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Cotia, outubro de 2008 uma publicação coordenada pelos alunos do Colégio Viver 3: E se... 4: A terra tem dono? 5: Revolução dos copos 6: Diário do estudo do meio logotipo e ilustração: Ricardo 8: Adolescência 9: Weezer 10: Caça-palavras 11: Ubatuba 12: Peças que eles nos pregam 14: Na natureza selvagem 15: Retrospectiva olímpica 16: Tirinhas

uma publicação coordenada pelos alunos do Colégio Viver ... · Depois de lá, fomos até o banheiro SEM ÁGUA dos morado-res. Quando você entra e olha é uma graçinha, mas quando

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Cotia, outubro de 2008

uma publicação coordenada pelos alunos do Colégio Viver

3: E se. . .4: A terra tem dono?

5: Revolução dos copos6: Diár io do estudo do meio

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ção:

Rica

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8 : Adolescência9: Weezer

10: Caça-palavras11: Ubatuba

12: Peças que eles nos pregam14: Na natureza selvagem

15: Retrospect iva ol ímpica16: T ir inhas

2 outubro de 2008 3Colégio Viver | Jornal Página Aberta

1- Em nossa primeira “super profissional” reunião, começamos pelo básico: Colocamos TODO o papo em dia, para depois, com calma, em tom de sátira, com direito a gargalhadas, discutirmos os frutos, desencontros e “porcarias” da edição passada... Se não rir o que vamos fazer? Chorar?!

2 - O segundo passo é o começar a pensar e discutir os possíveis te-mas para próxima edição... Até este ponto é só “bem e bom” e moleza... O corre começa no próximo passo:

3 - Após concluirmos quais matérias que serão publicadas, corre-mos, corremos, corremos e corremos atrás de pessoas de fora do corpo editorial para escreverem coisas novas (Pelo Amor de Deus, contribuam no jornal!).

4 - A partir desta parte, sempre surgem algumas páginas vazias. As-sim, continuamos correndo e correndo atrás de novos textos e notícias... E “infernizando” aqueles que nos prometeram matérias para que não ousem se esquecer de nós! (Achamos que eles querem nos matar!)

5 - Escolhemos, então, os nossos talentosos desenhistas da escola, e lhes apresentamos as matérias que devem ilustrar. Por mais que fujam das rédeas, sempre cumprem os trabalhos com muita criatividade!

6 - E vem, enfim, a parte mais difícil: a diagramação: Temos que cole-tar todos os textos, corrigi-los, escolher as fontes, organizar as matérias e ilustrações e mais toda essa tonelada de coisas...

7 - É aquela pressa louca de finalizar o “Página Aberta”, que nesta altura já deve estar atrasado, e por isso, nós nos estressamos por qual-quer coisinha! Mas você vê: o jornal está fresquinho ai, na sua mão, e é isso que mais nos dá maior prazer: Ver um trabalho bem feito. Agora, com calma, respiramos... Até semana que vem, quando começaremos tudo de novo...

8 - Anotação de última hora! Dêem uma olhada no nosso novo site www.paginaaberta.colegioviver.com.br

Você já pensou na possibilidade do mundo acabar?Não?Nós já, e é uma ótima pergunta!Todas as pessoas devem ter certa curiosidade para saber como vai ser ,e nós, como qualquer outra pessoa gostaríamos de uma resposta.

Tivemos algumas idéias sobre o que irá acontecer:Pode ser um estrondo, para nos deixar boquiaberto, e assim não saberemos quando vai ser ou por onde irá começar. Para isso, não tem hora, dia ou lugar marcado!Imagine: você na sua casa, lendo um bom livro, quando ouve

barulhos estranhos... Então, sai na janela para olhar e tem “ets” com a

cara meio amarelada segurando o seu vizinho. Apavorante, não?

