Upload
ngodung
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVER
FACU
PÓS
Gestão
O ca
Po
NIVERSIDADE CANDIDO MENDES
FACULDADE AVM INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
estão Ambiental nas Transportadoras
O caminho para a Sustentabilidade
Por: Willya Silvia da Silva Nascimento
Orientador
Prof. Francisco Carrera
Rio de Janeiro
2011
NDES
DA
NSU
doras:
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
FACULDADE AVM INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Gestão Ambiental nas Transportadoras:
O caminho para a Sustentabilidade
Monografia apresentada à
Universidade Cândido Mendes –
UCAM, como requisito parcial
para a obtenção do grau de
Especialista em Gestão
Ambiental, sob a orientação do
Professor Francisco Carrera.
Rio de Janeiro
2011
DEDICATÓRIA
Este trabalho é dedicado a todos que com ele colaboraram. A minha sobrinha
Raquel, familiares, amigos que no período de desenvolvimento deste trabalho
estiveram do meu lado me ajudando com paciência, carinho e compreensão,
demonstrando que a superação nos momentos como esse vale a pena
principalmente quando estamos ao lado de quem realmente se importa com
nosso sucesso.
AGRADECIMENTOS
Se hoje chego a este momento importante na vida, pronto a contemplar
mais uma etapa da minha vida acadêmica, é por que no decorrer desta
caminhada tive apoio de algumas pessoas muito especiais que foram
fundamentais para que eu não desistisse e realmente chegasse aonde
cheguei.
E posso dizer que essa etapa é o retorno a uma longa trajetória
acadêmica, por isso gostaria de agradecer imensamente a Meu Marido, meu
filho que compreenderam a minha ausência nesse período. Minha Mãe, a
minha família, meus amigos em especial ao Vinicius que sempre esteve à
disposição, meu irmão Geovani, minha sobrinha Raquel grande
incentivadora, meus professores e meu orientador, pois sem sua colaboração
não seria possível chegar até o fim.
"Trabalhar com sustentabilidade.
É plantar um presente que garanta a subsistência das novas gerações
Num planeta que pede socorro e se aquece a cada dia.
Pois melhor que plantar árvores, despoluir rios, proteger animais,
É semear a consciência de que a garantia da vida é respeitar as fronteiras da
natureza."
Nildo Lage
“As opiniões expressas neste trabalho são de
exclusiva responsabilidade da autora”
RESUMO
O presente trabalho buscou mostrar que a Questão Ambiental e o
Desenvolvimento Sustentável são assuntos tratados desde a década de 70 e
que o tema é um assunto que requer muita atenção. Pois necessitam da
intervenção de diversos setores, principalmente do governo.
Por se necessitar fazer diversas mudanças na política do País e
nas empresas de transporte. Precisamos estar diretamente envolvidos nesta
questão para que esse processo seja continuo e traga benefícios para toda a
sociedade em níveis e esferas Globais.
Porque o Ambiente grita por socorro e o principal detentor das
soluções para que o nosso planeta permaneça limpo somos nós, se
começarmos a mudar nossas atitudes e buscarmos novas formas de agredir
cada vez menos a natureza. Teremos um futuro garantido para as próximas
gerações.
Como resultado o trabalho aponta possíveis soluções dos impasses
e as compensações daí decorrentes; ressalta também que a obtenção da
Licença não é garantia de isenção de demandas da sociedade e que, no caso
específico das transportadoras a origem dos conflitos se deu por conta do
grande impacto que elas causam ao nosso ambiente.
Vindo a ensejar que todas as transportadoras intentassem ações a
favor dessas mudanças, e a parte contribuísse para que todas as medidas para
neutralizar tais investidas, obtenham sucesso. Onde natureza do tema sirva
para trazer e implementar todas as medidas referentes à manutenção do nosso
planeta.
O trabalho se pautou em informações colhidas em sites e livros
pela autora, em discussões na sala de aula e reuniões em que esteve
envolvida com empresas certificadoras na própria empresa em que trabalha.
Palavras - chave: Desenvolvimento Sustentável, Meio Ambiente,
Sustentabilidade, impacto ambiental e certificação.
METODOLOGIA
Os métodos utilizados neste trabalho se fundamentam pela pesquisa
bibliográfica a partir de material já elaborado por pesquisadores da área
constituído principalmente de livros, artigos científicos extraídos da Internet,
reportagens etc.
O presente trabalho tem bases conceituais a partir de autores
voltados à área de Meio Ambiente como Denis Donaire, Mari Elizabeth, Barbieri
etc...
A pesquisa tem uma investigação exploratória por meio do
levantamento histórico sobre as questões ambientais no decorrer de sua
caminhada, seja na área educacional ou empresarial.
Outras fontes utilizadas constituem-se de sites como Planalto,
Ministério do Meio ambiente (MMA), Brasil no Clima, Carbono Brasil, Eco
desenvolvimento, Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e outros.
Que permitiram obter dados relativos ao clima, meio ambiente, empresas e aos
padrões normativos de Gerenciamento Ambiental (ABNT).
Dados esses que se encontram armazenados e digitados em pdf ou
Word de forma que pudessem ser analisados e comparados para se chegar a
uma conclusão coerente sobre o tema. E buscar a melhor compreensão sobre
o tema.
SUMÁRIO
Introdução____________________________________________________09
Capitulo I
A Questão Ambiental e o Desenvolvimento Sustentável Breve Histórico 12
Capitulo II
Transportadoras MA e suas Correntes no âmbito empresarial ________17
Capitulo III
Educação Ambiental nas Transportadoras_________________________25
Capitulo IV
Iso 14000_____________________________________________________35
Considerações Finais__________________________________________ 40
Bibliografia___________________________________________________ 44
Webgrafia____________________________________________________ 46
Websites___________________________________________________________ 48
Indice_____________________________________________________________ 51
Folha de Avaliação__________________________________________________ 53
INTRODUÇÃO
"A natureza criou o tapete sem fim que recobre a superfície da terra. Dentro da
pelagem desse tapete vivem todos os animais, respeitosamente. Nenhum o
estraga, nenhum o rói, exceto o homem."
Monteiro Lobato
A poluição ambiental teve seu inicio no momento em que o homem
passou a explorar a terra e a intervir no ambiente para satisfazer as suas
necessidades, intervenção essa que vem aumentando gradativamente no
decorrer dos séculos até os dias de hoje.
Há anos atrás com a ruptura tecnológica na época da Revolução
Industrial levou-se a exploração da natureza e mudou as condições de vida das
pessoas naquele momento. Intensificando a poluição que vem perpetuando até
hoje através de um consumo exagerado das coisas por conta de um
capitalismo desenfreado. E sem limites de consumo.
A partir das décadas de 60 e 70, onde tínhamos como foco
predominante a prática administrativa. Percebeu-se que o ambiente também
necessitava de atenção e que os recursos eram finitos. Deram inicio as
discussões ambientais e diversos conceitos foram surgindo.
O primeiro deles foi o conceito de desenvolvimento sustentável e
tendo como base os PCNS1. O Desenvolvimento Sustentável foi definido pela
Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
“Como o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias
necessidades”
No que diz respeito em melhorar a qualidade da vida humana dentro dos
limites da capacidade de suporte dos ecossistemas.
A partir daí as organizações começaram a se estruturar de forma a
minimizar os impactos que estavam causando ao ambiente.
1 Parâmetros Curriculares Nacionais.
Hoje em dia essas empresas buscam trabalhar de acordo com as
leis vigentes do nosso país. E estão cada vez mais preocupadas com o
ambiente e vêem buscando o uso de práticas e métodos através de um
controle de impactos gerados por suas atividades, produtos, serviços, políticas,
metas e treinamento de funcionários. Para que conheçam o sistema ambiental
e sua importância para o crescimento da empresa e conservação do ambiente.
Volta-se para atender os objetivos ambientais preposto pelas leis e normas de
qualidade.
Dessa forma elas terão seus custos reduzidos, evitando desperdício
e reutilizando materiais que antes eram descartados sem aproveitamento.
Contribuindo e muito para fazer parte de um grande grupo interessado nas
relações às questões ambientais e ao desenvolvimento sustentável.
E muitas áreas inclusive a de transporte especificamente as
transportadoras as quais vou estar citando aqui neste trabalho são de suma
importância para integrar este grupo. Por ser tratar de um agente muito
importante no âmbito socioeconômico do nosso país, além de nos trazer uma
grande contribuição para o seu desenvolvimento.
