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UNI-ANHANGUERA - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS
CURSO DE AGRONOMIA
TESTE DE GERMINAÇÃO E TETRAZÓLIO EM SEMENTES PELOTIZADAS DE
Brachiaria brizantha (cv. Marandú) e Panicum maximum (cv. Mombaça).
AURIANA GONÇALVES CARNEIRO
GOIÂNIA
Novembro/2014
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AURIANA GONÇALVES CARNEIRO
TESTE DE GERMINAÇÃO E TETRAZÓLIO EM SEMENTES PELOTIZADAS DE
Brachiaria brizantha (cv. Marandú) e Panicum maximum (cv. Mombaça).
Trabalho de Conclusão de curso apresentado ao curso de Agronomia do Centro Universitário de Goiás, Uni-ANHANGUERA, sob a orientação da Dra. Luciana Domingues Bittencourt Ferreira como requisito parcial para a obtenção do titulo de Bacharel em Agronomia.
Goiânia
Novembro/2014
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TERMO DE APROVAÇÃO
AURIANA GONÇALVES CARNEIRO
TESTE DE GERMINAÇÃO E TETRAZÓLIO EM SEMENTES PELOTIZADAS DE
Brachiaria brizantha (cv. Marandú) e Panicum maximum (cv. Mombaça).
Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Agronomia do Centro Universitário de Goiás - Uni-
ANHANGÜERA, defendido e aprovado em 12/11/2014 pela banca examinadora constituída por:
4
DEDICATÓRIA
À minha família, pоr sua capacidade dе acreditar еm
mіm е investir еm mim. Mãe, sеu cuidado е dedicação
fоі que deram, еm alguns momentos, а esperança pаrа
seguir. Pai, sυа presença significou segurança е certeza
dе quе não estou sozinha nessa caminhada.
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AGRADECIMENTOS
Quero agradecer primeiramente a Deus, por ter me
concedido forças e me proporcionado saúde e sabedoria
no decorrer dos anos para alcançar o meu objetivo.
Agradeço também ao LAS Conceito Agronômico por ter
me proporcionado a oportunidade de realizar o
experimento. A todos os professores e meus colegas e
amigos de classe, que estiveram sempre unidos esses
quatros anos de curso. Por fim agradeço a Uni-
ANHANGUERA, Centro Universitário de Goiás pela
oportunidade de conferir-me o título de bacharel em
Agronomia.
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“Tenho a impressão de ter sido uma criança brincando à beira-
mar, divertindo-me em descobrir uma pedrinha mais lisa ou uma
concha mais bonita que as outras, enquanto o imenso oceano da
verdade continua misterioso diante de meus olhos”.
Isaac Newton
7
RESUMO
O presente trabalho teve o objetivo de avaliar a variação de germinação e de vigor, por meio do teste de germinação e do teste de tetrazólio em sementes pelotizadas em espécies de Brachiaria brizantha e Panicum maximum. O experimento foi realizado no Laboratório de Análise de Sementes Conceito Agronômico localizado em Goiânia-GO. Foram analisados por meio do teste de tetrazólio e o teste de germinação nove lotes de sementes, sendo cinco do gênero Brachiaria cv. Marandu e quatro do Panicum cv. Mombaça, de diferentes origens. As sementes foram recebidas puras e já pelotizadas. O método estatístico usado foi de blocos inteiramente casualizados com quatro repetições cada. Os tratamentos que mais diferiram entre si foi os tratamentos 01 de Brachiaria brizantha que obteve 57% de germinação de 67% de vigor no teste de tetrazólio e de Panicum maximum foram os tratamentos 01 que teve 49,25% de germinação e 77% de vigor e o tratamento 03 que apresentou 60,25% de germinação e 81% de vigor no teste de tetrazólio. E os melhores tratamentos foram o tratamento 02 de Brachiaria brizantha que teve 90% em ambos os testes e o tratamento 04 de Panicum maximum que teve 88% de germinação e 89% de vigor, os quais não se obtiveram diferença significativa entre os testes realizados e obtendo o resultado esperado. PALAVRAS-CHAVE: Capim Colonião. Brachiarão. Vigor. Dormência.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 9
2 REFERENCIAL TEÓRICO 11
2.1 Gênero Brachiaria e Panicum 11
2.2 Análise de Sementes 11
2.3 Teste de Germinação 12
2.4 Teste de Tetrazólio 13
3 MATERIAL E MÉTODOS 15
3.1 Caracterização do Experimento 15
3.2 Procedimento para Realização do Teste de Germinação 15
3.3 Procedimento para Realização do Teste de Tetrazólio 17
4 RESULTADO E DISCUSSÃO 20
5 CONCLUSÕES 22
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 23
9
1 INTRODUÇÃO
No Brasil, até a década de 70, a expansão de áreas utilizadas para formação de
pastagens cultivadas era pouco expressivas, principalmente pelo fato de que o plantio das
gramíneas, na maioria das vezes, era feito por meio de propagação vegetativa. Portanto, a
utilização de sementes, por ser um método mais barato e fácil de implantar, veio acelerar esse
processo (SELMA; LOBATO, 1984).
