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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DE RISCO PARA O
TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGA NO BRASIL.
Por: Bruno Souza de Medeiros Machado
Orientador
Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço
Rio de Janeiro
Abril/2011
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DE RISCO PARA O
TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGA NO BRASIL.
Monografia apresentada em cumprimento às
exigências para obtenção de grau no curso de pós-
graduação lato sensu de especialização em Gestão
de Logística Empresarial.
Por: Bruno Souza de Medeiros Machado
3
AGRADECIMENTOS
A todos Durante a jornada desse curso,
amigos e professores que dividiram
comigo um pouco das suas energias,
seus conhecimentos e das suas vidas.
E com a ajuda dessas pessoas cheguei
até aqui. Agradeço a Deus por ter me
beneficiado através do contato com
essas pessoas.
4
DEDICATÓRIA
À minha família pelo apoio moral e
financeiro e pela confiança depositada em
mim, que proporcionou força,
possibilidade e determinação para
conclusão desse objetivo.
5
RESUMO
Este estudo procura abordar sobre o roubo de carga no transporte
rodoviário e de logística, checando as causas e as principais medidas
preventivas empregadas no combate através do gerenciamento de risco. A
função do gerenciamento de risco está relacionada a um conjunto de técnicas e
medidas preventivas que permitem identificar, avaliar, evitar ou minimizar os
efeitos de perdas ou danos que possam ocorrer no transporte de uma
mercadoria, desde sua origem até o destino, incluindo o período de
armazenagem. Dessa forma, faz com que as atividades da empresa sejam
percebidas como eficientes pelos clientes, ao mesmo tempo em que diminui os
prejuízos, pois são vários os custos associados ao transporte rodoviário de
carga e logística que impacta diretamente na lucratividade das empresas,
dentre outros fatores, foi realizado uma pesquisa bibliográfica objetivando
relatar o cenário atual analisado por estes autores com relação ao roubo de
carga. As conclusões apontam que o gerenciamento de risco é de fundamental
importância não só para o setor de transporte de cargas e de logística, mais
para toda a sociedade brasileira.
.
6
METODOLOGIA
A pesquisa a ser apresentada, quanto aos objetivos que se propõe, será
do tipo: bibliográfica e descritiva sobre o tema a importância do gerenciamento
de risco para o transporte rodoviário de cargas no Brasil. Pois o
desenvolvimento do trabalho será embasado nas informações contidas em
livros, Sites, artigos e trabalhos acadêmicos disponibilizados na biblioteca da
FUNENSEG (Escola Nacional de Seguros) e na Biblioteca Nacional. E
descritiva, por respeitar as determinações de redação da monografia, conforme
as regras estabelecidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas) e pela Universidade Candido Mendes (através do manual de nosso
Trabalho de Conclusão de Curso).
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Gerenciamento de Risco 10
CAPÍTULO II - Estratégia do Gerenciamento de Risco 19
CAPÍTULO III – Impacto de Um Bom Gerenciamento de Risco 32
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA 39
ÍNDICE 42
ÍNDICE DE FIGURA 44
8
INTRODUÇÃO
Este estudo tem por objetivo estabelecer a importância do
gerenciamento de risco para o transporte rodoviário de cargas, já que com
ferrovias precário, pouco incentivo para o transporte pluvial e os custos
elevados de serviço aéreo, a opção mais utilizada para o escoamento da
produção nacional é o transporte rodoviário que atualmente representa 61,5%
do transporte de carga no Brasil, desempenhando um importante papel no
cenário econômico de países desenvolvidos e em desenvolvimento, pois o
transporte é fundamental para realização da distribuição de mercadorias.
O Brasil é um país com características particulares, por apresentar uma
diversidade de climas, vegetação e riquezas naturais. A região Sudeste é a
mais desenvolvida economicamente devido a grande concentração de
industrias que geram autos níveis de empregos para a população, com isso
atraindo pessoas de outras regiões em busca de trabalho e oportunidades
profissionais.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a
população brasileira atual é de, aproximadamente 191 milhões de habitantes,
sendo 40% desse total concentrado na região sudeste, representando um valor
aproximado de 76 milhões de habitantes. Em algumas capitais do país, como
São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre e Belo Horizonte, têm vivido
nestes últimos anos um progressivo crescimento dos roubos e furtos de cargas
em geral, somado ao péssimo estado da conservação da malha rodoviária
brasileira que contribui bastante para a formação de um cenário nacional
propício para o roubo, extravio, avarias, atrasos na entrega, quebra de
contrato, desvalorização da marca e entre outros eventos imprevisíveis que
possam ocorrer durante o trajeto da mercadoria. A falta de infra-estrutura, que
atinge o modo de transporte rodoviário no Brasil, engloba uma série de fatores
como balanças inoperantes, o envelhecimento de frota, a falta de sinalização e
o próprio traçado das principais rodovias, que foram construídas a mais de
9
trinta anos quando a movimentação de mercadoria era muito inferior aos dias
atuais.
Com esse volume tão grande de produtos, muitas vezes de alto valor
agregado circulando pelas rodovias nas caçambas dos caminhões, o roubo de
carga se tornou crime comum. Para se ter idéia do impacto econômico dessa
atividade criminosa, em 2008 foram registradas, segundo números
apresentados pela FETCESP (Federação das empresas de transporte de carga
de São Paulo e Região), 6.344 ocorrências de roubos, um aumento de 2,46%
em relação ao ano anterior, para o transportador rodoviário de cargas que
opera seus serviços em um ambiente desfavorável, devido aos problemas
apresentados no parágrafo anterior, a continuidade dos trabalhos está
condicionada a adoção de medidas estratégicas em termos de gerenciamento
do risco visando à redução dos custos dos riscos que impacta diretamente no
lucro financeiro da empresa.
Este trabalho tem como objetivo principal apresentar soluções para
gestão e integração dos processos logísticos de forma a obter a máxima
eficiência e eficácia no gerenciamento de risco de uma empresa. O primeiro
capítulo é dedicado à importância e a política do gerenciamento de risco. O
segundo capítulo apresenta a estratégia e a estrutura do gerenciamento de
risco. O terceiro capítulo configura o impacto de um bom gerenciamento de
risco, como por exemplo, à redução dos custos e a otimização de processos
através da ajuda de algumas ferramentas como: indicadores e medidas de
desempenho.
10
CAPÍTULO I
GERENCIAMENTO DE RISCO
... É o processo de melhor lidar com a incerteza quanto à ocorrência ou não das perdas. Um risco pode se tornar aceitável através de seu gerenciamento. Ser capaz de gerenciar, neste caso significa tentar evitar perdas, tentar diminuir a freqüência ou severidade de perdas ou poder pagar as perdas que ocorrem apesar de todos os esforços em contrário. (HOPE, 2002, p. 04).
