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(Página 9)
Uma Revista Cristã - Grátis
Número 15
Esta revista é para distribuição gratuitae não pode ser vendida
ÍndiceCarlota e o comerciante . . . . . . .capaEditorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3As bem-aventurançasBem-aventurados os mansos . . . . .4
Seção para os paisA vida com um alcoólatra
Capítulo 12a . . . . . . . . . . . . . .15
História bíblica:Os irmãos de José vão ao Egito . . .18
ReceitaCookies de melado de cana . . . . .23
Seção para os jovensA busca do contrabandista
Capítulo 6 . . . . . . . . . . . . . . . . .24
Seção para as criançasA boneca de aveia . . . . . . . . . . . . .30Atividade para crianças . . . . . . . . .34 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .O que os dólares não podem comprar . . . . . . . .Contracapa
Conselho Diretor:Eugenio Heisey
Duane Nisly
Marcos Yoder
Pablo Schrock
Noah Schrock
Hugo Valverde
Jesús Villegas
Sanford Yoder
EditoresDuane Nisly
Teodoro Yoder
La Antorcha de la Verdad
Apartado Postal #15
Pital de San Carlos
Costa Rica, C. A.
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Boituva-SP-Brasil
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(15) 3264-1402
Impresso no Brasil pela Igreja Bíblica Anabatista com autorização expressa da Publi-cadora La Merced. Todos os direitos reservados
A PUBLICADORA LA MERCED é uma organização sem fins lucrativos que tem oobjetivo de divulgar o evangelho, de propagar a doutrina bíblica e saudável e de apresentar conselhos práticos para a vida cristã em países latino-americanos.
Prezado leitor:
Fiquei impressionado ao refletir sobre o capítulo cinco do livro do profeta
Amós. Seu enfoque é “buscar ao Senhor”. No versículo quatro, lemos: “Buscai-
me, e vivei.” Em seguida, no versículo 6, Amós diz em sua profecia: “Buscai ao
Senhor”. Logo, volta a fazer a mesma súplica no versículo oito, ao dizer:
“Procurai o que faz o sete-estrelo e o Órion...”. Deus queria usar a Amós para
despertar seu povo do sono espiritual. Era uma chamado ao arrependimento.
O povo havia deixado de seguir os caminhos de Deus. Havia adotado os
costumes e crenças dos incrédulos ao seu redor. Embora dissessem ser o povo
de Deus e cressem estar lhe servindo, havia aceitado uma adulteração da
verdade. Havia mesclado sua adoração a Deus com a adoração aos ídolos. Isso
era uma grave abominação a Deus, e ele não podia tolerá-la. No versículo
cinco, diz-lhes que não devem buscar em Betel, nem em Gilgal, nem em
Beerseba. O povo de Israel cria que podia buscar a Deus e, ao mesmo tempo,
aos deus dos povos vizinhos. Mas o deus que se adorava em Betel não era o
Deus verdadeiro. Buscar esse deus era afastar-se do Deus verdadeiro. Amós
faz um chamado de volta ao Deus verdadeiro, e de arrependimento. Ele faz
um chamado a buscar aquele que é o único e verdadeiro Deus.
O que significa buscar a Deus? O profeta Isaías disse assim: “Inclinai os
vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá” (Isaías 55:3).
Buscar a Deus como Amós o apresenta significa um ter um ouvido pronto a
escutar o que ele diz. Significa um coração que anela cumprir somente sua
vontade. Significa uma pessoa que recusa as ofertas do mundo, e somente se
inclina ante o Deus verdadeiro.
Quantos dos chamados cristãos de hoje em dia têm ido a Betel ou a
Gilgal para buscar a Deus? Quantos têm permitido que o mundo influencie
seus pensamentos e decisões? Alguém certa vez disse: “Antes, minha igreja
não permitia jamais o divórcio e um novo matrimônio. Agora que me
reconciliei com Deus, dizem que não há problema que eu viva com um
segundo esposo. Mas…”
Deus diz: “Buscai-me e viveis, e não busqueis em outra parte”.
Duane Nisly
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“Bem-aventurados os mansos,porque eles herdarão a terra” (Mateus 5:5).
Nessa manhã, no monte, en-quanto tais palavras brotavam do co-ração de Jesus, a multidão o ouviaatentamente. Pela primeira vez, ou-viam palavras muito estranhas: “Bem-aventurados os pobres de espírito...bem-aventurados os que choram...”,e agora, “bem-aventurados os man-sos”. O que esse novo rabi queriadizer? As pessoas daquela multidão ti-nham sido moldadas segundo as tra-dições de seus pais. Tradições comoolho por olho e dente por dente; ama-rás a teu próximo e aborrecerás a teuinimigo. As pessoas na multidão ti-nham aprendido dos fariseus a buscarsua própria honra e a exibir suas boasobras como méritos diante dos ho-mens. Para tais pessoas, esses ensina-
mentos que escutavam de Jesus agorapareciam muito estranhos.
O que Jesus quis dizer com“bem-aventurados os mansos?” Amansidão é uma disposição do espí-rito, primeiramente para com Deuse, em seguida, para com os homens.É a disposição de aceitar o trato deDeus conosco como bom, de ma-neira que não o questionamos nemresistimos.
Há numerosas escrituras queconfirmam que a mansidão é umavirtude cristã elemental na obediên-cia a Cristo (leia-se Efésios 4:1, 2 eMateus 11:28-30). Vejamos mais am-plamente o que implica a mansidãona vida do cristão.
Mansidão significa controleMansidão significa controlesobre os pensamentos,sobre os pensamentos,conduta e atitudes.conduta e atitudes.
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Byron de la Rosa
A s
Bem-aventurados os mansosMateus 5:5
Bem-aventuranças
Pensemos no exemplo de umanimal que foi domado de maneiraque possa obedecer a ordens. Anali-semos o exemplo de um boi ou umcavalo, e apreciemos a grande mu-dança que ocorre em seu comporta-mento sob a mão do domador.Quando o animal já amansado sentea corda cingir seu pescoço, imediata-mente se detém e manifesta uma ati-tude de sossego. Emboradesconheça o que o homem querdele, e embora sofra interiormenteum choque de vontades, ele estimacomo melhor ação estar quieto.Dessa maneira, entrega sua vontadeà pessoa que tomou posse dele.
Provavelmente veremos no ani-mal certo nervosismo: sua pele secontrai até os lugares onde comu-mente não se sacode. Talvez vejamosinsegurança nos olhos e nas patasque se movem impulsivamente. Àsvezes, podemos notar desconfiança;o animal se move de um lado aoutro, e tem medo da mão que tentaacariciá-lo.
O animal amansado, emborasofra tais comoções internas, nãofoge. Pelo contrário, demonstra su-jeição e sossego, entregando suavontade e ações à vontade do que odomou.
Esse exemplo nos ensina que amansidão não é o resultado da fra-
queza ou incapacidade do animal. Napessoa, a mansidão é o resultado deum poder espiritual que capacita oindivíduo para dominar e sujeitar seupróprio caráter e natureza que se le-vanta contra a vontade do outro. Talpoder capacita o homem para querefreie o desejo de exaltar sua própriapessoa.
A mansidão é umA mansidão é umcomportamento que nascecomportamento que nasceda humildade.da humildade.
Para ser manso, é preciso de hu-mildade em, pelo menos, dois aspectos:
Primeiro, preciso de humildadeem meu conceito de mim mesmo.Refiro-me ao que considero que me-reço, e ao grau de amor que tenhopara mim mesmo.
