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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL DA MULHER
EMPREENDEDORA
Por: Cristiane Moreira Pinto
Orientador
Professor Mario Luiz
Rio de Janeiro
2012
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL DA MULHER
EMPREENDEDORA
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão Empresarial.
Por: Cristiane Moreira Pinto
3
AGRADECIMENTOS
Primeiro lugar a Deus, por ter me
concedido sabedoria para realizar este
trabalho e a minha irmã e ao meu
marido, por estarem sempre ao meu
lado me apoiando.
4
DEDICATÓRIA
Dedico a minha família e amigos.
5
RESUMO
Com a constante contribuição da mulher no mundo dos negócios, o
empreendedorismo feminino é visto como mudança cultural e comportamental.
Além da mulher ser empreendedora, também cuida do seu lar e a inteligência
emocional tem que ser o seu pilar para que tenha o controle de sua vida.
A inteligência emocional vem resgatar as emoções dos valores que
devem ser respeitados e trabalhados em cada ambiente da vida. Onde o
indivíduo deve buscar no outro seus sentimentos, individualidade e respeitá-lo.
As mulheres detêm a maioria das qualidades empreendedoras e suas
habilidades são seus maiores potencias direcionada a capacidade de
diversificação.
6
METODOLOGIA
O trabalho tem o objetivo de ter exploratório, tendo por procedimento a
pesquisa bibliográfica e documental.
Visto que, a metodologia para o preparo em questão, optou-se pela
pesquisa indireta, realizada a partir da pesquisa bibliográfica e documental nos
temas relacionados em livros, artigos e sites relacionados.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - EMPREENDEDORISMO 10
1.1 - Empreendedorismos no Brasil 11
1.1.2 - Conceitos que destacam aspecto individual 13
1.1.3 Conceitos que destacam aspecto Social 13
1.1.4 - As oito principais características para um bom empreendedor 14
CAPÍTULO II - INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 18
2.1 - A importância da inteligência emocional para o sucesso de uma
organização 23
CAPÍTULO III – MULHER EMPREEDEDORA 29
3.1 - Mulheres empreendedoras 29
CONCLUSÃO 34
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36
ÍNDICE 38
FOLHA DE AVALIAÇÃO 39
8
INTRODUÇÃO
As características empreendedoras são essências para se conseguir o
sucesso, independente do ramo de negócio. Homens e mulheres possuem
características semelhantes no ato de empreender, mas há evidências em que
a mulher possui algumas aptidões que sobressaem as do homem.
Hoje é muito importante que os gestores das grandes empresas
alinhem seus objetivos. Isso geralmente leva a conflitos setoriais e pessoais
que podem dificultar as tomadas de decisões, impedindo que o acordado por
todos seja alcançado dentro e fora da empresa.
A inteligência emocional é importante e pode estar relacionada a
habilidades, como motivar a si mesmo, persistir mediante frustrações, controlar
impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas, motivar pessoas
ajudando a si e a outros liberarem melhores seus talentos e conciliar trabalho e
lar.
O uso adequado da inteligência emocional que deve ser usado para
resolver conflitos sem causar desconforto ou mesmo desavenças. Isso para
que todos os gestores possam definir seus objetivos se colocando no lugar dos
demais e tomando uma postura de definir abertura para que o diálogo e a
colocação dos pontos positivos e negativos não sejam encarados como critica
ou elogio pessoal.
As mulheres atualmente têm escolhido as atividades empreendedoras.
Muitas são as razões de tal fato, como: busca pela flexibilidade de horário,
autonomia financeira, realização pessoal, aumento da renda familiar, dentre
outros.
Como meio de amenizar este conflito entre atividade empreendedora,
que proporciona a mulher um melhor equilíbrio entre família, onde as mulheres
têm autonomia para escolher o que fazer com seu tempo.
9
Neste contexto o presente trabalho busca elucidar a temática nas
organizações e na vida emocional aprofundando as principais contribuições
dos autores, o problema a ser alcançado e os objetivos estabelecidos.
No capitulo I você saberá que é o empreendedorismo, o significado,
como surgiu, a sua importância, suas características, o surgimento no Brasil e
sua influência.
No capitulo II a inteligência emocional, você aprenderá a usar com
eficácia a autoconsciência, a controlar melhor suas emoções e ter maior auto-
motivação descobrirá que a inteligência emocional é uma ferramenta
importante para a gestão de conflito, pois visa melhorar as relações entre
profissionais.
No capitulo III falaremos do crescimento da mulher empreendedora,
sua importância no lar, seu equilíbrio pessoal e profissional, sua contribuição
na sociedade.
10
CAPÍTULO I
EMPREENDEDORISMO
A origem da palavra empreendedorismo veio do verbo francês
entrepreneur que significa “incentivo a briga”, “Aquele que está entre ou
intermediário”. Quem deu a projeção ao tema empreendedorismo foi
Schumpeter, que associou “o empreendedor ao conceito de inovação e
apontando-o como elemento que dispara e explica o desenvolvimento
econômico (DOLABELA, 2003, p.48).
O ato de empreender tem sinais desde a antiga civilização, com a
descoberta do fogo, a invenção da roda, o sistema de irrigação de plantas que
antigos egípcios desenvolveram com as águas do Nilo, como também o
aventureiro e corajoso Cristovão Colombo. A figura do empreendedor está
associada “ao navegador solitário ou ao desbravador de floresta, figuras que
se valem dos próprios recursos talentos e contatos para atingir determinados
objetivo” (ANGELO, 2003, p.23).
Empreendedorismo PA Hirich (Apud HISRICH; PETERS, 2002 p.29):
É o processo de criar algo novo dedicando o tempo e o esforço
necessário, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais
correspondentes, recebendo as conseqüentes recompensas da satisfação e
independência econômica pessoal.