O conceito de gerenciamento de risco pode ser traduzido justamente
como um conjunto de técnicas e medidas que visa identificar, avaliar, evitar ou
minimizar perdas que uma empresa pode sofrer no transporte de mercadoria,
sem falar na possibilidade de perda de vidas.
Embora, o termo risco significa incerteza sobre a ocorrência ou não de
uma perda ou prejuízo, tendo como base a identificação dos eventos
indesejáveis, aspectos que pressupõem alguma forma de tentar compreender a
regularidade dos fenômenos e a outra linha refere-se à esfera dos valores, em
que risco pressupõe colocar em jogo algo que é valorizado.
Atualmente, um planejamento de uma política preventiva ajuda a diminui
a ocorrência de eventos, como avarias, roubos de carga armazenada e
assaltos nos diversos trajetos, para isso, contamos com normas rigorosas que
direcionam, por exemplo, locais de paradas obrigatórias que os motoristas
devem respeitar ao longo do percurso, aliado a contratação de empresa de
segurança patrimonial, que tem dificultado bastante as ações dos meliantes.
O processo de gerenciamento de risco, no transporte de cargas, tem
inicio no recebimento da mercadoria pelo embarcador e estende-se até a
chegada da mercadoria no destino, conforme o contrato firmado. Sendo o
transportador o responsável pela carga enquanto esta estiver no seu poder (na
coleta, armazenagem, transferência e na entrega).
11
Historicamente o gerenciamento de risco é visto como uma das
atividades fundamental da logística, utilizando-se de algumas ferramentas para
coibir a previsibilidade nos trajetos percorridos. Criando assim, medidas
preventivas a fim de minimizar os riscos que a carga transportada está exposta.
Porém, sendo administradas de forma integrada. Através de identificação,
dimensionamento e controle dos riscos, que é o ponto fundamental do método
de gerenciamento de risco, fazendo com que se torne uma atividade altamente
especializada que exige profissionais capacitados, aliados a uma tecnologia de
ultima geração. Através da analise do risco é que podemos definir os pontos de
maiores riscos e os de menores riscos e levar as empresas gerenciadoras ao
tratamento adequado a cada etapa do processo.
Logística é o processo de gerenciamento estratégico de compra, do transporte e da armazenagem de matérias-primas, partes e produtos acabados (além dos fluxos de informação relacionados) por parte da organização e de seus canais de marketing, de tal modo que a lucratividade atual e futura seja maximizada mediante a entrega de encomendas com o menor custo associado. (CHRISTOPHER, 2007, p.03).
Atualmente o gerenciamento de risco é efetivamente integrado a
logística, o seu objetivo é disponibilizar o material certo, no local de produção
ou consumo certo, no momento certo e em condição utilizável ao custo mínimo
para a plena satisfação do cliente.
1.1 - Importância do gerenciamento de risco
O estudo da importância do gerenciamento de risco é uma atividade
fundamental no processo logístico, por meio de métodos preventivos, que
visam minimizar perdas materiais, financeiras e humanas. Com o auxílio de
ferramentas corretas para apuração de possíveis adversidades no transporte,
consistindo no planejamento das ações de prevenção de riscos operacionais
relacionados à segurança das cargas transportadas, objetivando minimizar os
12
índices de prejuízos, garantindo a qualidade dos serviços prestados e o
cumprimento dos prazos de entrega contratados.
Segundo Moura (2004), o gerenciamento de risco permite que a
empresa tenha um sistema de rastreamento instalado, oferecendo para seus
clientes a mais ampla cobertura securitária, na forma da legislação vigente,
assim como a administração da movimentação da frota. Esta movimentação é
feita pelo sistema de rastreamento, que possibilita o acompanhamento ou
rastreamento de cada veículo durante todo o percurso de transporte.
O gerenciamento de risco é visto como um recurso produtivo que em
conjunto com a logística agrega valor para o cliente, sendo vários os motivos
para uma empresa manter de forma constante em suas operações de
deslocamentos de cargas. Em 2006, de acordo com a estimativa da assessoria
de segurança da associação nacional do transporte de carga e logística (NTC
& LOGÍSTICA). O transporte nacional de cargas movimenta cerca de 70% do
produto interno bruto, e que o Brasil possui mais de 1,5 milhão de veículos de
carga e a segunda maior malha rodoviária do mundo, com 1,7 milhão de
quilômetros, podemos dimensionar claramente a importância que as atividades
de gerenciamento de risco têm para o transporte e nos concentrando em sua
vertente mais flagrante que é roubo de carga, que causa anualmente cerca de
Um bilhão em prejuízos para a economia nacional.
Embora o tema da pesquisa esteja voltado para o transporte rodoviário
de carga. No Brasil, a matriz de transporte está dividida da seguinte forma, em
relação aos modos:
• Modo rodoviário: Representa 60,49% do total transportado, em termos
de peso e volume.
• Modo ferroviário: Representa 20,86%, sendo a grande maioria o
transporte de minério em geral.
• Modo aquaviário: Representa 13,86%. Alguns portos como o de Santos
– SP, Suape – PE, Vitória – ES, Rio de Janeiro - RJ e São Luiz – MA,
são de grande relevância para o setor, possuindo uma estrutura que
proporciona maior operacionalidade.
13
• Modo dutoviário: Representa 4,46%. Petróleo, derivado e gás natural.
• Modo aeroviário: Representa 0,33%. Destaca-se que, apesar de pouco
peso e volume, o valor comercial transportado é bastante representativo,
pois normalmente são embarcados volumes contendo, por exemplo,
jóias, medicamentos e cosméticos importados.
A figura 1 ilustra a representatividade de cada modo de transporte na
matriz de transporte de carga no Brasil:
Figura 1. Composição Percentual das Cargas (extraída ATC, 2006, p.100)
Vale ressaltar que, o modal rodoviário é o principal responsável por
escoar a produção do país e o motivo por manter o gerenciamento de risco
está relacionado com eventos indesejáveis durante o percurso da mercadoria,
por isso é necessário manter determinados níveis de serviços que possam
atender as necessidades dos clientes, bem como minimizar os custos da
movimentação.
1.2 - Tipos de gerenciamento de risco
Como os riscos constituem parcela considerável no resultado das
empresas, eles recebem atualmente um tratamento diferenciado principalmente
pelo aumento na incidência do roubo de carga. Podendo ser classificado por
diversas maneiras, os mais usuais são:
14
• Consultoria de segurança para avaliação dos riscos: Utilizada para o
conhecimento profundo das operações logísticas e de transportes.
Buscando normalizar e detectar falhas na segurança e nas operações
de transportes.
• Cadastro: Este trabalho é o responsável em detectar indivíduo ligado as
operações de transportes que possuem qualquer tipo de limitações
cadastrais que possam a vir comprometer a operação do transporte de
carga.
• Manutenção preventiva: Providência tomada pelo transportador
visando detectar problemas mecânicos no veículo transportador.