Imagina se te pegam? E te levam para a nave com outros “ets” com a cara amarelada!Ou se no dia mundial do pulo, todo mundo resolve pular, o mundo se racha e caímos dentro dele! Ui, só de pensar arrepia!E se as lagartixas se desenvolverem de tal jeito a virar dinossauros que comem todo mundo?Já pensou que um dia, você pode estar tomando uma bela ducha, quando ouve no jornal que todos os chuveiros se rebelaram, pois o usamos de maneira errada e eles estão matando todos os seus donos?E se o mundo não estiver mais no domínio dos homens e sim dos macacos, como em “Planeta dos Macacos” e nós viramos escravos deles pelos maus - tratos com eles no passado.E se a 3ª guerra mundial acontecer? E todas as pessoas forem exterminadas e nós como somos lindas, charmosas e espertas (hahaha) nos escondêssemos em baixo de uma pedra para sobrevivermos e darmos continuidade à humani-dade. Como gratidão, as pessoas construirão estátuas gigantescas em nossa homenagem.E a última, e não menos importante das hipóteses é:Se nós, seres humanos, que sujamos tanto o planeta, fosse-mos todos intoxicados e morrêssemos?!

PENSEM NISSO!texto: Larissa e Ana Juliailustração: Dalva Kohl

*O Página Aberta é fruto do trabalho cooperativo entre alunos, funcionários e pais do Viver. Para partici-par com textos ou ilustrações, envie-nos um e-mail: [email protected] até 12/11/2008.

4 outubro de 2008 5Colégio Viver | Jornal Página Aberta

A terra tem dono?

Denis Plapler

Mesmo acreditando que charges não devam ser explicadas, atendi com imenso prazer o convite de escrever um breve texto para o jornal do Colégio.

Judeus e muçulmanos acreditam que Abraão não apenas tenha sido enter-rado na região do conflito, como também teria realizado uma aliança com Deus, onde este prometera aos seus descendentes o direito a posse deste território. Mesmo este argumento servindo para justificar o direito a posse das terras para ambos os lados, acredito que as motivações do conflito sejam puramente econômicas e não religiosas.A História deixa claro que ambos os povos identificam-se com o território em questão, porém, houve a hipótese de um Estado Único, levantada antes da formação do Estado de Israel, mas esta hipótese acabou sendo boicotada pela Inglaterra e hoje infelizmente parece estar longe dos planos das lideran-ças de ambos os interessados.Seria melhor pensar como Jean Renoir: “a fronteira é uma invenção humana que o homem desconhece”.Na esperança de um futuro melhor,

REVOLUÇÃO DOS COPOS

Agora não há mais uso de copos descartáveis no Viver. Depois de duas

assembléias com alunos do F1 e outra com alunos do

F2, foi decidido que os alunos, professores e funcionários são res-ponsáveis por seus próprios copos e canecas. Esperamos com isso diminuir a quantidade de lixo não reciclável no Colégio.

:: Todos devem trazer suas próprias garrafinhas ou canecas não descartáveis à escola, inclusive para o consumo de suco durante o almoço