O contrário do que foi dito noparágrafo anterior é o amor a Deuse às demais pessoas. Isso me leva aser sensível às necessidades dos de-mais e a colocar as mãos à obra para
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prover para suas necessidades.Assim, disponho-me a servir-lhes,considerando os demais como supe-riores. Recordemos o ensinamentodo lava-pés em João 13:1-17.
Em Romanos 12:3, o apóstoloPaulo nos insta a não ter um con-ceito mais alto de nós mesmos doque o que devemos ter. Por outrolado, nos aconselha que pensemos denós mesmos com prudência, con-forme a medida de fé que Deus re-partiu a cada um. De certa forma,isso me insta a ter um juízo corretode mim mesmo. Como cidadãos doreino de Deus, ninguém é mais nemmenos que outro. Todos participa-mos juntos como irmãos, comomembros da família de Deus. Todosherdaremos as promessas em CristoJesus. Pela mansidão, as herdaremos!
Segundo, necessito de humildadeno conceito que eu tenho de mimmesmo por causa dos bens materiaisque possuo ou dos privilégios quedesfruto.
Na igreja de Cristo, os bens ma-teriais, os privilégios, ou origens so-ciais não devem causardistanciamentos entre irmãos. Cadapessoa é útil graças aos dons queDeus lhe deu por meio do Espírito.Ele é quem capacita cada um para aobra que deve fazer. Dessa maneira,a capacidade provém de Deus e não
de nós mesmos, nem de nenhumhomem ou organização.
Tudo o que temos e somos, in-cluindo todo nosso ser: espírito,alma e corpo, nós recebemos deDeus. Pensar e proceder assim tam-bém é humildade. E tal humildadenos levará a um comportamentomanso que será recompensado comuma herança nos novos céus e novaterra (2 Pedro 2:13).
O apóstolo Paulo, em Filipenses4:12-13, disse: “Em todas as coisasestou instruído, tanto a ter fartura,como a ter fome; tanto a ter abun-dância, como a padecer necessidade.Posso todas as coisas em Cristo queme fortalece.” Essa expressão comu-nica uma grande mensagem espiritual:Quer tenha ou não bens materiais ouprivilégios, a capacidade para servir aDeus é a mesma. Nossa capacidadeespiritual não depende dessas coisas,e sim, da vontade e providência Di-vina, e da disposição de nosso cora-ção e atitudes. Assim a recebeu oapóstolo Paulo, e assim também ope-rou. Assim como ele morreu com aconfiança de que receberia a coroa davida como herança, nós também a re-ceberemos se permanecermos emCristo.
O Senhor Jesus Cristo nosO Senhor Jesus Cristo nosdeixou um verdadeirodeixou um verdadeiroexemplo de mansidão. exemplo de mansidão.
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Tal testemunho foi revelado aoapóstolo Paulo e escrito em Filipen-ses 2:5-8: “De sorte que haja em vóso mesmo sentimento que houvetambém em Cristo Jesus, que, sendoem forma de Deus, não teve porusurpação ser igual a Deus, Mas es-vaziou-se a si mesmo, tomando aforma de servo, fazendo-se seme-lhante aos homens; e, achado naforma de homem, humilhou-se a simesmo, sendo obediente até àmorte, e morte de cruz.”
Vemos aqui dois aspectos men-cionados anteriormente: Primeiro,Jesus não considerou o ser igual aDeus como usurpação. Dessa ma-neira, ele exaltou a Deus e nos mos-trou sua humildade. Segundo, Jesusprocurou o nosso bem a custa do seupróprio ao colocar-se na condição dehomem para servir-nos, ajudar-nos esocorrer-nos. Ele não levou em con-sideração sua procedência, nem oque tinha, nem o que era. Alémdisso, testemunhou que sua capaci-dade provinha de Deus. QuantoJesus não deixou para viver em hu-mildade e mansidão! Como recom-pensa, ele herdou a glória eterna.Agora vive em glória, e estará co-nosco por toda a eternidade.
Alguns conselhos de DeusAlguns conselhos de DeusO apóstolo Paulo também diz
em Filipenses 2:3-4: “Nada façais
por contenda ou por vanglória, maspor humildade; cada um considereos outros superiores a si mesmo.Não atente cada um para o que épropriamente seu, mas cada qualtambém para o que é dos outros.”Podemos compreender que toda aglória que procuramos é vã. No en-tanto, não é vã a busca do bem dopróximo e levar a glória a Deus. Por-tanto, exaltemos a Deus, estejamosatentos ao bem dos demais, tenha-mos um conceito de nós mesmos deacordo com a fé, e consideremos osdemais como superiores a nós mes-mos. Fazendo isso, estaremos colo-cando em ação uma vida demansidão.
O anterior tem suas recompensas.Em Jesus Cristo, temos um exemploexcelente de um homem manso querecebeu de Deus sua recompensa.“Por isso, também Deus o exaltousoberanamente, e lhe deu um nomeque é sobre todo o nome; para queao nome de Jesus se dobre todo o joe-lho dos que estão nos céus, e na terra,e debaixo da terra, e toda a línguaconfesse que Jesus Cristo é o Senhor,para glória de Deus Pai” (Filipenses2:9-11). Deus também nos recom-pensará se seguirmos o exemplo dehumildade e mansidão de Jesus.
A mansidão também é um frutodo Espírito. Capacita-nos a receber a
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Palavra em nossa vida (Tiago 1:21).Serve para ensinar a outros, a fim derestaurá-los de sua condição perdidae conduzi-los à salvação (Gálatas 6:1).Capacita-nos a suportar-nos com pa-ciência uns aos outros (Efésios 4:2).É necessária para conseguir um tes-temunho de boa conduta (Tiago3:13). E quando nos exigem razão daesperança que há em nós, a mansidãonos capacita para apresentar uma de-fesa eficaz (1 Pedro 3:15). Uma mu-lher pode mostrar mansidão atravésde seu caráter pacífico e amável, con-dição que lhe ajudará a ganhar seumarido para Cristo (1 Pedro 3:1).Deus é todo-poderoso, mas tambémfaz seu trabalho através de nós.
Se alguém pensa que a vida cristãé impossível, saiba que Deus forta-lece nossa vida interna para que re-sistamos às provas e permaneçamos
firmes. A entrega da vontade à von-tade de Deus, por sua vez, é o quepossibilita que Deus possa fazer suaobra em nós. Aquele que ama a Deusvai querer ser cada vez mais manso.
Se somos crentes, sabemos quefomos resgatados por aquele que,sendo Deus, veio a terra em mansi-dão. Então, por que ter um conceitoindevido de nós mesmos? Por quenão deixar coisas insignificantes emtroca dos privilégios celestiais quepodemos herdar? O manso tem aoportunidade de herdar a vida e viverna cidade e na morada que nossoamante Salvador tem preparado. Eassim como essa morada permane-cerá diante de Deus, assim permane-cerão os que não se rebelaram contraele... os mansos.
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RReessppooss ttaass :: AAtt ii vv iiddaaddee ppaarraa cc rr iiaannççaass
1. ciumento, Elisabete2. boneca, avental velho3. aveia4. companheira5. pia, escondeu, enterrou6. visto
7. família, caminhar, viçosa
8. forma9. crescido, revelar10. Sabei, pecado, achar
– Se tão somente eu pudesse ter a fé que você tem, estaria feliz;mas eu nasci ateu. Não posso olhar a Deus e ao futuro como você– disse o comerciante João, enquanto caminhava certa noite comseu amigo sob um guarda-chuva que os protegia da tempestade.
João, de trinta anos, era um ateu aparentemente endurecido emsua incredulidade. Todos o tinham como um caso perdido. Ne-nhuma razão penetrava seu duro coração.
