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\- 342 uniaaae e - a*unos comDtementôÍêg Copftulo I O esfodo coloidol Conceilo Você estudou o que é dispelsão. Quando uma dispersão aprcsentaas partículâs dis- penâs com um diâmetÌo médiocompreendido entre l0 Á e 1000À, ela recebe o nomed! dispersãocoloidal, estado coloidal ou, simplesmente, colóide. Assim. se \ocè.misrurar"água e sabáo, as parÌiculas do disperuo reÍão diàmerro com preendido entre l0 Â e I 000 À i, conseqrtent"-.nte, essa mrstura seráuma disDe'õo coloi- dal. Enrretânro. mislurando álcoole sabão. as pafliculas do di\perso rerãodiámetro infe- rioÍ a f 0 A; logo, a misr !Ía ser,t umasoluçàa Bntão: Na dispersãocoloidal, as partículas dispersas recebemo nome de mr?e/ds, ClosslÍlco$o Os colóides podem seÍ classiÍìcadosde acoído com varios criterios: I:) Natureza do dispeôo: Conforme a nâtureza do disperso, os colóides podem ser micelares, molecülares oi 'cdAú ri""rr""s , Coióides môhculâr€r As partículas dispenassão agregados de átomos, de moléculas ou de íons. Eremplo: erlxofre em água. As partículas dispersas são macromolécuÌas(moléculas glgantes), Exemplo:amido em água. As partículas dispersas são ronsgtgantes. Ox€mplo: proteina €mágua. t-

UNID.8-CAP.1-O ESTADO COLOIDAL

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I:) Natureza do dispeôo: Conforme a nâtureza do disperso, os colóides podem ser micelares, molecülares oi As partículasdispersassão macromolécuÌas(moléculas glgantes), Exemplo:amido em água. As partículasdispersassão ronsgtgantes. Ox€mplo:proteina€mágua. As partículasdispenassão agregadosde átomos, de moléculasou de íons. Eremplo: erlxofreem água. Na dispersão coloidal, as partículas dispersasrecebemo nome de mr?e/ds, 342 uniaaaee - a*unos comDtementôÍêg \-

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342 uniaaae e - a*unos comDtementôÍêg

Copftulo IO esfodo coloidol

ConceiloVocê já estudou o que é dispelsão. Quando uma dispersão aprcsenta as partículâs dis-

penâs com um diâmetÌo médio compreendido entre l0 Á e 1000 À, ela recebe o nome d!dispersão coloidal, estado coloidal ou, simplesmente, colóide.

Assim. se \ocè.misrurar"água e sabáo, as parÌ iculas do disperuo reÍão diàmerro compreendido entre l0 Â e I 000 À i, conseqrtent"-.nte, essa mrstura será um a disDe'õo coloi-dal. Enrretânro. mislurando álcool e sabão. as pafliculas do di\perso rerão diámetro infe-rioÍ a f 0 A; logo, a misr !Ía ser,t uma soluçàa

Bntão:

Na dispersão coloidal, as partículas dispersas recebem o nome de mr?e/ds,

ClosslÍlco$oOs colóides podem seÍ classiÍìcados de acoído com varios criterios:

I:) Natureza do dispeôo:Conforme a nâtureza do disperso, os colóides podem ser micelares, molecülares oi

'cdAú ri""rr""s , Coióides môhculâr€r

As partículas dispenas sãoagregados de átomos, demoléculas ou de íons.Eremplo: erlxofre em água.

As partículas dispersas sãomacromolécuÌas (moléculasglgantes),Exemplo: amido em água.

As partículas dispersas sãorons gtgantes.Ox€mplo: proteina €m água.

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capftxlo 1 o eeâdo coroidal 343

2:) Disirìbuição das íases:Conforme as fases se dissemirÌâm entre si, os coÌóides podem ser colódes sol ov co[óì'

des gel-

3:) Reversibilìdade:De acordo com este critério, os colóides podem ser rcyersíwis ott irreyersíveis.Colóides rc'ìercíveis sao sist€mas em que o dfupeìso, num simples contato com odisper-

gente, produz o estado coloidal. Há uma afinidade muito intensa entre o disperso e o dis-pergente, daí rec€beÌem a derominação de ,órios (amigos do liqüido). Se o dispergente é aágua, damos o nome d€ hìdtóíílo (amiso da âsüa).