“As nações desenvolvidas têm dado especial e apoio às iniciativas
empreendedoras, por saberem que são à base do crescimento econômico, da
geração de emprego e renda” (DORNELAS, 2003, p.07). Como diz o autor, há
uma grande relação entre o empreendedorismo e o crescimento econômico,
que é manifestado pelos novos e melhores serviços e produtos oferecido, que
por conseqüência geram novos postos de trabalho e riqueza para economia.
Esta correlação é evidência em países que possuem grandes números de
11
atividade empreendedores, que conseqüentes são países desenvolvidos,
geradores de riqueza.
As definições de empreendedorismo sempre estão associadas a
comportamento de mecanismos sociais e econômicos, assumirem riscos ou
aceitar o fracasso, como também a associação à criatividade, inovação,
oportunidade, dedicação, esforços e independência. Deste modo é que
empreendedores são encontrados em todas as profissões, e não somente nas
pessoas que abrem seu próprio negocio (BERNADI, 2003).
1.1 - Empreendedorismo no Brasil
O termo empreendedorismo tem sido difundido nos últimos anos, mais
freqüentemente empregando no final de 1990. Vários são os fatores que a
partir desta década houvesse um súbito interesse pelo termo
empreendedorismo neste país onde o capitalismo tem sua principal
caracterização, o termo entrepeneurship (DORNELAS, 2001)
Um dos fatores que o termo empreendedorismo começou a ser
explorado no Brasil no final da década de 90 foi em virtude das constantes
mudanças na economia, multiplicação com pactação e segmentação de
negócios (ÂNGELO, 2003).
Corrobora (DORNELAS, 2001), salientando que devido à proliferação
das pequenas empresas, faz com o governo e entidades se calassem tentam
torná-las duradouras, desta maneira diminuindo as altas taxas de mortalidades
desses empreendimentos. Motivo pelo qual as várias tentativas de
estabilização da economia e da imposição da globalização.
O termo entrepeneurship para Dolabela (2006, p.29):
Designa na área de grande abrangência e trato de outros temas além da citação de empresas: geração de auto- emprego (trabalhador autônomo); empreendedorismo comunitário (como as comunidades empreendem); intra- empreendedorismo (o empregado empreendedor, políticas públicas (políticas governamentais para o setor)
O empreendedorismo é um fenômeno global onde muitas instituições
públicas e privadas tem investido em pesquisas e incentivos. É necessário que
12
a política de um país desenvolva um clima apropriado para o
empreendedorismo, assim aumentando “ações que dêem acesso ao capital de
investimento, de baixo grau de intervenção e regularização do estado, de
padrões sócio-culturais que demonstram uma postura favorável a atividade
empreendedora”
Movidos pela globalização, as empresas brasileiras tiveram que
remodelar seus mecanismos de produção e gerenciamento, com isso as
empresas sofreram uma série de mudanças, lucrando alternativas para
aumentar a competitividade, reduzindo os custos, como o aproveitamento mais
racional de matérias-primas utilização seletiva de mão-de-obra, modernização
da governança corporativa, entre outro, assim tornaram-se cada vez menores,
mais especializadas, eficientes e rápidas (ÂNGELO, 2003; DORNELAS, 2001).
Com estas mudanças nas organizações, muitos trabalhadores perderam
seus empregos, havendo grande número de desempregos que por
conseqüência, estes funcionários começaram a criar novos negócios, muitas
vezes, sem muito conhecimento e experiência. Em contrapartida cresce
significavelmente o número de trabalhadores autônomos na informalidade,
como também números de micro empresas e empresas familiares (ÂNGELO,
2003; DORNELAS, 2001)
Assim, grande parte dos brasileiros busca no empreendedorismo uma
forma de suprir necessidades básicas de renda, para ter condições de
subsistência, mantendo a si e a sua família. Os negócios destes
empreendedores na grande maioria são informais, não há planejamento, nem
visão de futuro, focados somente no momento, pois não tem como foco a
identificação de oportunidade e de nicho de mercado, não existindo o
comprometimento com o crescimento e desenvolvimento econômico
(DORNELAS, 2003). O autor ainda ressalta que quanto mais atividades
empreendedoras por oportunidades existirem num país, maior será o seu
desenvolvimento econômico, permitindo assim, a criação de mecanismo que
estimulem as iniciativas empreendedoras na busca de inovação.
13
1.1.2 - Conceitos que destacam aspecto individual:
• Empreendedorismo é um aspecto individual, não um traço de
personalidade; (DRUCKER, 2001)
• Tem uma conotação prática, mas também implica atitudes e idéias,
significa fazer coisas novas ou desenvolver maneiras novas e diferentes
de fazer as coisas; (INEMPRE- FEJAL, 2000)
• Um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza
visões; (FILION, 2000)
• Empreendedor é alguém que possui a capacidade de sonhar e
transformar esses sonhos em realidades (NASCIMENTO, 2000).
1.1.3 - Conceitos que destacam aspecto Social:
• Um empreendedor para ter sucesso, deve ter capacidade para julgar,
perseverança e um conhecimento do mundo tanto quanto do negócio.
Ele deve possuir a arte de superintendência e administração; (SAY,
1803)
• Empreendedoras são pessoas que tem habilidades de ver e avaliar a
oportunidade de negócios, proverem recursos necessários para pôr-las
em vantagens, e iniciar ação apropriada para assegurar o sucesso
(MEREDITH, NELSON, 1982)
• Associa o empreendedor ao desenvolvimento econômico, à inovação e
ao aproveitamento de oportunidades em negócios (SCHUMPER, 1934)
O sucesso do empreendimento dependerá de fatores externos e internos
ao negócio, relacionados com o perfil do empreendedor e na maneira de
administrar as adversidades do dia-dia. Mesmo que o empreendedorismo inato
14
ainda exista, e continua sendo referência ao sucesso, ainda assim, o
empreendedorismo pode ser ensinado a outros que serão capacitados a
formar empresas duradouras, que ajudarão na formação de melhores
empresários, melhores empresas e na maior geração de riqueza do país
(DORNELAS, 2001).
