materiais. A intelectual ou dos processos, diz respeito ao

método utilizado para a execução de uma tarefa. A comportamental está ligada

a nossas atitudes, à maneira que reagimos quando expostos a diferentes

situações no nosso dia-a-dia.

O 5S não pode ser visto como um remédio, assim é desaconselhável a

sua implantação com a expectativa de solucionar problemas em ambiente de

conflitos. Ele nada mais é do que a prática de bons hábitos.

2.8 OBJETIVOS

O 5S é um conjunto de propostas que tem como contexto criar e manter

um ambiente de trabalho simplificado, organizado, limpo e saudável com o

objetivo de:

mais qualidade nas atividades diárias e menos trabalho;

mais agilidade e menos burocracia nos processos;

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mais limpeza, higiene e organização;

mais melhorias no ambiente de trabalho e

mais satisfação.

Segundo Silva (1996 p. 23):

Do ponto de vista organizacional, o 5S deve ser implementado com o objetivo específico de melhorar as condições de trabalho o “ambiente da qualidade”, tornando-o altamente estimulador para que as pessoas possam transformar os seus potenciais em realização.

Segundo Osada (1992 p. 25):

[...] os 5S visavam eliminar o desperdício. Assim como uma palavra pode ter várias interpretações, as atividades dos 5S também podem ter sentido mais amplo e, de certa forma, vago. Por isso é importante esclarecer o que são exatamente os 5S’s, quais são os seus objetivos e como precisam ser estruturados para que você os alcance.

Como o 5S é um processo educacional, é difícil delimitar os seus

benefícios, assim a Figura 4 é citada para melhor demonstrar os resultados

diretos indiretos, de cada “S”.

BENEFÍCIOS SEIRI SEITON SEISO SEIKETSU SHITSUKE

Eliminação do desperdício X x x x X

Otimização do espaço X x 0 0 0

Racionalização do tempo 0 x 0 x X

Redução do “stress”das pessoas 0 x 0 x X

Redução de condições inseguras 0 0 x 0 X

Prevenção de quebras 0 0 x 0 X

Aumento da vida útil 0 0 x 0 X

Padronização 0 x 0

Prevenção da poluição x 0 X

Melhoria da qualidade 0 x X

Melhoria de relações humanas 0 0 x 0 X

Incremento da eficiência X x x x X

Confiabilidade dos dados 0 0 X

Redução de acidentes 0 0 x 0 X

Incentivo à criatividade X x x x X

Autodisciplina 0 0 X

Dignificação do ser humano 0 0 0 x X

Base para a Qualidade Total 0 0 0 x X

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0 – Boa Contribuição x – Ótima Contribuição

FIGURA 4 - PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DO 5S

Fonte: Ribeiro (1994 p. 19)

2.9 SEIRI – SENSO DE UTILIZAÇÃO

Trata-se de separar as coisas necessárias das que são desnecessárias

para o trabalho. Somente aquilo que for essencial deve permanecer no local de

trabalho.

Segundo Silva (1996 p. 35):

“Utilizar os recursos disponíveis, com bom senso e equilíbrio, evitando ociosidades e carências”

Esse conceito coincide com a postura básica prevalecente na Alemanha, Japão e outros países desenvolvidos. O aproveitamento da inteligência humana, de forma ampla, é o fator primário para a utilização dos recursos materiais disponíveis localmente ou adquiridos de outros países Essa postura exige, evidentemente, boa saúde mental e autodisciplina.

Segundo Osada (1992 p. 25):

Em geral, organizar as coisas significa colocá-las em ordem, de acordo com regras ou princípios específicos.

Na linguagem dos 5S’s, significa distinguir o necessário do desnecessário, tomar as decisões difíceis e implementar o gerenciamento pela estratificação, para livrar-se do desnecessário.

Nesse caso, a ênfase está no gerenciamento pela estratificação e em ocupar-se das causas para eliminar o desnecessário, impedindo que se transformem em problemas.

Consiste em fazer uma limpeza geral, jogando fora todo o lixo

acumulado, começando na separação dos materiais necessários de uso

constante que devem ser separados e colocados em lugar perto e de fácil

acesso, assim se terá uma melhor distribuição e controle dos materiais, e estes

materiais não ficarão acumulados.

Os materiais necessários de uso eventual devem ser colocados em um

bom local que não atrapalhem assim se obterá os resultados positivos dos

materiais necessários.

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Os materiais desnecessários devem ser descartados em local

apropriado, ou ser repassado para quem possa precisar deles, evitando assim

o acumulo de materiais que nunca serão utilizados.

Para Ribeiro (1994 p. 70):

Apesar de parecer fácil, o SEIRI encontra certa resistência pelo fato de algumas pessoas guardarem coisas que “um dia podem servir”. Eis alguns exemplos de como vencer esta resistência:

Retirar todos os objetos do ambiente, classificá-los e retornar somente aqueles realmente necessários, armazenando-os de acordo com sua freqüência de uso.

Fazer a seguinte pergunta: “desde que você guarda este objeto, quantas vezes o utilizou?” Se a resposta for “poucas vezes”, será feita outra pergunta: “você não poderia utilizá-lo, caso estivesse num local mais acessível para outros usuários?”

Utilizar o conceito do “um só dá”, ou seja, questionar o quantitativo do que for necessário quando este for maior que um, não aceitando argumentos que realmente não justifiquem ter mais de um objeto a ser guardado em determinado ambiente.

