Upload
ngohanh
View
215
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
MBA DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
A INDÚSTRIA DO ENTRETERIMENTO NOS DIAS DE HOJE
Nome: Rodrigo do Nascimento Gallo
Professor: Paulo José Gonçalves
Centro
2016
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
MBA DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
A INDÚSTRIA DO ENTRETERIMENTO NOS DIAS DE HOJE
Objetivo: Este trabalho atende como Monografia de Dissertação para a Pós Graduação Lato Sensu MBA de Gestão de Recursos Humanos
3
AGRADECIMENTOS
Aos Professores do curso de Gestão de Recursos Humanos da AVM. Camila Santo, Diretora do GIM. Victor Soares, Humberto Rosa e Thairon Mendes da Red Line Filmes. Eduardo Mcfyte da Gryfus Filmes. Roger del Pozo e Miriam Estevan da New York Academy Films.
4
DEDICATÓRIA
A Minha namorada Tatiana Ishihara. Meus pais e meu irmão. Meu ex-professor Mauro Sá. Meu antigos parceiros do grupo Cuecas de Plantão Ary Aguiar Junior, Bruno Seixas, Fenando Coolbano, Ramom Ribeiro, Fabio Felix, Wagner Torres, daniel Bisogni, Luiza Valente, Mariana Cabral e Isabelle Grendene e toda a equipe técnica.
5
RESUMO
A Monografia tem como objetivo retratar o Networking e a Indústria do Entreterimento. Tanto no Brasil como no mundo o acesso a internet cresceu muito nos últimos anos. Para entender o networking, é necessário entender o que é o Show bussinnes ou em outras palavras a Indústria do Entretenimento. Os trabalhos de canais como o Nada Original, Porta dos Fundos e Parafernalha fazem com que muitos produtores e diretores recorram ao networking. O Showbussines existe desde os tempos antigos. O Homem Primitivo se expressava através da pintura, música e da dança. Passando pelo teatro grego e a Roma antiga, a indústria se consolidou. Com a Idade Média tudo mudou. Surge o teocentrismo onde todas as coisas estão centrados na figura de Deus. Com o Renascimento, a Indústria toma um novo fôlego. Depois de um certo tempo, surge a Indústria do Entreterimento Audiovisual. Começa com a criação dos Irmãos Lumiére chamado cinématographe, uma máquina de filmar e projetor de cinema, o sucesso dos filmes de Hollywood, o surgimento do Cinema Brasileiro e vai até a internet como a conhecemos. A qualidade de vida do trabalhador esta em evidência e relata o caso do Jovem Meredith Hunter, morto durante um show dos Rolling Stones. Através dele, irá abordar a Síndrome de Urgência e o Assédio Moral como patologias na Indústria do Entreterimento. Também a monografia aponta para a questão da importância do Ciclo de Gerenciamento e do Jeito disney de encantar as pessoas. A Importância dos estudos de diane Darling sobre o Networking e os desafios da Indústria nos dias de hoje através da Hiperinformação, Globalização e Hipercompetividade. Mostar também a Complexidade do Showbussiness como um todo. O que avançou e os novos desafios para os dias de hoje.
6
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
BREVE HISTÓRICO DO SHOWBUSSINESS 10
CAPÍTULO II
O SURGIMENTO DO AUDIOVISUAL
2.1 Os Primórdios do audiovisual 16
2.2 Enquanto isso no Brasil 18
2.3 O Surgimento da Internet 21
CAPÍTULO III
O BEM ESTAR O ELENCO E DO PÚBLICO
3.1 Qualidade de Vida e Saúde do Trabalhador 24
3.2 O Show de Altamont Speedway Free Festival,
5 de dezembro de 1969. 26
3.3 A Síndrome de Urgência 28
3.4 Assédio Moral 29
CAPÍTULO IV
O CICLO DE GERENCIAMENTO E O JEITO DISNEY DE ENCOANTAR AS PESSOAS
4.1 Antes do tapete Vermelho, Organizar os Ciclos 35
4.2 Atividades Contínuas para Recrutar melhor. A Internet como aliada 39
7
CAPÍTULO V
CHAMANDO PESSOAS ATRAVÉS DO NETWORKING
5.1 Diane Darling e o Networking 41
5.2 Hiperinformação, Globalização e Hipercompetividade 43
CAPÍTULO VI
A COMPLEXIDADE DO SHOWBUSSINESS 46
CONCLUSÃO 51
BIBLIOGRAFIA 55
8
INTRODUÇÃO
A Monografia tem como objetivo retratar a Indústria do
Entreterimento e o Networking. Tanto no Brasil como no mundo o acesso a
internet cresceu muito nos últimos anos. Em especial, as crianças e
adolescentes são os que mais acessam já que em canais abertos, houve uma
extinção de programas infanto-juvenis.
Canais como o Nada Original, Porta dos Fundos, Parafernalha,
Galinha Pintadinha dentre tantos outros são acessados todos os dias por este
novo grupo consumidor. Mas para que o conteúdo que o povo assiste chegar
na internet, precisa-se entender o que é a Indústria do Entreterimento bem
como sua complexidade.
A indústria do Entretenimento(também chamada pela expressão da
língua inglesa show business, abreviado para show biz) refere-se a várias
esferas que envolvem as artes performáticas, de seu lado financeiro (incluindo
empresários, produtores e distribuidores), ao criativo (artistas, compositores e
músicos, entre outros), passando também pelo estrutural (cinema, televisão,
teatro e música) (Wikipedia, 2015).
Com o passar dos anos, esta indústria ganhou autonomia e criou
mecanismos próprios tanto em chamar pessoal para trabalhos audiovisuais no
setor artístico e no setor técnico. Além de chamar grandes empresas para fazer
parcerias.
Muitos produtores e diretores recorrem a internet todos os dias. Eles
procuram desde referências até habilidades. Isso tanto artisticamente quanto
tecnicamente.
No capítulo 1, Tem um breve histórico da Indústria do
Entreterimento. Desde o tempo dos homens das cavernas, o homem sempre
se preocupava em se expressar. Ele se expressava através de pinturas,
danças e musica.
9
No Capítulo 2, será retratado a Indústria Cinematográfica até o
surgimento da internet. Passará da criação dos Irmãos Lumiere, passando por
Hollywood. Contará o surgimento do Cinema Brasileiro. Vai ser contado os
primórdios do cinema até o sucesso da Atântida, O Cinema Novo, a Boca do
Lixo, A Pornochanchada, a extinção do Cinema no Governo Collor e o
Renascimento da Indústria Cinematográfica no Governo Itamar. Relata o
surgimento da internet e do sucesso do Orkut, primeiro site de relacionamento
no mundo. Através dele, surgiu a palavra networking.
Capítulo 3, dá o destaque a qualidade de vida do trabalhador dentro
da Indústria do entreterimento. Fará um relato sobre o Festival de Altamont
Speedway Free no dia 6 de dezembro de 1969. Considerado por muitos o pior
dia da história do Rock. Com isso, relata-se a Síndrome de Urgência e o
Assédio Moral.
Capítulo 4, fala da Importância do Ciclo de Gerenciamento e o Jeito
Disney de encantar os cilentes. Toda a empresa, incluindo o show bussness,
deve ter. Mais do que filosofia, é política e missão. É importante mencionar as
Atividades Contínuas e a Importância de Recrutar Melhor.
Capítulo 5, O networking como instrumento para o recrutamento.
Diane Darling fala da importância do Networking e seus desafios. Fala sobre a
questão da Hiperinformação, Globalização e da Hipercompetividade.
Capítulo 6, Se menciona a complexidade da Indústria do
Entreterimento nos dias de hoje. Duarante os ultimos anos, o Brasil cirou
cursos que vão além de mecanismos para se entender melhor qual a demanda
do audiovisual nos dias de hoje.
10
CAPÍTULO I
BREVE HISTÓRICO DO SHOWBUSSINESS
Segundo Mauduit (1964), a arte é o que há de mais peculiar ao
homem: algumas espécies de animais nos fornecem a esse respeito, certo
número de provas. Toda sorte de criaturas extintas aí registrou seus
movimentos, os quais ainda são possíveis ler: o verme que penetra na lama, a
estrela do mar que se arrasta na areia da maré baixa, caminhando
apressadamente rumo ao mar, tudo está inscrito. A própria direção do vento se
pode ler no rochedo que ele esculpiu.
O homem que conheceu os tempos benignos do princípio do
Quartenário, antes de se refugiar nas grutas, vivera da colheita dos frutos ou
raízes que podia apanhar, dos peixes e da caça. Posteriormente por volta do
ano 10.000 antes de Cristo, as geleiras se afastaram. Ele abandonou o abrigo
das grutas e a vida se tornou fácil. Populações de todas as glaciais levantam
âncoras em direção a outras regiões melhores. Novas técnicas vieram à luz; o
homem conheceu os animais domésticos, a fiação, a tecelagem e a técnica do
polimento da pedra. Descobriu um modo de cuidar da terra após dar uma forma
de recipientes. A essa época é quase dá o nome de Neolítico e nos países
europeus ela findará com a aparição dos metais, cobre e bronze a princípio e o
ferro em seguida, isto é, 2.000 anos antes de Cristo (Mauduit, 1964, p.56).
Um exemplo de ser pré-histórico mais evolutivo foi o homo sapiens.
Revolucionou as condições de vida. Por uma nova técnica de talho, conseguia
tirar dos blocos de pedra lascas muitas longas designadas pelas laminas. Ele
soube talhar a matéria óssea, fazer os retoques que lhe permite modificar as
lamina brutas e criar toda uma série de utensílios especializados (Idem; p. 62).
Segundo Sacks (s.d.), a dança foi à primeira das artes. A música e a
poesia se passam no tempo, as artes plásticas e a arquitetura modelam o
espaço, mas a dança vive conjuntamente no espaço e no tempo. O criador e a
11
criação, o artista e a obra fazem um só corpo. Antes de confiar suas emoções à
pedra, ao verbo, ao som, o homem serve-se de seu próprio corpo para
organizar o espaço, para ritmar o tempo.
A dança se desenvolve o mais comumente sob a forma de um
círculo, fazendo o ou os personagens do centro irradiar sua energia sobre os
dançarinos, a menos que estes não recebam as forças emanadas daqueles
(Mauduit, 1964; p.152).
Não se sabe como a Indústria do Entreterimento surgiu. Não se sabe
qual foi o primeiro espetáculo ou peça de teatro. Sabe-se que o Homem
sempre buscou uma forma de lazer. Com a evolução do homem durante os
séculos, novas formas de entreter surgiram.
O teatro grego é um dos mais antigos do mundo e também o mais
atual.
