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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
Supervisão Escolar e sua verdadeira concepção
Por: Patrícia Aparecida Endringer Corrêa
Orientador
Prof. Mary Sue Pereira
Nova Iguaçu
2011
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
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PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
SUPERVISÃO ESCOLAR
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Administração
e Supervisão Escolar.
Por: Patrícia Aparecida Endringer Corrêa
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AGRADECIMENTOS
....Aos meus pais, amigos e em
especial minha amiga Lívia, que me
auxiliou na Monografia, a todos
autores, e a todos integrantes do corpo
docente “A vez do Mestre”, a
professora Mônica que me auxiliou com
a conclusão dos cursos pendentes.
4
DEDICATÓRIA
.....Dedico aos meu pais, que se
prontificaram a concluir esse sonho, me
auxiliando com livros, e nos custos do
curso. “Um sonho sonhado sozinho é
apenas sonho, um sonho sonhado juntos
se torna realidade.”
5
RESUMO
Supervisão Escolar é de ver e avaliar como está sendo colocado em
prática as atividades, de modo que o supervisor terá que pesquisar sobre está pondo em prática não é somente dar ordens e explicar como tem que ser feito, respeitando todo histórico da supervisão.
Os professores têm que ser auxiliados pelos supervisores para que seu trabalho seja mais eficiente e eficaz. Estes pesquisam na internet, revistas e livros qual a melhor de colocar as atividades propostas em prática, mas parece que os supervisores não têm essa função, por estarem sobrecarregados de outras funções que não são suas. Os diretores delegam outras funções devido aos custos, então preferem delegar a função de supervisor pra coordenador, que na visão deles tem a mesma função.
Os supervisores são capacitados pra auxiliar no trabalho auxiliando os funcionários, qual a melhor forma pra executar as atividades propostas. Para que isso ocorra é necessário avaliar, analisar e muita pesquisa, pra não ser feito o de qualquer forma.
Supervisionar é também verificar e apresentar outras propostas que possam melhorar o andamento da Escola. Para se atingir o objetivo é necessária dedicação, atenção, respeito pelo próximo, e saber dialogar, para que passe a mensagem com eficácia, sem ser autoritário. O supervisor também tem que ter autonomia, e saber identificar o problema, para assim saber qual a melhor maneira de saná-lo.
Em outros contextos a supervisão se descreve desde o período em que se é estabelecida uma relação entre o trabalho e o homem. O trabalho existe pois é uma atividade feita de forma proposital, para que o homem se sinta digno, isso implica as formas de trabalho e a relação entre as pessoa com quem trabalha.
Como um dito popular diz: “O trabalho dignifica o homem”. E para que se tenha um bom trabalho é necessário que alguém supervisione o andamento, que está sendo feito da forma correta e aplicado como veemência.
6
Metodologia: Tive dificuldade em encontrar os livros apresentados, lidos, devido a
muito demanda pelo site, e também em todas as livrarias os livros estavam
disponível. Percebi com isso que os livros não são usados na prática, por a
visão nas escolas são diferenciadas. Esse tema não é muito divulgado na
internet, acho que por isso é mais complicado elaborar uma tese fundamentada
sobre o assunto. Baseei-me em meus achados, e alguns trechos de alguns
livros que encontrei. Não tive acesso a muitos livros, mas enquanto lia os
conteúdos percebi a importância desse tema, então a princípio iria falar sobre o
verdadeiro papel de supervisor e como era visto na escola, mas mudei para a
Supervisão Escolar e sua verdadeira concepção, por várias escolas além de
não possuir, não sabe para que serve essa especialização.
Nos jornais, nem se fala sobre esse assunto procurei textos nas internet, e
notei que existe poucos relatos sobre a supervisão. E entendi que pesquisar
sobre algo que nem mesmo a escola sabe para que serve, é complicado, pois
é uma profissão desvalorizada na visão das escolas.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Supervisão 12
CAPÍTULO II - Supervisão Escolar 21
CAPÍTULO III – A Importância da Supervisão Escolar 34
CONCLUSÃO 42
ANEXOS 43
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 49
ÍNDICE 50
8
INTRODUÇÃO
Supervisão, o que seria supervisionar? Para muitos a concepção de
supervisionar, é o mesmo que coordenar, ou seja, dar ordens, e em muitas
escolas, não tem um Supervisor por não acharem necessário, já que tem um
Coordenador de ensino. Portanto desta forma é difícil se encontrar em algum
colégio um Supervisor Escolar, por acharem que a função de supervisionar e
coordenar são a mesma, mas na verdade elas se diferem.
Supervisão é ter realmente uma supervisão, e um olhar de cima sobre
as atividades que estão sendo feitas e como estão sendo pondo em prática. É
também não dizer somente está errado, mas também auxiliar ao professor
como deve ser feito, e já coordenar é organizar e planejar. A coordenação é
mais responsável pela organização da escola, ele lidar diretamente com os
alunos e pais de alunos. Enquanto a supervisão só auxiliar os funcionários da
escola, dá dicas importantes, é um pesquisador também, pois o supervisor tem
procurar através de livros ou até mesmo a internet como ele poderá colocar em
prática as atividades.
Existem muitas Escolas que não tem uma Supervisão Escolar, pra evitar
mais custos, mas o que eles não sabem que isso poderá atrapalhar o
andamento da escola, pois deixa tudo para que os educadores façam, sem se
preocupar se o trabalho está sendo feito da forma certa.
O histórico da supervisão do Brasil desde sua origem é o elemento
integrante do processo educacional, como também as suas evoluções de seus
conceitos e de suas concepções. Esses assuntos são publicados nos livros
didáticos, ocupam um tema que dá base aos diversos rumos desenvolvidos na
educação.
O trabalho é dirigido pela a inteligência como atividade proposital, pois é
um produto particular da espécie humana. A força criada pela natureza humana
feita pelo trabalho, e com isso a humanidade completou a sua criação do
mundo. E arte de supervisionar o trabalho das pessoas está incluso, pois
9
estará analisando e avaliando qual a melhor forma de se colocar em prática a
sua proposta, para assim o trabalho em equipe seja satisfatório para todos.
Segundo Babbage o seu princípio diz:
“... Que o mestre manufatureiro ao dividir o trabalho a ser
executado em diferentes processos, cada qual exigindo
diferentes graus de perícia ou força, pode comprar
precisamente aquela exata quantidade de ambas que for
necessária para cada processo; ao passo que, se todo o
trabalho fosse executado por um operário, aquela pessoa
deveria possuir eficiente perícia para executar o mais
difícil, e força suficiente para executar a mais laboriosa
das operações nas quais o ofício é divido.”
No interior da Escola se traz uma introdução de supervisão como divisão
social do trabalho, isto é, a separação sobre os quer pensam, e quem
ordenam. Houve então uma necessidade de o coordenador assumisse a
postura diferente para assim então conquistar a credibilidade entre os
professores.
De acordo com Foucault a supervisão expressa o anseio pelo controle
de todos os movimentos das pessoas. E ele diz:
“Sabe-se que a supervisão Educacional foi criada num
contexto da ditadura A Lei n. 5692/71 a institui como
serviço específico da Escola 1º e 2º Graus (embora já
existisse anteriormente), Sua função era, então,
10
predominantemente tecnicista e controladora e, de certa
forma, correspondia à militarização Escolar. No contexto
da Doutrina da Segurança Nacional adotada em 1967 e
no espírito do AI-5 (Ato Institucional n. 5) de 1968, foi feita
a reforma universitária. Nela situa-se a reformulação do
Curso de Pedagogia. Em 1969 era regulamentada a
Reforma Universitária a aprovado o parecer reformulador
do Curso de Pedagogia. O mesmo prepara
predominantemente, desde então, “generalistas”, como o
título de especialistas de educação, mas pouco prepara
para a prática da educação.”
Hoje em dia existem muitos problemas a respeito ao que se põem a
função de coordenação pedagógica que tem sua explicação originada na sua
configuração formal da função que se associa a palavra controle. A supervisão
tem como modelo o Ratio Studiorum que é influência dos Jesuítas, onde
previam que se deveriam “ouvir e observar os professores”, lembrando de suas
obrigações, e que cada ano se consumiria uma programação que a eles foram
impostas.
Até podemos comentar que a coordenação pedagógica é quem articula
o Projeto Político Pedagógico da Instituição, pois organiza as idéias, as
participações, e os meios para a consolidação desse projeto.