Basicamente não devemos jogar fora o que não é utilizado. Por

prudência é recomendado que você coloque os itens descartados a parte e em

seguida reflita o que fazer com cada um deles.

C la s s if ic a ç ã o

O b je to s e d a d o s d e s n e c e s s á r io s

S e m u s op o te n c ia l

U s a d o s o c a s io n a lm e n te

U s a d o s ra ra m e n te , m a sn e c e s s á r io s

P o te n c ia lm e n te ú te isO u v a lio s o s

U s a d o s c o n s ta n te m e n te

O b je to s e d a d o s n e c e s s á r io s

V e n d e r o u d is p o r im e d ia ta m e n te

T ra n s fe r ir p a ra o n d e fo re m ú te is

C o lo c a r m a is p ró x im o p o s s ív e l d o lo c a l d e

t ra b a lh o

C o lo c a r u m p o u c o a fa s ta d o d o lo c a l d e

t ra b a lh o

C o lo c a r s e p a ra d o s n u m lo c a l d e te rm in a d o

FIGURA 5 - SENSO DE UTILIZAÇÃO: ETAPA INICIAL

Fonte: Silva (1996 p. 39)

Para saber como fazer a seleção devemos ser críticos perguntando para

todo objeto em que você olhar “isto é necessário?”.

Foram destacados os seguintes benefícios, na aplicação do senso de

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utilização:

Segundo Gomes et all (1998 p. 28):

Liberação de espaço físico.

Diminuição de acidentes.

Diminuição de custos de manutenção.

Reutilização de recursos.

Melhoria do ambiente de trabalho.

Os benefícios segundo Silva (1996 p. 36):

liberação de espaço para diversos fins;

reciclagem de recursos escassos;

re-alocação de pessoas que não estejam sendo bem utilizadas;

combate ao excesso de burocracia;

diminuição de custos etc.

2.10 SEITO – SENSO DE ORDENAÇÃO

Basicamente significa colocar as coisas nos lugares corretos e em

ordem, isso possibilita localizar facilmente as coisas e informações necessárias

com rapidez e segurança a qualquer momento, ou seja, é a conseqüência

natural de arrumar aquilo que se utiliza.

Segundo Gomes et all (1998 p. 29):

Arrumar simplesmente não basta. Tem de haver uma metodologia para garantir a máxima eficiência da arrumação. Pense em uma biblioteca com centenas de livros para serem distribuídos em suas estantes. Se não forem estabelecidos critérios para sua ordenação, perderemos muito tempo quando quisermos encontrar um determinado exemplar.

Segundo Silva (1996 p. 41):

A ordenação facilita a utilização, diminuindo o tempo de busca. A proximidade entre os dois sensos é tal que não há uma linha divisória clara entre eles sendo que no Japão, geralmente se faz referência ao

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seiri/seiton como constituindo um conceito unitário. A distinção é apenas didática, uma vez que a ordenação segue, naturalmente, a seleção de itens necessários e desnecessários, mas, exige atenção especial.

As redes de supermercados, as lojas de departamentos, os livros nas

bibliotecas e até mesmo uma vitrine, são excelentes referências para se

compreender a importância deste senso.

Segundo Osada (1992 p. 71):

Guardar as coisas como se deve. Depois de eliminar tudo o que não se precisa, a próxima questão é resolver quanto guardar e onde. Isso é arrumação. Como tal, arrumar significa guardar, tendo em mente a eficiência, a qualidade e a segurança, ou seja, procurar a forma ideal de se guardar as coisas.

Não é difícil visualizar e avaliar o conceito de organização, difícil é

colocá-lo em prática. Porem ele se torna fácil se estabelecermos os lugares

para as coisas, definindo como guardá-las e fazer com que todos adotem as

regras de arrumação.

Segundo Ribeiro (1994 p. 71):

Esta é uma atividade de estudo do “lay-out” adequado para o ambiente e os objetos. Uma vez que os objetos desnecessários foram segregados e descartados, resta ordenarem-se os necessários, de forma que haja a facilidade de acessá-los, em função do tempo e do desgaste físico para tal. É bom lembrar que o processo de classificação, na fase do SEIRI, permitirá uma maior agilidade nessa etapa.

Benefícios encontrados no senso de arrumação, segundo Gomes et all

(1998 p.30):

Ambiente de trabalho mais agradável.

Economia de tempo.

Diminuição do cansaço físico.

Facilidade para implementação da multifuncionalidade.

Diminuição de acidentes.

Os benefícios segundo Silva (1996 p. 43):

economia de tempo;

diminuição do cansaço físico por movimentação desnecessária;

melhoria do fluxo de pessoas e materiais;

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35

rapidez na movimentação e resgate de pessoas em caso de emergência;

diminuição do estresse por busca mal sucedidas etc.

2.11 SEISO – SENSO DE LIMPEZA

Eliminar qualquer tipo de sujeira na área e cumprir um conjunto de ações

preventivas, mantendo tudo sempre limpo.

Segundo Osada (1992 p. 116):

Limpar significa muito mais do que manter as coisas limpas. É mais uma filosofia, um compromisso de se responsabilizar por todos os aspectos das coisas que você usa e garantir que sejam mantidas em perfeitas condições. Você jamais deve pensar que limpeza é apenas limpeza e, como tal, trata-se de um trabalho cansativo. Ao contrário, deve encarar a limpeza como uma forma de inspeção.