Fato esse que se torna necessária a imediata mobilização de todos
neste ramo. Sejam proprietários, funcionários, comunidades próximas,
governos e entidades que juntos possam contribuir para as grandes mudanças
que se fazem necessária.
E que cada um possa assumir sua responsabilidade para a
construção de um mundo melhor, num contexto onde o bem estar comum
depende de uma ação conjunta e integrada para a preservação do meio
ambiente.
Porque a demanda por recursos naturais também aumentou e hoje
estamos buscando meios para amenizar tantos impactos causados ao nosso
planeta.
Capitulo 1
“Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um
tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém
morreria de fome.”
Mahatma Gandhi
A Questão Ambiental e o Desenvolvimento Sustentável – Breve
Histórico
É sabido que o ser humano tem instinto predador e começou a
interferir na natureza a milhões de anos atrás, de diversas formas desde a
época dos primatas quando se descobriu o fogo. Com o passar dos tempos
essa interferência foi só aumentando, veio à indústria primitiva, a agricultura, a
manufatura.
Continuando a caminhar pelo século XVIII chegando à revolução
industrial onde atingiu níveis mais preocupantes porque saímos do artesanato
da Idade Média e entramos na era da indústria. As máquinas foram
substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana.
Dando origem a problemas críticos de poluição tais como: A poluição
das águas, a poluição sonora, a poluição do ar. O êxodo rural e o crescimento
desordenado das cidades também contribuíram para a destruição do meio
ambiente.
O processo foi se realizando de maneira predatória, desordenada, sem
uma preocupação com a escassez dos recursos naturais.
Nos dias de hoje, porém já existe uma grande preocupação com esse
crescimento desodernado da população, o progresso da civilização, a explosão
demográfica, a fome, a falta de moradia e outros tantos problemas sociais tanto
quanto a poluição ambiental. Passaram a ser motivo de preocupação de todos
os países nos últimos tempos.
E tiveram suas primeiras discussões sobre o Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável, a partir da década de 70 onde lideranças
mundiais se reuniram para discutir o tema que trouxe como desafio que as
considerações ambientais fossem colocadas nas tomadas das decisões
econômicas em todo seu planejamento e níveis.
É importante observar que as questões ambientais sempre estiveram
em uma linha tênue com o desenvolvimento sustentável. Definindo cada termo
veremos que ambos são comuns a todos e para todos. Independente de país,
raça, religião. Trata-se de um assunto global e que realmente precisa ser visto
como um todo.
Ambiente
Quando falamos em ambiente pensamos na natureza, em todas as
coisas vivas. Porém no ponto mais profundo do termo teremos diversas
definições entre elas o conceito empregado pelo CONAMA2 “Meio Ambiente é
o conjunto de condições, leis, influencia e interações de ordem física, química,
biológica, social, cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em
todas as suas formas”
Se pensarmos o ambiente como bem comum e de uso para toda
sociedade humana. Veremos na constituição no seu Art. 2253 há a seguinte
frase:
“Todos têm direito ao ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à qualidade de vida impondo-se ao Poder
público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes
e futuras gerações”.
Sendo assim para termos um ambiente melhor, com mais qualidade
seria necessário que toda a sociedade entendesse e aceitasse que o ambiente
2CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) 3 BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil – Título VIII, Capítulo II, Seção II. Brasília: Senado, 1988.
é de todos, para todos e o que fazemos tem conseqüências se não agora mais
num futuro bem próximo.
Desenvolvimento Sustentável
O conceito de desenvolvimento sustentável surgiu na decada de 80
sendo firmado em 1987 pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente –
CMMA das Nações Unidas, conhecida como a Comissão de Brundtland, Onde
foi desenvolvido o Relatório de Brundtland4 e encontramos a definição mais
usada para o termo desenvolvimento sustentável.
“ O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas préprias
necessidades”
Esse conceito foi firmado na agenda 21, documento produzido na
conferencia “Rio 92” e incorporado em outras agendas mundiais de
desenvolvimento e direitos humanos, porém trata-se de um conceito que ainda
está em construção por ser muito complexo e ter uma grande dimensão vemos
varios conceitos para essa definição.
Entretanto o que devemos levar em conta é que no seu significado
está imbutido a possibilidade de que as pessoas agora e no futuro atinjam um
nível satisfatório de desenvolvimento social, econômico e de realização
humana e cultural, se fizer, ao mesmo tempo, uso razoável dos recursos da
terra preservando as espécies e os habitas naturais.
Mas para que isso aconteça é preciso ir além da condição econômica
e envolver todas as dimensões do desenvolvimento sustentável que venha a
permitir que as próximas gerações tenham a mesma qualidade de vida da
população dos dias de hoje.
4Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso futuro comum 2ª Ed. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1991
O tema é complexo, sabemos que o problema ambiental se agravou, o
nosso planeta está pedindo socorro e apesar destes temas fazerem parte de
uma política, e de uma pauta obrigatória em todos os países.
O PNUM (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) com o
apoio da ONU e de diversas organizações não governamentais propôs,em
1991,princípios, ações e estratégias para a construção de uma sociedade
sustentável.
As ações e inovações das empresas nesse sentido devem ser cada
vez mais disseminadas na busca em ampliar a eficiência e a sustentabilidade.
O desenvolvimento seja de uma cidade ou um país não passa apenas por
investimentos socioeconômicos, quem busca progresso precisa antes de tudo,
fixar os olhos na questão ambiental, assunto que hoje virou prioridade em
função dos sinais cada vez mais evidente do aquecimento global e das graves
mudanças climáticas.
Exigindo assim uma mobilização imediata de todos, pois se percebe
que somente com a mudança de postura dos empresários e da população é
que poderemos levar a resultados duradouros. Resultados esses os quais
permitirão evitar grandes problemas que afetam e parece não preocupar a
sociedade em geral.
Aqui deixo um alerta aos transportadores que fazem uso de
combustíveis fósseis que geram uma série de impactos a saúde. Faz-se
necessária a sua contribuição para a amenização desses impactos gerando
assim melhor qualidade de ar e vida para todos em nosso planeta.
1.1 Trajetória das Questões Ambientais
O Debate sobre as questões ambientais está relacionado à
problemática ambiental, que alcançou um status de problema global e tem
mobilizado não apenas a sociedade civil organizada. Mais também os meios de
comunicação e os governos de todas as regiões do planeta.
Nas últimas décadas do século XX onde todos os problemas
ambientais tiveram o seu agravante. Principalmente nos países desenvolvidos
que foram os primeiros a sentir esse impacto e a perceberem que o meio
ambiente não é uma fonte inesgotável. Foi então quando a ONU decidiu
inaugurar a Primeira Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente.
Em linhas gerais alguns documentos que levaram a esse importante fato da
trajetória ambiental serão visto a seguir:
1.1.1 - A Conferência de Estocolmo
Foi a primeira conferencia internacional promovida pela Oganização
das Nações Unidas (ONU)5 Organização das Nações Unidas. Considerada o
marco histórico dessa trajetória, realizada entre os dias 5 a 16 de junho de
1972. Na capital da Suécia, Estocolmo.
E a principal atitude mundial em tentar organizar as relações de
Homem e Meio Ambiente e teve em seu bojo o Plano de que devemos educar
o cidadão para soluções dos problemas ambientais. Abordando também
temas como chuva ácida e poluição do ar. Nesta conferencia tivemos a
presença de 113 países e 400 instituições governamentais e não
governamentais6.
1.1.2 - A Conferencia Internacional de Belgrado
Realizada na ex-Iuguslávia em 1975, promovida pela UNESCO, com a
participação de pesquisadores e cientistas de 65 países nesta conferencia
foram formulados principios e orientações para o programa de Eduçação
Ambiental Mundial e um código de ética que estabelesse a erradicação da
pobreza, fome, analfabetismo, poluição e exploração humana.
Um encontro que resultou na chamada Carta de Belgrado7
considerada um dos documentos mais importantes daquela época.
5 PCNs. (Parâmetros Curriculares Nacionais) Meio ambiente e Saúde 2. Ed. Brasília: DP&A, 2000 6 http://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Estocolmo 7 A Carta de Belgrado – Doc oficiais – SMA: 1994
1.1.3 - A Conferência de Tbilisi
Convocada pela UNESCO em cooperação com a PNUMA, realizada
em Tbilisi, na Georgia, ex-URSS, no período de 14 a 26 de outubro de 1977. É
tida como um Marco da Educação Ambiental8 até os dias de hoje.
Desta conferencia definiu-se o Meio Ambiente como “ O conjunto de
sistemas naturais e sociais em que vive o homem e os demais organismos e de
onde obtêm sua subsistencia” suas recomendações visaram valores éticos em
todas as nações e as palavras de ordem foram Coletividade, Meio
Ambiente,Totalidade, Legislação para Educação ambiental entre outras
questões, tais como, os aspectos sociais,politicos,cientificos,ecologógicos e
éticos de uma nação.
1.1.4 - A Conferência Mundial de Moscou
Em 1987, reuniu educadores ambientais de 100 países vinculados às
organizações não governamentais onde reafirmou-se o taratado de Tbilise e
teve como meta um plano de ação para a década de 90.
1.1.5 - ECO 92
Conhecida também como a RIO 92, organizada pela ONU, realizada
em 1992, no periodo de 3 a 14 de Junho, no Rio de Janeiro. Cidadãos
representando instituições de mais de 170 países9.
Tiveram como foco principal o Desenvolvimento Sócio Economico e a
Conservação e proteção dos Ecossistemas da Terra. Nesta conferência foram
assinados diversos tratados nos quais foram reconhecidos que o papel da
8 Recomendações de Tblisi - 1977 9 PCNs. (Parâmetros Curriculares Nacionais) Meio ambiente e Saúde 2. Ed. Brasília: DP&A, 2000
educação é fundamental para a construção de um mundo mais justo e
ecologicamente equilibrado.
Consagrou-se também o conceito de Desenvolvimento Sustentável e
elaborou-se documentos importantes que vieram a marcar a Questão
Ambiental em nível planetário. Entre eles estão: Declaração do Rio, com
princípios que norteiam a interação das pessoas com o planeta; a Convenção
Quadro sobre Mudanças Climáticas, que culminou no Protocolo de Kyoto, a
Carta da Terra e a Agenda 21.
Atualmente todas essas questões ambientais vêm sendo discutidas
em todas as esferas, não apenas na Educação, mas na Política, nas
Empresas, em diversos segmentos e a nível mundial. Espera-se que as
mudanças aconteçam e que possamos vislumbrar um planeta mais limpo nas
próximas décadas.
Capitulo 2
“A prática demonstra que um programa de responsabilidade social só traz resultados positivos para a sociedade e para a empresa se for realizado de
forma autêntica. É necessário que a empresa tenha a cultura da responsabilidade social incorporada à sua visão de negócio.”
Oded Grajew
Transportadoras, Ambiente e suas Correntes no âmbito empresarial
As empresas de transportes é um importante agente no âmbito
socioeconômico de um país e têm uma grande contribuição não só para o seu
desenvolvimento, como também para o comércio em geral. São elas que
levam e trazem diariamente tudo o que consumismo e necessitamos para o
nosso dia a dia.
E é também uma grande contribuinte para a poluição ambiental.
Por conta da sua principal ferramenta de trabalho “os caminhões”. Que
utilizam como fonte de energia os chamados combustíveis fósseis e não
renováveis derivados de petróleo tais como: A gasolina e o óleo diesel, que
lançam na atmosfera gases tóxicos grandes causadores de impactos
ambientais na nossa atmosfera.
A queima desses combustiveis é hoje uma das principais causas
do aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. Sendo
esse um dos motivos pelos quais se tornam necessárias a imediata
mobilização de todos neste ramo, sejam proprietários, funcionários, entidades
do setor e demais órgão governamentais que juntos possam contribuir para
atenuar as importantes mudanças que se fazem necessária.
Onde cada um possa assumir sua responsabilidade para buscar
possíveis soluções para amenizar esses impactos e trabalhar na construção
de um mundo melhor, menos poluente. Contribuindo de forma sustentável
para mitigar os impactos causados na nossa atmosfera e em nosso planeta.
Como já vimos: O conceito de desenvolvimento sustentável se dá
em melhorar a qualidade da vida humana dentro dos limites da capacidade de
suporte dos ecossistemas. Ou seja, uma empresa que se preocupa com a
sustentabilidade é aquela que vive em harmonia com o ambiente, se preocupa
com a qualidade da vida humana, em conservar o planeta, em modificar
atitudes e práticas pessoais trazendo assim benefícios para todos.
2.1 - Visão Geral
A questão do desenvolvimento sustentável teve seu inicio em 1983
com a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Conhecida
como Comissão Brundtland por ter sido presidida pela Gro Harlem Brundtland,
primeira ministra da Noruega, onde essa comissão propôs que o
desenvolvimento econômico fosse integrado a questão ambiental
estabelecendo assim o conceito de desenvolvimento sustentável.
Muitas sociedades ao longo da história estiveram preocupadas com o
equilíbrio entre economia, sociedade e meio ambiente. Alguns anos antes, em
1972, a ONU (Organização das Nações Unidas) haviam promovido a
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em
Estocolmo, na Suécia. Conforme falado em capitulo anterior.
A conferência levou a criação do PNUMA (Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente). Nos anos seguintes, a quantidade de estudos e
o número de organizações atentas à evolução das questões socioambientais
cresceram gradativamente bem como a necessidade de se estabelecer novos
modelos de desenvolvimento. Surgindo assim vários acontecimentos que
marcaram essa história, e alguns que serão de interesse dos transportadores
estarão apontando a seguir:
2.1.1 - Brundtland
Em 1983, a ONU (Organização das Nações Unidas) cria a UNCED
(Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento), Presidida pela
então primeira ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland.
Têm em seu bojo diversas metas e entre elas em seu âmbito
internacional as seguintes propostas:
• Adoção da estratégia de desenvolvimento sustentável pelas
organizações de desenvolvimento (órgãos e instituições internacionais
de financiamento);
• Protecção dos ecossistemas supra-nacionais como a Antárctica,
oceanos, etc, pela comunidade internacional;
• Banimento das guerras;
• Implantação de um programa de desenvolvimento sustentável pela
Organização das Nações Unidas (ONU).
A Comissão lança, em 1987, um documento chamado “Nosso Futuro
Comum”, Conhecido também como Relatório Brundtland que populariza o
termo desenvolvimento sustentável, e trás em sua definição: “Desenvolvimento
Sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem
comprometer a possibilidade das futuras gerações atenderem às suas próprias
necessidades”.
2.1.2 - Protocolo de Kyoto
Foi assinado em Kyoto, no Japão em 1997. Negociado pela
comissão das Nações Unidas para a Mudança Climática, é um dos
documentos mais importantes relacionado ao aquecimento global, e de suma
importância que o transportador consciente conheça e participe.
Pois nele estão estabelecidas as metas para os países
desenvolvidos reduzirem suas emissões de gases de efeito estufa no período
de 2008 e 201210. Uma meta em que deveremos reduzir pelo menos 5,2%
desses gases em relação aos percentuais registrados em 1990.
2.1.3 - Agenda 21
“Principal plano global para contornar e superar problemas ecológicos
e econômicos da atualidade”11 Foi assinado por governantes de 178 países, no
final do Eco 92, em 1992. Tinha com o objetivo de que chegássemos á esse
século já praticando o Desenvolvimento Sustentável.
2.1.4 - Índice Dow Jones de Sustentabilidade
Surgiu em 199912. É um índice que analisa práticas adotadas por
empresas que possui ações na Bolsa de Valores, assim os possíveis
compradores de ações saberão se a empresa está voltada para as questões
ambientais. E traz em seu posicionamento uma grande vantagem valoriza as
ações da empresa e serve de incentivador para as práticas sustentáveis.
2.1.5 - Pacto Global
Desafio proposto pelo secretário geral da ONU (Organização das
Nações Unidas), Kofi Annan, aos líderes empresariais durante o Fórum
Econômico Mundial em 31 de Janeiro de 1999. E oficialmente lançado em 26
de Julho de 2000.
É um instrumento de livre adesão das empresas, entretanto as
empresas que aderem esse compromisso são vista como uma empresa
10 Seiffert, Mari Elizabete Bernardini. Mercado de Carbono e Protocolo de Quioto: Oportunidades de negócio na busca da sustentabilidade – São Paulo: Atlas, 2009. 11 Arlindo Philippi Jr, Marcelo de Andrade Romero, Gilda Collet Bruna, editor. Curso de Gestão Ambiental – Barueri, SP: Manole, 2004. – ( Coleção Ambiental; 1) 12 Barbieri, José Carlos. Gestão Ambiental Empresarial: Conceitos,Modelos e Instrumentos – 2.ed.atual e ampliada. São Paulo: Saraiva 2007.
cidadã. Por trazer em suas práticas empresariais valores universais nas áreas
de direito humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção.
2.1.6 - Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável
Conhecida como Cúpula do Milênio ou Rio+10, ocorreu em 2002, em
Johanesburgo, na África do Sul. Com intuito de fazer uma avaliação, e por
objetivo chamar atenção da opinião pública para as promessas feitas na Eco-
92 e fazer valer as metas propostas na mesma.
2.1.7 - ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial)
Passou a vigorar em dezembro 2005 lançado pela Bolsa de valores
de São Paulo13. E conforme a Bovespa tem o seguinte objetivo
“refletir o retorno de uma carteira composta por ações de empresas com
reconhecido comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade
empresarial e também atuar como promotor das boas práticas no meio empresarial
brasileiro”.
2.1.8 - Carbon Disclosure Project
É um requerimento que foi formulado coletivamente por investidores
institucionais e sem fins lucrativos com objetivo de relacionar acionistas e
empresas focadas nas relações às mudanças climáticas adotadas pelo setor14.
Diante disso a intenção deste trabalho é apontar caminhos para que o
nosso transportador atual, preocupado com o ambiente tome conhecimento do
histórico e dos mecanismos que podem utilizar como referência para mitigar
seus impactos. E tomar conhecimento de programas como o Despoluir15 e o
13 Barbieri, José Carlos. Gestão Ambiental Empresarial: Conceitos,Modelos e Instrumentos – 2.ed.atual e ampliada. São Paulo: Saraiva 2007. 14 http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/content/carbon-disclosure-project-cdp 15 Relatório de Atividades Fetransportes :Gestão 2007/2009 – ES: Gráfica e Editora GSA
Selo Verde que contribuem para a redução de Fumaça Preta e os implemente
em seu âmbito.
Ao adicionar esses selos suas empresas estarão ganhando
inúmeros benefícios, trazendo para si novas oportunidades de trabalho,
grandes negócios, além de um marketing que irá contribuir para o aumento de
suas atividades.
Todas essas informações têm como objetivo trazer para as
transportadoras uma nova visão da questão ambiental e abrir um leque de
questões sobre sua postura em relação a esse movimento.
Trazendo à tona a importância de que uma empresa preocupada
com o meio ambiente realmente pode fazer mudanças não só em suas
práticas, mas também em nosso planeta.
Capitulo 3
“Se você tem metas para um ano. Plante arroz
Se você tem metas para 10 anos. Plante uma arvore
Se você tem metas para 100 anos. Então eduque uma criança
Se você tem metas para 1000 anos. Então preserve o meio Ambiente.”
Confûcio
Educação Ambiental nas Transportadoras
A Educação Ambiental tem como objetivo a disseminação do saber
sobre o meio ambiente com intuito da sua preservação e sábia utilização de
seus recursos. Despertando no ser humano a consciência de que fazemos
parte dele.
Nas últimas décadas, aumentaram-se os movimentos ambientalistas
e com ele o interesse pela preservação ambiental. É importante que o
transportador preocupado com o ambiente apóie e desenvolva campanhas,
projetos e programas educativos; voltados aos seus funcionários e
terceirizados.
E também estar em contato com iniciativas de órgãos públicos
voltados para a educação ambiental contribuindo para a formação de cidadãos
conscientes, aptos atuarem na realidade socioambiental de um modo
comprometido com a vida, com o bem estar de cada um e da sociedade seja
ela local ou global.
Esse tema é tão importante que existem vários artigos, documentos,
capítulos e leis só para discutir a sua importância. A Lei Federal Nº693816 de
1981 institui a Política Nacional do Meio Ambiente, onde se aponta a
necessidade de Educação Ambiental para todos.
A Constituição Federal, 198817 em seu artigo 255 diz que:
16 ______. Lei nº. 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. 17 Brasil. Constituição(1988). Constituição da República Federativa do Brasil – Título VIII, Capítulo II, Seção II. Brasília: Senado, 1988
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para ás presentes
e futuras gerações”;
Cabendo ao Poder Público “promover à educação ambiental em todos os
níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio
ambiente”.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei Nº. 939418, de
dezembro de 1996 em seus capítulos reafirmam os princípios definidos na
Constituição com relação à Educação Ambiental.
Os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), Documento desenvolvido pelo MAC em 1997, como objetivo de orientar os professores em
seus projetos educativos.
A Lei Federal Nº. 9.79519, em 27 de abril de 1999, institui a
“Política Nacional de Educação Ambiental”. Regulamentada pelo Decreto
N.º 4.281 em 25 de junho de 2002. Vem estabelecer que todos tenham direito
a Educação Ambiental.
Diante de todos os documentos citados acima vimos que as
políticas públicas brasileira têm grande interesse em orientar seus cidadãos no
micro e macro ambiente e trazer à tona a importância de que precisamos
preservar o ambiente. Nesse sentido as transportadoras deverão incluir em
suas dependências. Treinamentos, meios de incentivar seus colaboradores a
praticar a reciclagem, a preservar o ambiente, a evitar o desperdício como
veremos a seguir.
3.1 - Treinamentos:
Como já vimos anteriormente à educação ambiental talvez seja a
resposta para muitos problemas diários da sociedade e se faz necessária no
18 ______. Lei nº. 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 19______. Lei nº. 9.795 de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.
espaço empresarial por gerar uma maior conscientização dos funcionários
sobre a importância de se preservar o ambiente.
Além de ser um assunto transformador que exige participação de
todos é somente dessa forma que haverá mudanças de postura nos
funcionários e globalizador por considerar o ambiente em múltiplos aspectos
seja ele natural, social, econômico, político, ético, tecnológico, cultural,
histórico, estético, moral e ser visto dessa forma no mundo inteiro.
Nas transportadoras o treinamento é de fundamental importância e
consiste em promover melhores praticas e estratégia para orientar aos diversos
níveis de funcionários sejam eles da supervisão, orientação ou operação. Bem
como estabelecer as políticas e critérios relacionados aos seus colaboradores.
Dessa forma os resultados esperados pela alta direção é que se previna e reduza a gravidade de incidentes de segurança, saúde e ambiente.
O ideal seria que todos os funcionários participassem dos
treinamentos a serem realizados pela empresa, de preferência antes do início
de suas atividades para trazer possíveis soluções de como reduzir esses
impactos em suas atividades operacionais e rotineiras.
3.2 – Incentivo a Coleta Seletiva e a Reciclagem
Como em toda empresa as transportadoras fazem uso de
diversos materiais que se jogados de qualquer forma no lixo prejudicam o
nosso Ambiente. Cabe a cada uma delas a responsabilidade de zelar pelo seu
ambiente e pelo meio ambiente em que vive.
A Educação Ambiental dentro das empresas é uma das soluções
para trazer essas questões tão relevantes. Qualquer “programa de
conscientização e engajamento passa pelo conceito dos “três erres” Reduzir,
Reutilizar e Reciclar”.20
Deve-se elaborar um plano que estimule seus funcionários
através de informação, sensibilização e mobilização a contribuir para seu
sucesso. Porém faz-se necessário a implementação da coleta seletiva e da
20Soares, Jorge Alberto e Romano, Denise Crocee Espinosa. Controle Ambiental de Resíduos. Curso de Gestão Ambiental – Barueri, SP: Manole, 2004. – ( Coleção Ambiental; 1)
reciclagem dentro dos setores da empresa e implementar um local destinado
dentro da própria empresa para que os funcionários possam descartar seus
resíduos, essa atitude é de grande importância neste processo e o seu
incentivo é eficaz para a conservação do nosso planeta.
Parte do lixo reaproveitado ajuda a reduzir os impactos causados
no solo, na água e no ar, diminui o desperdício, recupera a matéria prima evita
o esgotamento dos nossos recursos. E contribui para a conquista de um
planeta mais sustentável.
3.3 - Evitando o Desperdício
Toda empresa faz uso de energia, água, e diversos materiais, e
as transportadoras como tal também se utilizam dos mesmos recursos.
Recursos esses que exigem muito do nosso ambiente, nem sempre a escassez
se dá por conta de péssimas políticas publicas. Dá-se também pelo mau uso
que fazemos desses recursos.
E quando o assunto é evitar desperdiço todos nós sejamos
empresa ou qualquer um de nós. Precisamos evitá-los se quisermos contribuir
para a sustentabilidade. Assumindo posturas que visem o bem estar comum
e a redução independente de conservar energia, economizar água, papel,
embalagens ou qualquer tipo de produto que possa ser reutilizado.
3.4 - Conservação do Ambiente
É um dos pontos nos quais as transportadoras procuram atuar
para prevenir e mitigar os impactos por elas causados. Com vista a ações
eficientes que contribuam para a prevenção da poluição.
Existem muitas formas de se preservar o ambiente, aqui estarei
especificando um tema importante e que sofre influencia das transportadoras a
Poluição Atmosférica, a Poluição Sonora e a Destinação dos pneus.
3.4.1 - Poluição Atmosférica
A poluição do ar começou a ter maiores agravos à saúde e ao
Ambiente após a Revolução Industrial. Quando o carvão mineral começou a
ser utilizado como fonte de energia21 pelas indústrias e passou-se a despejar
na atmosfera gases poluentes a população foi obrigada a conviver com a
poluição do ar e com todos os prejuízos advindos dela.
Com a ruptura tecnológica e o avanço da indústria no século XX se
intensificou com a utilização do petróleo e outros combustíveis fósseis.
Atualmente todas as cidades do mundo sofrem com a poluição
gerada principalmente pela queima de combustíveis fosseis derivados do
petróleo (gasolina, diesel, óleos combustíveis e outros). A queima destes
produtos tem lançado uma grande quantidade de monóxido de carbono e
dióxido de carbono (gás carbônico) na atmosfera. Para Assunção (2004)22
“ O gás carbônico é considerado responsável por cerca de 55% do efeito estufa. Sua
concentração no inicio do século xx era de cerca de 290 ppm e chegou ao final do
mesmo século em torno de 365ppm. Sua principal fonte de emissão é a queima de
combustíveis fósseis e orgânicos (queimadas).”
A queima desses combustíveis significa a emissão de gases do
efeito estufa (GEE) na atmosfera grandes contribuintes para o Aquecimento
Global. Porém são eles que alimentam os setores de transporte e grande parte
da economia.
Além das indústrias e outros poluidores que emitem a queima de
combustíveis fósseis, a emissão dos gases nocivos dos veículos automotores
lançados na atmosfera é um tema de grande relevância, pois se trata de um
dos impactos negativos causados pelas transportadoras. Gases esses que
trazem sérios problemas a saúde da população.
21 Assunção, João Vicente. Controle Ambiental do Ar – Cap., 04. Pg., 101. Curso de Gestão Ambiental – Barueri, SP: Manole, 2004. – ( Coleção Ambiental; 1) 22 Arlindo Philippi Jr; Marcelo de Andrade Romário; Gilda Collet Bruna, editores – Barueri, SP: Manole, 2004 (Coleção Ambiental 1)
Um esforço antipoluidor precisa ser tomado pelas transportadoras,
à queima de combustíveis emitida por veículos mal regulados ajudam aumentar
a poluição contaminando o ar que respiramos além de destrói a camada de
ozônio.
É necessário melhorias na manutenção desses veículos. Tais
como: Manutenção periódica, limpeza dos catalisadores (equipamento
destinado a reduzir poluentes) regulagem dos motores, a medição da fumaça
preta ajuda a controlar a emissão desses gases controlando se elas estão
dentro do padrão.
Outra forma de diminuir esses impactos seria adotar
combustíveis de energia alternativa como o biodiesel. Medidas como essa que
ajuda a controlar a qualidade do ar e a manter o planeta mais limpo.
De acordo com o Protocolo de Kyoto já visto no capítulo
anterior, vários países terão que reduzir em 5,2 % as emissões desses gases
até 2012 em relação aos níveis vistos em 1990. Mesmo que para atingir suas
metas contem com a contribuição do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
(MDL). Uma vez que
“Este mecanismo representa uma forma de cooperação, através de implementação
conjunta e comércio de emissões, permitindo que países desenvolvidos cumpram
suas metas através de financiamento de projetos em países em vias de
desenvolvimento, tais como: Conservação de áreas naturais protegidas,
reflorestamento, iluminação eficiente, eficiência energética nos processos indústrias
etc.” Reinaldo 2006. 23
Entretanto por ser a poluição atmosférica um grave problema de
saúde ambiental faz-se necessário a implementação de normas que
estabeleçam esses critérios para que eles sejam levados a sério e as
transportadoras possam compreender e se conscientizar dá importância de sua
participação e responsabilidade no processo de construir e manter um planeta
mais saudável com mais qualidade de vida.
23 REINALDO, Dias. Gestão Ambiental: Responsabilidade Social e Sustentabilidade Edt: Atlas, 2006
Para tal os impactos causados pelas transportadoras precisam ser
previstos, estudados e levados em conta como qualquer meio de transporte
seja ele coletivo ou individual.
3.4.2 - Possíveis soluções
Hoje vivemos em uma época de grandes realizações, o governo
tem investido em tecnologias buscando meios para gerar maquinas e
combustíveis menos poluentes.
Muitos veículos já são movidos a álcool combustível não fóssil, e
biodiesel que é um combustível biodegradável e renovável que pode ser
utilizado nos caminhões, temos o gás natural que também já é muito utilizado
além de ser mais econômico ameniza a emissão dos gases.
E as transportadoras podem contribuir fazendo a manutenção de
seus veículos e adotando algumas posições:
Ø Calibrar os pneus dos caminhões ao menos uma vez por
mês.
Ø Fazer revisões periódicas nos veículos de pequeno e
grande porte para reduzir as emissões de gases poluentes
Ø Abastecer o veículo em postos de confiança assim estará
evitando o uso de diesel ou gasolina adulterada.
Ø Participar de programas como o Despoluir24
Ø Não queimar o lixo
Levar a seus funcionários campanhas que incentivam a contribuir
com essa meta, tais como:
Ø Ir a pé para o trabalho quando as distâncias forem curtas.
Ø Ir de bicicleta, sempre que for possível e seguro.
Ø Combinar carona com os amigos e colegas de trabalho ou
escola e fazer um revezamento.
24 Passos, Anna Carolina - Relatório de Atividades Fetransportes Gestão 2007/2009 Edt: Bios
Ø A utilização do transporte coletivo.
Ø Não fumar
Esses são pequenos gestos e atitudes que as empresas e seus
colaboradores podem assumir para contribuir com um ambiente mais limpo.
3.4.3 - Poluição Sonora
A poluição sonora é um outro fator que trás sérios danos, os sons
quando emitidos em um volume muito grande pode nos trazer sérios prejuizos,
embora ela não fique acumulada no ambiente como os outros tipos de poluição
ela é indesejavél, trás prejuizos a saúde não só do homem como também de
outras espécies, é um assunto tão sério que esta citado na Lei 3.68825, de 03
de Outubro de 1941, art 42 muito antes das discurssões sobre Ambiente.
E Na agenda 21 citado anteriormente, um documento de ação
mundial para a promoção do desenvolvimento sustentável voltada para os dias
de hoje cita o ruído como a terceira maior causa de poluição ambiental, atrás
da poluição da água e do ar.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera que um som
deve ficar em até 50 db (decibéis – unidade de medida do som) a partir desses
decibéis ela pode trazer sérios danos a curto prazo embora muitas pessoas
passem anos para perceber. Mas podemos reverter através do uso de medidas
de prevenção.
Porém se faz necessário que as transportadoras conscientizem
seus motoristas do uso excessivo de buzinas, longas exposições a sons
demasiadamente intensos como o volume alto dos rádios. Criação de parcerias
com empresas que regulem a emissão de ruído dos veículos que irão sinalizar
possíveis excessos quando surgirem possibilitando assim o encaminhamento
do mesmo para a melhoria.
25 ____________. Lei nº. 3.688 de 03 de outubro de 1942, Art 42. Dispõe sobre as Contravenções Penais
3.4.4 - Destinação dos Pneus
A destinação dos pneus é outro tópico que deveria ser prioridade das
transportadoras, pois se trata de um grande poluidor do Ambiente, por serem
de lenta degradação de difícil armazenagem e destinação.
De acordo com a Resolução N º 25826 de 26 de agosto de 1999
deverão seus fabricantes ser responsáveis pelo seu correto fim, entretanto
sabemos que este fato nem sempre acontece, é necessário que as
transportadoras assumam sua responsabilidade na destinação dos seus pneus
e os enviem para uma empresa de reciclagem.
A vantagem dessa atitude em dar um destino correto para os seus
pneus é que estarão contribuindo não só com o ambiente através de um
processo ambientalmente adequado para a reciclagem dos pneus velhos.
Mas também em relação à poluição do ar, pois quando há queima
gases tóxicos, poeira e outras substâncias são liberadas e afetam a camada de
ozônio. Não podendo esquecer que a poluição visual provocada pelo acúmulo
de pneus também é amenizada dentro da empresa.
Outro ponto que vale lembrar é que as empresas de reciclagem irão
utilizar diversas técnicas para reaproveitar os pneus velhos criando uma nova
cadeia produtiva. Os reciclando ou reutilizando para diversos fins tais como:
Na engenharia civil, na regeneração da borracha, na geração de energia, no
asfalto modificado com borracha. Dessa forma estarão contribuindo não só
com o meio ambiente, mas também com a economia do país. Daí a grande
importância desses pontos no sentido de melhorar a poluição e ampliar a visão
das transportadoras para a importância da prevenção ambiental.
Enfim quando se fala em preservar o ambiente, sabemos que como
todo empresário o transportador pensa imediatamente em custo adicional.
Dessa forma passam-se despercebidas as oportunidades de uma redução de
custos.
26 ________________________. Resolução Nº 258 de 26 de agosto de 1999 O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto no 99.274, de 6 de junho de 1990.
A inclusão da idéia de preservação no horizonte dos negócios pode
resultar em atividades que proporcionam lucro ou pelo menos que se poupe
energia ou outros recursos naturais que em muitos casos são desperdiçados
desnecessariamente.
Nesse sentido as transportadoras necessitam empenhar-se na:
segurança, treinamento, contenção ou eliminação dos possíveis riscos,
decorrentes de suas atividades para não agredir o ambiente de forma geral,
elaborando seus serviços, de acordo com as condições de qualidade e
segurança desejadas pelos seus clientes.
Capitulo 4
"Só quando a última árvore for derrubada, o último peixe for morto e o último rio
for poluído é que o homem perceberá que não pode comer dinheiro."
Provérbio Indígena
Iso 14000
É sabido que a ISO é um conjunto de normas técnicas e
administrativas de caráter voluntário que estabelece parâmetros para as
empresas de diversos setores.
Criada pela International Standardization for Organization é uma
organização não-governamental sediada em Genebra, fundada em 23 de
fevereiro de 194727.
Essas normas ISO têm como objetivo dar assistência as
organizações na implementação de suas normas ou no Sistema de Gestão
Ambiental.
Além de oferecer ajuda pratica no seu aprimoramento, e fornecer
auxilio as empresas para sustentar seu Sistema de Gestão Ambiental, sistema
esse essencial para atender as demandas ambientais e assegurar os
requerimentos exigidos.
Uma dessas diretrizes para a elaboração da norma ISO 14001 é sua
aplicabilidade a todos os tipos e portes empresas em variadas condições seja
ela geográfica, cultural e social o que gera grande incentivo para sua
implementação. E desperta nas transportadoras o interesse pela sua busca.
4.2 - ISO 14.000 nas Transportadoras
27 Barbieri, José Carlos. Gestão Ambiental Empresarial: Conceitos, Modelos e Instrumentos – 2. ed.atual e ampliada. São Paulo: Saraiva 2007.
A Iso é uma norma que traz importantes requisitos pré
estabelecidos que devem ser seguidos no mesmo padrão em todos os países
e organizações.
Em resposta a essas exigências as transportadoras podem considerar
a ISO em diferentes usos para aprimorar ou iniciar um Sistema de Gestão
Ambiental, para atender o pré - requisitos de seus clientes e para mitigar os
impactos que causam ao meio ambiente.
Para efeito dessa norma um dos pontos que mais chama a atenção
para o transportador é o item 3.1828 que traz a seguinte definição:
“Prevenção de poluição: Uso de processos, práticas, técnicas, materiais, produtos,
serviços ou energia para evitar, reduzir ou controlar (de forma separada ou
combinada) a geração, emissão ou descarga de qualquer tipo de poluente ou rejeito,
para reduzir os impactos ambientais (3.7) adversos
Cuja NOTA Diz:
“A prevenção da poluição pode incluir redução ou eliminação de fontes de poluição,
alterações de processo, produto ou serviço, uso eficiente de recursos, materiais e
substituição de energia, reutilização, recuperação, reciclagem, regeneração e
tratamento.”
As normas da Série ISO 14000, especifica os princípios e elementos29
integrantes de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA).
Ø Principio 1 – Comprometimento e Política - Focalizar aquilo
que precisa ser feito.
Ø Principio 2 – Planejamento - deve assegurar
comprometimento ao SGA e definir sua política;
Ø Principio 3 – Implementação - Formular um plano para
cumprir com sua política ambiental;
28 ABNT. NBR ISO 14001 – Sistemas de Gestão Ambiental – Requisitos com Orientação para Uso. Rio de Janeiro. ABNT, 2004 29 (DONAIRE, Denis. Gestão ambiental na empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
Ø Principio 4 – Medição e Avaliação - Desenvolver
capacidades e apoiar os mecanismos necessários para o
alcance de suas políticas, objetivos e metas;
Ø Principio 5 - Analise critica e Melhoria – Deve-se medir
monitorar e avaliar seu desempenho ambiental geral,
revendo continuamente e aperfeiçoando seu sistema de
gestão ambiental, com objetivo de aprimorar cada vez mais
sua performance. (DONAIRE, Denis.)
Mas para que isso aconteça de forma uniforme faz-se necessário
incentivar a participação de todos os membros da empresa onde cada um deve
assumir a sua parte em prol da melhoria ambiental.
À medida que as transportadoras começarem a se preocupar com a
melhoria e a manutenção do Ambiente, elas estarão evitando impactos
causados por suas atividades. Seu desempenho terá uma maior importância
tanto interna como externamente para seus clientes. Mas para alcançar esse
desempenho é necessário comprometimento organizacional e continuo.
4.3 - A importância da ISO 14001 para o Transportador
As transportadoras são empresas e como tal refletem na sociedade,
sofre influencias e são cobradas por suas atividades pelos órgãos ambientais,
pelos clientes e pela comunidade em geral.
Embora a execução de suas atividades contribua para poluir o meio
ambiente ela pode ser amenizada. Por esse motivo faz-se necessária a
mobilização das mesmas para reduzirem e mitigar os impactos que causam ao
ambiente, em especial a emissão de poluentes que atingem a camada de
ozônio diariamente pelo gás carbônico exalado pelos seus veículos.
Os princípios de poluição também cresceram, o protocolo de kioto
está aí para assegurar que as metas de emissões sejam cumpridas até 201230
e também as normas ambientais que asseguram hoje a poluição dos rios, do
solo em casos de acidentes que envolvem o meio ambiente.
Com a ISO as transportadoras podem trabalhar na forma de
prevenção envolvendo uma equipe voltada para obter o planejamento de um
processo para evitar que tais danos sejam causados.
É preciso que as transportadoras se voltem para a idéia de
implementação desse sistema, de busca de melhorias para mitigar os impactos
e começar a perceber que os benefícios não irão tardar quando chegar a hora
da concorrência, pois passam a ser vista com outros olhos pelos seus clientes
mantendo assim seu trabalho e aumentando a clientela.
Hoje em dia já se percebeu que as questões ambientais são o foco
das atenções do mundo e o Meio ambiente tem que fazer parte da política de
todas as empresas, inclusive a de transportes.
Porque preservar não significa apenas uma boa ação para todos,
mas significam bons negócios, segurança para a empresa e nos lucros o que
acaba trazendo para seu âmbito a adoção de um sistema de gestão ambiental.
A idéia que se tem na hora de implementar um sistema como esse é
que muita evidencia terão que surgir e com ela muita burocracia também. No
entanto como essas questões se tornaram uma forte tendência de mercado, as
empresas visam buscar através das certificações as metas estabelecidas pelo
órgão de controle ambiental.
Entretanto para incorporar esse sistema nas transportadoras é
precisam que elas passem por muitas mudanças começando pela sua filosofia
para atender seus clientes, funcionários, agregados e a própria comunidade
onde está inserida. Saindo de uma cultura reacionista para uma cultura
proativa.
Mas para se atingir a excelência ambiental31 segundo DONAIRE,
Denis. Os Dez passos necessários para a excelência ambiental são:
30 Seiffert, Mari Elizabete Bernardini. Mercado de Carbono e Protocolo de Quioto: Oportunidades de negócio na busca da sustentabilidade – São Paulo: Atlas, 2009. 31 DONAIRE, Denis. Gestão ambiental na empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
Ø Desenvolva e publique uma política ambiental
Ø Estabeleça metas e continue a avaliar os ganhos.
Ø Defina claramente as responsabilidades ambientais de
cada uma das áreas e do pessoal administrativo (linha ou
Assessoria).
Ø Divulgue interna e externamente a política, os objetivos e
metas e as responsabilidades.
Ø Obtenha recursos adequados.
Ø Eduque e treine seu pessoal e informe os consumidores e a
comunidade.
Ø Acompanhe a situação ambiental da empresa e faça
auditorias e relatórios.
Ø Contribua para os programas ambientais da comunidade e
invista em pesquisa e desenvolvimento aplicado á área
ambiental
Ø Ajude a conciliar os diferentes interesses existentes entre
todos os envolvidos: Empresa, consumidores, comunidade,
acionista etc...
Uma vez que a implementação de um sistema de gestão como esse,
feito a ISO 14001 é se suma importância para as transportadoras cuja
amplitude de impacto ainda é pouco conhecida.
Além de auxiliar e transformar a sua percepção através de uma
pressão por melhorias na qualidade ambiental, na prestação de serviço, na
operação, na administração passando desde o primeiro escalão até o operário.
Esperam-se muitas mudanças neste setor não só na teoria como também na
pratica.
O desenvolvimento sustentável não deve ser apresentado como um
ato político, nem tão pouco como um capricho de poucos.
As condições ambientais já estão bastante prejudicadas pelo padrão
de desenvolvimento e consumo atual, deste modo, o desenvolvimento
sustentável pode ser uma resposta aos anseios da sociedade. E as empresas
de transporte pode ser uma grande contribuinte para tal.
Lembrando que a sustentabilidade consiste em buscar meios de
encontrar uma forma de amenizar os impactos causados pela produção,
distribuição e consumo dos recursos existentes de forma mais coesiva e
economicamente eficaz.
E o grande desafio da Gestão ambiental é a conscientização das
empresas de que a sustentabilidade é um processo longo a ser percorrido e
não algo definitivo a ser alcançado.
A busca pela sustentabilidade trás consigo uma série de proposições e
estratégias que buscam atuar em níveis tanto empresariais quanto globais.
Priorizar o desenvolvimento sustentável é uma questão de necessidade para
que possamos manter um planeta mais limpo e ambientalmente equilibrado.
Para tanto temos a ISO 14001 que é uma estrutura desenvolvida em
bases para que as organizações possam se conscientizar e controlar seus
impactos sobre o meio ambiente, reduzindo impactos e prevenindo a poluição.
A ISO é composta por diversos requisitos com um único objetivo trazer
um equilíbrio ambiental e prevenir a poluição. Mas para que todas as empresas
implemente essa norma muito ainda precisa ser feito para que isso possa
acontecer é preciso maior incentivo do poder público e medidas mais enérgicas
perante iniciativas que insistem em desencorajar a sustentabilidade.
Considerações Finais
"Nunca duvide da capacidade de um pequeno grupo de dedicados cidadãos para
mudar os rumos do planeta. Na verdade, eles são a única esperança para que
isso possa ocorrer"
Margaret Mead
O mundo inteiro espera por acontecimentos que venham marcar o
novo século, a busca por soluções e participação de toda a sociedade por um
mundo melhor está na mente de todas as pessoas ligadas a questão
ambiental.
As palavras de ordem são sustentabilidade, sócio-ambientalismo,
desenvolvimento sustentável, meio ambiente e outras mais ligadas ao tema...
Questões essas que hoje são prioridade de todas as nações.
Traçar um caminho do histórico da Questão Ambiental, da Educação
Ambiental e da aplicação da norma ISO 14001 dentro do setor de transporte de
forma a apresentar informações relevantes voltadas para esse setor. Foi um
grande desafio, principalmente quando o assunto se tratou de certificação
ambiental.
Um desafio que implica mudanças de valores e perspectivas em uma
nova política na qual as transportadoras deverão se submeter em um curto
espaço de tempo.
A gestão ambiental não é um conceito novo tão pouco uma nova
necessidade, é um fato, entretanto a sociedade ainda não percebeu a
gravidade do assunto e ainda não aprenderam a interagir com o Meio Ambiente
o que acaba nos trazendo sérias conseqüências. Como poluição das águas,
enchentes, poluição da camada de ozônio, do solo etc...
Os impactos ambientais gerados pelas atividades produtivas das
transportadoras são um dos principais contribuintes que afetam a camada de
ozônio, pois afetam e poluem o ar.
Outro ponto que vale citar é a destinação dos pneus que embora já se
tenha encontrado vários meios de utilizá-los quando se trata do asfalto
modificado. Há algumas ressalvas porque muitos profissionais do transporte
reclamam da sua aderência, por deslizar muito e causar sérios acidentes que
em muitas vezes acabam sendo fatais.
A Gestão Ambiental e o Desenvolvimento sustentável são dois novos
paradigmas para as transportadoras. Uma nova forma de gerenciar um
conjunto de procedimentos e normas que trazem em sua concepção a
prevenção e mitigação dos impactos por ela causados ao Ambiente.
A Educação Ambiental é um tema que exige atenção da sociedade e
das empresas de transporte também. Porque a cada dia que passa se faz
necessário investir no despertar da consciência socioambiental.
Dada a importância dessa questão às transportadoras precisam se
preocupar e praticar essa educação dentro das suas organizações. Para levar
além das suas fronteiras, a formação ambiental. Através de treinamentos
ambientais que além de ser requisito para a certificação ISO 14001, é uma
atividade considerada fundamental para o sucesso das práticas de gestão
ambiental empresarial.
A reflexão sobre essas práticas está marcada pela degradação do
meio ambiente e do seu ecossistema, criando uma necessária articulação
sobre a educação ambiental. Porém essa dimensão ambiental configura-se na
crescentemente questão de um processo educativo, voltada aqui para a
capacitação de profissionais da área de transporte.
Entretanto o desafio que se coloca é como fazer a educação
ambiental de forma inovadora e não formal. Sendo assim, ela deve ser acima
de tudo um ato político voltado para a transformação social. Seu enfoque
deve trazer uma perspectiva de ação holística que relaciona o homem com o
ambiente e o planeta. Tendo como referência que os nossos recursos naturais
são finitos e que o principal responsável pela sua degradação somos nós os
seres humanos.
É sabido que houve um aumento da consciência ambiental e muitas
ações estão sendo tomadas, induzindo a sociedade a praticar atos conscientes
e saudáveis frente à poluição ambiental. Por conta da mídia que divulga cada
vez mais o aumento da dessa degradação. Surgindo assim a necessidade das
organizações aderirem a essas campanhas dentro das suas empresas através
da Gestão Ambiental e utilizar benefícios oferecidos por ela.
Mas para que isso aconteça serão necessário investimentos para a
implementação da Norma voltada para a questão a Norma ISO 14001 que
oferece através de sua adesão muitos benefícios: Financeiros na competição
para aderir a novos negócios, sociais por demonstrar preocupação com os
consumidores, funcionários, fornecedores, comunidade e o ambiente. E
ambiental, pois estará mitigando possíveis danos ambientais decorrente da
atividade que exerce.
A ISO 14001 nos dias de hoje é um requisito indispensável para as
transportadoras que almejam atingir uma fatia maior no mercado de
transporte. Porém, algumas delas de pequeno porte encontram dificuldades
em obter tal certificação, por conta do alto custo que ela tem.
Esses procedimentos inseridos na Gestão Ambiental são
padronizados em nível mundial tendo como objetivo a definição de critérios e
exigências semelhantes. Porém para garantir que todas as empresas venham
a atender a esses critérios de forma igual. Foi definida a certificação da ISO
14000 pela International Organization for Standardization (ISO), fundada em
1947, com sede em Genebra, na Suíça. Uma organização não governamental
um dos motivos os quais a certificação tem caráter voluntário, porém que
atende aos padrões políticos.
A tendência atual é que as Transportadoras tendem a incorporar às
certificações, que integram quesitos como saúde, Segurança, Meio Ambiente, e
Qualidade (SSMAQ). Pois trazem em seu bojo todos os quesitos necessários
a melhoria dentro e fora da empresa embutidas em uma única certificação. Um
modelo que deixa explicita a preocupação das transportadoras em se manter
dentro dos padrões exigidos pela nossa política.
Essas informações são fundamentais para que os nossos
transportadores tomem conhecimento das ferramentas de gestão e conheça
um pouco da história que vem a cada dia modificando a forma de agir e pensar
das sociedades do mundo inteiro e da luta por um planeta mais limpo e
sustentável para todos.
Bibliografia
ABNT. NBR ISO 14001 – Sistemas de Gestão Ambiental – Requisitos com Orientação para Uso. Rio de Janeiro. ABNT, 2004;
Arlindo Philippi Jr; Marcelo de Andrade Romário; Gilda Collet Bruna, editores – Barueri, SP: Manole, 2004 (Coleção Ambiental 1)
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil – Título VIII, Capítulo II, Seção II. Brasília: Senado, 1988.
DONAIRE, Denis. Gestão ambiental na empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
Barbieri, José Carlos. Gestão Ambiental Empresarial: Conceitos, Modelos e Instrumentos – 2. ed.atual e ampliada. São Paulo: Saraiva 2007.
Gadotti, Moacir. Pedagogia da Terra e Cultura de Sustentabilidade - * Revista Lusófona de Educação, 2005, 6, 15-29
Gadotti, Moacir. Pedagogia da terra: Ecopedagogia e educação sustentável*
GALLI, Alessandra. Educação ambiental como instrumento para o desenvolvimento sustentável. Curitiba: Juruá, 2008. Vini,
Almeida, Josimar Ribeiro. Gestão Ambiental para o Desenvolvimento – Ed. These, 2008.
Martins, José Pedro Soares. Empresa e Meio Ambiente: O papel da empresa e de seus colaboradores -
PCNs. (Parâmetros Curriculares Nacionais) Meio ambiente e Saúde 2. Ed. Brasília: DP&A, 2000.
______; PELICIONI, Maria Cecília Focesi [Editores]. Educação ambiental e sustentabilidade. Baruerii: Manole, 2005. Vini,
REINALDO, Dias. Gestão Ambiental: Responsabilidade Social e Sustentabilidade - Edt: Atlas, 2006.
Seiffert, Mari Elizabete Bernardini. Sistema de Gestão ambiental (ISO 14001) e Saúde e Segurança ocupacional (OHSAS 18001): Vantagens da Implementação Integrada – 2 ed.- SP: Atlas, 2010.
Seiffert, Mari Elizabete Bernardini. Mercado de Carbono e Protocolo de Quioto: Oportunidades de negócio na busca da sustentabilidade – São Paulo: Atlas, 2009.
Webgrafia
BAGNOLO, Carolina Messora. Empresariado e ambiente: algumas
considerações sobre a educação ambiental no espaço escolar. Ciênc. educ.
(Bauru), Bauru, v. 16, n. 2, 2010 . Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
73132010000200009&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 18 de agosto de 2011.
JACOBI, Pedro. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cad.
Pesqui., São Paulo, n. 118, mar. 2003 . Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
15742003000100008&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 16 de agosto de 2011.
MORETTI, Giuliano Nacarato; SAUTTER, Klaus Dieter; AZEVEDO, Jayme
Augusto Menegassi. ISO 14001: implementar ou não? Uma proposta para a
tomada de decisão. Eng. Sanit. Ambient., Rio de Janeiro, v. 13, n. 4, dez.
2008 . Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
41522008000400010&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 23 de agosto de 2011
OLIVEIRA, Otávio José de; PINHEIRO, Camila Roberta Muniz Serra.
Implantação de sistemas de gestão ambiental ISO 14001: uma contribuição da
área de gestão de pessoas. Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 1, 2010 .
Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
530X2010000100005&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 16 de agosto de 2011.
PELICIONI, Maria Cecília Focesi. Educação ambiental, qualidade de vida e
sustentabilidade. Saude soc., São Paulo, v. 7, n. 2, dez. 1998 . Disponível
em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
12901998000200003&lng=pt&nrm=iso>. acessos 18 de agosto de 2011.
POMBO, Felipe Ramalho; MAGRINI, Alessandra. Panorama de aplicação da
norma ISO 14001 no Brasil. Gest. Prod., São Carlos, v. 15, n. 1, abr. 2008 .
Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
530X2008000100002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 16 de agosto de 2011.
SILVA, Demétrios Antônio; RIBEIRO, Helena. Certificação ambiental
empresarial e sustentabilidade: desafios da comunicação. Saude soc., São
Paulo, v. 14, n. 1, abr. 2005 . Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
12902005000100007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 18 de agosto de 2011.
Web Sites
Greenpeace
http://www.greenpeace.org.br
Site com informações, sobre ecologia e meio ambiente e outros temas atuais.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carbon_Disclosure_Project, acesso em 19/09/2011
http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/content/carbon-disclosure-project-
cdp, acesso em 19/09/2011
IBAMA
http://www.ibama.gov.br
Site do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.
Disponibilizam projetos, notícias e artigos sobre a questão ambiental.
Instituto Ecoar para a cidadania
http://www.ecoar.org.br
Informações sobre Educação ambiental, publicações referentes ao tema
Instituto Socioambiental
http:// www.socioambiental.org/website
O enfoque apresentado neste site é a sustentabilidade socioambiental.
______Lei nº 3688 de 03 de outubro de 1941. Dispõe sobre As contravenções
Penais. Disponível em<
http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/24/1941/3688.htm> Acesso em
10 de agosto de 2011.
______. Lei nº. 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política
Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm> Acesso em 10 de Agosto
2011.
______. Lei nº. 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e
Bases da Educação Nacional.
Disponível<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm> Acesso em 10
de agosto de 2011.
_____. Lei nº. 9.795 de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação
ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras
providências.
Disponível,em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9795.htm> Acesso
em 10 de Agosto 2011.
____________. Lei nº. 9.605 de 12 de Fevereiro de 1998. Dispõe sobre as
sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao
meio ambiente, e dá outras providências.
Resolução Nº 258 de 26 de agosto de 1999 O CONSELHO NACIONAL DO
MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das atribuições que lhe são conferidas
pela Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto no
99.274, de 6 de junho de 1990.
Resolução Nº 315 de 29 de outubro 2002 Dispõe sobra a nova etapa do
programa de Controle de emissões veiculares – PRONCOVE. Disponível em:
http://www.ibama.gov.br/proconve/ArquivosUpload/6resolucao_315-02_-
_novas_etapas.pdf Acesso em 03 se outubro 2011.
Resolução Nº 403 de 29 de outubro 2002 Dispõe sobra a nova etapa do
programa de Controle de emissões veiculares – PRONCOVE. Disponível em:
http://www.ibama.gov.br/proconve/ArquivosUpload/6resolucao_315-02_-
_novas_etapas.pdf Acesso em 03 se outubro 2011
INDICE
FOLHA ROSTO________________________________________________02
DEDICATÓRIA________________________________________________ 03
AGRADECIMENTO_____________________________________________04
EPIGRAFE____________________________________________________05
RESUMO_____________________________________________________07
METODOLOGIA _______________________________________________08
SUMARIO ____________________________________________________09
INTRODUÇÃO ________________________________________________10
CAPITULO I
A Questão Ambiental e o Desenvolvimento Sustentável – Breve Histórico___12
1.2 Trajetória das Questões Ambientais_____________________________15
1.2.1 A Conferência de Estocolmo________________________________16
1.2.2 A Conferencia Internacional de Belgrado______________________16
1.2.3 A Conferência de Tbilisi___________________________________17
1.2.4 A Conferência Mundial de Moscou__________________________17
1.2.5 ECO 92 _______________________________________________17
CAPITULO II
Transportadoras, Meio Ambiente e suas Correntes no âmbito empresarial__19
2.1 Visão Geral_______________________________________________20
2.1.1 Brundtland______________________________________________21
2.1.2 Protocolo de Kyoto________________________________________ 21
2.1.3 Agenda 21______________________________________________ 22
2.1.4 Índice Dow Jones de Sustentabilidade_________________________22
2.1.5 Pacto Global_____________________________________________22
2.1.6 Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável______________23
2.1.7 ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) ___________________23
2.1.8 Carbon Disclosure Project___________________________________23
CAPITULO III
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS TRANSPORTADORAS_________________25
3.1 Treinamentos ______________________________________________26
3.2 Incentivo a Coleta Seletiva e a Reciclagem_______________________ 27
3.3 Evitando o Desperdício______________________________________28
3.4 Conservação o Meio Ambiente _______________________________28
3.4.1 Poluição Atmosférica______________________________________29
3.4.2 Possíveis soluções________________________________________31
3.4.3 Poluição Sonora _________________________________________32
3.4.4 Destinação dos Pneus_____________________________________33
CAPÍTULO IV
ISO 14000 __________________________________________________35
4.2 ISO 14.000 nas Transportadoras_______________________________36
4.3 A importância da ISO 14001 para o Transportador__________________37
CONSIDERAÇÕESFINAIS________________________________________40
BIBLIOGRAFIA_________________________________________________44
WEBGRAFIA__________________________________________________ 46
WEBSITES____________________________________________________48
ÍNDICE______________________________________________________51
FOLHA DE AVALIAÇÃO__________________________________________53
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes
Título da Monografia: Gestão Ambiental nas Transportadoras: O caminho para a Sustentabilidade
Autor: Willya Silvia da Silva Nascimento
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: