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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA Os impactos das emoções nas organizações Por: Diane Angélica Barranco dos Santos Orientador Prof. Fabiane Muniz Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

Os impactos das emoções nas organizações

Por: Diane Angélica Barranco dos Santos

Orientador

Prof. Fabiane Muniz

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

Os impactos das emoções nas organizações

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão de Recursos

Humanos.

Por: . Diane Angélica Barranco dos Santos

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AGRADECIMENTOS

Minha sincera gratidão à orientadora Fabiane Muniz que me guiou na correta execução desse trabalho. Agradeço a minha mãe, pelos ensinamentos de vida, valores e apoio nesta empreitada. Ao meu namorado Marcelo, pelo apoio e compreensão da ausência no desenvolvimento deste trabalho. Aos colegas e professores, pelas trocas de experiências e alegria da convivência durante o período da Pós-Graduação. Aos meus irmãos e amigos e todas as pessoas que torcem pelo meu sucesso. A todos que direta ou indiretamente colaboraram para o desenvolvimento deste trabalho. A Deus, pelas forças nessa caminhada.

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DEDICATÓRIA

À minha mãe.

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RESUMO

A presente pesquisa teve como objetivo geral explorar as emoções

relacionando-as no ambiente corporativo. Todos os procedimentos realizados

foram compatíveis com o delineamento de uma pesquisa bibliográfica. Para

alcançar o objetivo proposto foram realizados os seguintes métodos: revisão

das teorias acerca da psicologia organizacional, com um direcionamento para

tópicos pertinentes às emoções. Observou-se de acordo com a literatura em

psicologia organizacional como as emoções impactam as pessoas e por

conseqüência nas organizações, a relação das doenças e as emoções e a

Inteligência emocional. Conclui-se que dentro das inúmeras emoções capazes

de influenciar o desempenho de um trabalhador, esses tópicos devem ser

enfatizados em sua relevância. Contudo, percebeu-se que há uma enormidade

de outras emoções que em menor grau se relacionam com o desempenho

profissional, influenciando-o. Por mais que se busque a neutralidade do

pesquisador ao observar os fenômenos psicológicos, há de se considerar que a

subjetividade também se encontra presente. Portanto as análises e

informações desenvolvidas na presente pesquisa não tiveram a pretensão de

chegar a uma verdade absoluta, visto que a verdade é subjetiva.

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METODOLOGIA

Os métodos que levaram ao problema proposto foram as leituras de

livros e artigos, e a resposta, após coleta de dados foram também através de

coleta de pesquisa bibliográfica. Contar passo a passo o processo de produção

da monografia.

Foi realizada uma busca de artigos na internet em sites especializados

como o Scielo e em publicações de Universidades renomadas no Brasil. Alguns

professores indicaram alguns livros e outros foram descobertos através de

pesquisas relacionadas ao tema proposto, o impacto das emoções no ambiente

organizacional.

Os principais autores e teóricos utilizados para a realização desta

pesquisa foram Chiavenato (1999), Ururahy e Albert (2005) e Robbins (2009)

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Comportamento Organizacional 10

CAPÍTULO II - As emoções 20

CAPÍTULO III – Os impactos das emoções e as

organizações 31

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41

ÍNDICE 43

FOLHA DE AVALIAÇÃO 45

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INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, observa-se a intensificação de um discurso aonde os

colaboradores devem utilizar pouco das suas emoções em suas relações de

trabalho, a fim de passar uma imagem séria, e eventualmente, evitar conflitos

interpessoais. Mas as pessoas não são máquinas frias e sem sentimentos, as

suas percepções e avaliações são cheias de emoções que influenciam

diretamente tudo aquilo que fazem.

Alguns profissionais e estudiosos da área da Psicologia Organizacional,

neurologia, biologia, sociologia e outras disciplinas afirmam que as emoções

podem contribuir em diversos aspectos, como por exemplo, na tomada de

decisões, na liderança, na motivação, no processo criativo e na inovação.

Diante de tal contexto a que estão expostos os trabalhadores, ganha

importância o questionamento: Quais são os impactos das emoções nas

organizações (ORG)?

Atualmente, o dilema da racionalidade e emotividade consiste no fato de

estarmos sempre comparando o ser humano com os outros animais e

afirmando que somos seres diferentes por sermos racionais.

O fato de declararmos seres racionais nos coloca em uma cultura aonde

as emoções são o de que a mulher mostra mais as suas emoções, ao

demonstrá-las evidência um sintoma de fraqueza com respeito ao estado

emocional.

Segundo Soto (2002), podemos afirmar que as emoções ocupam um

lugar destacado em nossas vidas, por essa razão devemos nos conscientizar

de que, se dirigirmos as nossas emoções de forma inteligente e com os

critérios adequados poderemos alcançar objetivos jamais pensados em nosso

trabalho. Ele ainda ressalta que controlando a inteligência podemos potenciá-la

e desenvolvê-la, pois ela aumenta na medida em que exercitamos as aptidões

que a compõe, como por exemplo, a percepção reflexiva, o controle emocional

e a própria motivação.

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O aprimoramento do controle das emoções traz, sem dúvida, melhorias

não só para o ambiente de trabalho o qual o indivíduo está inserido, como

também para a sua vida pessoal.

Os nossos sentimentos mais profundos, experiências, ações e intenções

e a maneira como exteriorizamos, é alimentado pela nossa autoconsciência

através da nossa bagagem de conhecimento que nos sobrecarrega de

informações e é a responsabilidade de cada pessoa que aumentar o

desenvolvimento autoconsciente.

Para o desenvolvimento mais rico desse trabalho, convém citarmos a

inteligência emocional (IE). Segundo uma pesquisa realizada na Universidade

de Harvard, o QI desempenha um papel secundário à IE no momento, por

exemplo, de avaliar um trabalho bem feito.

A globalização está tornando as organizações cada vez mais

competitivas e a tomada de decisões ganhou muita relevância nas últimas

décadas, por isso não temos muito tempo para racionar as nossas decisões e é

nesse sentido que a IE atua.

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CAPÍTULO I

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

O campo do estudo do comportamento organizacional (CO) abarca a

compreensão do comportamento individual e dos grupos, relacionados com os

assuntos sobre liderança, poder, estruturas de processos de grupos,

aprendizagem, percepção, atitude, processos de mudanças, conflito e

dimensionamento de trabalho e demais temas que afetam as pessoas e os

grupos nas quais estão inseridas nas organizações (URURAHY, 2005).

O CO considera a estrutura contingencial ponderando variáveis

situacionais para entender que as pessoas não são iguais, e também se

preocupa em entender as suas relações de causa e efeito. Para isso são

levadas em conta as variáveis relacionadas ao ambiente, à tecnologia, à

personalidade e à cultura.

Atualmente a disciplina CO encontra-se dividida em três áreas distintas e

são chamadas de: comportamento microorganizacional, o seu foco é

basicamente o indivíduo, baseado na psicologia experimental, na psicologia

clínica e industrial. No comportamento mesoorganizacional que trata de estudar

o comportamento das pessoas em grupo e o comportamento

macroorganizacional que cuida da compreensão dos comportamentos da

organização como um todo. Esta última área tem sua origem em quatro

disciplinas principais, a sociologia com a teoria sobre estrutura, status social e

relações institucionais. A ciência política que contribui com as teorias do poder,

conflito, negociação e controle. A Antropologia que traz as teorias sobre o

simbolismo, influência, cultura e análise comparativa e para finalizar a

Economia que colabora com os assuntos sobre competição e eficiência

(ROBBINS, 2010).