Segundo Gomes et all (1998 p. 30):

Não é somente a idéia de limpeza que este senso pretende transmitir. Ele vai muito mais além. É o comportamento que todos devem ter em fazer o que for necessário para manter, em condições adequadas para pronto uso, o seu local de trabalho e os instrumentos utilizados para a execução de suas tarefas.

A limpeza deve ser encarada como uma forma de inspeção. Se ela for feita de forma sistemática, possibilitará a detecção e correção de falhas nos equipamentos, quando elas ainda são muito pequenas.

Um ambiente adequado é um ambiente limpo, a limpeza compreende

desde o limpar e tratar as causas das sujeiras, até o que podemos apontar

como o mais importante, que é corrigir as causas das sujeiras.

Devemos considerar ainda o relacionamento pessoal. Um ambiente

onde domine a sinceridade, a transparência de intenções e principalmente o

respeito pelo próximo, isto é um ambiente limpo. Este senso tem como objetivo:

criar um ambiente asseado, e portanto saudável, e que o relacionamento

pessoal seja o mais acessível possível, criando condições de trabalho em

equipe.

Segundo Ribeiro (1994 p. 73):

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O SEISO é uma etapa em que o ambiente de trabalho passa por uma limpeza bem mais apurada que a realizada no “Dia da Grande Limpeza”. Nesta fase, à medida em que a limpeza é feita pelo próprio usuário do ambiente, ou operador de máquina ou equipamento,ele assume uma postura de inspetor, visando descobrir e eliminar as fontes de sujeira. A simples atitude de limpar o seu próprio ambiente, quanto a máquinas, equipamentos, ferramentas, etc, provoca uma maior intimidade entre o homem e os recursos que o envolvem. A limpeza também possibilita a detecção de possíveis desgastes que se iniciam.

Para o sucesso deste senso é preciso convencer os usuários do

ambiente de que é dele a responsabilidade da limpeza, e como fazer

acontecer?

Segundo Silva (1996 p. 47):

Definindo responsáveis por áreas e criando tabelas d rodízio. Essa prática poderia ser estendida ás escolas, induzindo-se os alunos a sugeri-la como um ato de carinho.

Estabelecendo horários definido, lembrando por sinal sonoro, para que todos façam suas limpezas durante período de 5 minutos diários.

Treinando todos os operadores para que sejam capazes de conhecer completamente o equipamento que usam, de dentro para fora, e estabelecer periodicidade para inspeções detalhadas durante a limpeza.

Elaborando, junto com os operadores, listas de verificação de todos os pontos do equipamento que mereçam atenção especial durante as inspeções periódicas.

Distribuindo, amplamente, recipientes de coleta de lixo.

A seguir alguns benefícios gerados pelo SEISO.

Segundo Gomes et all (1998 p. 33):

Melhoria do ambiente de trabalho.

Possibilidade de detectar precocemente falhas nos equipamentos.

Aumento da vida útil dos equipamentos.

Melhoria do moral dos colaboradores.

Para Silva (1996 p. 47):

sentimento de bem-estar nos empregados;

sentimento de excelência transmitido aos clientes;

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37

prevenção de acidentes;

manutenção dos equipamentos etc.

2.12 SEIKETSU – SENSO DE SAÚDE

Este senso cuida da prevenção das condições prejudicais à Qualidade

de vida, uma vês que o asseio da organização e a higiene pessoal interferem

diretamente no ambiente da empresa.

Segundo Gomes et all (1998 p. 33):

O Senso de Padronização é caracterizado pelo conjunto de atividades necessárias para assegurar a manutenção dos 3S iniciais. Acrescentando-se ainda a preocupação com a saúde pessoal dos colaboradores no nível físico, mental e emocional, e os aspectos relacionados com a poluição ambiental.

Padronização significa conservar “em estado de limpeza” que, no

contexto dos 5S, possui outros entendimentos, tais como os efeitos visuais:

cores, formas, iluminação, ventilação, higiene pessoal e tudo o que causar uma

impressão de limpeza. A padronização busca então manter os três primeiros

S’s (utilização, ordenação e limpeza) de forma contínua.

Para Osada (1992 p. 139):

Subentende-se que é preciso usar recursos visuais no controle visual. É preciso exercitar a criatividade na elaboração de ferramentas inovadoras para facilitar esse processo. Evidentemente, seria um erro contar apenas com as impressões visuais; também é preciso usar os outros quatro sentidos para ajudar as pessoas a adquirirem controle total do que está acontecendo.

Para ter uma idéias dos tipos de recursos visuais necessários, existem, por exemplo:

Avisos para ajudar as pessoas a evitar erros operacionais

Avisos de perigo

Indicações dos locais onde as coisas devem ser colocadas

Designações dos equipamentos

Lembretes de advertências e lembretes operacionais

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Avisos de manutenção preventiva

Para a padronização deve se abusar da criatividade, pode-se diferenciar

os setores pintando as paredes com cores diferentes, utilizar de placas

sinalizadoras, que tenham fácil visualização, com letras claras e grandes,

indicando a voltagem das tomadas e indicando os extintores de incêndio por

exemplo. A idéia é que as anomalias saltem aos olhos devido ao processo de

padronização, assim fica fácil para o funcionário saber o que está errado.

Segundo Ribeiro (1994 p. 77):

O SEIKETSU é executado pela padronização e

melhoria constante de tudo e de todos.