No começo do ano de 1990, o Brasil se tornou o maior produtor e consumidor
mundial de sementes de forrageiras cultivadas, passando da condição de importador para a de
exportador de sementes (SOUZA; CARDOSO, 1995). Dentre as gramíneas forrageiras,
destacam-se os gêneros Brachiaria e Panicum com expressivas áreas de cultivo nas diversas
regiões do Brasil.
Todavia segundo Seiffert (1995), na década de 90 o uso de sementes de baixa
qualidade foi considerado como sendo principal fator no insucesso na formação de áreas de
pastagens. E, segundo Oliveira et al. (2000), pastagens mal formadas e mal manejadas
apresentam baixa longevidade de uso, causando a degradação resultando uma perda
econômica e tornando-se um sistema inviável e insustentável. A busca por sementes com
maior padrão germinativo tem feito com que muitas empresas efetuem o beneficiamento das
sementes por meio de revestimento.
O revestimento consiste na pelotização de sementes com sucessivas camadas de
material seco e inerte, em movimento constante sobre uma betoneira, dando a elas o formato
arredondado, maior massa e acabamento liso. O que facilita a distribuição e o manuseio das
sementes, especialmente daquelas muito pequenas, pilosas, rugosas ou deformadas, além de
reduzir custos de implantação devido ao menor gasto com sementes. Somando a isto, há ainda
a possibilidade de incorporação de nutrientes reguladores de crescimento e outros
agroquímicos durante o processo de pelotização, podendo constituir melhoria na sanidade das
sementes e no estabelecimento das futuras plântulas (SILVA; NAKAGAWA, 2002).
O processo de pelotização, formando a pelota pode, entretanto, afetar a germinação
das sementes, formando uma barreira, dificultando assim a emissão da radícula
(NASCIMENTO et al., 2009; SILVA; SANTOS; NASCIMENTO, 2002) e a absorção de
água e oxigênio, causando geralmente, o atraso no processo de germinação (FRANZIN et al.
2004). A camada de pelota além de barreira física reduz a intensidade luminosa que chega à
semente durante a fase de germinação.
10
Vários estudos têm demonstrado que sementes nuas de várias espécies, germinam
mais rápido do que as sementes pelotizadas. (FRANZIN et al., 2004; OLIVEIRA et al., 2003;
SAMPAIO; SAMPAIO, 1994; SANTOS et al., 2010). Em condições inadequadas, as
sementes pelotizadas perdem mais rapidamente a viabilidade (ROOS, 1979; NASCIMENTO
et al. 1993), o que implica em cuidado maior no seu armazenamento e manuseio,
principalmente após a abertura das embalagens, se impermeáveis.