Em suma, deve-se levar em conta para o estudo do CO os temas como

liderança, motivação, poder, estrutura organizacional, métodos e processos,

conhecimento, e as atitudes relacionadas com as mudanças que afetam o

ambiente organizacional de maneira positiva ou não no relacionamento entre

as pessoas.

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A abordagem das escolas de pensamento como a Psicologia,

Antropologia, Economia e Ciências políticas são utilizados para a investigação

do CO, que tem como objetivo prever, explicar e compreender os

comportamentos nas organizações (ROBBINS, 2010).

As práticas e teorias do CO iniciaram na época da evolução industrial no

século XVIII e XIX. Com o grande número de invenções que surgiram naquela

época. Foram criadas novas formas de trabalho que tornaram obsoletos a

prática de gestão da época, pois houve a partir de então, um maior número de

trabalhadores e o surgimento da mão de obra especializada para atender a

manutenção das máquinas.

A percepção é um forte indicador da qualidade das nossas relações com

o outro, mas a capacidade do homem aprender o mundo que está a sua volta é

limitada por causa da dinâmica e rapidez do mundo, da complexidade do nosso

sistema perceptivo e das limitações dos sentidos.

“As características pessoais podem facilitar ou dificultar o

processo perceptivo. Indivíduos com problemas de

relacionamentos apresentam dificuldade em perceber os

outros e o mundo a sua volta.” (QUADROS E TREVISAM,

2, P.4)

As pessoas que buscam consciência de si mesmo em relação aos

outros e sobre o mundo e que não possui preconceitos, tem maiores chances

de perceber as situações e de se relacionar.

Ainda Quadros e Trevisam, a aprovação dos outros sobre as nossas

atitudes possui um impacto reforçador para nós, por que faz com que essas

atitudes sejam ou não incorporadas no nosso comportamento, enquanto que as

atitudes que foram reprovadas sejam rejeitadas do nosso repertório de

comportamento.

As atitudes são aprendidas, assim como também, passiveis de serem

modificadas. É o caso de empresas que possuem interesses políticos,

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econômicos e sociais e que gastam muito dinheiro para mudar as atitudes das

pessoas.

Os nossos valores são artefatos dos nossos padrões mentais, ele define

a forma como vemos a vida, as pessoas e o mundo. Se o nosso modelo é de

boa qualidade estaremos mais próximo da realidade, caso seja de má

qualidade, mais distante estaremos dela e teremos uma visão errada do

mundo.

“Valores virtuosos como disciplina, lealdade, honestidade,

perseverança e respeito encontram-se presentes na

missão de organizações e têm sido responsáveis pela

longevidade e credibilidade de algumas, por longas

décadas.” (QUADROS E TREVISAM, 2, P.5)

1.1. Psicologia organizacional

De acordo com Spector (2004), os primeiros a realizar um trabalho de

psicologia organizacional foram psicólogos experimentais que tinham interesse

em aplicar novos princípios de psicologia para resolverem os problemas que

ocorriam nas organizações.

Os primeiros trabalhos focavam questões de desempenho no trabalho e

eficiência organizacional.

O interesse dos psicólogos acadêmicos era a experimentação, o

laboratório da fábrica, de técnicas ou métodos que estivessem relacionados

com o comportamento e com a racionalidade humana. Já para os empresários,

o que lhes interessava era o produto final gerado por indivíduos. Se os

processos de intervenção desses profissionais fosse capaz de aumentar a

eficiência das linhas de produção e então ele é válido e aceito para o

empresário.

Zanelli e Bastos (2004) disseram que no cenário Brasileiro o interesse

da Psicologia pelo trabalho nasceu no movimento migratório da zona rural,

passando a constituir a mão de obra necessária à industrialização emergente.

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Buscaram-se a racionalização e um cientificismo inovador no controle de

processos produtivos. Os interesses também eram voltados para as

possibilidade de uma maior eficiência econômica.

No decorrer do século XXI, segundo Spector (2004), há uma forte

tendência para que a psicologia organizacional desenvolva e progrida em todo

mundo. À medida que as técnicas ganham aceitação no mais diversos lugares

e assim expande as suas práticas.

O estudo para se alcançar um comportamento produtivo um dos maiores

focos é voltado para o desempenho de tarefas com alto grau de eficiência. É de

interesse geral que as organizações tenham funcionários que desempenham

bem as suas funções.

No estudo evolutivo da humanidade, Spector (2004) observa que o ser

humano sempre foi alvo de avaliação de desempenho profissional, contudo as

formas de fazê-lo tornaram-se mais metódicas e científicas com o transcorrer

do tempo. Como descrito anteriormente, em um dado momento da história,

estabelece-se uma preocupação maior com a capacidade de gerar lucro nas

organizações. Para tanto, tornou-se necessário entender por meios válidos

dada à extensão e complexidade inerente, como o individuo é capaz de

desempenhar o mais alto nível a sua dimensão profissional.

Com o objetivo de otimizar o desempenho profissional surgiram as

seguintes abordagens após a abordagem clássica de Taylor: relações

humanas, comportamento humano, pesquisa operacional, abordagem

sistêmica e a abordagem contingencial.

Essas cinco abordagens colaboraram para o modo de conceber o

desempenho profissional nos dias de hoje, assim como as formas de avaliá-lo.

1.2. O papel do psicólogo organizacional

Tem sido objeto frequente de discussão e estudos por parte dos

profissionais a profissão do Psicólogo. Atualmente tais estudos procuram não

só compreender os determinantes histórico-sociais que moldaram o perfil de

desempenho do psicólogo brasileiro, como também interrogar a sua prática na

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perspectiva de construção de um modelo de atuação mais harmônica com o

potencial de conhecimentos determinados pela Psicologia e com a realidade

sócio-política em que ela está contida (BATITUCCI, 1978).

Pena e Schneider (1973) citaram que o exercício da Psicologia precede

a própria teorização em Psicologia e à sua regulamentação enquanto profissão

— esta, na realidade, representa o auge de um processo em que a sociedade

adota e baliza a especificidade de um grupo ocupacional já atuante e

socialmente inserido. Três vertentes distintas marcam as origens da Psicologia

enquanto ciência e profissão no Brasil.

Uma primeira ligada à produção científica nas Faculdades de Medicina

do Rio e Bahia que não tardaram a gerar trabalhos de assistência psicológica a

psicopatas, em hospícios.

Uma segunda linha é a pedagógica de mais avançado na compreensão

dos fenômenos psicológicos pautados no assunto educacional. Também aqui

se observa uma clara predominância da atividade de criar e aplicar

instrumentos de mensuração psicológica.

A terceira vertente tem como raiz a seleção e orientação de ferroviários.

Esses trabalhos foram criando uma massa crítica de profissionais e

conhecimentos psicológicos, processo sem dúvida acelerado com a introdução

da matéria psicologia em cursos universitários (início dos anos 30) e o

surgimento dos primeiros cursos de especialização. Na década de 40 a

Psicologia é largamente reconhecida, tanto como cadeira científica quanto

instrumento para solução de problemas humanos.

O aparecimento de uma profissão é fruto de uma maturidade das

ciências serem equacionados, que acontece ao longo do processo social que,

também, cria as condições que admitem a sua solução.

Quanto aos psicólogos organizacionais, Zanelli (2004) os caracteriza

como profissionais que reproduzem objetivos técnicos, sem domínio de

intervenção nos métodos decisórios organizacionais. Apesar da importância e

complexidade do subsistema psicossocial na organização, os psicólogos

geralmente têm se limitado a intervenções superficiais e não se preocupam em

profundidade, com o processo organizacional, como algo multideterminado.

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De maneira enfática Batitucci (1978) afirma a necessidade de uma

formação mais abarcante e associada com os processos organizacionais, única

maneira de romper a atuação partida e geralmente restringida à aplicação de

testes para seleção, o que limita o mercado de trabalho pela representação

negativa que produz nas próprias organizações.