Quando se é falado a respeito de mudanças na prática em sala de aula
para que os professores não há uma aderência de imediato, há uma certa
resistência, desconfiança e desânimo. É fácil se depararmos com situações
em que os supervisores não sabem como agir como os educadores, e assim
ao invés de ajudar o andamento da Escola, só atrapalha, pois não tem visão de
supervisor, e sim de coordenador.
11
Segundo Paulo freire:
“A educação, não importando o grau em que se dá, é
sempre uma teoria do conhecimento que se põe em
prática (...) O supervisor é um educador e, se ele é um
educador, ele não escapa na sua prática a esta natureza
epistemológica da educação. Tem a ver com o
conhecimento, com a teoria do conhecimento. O que se
pode perguntar é: qual o objeto de conhecimento que
interessa diretamente ao supervisor? Aí talvez a gente
pudesse dizer: é o próprio ato de conhecimento que está
se dando na relação educador/educando.
12
Capítulo l
Supervisão
...Deus está no controle.
Podemos dar várias definições para supervisão, uma delas que a
supervisão serve para analisar e verificar o trabalho dos funcionários, como
forma de melhoria da qualidade das tarefas, motivando-os e incentivando-os a
trabalharem melhor e auxiliando-os no que for necessário. Segundo Souza
(1974):
“A supervisão é fruto da necessidade de melhor adestramento
de técnicos para a indústria e comércio estendendo-se aos
demais campos: militar, esportivo, político, educacional, etc.
com o objetivo de alcançar um bom resultado de trabalho em
realização.”
1 - Abordagem histórica da Supervisão
1.1 - Industrialização:
Com o objetivo de melhorar a qualidade e quantidade da produção, com
a Industrialização, surgiu o conceito de supervisão. Mas somente em 1841
que ela passou ser visada no ensino.
As supervisões se conservaram dentro de uma série de reprimir, checar,
monitorar e inspecionar, no percurso do século XVlll ao início do século XlX.
13
A ideia de supervisão com relação ao processo de ensino passou a
existir em 1941, em Cincinatti. E permaneceu até 1950 que passou a ser
com prioridade voltada, a verificação do trabalho dos educadores.
A supervisão começou a se incomodar com o estabelecimento de
protótipos de conduta bem determinados e de critérios de produtividade
escolar, priorizando a eficácia do ensino.
No início do séc. XX pode-se conferir a emprego dos conhecimentos
científicos visando à melhoria da educação e na proporção dos resultados
de aprendizagem dos alunos. A supervisão se propõe então a explicar,
transmitir, impor, mostrar, repensar e julgar.
Nota-se uma influência maior das ciências comportamentais na
supervisão, a partir de 1925. Além disso, observa-se grande tendência de
inserir princípios democráticos nas organizações educacionais, aplicando-
se ao papel do supervisor como líder democrático.
No ano 1930, com a valorização dos procedimentos em equipe na
tomada de decisões, a Supervisão assume o caráter de liderança, de
empenho cooperativo, para assim obter seus objetivos.
Então a partir de 1960, a pesquisa teve um lugar relevante na procura de
novos resultados para assim melhorar a qualidade do ensino.
1.2 - As propostas de Supervisão:
Comunicação interpessoal, identificação com as metas gerais da
organização, controle da produtividade, a criatividade e o processo de
mudança.
14
1.2.1- Comunicação Interpessoal:
Essa comunicação interpessoal é a relação entre as pessoas, se
comunicando argumentando algo referente ao trabalho. Tem que haver
essa comunicação para um bom entrosamento entre todos os envolvidos.
1.2.2 - Identificação com as metas gerais da organização
O supervisor tem que identificar as metas propostas para alcançar o seu
objetivo, e ela deve ser de forma organizada, para ter mais desempenho no
seu trabalho.
1.2.3 - Controle da produtividade, a criatividade e o processo
de mudança.
O especialista na área de supervisão deve controlar a produtividade, a
criatividade e o processo de mudança. Pois se houve mudança, mudou o
quadro, tanto para melhor quanto para pior, basta ver se as aplicações de
tarefas estão sendo bem aplicadas de forma elaborada pelo supervisor.
1.3 - A supervisão no Brasil:
De acordo com a história da Supervisão do ensino brasileiro, sobre os
estabelecimentos de ensino, surgiram intimamente ligadas às propostas de
domínio do poder público.
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O desenvolvimento de conceito de Supervisão tem quatro momentos
marcantes:
A inspeção administrativa, a orientação de eficiência, o Grupo de
esforço cooperativo e a orientação de pesquisa.
1.3.1. - Inspeção administrativa:
Verificar toda a administração da escola, os planejamentos aplicados e
como estão sendo aplicados.
1.3.2 - Orientação de eficiência:
Saber orientar, de forma organizada, e mostrar competência na sua
função, desempenhando com eficiência o seu papel de supervisor.
1.3.3 - Grupo de esforço cooperativo:
Essa tarefa é umas das mais difíceis de atuar, pois para trabalhar com
equipe tem que saber ouvir opiniões e fazer com que todos participem das
tomadas de decisões.
1.3.4 - Orientação de pesquisa:
Orientando nas pesquisas, auxiliando no que deve ser estudado e se
atualizar também pesquisando em jornais, livros, revistas e internet, para
orientar têm que ser um bom pesquisador.
16
Com a Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional de 1961, sendo
dada maior flexibilidade a todo sistema d ensino, enfatizada também pela lei
nº 5692/71, a necessidade de supervisão educacional foi se tornando
imperiosa, de tal forma que a lei nº 5540/68, da Reforma de ensino
Superior, estabelece em seu artigo 30, que a formação do supervisor , para
atuar no âmbito das escolas e dos sistemas escolares deve ser feita em
nível superior
1.4 - As novas Expectativas para Supervisão Escolar:
Produtividade da escola, novos campos para a ação supervisora,
Preocupação constante com a liderança, fortalecimento do enfoque Sistêmico,
articulação do trabalho coletivo e melhoria do processo ensino-aprendizagem.
1.4.1 - Produtividade da escola:
Com a aplicabilidade da supervisão na escola, é possível ter uma
expectativa de aumento da produtividade em sala de aula, pois auxiliando o
professor a forma de se atuar e como se faz, se tornam mais práticos, e assim
o andamento da escola melhora em quantidade e qualidade.
1.4.2.- Novos campos para a ação supervisora:
A atuação da supervisão espera atingir vários campos, não só um
campo, a sua expectativa e alcançar a todos os envolvidos como a escola e
também a comunidade em que está inserida.
17
1.4.3 - Preocupações constante com a liderança
Essa expectativa é que todas as escolas esperam, pois o supervisor tem que
saber liderar, sem ser autoritário, deve saber como abordar os envolvidos na
área de ensino.
1.4.4 - Fortalecimento do enfoque Sistêmico:
Fortalecer a sistemática da escola, todo o sistema que envolve a escola,
fazendo relatórios de tudo o que acontece na escola, pois tudo tem que está
registrado.
1.4.5 - Articulação do trabalho coletivo:
As escolas esperam que o supervisor saiba trabalhar com a coletividade,
auxiliando todos os participantes inclusos no processo de ensino.
1.4.6 - Melhoria do processo ensino-aprendizagem.
O diretor das escolas que trabalha com supervisionamento espera mesmo
essa melhora no ensino-aprendizagem, pois esse profissional está encabido de
exercer essa função para que melhore o funcionamento no ambiente escolar.
18
A Supervisão que atua no sistema de educacional se propõe a oferecer
oportunidades de atualizar o conteúdo e as metodologias; utilizando recentes
avanços dos conhecimentos comportamentais e da tecnologia.
“Sabe-se que a Supervisão Educacional foi criada num
contexto de ditadura. A Lei n. 5692/71 a instituiu como
serviço específico da Escola de 1° e 2° Graus (embora
já existisse anteriormente). Sua função era, então,
predominantemente tecnicista e controladora e, de
certa forma, correspondia à militarização Escolar. No
contexto da Doutrina de Segurança Nacional adotada
de 1967 e no espírito do AI- 5 (Ato Institucional n. 5) de
1968, foi feita a reforma universitária. Nela situa-se a
reformulação do curso de Pedagogia. Em 1969 era
regulamentada a Reforma Universitária e aprovado o
parecer reformulador do Curso de Pedagógica. O
mesmo prepara predominante, desde então,
“generalistas”, com o título de especialistas de
educação, mas pouco prepara para a prática da
educação.” (Urban, 1985:5)
1.5 - Funções:
Firmar a qualidade de aprendizagem e esquematizar transformações
que induz à aprendizagem mais eficaz são funções de soberana
importância, no que se faz a referência à prática de protótipos operacionais
da supervisão. E nelas se englobam os produtos da supervisão que são
eles:
19
1.5.1 - Maturidade profissional:
Induz o docente a possuir habilidades peculiares como parte de uma
equipe de trabalho. Sendo profissional como implicação de maturação
individual e social.
