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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O Papel do Gestor como Fator Motivador ao Professor do Ensino Fundamental Por: Kátia Verônica Silva Amazonas Barbosa Orientador Prof.ª Mary Sue Carvalho Pereira Rio de Janeiro 2012

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · necessidade de ser amado, querido por outros, de ser aceito por outros. Nós queremos nos sentir necessário a outras pessoas ou

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O Papel do Gestor como Fator Motivador ao Professor do

Ensino Fundamental

Por: Kátia Verônica Silva Amazonas Barbosa

Orientador

Prof.ª Mary Sue Carvalho Pereira

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O Papel do Gestor como Fator Motivador ao Professor do

Ensino Fundamental

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em....

Por: Kátia Verônica Silva Amazonas Barbosa

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AGRADECIMENTOS

Aos amigos e parentes a minha

sogra Elayde por ter cuidado dos

meus filhos durante este período, as

professoras; Alessandra Santos

Garcia Lopes, Kalline da Silva

Nogueira, Marta Cristina Marinho da

Silva, Amanda da Silva Nogueira e

Claudia Lagos de Oliveira da Cruz

que serviram de fonte de pesquisa

para que esse trabalho fosse

realizado.

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DEDICATÓRIA

Ao meu marido Endrygo Amazonas

Barbosa que é o meu maior motivador

e que me incentivou a acreditar que eu

sou capas de ir a lugares muito mais

autos.

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RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo mostra a importância do

gestor escolar na motivação ao professor, por ser ele o principal articulador

na construção de um ambiente de diálogo e de participação propícia para

melhor desenvolvimento do trabalho dos profissionais e conseqüentemente

para o sucesso.

A abordagem retrata a importância do perfil do gestor na formação

de uma equipe participativa e principalmente motivada e de construir um

ambiente que permite o bem estar coletivo. Também analisa como é

importante que o gestor como líder seja audacioso, tenha visão, diálogo e

seja bom ouvinte sempre disposto a buscar novos cominhos, novas

respostas, visando o que há de melhor para a instituição.

Enfim esta pesquisa sobre “o gestor como fator motivador” analisa

os novos desafios da gestão escolar, as características dos gestores e

resultados obtidos.

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METODOLOGIA

Para elaboração do presente trabalho foi realizada uma pesquisa

cientifica, utilizando-se dos seguintes fontes de bibliografias: livro de leitura

corrente, livros de referencia informativos e impressos diversos. Recorreu-se

ao auxilio da internet na busca de informações relacionadas ao tema em

questão.

O processo de produção desta monografia utilizou-se também de

uma pesquisa de campo realizada através de um questionário respondido

por professores de uma escola particular.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - A Motivação 10

CAPÍTULO II - O Professor 18

CAPÍTULO III – O Gestor Escolar 27

CONCLUSÃO 37

QUESTIONÁRIO 39 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42

ÍNDICE 43

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INTRODUÇÃO

O ser humano busca satisfação de seus desejos e motiva-se para

atendê-los (Abraham Maslow, 1954). Maslow classifica essas necessidades

em: fisiológicas, de segurança, sociais, de auto - estima e de auto -

realização. Quando suas necessidades não são atendidas geram tensão, e

na tentativa de diminuir essa tensão, o indivíduo ganha força motivadora

para buscar a realização de suas necessidades.

Dentro da estrutura educacional do ensino fundamental, encontramos

professores que embora busquem atuar de forma ética, estão deixando de

produzir ensino adequado, pois, fatores desmotivacionais como: Salários

incompatíveis com as funções exercidas, falta de material didático

apropriado, trabalhar sem estar devidamente registrado e quantidade de

alunos por sala de aula acima do previsto, são vivenciados no dia-a-dia, no

contexto escolar, e tem interferido no bom desempenho profissional.

Este trabalho discorre sobre o tema: “A Ação Motivacional ao

Professor do Ensino Fundamental”, que foi desenvolvido com o intuito de

mostrar aos diretores administrativos e coordenadores pedagógicos de

instituições educacionais, que um funcionário motivado adequadamente,

produz o seu trabalho sem perder a qualidade no binômio ensino-

aprendizagem. E que o gestor exerce um papel fundamental como

motivador, pois, é ele o responsável por prover os meios para a realização

das atividades didático-pedagógicas corretas.

Avaliar até que ponto a motivação interfere no desempenho do

professor em sala de aula, e propor métodos de motivação para obtenção

de resultados positivos, seguros e estáveis no processo ensino x

aprendizagem são os pilares deste estudo que possui como base de

observação, o quotidiano de um grupo de professores em uma escola do

subúrbio do Rio de Janeiro.

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A motivação pode ajudar o professor desenvolver o seu trabalho em

sala de aula de maneira eficiente e constante. E importante motivar para

obter resultados favoráveis, conhecer os principais fatores que motivam o

professor instrumenta o administrador com a chave do sucesso e identifica

precocemente anormalidades na sala de aula quando o assunto é um

professor desmotivado.

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CAPÍTULO I

A MOTIVAÇÃO

O QUE É MOTIVAÇÃO

Etimologicamente, a palavra motivo vem do latim “movere”,

movimentar aquilo que faz mover, em conseqüência motivar significa

provocar movimento.

A motivação deve necessariamente levar a um estado de satisfação

pelo atendimento do estado de carências latentes. Por exemplo, a carência

de afeto faz com que a pessoa organize seu comportamento de tal forma a

conseguir afeição que lhe falta.

Tão logo essa necessidade for atendida, surge outra que não tenha

sido suprida com a função de reorganizar as ações da pessoa em outra

direção.

“Um motivo é um concretamente – ele não é observável, ‘não existe’

efetivamente, mas é ‘criado’ pela pessoa para explicar a razão ou a necessidade que

ela tem de fazer algo, de agir de uma determinada maneira. A função dos motivos é

explicar aqueles comportamentos que deixam reconhecer a perseguição de um

objetivo, existindo tantos motivos diferentes quanto categorias de relações entre os

indivíduos e o meio ambiente.”(WINTERSTEIN).

Estudos comportamentalistas sobre a motivação dão ênfase no

controle educacional, referindo-se ao tipo de reforço que se dá para uma

pessoa. Oferecer algo interessante como resposta a um comportamento

adequado é capaz de motivar, mantendo inclusive, a freqüência deste

mesmo comportamento.

De outro lado, há contestação sobre o Comportamentalismo,

definindo-o como um método limitador, tendo em vista uma resposta

comportamental que ocorre apenas mediante uma proposta de reforço.

Portanto, defende-se a idéia de estimular o ser humano de forma intrínseca,

ou seja, de dentro para fora. Desta forma, não se cria a limitação imposta

por reforços externos. Motivar para a qualidade, portanto, está na base do

ser humano, na sua essência.

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A TEORIA DE ABRAHAM MASLOW SOBRE MOTIVAÇÃO

Maslow cita o comportamento motivacional, que é explicado pelas

necessidades humanas. Entende-se que a motivação é o resultado dos

estímulos que agem com força sobre os indivíduos, levando-os a ação. Para

que haja ação ou reação é preciso que um estímulo seja implementado, seja

decorrente de coisa externa ou proveniente do próprio organismo. Esta

teoria nos dá idéia de um ciclo, o Ciclo Motivacional.

Quando o ciclo motivacional não se realiza, sobrevém a frustração do

indivíduo que poderá assumir várias atitudes:

a. Comportamento ilógico ou sem normalidade;

b. Agressividade por não poder dar vazão à insatisfação contida;

c. Nervosismo, insônia, distúrbios circulatório-digestivos;

d. Falta de interesse pelas tarefas ou objetivos;

e. Passividade, moral baixo, má vontade, pessimismo, resistência às

modificações, insegurança, não colaboração, etc.