Embora ainda hoje haja uma concentração elevada dos psicólogos que

atuam na área organizacional em atividades de recrutamento e seleção, com o

passar do tempo, os psicólogos abriram espaços, muito mais em função da sua

competência pessoal do que a partir dos critérios legais e profissionais, já que,

a única atividade específica do psicólogo do trabalho é a aplicação e avaliação

de testes psicológicos.

A ampliação do leque de atuação dos psicólogo nas organizações é

também produto de mudanças ocorridas no âmbito das organizações cuja

crescente complexidade gerou mudanças no trato com os aspectos dos

recursos humanos. Exercer apenas admissões, pagamentos, demissões e

registros de caráter legal foi uma fase pioneira, tais atividades expandiram-se

para funções mais amplas, inclusive, desenvolvimento e pesquisa.

Schein (1982) descreve como de apenas um contato inicial do processo

de seleção, o psicólogo foi se envolvendo com outros problemas

organizacionais que resultaram no trato da pesquisa na organização como um

todo. Atualmente o que está colocado como tarefa para o psicólogo

organizacional é que trate dos problemas com que se ocupou tradicionalmente

interrelacionando-os e vinculando-os ao sistema social da organização; que

trate, ainda, de novas questões oriundas do conhecimento das características

sistêmicas das organizações.

Dessa forma houve mudança da preocupação situada nos indivíduos

para o sistema e seu desenvolvimento. O impacto das concepções sociológicas

e antropológicas, o desenvolvimento da psicologia social, o avanço das

ciências físicas e biológicas com as noções de multicausalidade, forças auto-

reguladoras e circuito de feedback, além de mudanças tecnológicas e nas

interações dos fatores humanos e tecnológicos nas organizações, são fatores

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levantados pelo mesmo autor para explicar as alterações observadas nesta

área da Psicologia.

Essas considerações aludem em esforços no sentido de definição ou

caracterização do que efetivamente faz o psicólogo nas organizações, com o

objetivo de mapear esse processo de transição, e de se extrair subsídios para

revisão do processo de formação desse profissional.

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CAPÍTULO II

AS EMOÇÕES

Tudo aquilo que nos propomos realizar envolve as emoções, e o grande

dilema é como utilizá-las no dia-a-dia. Em que momento elas devem ser

inibidas ou mostradas? Esse é um grande desafio em nossas vidas

(URURAHY E ALBERT, 2005).

Para Robbins (2009) o sentimento abarca diversas sensações que as

pessoas experimentam, ou seja, o sentimento é um conceito vasto que envolve

as emoções e os humores.

Os humores são dotados de menor intensidade que as emoções e

necessitam de um estímulo contextual e não são conduzidos a objetos

Já as emoções são sentimentos fortes que pode ser para alguém ou

alguma coisa. Elas constituem reações a um objeto e não um traço.

Exemplificando, demonstramos medo ou raiva a alguém ou a alguma coisa. Ela

transforma humores, se alguém critica o seu trabalho você pode demonstrar,

por esse fato, a emoção raiva em relação ao objeto (seu colega). Um pouco

depois você pode se sentir desanimado e pessimista sem conseguir associar a

qualquer episódio ocorrido. Esse exemplo mostra o estado de humor.

Segundo Ururahy e Albert (2005) essa dualidade traz-nos a reflexão de

que diversas vezes não conseguimos prever o nosso comportamento e ele se

torna imprevisível. Por exemplo, o medo pode causar um efeito paralisante ou

o contrário, pode nos impulsionar mais ainda para a realização de uma tarefa

ou na superação de um problema.

Em alguns momentos, as emoções colocam as pessoas em um estado

de excitação, elas podem surgir sob uma forma de tensão, inquietude ou

preocupação, ou também através do prazer da descoberta, da emulação

criativa resultando no aparecimento das soluções.

Segundo Darwin (1998) seis emoções são comuns a todas as pessoas

no mundo, são elas: alegria, tristeza, surpresa, medo, desgosto e raiva.

De acordo com Robbins (2009) as pesquisas identificaram seis emoções

universais: raiva, medo, tristeza, felicidade, desagrado e surpresa.

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“Essas seis emoções podem ser conceituadas ao longo

de um continuum. Quanto mais próximas essas duas

emoções estiverem uma da outra nesse continuum, mais

provável que sejam confundidas pelas pessoas.”

(ROBBINS, 2009, P. 42)

Por exemplo, a felicidade e a surpresa são confundidas, mas felicidade e

desagrado não.

Ao compararmos os sexos, homens e mulheres, as evidências

confirmam que as mulheres expressam mais as suas emoções do que os

homens, elas experimentam os sentimentos com mais intensidade e também

demonstram com mais freqüência. E além do mais, elas se sentem mais

confortáveis em demonstrar as emoções do que o homem, por esse contexto

elas se dão melhor com a percepção não verbal (URURAHY E ALBERT, 2005).

Essa diferença se explica através de três possíveis respostas. A primeira

é a diferença como mulheres e homens são socializados. Os homens são

criados para apresentarem um comportamento durão e corajoso e as mulheres

para serem cuidadoras das outras pessoas, geralmente elas são mais amáveis

e carinhosas. A segunda explicação é que as mulheres são dotadas de maior

capacidade inata para detectar as emoções das outras pessoas e expressas as

suas próprias do que os homens. E o terceiro ponto é que elas sentem maior

necessidade de aprovação social, portanto buscam expressar com maior

freqüência as emoções positivas do que os homens.

URURAHY E ALBERT (2005) levanta outro ponto a se levar em conta,

que é a cultura. O que é considerado emocionalmente apropriado para um

país, pode não ser para o outro. Por exemplo, os Estados Unidos adota que os

funcionários de serviços devem sorrir e agir com amabilidade quando atendem

os seus clientes. Já em Israel o atendente ou caixa que explana um sorriso

pode ser considerado inexperiente. Em outras tradições o sorriso possui um

cunho sexual, como é o caso da cultura mulçumana. Por esse fator, as

mulheres são educadas a não sorrir para os homens.

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Além do mais, algumas culturas não possuem palavras para descrever

determinadas emoções, como depressão, culpa, saudade e ansiedade. Os

Taitianos não possuem uma palavra que equivalha à tristeza, e quando estão

tristes eles atribuem a tristeza a um estado de doença física.

As emoções têm a função de mediar entre nossas percepções do meio

em que vivemos e as relações com o outro. Ela nos afasta ou nos aproxima

atuando diretamente sobre nós pelo fato de querermos cada vez mais alcançar

nossos objetivos, de não nos cansarmos de obter mais uma meta, elas são

responsáveis por gerar o impulso que nos faz levantar todos os dias.

“Nós vivemos para e por nossas emoções. O amor, esse

sentimento que nos faz mover montanhas e cometer os

atos mais impensados, repousa sobre o nosso sistema

emocional. Sem as emoções não teríamos a ambição que

nos estimula a obter mais e melhor ou a frustração de não

conseguir o que queremos oi, ainda, o prazer de um

encontro. Cada momento de nossa vida é colorido pelas

emoções. Sem elas viveríamos em um ambiente sem

graça, no preto e no branco.” (URURAHY E ALBERT,

2005, P. 22)

A emoção é o principal argumento de venda de produtos, tanto que a

publicidade procura nos provocar emoção e os produtos devem ser mostrados

para que as pessoas fantasiem desempenho, status e poder de realização.

Na história das organizações por que as emoções não recebiam a

devida atenção?