1.1. 4 As oito principais características para um bom empreendedor
Estudo publicado pelo jornal US Today "Global Entrepreneurship Monitor"
revela que o Brasil é o país mais empreendedor do mundo, mas por outro lado
os índices de mortalidade das PME (Pequenas e Médias Empresa) no país são
grandes. De acordo com o SEBRAE, 56% das pequenas e médias empresas
quebram até o terceiro ano de existência. Na maioria das vezes isso ocorre
porque os empresários não estão aptos a gerenciar, não possuem
conhecimento específico para isso, além de não terem capital suficiente para
manterem a empresa a todo vapor.
Sabendo desses fatores, um bom empreendedor precisa conhecer seu
campo de atuação, concorrentes e também levar consigo aquela dose de
realismo, para fugir das estatísticas e sobressair no mercado. Veja as
qualidades que um empreendedor deve possuir:
Iniciativa e pró-atividade:
Em qualquer empresa ter iniciativa e pró-atividade destacará você dos
demais funcionários, mostra que você é engajado e quer crescer. O
empreendedor, por sua vez, não se preocupará apenas com os demais
funcionários, mas com todos os concorrentes que existem no setor de atuação,
portanto agir é imprescindível para fazer os resultados aparecerem.
15
Autoconfiança:
O profissional que deseja ter seu empreendimento precisa confiar em si
mesmo para tomar decisões, arriscar e buscar novas formas de solucionar um
problema que envolve vários setores.
Análise e Planejamento:
O pequeno e médio empresário analisa os concorrentes, a economia, os
setores externos que há ligação com a sua empresa, para analisar os riscos e
a estratégia mais eficaz. Dessa forma é possível antecipar ações e não
apenas apagar incêndios.
Conexões e Criatividade:
O empreendedor deve estar atento às inovações e mudanças do mundo,
e saber aplicar essas inovações ao cotidiano da empresa e seu campo de
atuação pode levar a um retorno imediato.
Controle:
O empreendedor não pode esquecer que ele está no comando, e que é
possível e aceitável delegar as funções, mas não é adequado entregar todo o
processo nas mãos da equipe, por mais competente e confiável que ela seja.
Portanto esteja na frente, crie métodos que possibilite a visibilidade de todos
os projetos em andamento, como bom e velho relatório.
16
Liderança:
Ser líder não é a tarefa mais fácil de todas, porém é importantíssimo que
o empreendedor saiba liderar com eficácia, planejar, dividir as funções, reunir e
organizar as ações, entre outras atividades que o líder precisa ter para que a
equipe esteja, sobretudo, motivada e segura por trabalhar com você.
Persistência e Otimismo:
Em várias fases a empresa poderá passar por dificuldades, falta de
clientes, crise externa e interna, mas o que fará com que o barco não afunde é
o otimismo e a persistência atrelada com o jogo de cintura para driblar os
problemas. Nesta hora é preciso ter em mente o seu potencial e suas
habilidades e a partir daí iniciar o plano de ação e conquistar seus objetivos.
Aprendizagem Contínua:
O bom profissional, sendo ele empreendedor ou não, busca se capacitar,
portanto se não possuir algumas das características citadas, aprenda e se
especialize para então desenvolvê-las e aprimorá-las com o conhecimento
adquirido.
Ricardo Barbosa é consultor e atual diretor executivo da Innovia Training
& Consulting.
O conhecimento segundo Mori (Apud URIARTE, 2000, p.42)
17
Para que o empreendedor opere em uma empresa com sucesso
desejado, ele deve possuir alguns conhecimentos que são diferenciados em
cada etapa em que a empresa encontra-se. Apesar desta diferenciação, é
possível fazer uma descrição para o empreendedor gerar se negócio.
O empreendedor precisar atuar diretamente na sua empresa, obter
conhecimento dos projetos do produto, qualidade, modo de fabricação controle
de processo. Para que ele alcance um lugar considerável no mercado. É
preciso estar preparado para as mudanças que ocorrem na vida, pois nem
sempre são fáceis de assimilar. Portanto contribuem para que ele passe a
vivenciar as novas situações com mais facilidades.
Nas empresas é importante estar preparado para enfrentar o cotidiano de
novos problemas e que exigem soluções. Essas situações facilitam a
superação de novos problemas, começando pela atitude frente a elas.
É preciso encontrar o equilíbrio e a mulher precisar vivenciar suas
emoções de forma mais ampla e consciente, sem perde de vista a importância
do raciocínio lógico. Todos podem aprender a vivenciar suas emoções em
profundidade. Aprender a lidar com nossos conflitos internos, aumentar nosso
grau de autoconhecimento, de auto-aceitação, de empatia.
A boa noticia é que Golemam (1995),
“temperamento não é destino... embora haja pontos que determinam o
temperamento, muitos dos circuitos cerebrais da mente humana são
maleáveis, podem ser trabalhados.”
18
CAPITULO II
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Existem várias definições para o termo inteligência emocional. Uma das
mais simples é a de Hendrie Weisinger, que diz:
A inteligência emocional é simplesmente o uso inteligente das emoções, isto é, fazer intencionalmente com que suas emoções trabalhem ao seu favor, usando-a como uma ajuda para editar seu comportamento e seu raciocínio de maneira a aperfeiçoar seus resultados. (WEISINGER, 1997, P. 14)
O autor com esta definição simplificada não diminui a complexidade do
tema e a dificuldade para colocar em prática. Principalmente dentro do
trabalho, (WEISINGER, 1997) com sua experiência no mercado de trabalho
revelou que profissionais que avançam em suas carreiras, não foram aqueles
que demonstram maior capacidade analítica, lealdade a empresa e
competência e sim aqueles que melhor conseguiram implantar a inteligência
emocional dentro das organizações e fora dela, aplicando sua capacidade de
perceber, avaliar e expressar corretamente uma emoção, gerando ou tendo
acesso a sentimentos quando eles puderam facilitar sua compreensão de si
mesmo oi de outros. Por isto ele afirma que a inteligência emocional não é
modismo que o estudo da mesma é assunto que deve ser levado a sério e que
o uso correto da inteligência emocional é fundamental para promover o
crescimento emocional e intelectual.