1.5.2 - Desenvolvimentos do currículo:
Embasamento qualitativo, maturidade profissional, conhecer os
fundamentos propostos pela escola, distinguir as prioridades eleitas por cada
comunidade escolar, desvelar o currículo oculto de cada instituição e assumir
uma posição política- ideológica.
1.5.3 - Aperfeiçoamento do ensino:
O Investimento profissional, formação continuada, formação em serviço,
pesquisa-ação, avaliação constante e revisão da eficiência dos produtos de
supervisão
1.5.4 - Consolidação escola-comunidade:
Os Propósitos corriqueiros dos componentes da escola e da
comunidade, unidade ideológica, consenso de importância, tolerância nas
relações inter e intra-escolares e solidificação dos empenhos combinados.
1.5.5 - Expectativas emergentes:
A tentativa prematura dos acontecimentos, previsão do processo
educativo, prevenção das pendências do futuro e astúcia política,
econômica e sócio- cultural da realidade.
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1.6 – O que é preciso para alcançar os produtos da
Supervisão?
Um eficiente programa, enfocar o principal agente do processo, o
supervisor, embasamento técnico, fundamento humano e organização da
dinâmica do trabalho pedagógico. Tendo um programa coerente e eficiente,
concentrando no principal agente do processo, e possuindo uma base
teórica, é mais fácil identificar o problema que se abate na escola. Sendo
respeitadas também as origens humanas e a coordenação da dinâmica da
escola, para saber o que pode ser feito para garantir a melhoria do
aprendizado.
1.7 – Com alcançar os produtos de supervisão?
É possível alcançar os produtos da supervisão, com objetivos de uma
ação supervisora sistemáticos, permanentes, cientifica, democrática, eficaz,
coerente, integrada e integradora. Associando os produtos da supervisão e
os fundamentos teóricos da ação supervisora respeitando os princípios da
supervisão, estudos sobre a organização, liderança, mudança e
comunicação. Através da compreensão do próprio supervisor sobre a
necessidade de suas habilidades pessoais e técnicas. Apresentar
especificidade técnica nas etapas da ação supervisora: planejamento,
acompanhamento, controle e avaliação. No desenvolvimento do trabalho
coletivo e crítico e por fim pela utilização de diferentes técnicas de
supervisão.
21
Capítulo ll
1 - Supervisão Escolar
Atualmente o discurso sobre educação demanda que seja enquadrado
na nova ordem mundial globalizada, para que todos possam desempenhar
essa atividade que tem o desafio de preparar os indivíduos para o convívio
social, que foca busca pelo conhecimento. Mas com o avanço da tecnologia os
professores têm encontrado mais dificuldade de passar seu conhecimento,
vista que os alunos têm um conhecimento tecnológico mais avançado, então os
educadores têm procurando se qualificar, para exercer melhor sua função, pois
agora não é só de livros que precisam, é necessário também um conhecimento
na área tecnológica.
Os computadores têm auxiliado os professores a entreter a atenção do
aluno, por isso lançaram quadros e-bord para facilitar no ensino, mas para isso
o mestre tem que se preparar para não ter problemas quanto ao manuseio.
“Ser um "educador-em-processo " significa estabelecer
decisões que dependem do "educador-em-reflexão".
Se o [supervisor] da educação já não se identifica
necessariamente com a própria condição de educador,
ou seja, se ele é "da [supervisão]" e não "da
educação", suas decisões não serão inspiradas nem
pela "ciência prática da educação", que desconhece, e
nem pela "práxis educacional", em que não se
reconhece. Não haverá como concretizar em sua
escola a dialética da Pedagogia e da Educação, se ele
22
como supervisor não dominar os elementos do "par
dialético" a partir do qual deveria orientar sua ação.”
[pedagógica]. (p.73-74)
Como o texto acima comprova que para educar existe um processo, pois
não é só ensinar, é participação na vida do educando, conhecer seus
problemas, suas dificuldades e pesquisar qual é a forma melhor para ajudá-lo.
E para que isso seja eficiente é necessária que o supervisor oriente o professor
qual a forma tem que ser trabalhado esse problema.
Supervisionar e analisar as problemáticas e auxiliar o professor como
solucioná-las, não é apenas dizer que tem que ser feito, tem que fazer uma
pesquisa detalhada do que precisa para se por em prática, para não haver
complicações futuras.
Mas na verdade o que seria supervisionar?
Em contexto supervisionar é:
Analisar, avaliar e orientar o educador no processo de ensino. E auxiliar
qual a forma certa que se pode trabalhar, para melhorar a qualidade de ensino.
Visa como produto final, à melhoria do processo ensino aprendizagem,
atuando através do professor. A supervisão se importa com o resultado, e para
isso auxilia incentivando e mostrando qual a melhor forma de ser executado,
especificando também, os pós e os contras da problemática em questão.
“A Supervisão Escolar passa então a ser uma ferramenta de atuação
tem como principio o fazer, o agir, o movimentar, o envolver-se, o
modificar e para isto é necessário que esteja firmado em nossa
essência o querer moldar pessoas. Os pequeninos vêm para nos como
23
folhas em branco onde muitos de nos irão fazer parte de suas historias
e por quer não dizer fazer a própria diferença em seus futuros. Como é
possível observar, a educação é uma tarefa e um encargo coletivo no
mundo de hoje, logo Cunha (2006. p. 271)”
http://www.webartigos.com/articles/2377/2/Supervisatildeo-Escolar--Novos-
Desafios-E-Propostas/pagina2.html 21/07/2011
2 - Quais são os princípios básicos da Supervisão?
São eles: Sistematização, Democratização, Direção Construtiva,
Flexibilidade, Objetividade, Integração, Cooperação, Base Científica,
Permanência
2.1- A sistematização:
Não se admite improvisos tem que ter sempre um plano coerente
para se por em ação, ou melhor, não tem que ser apresentado apenas
um planejamento, tem que ter sempre outro guardado quando precisar.
O improviso pode ser fatal e complicar todo trabalho que está sendo
feito. É preciso um plano sistematizado em nossas ações; não cabe o
improviso, tem que sempre ter um plano em ação de ação.
2.2 - A Democratização:
A Supervisão deve ser feita de maneira democrática, na forma de
que todos os que fazem parte do processo de ensino-aprendizagem,
opinem sobre o assunto. Que sejam ouvidas e respeitadas todas as
opiniões independentes de diferenças sociais, ou seja, as decisões têm
que ser tomadas desde o faxineiro, ao Diretor, sem imposição de
24
opinião própria, porque assim poderá ser autoritário. Todos devem
participar e tem que ser articulado, para que todos participem do
processo de ensino e aprendizagem como, funcionário e comunidades,
compartilhando o mesmo plano, respeitando os direitos individuais.
2.3 - A Direção construtiva:
A Supervisão inclui nos seus princípios a função de orientar e
esclarecer a todos que fazem parte do processo de ensino, para que
eles aperfeiçoem na prática. Deve atuar sem abrir mão da liderança do
grupo, estabelecer a liderança de não destruir.
2.4 - A Flexibilidade:
A Supervisão deve se habituar a realidade da escola, pois não é
possível supervisionar com eficiência se o supervisor aplicar atividades
que fogem ao conteúdo histórico da Escolar, ou seja, ele tem que se
adaptarem as condições oferecidas pela escola. Como por exemplo,
não se pode aplicar um projeto num colégio da zona Sul o mesmo
projeto que se aplica em um colégio de comunidade, pois as realidades
se diferem. Concluindo a supervisão tem que se adaptar a cultura da
escola.
2.5 - A Objetividade:
Devem ser estabelecidos com exatidão, e assim inventando
outros procedimentos para atuá-la com planejamentos coerentes e
adequados a situação da escola. Como próprio nome diz, ele tem que
ser centrado e objetivo, mostrando o que tem a ser proposto, com
clareza, a partir da vivência na escolar. Os fins da supervisão devem ser
25
estabelecidos com clausa, atuação adequada e coerente, o que tem
que ser alcançado é preciso deixar claro para o professor.
