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UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS - UNASUSUNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIAMODALIDADE A DISTÂNCIA
TURMA3
Trabalho de Conclusão de Curso
ATENÇÃO EM SAÚDE BUCAL NO PRÉ-NATAL DA UNIDADE DE SAÚDE CAJURU, CURITIBA, PR.
Rogério do Amaral Ferreira
Pelotas, 2013
2
ROGÉRIO DO AMARAL FERREIRA
ATENÇÃO EM SAÚDE BUCAL NO PRÉ-NATAL DA UNIDADE DE SAÚDE CAJURU, CURITIBA, PR
Trabalho de conclusão de Curso apresentado ao
Curso de Especialização em Saúde da Família –
Modalidade a Distância-UFPEL/UNASUS, como
requisito parcial para a obtenção do título de
Especialista em Saúde da Família.
Orientadora: Gabriela Silva dos Santos
Pelotas, 2013
DADOS PARA ELABORAÇÃO DA FICHA CATALOGRÁFICAInstituição: Universidade Federal de Pelotas
Faculdade/Instituto: Departamento de Medicina Social
Tipo de trabalho:( ) Dissertação ( ) Tese ( x) Trabalho acadêmico
Programa ou Curso: Especialização em Saúde da Família - Ead
Área de conhecimento: Saúde
Aluno: Rogério do Amaral Ferreira
Título: Atenção em Saúde Bucal no pré-natal da Unidade de Saúde Cajurú, Curitiba, PR
Subtítulo:
Orientador: Gabriela Silva dos Santos
Co-orientador (es):
Local: Ano: 2013
Total de folhas: 69
Palavras-chave: Saúde da Família. Saúde da Mulher. Pré-natal. Saúde Bucal.
Bibliotecário Responsável(Assinatura e Carimbo com CRB)
4
Dedico este trabalho as pessoas que convivem ao meu lado diariamente, transmitindo fé, amor, alegria e
determinação, tornando os meus dias mais felizes e bonitos. Aos meus filhos Morgana, Maurício e
Rogério, e minha esposa Magali. Sem vocês eu não seria nada!
“Nunca desista de seus sonhos, sem eles você continuara existindo, mas deixará de viver.”
(Autor desconhecido).
5
AGRADECIMENTOS
Sinceramente, agradeço a todos os que me auxiliaram neste processo:
pacientes, equipe de saúde bucal da unidade de saúde Cajurú, minha auxiliar direta
Izabella e especialmente a professora Gabriela Silva dos Santos pela a análise e
sugestões apresentadas.
Muito obrigado!
6
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Gestantes com a primeira consulta odontológica......................................38
Figura 2 - Gestantes com tratamento odontológico concluído...................................38
Figura 3 - Gestantes com avaliação de risco.............................................................39
Figura 4 - Gestantes com orientação de higiene bucal e prevenção da cárie..........40
Figura 5 - Gestantes com orientação nutricional do odontólogo................................40
Figura 6 – Gestantes acamadas com visita domiciliar...............................................41
Figura 7 a- Gestantes faltosas a cada mês de intervenção.......................................41
Figura 7 b- Gestantes faltosas que receberam busca ativa.......................................42
Figura 8 – Profissionais da equipe de saúde que receberam capacitação...............42
Figura 9 - Gestantes cadastradas que realizaram exame bucal................................43
Figura 10- Gestantes que receberam exames complementares...............................43
Figura 11- Gestantes com registro atualizado...........................................................44
Figura 12- Gestantes que receberam carteira de saúde bucal..................................44
Figura13- Gestantes orientadas em saúde bucal na gestação..................................45
Figura14- Gestantes com avaliação de cobertura do pré-natal na UBS....................45
Figura15 - Gestantes com consultas em dia de acordo com o protocolo..................46
Figura 16 - Gestantes com início do pré-natal no primeiro trimestre da gestação....47
Figura 17 - Gestantes com exame ginecológico em dia............................................47
Figura 18 - Gestantes com exame de mama em dia.................................................48
Figura 19 - Gestantes com registro de IMC na última consulta.................................48
Figura 20 - Gestantes com prescrição de suplementação de sulfato ferroso...........49
Figura 21 - Gestantes com prescrição de ácido fólico...............................................50
Figura 22 - Gestantes todos os exames laboratoriais na primeira consulta..............50
Figura 23 - Gestantes com vacina antitetânica em dia..............................................51
Figura 24 - Gestantes com vacina de hepatite B em dia...........................................52
Figura 25 - Gestantes com avaliação de saúde bucal...............................................52
Figura 26 - Gestantes que receberam orientação nutricional....................................53
Figura 27 - Gestantes com orientação sobre aleitamento materno...........................54
7
Figura 28 - Gestantes com orientação sobre cuidados com o recém-nascido.........54
Figura 29 - Gestantes com orientação sobre tabagismo, álcool e drogas.................55
Figura 30 - Gestantes com a orientação sobre anticoncepcional no pós-parto........56
Figura 31 - Gestantes com a avaliação de risco na primeira consulta.......................56
Figura 32 - Gestantes com exame de puerpério do 30º e o 42º dia pós-parto..........57
8
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ACS - Agente Comunitário da Saúde
ESB - Equipe de Saúde Bucal
ESF - Estratégia da Saúde da Família
PR - Paraná
SUS - Sistema Único de Saúde
UBS - Unidade Básica de Saúde
ASB - Auxiliar de Saúde Bucal
TSB - Técnico em Saúde Bucal
CD - Cirurgião Dentista
NASF - Núcleo de Apoio a Saúde da Família
CMUM - Centro Municipal de Urgências
CEO - Centro de Especialidades Odontológicas
NAPS - Núcleo de Apoio Primário a Saúde
9
SUMÁRIO
1. Análise Situacional...................................................................................11
2. Análise Estratégica - Projeto de Intervenção......................................... 17
2.1 Justificativa.......................................................................................... 17
2.2 Objetivos e Metas................................................................................ 18
2.2.1 Objetivo geral.................................................................................... 18
2.2.2 Objetivos específicos......................................................................... 18
2.2.3 Metas...................................................................................................18
2.3 Metodologia.......................................................................................... 20
2.3.1 Detalhamento das ações.................................................................. 20
2.3.2 Avaliação de Indicadores.................................................................. 24
2.3.3 Logística............................................................................................ 28
2.3.4 Cronograma das ações..................................................................... 30
3. Relatório de intervenção........................................................................ 33
4. Avaliação da Intervenção....................................................................... 37
4.1 Resultados........................................................................................... 37
4.2 Discussão...............................................................................................57
4.3 Relatórios de intervenção para comunidade..........................................59
4.4 Relatórios de Intervenção para gestores.............................................. 60
5. Reflexão crítica sobre o processo pessoal de trabalho.......................... 61
REFERÊNCIAS.......................................................................................... 62
ANEXOS.......................................................................................................64
APÊNDICES.................................................................................................68
10
RESUMO
FERREIRA, Rogério do Amaral. Atenção em Saúde Bucal no pré-natal da Unidade de Saúde Cajurú, Curitiba, PR. 2013. 69 f. Trabalho Acadêmico (Especialização) Programa de Pós - Graduação em Saúde da Família. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas.
O presente estudo teve como objetivo desenvolver e qualificar um de programa de saúde bucal em gestantes. Participaram do programa as gestantes que realizam o pré-natal na unidade de saúde Cajurú, no município de Curitiba-PR. Este projeto foi realizado através de uma intervenção no período de quatro meses, buscando oferecer uma atenção integral durante a gestação. Para tanto, foi incluída a consulta odontológica da gestante, logo após a consulta clínica do pré-natal, o que facilitou a adesão da gestante ao trabalho proposto, com uma média de 50 gestantes/mês. Estabeleceram-se seis objetivos específicos, cinco indicadores de saúde bucal e vinte indicadores praticados no pré-natal. Estas gestantes passaram por uma consulta inicial com o odontólogo, e em seguida tinham as suas próximas consultas reagendadas conforme o plano de tratamento. Os resultados demonstram que as parturientes estão dispostas a realizar o acompanhamento odontológico, a meta de aumentar de 10% para 45% a primeira consulta odontológica foi alcançada durante o período de intervenção, outras ações no programa como registro próprio, monitoramento de pacientes faltosos, agendamento priorizado e educação em saúde com palestras e oficinas foram desenvolvidas. Concluiu-se que a maioria dos objetivos do projeto como ampliar a cobertura de atenção as gestantes, melhorar a adesão ao tratamento, aprimorar um registro de informação e mapear as gestantes de risco foram alcançados.
Palavras-chave: Saúde da Família. Saúde da Mulher. Pré-natal. Saúde Bucal.
1. ANÁLISE SITUACIONAL
1.1. Situação da ASF/APS
A unidade de saúde Cajurú, localizada no município de Curitiba, PR, atua
como unidade de saúde mista, isto é, durante a semana atende como unidade
Básica e aos sábados presta serviço à comunidade adstrita com mutirões de câncer
do colo de útero, avaliação de câncer bucal, prevenção ao HIV, prevenção ao câncer
11
de mama entre outras ações de saúde pública, a UBS está com previsão até o fim
deste ano para mudar de unidade básica para unidade de saúde da família.
O atendimento a população funciona em três turnos distintos, cada período
com uma equipe de saúde Bucal, constituída de 2 CD, 3 ASB e 2 TSB.
No período de trabalho usamos o sistema de triagem com livre demanda
para a população adstrita, a área de abrangência é de aproximadamente 27 mil
usuários. A triagem é realizada duas vezes por semana e três dias para
agendamento dos pacientes encaminhados da triagem.
Durante o ano são realizadas atividades externas em uma média de 5 a 6
equipamentos (Escolas municipais e Creches), também pertencentes à área de
atuação. Estas ações visam o tratamento preventivo: escovação orientada, palestras
educativas, escovação com flúor e outros procedimentos preventivos.
A equipe de saúde bucal realiza todos os anos um levantamento
epidemiológico nos alunos do ensino fundamental, determina as crianças com alta
prevalência de cárie e encaminha para a UBS a fim de realizar o tratamento na
clínica odontológica.
A Unidade de Saúde Cajurú atende todos os programas de atenção básica a
saúde: Saúde Mental, Mãe Curitibana, Hipertensos, Diabéticos, Adolescentes entre
outros.
A integração dos programas com a equipe de saúde bucal é realizada de
maneira direta, através da integração entre as equipes e do agendamento da equipe
de saúde médica já nas consultas de pré-natal orientando as parturientes a realizar
o exame de saúde bucal.
Para os procedimentos das especialidades como periodontia, endodontia,
odontopediatria, cirurgia, prótese e pacientes especiais, o encaminhamento é
informatizado, direto para os centros de especialidades.
Em todo o sistema complexo e integral como este, existem pequenas falhas
na dinâmica e fluxo, mas a qualidade geral do atendimento é satisfatória com
poucas reclamações dos usuários.
1.2. Relatório da Análise Situacional
12
A cidade de Curitiba, capital do Estado do Paraná é o maior município do estado,
tem uma população aproximada de 1.751.907 habitantes, segundo senso 2010, estima-se que
destes 70% utilizam a rede assistencial do SUS.