Segundo Boal (2005, p. 35), a discussão sobre as relações entre
teatro e política é tão velha como o teatro...ou como a política. Desde
Aristóteles e desde muito antes, já se colocavam os mesmos temas e
argumentos que ainda se discutem. De um lado se afirma que a arte é pura
comtemplação e, de outro, que pelo contrário, a arte apresenta uma visão do
mundo em transformação e portanto, é inevitávelmente política, ao apresentar
os meios de uma transformação, ou de demora-la.
Para o comediógrafo grego Aristófanes (s.d), “ o comediógrafo não
oferece prazer como se deve como deve também ser um professor de moral e
um conselheiro político.”
Foi Aristófanes quem escreveu A Greve o Sexo. Esta peça conta a
história de um grupo de mulheres que queriam o fim da guerra a todo
momento. Elas não fariam sexo com seus maridos se a guerra não acabasse
(Gallo 2016).
Outro autor grego a destacar foi Sófocles que escreveu a peça Édipo
Rei.
12
A mais trágica das tragédias de Sófocles,a que certamente devia ter
produzido maior reação por parte da assistência, é a que explora a lenda do
infeliz rei tabano cujo nome ficou ligado a dois crimes que maior terror que
causava m aos gregos de outrora: o parricídio e o incesto (Mello e Souza,1997
p. 5).
Entretanto, Sófocles foi um artista da palavra que alterou a estrutura
da tragédia grega através da introdução de um terceiro ator, o que conferiu
maior complexidade à trama e a construção da personagem (Idem).
Sófocles conta nesta peça que uma terrível praga cai sobre a cidade
de Tebas. Pelo que se sabe o assassinato do rei Laio é a causa deste horror. O
rei Édipo esta proecupado com seu povo e recorre a Tirésias, um profeta para
encontrar uma solução. A solução para isto é encontrar o assassino do antigo
rei. Tirésias não que ajudar Édipo já que é ele o assassino.
Mello e Souza relata (1997), no final da peça que os personagens
encontram uma grandeza e uma quietude que não conheciam antes.
Para Anold Hausser em seu livro A História Social da Literatura e da
Arte:
“Os aspectos exteriores do espetáculo teatral para as massas eram,
sem dúvida democráticos. Mas o conteúdo era aristocrático. Extaltava-se o
indivíduo excepcional, diferente de todos os demais mortais: isto é, o
aristocrata”.
Atenas era uma democracia imperialista e as suas guerras traziam
benefícios apenas para a parte dominante da sociedade. A própria separação
do protagonista do resto do coro demonstra a impopularidade temática do
teatro grego. A tragédia grega é francamente tendenciosa. O Estado e os
homens ricos pagavam as produções e naturalemnte não permitiam a
encenação de peças de conteúdo contrário ao regime vigente (Hauser apud
Boal, 1997, p. 33).
13
Anos depois, Roma iria conquistar a Grécia. Porém enquanto os
gregos invadiram por terra os gregos, por sua vez, os gregos invadiram Roma
intelectualmente. Todos os deuses gregos, foram “adaptados” e se tornaram
gregos romanos.
Ex: Alem de Zeus (Jupiter para os Romanos) existia Dionísio
(também chamado de Deus Baco para os Romanos), onde ele era o Deus que
personificava a embriagues do vinho. Simbolizava a libertação das amarras
sociais e morais, a entrega aos prazeres e ao êxtase místico (Carvalho, 1999,
p.44).
Seu cortejo era formado por sátiros e pelas bacantes ou mênades,
mulheres em transe, vestidas coma peles de animais sacrificados, dançando
com feras selvagens e comendo carne crua. Sua rivalidade com Hera
simbolizava o contraste entre a liberdade sem limites da natureza e a ordem e
regras do mundo civilizado (Idem).
No Ultimo frio de dezembro, no ano de 406, segundo nossa
cronologia, o Reno congelou, fornecendo a ponte natural que centenas de
famílias de milhares de homens, mulheres e crianças famintas tanto
aguardavam (Cahill, 1999; p.11).
Segundo Cahill (1999), os cidadãos de Roma, mal puderam crer
quando, próximos ao final da primeira década do século V, acordaram com os
exércitos de Alairco, rei dos visigodos, acompanhados diante dos portões da
cidade.
Alairco disse (406): “Meus homens varrerão a cidade levando todo o
ouro, a prata e qualquer outro objeto de valor que pudesse ser carregado. E
mais, libertaremos e levaremos todos os escravos bárbaros.”.
A segurança de Roma chegou ao fim e um novo mundo foi
concebido.
Entramos agora na Idade Média.
14
O que esta prestes a ser perdido no decorrer do século das invasões
bárbaras é a literatura - o significado da civilização clássica. Os Bispos já não
podiam confiar na opinião de seus rebanhos – cada vez mais, constituídos de
analfabetos oprimidos e mal informados, além disso, provavelmente,
agradava–lhes ver seu próprio poderio crescer à custa do povo (Cahill, 1999).
A tradição cristã ensinou ao homem envergonha-se do seu corpo.
Paulo em suas cartas conclama o povo de Coríntios a fugir da imoralidade
contra o corpo. Diz “Paulo” Vocês não sabem que o seu corpo é templo do
espírito santo que está em vocês e lhe foi dado por Deus?”(Paulo, Coríntios 18-
20)”. O apóstolo ensina o preço a se pagar pela vida moral. Deus é confundido
com um ente moral e a condição para viver a vida em deus é a privação do
Corpo (César appud Bettin, 2006).
As peças de Teatro na época exaltavam a importância dos
ensinamentos bíblicos. Vai desde a criação do mundo, a vida de cristo e o
apocalípse (fim do mundo).
O Corpo só volta a ser valorizado com o surgimento do
Renascimento e do Iluminismo.
No Renascimento, surgem várias figuras célebres de nossa História.
Dentre elas esta o pintor, escultor e inventor Leonardo da Vinci.
Durante sua permanência em Florença, ele se hospedou no Hospital
de Santa Maria Nuova, e o Anônimo nos dizem que ali lhe deram a
oportunidade de fazer dissecações. Quase todos os desenhos do manuscrito
anatômico B datam deste período. Muitos representam músculos,
especialmente das pernas e coxas, e por isto podem estar relacionados aos
desenhos para a Batalha de Anghiari (Clark, 2001; p.234).
A Batalha de Anghiari foi, por vários motivos, a encomenda mais
importante de Leonardo. No auge de sua capacidade, foi-lhe entregue um tema
idealmente adequado ao seu gênio (Idem, p.237).
15
Segundo Clark (2001), Leonardo fez vários estudos magníficos de
nus. Apesar de Leonardo ser capaz de fazer um nu quando quisesse, não
estava preparado para torná-lo o tema central de uma composição.
Por volta de 1.500, suas pesquisas já haviam atingido um nível muito
além do necessário para a arte e pintura, e ele havia começado a mergulhar
nos centrais da biologia, estudando a reprodução. Um famoso desenho
anatômico representando o coito de um homem e uma mulher mostra o
estranho distanciamento com o qual ele observava este momento tão
importante na vida de um homem comum (Idem, p. 278).
Desde então, o mundo não parou de mudar assim como as artes.
Entramos agora na época dos Irmãos Lumière.
16
CAPÍTULO II
O SURGIMENTO DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL
2.1 Os primórdios do audiovisual
Foram os Lumière que fabricaram o cinematógrafo
(cinématographe), uma máquina de filmar e projetor de cinema. O aparelho –
uma espécie de ancestral da filmadora – é movido a manivela e utiliza
negativos perfurados, substituindo a ação de várias máquinas fotográficas para
registrar o movimento. Este invento, contudo, causa polêmica, uma vez que
tem sido atribuído aos Lumière, mas teria sido inventado por Léon Bouly, em
1892, que perdeu a patente, registrada pelos Lumière a 13 de Fevereiro de
1895. A primeira projeção pública de apresentação do cinematógrafo ocorreu
em 28 de setembro de 1895, na primeira sala de cinema do mundo, o Eden,
situado em La Ciotat, no sudeste da França. A partir de então, as imagens em
movimento passaram a ocupar uma importante posição na cultura popular da
época.
Falamos dos Irmãos Lumiere, mas não podemos esquecer de
Georges Méliès, considerado pai dos filmes de ficção.
Méliès, além de ser considerado o "pai dos efeitos especiais", fez
mais de 500 filmes e construiu o primeiro estúdio cinematográfico da Europa.
Também foi o primeiro cineasta a usar desenhos de produção e storyboards
para projetar suas cenas. Era proprietário do Théatre Robert-Houdin, em Paris,
que havia pertencido ao famoso ilusionista francês Jean Eugène Robert-
Houdin. (Wikipedia, 2015).
17
Desde os tempos da antiga Grécia, a música e o drama vêm se
interrelacionando estreitamente. Foi então, um processo natural, que com o
advento do cinema mudo, a musica fosse utilizada como acompanhamento
para a ação na tela. (Tyger, 2011).
A primeira teoria do compositor Hanns Eisler no seu livro
“Composing for Films”, reside em assumir que o cinema mudo deve ter tido um
efeito fantasmagórico, como o teatro de sombras – sombras e fantasmas
sempre estiveram associados. A função mágica da música consistiu em
apaziguar os espíritos malignos que aterrorizavam o inconscientemente. (Eisler
apud Tyger, 2011)
Para Kurt London(s.d.) em seu estudo Film Music, ele desenvolveu a
idéia de que a música foi simplesmente introduzida para neutralizar o barulho
dos primitivos projetores da época. De acordo com London, foi mais uma
acústica inadequada do que qualquer necessidade artísitica a responsável pela
música de acompanhamento. “Institivamente os proprietários das salas de
exibição recorreram à música, e foi o meio mais correto de se neutralizar um
som desagradável, utilizando-se um mais agradável.”
Uma terceira e talvez mais certeira razão é a observação de Kurt
London de que a música de acompanhamento no cinema mudo expressa com
acentuação e profundidade, o ritmo do filme como arte em movimento (Tyger,
p.1, 2011).
Em 1927, o som finalmente foi sincronizado à imagem, e depois de
várias tentativas “The Jazz Singer” conseguiu pela primeira vez na história do
cinema o feito de um ator. Al Jolson, mover os lábios e o som de sua voz ser
ouvida ao mesmo tempo. A platéia dividida entre a curiosidade e a
possibilidade de estar sendo enganada, corria para atrás das cortinas para
conferir se havia ou não cantor e orquestra escondidos. A era do cinema mudo
se encerrava (Tyger, p. 2, 2011).
Porém, os barulhos da câmera continuaram enormes, condenando
os primeiros filmes sonoros a quase não terem movimento, porque as câmeras
tinham que ficar em cubículos à prova de som...Nascia a figura do engenheiro
18
de som, que agora, ao invés do diretor , dava a palavra final na aprovação de
uma cena (Tyger, p.3, 2011).