2.6 - A Integração:
Nesse ponto a supervisão tem que incluir todos os indivíduos que
participam no processo educacional, orientando, e também fornecendo
a assistência pedagógica. A supervisão deve abranger a todos que
estão no processo de ensino como; pais, professores, comunidades e
parcerias, como; posto de saúde e Igreja. É preciso planejar para
organizar sistematicamente como vai acontecer para integração,
pedagogicamente a todos.
2.7 - A Cooperação:
De esse modo a Supervisão dever fazer com que todos os
participantes que estão envolvidos no processo do ensino da
aprendizagem, tenham necessidade de cooperar. Atuar de modo que
todos que estejam envolvidos sintam vontade de cooperar.
2.8 - A Base Científica:
Nessa parte específica que a Supervisão tem o dever de ampliar
com base em planejamento e avaliar freqüentemente o trabalho
aplicado. Isso ocorre para que possa corrigir as direções que estão
seguindo, quando se precisar. São fundamentos, a supervisão deve
desenvolver com base no planejamento e na avaliação para que haja
correção dos cursos se for necessário.
26
2.9 - Permanência:
Neste ponto de vista a Supervisão tem um caráter permanente e
com isso as possibilidades funcionar de forma adequada e com
eficiência, aumenta mais, isso pode qualificar a forma de aplicação do
trabalho. É importante que os princípios não apareçam isoladamente,
eles são interdependentes. No dia a dia todos os momentos deverão
ser apresentados.
“O supervisor precisa ser um constante pesquisador, é necessário
que ele antecipe conhecimentos para o grupo de professores, lendo
muito, não só sobre conteúdos específicos, mas também livros e
diferentes jornais e revistas. Entre as tarefas do supervisor estão ajudar
a elaborar e aplicar o projeto da escola, dar orientação em questões
pedagógicas e principalmente, atuar na formação continua dos
professores.”
http://www.webartigos.com/articles/2377/2/Supervisatildeo-
Escolar--Novos-Desafios-E-
Propostas/pagina2.html#ixzz1SkU9nI1O
21/07/11
O supervisor faz uma adaptação da parte teórica para a atuação
na escola, isso cogita nas atividades propostas em sala. Ele pesquisa e
aplica as teorias para motivar o raciocínio e a atuação dos educadores,
no seu dia a dia em sala de aula.
27
3 - As principais característica do Supervisor:
3.1 - Auxiliador:
Pois ele tem o dever de auxiliar o professor, ajudando qual a
melhor forma de se aplicar as tarefas proposta, visando a problemática
em questão.
3.2 - Orientador:
Nesse caso o supervisor, deve orientar o docente, mostrando
pontos positivos e negativos, e mostrando qual seria a melhor solução a
ser tomada.
3.3 - Dinâmico:
O próprio nome diz dinamismo, tem que saber aplicar as
atividades de uma forma atrativa, sem ser cansativo e desmotivador.
Sendo dinâmico ele poderá prender mais a atenção, de uma forma
interativa.
3.4 - Acessível:
Nesse ponto podemos entender que, o supervisor deve ter acesso a
todos, e não ficar trancado em uma sala, mas sim todos os envolvidos
que tiverem dúvidas de consultar a ele. Então assim a acessibilidade é
visível a todos, para ajudar a todos que participam.
28
3.5 - Eficiente:
O Supervisor tem que saber as suas funções para ser eficiente e ele
tem saber o que faz, agindo com exatidão e coerência. Para que isso
ocorra esse especialista tem que ser profissional e capacitado.
3.6 - Capaz:
Nesse ponto de vista ser capaz é o primordial pra essa profissão, pois
se ele não for capacitado e aperfeiçoar suas habilidades, ele não
conseguiram desempenhar bem essa função. Por isso é preciso
também, ter disciplina e procurar ser um pesquisador.
3.7 - Produtivo:
É necessário dizer que a produtividade é uma das características que
mais importa pra uma escola. Pois um bom profissional, vai saber como
empenhar bem seu papel na sua área, fazendo a produtividade
aumentar, para assim melhorar e qualificar o ambiente escolar.
3.8 - Apoiador:
O supervisor tem que apoiar as ideias oferecidas, e questionar, mas
apresentando os pós e os contras, e assim incentiva os profissionais da
área a serem mais pesquisadores e criativos.
29
3.9 - Inovador:
Nessa visão esse especialista tem que inovar não ser estático, ter
flexibilidade, apresentando novas ideias e ser criativo. Essa
característica é de um profissional que está sempre inovando para
assim melhorar a produtividade.
3.10 - Integrador:
Esse profissional tem que saber integrar os assuntos que está em
pauta, e também tem integrar toda a equipe para que trabalhe em
conjunto. Com isso ele terá que integrar pais, funcionários,
comunidades e parcerias, no planejamento da escola.
3.11 - Cooperativo:
O Supervisor tem que cooperar e fazer com que todas pessoas
cooperem da mesma forma. Assim todos participam das tomadas de
decisões, sem excluir nenhum integrante.
3.12 - Facilitador:
Esse profissional tem que facilitar no trabalho, tem que apresentar
possibilidades, ou seja, o que é possível para a atividade ser
empenhada com mais facilidade.
30
3.13 - Criativo:
O especialista na área de supervisão tem que possuir a habilidade de
criar, usar sua criatividade para inovar, por isso também tem que ser
inovador. Apresentar ideias novas, criar novas formas de aplicabilidade
das tarefas.
3.14 Interessado:
O supervisor escolar, tem que ser interessado pelos assunto e por
melhoras, então deve mostrar interesse em ajudar os educadores na
atuação dos trabalhos em sala.
3.15 - Colaborador:
Esse profissional tem que colaborar, como todos os participantes do
ensino educacional. Ele sendo participativo sem distinção de cargo
mostrará que está capacitado para a função que exerce. Pois um bom
profissional não é aquele que dá ordens pra serem feitas, mas sim que
veste a camisa para alcançar os seus objetivos.
3.16 - Seguro:
O técnico em supervisão tem mostrar segurança e também passar para
todos os integrantes. Ele tem que saber o que está fazendo assim há
poucas possibilidades de erros.
31
3.17 - Incentivador:
O supervisor tem que ter habilidade para incentivar os docente a
trabalhar melhor, apresentando algo incentivador e motivador.
3.18 - Atencioso:
O profissional tem que ser atencioso e observador. Ele dever prestar
atenção em tudo que envolve o ambiente escolar, e estar sempre atento
em ajudar quando for preciso.
3.19 - Atualizado:
Nesse ponto de vista este especialista, tem estar sempre atualizando,
lendo jornal, revista e sempre atento também a internet. Ele deve ser
capacitar para poder resolver melhor as questões apresentadas.
3.20 - Com Conhecimento:
Nessa parte o especialista nessa área deve possuir conhecimento,
estudar e pesquisar muito para saber como aplicar. Ele tem que
conhecer a sua função, saber o que tem que ser feito.
3.21 - Amigo:
Isso é necessário para um bom relacionamento profissional, ele ser
amigo antes de ser superior, é mais fácil de atingir seus objetivos. Pois
tem que saber ouvir, e falar na hora certa, por isso essa característica,
amigo, é muito importante para um bom desempenho na função do
supervisor.
32
O especialista da área de supervisão tinha a possibilidade de
dimensionar como super/visão, ou seja, uma visão ampliada de tudo o
que acontece, pois esse profissional deve estar atento a tudo o que
ocorre na escola, e ter uma visão de cima, ver mais além do que se
pode ver. Ter uma “visão de águia” porque assim poderá ver de cima
para baixo, como alguém que tem o domínio do conhecimento e uma
visão mais esclarecida de toda organização da escola.
Segundo Maria Silva Simões, no livro Administração e Supervisão
Escolar questões para o novo milênio diz que:
“Os argumentos que sustentavam essa verticalização
da organização do trabalho fundamentavam-se nas
exigências da racionalização burocrática, na ideologia
da eficiência e na garantia de efetividade do
desempenho. Não havia espaço para a improvisação:
nada acontecia por acaso na sala de aula ou na oficina;
nada dependia da inspiração momentânea e dos
humores do professor o sucesso não estava sujeito a
competências/incompetências individuais.”
Administração e Supervisão Escolar questões para o
novo milênio
BUENO, Maria Silva Simões, Editora Pioneira, p. 28 e
29.
A admissão de supervisão Educacional acarreta para dentro da escola a
separação social do trabalho, ou melhor , a divisão entre os que determinam,
mandam, tirando proveitos dos frutos, e os que executam: até então, o docente
era, em muito extenso medida, o ator e autor de suas aulas, e depois disto
33
passa a ser desapropriado de seu saber, sendo posto entre ele e seu trabalho
a forma do especialista.