Mas João tinha um amigo, também comerciante, que nuncahavia perdido as esperanças. Este amigo dizia: “Eu vou testemu-nhar ao João e orarei por ele até que eu morra; e acreditarei sempreque Deus pode levá-lo das trevas à sua maravilhosa luz.”
E assim, o senhor Hawkins confrontava João com a verdadesempre que conversava com ele. Naquela noite chuvosa, ele disse:
– Deus pode mudar um incrédulo, João. Ele tem mais poder sobreseu coração que você mesmo, e eu continuarei orando por você.
– Não tenho nenhum inconveniente com isso. Ver é crer, e vocêsabe disso. Eu estou pronto para qualquer milagre; mas digo quenão bastaria um pequeno milagre para me convencer. Vamos mudarde assunto. Tenho fome e a cidade está muito longe para ir até lánesta noite chuvosa. Aqui tem um restaurante; entremos.
Como estava quentinho e agradável o local, em comparaçãocom o ambiente chuvoso lá fora. Os dois comerciantes comeram ejá iam se levantar quando se ouviram os tons suaves e melodiososde um canto através da porta aberta; era a voz doce de uma menina.
– Que bonito! – exclamou João. – Que pureza nesses tons!– Saia daqui, sua bêbada! – gritou o garçom com voz forte
apontando para a porta.– Deixem-na entrar – replicou João.– Ela não tem permissão de entrar aqui, senhor – disse o gar-
çom - mas pode ficar na sala de conferências.– Bem, onde quer que seja, mas quero escutá-la – respondeu o
cavalheiro.
Carlota e o comerciante (capa)
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Enquanto falavam, via-se a sombra de alguém que se movia parafrente e para trás do lado de fora da porta. Em poucos instantes,distinguia-se uma pequena figura envolvida em uma capa e um cha-péu. Com a roupa remendada e com um calçado que não merecia adignidade de seu nome, a pequena figurava todo um aspecto de mi-séria e desgraça humana. Curioso por ver a cara da menina, João aconduziu até a parte mais distante do salão onde havia poucosclientes. Em seguida, pediu-lhe que cantasse. A pequena o olhou ti-midamente para cima. Era moreninha, mas suas bochechas apre-sentavam um rubor saudável. Sob o arco de suas têmporas saltadas,e por meio de uma madeixa de cabelo preto, despontavam doisolhos tão suaves e ternos que tocavam até mesmo o coração maisduro.
– Creio que esta pequena está doente – disse João compassiva-mente. Em seguida, acrescentou: – O que você vai cantar, menina?
– Eu canto em italiano e um pouco em inglês.João baixou a vista aos sapatos da menina.– Ai – exclamou João com os lábios tremendo – seus pés estão
molhados até os tornozelos; poderia lhe dar uma bronquite aguda,e até morrer.
A menina virou seu chapéu para trás, cruzou seus pequeninosdedos diante de si e começou a cantar. Sua voz era um encanto,apesar da simplicidade de sua maneira e palavras. Os tons ternos fi-zeram que se aproximassem outros comerciantes que se encontra-vam no salão. O pequeno canto começava assim:
“Há uma terra feliz, longe, muito longe”.Os ouvintes nunca se esqueceram da doce voz dessa menina,
nem de sua maneira de ser. Parecia que tinha uma coroa sobre suacabeça. Quando terminou de cantar, seus olhos grandes voltaram-se para João, o qual, por sua vez, lhe disse:
– Vem aqui, menina. Onde aprendeu essa música?– Na escola dominical, senhor.
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– E você crê, mesmo, que há uma terra feliz?– Sim, eu sei que existe; e também vou cantar lá. – Disse isso
com tanta rapidez e decisão que os homens se voltaram uns aos ou-tros.
– Com que você vai cantar ali?– Sim, senhor, minha mãe me dizia assim. Ela sempre cantava
para mim, até que ficou muito doente. Então disse que não cantariamais aqui na terra, e sim, lá no céu.
– Bem, e o que aconteceu?– Então, ela morreu, senhor – respondeu a menina, com lágri-
mas que agora corriam por suas bochechas escuras.João guardou silêncio por alguns momentos. Logo, disse:– Bom, ela morreu, mas você está doente, e é importante que
fique curada para viver, sabia?– Ah, não, senhor! Não, senhor! Eu prefiro ir ali e estar com
minha mãe. Às vezes, ataca-me uma forte dor nas costas, e começoa tossir como tossia minha mãe. Lá em cima não haverá nenhumador. É um lugar maravilhoso!
– Como é que você sabe? – perguntaram vacilantes os lábios doateu.
– A minha mãe me disse, senhor.Palavras tão impressionantes! Eram palavras ditas da maneira de
uma menina, mas muito sábias!João também havia contado com uma mãe que orava. Do fundo
de seu coração, brotou um suspiro quase audível. E como se issonão bastasse, aqueles olhos tão grandes, suaves e brilhantes, comoímãs, lhe captavam a vista.
– Menina, você precisa de um par de sapatos – disse João comvoz áspera.
Metendo as mãos nos bolsos, todos tiraram as carteiras, e a as-sustada menina recebeu na palma de sua mão uma quantidade dedinheiro que jamais havia visto.
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– O pai dela é um pobre tocador de realejo – disse alguém emvoz baixa. – Imagino que esteja em casa, muito doente.
Ao longo da rua molhada, a menina caminhou acompanhada deJoão. Já não caminhava com os mesmos sapatos furados e molha-dos, mas com sapatos novos, cômodos e secos.
João tomou a mão fria da menina e, juntos, caminharam até osbairros baixos da cidade. Pararam em frente a uma porta aberta; emseguida, subiram as grades rachadas que grunhiam a cada passo.Chegaram a outra porta que também estava aberta, quando seouviu uma voz ofegante que chamava desde a escuridão:
– Carlota!– Papai! Papai! Olhe o que eu trouxe! Olha para mim, olha para
mim. – Logo, a menina colocou o dinheiro no chão. Transbordantede alegria, a pobre menina caiu nos braços do ancião, chorando erindo ao mesmo tempo.
Seria ele um homem?Uma cara morena e enxuta, o cabelo negro como a noite escura,
longo e despenteado, um par de olhos desconfiados, um corpo en-curvado, e as mãos como garras.
– Ele lhe deu tudo isso, minha filha?– Ele e outros homens mais, papai. Agora você vai comer sopa e
laranjas.– Muito obrigado, senhor! Como você vê, estou enfermo e ar-
ruinado. A menina tem que sair para conseguir dinheiro para quenão morramos de fome. Que Deus o abençoe, senhor! Eu desejariaestar melhor para poder lhe tocar uma melodia – e olhou comolhos tristes até o canto onde estava o velho órgão com panogrosso e andrajoso.
Um mês depois, João e seu amigo se encontraram outra vezcomo de costume, e caminharam lentamente até os arredores da ci-dade. Passando por muitos becos, chegaram ao sombrio edifícioonde vivia o pai de Carlota.
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Mas não, já não vivia ali, porque nesse momento, dois ou trêshomens saíram do edifício carregando um caixão de madeira depino. No caixão, descansava o corpo do velho tocador de realejo.
– Foi muito repentino, senhor – disse uma mulher, que reconhe-ceu o benfeitor da menina e do ancião. Ontem, a menina adoeceu e,em seguida, ele também decaiu. Morreu às seis da tarde.
Os dois homens foram silenciosamente ao primeiro andar. Oquarto estava quase vazio. Só havia uma cama, uma cadeira, e umaenfermeira que João tinha mandado. A menina estava ali, pálidacomo o mármore, com um brilho estranho em seu semblante.