O termo raelsível é usado porque, uma vez obtido o sìstema gel, podemos conseguir oso/ e voltâr ao sistema gel.

Exempl03:

1) Goma arábica (por evâporação obtemos um geD.2) Leite em pó (por adição de água obtemos um sol).

Colóides ìïevercíveis são sistemas em que, uma vez obtido o ael, este não se transfor-ma em Jol por simples contato com o dispeÍgente. Não há üma irÌtensa afinìdade entre âsfases, dai serem chamados de üóloàos. Quando o dispergente é a água, usamos o teÍmo l,/:-drófobo (a\ersão por írgra).

Exemolos: enxofíe coloidâÌ. metais coloidais

Dispersão de um disperso sólido num dispeÍgente liquido, de modo que predominaa fase Ìiqüida e o sistema não tem formadefìnida.As micelas se distribuem uniformementeno dispeÌgente e a dispersão adquire o as-

De acordo com o disperg€nte, temos:. Àidrossol (disperCent€: ácua);. d/coolso/(dispergente: álcool);. etero$o/ (dispergente: éter).Eremplo: cola.

Dispersão de um disp€rso sólido num dispergente Ìiquido, de modo qu€ predominaa fase sólida e o sistema adquire uma for-ma definida.As miceÌas se agrüpam de tal modo quepassam a constituir verdadeiÍos reticulos,no interior dos quaìs fica apisionado odispergente, e a dispefiâo toma o aspectode Belatln .Exemplos: geléias, pudim de caramelo.

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344 u"id"d" s

Veja, agorâ, aÌguns casos imporrantes de sisremas coÌoidais:

:i, ';, ',:,i ',,;;i i i i i i,liï it#

Dispeígentf Disperso D€nomirução Exemplo

gas ì iqujdo sóìido gâs líquido sólido

aguaem água

aguaem água

proteína agua geÌója!

silica agua gcì \ i l i !a Bel

agua neblina

silìcatos

gordura(leì!e)

S(lems moldais hmúlsdesl. A rumaça É úm sis(ema rcodal lã*6sol).

! l

,::1:1, , ,

A núiiã é um s,nema mloidal{asmsol)

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caprtuor os*ado.orodã 345

: | | t; I t:: ' :, : , ,, , , : : , :, : I t::: tt : t i ' . a; i; l a:0 leite de mãgnásia é um sisiemaÁ mla é üm sÈlema mloidâl hol). A sêléú á um sislema mloidal kel).co oldal k6pensâoì.

Vamos, então, fazer um resÌrmo dos termos comuns para os siÍemas coloidais:So/: denominâção dada ao sistema coloidâl em qìre o disperso é sólido e o disp€rgeÌlte é/í4íido. Ess€ sistemâ úo iem forma d€finida, pois apresenla propriedades semelhantesa. Jo ì iquido.Cel: denominação dada ao sistema coloidal em que o disperso é só/rdd e o dispersente é,?tlido. Esse sistema adquir€ uma forma definida, pois apresenta propriedades macroscópicas semelhantes às do sóÌido.Em lsao: sistema coloidal €m que o disperso é irqrrzo e o disp€rgenÌô tambêú ê tíquido.S6pensão: denominação dada ao sistema coloidal de um sólido num ljquido (sol), inrtá!eÌ e com particulas qüase reconhecíveis ao microscópio..l'1ÌUrossol: d€rominação dada ao sistema coloidal em que o dispergente é a água. .,4e,"orrol: denomiração dada ao sistema coloidal em que o dispergente é o ar.