“Comprometido com a estrutura de poder burocratizada de
onde emana a fonte de sua própria autoridade individual, o
supervisor escolar tende a “idiotizar” o trabalho do professor
porque, tal como na situação industrial, não se pode ter
confiança nos operários.” (...) A incompetência postulada do
professor se apresenta assim como a “garantia” perversa da
continuidade da posição do supervisor, de vez que inviabiliza
a discussão sobre sua competência presumível e sobre a
validade de sua contribuição específica.” (Silva Jr., 1984:105)
Definição Negativa do papel do supervisor é que ele não é fiscal de professor,
não entrega os docentes para direção, ou melhor, dedo-duro, não é pombo
correio, que leva recados para direção, não é coringa ou quebra galho ou
salva-vidas, não é burocrata, ou seja, que fica fazendo relatórios e mais
relatórios, gráficos e estatísticos sem motivo. Não é gabinete ele fica longe dos
desafios eficaz dos professores.
Já na definição positiva esse especialista é articulador do projeto político
pedagógico, Coordena a sistematização e integração do trabalho pedagógico,
é líder do movimento de humanização da escola, é intelectual orgânico da
escola e por fim é mediador entre a direção, a comunidade e os professores.
Para atuação da supervisão aceita dois tipos de condições, as condições
Objetivas e subjetivas, pois isso traz transformações que são indispensáveis na
prática pedagógica, são compreendidas como não tem dicotomia na distinção
de categorias. Ao se falar em modificações na atuação na sala de aula para o
docente não á uma aderência imediata. Pois é comum nos depararmos em
situações que os educadores e os supervisores se defendem um do outro para
assim fugirem de enfrentar novas propostas.
34
Capítulo III
1 - A importância da Supervisão Escolar
Numa abordagem mais moderna estão aquelas que se referem às
atuais discussões da apresentação do especialista em supervisão na escola e
que certamente estarão traçando os destinos da função supervisora para a
educação no terceiro milênio.
As antevisões das décadas de 80 e 90 têm visado para o enxugamento de
pessoal. Essa restrição aos supervisores na escola motivou discussões que
trazem à tona debates sobre a necessidade do supervisor tom formação
específica ou do pedagogo com formação profissional geral em educação.
“Desde as comunidades mais primitivas, a função
supervisora, implicitamente, acompanha a ação educativa. As
relações sociais características do comunismo primitivo eram
orientadas no sentido de satisfação das necessidades
coletivas, retirando dos meios naturais todo o sustento
material dos membros da comunidade, num modelo social em
que a educação era uma ação espontânea que se confundia
com a própria vida, estando a função supervisora presente na
própria relação cotidiana entre os adultos e as crianças, onde
os primeiros exerciam uma vigilância discreta sobre os jovens,
protegendo-os e orientando suas ações a e suas atitudes
diante dos desafios e perigos da existência.(Saviani, 2000).”
35
Segundo Salomão que relata na bíblia sagrada:
“Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina ao
justo, e ele crescerá em entendimento.”
Provérbios 9: 9
2- As estratégias
As estratégias complementares de trabalho encontraram várias atuações
na supervisão quanto a sua forma de atuar, podemos encontrar as mais
variadas como: atendimento ao professor de maneira individual ou coletiva
para o planejamento em sala de aula. Sessão semanalmente de orientação por
ciclo, área ou série. Aulas acompanhadas; organização de reuniões
pedagógicas.
Alguns educadores usam do artifício de que o especialista em
supervisão não constar em sala de aula como tática de resistência. Pois para
estar em sala é sinal de muita consciência e para isso tem que ter maior grau
de responsabilidade. Mas ainda encontramos coordenadores que ainda fazem
questão de dar aula, para não deixar o vínculo com a sala de aula. Com isso
podemos ver qual a importância do supervisor ter tido experiência dando aulas,
pois assim ele vai ser mais dedicado, ele vai saber quais são as dificuldades
encontradas para aplicação das tarefas e assim tentar solucionar os problemas
apresentados na prática da aula.
De acordo como a bíblia sagrada em romanos diz o seguinte:
“Se é mistério, seja em ministrar; se é ensinar; haja dedicação
no ensino.”
Romanos 12.7
36
Há diferentes visões a questão da aprendizagem, ensino, educação,
projeto político pedagógico e assim por diante, e no que se pode dizer tanto a
respeito de sua concepção como também a sua execução.
Esse especialista deve ter inteligência na abordagem das demandas,
tem que possuir habilidade de argumentação, não se aprisionar em
formalidades, o supervisor auxilia justamente o professor a criar condições para
que ele possa fazer o aluno aprender.
No procedimento da formação permanente o docente, enfrenta desafios
não apenas de construção do conceito, mas também de desconstrução.
Fazendo o acompanhamento no processo de mutação na escola, devido a
“passagem da teoria para prática”, ou seja o que era textos técnicos para
atuação em si. E assim eles observam a sua dificuldade de transmitir isso na
realidade. Como diz em um ditado popular;
“Falar é fácil, agora fazer que é difícil.”
Mas mesmo assim o técnico em supervisão não pode se impressionar
com protótipos, que dizem o supervisor só é para mandar e vigiar o trabalho do
docente. Essa visão erronia que todos tem sobre a questão de supervisor, é
que faz que o professor tenha medo desse especialista, ao invés de procurá-lo
para sanar suas dúvidas, prefere fazer o trabalho de forma individual e assim
prejudica o andamento do ensino na escola.
O educador tem que vê-lo como amigo que orienta, para ajudar a
resolver o problema posto em pauta, não como um individuo autoritário que só
dita ordens.
O verdadeiro papel do supervisor é orientar, auxiliar, analisar, verificar,
pesquisar, e não simplesmente ordenar, ou seja, se o docente tem uma
dificuldade, o supervisor tem o dever de auxiliar para resolver os problemas
37
apresentados, por isso também precisa ser pesquisador, pois deve estar
atualizado, de acordo com a realidade da escola, adequando as suas culturas,
não é a escola que deve se adaptar a ele, e sim ao contrário.
A cerca da construção-desconstrução exige-se o verdadeiro
diálogo, em busca disso podemos analisar dois aspectos como o
autoritarismo, os quais apontam dogmatismo, individuo que se acha o
dono da verdade, que não tem autocrítica, que repreende o direito de
expressão do outro. E também o infantilismo, sendo omisso, comodista,
que não luta pelos seus direitos, demissão em prática e cinismo.
Se esse especialista for autoritário, não vai ser democrático e com
isso os componentes que fazem parte do processo de aprendizagem,
desanimaram, perdendo o incentivo, para assim colaborar com o avanço
da escola. De acordo Maria Sylvia Bueno, diz que:
“O excesso de orientações formalistas e
informações conflitantes desgastou a ação supervisora
em todos os níveis e generalizou o descrédito. Mesmo
em nível de escola, a proximidade física do
coordenador pedagógico do cotidiano da sala de aula
não constituiu, via de regra, elemento para sua
aceitação. Sua atuação, inspirada na divisão técnica do
trabalho e orientada a promover a ruptura ente o
pensar e o fazer pedagógico, apostava na
incompetência do professor e gerava conflitos e
rejeição.”
Pág. 35 Administração Escolar e questão do Milênio
Os técnicos de supervisão, independendo do seu nível hierárquico que
ocupam, são apontados por todos como forma responsáveis por esse
procedimento não escapariam de maneira intactas as insatisfações de todos e
inclusive a sua autoinsatisfação que também os alcança, fazendo a remoção
do autoritarismo na escola.
38
O supervisor não pode ficar preso a primeira manifestação encontrada,
deve ver através, ou seja, ver mais além do que realmente mostra. Por isso
supervisão é uma visão de cima, ter uma visão ampla. Por isso se torna importante o professor não consegue ver além do que
ver, mas o supervisor tem que está preparado para ver o que o docente não
consegue observar, estar sempre atento aos problemas que poderão
apresentar.
Muitas escolas acham que por ter um coordenador não é necessário um
supervisor, mas isso ocorre por preferirem cortar custos. O coordenador é
organizador e planeja. Já supervisor verificador, analisador, e pesquisador,
são pontos de vistas diferentes.
Segundo Silva Bueno:
“O período de transição para o auto-intitulado
“Governo Democrático de São Paulo” e o seu início foram
marcadas pela denúncia da escola domesticada e
reprodutora das desigualdades sociais e do papel
manipulador e controlador exercido pelos especialistas.