Quando a necessidade não é satisfeita e não sobrevindo as situações

anteriormente mencionadas, não significa que o indivíduo permanecerá

eternamente frustrado. De alguma maneira a necessidade será transferida

ou compensada. Daí percebe-se que a motivação é um estado cíclico e

constante na vida pessoal.

A teoria de Maslow é conhecida como uma das mais importantes teorias

de motivação. Para ele, as necessidades dos seres humanos obedecem a

uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem transpostos. Isto

significa que no momento em que o indivíduo realiza uma necessidade,

surge outra em seu lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem meios

para satisfazê-la. Poucas ou nenhumas pessoas procurarão

reconhecimento pessoal e status se suas necessidades básicas estiverem

insatisfeitas.

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O comportamento humano, neste contexto, foi objeto de análise pelo

próprio Taylor, quando enunciava os princípios da Administração Científica.

A diferença entre Taylor e Maslow é que o primeiro somente enxergou

as necessidades básicas como elemento motivacional, enquanto o segundo

percebeu que o indivíduo não sente, única e exclusivamente necessidade

financeira.

Maslow apresentou uma teoria da motivação, segundo a qual as

necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa

hierarquia de importância e de influência, em cuja base estão às

necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas ou básicas) e no topo,

as necessidades mais elevadas (as necessidades de auto realização). Note-

se, no entanto, que apesar de a teoria ser sempre apresentada através de

uma pirâmide ou escada, o livro original de Maslow: "Motivation and

Personality na sua primeira edição, em 1954 não apresentava nenhuma

destas figuras. A segunda edição, de 1970, continuou apresentando apenas

texto. Assim, didaticamente se utilizam a pirâmide e a escada, apenas, para

ilustrar o modelo do autor, e não porque Maslow o tenha publicado em seu

livro.

Segundo a Teoria de Maslow, as necessidades humanas podem ser

agrupadas em cinco níveis:

Necessidades Fisiológicas:

Estas são as necessidades mais básicas, mais físicas (água, comida,

ar, sexo, etc.). Quando não temos estas necessidades satisfeitas ficamos

mal, com desconforto, irritação, medo, doentes. Estes sentimentos e

emoções nos conduzem à ação na tentativa de diminuí-las ou aliviá-las

rapidamente para estabelecer o nosso equilíbrio interno. Uma vez satisfeitas

estas necessidades nós abandonamos estas preocupações e passamos a

nos preocupar com outras coisas.

Necessidades de Segurança:

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No mundo conturbado em que vivemos procuramos fugir dos perigos,

buscamos por abrigo, segurança, proteção, estabilidade e continuidade. A

busca da religião, de uma crença deve ser colocada neste nível da

hierarquia.

Necessidades Sociais:

O ser humano precisa amar e pertencer. O ser humano tem a

necessidade de ser amado, querido por outros, de ser aceito por outros. Nós

queremos nos sentir necessário a outras pessoas ou grupos de pessoas.

Esse agrupamento de pessoas pode ser a antiga tribo, ou a tribo

(grupo) atual, no seu local de trabalho, na sua igreja, na sua família, no seu

clube ou na sua torcida. Todos estes agrupamentos fazem com que

tenhamos a sensação de pertencer a um grupo, ou a uma "tribo". Política,

religião e torcida são as tribos moderna.

Necessidades de status e estima:

O ser humano busca ser competente, alcançar objetivos, obter

aprovação e ganhar reconhecimento. Há dois tipos de estima: a auto-estima

e a hetero-estima. A auto-estima é derivada da proficiência e competência

em ser a pessoa que se é, é gostar de si, é acreditar em si e dar valor a si

próprio. Já a hetero-estima é o reconhecimento e a atenção que se recebe

das outras pessoas.

Necessidades de auto-realização:

O ser humano busca a sua realização como pessoa, a demonstração

prática da realização permitida e alavancada pelo seu potencial único. O ser

humano pode buscar conhecimento, experiências estéticas e metafísicas,

ou mesmo a busca de Deus.

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Abaixo apresentamos a representação gráfica da Hierarquia das

necessidades de Maslow:

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A MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA

É aquela que vem de dentro do próprio empregado. Ele tem uma

paixão que o leva a partir de dentro e ele funciona porque ele está

realmente interessado no trabalho.

Segundo "Bergamini (1977), é uma força que se encontra no interior

de cada pessoa e que pode estar ligada a um desejo. Esta força é vista

como um impulso que leva os seres vivos à ação. E esses impulsos são

considerados como os representantes de determinadas formas de

comportamento, por meio das quais os seres vivos procuram restabelecer o

equilíbrio. Esse equilíbrio nunca é alcançado; e a satisfação nunca é plena,

pois é exatamente o desequilíbrio orgânico e/ou psicológico que impulsiona

o ser humano à buscar daquilo que seja capaz de saciaras carências

vigentes, naquele dado momento.Quanto maior for o estado de carência,

maior será a motivação vigente, fazendo assim com que a necessidade seja

sinônimo de motivação. O não atendimento destas necessidades ameaça a

integridade física e psicológica do indivíduo, há uma quebra no equilíbrio

tático do organismo (Lessa, 1999).

A satisfação de uma necessidade não paralisa a ação do ser

humano; pelo contrário, o próprio fato de satisfazer a uma necessidade faz

com que outra venha à tona, disparando assim, nova conduta de busca

rumo ao novo objetivo motivacional. Levando em conta este

desencadeamento, toda e qualquer generalização sobre tipos de objetivos

motivacionais que sejam mais freqüentemente perseguidos pela maioria dos

indivíduos parece ingênua e inadequada. Cada uma das pessoas a quem se

pretende oferecer objetivos de satisfação motivacional poderá ser portadora

de diferentes estados de carências internas (Bergamini, 1997). Os

etnologistas reformularam a maneira habitual de ver o comportamento

motivacional, abrindo as portas para a reflexão da individualidade do ser

humano.

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A MOTIVAÇÃO EXTRÍNSECA

É a motivação que vem de fatores externos – como a promoção,

dinheiro, etc.

Enquanto um trabalhador não pode encontrar a tarefa particularmente

gratificante, ele está mais interessado em que a tarefa trará para ele no final

do dia. Enquanto ambos são importantes no local de trabalho, a motivação

extrínseca é o que leva principalmente os funcionários para executar a

tarefa que lhes foi confiada. Alguns são motivados pelo bônus, outros são

motivados pela valorização que irá receber e para alguns isso pode ser

simplesmente a motivação de voltar para casa mais cedo.

Vários teóricos se dedicaram ao estudo da motivação extrínseca,

porém foram os comportamentalistas que desenvolveram um estudo mais

apurado sobre esse tema, defendendo a teoria de que qualquer

comportamento pode ser modificado por meio das técnicas de

condicionamento (Bergamini, 1997). Em relação à questão dos motivos,

para os Behavioristas, motivação, por exemplo, é sinônimo de

condicionamento.

Dois são os conceitos chaves na compreensão do comportamento

humano dentro da escola Behaviorista (Davis & Newstron, 1992). O primeiro

é o estímulo definido como qualquer modificação que venha ocorrer com

uma ou mais variáveis do meio ambiente. O segundo é o de resposta

entendida como reação comportamental do sujeito submetido aos estímulos

inexistentes no meio ambiente (Iman, 1996). Entendido dentro do referencial

Behaviorista, o homem pode não apresentar nenhuma resposta

comportamental caso não seja estimulado a isso por meio de uma variável

que esteja fora dele.

Todo seu comportamento foi aprendido por condicionamentos

induzidos por fatores extrínsecos à sua personalidade (Bergamini, 1997).

Assim, cada pessoa nada mais é do que a resultante de tudo aquilo que lhe

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foi ensinado, em termos do processo de ligação entre os estímulos que

sofrem as reações que emitem para adaptar- se às variáveis ambientais que

foi submetido (Coda, 1905). Partindo do pressuposto comportamentalista de

que o comportamento humano possa ser planejado, modelado ou mudado

por meio da utilização adequada dos vários tipos de recompensas ou

punições disponíveis no meio ambiente, podemos entender que motivação

extrínseca seria este estímulo externo, positivo que busca uma resposta

também positiva, através da modificação de um comportamento inadequado

(Davis e Newstron, 1992; Fischlowitz, 1970; Fleury e Fischer, 1989).

Segundo Bergamini (1997), em termos de comportamento organizacional,

alguns estudos da linha comportamentalista propõem que o interesse dos

funcionários pelas recompensas externas tem grande poder para determinar

um desempenho satisfatório, como por exemplo, bônus salarial,

financiamento de entretenimentos, melhorias na estrutura física da empresa.

Constituem o contexto do cargo (Bergamini, 1997):

• Condições de trabalho e conforto;

• Políticas da organização e administração;

• Relações com o supervisor;

• Competência técnica do supervisor;

• Salários;

• Segurança no cargo;

• Relações com colegas

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CAPÍTULO II

O PROFESSOR

O QUE É SER PROFESOR

Desvendar a figura do professor vai alem das instancias

institucionais. É preciso uma retomada da função social e educacional do

mesmo. Existia um profissional que constituía-se, acadêmica e

culturalmente, num técnico para transmitir informações aos seus alunos.

Hoje o profissional docente tornou-se um mediador na construção do

conhecimento e conseqüentemente, tem que assumir novos papéis e

responsabilidade no exercício de sua profissão.

Esse individuo professor, não distante das influências familiares e

sociais carregados por toda uma vida, resgate, indubitavelmente, o concreto

dos espaços por ele próprio vivenciado ser educador revela o ser humano

em todos as suas construções e ações, configurando seus saberes.

Antunes (2007, p.32) salienta

O educador em qualquer instância ou representação de ensino

formal representa um ser humano ímpar em subjetividades, inter-

relações e construções de saberes. Sempre em desenvolvimento,

compõe em si valores, hábitos, concepções e ações educativas que

o identificam como tal.

Mesmo sem perceber conscientemente cada professor vai, na sua

trajetória, internalizando conceitos e atitudes que mais tarde revelar-se-ão

em sua práxis docente. Todas as aprendizagens que irá edificar seu ofício

de professor serão o resultado das relações educativas, ou ainda, nos

ambientes culturais, o construirão. Nóvoa (1999, p.16), afirma que “A

natureza do saber pedagógico e a relação dos professores ao saber

constituem um capítulo central na história da profissão docente”.

Todavia, é preciso constituir-se autônomo em sua trajetória, para que a

sua docência também seja portadora de identidade pessoal. Ou suja, é

necessário ter em mente uma perspectiva subjetiva, que o torne ímpar em

suas ações pedagógicas e um constante aprendiz em seus saberes.

Contudo, sem deixar de perceber qual seu verdadeiro papel social, quem

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realmente frente às realizações sociais e qual sua contribuição no dia a dia

do educando.

O PERFIL DO PROFESSOR MOTIVADO Sabendo que o homem é um ser auto-realizador por natureza

conseguinte, em aprendizagem e crescimento contínuos, o professor deve

motivar-se a si mesmo para se conectar com esse crescimento permanente

e facilitar sua aceitação em classe por parte de seus alunos. A empatia e a

aceitação mútua devem formar a base de uma relação aberta, tolerante e

compreensiva entre professor e alunos.

Os sentimentos e emoções são próprios de cada pessoa, e

correspondem ao grau de desenvolvimento individual e ao meio em que

cada um foi criado e ao ambiente em que vive. Parte do trabalho para a

consecução de relações efetivas em sala de aula consiste em aceitar essa

realidade sem juízos limitantes, frustrações, irritação, medos,

ressentimentos, culpa, etc. A relação professor/aluno deve, e pode ser uma

relação de colaboração e apoio mútuo para o desenvolvimento de cada um.

Precisa basear-se no respeito, dignidade, integridade, capacidade, abertura,

amor, compaixão.

A baixa auto-estima do professor interfere no comportamento dos

alunos.O professor com segurança, auto-conceito, integração, motivação e

competência,não tem, em geral, problemas de disciplina. Voli (1998, p.147)

afirma que “a projeção que o professor envia de si mesmo à classe é

recebida por seus alunos, que por sua vez vão se sentindo seguros,

reforçados em seu próprio auto-conceito, partes integrantes do grupo,

motivados a aprender e conscientes de sua capacidade de fazê-lo. Sua

projeção motiva seus alunos a entrar por si mesmos em uma situação de

auto-estima e, portanto, de autodisciplina, auto-responsabilidade e auto-

realização”. Responsabilizar-se pelas atitudes é um fator determinante da

disciplina, assim como se conscientizar do próprio valor e importância dos

demais componentes do grupo.

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O PERFIL DO PROFESSOR DESMOTIVADO

A desmotivação é um belo breque no nosso dia a dia. Algo não

dá certo, uma expectativa é quebrada, um sonho não alcançado, ou,

simplesmente, um dia em que você não acordou bem, são elementos que

podem trazer a desmotivação para o seu cotidiano.

A falta de muitas coisas que desejamos ou esperamos é o que torna

a desmotivação um prato cheio para entravar ainda mais nossa vida. O

professor desmotivado é pessimista, preguiçoso e não está pronto para

nada. Não vê resultados em suas ações e se sente desvalorizado. Até na

execução de uma tarefa mais simples vê empecilhos e, o principal, é que

tem certeza de que qualquer esforço o levará a lugar algum. Inadequação

ou falta de recompensas, reconhecimentos, elogios e falta de amor pela vida

e pelo que faz trazem a qualquer um a desmotivação. A própria palavra DES

+ MOTIVAÇÃO já se explica por si só. Quem está nesta condição não tem

MOTIVO para levar adiante determinada ação. Nossa vida é permeada por

alegrias, desejos, satisfações, frustrações e tristezas. Que pode

desencadear a desmotivação é a prevalência de sentimentos negativos

sobre os positivos. É também um sintoma de transtornos mentais como a

depressão e a melancolia, que provocam um rebaixamento da energia.

FATORES QUE MOTIVAM

Relacional: (Respeito ao profissional, elogios e reconhecimento,

agradecimento por algo feito, autonomia para desenvolver suas próprias

aulas.

Financeiro: (Bom salário e em dia, plano de saúde, investimento na

qualificação de seus professores);

Estrutural: (Qualidade da sala de aula, material pedagógico disponível

para uso).

Trate o professor com respeito. Dê a ele a devida consideração por

seu trabalho. Escute suas ponderações e depois, educadamente, apresente

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suas dúvidas e questionamentos. Elogie as iniciativas bem sucedidas, isso

pode estimular esses profissionais da educação a melhorarem ainda mais

suas práticas de ensino. A educação e os seus trabalhadores agradecem

essa compreensão e se comprometem a fazer sempre o melhor pelos

estudantes e também em prol do país...

FATORES QUE DESMOTIVAM

Relacional - Desrespeito empregador x empregado;

Financeiro - Baixo salário, Falta de Registro Empregatício, Atraso

do salário não justificado;

Estrutural - Salas precárias, números excessivo de alunos em sala de

aula.

Segundo Cagliari ( 1989, 13 ), " O mal da educação é que ela pode

funcionar mal, para muitos interessa apenas que ela esteja no ar, não

importando qual seja o programa", portanto, apenas construir salas de aulas

e equipa-las, não adianta, o principal ponto tem que ser o investimento na

formação e na valorização do professor, sem estes dois requisitos não

existirá mudança nunca. Infelizmente, essa situação em que o professor

se encontra hoje, reflete-se na sala de aula, de forma negativa, visto que

sua auto-estima também é negativa, pois é totalmente desvalorizado pela

sociedade, mas, ao mesmo tempo, essa mesma sociedade cobra que ele

seja o dono do saber.

O PROFESSOR A AUTO-ESTMA E A AUTO-IMAGEM

O espaço escolar é um ambiente de representações sociais, lugar

para o estabelecimento de interações entre as pessoas, mais, acima tudo,

constitui-se em um marco de relações sociais e suas trocas afetivas e

cognitivas, com importantes e decisivas transformações pessoais. Essas

relações de inter-pessoalidades são constituídas nas e pelas interações

compartilhadas no cotidiano.

Vygostsky (1989) afirma que cada sujeito não é apenas ativo, mas

interativo construindo conhecimentos a partir de relações entra e

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interpessoais. É na troca com os outros e na entra pessoalidade, que

internalizamos informações, papeis funções sociais. Trata-se de um

processo do nível social via relações intrapessoais.

O início das relações interpessoais ocorre no ambiente familiar e se

prolonga ao longo da vida, desde a infância e as primeiras aprendizagens

escolares. Nos diferentes espaços de desenvolvimento humano

caracterizados pela família, escola e sociedade, as relações são ampliadas

e modificadas. Ao considerar a infância destes diferentes contextos para

estabelecimento de novas relações interpessoais, pode-se dizer que os

processos de intercâmbios sociais, e familiares anteriores podem funcionar

de diferentes formas tanto como inibidores e como facilitadores no processo

de desenvolvimento afetivo-intelectual.

Neste amplo aspecto de construções pessoais em desenvolvimento

humano, estão a Auto-Estima e a Auto-Imagem correlacionadas. Contudo, a

dimensão afetiva, configuradas pelas emoções e sentimentos oculta uma

ligação particular com as vivências do individuo. Dessa maneira a dimensão

afetiva não é geneticamente determinada, pois a pessoa não nasce com a

auto-estima e a auto-imagem formadas, estas são constituídas em

interações que o ser humano estabelece com o meio apresentando

variações perante acontecimentos fisiológicos ou psíquicos, diz Bernardi

(2006).

Nesse sentido, da amplitude o processo de construção pessoal,

procura-se especificar o caminho de edificação da própria imagem, que,

durante o desenvolvimento integral do ser humano, aponta ao próprio

crescimento, por onde a pessoa precisa internalizar determinadas

construções as quais constituirão, a partir de experiências sociais, suas

imagens corporais. Nisso Mosquera (1987, p.52) salienta que “O

desenvolvimento da auto-imagem acontece através de um processo

continuo que está determinado pela vida individual e que se estrutura na

ação social”.

Sob o ponto de vista educacional a existência de um auto-conceito, está

associada à apresentação que o professor tem de si mesmo como aprendiz

e como ensinante, como individuo instituído de capacidade e habilidades

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disponíveis para enfrentar os desafios do cotidiano e da profissão.

Mosquera (1987, P.53) revela que “A importância da auto-estima e da auto-

imagem decorre efetivamente, das possibilidades qualitativas da experiência

e da construção de mundos ideológicos, que dão sentido a personalidade

humana, nas diferentes etapas da vida”.

A maneira como o professor percebe o acontecimento em si mesmo, a

crença de sua competência profissional, pessoal e interpessoal permite um

autoconhecimento. Se o docente possuir um bom nível de

autoconhecimento, torna-s capaz de identificar os seus pensamentos,

atitudes, expectativas e atribuições, tentando orientar o seu funcionamento

no sentido de um maior bem estar e realização profissional.

O PAPEL DO GESTOR ESCOLAR NA MOTIVAÇÃO AO PROFESSOR

São muitos os desafios encontrados todos os dias na jornada de

trabalho do Gestor Escolar. Este profissional infelizmente ainda perde muito

do seu tempo com questões burocráticas que muitas vezes não é de sua

alçada e/ou servindo de “tampa buraco” e muitas vezes vai para casa com

sensação de fracasso. Mas com todas essas dificuldades não devemos

deixar a “peteca cair” e seguir em frente conscientes do nosso papel como

profissionais responsáveis.

Um Gestor Escolar atuante precisa ir além do conhecimento teórico,

pois, para acompanhar o trabalho pedagógico e estimular os professores é

preciso percepção e sensibilidade para identificar as necessidades dos

alunos e professores, tendo que se manter sempre atualizado buscando

fontes de informação e refletindo sobre sua prática como nos fala NÓVOA

(2001), “a experiência não é nem formadora nem produtora. É a reflexão

sobre a experiência que pode provocar a produção saber e a fomação”.

Partindo deste pensamento ainda se faz necessário destacar que o trabalho

deve acontecer com a colaboração de todos, assim o gestor deve estar

preparado para mudanças e sempre pronto a motivar sua equipe.

É comum encontrar professores desistimulados reclamando sobre

as dificuldades como “alunos que não querem nada”, sobrecarga, falta de

condições de trabalho, enfim, são diversos os fatores que levam esses

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profissionais a se sentirem desmotivado.Daí se faz necessário um Gestor

que possa estar pronto para ouvir e buscar formas de facilitar o trabalho

destes profissionais.

Esses níveis de atuação demandam uma competência relacional e

um clima psicológico facilitador para que as relações interpessoais possam

ser favorecidas. A quallidade das relações interpessoais é destacada por

Almeida (2003, p. 78) que afirma:

“ o trato satisfatório com os relacionamentos interpessoias é

concição para o desempenho de suas atividades, dado que

sua função primeira é a de articular o grupo de professores

para elaborar o PPP da escola [...] Na verdade, relações

interpessoaiss confortáveis são recursos que o coordenador

usa para que os objetivos que do projeto sejam alcançados

[...] As habilidades de relacionamento interpessoal, o olhar

atento, o ouvir ativo, o falar autêntico podem ser

desenvolvidos e, nesse exercício, o profissional vai fazendo

uma revisão de suas condições de escola, professor e

aluno.

A questão do relacinamento entre Gestor e professor é um fator

crucial para uma gestão democrática, para que isso aconteça com

estratégias bem formuladas o Gestor não pode perder seu foco, este precisa

estar atento ao cenário que se apresenta a sua volta valorizando e

estimulando os profissionais da sua equipe fazendo com que estes reflitam

sobre suas práticas para que assim possam superar juntos os obstáculos e

aperfeiçoar o processo de ensino e aprendizagem.

Como já foi mencionado existem duas vertentes sobre motivação a

intrinseca e a extrínseca. Esta última que esta ao alcance do Gestor Escolar

está relacionada a estímulos externos como elogiar, parabenizar, valorizar,

dar suporte pedagógico, incentivar, tudo isso são ações que podem fazer

com que sua equipe se sinta mais motivada a desenvolver um trabalho de

qualidade refletindo na aprendizagem dos alunos que com certeza serão

frutos dessa motivação.

Para LUCK (2002 p. 46) a motivação é a chave que abre a porta

para o desempenho com qualidade em qualquer situação, tanto no trabalho

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como em atividades de lazer e também em atividades pessoais e sociais.

Ainda segundo a autora esta valorização é uma tarefa que demanda

percepão observação e comunicação para conseguir enxergar no outro sua

essência enquanto ser humano, não se balizando somente nas

competências que o professor apresenta.

No entanto, o Gestor Escolar precisa ver o professor como uma

pessoa completa, com defeito e qualidade. Além disso, expressar aquilo que

se valoriza é altamente eficaz no sentido de estimular o educador a

progredir e envolver-se constantemente com as questões educacionais.