Em 1940, um estilo bem definido de música para cinema estava
estabelecido: o estilo sinfônico do romantismo europeu no século dezenove.
Uma das razões para isto foi o fato de que os grandes compositores eram
imigrantes europeus que tiveram formação musical em Viena ou Berlim onde
Wagner, Puccini, Richard Strauss e Mahler eram dominantes. Max Steiner,
Miklós Rósza, Eric Korngold, Franz Waxman e Bronislau Kaper compuseram a
maioria dos filmes de Hollywood neste período (Idem).
A chegada de Bernard Herrman a Hollywood, em 1940, causou
furor no mercado ao alterar profundamente as relações entre música e imagens
até então. Seu primeiro filme, Cidadão Kane (também seu diretor, Orson
Welles) é lembrado até hoje como um marco, seja pela utilização inusitada de
combinações de poucos instrumentos ( o que segundo ele, contrariava a
montagem cinematográfica, vertical por definição) e ao invés, a criação de
pequenas células musicais que cabiam literalmente em qualquer pequeno
“pedaço” do filme, seja pela sincronização de determinados acordes que
criavam tensão a momentos de suspense narrativa, tanto externa na ação
quanto interna na psicologia dos personagens (Idem).
2.2 Enquanto isso no Brasil
A Indústria Brasileira de cinema demorou a se consolidar. Entre os
anos de 1910 a 1930, houve o que foi chamado Ciclos Regionais. Logo depois
surge os Filmes de Vanguarda de 1920 a 1940. O grande exemplo foi o mítico
filme Limite de 1931. A direção foi de Mário Peixoto.
Segundo Almeida (2015) “Trata-se de um film para iniciados, feito
dentro de um subjectivismo integral, para expôr certos aspectos philosophicos
da vida, como, por exemplo, que as creaturas vivem com os movimentos
limitados no ilimitado do universo.”
19
Quando o Bonequinho, o ícone da crítica de cinema O GLOBO, foi
criado, em 1938, a Cinédia, primeiro estúdio brasileiro, fundado oito anos
antes, já havia produzido seus grandes sucessos de público, como a comédia
romântica Bonequinha de Seda (1936) de Oduvaldo Vianna. Era o início da
fase brasileira em que o cinema brasileiro tentaria reproduzir o esquema de
produção de Hollywood, que teve seu auge nas Chanchadas da Atlântica, nos
anos de 1940 a 1950, um gênero esnobado pela crítica nacional (Almeida,
2015).
Entre os anos de 1955-1970, surge o Cinema Novo. O Objetivo
desse novo tipo de filme é mostrar filmes mais realistas. Neste tipo de filme os
temas eram a miséria, a alienação religiosa e a política. Exemplo: Terra em
Transe de Glauber Rocha e O Pagador de Promessa de Ancelmo Duarte
(Ganharia a Palma de Ouro em Cannes de 1962).
Criada em dezembro de 1969, durante a ditadura militar (1964-
1985), a distribuidora de filmes S.A. , a Embrafilme, foi o primeiro grande
formentador oficial de filmes no Brasil. Seu surgimento alavancou a produção
nacional de 411 títulos nos anos 1960, para 839 na década seguinte. Datam
desse período, de forte censura ideológica, grandes sucessos comerciais como
Dona Flor e seus dois maridos (1976) de Bruno Barreto o maior sucesso de
bilheteria da história até então, com 10,7 milhões de espectadores e as
comédias dos Trapalhões, como “Os Trapalhões e as Minas do rei Salomão”
(1977) de JB Tanko, que vendeu 5,8 milhões de ingressos. Foi nesse cenário
que surgiu a Pornochanchada, responsável pelos hits como “A dama do
lotação” (1978) de Neville D`Almeida atraindo 6,5 milhões de marmanjos no
cinema (Idem).
Em março de 1990, o Governo do então Presidente Fernando Collor
publica no Diário Oficial a extinção de várias insituições federais incluindo a
Embrafilme. Ao extinguir o órgão, o governo escrevia um final melancólico para
um dos períodos mais frutíferos do cinema nacional, e deixava órfãos dezenas
de projetos em andamento (Idem).
20
Um ano depois, Collor iria assinar a Lei Rouanet. O dia era 23 de
dezembro de 1991.
A Lei Rouanet permite o incentivo à Cultura através de um
mecanismo de abatimento fiscal, onde pessoas físicas e jurídicas podem
deduzir do IR devido, os valores investidos em projetos culturais habilitados
(Panapana, 2015).
A lei permite o incentivo em diversas áreas culturais como : Teatro,
Dança, Circo, Ópera, Artes Plásticas e gráficas, Música, Literatura, Cultura
Popular, Artesanato, Patrimônio cultural material e imaterial (Idem).
Em 1992, Fernando Collor é afastado por corrupção. Seu vice,
Itamar Franco assume a presidência da república. No ano seguinte, o então
presidente assina a Lei do Audiovisual.
A Lei do Audiovisual, oficialmente Lei Federal 8.685/93, é uma lei
brasileira de investimento na produção e co-produção de obras
cinematográficas e audiovisuais e infra-estrutura de produção e exibição
(Idem).
A Lei do Audiovisual permite que o investimento seja até 100%
dedutível do Imposto de Renda, e o desembolso pode ser deduzido como
despesa operacional excluindo o valor investido no LALUR reduzindo a base
de cálculo do próprio IR e do adicional do IR(Idem).
Em 1995, o Cinema Brasileiro resurge.
Em Versão satírica da passagem da corte portuguesa no Brasil, o
filme Carlota Joaquina, Princesa do Brasil de Carla Camurati, conquista 1,4
milhão de espectadores. O Filme foi estrelado por Marieta Severo e Marco
Nanini. Logo depois vieram filmes como Guerra de Canudos (1997) de Sergio
Rezende, Baile Perfumado de Paulo Caldas e Lírio Ferreira (1997) O que é
isso Companheiro?(1997) de Bruno Barreto.
Nos anos seguintes, em 2002 surge o Favela Movie (Cidade de
Deus e Tropa de Elite) e as Neochancadas ( Os Penetras) em 2006.
21
2.3 O Surgimento da Internet
È impossível falar de audiovisual sem falar da internet.
A Internet é a maior rede mundial de computadores, aberta para
todos ( Janaína Abreu, 2015).
A rede mundial de computadores, ou Internet, surgiu em plena
Guerra Fria. Criada com objetivos militares, seria uma das formas das forças
armadas norte-americanas de manter as comunicações em caso de ataques
inimigos que destruíssem os meios convencionais de telecomunicações. Nas
décadas de 1970 e 1980, além de ser utilizada para fins militares, a Internet
também foi um importante meio de comunicação acadêmico. Estudantes e
professores universitários, principalmente dos EUA, trocavam idéias,
mensagens e descobertas pelas linhas da rede mundial (Sua Pesquisa, 2015).
Foi somente no ano de 1990 que a Internet começou a alcançar a
população em geral. Neste ano, o engenheiro inglês Tim Bernes-Lee
desenvolveu a World Wide Web, possibilitando a utilização de uma interface
gráfica e a criação de sites mais dinâmicos e visualmente interessantes. A
partir deste momento, a Internet cresceu em ritmo acelerado. Muitos dizem,
que foi a maior criação tecnológica, depois da televisão na década de 1950
(Idem).
A década de 1990 tornou-se a era de expansão da Internet. Para
facilitar a navegação pela Internet, surgiram vários navegadores (browsers)
como, por exemplo, o Internet Explorer da Microsoft e o Netscape Navigator. O
surgimento acelerado de provedores de acesso e portais de serviços on line
contribuíram para este crescimento. A Internet passou a ser utilizada por vários
segmentos sociais. Os estudantes passaram a buscas informações para
pesquisas escolares, enquanto jovens utilizavam para a pura diversão em sites
de games. As salas de chat tornaram-se pontos de encontro para um bate-
papo virtual a qualquer momento. Desempregados iniciaram a busca de
empregos através de sites de agências de empregos ou enviando currículos
por e-mail. As empresas descobriram na Internet um excelente caminho para
22
melhorar seus lucros e as vendas on line dispararam, transformando a Internet
em verdadeiros shopping centers virtuais (Idem).
Em 22 de janeiro de 2004 começou a funcionar na Internet, uma
comunidade virtual que ganhou fama entre os usuários brasileiros da Internet:
O Orkut. O nome do site deve-se ao seu criador, Orkut Büyükkökten, um
engenheiro de software, turco, que desenvolveu a rede social como um projeto
independente enquanto estudava na Universidade de Stanford e mais tarde
também enquanto trabalhava no Google. Criado nos Estados Unidos, o sistema
já contava com milhões de usuários ao redor do mundo (Maxwell, 2015, p. 44).
O que diferencia o Orkut de outras comunidades virtuais, e o que
justificou tanto sucesso entre seus usuários é, de acordo com Coscarelli
(2004), a possibilidade de criar uma página personalizada na qual exibe
fotografias e dados pessoais, ou seja, ele dá um “rosto” ao participante, dando
ar de intimidade à comunidade (Idem).
A Importância deste site foi muito grande já que muitas pessoas
puderam encontrar familiares e velhos amigos, fazer novos amigos,
compartilhar informações e por ultimo fazer a networking.
Segundo Janaína Abreu em seu Dicionário de Recursos Humanos.
(2015), networking é o que podemos mencionar uma rede de relacionamentos.
Para Diane Darling (2007), networking é a arte de criar e manter
relacionamentos vantajosos.
Seja no plano pessoal ou no profissional, você precisa dos outros
para se realizar. E a recíproca em verdadeira. Conhecer pessoas e deixar que
elas o conheçam é o ponto de partida para o processo (Darling, 2007, p. 8).
Fazer networking é como usar um fio dental. Você não precisa
gostar, mas tem de fazé-lo com competência porque é do seu interesse – e não
há como terceirizar o serviço (Idem).
23
E outras palavras são contatos que se obtem através da internet que
vai desde sites de relacionamento como o facebook até redes de comunidades
online.
Para Roger Del Pozo Diretor do Centro de Artes Cênicas do New
York Film Academy (2015), o networking é fundamental para o seu trabalho de
Cast Director. Del Pozo trabalha com uma gama muito grande de atores.
Quando um ator é escolhido para um determinado tipo de trabalho,
ele ganha uma comissão. Del Pozo não falou números já que este não esta
autorizado em falar. Nem ele falou quais foram os atores com que ele
trabalhou.
Portanto, isso mostra o como a Industria do Entreterimento hoje tem
a internet e a rede de computadores como sua principal aliada.
24
CAPÍTULO III
O BEM ESTAR DO ELENCO E DO PÚBLICO
3.1 Qualidade de vida e saúde do trabalhador
Para a Organização Mundial de saúde (1994), a percepção do indivíduo
de sua posição na vida no contexto da cultura e do sistema no quais ele vive e
em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações.
Segundo a Professora Gisele Levy (2015) existem vários conceitos e
modelos sobre Qualidade de Vida do Trabalhador, cada um fundamenta-se ou
apresenta um viés, conforme diversas expectativas.
Um dos conceitos é defendido por Limongi-França (1996):
“Qualidade de Vida no Trabalho é um conjunto de ações de uma
empresa que envolve diagnósticos e implantação de melhorias e inovações
gerenciais, tecnológicas e estruturais, dentro e fora do ambiente de trabalho,
visando propiciar condições plenas de desenvolvimento humano para e durante
a realização do trabalho.”
Levy (2015), coloca alguns pontos importantes para o trabalho de
Qualidade de Vida e saúde do Trabalhador:
• Aumento da produtividadee da competividade;
• Melhoria da imagem da empresa;
• Redução das faltas e das doenças;
• Melhoria no estilo de vida
Levy (2015) também fala da importância da saúde do trabalhador e da
saúde ocupacional que são pré-requisitos cruciais para a produtividade e são
de suma importância para o desenvolvimento sócioeconômico e sustentável.
25
De acordo com a OMS (1994), os maiores desafios para a saúde do
trabalhador são:
• Novas tecnologias;
• Riscos de saúde ligados as condições de trabalho;
• Envelhecimento da população trabalhadora.
Quanto à saúde Ocupacional, os problemas mais frequentes são:
• Fraturas;
• Cortes;
• Distenções
• Distúrbios por movimentos repetitivos;
• Problemas de audição entre outros.
A importância de ter noção destes dois problemas que afetam os
trabalhadores são de estabelecer normas para a segurança do trabalho no
qual são um conjunto de metodologias adequadas à prevenção de acidentes
do trabalho.
O objetivo é estabelecer os requistos técnicos e legais sobre os
aspectos mínimos de Segurança e Saúde Ocupacional.
O não cumprimento das disposições legais sobre segurança no trabalho
acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação
pertinente (Levy, 2015).
Isso nos leva a crer que o trabalhador no Showbussinees também esta
sujeito a adoecer ou a sofrer um acidente sem os devidos cuidados. A
Importância de se estudar a qualidade de vida no dias hoje faz com que
normas de segurança sejam adotadas.
No próximo item relata o show de Altamont Speedway free festival no
qual é lembrado por muitos estudiosos na Indústria do Entreterimento como o
pior dia do rock.
26
Neste evento, ainda discussões são feitas sobre a questão da segurança
no trabalho. Segurança essa feita por um grupo de motoqueiros dos Hell´s
Angels que fizeram uma segurança terrorista em troca de 500 dólares em
cerveja.
Também destaca-se a questão do assédio moral. Diego Molona falou
em sua peça Os Pequenos Poderes que são poderes “provisórios” porém
muitas pessoas usam e abusam.
Em outras palavras: mesmo com as normas de segurança que visam a
Qualidade de Vida de saúde do Trabalhador, muitos esquecem deste incidente
lamentável.
3.2 O Show de Altamont Speedway Free Festival, 5 de dezembro de 1969.
“/já muitas vezes chamado o pior dia da história do rock”
Christopher Sandford
A ideia surgiu como uma resposta bem-intencionada às reclamações
feitas na Rolling Stone e em outros lugares sobre o preço dos ingressos da
turnê, e parecia uma oportunidade de ouro para a demonstração no estilo
Woodstock de “congregação”. (Sandford, 2014, p. 232).
Uma inspeção mais minuciosa, porém, poderia ter revelado certos
problemas na administração das instalações que as próximas 24 horas de
vinho tinto barato, LSD em abundância e interações periódicas com os Hell´s
Angels, que deveriam cuidar da segurança do evento, só exarcebariam. Para
começar, o local do concerto, um terreno de 83 acres, era totalmente
independente –ou para colocar de outra forma, isolado (Idem).
A primeira indicação de violência veio poucos momentos depois
quando Mick Jagger desceu do helicóptero e um adolescente correu até ele e
socou o seu rosto, gritando “Odeio você, odeio você.” Aquela altura, o
Jeffferson Airplane já deixara o local. Seu set havia sido interrompido quando o
Hell´s Angels atacaram o cantor Martin Balin com porretes, deixando o
inconsciente.
27
O Grateful Dead chegou aos bastidores, deu uma olhada na
multidão cada vez mais anárquica, voltou para o helicóptero e partiu sem se
apresentar.
Segundo Sandford (2014), quando os Stones finalmente subiram ao
palco, iluminados por um canal de luz vermelho sangue, foram acompanhados
por 25 a 30 Hell´s Angels, e ao menos um enorme pastor-alemão sem coleira
farejando ameaçadoramente as pernas dos guitarristas.
Os show dos Roling Stones foi atrapalhado várias vezes começando
com o barulho de um cano de uma moto que parecia ser um tiro, isso fez com
que as pessoas se desesperassem. Logo depois, uma mulher de 90 kilos
completamente nua, tentou invadir o palco e foi recebida por meia dúzia de
Angels que a jogaram para fora do palco. As cenas de violência contiuaram. A
pior estava para vir (Idem, p. 236).
A 6 metros, de onde Mick cantava, um rapaz negro e alto com um
terno verde-limão apontava uma arma para cima. Ele pareceu congelar por um
momento antes de cair sob um ataque dos Angels. Alguém gritou. As pessoas
começaram a acenar com as mãos ensanguentadas para os Stones, e a
música terminou com um assobio agudo. (Idem, p. 236).
O homem de terno verde, Meredith Hunter, morreira mais tarde por
causa de vários ferimentos causados por uma faca. Ele tinha 18 anos.
Os Stones em breve encarariam críticas severas por seu papel em
Altamont. Grande parte da imprensa mostrou-se hostil, e , com um artigo do
tamanho de um livro, a Rolling Stone culpo seus hormônios ( Idem, p.237).
Mas para Sandford, (2014), Altamont não teve nenhum sistema de
segurança organizado apenas rodies gritando “ saiam da porra do palco” e
motociclistas com tacos de sinuca atacando os fãs.
28
3.3 Síndrome da Urgência
Este episódio lamentável da história da indústra do entrerimento nos
faz refletir algo importante. Muito se pensava em fazer uma nova Woodstook
com o Festival de Altamont. Mas sem Planejamento, Organização,
Implementação e Monitoramento é impossível que não haja um desastre como
este.
A síndrome de urgência é um comportamento autodestrutivo que
preenche temporareamente o vazio criado por necessidades não atendidas E
em vez de atender a essas necessidades, as ferramentas e as abordagens da
administração do tempo em geral alimentam essa dependência. Ele mantém o
foco na definição de prioridades diárias, todas elas urgentes (Covey, 2003 p.
29).
A síndrome da urgência é tão perigosa quanto qualquer outra
dependência.
Covey(2003) enumera a experiência da dependência:
1. Cria sensações previsíveis, confiáveis
2. Absorve toda a atenção
3. Alivia temporareamente o sofrimento e outras sensações
negativas
4. Proporciona uma sensação artificial de auto-estima, poder,
plenitude, controle, segurança, intimidade e realização.
5. Exacerba os problemas e sentimentos para os quais se
esta procurnado uma solução
6. Compromete o rendimento, provoca perda nos
relacionamentos.
29
Como a dependência química, a síndrome da urgência é um lenitivo
passageiro usado em excesso. Ele livia parte da pontiaguda dor causada pela
lacuna entre a bússola e o relógio. E o alívio pode lhe trazer um bem-estar na
hora. Mas é uma satisfação superficial que logo se evapora. E a dor
permanece (Idem, p. 37).
3.4 Assédio Moral
Segundo Lomba, (2008) No mundo organizacional atual existem
gestores adotando práticas gerenciais totalmente adversas às reais
necessidades e exigências do terceiro milênio. O campo do Comportamento
Organizacional, munido de estudos e pesquisas, proporciona a estes gestores
um conjunto de ferramentas não apenas eficazes para o alcance de resultados
nas organizações, como também para o desenvolvimento e satisfação no
trabalho por parte das pessoas.
Através dos tempos, o trabalho vem sempre significando fadiga,
esforço,sofrimento, cuidado, encargo; em suma, valores negativos, dos quais
se afastavam os mais afortunados (Lomba, p. 3, 2008).
A evolução dessa etiologia e desse passado se faz bastante
prudente porque guarda consonância com um cenário de violência no ambiente
organizacional donde emerge um fenômeno, que apesar de inivisível, vem
merecendo especial atenção das organizações, dos colaborados e da
sociedade como um todo devido aos danos que provoca. E este é o fenômeno
tem nome: Assédio Moral (Idem).
O Assédio Moral representa condutas abusivas, humilhantes e
constrangedoras, frequentes e no exercício das funções dos trabalhadores.
Também conhecido como bullying, harcèlement moral, mobbing, assédio
psicológico no trabalho, ou ainda, psicoterror, pode ocorrer entre diferentes
níveis hierárquicos (Idem).
30
Segundo Heinz Leymann (s.d.), psicólogo do trabalho sueco,
“Assédio moral é a deliberada degradação das condições de trabalho através
do estabelecimento de comunicações não éticas (abusivas) que se
caracterizam pela repetição por longo tempo de duração de um comportamento
hostil que um superior ou colega(s) desenvolve(m) contra um indivíduo que
apresenta, como reação, um quadro de miséria física, psicológica e social
duradoura”.
Definir o perfil da vítima é uma tarefa complexa, porquanto está
intimamente ligado ao ambiente de trabalho, à personalidade do agressor e à
capacidade de resistência do próprio assediado. Pode-se afirmar, então, que o
perfil da vítima é multifacetado (Lomba, 2008).
Lomba (2008), enumera o perfil do assediado. Geralmente o
assediado apresenta as seguintes características:
• É íntegro(a) e honesto(a);
• É saudável;
• É criativo(a);
• Tem crença religiosa e/ou orientação sexual diferente do
perverso;
• É dedicado(a) ao trabalho;
• É mais competente que o perverso;
• Não se curva ao autoritarismo, nem se deixa subjugar;
• Tem mais de 35 anos;
• É Portador(a) de Deficiência;
• Pertence à minoria étnica.
Com relação às mulheres, acrescentam-se ainda:
• Casadas;
• Grávidas;
• Aquelas que têm filhos pequenos.
As estratégias do agressor podem ser resumidas em:
31
• Escolher a vítima e isolar do grupo. Impedir que a vítima se
expresse e não explique o porquê. Fragilizar, ridicularizar, inferiorizar,
menosprezar frente aos pares;
• Culpar / Responsabilizar publicamente, podendo os
comentários de sua incapacidade invadir, inclusive, o espaço pessoal e
familiar;
• Desestabilizar emocional e profissionalmente. A vítima
gradativamente vai perdendo sua autoconfiança e o interesse pelo
trabalho;
• Destruir a vítima, desencadeando novas doenças e/ou
agravando as préexistentes. A destruição da vítima engloba vigilância
acentuada e constante;
• Livrar-se da vítima, que se vê forçado(a) a pedir licença
médica, transferência ou demissão; Impor despótica e autoritariamente
ao coletivo seu comando.
Martha Halfeld Furtado de Mendonça Schmidt (s.d.), em sua obra "O
Assédio moral no Direito do Trabalho", enumera as características que definem
o perfil do assediador através de observações feitas por trabalhadores:
• Profeta: Considera que sua missão é demitir
indiscriminadamente os trabalhadores para tornar a máquina a mais
enxuta possível. Para ele demitir é uma "grande realização". Gosta de
humilhar com cautela, reserva e elegância.
• Pit-bull: Humilha os subordinados por prazer. É agressivo,
violento e até perverso no que fala e em suas ações.
• Troglodita: É aquele que sempre tem razão. As normas são
implantadas sem que alguém seja consultado, pois acha que os
subordinados devem obedecer sem reclamar. É uma pessoa brusca.
• Tigrão: Quer ser temido para esconder sua incapacidade.
Tem atitudes grosseiras e necessita de público para conferí-las,
sentindo-se assim respeitado através do temor que tenta incutir nos
outros.
32
• Mala-babão: É um "capataz moderno". Bajula o patrão e
controla cada um dos subordinados com "mão de ferro". Também gosta
de perseguir os que comanda.
• Grande irmão: Finge que é sensível e amigo dos
trabalhadores não só no trabalho, mas fora dele. Quer saber dos
problemas particulares de cada um para depois manipular o trabalhador
na "primeira oportunidade" que surgir, usando o que sabe para assediá-
lo.
• Garganta: Apesar de não conhecer bem o seu trabalho,
vive contando vantagens e não admite que seus subordinados saibam
mais que ele.
• Tasea (“Tá se achando”): É aquele que não sabe como agir
em relação às demandas de seus superiores. É confuso e inseguro. Não
tem clareza de seus objetivos e dá ordens contraditórias. Se algum
projeto ganha os elogios dos superiores, ele se apresenta para recebê-
los, mas em situação inversa, responsabiliza os subordinados pela
"incompetência".
Este tipo de agressão não é um fenômeno novo, de fato, é tão antigo
quanto as próprias práticas de trabalho. O que ocorre é que, devido à ligação
direta e eficaz existente entre a saúde psíquico-emocional e o bem-estar físico
dos colaboradores com a produtividade e os lucros finais de uma organização,
uma atenção maior é dada a esta forma de assédio que já atinge um número
significativo e crescente de trabalhadores, tornando-se tema de pesquisas e
discutido mundialmente. casos, ainda é ignorado (Lomba, 2008).
Lomba (2008) identifica o Assédio Moral:
• Gestos e condutas abusivas e constrangedoras;
• Humilhações repetidamente e intimidação ao inferiorizar e
amedrontar;
• Não dar tarefas ou obrigar a fazer as que exijam qualificação
menor ou maior que o trabalhador possui;
• Perseguição, desprezo e o não cumprimento, ignorando a
presença;
33
• Boatos maldosos;
• Trabalhos degradantes;
• Não fornecimento ou remoção de todos ou parte dos instrumentos
e/ou
• documentos de trabalho;
• Colocação de um colega de trabalho controlando o outro,
disseminando a vigilância e desconfiança;
• Controle de idas a médicos;
• Desmoralização perante outros, afirmando que tudo está errado.
Além dessas condutas, há outras formas de controle e pressão
sobre o trabalhador, tais como:
• Brincadeira de mau-gosto quando o colaborador falta ao serviço
por motivo de saúde ou para acompanhar um familiar ao médico;
• Marcação sobre o número de vezes e tempo que vai ou fica no
banheiro;
• Vigilância constante sobre o trabalho que está sendo feito;
• Desvalorização da atividade profissional do trabalhador;
• Indução do trabalhador ao erro, não só para criticá-lo ou rebaixá-
lo, mas também para que tenha uma má imagem de si mesmo;
• Indução da vítima ao descrédito de sua própria capacidade
laborativa;
• Exigência de tarefas impossíveis de serem executadas ou exigir
realização de atividades complexas em tempo demasiado curto;
• Ridicularizações das convicções religiosas ou políticas do
trabalhador;
• Recusa à comunicação direta com a vítima, dando-lhe ordens
através de um colega de trabalho;
• Marcação de reuniões sem avisar o colaborador e posterior
cobrança de sua ausência.
34
Isso mostra que a Síndrome de Urgência e o Assédio Moral não
afetam apenas uma pessoa, mas várias pessoas. Isso quer dizer, que a
Industria do Entretenimento como um todo, tem que haver organização visando
segurança e bem estar.
Se colocarmos em comparação no que aconteceu em Altamont,
podemos mencionar que os Hell´s Angels fizeram Assédio Moral. Porque eles
não ameassaram apenas as pessoas que asstiam ao show, como também os
próprios músicos com atos de intimidação e violência.
Diego Molina em sua peça chamada Pequenos Poderes (2015)
relata que existe uma série de preconceitos e radicalismo que até pouco tempo
atrás parecia assumir claramente. Começou-se a tomar voz, rosto e nome bem
definidos.
A partir dessas questões, o texto desenvolve situações de conflito
inspiradas no cotidiano de nossa sociedade, mas realçadas através de um
humor ácido e crítico (Molina, 2015).
As esquetes mostram o como o poder, em muitos casos, pode
corromper o indivíduo. Mesmo sendo em um curto tempo. A pessoa que tem
este pequeno poder, ela se dá no direito de humilhar e subjulgar o outro.
Portanto, cabe a Gestão de Recursos Humanos não trabalhar em
uma sala aconchegante e fechada. Cabe ao gestor, conhecer o ambiente de
trabalho.
Segundo Mariana Baez (2015), é necessário ter uma visão
sistêmica. Isso quer dizer ver a empresa como um todo. O profissional de RH
precisa aprender como uma empresa funciona. Pense globalmente e haja
localmente.
Nos próximos capítulos, vamos mostrar o homem certo, no lugar
certo. Irá se exposto como o ciclo de gerenciamento pode ajudar na
organização dentro do Showbussiness. Como descobrir os talentos através do
networking.
35
CAPÍTULO IV
O CICLO DE GERENCIAMENTO E O JEITO DISNEY DE ENCANTAR
OS CLIENTES
4.1 Antes do tapete vermelho, organizar os ciclos
Este ciclo é muito importante para qualquer empresa principalemnte
para a Industria do entretenimento.
Segundo a Professora Maria Lucia Moreira (2015), eles são o
Planejamento, a Organização, o Monitoramento e a Implementação. Cada
uma dessas atividades são contínuas onde têm como objetivo: a solução de
problemas, a tomada de decisões, o envolvimento de pessoas e a
comunicação (ela pode ser Verbal ou escrita).
O Planejamento é a “entrada” para o exercício do papel gerencial, é
a própria definição e o enquadramento do que precisa ser feito para o alcance
dos resultados na empresa (Moreira, 2015).
Segundo Moreira (2015), A função da Organização é , na verdade,
uma continuidade natural consequente do planejamento.
Consiste no estabelecimento e na ordenação das condições
necessárias para tornar factíveis as intenções expressas no palnejamento.
Implementação é aonde o gerente implementa através de sua
equipe.
Aqui a atividade gerencial trata basicamente de:
• Reforço contínuo das expectativas de resultados.
• Coordenação das atividades.
• Assessoria e treinamento da equipe.
• Acompanhamento e acoselhamento.
• Influência e estabelecimento das condições para motivação.
36
• Gestão de resistência e conflitos
O Monitoramente é um processo de estar junto com os
subordinados, acompanhando progressos, ajudando a corrigir rumos,
fornecendo referenciais e adicionais, infulenciando, estimulando e
orientando.
Pensando na questão do ciclo de gerenciamento, surge um
objeto de estudo bastante importante para a Indústria do Entreterimento.
Em seu livro, O Jeito Disney de encantar clientes, Michael D.
Einser fala da importância de agradar os convidados. Em outras palavras,
os clientes.
Segundo Eisner (2011), todas as empresas buscam atingir a
mesma meta: atender melhor as pessoas que compram seus produtos e
serviços. Não importa se elas são chamadas de clientes, consumidores,
pacientes ou, no caso da Disney, convidados.
Os parques temâticos da Disney e seus inúmeros membros do
elenco fazem distinção clara entre palco e bastidores. Na linguagem da
Disney, os membros do elenco estão no palco sempre presentes nas áreas
públicas dos parques diante dos convidados (Eisner, 2011, p. 22).
Segundo Eisner (2011), este faz uma divisão entre elenco e
palco. Elenco seriam os funcionários, cenário seria os parques temáticos e
convidados seria o grande público.
No Disney Institute, o ciclo de atendimento de qualidade é
composto de quatro elementos principais: o tema do atendimento, padrões
de atendimento, sistemas de atendimento e integração (Eisner ,2011, p.
27).
Para a Disney (2011, p. 27), o ciclo de atendimento começa no
centro do circuito, com as necessidades, desejos, percepções e emoções
dos convidados.
37
O ciclo de atendimento de qualidade é centrado no tema do
atendimento de uma organização. O tema do atendimento é uma
declaração simples que, quando compartilhada por todos os funcionários,
se torna a força impulsionadora do atendimento(Einser, 2011, p. 27).
A Magia do elenco: Nas ultimas décadas, organizações por toda
a parte passaram a perceber que os funcionários são os seus ativos mais
importantes. Isso é particularmente verdadeiro no atendimento de
qualidade. Em muitas ocasiões, os funcionários estão na linha de frente,
cara a cara com os clientes. E, mesmo quando não estão em contato
direto com os clientes, controlam a operação dos processos pelos quais o
atendimento á realizado (Idem, p. 28).
Preparar o elenco é uma tarefa essencial que começa com a
apresentação e divulgação por toda a organização de um conjunto
genérico de padrões de aparência e comportamento (Idem, p. 29).
Na linguagem da Disney (2011, p. 30), o cenário é onde quer
que os clientes se encontrem, Independentemente de essse local ser uma
loja, um hospital, um site ou mesmo uma central de atendimento telefônico,
o cenário que os clientes vivenciam exerce um papel crítico em sua
percepção do encontro com a organização. A importância de gerenciar o
efeito do cenário sobre a experiência do convidado pode ser resumida em
três palavras: Tudo faz diferença.