Foi declarada uma guerra ao autoritarismo por eles
representado, em nome da democratização da escola e
da reapropriação do saber dos docentes.”
Pág. 36 e 37 Administração Escolar e questão do
Milênio
É imprescindível que o profissional da educação colabore decidida e
decisivamente para melhorar o andamento dos projetos sugeridos para a
resolução das dificuldades e desafios que são enfrentados na escola.
Mostrando o primeiro passo, que é o querer, passemos para outro, o fazer.
Para que se possa construir sociedades humanas é necessário o interesse
pelas pessoas, já que elas são mais importantes que coisas, carecemos
39
inventar uma cultura do fazer, do se incomodar, do prestar atenção, com
este preceito que hoje está muito presente nas escolas.
A divergência está em acolher como as crianças vêm das suas
casas, mas não deixá-las retirar-se da mesma forma que entraram. É
necessário estar em um processo de convivência que ambos temos em
comum onde passemos a sentir o que nossos alunos sentem e entender
como podemos ser organismo de ajuste social no contexto que se
proporciona na escola. Isto só é possível se estivermos infundidos de um
espírito de desapego, já que nem sempre a administração escolar terá a
seu dispor a composição que precisa para aumentar suas metas e seus
projetos. Então atingimos ao entendimento de que realmente
necessitamos ser deslumbrado por gente, amar as pessoas de verdade,
onde todo docente, catedrático, dirigente, gestor e outras mais, precisam
dessas peculiaridades. O segredo do sucesso esta em escutar os
estudantes em suas necessidades e dificuldades, buscar estabelecer
entre educandos e educadores uma via de comunicação que vise dar a
eles a condição de serem ouvidos
Por isso é muito importante ter um supervisor nas escolas, para
saber qual a abordagem correta, e como tem que ser trabalhado e o
supervisor devem trabalhar junto com o professor, para assim encontrar
o problema encontrado.
A construção de uma cidadania dentro de um processo ético-
educativo que seja guiado por ações democráticas e participativas de
todos os envolvidos na formação escolar e não-escolar, faz perceber
que o ambiente escolar possui uma boa supervisão, e que a Escola está
sendo bem orientado.
A educação cidadã possibilita a criação de políticas públicas mais
humanizadas e inclusivas, como isso há possibilidade de que os alunos
40
tenha um aprendizado, de acordo com a sua cultura, respeitando todos o
níveis sociais, não havendo preconceitos.
3 - O Planejamento participativo
O Planejamento Participativo como uma escola diferenciada dentro das
possíveis alternativas na área do planejamento. O principal atributo do que hoje
se chama Planejamento Participativo não é o fato de nele se estimule a
participação dos indivíduos. Isto permanece em quase todos os métodos de
planejamento. Não existi condições de fazer algo na realidade presente sem,
pelo menos, solicitar às pessoas que tragam sugestões, para solucionar esses
problemas enfrentados.
Segundo John Dewey que diz:
“A educação é um processo social, é desenvolvimento.
Não é a preparação para a vida, é a própria vida.”
Pois a educação é um processo social, por isso é necessário
que a comunidade, esteja junto com a escola na hora do
planejamento, para serem observados características próprias
daquela comunidade. E supervisor tem que ser sagaz e observar
que tem métodos que não funcionam, em todos os colégios. Planeja-
se de todos os jeitos porque planejar é inerente ao pensar humano.
Mas a utilização de conceitos, modelos, técnicas e instrumentos
cientificamente fundamentados e adaptados ao que se vai planejar
têm trazido resultados evidentes e compensadores. Essa
41
compensação traz satisfação de um trabalho bem elaborado, e que
foi bem aplicado nas salas de aula, demonstrando o reconhecimento
de um bom trabalho, com eficiência e dedicação.
De acordo com o Paulo Freire a respeito a educação:
“A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tão pouco a
sociedade muda.”
Com esse argumento podemos assegurar que é necessária a
participação todos no processo de aprendizagem e ensino, e que supervisão
tem que ter uma visão de cima, para saber orientar a todos, principalmente o
professor, que o trabalho é conjunto, e não de forma individual. E como se diz
processo educativo, não questão de um dia, mas sim, meses, e anos, para que
seja observada a melhoria do ensino. Atualmente estamos enfrentando um
grande problema que é a questão do bullying, que possivelmente se as escolas
possuíssem supervisores, conseguiria detectar qual a causa disse e saber
aplicar algo que os professores conseguiriam controlar melhor essa
problemática. Por isso deve ser observados o dia a dia, comportamentos, e
culturas para ser resolvidos esses problemas que aparecem.
Como relata no provérbio chinês:
“Se os teus projetos forem para um ano, semeia o grão.
Se forem para dez anos, planta uma árvore. Se forem
para cem anos, educa o povo.
(Provérbio chinês)”
42
Conclusão:
Para supervisionar é importante o observar as relações de trabalho, e
como está sendo a função de supervisor. Pois supervisionar é analisar,
orientar, e questionar e verificar, para observar o que está sendo feito está
tendo andamento? E como fazer para que melhore a escola em que
supervisiona?
Antes de tudo esse especialista não pode ser autoritário, ditar ordens,
pois ele trabalha de forma amigável, e auxilia os educadores para exercerem
melhor sua função, respeitando as diferenças culturas, não aplicando projetos,
que são fora da realidade da escola em que supervisiona. Ele tem que também
ser coerente eficiente, agindo de forma adequada a escola, e tem que se
adaptar aos costumes da comunidade, respeitando as suas culturas, e
ambientes sociais.
Contudo, é imprescindível a presença de um supervisor na escola, não
para vigiar os colegas de trabalho, mas sim para orientar, e administrar os
projetos propostos, incentivando os outros funcionários, a produtividade para
assim qualificar o ensino.
Segundo a visão de Paulo Freire:
“Ninguém nega o valor da educação e que um bom
professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons
professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus
filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento
que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que
permitimos que esses profissionais continuem sendo
desvalorizados. “
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Anexo l
Revista Isto é
GERAL | ISTOÉ Online | 15.Abr.10 - 10:10 | Atualizado em 02.Ago.11 - 02:29
Maioria dos casos de bullying ocorre na sala de aula AE
Uma pesquisa nacional sobre bullying - agressões físicas ou verbais recorrentes nas escolas - mostrou que a maior parte do problema (21% dos casos) ocorre nas salas de aula, mesmo com os professores presentes. Dos 5.168 alunos de 5.ª a 8.ª séries de escolas públicas e particulares de todas as regiões do País entrevistados, 10% disseram ser vítimas de bullying e 10%, agressores - 3% são ao mesmo tempo vítimas e agressores.
O estudo, feito pelo Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor (Ceats/FIA) para a organização não-governamental (ONG) Plan Brasil, mostrou o despreparo das instituições de ensino e dos professores. "As escolas mostraram uma postura passiva para uma violência que acontece no ambiente escolar", afirmou Gisella Lorenzi, coordenadora da pesquisa.
"Em outros países, o lugar preferencial de agressões é o pátio, onde costuma haver mais alunos e menos supervisão", disse Cléo Fante, pesquisadora da Plan, especialista em bullying. Segundo o estudo, 7,9% das agressões são feitas no pátio, 5,3% nos corredores e 1,8% nos portões da escola.