• Roterização: Mapeamento e pesquisa das principais rodovias no
território nacional, com o objetivo de conhecer as condições das
estradas, rastreada pelo GPS dos Postos Fiscais, Policias Rodoviárias,
bases de abastecimentos que possuam e boa estrutura para a parada
de veículos de carga.
• Rastreamento / Monitoramento: Busca a localização dos veículos de
transporte de carga pelo GPS, transmitindo informações aos
operadores, em escala de intervalos regulares, onde e como o veículo
se encontra. Capaz de detectar várias situações como abertura de
portas, velocidade, desengate de carretas e corte de combustível,
possibilitando a tomada de medidas preventivas ou corretivas a partir da
central de monitoramento.
• Escolta: Utilizadas como complemento do rastreamento para
acompanhar o trânsito dos veículos, quando a mercadoria transportada
for de alto valor agregado ou quando a mercadoria for visada para
roubo. São utilizadas uma ou mais viaturas de escolta que acompanham
o veículo transportador. Esse acompanhamento é realizado por
empresas legalmente constituídas, especializadas e autorizadas pelo
Ministério da Justiça. Podem ser ostensivas, quando os veículos de
escolta são expressamente identificados e os funcionários
uniformizados, ou veladas, quando são efetuadas por veículos que não
possuem identificação.
15
• Treinamento: Todas as pessoas ligadas à operação de transporte são
submetidas a treinamentos de forma constante, sobre o manuseio dos
equipamentos de rastreamento e monitoramento e sobre as normas de
segurança da empresa. Sempre que possível, os conhecimentos de
motoristas são reciclados em cursos de segurança, direção defensiva e
operação dos equipamentos de Gerenciamento de Risco colocado nos
veículos transportadores. Estes instrumentos são de muita importância
no Gerenciamento de Riscos, pois trabalha diretamente com a
conscientização de pessoas ligada a operação de transporte, das quais
depende o sucesso de qualquer operação de Gerenciamento de Riscos.
• Desconcentração de risco: Devido aos altos índices de roubos de
cargas, detectamos quais são as mercadorias mais visadas pelas
quadrilhas. Cientes destes fatos, os transportadores não devem
concentrar mercadorias de alto valor agregada ou visada de roubo num
mesmo veículo, evitando ao máximo o transporte de mercadorias em
comboios (dois ou mais veículos transportadores). Este método pode
também ser aplicado na armazenagem em depósitos intermediários
utilizados pelos transportadores.
• Segurança em depósito: O crime organizado em relação ao roubo de
cargas possui dinamismo próprio significando em dizer que quando os
envolvidos nas operações de transportes passaram a investir na
segurança durante o deslocamento da carga, as quadrilhas começaram
a desenvolver uma nova tática de furto especializada nos depósitos,
armazéns utilizados pelas transportadoras e operadores logísticos. A
lógica usada pelos meliantes é simples e têm como alvos as operações
mais vulneráveis. Neste sentido, os investimentos em segurança em
depósito encontram-se no rol das medidas de gerenciamento de riscos
mais importantes atualmente.
16
1.3 - Custos associados ao gerenciamento de risco
Com o crescimento dos problemas, até aqui abordado, as atenções dos
tomadores de serviços e das companhias seguradoras, se voltaram para as
exigências quanto ao investimento em segurança.
As empresas buscam sistemas e opções para prevenir, ou em alguns
casos, reagir contra os problemas, contratando procedimentos de comunicação
entre o caminhão e suas sedes operacionais que permitem hoje com o avanço
da tecnologia que seus motoristas comuniquem fatos suspeitos durante o
trajeto.
Segundo Souza (2006), as empresas gastam em média de 12% a 15%
do seu faturamento com medidas de segurança, algumas empresas de grande
porte nas quais esse valor pode chega em torno de 17% deste total, o que
inclui os custos com apólices de seguros e as atividades preventivas
propriamente ditas, recomendando que a cobrança individualizada seja de
0,30% sobre o valor da mercadoria. Em face ao capital disponibilizado pelas
empresas para este tipo de operações, não é a toa que algumas empresas
estão montando sistemas próprios para tentar reduzir esses custos, sem
comprometer a qualidade da operação e a satisfação de seus clientes e
conseqüentemente aumentando o lucro sobre o capital investido.
1.4 - A política de prevenção de perdas no gerenciamento de risco
A função da política de prevenção de perdas é planejar as atividades
desenvolvidas pelo gerenciamento de risco. Os níveis de risco precisam ser
estipulados para atender as necessidades dos clientes, sem empatar capital
desnecessário. Para isso é preciso que o planejamento do risco tema as
informações atualizadas de forma constantes para que a análise do risco seja
feita.
Para o desenvolvimento do estudo desta política de prevenção de
perdas, elaboramos uma pesquisa de campo com o apoio da Companhia de
Seguros Generali do Brasil, que segundo o gerenciador de risco Fernando
17
Pacheco (2009), o departamento de prevenção de perdas, possui as seguintes
responsabilidades:
• Análise do Gerenciamento de Risco: Os seguros de transporte cujo
gerenciamento de risco é obrigatório são analisados pelo Departamento
de Prevenção de Perdas. Neste processo são verificadas as operações
logísticas do segurado, os procedimentos operacionais e os de
gerenciamento e controle de riscos. Neste momento são efetuadas
recomendações de melhoria (quando necessário) para adequação dos
quesitos mínimos de segurança e gerenciamento de risco.
• Referência de Empresas de Gerenciamento de Risco: todas as
empresas de gerenciamento de risco passam por um rigoroso processo
de homologação. Este processo consiste na visita técnica à matriz da
empresa onde são avaliados os sistemas operacionais, de cadastro e
consulta de motoristas, ajudantes, veículos, as centrais de rastreamento,
os sistemas de segurança de acesso, os sistemas de segurança de
informação, procedimentos operacionais, capacitação técnica de seus
funcionários e contingências, redundâncias de seus sistemas e
processos.
• Referência de Equipamentos de Rastreamento: as homologações
dos equipamentos de rastreamento para as operações de transporte são
efetuadas em parceira com empresas de gerenciamento de risco. Neste
processo são verificadas as especificações técnicas do equipamento,
bem como o hardware e software de rastreamento. Após esta
verificação, são efetuados testes nos equipamentos para medição da
confiabilidade, durabilidade e eficiência tanto do próprio equipamento
como do sistema de rastreamento durante um prazo mínimo de 30 dias.
• Projetos de Gerenciamento de Risco: O Departamento de Prevenção
de Perdas elabora, juntamente com seus parceiros gerenciadores de
risco, projetos de gerenciamento de risco para os segurados que
necessitam deste tipo de serviço. São analisados as operações
logísticas e procedimentos operacionais para que o projeto possa ser
18
implantado de forma a não dificultar as operações cotidianas, porém
também garantindo a segurança necessária para a operação.
• Análise de Modelos de Acompanhamento: Conforme os valores
transportados, mercadoria transportada e local de trânsito é possível
desenhar modelos de acompanhamento para uma garantia maior na
segurança nas operações de transporte. Estão disponíveis os seguintes
modelos:
a. Escolta armada.
b. Escolta velada.
c. Patrulhamento.