:: Os professores e fun-cionários também não

devem mais se servir de café, água ou suco em reci-

pientes descartáveis. texto e ilustração: Dani

6 outubro de 2008 7Colégio Viver | Jornal Página Aberta

Fomos depois ouvir um dos pescadores mais velho da aldeia. Contava suas experiências e a diferença da quantidade de peixes de 20 anos atrás para cá... Fizemos perguntas, e conhe-cemos onde ele guarda seus barcos, que ele mesmo fabrica.Quando terminamos, o grupo de trabalho de campo da profª. Ligia foi fazer suas pesquisas. Um dos monitores que nos havia trazido até a praia nos levou até um lugar que só tinha pedras, porém muito bom para se estudar. Para chegar lá é meio ruim, ainda mais porque a maré tinha subido um pouco. Mas conseguimos fazer toda a nossa pesquisa.Já estava ficando tarde e a maré já havia subido bastante. Então fomos embora. Caminhamos á pé 3,5 km. Foi bem legal. Os monitores foram na frente seguindo o caminho e os alunos iam atrás. Cada um foi no seu passo, então muita gente foi na frente, só que eu e mais algumas pessoas fomos ficando para trás, mas havia ainda pessoas mais atrás ainda de nós. Cansativo, mas divertido.Quando chegamos onde o ônibus havia parado, nos depa-ramos com uma lojinha e fomos comprar algo pra beber! A moça da lojinha deve ter lucrado bastante porque além de vender as coisas caro, todo mundo comprou algo.Entramos no ônibus e fomos para o hotel.Foi longo o percurso até o hotel, deu até pra dormir. Mas quando chegamos, já fomos tomar banho, porque estáva-mos cheios de areia. Tomamos banho e fomos jantar. Nesta noite havia macarrão com molho branco e (pelo que eu vi) todo mundo adorou.Depois fomos até a praia perto do hotel, (a mesma que o 9º ano havia ido ao dia interior). Fizemos uma fogueira e assamos marshmellows. Depois como não tinha nada pra fazer, começamos a cantar!E foi ótimo! Musicas velhas, novas, em inglês, em portu-guês, calmas, funk ,rápida, e até sertanejo! Olha, acho que apenas um pagode não teve. E o melhor, é que todo mundo começou a cantar com a gente! Todo mundo um de ombro a ombro cantando em alto e bom som para todos ouvirem. Começou a garoar um pouco forte e tivemos que ir embora, pois muitos estavam cansados; mas contra a nossa vontade!Já tarde na noite, todos se recolheram menos a Andressa a

Ana Clara e eu. Ficamos até uma da manhã conversando com os professores.Como tínhamos que acordar cedo na manha seguinte, fomos dormir. Ficou combinado que iríamos caminhar na praia no dia seguinte às seis da manhã.Sexta feira, acordei as 6 para caminhar, mas estava chovendo! E com aquele barulhinho gostoso de chuva... Dormi de novo! Então, às 8 acordamos para irmos tomar café e irmos ao Aquário de Ubatuba. Mas nos antecedemos demais, e ficamos esperando no hotel, até a hora do Aquário abrir.Como ainda havia 2 horas para sair-mos eu a Andressa e a Ana Clara fomos dormir. Às 10 horas, todos nós saímos para ir até o aquário de Ubatuba. Vi-mos e entendemos um pouco mais da vida marinha. Depois, fomos até a uni-dade Projeto Tamar,vimos tartarugas, e como mudou a forma de tratamento com as bichinhas; e que uma tartaruga pode crescer muito.Depois disso compramos algumas lem-brancinhas na lojinha (que era cara!) dentro da unidade Projeto Tamar.Fomos para o hotel, arrumamos nossas malas e limpamos o quarto do hotel para não ficar nenhum lixo. Fomos almoçar. Esperamos até a hora de irmos embora. E pegamos mais 5 horas de estrada...Embora, este tenha sido o meu último estudo do meio e dos meus amigos também, vai ser eterno, e eu nunca esquecerei desses dias de alegria, cansaço, brincadeiras e emoções