A socióloga Miriam Abramovay, da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla), diz que o resultado demonstra que o estudante não se importa com a supervisão de um adulto, pois há uma banalização da violência nas escolas. "Essas agressões não são vistas como uma violência", diz. "Em geral, os professores dizem que é brincadeira. Falta um olhar perspicaz para perceber os conflitos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Anexo ll
Internet
GESTÃO ESCOLAR
O trabalho dos profissionais da educação em especial da supervisão educacional é traduzir o novo processo pedagógico em curso na sociedade mundial, elucidar a quem ele serve explicitar suas contradições e, com base nas condições concretas dadas, promover necessárias articulações para construir alternativas que ponham a educação a serviço do desenvolvimento de relações verdadeiramente democráticas. Para desenvolver o trabalho idealizado por Ferreira, o supervisor precisa ser um constante pesquisador, é necessário que ele antecipe conhecimentos para o grupo de professores, lendo muito, não só sobre conteúdos específicos, mas também livros e diferentes jornais e revistas. Entre as tarefas do supervisor estão ajudar a elaborar e aplicar o projeto da escola, dar orientação em questões pedagógicas e principalmente, atuar na formação continua dos professores. O supervisor faz a transposição da teoria para a prática escolar, reflete sobre o trabalho em sala de aula, estuda e usa as teorias para fundamentar o fazer e o pensar dos docentes. Um bom supervisor deve apresentar em seu perfil as seguintes características: auxiliador, orientador, dinâmico, acessível, eficiente, capaz, produtivo, apoiador, inovador, integrador, cooperativo, facilitador, criativo, interessado, colaborador, seguro, incentivador, atencioso, atualizado, com conhecimento e amigo. A Supervisão Escolar passa então a ser uma ferramenta de atuação tem como principio o fazer, o agir, o movimentar, o envolver-se, o modificar e para isto é necessário que esteja firmado em nossa essência o querer moldar pessoas. Os pequeninos vêm para nos como folhas em branco onde muitos de nos irão fazer parte de suas historias e por quer não dizer fazer a própria diferença em seus futuros. Como é possível observar, a educação é uma tarefa e um encargo coletivo no mundo de hoje, logo Cunha (2006. p. 271) diz o seguinte: É imperioso que o profissional da educação contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a resolução de problemas e enfrentamentos de desafios na escola. Apontado o primeiro passo, que é o querer, passemos para outro, o fazer. Para se construir sociedades humanas e preciso interessar-se em pessoas, já que pessoas são mais importantes que coisas, precisamos criar uma cultura do fazer, do preocupar-se, do incomodar-se com este sistema que hoje se faz presente. A diferença está em aceitar como as crianças vêm, mas não deixa-las sair da mesma forma que entraram. É preciso estar em um processo de simbiose onde
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passemos a sentir o que nossos pequeninos sentem e compreender como podemos ser instrumentos de ajuste social no contexto que se apresenta na escola. Isto só é possível se estivermos imbuídos de um espírito de altruísmo, já que nem sempre a supervisão escolar terá a seu dispor a estrutura necessária para desenvolver seus projetos e suas metas. Logo chegamos ao entendimento de que precisamos realmente ser apaixonados por gente, amar as pessoas verdadeiramente, onde todo professor, educador, supervisor, gestor etc., precisa dessa características. O segredo do sucesso esta em ouvir os educandos em suas dificuldades e necessidades, buscar estabelecer entre educandos e educadores um canal de comunicação que vise dar a eles a condição de serem ouvidos. A escola pode ajudar muito neste sentido, desde que todos os envolvidos contribuam com sua parcela de ajuda comprometendo-se com o desenvolvimento social, educacional e familiar de todos os educandos. Segundo Ferreira (2003, p.10): O papel da escola hoje é formar pessoas fortalecidas por seu conhecimento, orgulhosas de seu saber, emocionalmente corretas, capazes de auto-critica, solidárias com o mundo exterioras e capacitadas tecnicamente para enfrentar o mundo do trabalho e da realização profissional. Neste contexto, o diretor de escola é o principal responsável pela execução eficaz da política educacional. O desafio para o profissional da Supervisão Escolar é enorme, ele terá que muitas vezes ser um visionário, já que o reflexo de suas ações poderá acontecer talvez no futuro e a construção do educando só será sentida no decorrer dos anos, já que o trabalho de supervisores e professores é feito coletivamente. Não podemos vislumbrar como as nossas ações afetarão aqueles que nos são confiados, ou de que forma afetarão todos que rodeiam ou que sonham com a escola mais justa e mais humana. O que podemos ter certeza é o futuro não será o mesmo. Existe muita negatividade dentro das escolas e como pedagogos, em nossa prática docente sempre nos encontramos com estas situações e poderemos até vivenciar esta desesperança que às vezes se abate sobre nossos próprios ombros Sem duvida construindo bases sólidas de conhecimento, relacionamento e respeito poderemos mudar, este estado de coisas que hoje se abate no sistema educacional brasileiro. Cabe ao Supervisor Escolar criar, portanto condições próprias para este grande projeto de vida que será o seu sacerdócio durante suas vida profissional. Podemos com certeza construir grandes valores no espaço da escola criando uma onda de relacionamento com as famílias, comunidade, Escola, governo e envolve-los na problemática da escola que irá com isto atender os pressupostos básicos para a qual foi criada. Os desafios são enorme, falta de estrutura, recursos escassos, má vontade dos educadores, dos alunos dos funcionários administrativos, enfim uma serie de coisas que dificultam o trabalho do Supervisor, mas que não impedem que o mesmo possa criar na sua atividade profissional meios de mudar esta realidade e fazer com que a escola mude sua cara, e se transforme na escola de nossos sonhos. As condições para mudar estão em nossas mãos. O diferencial passa então,
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pelo respeito às escolhas e depois a influencia positiva que podemos ter sobre as pessoas. Temos que ser como uma pequena pedra atirada no rio que provoca pequenas ondas e que depois vão se tornando grandes até o ponto de causar grandes transformações em todos que fazem parte da sociedade. Se quisermos podemos ser os agentes desta transformação se começarmos a colocar em prática os conteúdos aprendidos em sala de aula e tão debatidos na construção da nova escola, a escola que queremos para nossos filhos e para todos. Como agentes da transformação cabe a nos Supervisores Escolares dar o ponta pé inicial deste desejo nacional de mudanças e que só precisa começar e para não mais parar, não podemos nos conformar com este estado de coisas, não existe o não consigo existe sim o não quero. O supervisor, na atual realidade, é capaz de pensar e agir com inteligência, equilíbrio, liderança e autoridade, valores esses que requerem habilidade para exercer suas atividades de forma responsável e comprometida. Na década de 90, a supervisora é apontada como instrumento necessário para mudança nas escolas. Justamente nesta década, segundo Ferreira (2003, p. 74): [...] desempenha-se o supervisor competente, entendendo-se que a competência é, em si, um compromisso público com o social e, portanto, com o político, com a sua etimologia na polis, cidade, coletividade. E o interesse coletivo opõe-se ao interesse individualizado, na educação e no seu serviço de supervisor. Os sinais de descaso estão por toda à parte. A falta de interesse de nossos governantes, falta de recursos nas escolas, baixos salários, falta de um projeto serio de escolarização e políticas públicas em todos os níveis, pois o que temos hoje é um paliativo que não atende a demanda crescente de nosso povo. Cada vez mais nossos alunos saem das escolas sabendo menos do que precisam para suas vidas, não há uma visão critica de formar cidadãos por isto precisamos de supervisores audaciosos que ousem sonhar e realizar, que sejam verdadeiros guerreiros da transformação, arautos do conhecimento, defensores da verdade, e principalmente que ame as pessoas. Alunos desinteressados, analfabetos funcionais, baixa qualificação profissional, despreparo emocional, são apenas alguns sintomas desta doença que se instalou no meio escolar. Reflexo da falta de interesse da maioria dos envolvidos no processo que não querem ou não sabem que o sucesso desta empreitada nacional é para toda a vida. Como supervisores devemos pegar no batente, nos importando com todos que passam pelo espaço da escola já que muitos e quem sabe milhares de milhões, ficaram marcados para sempre neste tempo, que pode ser construtivo ou destrutivo. No livro o Monge e o Executivo, aprendemos que quando mais autoridade mais responsabilidade temos, e que só depende de cada um fazer a diferença na escola. Segundo Hunter (2004, p.95) “então, por definição quando você exerce autoridade deverá doar-se, amar, servir e até sacrificar-se pelos outros”. Podemos contaminar a todos com nossa energia, alegria, serviço, altruísmo, sonhos e fazer com que os educandos e educadores se libertem deste sistema padronizado de escolhas que hoje esta a vigente. Cabe, portanto ao supervisor escolar estar sintonizado com as necessidades