• Estudo de Rotas: estes estudos podem ser realizados visando à
redução do risco de roubo e / ou acidentes rodoviários. São efetuados
principalmente nas operações de transferência de mercadorias devido
ao alto valor transportado e do tipo de mercadoria transportado. Os
critérios utilizados nos estudos de rotas variam de acordo com o tipo de
mercadoria.
• Benchmark em Prevenção de Perdas: Troca de informações a
respeito de novas tecnologias e metodologias de prevenção de perdas e
controle de riscos com os Departamentos de Prevenção de outras
Seguradoras. Através de reuniões periódicas são debatidas informações
relativas ao mercado das gerenciadoras e empresas de rastreamento,
além de experiências em projetos de gerenciamento de riscos e
operações logísticas.
19
CAPÍTULO II
Estratégia do Gerenciamento de Risco
Para definirmos a estratégia do gerenciamento de risco, antes devemos
ter como parâmetro qual a dimensão do problema e certamente como
queremos eliminá-lo. Para tal, Devemos criar a estratégia.
Segundo Oliveira (2007), estratégia é a ação ou caminho mais adequado
a ser executado para alcançar o objetivo, desafio e a meta. É importante
procurar substabelecer estratégias alternativas para facilitar as alterações dos
caminhos ou ações de acordo com as necessidades. As estratégias podem ser
estabelecidas por área funcional da empresa. A partir das estratégias, devem
ser desenvolvidos os projetos, os quais são consolidados através de plano de
ação, estabelecendo a melhor direção a ser seguido pela empresa.
Para desenvolvermos a estratégia de gerenciamento de riscos faz-se
necessária à nomeação de um gestor para o projeto, que deverá ter habilidade
para conduzir um processo de integração entre os departamentos da sua
empresa, como também, ter habilidade para desenvolver atividades que
determinem mudanças de procedimentos dentro da logística de transporte de
carga da empresa. Neste padrão, o projeto inicia-se pelo estudo do histórico
sobre a empresa enquanto produtora de bens e, em paralelo, sobre o histórico
de sinistros registrados ao longo dos anos.
Segundo Silva (2003), o período histórico a ser pesquisado varia de
acordo com a disponibilidade de informações, com a diversificação de
problemas detectados ou mesmo com o nível de comprometimento que se
queira impor ao Programa de Gerenciamento de Riscos, podemos ter um caso
em que as ocorrências de acidentes no trânsito que tem como causa
tombamentos, colisões e outras, são acumuladas durante anos e
sazonalmente, tornam-se significativas em determinados períodos do ano. Em
outros casos podemos ter ocorrências de roubos seqüenciais e de quantidade
intensa em apenas dois meses, durante o ano, após longo período de ausência
deste tipo de ocorrência.
20
Ao realizarmos uma pesquisa, conforme o perfil das ocorrências, e
restringirmos ao máximo o período de análise, que estarão abrangendo
informações significativas como, por exemplo, aquelas que nos digam que em
um determinado momento da história, a empresa decidiu trocar os prestadores
de serviços ou o tipo de transporte adotado, deixando de contratar
transportadoras com veículos de frota própria, passando ao sistema de
terceirização de veículos e mão-de-obra, através dos prestadores de serviços
de transportes ou vice-versa.
Considerarmos que um determinado transportador apresenta índices
expressivos de ocorrência em um período restrito da sua história, e que, por
uma associação de fatos e análise dos seus efeitos venhamos a concluir sobre
o surgimento de uma organização voltada para expropriar seus bens, uma
análise de longo período histórico de anos anteriores não será significativa para
a descoberta da estratégia adequada à contenção das ocorrências. Esta
servirá apenas para a confirmação de que os fatos são restritos ao período
recente.
2.1- Métodos de Análise de Riscos
As ocorrências com eventos indesejáveis durante o deslocamento da
mercadoria devem ser interpretadas como um fator de desconformidade no
processo logístico. Para analisarmos os fatores de vulnerabilidade devemos
utilizar um método que possa explorar o processo de forma a conhecer seus
fundamentos e os fatores diretos e indiretos que contribuam para a distorção
dos resultados pretendidos.
Para analisarmos e definirmos a estratégia a serem empregadas no
gerenciamento de risco algumas ferramentas desenvolvidas pelo Dr. Ishikawa,
podem ser usadas no levantamento dos sintomas ou causas que promovem os
efeitos indesejados durante o deslocamento da mercadoria, dentre elas
podemos destacar o Diagrama de Causa e Efeito e o ciclo de PDCA.
21
Figura 2. Diagrama de Causas e Efeitos (extraída de ISHIKAWA, 1995, p.165).
O Diagrama de Causas e Efeitos é largamente utilizado desde a década
de 60, em ambientes industriais para a localização de causas da dispersão da
qualidade no produto e no processo de produção. Este diagrama permite uma
análise dos problemas organizacionais genéricos utiliza este método para a
identificação de direcionadores que potencialmente levam a efeitos
indesejáveis do processo.
Ao aplicarmos o diagrama de causas e efeitos devemos explorar ao
máximo todos os fatores previstos no processo operacional buscando o efeito
satisfatório, definido, em nosso caso, pela garantia da entrega do produto
transportado, dentro do prazo previsto e com os padrões de qualidade definido
no processo de gerenciamento de risco.
Considerando o fato de conhecer o processo e detectar as causas da
quebra da segurança que traz como efeito o não atendimento do cliente no
prazo e nas condições desejadas, devemos detectar a vulnerabilidade que
quantifica o fator risco existente e que sujeitará a empresa aos problemas
relacionados ao bem-estar do consumidor final.
Segundo Silva (2003), a resposta está na consciência sobre o que
esperamos obter com a análise do processo e sobre as críticas para encontrar
22
as vulnerabilidades. Não devendo confundir os meios com os objetivos e com o
intuito de não obter reações negativas de prevenção para identificar o problema
e propor o algo a mais.
Para atingir a prevenção desejada é necessário reconhecer que, na pior
das hipóteses, haverá necessidade de promover uma mudança radical sobre
as liberdades existentes, mesmo que esta possa atingir o mais alto escalão do
departamento envolvido no problema. Para isso devemos especificar a forma
de desenvolver a mesma atividade, mas com controles que permitam agregar
fatores de segurança nunca antes praticados.
Confirmada esta consciência sobre a necessidade de mudanças, inicia-
se então, a aplicação do método P.D.C.A, onde faremos o planejamento do
programa de gerenciamento de riscos abordando no primeiro passo a análise
sobre o problema com suas causas e efeitos. Ainda na fase do planejamento
estaremos estabelecendo as metas que desejamos atingir e os métodos que
utilizaremos para essa finalidade. Este será o segundo passo e aqui estará
envolvido todo o esforço para atingir a mudança e alcançar os objetivos.