A cidade sempre foi evidenciada como modelo em alguns aspectos, sendo
que a saúde publica vem sendo bem avaliada pela população.
A Secretária Municipal de Saúde criou vários programas conhecidos
nacionalmente - Mãe Curitibana como o de maior destaque. A estrutura de saúde é
bem distribuída pela capital, tendo um total de 110 unidades básicas de saúde,
sendo 55 em estratégia da família e tendo 29 equipes do NASF disponibilizadas.
Os programas em Curitiba são instrumentos de normatização da atenção à
saúde, que objetiva organizar, auxiliar e capacitar os profissionais na promoção,
prevenção e tratamento de agravos.
Existem 12 programas ativos: o acolhimento solidário, alimentação e
nutrição, mulher curitibana, pessoa com deficiência, promoção da saúde, rede de
proteção, saúde bucal, saúde da criança, saúde do adolescente, saúde do adulto,
saúde mental e tabagismo.
Complementando a estrutura de saúde do Município são nove Distritos
Sanitários que descentralizam a gestão da Secretaria Municipal de Saúde,
localizados geograficamente de forma estratégica, 07 Centros Municipais de
Urgências Médicas (Cmuns), 06 Centros de Especialidades (CEOs), 01 laboratório
Municipal e 01 Centro de Orientações e Acolhimento.
A Saúde da Família é entendida como estratégia de reorientação do modelo
Assistencial, as equipes incorporam uma visão mais ampliada da comunidade, especializando-
se nos problemas mais comuns de sua área. Temos em Curitiba 172 equipes de Saúde da
Família e 156 equipes de Saúde Bucal, até o final de 2011, a cobertura populacional atendida
chegou a 36,3% da população cadastrada as UBS,
Em março de 2009, Curitiba implantou 29 núcleos de apoio em atenção
primaria em saúde (NAPS), a partir de então todas as UBS passaram a ter equipes
de apoio voltadas especialmente para a promoção da saúde e prevenção de
agravos, compostas por nutricionistas, profissionais de educação física,
fisioterapeutas, psicólogos e farmacêuticos.
Cada NAPS é responsável por um grupo de duas a cinco UBS.
A UBS Cajurú é uma unidade Básica de Saúde que ainda não recebeu a
ESF, mas que pode ser considerada mista por prestar cuidados diferenciados a
13
população, tem três turnos de atendimento em saúde bucal e 02 em atenção a
saúde, disponibilizando mutirões aos sábados e que este ano é dedicado
especialmente ao Câncer Bucal e preventivo do câncer de colo de útero.
A equipe odontológica dispõe de 06 odontólogos, 03 TSB’S, 05 ASB’S, já a
equipe medica dispõe de 09 médicos 04 clínicos gerais, 02 Ginecologistas, 03
pediatras e também com 05 enfermeiros, 02 auxiliares de enfermagem, 13 agentes
comunitários, 02 agentes administrativos e 02 auxiliares de limpeza, para uma
população adstrita de 27 mil usuários.
É uma USB urbana, localizada no lado leste da cidade de Curitiba, temos
vínculo com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC) para estagiários da
odontologia, medicina e enfermagem, todas USB de Curitiba são vinculadas ao
SUS, ao Governo do Estado e Município.
Sobre as condições de estrutura física da UBS Cajurú, bem como a maioria
das UBS de Curitiba, ela segue o mesmo padrão, projetada para esta finalidade tem
sala ampla de recepção com acesso de escada e rampa para cadeirantes, dispõe de
01 sala de coleta de sangue e outros exames, 05 salas de consultórios médicos com
anexo de pré-consulta, 01 sala de vacinas, 01 sala para reuniões adaptada ao
programa de HAS e DM, adaptação necessária por falta de espaço apropriado ao
programa, 01 clinica odontológica com 03 equipos, 01 cozinha, 01 sala de
administração, 01 depósito, 01 sala da autoridade sanitária, 02 banheiros para
pacientes, 01 sala de curativo, 01 expurgo e 01 lavanderia, com esta estrutura temos
condições de um bom atendimento aos usuários, porém a UBS Cajurú tem 21 anos
e até agora não teve nenhuma reforma, cabe ao Conselho Municipal de Saúde em
conjunto com população da área adstrita a solicitação mais efetiva junto aos
gestores para que ocorram às melhorias necessárias.
Na rotina de trabalho a equipe sempre se depara com novos desafios, tanto
na atualização quanto no acolhimento a população, pois temos que “driblar”
limitações de condições de trabalho, equipe incompleta, falta de materiais de uso
diário e outras dificuldades inerentes à saúde pública, avaliando o impacto a
população estas limitações diminuem a qualidade e quantidade de atendimento,
sempre estamos aquém da Rede Privada de Saúde.
A começar pela dificuldade em diminuir a fila de espera para qualquer especialidade
aqui em Curitiba, a média de espera para um encaminhamento em endodontia leva
14
aproximadamente um ano para efetivar a vaga. O que as equipes da atenção básica podem
fazer em relação a isto? Como interferir na gestão de saúde publica?
A população adstrita tem atualmente 27 mil usuários, o padrão de faixa
etária segue próximo do perfil demográfico no Brasil, a UBS Cajurú consegue em
algumas áreas dar conta da demanda, cito como exemplo a Odontologia e a
Pediatria, os programas de HAS e DM, as vacinas e exames de rotina, mas peca em
pontos como consultas eletivas de adultos, que sempre tem excesso de demanda
para o clinico geral, e filas enormes para encaminhar aos centros de especialidades.
A demanda espontânea ocorre em grande volume na UBS Cajurú, como
ponto positivo descreve que na odontologia todos os dias dispõem de triagem em 03
turnos, com a opção da 1ª consulta na triagem e posteriormente agendamento.
Na consulta médica não há triagem, e os pacientes de demanda espontânea
podem aguardar encaixe caso ocorra à falta de alguém, só que são poucas vagas e
geralmente o paciente é encaminhado para os Centros Municipais de Urgências
Médicas (Cmuns).
Para melhoria deste problema existe um consenso da equipe e dos usuários,
que só captando mais médicos, pelo menos dobrando o efetivo nas UBS de Curitiba
iria estabilizar o atendimento.
As crianças da faixa etária de 0 a 06 anos, têm um atendimento de
qualidade, a puericultura dispõe de um programa com agendamento eficiente, que
adota um protocolo que é bem aceito pelos usuários.
Avaliando os aspectos positivos da atenção a criança, as consultas não são
de longa espera, já que a UBS que dispõe de quatro pediatras, e ainda há prestação
da atenção externa em colégios e creches da área adstrita, com atendimento
odontológico, vacinas e orientações.
O programa de pré-natal conhecido como “Mãe Curitibana”, é reconhecido
nacionalmente pela sua eficiência. As gestantes são acolhidas desde o inicio da
gestação, com consultas mensais e a realização de exames como HIV, Hepatite e
os de rotina, recebem todas as orientações para uma gravidez saudável, participam
com prioridade do programa de saúde bucal e escolhem a maternidade de sua
preferência, sempre com boas opções.
Em relação à prevenção do câncer de ginecológico, a prefeitura de Curitiba,
através da Secretaria Municipal de Saúde está afinada com o programa, pois tem
uma estrutura bem montada nas UBS, todos os dias da semana acolhem dentro da
15
nossa área adstrita usuárias que procuram realizar o preventivo, a orientação é
abordada nas consultas eletivas, na livre demanda e em cartazes e faixas
convocando a população a participar. Todo o ultimo sábado do mês é realizado um
mutirão com ampla divulgação na área, uma equipe com 01 enfermeiro e 02
auxiliares de enfermagem fazem a coleta e aproveitando a demanda do mutirão
também é realizado o exame de câncer bucal em todas as pacientes com a
presença de um odontólogo e uma ASB.
Com estas ações há uma boa demanda no tema de câncer ginecológico,
todo o trabalho é planejado e monitorado pela própria equipe de saúde. Os
programas de hipertensos e diabéticos também são bem estruturados e tem boa
aceitação da população.
Ocorre que por não ter um espaço físico adequado a todos os programas,
algumas ações do fluxo não são realizadas, pois cada grupo tem aproximadamente
40 pessoas e o espaço físico é limitado.
Os programas seguem um protocolo definido, contamos com um registro
próprio para cada programa. A equipe que cuida dos programas é multidisciplinar
com medico, Odontólogo, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, psicólogo,
nutricionista e educador físico, a UBS Cajurú conta com 10 grupos de DM, e 10
grupos de HAS, nestes programas a grande dificuldade é controlar a ansiedade dos
usuários, pois eles querem pegar a medicação o mais rápido possível para ir embora
para suas casas, tendo certa resistência em participar das outras atividades dos
programas.
A equipe de saúde promove atividades externas como passeios a parques
da cidade, palestras de orientação, filmes educativos, caminhadas e outras
atividades físicas como forma de diversificar as ações dos programas de HAS e DM.
Não há um programa especifico de idosos na UBS, o atendimento na
terceira idade esta associado aos programas de DM e HAS e consultas de rotina no
fluxo normal do medico generalista, o atendimento emergencial tem pouca demanda
e quando tem são encaminhados para os centros de urgência e emergências
médicas CMUNS.
Vários desafios permeiam a rotina, principalmente no que se refere à
captação de recursos na saúde publica, como uma equipe de saúde que não tem
acesso à gestão pode melhorar uma estrutura física, por exemplo? Então é
necessário aprimorar o acolhimento da população, neste ponto a equipe tem um
16
bom relacionamento com o conselho de saúde local e com a população da área
adstrita, o caderno das ações programáticas deu uma nova visão numérica e de
alcance do que está sendo realizado e se está de acordo com a média da população
no Brasil.
Vários pontos do caderno de ações mostraram uma nova visão do serviço
de atenção básica, o uso de gráficos e planilhas, a ação em cada programa de
forma fracionada, um bom exemplo é o caderno de saúde bucal que fez uma divisão
por faixa etária e com isso mostrou a idade da população menos assistida, e uma
visão mais detalhada de como funcionam os outros programas.
Os programas de HAS e DM seguem procedimentos que a equipe de saúde
bucal desconhecia como exemplo a palpação dos pulsos tibial e pedioso, a
estratificação de risco cardiovascular e a investigação de indicadores de fragilidade
na velhice. O caderno de ações é um instrumento que oferece uma visão mais
ampla e detalhada do funcionamento da UBS.
1.3. Comentário comparativo entre o texto inicial e o relatório da análise situacional
Fazendo uma comparação do texto da segunda semana de ambientação
com o relatório atual, a diferença de conteúdo é enorme, no primeiro relatório da
UBS houve limitação ao citar o período de atendimento, os turnos e a equipe de
saúde bucal, o número total de usuários da área adstrita, também foi citado os
programas de forma bem superficial, praticamente relatando os nomes de cada um,
o fluxo de atendimento foi descrito de maneira genérica e sem conteúdo.