Saímos daqui as 07h15min da manhã, eu estava muito ansiosa! Foram mais ou menos 5 horas de viagem, e nesse tempo deu para colocar a fofoca em dia, brincar, dormir, cantar e ouvir música.Quando chegamos ao Ipema (instituto de permacultura ), estava muito calor lá fora e dava vontade de voltar para o ônibus. Mas estava curiosa pra saber como era a vida lá dentro, o que iríamos fazer, e também, que horas iríamos almoçar.Como estava muito calor, eu e as meninas fomos até uma casinha que ainda não morava ninguém para nos trocarmos. Depois de lá, fomos até o banheiro SEM ÁGUA dos morado-res. Quando você entra e olha é uma graçinha, mas quando se abre a tampa da ‘latrina’ você NÃO quer fazer xixi ali! Mas é tudo tão limpinho, que é só você NÃO olhar! (E foi o que eu fiz).Depois de trocada, fui almoçar. A primeira impressão não foi muito boa. Mas se quando come é gostoso!Quando acabamos de comer, fomos conhecer um pouco mais da cultura deles, assistindo a uma palestra. Ao terminar, fomos ver os meios de “sobrevivência” dos moradores. O jeito que faziam para ter água limpa, as plantas que eles protegiam.Já tínhamos visto tudo! Estávamos ansiosos para ir até a cachoeira. Quando chegamos, não entrei. A água estava muito gelada! Mas a maioria entrou e adorou! Depois do mergulho, fomos embora ao hotel.O hotel era bem legal e grande. Além de nós, tinha apenas um casal. Cada um foi para o seu quarto, desfazer as malas, tomar banho e ir jantar.Depois de jantarmos, fomos fazer uma brincadeira com o Profº Júnior. A brincadeira era a seguinte: Nós, alunos, tínhamos que montar uma frase e cada papelzinho para montar essa frase estava com um professor diferente, que se escondia e mudavam de lugar!Estava na cara que o 6º ano iria ganhar! Só faltava um papelzinho para eles completarem a frase, mas o 7º ano conseguiu virar o jogo e ganharam. A frase era: Depois do jogo vão dormir! E foi isso que nos não fizemos.O 9º ano foi pra praia com a Maria Amélia e o resto dos

alunos ficou no salão de jogos, conver-sando e relaxando em seus quartos. A nossa saída à praia com a Maria Amélia, foi bem tranqüila,todo mundo estava descalço andando na areia molhada pelo mar, conversando, olhan-do as estrelas, tirando fotos, chorando, porque afinal, este é o nosso último ano e conseqüentemente nosso último estudo do meio.Estava já um pouco tarde, na verdade nem tanto, mas a Maria Amélia estava rouca e não era bom para ela ficar lá. Então voltamos. Ficamos um pouco lá fora conversando sobre o Ipema com os professores, mas logo fomos dormir, porque havíamos acordado muito cedo naquele dia.Na quinta feira teve um pessoal que acordou as 6 da manha pra ir até a praia. Mas o combinado foi as 7. Então, às 7 estávamos acordados para as 7:30 estarmos tomando o café da manhã, que era muito bom, tinha uma varieda-de de pães, bolos e frutas.Às 8 saímos para fazer uma trilha que chegava em uma praia, foi um tanto exaustivo, mas valeu muito a pena. Fo-ram 2 horas de trilha só para ir. A praia era linda, a água azulzinha. Comemos na casa de uma família e tinha peixe, arroz, feijão, salada de alface e tomate e suco de tangerina. O almoço estava muito bom, comida caseira geralmen-te é mais gostosa. Depois da comida fomos descansar, olhar a paisagem, sentir a brisa, enfim fazer qualquer coisa que não fosse ir ao mar.

diário do estudo do meioRelato de Larissa Bohrer durante a viagem a Ubatuba

8 outubro de 2008 9Colégio Viver | Jornal Página Aberta

Sabe o “emo”, aquele rock de melodias emocionadas que metade dos adolescentes adora e metade detesta? Pois é, muitos dos meus alunos já ouviram que o emo nasceu do punk, mas essa não é a única verdade, sua matriz sonora é o Weezer.

Mas não espere olhos pintados, franjas com chapinha e letras do tipo “minha gata me deixou”. O Weezer é uma banda de Nerds que, quando não estavam estudando ou assistindo televisão, estavam na garagem fazendo barulho com seus amplificadores no volume máximo. Suas músicas falam da liberdade encontrada nesta garagem, onde ninguém te enche por usar óculos, ter espinhas e escrever músicas bobas sobre isso.

Quando saiu o disco azul, em 1994, eles ainda estavam na facul-dade e foi por causa do mestrado do vocalista que passaram cinco anos sem lançar nada. Para o We-ezer, sempre foi mais importante a escola e a família do que ser um rock-star e é daí que vem a natura-lidade de suas músicas.

Acaba de sair o disco verme-lho, que, como o disco azul, não tem um nome, mas uma cor forte na capa. É um dos melhores que gravaram e vem acompanhado de um clipe muito bom, disponível no youtube, da música “Pork and Beans”. Mas não é só que está na internet, ele é sobre a internet, e nele você reconhecerá vários dos vídeos de maior sucesso da história do youtube, às vezes com seus protagonistas, às vezes com os integrantes do Weezer.

Veja os vídeos, ouça os discos. É uma das poucas bandas que ainda existe que me faz balançar a cabeça quando ouço.

Link de “pork and beans”:http://www.youtube.com/watch?v=muP9eH2p2PI

weezer

texto: Cassianoilustração: Patricia

-Quando vocês vão parar de me perguntar se eu tenho dúvidas ?Não vamos parar nunca, até porque dúvidas nós esperamos que você nunca pare de ter... (certeza total é dogmatismo). Aliás, essa não é uma coluna que tenha temas específi-cos, e nem respostas fechadas. A idéia é de poder trocar impressões, opiniões, idéias e informações. Se você acha isso chato, não precisa perguntar, nem ler. Mas, da nossa parte, estaremos aqui firmes à disposição de quem queira.

-Por que nós somos mais mal-humorados?Imagino que “nós” se refira aos adolescentes, não é? Se assim for, em primeiro lugar, não sei se é verdade que vocês, adolescentes, sejam mais mal-humorados, mas sim que tenham alterações de humor com mais freqüência e intensidade. Essa sim é uma característica da idade, seja por questões de ordem física, como de fase de vida. Do ponto de vista físico, temos a famosa mudança hormonal que provoca sérios curto-circuitos. Também há uma questão ligada ao cérebro: como o lóbulo frontal (responsável pelas funções cognitivas e emocionais mais

avançadas, como o planejamento) não está totalmente desenvolvido, as emoções são processadas na amídala, que é a sede de sentimentos primários como a raiva e o medo, o que resulta em impulsividade e alterações bruscas de humor.Além disso, há inúmeras razões existenciais: a frustração de não serem levados a sério pelos adultos, o difícil caminho de conquistar maior liberdade, a sensação de que tudo importa muito, é muito decisivo. E aí, sentiu-se justificado nos seus acessos de cólera?

-Se eu ficar com 3 meninos, amigos e que estudam juntos, eu serei taxada de galinha? (MischieF.)No começo, fiquei tentando entender se essa pergunta vinha de al-guém que realmente sentiu vontade de ficar com mais de um colega de escola, ou de alguém interessado em criticar alguém que o tenha feito. Não importa. Vou dizer algumas coisas para pensar, indepen-dente da intenção inicial. Em primeiro lugar, há uma incoerência entre a idéia de ficar, moderna, menos carregada de peso que o namoro, e a noção machista e moralista contida no termo “galinha”. Socialmente, o fato de um garoto conquistar várias meninas era mo-tivo de prestígio, ao passo que as garotas eram tachadas de galinha e outros termos semelhantes. Não que eu defenda em princípio a inconstância, o ficar a qualquer preço, mas porque essa discrimina-ção com as meninas? Acho que a decisão de ficar ou não com alguém envolve vários aspec-tos, inclusive esse da imagem social. Mas o que realmente deveria importar são os sentimentos e o respeito de ambos envolvidos. Sempre me espanto quando vejo alguém que de alguma forma se interessou por outro (ou outra) e em seguida sai criticando o seu par como se fosse o fim. No fundo, em geral se trata mais de resgatar uma imagem de superioridade através da crítica, do que realmente contar sobre uma experiência da qual se arrepende, que tenha sido realmente tão ruim.Pessoalmente, sempre acho estranho julgar uma pessoa de fora. Afinal, mesmo o ritmo para se envolver com alguém e se desinteres-sar varia de pessoa para pessoa, de momento para momento. Para muitos, meninos e meninos, trata-se de um longo processo de con-struir uma intimidade, de se aproximar lentamente. Por outro lado, vamos ser sinceros: nesta fase nem se sabe direito o que é gostar, falta experiência, e esse é o lado bom do ficar: poder sentir, analisar as sensações e depois decidir sobre manter ou não um relaciona-mento mais longo.

DÚVIDASadole s c ente s

Se você tem perguntas, bobas ou existenciais, não se acanhe! Mande-nos um e-mail para [email protected] ou deposite sua questão em nossa urna na sala de informática . Mantemos sigilo absoluto e não é necessário se identificar.

respostas por Princesa Fiona

10 outubro de 2008 11Colégio Viver | Jornal Página Aberta

Mitos e Lendas de Ubatuba

Na noite do primeiro dia, nós, do 9º ano, fomos à praia. Já eram mais de 22:00, quando eu, Ana Clara e Andressa resol-vemos pular ondinhas! Nisso, a Ana Clara apontou para o mar, lá longe, e disse - “Olha só aquele barquinho!”. Ao invés de eu ter olhado para onde ela apontou, olhei em outra direção e vi uma coisa de branco, que estava olhando para nós! Apontei para “ela”, e quando fiz isso, tive a impressão de que estava se aproximando... Assusta-dor! Com medo, continuamos caminhando (Antes de pularmos as ondas, estávamos caminhando).

Já no segundo dia, fizemos uma trilha. Desde que chegamos tive certeza de que alguém estava me olhando de dentro da mata! Como não estava sozinha, não dei importância e entrei.

A trilha era estreita, então tínhamos que andar um atrás do outro e eu fiquei por último. Ao olhar para trás vi um vulto e um barulho na mata. Fiquei assustada e troquei de lugar duas vezes.

Tenho algumas idéias do que pode ter acontecido...

Yurapiri - Yurapiri é próximo do diabo na língua dos Tupinambás. Pelas lendas, ele é uma espécie de duende túpico, ogre ou divindade que aparece de acordo com cada tribo, mas em nenhum caso tem a ver com a alma dos mortos. Ele anda pelas aldeias abandonadas...

Agnan ou Anhangá-O Yurupari pode ser comparado com o Agnan, e seu hobby era atacar as pessoas vivas, causando o maior terror entre os Tupinambás. Agnan provocava grandes violências repentinas em público, mas sob uma forma invisível. Os ín-dios que sofreram com o ataque do Agnan disseram que ele aparece na forma de um animal, na maioria das vezes como aves.

Curupira-É outro demônio das matas, protetor da caça e não gosta dos homens. Os humanos o conhecem mais pela forma de um garoto com os pés virados para trás.

Macachera-Espírito das estradas que vai à frente do viajante, os Tupinambás viam nesse demônio um inimigo da saúde.

Os espíritos, nas crenças Tupinambás andavam por toda parte, principalmente na mata e em lugares escuros, manifestando-se de forma sinistra. Os espíritos dos mortos freqüentavam a proximidade das tumbas e seu comportamento era agressivo em relação aos homens. Causavam doenças, dificultavam o devir das chuvas e possibili-tavam a derrota na guerra. Estes espíritos agrediam fisicamente e atormentavam os índios de diversas maneiras.

Nosso último estudo do meio, como já vimos na matéria principal, foi em Ubatuba.

LarissaPalavras a serem procuras:

Praia do CamburiPraia da PicinguabaPraia das BicasPraia da

FazendaPraia do EngenhoPraia AlmadaPraia do

UbatumirimPraia da JustaPraia do PurubaPraia do Meio

Vitor Sório 8ºano

C A M B U R A U B A T U M I R A M E I O S D E E X

A P L O R A C A O F R I T A V E R D E A Z U L S E

L B I C A O P U R R U B A C A N T O R I A F A L E

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T H S E G E B E T O M I N S E G E A V E Z M A S N

P U R U B A C O R I N S E G U N D A F A Z E N D A

Palavras a serem procuras:

Praia do CamburiPraia da PicinguabaPraia das BicasPraia da

FazendaPraia do EngenhoPraia AlmadaPraia do

UbatumirimPraia da JustaPraia do PurubaPraia do Meio

Vitor Sório 8ºano

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12 outubro de 2008 13Colégio Viver | Jornal Página Aberta

Vou contar uma história. Minha filha de 5 anos estava aprendendo a andar de bicicle-ta. Ainda com as rodinhas, viu o primo aprendendo, andando e começou a ficar realmente com muita vontade de andar sem as benditas rodinhas. Eu e seu pai estávamos receosos de tirar as rodinhas tão rápido, com medo de uma frustração, quedas etc.

Um belo dia, ao pegá-la na Escola, ela relata “Mamãe, já sei andar de bicicleta sem rodi-nhas!”. Felicíssima!

Assustada, perguntei como, e ela me contou que nossa ajudante em casa tinha tirado as rodinhas pela manhã e que após algumas tentativas, ela havia conseguido. Fiquei com um misto de alegria por ela e frustração por não ter partici-

pado do momento e por tudo ter saído diferente do que EU havia imaginado.

Chegamos em casa, ela pulou na bicicleta e bambeando pra lá e pra cá, andou! Foi emocio-nante e tem sido bastante, toda vez que a vejo andando, agora muito mais firme do que naque-le dia.

Essa história me fez pensar muito sobre o que nos imaginamos para nossos filhos e sobre o que ELES decidem e escolhem fazer. Isso porque eu já havia imaginado todo o processo de “aprender a andar de bicicleta”: andar bastante de rodinhas, aprender a se equilibrar, colocar as rodinhas mais pra cima para facilitar a busca do equilí-brio e finalmente tirar as rodinhas. Minha filha me mostrou que ela tinha outros planos e que poderia aprender muito bem de outra maneira - tirando, bambeando, colocando os pés no chão e finalmente se equilibrando.

Mais uma vez aprendo com minhas filhas e fico muito feliz por isso!

As peças que eles nos pregam

Na disciplina de Português nós, alunos do 8º ano, fizemos questionários com alunos do 8º e 9º anos pensando sobre “O que os adolescentes de hoje em dia consomem?”. A partir daí, montamos nossas perguntas em várias versões, resultando em gráficos de pizza, exibidos logo abaixo. Saborei-os!

Para mais informações sobre o consumo adolescente, acesse a página do jornal: http://www.paginaaberta.colegiovi-ver.com.br/consumoadolescente.html

Gráfico 1: itens mais consumidos

Gráfico 2: tempo de acesso diário à internet

Gráfico 3: preferências musicais

texto: Helena Mendonça, mãe de Julia, educação infantililustração: Julia

14 outubro de 2008 15Colégio Viver | Jornal Página Aberta

Antes de lerem esta crítica, saibam: sou cinéfila, de tela grande (DVD só em último caso ou para rever), sem pipoca e com muito silêncio. Mas, cada vez mais, tenho tido problemas em encontrar algo que eu realmente queira ver. Mais difícil ainda é sair do cinema com a sensação de que o filme trouxe algo de novo, me impactou ou me fez pensar. Esse é o problema de ser mais velha, a gente fica cada vez mais exigente.

Para ver mais: - Mais Forte que a Vingança ...................... (Jeremiah Johnson) de Sydney Pollack, 1972