Para HATHCOCK; DERNODEN (1984), a vantagem dada pela prática do
revestimento de sementes é o fornecimento de condições de sobrevivência a cada uma das
sementes, melhorando o microambiente específico onde ocorrerá a germinação e o
desenvolvimento das plântulas. Outra vantagem citada por EDIE (1997) é a redução dos
operadores à exposição aos pesticidas, facilidade no manejo do tratamento quanto às
quantidades de produto, e a adição de peso as sementes melhorando o contato semente-solo,
quando se utiliza sementes revestidas.
Diante disso, este trabalho teve por objetivo avaliar, em laboratório, a germinação e o
vigor de sementes pelotizadas de Brachiaria brizantha e Panicum maximum.
11
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Gênero Brachiaria e Panicum
Gramíneas do gênero Brachiaria são cultivadas em áreas do cerrado desde a década
de 1950, porém sua expansão ocorreu por volta dos anos 70 e 80 e hoje ocupa cerca de 50%
das áreas de pastagens cultivadas no Brasil Central (OLIVEIRA, 2000). A Brachiaria é de
origem africana e caracteriza-se por apresentar plantas robustas, porte elevado, coloração
verde intensa, habito de crescimento cespitoso e possui boa aceitação tanto por equinos
quanto por bovinos, constituindo numa opção promissora para utilização nas fases de
desmama e engorda (ANDRADE; LEITE, 1988).
O aumento da área de pastagens formadas, no Brasil, com gramíneas do gênero
Brachiaria, causou um aumento proporcional na produção e comercialização de suas
sementes. Entretanto, a qualidade das sementes produzidas destas espécies é variável e os
investimentos em pesquisa nesta área são escassos (DIAS et al. 2008a). Dentre várias espécies
está o Brachiaria brizantha cv. Marandu. Este foi lançado em 1984, pela Embrapa Gado de
Corte e pela Embrapa Cerrados. Possui boa adaptação climática, boa tolerância a
sombreamento, ao fogo, ao frio e ainda boa resistência à cigarrinha das pastagens. É
considerada de bom valor nutritivo, boa redutora de massa verde e grande produtora de
sementes viáveis e não tolera solos encharcados.
O capim Panicum maximum Jacq. é originário da África tropical sendo considerado
como capim pioneiro em áreas recém abertas (JANK, 1995). Apresenta alta produtividade e
ampla adaptabilidade. É uma espécie cespitosa, requerendo por isso cuidados no manejo e um
bom conhecimento da fisiologia e estrutura da espécie (RODRIGUES; REIS, 1995). A
propagação deste capim se dá principalmente por meio de sementes e o Brasil é um produtor,
consumidor e exportador de destaque dessas sementes. Porém, a qualidade das sementes
produzidas geralmente é duvidosa (DIAS et al. 2008). Diante disto, o Centro Nacional de
Pesquisa de Gado de Corte (CNPGC), da Embrapa, em conjunto com diversas instituições,
lançaram os cultivares Tanzânia-1 e Mombaça, respectivamente em 1990 e 1993.
2.2 Analises de sementes
Quando comparado a implantação de pasto por mudas, a formação de pastagens com
sementes pode ser considerada um método de menor custo e maior agilidade operacional e
12
qualidade de serviços. Assim torna-se importante a utilização de sementes de boa qualidade,
com alta porcentagem de germinação e vigor (LAGO; MARTINS, 1988).
Muitos produtores e tecnologistas, há anos, vêm manifestando insatisfação com a
resposta do teste padrão de germinação, prescrito nas Regras para Análise de Sementes
(R.A.S.) para Panicum maximum. Este fato é atribuído ao teste de tetrazólio que acusa, de
modo invariável, porcentagem de viabilidade superior a de germinação. Das suposições
levantadas uma se refere à presença de dormência, que nem sempre é superada pelos métodos
estabelecidos pela R.A.S. (BRASIL, 1985).
De acordo com Silva; Nakagama (1998), pelotização é a aplicação de um revestimento
rígido e seco que visa modificar individualmente o formato e o tamanho das sementes,
tornando-as esféricas. Esse tratamento tem diversas vantagens nos processos de semeadura
manual e mecânica, na aplicação de pequenas quantidades de nutrientes, reguladores de
crescimento e inoculantes e também como veículos para aplicação de inseticidas, fungicidas e
repelentes de pássaros.
2.3 Teste de Germinação
O teste de germinação é um método direto de avaliação da qualidade da semente, pois
possibilita observar quais sementes darão origem a uma plântula normal em condições
favoráveis (DIAS; ALVES, 1998). É um método padronizado e prescreve condições
específicas de temperatura, luz, umedecimento e tipo de substrato, métodos de superação de
dormência, datas e métodos de avaliação de germinação. Desta maneira, o teste permite a
obtenção de resultados reproduzíveis e comparáveis entre laboratórios, o que o tornou de uso
generalizado na avaliação da qualidade fisiológica das sementes (MARCOS FILHO et al.
1987).
É o teste tradicionalmente mais usado para avaliação da qualidade de lotes de
sementes. Quando devidamente conduzido confere uma medida da viabilidade e indica o
potencial fisiológico do lote em questão, ele determina a proporção de sementes vivas e
capazes de produzir plântulas normais. É conduzido em condições ideais de temperatura,
umidade e luminosidade, permitindo assim que a semente expresse seu potencial máximo de
produção (ISTA, 2013).
Os métodos de análise em laboratório, efetuados em condições controladas, de alguns
ou de todos os fatores externos, têm sido estudados e desenvolvidos de maneira a permitir
uma germinação mais regular, rápida e completa das amostras de sementes de uma
13
determinada espécie. Podendo ser usado para se comparar o desempenho de diferente tipo de
lotes e estimar o valor para semeadura em campo (BRASIL, 2009).
Uma semente revestida é considerada germinada se produzir uma plântula normal,
plântulas que não pertence à espécie relacionada ao trabalho, mesmo sendo normais, não
devem ser incluídas na porcentagem de germinação, mas seu numero deve ser informado
separadamente. O teste de germinação deve ser realizado com sementes provenientes da
fração de sementes puras da análise de pureza.
2.4 Teste de Tetrazólio
Do ponto de vista fisiologico, os estudos de viabilidade são eficientes para se conhecer
eventos importantes do tempo de vida da semente, das mudanças deteriorativas e da morte da
semente (BASU, 1995). Podendo também ser usado para avaliar o vigor, determinar a
viabilidade das sementes após tratamentos pré-germinativos, danos por secagem, por insetos e
por umidade bem como, para detectar danos mecânicos de colheita e/ou benefeciamento.
Também pode ser usado para determinar a viabilidade de sementes individuais, ao final de um
teste de germinação, especialmente quando existe suspeita de dormência, para detectar a
presença de sementes pré-germinadas e para resolver problemas encontrados em um teste de
germinação, como quando as razões para as anormalidades de plântulas, não são claras
(ISTA, 2004).
Para a realização do teste de tetrazólio, as sementes são embebidas em uma solução
incolor de 2,3,5 trifenil cloreto ou brometo de tetrazólio que é usada como um indicador para
revelar o processo de redução que acontece dentro das células vivas. Neste processo, os íons
de hidrogênio liberados durante a respiração dos tecidos vivos são transferidos por um grupo
de enzimas, particularmente, a desidrogenase do ácido málico, e interagem com o tetrazólio, o
qual é reduzido a um composto vermelho, estável e não difusível chamado de trifenil
formazan. Como esta reação se processa no interior das células vivas e o composto não se
difunde, há nítida separação dos tecidos vivos e coloridos que respiram, daqueles mortos e
que não colorem (BRASIL, 2009).