Na fase da execução (do) o terceiro passo será a aplicação do
planejamento. Neste ato será desenvolvido o treinamento, os controles, a
mudança da infra-estrutura ou a aplicação de novos métodos operacionais
definidos aprovados na fase 2, a partir das análises realizadas na fase 1.
A fase seguinte será a da verificação (check). Esta fase reúne as
características de gestão plena sobre o processo conduzindo uma constante
análise por indução ou dedução sobre a validade do programa proposto. Quer
por interferência por amostragem ou por participação permanente em algumas
das fases é nesta etapa que procedem aos testes sobre os conceitos
planejados e na reformulação necessária.
Finalmente, o programa se cumpre com as atividades dos passos 5 e 6
na fase da ação (action). Esta fase determina a agilidade para reformular os
procedimentos inválidos detectados na fase anterior e, definitivamente,
padronizar os processos que comprovadamente oferecem garantias para evitar
os prejuízos indesejáveis. Esta padronização deve ser clara e mantida no ciclo
operacional com permanente aferição sobre o seu cumprimento.
23
Figura 3. Ciclo de P.D.C.A (extraída de ISHIKAWA, 1995, p.143)
A eficácia do programa proposto será atingida através da análise
preliminar, elaborando um sistema que neutralize as causas fundamentais do
risco e não apenas os seus sintomas. Para isso o programa de gerenciamento
de riscos deverá contar com a participação incondicional de todos os
envolvidos. Do patrocinador aos executores na mais simples atividades, todos
deverão entender o seu papel e a sua importância no sistema preventivo.
2.2 - Estrutura do Gerenciamento de Risco
Conhecidas as premissas que devem ser utilizadas para a análise e
elaboração do programa adequado ao gerenciamento de riscos, passamos
agora para o entendimento sobre a infra-estrutura normalmente requerida para
o controle e condução do projeto.
Segundo Silva (2003), um projeto de gerenciamento de risco passa por
determinadas fases, conforme ilustrado na figura 4.
24
Setor de Desenvolvimento
Tecnológico
Setor De
Planejamento
Setor De
Averiguações
Setor de Análise de Informações
Setor de Apoio Operacional
Setor de Controle
Operacional
Setor De
Cadastro
Projeto de
Gerenciamento de
Risco
Figura 4. Matriz de Infra-estrutura aplica ao gerenciamento de risco (adaptação
própria).
2.2.1 - Setor de Planejamento
O Setor de Planejamento é o responsável pela aplicação das técnicas
previstas na etapa inicial do projeto. Este é o setor que interage com o cliente
em busca das informações que ofereçam possibilidade de detecção da causa
sobre os prejuízos que se pretende eliminar.
25
Através da atividade de consultoria este setor realiza levantamentos
operacionais como coleta de dados por questionários ou por análise de
planilhas existentes nos periódicos de controle operacional do embarcado.
Um meio importante de análise das causas trabalhadas neste setor é o
produto de informações oferecidas pelo Setor de Análise e Informações que
são extraídas a partir da leitura de boletins de ocorrência, neste setor aplicam-
se os conceitos de cruzamento de informações apoiados por sistemas
informatizados que se relacionam com o histórico operacional do cliente e da
própria empresa de gerenciamento de riscos.
Na fase pós-planejamento o setor atua como auditor do processo
operacional. Periodicamente, promove atividades de coleta de dados
operacionais e confronta as informações geradas na operação com aquelas
geradas na área de análise de informações, independentemente do registro de
ocorrências de desconformidade. Cria-se uma espécie de controle de
qualidade em que o processo é visitado e dele se extrai dados que permitem
verificar possíveis falhas.
2.2.2 - Setor de Controle Operacional
O Setor de Controle Operacional é o local o qual julga ser o centro
nervoso de toda a operação. É neste setor que reside à responsabilidade sobre
o cumprimento das metas estabelecidas na fase de planejamento.
Atendendo as normas estipuladas no plano de ação o controle
operacional procede na convocação de serviços de apoio, como escoltas, bem
como, analisa as premissas de desenvolvimento da viagem, identificando a
origem e destino da carga, estabelecendo uma rota para o controle da viagem.
Neste caso, conta com sistemas de controle informatizado que determina os
pontos de parada e o prazo para a serem atingidos, definindo ajustes no tempo
de viagem e checagens com a participação do serviço de apoio, em casos de
detecção de problemas, como por exemplo, desvios de rotas.
26
O Setor de Controle Operacional deverá contar com os softwares
necessários para a leitura do sistema de telemetria embarcada no veículo e
ainda, pelo mesmo software, gerenciar o veículo à distância.
Porém, no campo técnico e operacional, não basta apenas ser capaz de
oferecer aos transportadores as mais diversas opções de sistemas de controle
através do monitoramento da viagem ou do rastreamento da mesma. É preciso
contar com sistemas de apoio e informatizados, capazes de oferecer condições
de controlar as ações do pessoal envolvido no trabalho de controle operacional,
bem como permitir a qualquer tempo, auditar o processo operacional e as
decisões que foram adotadas em determinados casos.
2.2.3 - Setor de Apoio Operacional
Setor de Apoio Operacional esta envolvida no sistema operacional
através da presença dos seus integrantes na plataforma do transportador onde,
por exemplo, recepcionam o motorista e realizam a coleta de dados para o
cadastramento ou checagem de autorizações no sistema de cadastro.
Esta equipe é responsável por manter os conceitos essenciais para o
bom desenvolvimento da viagem. Ela também treina ou realiza palestras para
os motoristas visando disseminar a cultura de segurança, sendo ela incumbida
pela checagem das condições existentes no veículo e que possam de alguma
maneira, contribuir com eventos indesejáveis. No caso de veículos em estado
de conservação precária, direcionam suas atenções para a detecção de uma
possível falha que possa causar acidentes.
Esta equipe também associa ao seu trabalho uma espécie de infiltração
preventiva no sistema corporativo e operacional do cliente em busca de
informações sobre procedimentos contrários ao previsto no programa de
gerenciamento de riscos. Analisam constantemente o comportamento do
cenário rodoviário, procurando oferecer informações privilegiadas que
antecipem ocorrências ou mesmo que, em momento futuro, sejam de valor
significativo para reconduzir o processo ao padrão desejado.
27
2.2.4 - Setor de Análise de Informações
Em todos os negócios, independente do contexto social, não se pode
falar em sucesso se este não estiver apoiado em informações, pois este é um
fator crucial. Esta assertiva remete ao entendimento de que, sem a informação,
não se pode gerenciar o risco, mas acima de tudo, sem o correto
processamento desta informação as falhas no processo poderão ser ainda
maiores.
Tendo em vista a proposta de que para a elaboração de um sistema de
gerenciamento de risco adequado ao negócio é preciso obter informações e
analisá-las para descobrir onde estão as causas dos prejuízos, deve-se
considerar, que deste ponto em diante, tudo o que ocorrer no meio operacional
do cliente deve ser registrado e processado de forma constante para prevenir
problemas até então não experimentados. Em um campo mais abrangente não
se pode, apenas reunir e processar informes gerados nos ambiente interno.