Devem-se elaborar normas visando regulamentar o

raciocínio do 5S, a organização estrutural, a

organização das diversas atividades, etc. As normas

para detalhes das atividades do 5S que se realizam

no dia-a-dia, são importantes para que o ambiente

seja mantido limpo, sem necessitar da “limpeza por

batelada”. Nessas normas são incluídas instruções

sobre quem desenvolve que tipo de atividade, com

que freqüência e método.

Segundo Silva (1996 p. 51):

Os Benefícios Relativos ao Senso de Saúde são

evidentes por si mesmos, já que o objetivo é

preservar a vida pelo seu valor intrínseco e,

obviamente, para que o empregado possa

transformar a sua energia física e mental em bens e

serviços.

Cada dia afastado do trabalho e cada dia trabalhando

sem energia e entusiasmo significam perdas

financeiras para a empresa e perda de vida para o

empregado.

Para Gomes et all (1998 p. 34):

Melhoria das condições de higiene.

Melhoria do moral e saúde dos colaboradores.

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Melhoria do relacionamento interpessoal.

Melhoria da segurança no trabalho.

Melhoria da produtividade.

2.13 SHITSUKE - SENSO DE DISCIPLINA

Cumprir procedimentos operacionais, éticos e padrões estabelecidos,

respeitar a hierarquia e seguir os princípios de funcionamento da empresa e de

conduta. Auto-disciplinar-se a fazer tudo isso espontaneamente, é fazer disso

um modo de vida. É o momento de conscientização para a execução das

tarefas como hábito, sem contudo achar que já está tudo funcionando

perfeitamente ou que não há em que evoluir.

Segundo Gomes et all (1998 p. 34):

Hábitos são vícios, como o uso de drogas e bebidas alcoólicas. Para mudar devemos usar a tática utilizada durante o tratamento de descontaminação de vícios, chamada de “só hoje vu fazer diferente”. Assim, é fácil nosso cérebro aceitar a mudança do hábito. Usando essa tática, todos os dias repetidamente os novos e bons comportamentos de auto-organização, e com essa disciplina cria-se o hábito, tornando os comportamentos fáceis de serem seguidos.

Para Ribeiro ( 1994 p. 79) “O SHITSUKE é o cumprimento rigoroso

daquilo que for estabelecido entre as pessoas, bem como das normas vigentes.

É uma atitude de respeito ao próximo”.

Autodisciplina é fazer dos 5S’s uma prática diária, para mantermos a

qualidade em nosso trabalho e também em nossa vida. É ter consciência de

nossas responsabilidades, sem que ninguém nos precise lembrar disso.

Segundo Ribeiro (1994 p. 79):

A falta de disciplina provoca desperdício de recursos, insatisfação entre as pessoas, e informações imprecisas. O respeito aos outros é fundamental para o sucesso do trabalho em equipe, e consequentemente para o alcance da sinergia e da melhoria da eficiência dos processos. O cumprimento das normas e procedimentos é um testemunho para medir o grau de disciplina existente num ambiente e, por conseguinte, o estágio no qual o 5S realmente se encontra.

A prática leva a perfeição, assim disciplinar é praticar e praticar para que

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as pessoas façam a coisa certa naturalmente, só assim o conceito será

entendido como uma filosofia de vida. É uma forma de iniciar os bons hábitos.

Disciplina é um processo de repetição e prática.

Segundo Osada (1992 p. 162):

Praticar é a melhor maneira de aprender. Quando as pessoas dizem que compreendem alguma coisa, isso não significa que vão realmente executá-la – muito menos que são capazes. No treinamento técnico, é essencial explicar o processo, mostrar às pessoas como fazê-lo e dar-lhes a oportunidade de fazerem realmente por conta própria. Todas essas etapas são imprescindíveis. A não ser que realmente tente, não há outra forma de uma pessoa saber se pode ou não fazer algo. “Tente” é mais do que um convite. É uma obrigação.

Com a aplicação da autodisciplina podemos verificar alguns benefícios,

segundo Gomes et all (1998 p. 35):

Conscientização sobre a importância da administração participativa.

Melhoria no relacionamento dos colaboradores.

Melhoria da qualidade pelo cumprimento dos padrões.

Diminuição de acidentes devido ao cumprimento das normas de segurança.

Aumento da liberdade com responsabilidade dos colaboradores.

Os 5 sensos não podem ser vistos de forma individual, devem ser

interligados, ou seja, devem compor um único sistema usado como forma de

mobilização de equipes para a criação de uma cultura de qualidade.

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3 METODOLOGIA

Na antiga Grécia methodos significava “caminho para chegar a um fim”,

com o passar do tempo seu significado ampliou-se, passando a ser empregado

também para expressar outras coisas, entre elas: “maneira de agir”, “processo

de ensino” etc. A metodologia estuda os meios ou métodos de investigação do

pensamento correto e do pensamento verdadeiro que delimita um determinado

problema, é uma orientação geral, constituída por um conjunto de etapas.

Segundo Galliano (1986, p. 6) “Método é um conjunto de etapas,

ordenadamente dispostas, a serem vencidas na investigação da verdade, no

estudo de uma ciência ou para alcançar determinado fim.”

Segundo Fachin (2001, p. 27):

O método é um instrumento do conhecimento que proporciona aos pesquisadores, em qualquer área de sua formação, orientação geral que facilita planejar uma pesquisa, formular hipóteses, coordenar investigações, realizar experiências e interpretar os resultados.

A metodologia não procura soluções, mas escolhe as maneiras de

encontrá-las; estuda, descreve e explica os métodos.