Um fator importante que deve ser levado em consideração na avaliação da viabilidade
de sementes é o tempo de execução do teste. Neste sentido, Barton (1985) e Krzyzanowski;
França-Neto (1991) mencionaram que em função da rapidez para realizar o teste de tetrazólio,
é possivel previnir a comercialização de lotes de baixa qualidade fisiológica. Com realaçao ao
14
tempo de embebição, períodos de condicionamento muito curtos podem não proporcionar
significativo sucesso ao tratamento, enquanto períodos muitos longos podem promover a
germinação de sementes durante o tratamento ou prejudicar o vigor das sementes, fênomeno
conhecido como overpriming (NASCIMENTO; COSTA, 2009).
15
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Caracterização do experimento
O experimento foi realizado no Laboratório de Análise de Sementes Conceito
Agronômico, no município de Goiânia/GO entre os meses de julho e agosto de 2014. As
sementes de Brachiaria brizantha cv. Marandú e de Panicum maximum cv. Mombaça foram
fornecidas pela ABRASEM, já puras e pelotizadas. O método estatístico usado foi de blocos
inteiramente casualizados, com quatro repetições cada.
3.2 Procedimento para Realização do Teste de Germinação
O teste de germinação foi iniciado no dia 03 de setembro de 2014, realizado com
tratamento para quebrar a dormência com solução de NO3 à 0,2%, com quatro repetições de
100 para cada tratamento, colocadas para germinar sobre substrato de papel mata-borrão (tipo
Germibox) umedecidas com quantidade de água equivalente a 2,5 vezes o peso do substrato
seco, no interior das caixas transparentes tipo gerbox e levadas a câmara de fotoperíodo tipo
Biological Organism Development (BOD), com variação de temperatura de 20º/35ºC.
A temperatura para a germinação de sementes apresenta grande influência tanto na
porcentagem final de germinação como também na velocidade do processo germinativo. A
temperatura influencia ainda na absorção de água pela semente e as reações bioquímicas que
regulam o metabolismo necessário para iniciar o processo de germinação (CARVALHO;
NAKAGAWA, 1988).
A indicação das Regras para Análise de Sementes é de até, 21 dias para
complementação do teste de germinação de Brachiaria brizantha e de 28 dias para Panicum
maximum. (BRASIL, 2009), tendo então, finalização no dia 24 de julho de 2014 e 31 de julho
de 2014. Todos os tratamentos foram molhados com 5 ml de água na sequência de cinco dias
para obter melhor condições para germinação. O retardamento da germinação da semente
pode ser de uma a dois dias para sementes pelotizadas (ROSS; MOORE III, 1975) até 20 dias
ou mais (SACH et al., 1981; SACH et al., 1982), mas geralmente são obtidas taxas de
germinação final semelhantes à germinação das sementes nuas.
As avaliações foram realizadas de sete em sete dias após a semeadura conforme as
Regras para Análise de Sementes - RAS (BRASIL, 2009). Ao termino do teste, as sementes
não germinadas foram submetidas ao teste de tetrazólio (BRASIL, 2009) a fim de determinar
16
a taxa de dormência e sementes mortas. No decorrer do experimento foram utilizados
materiais e métodos típicos de laboratórios para analises de sementes conforme mostra a
Figura 1 e 2.
Figura 1 Passo a passo do procedimento do teste de germinação: A - preparo das pelotas por tratamento, quatro repetições com 100 sementes cada; B - Distribuição das pelotas nos gerbox; C - visualização das Pelotas no gerbox; D - umedecimento das sementes.
A B
D C
A B
17
Figura 2 Avaliação do teste de germinação: A - câmara B.O.D de fotoperíodo; B – visualização de plântula normal; C - germinação de Brachiaria brizantha aos 7 dias; D - germinação de Panicum maximum aos 7 dias
3.3 Procedimento para Realização do Teste de Tetrazólio
No presente trabalho foi utilizado a concentração de 0,5% para ambas as espécies de
forrageiras. Para facilitar a absorção da solução de tetrazólio, um pré-umedecimento é
necessário para algumas espécies e altamente recomendado para outras. Para a realização do
pré-umidecimento foram colocadas, 24 horas antes, sobre papel mata-borrão umido. Sementes
pré-umedecidas são geralmente menos susceptíveis a danos, durante o seu preparo para o
teste, do que sementes secas e podem ser cortadas ou perfuradas mais facilmente para expor o
embrião à ação do tetrazólio. A coloração é mais uniforme, permitindo uma avaliação mais
fácil (BRASIL, 1992).