Deve-se, também reunir informes vindos do ambiente externo para compor a
relação de fatos que permitirão a tomada de decisão.
Em outras palavras devemos ter atenção aos mais simples e imprecisos
fatos que cheguem ao conhecimento, transformando-os em uma informação
aceitável ou descartável. Deve-se estar atento às questões políticas e sociais
restritas ou não ao ambiente do transportador. A equipe de informações que
compõem o setor deve analisar qual a extensão da mudança do processo
desde a decisão do cliente em atingir um novo mercado.
2.2.5 - Setor de Cadastro
O Setor de Cadastro é o responsável pela absorção do cadastro de
empresas fornecedoras e que farão parte do sistema operacional do
transportador. As empresas fornecedoras são classificadas no campo primário
como sendo as transportadoras e as empresas de mão-de-obra especializada
nos procedimentos de carga e descarga de veículos. No campo secundário,
28
são classificadas as empresas que prestam serviços de apoio, como limpeza,
segurança patrimonial, escoltas e outras.
Passando ao campo especifico, além do cadastro e triagem das
empresas prestadoras de serviços o Setor de Cadastro deve ser dinâmico e
preciso na avaliação sobre a mão-de-obra disponibilizada pelas empresas
contratadas, independentes, da condição ou vínculo contratual da pessoa física
com a pessoa jurídica. Isto porque, nem sempre, os fornecedores dispõem dos
métodos requeridos para a perfeita triagem do seu pessoal ou mesmo contam
com mecanismos de avaliação periódica que possibilitem a detecção da
tendência de problemas.
O crachá ou qualquer outra credencial que permite o acesso permanente
a um processo não pode significar a facilidade de interferências indesejáveis às
informações restritas ou aos procedimentos de segurança. Esta de posse
pessoal pode conduzir a sérios prejuízos devido à inércia sobre a necessidade
de impedimento imediato do acesso do indivíduo ao sistema. Caçar um crachá
ou cartão não é tão simples como bloquear uma porta através de sistemas
eletrônicos de controle a cada acesso.
O Setor de Cadastro talvez seja um dos mais importantes dentro da
estrutura operacional do gerenciamento de riscos no transporte rodoviário de
cargas, principalmente, se considerar a sub-contratação do motorista e veículo
pela empresa fornecedora de transportes. Nele reside a responsabilidade
primária sobre tudo o que de satisfatório se pretende alcançar com o sistema.
Uma falha na etapa de triagem pode comprometer todo o projeto devido à
infiltração indesejada.
Como principal característica o sistema de cadastro deve ser ágil, de
maneira a reunir habilidades que permitam em curto espaço de tempo recorrer
a sistemas descentralizados de informações e, por um profundo cruzamento de
dados, oferecer resultados precisos sobre o histórico pesquisado de empresas
ou pessoas de forma a demonstrar as tendências de problemas.
O sistema de cadastro é um importante suporte para a tomada de
decisões e por isso deve ser ágil, transparente e de processamento 100%
29
informatizado de forma a aferir, desde o princípio, no ato do cadastramento, a
qualidade das informações que são oferecidas para a análise.
Sistemas trabalhados em planilhas ou por interlocução de qualquer
espécie (telefone ou rádio) causam ruídos que podem significar perda de
segurança ou tempo, além de não oferecerem garantias para o gerenciamento
de riscos.
2.2.6 - Setor de Desenvolvimento Tecnológico
Uma estrutura adequada de gerenciamento de riscos deve contar com
atualização constante. Seria um contra-senso imaginar-se a complexidade de
estruturas até aqui descritas sem estas estarem apoiadas por uma área de
tecnologia capaz de atender à demanda de necessidades especificas dos
clientes.
Esta área, também cliente do setor de análise de informações, atua de
forma a pesquisar os produtos disponíveis no mercado e realizar testes de
conformidade com vistas a homologar seu uso em determinados ambientes ou
projetos.
Esta área, formada por tecnólogos e profissionais de diversos ramos da
informática, também produz sistemas personalizados, aplicáveis ao processo
interno para garantia de resultados.
Além da pesquisa e desenvolvimento de sistemas informatizados, o
Setor de Desenvolvimento trabalha na descoberta e desenvolvimento de
fornecedores buscando o surgimento de ferramentas mais eficientes e com
menores custos para o gerenciamento de riscos.
Na linha operacional diária, mantém a atividade de gerenciamento de
riscos cuidando do suporte aos integrantes da operação, resolvendo dos mais
simples problemas relacionado ao usuário de microinformática até o
acionamento de planos de contingências que podem evitar a paralisação do
processo como nos casos de black-out energético ou inoperância do backbone
de acesso a Internet. Em síntese é o gerenciamento de risco dentro do
gerenciamento de risco.
30
2.2.7 - Setor de Averiguações
O Setor de Averiguações ao contrário do que se imagina não detém a
responsabilidade de partir para o problema com vistas a recuperar a carga e
minimizar os prejuízos. Este efeito é quando muito o fruto do resultado de uma
atividade precisa sobre a identificação das causas que levaram aos eventos
indesejáveis.
Neste caso, se identificada à causa o maior resultado estará, em
primeira instância, na possibilidade de reaver a credibilidade sobre o programa
de gerenciamento de riscos, pois, certamente, a falha foi detectada e será
corrigida. Aqui, entra-se novamente no PDCA. Por fim, a recuperação do
produto será a consagração do que antecipadamente já se extraiu.
Contrário a esses procedimentos básicos e de credibilidade
incontestável é que as ocorrências, ao longo dos tempos, assombrou o sistema
produtivo. Quer pelo fato de que o mau motorista viu a facilidade em registrar
uma ocorrência em delegacia de polícia e nunca foi incomodado por detetives
ou investigadores que estivessem atrás de novidades que pudessem
desvendar o crime, daí surgiu à fraude que se iniciou na falsa comunicação de
crime devido à falta de recursos ou de interesse policial sobre determinados
casos, quer pelo valor, pelo tipo de produto que não se recupera ou por outros
fatores.
Na mesma linha de pensamento, à ausência de vontade em se apurar
as causas permitiu que alguns viessem a registrar ocorrências fraudulentas e
ao serem descobertos não sofreram punições em razão da descontinuidade do
processo. Nestes casos o papel da seguradora como parte lesada após ter
para a sub-rogação de direitos indenizatórios deixou a coisa de lado por
acreditar que sofreria represálias se viesse a constituir advogados para cobrar
providências do Estado.
Neste circulo vicioso a impunidade tornou-se imperativa para os novos
acontecimentos e a cultura social limitou-se aos restritos resultados da
imoralidade do sinistro e da minimização dos prejuízos pelo chamamento às
clausulas excludentes de apólices de seguros como meio cômodo de resolver
31
os problemas relacionados aos prejuízos ou em última instância ao famoso
incentivo da recuperação de bens.