De acordo com Weisinger (1997), qualquer indivíduo pode expandir sua
inteligência emocional aumentando sua autoconsciência e modificando suas
ações para que as mesmas funcionem em seu benefício. Tendo consciência,
por exemplo, de que seu tom de voz está ficando mais irritado com o cliente,
que está fazendo mais uma exigência descabida, você pode muito bem baixar
19
o tom de voz, desarmar a raiva e responder respeitosamente. Este é em um
exemplo de Weisinger (1997, P.17) em que ele resume em três tópicos a
autoconsciência, controle das emoções e automotivação.
Autoconsciência
De acordo com Weisinger (1997), a autoconsciência é o elemento básico
da inteligência emocional e ter consciência de uma emoção quando ela
acontece, de traçar novos rumos na sua vida.
Conhecer a si mesmo, seus sentimentos e pensamentos é fundamental
para ampliar a autoconsciência, tornar uma pessoa autoconsciente e ter o
estágio auto – reflexivo e perceptivo mesmo em meio às emoções
conturbadas ou perturbadas. A idéia de se lucrar uma melhor qualidade de
vida e ser feliz são passos fundamentais para poder atingir todas as metas,
mas é importante que a necessidade de mudar seja um reconhecimento
próprio.
Controle das emoções
Saber controlar as emoções é uma tarefa bem difícil e sempre um
grande aprendizado. Weisinger (1997) define “Controlar as emoções significa
algo bastante diferente de sufocá-los, significa compreende-las e usar essa
compreensão para modificar as situações em seu beneficio.” (P.45)
Manter o controle das emoções atualmente é considerado uma dádiva,
indiferente de classe social ou mesmo dentro da própria família. Para que
seus pensamentos, atitudes, alterações fisiológicas agirem em seu beneficio é
necessário estar em perfeita sintonia entre o corpo e a mente e é importante
saber que seus pensamentos, suas alterações físicas e suas atitudes que
dirigem suas reações emocionais não os atos de outra pessoa ou um
acontecimento externo. O individuo deve administrar com eficácia suas
20
emoções e focá-las para o seu bem estar, felicidades, e crescimento
profissional, contribuindo positivamente no ambiente ao seu redor fazendo
com que as tomadas de decisões não sejam um fardo árduo para sua vida ou
um fator de risco constante.
Weisinger diz que:
A maneira de colocar sua inteligência emocional em ação é reconhecer e reagir às emoções aos sentimentos dos outros, orientando-os para a resolução produtiva de uma situação problemática e utilizando-os para ajuda e os outros e ajudar a si mesmo. É obvio que a capacidade de fazer tudo isso beneficia sua posição, pois encontra consenso e cooperação, como também os outros passam a considerara-lo a indispensável na equipe, sejam em que função for. (Wensinger, 1997, p. 115)
Automotivação:
Weisinger define como motivação:
“A motivação é uma formula para você iniciar uma tarefa
e persistir nela.” (Wensinger, 1997, p. 75)
Podemos dizer que a motivação é a força que nos leva a despender
energia numa direção específica com um propósito específico. Dentro do
contexto da inteligência emocional, a motivação significa usar seu sistema
emocional par focar uma tarefa e executá-la da melhor maneira possível em
um menor espaço de tempo.
Weisinger (1997), diz que a pessoa pode retirar a motivação em quatro
principais fontes:
“Você mesmo” (pensamentos, excitação, atitudes e conceitos familiares);
“Amigos, parentes e colegas solidários”;
21
“Um mentor emocional” (uma pessoa real ou fictícia);
“Seu ambiente” (o ar, a iluminação, os sons, as mensagens motivadoras).
1- Você
A força de motivação esta dentro de você e é necessária a busca interna
e é necessária a busca interna para você poder começar este processo de
motivação, porque é em você que tudo começa tanto a motivação quanto a
desmotivação. Não importa de quantas fontes você necessite para atingir a
motivação dependendo do seu grau de inteligência emocional, isso pode ser
uma tarefa muito simples, como uma foto na sua mesa ou um pensamento
motivador ou pode ser que você necessite de um mentor ou de seus parentes
e amigo diretos.
2- Amigos, parentes e colegas solidários
Caso você necessite de ajuda externa para atingir o sentimento de
motivação, isso geralmente acontece quando a pessoa esta passando por
uma situação que acredita que dificilmente vai conseguir superar sozinho,
então ninguém melhor que os amigos, parentes e os colegas mais solidários
para conseguir dar a volta por cima. Mesmo tendo um grau elevado de
inteligência emocional isto não lhe torna auto-suficiente em temo de emoção e
é sempre muito importante saber que temos um grande circulo de amizade e
familiares a quem podemos contar em momentos de dificuldades.
3 – Os mentores emocionais
Para se ter um mentor emocional basta você imaginar qual pessoa você
gostaria de ser na vida profissional. Essa pessoa servirá de exemplo
motivador todas as vezes que você tiver duvida ou esteja indeciso em que
posição deva tomar “Que é que meu mentor faria nessa situação?”
Como meu mentor reagiria nesta situação?
O seu mentor emocional, não faz a menor diferença se está vivo ou não,
se é real ou imaginário. O que realmente importa é que tem que ser uma
pessoa extremamente motivadora para você vai se basear para fixar na mente
22
a imagem vários exemplos de motivação, otimismo e superação, pois é neste
exemplo que você vai se basear para fixar na mente a imagem dele como
todas as reações condicionadas vão chegar um dia em que você não
precisara lembrar-se do exemplo motivador bastará simplesmente dizer o
nome dele.