Após esse período, foram lavadas para retirar a camada polimerizada, como mostra a
Figura 2. em seguida foi utilizado bisturi para fazer o corte da semente, para deixar o embrião
livre para entrar em contato com a solução. As sementes foram colocadas em solução de
tetrazólio á concentração de 0,5%, e foram colocadas em ambiente de 40ºC para expor o
embrião à coloração por 2 horas como recomenda BRASIL (2009), e em seguida foi feita a
leitura, com o auxílio da lupa. Como mostra a Figura 3.
D C
19
Figura 3 Passo a passo do procedimento do teste de tetrazólio: A – lavagem das sementes para retirada do revestimento; B – Sementes antes de serem lavadas; C – Sementes após lavadas, sendo cortadas; D – Embrião bem visualizado; E – Sementes embebidas na solução de sal de tetrazólio; F- Sementes a serem separadas em viáveis e não viáveis; G- Sementes separadas e visualizadas sobre lupa de aumento de 8x.
20
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O teste de separação, apresentado na Tabela 1, mostra que dentro as amostras de
Brachiaria brizantha, somente o Tratamento 01, que teve 57% de germinação e 67% de vigor
tem diferença significativa entre os demais, de acordo com o teste de Scott-Knott, a 5% de
grau de significância e os demais tratamentos não diferiram entre sí. E que o melhor
tratamento foi o Tratamento 2, que obteve 90% tanto no teste de germinação, quanto no teste
de tetrazólio.
Tabela 1. Comparativo de Brachiaria brizantha em Teste de Germinação e Teste de Tetrazólio
Tratamentos Teste de Germinação (%) Teste de Tetrazólio (%) Trat. 01 Trat. 02 Trat. 03 Trat. 04 Trat. 05
57 b 90 a
88,25 a 79,25 a 78,5 a
67 b 90 a 86 a 89 a 87 a
Médias seguidas da mesma letra minúscula nas colunas não diferem estatisticamente entre sí a 5% de probabilidade pelo teste de Scott-Knott.
Já como mostra abaixo na Tabela 2, o gênero Panicum maximum obteve dois
tratamentos que diferiram significativamente de acordo com a análise estatística, sendo eles o
Tratamento 01, que no teste de germinação teve 49,25% e no teste de tetrazólio teve 77% de
vigor e o Tratamento 03, que apresentou 60,25% de germinação e 81% de vigor. E o melhor
tratamento dentro desta espécie foi o Tratamento 04 que apresentou 88% de germinação e
89% de vigor.
Tabela 2. Comparativo de Panicum maximum em Teste de Germinação e Teste de Tetrazólio Tratamentos Teste de Germinação(%) Teste de Tetrazólio
Trat. 01 Trat.02 Trat. 03 Trat. 04
49,25 b 82,5 a
60,25 b 88 a
77 b 86 a 81 b 89 a
Médias seguidas da mesma letra minúscula nas colunas não diferem estatisticamente entre sí a 5% de probabilidade pelo teste de Scott-Knott.
CICERO (1986) relatou que existem evidências de que sementes de Panicum spp. e de
Brachiaria spp. apresentam combinação de causas, quais sejam: embriões imaturos,
impermeabilidade a gases e inibidores de germinação. Para distintas causas, distintos métodos
também são utilizados para obter germinação rápida.
21
De acordo com Kageyama & Pinã-Rodrigues (1993), a temperatura, a luz, a umidade
do solo e a nutrição mineral são os principais fatores ambientais responsáveis pelas variações
na produção de sementes. Segundo os autores a produção pode ser afetada ainda pelo balanço
hormonal, predação e colheita.