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da comunidade e propor projetos que atendam aos anseios de todos que almejam futuro melhor. Muita coisa pode ser feita no contexto escolar, podemos desenvolver atividades que aproximem a comunidade da escola, da família e dos objetivos para a qual ela existe. A escola como espaço social e publico deve ter esta característica de servir a todos os que a procuram, bem como envolver outros segmentos da sociedade em suas atividades. Supervisor Escolar deve, portanto ser esta ponte de acesso entre todos, possibilitando um maior conhecimento entre os participantes desta grande aventura que é a formação de pessoas para a sociedade. Somente sendo um profissional antenado com estas características e com as necessidades de todos os envolvidos tendo um forte senso de responsabilidade e de iniciativa não esperando por quem não vem é que seremos profissionais de sucesso e cidadãos realizados. O grande sucesso que o supervisor escolar terá em sua vida pessoal será a certeza de ter contribuído para o sucesso de muitas vidas que cruzarão seu caminho no decorrer dos anos da docência. Não há nada de mais belo do que ver uma vida desabrochando como uma flor na sua plenitude, e exalando o agradável aroma de ser chamado de cidadão. A escola tem, portanto a obrigação de fazer o melhor a seus alunos que buscam neste local o pote no fim do arco-íris. Trabalhando em equipe o supervisor escolar e todos os profissionais envolvidos terão não as melhores condições para desenvolver suas metas mais com certeza terão o apoio moral que faz toda a diferença nos dias atuais. Diante das diferentes e diversificadas funções do supervisor escolar, podemos citar como a de maior relevância a de coordenador, onde a organização do trabalho é comum, onde a unificação dos alunos, professores, equipe pedagógica e direção da escola. É diante destas responsabilidades que se faz necessário mudanças significativas na formação e postura do supervisor escolar, e com isso reconhecendo seus aspectos gerais, onde Ferreira (2003, p.75) diz: Ressignificar e revalorizar a supervisão, reconceitua-se, de modo a compreendê-la, na sua ação de natureza educativa e, portanto sociopedagógica, no campo didático e curricular do seu trabalho, no seu encaminhamento de coordenador. Estamos acostumados a ouvir que manda quem pode, obedece quem tem juízo, mas no contexto escolar não existe esta premissa, mas sim o exemplo, pois quem quer ser líder estar em destaque, seja o primeiro que faça. Talvez uma das grandes dificuldades do ser humano seja exatamente esta, precisamos de destaque a todo o momento, logo precisamos refletir sobre o que diz Ronca (1995, p.32) “nenhum educador cresce se não reflete sobre seu desempenho enquanto profissional e se não reflete sobre a ação que foi desenvolvida. Só entramos na práxis quando refletimos sobre a prática”. Mas o supervisor, o administrador não é assim, é antes um profissional que não se importa se vai ser reconhecido ou não, e na maioria das vezes não é mesmo, o que importa de verdade é ser útil à sociedade, as pessoas, a todos. Na verdade não deveríamos ser chamados de Supervisores Escolares, mas sim de administradores de vidas, pois muitas delas dependerão de nossas
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decisões e de como elas afetaram a vida de nossos alunos. É preciso tomar a sábia decisão de fazer sempre o que for necessário para direcionar nossas crianças e jovem para a maior aventura que eles irão participar que é o seu futuro. Cada ser social, cada aluno é um indivíduo em especial, com características próprias de aprendizagem e necessidades diferentes. De acordo com Gadotti e Romão apud Oliveira (2003 p.330): Todos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da escola, conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham, intensificar seu envolvimento com ela e, assim, acompanhar melhor a educação ali oferecida. Supervisor, Administrador talvez, líderes quem sabe, servos com certeza. Nossa recompensa será com certeza vidas transformadas, vidas salvas da degradação moral e social, famílias restauradas e um forte sentimento de dever cumprido. Portanto Supervisores e Professores têm em suas mão a chave da vida ou da morte de muitos em suas mãos. Não vamos, pois nunca esquecer que palavras podem construir ou destruir qual vai ser sua escolha? Considerações finais Muitos dizem que ensinar é uma arte e que servir é um dom. Para nos Supervisores Escolares e Pedagogos é muito mais que isto. É um modo de vida ,é o modo como escolhemos viver. Com suas dificuldades e seus desafios com suas recompensas e suas frustrações. Se pensarmos que será um mar de rosas é melhor para aqui. Mas se quiser entrar nesta nave chamada “Conhecimento Humano”, não se arrependerá. Pois trará um enorme beneficio a sua vida e a de todos que o rodeiam. A Supervisão Escolar é um exercício de cidadania, amor, altruísmo e abnegação onde só os fortemente determinados terão êxito. Não como todos acham como riqueza, mas sucesso na sua vida emocional. Na sua psique, pois nada dá mais prazer na vida do que ver seres humanos crescendo no seu Saber e se transformando seus sonhos em realidade. Quer ser Supervisor? Excelente, então se dedique e busque de todo o seu coração, pois somente lá poderemos encontrar forças para chegar ao fim da jornada. Referências CHALITA, Gabriel Benedito Issaac. Educação a solução está no afeto. São Paulo: gente, 2001. Cunha, Aldeneia S. da; Oliveira; Ana Cecília de; Araújo, Leina A. (Org). A Supervisão no contexto escolar: Reflexões Pedagógicas. Manaus. UNINORTE; 2006. FERREIRA, Naura Syria Carapeto
Leia mais em: http://www.webartigos.com/articles/2377/2/Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostas/pagina2.html#ixzz1U6WjJa7f
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ROSSI, Alba Maria Ferreira; RAPHAEL, Hélia Sônia; HIDALGO, Lúcia Amaral;
MARCELINO, Luísa Helena Zafred; BUENO, Maria Sylvia Simões; QUAGLIO,
Paschoal. Administração e Supervisão Escolar Questões para o novo milênio.
Espírito Santo: Pioneira, 1995.
SANTOS, Gisele do Rocio Mugnol. Orientação e Supervisão Escolar caminhos e perspectiva. São Paulo, Ibpex, 1995.
ARROYO, M. Escola plural. Proposta pedagógica, Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte. Belo Horizonte: SMED, 1994.
BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização e leitura. São Paulo: Cortez, 1995.
FERREIRA, Naura e AGUIAR, Márcia. Gestão da educação. São Paulo: Cortez, 2000.
JURAN, J. M., GRYNA, Frank M. Controle da qualidade handbook: conceitos, políticas e filosofias da qualidade. Trad. Maria Cláudia de Oliveira. São Paulo: Makron; Mc Graw Hill, 1991.
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
Supervisão 12
1. – Abordagem histórica da Supervisão 12
1.1 – Industrialização 12
1.2 – As propostas de Supervisão 13
1.2.1 – Comunicação Interpessoal 14
1.2.2 - Identificação com as metas gerais da
organização 14
1.2.3 - Controle da produtividade, a criatividade e o
processo de mudança. 14
1.3 – A Supervisão no Brasil 14
1.3.1- Inspeção administrativa 15
1.3.2 - Orientação de eficiência 15
1.3.3 - Grupo de esforço cooperativo 15
1.3.4 - Orientação de pesquisa 15
1.4 - As novas Expectativas para Supervisão Escolar 16
1.4.1 - Produtividade da escola 16
1.4.2.- Novos campos para a ação supervisora 16
1.4.3 - Preocupações constante com a liderança 17
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1.4.4 - Fortalecimento do enfoque Sistêmico 17
1.4.5 - Articulação do trabalho coletivo 17
1.4.6 - Melhoria do processo ensino-aprendizagem 17
1.5 – Funções 18
1.5.1 - Maturidade profissional 19
1.5.2 - Desenvolvimentos do currículo 19
1.5.3 - Aperfeiçoamento do ensino 19
1.5.4 - Consolidação escola-comunidade 19
1.5.5 - Expectativas emergentes 19
1.6 – O que é preciso para alcançar os produtos
da Supervisão? 20
1.7 – Com alcançar os produtos de supervisão? 20
CAPÍTULO lI
1 - Supervisão Escolar 21
1.1 - Quais são os princípios básicos da
Supervisão? 23
1.1.1- A sistematização 23
1.1.2 - A Democratização 23
1.1.3 - A Direção construtiva 24
1.1.4 - A Flexibilidade 24
1.1.5 - A Objetividade 24
1.1.6 - A Integração 25
1.1.7 - A Cooperação 25
1.1.8 - A Base Científica 25
1.1.9 – Permanência 26
1.2 - As principais característica do Supervisor 27
1.2.1 – Auxiliador 27
1.2.2 – Orientador 27
1.2.3 – Dinâmico 27
1.2.4 – Acessível 27
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1.2.5 – Eficiente 28
1.2.6 – Capaz 28
1.2.7 – Produtivo 28
1.2.8 – Apoiador 28
1.2.9 – Inovador 29
1.2.10 – Integrador 29
1.2.11 – Cooperativo 29
1.2.12 – Facilitador 29
1.2.13 – Criativo 30
1.2.14 Interessado 30
1.2.15 – Colaborador 30
1.2.16 – Seguro 30
1.2.17 – Incentivador 31
1.2.18 – Atencioso 31
1.2.19 – Atualizado 31
1.2.20 - Com Conhecimento 31
1.2.21 – Amigo 31
CAPÍTULO lIl
1 - A importância da Supervisão Escolar 34
2- As estratégias 35
3 - O Planejamento participativo 40
CONCLUSÃO 42
ANEXOS 43
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 49
ÍNDICE 50