– Bem, minha pequena, você se sente melhor?– Ah, não, senhor. Papai já se foi lá para cima, e eu também vou.Lá para cima! João voltou-se ao seu amigo.– O senhor já ouviu falar de Jesus alguma vez? – perguntou a
menina ao Sr. Hawkins.– Claro que sim.– Sabe quem ele é?– Meu bom Jesus – sussurrou a menina.– Hawkins, isso me comove – disse João, ao mesmo tempo em
que aproximava o lenço dos olhos.– Não chore, não chore; eu não estou chorando. Estou muito
contente - disse a menina, cheia de alegria.– Por que você está alegre, meu amor? – perguntou o amigo de
João.– Porque logo sairei daqui – disse a menina decididamente.
Estou acostumada a sentir frio no inverno, porque muitas vezes nãotínhamos fogo; mas minha mãe me abraçava e me cantava sobre océu. Minha mãe me dizia que não prestasse atenção ao frio, e mebeijava. Também me dizia que se eu sou de Jesus, ele me amaria, eque em qualquer dia desses, me daria um lugar melhor. E eu me en-treguei a ele, porque quero um lugar melhor. E cantarei ali, e estareimuito contente.
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Depois de um pequeno suspiro, a menina fechou os olhos.– João, a esperança e a fé valem alguma coisa? – perguntou o Sr.
Hawkins.– Só lhe digo uma coisa, meu amigo, que eu daria qualquer coisa
para ser como essa menina.– E para ser como ela, você não precisa dar nada, somente sua
vontade rebelde, sua incredulidade, e seu coração, que nunca terádescanso até que você venha aos pés de Cristo.
Não houve resposta. De repente, a menina levantou os braços,abriu os olhos brilhantes, e olhou para cima.
– Olhem! – exclamou ela. Ali está minha mãe! E anjos! E todosestão cantando – a voz de Carlota se perdeu, mas o resplendor ce-lestial ainda se refletia em seu rosto.
– É maravilhoso! – exclamou João, olhando com temor e, aomesmo tempo, ternura. – Já morreu?
João saltou de sua cadeira como se quisesse detê-la. Mas o peitojá não se movia; os olhos haviam perdido a faísca da vida; pareciaque tinha morrido enquanto contemplava essa visão celestial.
– Ela sempre foi muito boa – disse a enfermeira suavemente.João ficou parado como se tivesse estado encantado. Depois de ummomento, alguém lhe tocou o braço; ele teve um sobressalto.
– João – disse seu amigo com um olhar amável – podemos orar?Por alguns momentos, não houve resposta. Mas, por fim, brota-
ram as lágrimas. Todo o corpo do ateu se estremeceu enquantodizia entre soluços:
– Sim, ora, ora!Ali, ao lado da pequena defunta, subiram súplicas agonizantes
ao trono de Deus. E essas súplicas foram respondidas! O milagreestava feito, o leão chegou a ser um cordeiro. O que duvidava, umcrente. O ateu, um cristão.
– De um folheto
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Épossível que a esposa de um al-coólatra se encontre frequente-mente sem dinheiro. Isto
acontece devido à grande soma em di-nheiro que seu marido gasta para mantero seu vício e também pela falta de juízoenquanto está sob os efeitos do álcool.
Os métodos que eu usava para
aproveitar ao máximo o dinheiropodem estar fora de moda e talvez nemmesmo se apliquem a nossa cultura mo-derna. No entanto, eu os compartilhocom você, desejando que eles estimulema sua forma de pensar e tragam à suamente algumas ideias que sejam úteis nasua situação.
O PROBLEMA FINANCEIRO
A VIDA COM UM ALCOÓLATRA
Capítulo 12a
SEÇÃO PARA OS PAIS
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Eu aceitei a responsabilidade decuidar das nossas finanças depois queentreguei a minha vida ao Senhor.Não era fácil! Eugênio insistiu na ideiade utilizar dois talões de cheques, umpara ele e outro para mim. Mas elenunca me permitiu ver o seu talão,nem sequer para fazer um balanço danossa conta conjunta. Somente medava um valor aproximado do quehavia gastado. Quando chegava o ex-trato mensal do banco junto aos che-ques já quitados, percebia então quemuitas vezes Eugênio gastava apro -xima damente US$100.00 (no ano2009, isso teria um valor equivalentede uns US$372.70) durante um finalde semana.
Na região onde morávamos, numestabelecimento do estado, as bebidasalcoólicas deveriam ser pagas em di-nheiro. Eugênio costumava encher otanque de gasolina da sua camionete efazia um cheque de vinte dólares. Destaquantia, ele pagava os onze dólares dagasolina e o restante ele utilizava nacompra de bebidas. Certo domingo àtarde quando a sua garrafa de uísqueestava terminando, Eugênio foi a umrestaurante próximo onde fez outrocheque e comprou algumas cervejas.Ele nunca usava todo o dinheiro dessescheques para as bebidas. Eu não seicomo gastava o restante do dinheiro eisto ocorreu por volta dos anos 1975–1980. Hoje em dia a quantia desperdi-çada seria muito maior.
Em vista da grande carga finan-ceira que o alcoolismo impõe às famí-lias, o que se pode fazer para que odinheiro seja suficiente? O que se podefazer para esticar ao máximo o di-nheiro disponível para cobrir os gastos:o pagamento pela casa, a energia, o te-lefone, o combustível e os comestíveis?
A primeira coisa a fazer é estar re-solvido a viver de acordo com a nossarenda. Para a maioria de nós isto signi-fica sacrificar-se e isto parece ser muitoinjusto. Por que a família do alcoólatradeve restringir-se de modo que elepossa ter a sua bebida alcoólica? Não éjusto, mas se aceitarmos a situaçãoassim como ela é, poderemos tambémdizer como Paulo disse: Já aprendi acontentar-me com o que tenho (Fili-penses 4:11). O Senhor honra tais de-cisões e abençoa de maneirasinesperadas.
Eu percebi imediatamente assimque assumi a responsabilidade pelas fi-nanças, que os nossos cheques deixa-ram de ser devolvidos por insuficiênciade fundos. A única explicação queposso dar é que o Senhor honrou omeu compromisso e interveio de ma-neira inesperada, porque nada maishavia mudado para fazer a diferença.
Eu fui criada na época da grandedepressão econômica que aconteceunos anos 1930, quando meus pais seviram numa situação ruim sob a cargade uma dívida que não podiam pagar.Desde a infância as crianças apren-
diam a viver de acordo com o poucoque estava disponível. Portanto, o es-tilo de vida com Eugênio não reque-reu de minha parte nenhumaadaptação. Eu já sabia como pechin-char os preços e como utilizar o queestivesse disponível.
Pouco depois de começar a minhanova relação com Deus, ele me ensinouum princípio importante que está rela-cionado com o dinheiro. Durante osanos em que moramos no distrito deSinger's Glen, algumas vezes eu en-viava as crianças ao mercado da cidadecom uma pequena lista das coisas quenecessitávamos e com as instruções aoproprietário para que colocasse tudoem nossa conta. Eu assegurava-lhe quea conta seria paga em seguida.
Certo dia eu necessitava de umaspoucas coisas, poderia ter sido açúcar ealgumas tampas para os frascos queusava, de modo que enviei as criançasao supermercado com a lista e tambémum bilhete. Lembro-me do bilhete queo encarregado da caixa me mandou porsua vez, o qual dizia: “Sinto muito, Sra.Crider, mas não gostamos de venderfiado”.
Estou certa que fiquei vermelhade vergonha, mas depois de meditarsobre o assunto, dei graças a Deuspela suave exortação. Conclui que aBíblia fala seriamente em Romanos13:8: A ninguém devais coisa alguma,a não ser o amor com que vos ameisuns aos outros.
A partir desse dia, se eu não tivesseo dinheiro suficiente para compraralgo que acreditava necessitar, eu de-sistia da ideia. A chave para o nossoêxito financeiro foi a administraçãocuidadosa, e com toda probabilidadeserá a sua também.
Por exemplo, talvez não tivesse odinheiro para comprar as tampas dosfrascos para envasar os pêssegos, maspossuía outros tipos de embalagensque poderiam ser usadas para congelaresses pêssegos. Agindo dessa maneira,não gastei nada para congelar os pês-segos, e pude resolver o meu problema.
Eu aprendi a controlar os gastoscom a comida por limitar o consumode carne a uma porção por pessoa.Desta maneira, um frango era o sufi-ciente para todos nós. Além disso, uti-lizamos muito a carne moída.Aproveitamos a carne moída mistu-rando-a com outros ingredientes paraaumentá-la um pouco. Depois a assavanuma caçarola ou a fritava para fazerhambúrgueres.
Tínhamos uma horta, e a nossa dis-pensa era mantida cheia de frutas e ver-duras conservadas, além dos alimentosmantidos no congelador. Quanto àsverduras, as crianças podiam comer oquanto quisessem, mas limitávamos asfrutas, já que os pêssegos, as ameixas eo açúcar custavam caro. No entanto,permitíamos comer as maçãs frescas oquanto quisessem desde que as comes-sem completamente. Era proibido
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(Continua na página 20)
OS IRMÃOS DE JOSÉOs sonhos de
José se tornou o governador de toda a terra do Egito, e fazia seu serviçocom zelo e dedicação. Os sete anos de fartura logo se foram e então co-meçaram os anos de fome. Até na terra de Canaã, onde a família de
José morava, a comida estava acabando. Seu pai, Jacó, ouviu dizer que haviaalimento no Egito e mandou os dez irmãos de José irem até lá comprar co-mida.
Quando os irmãos de José chegaram ao Egito e se apresentaram a José,não perceberam que era ele. Mas José os reconheceu. Assim que os irmãosse inclinavam diante dele, com seus rostos no chão, sem dúvida José se lem-brou de seus sonhos. Ele resolveu ser duro com seus irmãos para ver seainda eram egoístas e cruéis como no passado. Então falou de maneira se-vera com eles, já que não desconfiavam que era ele. Colocou-os na prisãopor três dias, acusando-os de serem espiões. Depois disso, manteve Simeãopreso enquanto os outros voltaram para casa. José lhes disse que não voltas-sem a não ser que Benjamim, o irmão mais novo, viesse junto com eles.
Logo a comida acabou, e os irmãos de José não tiveram outra saída anão ser ir ao Egito de novo. Desta vez levaram Benjamim também. Maisuma vez os irmãos se inclinaram diante de José.
Um almoço foi preparado para eles, e José escolheu onde cada um dosirmãos devia sentar. Os assentos estavam na ordem do mais velho para omais novo. Os irmãos ficaram muito surpresos. Como este governador es-trangeiro sabia quem era mais velho e quem era mais novo?
A esta altura o coração de José estava tão apertado que não aguentavamais segurar suas lágrimas. Rapidamente saiu para o seu quarto para chorar.
Depois de testar a honestidade de seus irmãos mais uma vez, José viuque não eram mais egoístas nem cruéis. Ele mandou seus servos saírem dasala. José chorou em voz alta e disse:
— Eu sou José, seu irmão, a quem vocês venderam para o Egito!José, com amor e lágrimas de alegria, beijou seus irmãos.José mandou carruagens e muita comida de volta com os seus irmãos;
mandou que trouxessem seu pai e toda a sua família para morarem noEgito.
Gênesis caps. 42-46
HISTÓRIA
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VÃO AO EGITOJosé se realizam
1. Os sonhos de José se realizaram?
2. Por que José foi tão severo com seus irmãos?
3. José ainda amava seus irmãos, mesmo depois que eles o maltrataram?Usado com permissão de: Christian Aid Ministries, Berlin, Ohio
Do livro: 101 Histórias Bíblicas Favoritas © 1994
Livro completo disponível no site www.LMSdobrasil.com.br
BÍBLICA
José se revela a seus irmãos.
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“O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aosoutros, assim como eu vos amei” (João 15:12).
comer apenas a metade de uma maçã.O desperdício não era tolerado. Asmaçãs em nossa casa substituíam as guloseimas.
Por muitos anos, eu assava o meupróprio pão. Mas depois que Eugêniosofreu um ataque cardíaco no dia 10 dedezembro de 1973, percebi que nãopoderia assar o pão e visitá-lo duasvezes ao dia no hospital como ele de-sejava. Encontrei uma padaria na ci-dade que vendia pão do dia anteriorpor um preço reduzido. Portanto, co-mecei a comprá-lo. Calculei os custos,e eram iguais aos meus ao fazer o pãoem casa.
Por vários anos, aproveitamos aspromoções de alimentos onde se ven-diam produtos apenas com pequenosestragos. Comprávamos cereais, sopase coisas semelhantes, a preços reduzi-dos. Já não é possível encontrar estetipo de venda em nossa região, masexistem alternativas. Às vezes, as lojasvendem produtos com preços reduzi-dos, mas é necessário examiná-los cui-dadosamente, e em especial se sãoprodutos crus ou frescos, para estar se-guros de que possuem boa qualidade.Se houver a necessidade de descartaruma boa quantidade devido ao dano noproduto, você não terá ganhado nada.
Eu comparo os preços das diferen-tes marcas. Em geral, o produto que émais anunciado, é o mais caro, porquealguém tem que pagar pelos anúncios.As marcas do próprio supermercado e
dos produtos genéricos são mais bara-tas, e geralmente são iguais aos de ou-tras marcas.
Aprendi a tomar cuidado onde gas-tar o dinheiro. Eugênio me criticavatanto por causa do orçamento dos ali-mentos que eu o reduzi ao máximo.Aprendi que podia sobreviver sem al-gumas das coisas que gostava. Eu po-deria cozinhar sem as passas, sem oaçúcar mascavo e sem o toucinho.
Além disso, aprendi a substituir umingrediente de comida por outro. Porexemplo, se as batatas ficassem escas-sas e não houvesse dinheiro, eu serviaarroz ou macarrões em seu lugar. Osnossos filhos gostavam muito de arrozcom molhos.
Da mesma forma acontecia com aspanquecas e com os biscoitos que toma-vam o lugar do pão. Os ovos e as pan-quecas substituíam os cereais no café damanhã. Cheguei à conclusão que se al-guém se propõe a fazer algo, certamenteexistem maneiras de realizá-lo.
Eu nunca comprei alface duranteesses primeiros anos, mas tínhamos va-gens e pepinos em conserva na nossadispensa. Armazenávamos no congela-dor alguns produtos, tais como o feijão,a ervilha, o espinafre e outros tipos devegetais da horta.
Comprávamos leite em pó e leiteevaporado em vez do leite líquido emgalões. Na verdade, não sei se era maisbarato. Não usávamos o leite comouma bebida, mas sim o usávamos para
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acrescentar ao cereal, e na hora de co-zinhar quando era necessário. Alémdisso, as crianças recebiam uma porçãode leite na escola para acompanhar seualmoço.