O processo muitas vezes englobam e utilizam tanto o elenco
quanto o cenário e incluem o sistema de prestação de atendimento mais
importante na organização( Idem, p. 31).
O ultimo ciclo de atendimento de qualidade é a integração.
Integração significa simplesmente que cada elemento do ciclo se combina
para criar um sistema opercaional completo. Elenco, cenário e processo se
fundem na busca do tema e dos padrões de atendimento (Idem, p. 32).
Para entender melhor como a “magia” é feita, Michael Eisner
nos mostra este quadro (2007, p. 69):
38
LINGUAGEM DA DISNEY
Em resumo, o levantamento dos bastidores mostram as
melhores práticas e filosofias da Disney em ação, proporcionando uma
visão dos princípios do atendimento de qualidade na prática tanto no Walt
Disney World sob o ponto de vista de cada elenco (Eisner, 2011).
Voltando um pouco para os Rolling Stones, dessa vez não mais
apenas como uma banda de rock e sim como uma empresa. Depois do
“pior dia do rock”, vemos um grupo muito mais amadurecid ao invés de
serem um grupo de ex-drogados.
Sandford (2014, p. 409), relata que pouco antes da morte de Bill
Graham, este observou que o cantor empresário havia dado o tom e
evocava as atitudes que haviam tornado sua prórpia partida da
organização dos Stones a todas as dificuldades:
“Mas havia outro lado em Mick que o tornava uma figura e tanto,
e que é o responsável pela sobrevivência dos Stones e todas as suas
dificuldades. Eu admirava a disciplina que lhe permitira tirar um senso de
direção dos dorgados dos anos 70. Ele cuidou da banda em todas as
crises.”
A banda em si poderia ter acabado naquele que foi o pior dia do
rock. Porém ainda mencionado pelo biógrafo dos Rolling Stones, Sandford
(2014): “ No meio da multidão pequena quem poderia ter imaginado que
seus netos estariam gritando pela mesma banda, ecoando suas próprias
vozes entre latas de bebida e apresentações pesadas nos maiores
estádios esportivos do mundo mais ide quarenta anos depois?”
Atrações: brinquedos ou shows
Membros do elenco: Funcionários
Convidados: Clientes
Palco: Áreas dos convidados
Bastidores: pro trás das cenas
Fantasias: Uniforme
Audição: Entrevistas
Apresentação: trabalho
Anfitrião: funcionários da linha de
frente.
39
Este autor (2016) conclui que através das dificuldades é que as
vezes vem as soluções. Os ciclos de gerenciamento bem como os
atendimentos que se faz aos parques temáticos como da Disney, mostram
que a Indústria do Entreterimento passou a se tornar algo muito mais
complexo que exige dos seus artistas e técnicos investimento além de
especialização em todos os segmentos.
Ms para recurtar melhor pessoas a este novo mundo complexo
é que surge a internet como aliada.
4.2 Atividades contínuas para recrutar melhor. A internet como aliada.
A Solução de Problemas, a Tomada de decisões, o
Envolvimento de pessoas e a Comunicação são atividades críticas no
gerenciamento e infelizmente costumam ocupar pouco tempo de um
gerente. A qualquer momento do Ciclo de Gerenciamento sempre haverá
problemas a serem tratados, decisões a serem tomadas e a necessidade
de se manter o monitoramento e a produtividade em alta (Moreira, 2015, p.
7).
Com este ciclo, pode-se pensar em networking visando não só
em chamar artísticos e técnicos para trabalhar na realização de um
trabalho artístico como também pensar na Qualidade de Vida do
Trabalhador.
A tarefa de recrutar pessoas passou por uma verdadeira
revolução nas ultimas décadas. Surgiram as redes sociais, ganharam peso
as competências comportamentais, a contratação por valores se
intensificou e, em vez de candidatos ansiosos tentando vender suas
qualidades aos sisudos recrutadores, estão as empresas preocupadas em
lapidar sua imagem como boas empregadoras (Bottoni, 2014.)
40
Marcelo Zappia, diretor de RH da Tecnisa: usa as redes sociais
para buscar referências e avaliar o comportamento dos candidatos (Idem).
“Usamos o Linkedin e o facebook para buscar referências de
candidatos e também avaliar seu comportamento nas redes”.
Marcelo Zappia.
Segundo Meneses (2014) é importante que a empresa deixe
claro para os candidatos quais são suas caracterísiticas de gestão, seu
estilo de trabalho e até oferecer informações sobre como seus funcionários
se vestem para o trabalho.
Meneses explica (2014): “ eles precisam vivenciar, mesmo que
brevemente, a atmosfera da empresa para saber se ela tem a ver com ele
ou não.”
As mídias sociais já mudaram a forma de consumir conteúdo e
produtos. Boa parte das empresas tem investido em estratégias para
engajar pessoas e aumentar a visibilidade da sua marca no digital. A
mudança tem impactado diversas áreas, entre elas a de Recrutamento e
Seleção, e o ‘caçador de talentos’ do futuro precisa estar conectado e
antenado às mudanças no universo digital, cuidar da sua imagem na rede
e ser heavy user, pois isso pode ajudar no processo de Hunting de
profissionais. (Viana, 2015).
Segundo Viana (2015), O recrutador deve ser meio ‘Geek’, pois
ele terá disponíveis mais informações de inteligência para apoiar a tomada
de decisões, e saber trafegar muito bem no universo digital. Ele não pode
ficar restrito apenas ao Facebook, WhatsApp e Twitter, mas entender bem
de plataformas de networking e Staffing, como LinkedIn e Glassdoor, e
estar por dentro das mídias que podem ser a próxima ‘onda’ na rede.
41
CAPÍTULO V
CHAMANDO PESSOAS ATRAVÉS DO NETWORKING
5.1 Diane Darling e o Networking
Um passo importante para fazer networking é fazer um
inventário dos seus contatos.
Para Darling (2007) é necessário pegar uma folha de papel,
escrever o nome no centro e a partir dele trace uma linha para cada tipo de
relacionamento. A principal é a linha da família, que incluí os pais dos
amigos de seus filhos e de quem você quer que você conheça da escola.
“Pense em tudo que você fez e faz, e onde. Seus de ensino
médio e da faculdade constituem uma outra rede de relacionamentos. Se
você participava de alguma equipe esportiva ou de debate, abra outra
ramificação” (Idem).
“Depois de identificar todas as suas redes de relacionamentos,
pegue um bloco e escreva o nome, a profissão, o hobby, etc. De cada
pessoa.” (Idem).
Os interesses de cada pessoa de suas relações revelam
conexões potenciais, razões para você ser apresentado a uma terceira
pessoa. Colocando uma em contato com as outras, você ganha fama de
alguém que faz as coisas acontecerem (Idem).
Darling (2007) considera três itens ao invenariar suas redes:
42
• Seja Prudente nas áreas de política, religião e
sexo: Para a maioria das pessoas, esses são
pontos sensíveis. Administrar, então, com cuidados
as conversas nas três áreas. Procedendo assim,
diminui a chance de afastar os interloucutores.
• Mantenha foco na qualidade e não na
quantidade: Em geral se conhece de 200 a 250
pessoas que teoricamente abrea possibilidadede
você vir a conhecer 10 mil pessoas. É difícil cuidar
bem de uma rede tão extensa. Concentre-se em
desenvolvimento de relacionamentos.
• Organize e atualize sua rede de informações:
Isso quer dizer, incluindo e excluindo pessoas em
sua rede. Observe portanto, as mudanças e as
informações revelantes referentes a elas.
Darling (2007) também enumera três formas de lidar com aqueles que
não correspondem suas espectativas.
• Seja realista na qualidade de seus contatos:
Muita gente acredita que precisa ter imensas redes
de contatos, quando na realidade a maior parte
delas é composta de meros conhecidos. Em vez de
cuidar de uma enorme base de dados de pessoas
que não podem contribuir com você de forma
positiva e produtiva, concentre-se nos poucos
relacionamentos estratégicos e da qualidade que
você tem.
• Abra mão dos relacionamentos de mão única:
Todos nós conhecemos pessoas que só nos
procuram quando querem alguam coisa. Determine
seu grau de tolerância para com elas e até que
43
ponto você está disposto a permitir. Que ocupem
seu tempo.
• Tenha cuidado com os relacionamentos
negativos: Algumas pessoas que conhecemos
acrescentamos pouco ou nenhum valor à nossa vida
e às vezes até nos atrapalham. Não as ignore;
entenda o efeito que elas causam em você e
procure se comunicar com elas de maneira positiva
e produtiva, impondo limites à sua negatividade. E
limite-se a interagir com elas somente quando for
estritamente necessário.
O Próximo passo é definir as prioriodades dessa pessoa. Você
precisa saber mais sobre elas, o que você tem a lhes oferecer e vice-versa, e
por quê.
Darling (2007, p. 23), Pede para que se levante os seguintes dados:
informações de contato e detalhes sobre a vida pessoal e profissional –
atividades, interesses, realizações, associações, formação, problemas físicos
(alergias, deficiências, etc.) familiares (com respectivas atividades interesses e
realizações e animais de estimação.
Darling explica (2007, p. 23-24): “ Defina quem deseja conhecer e o
que você quer dessa pessoa. Entre em contato com ela e diga que gostaria de
encontrá-la para se aconselhar. Durante o encontro, seja específico a respeito
do que você pretende. Explique que você quer elevar sua carreira ou um
negócio a um nível mais alto e, por isso, precisa de algumas dicas.”
44
5.2 Hiperinformação, Globalização e Hipercompetividade
Este novo mundo agora, também, conectado em rede, traz como
positivo uma interação sem fronteiras, fazendo a informação circular com uma
velocidade espantosa, tanto no nível de pessoas como de empresas, o acesso
à informação ficou mais rápido e os serviços de uma forma geral ficaram
disponíveis de qualquer parte do globo (Pereira, 2015).
Estas mudanças afetam drasticamente o ambiente competitivo de
toda a sociedade, fazendo com que convivamos com todo este fluxo de
informação. A grande quantidade de informações geradas atualmente dificulta,
inclusive, o perfeito entendimento dos acontecimentos, causando uma
desinformação e de certo modo uma poluição no ambiente competitivo. A
quantidade de informação e conhecimento gerado nos dias atuais é imensa. A
figura 3 mostra a quantidade de inserção de registros nas principais bases de
dados de conhecimento. Os valores indicados são aproximados. Se somarmos
a produção geral, dividi-la pelo número de segundos anuais, temos uma
publicação produzida a cada 10 segundos, o que é um valor surpreendente se
considerarmos que estas bases de dados não exaustivas (Idem).
Todo este conhecimento produzido faz com que tenhamos
dificuldades em acompanhar as inovações tecnológicas. Esta quantidade
extraordinária de conhecimento e informação circulante chamamos de
hiperinformação (Idem).