Nesse sentido, o Gestor Escolar como parceiro do professor deve atender

as necessidades e anseios da sua equipe escolar de forma que tudo isso

resulte em motivação com o fim de uma aprendizagem prazerosa e de

qualidade.

A MOTIVAÇÃO DO PROFESSOR E A APRENDIZAGEM

A aprendizagem é resultante do desenvolvimento de aptidões e de

conhecimentos, bem como das transferências desses para novas situações.

A aprendizagem está envolvida em múltiplos fatores, que se implicam

mutuamente e que embora possamos analisá-los separadamente, fazem

parte de um todo. A motivação é um destes fatores que, uma vez

despertada no ambiente escolar traz incontáveis benefícios para que a

aprendizagem aconteça de forma mais prazerosa, interessante tanto para o

professor como para o aluno.

Uma das grandes virtudes da motivação é melhorar a atenção e a

concentração, nessa perspectiva pode-se dizer que a motivação é a forma

que move o sujeito a realizar atividades. Ao sentir-se motivado o indivíduo

tem vontade de fazer alguma coisa e se tornar capaz de manter o esforço

necessário durante o tempo necessário para atingir o objetivo proposto.

Bock (1999, p. 121) afirma que a preocupação do ensino tem sido a de criar

condições tais, que o aluno “fique a fim” de aprender.

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Partindo desse contexto percebe-se que a motivação deve ser

considerada pelos professores de forma cuidadosa, procurando mobilizar

capacidades e potencialidades dos alunos a este nível.

Torna-se tarefa primordial do professor identificar e aproveitar aquilo

que atrai o aluno, aquilo que ele gosta, como modo de privilegiar seus

interesses. Bock (1999) ainda ressalta que motivar passa a ser, também, um

trabalho de atrair, encantar, prender a atenção, seduzir o aluno, utilizando o

que o aluno gosta de fazer como forma de engajá-lo no ensino.

O professor exerce o papel de mediador entre o universo social e o

particular do aluno. Para tanto, deve possuir qualidades como: compreensão

da realidade para a qual trabalha comprometimento, competência no campo

teórico de conhecimento em que atua e competência técnica profissional.

Porém, tudo isso não adianta se o professor não se sentir motivado a

colocar todo seu conhecimento em prática.

Diante disso surge uma indagação, como poderá o professor motivar

se o próprio não se sentir motivado?

LÜCK (2002, p. 28) salienta que: “o professor é a figura central na formação dos educandos. É ele quem forma no aluno o gosto ou o desgosto pela escola, a motivação ou não pelos estudos; o entendimento da significância ou insignificância das áreas e objetos de estudo; a percepção de sua capacidade de aprender, de seu valor como pessoa...”.

Dessa forma, volta-se a destacar a importância do Gestor Escolar

nesse processo, pois é dele o papel de fazer com que o professor sinta-se

estimulado através de uma valorização, não estamos aqui falando de

valorização salarial, mas de uma valorização que poderá de certa forma

resgatar a motivação destes profissionais afinal quem não gosta de ser

elogiado, receber atenção e ser ouvido, tudo isso faz com que se sintam

importantes daí então estimulados a fazer sempre mais, tendo a certeza que

seu trabalho está sendo reconhecido.

O Gestor que tinha antes como principal função controlar, fiscalizar

o trabalho dos professores, deve hoje ser visto como aliado do professor no

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sentido de contribuir na construção de um trabalho pedagógico de

qualidade. Sendo assim, este deve acompanhar o trabalho do professor o

acolhendo em suas dificuldades, fazendo críticas construtivas,

comprometendo-se com a busca de melhores condições de trabalho na

escola. Agindo dessa forma poderá fazer com que seus professores se

sintam mais seguro, capazes, valorizados e motivados a realizar atividades

diversificadas, interessantes, aulas prazerosas capazes de chamar a

atenção dos alunos fazendo com que aprendam com facilidade.

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CAPÍTULO III

O GESTOR ESCOLAR

CONCEPÇÕES DE GESTÃO SCOLAR

Segundo Libâneo (2004) as principais características de cada

concepção de organização e gestão escolar assumem diferentes

modalidades, conforme a concepção que se tenha das finalidades sociais e

políticas da educação em relação à sociedade e a formação de alunos.

Nesse sentido, vamos conhecer as categorias de gestão: concepção técnica

– cientifica na qual prevalece à visão burocrática e tecnicista da escola, em

que a direção é centralizada em uma pessoa, aonde a decisão vem de cima

para baixo, bastando cumprir um plano previamente elaborado, sem a

participação dos professores, especialistas, alunos e funcionários.

As escolas que operam com esse modelo dão muito peso a estrutura

organizacional, organograma de cargos e funções, hierarquia de funções,

normas e regulamentos, centralização das decisões, baixo grau de

participação das pessoas, planos de ações feitos de cima para baixo. A

versão mais conservadora dessa concepção é denominada de

administração clássica ou burocrática.

Outra categoria é a sócio- crítica, na qual a organização escolar é

concebida como um sistema que agrega pessoas, considerando o caráter

intencional de suas ações e as interações sociais que estabelecem entre si

e com o contexto sócio- político, nas formas democráticas de tomadas de

decisões. A concepção autogestionária baseia-se na responsabilidade

coletiva, na ausência de direção centralizada na acentuação da participação

direta e por igual de todos os membros da instituição. Na organização

escolar, em contraposição aos elementos instituídos normas, regulamentos,

procedimentos já definidos.

A concepção interpretativa considera como elementos prioritários

na análise dos processos de organização e gestão os significados

subjetivos, a intenções e a interação das pessoas. Opondo-se fortemente a

concepção técnico-científico, por sua rigidez normativa e por considerar as

organizações como realidades objetivas, o enfoque interpretativo considera

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as práticas organizativas como uma construção social com base nas

experiências subjetivas e nas interações sociais.

Quanto à concepção democrático-participativa a base está na

relação orgânica entre direção e a participação dos membros de equipe.

Acentua a importância da busca de objetivos comuns assumidos por todos.

Defende uma forma coletiva de tomada de decisões. Entretanto uma vez

tomada às decisões coletivamente, advoga que cada membro da equipe

assuma sua parte no trabalho, admitindo a coordenação e a avaliação

sistemática das deliberações estabelecidas.

Essas concepções possibilitam a análise da estrutura e da

dinâmica organizativas de uma escola. A forma de organização e de gestão

adotada pela equipe de trabalho ou pela direção pode ser por uma

concepção progressista, mas na prática o modelo mais reproduzido é do

tipo burocrático.

A escola é considerada como organização viva, tendo por

característica principal as redes de relações onde a sua gestão demanda

um novo enfoque organizacional. E é nessa perspectiva que a gestão

escolar pode contribuir valorizando a formação de lideranças, motivação,

desenvolvimento de novos conhecimentos, habilidades e atitudes

fundamentadas em concepções e não mais em modelos.

O gestor escolar deve se conscientizar de que ele, sozinho, não

pode administrar todos os problemas da escola. A descentralização é o

caminho, isto é, o compartilhamento de responsabilidades com alunos, pais,

professores e funcionários. O que se chama de gestão democrática se

refere aos envolvidos no processo participativo quanto às decisões. Depois

de tomada, tratam-se as decisões coletivamente, participativamente, sendo

necessário colocá-las em práticas. Para isso, a escola deve estar bem

coordenada e administrada. Não se quer dizer com isso que o sucesso da

escola reside unicamente na pessoa do gestor ou em uma estrutura

administrativa autocrática na qual ele centraliza todas as decisões.

Ao contrário, tratar-se de entender o papel do gestor como líder

cooperativo, o de alguém que consegue aglutinar as aspirações, os desejos,

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as expectativas da comunidade escolar e articular a adesão e a participação

de todos os segmentos da escola na gestão em um projeto comum.

O diretor não pode prender-se somente às questões administrativas.

Como dirigente, lhe compete uma visão em conjunto e que a sua atuação

apreenda a escola em seus aspectos pedagógicos, administrativos,

financeiros e culturais dentro da realidade local na qual está inserida.

O conceito de gestão democrática está ligado à democratização das

relações de poder e decisão os quais implicam na superação das relações

hierárquicas que se estabelecem no cotidiano escolar e do sistema pela

consolidação de um processo coletivo de tomada de decisões com

participação direta.

A PARTICIPAÇÃO DO GESTOR NA CONTRIBUIÇÃO DA MOTIVAÇÃO

Para que o trabalho do professor seja estimado, e tenha bases

sólidas, o docente necessita trabalhar em conjunto com os demais

integrantes da comunidade escolar. Visando propor uma alternativa de

colaboração em relação à atuação do gestor escolar, numa tentativa de

contribuir para uma reflexão de gestão pedagógica inovadora, numa

dinâmica que objetive um bom relacionamento entre professores, alunos e

toda comunidade escolar.

Atualmente, não se fala mais em administração da escola e sim em

gestão. Nessa perspectiva, a direção da escola deve passar a ser um

trabalho de equipe, com ampla participação de todos os segmentos da

unidade de ensino, e também da comunidade. Independentemente da

terminologia usada, o que importa é a atuação do gestor.

A administração pedagógica da escola juntamente com o conselho

escolar, enquanto gestão democrática possuem papel fundamental na

motivação dos envolvidos neste trabalho. Buscando através de atividades

participativas, oferecer instrumentos de suporte pedagógico e tecnológicos,

afim de incentivar o trabalho docente, valorizando este profissional e

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consequentemente fazer a diferença no processo ensino-aprendizagem de

nossos alunos.

Por melhores que sejam a infra-estruturar, o material pedagógico e a

equipe de apoio da sua escola, o verdadeiro coração do serviço que você

oferece são os professores. Com maus professores, nem a mais equipada

de todas as escolas consegue ir longe. E professor bom é professor bem

preparado, que apresenta resultados, que ama o que faz e está sempre

atrás de novidades e de formas para melhorar sua prática.

Mas, para fazer tudo isso, é essencial que ele sinta prazer e vontade

de trabalhar. Em outras palavras, professor bom é professor motivado.

Motivação nunca é demais: mesmo a melhor das equipes vai

agradecer se você, gestor, decidir dar uma “alavancada” na empolgação e

no ânimo do pessoal.

Conheça a fundo as pessoas que fazem a sua escola existir,

relacione-se verdadeiramente com cada uma delas, e elas sempre darão o

seu melhor pelo bem da instituição. “Em nossa caminhada como gestores,

encontraremos pessoas agradecidas por um toque, por uma informação, por

uma palavra amiga, por um minuto perdido, por um estímulo dado em um

olhar, por alguém ter se importado com elas e ter feito a diferença em sua

vida” — Douglas Menslin, Gestão Escolar Para Quem É, Está ou Será

Gestor (Educação Adventista).

No livro A Gestão da Escola (Artmed), Pedro Farias Borge escreve

que “O Gestor precisa ter o professor como parceiro privilegiado e batalhar

diariamente para que esse parceiro tenha as melhores condições de

trabalho”. A boa organização aumenta a eficiência e garante estrutura. Uma

escola limpa, bonita e organizada tem um clima melhor e até atrai mais

alunos.

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COMO MOTIVAR OS FUNCIONÁRIOS EXTRINSECAMENTE

Existem três maneiras principais que você pode fornecer a motivação

extrínseca a um empregado. A primeira é a promessa de recompensas.

E ele não tem que ser sempre sobre o dinheiro, também. Alguns

funcionários da fome de louvor e agradecimento também. Você pode

oferecer uma variedade de recompensas para seus funcionários – além dos

incentivos, você poderia oferecer viagens gratuitas, vales de refeição para a

família em restaurantes caros, ou bilhetes de cinema. As outras duas formas

estão oferecendo possibilidade de crescimento e reconhecimento. Ambos

são ótimas maneiras de incendiar um empregado para um melhor trabalho.

Com o reconhecimento, você satisfazer a necessidade dos

trabalhadores para a popularidade e fama, e com oportunidades de

crescimento que atendem a sua raia ambiciosa.

Sabe-se que sempre existe um motivo ou vários motivos, que levam a

pessoa a executar e a manter uma ação em direção a um objetivo, uma

meta. Mas para que isso aconteça o indivíduo precisa ter um

objetivo de vida e traçar planos de ação para buscar a meta desejada. E

quando tem essa motivação, ele realiza essa tarefa com prazer e satisfação:

esse motivo recebe o nome de motivo de realização. Não se pode esquecer-

se da relação pessoa e meio, que será decisiva nas ações humanas, pois se

sabe que cada indivíduo pode motivar-se por si só (intrinsecamente), porém

na maioria das vezes são os fatores externos (estímulos) que desencadeiam

a motivação. (KOBAL, 1996).

IMPORTÂNCIA DE SE MOTIVAR PARA SE OBTER RESULTADOS

De acordo com entrevista cedida por Steve Straus verificamos alguns

apontamentos para obtenção de resultados:

Por Steve Strauss

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P: Steve sou administrador de rede de uma pequena empresa de transporte por

caminhões. O problema que enfrento é que muitas pessoas da equipe da empresa

contentam-se em fazer o trabalho e ir embora. Nossa empresa está crescendo e a

equipe não parece disposta a tentar novas idéias. O que posso fazer?

Benjamin, Nebraska.

R: Embora John Gray afirme que “os homens são de Marte e as mulheres

são de Vênus”, eu acho que ele está errado. Eu digo que empregadores são

de Marte e funcionários são de Vênus. Somos espécies diferentes. As

diferenças entre os dois aparecem com mais nitidez quando se trata de

motivação. Na verdade, as coisas que motivam proprietários e gerentes são

diferentes das que motivam funcionários e equipes. Pense nisto.

Portanto, isso significa que é impossível motivar funcionários e

conseguir que eles tomem a iniciativa? De jeito nenhum.

É claro que o dinheiro sempre motiva as pessoas. Mas nem preciso

dizer isso para os leitores que freqüentam o Centro de pequenas empresas

da Microsoft. Vocês já sabem disso. Em vez disso, quero focar outras

motivações. A chave é entender a mente dos funcionários e usá-la a seu

favor. Portanto, a primeira coisa a fazer é perceber que a solução não será a

mesma para todos. Funcionários diferentes têm personalidades,

habilidades, objetivos e necessidades diferentes. O seu trabalho e descobrir

o que funciona para cada um e explorar isso. Sim, isso vai consumir tempo

e não é necessariamente fácil, mas funciona.

Aqui estão as minhas cinco melhores maneiras (sem dinheiro) de

motivar funcionários:

1. Ofereça treinamentos

Uma coisa que os funcionários querem, especialmente os mais

novos, é a capacidade de melhorar ou acrescentar habilidades. Oferecer

treinamento como bônus por um trabalho bem feito é bom para os dois

lados.

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- Deixa os funcionários felizes porque eles melhoram o seu currículo.

- Você também fica feliz porque eles podem oferecer mais habilidades para

a sua empresa.

O tipo de treinamento que você pode oferecer depende do tipo de

empresa que você tem, mas treinamentos em computação e softwares ou

cursos de tecnologia estão entre os mais desejados pelos jovens

funcionários atualmente. Funcionários mais velhos gostam de aulas de

tecnologia também, juntamente com cursos de planejamento financeiro.

Você pode oferecer treinamentos internos ou enviar seus funcionários

para centros de cursos externos. Ou você pode oferecer treinamentos por

vídeo ou pela internet. O que importa é que você vincule o treinamento ao

desempenho em algum trabalho. Acredito de verdade que é mais fácil

conseguir resultados com gentileza e motivação do que com agressividade e

castigos.

2. Peixe

Toda empresa tem uma cultura. Algumas, por planejamento, a

maioria, naturalmente. Geralmente, a cultura baseia-se na personalidade e

nos valores do dono e dos administradores. Qual é a sua cultura? Se não for

inspirar a motivação – ou se não for agradável e composta por trabalho

duro, diversão e pessoas dedicadas – você tem trabalho a fazer.

Três autores – Stephen C. Lundin, Harry Paul e John Christensen –

escreveram um excelente livro chamado “Peixe!”, que explica como

transformar um local de trabalho desanimador (e a cultura empresarial por

trás dele) em uma casa de força produtiva e divertida. Como eles

escreveram, “as pessoas querem muito levar sua personalidade apaixonada

e autêntica para o trabalho. Infelizmente, os seus trabalhos não deixam”. O

livro explica que, concedendo mais liberdade às pessoas para expressarem

sua alegria e seus talentos no trabalho, elas ficarão mais motivadas e a

cultura da empresa poderá ser transformada.

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3. Reconhecimento

O reconhecimento positivo é um dos mais poderosos fatores de

motivação no trabalho. A valorização sincera de um trabalho bem feito vai

longe. Recompensas criativas, como vale-presentes, uma tarde de folga,

uma vaga especial no estacionamento, uma massagem, uma partida de

golfe, um novo título ou uma menção no informativo da empresa são apenas

algumas formas de recompensar os funcionários.

4. Políticas criativas

Diversas políticas criativas podem ser usadas para guiar as pessoas

na direção certa: Horário flexível, trabalho em casa ou divisão de tarefas, por

exemplo.

5. Ouça e aja

Muitos funcionários acham que seus conhecimentos não são ouvidos

nem valorizados. Uma cultura que incentiva respostas aos comentários e ao

desempenho dos funcionários faz com que as pessoas se sintam queridas e

compreendidas. Porém, ouvir não é o bastante. Você também precisa tomar

atitudes com as sugestões dadas se quiser que seus funcionários se sintam

mais motivados. Benefício colateral: sua empresa vai melhorar.

O PERFIL DO GESTOR ESCOLAR

Dialogar, ouvir, coordenar, respeitar o próximo, ter boa

expressão, manter sempre metas, são características essenciais para o

perfil do gestor. Contudo estas características são aperfeiçoadas na sua

“caminhada” profissional, de acordo com sua vivência.

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São estas características que vão delinear as funções da instituição,

bem como o planejamento, a estrutura organizacional, o conjunto em

equipe, as decisões que serão tomadas.

O gestor deve ter a responsabilidade, reunir esforços, motivar sua

equipe para que todos encontrem no ambiente de trabalho a motivação

necessária para a prática cotidiana.

O gestor estando seguro de suas ações, não tem por que impor- se a

equipe, mostrando quem é o líder e o liderado, quem manda e quem

obedecem, ou seja, de mostrar todo o seu estatus, do modo autoritário.

Libâneo (2004) nos aponta algumas atribuições ao gestor de uma

instituição: supervisionar atividades administrativas e pedagógicas,

promover a integração entre a escola e a comunidade, conhecer as leis

educacionais, buscar meios que favoreçam sua equipe.

No exercício de suas atribuições é importante em formação

continuada, ou seja, estar sempre buscando o aprimoramento e do

amadurecimento, criando dessa maneira uma bagagem de experiências.

Davis & Newstrom (1992, P.150) Define liderança como:

Liderança é o processo de encorajar os outros a trabalharem

entusiasticamente na direção dos objetivos. É o fator humano que ajuda um

grupo a identificar para onde ele esta indo e assim motivar-se em direção

aos objetivos. Sem liderança, uma organização seria somente uma

confusão de pessoas e máquinas, do mesmo modo que uma orquestra sem

maestro seria somente músicos e instrumentos. A orquestra e todas as

outras organizações requerem liderança para desenvolver seus trabalhos.

As características que definem o perfil de liderança não estão

agregadas apenas nos traços pessoais, mais naquelas características que

são aprimoradas no decorrer do cotidiano, das ações que são enfrentadas,

dificuldades superadas. Esses e tantos outros aspectos

transformam/modificam o modo de trabalho do gestor como líder.

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Quando se tem um gestor como líder com posturas positivas em suas

ações, isso normalmente contagia a equipe que se torna motivada, sem

medo de mudanças, de desafios. O gestor dessa maneira propicia a busca

da satisfação pessoal que ali atua.

Diante dessas características observa-se que, a liderança que

favorece a comunicação humana deve ser capaz de promover a motivação

especialmente em razão de que as ações permitam ocultar as diferenças,

respeitem o individual e se agreguem a um objetivo singular e coletivo.

Gestor escolar deve ter consciência de que sua equipe não se limita a

alunos, professores e demais funcionários internos da instituição. A equipe

escolar é composta também pelos pais dos alunos e por toda a comunidade

de forma geral, que deve ser mobilizada para que juntos possam promover o

principal objetivo de toda equipe escolar: a aprendizagem dos alunos.

Uma escola que viabiliza o sucesso escolar de seus alunos, tem nesse fator

sua maior propaganda de marketing, pois justamente por se sentirem

satisfeitos com o sucesso escolar de seus filhos, os pais se empenharão

mais em colaborar com o desenvolvimento das atividades escolares,

projetos e até mesmo na divulgação do nome da instituição de ensino.

É fundamental ao gestor a habilidade em gerenciar conflitos, pois

toda instituição escolar, assim como qualquer outra instituição muitas vezes

se depara com conflitos que podem ocorrer entre os membros da equipe,já

que cada ser humano possui características individuais.; conflitos esses que

podem ser ocasionados por fatores externos ou internos ao ambiente de

trabalho.

Por outro lado, é necessário acreditar no potencial que cada indivíduo

possui, mesmo que esse potencial ainda precise ser desenvolvido e ouvir o

que as pessoas têm a dizer é essencial quando se pratica a liderança, pois

acredito ser impossível para um líder desenvolver trabalhos e conquistar

sozinho seus objetivos. O ponto de vista de cada integrante da equipe é

importante para a conquista de objetivos em comum. O trabalho em equipe,

as opiniões diferenciadas e o pensamento individual de cada um são

fundamentais para que se construa o sucesso coletivo.

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CONCLUSÃO

Ser gestor implica em ser autentico com visão, ser líder pois o líder

envolve a todos no trabalho, fazendo de suas ações um exemplo, tornando

importante cada membro de sua equipe, sempre motivando para que todos

os envolvidos acreditem no seu próprio valor pessoal.

A atuação do Gestor é fundamental na solução dos problemas

educacional e administrativa. Ele deve envolver toda a equipe que dirige,

não só na execução, mas na programação e na avaliação das atividades.

Só assim tomará decisões mais aceitadas. Precisa levar as pessoas a

confiar em si mesma, e ao mesmo tempo deve inspirar a confiança delas.

Ser modelo de caráter sem a pretensão da perfeição é a caminho para que

os liderados sintam-se convencidos e motivados a seguirem o seu comando.

Na relação com os professores e funcionários a gestão também deve

ser democrática e participativa, mostrando-se positivo e confiante no

desenvolvimento dos trabalhos, atuando como mediador, compartilhando

suas idéias sabendo ouvir, sendo aberto e flexível a contribuição de todos

para que os profissionais da escola se sintam valorizados, reconhecidos e

motivados para que a escola atinja um processo de ensino e aprendizagem

de sucesso.

O trabalho apresentou de forma clara e objetiva o quanto é

importante que o gestor mantenha sempre sua equipe motivada, uma vez

que a responsabilidade de liderar pessoas é indispensável para que uma

gestão de qualidade alcance a real capacidade de seus funcionários. Por fim

o estudo realizado apresentou métodos motivacionais para a prática do dia

a dia dos gestores interessados em melhorar o seu trabalho e de sua equipe

escolar. O objetivo geral deste trabalho é o de compreender os fatores

motivacionais e sua importância na gestão escolar.

Concluímos que o gestor pode promover uma gestão participativa e

democrática e valores como: respeito, confiança, sinceridade, fortalece

muito a equipe pedagógica. Cabe ao gestor servir, liderar, compartilhar,

acertos e insucessos, ajudar, acolher, aceitar, critica e opiniões, criar

ambientes que envolva prazerosamente toda a instituição e acima de tudo

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ter amor e vontade para fazer do seu trabalho não uma obrigação penosa,

mas uma realização prazerosa voltado para a educação dos alunos, de sua

equipe e da sua comunidade, valorizando sempre o conhecimento e a

realização pessoais e coletivos de todos.

Esperamos que novos e constantes estudo possibilitem aos gestores

a ampliar o caminho trilhado com alternativas que despertem a alegria de

realizar um trabalho bem sucedido.

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Cópia do questionário sobre motivação usado na pesquisa de campo

QUESTIONÁRIO

1. Tenho liberdade para expressar opiniões diferentes contrárias às de

minha chefia no que diz respeito ao andamento dos trabalhos na minha

área.

2. Em minha área de atuação, existe uma constante preocupação em

procurar sempre inovar métodos e procedimentos dentro dos trabalhos

executados.

3. Minha equipe de trabalho é motivada e sempre buscamos objetivos

comuns.

4. Gosto e procuro participar das decisões que afetam o trabalho na

minha área.

5. A parcela de poder de decisão e autonomia incluídas em meu trabalho

são suficientes para desenvolver atividades sob minha responsabilidade.

6. A produtividade quase nunca fica prejudicada por falta de organização

e planejamento entre os setores de minha área.

7. Na área, as pessoas se esforçam para desenvolver um trabalho de

qualidade.

8. Sinto que meu trabalho é estimulante e motivador.

9. A comunicação verbal é facilmente compreendida na área.

10. As pessoas são envolvidas em um trabalho interdivisional, atuam de

forma coesa com se não pertencessem a setores diferentes.

11. As pessoas sentem que têm seu potencial devidamente reconhecido.

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12. As pessoas têm tranqüilidade para executar suas tarefas dentro de um

ritmo normal, com distribuição eqüitativa de carga de trabalho entre os

colegas. O ambiente de trabalho não é tenso.

13. As tarefas que desempenho nesta organização possui muito significado

e importância para mim.

14. Posso dizer sinceramente que tenho uma boa visão sobre os rumos e

objetivos da minha área.

15. Os níveis de comentários informais (fofocas) não são altos na área.

16. O conteúdo das ordens que recebo em minha área são claros.

17. Tenho absoluta certeza daquilo que esperam de mim e de onde posso

chegar nessa organização.

18. Meu superior imediato aceita facilmente as sugestões que dou.

19. Meu superior imediato se manifesta positivamente quando demonstro

um desempenho acima do esperado.

20. Meu superior imediato se preocupa em manter seus subordinados

informados sobre as coisas que possam afetar o trabalho na área.

21. Pouco pode ser feito para melhorar o trabalho na área.

22. As mudanças são comunicadas e explicadas com antecedência.

23. As ordens recebidas vêm acompanhadas da informação necessária a

execução do trabalho.

24. Não tenho dificuldade em fazer que meu chefe encontre tempo para me

atender.

25. Quando estou envolvido com uma série de trabalho, posso encontrar

com o auxílio e não com a crítica do meu chefe.

26. O relacionamento no ambiente de trabalho é amigável.

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27. Quando necessário mudar a política ou procedimento, meu chefe explica

a necessidade da mudança.

28. Meus colegas da área estão dispostos a ouvir e considerar diferentes

opiniões. Em situações de conflito, por exemplo, as pessoas preferem

levantar o problema em busca de soluções adequadas ao invés de

ignorá-lo.

29. As pessoas de minha área estão mais preocupadas com o intercâmbio

do que com a defesa de seus territórios.

30. Raramente percebo que existe competitividade exagerada no ambiente

de trabalho.

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BÍBLIOGRAFIA CONSULTADA

ALMEIDA, Laurinda, O Relacionamento Interpessoal na Coordenação

Pedagógica. Edtora Loiola 2003

BERGAMINE, Cecília. Motivação nas Organizações 4ªed.Atlas 1997

BERNAR, Jussara: O Resgate da Auto-Estima e da Auto-Imagem- 2 006

BOCK, Ana Maria, Uma introdução ao estudo da Psicologia 13ª Ed. São

Paulo-1999

BORGE, Pedro Farias Borges – a gestão da escola – artmed -2 ed. Minas

Gerais

CODA, Roberto, Psicodinâmica da vida organizacional. Motivação e

Liderança. Ed. Atlas

DAVIS, Keit Newstrow, Johnw, Comportamento Humano no Trabalho –

volume 1 São Paulo 1992

FISCHLOWITZ, Estanislau. Valorização dos Recursos Humanos no

Brasil.Rio de Janeiro. Fundação Getulio Vargas1970

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: Teoria e Prática –

5. ed. Goiânia: Alternativa, 2004.

LIEURY, Alain – Motivação e Aperfeiçoamento Escolar- Ipiageteditora -2004

LUCK, Heloisa. Ação Integrada. Administração, Supervisão e Orientação

Educacional. 19ª ed..Editora Vozes

MARTINS, José do Prado. Administração Escolar. 2. ed. São Paulo: Atlas,

1999.

MASLOW, Abraham- Motivação E Personalidade – 2. Ed 1970

MENSLIN. Douglas, Gestão Escolar para quem é, está ou Será Gestor

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MOSQUERA, Juam. Psicodinâmica do Aprender 3. Ed. Porto Alegre. Sulina

1984

NOVOA, Antônio. Profissão Professor 2ª Ed. Porto, 2003

STRAUS, Steve – USA TODAY – Small Business Bible

VYGOTSKY, A Formação Social da Mente. São Paulo 1989

¨

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

(A Motivação) 10

1.1 – O Que é Motivação 10

1.2 – A teoria de Abraham Maslow

Sobre Motivação 11

1.3 – A Motivação Intrínseca 15

1.4 – A Motivação Extrínseca 16

CAPÍTULO II

( O Professor) 18

2.1 – O que é ser professor 18

2.2 – O Perfil do Professor Motivado 19

2.3 – O perfil do Professor Desmotivado 20

2.4 – Fatores que Motivam 20

2.5 – Fatores que Desmotivam 21

2.6 – O Professor a Auto – Estima e a Auto – Imagem 21

2.7 – O Papel do Gestor na Motivação ao Professor 23

2.8 – A motivação do professor e a Aprendizagem 25

CAPÍTULO III

( O Gestor Escolar ) 28

3.1 – Concepções de Gestão Escolar 28

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3.2 – A participação do Gestor na Contribuição

da Motivação 29

3.3 – Como Motivar os Funcionários Extrinsecamente

Os Funcionários 30

3.4 – A Importância de se Motivar para se obter Resultado 31

3.5 – O Perfil do Gestor Escolar 34

CONCLUSÃO 38

QUESTIONÁRIO 40

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43

ÍNDICE 44