texto: Maria Ameliailustração: Vitor Sorio

Crítica ... !Sonhos de olimpíadas: Acontece o tempo todo, mas depois nos decepcionamos, pelo menos um pouquinho, por aquele ou aquela atleta maravilhosa ter terminado em 10º lugar. Acho que o povo brasileiro sempre espera muito dos atletas, mas nessas olimpíadas, eu, particularmente fiquei, digamos assim... Atônita. Nada estava me afetando até o quarto ou quinto dia de olimpíada...Minha esperança: a ginástica olímpica, meu esporte preferido de se assistir. As atletas, pequenas, graciosas, tão jovens: um primor! Quando as provas nos aparelhos (Trave olímpica , solo , salto sobre a mesa e paralelas assimétricas) começam, as ginastas chegam à perfeição; para os técni-cos e juízes, havia mínimos erros. Foi quando a trave veio: O último e mais assustador de todos os aparelhos. Vê-las fazendo todas as acrobacias naquele pequeno espaço que não cabem nem os dois pés, é de dar agonia. Então, a primeira caiu, a segunda caiu, e a terceira também. Senti dó, mas em menos de cinco minutos, descobri que ainda esta-vam classificadas. Não deu em muita coisa, Jade Barbosa e Daiane dos Santos passaram para as fases individuais. Jade ficou em décimo no salto e Daiane em quinto (de novo!) no solo. Gosto muito da Shawn Johnson, ela é muito talentosa, americana, mas muito talentosa, e ao contrário das brasile-iras foi para o pódio em praticamente tudo que concorreu.Outro exemplo de ‘torço’ é o ‘tubarão’ Michael Phelps. Demais César Cielo ter ganhado a medalha de ouro, mas ele não causou tanto “rebu” quanto Phelps. Eu torço pra ele, é de dar prazer ver Phelps nadando; o cara nasceu pra isso. Não é questão de falta de patriotismo, e sim de aparecer um cara tão bom, de que o mundo torce pra ele.Sem contar toda a minha expectativa em Diego Hipólito, campeão do mundo, número 1, com séries lindíssimas, mas que na final caiu. Não pude assistir, esse horário é da China mesmo. Mas quando soube o que houve, uma pequena lágrima se juntou no cantinho do olho... Desespero... Fico imaginando o que deve ter se passado pela cabeça dele quando tombou.

Num resultado realista, os chineses realmente SE MATARAM pelo ouro... Desconfio até que foram eles que sum-iram com a vara da atleta brasileira do salto! Eles dominaram até no “não pode”. Em Pequim, os atletas não podiam: atravessar a rua sem ser na faixa de pedestres, dormir fora da vila olímpica, não podiam fumar, beber, andar sem camisa, muito menos dar entrevista pró - Tibete; daqui a pouco não poderiam nem participar!Além do que, a tecnologia chinesa está tão aprimorada, que os fogos da abertura eram ‘de mentirinha’ (eles não foram ao vivo). A garotinha que cantava, não cantava, dublava, porque a real cantora não era bonita o bastante, (e nem percebemos essa gafe!). Soube em alguns boatos de que não havia tantas pessoas no estádio (os ingressos deviam ser muito caros) e por isso os chineses colo-caram efeitos gráficos que faziam com que a torcida simplesmente ‘apare-cesse’!Essas olimpíadas foram realmente diferentes... Digamos assim peculiares. Espero que em Londres (sede das próximas olimpíadas), as coisas sejam mais... Reais...

Retrospectiva ...

Ana Clara

Dos que estão em cartaz, escolho “Na Natureza Selvagem”. Uma história real, que virou livro, e depois filme. A história de um jovem disposto a mudar radicalmente: deixa seu lugar, sua família, até seus documentos e bens e começa uma jornada cada vez mais “into the wild”. Mesmo para aqueles que, como eu, em princípio não têm delírios de largar tudo e viver solitário na natureza, o filme provoca uma inquietação. As paisagens imensas e geladas do Alaska, misturadas à indagação moral e filosófica sobre esta sociedade que vivemos, nos faz entender melhor a escolha de Chris McCandless, com tudo que ela tem de coragem ou loucura. Determinado a levar essa escolha até o fim, Chris é testado no caminho por novos laços que estabelece: uma mãe substituta hippie aqui, uma linda moça ali, um solitário velho que o

quer adotar. Assim, o filme mostra um rapaz que tem dile-mas entre a experiência libertadora da solidão e da

natureza e a humanidade dos afetos. Tocada, mexida, me sentindo uma acomodada,

sai do cinema e fiquei horas con-versando com Edu (meu ma-

rido), que mais do que eu se sentiu desafiado.

Ele, que sempre diz que aos 70 vai su-

mir por um ano numa viagem sem destino...

TirinhasPedro Brotero:

Dalva Kohl : Ceguinha Cecília: a TV