A Globalização representa um mundo sem fronteiras econômicas.
Qualquer coisa pode ser feita em qualquer parte e vendida em qualquer lugar.
O fluxo de capital nunca foi tão grande. Em termos tecnológicos, os custos de
transporte e comunicações caíram drasticamente e a velocidade de produção
destes cresceu de forma exponencial, tornando possíveis sistemas
completamente novos de comunicações, comando e controle no setor privado.
Minimizar custos e maximizar receitas é a essência do capitalismo. Ligações
sentimentais com certas partes do mundo não fazem parte deste cenário.
(Idem, p. 17).
45
Segundo Pereira (2015), Capital e tecnologia são agora móveis,
alterando a qualidade e as modalidades dos fluxos financeiros e tecnológicos.
Como resultado desta mudança, o fator trabalho e as condições de emprego
são significativamente alteradas.
Pereira também fala sobre Hipercompetividade. A dinâmica
internacional imposta pela globalização faz com que o mercado se mundialize.
Abrange ao mesmo tempo os domínios econômico, social, político e
tecnológico. A competitividade neste ambiente tem como pano de fundo:
• Acirramento da competição;
• Menor espaço de tempo entre a pesquisa e a aplicação;
• Rápidas mudanças tecnológicas;
• Novos e inesperados competidores;
• Novas regulamentações e incentivos;
• Amplos mercados mundiais;
• Competidores mundiais de porte.
46
CAPÍTULO VI
A COMPLEXIDADE DO SHOWBUSSINESS
Viktor Frankl, um psicólogo austríaco que sobreviveu aos
campos de concentração na Alemanha nazista, fez uma descoberta
significativa. Quando percebeu dentro de si mesmo a capacidade de se
colocar acima de suas humilhantes circunstâncias, tornou-se, além de um
participante, um observador da experiência. Ele analisou as pessoas com
as quais compartilhou sua provação. Queria saber o motivo por que
algumas pessoas sobreviveram, enquanto a maioria morreu(Covey, 2003,
p. 115).
Frankl (1959) analisou diversos fatores – saúde, vitalidade,
estrutura famíliar, inteligência, habilidades de sobrevivência. Mas concluiu
que o mais ponderante, o mais significativo era a visão de futuro – a
convicção de que tinham uma missão a realizar, de que havia um trabalho
importante a ser feito.
Em seu livro O que resta de Auschwitz? Agamben vai fazer
uma critica a desubjetivação. Em outras palavras, vai fazer uma critica ao
Estado Paternalista de Hitler e a submissão daqueles que se dizem
excluídos.
Ainda neste livro, Agamben (2008), fala do mulçumano. Este
termo foi usado pelos próprios judeus para comparar outros presos que se
submeteram aos seus algozes sem questionar. A explicação mais
provável remete ao significado literal do termo árabe muslin, que significa
quem se submete incondicionalmente à vontade de Deus, e esta na origem
das lendas sobre o pretenso fatalismo islâmico, bastante difundido nas
culturas européias já a partir da Idade Média (com essa inflexão
depreciativa, o termo se encontra com freqüência nas línguas européias,
especialmente no italiano).
47
Por que muçulmano, já que se tratava, sobretudo de judeus?
Para Pelbart (2007), porque entregava sua vida ao destino,
conforme a imagem simplória do fatalismo islâmico: o muslin é aquele que se
submete sem reserva à vontade divina.
No Campo de concentração, os muçulmanos foram pessoas de um
caráter deprimido que se submetiam facilmente as atrocidades e o mando e
desmando de seus algozes. Com isso, foram pouquíssimos muçulmanos que
sobreviveram aos horrores de Auschwitz.
Os sobreviventes dos campos vietnamitas e de outros lugares
relataram experiências semelhantes: eram movidos por uma visão
baseada no futuro, essa foi a principal força que os ajudou a lutar contra a
morte (Covey, 2003, p. 115).
As pesquisas indicam que as crianças que possuem “imagens
voltadas para o futuro” têm um desempenho escolar muito melhor e lidam
com os desafios da vida com muito mais competência. (Singer apud.
Covey, p. 116).
De acordo com o sociólogo holandês Fred Polak (1972), o fator
que mais influencia o sucesso das civilizações é a “visão coletiva” que o
povo tem do futuro.
A visão é a melhor manifestação da imaginação criativa e a
principal motivação da ação humana. É a habilidade de enxergar além de
nossa realidade presente, de criar, de inventar o que ainda não existe, de
nos tornarmos o que ainda não somos. Ela nos dá a capacidade de viver a
partir de nossa imaginação, não de nossa memória (Covey, 2003, p. 116).
Schumpeter (s.d.) cunhou a teoria criadora no capitalismo, a
partir da qual, no processo de inovação, em uma economia de mercado,
novos produtos e modelos de negócios destroem os antigos, sendo esse
processo a força motriz do crescimento econômico.
48
Para Valiati (2010), cinco são as formas básicas da inovação:
a. Introdução de um novo bem;
b. Introdução de um novo método de produção ou
comercialização dos ativos existentes;
c. Abertura de novos mercados;
d. Conquista uma nova fonte de matérias-primas;
e. Criação de um novo monopólio.
Valiati (2010, p.87) fala que esse é o ambiente em que tentamos
sobreviver como estudiosos ou realizadores: o de profunda transformação
e inovação tecnológica, o que, sem dúvida, está alterando radicalmente
tudo o que se tinha antes como conceito de indústria cinematográfica e/ou
audiovisual.
Ainda segundo este autor, operamos em um ambiente de
rápida e profunda transformação tecnológica, em que os meios de difusão
se multiplicam em alta velocidade, as técnicas de produção de
diversificam e os modelos de negócios ainda não têm uma forma up of
date com o estado da arte no mercado.
O Gestor Público precisa entender os aspectos que devem ser
objeto de políticas e os reais impactos das mesmas. O produtor privado e
o gestor cultural, por sua vez, ao tomar decisões, necessitam capacitar-se
para entender o mercado, a infraestrutura e o rol de mecanismos de
acesso a recursos públicos (Valiati, 2010, p. 88).
Portanto, se quisermos estar preparados para este novo mundo,
precisamos ter sempre pensamento positivo e sempre estarmos prontos as
mudanças.
Todo tipo de aplicativo bem como de sites, blogs e canais do
youtube, o indivíduo deve ver como uma porta de entrada para o sucesso.
Isso quer dizer, transformar aquele que é o “vilão” em seu aliado.
49
Hoje, o artista usa a internet para mostrar o seu trabalho,
ganhar contatos e exibir seus vídeos onde ele mostra sua performance.
Quanto ao técnico, o indivíduo com a internet, deixa a disposição do
contratante: os métodos de segurança do trabalho, os tipos de
equipamento e referência de quais eventos ele fez.
O artista e o técnico precisam de conhecimento. Isso quer dizer
aprimorar o que ele aprendeu e o que deve se aprender. Procurar entender
esta indústria que a cada ano se torna mais complexa.
Atualmente, existem cursos de graduação e pós graduação que
ajudam o artista e o técnico no aprimoramento.
Segundo Valiati, (2010, p. 80), destaca o curso de
especialização em Economia da Cultura, oferecido pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o curso de especialização em
produção cinematográfica e o curso superior de tecnologia em produção
audiovisual, ambos oferecidos pela Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul (PUCRS), o curso de produção audiovisual da Unisinos e o
curso de mestrado profissional da Unilasalle de memória social e bens
culturais.
Segundo Gary Backer (1964), capital humanos é qualquer
atividade que implique custo no presente, mas gere, no futuro ganhos de
produtividade. Esse conceito do capital humano é muito semelhante ao de
investimento, por isso dizemos que um trabalhador investe em capital
humano, quando acumula educação.
Educação é apenas uma das formas de acúmulo de capital
humano. Outra maneira muito utilizada pelas empresas é a de treinamento
e aperfeiçoamento do pessoal empregado (Valiati, 2010, p. 81).
50
Segundo pesquisa do IBGE(2006), constatou-se que o total de
pessoas empregadas com cultura no Brasil, 31,6% dos trabalhadores
possuem nível superior completo e, dentro desse grupo, 6,4% possuem
algum tipo de pós graduação.
A Economia da Cultura, no cenário atual, tem condições de
assumir o papel de um efetivo instrumento para a compreensão plena das
cadeias produtivas de bens culturais. Particularmente, se ela se constituir
em uma ponte de pensamento acadêmico e o mundo da prática (Valiati,
2010).
51
CONCLUSÃO
Segundo Palacios (2015), Mesmo diante de uma crise de
audiência, as novelas continuam dominando boa parte da verba de
marketing das empresas. A TV fechada é outra frente que ajudou a crescer
a produção audiovisual brasileira. Estimulado pela lei de cota mínima, o
número de produtoras independentes triplicou para mais de 450 em dois
anos. O cinema brasileiro vem crescendo e quebrando recordes a cada
ano.
A produção de games também vive um momento de ouro no
Brasil. A questão é que esse guarda-chuva que engloba novelas, games,
livros, revistas em quadrinhos, cinema e teatro compõe a indústria que
melhor entendeu o novo milênio: a indústria do storytelling (Palacios,
2015).
Um exemplo dessa conquista é o jogo Toren. Criado pela
produtora gaúcha Swordtales, ele é o primeiro jogo brasileiro que chega ao
mercado financiado com recursos da Lei Rouanet. E chega dois anos de
antes a então ministra Marta Suplicy ter declarado que game não é
cultural, porvocando reações indignadas entre produtores e consumidores
de jogos (Alburquerque, 2015, p. 1).
Segundo Carlos Alburquerque (2015, p. 1), o jogo Toren teve
autorização do Ministério da Cultura para captar R$ 371 mil e conseguiu
R$ 350 mil, com a ajuda da lei, que passou a incluir jogos eletrônicos a
partir da portaria 16, de dezembro de 2011, regularmentada em janeiro de
2012.
Com a democratização da internet, o mundo inteiro passou a
viver um dilúvio de informações ficando clara a incapacidade do indivíduo
em absorver todo o conhecimento que está à disposição. Torna-se
possível comparar o conceito de adaptação das espécies proposto por
Darwin com o cenário em que as informações se encontram. Não é mais a
informação mais rápida que se destaca da multidão. O furo de reportagem
perdeu força diante da agilidade das redes sociais. Mais importante do que
52
ser rápido, é fundamental nos dias de hoje ser considerado relevante
(Palacios, 2015).
A indústria do entretenimento brasileira ainda tem muito a
aprender com outros países, em especial com os Estados Unidos e
Europa. Um longa-metragem é um investimento milionário por definição,
mas mesmo assim muito abaixo do patamar da produção de outros países,
em especial os Estados Unidos. Isso faz com que a competitividade seja
difícil e característica do mercado brasileiro acaba ficando diferente do
internacional. Ao passo que Hollywood depende prioritariamente da
arrecadação de bilheteria, a produção brasileira dependente de incentivos
fiscais e/ou investidores (Palacios, 2015).