Basicamente elas podem ser esclarecidas em dois pontos que foram

explanados por Robbins (2009). A primeira é o Mito da racionalidade. Desde o

final do século XIX as organizações procuram controlar as emoções de seus

funcionários, em outras palavras, podemos dizer que naquela época, uma

empresa de sucesso era uma empresa que além de saber realizar suas

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tarefas, alcançar as metas e inovar, também era aquela que conseguia eliminar

com êxito as frustrações, ódio, alegria, amor, etc.

O segundo fator responsável por colocar as emoções fora do estudo do

comportamento organizacional foi acreditar que todas as emoções são

destrutivas. Na prática o que ocorria era que as emoções negativas recebiam

forte atenção, principalmente a raiva, pois estas atrapalhavam a capacidade do

funcionário desenvolver o seu trabalho com eficácia.

“Dada a obviedade do papel que as emoções

desempenham em nossa vida cotidiana, é surpreendente

que até pouco tempo atrás esse assunto não recebesse

quase nenhuma atenção dentro do estudo do

comportamento organizacional”. (ROBBINS, 2009, P.41)

De acordo com Robbins (2009) um assunto que tem sido muito

abordado é o esforço emocional. Atualmente muitas atividades requerem que o

colaborador apresente um maior esforço emocional. Esse fato ocorre quando a

pessoa expressa emoções que são aceitáveis pelas empresas durante

transações interpessoais.

Esse conceito foi inicialmente desenvolvido no setor de serviços, onde

os funcionários tinham acesso direto ao cliente. Dessa forma entende-se que o

vendedor deve ser carismático e envolvente, que os comissários de bordos

sejam alegres, que os atendentes de serviço fúnebre sejam tristes e os

médicos, psicólogos, fisioterapeutas emocionalmente imparciais. Hoje em dia

esse conceito é relevante para todos os setores.

Os líderes devem utilizar a sua compreensão e esforço emocional para

com os seus funcionários. Mas a questão básica aqui é que as emoções

sentidas são diferentes das demonstradas, no dia-a-dia o que ocorre é que

muitas pessoas tem dificuldades de trabalhar com outras por que acreditam

que as emoções demonstradas por elas são verdadeiras e isso ocorre

principalmente nas organizações, onde as situações exigem do colaborador

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que esconda os seus reais sentimentos e exibam comportamentos emocionais

não genuínos.

Há pessoas que tentam evitar, desdenhar e frear as emoções e até de

racionalizá-las, principalmente no âmbito profissional. Os dirigentes

empresariais afirmam que as emoções não têm lugar no trabalho, mas não

percebem que são guiados e motivados por ela.

Algumas emoções são consideradas como predadoras, como o ciúme, o

desejo de vingança ou aquele que vem do vício do jogo. Cada emoção sentida

é o que define o que é bom ou ruim.

Antes compreendermos as coisas através da Inteligência,

compreendemos estas coisas através da emoção, ou seja, sentimos medo de

alguma coisa antes de entendermos a natureza do perigo, pois a emoção, a

priori, é algo que sentimos instintivamente e ela é manifestada através de

distintas reações fisiológicas, como o aumento do ritmo cardíaco, a palidez, os

tremores, lágrimas, rubores, etc. Muitas vezes as emoções provocam

manifestações mais extremas, como o aumento de pressão arterial, o infarto do

miocárdio e até mesmo o câncer. É a ligação entre cérebro e corpo que ajusta

as nossas emoções ao nosso cotidiano.

De acordo com Ururahy e Albert (2005) as emoções e a memória

possuem a sua base no cérebro emocional. O cérebro emocional (sistema

límbico) é responsável pela regulagem dos fenômenos citados acima, ele

controla a fisiologia do corpo: o ritmo cardíaco, a pressão arterial, o apetite, o

sono, o sistema imunológico, etc.

A memória ajuda na defesa do nosso corpo, ela nos auxilia situações e

emoções que foram agradáveis àquelas emoções e situações desagradáveis,

regulando o desejo de evitar uma lembrança desagradável.

“A memória do passado não existe para que nos

lembremos do passado, mas para prevenirmos o futuro. É

um instrumento de predição. No caso de um infarto do

miocárdio, pode-se ultrapassar a obstrução de uma artéria

coronária através de uma ponte venosa. Mas para os

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traumas em nosso emocional, não existem substitutos.

Estes precisam ser analisados e compreendidos para não

se tornarem mais um elemento gerador de estresse no

cotidiano.” (URURAHY E ALBERT, 2005, P. 32)

Independente da intensidade e duração, o cérebro emocional transmite a

emoção que é processada ao corpo. O homem moderno precisa demonstrar

muita forca física e emocional para poder assumir maiores responsabilidade do

seu trabalho. As emoções são absorvidas cotidianamente e emoções negativas

também são vividas.

2.1. Impactos negativos para as organizações provocados pelas

emoções

De acordo com URURAHY E ALBERT (2005) toda a pressão que o

homem moderno suporta, todas as responsabilidades do seu trabalho gera

tensão e estresse, reuniões, viagens, agendas lotadas, metas inalcançáveis,

produtividade insaciável e as mudanças do dia-a-dia.

Com todo esse contexto o ser humano assemelha-se a uma máquina de

produção, tornando-se frio, calculista e a apostar todas as suas emoções no

trabalho. Muitos trabalhadores e executivos só se dão conta do próprio corpo

quando a saúde fica comprometida, quando o corpo pede ajuda por causa de

um infarto, acidente vascular cerebral, hemorragia digestiva, obesidade,

câncer. Algumas pessoas, apos um trauma é que param para analisar suas

vidas, rever as suas prioridades e seus verdadeiros valores. Muitos não

acompanham o crescimento dos filhos, não acompanham a família em diversos

momentos, raro são os momentos que sente prazer e possuem poucos amigos.

A valorização dedicada ao trabalho tem um contra peso enorme em

relação a vida pessoal. Algumas pessoas acreditam que pouco importa a vida

pessoal, pois se a vida profissional anda bem, pouco importa o resto.

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Mas, em muitos casos, os questionamentos “por que não sou feliz se

consegui conquistar tantas coisas?” mais tarde acabam ocorrendo. A resposta

a esse tipo de questionamento certamente passa pelo conceito de estresse.

É muito útil em todos os momentos saber lidar com a emoção, nas

situações que não possui solução pessoal para resolver um problema. Por

exemplo, se o computador pára de funcionar por algum problema técnico, é

preciso gerenciar a emoção produzida por esse problema técnico. Outro

exemplo, se o elevador demora é necessário controlar a impaciência. E em

diversas situações de estresse profissional, é preciso encontrar soluções

efetivas, permanecer na emoção pode ser contraproducente, ou seja, o desafio

é encontrar soluções efetivas para o problema e colocar bons planos de ação

em prática.

Acalmar as emoções em curto prazo é possível para evitar situações de

desgaste emocional, mas em médio prazo pode ser ineficaz. É de suma

importância distinguir os impactos do estresse profissional, individual e

sistêmico. O estresse profissional produz efeitos fisiológicos, psicológicos e

comportamentais. O estresse pessoal refere-se à empresa e a seu

funcionamento. E o sistêmico é quando o estresse é dimensionado por uma

questão de saúde individual como também de um problema econômico.

Cada empresa possui a sua cultura, sua história, suas crenças e,

especialmente o seu sistema de gestão. Esse sistema pode provocar em seus

funcionários determinadas emoções, determinados comportamentos e

estresses específicos. Por exemplo, uma organização forte em cultura técnica

que percebe que precisa ser mais agressiva comercialmente, onde a gestão é

realizada por engenheiros, resolve transferir os técnicos para a área de vendas.

Essa solução encontrada certamente ocorrerá diante de muito estresse

coletivo. Esses funcionários quando tiverem a oportunidade de mudar de

emprego, certamente o farão (VERGARA, 2000).