Eu reduzi os gastos de alguns ali-mentos ao recortar os cupons de des-contos que eram publicados nosjornais ou nas revistas. Por sua vez, éóbvio que se estes produtos não esti-vessem dentro da lista de coisas quecompramos habitualmente, não econo-mizaria nada ao usar os cupons.
Vale a pena comprar alguns produ-tos quando estiverem em oferta. Du-rante a época que assava o pão, euquase sempre comprava um pacote defarinha de onze quilos quando estavaem oferta. Mas a minha necessidade defarinha nem sempre coincidia com aredução de preço!
Reduzimos os gastos com a gaso-lina ao combinar as viagens para fazerqualquer coisa na cidade. Eu tinha quedirigir cerca de vinte quilômetros parachegar ao supermercado. A maioria dasoutras coisas que tínhamos para fazerna cidade também se encontravam nasproximidades. Portanto, eu procuravafazer as compras dos alimentos namesma viagem que fazia para as demaisobrigações em vez de ir repetidasvezes. Geralmente, em cada viagem, eucomprava os alimentos para pelomenos duas semanas.
Quando eu era criança, aprendi afazer sabão com água sanitária, e esta
arte mantive durante toda a minha vida.Visto que tínhamos manteiga e sebo,somente tínhamos que comprar sodacáustica para fazer o sabão. Isto noseconomizou muito dinheiro ao longodos anos. Três latas de soda custavammenos de cinco dólares, mas o sabãoresultante da combinação da soda, águae sebo, supriam a minha necessidade desabão para lavar por quase um ano. Issosim é que era uma pechincha!
O sabão de soda deve ser feito comuma água leve (a água da chuva ou águafiltrada). Nós utilizávamos a água dachuva que era armazenada em um re-servatório exterior. O sabão de soda éum substituto antigo, e me encantavaver os resultados que produzia. As cal-ças de Eugênio e suas roupas de traba-lho se sujavam muito por causa de seutrabalho na construção, mas saíam danossa lavadora com um aspecto limpoe um cheiro agradável.
Ainda que no mundo moderno tal-vez não seja prático fazer o seu pró-prio sabão, para mim foi algo muitoeficaz para reduzir os gastos. Vale dizerque a lixívia é um produto muito peri-goso, e é necessário ter muito cuidadoao utilizá-lo.
A confecção de roupa oferece umdesafio diferente. A minha professorada quinta série me ajudou a costurar omeu primeiro vestido. Desta época emdiante não deixei a minha mãe em pazaté que ela me ensinasse a costurar. Naminha vida já costurei muitíssima
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roupa para Eugênio e para as crianças.Eu aprendi com a minha mãe a
descosturar uma peça de roupa queestivesse muito usada e tornar a cos-turá-la do outro lado do pano e assimpoderia usá-la novamente. O lado dedentro do pano não mostra as man-chas leves que são visíveis no lado ex-terno. Suas cores retêm a texturaoriginal e geralmente a peça completaparece nova. Assim fiz com os vesti-dos de Ema, com as calças dos rapa-zes e com muitos casacos.
Hoje em dia, provavelmente, seganha mais ao visitar as liquidações deartigos domésticos usados e lojas deroupas de segunda mão, ainda mais secaso a mãe não souber costurar bemou não tiver aprendido a improvisar, outalvez não dispuser de tempo suficientepara costurar. Além disso, é possível di-minuir os gastos com roupa por com-prar menos roupas e por lavá-las maisfrequentemente.
Levei algum tempo, mas final-mente percebi que havia muitas coisasque eu poderia fazer para economizardinheiro, inclusive na área da saúde deminha família. Depois de levar Denispara o hospital apressadamente porcausa da laringite, que quase lhe tirou avida, o nosso médico me recomendou
que eu sempre tivesse guardado umfrasco de comprimidos de calcidine,uma medicação preventiva que se usavanaqueles tempos para prevenir essa in-fecção respiratória. Ao perceber os pri-meiros sintomas no menino,administrava-lhe um comprimido edesta forma se prevenia uma enfermi-dade de risco.
Ainda possuo um pouco de salamargo como um remédio de primei-ros socorros em caso de algum tipo deferida. Passar nas feridas esta soluçãode sal mineral juntamente com águamorna, tem nos economizado muitodinheiro com o médico.
Alguns remédios caseiros nos ser-viram muito, tais como o leite adoci-cado e fervido para as diarreiascomuns, e o Vicks VaporRub, (um un-guento mentolado), para os resfriados.Os remédios de hoje talvez sejam ou-tros, mas o princípio ainda se aplica: émelhor prevenir do que remediar.
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(Continua no próximo número.)
Na˜o e´ pobre aquele que tem pouco, mas e´ pobre aquele que deseja ter muito.
1 copo* de margarina2 copos* de açúcar cristal4 colheres (sopa) de melado de
cana2 ovos4 colheres (sopa) de creme de leite
4½ copos* de farinha de trigo¼ colher (chá) de gengibre em pó1½ colher (chá) de canela em pó½ colher (chá) de sal2 colheres (chá) de bicarbonato de
sódio
Bata a margarina e o açúcar até ficar cremoso.Acrescente o melado de cana, os ovos, e o creme de leite. Misture bem.Adicione os restos dos ingredientes. Misture bem.Coloque em tabuleiro (ou assadeira) não untado as colheradas de chá
bem cheia . Com um copo de vidro, pressione cada bolinha, deixando as cookies
com 1 cm de espessura. Polvilhe um pouco de açúcar cristal em cada coo-kie.
Asse em forno, 205 graus, por 14 minutos.Dica: depois de esfriar, mergulhar metade do cookie em chocolate
branco derretido, deixar em papel manteiga para endurecer o chocolate. *Os copos devem ser copos americanos. Um copo americano = 200 ml.
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SEÇÃO PARA OS JOVENS
Capítulo 6
Hugo confrontou seu irmão:— Noel, esta é a última semana que carrego para você. Seu tra-
paceiro mentiroso! Não trabalho mais para você!— O irmãozinho ficou esperto — zombou Noel.— Cale a boca! — gritou Hugo. — Vá procurar negócios em
outro lugar! Victor, Conway, Marcelino e João estão todos com-prando de mim! — atacou ele, desafiando Noel a interferir com
A BUSCA DO CONTRABANDISTA
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seus planos feitos com tanto cuidado. — Compre um carro e vápara a cidade, mas fique longe do meu território. Nunca mais vouconfiar em você! — ele cuspiu cada palavra, expressando ódio emcada uma delas.
— Estou indo — disse Noel sarcasticamente. — Você podecontrabandear essas coisinhas se quiser. Tenho meios mais fáceisde ganhar dinheiro!
Depois zombou: — E divirta-se com a mamãe!No dia seguinte, Noel foi embora sem sequer dizer adeus a sua
mãe e ao Hugo. O garoto começou a percorrer as trilhas sozinho.Ele fez a viagem duas vezes carregando 90 quilos por viagem.Antes de terminar, começou a chover, tornando a trilha poeirentanum lamaçal.
“Será que aguento a temporada de chuva? Há outro modomais fácil de obter minhas mercadorias? Barco é mais seguro, maspor que não subir o rio onde há menos mato? Tenho ouvido quealguns fazem assim. Vou investigar, mas antes tenho que conven-cer mamãe que tenho idade suficiente para cuidar da venda.”
— Mamãe, precisamos de mais clientes e mais espaço — Hugodisse, olhando ao seu redor.
Ele rodeou a cozinha como se estivesse pensando profunda-mente. Na realidade, estava dando tempo para a mãe digerir aideia.