Modernamente, os programas de gerenciamento de riscos devem
isentar-se destas atividades viciadas que conduzem o processo ao comodismo
do resultado pelo acaso. Para isso, necessita de um trabalho voltado para a
averiguação técnica em busca da resposta para as causas que levaram ao
prejuízo que superou as últimas barreiras de prevenção.
O Setor de Averiguações deve ser integrado aos demais setores, mas
ser independente em suas ações. Deverá contribuir com todos os setores
trazendo informações precisas sobre as conclusões colhidas no campo das
investigações.
32
CAPÍTULO III
Impacto de um bom Gerenciamento de Risco
O principal impacto do gerenciamento de risco está em fixar e manter um
elevado nível de segurança que garanta a integridade da carga durante o seu
deslocamento. Este impacto é facilmente percebido pelas transportadoras que
não adotam uma política de gerenciamento de risco, quando os eventos
imprevisíveis passam a ocorrem de forma constante durante o transporte da
mercadoria, fazendo com que os bens necessários não fiquem disponíveis no
momento exato para atender as necessidades dos clientes. Esse evento,
possivelmente, irá gerar uma insatisfação. E se mesmo com a reincidência de
sinistros o cliente não cancelar a parceria, a imagem da empresa sofrerá
desgaste e isso não somente tem um custo elevado, como também perderá a
confiabilidade na empresa. Por isso é preciso que o gerenciamento de risco
seja planejado e controlado de forma que atenda com eficiência e eficácia a
demanda.
O bom gerenciamento de risco é responsável por coordenar a
tranqüilidade na movimentação de mercadorias, melhorando o serviço ao
cliente interno e externo. A melhora desse serviço se percebe na análise do
cenário nacional do transporte rodoviário com base nas ocorrências. Todavia,
manter os riscos é dispendioso porque imobiliza um capital significativo.
Reduzir, com responsabilidade, os riscos gera benefícios financeiros para as
empresas.
3.1 - Redução dos Riscos
Considerando que a representatividade da redução dos riscos é uma
busca por diminuir os custos relacionados ao transporte. Visto que um elevado
custo minimiza o resultado financeiro da empresa, devido às incertezas que
possam ocorrer durante o trajeto.
33
Segundo Maísa (2006), as principais medidas preventivas apontadas
para a redução dos riscos estão relatadas nos tópicos a seguir:
• Treinamento Adequado - O funcionário que trafega com o veículo de
carga, quando abordado por ladrões, deve estar treinado para saber agir
sem colocar em risco sua vida e a da sua equipe. A orientação inicial é
atenção em todos os momentos, desde a saída do local da coleta até o
local de entrega.
• Treinamento Técnico - O sistema de proteção veicular nos caminhões
é adotado de tecnologia de ponta. Os motoristas necessitam de
treinamentos constantes, para utilização dessas ferramentas, que inclui
computador de bordo para realizar a troca de mensagens ou
informações com a central. Esses profissionais devem sentir-se seguros
em relação ao manuseio, para que saibam utilizá-los nos momentos
convenientes.
• Processo Rigoroso de Seleção Pessoal - Como pré-requisito para
admissão ou contração nas empresas, é fundamental realizar uma
triagem, que inclui consulta da ficha criminal, CPF, Ministério da Justiça,
Serasa, empregos anteriores, localização da residência e histórico
familiar. Normalmente, a gerenciadora de risco contratada pelo
transportador possui um banco de dados, com motoristas já cadastrados
e autorizados para seguir viagem.
• Restrição de Horários de Circulação de Acordo com o Local - O
estudo de rotas de viagem, coletas e entregas permitem verificar por
quais bairros a carga deverá circular ou em quais trechos de rodovias.
• Auditoria para Verificar o Gerenciamento de Risco – Análise feita de
forma constante pelos embarcadores e operadores logísticos realizando
auditorias nos veículos de cargas e armazém dos transportadores, para
verificar se o sistema de proteção veicular utilizado é adequado para a
operação, quais os procedimentos adotados como medidas preventivas
ao roubo da carga e se esses métodos estão sendo cumpridos até os
locais de entregas de suas mercadorias.
34
• Comprometimento dos Funcionários - O que tem gerado maior
comprometimento entre os funcionários das empresas é a satisfação e a
remuneração adequada. Políticas de incentivos, em forma de prêmios
financeiros, programas de atendimentos médicos, hospitalares e
psicológicos, extensivos aos familiares, além do sentimento de
valorização, como importante no processo produtivo das empresas,
contribuem para a eficiência do gerenciamento de risco.
• Não Trafegar com Excesso de Peso - A partir da conscientização de
que a malha rodoviária nacional é um bem público, todos devem
contribuir para a perfeita manutenção, Estradas com buracos é propício
para a ocorrência de abordagens, já que os condutores dos veículos são
obrigados a trafegar com a velocidade reduzida. Entretanto, o
transportador deve ter a consciência de que transportar com excesso de
peso danifica um patrimônio utilizado por ele diariamente.
3.2 - Indicadores de Desempenho
Cabe a empresa definir os tipos de indicadores de desempenho que são
mais válidos que trarão respostas às dúvidas sobre o desempenho atingido.
Mais sempre se deve considerar o ambiente em que a empresa está inserida.
Takashina (1996) afirmam que os indicadores são essenciais ao
planejamento em virtude de possibilitarem o estabelecimento de metas
quantificáveis e a sua disseminação na empresa, além de serem essenciais ao
controle, pois com a análise dos indicadores pode-se fazer uma análise do
desempenho da empresa, visando à tomada de decisões e planejamento.
Oliveira (1995) afirma que os indicadores permitem que as empresas
avaliem seu nível de competitividade e o compare com outras empresas do
setor, estabelecendo suas metas para melhoria contínua. É extremamente
importante para a geração de indicadores a definição de um conceito de
qualidade de acordo com os objetivos da empresa e a determinação de
estratégias visando ao aperfeiçoamento da qualidade.
35
Indicadores de desempenho têm como objetivo medir o grau de uma
meta de desempenho ou atendimento de um objetivo estratégico. Para isso,
unidades de medidas devem ser expressas de forma significativa para aqueles
que vão utilizá-los no monitoramento ou para a confecção de planos de ação
com base na informação coletada.
Os indicadores devem servir de apoio para detectar as causa e efeitos
de uma ação, e não apenas de resultados, segundo os objetivos devem ser
agrupados de forma estratégicos, sendo também indicados para o
gerenciamento do sistema em questão. Esses indicadores são medidas
quantitativas dos objetivos dos gerenciadores de riscos, permitindo determinar
a situação atual, bem como identificar as mudanças e transformações que
ocorrem no cenário do transportador de carga rodoviário, para o planejamento
do futuro.