KITTO E JANICK (1985) testando o efeito do encapsulamento na germinação de
sementes de alface, chicória, tomate e cebola, verificaram que houve atraso de um a dois dias
no período da emergência, porém não afetou o estande final e nem a produção, como no
presente trabalho, que não houve atraso no período de emergência das plântulas.
22
5 CONCLUSÕES
Pode-se concluir que dentro da espécie de Brachiaria Brizantha o melhor tratamento
foi o Tratamento 02, o qual apresentou 90% de germinação e 90% de tetrazólio, e somente um
tratamento diferenciou estatisticamente dos demais, que foi o Tratamento 01, o qual se obteve
57% de germinação e 67% de vigor. Dentro da espécie de Panicum maximum o melhor
Tratamento foi o 04, o qual apresentou 88% de germinação e 89% de vigor, e somente dois
tratamentos diferenciaram estatisticamente dos demais, que foi o Tratamento 01, o qual se
obteve 49,25% de germinação e 77% de vigor e o Tratamento 03, o qual se obteve 60,25% de
germinação e 81% de vigor.
A pelotização não apresentou nenhum fator negativo para a germinação, e nem atraso
para emissão de radículas.
23
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DECLARAÇÃO E AUTORIZAÇÃO
Eu, Auriana Gonçalves Carneiro, endereço eletrônico [email protected],
declaro, para os devidos fins e sob pena da lei, que o Trabalho de Conclusão de Curso:
TESTE DE GERMINAÇÃO E TETRAZÓLIO EM SEMENTES PELOTIZADAS DE
Brachiaria brizantha (cv. Marandú) e Panicum maximum (cv. Mombaça) é de minha
exclusiva autoria.
Autorizo o Centro Universitário de Goiás, Uni - ANHANGUERA a disponibilização
do texto integral deste trabalho na biblioteca (consulta e divulgação pela Internet), estando
vedadas apenas a reprodução parcial ou total, sob pena de ressarcimento dos direitos autorais
e penas cominadas na lei.
Goiânia (GO), 12 de Novembro de 2014
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TESTE DE GERMINAÇÃO E TETRAZÓLIO EM SEMENTES PELOTIZADAS DE Brachiaria brizantha (cv. Marandú) e Panicum maximum (cv. Mombaça).
CARNEIRO, Auriana Gonçalves¹; FERREIRA, Luciana Domingues Bittencourt²
¹ Aluna Auriana Gonçalves Carneiro do Curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Goiás – Uni-ANHANGUERA. ² Professora Orientadora Dra. Luciana Domingues Bittencourt
Ferreira, do Curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Goiás – Uni-ANHANGUERA.
O presente trabalho teve o objetivo de avaliar a variação de germinação e de vigor, por meio do teste de germinação e do teste de tetrazólio em sementes pelotizadas em espécies de Brachiaria brizantha e Panicum maximum. O experimento foi realizado no Laboratório de Análise de Sementes Conceito Agronômico localizado em Goiânia-GO. Foram analisados por meio do teste de tetrazólio e o teste de germinação nove lotes de sementes, sendo cinco do gênero Brachiaria cv. Marandu e quatro do Panicum cv. Mombaça, de diferentes origens. As sementes foram recebidas puras e já pelotizadas. O método estatístico usado foi de blocos inteiramente casualizados com quatro repetições cada. Os tratamentos que mais diferiram entre si foi os tratamentos 01 de Brachiaria brizantha que obteve 57% de germinação de 67% de vigor no teste de tetrazólio e de Panicum maximum foram os tratamentos 01 que teve 49,25% de germinação e 77% de vigor e o tratamento 03 que apresentou 60,25% de germinação e 81% de vigor no teste de tetrazólio. E os melhores tratamentos foram o tratamento 02 de Brachiaria brizantha que teve 90% em ambos os testes e o tratamento 04 de Panicum maximum que teve 88% de germinação e 89% de vigor, os quais não se obtiveram diferença significativa entre os testes realizados e obtendo o resultado esperado. PALAVRAS-CHAVE: Capim Colonião. Brachiarão. Vigor. Dormência.