Para Andrade (1994, p. 103) “Metodologia é o conjunto de métodos ou

caminhos que são percorridos na busca do conhecimento”.

Para Richardson (1999, p. 22) “a metodologia são os procedimentos e

regras utilizadas por determinado método”.

O conhecimento científico resulta de investigação metódica, sistemática

da realidade. Ele transcreve os fatos e os fenômenos, analisa-os para descobrir

suas causas sempre em busca da verdade, ou seja, busca compreender ou

explicar a realidade apresentando os fatores que determinam à existência de

um evento.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa pode ser considerada um procedimento formal com método

de pensamento. A realização de uma pesquisa pressupõe alguns requisitos

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básicos, tais como: a qualificação do pesquisador, os recursos humanos,

materiais e financeiros.

A pesquisa caracteriza-se segundo uma metodologia referente previsão

e a interpretação. Surge quando se tem consciência de um problema e nos

sentimos forçados a buscar sua solução. Os meios utilizados para alcançar

esta solução constituem a pesquisa.

Para Andrade (1994, p. 95) “Pesquisa é o conjunto de procedimentos

sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar

soluções para problemas propostos, mediante a utilização de métodos

científicos”.

Para Fachin (2001, p. 123) “Pesquisa é um procedimento intelectual

para adquirir conhecimento pela investigação de uma realidade e busca de

novas verdades sobre um fato (objeto, problema)”.

No contexto da realidade social existem vários tipos de pesquisa. As

mais utilizadas são a pesquisa bibliográfica, a pesquisa de laboratório, a

pesquisa de campo e a pesquisa documental.

Segundo Andrade (1994 p. 96):

As várias finalidades da pesquisa podem ser classificadas em dois grupos: o primeiro reúne as finalidades motivadas por razões de ordem intelectual e o segundo, por razões de ordem prática. No primeiro caso, o objetivo da pesquisa é alcançar o saber, para a satisfação do desejo de adquirir conhecimentos. Esse tipo de pesquisa de ordem intelectual, denominado “pura” ou “fundamental”, é realizado por cientistas e contribui para o progresso da Ciência. No outro tipo, a pesquisa visa às aplicações práticas, com o objetivo de atender às exigências da vida moderna. Nesse caso, sendo o objetivo contribuir para fins práticos, pela busca de soluções para problemas concretos, denomina-se pesquisa “aplicada”.

3.2 INSTRUMENTOS E COLETA DE DADOS

Para a realização da pesquisa são utilizados diferentes instrumentos

para se chegar a uma resposta mais precisa. O instrumento ideal deverá ser

estipulado pelo pesquisador para se atingir os resultados ideais.

O desenvolvimento de uma pesquisa de campo exige um planejamento

geral e um plano específico, para a coleta de dados, bem como um relatório

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das várias etapas da pesquisa, incluindo os resultados obtidos.

Segundo Fachin (2001, p. 133) “a pesquisa de campo é a que se realiza

com o fato social situado em seu contexto natural, ou seja, em seu campo ou

hábitat, sem nenhuma alteração imposta pelo pesquisador”.

A pesquisa de campo é freqüentemente utilizada em investigações que

procuram avaliar a eficácia de um conjunto de processos para auxiliar a

sociedade.

Para desenvolver com maior eficiência e rapidez a pesquisa de campo, é

necessário a utilização de alguns instrumentos de pesquisa, como por

exemplo: entrevistas, questionários e formulários.

A entrevista consiste em fazer uma série de perguntas a uma ou mais

pessoas.

Para Andrade (1994, p. 118):

Uma entrevista pode ter como objetivos averiguar fatos ou fenômenos; identificar opiniões sobre fatos ou fenômenos; determinar, pelas respostas individuais, a conduta previsível em certas circunstâncias; descobrir os fatores que influenciam ou que determinam opiniões, sentimentos e condutas; comparar a conduta de uma pessoa no presente e no passado, para deduzir seu comportamento futuro etc..

Segundo Gil (1994 p. 117) “ Pode-se definir entrevista como a técnica

em que o investigador se apresenta frente ao investigado e lhe formula

perguntas, com o objetivo de obtenção dos dados que interessam à

investigação”.

A entrevista possibilita captar a expressão corporal do entrevistado, bem

como a tonalidade de voz e ênfase nas respostas.

Segundo Gil (1994 p. 117) “ A entrevista é uma das técnicas de coleta

de dados mais utilizada no âmbito das ciências sociais”.

Segundo Fachin (2001, p. 147) “O questionário consiste num elenco de

questões que são apreciadas e submetidas a certo número de pessoas com o

intuito de obter respostas para a coleta de informações”.

Segundo Andrade (1994, p. 120) “Questionário é um conjunto de

perguntas que o informante responde, sem necessidade da presença do

pesquisador”.

Segundo Gil (1994 p.128):

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Pode-se definir questionário como a técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc..

O questionário tem como vantagem sua flexibilidade e um menor custo,

pois pode ser encaminhado pelo correio, por e-mail ou entregue pessoalmente.

Como o questionário é preenchido pelo próprio pesquisado não necessitando

assim da presença do pesquisador, isso garante o anonimato muitas vezes

necessário.

O pesquisado poderá escolher o dia e hora mais favorável para o

preenchimento, e isto faz com que as respostas sejam mais corretas.