Ao serem utilizados, os indicadores de desempenhos tem a função de
auxiliar as operadoras de transporte de carga na identificação de situações
insatisfatórias, e para que os indicadores possam intervir e estabelecer metas
para uma melhoria contínua, os índices divulgados devem estar sob constante
vigilância e serem utilizados para suas conclusões, tomadas de decisão,
resoluções e normatizações no sistema de gerenciamento de risco.
3.3 - Medidas de Desempenho
Para Hronec (1997), medidas de desempenho são sinais vitais da
organização e elas qualificam o modelo de como as atividades de um processo
atingem suas metas. Assim, as medidas de desempenho respondem à
pergunta: como você sabe?
São através das medidas bem definidas que as empresas
transportadoras irão monitorar e avaliar as informações obtidas através do
sistema de gerenciamento de risco para melhoria de suas operações.
Segundo Nauri (1998), o objetivo de sistema de medição de
desempenho em organizações é estabelecer o grau de evolução ou de
estagnação de seus processos, assim como na própria adaptação ao uso de
36
seus bens e serviços, fornecendo informação adequada, no momento preciso,
a fim de tornar as ações preventivas ou corretivas que levem a conquista das
metas organizacionais.
Para uma melhor análise de desempenho das transportadoras de carga
que utilizam o sistema de gerenciamento de risco, faz–se necessário à
identificação, medição e avaliação de indicadores, podendo ser analisada
quanto a sua eficiência e sua eficácia.
Quanto aos conceitos de eficiência e eficácia, efetividade e
produtividade adotaram-se as seguintes definições, segundo Lima (2001):
• Eficácia: refere-se à capacidade de executar uma determinada tarefa de
maneira a atingir os objetivos estabelecidos;
• Eficiência: refere-se à capacidade de executar corretamente uma
determinada tarefa com o melhor aproveitamento dos recursos
disponíveis.
• Efetividade: refere-se à capacidade de executar corretamente uma
tarefa de forma otimizada atingindo o objetivo estabelecido;
• Produtividade: é um conceito que se define através de uma relação,
qual seja a relação entre o resultado de determinado processo e os
recursos necessários para a execução deste mesmo processo.
Considerando em especial as transportadoras de cargas operando no
Brasil que transportam produtos de alto valor agregado, o impacto com alto
custo com a logística, exige dessas empresas um melhor gerenciamento de
risco. Dessa forma devemos aproveitar por completo a capacidade dos
veículos, retornando sem carga e onerando o custo da tonelada transportada.
Segundo Ferraz e Torres (2004), uma vez definido o tipo de transporte a
ser realizado, (levando em consideração o modo pelo qual iremos transportar a
carga, seu local de origem e destino e a quantidade de unidades a ser
transportada nos diversos intervalos de tempo), para que a eficiência
econômica seja máxima, o custo mínimo deve-se:
37
• Reduzir ao mínimo à distância de transporte, a fim de minimizar:
quilometragem percorrida dos numero de veículos utilizados, gasto com
combustível, pneus, lubrificantes, acessórios, peças, salários, encargos
sociais e investimento em veículos.
• Utilizar a máxima velocidade possível, a fim de reduzir ao mínimo o
tempo de viagem e, assim, minimizar os números de veículos e os
gastos correspondentes.
• Empregar veículos com o máximo de capacidade, compatível com a
demanda de passageiros e com geometria da via, a fim de reduzir a
quilometragem rodada e o número de veículos, reduzindo desta maneira
os gastos.
38
CONCLUSÃO
As tecnologias desenvolvidas pelos sistemas de seguranças
proporcionam aos embarcadores, operadores logísticos e transportadores, a
utilização de equipamento de ultima geração capaz de oferecer informações
sobre localização de veículos de cargas, considerada fundamental nos dias
atuais. Tendo o transportador à importante missão de compor a carga nos
diversos veículos, com o objetivo de cumprir os prazos estabelecidos de
entrega e zelando pela integridade física das mercadorias.
Aos empresários, funcionários, colaboradores, agregados, dirigentes e
parceiros do Transporte Rodoviário de Carga, cabem a todos o
comprometimento individualizado como cidadão brasileiro, que assumem com
responsabilidade em colaborar pela construção de um país melhor, embora
seja impossível eliminar totalmente o roubo de cargas, mas é possível
minimizarmos as ocorrências. A cooperação individual proporcionará ao país
uma vivência de uma realidade melhor com a que é vista.
A partir deste presente estudo, sugerem-se, como propostas para novas
pesquisas o aprofundamento da questão do gerenciamento de risco, tratada no
decorrer deste estudo, através da comparação de medidas de prevenção de
perdas adotadas em países desenvolvidos, bem como as questões sociais,
violências urbanas, inovações tecnológicas, infra-estrutura em termos de
rodovias, o modo de investimento dos recursos governamentais.
Bem como a análise de outros fatores de risco de carga, como os
relacionados à responsabilidade social com o meio ambiente e o transporte de
cargas perigosas nocivas à natureza, é igualmente importante para a melhoria
no setor de transporte rodoviário de carga dentro uma ampla visão nacional.
39
BIBLIOGRAFIA
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empresarial, 5ª. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
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São Paulo: Makron Books, 1997.
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Liquidez, retorno e criação de valor, Rio de Janeiro: UFRJ, 2004.
40
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1995.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento Estratégico:
Conceitos metodologia práticas. 23º. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
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Rio de Janeiro: UFRJ, 2003.
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41
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em
administração. 7ª. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
42
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
GERENCIAMENTO DE RISCO 10
1.1 – Importância do Gerenciamento de Risco 11
1.2 – Tipos de Gerenciamento de Risco 13
1.3 – Custos Associados ao Gerenciamento de Risco 16
1.4 – A Política de Prevenção de Perdas no GR 16
CAPÍTULO II
ESTRATÉGIA DO GERENCIAMENTO DE RISCO 19
2.1 – Método de Análise de Risco 20
2.2 – Estrutura do Gerenciamento de Risco 23
2.2.1 – Setor de Planejamento 24
2.2.2 – Setor de Controle Operacional 25
2.2.3 – Setor de Apoio Operacional 26
2.2.4 – Setor de Análise de Informação 27
2.2.5 – Setor de Cadastro 27
2.2.6 – Setor de Desenvolvimento Tecnológico 29
2.2.5 – Setor de Averiguações 30
CAPÍTULO III
IMPACTO DE UM BOM GERENCIAMENTO DE RISCO 32
3.1 – Redução dos Riscos 32
43
3.2 – Indicadores de Desempenho 34
3.3 – Medidas de Desempenho 35
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA 39
ÍNDICE 32
ÍNDICE DE FIGURAS 44
44
ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1 – COMPOSIÇÃO PERCENTUAL DAS CARGAS 20
FIGURA 2 – DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO 21
FIGURA 3 – CICLO DE P.D.C.A 23
FIGURA 4 – MATRIZ DE INFRA-ESTRUTURA APLICADA AO
GERENCIAMENTO DE RISCO 24