— Eu acho que poderíamos ser a maior loja em São Marcos— disse Hugo, escolhendo cada palavra com cuidado, não dese-jando apressar sua mãe.
Sem que ela percebesse, ele a estava olhando para ver a sua rea-ção. Os olhos dela se iluminaram e ele sabia que ela tinha gostadoda ideia.
— Você sabia que Noel foi embora para sempre? Esta per-gunta chocou a mãe e seus olhos agora brilhavam com ira.
— Ele foi embora hoje de manhã — continuou Hugo. —
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Levou todas suas roupas, vai comprar um carro e vai morar na cidade. Hugo pausou.
— Estive pensando hoje, mamãe. Uma loja maior seria traba-lho demais para a senhora. Eu podia lhe pagar o aluguel pelo es-paço onde fica a cozinha agora. Poderíamos mudar a cozinha parafora. Depois construiria as paredes e o aluguel custaria mais doque ganha agora. A senhora teria a mesma quantia de dinheirotoda semana. Pense, mãe, como seria bom! Eu compraria uma
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placa, uma placa para uma loja de verdade! Hugo ficou satisfeitoquando a mãe sorriu. Ele tinha vencido!
No dia seguinte, Hugo contratou um vizinho para fechar a va-randa com bambu enquanto procurava, rio abaixo, um lugar ondeseria mais fácil descarregar suas mercadorias.
Quase dois quilômetros e meio além de Barco, Hugo descobriuuma pequena entrada que se afastava do rio. Levantando algunsramos, viu que depois de poucos metros havia uma curva e logoterminava.
“Hum! Alguém está usando este lugar!” Uma trilha bem mar-cada partia do fim do riacho, convidando-o a investigar. Amar-rando seu barquinho, ele subiu na margem. Uma trilha bem limpae clara tinha sido feito na mata e não era como o perigoso leito deriacho perigoso que usavam em Barco! Em alguns minutos, Hugose encontrou no meio de uma plantação de cana com marcas bemdefinidas de pneus saindo dela. Hugo ficou feliz por ter tido tantasorte. Certamente, seu pai estava satisfeito com ele. Talvez, até de-vesse ir para a igreja acender algumas velas porque sua madrastasempre havia lhe implorado que fizesse isso. Mamãe disse que afumaça das velas subia para o céu onde papai estava. Se ele ficassesatisfeito com a lembrança deles, mandaria boa sorte.
“Quem usa este lugar? Onde amarram suas embarcações? Seráque causariam problemas para mim? Será que o Sr. Victor viria detão longe buscar as coisas para mim aqui?” Essas perguntas preci-savam de respostas, e Hugo estava determinado a encontrá-las.
Antes de deixar o abrigo daquela entradinha, ele parou, ten-tando ouvir qualquer barulho. Não queria que ninguém mais des-cobrisse aquele esconderijo perfeito. Como não ouviu nada, partiuos ramos e remou de volta para o rio; diretamente à vista de ummenino pescando do outro lado do rio!
Hugo ficou olhando, seu remo paralisado. O menino olhoutambém e logo acenou para Hugo se aproximar.
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“É melhor que eu vá ver o que ele quer,” resmungou Hugoconsigo mesmo ao atravessar o rio em direção ao menino.
— Está procurando negócio? — perguntou o menino. — Vocêé novo por aqui?
— Que negócio você tem? — respondeu Hugo. — Talvez meinteresse!
— Venha, traga sua embarcação por aqui — mandou o me-nino, levantando alguns ramos. Hugo encontrou-se em mais umpequeno canal onde apenas cabia seu barquinho.
“Queria saber quantos destes existem ao longo do rio? Este éperfeito!” Hugo olhou ao redor do esconderijo. “Talvez seja aquique escondem os barcos do outro lado! Será?”
— Venha, vou levar você até o meu pai — disse o menino.Talvez Hugo fosse pequeno para sua idade, mas não deixaria
ninguém intimidá-lo. Seu novo fornecedor mudou sua opiniãoquando finalmente concordaram com os preços.
— Pensei que seria fácil negociar com ele — disse, balançandosua cabeça quando Hugo foi embora. — Ele é o primeiro jovemque conheço que entende do nosso negócio tão bem quanto eu!
Um sorriso permanente de satisfação parecia estampado naface de Hugo. Ele estava negociando com o Sr. Pedro, um dosmaiores fornecedores de contrabando. Hugo Donado, com quasedezesseis anos de idade, agora era o seu próprio patrão. O Sr.Pedro teria suas mercadorias aqui no seu novo esconderijo. Agora,a única coisa que precisava era de meninos para carregar as merca-dorias para Barco. Deixe que outros se arrisquem em Barco deonde o contrabando vinha por intermédio dos militares.
Uma semana mais tarde, Hugo tinha conseguido os carregado-res e estava ansioso para começar o seu negócio.
— Uma mensagem para o Sr. Victor — ele informou a telefo-nista quando ligou para Ameco. — Diga-lhe que esteja na encruzi-lhada de Ameco amanhã por volta das dez horas. Obrigado.
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“Três carregadores de Barco; o Sr. Victor para pegar as merca-dorias do novo esconderijo; Conway, Marcelino, e João que vãoreceber as mercadorias do Sr. Victor; e também deixei recados emquatro vendas de que São Marcos é o melhor lugar para obter pre-ços de atacado. E a nova placa já está pendurada no seu lugar!Creio que tudo está pronto para começar!” Hugo recapituloutodas as mudanças que tinham ocorrido na semana passada. Es-tava sentindo-se bem, bem mesmo. Apesar de ter gastado todoseu dinheiro para começar, ele era o seu próprio patrão.
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—Lily A. Bear
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(Continua no próximo número.)
Na vida cristã:
Tem de perder para ganhar;
Tem de dar para receber;
Tem de se humilhar para ser exaltado;
Tem de ser o menor para ser o maior;
Tem de morrer para viver.
Roberto e Elisabete, junto com seus pais, viviam em um lugarmuito afastado. Já levavam alguns anos vivendo em seu novolar. Elisabete sentia muitas saudades de sua boneca. Prova-
velmente ela a tinha deixado na casa onde viviam antes, ou a haviaperdido na longa viagem até seu novo lar. Com frequência, ela pediaa sua mãe que lhe comprasse uma boneca. Mas viviam longe de umaloja de brinquedos.
Um dia, Elisabete voltou a dizer:— Mamãe, eu queria ter uma boneca. Me faz tanta falta.— Está bem, Elisabete. Vou fazer uma boneca para você. —
Logo, a mamãe buscou em um baú algo para fazer a boneca. Lá nofundo achou um avental velho. Do tecido, recortou a forma de umaboneca. Costurou-a e, em seguida, se perguntou: “Com que voupreencher esta boneca?” Afinal, pensou nos grãos de aveia com osquais alimentava os cavalos. Saiu e buscou um saco de aveia, e co-
SEÇÃO PARA AS CRIANÇAS
A boneca de aveia
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meçou a preencher a boneca. Colocou aveia nela até que ficasse bemgordinha. Em seguida, bordou-lhe uma cara e, quando terminou,entregou a boneca a Elisabete. Ela abraçou sua mãe e a beijou. Disse-lhe que tinha feito a melhor boneca do mundo.
A boneca chegou a ser a companheira fiel de Elisabete. Quandofazia seus trabalhos, a bo-
neca sempre estavaperto dela. Comia
com ela, dormiacom ela e sem-pre brincavacom ela.