PÍopriedodes dos colóidesVamos anâlisar as sôguintes propriedades:

1!) Ação sravitacìonal:As mic€las sâo particulas bastante pesadas e es

tão sujeitas à açâo da gravidade. Assim, há espontaneamente uúa seleção na distribuição miceÌar, de taÌÍnodo que ocorre uÍna raÍe[açào de baì\o pard cima.

2!) Eíeitos cotisaíivos:Como \oce Jà 'abe. o. eÍeiro ' col isar ivo"

moÌeculares das partículas dispersas:são inversamente proporcionais às massas

rr ".p - t ,,:fr,'

EntAo, concluimos qüe esses ef€itos sâo muito baixos num sistema coloidal, pois a massa molecular (M) é a massa micelar, que é elevada.

Assim, através dos efeitos coligativos, podemos estabelecer uma diferenciaçãò eÌrtresolução verdadeira e sistema coloidal.

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Undade a Assunros compLemeftarcg

Veja:

3:) Efeìtos ópticos:Dentre os efeitos ópticos é particulaÌ-

menúe importante o ekito Thtndal, cüjacausa reside na diversidade entre os indicesde refração das micelas e do üspÈÍgeite.Assim, os raios luminosos, ao se propaga,rem peÌo dispergente e encontrarem umamìceÌa, sofrem desvios acentüados, dando,em conseqüênciat um efeito de iluminaçAono inúeÍior do coÌóide.

Considere uma vasilha contendo a mis-tura água e sabão, qu€ sabemos ser umadispersão coloidal. Fazendo incidir üm fa-cho de luz nessa mistura, percebemos clara-mente a Ìuz atravessando a. lsso é o efeitoThyndal.

Agora, considere a vasilha contendo amistüra álcool € sabão, que sabemos seruma solução. Fazendo incidir o facho deluz nessa mistuÌa, não percebemos a luzatrav€ssardo-a. Logo, as soÌuções nãoapresentâm o efeito Thyndal.

Como explicar essa difercnÇa?Conforme já dissemos, na mistura

água e sabão as particulas de sabão disper-sas na água sâo reÌativamente grandes, for-mando uma dispersáo coloidaÌ. Então, aÌuz incide sobrc essas paÍticulas e se difun-de em lodas as diíeções, tornando visiveÌ âsua passagem.

Uma Íiesta de Ìuz penetrando na süasaia ou no seu quarto é perf€itamente visi-vel. Sabe por quê?

Porque ocorre difusão da luz nos gÍãosde poeìra suspensos no ar.

Compare com estes casos:

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capÍìuld 1 - oêtudô coroidar 347

Quando você acende o faroÌ do seucaro numa eslrada com neblina, você vêperfeitamente o iàcho luminoso.

PoÌ quê?D€vido à difusâo de luz nas particulas

4:) Moyimento browniano:ConsideÍe algumas c anças aúando boliÍhas de gude contra uma esponja:

Agora, considere que as crianças continuem atiÌando bolinhas contÌa a esponja. En-tão, a esponja se moümenta ora numa direção e sentido, ora em outra, de tal maneira qüeadquire um movimento em zielezagüe, ou s€ja, toialmente desoÌdenado.

Todâs as cÍianças estão jogando bolinhas contra a esponja. Ê fâciÌ peÌceber então queessa esponja fica sujeita a muitas forças, cuja resuÌtante lhe imprime um movim€nro:

A esponja se moümenta confoÍme adìreção e o sertido da resültante R.

Do mesmo modo, numa dispeÍsão co-ÌoidaÌ âs miceÌas são constantemente bom-baÍdeadas peÌas moÌéculas do dispeÌgentee, por isso, apresentâm um movimento desordenado, que pode ser obseÌvado numuÌtramicÌoscópio-

Ess€ movimento das micelas foi descri-to peÌa primeira vez por Robert Bro n, daiser conhecido por movimento browniano.

O diâgÌama ao ìado conesponde àidéìa de PeÍrin sobre o movimento das miceias. Os exúremos dos segmentos indicamas posições dessas micelas.

2z)

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344

5!) Ca egamento micelar:Numa dispersão coloidaÌ, as mjcelas

apresentam â propriedade de adsorver osions existentes ro sistema.

Desse modo, pode ocoÌÌer o següinte:. As micelas adsorvem cations, fixaÌrdo-os

firmemente na sua superfície. Com isso,as miceÌas adquirem carga positiva e te-mos, então, Dm colóide positiyo.

. As micelas adsorvem anions, fixando osfirmemente na süa supeÌficie. Com isso,as mjcelas adquirem cargâ negativa e temos, enlão, ún colóide negatìvo.

Então, as miceÌas de um colóide apresentam todas a mesma carga, o que não ocorrecom as soluções, onde apaÌecem particulas posìtivas (cationt e negativas (anions).

Submetendo um colóid€ à ação da coÌr€nte eÌérrica, as micelas migrarn todas para umdeterminado pólo. Desse modo, um colóide pode ser eletrolisado. A esse fenômeno damoso íome de etetïo[orcse coÌoi.dal.

Observe:. Colóide postilro: as mìcelas se dirigem para o póÌo negativo (cá!odo).

Note o acúmulo de miceÌas no cátodo. Essaeletroforese recebe o nome de cotaforese.

Note o acúmulo de micelas no ânodo. EssaeletÌoforese recebe o nome de anaforcse.

. CoÌóide neqativo: as miceÌas se diÌigem para o póÌo posirivo (ânodo).

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câp tulo ì o erado cooidar 349

AgNO. + Kl -

KNOr + Agl

forna coloidal

diluldads Kl

de AsN03 de Asl

Vamos preparar um colóide2Você pode facilmente pr€parar uma

dispersão coloidal misturardo soluções di-/üídas de iodeto de potássio (KI) e nitratode prata (AsNOJ. Neste caso, ocorre aformação de iodeto de prata (Agl), que,entretanto, não chega aprecipitar, mas ficadisperso na forma coloidaÌ:

A experiência demonstra que, se vocôusar excesso de AgNOr, o colóide formadoseÌá posilivo, E se usaÌ excesso de KI, o co-lóide foÍmado seÍá negativo.

Como explicdí esse fato?

Preste aienção: usando excesso de AgNO3, as mic€las adsorvem de pÍeferência os

AgNOr + Kl + KNOr + AgI!-ì!

cÒlôidal

Ag'

rs 'Wrs'ag-

micela positiva

E usando excesso de KI, as rnicelas adsorvern de preferência os ions I

Ertão, veja que o carregamento miceÌar está na dependência da quantidade dos ionspresentes. Desse modo, você deve entender que nos coÌóides aquosos o carregameÍrto damic€laébastanteinf luenciadopelosionsH*eOH,dependendo,portanto,dopHdomeio.

Em meio ácido (pH <1) ocórre predomiúrcia de ions H'; logo, â probabilidade de reÍmos colóide positirct ê bastânte grande.EÍn meío bisico (pH > 7) ocorre predominância de íons OH ; logo, a probabilidade deteÍmos colóAe negaíiyo é bastante gÌande.

AgNOr + KI - KNO] + AgI

coloidal

ItÃì \ r -

6À$ ìI

miceÌa negaliva

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35O uôid"d" g

Logo, podemos compreender qu€ um coÌóìde pode passâr de positivo a negativo e viceversa. conforme as condicões do meio:

Mas, entenda que nessa transformação existe uma situação intermediária em que as mi-celas sào neutras e o colóide, conseqüentemente, é descarregado. D€sse modo, vocõ dev€lembrar que:

Prepotoçto do colôidesVimos que o diâmetÍo médio das micelas está compreendido enúe l0 À e 1000 À. As-

sim, podemos preparar um colóide de dois modos:

l:) Degtudação:PaÌtìmos de partículas grandes e as

sübmetemos a uma sobdivisão, de modo aobtermos pedaços merlores e que coÍespondam às micelas.

2!) Aglutinação:Partimos de particulas de dimensões

reduzidas e provocamos a sua associação,de modo que resultem pedaços que corres-pondam às micelas.

@. - - .^

/ÈÈ, ,-/'-Èi"s# < 'o\e6'- .-._

@pãnicura ped4os mnÌoÌesqÉrdê (micolas)

Ì-

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câpítuo1 - oeíôdocôróidar 35í

Os métodos utiÌizados para a prepaÉçâo de um colóide através de cada um d€sses mo_

. modo degrudatíyo: os mêtodos chamados moinhos coloidais, arco etétìco e laragensi

. modo oqlutìnativo: os mêLodos chãÍnados químico e físico.V€jamos câda um deÌes:

t:) Moínhos coloidais:

_ São aparelhos capazes de reduzjr grãos de matéria a dimensões correspondenres às das

2:) Arco eléírico:Eslabelecemos um arco elétrico utili-

zando eÌetÍodos do mârerial que constituia fase dispersa, meÍgulhados no líquidoque consritui o dispergenre. corno sabe-mos, particulas do ânodo se transferem pa-ra o cátodo. Ëntretanto, uma boa partedessas particuÌas não chegam ao cátodo,pois se dispersaú pelo liquido. Assim, for-ma-se um sistema coloidal,

Este mêtodo é conhecido rambém co-mo método de BÌedig e se resrringe à prepa-ração cle colóides merálicos, pois dificil-mente os eletrodos podem ser de outro ma,terial.

3:) Lavagens:Um precipitado softe sucessivas lava-

gens com um líqÌrido que contenha pelomenos um ion em comum com o precipita-do. Então, ocorre a liberação de partículascom dimensões de micelas, as quais ficamdispersas no liquido de lavâgem.

Por exemplo; quândo um precipitadode AgCl é Ìavado sucessivamente com ümâsoÌução aquosa bem diluída de NaCl ouHCl, forma,seumsistemacoloidal deAgCl.

4:) Químìco:Obtemos matéria no estado coloidal todâ vez que, numa reação de precjpitação, âs so_

luções r€agentes apÌesentam concen[ações extremas, ou sejâ, muiio con.errìradu, ou, en_tão, muito diluidas. Esta ê a tei de Weìmah.

de AqCl

Exemplos:

KI + AgNO3

2H,S + O,

- KNO3 + AgIcoloidal

- 2H,O + 23coloidât

BaCÌ, + Na,SOa - 2NaCÌ + BaSOacoloidal

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352 u"d"d" s Âssuntos ôonprômêntâ'es

Este método consiste numaÍnudança de dispergente.

Vamos preparaÌ uma soluçãoverdadeira de enxofre (S) dissolvido em sulfeto de carbono(CS,). Em sesuidâ, adicionemoságua em excesso a essa solução eagitemos. PeÌa agitação resultammiceÌas de enxofre (S), que se dis-persam pela água.

-,-.,.. lì?:-t-*'i*',t- [--

s em CS, S em CS,

PuriÍicoçôo de colõidesQuando preparamos üm sistema coloidal, é evìdenle que o dispergente pode conter,

além das micelas, algumas substârÌcias que constituem com esse dispergente uma soluçàov€rdadeira. Para eliminar essas substânciâs e obteÍ o colóide puro, podemos usar os seguintes processos: diárse, eletrcd ilise or ukrartLrução.

t:) DiiÌíse:Este processo bâseia se na diferença

acentuada que existe entre as velocidad€sde difusão de um coÌóide e de uma soluçãoatravés de membranas permeáveis-

UtiÌizamos nessa purificação Dm diali-.radol, que é um recipienle de vidro com oiïndo constituido por uma membÍana per-meável (pÌaca de porcelana porosa). No in-terior do diaÌisadoÍ colocamos o colóideimpuro. Depois, o dialisador é irnerso numrecipiente maior qu€ contém o dispergentepuro em constante circuÌaçào.

Assim, as substânciâs que se enconlram dissolvidas no sistemâ coÌoidâl começam a se difqndir Íapidamente através damembrana. abandonando o sistema coloidal e sendo caíregadas pela coÌrente do dis-pergente. Desse modo, em poucos minutospraticamente toda a impureza é eliminada eobt€mos o colóide puro.

2:') Eletrcdiálise:Este processo utiliza uma aparelhagem

parecida coin  anterior, e emprega aindaeletrodos no sentido de acelerar a difusãodas impurezas contidas no colóide. É lógi€o que os el€trodos aceleram a difusãoquando as impurezas são constituídas por

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c"pr,o r o esbdo (oo|dâ 353

3!) Ultortbaçõo:Devido às dimensões que apresentam, as micelas conseguem aúravess,ú com fâcilidade

os poros dos filúros comuns. Por isso, não é possíveÌ separar as micelâs do dispergente pormeio de filtros comuns. Entretanto, alguns filtros aperfeiçoados apresentam poros tãoes-treitos que retêm âs mìceÌas, deixando passar apenas moléculas comuns ou íons, A esses fil-Iro\ damos o nome de llr.d/r1rro.r.

. Assim, utilizando um uÌtmfiltro, conseguimos pudficar um colóide, ünÌa vez que aslmpurezas atravessam os poros, enquanto as micelas fìcam retidas.

DoslÍuiFo de colôidesPodemos, num colóide, provocar a

aglutinação das micelas. Essa aglutinaçãocôndiciona a floculação e sedimentação dafase disp€rsa e, conseqüentemente, a des-truição do sistema coloidal.

Pam corìseguir a floculação, devemosevidentemente eliminar aquilo que dá esta-bilidade ao colóide, ou seja, o movimentobrowniano, a carga micelar e a solvatação,

z--_-Ì==í r---'[::ï.-- |

H=-J ryWospeÉâo /coloidal fhculãção

Mas, por que o movimento bror,)niono, a &rga micelar e a solyatação dão estabilidade

O movimento browniano dá estabilidade porque mantém âs micelas distÍibuídas em to-dos os pontos do dhpergente, impedindo, assim, a aglutinação e a coffeqúente flocuÌação.

Quanto à carga micelar, você sabe que todas as micelas têm caÍgas de mesmo sinal e.com isso, sofrem repulsões, lsso evita a aglutinação e, portanto, a floculação.

Poi fim, a camada de solvatâção em torno das micelas evita o contato direto entÍe elale, em conseqüência, dificulta â aglutinaçào.

Então, como elìminaf esses fatorcs que dão estabilidade, e, com isso, destruh o colóìde?O movimento browniano pode seÍ eliminado através de uma ulúracentrifugação. AÌiás,

é desse modo qüe separamos a manteiga que se encontÍa dispersa no leite.A carga micelar podê ser eliminada alravés da eletroforese, ou, então, adicioÌrando ao

colóide um outro coÌóide de caÌga oposúa, ou, ainda, juntando um eletrótito ao colóide.A camada de solvatação pode seÍ eliminada adicionando ao colôide substâncias dessol-

vatantes (no câso de o disperg€nte ser a âgua, a camada de hidratação é eliminada por meiode substâncias desidiatântes).

ColÕides pÍotoloÍosV.,cê está Iembrudo de que os colóides liófobos aprcsentam uma estabilidade muìto pe-

queno.Poisbem, épossivel aumentar a estabilidade de um coÌóideliófobo adicionando peque-

na quantidade de um colóide liófilo que tenha caÍÍegamento micelar de mesmo sinal.Como exDlicar esre fato?É que as rnicelas do colóide liófobo são envolvidas poÍ uma pelicula do colóide ÌiófiÌo.

Dessemodo, essas miceÌas passam a sofrer o fenômeno da solvatação, que lhes acarr€ra au-mento de estabilidade.

I

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354 unidãdê 3 assunros comp ementaÌes

Então, um colôide liófilo aumenta a esta.biÌidade de um coÌóide ìiófobo. PoÌ isso, é de-nominado co Li ide p rctetor.

São muitos os exeÍnplos de colóides píotetores:. A tinta nanquim é um colóide liófobo insúv€l, protegida por um colóide âquoso de gela-

tlna.. Na fabricação de filmes fotográficos, o AgBr é estabilizado por gelatina na foÍÍna gel.. No leite, a manteiga que está disp€rsa na foÍma coÌoidal é estabilizada pela caseina.. Nas maion€s€s, a g€ma de ovo constitui um colôide pÍotetor que estabiliza a emulsão do

azerte e vlnâgre.. A claÍa de ovo atua como estabilizante dos comDl€xos sistemas coloidais oue formam o!

sorvetes cremosos.

f,42) ElelÌoforele é:a) a nedida da conslair€ dieìéirica de u6 sohente.b) a prcd!ção de conenle eletlica, a paíiÌ de una

c) o lÌanspoÍe elétrico por nicelar de uÌna solutào

d) a deconDosigão de una sübstância peÌa conent€

ÍAi) Quando un colóide apÌsenta o fenôneno de etafoÍese, podenos concìut qüe sd paíídlas:a) eíão solvatrìdâs. d) úo pouco esr.ireis.

b) sol.d) p€clização.

E apÌes4Ìm môv'nenÌo

XA4) Qüal dãs idades abaixo é coNtlüída por tÌto colóids?â) Ldte, tuna9a, nebÌina.b) r-tir, fumaçâ, óleo diesel.0 lunaça, nebìina, gasoliía.d) Celalim, neblina, doreto de sódio.ê) Ìomcha, coÌa. açúcd.

EÁ5) Ponto is0elétdco de um colóide é aquele no qual,em condÌõe! de eler'ólisela) não ocoÍe úênryoíe elérrico.

ffi EÌ(ercíclos de oqendizogem WEAI) O none que s dá ao sìstenã coìoidaÌ de u dispq

so stjlido ,nn dllperytte líquída, de nodo que oshtena não tone uÍÌa foma definida, é:

b) d niceld losilivas vão paa o ânodo e as Ìnice-las nesêlivas vão pârâ o cálodo.

c) as micelas aÌiônìcd vão para o pólo nesalivo.d) as nicólar catiônicas vão para o pólo posiÍvo.

lAó) CoÍì rcíeÌência às anmações abaüo, Asiiah â al

I) Uma solü9ão sei diluidâquando a qDaiiidâdede solulo ior srande en ftÌâÉo ao soìven&.

II) Qüãldo aprcmtaÌ o eleito Thyndal, una so,luÉo seÌá coìoidal.

Ill) Uma solução sÌá la!Ìo mâis ácida quú1o nsror o valor de pOH.

a) Sonefte a afr mÌa9ão I é verdâdenâ.h) Sonent€ a atrÌnagão II é ve'dadeira.c) SoÍnenle a afimação III é vedâdein.d) Sonenle ar âfiÌmações I e Il são vsdadenas.e) Somente as afimções II e III são leidãdeiÍar.

EA7) A canctükti€ qüe melhor difeÌeÍciâ soluções verdadeiG de dispeõões coloidâis e de süspensões é:a) aÉo da sravidãde $obÍe ar panicular.h) üsibÍidade das paíicuÌas ao

'nicÍoscópio co-

c) ação de ffto comun iobre tr panidlas.dl dineneão dar pâÌiiold.cl âção de ullracentÍifusadores sobE ãs paíícuìãs.

EA8) En una enulsão, a lde diryeÌsa c a fas dispeõan-k sã0, respectìvam4re:a) sólida e sóìidâ. d) sólida e líquida.b) liquida e sólìda. e) ìíquida e liqüida.c) casosa e casos.

Com 2 2,8 g de As?S3 prepãB s 1 lirm da soluçã0 c0l0idal dêssa subíânsia. 0 sisréma oblido ãprcsenta FrcssàoosÌiólica iqmla 7,ô mmHq a 2i!C.0ulo númso de moléculas de As,S3 que c0nstituem a miceta d0 cotóide oblid0?(0adosS=32:Âs-75.ì

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