Em sua palestra sobre a New York Academy Film, Roger Del
Pozo relata que no Brasil, quem tem monopólio dentro do Show bussines
Audiovisual são as Organizações Globo. Hoje grande parte dos filmes aqui
é produzida pela Globo Filmes.
Na Internet, A Globo fez parceria com o canal de humor Porta
dos Fundos. Esta parceira fez com que a Fondo Filmes, responsável pelo
canal, fizesse programas de conteúdo humorístico com canais como
Multishow e Fox. São canais parceiras da Rede Globo.
Porta dos Fundos é um coletivo criativo criado por amigos e
para amigos. Simples assim. A idéia de sair para a TV e migrar para uma
mídia na qual seríamos nossos próprios editores, chefes e velinhos que
censuram baseados na moral e nos bons costumes - que pregam mas não
colocam em prática – parecia bastante atraente e promissora. (SBF, 2013).
SBF (2013, p. 9) conta em seu livro sobre o Porta dos Fundos
que o Porta surgiu em um momento em que se começou a perceber o
produto para a internet não precisa ser necessariamente tosco. Ou
involuntário. O povo da internet não é diferente do resto do povo: ele quer
qualidade.
A Fondo Filmes é responsável por programas como Será que
faz Sentido, Barata Flamejante, Refém e O Grande Gonsález.
53
Sobre este canal, o autor Luíz Fernando Veríssimo relatou:
Nunca antes o humor brasileiro tinha sido tão ousadamente
inteligente. Só posso imaginar um prazer maior do que ler estas
transcrições de sketches, muito dos quais já se tornaram clássicos:
particpar de uma reunião de criação da turma.
Mesmo com tantos avanços tecnológicos aqui no Brasil, Show
bussness tem que melhorar não só em quantidade e sim em qualidade.
Hoje, além do artista ser um empreendedor, ele precisa ser um
gestor. O artista precisa conhecer os recursos que ele tem em mãos para
assim divulgar o seu trabalho.
Quanto em relação a Síndrome de Urgência bem como o
Assédio Moral, esses dois tipos de problemas são muito frequentes no
meio artístico.
A síndrome de urgência é um comportamento autodestrutivo
que preenche temporareamente o vazio criado por necessidades não
atendidas E em vez de atender a essas necessidades, as ferramentas e as
abordagens da administração do tempo em geral alimentam essa
dependência. Ele mantém o foco na definição de prioridades diárias, todas
elas urgentes (Covey, 2003 p. 29).
Como foi destacado em relação ao Altamont Speedway Free
Festival, muitos profissionais sem o conhecimento necessário para com
relação a segurança bem como a escolha de profissional qualificado, o
evento em si pode ser um desastre.
Como exemplo, tanto um ator como um diretor tem que ter
conhecimento o que siginifica por exemplo Palco Italiano ou Palco Arena.
Estes têm uma diferença bastante grande.
Segundo Gallo (2014, p.2) ao relatar como é um Palco Italiano,
este tipo de palco tem como característica principal um praticável ao fundo
com cadeiras a frente dele. Seria o palco convencional como estamos
acostumados de ver nas grandes produções. Ex: Teatro do Solar Meninos
de Luz e o Teatro Ipanema.
54
Quanto ao Palco Arena, este tipo de palco pode ser comparado
a uma ilha onde existe um praticável com cadeiras por todos os lados ou
em um formato de um semicírculo. Ex: Sesc Copacabana Arena e Teatro
Candido Mendes de Ipanema (Gallo, 2014, p.3).
Gallo relata (2014): “Estes dois tipos de palco são importantes.
Não existe o melhor ou pior palco para a realização do espetáculo. A
Companhia de teatro faz o espetáculo nestes tipos de palco visando seus
anseios.”
Em um trabalho para o canal Nada Original, o ator e diretor
Victor Soares utilizou o Palco Italiano da Companhia de Teatro
Contemporâneo cuja sede se localiza em Botafogo. Sua prioridade para
este vídeo foi a questão de que ao conhecer o ambiente, ele também
conhece a acústica do local. Isso facilitou com que ele realizasse alguns
dos vídeos para o canal.
Já o assédio moral é muito frequente o abuso de diretores de
todos os seguimentos de entreterimento já que ao invés de se incentivar os
novos atores, os oprimem. Geralmente, são casos em que o poder de fazer
um projeto artístico ficas nas mãos de uma pessoa no qual este adquire
uma postura paternalista.
Altamont foi um exemplo lamentável de Assédio Moral.
Motoqueiros que deveriam agir como seguranças zelando pela paz,
provocaram a guerra. Resultado: Levou a morte do jovem Meredith Hunter.
Os parentes desse jovem ainda esperam uma indenização.
Existem pessoas sérias no meio artístico. A internet é um meio
de se pesquisar sobre o trabalho de um determinado diretor ou produtor
além de mostrar trabalhos que estes fizeram ao longo de sua vida.
Cabe ao jovem artista pesquisar e fazer uma networking.
Através de seus contatos, procurar pessoas do meio que fizeram trabalhos
com pessoas que estão fazendo sucesso no meio.
Não é um trabalho fáci. Exige paciência e perseverança. O
sucesso é o resultado de um conjunto de trabalhos que um artista ou
técnico faz ao longo da vida.
55
BIBLIOGRAFIA
ABREU, Janaína, Dicionário de Recursos Humanos. Apostila A Vez do Mestre. Rio de Janeiro. 2015.
ALBURQUERQUE, Carlos. Primeiro game feito com recursos da Lei Rouanet, ‘Toren’ é saudado como um marco. http://oglobo.globo.com/cultura/primeiro-game-feito-com-recursos-da-lei-rouanet-toren-saudado-como-um-marco-16644048 Acessado em 18 de novembro de 2015.
ALMEIDA, Carlos Helí de. O Cinema em Cartaz. Segundo Caderno. O Globo: Rio de Janeiro. 27 de julho de 2015.
AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz? São Paulo: Boitempo. 2008.
BETTIN, Márcia. Corpo: conteúdo, expressão em forma. Rio de Janeiro: Apostila A vez do Mestre.
BOAL, Augusto. O Teatro do Oprimido e outras poéticas políticas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2005.
CAHILL, Thomas. Como os Irlandeses salvaram a civilização. Rio de Janeiro: Objetiva. 1999.
CLARK, Kenneth. Leonardo da Vinci. Rio de Janeiro: Ediouro. 2001.
COVEY, Stephen R. Primeiro o mais Importante. São Paulo: Editora Campus. 2003
DARLING, Diane. Networking: desenvolva sua carreira criando bons relacionamentos. Rio de Janeiro: Sextante. 2007.
DEL POZO, Roger. ESTEVAM, Miriam. Workshop para atores sobre o New York Film Academy. Evento realizado na Companhia de Teatro Contemporâneo no dia 24 de março de 2015.
EISNER, Michael D. O Jeito Disney de Encantar os clientes. Rio de Janeiro: Saraiva. 2011.
GALLO, Rodrigo do Nascimento. O Corpo na Arteterapia segundo as Terapias expressivas e o Psicodrama. Universidade Candido Mendes. Lato Sensu A Vez do Mestre. Rio de Janeiro. 2006.
56
________________________. A Comunidade sem Comunidade. Faculdade Escola Angel Vianna, Lato Sensu Corpo e Subjetividade: Terapia através do Movimento. 2011.
________________________. Noções de Corpo e Espaço. Apostila do Solar Meninos de Luz. Supervisão Hissa de Urkiola. 2014.
________________________. Notas de sala de aula. MBA de Gestão de Recursos Humanos. A vez do Mestre: Rio de Janeiro. 2015-2016.
GRUPO PANAPANA. http://www.panapana.art.br/#!cultleis/cpcn. Acessado em 18/05/2015
HISTÓRIA DA INTERNET. Sua Pesquisa. Site http://www.suapesquisa.com/internet. Acessado em 4/8/2015.
LOMBA, André Domingues dos Santos . Assédio moral nas organizações: Como compreender o indivíduo e as equipes no ambiente de trabalho. Analista de Sistemas e Especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Federal Fluminense - Niterói, RJ, Brasil. [email protected]. 2008.
MAXWELL. Surgimento da Internet. Rio de Janeiro: PUC-RJ. 2015.
MOLINA, Diego. Pequenos Poderes. Direção Breno Sanchez. Elenco: Andy Gerkcker, Bia Guedes, mariana Consoli e Zé Auro Tavares. Casa da Gávea. Rio de Janeiro. Temporada de outubro à novembro de 2015.
MOREIRA, Maria Lúcia. Ciclo de Gerenciamento. Rio de Janeiro: A Vez do Mestre. 2015.
MAUDUIT, Jean. Quarenta mil anos de Arte Moderna. Belo Horizonte: Itatiaia. 1964.
PALACIOS, Fernando. O que a indústria do entretenimento pode ensinar para as demais. http://www.fiesp.com.br/indices-pesquisas-e-publicacoes/artigo-o-que-a-industria-do-entretenimento-pode-ensinar-para-as-demais/. Acessado em 28/04/2015.
PEREIRA, Marcelo Maciel. Gestão de Conhecimento. Rio de Janeiro: Instituto a Vez do Mestre. 2015.
PORTAL DE LINGUAGEM DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL. Latec Ufrj. Irmãos Lumière.http://www.latec.ufrj.br/linguagemdocinema/index.php?option=com_content&view=article&id=157:irmaos-lumiere&catid=26&Itemid=59. Acessado em 30/07/2015.
57
SANDFORD, Christopher. The Rolling Stones, a Bibliografia Definida. Rio de Janeiro: Record. 2014.
SBF, Ian. Porta dos Fundos. Rio de Janeiro: Sextante. 2013.
SÓFOCLES. Édipo Rei. Tradução J.B. Souza Mello. Rio de Janeiro: Ediouro. 1997.
TYGER, David. A Musica da Imagem. . Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional. 2011.
WIKIPEDIA. A Industria do Entreterimento. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria_do_entretenimento. Acessado em 30/07/2015.
___________. George Mieles https://pt.wikipedia.org/wiki/Georges_M%C3%A9li%C3%A8s Acessado em 30/07/2015.
VALIATI, Leandro. Economia da Cultura e Cinema. Porto Alegre: Terceiro Nome. 2010.
VIANA, Marcelo. Novo Perfil do Profissional de seleção. http://www.abrhbrasil.org.br/cms/materias/artigos/novo-perfil-do-profissional-de-recrutamento-e-selecao/ Acessado em 29/06/2015.