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UNITA CONSIDERA PROMESSAS DE VIOLÊNCIA INACEITÁVEIS E EXIGE ACTUAÇÃO DA CNE E DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA COMUNICADO DE IMPRENSA
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REPÚBLICA DE ANGOLA
UNIÃO NACIONAL PARA A INDEPENDÊNCIA TOTAL DE ANGOLA
COMUNICADO DE IMPRENSA
07.08.2012
UNITA CONSIDERA PROMESSAS DE VIOLÊNCIA INACEITÁVEIS E
EXIGE ACTUAÇÃO DA CNE E DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
A União Nacional Para a Independência Total de Angola (UNITA) repudia as
recentes declarações do ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da
Pátria, General Kundi Paihama, que na qualidade de membro do Bureau Político
do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), assegurou que os que
tentarem lutar contra o MPLA ou o seu presidente “vão ser varridos”.
As declarações proferidas no passado sábado, 4 de Agosto, na Província de
Benguela durante um comício eleitoral no Estádio Nacional de Ombaka, são
indignas de um membro do Governo e completamente inaceitáveis num Estado
Democrático de Direito.
Assim como é inaceitável apelidar o partido no Governo de “construtor” e a
UNITA de “destruidora” como se de uma Guerra se estivesse a falar. Estamos
em plena época eleitoral em que o conflito é de ideias e o debate público
aberto é o meio privilegiado e democrático para a expressão das divergências
naturais sobre os projectos diferentes para o mesmo País. É disso que se faz
uma campanha eleitoral e não de insultos e instigações e promessas de
violência.
Estas declarações, indecorosas e impróprias para um ministro em funções que
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UNIÃO NACIONAL PARA A INDEPENDÊNCIA TOTAL DE ANGOLA
deve revelar respeito e sentido de Estado ainda que em campanha eleitoral,
contribuem para o agravamento de tensões latentes e configuram actos de
incitação à violência. Constituem também uma violação do Código de Conduta
Eleitoral.
Se dúvidas existirem quanto ao que deve ser óbvio – respeito e bom senso – o
Código de Conduta Eleitoral é claro quando estabelece no artigo 2.º que os
agentes eleitorais devem observar “a abstenção da utilização de propaganda
indecorosa e de linguagem ou da prática de acções que possam conduzir ou
incitar os seus apoiantes ou os cidadãos em geral a cometerem actos de
violência ou de intimidação”.
Neste sentido, a UNITA exige à Comissão Nacional Eleitoral que tome as
devidas medidas quanto a este episódio violador da lei eleitoral emanada da
Assembleia Nacional. Igual actuação exige das entidades Judiciais Angolanas.
A UNITA questiona ainda o Presidente da República de Angola, José Eduardo
dos Santos, – igualmente presidente do MPLA – se mantém a confiança política
no seu ministro Kundi Paihama depois deste triste e grave episódio?
A UNITA espera que neste caso, como no desafio lançado para um debate
público com o Presidente Isaías Samakuva, o silêncio não seja ensurdecedor e
que José Eduardo dos Santos responda e tome medidas apropriadas a um
Presidente da República.
Luanda, 7 de Agosto de 2012
O Secretariado Executivo do Comité Permanente da UNITA