A supressão dos níveis hierárquicos dá aos funcionários maior

responsabilidade e autonomia em relação as suas tarefas, ou seja, o chamado

empowerment. Por outro lado, há certa imprecisão as atribuições dos

empregados: a não delimitação das tarefas. A não demarcação dessas

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fronteiras pode acabar estimulando conflitos interpessoais, marcada por uma

rivalidade aguçada somada com o sentimento pessoal de precariedade que,

pode dar ao individuo a sensação de estar dando o melhor de si substituindo-a

por pensamentos negativos em relação ao outro (URURAHY E ALBERT,

2005).

Há muitas empresas que tem a intenção de obter o máximo de esforço

de seus colaboradores e fazem questão de mostrar que existem muitos outros

candidatos querendo estar em seus lugares. Essa precariedade de sentida,

principalmente pelas pessoas entre 45 e 50 anos que receiam em não

encontrar outro emprego caso saiam da empresa e corriqueiramente estão

dispostos a manter-se nelas ate a aposentadoria.

Esse contexto provoca nos empregados o sentimento de estar

totalmente a disposição do arbitro. Ao gestor ou ao responsável e creditado um

direito de vida ou de morte profissional sobre os seus funcionários.

Outro ponto relevante citado por URURAHY E ALBERT (2005) merece

destaque a interrupção do trabalho a cada instante. Segundo os estudos da

OIT (Organização Internacional do Trabalho) a interrupção do trabalho ocorre

em média a cada sete minutos. Ao final do dia, esse contexto provoca irritação

causada pelo desvio da concentração.

Considerando que esse problema não se trata de simples dificuldade de

organização e que o problema e mais complexo. Quando as pessoas são

observadas trabalhando, percebe-se que eles interrompem a si mesmas,

param para dar um telefonema, para fazer alguma anotação que nada tem a

ver com a tarefa executada no momento, etc. A fuga de continuar na tarefa

nada mais e para fugir da constatação de que temos dificuldade de nos

concentrarmos nela. Isso nos leva a crer que é mais fácil sermos levados pelos

estímulos externos do que sentirmos sozinhos, nós e o nosso trabalho.

Alguns problemas que são gerados pela a carga afetiva podem ser

mencionados, de acordo com Ururahy e Albert (2005) quando a carga afetiva é

muito grande, as observações de cunho profissional são conseqüentemente

traduzidas em termos afetivos. O seu gerenciamento em longo prazo é mais

difícil de mantê-lo, e quanto mais cresce o afeto de um colaborador o risco do

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desencanto é mais forte. No inicio dos anos 90 com as reestruturações e

reengenharias e outros planos criados para reduzir o quadro de funcionários

das empresas provocaram um forte desencanto e descontentamento nas

pessoas que se sacrificaram e fizerem de tudo por essas companhias no

momento que elas precisavam.

Outro problema ligado ao bloqueio afetivo dos colaboradores e a sua

vida particular. Quando o nível de exigência aumenta nas empresas

automaticamente o numero de divórcios eleva-se. Com esse cenário constata-

se que quando se investe emoção excessiva no trabalho, existe menos

disponibilidade para o resto.

Um caso real citado por Robbins (2009) chama-nos a atenção sobre a

real importância no papel das emoções.

Tim Lloyd foi funcionário da empresa Omega Engineering em Novas

Jersey durante 11 anos. As avaliações de desempenho de Lloyd nos dois

últimos anos de atividade nessa empresa foram negativas.

Ele planejou uma sabotagem contra a rede que ele mesmo criou, antes

de ser demitido instalou um vírus no computador central e roubou a única cópia

que havia do material. O sistema foi destruído culminando na perda de todos

os programas e dados da companhia.

Esse episódio expôs a Omega Engineering ao mercado e foi

necessário cortar 80 pessoas do quadro de funcionários.

Nos estudos sobre comportamento organizacional esse fato é

denominado de Sabotagem Industrial e coloca em xeque como as emoções

são um fator crítico e de alta relevância para as organizações.

2.2. As doenças e o emocional

Apesar de a medicina ocidental ser organicista, não é possível

separarmos o corpo da mente. O homem sofre por inteiro, na sua totalidade,

envolvendo todo o corpo, cérebro e órgãos. A doença se instala no corpo

quando há um desequilíbrio orgânico ou emocional (URURAHY E ALBERT,

2005).

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“Admitir a unidade do ser humano é admitir que as

emoções possam se manifestar através de sintomas

corporais.” (URURAHY E ALBERT, 2005, P. 70)

É comum ter momentos de tristeza em situações cotidianas que são

provocadas por lutos, decepções, etc. Algumas doenças psíquicas são

caracterizadas pela diminuição de algumas emoções como é o caso da

depressão, que é uma doença marcada por emoções negativas. A perda das

emoções positivas acarreta em problemas com uma dimensão maior ou menor

e é exigido do enfermo um grande esforço e grande carga de energia para

serem equacionados (URURAHY E ALBERT, 2005).

Essa enfermidade é percebida pelo tempo e pela intensidade que o

paciente é acometido pela depressão, além de afetar o humor o sentimento de

tristeza varia consideravelmente e a melancolia também poderá estar presente

no quadro clínico do paciente.

Outro exemplo pode ser citado, as fobias. Há pessoas que têm pânico

de andar de avião e paradoxalmente não sente medo de andar de carro. Está

comprovado estatisticamente que andar de carro mata mais do que andar de

avião. A emoção pode mesmo ser incompreensível para as pessoas que não

estão envolvidos com ela.

Quando um pensamento ou uma emoção ocorre seqüencialmente é

produzido efeitos por todo o corpo. O stresse crônico é uma emoção

destruidora. As pessoas convivem com muitas emoções negativas que se

acumulam durante seu dia-a-dia, sem ter como responder a várias requisições

e assim o indivíduo desenvolve doenças sem se dar conta na maioria das

vezes da causa raiz (FRANÇA E RODRIGUES, 2011).

“A resposta ao stress surge, ou melhor, é ativada pelo

organismo, com o objetivo de mobilizar recursos que

possibilitem às pessoas enfrentarem situações – as mais

variadas – que são percebidas como difíceis e que

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exigem delas esforço.” (FRANÇA E RODRIGUES, 2011,

P.30)

De acordo com Hans Selye, as pessoas tendem a reagir com um

conjunto de respostas à estímulos que ameaçam a homeostase do organismo,

que constituem uma síndrome, foi denominada de stress (FRANÇA E

RODRIGUES, 2011).

Como muitos pensam o stress não tem uma face somente negativa. O

stress é denominado de distress, quando a resposta ao estímulo estressor é

negativa e quando desencadeia um processo adaptativo inadequado, podendo

gerar doenças. Nas situações onde o organismo reage bem, ele é chamado de

eustress.

Ainda FRANÇA e RODRIGUES (2011) o stress ligado ao trabalho é

definido quando o trabalhador percebe o seu trabalho como ameaçador às

suas necessidades pessoais, profissionais, assim como a sua saúde física e

mental, na medida em que o ambiente oferece demandas excessivas e a

pessoa percebe que não contém recursos suficientes para suportar a situação.

Segundo Pereira (2010) a síndrome de Burnout é um dos

desdobramentos mais importantes do stress profissional, ele é fruto de

situações de trabalho, é a resposta emocional a situações de stress crônico. A

doença é caracterizada como um conjunto de sintomas, como fadiga física e

mental, falta de entusiasmo pelo trabalho e pela vida, sentimento de

impotência, baixo auto-estima, podendo levar o profissional à depressão e ao

suicídio.

Há quem interprete e fale que as somatizações, depressão, síndrome do

pânico e Síndrome de Burnout e a Síndrome do Desamparo são sintomas que

não passam de uma dor puramente psicológica. Por exemplo, as somatizações

são sensações e distúrbios com forte carga emocional e afetiva e a Síndrome

do Desamparo é caracterizado pelo sentimento medo, o medo contínuo da

perda do emprego, acompanhado por sentimento de perseguição e queda na

auto-confiança (FRANÇA E RODRIGUES, 2011).

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Com freqüência o homem é atingido por emoções negativas, agentes

estressores que afetam o metabolismo, portanto essa repetição desses

agentes estressores eleva a produção de adrenalina e cortisol, que são

hormônios inibidores do sono. Contudo, a as emoções e o estresse crônico

desregula o relógio biológico e por conseqüência o sono (FRANÇA E

RODRIGUES, 2011).

2.3. Inteligência emocional

O termo Inteligência Emocional (IE) ficou conhecido por causa de Daniel

Goleman (1995) na década de 90 através do livro “Inteligência Emocional”.

Segundo os autores, o termo IE foi utilizado pela primeira vez por Payne

(1985) na sua tese de doutorado. Nela Payne mostra uma estrutura teórica

fundamentada discutindo a emoção e a IE nal através de uma visão filosófica.

Mas foram Peter Salovey e John Mayer em 1990 em um periódico

científico internacional de Psicologia que propôs tal conceito. Eles estudaram

empiricamente a habilidade de percepção de conteúdos afetivos e pôs a IE

como uma subclasse da inteligência Social e das inteligências múltiplas de

Gardner.

O conceito apresentado envolvia as habilidades de avaliação e

expressão de emoções em si mesmo e no outro de maneira verbal e não

verbal. A regulação das emoções em si mesmo e na outra pessoa por meio da

empatia e a uso de emoções através de uma idealização flexível do

pensamento criativo e do redirecionamento da atenção e da motivação.

No decorrer da década de noventa algumas reformulações foram feitas

até chegar à definição atual que diz que a Inteligência emocional refere-se:

“A capacidade de perceber acuradamente, de avaliar e de

expressar emoções; a capacidade de perceber e/ou gerar

sentimentos quando eles facilitam o pensamento; a

capacidade de compreender a emoção e o conhecimento

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emocional; a capacidade de controlar emoções para

promover o crescimento emocional e intelectual.”

(MAYER E SALOVEY, 1997, P.87)

De acordo com Goleman (1995) o QI e a IE são entidades bastante

independentes e distintas apesar da pequena correlação existente entre eles e

a IE não é o oposto da inteligência, mas a ligação entre ela e a emoção. Desse

modo, ela pode ser considerada como uma capacidade cognitiva incluída ao

uso das emoções para apoiar na resolução de problemas.

Quatro constructos sobre os processos psicológicos foram definidos por

Mayer e Salovey (1997). São eles:

O primeiro diz respeito às emoções quanto à percepção, avaliação e

expressão. De como o indivíduo percebe as emoções em si mesmo e nas

pessoas, como ela percebe os objetos, sons, desenhos, linguagem, a

capacidade de se expressar através das emoções e das necessidades que

estão diretamente vinculadas aos sentimentos, e também, como distinguir as

expressões entre falsas e verdadeiras (Mayer e Salovey, 1997).

O segundo constructo fala de como as emoções facilitam o pensamento,

ou seja, como as emoções priorizam determinadas idéias, direcionando a

atenção do indivíduo para pontos de relevância.

O terceiro é denominado de compreensão e análise de emoções e o

emprego do conhecimento emocional. Aqui fala-se da capacidade de nomear

as emoções nos relacionamentos interpessoais, dando significados para estes.

O último refere-se ao controle reflexivo de emoções para promover o

crescimento emocional e intelectual. Neste quarto tópico aborda-se a idéia de

que a pessoa matem a capacidade de manter-se aberto aos sentimentos, seja

eles bons ou ruins.

Goleman (1995) disse que a inteligência emocional tem uma grande

responsabilidade para se ter sucesso no trabalho e é por essa razão que as

empresas buscam investir em treinamentos, modificar a forma de fazer o

processo seletivo como também a mudança de cargo. Nesse sentido, as

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empresas acreditam que pessoas dotadas de IE possuem o desempenho mais

eficaz.

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CAPÍTULO III

Os impactos das emoções e as

organizações

Cada vez mais a exigências crescem pela busca da produtividade nas

organizações (ORG) em todos os níveis hierárquicos, setor público ou privado

e em profissões liberais ou não. As empresas querem respostas e resultados

cada vez mais rápidos (CHIAVENATO, 1999).

Um dos fatores que tornam uma empresa competitiva e produzir mais

por um menor custo. A mão de obra em países emergentes e mais barata do

que em países desenvolvidos.

Com a modernização das empresas, o Taylorismo esta desaparecendo,

ou seja, a estrutura empresarial esta se tornando cada vez mais achatada, com

a redução dos níveis hierárquicos, o empowerment , o reforço ao papel

desempenhado pelos empregados e a preocupação em distender as relações

de trabalho.

Essas novas estruturas de organização do trabalho e a produção dão

um lugar ao campo afetivo. Afetivo no sentido de que os funcionários não

devem mais em se contentar em realizar as suas tarefas com eficiência e sim,

amar e apaixonar-se pelo seu trabalho (URURAHY E ALBERT, 2005).

“Do administrador espera-se que seja antes de tudo

carismático, isto e, que saiba conquistar seus

colaboradores e fazer-se amado por eles. A verdadeira

razão desta demanda extra, que alcançou entre nos

estágios extremos, e a motivação. Uma motivação de

carga afetiva”. (URURAHY E ALBERT, 2005, P.144)

Muitas dessas empresas desenvolvem programas de qualidade de vida

para dar suporte à pressão de ser cada vez mais rápido, cada vez mais

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competitivo, sempre em busca de maior produtividade que ocorre no ambiente

organizacional.

Cada um de nós produz as emoções de forma diferente, o introvertido

ruboriza ou que se esconde e o extrovertido que gosta de falar. É desafiador

permanecer calmo diante de uma situação de estresse no trabalho ou um

conflito conjugal. Para melhor viver, é necessário aprender a controlar as

emoções, dosá-las e não entregar-se diante do obstáculo. Seria ingenuidade

achar que é possível gerenciar as emoções como se gere um portfólio de um

projeto profissiona (VERGARA, 2000).

As emoções aparecem por situações com as quais fomos

confrontados, podendo desencadear efeitos positivos ou negativos em nós

mesmos e em nossa capacidade relacional. Essa reação possui três

extensões: A física, que é caracterizada por palpitações, suores, tremores, etc.

O discurso externo, ou seja, como internalizamos uma situação vivida e como

externamos a emoção. E a terceira extensão seria como fazemos para regular

as nossas emoções, para identificá-las e acalmá-las (URURAHY E ALBERT,

2005).

O homem está em constantes mudanças nas organizações, as

estruturas organizacionais estão incessantemente em alterando as suas

disposições e estruturas e todos os temas abordados pelo CO influenciam ou

são influenciados pelas exigências das mudanças (SCHEIN, 1982).

De acordo com Chiavenato (1999) os gerentes são considerados os

principais agentes de mudanças de uma empresa, é ele quem toma as

decisões e serve de modelo para o restante da empresa.

Quando bem explicadas, as mudanças tecnológicas e estruturais não

apresentam muita resistência, ao contrário, das mudanças que afetam as

pessoas no sentido das atitudes, habilidades e motivações, estas sim podem

trazer problemas. Diante desse cenário, é necessário ter o conhecimento de

técnicas e métodos que facilitem a adesão dos colaboradores às mudanças

propostas pela empresa.

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3.1. Técnicas organizacionais

Uma técnica muito utilizada para apoiar os processos de mudança nas

grandes organizações é dividida em três grandes fases: o descongelamento

(sensibilização), mudança (implementação) e recongelamento (reforço).

Através de equipes é possível modificar os comportamentos, como também do

processo de dar e receber feedback, das atividades intergrupais ou de

situações específicas de aconselhamento ou consultoria (SCHEIN, 1982).

Existe dentro das ORG, o chamado Brainstorm, onde se cria um clima

lúdico que os colaboradores são estimulados a fazer associações de palavras e

idéias. E é através dessa liberdade de pensamento que surge o novo, e a

emoção é a responsável é que dá origem a esse processo (SPECTOR, 2004).

Outro processo presente nas ORG é a tomada de decisão, baseado no

instrumental racional, como a capacidade analítica e de síntese. Há emoção

intrínseca naquelas escolhas obrigatórias que aparecem em nossas vidas, as

quais somos obrigados a fazer. Por exemplo, se a pessoa que está tomando a

decisão tem medo de riscos, esta optará por uma escolha mais conservadora.

Caso seja alguém que se excita com o risco escolherá uma alternativa que

sugere mais incerteza. Essas duas escolhas estão amparadas em argumentos

racionais.

“Alguns estudos sobre decisões econômicas mostraram

que a carga emocional ligada ao risco é predominante em

relação os aspectos racionais.” (URURAHY E ALBERT,

2005, P. 21)

3.2 . A evolução histórica da administração e sua relação com o

comportamento organizacional

Entre os anos 800 a.C até 300 a.C. os Romanos começaram o método

da estrutura por autoridade hierárquica, e os comerciantes venezianos criaram

leis comerciais e a contabilidade de partilhas dobradas. Em 1700 a igreja

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católica aprimorou uma estrutura de governo com uma técnica de métodos

únicos

Entre 1780 a 1960 ocorreu a primeira fase da Revolução industrial, e em

1902, eclodiu movimentos nos Estados Unidos e Europa trazendo a

necessidade do surgimento de novas técnicas administrativas que culminou no

surgimento da administração científica (Zanelli, 2004).

3.2.1 Abordagem da administração científica

O movimento da administração científica teve seu cerne inicial na

Sociedade dos Engenheiros Mecânicos, onde Taylor foi sócio e presidente.

A administração científica é dividida em três etapas: o primeiro ponto é

que ela é determinada pelos problemas relacionados a salários e o sistema de

administração de tarefas. O segundo ponto resume no aumento de escopo da

tarefa para administração e dos princípios de administração do trabalho e o

terceiro traz a consolidação dos princípios, proposta da separação do trabalho

de autoridade e a responsabilidade dentro das empresas, deixando clara a

diferença entre as técnicas e os princípios (Zanelli, 2004).

Para ilustrar melhor o segundo ponto, os trabalhadores não enxergavam

qualquer vantagem em produzir mais quando o sistema de pagamento era por

dia trabalhado, salário fixo. Já no sistema de pagamento por peça produzida, a

produção aumentava consideravelmente.

É possível verificar que na administração científica houve algumas

influencias no comportamento do trabalhador, como por exemplo, como tornar

o homem mais produtivo na execução das suas tarefas, na busca de melhores

resultados financeiro para ele mesmo e para a empresa. Determinados dessa

forma o homus economicus.

Para Silva (1992) o Taylorismo é desumano por tornar as pessoas

dependentes do patrão e pelo trabalho ser repetitivo e maçante, tornando os

operários mecanizados como se ele e a máquina fossem a mesma coisa.

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3.2.2 Abordagem das relações humanas e abordagem humanística

da Administração

Segundo Chiavenato (1999) o surgimento da abordagem humanística

aconteceu junto com a teoria das relações humanas na década de 1930 nos

Estados Unidos com o desenvolvimento das ciências sociais, da psicologia, e

principalmente, da psicologia do trabalho.

O experimento de Howthorne realizado entre 1927 a 1933 foi orientado

pelo professor Elton Mayo em Havard.

Ele foi responsável pelo nascimento das escolas das Relações

Humanas. Esses estudos comprovaram que o desempenho individual está

ligado diretamente com as relações com os colegas de trabalho.

Essa teoria surgiu com a intenção de contrapor a teoria científica ou

clássica, pois esta não tinha qualquer preocupação com o ser humano.

O homo economicus foi substituído pelo homo social em busca a

valorização do trabalhador em função da análise do comportamento grupal.

Nesse sentido a teoria das relações humanas buscou investigar a

monotonia e a fadiga no trabalho causado pela forma como o trabalho era

dividido e que os fatores psicológicos tinham maior influência que os fatores

físicos.

De acordo com Silva (1992) modificam-se os meios, mas a essência

continua a mesma, como a demagogia, sorrisos forçados e promessas

fantasiosas que são agressão ao empregado.

3.2.3 Abordagem comportamental da organização

Disse Silva (1992) que as ciências que se ocupam do comportamento

organizacional possui focos diversificados, de acordo com o resumo abaixo.

A Psicologia estuda o indivíduo na sua relação com a aprendizagem,

personalidade, liderança, estilo de liderança, motivação processo individual de

tomar decisões, seleção de pessoal, stress e qualidade de vida.

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A Sociologia e Psicologia Social estão voltadas para os grupos, sendo

que a Sociologia trata da dinâmica de grupo, comportamento dos grandes

grupos, conflito, teoria das organizações e poder. E a segunda, aborda a

liderança, processo de decisão em pequenos grupos, dinâmica de grupo e

mudanças de atitudes (Zanelli, 2004).

O ponto de vista da Antropologia e da Ciência Política está voltado para

a organização e para o sistema. A Antropologia tem o seu foco na cultura

organizacional, diferenças de culturas entre países e ambiente organizacional,

já a segunda focaliza o poder, conflito, política e relações entre as

organizações.

De acordo com Spector (2004) o termo CO começou a ser utilizado a

partir da metade dos anos 60 nas escolas de administração de empresas.

A teoria comportamental possui vários estilos de administração e está

condicionada aos estilos que os administradores gerem o comportamento e

convicções das pessoas.

Tal abordagem possui alguns objetivos que merecem ser citados. São

eles: ser a teoria mais democrática com fundamento sobre a natureza humana,

determinar os estilos de administração, os preceitos administrativos e suas

peculiaridades, caracterizar as organizações como sistemas sociais e

cooperativos e como sistemas de decisão, gerir e definir o comportamento nas

organizações e as relações entre as pessoas e as organizações juntamente

com os seus conflitos.

Essa teoria visa alguns conceitos importantes: o ciclo motivacional

(equilíbrio, tensão, estímulo, necessidades, satisfação e insatisfação); a

liderança (integrar os objetivos e interesses dos funcionários e da organização);

o processo decisório; a empatia; a decisão racional (a racionalidade é limitada,

por isso os resultados esperados podem ser ou não satisfatórios ao invés de

máximo).

Podemos dizer que essa abordagem trouxe resultados importantes para

as corporações, como por exemplo, o aumento da produtividade, que foi o

resultado da diminuição dos problemas interpessoais. Nesse contexto nasce o

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homo administrativo, e partir de então o funcionário passa a ter diversos tipos

de incentivos como salários, produtos, serviços, elogios e outros.

3.2.4 Abordagem dos sistemas abertos ou teoria do

desenvolvimento organizacional

Essa abordagem dá ênfase à relação entre a estrutura organizacional e

o meio que lhe dá suporte. Acredita-se que, sem entradas permanentes a

estrutura se deteriora. O ingrediente para manter essa estrutura aberta é

blindar e fortificar sua fonte motivadora, seus recursos humanos (Silva, 1992).