A expectativa é que após o projeto de intervenção, a equipe de saúde bucal
esteja mais atenta ao próprio programa, se preocupando em conduzir de maneira
correta e eficiente o trabalho na odontologia, promovendo a integração da UBS
como uma equipe única.
2. ANALISE ESTRATÉGICA
2.1. JustificativaPré-natal é o cuidado dispensado ás mulheres durante a gravidez, parto e
puerpério, cuja finalidade é garantir o nascimento de crianças saudáveis e prevenir a
mortalidade e morbidade das mães. No Brasil, embora a cobertura pré-natal tenha
17
sido ampliada nas últimas décadas, casos de mortalidade associada ao ciclo
gravídico-puerperal e ao aborto seriam evitáveis com as melhorias no pré-natal
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008).
A ação programática escolhida tem como objetivo uma melhoria no serviço
de saúde bucal das gestantes, atualmente o programa mãe curitibana é muito bem
avaliado pela população e conhecido nacionalmente, porém na parte que cabe a
saúde bucal está em ritmo lento, pois uma média de 15% das gestantes participa de
ações na odontologia.
A baixa adesão na UBS nos mostra à necessidade de induzir à participação
mais ativa do programa, melhorando a captação, priorizando as parturientes e
familiares, registrando e controlando as consultas na clinica odontológica, atuando
também na prevenção e orientação as gestantes com palestras e oficinas de
trabalho.
Todas as ações têm como objetivo causar um impacto de melhoria no
serviço de saúde bucal e reconhecimento da população envolvida no programa.
As atividades desenvolvidas pelo programa do pré-natal, o qual possui em
média 140 gestantes/mês ( índice refere-se as gestantes participantes no pré-natal
da UBS e não a média de gestantes da área adstrita que seria de 405 gestantes,
seguindo á media nacional de 1,5%) seguem o protocolo instituído em Curitiba com
o nome de mãe curitibana e o manual técnico do ministério da saúde como
protocolos básicos de atendimento as gestantes. Há um arquivo específico para o
registro dos atendimentos e a equipe realiza o monitoramento das ações
desenvolvidas na UBS.
O indicador de cobertura de saúde bucal no pré-natal da UBS é de 15%, e a
maioria dos indicadores de qualidade apresenta resultados aquém do esperado.
Além disso, a equipe de Saúde Bucal (ESB) não utiliza todos os equipamentos e
protocolos disponíveis.
A atenção à Saúde Bucal de gestantes e puérperas na UBS necessita de
melhorias, para que o índice de atendimentos e atenção ao programa chegue a um
aumento de significativo, de 10% para 45% das gestantes que participam do pré-
natal na UBS. É interessante observar que alguns aspectos presentes na UBS,
como o espaço físico e principalmente o grande numero da população adstrita de
27.000 (vinte e sete mil) habitantes serão fatores positivos para uma intervenção
satisfatória.
18
2.2 Objetivos e Metas
2.2.1. Objetivo geral
Melhorar a Atenção à Saúde Bucal das gestantes e puérperes da área de
cobertura da USB Cajurú.
2.2.2. Objetivos específicos
1. Ampliar a cobertura de atenção à saúde bucal.
2. Melhorar a adesão ao atendimento em saúde bucal.
3. Melhorar a qualidade no atendimento da saúde bucal das gestantes.
4. Aprimorar um registro de informações.
5. Mapear as gestantes com risco para problemas de saúde bucal.
6. Promover a saúde bucal das gestantes.
2.2.3. Metas
As metas são relativas ao período de quatro meses da intervenção.
Relativas ao objetivo 1:Ampliar a cobertura de atenção á saúde bucal1-Ampliar o numero de gestantes com primeira consulta odontológica de 15% para
45%;
2-Realizar visita domiciliar em 100% das gestantes cadastradas que estiverem
acamadas ou com problemas de mobilidade física.
Relativas ao objetivo 2: Melhorar a adesão ao atendimento em saúde bucal3-Realizar a busca ativa de 100% das gestantes que faltaram as consultas
agendadas.
Relativas ao objetivo 3: Melhorar a qualidade no atendimento da saúde bucal das gestantes4-Capacitar100% dos profissionais da equipe para o atendimento integral em saúde
da gestante e do recém-nascido;
19
5-Realizar exame bucal adequado em 100% das gestantes e recém-nascidos
cadastrados;
6-Garantir realização de exames complementares para 100% das gestantes e
puérperas;
7-Garantir a conclusão do tratamento odontológico em 80% das gestantes;
Relativas ao objetivo 4: Aprimorar um registro de informação8-Manter registro atualizado em planilha/prontuário de 100% das gestantes;
9-Fornecer carteira de saúde bucal a 100% das gestantes que participam do pré-
natal.
Relativas ao objetivo 5: Mapear as gestantes com risco para problemas de saúde bucal10-Identificar e acompanhar 100% das gestantes e puérperas com acúmulo de
fatores de risco em saúde bucal;
Relativas ao objetivo 6: Promover a saúde bucal das gestantes11-Dar orientações para 100% das gestantes e puérperas em relação a sua higiene
bucal e do recém-nascido;
12- Dar orientações para 100% das gestantes e puérperas sobre prevenção dos
principais problemas bucais na gestação e no recém-nascido;
13-Dar orientações nutricionais e sobre aleitamento materno para 100% de
gestantes e puérperas;
14- Garantir a avaliação de risco para saúde bucal em 100% das gestantes e
puérperas;
2.3. Metodologia
2.3.1 Ações (incluindo o detalhamento)
As ações realizadas neste projeto, referentes aos objetivos e metas,
envolveram quatro eixos pedagógicos: organização e gestão do serviço, qualificação
20
da prática clínica, engajamento público e monitoramento e avaliação, detalhadas a
seguir.
Relativas ao objetivo 1:Ações de organização e gestão do serviço
•Organizar uma agenda própria para as gestantes;
•Garantir junto a gestão de UBS o fornecimento de material apropriado ao programa,
Ações de qualificação da prática clínica
•Capacitar a equipe para atendimento integral das gestantes;
•Realizar durante a intervenção um fórum mensal para efetivar a capacitação da
equipe;
Ações de engajamento público
•Através de informativos comunicar a comunidade a priorização das gestantes;
•Dar escuta à comunidade sobre estratégias para a captação de gestantes e recém-
nascidos, através de uma caixa de sugestões e das reuniões com grupos de
gestantes.
Ações de monitoramento e avaliação
•Monitorar o número de gestantes cadastradas na UBS e proporção de gestantes
cadastradas pela equipe.
•Utilizar a ficha espelho já disponível na UBS com anexo dos indicadores de saúde
bucal presentes na planilha de coleta de dados. A periodicidade do monitoramento
será realizada a cada 30 dias pela equipe de saúde bucal.
Relativas ao objetivo 2 :Ações de organização e gestão do serviço
• Separar espaço na agenda para remarcar as gestantes faltosas;
• Preparar a equipe para realizar busca ativa nas gestantes participantes do
programa,
Ações de qualificação da prática clínica
•Capacitar a equipe para realizar educação em saúde bucal da comunidade;
21
•Promover reuniões com agentes comunitárias da UBS para realizarem visitas as
gestantes divulgando o programa de saúde bucal;
•Divulgar na comunidade as melhorias no programa de saúde bucal das gestantes;
Ações de engajamento público
•Abrir espaço para opiniões e dicas da comunidade;
•Convocar a comunidade a opinar a respeito do programa, através de uma caixa de
sugestões e das reuniões com grupos de gestantes.
Ações de monitoramento e avaliação
•Incentivar o monitoramento de gestantes cadastradas na UBS e proporção de
gestantes cadastradas pela equipe.
•No eixo de monitoramento também será utilizada a ficha espelho já disponível na
UBS com anexo dos indicadores de saúde bucal presentes na planilha de coleta de
dados.
•Avaliar a cada 30 dias como está sendo o monitoramento do programa.
Relativas ao objetivo 3 :Ações de organização e gestão do serviço
•Garantir com a autoridade sanitária o fornecimento de material para odontologia;
•Garantir com a equipe de enfermagem a realização de todos os exames
complementares das gestantes participantes do programa;
Ações de qualificação da prática clínica
•Capacitar a equipe para realizar busca ativa de vagas nas especialidades;
•Orientar as gestantes sobre a importância do tratamento especializado, mesmo
durante a gestação;
Ações de engajamento público
•Informar a comunidade a necessidade do exame bucal:
•Informar as gestantes que participam do programa a importância do engajamento
no programa de saúde bucal;
Ações de monitoramento e avaliação
22
•Verificar se a proposta de acolhimento está sendo executada;
•Monitorar a qualidade de serviço que a equipe está prestando na UBS;
Relativas ao objetivo 4:Ações de organização e gestão do serviço
•Garantir com a autoridade sanitária a confecção das carteiras de saúde bucal;
•Fornecer carteira de saúde bucal a todas as gestantes que participam do pré-natal;
•Orientar a equipe de saúde bucal á manter um registro atualizado das gestantes;
Ações de qualificação da prática clínica
•Capacitar a equipe para a realização do registro completo das gestantes
participantes;
•Capacitar a equipe para realizar cadastramento, identificação e encaminhamento
das gestantes para o programa;
•Garantir que na primeira consulta odontológica todas as gestantes recebam a
carteira de saúde bucal;
Ações de engajamento público
•Informar a comunidade a importância com o cuidado da carteira de saúde bucal
•Facilitar o registro domiciliar para as gestantes com dificuldade de locomoção;
•Ouvir a comunidade sobre estratégias para a captação de gestantes e recém-
nascidos, através de uma caixa de sugestões e das reuniões com grupos de
gestantes.
Ações de monitoramento e avaliação
•Monitorar o andamento do registro das gestantes no livro específico de cadastro;
•Manter atualizado um prontuário próprio relativo ao programa de saúde bucal;
•Avaliar a cada trimestre o número de registros e carteiras de saúde bucal fornecidas
para as gestantes cadastradas;
Relativas ao objetivo 5:Ações de organização e gestão do serviço
•Priorizar as gestantes com alto risco a problemas odontológicos;
23
•Priorizar todas as gestantes cadastradas ou não, que necessitem de atendimento
odontológico;
Ações de qualificação da prática clínica
•Capacitar a equipe para realizar o mapeamento de risco das gestantes
participantes;
•Orientar a equipe para atualização do mapa de registros;
•Capacitar as ACS a delimitar a área de abrangência das gestantes, facilitando o
mapeamento das mesmas;
Ações de engajamento público
•Informar à comunidade da existência do registro de mapeamento das gestantes;
•Enfatizar a importância de orientar as gestantes a participarem do programa e
realizarem o seu cadastro e mapeamento;
Ações de monitoramento e avaliação
Criar uma planilha com o mapeamento das gestantes com alto risco a problemas
odontológicos;
•Manter atualizado a planilha de mapeamento do programa;
Relativas ao objetivo 6:Ações de organização e gestão do serviço
•Solicitar ao gestor da UBS material apropriado ao atendimento das gestantes;
•Promover oficinas e palestras com grupos de gestantes que participam do pré-natal
na UBS;
•Orientar todas as gestantes na primeira consulta sobre problemas odontológicos na
gestação;
Ações de qualificação da prática clínica
•Capacitar a equipe para realizar palestras educativas;
•Capacitar a equipe para orientar as parturientes em higiene bucal;
Ações de engajamento público
24
•Convidar a comunidade a participar das palestras de orientação à saúde bucal das
gestantes;
•Facilitar o acesso da comunidade em todas as atividades educacionais realizadas;
•Orientar as gestantes sobre a importância da prevenção a problemas de saúde
bucal;
Ações de monitoramento e avaliação
•Registrar em ata todas as atividades educacionais realizadas;
•Monitorar as atividades educativas das gestantes;
•Avaliar a cada trimestre os resultados das ações educativas;
2.3.2 Indicadores Os indicadores são instrumentos essenciais na elaboração da estrutura do
projeto de pesquisa, e que faz parte da metodologia do projeto.
Todos os indicadores devem estar de acordo com as metas. Em geral, cada
meta tem um indicador e este deve expressar o que a meta pretende alcançar.
Os tipos de indicadores utilizados na intervenção:
Indicador de cobertura: mostra o número de gestantes da área adstrita que
foram atendidas na UBS no período da intervenção.
Indicador de qualidade: mostra o numero de gestantes que realizaram
determinada ação prevista no protocolo.
Os indicadores pesquisados são referentes ao pré-natal (20 indicadores) e
específicos de saúde bucal (5 indicadores).
1 - Indicadores monitorados no programa de saúde bucal da UBS CajurúIndicadores que foram monitorados pelo programa de saúde bucal e
pesquisados durante a intervenção, no total de 13 indicadores:
Referente à Meta 1: Ampliar a primeira consulta odontológica das gestantes de
15%para 45%;
Indicador: Proporção de gestantes com primeira consulta odontológica
Numerador: Número de gestantes da área com primeira consulta odontológica.
25
Denominador: Número total de gestantes residentes na área cadastradas no
programa.
Referente à Meta 2: Garantir a conclusão do tratamento odontológico a 80% das
gestantes
Indicador:Proporção de gestantes com tratamento odontológico concluído
Numerador: Numero de gestantes com tratamento odontológico concluído.
Denominador: Número de gestantes residentes na área cadastradas no programa.
Referente à meta 3:Garantir avaliação de risco para saúde bucal em 100% das
gestantes
Indicador: Proporção de gestantes com avaliação de risco para saúde bucal
Numerador: Numero de gestantes com avaliação de risco em dia.
Denominador: Numero de gestantes residentes na área cadastradas no programa.
Referente á meta 4: Dar orientação de higiene bucal e prevenção da cárie a 100%
das gestantes
Indicador: Proporção de gestantes com orientação de higiene bucal e prevenção da
cárie.
Numerador: Numero de gestantes com orientação sobre higiene bucal e prevenção
de cárie.
Denominador: Numero de gestantes residentes na área cadastradas no programa.
Referente à meta 5: Dar orientação nutricional para 100% das gestantes
Indicador: Proporção de gestantes que receberam orientação nutricional do
odontólogo.
Numerador: Numero de gestantes que receberam orientação nutricional do
odontólogo.
Denominador: Numero de gestantes residentes na área cadastradas no programa.
Referente á meta 6: Realizar visita domiciliar a 100% das gestantes cadastradas que
estiverem acamadas ou com mobilidade física
Indicador: Proporção de gestantes que receberam visita domiciliar.
26
Numerador: Numero de gestantes que receberam visita domiciliar.
Denominador: Numero de gestantes residentes na área cadastradas no programa.
Referente á meta 7: Realizar busca ativa em 100% das gestantes que faltaram as
consultas agendadas
Indicador: Proporção de gestantes faltosas ás consultas agendadas e que receberam
busca ativa.
Numerador: Número de gestantes faltosas que receberam busca ativa.
Denominador: Numero de gestantes faltosas as consultas.
Referentes á meta 8: Capacitar 100% dos profissionais da equipe para atendimento
integral em saúde da gestante.
Indicador: Proporção de profissionais da equipe que receberam capacitação para
atendimento integral em saúde da gestante.
Numerador: Número de profissionais que receberam capacitação.
Denominador: Número de profissionais da equipe de saúde bucal.
Referente á meta9: Realizar exame bucal adequado em 100% das gestantes e
puérperas cadastradas.
Indicador:Proporção de gestantes e recém-nascidos que receberam exame bucal.
Numerador: Número de gestantes e recém-nascidos que receberam exame bucal.
Denominador: Número de gestantes e recém-nascidos residentes na área
cadastrados no programa.
Referente á meta 10: Garantir realização de exames complementares para 100%
das gestantes e recém-nascidos
Indicador: Proporção de gestantes que receberam exames complementares.
Numerador: Número de gestantes que receberam exames complementares.
Denominador: Número de gestantes residentes na área cadastradas no programa.
Indicador: Proporção de gestantes que concluíram tratamento odontológico.
Numerador: Número de gestantes que concluíram tratamento odontológico.
Referente á meta 11: Manter registro atualizado em 100% das gestantes
cadastradas.
27
Indicador: Proporção de gestantes cadastradas com registro atualizado.
Numerador: Número de gestantes cadastradas com registro atualizado.
Denominador: Número de gestantes residentes na área cadastradas no programa.
Referente á meta 12: Fornecer carteira de saúde bucal á 100% das gestantes
cadastradas no programa.
Indicador: Proporção de gestantes cadastradas no programa que receberam carteira
de saúde bucal.
Numerador: Número de gestantes cadastradas no programa que receberam carteira
de saúde bucal.
Denominador: Número de gestantes residentes na área cadastradas no programa.
Referente á meta 13: Orientar 100% das gestantes cadastradas sobre prevenção
aos principais problemas bucais na gestação e no recém-nascido.
Indicador: Proporção de gestantes cadastradas orientadas sobre prevenção aos
principais problemas bucais na gestação e no recém-nascido.
Numerador: Número de gestantes cadastradas orientadas sobre prevenção aos
principais problemas bucais na gestação e no recém-nascido.
Denominador: Número de gestantes residentes na área cadastradas no programa.
2-Indicadores monitorados no programa de pré-natal na UBS Cajurú:Relatam os indicadores relativos ao pré-natal, presentes na planilha de coleta de
dados, não utilizados como metas no programa de saúde bucal.
1- Proporção de gestantes com consulta em dia
2- Proporção de gestantes com início do pré-natal no primeiro trimestre gestação
3- Proporção de gestantes com exame ginecológico
4- Proporção de gestantes com exame de mamas em dia
5- Proporção de gestantes com registro de IMC
6- Proporção de gestantes com suplementação de sulfato ferroso em dia
7- Proporção de gestantes com prescrição de ácido fólico
8- Proporção de gestantes com todos os exames laboratoriais
9- Proporção de gestantes com vacina antitetânica em dia
10- Proporção de gestantes com vacina de hepatite b em dia
28
11- Proporção de gestantes com avaliação de saúde bucal em dia
12- Proporção de gestantes com avaliação nutricional em dia
13- Proporção de gestantes com orientação sobre aleitamento materno
14- Proporção de gestantes com orientação sobre cuidados com o recém- nascido
15- Proporção de gestantes com orientação sobre riscos do tabagismo e drogas
16- Proporção de gestantes com orientação sobre anticoncepcional
17- Proporção de gestantes com avaliação de risco na primeira consulta
18- Proporção de gestantes com exame entre30° e 42° dia pós-parto;
Indicador de cobertura relativo à Saúde Bucal:
1-Proporção de gestantes com primeira consulta odontológica;
Indicadores de Qualidade relativos à Saúde Bucal:
2-Proporção de gestantes com tratamento concluído;
3- Proporção de gestantes com avaliação de risco;
4- Proporção de gestantes com orientação sobre higiene bucal;
5- Proporção de gestantes que receberam orientação nutricional do odontólogo.
2.3.3 Logística
O projeto de intervenção na UBS Cajurú terá como foco a Saúde Bucal no
pré-natal e adotara como protocolo o Caderno de Atenção Básica, elaborado pelo
ministério da Saúde (2006), com a complementação do programa “Mãe Curitibana”
que promoveu algumas melhorias para as gestantes.
A fim de organizar o registro específico do programa de Saúde Bucal no pré-
natal na UBS Cajurú, será necessário revisar o livro de registros específico do
Programa.
O registro específico serve para registrar as ações e viabilizar o
monitoramento, é necessário um formulário que contenha as informações a serem
monitoradas.
29
O Monitoramento é facilitado com a informatização das UBS de Curitiba,
todos os registros são executados nos prontuários eletrônicos, o que facilita a coleta
de dados das usuárias do programa.
A extração dos dados das gestantes é realizada pelo prontuário eletrônico,
pelos dados inseridos no P.O.A. que é o Plano de Ação Operacional (pactua os
números de procedimentos do ano), efetuados no programa e também nos relatórios
que são discriminados mês a mês e por determinados grupos.
Nas condições para o monitoramento é preciso verificar se ficha de cada
paciente contém todos os dados necessários para o cálculo dos indicadores.
Como estimamos aumentar a intervenção de 10% das gestantes (15 a 20),
para 45% (60) de um total aproximado de 130 gestantes, estamos elaborando 140
fichas espelho necessários e a impressão de 140 fichas complementares que serão
anexadas ás fichas espelho.
Para o acompanhamento mensal será utilizada uma planilha elaborada em
livro de registro, identificando todas as gestantes que estiveram presentes no serviço
de pré-natal nos últimos três meses.
A TSB ira transcrever as informações disponíveis para a ficha espelho, e
monitorar as gestantes com consultas odontológicas em atraso.
As ASB também irão organizar os registros e monitorar o arquivo.
O odontólogo além dos procedimentos clínicos irá participar da organização
do arquivo.
Utilizaremos 30 minutos após o expediente para estudo e troca de duvidas
da equipe.
Para viabilizar a ação de acolhimento das gestantes na clinica odontológica,
as parturientes que procuram consulta de pré-natal de rotina serão todas agendadas
na clínica odontológica para consulta inicial e determinação de risco para problemas
odontológicos, sendo que o agendamento deverá ser na mesma semana da
consulta do pré-natal, todas as gestantes que realizarem a primeira consulta
odontológica já estarão com a próxima consulta agendada na UBS.
Para viabilizar a ação de acolhimento as gestantes, para acolher a demanda
de urgência e emergência não há necessidade de alterar o fluxo da agenda, pois
todos os dias terão prioridade no atendimento em qualquer dos três turnos.
30
Para sensibilizar a comunidade, varias ações são necessárias, como o
esclarecimento sobre a importância da realização do exame bucal e as facilidades
de realizá-lo na UBS.
Esclarecer a população sobre a priorização das parturientes na UBS.
Ao final de cada mês, os dados coletados serão consolidados em planilha
eletrônica e livro de registro do programa.
2.3.4 Cronograma
Tabela 1 – Cronograma dos meses de intervenção
Mês 1
Semana 01 Semana 02 Semana 03 Semana 04
Reunião com os profissionais que irão participar das
ações com gestantes.
1º Fórum de discussão das ações entre os
profissionais que estão participando
do programa.
2º Fórum de discussão das
ações e avaliação de resultados entre a equipe de saúde
bucal.
Atualização do livro de registros do programa de
gestante.
Exame Clínico inicial com grupos
de 10 gestantes por dia.
Exame clínico inicial em grupos de
10 gestantes por dia.
Exame clínico inicial com grupos
de 10 gestantes por dia.
Atendimento na clínica odontológica
para gestantes agendadas.
Início dos agendamentos
priorizados.
Atendimento na clínica odontológica
de gestantes agendadas.
Atendimento na clínica odontológica
de gestantes agendadas.
Atendimento emergencial e
clinico para gestantes na triagem (sem
agendamento).Elaboração ficha
espelho/ ficha registro de todas gestantes com exame inicial
concluído.
1ª Palestra educativa de saúde
bucal para gestantes.
Atendimento clínico as gestantes de alto
e médio risco a problemas bucais.
Atendimento emergencial e
clinico para gestantes na triagem (sem
agendamento).
Organizar arquivo próprio e em ordem
alfabética das gestantes com
fichas preenchidas.
Elaboração de fichas espelho/ ficha registro e organização do
arquivo.
Atendimento clínico as gestantes de
baixo risco a problemas bucais com orientação de saúde bucal, (TSB,
ASB.)
Atendimento emergencial e
clinico para gestantes na triagem (sem
agendamento).
31
Mês 2
Semana 01 Semana 02 Semana 03 Semana 04
Atendimento clínico odontológico para
gestantes agendadas e
urgências.
Triagem odontológica aberta
a população e priorização de
gestantes.
3º Fórum de discussão das
ações e avaliação do programa da
equipe de saúde.
2ª Palestra educativa de saúde
bucal para gestantes. Oficina
com atividades lúdicas.
Triagem odontológica aberta
à população e priorização de
gestantes.
Monitoramento do 1º mês do
programa e busca ativa de pacientes
faltosos.
Exame clínico inicial das
gestantes faltosas, e grupo não
avaliado.
Atendimento clínico para gestantes agendadas e
urgência.
Exame clínico inicial com grupos
de até 10 gestantes.
Atualização do registro e
organização arquivo próprio.
Atendimento clínico e gestante agendadas.
Atualização do registro e arquivo
do programa.
Exame clínico das gestantes faltosas e
reagendadas do mês de março.
Atendimento clínico odontológico para
gestantes agendadas e
urgência.
Atendimento clínico a gestantes
agendadas 2ª, 4ª e 6ª feiras.
Orientação à equipe sobre
procedimentos no atendimento as
gestantes
Mês 3Semana 01 Semana 02 Semana 03 Semana 04
Atendimento na clínica odontológica
as gestantes agendadas.
Exame clínico inicial a novas gestantes que
ainda não participam do
programa.
3º Fórum de avaliação e novas idéias em relação ao programa entre a equipe de saúde
bucal.
Reunião com a equipe de
enfermagem e médica.
Apresentação de resultados parciais
do programa a autoridade sanitária.
Atendimento na clínica odontológica
a gestantes agendadas 2ª, 4ª e
6ª feiras.
Atendimento na clínica odontológica
e paciente agendadas.
Atendimento na clínica odontológica
a gestantes agendadas.
Escovação orientada a grupos de 10 gestantes, 6ª feira, realizada por
TSB e ASB.
Ação educativa as gestantes, tema: Importância da
alimentação saudável para a
saúde bucal.
Escovação orientada a grupos
de 10 gestantes realizadas por TSB's e ASB's.
Ação educativa as gestantes, tema: Importância da amamentação e
cuidados de saúde bucal do bebê.
32
Busca ativa de gestantes faltosas
no programa.
Monitoramento e organização dos
registros do programa.
Verificação do número total de
gestantes participantes.
Pesquisa de satisfação junto às
usuárias.
Mês 4
Semana 01 Semana 02 Semana 03 Semana 04
Atendimento na clinica de gestantes agendadas 2ª, 4ª e
6ª feiras.
Exame clínico inicial a novas
gestantes 2ª, 4ª e 6ª feiras.
4ª Fórum de avaliação e novas Idéias em relação
ao programa com a equipe de saúde.
Atendimento na Clínica de gestantes
agendadas.
Escovação orientada a grupos de 10 gestantes.
Atendimento na Clínica para Gestantes
Agendadas.
Atendimento na Clinica para Gestantes
Agendadas.
Apresentação dos Resultados do
Programa a Autoridade
Sanitária local.
Busca ativa de gestantes faltosas.
Monitoramento e organização dos
Registros do programa.
Educação em Saúde para
Gestantes. Tema: Alimentação Saudável.
Reunião com o conselho local para
apresentar Resultados do
programa.
Reunião com equipe de agentes
comunitários.
Reunião com equipe de
enfermagem e médica para discussão do
programa.
Escovação orientada a grupos
de 10 gestantes realizados por TSB’s e ASB’s.
Palestra educativa a familiares e gestantes em
espaço comunitário a ser designado.
3. RELATÓRIO DA INTERVENÇÃO
3.1 Ações do projeto que foram desenvolvidasInicialmente gostaria de evidenciar como o projeto de Intervenção foi
importante para a equipe de saúde bucal da UBS Cajurú, a equipe composta por um
Odontólogo, duas Técnicas em saúde bucal e quatro Auxiliares em saúde bucal
procurou desenvolver o trabalho seguindo o protocolo de orientação sugerido pelo
curso. Muitas dificuldades ocorreram durante as atividades, mas o balanço final
33
deste período foi positivo, pois iniciamos aqui na UBS um novo modelo de
assistência as Gestantes, mais completo e constante em relação ao serviço que já
existia anteriormente, incorporando a rotina de maneira definitiva.
O projeto foi desenvolvido seguindo quatro eixos pedagógicos, com ações
desenvolvidas nas áreas de organização e gestão de serviço, qualificação da prática
clínica, monitoramento e avaliação e engajamento público.
No eixo de organização e gestão do serviço, organizamos uma agenda
própria para as gestantes, e garantimos com a gestão o fornecimento de material
apropriado para o projeto, como a confecção de carteiras de saúde bucal.
Priorizamos as gestantes de risco e organizamos uma agenda própria, além de
priorizar todas as gestantes, com cadastro ou não para atendimento na clínica
odontológica;
Nas ações de qualificação da pratica clínica, capacitamos a equipe de saúde
bucal para atendimento as gestantes, para realizar busca ativa de pacientes faltosas
e busca ativa de vagas nas especialidades, na atualização do mapa de registros e
outro fator importante foi a realização de um fórum entre a equipe a cada mês de
intervenção para troca de ideias e informações.
Nas ações de engajamento público, foi informando a comunidade da
necessidade do exame bucal, orientando sobre os fatores de risco, abrindo espaço
para opiniões da comunidade a respeito do programa, outras ações de engajamento
como a orientação as agentes comunitárias que realizassem nas visitas domiciliares
o comunicado a respeito do programa frisando a sua importância, principalmente
durante a gestação, a fixação de cartazes na UBS, nas escolas e creches da área
também auxiliaram na divulgação do programa.
Nas ações de monitoramento e avaliação, foram monitoradas todas as
atividades relacionadas ao programa como, tratamentos concluídos, gestantes de
alto risco e pacientes faltosas, foi criado um registro específico do programa, além
da carteira de saúde bucal fornecida a todas as gestantes participantes e a
adaptação da ficha espelho já existente no pré-natal ser adaptada também para o
programa de saúde bucal.
A intervenção foi iniciada no mês de fevereiro, a equipe de saúde bucal
sempre procurou seguir o cronograma descrito no projeto, realizando fóruns com a
equipe, para determinar os objetivos e metas a serem alcançados, o preenchimento
34
da ficha espelho, o registro das ações relatados no livro do programa e as ações que
cada membro da equipe deveria realizar.
As gestantes que tiveram tratamento odontológico concluído, seguiram uma
média de 43% no primeiro mês de intervenção, seguida de uma pequena baixa no
segundo mês 32% , um aumento para 48% no terceiro mês e finalizou a intervenção
no quarto mês com 60% de gestantes, a porcentagem demonstra o controle nos
retornos de consultas das gestantes.
Todas as gestantes que participaram da intervenção com 42, 41, 44 e 60
respectivamente a cada mês receberam avaliação de risco para problemas de saúde
bucal, orientação sobre higiene e prevenção á cárie e orientação nutricional da
equipe de saúde bucal obtendo 100% das ações realizadas.
3.2 Ações previstas no projeto que não foram desenvolvidas
Na elaboração do projeto várias ações foram determinadas, visando o
alcance das metas, porém algumas dessas ações não puderam, ou não foram
realizadas em sua plenitude.
Uma meta que não foi alcançada é a relativa ao número de tratamentos
concluídos, no início da intervenção a meta era de alcançar 80%, mas no decorrer
dos quatro meses os atendimentos alcançaram uma média de 40% no primeiro mês
de intervenção, 30% no segundo mês, 45% no terceiro mês, e no quarto mês 60%.
Reunir um número adequado de gestantes para a participação de oficinas e
palestras sempre foi a maior dificuldade na UBS, o programa de pré-natal conta com
uma média de 150 gestantes/mês, mas nas reuniões e palestras não consegue mais
de 15 gestantes, o mesmo ocorreu na intervenção, mesmo realizando eventos em
conjunto com a enfermagem, com distribuição de prêmios, lanche e outros atrativos
a adesão continuou baixa, fica claro que ações de organização e gestão e de
engajamento público no sentido de convencer as gestantes e familiares a
participarem de ações educativas ficou aquém do esperado, outra ação que não foi
desenvolvida faz referência à inclusão do puerpério na intervenção, durante a
intervenção os atendimentos clínicos, as ações educativas e registros foram
direcionados as gestantes com poucas ações voltadas aos recém-nascidos, mas
como o projeto foi incorporado a rotina da UBS as ações com os recém-nascidos
também fará parte do programa.
35
3.3 Dificuldades encontradas na coleta e sistematização de dados
No início do projeto a dificuldade em preencher as planilhas de coleta de
dados ocorreu, mas não a ponto de prejudicar o bom andamento do programa, com
o tempo as planilhas se tornaram um instrumento imprescindível ao sucesso da
intervenção. Todos da equipe de saúde bucal têm a certeza de que o projeto já esta
incorporado a UBS e que recebeu o aval da população da área adstrita e da gestão
da UBS, a rotina do serviço funciona todos os dias da semana sem exceção, nos
dias de triagem priorizamos todas as gestantes que procuram a clínica odontológica,
nos dias de agendamento às agendas estão completas para as próximas três
semanas, as ASB realizam a captação das gestantes já nas consultas do pré-natal.