3- Seu ambiente
Nem todas as pessoas conseguem ter o controle sobre seu ambiente
de trabalho mais algumas medidas simples podem ser tomadas para tornar o
ambiente de trabalho mais saudável, como rodeado de objetos que inspiram
motivação, organizar seu local de trabalho, regular a temperatura do ar
condicionado, manter o silencio ou musica que seja tranqüilizadora para o
ambiente ou simplesmente abrir uma janela para entrar um ar puro. Outra
forma que pode ser tomada sobre a mesa apenas o trabalho que esta sendo
executado.
Podemos então dizer que ser inteligente emocionalmente possibilita a
pessoa administrar com eficácia suas emoções e focá-las par o seu bem
estar, felicidade, e crescimento profissional, interferindo positivamente no
ambiente ao seu redor e fazendo com que as tomadas de decisões não sejam
um fardo árduo para sua vida ou fator de risco constante.
Hendrie Wesinger, diz que:
A maneira de colocar sua inteligência emocional ema ação é reconhecer e reagir às emoções e aos sentimentos dos outros, orientando-os para a resolução produtiva de uma situação problemática e utilizando para ajudar os outros a ajudar a si mesmo. É obvio que a capacidade de fazer tudo isso beneficia sua posição na sua empresa, não apenas voe produz mais, pois encontra consenso e cooperação, como também os outros passam a considerá-lo indispensáveis na sua equipe, seja em que função for. (WEISINGER, 1997, p.115)
Uma pessoa pode se sentir motivado com apenas uma das fontes
acima citadas ou precisa de todas as fontes, depende de cada pessoa ou
situação imposta.
23
O psicólogo e célebre autor Daniel Goleman descobriu, porém, que
líderes eficazes são parecidos sob um aspecto fundamental: todos eles têm
um alto grau do que se denomina inteligência emocional. De fato, a pesquisa
de Goleman com aproximadamente 200 grandes empresas globais revelou
que a inteligência emocional, especialmente nos escalões mais altos de uma
empresa, é condição essencial para a liderança. Sem ela, a pessoa pode ter
treinamento de primeira classe, a mente perspicaz e um interminável acervo
de boas idéias, mas não se tornará um grande líder.
Daniel Goleman (2004) afirma que os componentes da inteligência
emocional, autoconsciência, autodisciplina, motivação, empatia e habilidade
social, podem parecer não adequados para os negócios. Mas exibir
inteligência emocional no trabalho não significa simplesmente controlar sua ira
ou se dar bem com as pessoas. Em vez disso, significa entender
suficientemente bem sua própria constituição emocional e a de outras
pessoas para movê-las na direção da realização dos objetivos de sua
empresa.
2.1 - A importância da inteligência emocional para o sucesso de
uma organização
O clima organizacional é um fator decisório para uma organização. Se o
problema já começa acontecer na fabricação de um produto, vai
desencadeando uma série de problema, atraso na entrega, insatisfação do
cliente e a organização ficam incapazes de gerenciar os conflitos gerados por
este problema, tanto entre os funcionários, como os clientes.
A administração fica em grandes dificuldades de se comunicar e não tem
relacionamento interpessoal com o pessoal da produção. A equipe de vendas
tem dificuldades de gerenciar os conflitos com os clientes, falta o espírito de
equipe e a motivação é baixa, isso acontece principalmente quando as coisas
dão erradas.
24
Hoje é muito importante que as empresas percebam que a inteligência
emocional é um fator decisivo para que obtenha um clima organizacional
adequado.
As empresas de grande sucesso já perceberam o quanto é importante
ter em seu quadro profissional com habilidades comportamentais que vão
além de competências técnicas. Saber treinar um jovem profissional em
conhecimento técnico é uma tarefa relativamente simples, bastando muitas
vezes algum ramo de aperfeiçoamento ou uma pós- graduação.
Porém, encontrar profissionais que tenham um perfil empreendedor,
sejam bons comunicadores, tenham atitudes de vencedores e saibam superar
desafios é bem mais complicado.
Segundo estudos realizados pelo psicólogo Daniel Goleman, autor do
livro “A inteligência Emocional”, 90% da diferença entre as pessoas que obtém
grande sucesso pessoal e profissional, e aquelas com desempenho apenas
mediano, deve a fatores relacionados a competência comportamentais, mais
do que às habilidades aprendidas na escola.
Competências que são essências e poderão determinar o sucesso no
desempenho de funções e agregar valor para as organizações, são elas:
1ª Competência Essencial - atitude profissional positiva e
empreendedora
A vida de todo profissional é cercada de momentos difíceis, desafios,
pressões de todos os lados. O sucesso é o troféu a ser conquistado, e para
trilhar o caminho que nos leva ao sucesso, precisamos estar sempre
motivados. Mas como nos manter motivados, pessoal e profissionalmente, a
respeito de todos os contratempos, dificuldades e pressões de nossa vida
cotidiana?
• Primeiro é preciso ter paixão pela profissão que abraçou. Segundo o Guru de
marketing, Mark Albion, professor da universidade de Harvard e autor do livro,
“Making a Life, Making a Living”, que numa tradução livre significa “tenha vida,
ganhe a vida”, ele realizou uma pesquisa com 1500 profissionais que
25
obtiveram MBA nas melhores escolas americanas, e os acompanhou durante
20 anos. O resultado de sua pesquisa é impressionante e mostra que aqueles
que têm paixão pelo que fazem têm 50 vezes mais chances de ter sucesso
profissional.
• Em segundo lugar é preciso desenvolver a capacidade de motivar a si
próprio, mesmo diante de dificuldades e obstáculos profissionais, pois o
advogado para ter sucesso precisará assumir riscos e enfrentar dificuldades
para superar as etapas necessárias ao desenvolvimento de seu
empreendimento.
Você é um profissional Cão, ou um profissional Gato?
O gato seria aquele profissional habilidoso, que planeja seus passos e
foca seus objetivos. O cão seria aquele profissional motivado, com atitude,
capaz de defender sua organização a todo custo. O cão se sacrifica até a
morte para defender sua casa. O Profissional cão defende sua empresa em
qualquer circunstância e atende seu cliente, o dono, com alegria e motivação
a qualquer hora do dia ou da noite. Já o gato, apesar de inteligente e
habilidoso, é extremamente acomodado, não tem atitude, é egoísta e não se
sacrifica por ninguém.