Ela possui uma nova forma de pensar, pode-se por assim dizer mais

democrática e participativa, pois coloca a sua atenção voltada para as pessoas

do que para a administração de recursos materiais e técnicos.

De acordo com Chiavenato (1999) o desenvolvimento organizacional

(DO) estimula o crescimento e desenvolvimento de acordo com as

potencialidades da organização, das pessoas e do ambiente.

Nesse sentido, o DO pode ser conceituado como um processo de

mudança planejada, com o intuito de encontrar idéias e técnicas para aprimorar

a eficiência, a eficácia e a saúde da empresas advindas de intervenções

esboçadas nos sistemas técnicos e humanos.

O objetivo é que haja o crescimento de habilidades de todos de enfrentar

as mudanças de uma forma natural.

De acordo com Chiavenato (1999) ela é considerada uma estratégia

educacional complexa, pois modificam crenças, valores, atitudes e estruturas

de organizações com o intuito de gerar novos comportamentos, tornando-os

adaptáveis às mudanças sociais, tecnológicas e humanas.

Alguns autores citam ainda que, a única maneira de modificar uma

organização é mudar a sua cultura e seu clima, ou seja, os sistemas onde os

indivíduos vivem e trabalham.

3.2.5 Abordagem das organizações contemporâneas vista como

sistemas de aprendizagem

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Essa abordagem preocupa-se em estabelecer um futuro de aprendizado

para as empresas e para as pessoas que nelas estão inseridas (Vergara,

2000).

As organizações de aprendizagem são aquelas que conseguem

acompanhar as mudanças, resolver seus problemas, aproveitar oportunidades

através do conhecimento de todos os seus colaboradores, independente do

nível hierárquico, com o objetivo de aplicar novas teorias, ferramentas e

tecnologias.

Para que as empresas se tornem cada vez mais competitivas é

necessário que as pessoas estejam abertas para adquirir um novo saber.

“Em um ambiente no qual a administração da mudança

inclui a necessidade de administrar surpresas,

freqüentemente, se vêem diante da necessidade de

aprender com seus próprios erros. Essa capacidade de

aprender continuamente tem identificado muitas

empresas como o que se convencionou chamar de

learning organization, organizações de aprendizagem.”

(VERGARA, 2000, P.32)

Para finalizar esse tópico, diante da velocidade que a tecnologia tem se

mostrado e o volume de informações geradas, é necessário um

comportamento contínuo de aprendizado em busca de um comportamento

inovador e empreendedor.

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CONCLUSÃO

Diante de todas as elaborações realizadas pretendeu-se explorar de

que forma as emoções influenciam e impactam nas organizações,

considerando o papel importante da psicologia na saúde do trabalhador.

Buscaram-se informações do tema exposto de grandes teóricos que

puderam contribuir para um tema tão delicado, como as emoções no ambiente

do trabalho. Entretanto as questões emocionais aqui descritas não se

esgotaram.

Investigações e descobertas têm sido constantes dentro do campo da

organização, pois como vimos no decorrer deste trabalho, há uma forte há uma

forte tendência para que a psicologia organizacional desenvolva e progrida em

todo mundo no decorrer do século XXI. À medida que as técnicas e

abordagens ganham aceitação no mais diversos lugares e assim expande as

suas práticas.

Esse trabalho visou definir as emoções organizacionais e quais os

impactos causados no ambiente do trabalho.

A compreensão do campo do estudo do CO trouxe a inclusão do

comportamento individual e dos grupos nos temas sobre a liderança, poder,

estruturas de processos de grupos, aprendizagem, percepção, atitude,

processos de mudanças, conflito e dimensionamento de trabalho e demais

temas. Para tanto, vimos que ela leva em consideração que as pessoas não

são iguais e busca entender sobre a subjetividade humana.

Já no que diz respeito propriamente aos sentimentos, estes abrangem

sensações que as pessoas experimentam, é um conceito vasto que envolve as

emoções e os humores. Podemos entender que existe relativa diferença entre

os humores e as emoções. Os primeiros possuem menos intensidade e as

emoções são sentimentos fortes que podem ser direcionados para alguém ou

alguma coisa.

No contexto de tantas atribuições que o homem moderno possui e

precisa suportar, podem-se acabar confundindo-o com uma máquina de

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produção, fazendo com que ele se torne frio e calculista, por confiar todas as

suas emoções somente no trabalho.

Neste trabalho foi possível fazer uma ligação com outro ponto de

relevância que é quando a doença hospeda-se no corpo. Não há como separar

as emoções do ser humano, pois quando há um desequilíbrio orgânico ou

emocional, o homem sofre na sua totalidade.

Com o passar do tempo a IE foi descoberta e o seu conceito foi

aprimorado. Atualmente entendemos que a IE é a capacidade de expressar

emoções e avaliá-las de forma acurada e também a capacidade de

compreender as emoções e de controlá-las provocando o crescimento

intelectual. E ela pode ser considerada como uma capacidade cognitiva

incluída ao uso das emoções para apoiar na resolução de problemas.

Por fim, com a modernização das empresas o Taylorismo esta cada vez

mais se extinguindo e a estrutura empresarial se tornando a cada dia mais

achatada; reduzindo assim os níveis hierárquicos. Essas novas formas de

organização do trabalho e de produção oferecem um lugar ao campo afetivo no

sentido de que os funcionários devem gostar e amar o seu trabalho.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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profissão em crise no Brasil. Arquivos Brasileiros de Psicologia

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básicos. São Paulo: Atlas, 1999.

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uma abordagem psicossomática. São Paulo: Atlas, 2011.

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emocional. Rio de janeiro: Objetiva, 2001.

PENNA, A.G. e SCHNEIDER, E. Formação e Exercício da Profissão do

Psicólogo. Arq. Brasileiro de Psicologia Aplicada, Rio de Janeiro, FGV

25(1), jan/nov/1973.

PEREIRA, Ana Maria T. Benevides. BURNOUT: quando o trabalho ameaça o

bem-estar do trabalhador. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010.

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Brasil Ltda, 1982.

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administração. Rio de Janeiro: ERCA Editora e Gráfica Ltda., 1992

SPECTOR, Paul E. Psicologia nas Organizações. São Paulo: Saraiva, 2004.

URURAHY, Gilberto; ALBERT, Éric. O cérebro emocional: as emoções e o

estresse cotidiano. Rio de Janeiro: Rocco, 2005.

VERGARA, S. C. Gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 2000.

ZANELLI, José Carlos e BASTOS, Antonio Virgílio Bittencurt. Psicologia,

organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2004.

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BIBLIOGRAFIA CITADA

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL 10

1.1. - Psicologia organizacional 12

1.2. - O papel do psicólogo organizacional 13

CAPÍTULO II

AS EMOÇÕES 17

2.1. - Impactos negativos para as organizações

provocados pelas emoções 22

2.2. - As doenças e o emocional 25

2.3. - Inteligência emocional 28

CAPÍTULO III

OS IMPACTOS DAS EMOÇÕES E AS ORGANIZAÇÕES 30

3.1. - Técnicas Organizacionais 31

3.2. - A evolução histórica da administração e sua

relação com o comportamento organizacional 32

3.2.1. - Abordagem da administração científica 33

3.2.2. - Abordagem das relações humanas e

abordagem humanística da Administração 33

3.2.3. - Abordagem comportamental da organização 34

3.2.4. - Abordagem dos sistemas abertos ou teoria

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do desenvolvimento organizacional 35

3.2.5. - Abordagem das organizações contemporâneas

vista como sistemas de aprendizagem 36

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41

BIBLIOGRAFIA CITADA 43

ÍNDICE 45