Mas Ro-berto não es-
tava muitocontente com aboneca. Tinhaciúmes. Elisa-bete não que-ria maisbrincar comele, e sim, so-
mente com aboneca. Então,
Roberto decidiu queteria que fazer algo
com a boneca. Um dia, a mamãe cha-
mou os meninos para que en-trassem a comer. Como sempre,
Elisabete chegou com a boneca e a colocou na pia que estava fora
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da cozinha, lavou as mãos e entrou em casa. Quando Roberto che-gou para lavar as mãos, ali estava a boneca. “Esta é minha oportu-nidade de fazer algo com a boneca!”, pensou. Pegou-a, e correu atéum velho carrinho-de-mão. Escondeu-a ali, atrás de uns sacos deração. Logo, voltou correndo para casa.
Quando terminou de almoçar, Roberto saiu e pegou a boneca.Escondeu-a dentro de sua camisa, e saiu para um riacho que passavapelo sítio deles. Ali, em terra suave, cavou um buraco e jogou a bo-neca dentro. Depois, tapou o buraco e aplanou a terra com a mão.Ninguém jamais notaria que ele havia escondido uma boneca ali.
Quando Elisabete terminou de comer, foi até à pia em busca desua boneca, mas não a encontrou.
— Mamãe, você viu a boneca em algum lado?— Não, carinho. Onde você a deixou.— Tenho certeza de que a deixei na pia. Mas já não está mais lá.Quando Roberto voltou, Elisabete estava chorando. Então, per-
guntou-lhe se havia visto a boneca. — Não, não vi sua boneca feia.Os dias se passaram e Elisabete sempre se perguntava: “O que
terá acontecido com minha boneca?” Com o passar do tempo, Eli-sabete começou a brincar mais com seu irmão. Ele estava contentepor isso, e pensou: “Eu sabia que brincaria comigo se fizesse algocom essa boneca”.
Umas semanas depois, a família saiu a caminhar. Passaram pelocampo e chegaram ao riacho. Logo, Elisabete se adiantou correndo.Percebeu uma pequena extensão de erva verde e passou a mão porela:
— Mamãe, nunca havia visto uma erva como esta. É tão suave etão verde!
Quando a mamãe chegou, notou algo que Elisabete não haviavisto. Logo, chegaram também o papai e Roberto. Todos olharam aforma estranha que fazia a extensão da erva. Os padres olharam a
Roberto com tristeza. Este, por sua vez, abaixou a cabeça e começoua chorar. Então, sua mãe falou e lhe disse:
— Vem aqui, Elisabete. Perceba a forma da cabecinha. Conseguever os bracinhos e as perninhas?
— Mamãe, o que significa isso? Parece com a minha boneca, masnão entendo o motivo.
— Roberto, acho que você deve contar a Elisabete o que fez.Peça perdão.
— Elisabete, perdoe-me por tirar a boneca de você. Essa erva ésua boneca que cresceu.
— O que cresceu?— Sim, os grãos de aveia nasceram. Agora cresceram para revelar
o que eu fiz. De agora em diante, eu me esforçarei por tratar vocêmelhor.
— Claro que eu te perdoo, Roberto. Agora posso estar perto daminha bonequinha. Não gosto de pensar que nunca voltarei a vê-la.Mas, talvez, quando a aveia já esteja em grão, a mamãe tenha outroavental velho para me fazer outra boneca.
— De Gospel Stories— Abreviado e traduzido por HH
— Usado com permissão de John F. Horan, Jr.
33
O VERSÍCULO PARA MEMORIZAR“Sabei que o vosso pecado vos há de achar”
(Números 32:23).
Busque a resposta correta a partir da lista abaixo.Escreva-a na lacuna correspondente.
1. Roberto estava __________ porque
_________ não brincava mais com ele.
2. A mamãe de Elisabete lhe preparou uma
_________ de um _______ _______.
3. Encheu-a de ___________.
4. A boneca era a ________ leal de Elisabete.
5. Quando Elisabete a deixou na _________, Ro-
berto a _________ em
um carrinho-de-mão e, em seguida, a _____________.
6. Roberto disse que ele não tinha __________ a boneca.
7. Quando a ________ saiu a ________ viram uma erva
__________.
8. A erva tinha a _________ da boneca.
9. Roberto disse a Elisabete que a aveia tinha _________
para ________ o que
ele tinha feito.
10. “_________ que o vosso _________ vos há de
___________.”
(As respostas se encontram na página 8.)
crescidoenterrouaventalpecado vistoElisabetecaminhar
formaviçosa famíliaescondeuvelho sabeiciumento
piacompanheirarevelaracharaveiaboneca
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Literatura Monte Sião do BrasilEditora e Distribuidora de Livros, Ltda.Tel: (15) 3264-1402Email: [email protected]: www.LMSdoBrasil.com.br
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Que se assentem os teólogosDavid Bercot. Quando o cristianismo estava surgindo, o foco era em Jesus Cristo e em seu reino. Mas quando os teólogos toma-ram conta da igreja, o cristianismo se tornou “doutrinianismo”. Nesta obra polêmica, Bercot argumenta que é hora de deixar Jesus falar por meio das páginas dos evangelhos, sem fil-trar seus ensinos de acordo com a ginástica mental e as reinterpretações dos teólogos. 208 pág. #37358
A história dos anabatistasWilliam R. Estep. Quem foram os anabatis-tas? Qual era a relação delas com a Reforma? Quais eram suas crenças em relação a Deus, ao homem, à igreja, ao batismo e à vida cristã? Essas e outras perguntas encontram suas respostas nas páginas seguintes. Esse estudo sobre os anabatistas do século XVI será uma bênção para aqueles que buscam seguir a Cristo por meio de um discipulado obediente. 336 pág. #37334
Antes de fazer os votosJohn Coblentz. A preparação cuidadosa é fundamental para um bom casamento. Este manual ajuda os parceiros a se depararem com quem são e os guia rumo ao que Deus deseja que eles sejam. Mostra os princípios bíblicos que regem a intimidade, comunica-ção e compromisso vitalício. Contém exercí-cios. 76 pág. #37327
Filipenses 4:6
Era tarde na noite quando o telefone tocou.
Corri para atender, e era a voz de uma amada minha.
Por sua voz baixa e pausada, compreendi que estava aturdida.
Por alguns minutos, só houve silêncio, e depois lhe fiz uma pergunta:
— Eles te fazem falta, não é verdade?
Mas, em vez de palavras, só escutei pranto.
Há alguns dias tinha saído em busca de uma vida melhor para seus
filhos.
O desespero pela falta de dinheiro e a negligência de um esposo que não
trazia provisões fez com que tomasse a decisão da qual agora se arrependia.
— Eles me fazem muita falta — disse-me. — Deus sabe que estou
muito arrependida. Estou ganhando dinheiro, para alimentar e vestir meus
filhos, mas quanto mais lhes compro, mas sinto meu coração vazio. Estou
perdendo a oportunidade de ver meus filhinhos crescendo e se desenvolvendo;
estão crescendo sem meu calor que os dólares não poden comprar. Peço a
Deus que me ajude a suportar um tempo mais e voltar ao lugar que me cor-
responde... meu lar. Cobrirei meus filhos de beijos, inclinarei meu ouvido a
suas vozes e os levarei a casa de Deus para que aprendam de Jesus. Por
favor, ore por mim, e compartilhe isso com outras pessoas para que não tomem
minha decisão, e sim, que se preocupem em prover para a alma de seus filhos,
que é grátis, e durará eternamente.
—Silvia Pérez de Gingerich
O que os dólares nãopodem comprar
“Temos... a palavra... à qual bem fazeis emestar atentos, como a uma luz que ilumina em lugar escuro...” (2 Pedro 1:19).