Talvez o ideal seja que as organizações pudessem contratar uma mistura
dos dois profissionais. Um profissional ao mesmo tempo inteligente e
habilidoso, como o gato, mas que tivesse atitude, raça e motivação, como o
cão, que fosse capaz de sacrifícios pela equipe e que atendesse o cliente bem
independente das circunstâncias. No entanto, se tiver de optar por um dos
profissionais, sem dúvida o profissional cão é muito mais útil para a
organização, pois ele cativa os clientes, e dá vitalidade à empresa, ao passo
que o profissional gato, representa o interesse individual acima do coletivo,
representa a acomodação.
2ª Competência Essencial – capacidade de relacionamento interpessoal
e trabalho e equipe
26
Daniel Goleman explicou que a inteligência social é a aplicação da
inteligência emocional nas relações interpessoais, ou seja, alguém ser
socialmente inteligente significa possuir alto grau de empatia e de consciência
social. É preciso compreender os sentimentos dos outros e reagir de forma
adequada a esta compreensão. Esta inteligência tem um forte impacto na
produtividade dentro da uma organização e como fator de persuasão e
convencimento nas relações com os clientes.
3ª Competência Essencial – capacidade de persuasão e comunicação
interpessoal.
A comunicação envolve muito mais do que apenas palavras. Na
verdade, as palavras representam apenas uma pequena parte de nossa forma
de expressão como pessoa. Estudos demonstram que a comunicação não
verbal, aquela que se realiza através do tom de voz e da expressão corporal,
tem um impacto bem maior na influência que exerce nas pessoas do que as
palavras utilizadas.
A persuasão é um componente específico da comunicação e visa fazer
as pessoas agirem apelando não apenas para o seu lado racional, mas
também para suas emoções.
4ª Competência Essencial – capacidade de negociação e flexibilidade
pessoal.
Em geral as empresas vivem situações de conflitos causados pela
própria dinâmica do empreendimento. Por isto, destaca-se a importância que
têm a habilidade de negociação, a flexibilidade comportamental para resolver
problemas de forma adequada, levando-se em conta o interesse coletivo
acima dos interesses individuais para a solução de conflitos.
Como diz o consultor americano William Ury, fundador e diretor do
curso de Negociação da Harvard Business School, e considerado um dos
maiores especialistas do mundo no assunto, o principal atributo de um bom
27
negociador é ouvir o outro lado e entender quais são seus reais interesses.
Esta não é uma tarefa tão fácil, pois normalmente quando as pessoas se
envolvem em uma negociação, cada lado fica pensando apenas em seus
próprios interesses e problemas.
5ª Competência Essencial – capacidade de inovação e criatividade.
A busca constante de diferenciação profissional, a criação de novos
processos de atendimento, descoberta de novas demandas, novas
necessidades não atendidas de clientes, são fatores competitivos
fundamentais para superar a concorrência. Mas estas inovações só serão
possíveis para o profissional que sistematicamente desenvolver sua
criatividade e capacidade de inovação criando continuamente mudanças com
o objetivo de atender cada vez melhor seus clientes e ocupar espaços de
mercados inexplorados.
6ª Competência Essencial – conhecimento de gestão de negócios e de
tendências sociais.
Atualmente qualquer profissional para ter sucesso precisa desenvolver a
capacidade de gerir sua própria carreira, seu negocio e ser uma pessoa
atualizada do ponto de vista das situações sociais.
O profissional que não conseguir trafegar facilmente pelos caminhos da
internet estará fora dos negócios em futuro breve. Aquele que não estiver
atualizado com as tendências sociais, e em novas demandas de sua
organização e do setor que ela estiver inserida, perderá oportunidades de
crescimento profissional e estará em desvantagem com os profissionais
modernos.
7ª Competência Essencial – capacidade de focar e perseguir objetivos.
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Como os felinos que têm grande capacidade de planejar suas ações,
focar e perseguir objetivos, o profissional moderno precisa desenvolver esta
habilidade. Para ter sucesso, é essencial que desenvolva sua capacidade de
focar objetivos específicos, que sejam reais e desafiadores, e persegui-los
com determinação e persistência. É preciso que saiba encontrar nichos de
mercados atraentes, que saiba traçar seus planos e objetivos tanto pessoais
como profissional e realizar o planejamento necessário para alcançá-los.
Estas competências apresentadas deverão ser analisadas por cada
profissional, fazendo uma auto-avaliação honesta de sua atual condição em
relação a cada uma destas habilidades. Uma vez identificada uma falha
significativa em qualquer um destes pontos, é preciso começar um programa
de desenvolvimento pessoal para criar as condições ideais para o seu
sucesso profissional.
Portanto é preciso realizar uma mudança de atitude e de foco na hora de
se preparar para enfrentar os desafios da profissão. Qualquer profissional para
ser competitivo, precisa incorporar estas sete competências essenciais, além
da sua formação técnica, como condição para obterem sucesso profissional.
29
CAPITULO III
MULHER EMPREENDEDORA
De acordo com os autores Andreolli e Borges (2007), atualmente há
cada vez mais mulheres assumindo os grandes cargos nas empresas, como
também está crescendo significavelmente o número de mulheres
empreendedoras que abrem sue próprio negócio ou estão em cargos de
liderança, atualmente temos o exemplo da presidente Dilma Rossef.
Esta transição onde a mulher deixa de ser uma simples dona de casa,
ou que estão saindo de cargos subvalorizados nas empresas e passam a ser
líderes, assumindo riscos, gerindo pessoas, solucionando problemas,
competindo no mercado e tomando decisões, é de fato algo a ser estudado.
Pois desta maneira há uma mudança na sociedade, no comportamento da
mulher, na estrutura familiar, na forma de se administrar, na cultura
empresarial, como no perfil empreendedor (PETERS, 2004; ANDREOLI;
BORGES, 2007).
É notável a participação feminina na nova economia contemporânea, ou
seja, cada vez mais mulheres assumindo cargos de liderança nas
organizações como também as que abrem seus próprios negócios.
3.1 - Mulheres empreendedoras
Segundo McClellande apud Wilkens (1989) as empresarias tem
necessidades de realização muito alta. Seu comportamento segue alguns
padrões:
• Pessoas que visam realizações gostam de trabalhar sozinhas. Elas
buscam situações nas quais são capazes de assumir a responsabilidade
pessoal pela resolução de problemas;
30
• Pessoas que visam realizações não gostam de trabalhos triviais e
rotineiros. Elas evitam situações em que necessitam repetir o mesmo trabalho
varias vezes. Quando conseguem resolver um problema, elas querem logo
partir para o próximo;
• Pessoas que visam realizações procuram especialistas como sócios e
não seus amigos. Quando tem problemas ou precisam de ajuda, não hesitam e
chamam alguém que tenham capacidade que lhes fala;
• Pessoas que visam realizações querem algum tipo de medida correta
de seu desempenho. Essas pessoas trabalham com afinco para ganhar muito
dinheiro não apena porque querem, mas porque a recompensa financeira é
uma medida de suas realizações e sucesso.
• Pessoas que visam realizações estabelecem objetivos moderados e
assumem riscos calculados. Estabelecendo objetivos que elas podem
alcançar, elas maximizam seu senso de realização. Por outro lado, as pessoas
que estabelecem objetivos irreais estão sempre lutando ou sempre
fracassando e raramente atingem o ponto real de realização.
Ainda que as mulheres líder tendam mais que os homens a utilizar o
comportamento transformacional que se caracteriza por articular a visão da
sua empresa de forma partilhada com seus subordinados e de manifestar
claramente a preferência pela eficácia, em detrimento da eficiência trabalho
flexíveis adotados pelas mulheres para melhor conciliar as tarefas da família e
do trabalho. O empreendimento proporciona a mulher autonomia e a
escapatória de empregos menos convenientes e menos mis flexíveis.
Um dos principais motivos que levam as mulheres a buscarem o auto-
emprego é a flexibilidade de horário, pois podem organizar seus horários e
amenizar os conflitos entre a vida familiar e vida pessoal
De acordo com a pesquisa GEM 2010 (Global Entrepreneurship
Monitor), no Brasil, homens e mulheres têm buscado no empreendedorismo a
oportunidade de estar no mercado quase que igualmente. Há um forte
equilíbrio entre gêneros, já que dos 21,1 milhões de pessoas à frente de
empreendimentos em estágio inicial (TEA) ou com menos de 42 meses de
existência no Brasil, 50,7% são homens e 49,3%, mulheres. É o que mostra a
31
mais nova edição da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor, a GEM 2010,
divulgada, pelo Sebrae, em entrevista coletiva em São Paulo.
A pesquisa aponta que a mulher brasileira continua sendo uma das que
mais empreende no mundo. Apenas em Gana, as mulheres atingiram TEA
mais altas que os homens, entre todos os outros 59 países participantes da
pesquisa em 2010. Em Gana, a TEA é de 34%, com 4,3 milhões de
empreendedores, sendo 37,1% mulheres e 30,8% homens.
Estima-se que oito milhões de mulheres americanas são proprietárias de
empresas, e “essas empresas faturam em torno de $ 2,3 trilhões em vendas
anuais e empregam mais de 18 milhões de pessoas“ (PETERS, 1998, p. 404).
As mulheres também impulsionam com mais intensidade a economia,
pelo fato de serem mais consumistas, ou seja, tem maior porcentagem na
decisão de compra de produtos. Homens e mulheres não compram pelas
mesmas razões, elas estão interessadas em criar um relacionamento enquanto
os homens simplesmente querem fazer a transação Clicking (apud, PETERS
1998, p.405).
Os homens costumam ser menos tolerante, flexíveis, porém são mais
confiantes do que as mulheres, entretanto as mulheres se sobressaem mais
em questões com o relacionamento, planejamento, fixação e execução de
planos (HISRICH; PETERS, 2002; PETERS, 1998).
O que se pode dizer é que as não são melhores e nem piores que os
homens, são apenas diferentes na maneira de administrar, como por exemplo,
elas têm mais facilidade em compor equipes, são muito mais persistentes,
cuidam dos detalhes além de valorizar o cooperativismo e consegue encarar o
negócio mais como um desafio do que como fardo (Garcia apud, SIMÕES,
2009).
A intuição é um conceito complexo, pode ser definido como “capacidade
lógica, de encontrar respostas para algum problema, tomar decisão ou
antecipar algum fato”. Muitas vezes ela serve de suporte pra a criatividade,
pois faz a pessoa ter coragem e persistir (ÂNGELO, 2003, p. 133)
32
Outros fatores que destacam o perfil feminino para o negocio é seu estilo
de liderança, que de acordo com Rechia (2007, p.38):
Inclui características como a comunicação para expor as estratégias e metas para a equipe de trabalho, o gosto por envolver as pessoas em torno do que elas acreditam e o poder de convencimento e persuasão que facilita a negociação com parceiros estratégicos. (RECHIA, 2007, p. 38)
Outro atributo feminino bastante destacado é sua multifuncionalidade,
sua capacidade de realizar múltiplas tarefas e funções, cuidando de vários
assuntos ao mesmo tempo, e as habilidades em desempenhar diferentes
papéis na organização. A capacidade de improvisar também é destacada, sua
habilidade em quebrar velhos paradigmas (Wever apud ANDREOLI; BORGES,
2004).
As mulheres têm assumidos mais cargos de trabalho que os homens
possuem mais ações empreendedoras, e possuem maior nível de
escolaridade, fatores estes que contribuem para o sucesso feminino. Agora é
necessário que as empresas elevem as mulheres a cargos maiores onde elas
possam agregar valor aos resultados financeiros das organizações (PETERS,
2004).
De acordo com Muraro (1992, p.193) ”(...) está acontecendo uma
revolução fantástica: pelo fato de que o capitalismo ter fabricado mais
máquinas do que machos, as mulheres invadem o mundo masculino e,
tecnicamente, acabam com a separação entre o mundo privado e o público”.
Hoje ainda tem empresas que vêem esta evolução como uma invasão de
espaço, ou seja, não acredita que a mulher possa trabalhar no mesmo ramo,
ser líder, ocupar cargos de chefia e confiança e ainda ter o mesmo salário que
eles. Na área profissional, a mulher tem condições de competir em igualdade
com os homens, mas nem sempre isso aconteceu, pois quando não é
impedida pela estrutura masculina do poder que a maioria das empresas tem,
ela própria não acredita no seu potencial.
A mulher tem habilidades em misturar simultaneamente diferentes
atividades. Atualmente esta característica não é usada apenas na
33
administração das atividades profissionais e doméstica. Hoje, as mulheres
utilizam seus talentos para enfrentam desafios em diferentes áreas
profissionais, principalmente na direção de micro e pequenas empresas. As
mulheres se adaptam bem a um formato com regras pré-estabelecidas que lhe
dêem mais segurança e apoio.
Elas sofrem mais com o estresse de carreira, pois as pressões do
trabalho fora de casa se duplicam. Elas se dedicam tanto ao trabalho nas
empresas e quando chegam em casa, se dedicam com a mesma intensidade
de cuidar do lar e da família.
Ela não é apenas parte da família, se tornou um comandante dela em
algumas situações e até assumir a presidência de uma empresa, por isso, seu
ingresso no mercado, é vitorioso. Aproveitando esses méritos e seus adjetivos
positivos, capitalizando todas as oportunidades no mercado de trabalho,
rompendo a forte estrutura hierárquica empresarial, ocupando cargos de
responsabilidades assim como os e ainda tendo as três jornadas de trabalho:
ser mãe, esposa, dona de casa e empreendedora.
Em poucas décadas galgaram muitos degraus com determinação, agora,
plantam e adubam o futuro. A mulher, administradora do lar, sabe com clareza
a necessidade de pensar no futuro e de se preparar para ele. Consegue
planejar, realizar e transfere essa habilidade para o seu trabalho, por isso
vence. Pode-se salientar que agora “As mulheres começam a colher as
conquistas da revolução feminista, tornam-se independentes, ganham salários
tão altos quantos os dos homens, desfrutem o sexo, reclamam quando não
estão satisfeitas e toma conta do mercado de trabalho” (Grion, 2005. P.17).
A condição de trabalhadora traz em si a quebra da inviabilidade a qual o
trabalho da mulher foi destinado historicamente aumentando sua participação
nos processos políticos e sociais, enfrentando as jornadas de trabalho externo
e também no seu lar equilibrando o seu lado emocional com as diferentes
tarefas a cumprir.
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CONCLUSÃO
O empreendedorismo feminino é uma grande tendência nos dias atuais,
hoje é comum encontrar mulheres em setores tradicionalmente masculinos,
novos empresários no mundo são mulheres. As características do
empreendedorismo feminino são (comprometimento, incertezas, motivação,
liderança) ao seu potencial criativo (personalidade, estilo de resolver
problemas, ambiente de trabalho).
E a inteligência emocional nos dias de hoje é uma ferramenta
fundamental, principalmente para gestores e profissionais que no seu ambiente
de trabalho ajudam e interfere no alinhamento do mesmo e no cumprimento de
metas. Vale ressaltar que o crescimento profissional está diretamente ligado a
inteligência emocional. Pois o profissional por mais habilitado que seja e não
consiga controlar suas emoções ou tenha um baixo nível de inteligência
emocional pra gerir e tomar decisões inerentes de cada área vai encontrar
maior dificuldade na sua vida profissional.
Você capacitado emocionalmente conseguirá gerir os conflitos, sua
emoções e estará apto a crescer e se tornar um gestor de respeito e com
competência.
A mulher de hoje tem essa relação de ser empreendedora. Muito
diferente do começo do século, além de trabalhar e ocupar cargos de
responsabilidades assim como os homens, acumula tarefas tradicionais como
ser: dona de casa, mãe, esposa.
A mulher que desenvolve atividade fora do lar enfrenta muitas vezes
dupla ou até tripla jornada de trabalho, ocupa-se em desempenhar funções
profissionais para ajudar no orçamento doméstico e ainda que tenha que atuar
como mãe, dona de casa e esposa. As maiores dificuldades estão em
enfrentar e tomar decisões além de ser mãe dentro de casa tendo pulso firme
para decidir com filho e marido, a rotina diária, organização, locomoção e
35
alimentação. É como se as mulheres tivessem maior capacidade de assumir
vário papeis.
Ganhar seu próprio dinheiro, ser independente e ter competência
reconhecida e motivo de orgulho para todas.
A mulher que apresenta maior parte da população viu aumentar o seu
poder aquisitivo e seu nível de escolaridade.
Com este estudo foi possível perceber a realidade vivida pelas mulheres
no mercado de trabalho, sua evolução adquirindo direitos de igualdade e
mantendo o equilíbrio na vida pessoal e profissional mostrando que as
mulheres têm esta capacidade de conciliar todas essas tarefas.
36
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www.arilima.com 08/01/2012 (14h40min hs)
Fonte: administradores.com 07/01/2012 ( 16:40hs)
38
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - EMPREENDEDORISMO 10
CAPÍTULO II - INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 18
CAPÍTULO III – MULHER EMPREEDEDORA 29
CONCLUSÃO 34
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36
ÍNDICE 38
FOLHA DE AVALIAÇÃO 39
39
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes
Título da Monografia: Inteligência emocional da mulher empreendedora
Autora: Cristiane Moreira Pinto
Data da entrega:
Avaliado por: Mario Luiz
Conceito: