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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | SETEMBRO DE 2017 | EDIÇÃO 194 | ANO 16 André Pellizzari Fotografia Vocês merecem uma estrada melhor! Vale dos Vinhedos Turistas afirmam:

Turistas afirmam: Vocês merecem uma estrada melhor! · uma estrada melhor! Vale dos Vinhedos ... cionalidade, é considerada uma rodovia de ligação ... via, entre outras estaduais

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André Pellizzari Fotografia

Vocês merecemuma estradamelhor!

Vale dos VinhedosTuristas afirmam:

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ESTRADAS DO VALE JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 20172

Por Kátia Bortolini

Buracos na pista e sinalização danificada contrastam com um dos maiores destinos enoturísticos do mundo

trecho da rodovia ERS-444 que ini-cia na entrada do roteiro turístico Vale dos Vinhedos, no entronca-

mento com a BR-470, até os municípios de Monte Belo do Sul e Santa Tereza, en-contra-se em péssimo estado de conser-vação. No segmento da rodovia denomi-nado Estrada do Vinho, há muitos buracos na pista, as sinalizações estão danificadas e capoeira toma conta das laterais. Além disso, não há acostamento porque essa estrada, pela localização geográfica e fun-cionalidade, é considerada uma rodovia de ligação (vicinal). A rodovia contrasta com o padrão das vinícolas, restaurantes e hotéis do seu entorno e com o nível de exigência da maioria dos turistas que vi-sitam o roteiro enoturístico do Vale dos Vinhedos.

O Vale dos Vinhedos, situado em terri-tório dos municípios de Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul e Garibaldi, é a principal região produtora de vinhos finos do país, certificado como Denominação de Origem em 2012 e tom-bado, no mesmo ano, como patrimônio Histórico e Cultural do Rio Grande do Sul. Sua vocação tu-rística, que cresce ano a ano, foi reconhecida pela prestigiada revista americana Wine Enthusiast, que o elegeu entre os dez melhores destinos eno-turísticos do mundo.

Mais de dois mil veículos trafegam na rodovia nos finais de semanaSegundo o empresário Moysés Michelon, di-

retor do Hotel Villa Michelon, a estimativa atual

RODOVIA ERS-444: ESTRADA DO VINHO

Natália Zucchi

é de que cerca de 1.100 veículos trafeguem diaria-mente pela Estrada do Vinho, entre turistas e mora-dores da região. Aos sábados, domingos e feriadões, o tráfego aumenta para mais de dois mil veículos por dia. Mesmo assim, conforme a assessoria de im-prensa do DAER, não há previsão de obras de acos-tamento para esse trecho da rodovia. A justificativa da assessoria é que a Estrada do Vinho, “mesmo se-diando uma rota turística, possui um volume baixo de tráfego diário”.

Ainda, conforme a assessoria da estatal, o asfal-to da ERS-444 será totalmente recapeado através do Programa Crema Bento, em fase de elaboração

de projeto, com término previsto para janeiro de 2018. O programa prevê a recuperação completa e a manutenção constante, por cinco anos, dessa rodo-via, entre outras estaduais vicinais do entorno do mu-nicípio.

“Vocês merecem uma estrada melhor”Muitos turistas que se

hospedam no Vale dos Vi-nhedos reclamam do esta-do da rodovia. De acordo com Moysés Michelon, tem se tornado rotineiro ouvir de hóspedes a seguinte

afirmação: “vocês merecem uma estrada melhor”. Ele acrescenta que alguns hóspedes querem passe-ar a pé pelo entorno do hotel, mas reclamam que o trecho não oferece condições por falta de acosta-mento.

“É uma situação delicada porque o Estado, res-ponsável pela manutenção da rodovia, está deficitá-rio. A Aprovale, responsável pela projeção do roteiro em âmbito nacional e internacional, também está deficitária. Parece que muitas vinícolas do roteiro se esqueceram que grande parte do atual fluxo de visi-tantes é decorrente do espaço na mídia obtido por ações da entidade, entre elas a obtenção da Deno-minação de Origem. Sozinhos, não teriam tido essa projeção”, reitera ele.

André Pellizzari Fotografia

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 2017 ESTRADAS DO VALE 3

Ciclovia na Estrada do Vinho licitada desde 2010

A Estrada do Vinho também é muito frequen-tada por ciclistas, que disputam espaço com veí-culos. Desde 2005, a Aprovale reivindica a cons-trução de uma ciclovia na rodovia. Em 2009, foi firmada uma parceria entre o DAER e a Aprovale, ocasião em que a associação adquiriu e entregou em comodato à estatal uma Estação Total de To-pografia para o órgão desenvolver o projeto da Ciclovia, em um trecho inicial de oito quilômetros. Em 2010, a Central de Compras do Estado - CE-COM/RS tornou público o Edital de Concorrência para as obras de terraplenagem, drenagem, pavi-mentação asfáltica e sinalização em 8,258 km da ERS/444, no trecho intitulado “Ciclovia Vale dos Vinhedos”.

Segundo o representante da empresa Simona-ggio & Cia Ltda, André da Costa Eifert, vencedora da licitação, diz que ela permanece válida até hoje. Ele acrescenta que a empresa está apta a iniciar a obra, dependendo apenas da atualização do orça-mento, estimado em R$ 5.369.764,00 em 2010.

Tanto a prefeitura de Bento Gon-çalves como a de Monte Belo do Sul estão reivindicando o recapeamen-to da estrada ao Governo do Estado. O Secretário de Administração de Bento Gonçalves, Enio De Paris, sa-lienta que frequentemente mantém contato com o DAER para saber do andamento do projeto Crema Ben-to, que contempla o recapeamento dessa e de outras rodovias vicinais do entorno do município.

Já o prefeito de Monte Belo do Sul, Adenir Dallé e o vice-prefeito Jorge Benvenutti estiveram reuni-dos em Porto Alegre no último dia

31 de agosto com o secretário estadual dos Transportes, Pedro Westphalen e com o deputado Gilberto Capoani. A audiência foi para tratar do recapeamento da RS-444 Vale dos Vinhedos - Monte Belo do Sul.

Segundo estimativas da Asso-ciação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Apro-vale), em 2016 o destino Vale dos Vinhedos recebeu 410 mil turistas, batendo o recorde de vi-sitação, monitorada desde a fun-dação da entidade, em 1995. No primeiro semestre de 2016 o Vale dos Vinhedos recebeu 187.966 visitantes. Já no mesmo perío-do deste ano estiveram no local 186.748 visitantes. “Encaramos essa pequena diferença como normal em função da alta do dó-lar em 2016, dificultando viagens de brasileiros para fora do país e estimulando a ven-da de pacotes nacionais. Neste ano, a crise se abran-dou e o número de visitantes caiu um pouquinho. Mas a queda foi menor do que a esperada. Por isso, a previsão é de que, até o final deste ano, se chegue perto dos 410 mil turistas recebidos em 2016”, res-salta o presidente da entidade, Márcio Brandelli.

Ele salienta que a Aprovale é uma entidade representativa dos empreendedores do Vale dos

Em 2016, o Vale dos Vinhedos recebeu 410 mil turistas

Vinhedos. “Vinícolas, restaurantes, meios de hos-pedagem, agroindústrias e serviços fazem parte da Associação e da rota turística referência em enotu-rismo no Brasil”, acrescenta. Ressalta ainda que a entidade, apesar de não ter responsabilidade em relação a estrada que a circunda, tem reforçado rei-vindicações de melhorias na RS-444 junto às esferas municipal e estadual”.

Brandelli acentua ainda que a Aprovale tem dois projetos em andamento para este ano. O primeiro é o da instalação de 57 mapas turísticos nos varejos dos empreendimentos asso-ciados que recebem turistas. O projeto será inaugurado no pró-ximo mês de outubro.

Já o segundo será marcado pela remoção de mapas exis-tentes no acesso ao Vale pela BR-470 e renovação das placas indicativas. “Ao todo, serão ins-taladas 120 placas para ade-quação da sinalização turística

da rota. A previsão de inauguração é para novem-bro de 2017”, adianta. Brandelli frisa que ambos os projetos estão sendo viabilizados mediante investi-mentos de patrocinadores externos, sem participa-ção de poderes públicos.

André Pellizzari Fotografia

Natália Zucchi Natália Zucchi

Prefeituras empenhadas em reivindicar melhoriasDivulgação

Prefeito de Monte Belo do Sul, Adenir Dallé (direita) esteve em Porto Alegre para tratar do recapeamento da RS-444

Natália Zucchi

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AmandaMeyer

AdvogadaOAB/RS 74.202

Oro

Auxílio-doença:o que significa equem pode pleitear

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 2017

Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda. Rua Refatti, 101 - Maria Goretti - Bento Gonçalves - RS | Fone: (54) 3454.2018 | 3451.2500 | E-mail: [email protected] | www.integracaodaserra.com.br

Periodicidade: Mensal | Circulação: Na primeira semana de cada mês, em Bento Gonçalves, Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira, São Pedro, Vale dos Vinhedos, São Valentim, Tuiuty e Faria Lemos

Diretora e Jornalista responsável: Kátia Bortolini - MTB 8374 | Redação: Natália Zucchi | Área Comercial: Moacyr Rigatti | Atendimento: Sinval Gatto Jr. | Diagramação: Vania Maria Basso | Editor de Fotografia: André

Pellizzari | Colaboradores e Colunistas: Aldacir Pancotto, Ancila Dall´Onder Zat, Bruno Nascimento, Melissa Maxwell Bock, Padre Ezequiel Dal Pozzo, Rogério Gava, Thompsson Didoné

auxílio-doença deve ser levado em consideração por cada pro-fissional, já que ninguém está livre de ser acometido por algu-ma doença ou acidente de trabalho, tenham ambas efeitos im-

pactantes ou não. Primeiramente, cabe informar o que significa tal auxílio e quem possui o direito de requerer o mesmo.

O auxílio-doença trata-se de benefício previdenciário pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS às pessoas que fica-rem incapacitadas para o trabalho ou atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos, sendo que o valor do mesmo será em consonância com as contribuições que foram realizadas pelo segurado.

Para a solicitação do benefício junto à Previdência Social, é ne-cessário que seja respeitado o período de 12 meses de contribuição, o chamado período de carência, contudo, como toda regra possui sua exceção, fica dispensado desta modalidade o segurado cuja in-capacidade for decorrente de acidente de qualquer natureza, doen-ça profissional ou do trabalho, abrangendo também os que forem acometidos de doenças prevista em lista elaborada pelo Ministério da Saúde, do Trabalho e da Previdência Social a cada três anos.

O benefício assistencial tem seu início a partir do 16º (décimo sexto) dia de afastamento do trabalho por motivo da doença inca-pacitante. No caso dos demais segurados, contará a partir do início da incapacidade, bem como no caso do segurado estar afastado do trabalho por mais de 30 (trinta) dias, o benefício contará a partir da data da entrada do requerimento administrativo até enquanto permanecer incapaz.

O auxílio-doença se encerra pela recuperação da capacidade laborativa, pela conversão em aposentadoria por invalidez ou au-xílio-acidente de qualquer natureza, neste caso se resultar sequela que implique redução da capacidade para o trabalho que habitual-mente exercia.

GERAL4

Compartilhar experiências, dividir soluções e estreitar relacionamentos estão entre as ações do Centro da In-dústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG) para aprimorar seu desempenho como entidade que faz diferença na vida do associado.

Comprometida com esse objeti-vo, uma equipe multidisciplinar do CIC visitou entidades-irmãs na Região Metropolitana a fim de estabelecer um intercâmbio de conhecimento com a Associação Comercial, Indus-trial e de Serviços de Novo Hambur-go, Campo Bom e Estância Velha, e os dois principais órgãos regentes da atividade empresarial do Estado, a Fiergs e a Federasul.

Projetos desenvolvidos aos afi-lhados, eventos direcionados à clas-

CIC-BG aproxima-sede entidades-irmãs

Visita à FIERGS, Federasul e ACI de Novo Hamburgo permitiu troca de experiências

Presidente da ACI, Marcelo Clark Alves e o presidente do CIC-BG, Laudir Miguel Piccoli

se, formatos de reuniões e serviços e benefícios direcionados aos sócios estiveram entre os itens conhecidos e analisados pelo CIC, numa troca de ideias e expertises. As missões inter-nacionais de negócios realizadas pela Fiergs, com foco em exportações, es-tão entres os trabalhos vistos como oportunidade de expansão para Ben-to Gonçalves.

Para o presidente do CIC, Laudir Piccoli, a troca de informações entre as associações é um importante meio de fortalecer as entidades, pois acre-dita que o trabalho é mais eficiente quando a coletividade é empregada. “Vivemos realidades similares, e os períodos de crise acabam sendo frutí-feros na busca por novas visões e no-vos mercados”, comenta Piccoli.

Divulgação ACI

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 2017 EMPRESAS 5

O ranking da premiação da 15ª Seleção dos Melhores Vinhos, Espu-mantes e Sucos de Garibaldi, ocorrida no último dia 25 de agosto, foi lide-rado pelas vinícolas Garibaldi e Agos-tini, com nove medalhas de ouro. As bebidas campeãs da avaliação, pro-movida anualmente pela Associação dos Vinicultores de Garibaldi (Aviga), foram avaliadas por 29 enólogos en-tre 129 amostras, em julho deste ano, no Hotel Casacurta. O jantar de entre-ga da premiação, ponto alto do even-to, foi preparado pela Associação dos Motoristas de Garibaldi (AMG) e har-monizado com as bebidas vencedo-ras.

Outras empresas que também conquistaram medalhas de ouro são Courmayeur do Brasil Vinhos; Domno do Brasil; Indústria Vinícola São Luiz; Irmãos Chesini – Adega Chesini; Mi-lantino Vinhos Finos; Vaccaro & Cia; Vinícola Battistello; Vinícola Carlesso; Vinícola Cerutti; Vinícola Locatelli; Vi-nícola Pedrucci e Vitivinícola Santa

Priscila Boeira

Ranking da 15ª Seleção dos MelhoresVinhos, Espumantes e Sucos de Garibaldi

Expoagas 2018 já tem 80% dos espaços comercializados

A Expoagas 2018 ocorrerá de 21 a 23 de agosto do próximo ano, com o tema “Acelerando os Bons Negócios”, no Centro de Eventos Fiergs, em Por-to Alegre. A data da próxima edição do evento foi divulgada no encer-ramento da Expoagas 2017, que en-tre os dias 22 e 24 do último mês de agosto alavancou negócios de R$ 482 milhões. Durante os três dias da feira, ocorrida no Centro de Eventos da Fier-gs, os 347 expositores apresentaram aproximadamente 800 lançamentos de produtos e equipamentos, que estarão disponíveis nas prateleiras dos supermercados. “A feira mostrou tendências que estão em evidência no mercado, como a preocupação dos consumidores com saúde e bem--estar e alimentação mais saudável”, pontua o dirigente da Agas, Antonio Cesa Longo. Ele ressalta que a próxi-ma edição da feira já conta com 80% dos espaços comercializados.

A feira de negócios congregou re-presentantes de 6,9 mil empresas de diferentes segmentos da economia. Majoritariamente varejistas, os visi-tantes contemplaram setores como supermercados (60,7%), atacados (8,9%), padarias (5,5%), restaurantes (3,6%), lojas de conveniência (1,1%), açougues (0,9%), bares (0,6%), farmá-cias (0,4%) e hotéis (0,3%), entre ou-tros. O montante transacionado entre visitantes e expositores significa uma venda média de R$ 1,3 milhão por estande. “Em média, cada expositor investiu na feira cerca de 4% do que vendeu somente nos três dias. Além disso, muitos negócios são levan-

Crescimento nos negócios na edição de 2017 foi de 2,7% em relação a de 2016

tados na Expoagas e concretizados posteriormente”, lembra Longo, des-tacando que os gaúchos mais uma vez foram maioria entre os estandes – 72% do total de empresas exposito-ras.

Uma das novidades da última edição da feira, voltada a qualificação do evento foi a entrega do Prêmio Expoagas/Popai Brasil, que premiou estandes que mais se destacaram por sua atratividade e promoções comer-ciais. As empresas vencedoras foram divididas entre as categorias de mé-dio e grande porte e escolhidos a par-tir dos critérios de melhor design de estande; melhor ação promocional e melhor exposição de produtos. As vencedoras foram:

- Melhor design de estandeGrande porte: 1) Cooperativa Piá,

2) Vinícola Aurora, 3) Vinícola Garibal-di. Médio porte: 1) Gota Limpa, 2) Na-turovos, 3) Proforte

- Melhor Ação PromocionalGrande porte: 1) Romena, 2) Mar-

quespan, 3)Orquídea. Médio porte: 1) Gota Limpa, 2) Bebidas Chiamulera, 3) Grupo BRQ

- Melhor Exposição de ProdutosGrande porte: 1) Nordeste Ali-

mentos, 2) Vinícola Aurora, 3) Natu-rale. Médio porte: 1) Bebidas Fruki, 2) Silvestrin Frutas, 3) Gusman Alimen-tos

Pesquisa mostra satisfação dos expositoresNa pesquisa realizada pelo Insti-

tuto Segmento durante os dois pri-meiros dias da feira, foram ouvidas 104 empresas de todos os portes, sendo 74,1% da indústria, 11,5% do serviço e 14,4% do setor de comércio. Segundo os dados apurados, 58,9% das vendas concretizadas pelos ex-positores na Expoagas 2017 foram fechadas junto a varejistas gaúchos,

36,3% a compradores de outros es-tados brasileiros e 4,8% junto a com-panhias de outros países. De acordo com o estudo, 53,9% dos expositores informaram que realizaram negócios com profissionais de outros setores, além dos supermercadistas. Os seg-mentos mais citados pelos exposi-tores foram, pela ordem, restauran-tes (58,9%), padarias (41,1%), hotéis (35,7%) e bares (26,8%). As empresas expositoras ouvidas apontaram que, em média, as vendas na Expoagas representam 18,9% do total do fatu-ramento de agosto. Com relação à importância do evento, 76% dos ex-positores ampliaram a carta de clien-tes nos dois primeiros dias da feira e 99% atribuíram à Expoagas 2017 a classificação de muito importante ou importante para o desenvolvimento da dos negócios da sua companhia.

Cenário de otimismoNeste ano, o levantamento do

Instituto Segmento também abordou questões relacionadas à economia e aos escândalos políticos do País. No estudo, 78% dos entrevistados dis-seram já terem notado sinais de reto-mada da economia em seu negócio, e 96,2% apontaram que a crise mudou os hábitos de consumo dos gaúchos. Outro dado importante apresenta-do pelo levantamento mostra que 82,3% dos empresários entrevistados pretendem investir e/ou contratar novos funcionários ainda em 2017. Para 80,8% dos expositores ouvidos, os escândalos políticos afetaram de alguma forma seu negócio.

Dani Villar

Bárbara.O presidente da Aviga, Roberto

Battistello, destacou que a entidade está, há cada ano, mais comprometi-da com o desempenho do setor viti-vinícola do município. “Temos partici-

pado de diversos encontros técnicos voltados ao setor da uva e do vinho, buscando união em políticas voltadas para toda a cadeia produtiva”, acen-tuou Battistello.

O prefeito de Garibaldi, Antonio

Cettolin, fez a entrega de uma placa ao presi-dente Battistello com os seguintes dizeres: “O município de Garibaldi presta sua homenagem à Associação dos Viniculto-res de Garibaldi - AVIGA, que completa 20 anos de criação e 15 anos de realização da Avaliação de Vinhos, Espumantes e Sucos de Garibaldi nes-te ano. Reconhecemos o potencial desta asso-ciação que representa os interesses das pequenas vinícolas e dos seus as-sociados, promovendo a

união e um maior fortalecimento do setor, seja através de capacitações ou na participação e divulgação de seus produtos em eventos nacionais e in-ternacionais. Votos de muito sucesso à AVIGA, que é motivo para termos ainda mais orgulho de viver aqui”.

Premiados na 15ª Seleção dos Melhores Vinhos, Espumantes e Sucos de Garibaldi

Antonio Cesa Longo

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Melissa

BockEngenheira Agrônoma

Emater/RS-AscarPinto Bandeira

Maxwell

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 2017AGRICULTURA6

Doenças deinício de cicloda Videira

esta época do ano começam as brotações da videira e, por esse motivo, alguns cuidados são necessários para a prevenção de do-enças. Antes de mais nada é imprescindível que seja feita a diag-

nose correta para que se consiga um controle eficaz do patógeno.No início do estádio vegetativo, as principais doenças que acome-

tem a videira são a Antracnose (“varola” ou “olho de passarinho”) e a Escoriose. Ambas possuem sintomas semelhantes. Muitas vezes, o agri-cultor confunde essas doenças e acaba fazendo o controle errado, não erradicando a doença e prejudicando a planta.

A Antracnose pode causar danos na produção do ano e também comprometer as safras futuras, estragando as brotações e galhos novos. O patógeno ataca todas as partes verdes e jovens da planta que pos-suem tecidos mais suscetíveis do início da brotação até o início da matu-ração dos frutos, o que deprecia o produto. O fungo da Antracnose causa prejuízos com temperaturas na faixa de 15° a 18°C, primaveras úmidas, com chuvas abundantes e ventos frios. Nas folhas, aparecem pequenas manchas castanho-escuras no limbo, pecíolo e nervuras, na ponta dos ramos e dos brotos novos aparecem cancros profundos e dão a impres-são de queimadura. Após o desenvolvimento dos cachos, o ataque pode ocorrer no pedúnculo e nas bagas, aparecendo lesões arredondadas, necróticas e deprimidas, dando aspecto de olho-de-passarinho.

O fungo da Escoriose ataca tecidos jovens da videira, incluindo ra-mos, folhas, flores, ráquis e frutos. A temperatura ótima de infecção é de 23°C e com água livre ou 100% de umidade relativa. O fungo sobrevive durante o inverno em ramos, ráquis e no interior de gemas e na prima-vera reinicia o ciclo da doença. Períodos prolongados de chuva no início da primavera, quando as brotações estão emergindo, são favoráveis a infecção. Se o frio e a umidade se prolongarem, o patógeno pode pros-perar e a infecção se espalhar causando epidemia. O patógeno tende a se propagar dentro do vinhedo e não de um vinhedo para o outro e a disseminação a longas distâncias é causada pelo transporte, material de propagação ou mudas infectadas. Os sintomas característicos sur-gem nas bases dos ramos do ano, geralmente até o terceiro ou quarto entrenó, no início da brotação e se apresentam na forma de crostas ou escoriações superficiais de cor marrom-escura ou na forma de lesões alongadas longitudinais.

O controle da Antracnose pode ser feito seguindo as seguintes re-comendações:

l Evitar plantio em baixadas úmidas, ventos frios;l Pomar com boa insolação e arejamento;l Eliminar da parreira ramos com cancro (enterro, compostagem);l Utilização de quebra vento;l Utilização de cultivares resistentes (Concord, Isabel);l Tratamento de inverno com calda sulfocálcica (cuidar com as va-

riedades suscetíveis ao enxofre como a Concord e Bordô) e calda bor-dalesa;

l Controle químico no estádio 5 (ponta verde) até 35 (início da matu-ração) – repetir o tratamento com a ocorrência de condições favoráveis;

O controle da Escoriose pode ser feito seguindo as seguintes reco-mendações:

l Pomares com boa orientação solar (leste-oeste), aeração e evitar baixadas úmidas;

l Realizar a poda verde;l Retirar o material infectado do interior do vinhedo;l Tratamento de inverno com produtos à base de enxofre e cobre);l Utilização de fungicidas no estádio 5 (ponta verde) e no estádio 7

(primeiras folhas separadas).

O abastecimento do mercado de vinhos no Brasil registrou um cresci-mento de 3% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2016. Foram cerca de quatro milhões de litros a mais, entre os produtos es-tocados e os que estão disponíveis nas prateleiras, nos primeiros seis meses. Os dados foram apurados pelo Institu-to Brasileiro do Vinho (Ibravin) e levam em conta as operações envolvendo os vinhos nacionais e a importação de rótulos estrangeiros. De janeiro a junho foram 142.384.337 litros, en-quanto que nos primeiros seis meses de 2016 ocorreu a comercialização de 138.256.246 litros pelas vinícolas bra-sileiras e importadores.

Mesmo com a liderança do vinho brasileiro no mercado interno, que detém cerca de 65% de participação – incluídos os vinhos de mesa, finos e espumantes –, o maior crescimento ocorreu nas importações de vinhos. Houve um aumento de quase 40% na entrada de produtos estrangeiros no país, enquanto que o desempenho do vinho nacional teve um recuo de aproximadamente 10%.

Dificuldade na competiçãoO presidente do Ibravin, Dirceu

Scottá, destaca que a entrada de produtos da safra deste ano – que ultrapassou os 750 milhões de quilos – pode impulsionar um resultado me-lhor para o vinho brasileiro em com-paração ao primeiro semestre de 2017 De acordo com o dirigente, a venda direta ao consumidor, ligada às visitas em vinícolas com projetos voltados ao enoturismo, está entre as apostas para a retomada das vendas no mercado interno. “Estamos atravessando um período de dificuldade na competição

VINHOS

Abastecimento cresce 3%com os rótulos importados nas gran-des redes de supermercados, muitos com grandes volumes de importação direta. Tivemos um aumento no mer-cado de vinhos, melhor aproveitado pelos importados, que conseguem ser mais competitivos, trabalhando com as redes e desenvolvendo mar-cas próprias para elas. Além disso, os importados saem dos países de ori-gem com preços mais baixos devido a incentivos de seus governos à vitivini-cultura”, explica.

PerspectivasO diretor de Relações Institucio-

nais do Ibravin, Carlos Raimundo Pa-viani, pondera que a alta nas impor-tações pode ter ocorrido em função de aumentos das Margens de Valor Agregado (MVA), utilizadas no cálculo do Imposto de Circulação de Merca-dorias (ICMS), previstos neste primei-ro semestre para alguns estados. “De algum modo isso pode ter ocasionado um movimento de antecipação. Para Paviani, o baixo desempenho dos vi-nhos brasileiros no primeiro semestre é resultante, ainda, da queda de pro-dução no ano passado, quando ocor-reu uma quebra de safra de 57%. “Para o segundo semestre, quando um volume maior de vinhos produzidos nesta safra entrarem no mercado, a tendência é termos um desempenho melhor do que o primeiro”, completa.

A perspectiva dos dirigentes de melhores resultados no segundo se-mestre é corroborada pela série histó-rica dos últimos cinco anos. Com ex-ceção do ano de 2016, quando houve quebra de safra, as vendas no segun-do semestre foram 30% superiores, em média, em comparação com os primeiros seis meses de 2012 a 2015.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 2017 7

INHASV

A médica Veterinária Iadra Rubbo em seu dia de formatura

A nova Nutricionista Bruna Pedrotti

Ana Paula Todeschini e Fabiano Romanato esbanjando alegria no dia do ‘ sim’

A aniversariante Diully Mello comemorou seus 20 anos com familiares e amigos no último dia 26 de agosto. Parabéns!

Soberanas da Festa da Vindima 2018 de Monte Belo do Sul, eleitas no dia 9 de setembro: Segunda Princesa, Lilian Roieski; Rainha Eduarda

Canossa e Primeira Princesa, Letícia Viel

Merlo Fotografia

Alex e Sílvia Germer, Letícia Mazzon e William Vaccaro no jantar de premiação da 15ª Seleção dos Melhores Vinhos, Espumantes e Sucos de Garibaldi

Kátia Bortolini

Arquivo Pessoal

André Pellizzari Fotografia

André Pellizzari FotografiaAndré Pellizzari Fotografia

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LEGISLATIVO MUNICIPAL JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 20178

Essere Bella ExclusiveAgora o Essere Bella Salon possui mais um ambiente para atendimento

em Bento Gonçalves: o Essere Bella Exclusive. O espaço de beleza está locali-zado junto a Casa 816, na avenida Planalto, 816.

O espaço é dedicado a atendimento para eventos, turistas, além dos tra-dicionais clientes que o Essere Bella possui. Colorido e descontraído o Essere Bella Exclusive é a expressão do DNA da marca, fazendo com que o cliente se sinta confortável, aconchegado e feliz.

“Buscamos proporcionar uma experiência agradável, fazendo com que o cliente entre feliz e saia ainda mais feliz, realizado com sua beleza”, ressaltam as empresárias Simone Rossatto e Erica Cainelli, responsáveis pelos dois am-bientes de beleza na cidade.

No bairro Humaitá, o Essere Bella Salon agora está em novo endereço, mantendo os mesmos atendimentos, em um ambiente renovado e alinhado à essência da marca. O espaço agora está localizado na rua Pernambuco, 59 sala 102.

Fotos: Divulgação

O presidente da Câmara de Vere-adores de Bento Gonçalves, Moisés Scussel, em palestra almoço no Cen-tro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG), ocorrida no último dia 4 de setembro, ressaltou que o atual cenário político-econômi-co brasileiro requer a quebra de para-digmas, tanto por parte de dirigentes políticos e empresariais, como da po-pulação. “O atual modelo de Estado, provedor de todas as áreas, está com os dias contados. Mas, se torna urgen-te a participação da população para o aceleramento desse processo”, acres-centou.

Scussel também salientou que a maioria dos brasileiros confunde lucro com logro. “Está arraigado no incons-ciente do brasileiro, por vários moti-vos, que o lucro é algo não merecido. A palavra lucro, de origem latina, na língua portuguesa formou também a palavra logro, que tinha inicialmente o mesmo significado. Já na língua ingle-sa, lucro é sinônimo de proveito, resul-tado merecido. A sociedade brasileira deve entender que tanto lucro como

“O atual modelo de Estado está com os dias contados”, afirmou o presidente da Câmara de Vereadores de Bento em palestra no CIC

educação são atemporais”, explicou.

Economia de R$ 450 mil aos cofres públicosO assunto da palestra ‘Desafios e

Cenário do Legislativo Municipal gi-rou em torno da gestão que Scussel vem desempenhando frente à Casa, responsável pela economia de quase R$ 450 mil entre janeiro e julho deste

ano, em comparação com igual perí-odo de 2016. “Não há mais recursos. Os poucos que disponíveis precisam ser aplicados em áreas extremamen-te necessárias. Também não podemos ampliar e aumentar impostos. O fato é que somos todos chamados a uma nova situação, e ela pede a inclusão de cada cidadão. Este novo tempo é de participação e, por que não dizer, de voluntariado, de solidariedade”, disse.

Entre as ações que levaram a essa economia estão atitudes como à sus-pensão de diárias, os cortes de Função Gratificada de salários de servidores e a entrega de um imóvel alugado pela Câmara em gestão anterior, com o re-alocamento de funcionários na sede do Legislativo. A austeridade com os recursos também já oportunizou neste ano ao Legislativo a devolução de R$ 800 mil aos cofres da prefeitura.

O Tribunal de Contas do Estado recentemente classificou a Câmara de Bento Gonçalves como a segunda mais transparente do Rio Grande do Sul, em função de como estão sendo divulgadas remunerações, número de

servidores e pagamentos de terceiros, entre outras informações, no site do Legislativo local.

Origem dos recursosScussel apresentou ainda dados

de sua gestão e explicou a origem dos recursos que abastecem a Câmara – a Constituição estabelece que cidades do tamanho de Bento podem rece-ber até 6% das receitas do município (tributárias como IPTU, ITBI e multas) e de transferências da União (como FPM e IOF) e do Estado (como ICMS e IPVA). Tanto em 2016 quanto em 2017 o orçamento da Câmara ficou abaixo do limite constitucional – R$ 13,5 mi-lhões e R$ 12,5 milhões, respectiva-mente, frente à possibilidade legal de R$ 14,3 milhões e R$ 15,3 milhões – e, para 2018, a previsão é que fique ainda mais: R$ 12 milhões.

Além do aperto nas despesas, a Câmara trabalha em projetos impor-tantes, como a digitalização de docu-mentos datados desde 1947, o proto-colo eletrônico e a modernização da legislação municipal.

Moisés Scussel

Divulgação

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Caderno de Cultura e ArteJornal Integração da Serra

Nº 48 | Setembro 2017

Orgulho gaúchoOtávio Magnaguagno, 6 anos, veste com orgulho a indumentária gaúcha

Foto: Claudionir Luís da Costa

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2 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2017

Primeiras Palavras

RogérioGava

[email protected]

A Mel

screvo sob os olhares da Mel, a cachorrinha da minha filha Anna. Chegou em nossa casa em um momento de tristeza, de dor pela perda de

um ente querido. Frágil e pequenina, quase nos deixou também. Mas a bolinha de pelos venceu a eterna luta pela vida e agora cresce sem parar.

Rebelde e temperamental, cisma em fazer suas necessidades nos melhores tapetes. Adora deitar de barriga, aproveitando o frescor do piso para ar-refecer o corpo. E late sem parar, invocada e au-toritária, a cada toque da campainha. Eu, que fui iniciado no mundo dos cachorros depois de adulto – temos também o Bob, um vira-lata turbinado e super esperto, que chegou antes, e, como diz mi-nha filha, é agora irmão da Mel –, me maravilho a cada dia com as peripécias caninas.

De pelo marrom claro e bran-co, focinho proeminente e dentes afiados, a Mel mais parece uma raposinha fugida da floresta. Pos-sessiva, tomou para ela a poltrona da biblioteca onde trabalho. Ali, no silêncio das tardes mansas, enrodilha-se sobre uma almofada e cai no sono.

Olho a Mel em sua animalida-de, mas ela me é mais do que um cão. Penso no que estará sentin-do, quando a surpreendo me ob-servando. O olhar transparente e

piedoso dos cachorros. Que mistérios guardará? O escritor Alberto Manguel comenta que o relacio-namento que temos com um animal, põe em che-que a nossa própria identidade e a do animal com quem convivemos. O olhar de um cão nos obriga a sermos sinceros conosco; ele é uma espécie de espelho a refletir o que nem sabemos que somos. Um olhar que captura o nosso próprio olhar e o devolve.

A Mel me entende, e assim é paciente com mi-nhas leituras; dificilmente as interrompe. Pelo con-trário, quase sempre me fita, silenciosa, enquanto anoto partes de um livro ou converso com o au-tor. Fantasio sobre o que ela pensará dos livros. Já flagrei-a escalando cuidadosamente uma pilha de volumes sobre a mesinha, para em segundos desmoronar lá de cima. Esses dias a vi lambendo um exemplar do Umberto Eco; tem bom gosto a pequena. Já um livro de Nietzsche não teve igual sorte: deu-lhe uma boa dentada. Acho que ela não gosta de filósofos materialistas.

Se às vezes a pequena Mel incomoda, sua ausência enche a casa de vazio. A sensação de prover abrigo para um animalzinho tão indefeso é muito boa. O doce sentimento de cuidar de uma vida. De um ser que, como todos nós, não esco-lheu estar no mundo. Mas que ao mundo veio e agora trata de viver. Ajudamos a Mel a seguir seus dias e ela nos retribui da mesma forma. Trazendo graça e encanto à casa que descobriu como lar.

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A redação leu

Repr

oduç

ão

Uma história natural da curiosidade

Autor: Alberto ManguelPáginas: 487Editora: Companhia das LetrasAno: 2016

argentino naturalizado canadense, Alberto Manguel, é um escritor multifacetado: de sua pena já brotaram en-

saios, romances, traduções e antologias. Bibliófilo apaixonado, reuniu em sua casa – localizada em um vilarejo medieval no sul da França – uma biblioteca formidável com mais de trinta mil volumes. Atualmente dirige a Biblioteca Nacional da Argentina, cargo antes ocupado pelo grande escritor Jorge Luís Borges (de quem Manguel foi secretário de leitura na juventude).

“Uma história natural da curiosidade” é o livro mais recente de Manguel. Nele, o autor mapeia os textos e autores que o inspiraram ao longo de sua vida como leitor. O fio condutor do livro é a monumental Divina Comédia, de Dante Alighieri. O livro se estrutura em torno de dezessete questões de res-postas difíceis: “Quem sou eu”; “Qual é nosso lugar?”; “O que é verdade?”, são algumas delas. Temas que estão na origem das muitas histórias que o autor movimenta ao longo do livro. Tomás de Aquino, David Hume, Lewis Carroll, Sócrates e, so-bretudo, Dante, são os guias em meio a tais questões.

Um livro provocativo e de rara profundidade, que surpreen-de a cada página.

Dicas deFilmes

Programe-seMosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2017 | 3

O Estranho Sem NomeTítulo original: High Plains DrifterAno: 1973Direção: Clint EastwoodRoteiro: Ernest TidymanElenco: Clint Eastwood, Verna Bloom, Marianna Hill, Mitchell Ryan

BrunoNascimento

[email protected]

Um homem misterioso surge nas colinas e vai em direção da cidade de Lago. Ele encontra os habitantes fragilizados pela ameaça de um grupo de bandidos e oferece a sua ajuda em troca de privilégios. O povoado, então, começa a perceber que talvez o estranho sem nome não seja bem a ajuda que eles gos-tariam de receber.

No primeiro faroeste dirigido por Clint Eastwood, ele conse-gue ir além das suas referências e constrói uma história bizarra, com interpretações que podem ir do racional até o sobrenatural e tão misteriosa quanto o seu personagem (de moral extrema-mente questionável).

O filme é um tiro certeiro do diretor que até então havia so-mente atuado no gênero. Todos os ensinamentos de seus mes-tres anteriores aqui servem para uma obra original e enrustida nos clássicos estereótipos dos pistoleiros anteriormente interpre-tados por Clint.

Em uma cena em um cemitério, podemos ver em alguns túmulos os nomes “Don Siegel”, “Brian G. Hutton” e “Sergio Leone”. Clint Eastwood estava enterrando os seus diretores e marcando o início de uma etapa brilhante de sua carreira.

Reprodução

ExposiçõesO quê: Mostra “Fragmentos”, do artista Sílvio Henrique KlimQuando: até 30 de setembroLocal: Fundação Casa das Artes

Tertúlia MestreO quê: Tertúlia do Mestre Santa BárbaraQuando: 15 de setembro, às 20 horasLocal: Ginásio Municipal de Esportes de Bento Gonçalves

Estação PrimaveraO quê: Estação Primavera em BentoQuando: de 15 de setembro a 19 de novembroLocal: Bento Gonçalves

Leopoldina BierO quê: Leopoldina Bier GardenQuando: 20 de setembro, às 14 horasLocal: Cervejaria Leopoldina - BR 470

Cine Ovelha CaféO quê: Exibição do filme “Bonequinha de Luxo”, no Cine Ovelha Café Quando: 21 de setembro, às 20 horasLocal: Ovelha Café Literário

Espetáculo CênicoO quê: Bento em CenaQuando: de 21 a 24 de setembroLocal: Fundação Casa das Artes

ShowO quê: Tequila Baby e Os Horácios Quando: 23 de setembro, às 23 horasLocal: Ferrovia Live

Safra 2017O quê: XXV Avaliação Nacional de VinhosQuando: 23 de setembro, às 8 horas Local: Fundaparque

YogaO quê: Palestra gratuita: Ashtanga Yoga e as travas emocionaisQuando: 28 de setembro, às 19h30minLocal: Hridaya, Centro de Yoga

Festival do Vinho ColonialO quê: Festival Nacional do Vinho ColonialQuando: 6 de outubro, às 20 horasLocal: Salão comunitário de Tuiuty

Confrarias do VinhoO quê: I Encontro Nacional de Confrarias do VinhoQuando: 6 a 8 de outubroLocal: Fundação Casa das Artes

Rock e cervejaO quê: Rocktoberfest 2017Quando: 7 de outubro, às 12 horasLocal: Estação Blauth - Farroupilha

Bento em DançaO quê: Festival Bento em DançaQuando: de 7 a 14 de outubroLocal: Fundaparque

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4 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2017

O Festival Brasileiro de Música de Rua - Ano 6 - segue sua trajetória pelas cidades da Serra Gaúcha ocor-rendo em Garibaldi, nos dias 22 e 24 deste mês, em sua segunda edição no município. Com a temática “Amor Pela Música”, a programação, gratui-ta, promove debates em escolas, pa-lestras e o Festival na Praça Loureiro da Silva, com uma série de apresen-tações musicais. As atividades ini-ciam na sexta-feira, 22, nas escolas Instituto Estadual de Educação Irmã Teofânia e na Escola Estadual Santo Antônio, nos turnos da manhã e tar-de, com debates sobre economia e cultura e com a palestra “O Estudo é a Cura - o rap como ferramenta de cidadania”, apresentada pelo rapper e mestrando em Educação, Chiqui-

Nos próximos dias 14 e 15 de setembro, Ben-to Gonçalves terá uma programação diversificada com o evento Ciclos de Percussão, realizando ofi-cinas e shows no Sesc Bento Gonçalves. Será um repertório com os ritmos brasileiros, instrumentos de percussão e Roda de Samba. O projeto surgiu com base em pesquisas sobre a música popular do Brasil e suas regionalidades, desenvolvidas pelo grupo Ciclos. O evento é realizado pela Aka-ra, mais apoiadores.

No dia 14 de setembro, quinta-feira, ocorre a oficina de percussão a partir das 18 horas, em que os

participantes podem experimentar instrumentos e ritmos a partir de brincadeiras e jogos com base nos ritmos brasi-

Música de RuaFestival Brasileiro em itinerário na Serra Gaúcha, agora em Garibaldi, nos dias 22 e 24 deste mês

nho Divilas. Às 19 horas, na Biblio-teca Pública de Garibaldi, acontece a Incubadora da Música, com a pa-lestra “Viver de Música - O Negócio da Música”, ministrada pelo músico e produtor Luciano Balen.

A programação de do-mingo, 24, na Praça Loureiro da Silva, situada no centro do município, inicia às 14 horas, destacando a pluralidade e a diversidade de gêneros musicais. A novidade desta edição é a participação da garibaldense Lela Rosanelli. Entre as atrações, o DJ Mu-zak, o novíssimo projeto De Boni & Henz e o rock n’roll da

banda Bardos da Pangeia. Também na praça, acontece a Feirinha Criativa e foods trucks com comercialização de alimentos e cerveja artesanais.

O festival será palco ainda para as rimas do rapper Chiquinho Divilas, para o encontro especial das cantau-toras gaúchas Vic Limberger e Lela Rosanell e à música do mundo do duo Magabarat. As bandas Ccoma e Yangos também estão na seleção de artistas. “Subtropical Temperado” é o mais recente disco do Ccoma, que foi indicado ao 28º Prêmio da Músi-ca Brasileira. Yangos volta a Garibal-di com sua música instrumental dos pampas, lançando o disco “Chama-mé”.

O Festival Brasileiro de Música de Rua - Ano 6 - Integração Re-gional é promovido pela Guerrilha Produções e Sistema Fecomércio SESC/RS, com financiamento do Pró-Cultura RS - Secretaria de Es-tado da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul. Em Garibaldi, acontece com a parceria da Prefeitura Municipal, Secretaria do Turismo e Cultura.

A etapa Serra Gaúcha, que já ocorreu em Bento Gonçalves em junho e, em Gramado, no mês de julho, também será promovida em Flores da Cunha e São Marcos nos meses de outubro e novembro des-te ano.Chiquinho Divilas

A garibaldense Lela Rosanelli estará se apresentando no Festival Brasileiro de Música de Rua

Reprodução Jhonny Rigon

Divulgação

Ciclos de percussão realiza show e oficinas no Sesc Bentoleiros. No dia 15 de setembro, sexta-feira, a programação segue com a oficina de Samba de Roda, a partir das 18 horas, com participação gratuita. Em ambas as noites ha-verá, às 20 horas, o show Sons BR, apresentando algumas músicas dos ritmos Cacuriá, Coco e Samba de Roda, ori-ginados na região norte do Brasil. Os ingressos custam R$ 10 inteira e R$ 5 meia entrada. Em prol da acessibilidade, haverá três lugares para cadeirantes.

O grupo iniciou em 2016 como projeto artístico e de pesquisa acerca do universo percussivo e conta com a participação de músicos, pesquisadores e educadores. O grupo tem direção artística de Natália NaTú, com a parti-cipação dos músicos Cristiane Schimitz, Fernanda Baruffi, Jaqueline Schmitz, Jonatas de Barba.

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2017 | 5

pós a programação intensa do Celebra Rock Bento em

função do Dia Mundial do Rock em julho deste ano, agora a Rua Coberta receberá em setembro o Metal Sul Festival. O evento ocorre nos dias 15 e 16 deste mês, na sexta a partir das 18 horas e no sábado, a partir das 14 horas.

A programação, que inclui pa-lestras, bate-papos e exposições, encerra com a apresentação da Or-questra de Sopros de Novo Ham-burgo, junto aos vocalistas Izmá-lia e Sandro Seixas, interpretando clássicos do Rock e Metal mundial. O som pesado das bandas Doc Jo-nes, A Sorrowful Dream, Bloodwork, Piangers & Seixas Inc. e Distraught serão responsáveis pela destruição sonora, enquanto Ricardo Finocchia-ro Bolsoni, Frank Jorge, Vandi Hard, Nayane Bragança, Cláudia Kunst, Eduardo Pisca, Rafael Giovanoli e Marcos Miller comandarão bate-pa-pos, desfiles e exposições.

Primeira etapa ocorreuem Caxias do SulNos dias 18 e 19 de agosto des-

te ano, o município de Caxias do Sul sediou a primeira etapa do festival na Serra Gaúcha, no Centro Municipal de Cultura Dr. Henrique Ordovás Fi-lho, reunindo cerca de 400 pessoas. “A repercussão que estamos tendo em torno desta edição nos faz perce-ber o quanto o estilo Heavy Metal é respeitado. Esse reconhecimento faz jus ao trabalho que fizemos em torno do edital para que ele fosse aprova-

PROGRAMAÇÃO RUA COBERTA E CASA DAS ARTES

15 DE SETEMBRO - SEXTA-FEIRA18h Palestra Produção Fonográfica com Frank Jorge - coordenador do curso de Produção Fonográfica da Unisinos19h Palestra Produção executiva no cenário Heavy Metal de shows nacionais e internacionais com Ricardo Finocchiaro20h Show com Bloodwork21h Show com Piangers & Seixas Inc. 16 DE SETEMBRO - SÁBADO15h Bate-papo e exposição de ilustrações de capas de discos e bate-papo com o artista Marcos Miller16h Desfile de telas humanas tatuadas por Rafael Giovanoli17h Show da banda Doc Jones18h Show da banda A Sorrowful Dream19h Show com a banda Distraught20h Roda de bate papo: As Mulheres no cenário Heavy Metal, com as produtoras Vandi Hard, Nayane Bragança e Cláudia Kunst - mediação do produtor Eduardo Pisca21h Concerto da Orquestra de Sopros de Novo Hamburgo interpretando clássicos do Heavy Metal, com os solistas Izmália e Sandro Seixas e o guitarrista Everton Batistel

Metal Sul FestivalPrimeiro Festival de Metal a receber incentivo do Estado ocorre em Bento Gonçalves em 15 e 16de setembro, na Rua Coberta

do. Agora, estamos envolvidos com a edição de Bento Gonçalves para que o evento supere as expectati-vas”, ressalta a idealizadora Cláudia Kunst.

Pró-Cultura RSO Metal Sul Festival é o primeiro

festival de Heavy Metal a receber in-centivo público, através de edital da Secretaria de Estado da Cultura, Tu-rismo, Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul. O projeto é uma realização da Kunst Empresa de Cultura, finan-ciado pelo Pró-Cultura RS - Lei de In-centivo e Fundo de Apoio à Cultura, contemplado pelo FAC Regional, em 2016. As prefeituras de Caxias do Sul e Bento Gonçalves também apoiam o evento através das secretarias de Cultura de cada município. O festival recebe a curadoria de Maicon Leite.

De acordo com Cláudia, Caxias do Sul e Bento Gonçalves foram es-colhidas para sediar o Metal Sul Fes-tival pelo grande potencial desses municípios no cenário Heavy Metal. “A Serra Gaúcha possui muitas ban-das do estilo, com sinceros entusias-tas. De acordo com algumas diretri-zes do edital, tivemos de optar em realizar o projeto em determinadas regiões funcionais, mas não podería-mos ter atrações desses municípios se apresentando nelas. Por isto, não teremos nenhuma banda de Caxias e Bento Gonçalves na programa-ção”, explica. Ela salienta que a ideia é levar as bandas desses municípios para circular pelo Estado nas próxi-mas edições do evento.

Orquestra de Sopros de Novo Hamburgo é uma das atrações do Metal Sul Festival

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6 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2017

Heavy, trash e groove, vertentes do metal, descrevem a sonoridade da banda bento-gonçalvense New Bridge, formada por André Paludo e Regis William nas guitarras, Alessandro Mocellin no baixo, Bruno Neves na bateria. Ain-da sem vocalista confirmado, a formação trabalha no seu álbum de estreia, previsto para o primeiro trimestre de 2018. O disco receberá como título o antigo nome da banda, “Burn N’Bleed”. O nome foi alterado em meados de 2016, quando surgiu a ideia do álbum, marcando um recomeço para os músicos. “Gostamos de pensar que a partir da mudança de nome, marca e formação, somos uma nova banda. Vários trabalhos dos tempos iniciais estão sendo aproveitado, mas

Lançado no último dia 25 de agosto, o videoclipe da canção “You Can Go Back”, da banda Darkship, de Carlos Barbosa, já alcançou mais de 11 mil visualizações no Youtube. A canção é uma regravação que faz parte do primeiro disco, “We are Lost“, lançado em fevereiro de 2016. O vídeo conta com a direção de Douglas Coutinho, que também produziu os outros dois videoclipes da DarkShip, das canções “Frozen Feelings” e “II Hearts”, também do primeiro disco. As gravações do novo videoclipe ocorreram nas cida-des de Guaíba, no porto hidroviário, na faculdade Ests de São Leopoldo e em Garibaldi, no Hotel Mosteiro São José.

Formada no final de 2010, a banda é composta por Sílvia Cristina Schneider Knob e Marcos Follador

Por Natália Zucchi

Metal na Serra

DarkShip

Com o intuito de valorizar a produção musical e cultural local, o Jornal Integração da Serra dá continuidade à reportagem “Nova geração de bandas autorais de rock and roll em Bento Gonçalves”, publicada na edição de

agosto, agora apresentando três bandas do gênero Metal e suas vertentes, formadas na região da Serra Gaúcha.

Douglas C. Coutinho

Banda de Carlos Barbosa trabalha em trilogia conceitual e lança novo clipe

nos vocais, Joel Pagliarini na bateria, Rodrigo Schäfer no baixo e Ander Santos no violino, com novo guitar-rista ainda não anunciado. Além de produzir todo seu material de forma independente, a banda comercializa camisetas, CD e cerveja oficiais. O material é distribuído nacionalmente e para os Estados Unidos e países da Europa, através da assessoria da empresa R.I.N.D. Entertainment.

A Darkship traz uma proposta diferenciada através de um gênero do metal criado pela própria banda, o Electro Modern Metal. “Nos au-todenominamos criando a Electro Modern Metal. Muitos fãs e a mídia nos questionavam sobre o estilo do nosso som, por ser muito variável. A proposta musical do DarkShip nun-ca foi ter um rótulo específico den-tro do metal. Trabalhamos nossas

músicas de uma forma que abrange ritmos e melodias do Power, Heavy, Prog e Ghotic Metal, com ideias or-questrais que vão se fundindo com muita variedade do eletrônico. As letras possuem uma temática do gó-tico romântico e as linhas de vocais com coros a vocais guturais, pegan-do influências tanto do pop ao death metal, quanto do rock ao lírico”, ex-plica o baterista Joel Pagliarini.

Casal vítima de maldição Eles trabalham em três álbuns

que dão origem a uma trilogia con-ceitual. Nela, é narrada uma histó-ria fictícia sobre um casal apaixo-nado vítima de uma maldição que os condena a viver eternamente distantes. A história se passa em mundos e submundos controlados por uma força chamada “Darkship”.

Nesse contexto, o casal mostra re-sistência e o desejo de reencontro, lutando para romper com a maldi-ção imposta. “As letras e os arran-jos são sempre feitos em conjunto pelos membros. Pensamos não só em uma sequência de histórias em nossas letras conceituais, mas com uma continuação também de álbuns e seus títulos e sonoridade”, ressalta Pagliarini.

Ele também salienta que o públi-co do metal na região da Serra é fiel. “Sempre penso que se você quer o melhor, mostre o melhor, não espere pelo outro. Isso deveria acontecer em todos os lugares e com todas as pessoas e setores que fazem o mercado Rock e Metal movimentar. Sejam públicos ou privados, devem se importar com o público que irá consumir”, observa o músico.

Dose Extra

New Bridge

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2017 | 7

Uma banda de Heavy e Trash Metal composta por músicos em-preendedores. Essa é SuperSonic Brewer, de Bento Gonçalves, forma-da por Vinicius Durli no vocal e no baixo, Rodrigo Fiorini e Jovani Fra-casso nas guitarras e Evandro da Sil-va na bateria. O grupo, formado em 2004, já possui três cds lançados, dois LPS e um EP, e agora trabalha no quarto disco, intitulado In Black-ness. Após uma pausa nos ensaios e shows em decorrência da saída do guitarrista Maurício Menegotto em 2016, os ensaios foram retoma-dos neste ano para a preparação do quarto disco e retorno aos palcos, previsto para o final deste ano.

O disco, que contará com dez faixas autorais, incluindo o single “Trapped in an hourglass” de 2016, tem lançamento previsto, através da MS Metal Records, para o primeiro semestre de 2018, em forma física e também no Spotify.

O empreendedorismo dos músi-

o foco é no que fazemos hoje. O fato de estarmos todo esse tempo juntos, torna a parceria muito mais forte, o que nos dá mais força para trabalhar e continuar produzindo material. Isso marca a transição para um caminho novo, por isso o nome ‘New Bridge’ que significa nova ponte”, explica William.

O EP contará com seis composições próprias, en-tre elas a regravação do single já lançado em 2016, “No Guilt”, também composta pela banda. O lançamento será independente. O disco terá poucas cópias físicas, com distribuição limitada, porém estará disponível nas platafor-mas digitais ainda a ser negociadas, como a Spotify.

Letras voltadas a temas reflexivos

A New Bridge, fundada em 2008 pelos integrantes Cris Vargas e Régis William, ini-cialmente foi influenciada por grandes bandas como Sepultura, Pantera, Black Sabbath, Slipknot e Marilyn Manson. Hoje, acrescenta a influência da Lamb Of God. As músicas próprias do grupo só começaram a ser compostas em 2011 e 2012, iniciando “uma nova fase, carregada de motivações e uma busca pela excelência musical”, conforme declaram na sua fanpage no Facebook. Nas composições, temas reflexivos sobre a sociedade, situ-ações pessoais, ter ou não ter fé, além de críticas sociais e políticas. Segundo Willian, as ideias iniciais das letras e das composições surgem para um dos membros e depois são discutidas e trabalhadas por todos.

Em dezembro de 2016, a banda lançou o videoclipe da música “No Guilt” em evento no Ferrovia Live. O clipe foi gravado em novembro de 2016, com roteiro de Wesley Mello, Felipe Bianchi, produção e edição de Ernani Savaris e com a participação da modelo Pa-trícia Locatelli. O vídeo está disponível no Youtube e no site da banda.

SuperSonicBrewer:

banda de Heavy e Trash Metal prepara quarto disco e lançamento de

produtos

cos é representado por uma linha de violões lançada pelo guitarrista Ro-drigo Fiorini, com a marca SSB Cus-tom Guitars. Além disso, em breve, a banda pretende usar a marca para lançar sua própria cerveja artesanal e uma máquina de tatuar, desenvol-vida pelo baterista e também tatua-dor, Evandro da Silva.

Durli adianta que o novo disco será uma mistura de álbuns já lan-çados, com um som mais maduro. “Ele será mais melódico quando comparado aos anteriores. Os vo-cais e os solos das guitarras estão recebendo mais atenção. A novida-de é a inserção de violões na sonori-dade da banda, que antes utilizava o instrumento para uma única versão acústica da música Blood Washed Hands”, acrescenta. Ele ressalta que o público pode esperar “um disco de heavy metal, sem frescura”. “Di-gamos que todos temos objetivos na vida, nosso objetivo foi fazer o nosso Master of Puppets do Metalli-

ca”, destaca. As músicas da banda falam de

temas variados, que abrangem des-de acontecimentos históricos, moti-vações e conflitos pessoais até de-pressão, entre outros assuntos que assombram o ser humano. Elas são escritas pelo vocalista e compostas junto à banda, com os ajustes do produtor Ernani Savaris.

Distribuição na EuropaA 10ª faixa do segundo disco da

banda, intitulada “On the Ashes of In-sanity”, integra a coletânea “The Ga-tes of the Brazilian Scene”, que será lançada no dia 15 de setembro na Europa, com distribuição exclusiva no continente.

Eles foram convidados a parti-cipar da coletânea através da sua assessoria de imprensa, a MS Metal Agency, que também é a responsá-vel pelo projeto. Segundo Durli, eles são a única banda de metal do Rio Grande do Sul a integrar essa cole-

tânea, que será lançada de forma física e digital.

Mais de 13 anos de históriaA SuperSonic Brewer lançou seu

primeiro disco Broken Bones em 2011, produzido de forma indepen-dente. Já em 2014, a banda lançou seu segundo álbum, Overthrow the Bastard, pela MS Metal Records e Rising Records. O álbum contou com a criação e produção de Ernani Savaris, do Soundstorm Studio, em parceria com a banda. Também lan-çaram o EP “3rd Chapter: One More Binge”, em 2015, distribuído nova-mente pela MS Metal Records.

“O maior desafio nesse meio é viver da música. Isso sempre será um desafio para as bandas de hea-vy metal. Sempre tem bandas novas surgindo e sempre terá. Os mais ve-lhos vão ficando em casa, assistindo TV, enquanto os novos tocam o ter-ror na cidade”, observa Durli.

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Dias 07,10, 11, 12, 13 e 14 ocorre, a partir das 20h30min, tertúlia livre e jantar na ABCTG

7 de setembro - quinta-feiraAbertura dos Festejos Farroupilhas na Rua Marechal Deodoro

8 de setembro - sexta-feira9h - Abertura do acampamento Farroupilha22h - Show baile com Matheus Teixeira e Grupo Pachola na ABCTG

9 de setembro - sábado11h - Chegada da Chama Crioula no Parque Municipal de Rodeios General Bento Gonçalves da Silva20h30min - Jantar de Integração - 50 anos da Fenavinho22h - Entrega de placas aos homenageados das entida-des e do Município23h - Baile com Luis Moreira e Grupo Estampa Galpoe-neira na ABCTG

10 de setembro - domingo15h - Encontro de trovadores na ABCTG

11 de setembro - segunda-feira20h - Sessão de cinema - Filme do Teixeirinha - ABCTG

A CARGO DO CTG SOPRO DO MINUANO14 DE SETEMBRO (quinta feira) Jantar com Salsichão, salada e carreteiro para alunos, professores e direção da Escola Pedro Migliorini (aberto também à Comunidade em Geral) - 20h - Valor: R$ 12,00 - Ginásio da Escola Pedro Migliorini15 DE SETEMBRO (sexta feira)Jantar com Massa, franco, salsichão e salada para moto grupos (aberto também à Comunidade em Geral) - 20h - Valor: R$ 20,00 - Ginásio da Escola Pedro Migliorini16 DE SETEMBRO (sábado)Jantar Baile na Sociedade 24 de Maio - 20h - com ani-mação do Grupo ECO DO RIO GRANDE. (Informações: 99648.5017 - Bluner)17 DE SETEMBRO (domingo)Mateada de integração no Ginásio da Escola Pedro Mi-gliorini a partir de 16h20 DE SETEMBRO (quarta- feira)Jantar com Massa, frango, salada e pão para Grupo da Terceira Idade (aberto também à Comunidade em Geral) - 19h30min - Valor: R$ 20,00

Bento Gonçalves iniciou a sua programação dos Festejos Farroupi-lha, alusivo às comemorações de 20 de setembro - Revolução Farroupilha, ainda no último dia 7 de setembro, com a chegada da Chama Crioula na Rua Marechal Deodoro, após o desfile cívico da Semana da Pátria.

Neste ano, a festa homenageia o gaúcho Adiles Rodrigues de Freitas, fundador do CTG Herança de Bravos e sócio dos CTGs Gaudério Serrano, Laços da Amizade e Alvorada Gaúcha. Ele também atuou como coordena-dor Regional da 11ª Região Tradicionalista do MTG entre os anos de 1988 a 2001. No ano de 1996, Adiles foi eleito o primeiro Presidente da Associa-ção Bentogonçalvense da Cultura Tradicionalista Gaúcha - ABCTG, onde ficou até 2011 e agora é vice-presidente da Associação. A programação da Semana Farroupilha está sendo coordenada pelo presidente da ABC-TG, Claudiomiro Laurindo Dias, em parceria com a prefeitura, através da Secretaria Municipal de Cultura.

Também com homenagens, a Fenavinho é lembrada no evento por seus 50 anos, em que também foi responsável por destacar o tradiciona-lismo gaúcho. Durante a primeira Fenavinho, danças tradicionalistas foram apresentadas pelos CTGs bento-gonçalvenses.

PROGRAMAÇÃO12 de setembro - terça-feira20h - Sessão de cinema- Filme do Teixeirinha- na ABCTG

13 de setembro - quarta-feira20h30min - Jantar baile em prol da causa animal, com Je-verson Carell, na ABCTG

14 de setembro - quinta-feira14h - Baile para a Terceira Idade, com grupo Marca Cam-peira, na ABCTG

15 de setembro - sexta-feira19h - Tertúlia da Escola Estadual Mestre Santa Bárbara, no Ginásio Municipal de Esportes22h - Baile com Moises Oliveira e Grupo vozes do Campo na ABCTG

16 de setembro - sábado14h - Encontro com invernadas das entidades tradiciona-listas na ABCTG16h - Campeonato de bocha campeira na ABCTG23h - Baile com o Grupo Tropilha Gaviona na ABCTG

17 de setembro - domingo9h - Torneio de Truco na ABCTG10h - Futebol de bombacha na ABCTG

Na Rua Coberta 14h - Início da mateada e encontro de invernadas das entidades tradicionalistas17h30min - Show com Os Gaudérios

18 de setembro - segunda-feira14h - Projeto Leitura, visita de estudantes a ABCTG. Mo-mento cívico e recepção das escolas20h Sessão de cinema - Filme Teixeirinha - ABCTG21h Tertúlia livre - Jantar na ABCTG

19 de setembro - terça-feira8h - Projeto Leitura, visita de estudantes na ABCTG. Mo-mento cívico e recepção das escolas14h - Projeto Leitura, visita de estudantes na ABCTG. Momento cívico e recepção das escolas22h - Show com Paulo Costa e baile com Grupo Siste-ma Antigo, na ABCTG

20 de setembro - quarta-feira9h30min - Cavalgada de Cristo Rei11h - Celebração Crioula na ABCTG12h - Almoço na ABCTG14h - 2º Gaitaço16h - Encontro de invernadas e apresentação das in-vernadas da Tertúlia da Escola Mestre Santa Bárbara18h - Extinção da Chama Crioula

Monte Belo do SulProgramação da Semana Farroupilha agrega setores

A CARGO DA ESCOLA PEDRO MIGLIORINI19 DE SETEMBRO (terça feira)19h - Tertúlia Nativista no Ginásio da Escola Pedro Migliorini

A CARGO DE VIDEOARTS PRODUÇõES• Festival do Cordeiro22 DE SETEMBRO (sexta feira) - Serenata na Praça Padre José Ferlin - a partir de 18h com espetáculos culturais23 DE SETEMBRO (sábado) - Jantar do Cordeiro na Sociedade 24 de Maio com anima-ção do Grupo RAGAZZI DEI MONTI - Informações: (99634.2533)24 DE SETEMBRO (domingo) - Almoço do Cordeiro - Meio-dia na Sociedade 24 de Maio e concurso do melhor assador na Praça Padre José Ferlin, a partir das 8h da manhã23 e 24 DE SETEMBRO (sábado e domingo) - Feira de Produtos Montebelenses, no Salão Paroquial

A CARGO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTE BELO DO SUL - 20 DE SETEMBRO (quarta- feira)• Festividade de Encerramento da Programação na Praça Padre José Ferlin e aberto à Comunidade14h - Show com valores locais das Escolas Municipais Roman Ross e Caminhos do Aprender15h30 - Show com ECO DO RIO GRANDE

Semana Farroupilha em Bento Gonçalves

Adiles Rodrigues de Freitas

Ex-presidente da ABCTG, Dirceo Barp, e o atual presidente, Claudiomiro Laurindo Dias, unidos em prol do

tradicionalismo

Fotos: Reprodução

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2017 | 9

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Tradição Gaúcha para os Filhos do Rio Grande

Por Arnaldo Jabor

O Rio Grande do Sul é como aquele filho que sai muito diferente do resto da família. A gente gosta, mas estranha. O Rio Grande do Sul entrou tarde no mapa do Brasil . Até o começo do século XIX, espanhóis e portugueses ainda se esfolavam para saber quem era o dono da terra gaúcha. Talvez por ter chegado depois, o Estado ficou com um jeito diferente de ser.

Começa que diverge no clima: um Brasil onde faz frio e venta, com pi-nheiros em vez de coqueiros, é tão fora do padrão quanto um Canadá que fosse à praia. Depois, tem a mania de tocar sanfona, que lá no RS chamam de gaita, e de tomar mate em vez de café. Mas o mais original de tudo é a personalidade forte do gaúcho. A gente rigorosa do sul não sabe nada do riso fácil e da fala mansa dos brasileiros do litoral, como cariocas e baianos. Em lugar do calorzinho da praia, o gaúcho tem o vazio e o silêncio do pam-pa, que precisou ser conquistado à unha dos espanhóis.

Há quem interprete que foi o desamparo diante desses abismos horizon-tais de espaço que gerou, como reação, o famoso temperamento belicoso dos sulinos.

É uma teoria - mas conta com o precioso aval de um certo Analista de

Bagé, personagem de Luis Fernando Veríssimo que recebia seus pacientes de bombacha e esporas, berrando: “Mas que frescura é essa de neurose, tchê?”

Todo gaúcho ama sua terra acima de tudo e está sempre a postos para defendê- la. Mesmo que tenha de pagar o preço em sangue e luta.

Gaúcho que se preze já nasce montado no bagual (cavalo bravo). E, antes de trocar os dentes de leite, já é especialista em dar tiros de laço. Ou seja, saber laçar novilhos à moda gaúcha, que é diferente da jeito ameri-cano, porque laço é de couro trançado em vez de corda, e o tamanho da laçada, ou armada, é bem maior, com oito metros de diâmetro, em vez de dois ou três.

Mas por baixo do poncho bate um coração capaz de se emocionar até as lágrimas em uma reunião de um Centro de Tradições Gaúchas, o CTG, criados para preservar os usos e costumes locais. Neles, os durões se der-retem: cantam, dançam e até declamam versinhos em honra da garrucha, da erva-mate e outros gauchismos. Um dos poemas prediletos é “Chimar-rão”, do tradicionalista Glauco Saraiva, que tem estrofes como: “E a cuia, seio moreno/que passa de mão em mão/traduz no meu chimarrão/a velha hospitalidade da gente do meu rincão.” (bem, tirando o machismo do seio moreno, passando de mão em mão, até que é bonito).

Esse regionalismo exacerbado costuma criar problemas de imagem para os gaúchos, sempre acusados de se sentir superiores ao resto do País.

Não é verdade - mas poderia ser, a julgar por alguns dados e estatísti-cas.

O Rio Grande do Sul é possuidor do melhor índice de desenvolvimento humano do Brasil, de acordo com a ONU, do menor índice de analfabetismo do País, segundo o IBGE e o da população mais longeva da América Latina, (tendo Veranópolis a terceira cidade do mundo em longevidade), segundo a Organização Mundial da Saúde. E ainda tem as mulheres mais bonitas do País, segundo a Agência Ford Models. (eu já sabia!!! rss) Além do gaúcho, chamado de machista”, qual outro povo que valoriza a mulher a ponto de chamá-la de prenda (que quer dizer algo de muito valor)?

Macanudo, tchê. Ou, como se diz em outra praças: “legal às pampas”, uma expressão que, por sinal, veio de lá.

Aos meus amigos gaúchos e não gaúchos, um forte abraço!

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10 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2017

Cinco músicos gaúchos incumbidos da missão de difundir a sonoridade e bele-za do acordeon para os palcos brasileiros e latino-americanos. É assim que se veem os integrantes do Quinteto Persch, formado em 1999 em Porto Alegre. O quinteto conta com cinco acordeonistas, sendo o único gru-po brasileiro com formação instrumental em música de câmara. O grupo já possui três cds gravados. Os dois primeiros, lançados em 2009 e 2012, possuem repertório clássi-co de composições de Astor Piazzolla, Mo-zart, Vivaldi e Ivano Battiston, entre outros. Já o terceiro, lançado em 2015 e intitulado “Brasileiríssimo”, conta com obras de Ernani Aguiar, Toninho Ferragutti, Radamés Gnattali, Guerra-Peixe e Villa-Lobos.

O Quinteto Persch é formado por Adria-no Persch, André Machado, Daniel Castilhos, Luciano Rhoden e o bento-gonçalvense Eze-quiel de Toni. Ele começou a integrar o quin-teto em 2013, sendo o último a entrar na atual formação. Antes dele, passaram outros dois músicos que também tocavam acordeon bai-xo. De Toni cursa licenciatura em Música na UCS e é professor de acordeon na PlayMusic em Bento Gonçalves e na escola de música Maria Carolina, em Farroupilha e Carlos Bar-bosa. Todos os integrantes são professores de música em diversas cidades do Rio Gran-

Fique Informado!Entretenimento, promoções,

músicas e muita notícia.

QuintetoPerschÚnico grupo do Brasil com formação instrumental em música de câmara

Por Natália Zucchi

Música de CâmaraA música de Câmara surgiu no século XVI e

servia como entretenimento para reis e nobres em festas, eventos ou jantares importantes que ocor-riam nos castelos. É a música erudita composta para um pequeno grupo de instrumentos ou vo-zes, que eram acomodados nas câmaras dos pa-lácios. Por isso a origem do nome, como sinônimo de quarto ou pequeno cômodo. Atualmente a ex-pressão é usada para qualquer música executada por um pequeno número de músicos.

de do Sul.O instrumento do músico de Bento Gon-

çalves, modelo acordeon baixo, cumpre a função do violoncelo e do contrabaixo. “O modelo tem sua sonoridade mais grave, como a mão esquerda do piano”, explica de Toni. Devido à característica sonora grave, o instrumento tem apenas os baixos, que cor-respondem somente ao teclado do acordeon.

Música de Câmara e Semana FarroupilhaDe Toni, que toca acordeon desde os oito

anos, já se apresentou em CTGs de Bento Gonçalves e de outros municípios da região. Segundo ele, entre os músicos referências para a sua carreira, estão Albino Manique, do grupo Os Mirins, Renato Borghetti, Leonel Go-mez e Edson Dutra, do grupo Os Serranos.

Como mora em Bento Gonçalves, equili-bra a rotina de músico e professor, ensaiando com o grupo toda sexta-feira pela manhã, das oito horas ao meio-dia, em São Sebastião do Caí, cidade em que reside o músico fundador, Adriano Persch.

“A semana Farroupilha homenageia os que lutaram pelo fortalecimento do Rio Gran-de do Sul. O evento ressalta a força e bravura dos Farrapos, passando a história de geração para geração”, ressalta De Toni.

Ezequiel de Toni

Divulgação

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2017 | 11

54 3452.4723 | [email protected] General Osório, 309 - Sala 904 - Centro - Bento Gonçalves - RS

A banda Real Envido, formada por Everton Pessoa no vocal, violão e guitarra, Leonardo Finatto Rossatto no acordeon, piano e vocais, Carlos Testa no baixo e vocais e Edenilson de Almeida na bateria e vocais, lan-çou seu primeiro disco em julho de

RealEnvido

“Arriscando as fichas” em um som diferente

Por Natália Zucchi

Angelo Roque

2017, intitulado “Além-Fronteiras”, em Bento Gonçalves, no Ferrovia Live. O primeiro disco conta com 10 faixas autorais, entre oito com letras do poeta Pedro Junior da Fontoura, uma de Pessoa e outra criada em conjunto entre Pessoa, Testa e Pedro

Junior. As letras abordam desde ro-mantismo, com suas idas e vindas e a cultura regional gaúcha até festas e bebedeiras.

Atualmente, a banda procura fo-car nas músicas autorais em seus shows, adicionando alguns covers com novas roupagens sonoras a partir de sua identidade. A Real En-vido está preparando uma turnê para 2018, com início pelo Rio Grande do Sul.

Idealizada pelo músico Everton Pessoa, a Real Envido iniciou em 2014 como duo musical formado pelo acordeonista Leonardo Rossat-to e por ele. Começaram ensaiando músicas do rock gaúcho e logo pas-saram a tocar em bares de Bento Gonçalves e região. Fazendo ajustes no som com a identidade do duo,

solos de guitarra foram substituídos pelos de gaita. Em 2015, a sono-ridade da banda aumentou com o ingresso de Carlos Testa no baixo e vocal e Edenilson de Almeida, na ba-teria e também vocal.

A banda possui influências de Pi-risca Grecco, Bebeto Alves, Humber-to Gessinger, Vitor Ramil e Nenhum de Nós, banda em que o produtor da Real Envido, João Vicenti, atua como tecladista e acordeonista. Segundo Pessoa, o nome Real Envido remete ao jogo de truco gaúcho. É um jogo paralelo ao truco, no qual o jogador que se encontra com o maior núme-ro de pontos pode adquirir mais três na rodada. “Mas para isso ele tem que arriscar. Com a nossa música, estamos arriscando as fichas em um som diferente”, explica Pessoa.

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12 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2017

Acadêmicos do curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade Cenecista de Bento Gon-çalves são os criadores do curta Vozes, produção que concorre no Festival do Minuto. No peque-no filme, o machismo é abordado a partir de frases dirigidas às mulheres desde a infância. Fabiula Castro, Gabriela Pellegrini, Janaína Piazzetta e André Vasques roteirizaram, dirigiram e editaram o curta na disciplina de Redação Publicitária, durante o primeiro semestre de 2017. É possível votar na produção através do site www.festivaldominuto.com.br. O resultado sai na primeira quinzena deste mês de setembro.

Suspense. Terror. Esses são os gêneros de Latíbulo, primeiro curta produzido pela Mosfera Filmes, de Bento Gonçalves, filmado numa casa antiga, de imigrantes suecos, situ-ada na Linha Jansen, entre Bento Gonçalves e Farroupilha. Gravada em março deste ano, a produção tem estreia marcada para o próxi-mo dia 5 de outubro, na Fundação Casa das Artes. O curta, de 12 minutos, foi custeado Fundo Municipal de Cultura de Bento Gonçal-ves.

As cenas foram gravadas na propriedade da família Bohm, na casa antiga que sedia um museu com objetos utilizados por cerca de 50 famílias de imigrantes suecos que se estabe-leceram na região após os italianos ocupando os lotes íngremes que sobraram, na costa do Rio das Antas. A maioria dessas famílias re-tornou a Suécia, com o auxílio do governo de seu país.

Segundo o jornalista Gustavo Bohm Bot-tega, que dirigiu o curta, a equipe não tinha como ideia inicial abordar a cultura sueca. Ele acrescenta que o conceito surgiu a partir das locações e dos objetos ainda preservados no museu da família. Entre eles, uma réplica exata da máquina de fazer cordas, que o ta-taravô de Bottega trouxe da Suécia. A edição, finalizada em agosto deste ano, contou com efeitos especiais e trilha sonora adaptada de uma canção de ninar russa, com arranjos do

Curta “ Vozes” reporta frases de machismodirigidas às mulheres desde a infância

Divulgação

LatíbuloCurta de terror gravado em museu suecona Linha Jansen estreia em outubro

flautista Thiago Bottega e da pianista Susu Lu. O roteiro foi escrito por Cristiana Livotto e Gio-vani Zaffari.

Definições para “Latíbulo”“O legal da palavra Latíbulo é que, se tu

procurar no dicionário, ela tem duas definições totalmente diferentes. O primeiro significa lu-gar escondido, secreto, esconderijo. Já o se-gundo sentido se refere à morada dos deuses, céu. Acho que essa ambiguidade nos permite causar dúvida ao público, principalmente ao interpretar a relação entre os personagens”, explica o diretor.

O projeto foi idealizado pela equipe da Mosfera Filmes, formada por Gustavo Bottega, Giovani Zaffari, Cristiana Livotto, André Cavali-ni e Augusto Tomasi. O elenco foi selecionado e preparado por Marcia Carraro, da Artistas no Palco. Latíbulo apresenta cinco personagens, interpretados por Osmar Bottega, Gabrie-la Brugnera Marini, Édipo de Almeida, Giana Brugnera, Will Monteiro e Glau Colturato.

“Ninguém é ator profissional. Apenas a Gabriela e o Édipo já atuaram. Ambos atuam em teatro em Bento e região”, salienta Botte-ga. “Com certeza, o público vai ver que houve muito cuidado com cada cena, cada detalhe. Estamos satisfeitos com o resultado. Acredito provarmos que é possível fazer cinema alter-nativo aqui em Bento e região”, afirma Bottega.

Imagens: Divulgação

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2017 | 13

Interessados em conhecer os trabalhos de Adriana devem entrar em contato pelo fone (54) 99206.8466 ou pelo e-mail [email protected].

Artista plástica

Adriana Panizziintuitiva e autodidataUma mulher que respira e vive da arte, pintando telas, objetos de

gesso, cerâmica, vidro, madeira, tecido e restaurando móveis antigos para decoração de ambientes. Essa é Adriana Panizzi, que também retrata releituras em telas e restaura imagens sacras. Uma das ca-racterísticas dos quadros autorais de Adriana é a utilização, sobre as pinturas, de materiais diversos, realçando as imagens desenhadas. Sua fonte de inspiração é a intuição.

Adriana, natural de Bento Gonçalves, morou vinte anos longe de sua cidade natal, sempre exercendo sua arte. Ela residiu em cidades do Chile e da Colômbia e também em municípios da grande Porto Ale-gre. Na maioria dessas cidades trabalhou como professora de artes, sem ter graduação universitária. Descobriu sua veia artística aos 14 anos, ao ajudar a Irmã Lorena, do Colégio Sagrado Coração de Jesus, de Bento Gonçalves, a pintar em molde vazado. “Quando visualizei os pincéis, acendeu uma luz na minha alma”, lembra.

Aos 18 anos, comprou em Porto Alegre seu primeiro pincel para pintura a óleo. “Em Bento, esse pincel não era vendido. Foi comprado com sacrifício, porque na época era muito caro”, acrescenta. Aos 20 anos, fez aulas de pintura a óleo e em tecidos com a artista bento-gonçalvense Edla Guindani (in memoriam). “Na ocasião, confirmei o meu dom para a pintura. Daí em diante o trabalho na área fluiu da melhor forma possível”, comemora Adriana.

“Tenho vários vislumbres para pinturas, às vezes acordada, às vezes dormindo, todos anotados em um caderno. O pro-cesso continua na tela, onde utilizo a sensibilidade de minhas mãos para a concretização das ideias”, relata a artista plástica.

Fotos: Kátia Bortolini

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14 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2017

AncilaDall Onder

ProfessoraZat

Educação para a Cidadania

Aceitar-me como sou e viver o presente

PadreEzequiel

[email protected]

Dal Pozzo

sociedade de hoje facilmente nos força a as-sumir papéis. As pessoas passam a ser o que são em tensão com aquilo que precisam pa-recer ser. Muitos lidam bem com essa tensão.

Quem decide ser o que é se torna livre interior-mente. Outros pendem a ser aquilo que não são e estão sempre em busca de algo que dificilmente vão encontrar. Decidir ser o que não se é deve ser muito angustiante. A pessoa sente-se pressionada o tempo todo a demonstrar com aparências o que ela de fato não é. O parâmetro é sempre os outros e aquilo que ainda não consegui alcançar.

Fala-se de mundo das aparências. Isso deixa as pessoas interiormente divididas. Estão sempre perseguindo um desejo que as deixa insatisfeitas.

Nem sempre a pessoa percebe isso, mas sente uma angústia permanente por pensar que sua felicidade está lá na frente, no outro lado. Pensa ser necessário ter outro empre-go, outra casa, outro carro, mais dinheiro, etc. A situação em que está e o que está vi-vendo simplesmente não satisfaz. Pensa que quando for diferente será feliz; quando pagar todas as contas; quando concluir o curso; quando encontrar aquela pessoa para amar; quando conseguir atingir aquela posição so-cial ou quando vencer aquela dificuldade, en-tão sim será feliz.

Colocar a felicidade sempre no futuro é um perigo. Os dias podem passar sem que eu sinta sabor naquilo que vivo e experimen-

to. Certo é que estamos sempre em busca. Nunca estamos plenamente satisfeitos com a realidade.

s Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) indicam, entre outros, como objetivos do En-sino Fundamental, que os alunos sejam ca-

pazes de “compreender a cidadania como parti-cipação social e política...” e, em consequência, o exercício de direitos e deveres.

A afirmação nos remete, inicialmente, ao con-ceito de cidadania explicitado com propriedade pelo dicionário Aurélio como “qualidade ou estado de cidadão”, que é o “indivíduo no gozo dos direi-tos civis e políticos de um Estado, ou no desempe-nho de seus deveres para com este”. Já na filosofia grega, o cidadão da polis – cidade - submetia-se às suas leis na vivência da cidadania.

O escocês Gert Biesta, em seu artigo intitulado “Boa Educação na era da mensuração”, analisa e comenta os resultados das avaliações educacio-nais à luz das finalidades da educação. Ao fazê--lo lembra que uma boa educação precisa fazer distinção entre três funções: qualificação, socia-lização e subjetivação. Nesse sentido, apresenta duas propostas de educação para a cidadania ba-seadas na literatura e na matemática, ou melhor, na educação matemática.

Percebe-se o vigor da proposta ao enfatizar o sentido social da matemática no ensinar/aprender, norteado pela satisfação que o indivíduo sente ao

usar a ciência no seu cotidiano, resolvendo proble-mas na condição de cidadão. É nesse sentido que a formação de hábitos, como o estudo diário e ati-tudes como o predispor-se a fazê-lo, favorecem a construção dos conceitos quantitativos e operató-rios básicos para aprendizagens mais avançadas, que vivificam a convivência social em sua comple-xidade.

É curioso observar que o sentido social de uma educação matemática se revela desde cedo em pequenas ações de estimativas, de troco, de parti-lha, de troca e/ou conversão de moedas de países diferentes, na adoção de um sistema comum de medidas entre os países e em muitas outras situ-ações.

Uma proposta de educação para a cidadania baseada na educação matemática deixa claro a necessidade de qualificação, ou seja, do conhe-cimento, das habilidades de cálculo, do raciocínio e, sobretudo, da compreensão matemática para tornar-se proeficiente e, assim, poder vivenciar no social a subjetivação em valores como a disciplina, o rigor, a correção e a justiça no pleno exercício dos direitos e deveres do cidadão.

Considero que a afirmação de Biesta mostra que a educação matemática tem muito a contribuir para a cidadania.

Queremos mais. Não posso parar e me acomodar com as mesmas coisas, sem querer mais, sem me determinar com novas e criativas atitudes. Preci-samos alimentar os sonhos. Não dá para parar. Mas, ao mesmo tempo, precisamos sentir que o presente tem sabor. Não posso viver na angústia por encontrar um sentido que está longe e não me alegrar com o presente. As pessoas que encontro, a vida e as paisagens que contemplo, o trabalho que faço, a conversa que escuto, o ritual que ce-lebro, a mão que estendo, tudo isso, precisa me proporcionar alegria e me deixar motivado. É en-contrando sabor em tudo, que posso caminhar na busca de encontrar mais. Assim a vida, com tudo o que ela envolve, inclusive os sofrimentos, me dá motivos para que eu possa dizer: sou feliz.

Para que isso seja possível preciso aceitar a condição de fragilidade que sempre carrego co-migo. Não somos perfeitos. Precisamos aceitar nossos limites e carências. Não posso pensar que preciso estar sempre pleno, como se não pudesse me faltar nada. Administrar as faltas permanentes é manter aberta a porta da transcendência. Por que somos frágeis e carentes e, ao mesmo tempo, ha-bitados pelo infinito, desejosos do infinito, é que a “porta do mais” está sempre aberta. Queremos mais, estamos sempre insatisfeitos. Algo parece sempre nos faltar. Há dentro de nós como que um “espaço” para preencher e um impulso que nos joga para frente, nos fazendo querer mais, esperar mais. Esse “espaço” aberto pode tentar ser preen-chido com coisas, o que nos levará para o engano ou poderá ser o espaço de Deus em nossa vida.

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2017 | 15

O Vale dos Vinhedos vai ganhan-do novas cores e aromas. A chegada da primavera marca a brotação dos parreirais e o início de mais uma eta-pa do ciclo do vinho. Para festejar a estação, o Villa Michelon, em parce-ria com a Jamar, promove o tradicio-nal Passeio Ciclístico de Primavera, no dia 22 de outubro, a partir das 9h.

Mais uma vez, o trajeto parte da sede da Aprovale e percorre o inte-rior do Vale dos Vinhedos, mostran-do a beleza da Estrada da Linha Baú e da Garibaldina. Durante o percurso de pouco mais de cinco quilômetros, os ciclistas de todas as idades po-derão desfrutar da paisagem do Vale dos Vinhedos. Duas paradas estão programadas para descanso e re-

comunidade São Gabriel, da Linha 40, de Pinto Bandeira,

todos os anos festeja dois santos: São Gabriel, padroeiro da localida-de e Nossa Senhora do Carmo, que teve uma capela erguida em sua ho-menagem, em 1892, pelo primeiro grupo de imigrantes do Norte da Itá-lia, que se instalou em Pinto Bandei-ra em 1876. A capela foi construída com pedras rejuntadas com barro e coberta com telhas artesanais. Havia

Giovani Nunes

Passeio Ciclístico de Primavera já recebe inscriçõescarregar as energias com água.

O ponto final do trajeto, na Casa do Filó do Hotel Villa Michelon, con-tará com sorteios de uma bicicleta, uma diária no hotel e outros brindes. A família mais numerosa, o ciclista mais idoso e o mais jovem e a bici-cleta ou ciclista mais incrementado também receberão brindes.

As inscrições estão abertas e são gratuitas, podendo ser realizadas no Hotel Villa Michelon, na Aprovale, na Jamar Cia. do Esporte ou no dia do evento, na concentração. O Passeio Ciclístico conta com o apoio da Apro-vale, Isabela, Brigada Militar, Corsan e Prefeitura de Bento Gonçalves. Em caso de mau tempo, será transferido para o dia 29 de outubro.

Ruínas de umahistória de fé

Comunidade de São Gabriel, da Linha 40 de Pinto Bandeira, resgata informações de capela

construída em 1892

Entrada surpresa do Coral Terra NostraAntes de ser servido o jantar, foi apresentado um breve histórico da capela. Em

seguida, o Coral Terra Nostra surpreendeu a todos ao entrar no salão cantando Meri-ca Merica, utilizando lanternas para iluminar o ambiente. O prefeito de Pinto Bandeira, Hadair Ferrari, muito alegre, dançou com integrantes do Coral. Entre outras músicas, o grupo apresentou os Quatro Passeti, dança muito prestigiada antigamente. Na oca-sião, também foi celebrada uma missa pelo padre Luiz Antônio Mascarello, com a cantoria a cargo de Renê Rizzardo e de sua esposa. Após o jantar, a animação ficou por conta do conjunto Paloma e Miqui. Os organizadores Marco Ferrari, Cleverton Poloni, Silvana e Elias Ferrari, Sérgio e Fátima Poloni e Vera dos Santos agradecem o sucesso da festa aos colaboradores e à participação da comunidade.

um cemitério e um salão que servia de bar e cancha de bochas. Toda a comunidade auxiliou na construção, inclusive as mulheres. À noite, elas se reuniam para fazer a “dressa” e outros produtos artesanais com o re-sultado da comercialização voltado a compras para a igreja, entre elas a do sino.

A construção, pequena, contava com apenas algumas bancas. No al-tar principal, a imagem da Virgem do

Carmo, trazida da Itália. À direita, do lado dos homens, a imagem de São Gabriel e à esquerda, lado das mu-lheres, Nossa Senhora das Dores. Atualmente, restam apenas ruínas do pequeno santuário.

Em 1.974, uma nova igreja foi inaugurada em outro local, com a es-colha de São Gabriel como padroeiro da comunidade e Nossa Senhora do

Carmo como co-padroeira. Todos os anos a comunidade festeja os dois santos, com duas festas. No último dia 15 de julho, Nossa Senhora do Carmo foi homenageada de forma diferente, com o resgate da história da construção da capela em con-fraternização ocorrida em jantar no salão comunitário e não em almoço, como era de costume.

Fotos: Divulgação

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16 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2017

Com o propósito de resgatar e homenagear os costumes dos imi-grantes italianos, o roteiro turístico Caminhos de Pedra promove, no próximo dia 16 de setembro, a 4ª Festa Flores de Pedra. O evento, que teve sua última edição em 2002, retorna agora para a comemoração dos 25 anos do roteiro. Em paralelo, também acontece a festa de abertu-ra da Estação Primavera em Bento Gonçalves.

A programação inicia às 10 ho-ras, com desfile de estudantes das escolas General Rondon, Nossa Se-nhora da Salete e São Pedro, carac-terizados com vestimentas e objetos utilizados pelos imigrantes. O desfi-

4ª edição da festa comemora os 25 anos do roteiro turístico Caminhos de Pedra

le segue a cargo das soberanas da primei-ra, segunda e terceira edição do evento e de brotinhos das escolas da comunidade. Na sequência, o desfile homenageia as sete comunidades que integram o roteiro. São elas: Barracão, Linha Cruzeiro, São Pe-dro, São José da Busa, São Miguel, Santo Antônio e Santo Antoninho. O grupo Veteran Car Clube dos Vinhe-dos encerra o desfile, com carreata de veículos antigos.

Após, a festa continua no Salão da Sociedade Educativa e Cultural São Pedro. Após o almoço, se apre-

sentam o Coral Caminhos de Pedra, a Banda Musical São Pedro, os jo-vens músicos do Instituto Tarcísio Michelon, o Grupo Paisano da Tra-dição e Paulinho e Cristiano. A pro-gramação continua com filó italiano na Casa Fracalossi, a partir das 19 horas.

Os ingressos para o desfile, al-

moço e filó podem ser adquiridos antecipadamente na Associação Ca-minhos de Pedra e em empreendi-mentos do roteiro. Também estarão disponíveis no dia do evento. Mais informações: (54) 3455-6333 ou [email protected]. Reservas para o Filó através do número (54) 3455-6385.

Flores de PedraDivulgação

Desfile realizado na 1ª Festa

O Despertar do ValeA Associação de Produtores de Vinhos do Vale dos Vinhedos (Aprovale)

vai comemorar o início da primavera e da brotação das videiras de forma especial, com vinhos, espumantes e gastronomia, entre outros atrativos, nos jardins do Hotel Villa Michelon. O evento, denominado “O Despertar do Vale”, ocorre nos dias 23 e 24 deste mês, das 11 às 19 horas. Haverá show com o grupo Farina Brother’s às 17 horas, tanto no sábado, quanto no domingo. O ingresso, que dá direito a uma taça personalizada, custa R$ 10 e pode ser adquirido com antecedência no Centro de Informações Turísticas do Vale dos Vinhedos.

Participam do evento as vinícolas Pizzato, Torcello, Peculiare, Miolo, Al-maúnica, Dom Cândido Don Laurindo, ”Larentis, Casa Valduga e Lídio Carraro. A gastronomia fica por conta do Valle Rustico Restaurante, Trattoria Mamma Gema, Giordani Gastronomia Cultural, Restaurante Engenho do Vale, Osteria Del Valle e Queijaria Valbrenta. Sucos e geleias artesanais serão oferecidos pela Famiglia Tasca, Casa Madeira, Moinho Graciema, Biscotteria Itallinni, Dol-cetto do Vale e Devorata Trufas Artesanais.

Contato: [email protected] ou telefone 54 3451.9601.