Porém, pode ocorrer o extravio tanto pelo correio quanto pelo

pesquisado e muitas vezes não se tem o retorno de todos os questionários,

gerando assim divergências significativas na amostra.

Segundo Fachin (2001, p. 137):

O formulário é uma lista formal, catálogo ou inventário, destinado à coleta de dados resultantes de observações ou de interrogatório, e o seu preenchimento é feito pelo próprio investigador, à medida que faz as observações ou recebe as respostas.

Por ser preenchido pelo pesquisador o formulário traz a vantagem um

maior esclarecimento, em caso de duvidas por ambas as partes, além de poder

ser respondido por todas as pessoas da amostra.

Porém o formulário apresenta um maior custo, por depender da

presença do pesquisador no seu preenchimento, e em certos casos,

determinadas respostas poderão ser, em parte, omitidas pelo pesquisado, por

sentir-se inibido com a presença do pesquisador.

3.3 AMOSTRAGEM

De modo geral, as pesquisas abrangem um universo de elementos tão

grande que se torna impossível considerá-los em sua totalidade. Por essa

razão, nas pesquisas é muito freqüente trabalhar com uma amostra, ou seja,

com uma pequena parte dos elementos que compõe o universo.

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45

Segundo Kerlinger (1980 p. 90) “Amostra é uma porção de uma

população, geralmente aceita como representativa da população”.

Segundo Gil (1994 p.100) “Amostra. Subconjunto do universo ou

população, por meio do qual se estabelecem ou se estimam as características

desse universo ou população”.

A amostragem se fundamenta em leis estatísticas que lhe conferem

fundamentação científica.

Quando um pesquisador seleciona uma pequena parte de uma

população, espera que ela seja representativa dessa população que pretende

estudar, esta é a finalidade da amostra.

Há uma variedade de planos para a escolha da amostra. Para cada

plano considerado, podem-se fazer estimativas do tamanho da amostra com

base no conhecimento do grau de precisão desejado. Devem-se comparar os

custos relativos e o tempo envolvido em cada plano antes de se tomar uma

decisão.

Existem diversos tipos de amostras, mas em geral, se dividem em dois

grandes grupos: amostras probabilísticas e não probabilísticas.

Amostras probabilísticas: são rigorosamente científicos, em leis

estatísticas;

Amostras não probabilísticas: não apresentam fundamentação

matemática ou estatística, dependendo apenas do critério do pesquisador.

A coleta de dados da presente pesquisa, foi realizada por amostragem

não probabilística, onde as empresas alvo foram os escritórios contábeis

instalados na cidade de Florianópolis. De acordo com o Conselho Regional de

Contabilidade de Santa Catarina, existem atualmente 304 escritórios

registrados nesta cidade. Para obter os dados necessários a pesquisa, foi

enviado um questionário de 11 perguntas objetivas, para diversos escritórios do

ramo e também ao SESCON Florianópolis. Os questionários foram enviados

em forma eletrônica (e-mail), visando maior agilidade no retorno das

informações pretendidas.

Em um universo de 50 questionários enviados, foi obtido retorno de 25

questionários, ou seja, 50%, dos quais os resultados encontram-se a seguir

representados.

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4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Para atingir os objetivos estabelecidos, foi elaborada uma pesquisa de

campo, utilizando a coleta de dados a partir da aplicação de um questionário

com 11 perguntas que foram respondidas pelos proprietários dos escritórios

contábeis instalados na cidade de Florianópolis. A presente pesquisa teve

como foco principal averiguar a utilização do programa 5S por esse segmento

comercial e se essa ferramenta de qualidade contribui para a maximização do

lucro, a motivação dos clientes internos e externos, e principalmente para

verificar se os escritórios contábeis utilizam algum programa de qualidade para

contribuir com a excelência nos serviços oferecidos.

Para melhor compreender os resultados alcançados, a seguir será

demonstrado as respostas fornecidas pelos proprietários dos escritórios

contábeis, e os respectivos comentários, como segue:

Conhecimento do programa 5S:

1) Você conhece o programa de qualidade 5S?

Sim Não

0

5

10

15

20

25

Sim

Não

GRÁFICO 1 - CONHECIMENTO DO PROGRAMA 5S

Fonte: Autora

Quanto ao conhecimento do programa 5S, apenas 4% dos pesquisado

dizem não ter conhecimento do programa 5S, 96% conhecem o programa 5S.

Aplicação do programa 5S pelos escritórios:

2) Você aplica o programa de qualidade 5S no seu escritório de

contabilidade?

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47

0

5

10

15

20

Sim Não

Sim

Não

GRÁFICO 2 - APLICAÇÃO

Fonte: Autora

Segundo o levantamento quanto à aplicação do programa 5S, nos

escritórios contábeis 68% dos entrevistados não aplicam o programa em seu

escritório, 32% utilizam o programa 5S.

Satisfação:

3) Caso aplique o programa, os resultados foram satisfatórios?

0

2

4

6

8

10

12

14

Sim Não opinou

Sim

Não

Regular

Não opinou

Prejudicado

GRÁFICO 3 - SATISFAÇÃO

Fonte: Autora

Quando questionado sobre a satisfação do programa no escritório, 8%

diz ter uma satisfação regular, 4% diz ter sido prejudicado, 52% não opinou,

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48

4% esta insatisfeito e apenas 32% diz estar satisfeito.