Porém nem tudo é perfeito, temos muita dificuldade em reunir um grupo grande de
gestantes em palestras, oficinas e reuniões, que dificilmente passamos de 10 a cada
evento, divulgamos com cartazes, através das agentes comunitárias, por telefone e
mesmo assim a adesão é pequena.
3.4. Análise da viabilidade das ações previstas no projeto
Analisando as ações de organização e gestão do serviço, qualificação da
prática clinica, engajamento público e monitoramento e avaliação, conclui-se que
ocorreram algumas falhas, como as citadas nas ações que não foram desenvolvidas
e nas dificuldades na sistematização de dados, porém nada que pudesse
comprometer o a viabilidade do projeto.
Como balanço final dos quatro meses de intervenção a equipe de saúde
bucal tem a consciência de que ajudou na melhoria de um serviço já existente, mas
que havia se perdido no tempo e que funcionava em ritmo lento, sem captação de
novas gestantes, o projeto visa à implantação plena da intervenção na UBS e o
compromisso em manter o mesmo ritmo e qualidade alcançada nesses meses de
intervenção.
36
4. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO
4.1. ResultadosO publico alvo no projeto foi constituído de gestantes da área adstrita da
UBS Cajurú, Curitiba, PR Todas as gestantes que participam do pré-natal na UBS
foram convocadas a participar do programa de saúde bucal, uma média de 130
gestantes/mês realiza o pré-natal na UBS.
37
Os resultados foram satisfatórios com a expectativa de metas a serem alcançadas, conseguimos resgatar a saúde bucal das
gestantes, que há muito tempo estava sem um programa definido, com a intervenção na UBS Cajurú aumentou de 10% para 45% a primeira
consulta odontológica em gestantes, criou-se um registro específico do programa, foi desenvolvido um sistema de busca ativa ao publico
alvo, e com educação em saúde através de palestras e oficinas sucedeu uma maior adesão da comunidade para dentro da UBS, para a equipe
de saúde bucal estes fatores demonstram um bom índice de resultados obtidos.
1-Proporção de gestantes com primeira consulta odontológica programáticaA evolução do primeiro indicador ocorreu de maneira estável no 1° e 2° mês
com 42 e 41 gestantes respectivamente, já no 3° mês aumentou para 44 gestantes e
finalizou o 4° mês de intervenção com 60 gestantes.
A análise desse indicador demonstra um aumento no numero de gestantes
com primeira consulta odontológica realizadas na UBS Cajurú, e consequentes
melhorias na atenção á saúde bucal das gestantes. Na área adstrita á UBS existem
405 gestantes, entretanto á intervenção nestes quatro meses focou as gestantes
que realizam o pré-natal na UBS, que conta com uma média de 130 parturientes. No
último mês de intervenção, 60 gestantes realizaram a primeira consulta odontológica
programática alcançando ao final da intervenção uma cobertura na nossa área
adstrita de 15%, e do foco principal da intervenção que são as gestantes que
participam do pré-natal o índice ficou em 40,8%.
Figura 1 – Gráfico com proporção de gestantes com a primeira consulta odontológica
2 - Proporção de gestantes com tratamento odontológico concluídoA conclusão de tratamentos odontológicos iniciou logo após o começo da
intervenção, pois a cada dia de atendimento ocorriam tratamentos concluídos, no
primeiro mês de intervenção tivemos 42 gestantes em atendimento com 18
38
tratamentos concluídos, no segundo mês de intervenção atendemos 41 gestantes
com 13 tratamentos concluídos, no terceiro mês com 44 gestantes e 21 tratamentos
concluídos e no quarto e último mês de intervenção alcançamos 60 gestantes em
atendimento e 36 tratamentos concluídos. A proporção mês a mês ficou 42,9%,
31,7%, 47,7% e finalizou com 64,2%.
Figura 2 – Gráfico de proporção das gestantes com tratamento odontológico concluído
3 - Proporção de gestantes com avaliação de risco para saúde bucalNeste indicador a proporção foi de 100%, igual ao numero de pacientes com
consulta inicial odontológica realizada. A cada exame clínico a avaliação de risco já
era avaliada. As gestantes com alto risco a problemas odontológicos e gestantes com
baixo risco a problemas odontológicos. Foram considerados como alto risco os
problemas odontológicos com fatores relacionados à alta atividade de cárie, risco à
doença periodontal, doenças sistêmicas e agentes externos.
39
Figura 3 – Gráfico de avaliação de risco das gestantes da UBS Cajurú
4 - Proporção de gestantes com orientação sobre higiene bucal e prevenção de cárie
Outro indicador com 100% de aproveitamento, o gráfico demonstra que todas
as gestantes que realizavam o exame clínico inicial foram submetidas à orientação
sobre higiene bucal e prevenção a cárie pela equipe de saúde bucal. A técnica em
saúde bucal realizava com a gestante uma escovação orientada passo a passo,
desde a técnica de escovação até o uso do fio dental. O cirurgião dentista orientava
fatores para a prevenção da cárie.
Figura 4 – Gráfico de gestantes com orientação sobre higiene bucal e prevenção da cárie
5 - Proporção de gestantes que receberam orientação nutricional do odontólogo
40
O quinto indicador da planilha também teve 100% de alcance de todas as
gestantes que realizaram a primeira consulta odontológica, após a orientação sobre
higiene oral as gestantes recebiam uma orientação detalhada a respeito da nutrição
durante a gravidez, a importância de uma dieta saudável com frutas, legumes e
proteínas para a saúde bucal e do bebê e os malefícios de uma dieta com muito
carboidrato e frituras poderiam causar. Todas as gestantes atendidas durante a
intervenção receberam a orientação.
Figura 5 – Gráfico de gestantes com proporção de orientação nutricional do odontólogo6- Proporção de gestantes acamadas que receberam visita domiciliar
Durante a intervenção, poucas gestantes necessitaram de visita domiciliar, no
primeiro mês apenas uma gestante recebeu visita por estar acamada e com dor na
região do terceiro molar inferior (38), no local foi medicada, no segundo e terceiro
mês não ocorreram visitas e no quarto mês de intervenção mais duas gestantes
foram visitadas, sem nenhuma gravidade.
41
Figura 6- Gráfico com proporção de gestantes acamadas que receberam visita domiciliar.
7- Proporção de gestantes faltosas que receberam atendimento após busca ativa
O gráfico 7a mostra a busca ativa de pacientes faltosas no primeiro mês de
intervenção com10 gestantes de 42 atendidas, no segundo mês 8 gestantes de
41atendidas, no terceiro mês 7 gestantes de 44 atendidas e no quarto mês 9
gestantes de 60 atendidas.
Figura 7a- Gráfico com proporção de gestantes faltosas
O gráfico 7b demonstra que todas as gestantes faltosas receberam busca
ativa e foram atendidas durante a intervenção.
Figura 7b- Gráfico com proporção de gestantes que receberam busca ativa
42
8- Proporção de profissionais da equipe de saúde que receberam capacitaçãoToda a equipe de saúde odontológica composta por um odontólogo, duas
técnicas em saúde bucal e três auxiliares de saúde bucal receberam capacitação no
atendimento as gestantes no projeto de saúde bucal da UBS Cajurú.
Figura 8- Gráfico com proporção de profissionais a equipe que receberam capacitação
9- Proporção de gestantes cadastradas que receberam exame bucalTodas as gestantes cadastradas no programa de saúde bucal receberam
exame odontológico adequado: 42 41, 44, e 60 respectivamente durante os quatro
meses de intervenção.
43
Figura 9- Gráfico com proporção de gestantes e puérperas que receberam exame bucal adequado.
10- Proporção de gestantes que receberam todos os exames complementaresDurante a intervenção todas as gestantes cadastradas no programa de saúde
bucal realizaram todos os exames pertinentes ao pré-natal, o controle foi descrito na
planilha de coleta de dados.
Figura 10- Gráfico com proporção de gestantes que receberam exame complementar.
11- Proporçãode gestantes cadastradas e com registro atualizadoTodas as gestantes participantes do programa de saúde bucal tiveram o
registro atualizado durante a intervenção, com 42, 41, 44 e 60 gestantes
respectivamente nos quatro meses de intervenção.
44
Figura 11- Gráfico com gestantes cadastradas com registro atualizado.
12- Proporçãode gestantes que receberam a carteira de saúde bucal eficha espelho durante a intervenção.
Todas as gestantes participantes do programa de saúde bucal receberam a
carteira de saúde bucal e ficha espelho durante a intervenção, com 42, 41, 44 e 60
gestantes respectivamente nos quatro meses de intervenção.
Figura 12- Gráfico com proporção de gestantes que receberam carteira de saúde bucal.
13- Proporção de gestantes cadastradas orientadas sobre prevenção aos principais problemas bucais na gestação
Todas as gestantes cadastradas no programa receberam orientação
relacionada a problemas odontológicos durante a gestação e orientada da
importância da prevenção minimizando a gengivite gravídica e a formação de cárie
no período do pré-natal.
45
Figura 13-Gráfico com proporção de gestantes cadastradas orientadas sobre prevenção aos principais problemas bucais na gestação.
14– Proporção dacobertura do programa de pré-natal na UBSO gráfico mostra a variação dos quatro meses de intervenção relativos ao
número total de gestantes da área adstrita (UBS Cajurú) 405e a cada mês 147, 152,
157 e 130 de gestantes que participam do pré-natal na UBS.
Figura 14–Gráfico com a proporção de cobertura do pré-natal na UBS.
15 - Proporção de gestantes com consultas em dia de acordo com os períodos preconizados pelo protocolo
Gráfico mostra a estabilidade de consultas médicas em dia de acordo com o
protocolo do pré-natal, levando em consideração o numero total de gestantes que
participam do pré-natal na UBS em relação com as gestantes participantes do
programa de saúde bucal (147/42, 152/41, 157/44 e 130/60) respectivamente.
46
Figura15–Gráfico com proporção de gestantes com consultas em dia de acordo com o protocolo de pré-natal.
16 - Proporção de gestantes com início do pré-natal no primeiro trimestre da gestação
É importante para o bom andamento do pré-natal que a gestante inicie o
acompanhamento da gestação antes do primeiro trimestre, prevenindo várias
complicações, o gráfico demonstra a proporção de gestantes com início do pré-natal
no 1° trimestre (147/42, 152/41, 157/44 e 130/60) respectivamente.
Figura 16–Gráfico com proporção de gestantes com início do pré-natal no primeiro
trimestre da gestação
17 - Proporção de gestantes com exame ginecológico em diaO programa Mãe Curitibana determina pelo menos 3 consultas durante a
gestação, o exame ginecológico prevê complicações realizando o preventivo além
de outros exames, o gráfico mostra a relação de gestantes que participam do pré-
natal e do programa de saúde bucal(147/42, 152/41, 157/44 e 130/60)
respectivamente.
47
Figura 17–Gráfico com proporção de gestantes com exame ginecológico em dia.
18 - Proporção de gestantes com exame de mama em diaO câncer de mama é o maior responsável pelo óbito de mulheres entre todas
as neoplasias, todas as gestantes que participam do pré-natal na UBS realizam o
exame, o gráfico mostra a relação das gestantes participantes do pré-natal, com as
gestantes participantes do programa de saúde bucal (147/42, 152/41, 157/44 e
130/60) respectivamente.
Figura 18–Gráfico com proporção de gestantes com exame de mama em dia
19 - Proporção de gestantes com registro IMC na ultima consultaO registro de índice de massa corpórea é um importante instrumento no
controle da obesidade durante a gravidez, prevenindo o desenvolvimento da diabete
e hipertensão na gestante, além de outras complicações, o gráfico mostra a relação
das gestantes participantes do pré-natal, com as gestantes participantes do programa
de saúde bucal (147/42, 152/41, 157/44 e 130/60) respectivamente.
48
Figura 19–Gráfico de proporção de gestantes com registro de IMC na última
consulta
20 - Proporção de gestantes com prescrição de suplementação de sulfato ferroso conforme protocolo
A participação da suplementação de nutrientes durante o período
gestacional é de importância reconhecida pela comunidade científica, médica e de
enfermagem, sendo uma profilaxia pré-natal, uma vez que para muitos nutrientes a
ingestão alimentar não conseguiria alcançar as recomendações, o gráfico mostra a
relação das gestantes participantes do pré-natal, com as gestantes participantes do
programa de saúde bucal (147/42, 152/41, 157/44 e 130/60) respectivamente.
Figura 20 - Gráfico de proporção de gestantes com prescrição de suplementação de sulfato ferroso conforme protocolo
49
21 - Proporção de gestantes com prescrição de suplementação de ácido fólico conforme protocolo
O ácido fólico na gravidez é um suplemento comum entre as grávidas, pois
durante os 3 primeiros meses a mulher deve tomar uma dose diária de suplemento
de ácido fólico, na quantidade recomendada pelo médico para prevenir
malformações congênitas no bebê relacionadas com o sistema nervoso,o gráfico
mostra a relação das gestantes participantes do pré-natal, com as gestantes
participantes do programa de saúde bucal (147/42, 152/41, 157/44 e 130/60)
respectivamente.
Figura 21-Gráfico de proporção de gestantes com prescrição de ácido fólico
22 - Proporção de gestantes com todos os exames laboratoriais preconizados para primeira consulta
Exames laboratoriais realizados no pré-natal: hemograma completo,
glicemia, fator RH, sorologia para HIV, sorologia para rubéola, toxoplasmose, VDRL,
Sorologia para hepatite B e C, citomegalovírus e exame de urina, o gráfico mostra a
relação das gestantes participantes do pré-natal, com as gestantes participantes do
programa de saúde bucal (147/42, 152/41, 157/44 e 130/60).
50
Figura 22-Gráfico de proporção de gestantes todos os exames laboratoriais na primeira consulta.
23 - Proporção de gestantes com vacina antitetânica em diaO tétano é uma doença infecciosa aguda, que acomete o recém-nascido nos
primeiros 28 dias de vida, a contaminação pode ocorrer durante a manipulação do
cordão umbilical e a imunidade do recém-nascido é conferida pela vacinação
adequada da mãe, que recebera um mínimo de 2 doses durante o pré-natal. O
gráfico mostra a relação de porcentagem de gestantes que participam do pré-natal
em relação com as participantes do programa de saúde bucal (147/42, 152/41,
157/44 e 130/60) respectivamente.
Figura 23 - Gráfico de proporção de gestantes com vacina antitetânica em dia
Proporção de gestantes com a vacina antitetânica em dia
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4
51
24- Proporção de gestantes com vacina contra a hepatite B em diaA gestante pode receber a vacina a partir do segundo trimestre de gravidez
e são três doses, a imunização da mãe ainda no pré-natal previne que ocorra a
contaminação do bebê ainda na gestação e no momento do parto. O gráfico ilustra a
porcentagem de gestantes imunizadas que participam do pré-natal e do programa
de saúde bucal.
Figura 24 -Gráfico de proporção de gestantes com vacina de hepatite B em dia
25 - Proporções de gestantes com avaliação de saúde bucalDurante a intervenção nos três primeiros meses houve uma estabilidade no
número de gestantes participantes do pré-natal com avaliação de saúde bucal, com
42/147, 41/152, 44/157 gestantes, já no último mês da intervenção ocorreu um
aumento significativo para 60/130.
Proporção de gestantes com vacina contra a hepatite B em dia
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4
52
Figura 25 -Gráfico de proporção de gestantes com avaliação de saúde bucal
26 - Proporção de gestantes que receberam orientação nutricionalGestantes que se alimentam de forma adequada tendem a ter menos
complicações durante a gestação e no parto, dando a luz a bebês mais saudáveis.
Uma dieta balanceada é um elemento importante no futuro da mãe e do bebê. . O
gráfico mostra a relação de porcentagem de gestantes que participam do pré-natal
em relação com as participantes do programa de saúde bucal (147/42, 152/41,
157/44 e 130/60) respectivamente.
Figura 26 - Gráfico de proporção de gestantes que receberam orientação nutricional.
Proporção de gestantes com avaliação de saúde bucal
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4
Proporção de gestantes que receberam orientação nutricional
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4
53
27-Proporção de gestantes que receberam orientação sobre aleitamento materno exclusivo
Os esforços de diversos organismos nacionais e internacionais favorecem o
aumento desta prática ao longo dos últimos 25 anos. Apesar disso, as taxas de
aleitamento materno no Brasil, em especial as de alimentação exclusiva, estão
aquém do recomendado. O gráfico mostra a relação de porcentagem de gestantes
que participam do pré-natal em relação com as participantes do programa de saúde
bucal (147/42, 152/41, 157/44 e 130/60) respectivamente.
Figura 27- Gráfico de proporção de gestantes que receberam orientação sobre aleitamento materno exclusivo
28 - Proporção de gestantes que receberam orientação sobre cuidados com recém-nascidos
Manter o bebê limpo é uma das melhores maneiras de evitar doenças, por
isso o banho deve ser feito diariamente, manter a casa e o quarto do bebê limpos
também pode evitar complicações para o recém-nascido. Estas dicas simples são
evidenciadas no Programa Mãe Curitibana,e todas as gestantes no pré-natal as
recebem. O gráfico mostra a relação de porcentagem de gestantes que participam
do pré-natal em relação com as participantes do programa de saúde bucal (147/42,
152/41, 157/44 e 130/60) respectivamente.
Proporção de gestantes que receberam orientação sobre aleitamento materno exclusivo
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4
54
Figura 28 -Gráfico de proporção de gestantes que receberam orientação sobre cuidados com o recém-nascido
29 - Proporção de gestantes que receberam orientação sobre riscos do tabagismo, álcool e drogas.
O consumo de tabaco, álcool e drogas durante a gravidez pode causar
alguns problemas na criança, segundo especialistas estas substâncias tem relação
direta com problemas de desenvolvimento e irregularidades das funções dos órgãos
dos bebês.. O gráfico mostra a relação de porcentagem de gestantes que participam
do pré-natal em relação com as participantes do programa de saúde bucal (147/42,
152/41, 157/44 e 130/60) respectivamente.
Figura 29- Gráfico de proporção de gestantes que receberam orientação sobre riscos de tabagismo, álcool e drogas
55
30 - Proporção de gestantes com orientação sobre anticoncepção para o período pós-parto
Medidas de planejamento familiar, adequada à contracepção no puerpério
representam uma estratégia de extrema importância para a preservação do bem
estar materno/fetal, pois curtos intervalos gestacionais podem aumentar
complicações maternas e fetais, o gráfico mostra a relação de porcentagem de
gestantes que participam do pré-natal em relação com as participantes do programa
de saúde bucal (147/42, 152/41, 157/44 e 130/60) respectivamente.
Figura 30-Gráfico de proporção de gestantes com a orientação sobre anticoncepcional para o período pós-parto
31 - Proporção de gestantes com avaliação de risco na primeira consultaA assistência pré-natal deve incluir ações de promoção da saúde,
prevenção de agravos, além de diagnóstico e tratamento adequado dos problemas
que possam ocorrer nesse período. Para uma assistência integral à gestante, o
cuidado pré-natal, além de reconhecer gestações de risco e acompanhar o
desenvolvimento do feto e as mudanças físicas maternas, deve oferecer apoio
psicológico, social e educativo, o gráfico mostra a relação de porcentagem de
gestantes que participam do pré-natal em relação com as participantes do programa
de saúde bucal (147/42, 152/41, 157/44 e 130/60) respectivamente.
56
Figura 31 - Gráfico de proporção de gestantes com a avaliação de risco na primeira consulta
32 - Proporção de gestantes com exames de puerpério entre o 30º e o 42º dia do pós-parto
No pré-natal deve-se orientar a puérpera para retornar para nova avaliação
entre o 30º e o 42º dia pós-parto. Nesta ocasião, ouvem-se as queixas da mãe e
procede-se novo exame físico. Importante é discutir o aleitamento materno e orientar
a mulher para problemas que tenham surgido durante este período pós-parto. O
gráfico mostra que no primeiro mês de intervenção não havia nenhuma gestante
participante do programa de saúde bucal que estivesse no período do 30º ao 42° dia
do pós-parto nos meses, no segundo e terceiro mês uma media de 4% realizaram
exames e no quarto mês 8% das gestantes que participavam do programa de saúde
bucal realizaram os exames de puerpério.
57
Figura 32 - Gráfico de proporção de gestantes com exame de puerpério entre o 30º e o 42º dia do pós-parto
4.2. Discussão
Qual o significado dos resultados obtidos para a comunidade, para o serviço
e para o profissional de saúde?
A intervenção na unidade de saúde Cajurú propiciou a ampliação da
cobertura da atenção as gestantes, a melhoria dos registros e a qualificação da
atenção, com destaque para a ampliação da primeira consulta odontológica nas
gestantes que realizam pré-natal na UBS, e para classificação de risco no grupo.
A intervenção exigiu que a equipe de saúde bucal capacitasse-se para seguir
as recomendações do protocolo em saúde bucal das gestantes do ministério de
saúde e do Programa Mãe Curitibana, relativas ao rastreamento, diagnóstico,
tratamento e monitoramento da saúde bucal das gestantes. Esta atividade promoveu
o trabalho integrado do cirurgião dentista, das técnicas em saúde bucal e auxiliar em
saúde bucal. Ao cirurgião dentista ficou a atribuição de realizar o exame clínico e
tratamento clínico nas gestantes, nas técnicas em saúde bucal o atendimento
preventivo com profilaxias e orientação e as auxiliares em saúde bucal a orientação
em saúde bucal, à recepção e outras atividades como organizar o livro de registros e
a captação.
Sobre a importância da intervenção para o serviço, é importante mencionar
que antes da intervenção as atividades da atenção as gestantes eram concentradas
no médico e na equipe de enfermagem. A intervenção reviu as atribuições da equipe
odontológica viabilizando a atenção à saúde bucal das gestantes que até então
estavam em ritmo lento e sem um programa específico na saúde bucal.
A melhoria do registro e o agendamento das gestantes viabilizaram a
disponibilidade de uma agenda própria para gestantes, melhorou a adesão e a
demanda espontânea. A classificação de risco das gestantes tem sido crucial para
apoiar a priorização do atendimento das mesmas.
O impacto da intervenção já tem algum reflexo na comunidade. As gestantes
demonstram satisfação com a prioridade no atendimento, as pessoas que participam
da triagem já têm conhecimento da priorização às gestantes e não reclamam do fato.
Apesar da ampliação da cobertura do programa ainda temos muitas
gestantes sem cobertura em saúde bucal.
58
Sobre as melhorias a serem implantada, a intervenção abriu um caminho a
ser seguido, equipe de saúde bucal desenvolveu ao longo de quatro meses as
atividades do projeto, demonstrando que outras ações podem ser melhoradas,
outros programas também podem ser desenvolvidos. Também faltou uma
divulgação mais ampla com a comunidade para discussão a respeito de critérios de
priorização da atenção e discutir a melhor maneira de implantar o programa.
Chegando ao fim do projeto, percebe-se que a equipe está integrada, porém
como vai se incorporar a intervenção às rotinas do serviço, a equipe terá tempo e
condições de superar algumas dificuldades encontradas.
Sobre a viabilidade de incorporar sua intervenção a rotina do serviço, este
fato já ocorreu. Sobre as melhorias que se pretende na intervenção, o trabalho de
conscientização da comunidade será ampliado em relação à necessidade de
priorização das gestantes de nossa área, em especial as de alto risco a problemas
odontológicos.
Houve grande dificuldade em captar gestantes para atividades de grupo,
como palestras e oficinas, a equipe de saúde bucal está empenhada em solucionar
o problema.
Como próximo passo, pretende-se através de uma divulgação mais eficiente
aumentar à captação de gestantes que participam do pré-natal na UBS Cajurú,
contando também com o trabalho das agentes comunitárias que farão à captação
direta no domicílio de cada gestante.
4.3. Relatório da Intervenção para a Comunidade
Inicialmente o relatório da intervenção foi descrito a vários segmentos que
fazem parte da comunidade: associação de moradores da área adstrita, nas escolas
e creches atendidas pela equipe de saúde bucal e aos usuários da UBS, a descrição
relata que o projeto nasceu através de uma iniciativa do governo federal, em
conjunto com algumas Universidades federais. Este projeto visa a capacitação de
médicos, dentistas e enfermeiros a desenvolverem melhorias no atendimento a
59
população que procuram o SUS, através de unidades básicas de saúde e estratégia
da família.
Na unidade do Cajurú, depois de analisar qual segmento de usuários que
mais estava necessitando de melhorias, foi concluído que a saúde bucal das
gestantes estava um pouco esquecida na clínica odontológica e que poderia
melhorar.
A equipe de saúde bucal procurou inicialmente verificar porque as gestantes
que realizam o pré-natal na UBS não estavam frequentando a clínica odontológica, o
pré-natal da UBS atende uma média de 150 gestantes/mês e apenas 10 parturientes
em média procuravam a odontologia. Pensou-se então em ir atrás das gestantes já
nas consultas de pré-natal com os horários de agendamento prontos e priorizando
os horários para elas, o que funcionou muito bem, aumentando o atendimento de
10gestantes para uma média de 40 gestantes/mês em quatro meses.
Também para não resumir a intervenção em atendimento clínico as
gestantes foram realizadas oficinas com algumas atividades de recreação como
gincanas e outras brincadeiras para estimular as gestantes, algumas atividades em
conjunto com a equipe de enfermagem. Outra ação que deu resultado foi
encaminhar as agentes comunitárias já conhecidas por todos a irem até as casas
“procurando as gestantes faltosas” e gentilmente pedindo que venham a UBS para
atendimento na clínica odontológica.
Estas ações são apenas um começo, um início a outros programas que junto
com a comunidade espera-se desenvolver contando com a colaboração de todos,
esperando novas ideias vindas tanto da associação de moradores do bairro Cajurú
ou de cada membro da comunidade.
4.4. Relatório da Intervenção para os Gestores
Prezados gestores municipais e autoridade sanitária local, o curso de
especialização em saúde da família do programa UNASUS (ministério da saúde),
visa à capacitação em nível de especialização de Médicos, Dentistas e Enfermeiros
que atuam na rede publica e em especial na estratégia em família. O referido curso
nos capacita a desenvolver um projeto que visa melhorias em um programa já
existente na UBS. Após um estudo minucioso de todas as particularidades da nossa
60
área adstrita e da estrutura que dispõe a UBS, a equipe de saúde bucal iniciou uma
intervenção com duração de quatro meses e neste período e desenvolveu todas as
melhorias possíveis no programa escolhido. Como já é do conhecimento dos
usuários o programa escolhido foi o de saúde bucal em gestantes que realizam o
pré-natal em nossa UBS, no período de intervenção foi aumentada à captação das
gestantes para primeira consulta odontológica de 10 para 60 gestantes, foi
desenvolvido um livro de registro específico do programa, uma ficha espelho
personalizada para saúde bucal, e realizadas várias atividades em saúde bucal
como palestras e simpósios.
A turma 3 do curso de especialização em saúde da família está sendo
guiada e orientada pela Universidade Federal de Pelotas a UFPEL, que orienta a
pós graduação á distancia nos proporcionando autonomia de horários para
desenvolver nossos estudos.
Resumindo alguns números em relação ao projeto, seis objetivos principais
foram determinados, ampliar a cobertura, melhorar a adesão, melhorar a qualidade
no atendimento, aprimorar um registro de informações, mapear as gestantes de
risco e promover a saúde bucal de todas as gestantes cadastradas em nossa UBS,
varias ações foram desenvolvidas para que treze metas fossem realizadas, a
maioria em sua plenitude, a meta de cobertura em ampliar o número de gestantes
de 15% para 45% foi alcançada,
Após os quatro meses de intervenção, nos da equipe de saúde bucal nos
colocamos a disposição para qualquer dúvida em relação ao projeto desenvolvido.
5. REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE O PROCESSO PESSOAL DE TRABALHO
Inicialmente gostaria de relatar a minha satisfação em relação ao curso de
Especialização em Saúde da família, promovido pela UNASUS e coordenado pela
UFPEL. Confesso que antes de conhecer pessoalmente como funciona um curso á
distancia, “torcia o nariz” achando que curso a distancia não trariam de forma clara o
conhecimento necessário que um curso presencial trás, e para minha surpresa e
satisfação evidenciei a qualidade e estrutura que o curso nos oferece, a dificuldade e
61
empenho do especializando tem que ser maior do que um curso presencial, a
estrutura e didática desenvolvida pela UFPEL são exigentes para com o
especializando, o que favorece e muito o nosso aprendizado.
Também acho muito inteligente o foco que nos foi solicitado pelo curso, uma
abordagem prática, dentro do atendimento de atenção primária a saúde nas UBS de
todo o Brasil, instigando nas equipes de saúde, melhorias no sistema publico, nada
melhor de quem já participa do processo para que promova avanços no atendimento
a população.
As primeiras semanas de ambientação determinada pelo curso é uma fase
decisiva na escolha do aluno, é o período que alguns profissionais desistem de
seguir adiante na especialidade, eu mesmo pensei em desistir e jogar tudo pra cima
diante das dificuldades em se adaptar com o ambiente virtual e o número de tarefas
pedidas, mas com o passar dos dias a adaptação foi rápida e prazerosa. Após o
período de adaptação, as semanas de análise estratégica foram ganhando corpo e o
projeto já sendo definido e delineado, o significado do curso muito influenciou na
minha prática profissional dentro do serviço publico, abriu novos horizontes na
percepção de que se melhoramos um programa a população, porque não melhorar e
aperfeiçoar outros nas UBS, e até mesmo criar novos programas, a idéia pode partir
de nós mesmos equipes de saúde.
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OLIVEIRA, A. C. A. P. de; OLIVEIRA, A. F. B. de. Saúde Bucal em gestantes: Umenfoque educativo-preventivo. J. Bras. Odontoped. Odonto. Bebê, Curitiba, v.2,n. 7, p. 182-185, mar./abr. 1999.
OLIVEIRA, M. A. M. de. Atendimento odontológico na gravidez. ConsideraçõesClínicas e Emprego de Medicamentos.1. ed. São Paulo : Santos, 1990.
ANEXOS
64
Planilha de coleta de dados
65
66
Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa
67
APÊNDICES
Planilha de objetivos, metas e ações.
Objetivos Metas Monitoramento Organização Engajamento Qualificação
Ampliar a cobertura de
atenção à saúde bucal.
Ampliar a cobertura de pré-natal de 10% para
45% o agendamento de 1ª consulta odontológica.
Monitorar o numero de
gestantes do programa na
UBS.
Organizar uma agenda própria para gestantes.
Através de informativos
comunicarem a
comunidade a priorização
das gestantes.
Capacitar a equipe para atendimento integral das gestantes.
Melhorar a adesão ao
atendimento em saúde
bucal.
Realizar a busca ativa
de 100% das gestantes que
faltaram as consultas
agendadas.
Monitorar as gestantes faltosas.
Separar espaço na
agenda para remarcar as gestantes faltosas.
Abrir espaço para opiniões
e dicas da comunidade.
Capacitar a equipe para
realizar educação em
saúde bucal da comunidade.
Melhorar a qualidade no atendimento
da saúde bucal das gestantes.
Preparar a equipe de
saúde bucal para melhorar o atendimento a 100% das gestantes.
Monitorar os tratamentos
concluídos das gestantes.
Garantir com a autoridade Sanitária o
fornecimento de material
para odontologia.
Informar a comunidade
a necessidade
do exame bucal.
Capacitar a equipe para
realizar busca ativa de vagas
nas especialidades.
Aprimorar um registro
de informações.
Criar e manter um
registro autorizado e
fornecer carteira de
saúde bucal á 100% das gestantes.
Monitorar os registros de saúde bucal
na carteira da gestante.
Garantir com a autoridade sanitária a confecção
das carteiras das
gestantes.
Informar a comunidade a importância e o cuidado
com a carteira.
Treinar a equipe para o
correto preenchimento das carteiras.
Mapear as gestantes com risco
para problemas de saúde
bucal.
Identificar e acompanhar
100% das gestantes com alta
atividade de carie e doença
periodontal.
Monitorar as gestantes de
alto risco.
Priorizar as gestantes de
alto risco.
Orientar a comunidade
sobre os fatores de
risco durante a gravidez.
Capacitar à equipe para determinar o grau de risco
nas gestantes.
68
Promover a saúde bucal
das gestantes.
Orientar 100% das
gestantes nos principais problemas
odontológicos na gestação.
Monitorar as atividades
educativas as gestantes.
Organizar uma agenda
com consultas
próprias para gestantes.
Orientar as gestantes a importância
da prevenção a problemas
de saúde bucal.
Capacitar a equipe na
orientação de higiene as gestantes.
69
Ficha Perinatal
70