“Lay-out”:

4) Você acredita que o “lay-out” do escritório pode influenciar na melhor

utilização do espaço, proporcionando assim uma maior rapidez e facilidade na

busca de objetos e documentos, gerando menor desgaste nas tarefas executadas

e conseqüentemente maior produtividade?

0

5

10

15

20

25

Sim Não

Sim

Não

GRÁFICO 4 - “LAY-OUT”

Fonte: Autora

96% dos entrevistados acreditam que o “lay-out” do escritório tem

influência na melhor utilização do espaço e proporciona uma maior rapidez e

facilidade na busca de objetos e documento, 4% não acreditam neste beneficio.

Limpeza e Organização:

5) Uma simples faxina agregada a organização interna do escritório, pode

proporcionar o aumento da auto estima do ambiente, influenciando diretamente no

rendimento dos colaboradores, e proporcionando uma maior produtividade para o

escritório contábil?

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49

0

5

10

15

20

25

Sim Nuncapensienisto

Sim

Não

Nunca penseinisto

GRÁFICO 5 - LIMPEZA E ORGANIZAÇÃO

Fonte: Autora

92% dos entrevistados acreditam que uma a limpeza agregada a

organização interna, pode proporcionar o aumento da auto estima do ambiente,

influenciando diretamente no rendimento dos colaboradores, e proporcionando

uma maior produtividade para o escritório, 4% nunca havia pensado nisto e 4%

não acredita mencionando que coisas isoladas não funcionam.

Lucratividade:

6) O programa de qualidade 5S pode trazer maior lucratividade para o

escritório?

02468

101214161820

Sim Nãoopinaram

Sim

Não

Não opinaram

GRÁFICO 6 - LUCRATIVIDADE

Fonte: Autora Quando questionado se o programa 5S poderia trazer maior

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50

lucratividade para o escritório, 80% dos entrevistados dizem acreditar no

aumento da produtividade com a utilização do programa, 8% não opinaram e

12 % não acreditam na maximização dos resultados com a utilização do

programa.

Medidas Preventivas:

7) Você acredita que medidas preventivas tais como: móveis e utensílios

ergonômicos, ginástica laboral, limpeza do ambiente, iluminação adequada,

exames periódicos, podem reduzir custos?

0

5

10

15

20

25

Sim Nuncapensou

nisto

Sim

Não

Nunca pensounisto

GRÁFICO 7 - MEDIDAS PREVENTIVAS

Fonte: Autora

84% dos entrevistados acreditam que medidas preventivas tais como:

móveis e utensílios ergonômicos, ginástica laboral, limpeza do ambiente,

iluminação adequada, exames periódicos podem reduzir custos, 12% nunca

pensaram nisto e 4% não acreditam que medidas preventivas possa reduzir

custo.

Motivação:

8) O programa 5S proporciona a motivação dos colaboradores e

principalmente satisfação dos clientes?

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51

0

5

10

15

20

25

Sim Nuncapensaram

nisto

Sim

Não

Nuncapensaramnisto

GRÁFICO 8 - MOTIVAÇÃO

Fonte: Autora

Quando questionado se o programa 5S proporciona a motivação dos

colaboradores, 92% dos entrevistados dizem que sim, 4% não acredita na

motivação dos colaboradores com utilização do programa e 4% diz nunca tem

pensado nisto.

Principal motivo da não aplicação do programa 5 S nos escritórios

contábeis:

9) Qual o principal motivo da não aplicação do programa 5S no seu escritório

de contabilidade?

0

2

4

6

8

10

12

14

Aumento docusto

Não opinaram

Aumento docusto

Falta deconhecimento

Não acreditamnos beneficios

Não opnaram

GRÁFICO 9 - PRINCIPAIS MOTIVOS PARA A NÃO APLICAÇÃO DOS 5S

Fonte: Autora

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52

Quando questionado o motivo da não aplicação do programa 5S no

escritório contábil, 52% não quiseram opinar, 24% alegaram aumento de

custos, 20% alegaram a falta de conhecimento e 4% disseram não acreditar

nos benefícios do programa.

Programa de qualidade:

10) O seu escritório de contabilidade possui algum outro programa de

qualidade?

0

5

10

15

20

Sim Não Nãoopinou

Sim

Não

Não opinou

GRÁFICO 10 - PROGRAMA DE QUALIDADE

Fonte: Autora

Quando questionado se o escritório possui algum programa de

qualidade, 72% diz não ter programa de qualidade no escritório, 20% diz ter um

programa de qualidade, foram mencionados: ISSO 9001, programa de

qualidade total CRC / SESCON, Balanced scorecard e programa de

treinamento interno os restantes 8% não opinaram.

Credibilidade:

11) Você acredita que um bom programa de qualidade transmite

credibilidade. Agregando com isso valores para o escritório?

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53

0

5

10

15

20

25

Sim Nãoopinaram

Sim

Não

Não opinaram

GRÁFICO 11 - CREDIBILIDADE

Fonte: Autora

88% dos entrevistados acreditam que um bom programa de qualidade

transmite credibilidade, agregando com isso valores para o escritório, 8% não

acreditam e 4% não opinaram.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa foi elaborada com o intuito de contribuir com o

estudo sobre a utilização do programa 5S nos escritórios contábeis da cidade

de Florianópolis. A partir da pesquisa bibliográfica, e da elaboração de uma

pesquisa de campo capaz de aprofundar conhecimentos sobre a utilização do

programa 5S nesse segmento comercial.

5.1 GENERALIDADES

A pesquisa realizada propiciou conhecer através de um questionário a

importância da aplicação de uma ferramenta de qualidade, para facilitar a

qualidade dos serviços oferecidos pelos escritórios de contabilidade, os

reflexos na rentabilidade, a maior produtividade nos negócios e principalmente

facilitar a satisfação dos clientes internos e externos a continuidade dos

negócios.

5.2 QUANTO AO ALCANCE DOS OBJETIVOS

Quanto ao alcance do objetivo geral de elaborar uma pesquisa de

campo para identificar a utilização do programa 5S, pode-se considerar

alcançado, uma vez que podemos perceber a importância do programa pelos

proprietários de escritórios contábeis, nas respostas das questões de pesquisa

formulada.

Com relação aos objetivos específicos, considera-se também

alcançado uma vez, que foi elaborado uma pesquisa de campo a partir do

aprofundamento dos fundamentos bibliográfico do programa 5S, onde ficaram

caracterizados os aspectos relativos a produtividade, motivação, credibilidade,

lucratividade pelas respostas obtidas nas respectivas questões pesquisada.

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Quanto as questões de pesquisa, que pretendiam identificar a

utilização, as melhorias, a visão e a satisfação dos clientes internos e externos

a produtividade e a motivação alcançadas na utilização do programa 5S,

podemos afirmar como sendo verdadeiras, pois nas respostas das perguntas

ficou evidenciada a importância do programa e a credibilidade, ficando

caracterizado que esse segmento não utiliza fortemente mais acredita nos seus

resultados, caracterizando assim pela pesquisa uma incoerência.

5.3 LIMITAÇÕES

Destacamos como pontos limitantes dessa pesquisa, aspectos como

tempo, pois como aluno com ocupação profissional no horário diurno, fica

limitado o período disponível para aprofundamento da pesquisa bibliográfica,

aplicação do questionário considerando o período de conclusão de um

semestre letivo. Outro ponto de relevante limitação foi a dificuldade no tempo

de resposta do questionário aplicado considerando que o segmento do

escritório contábil alegar falta de tempo para formalizar as resposta do

questionário aplicado.

5.4 RECOMENDAÇÕES PARA FUTUROS TRABALHOS

A prática do programa de qualidade deve ser caracterizado pelas

organizações como uma obrigação, pois nos dias atuais de elevadas

concorrências e dificuldades apontadas para a continuidade dos segmentos

dos negócios, a qualidade é vista com uma obrigação quer seja nos produtos

consumidos e também nos serviços oferecidos. Diante a estes fundamentos

recomenda-se que este tema deva ter continuidade e aprofundamento da

pesquisa em diversos segmentos. Com relação aos escritórios contábeis fica

caracterizada a importância de outros trabalhos de conscientização para que

fique caracterizado, com muita propriedade os aspectos levantados nesta

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pesquisa, onde não basta somente acreditar é preciso implementar o

programa 5S.

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Pesquisa de utilização do programa 5S’s, nos escritórios contábeis.

Acadêmica: Carize Gazola

Esta pesquisa faz parte da execução do trabalho de conclusão de curso, em busca do titulo de bacharel em ciências contábeis. Tem a finalidade avaliar a utilização do programa 5S nos escritórios contábeis de Florianópolis, a fim de proporcionar cada vez mais a excelência na prestação dos serviços contábeis e harmonizar o ambiente de trabalho aumentando assim a produtividade e a satisfação dos clientes.

1) Você conhece o programa de qualidade 5S? ( ) Sim( )Não

2) Você aplica o programa de qualidade 5S no seu Escritório de Contabilidade? ( ) Sim( )Não

3) Caso aplique o programa, os resultados foram satisfatórios? ( ) Sim( ) Não( ) Regular

4) Você acredita que o “lay-out” do escritório pode influenciar na melhor utilização do espaço, proporcionando assim uma maior rapidez e facilidade na busca de objetos e documentos, gerando menor desgaste nas tarefas executadas e conseqüentemente maior produtividade? ( ) Sim( )Não( ) Nunca pensei nisto

5) Uma simples faxina agregada a organização interna do escritório, pode proporcionar o aumento da auto estima do ambiente, influenciando diretamente no rendimento dos colaboradores, e proporcionando uma maior produtividade para o escritório contábil? ( ) Sim( )Não( ) Nunca pensei nisto

6) O programa de qualidade 5S pode trazer maior lucratividade para o escritório contábil? ( ) Sim( )Não

7) Você acredita que medidas preventivas tais como: móveis e utensílios ergonômicos, ginástica laboral, limpeza do ambiente, iluminação adequada, exames periódicos, podem reduzir custo? ( ) Sim( )Não( ) Nunca pensei nisto

8) O programa de qualidade 5S proporciona a motivação dos colaboradores e principalmente satisfação dos clientes. ( ) Sim( )Não( ) Nunca pensei nisto

9) Qual o principal motivo da não aplicação do programa 5S no seu escritório de contabilidade? ( ) Aumento de Custo ( ) Falta de conhecimento( ) Não acredito nos benefícios

10) O seu escritório de contabilidade possui algum outro programa de qualidade? ( ) Sim ( ) Não Qual....................................................

11) Você acredita que um bom programa de qualidade transmite credibilidade, agregando com isso valores para o escritório? ( ) Sim( )Não( ) Nunca pensei nisto

Agradeço pela colaboração e tenha certeza que contribuiu de forma significativa para valorizar meu trabalho de conclusão do Curso de Ciências Contábeis.

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