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Na capa, São Patrício, o santo mais cool do mundo.
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ÃO
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BE
BE
R N
ÃO
DIR
IJA.
O dia deSão Patrício
A festa do santo mais
pop do mundo cresce
e marca sua presença
no estado.
Entrevista
Roberto Filippini
Turismo
Buenos Aires
Gastronomia
Valle Rustico
E mais:
Moda
Outono Inverno
Economia
Sexto PIB?
Futebol
Entre grades
ANO 02
EDIÇÃO 05
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
VENDA PROIBIDA
O CVD procura estarsempre perto de você,
e por isso mantématendimento em diferentescidades da Serra Gaúcha.
Você pode optar por Bento Gonçalves,
Nova Prata ou Veranópolis.
Em todas as nossas unidadesvocê sempre tem a certeza de
que contará com profissionais qualificados e
equipamentos de ponta,garantindo tecnologia na busca
por resultados mais claros eprecisos.
ECOGRAFIA / ECOGRAFIA 4DRESSONÂNCIA MAGNÉTICA
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADAMAMOGRAFIA DIGITAL
DENSITOMETRIA ÓSSEAULTRASSONOGRAFIA MORFOLÓGICA
RADIOLOGIA GERALBIÓPSIAS E PUNÇÕES
Rua Saldanha Marinho, 545 - Centro
Bento Gonçalves - RS - Serra Gaúcha
Fone (54) 3052 0606
Estacionamento gratuito para clientes.
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Reservas:
(54) 3242.2309 e (54) 9119.6056Av. Pres. Vargas, 1485 . Subsolo . Centro
Nova Prata . RS . Serra Gaúcha
A safra de camarão desse ano está espetacular
e na Cantina do Lenzi você encontra o
produto fresco, firme e brilhante,
como deve ser.
Você ainda pode escolher entre degustar
nos pratos especiais da Cantina ou
levar para casa e preparar
a sua receita favorita.
Temporada de camarão.
38
40
42
50
O CERVEJEIRO / BEER CLUB
PARA BEBER / BOOZE
TURISMO / GO THERE
ESTILO / DRESS UP
Feita em casa
Loiras e Rosés
Arrentina, sua linda
O Outono/Inverno está chegando
58
60
62
EM FORMA / GOOD LIVING
IMPEDIMENTO / TOCO Y ME VOY
TELEFONE VERMELHO / CRT
Treinamento para o centro
A prisão do Estádio Nacional
Octógono na rodoviária
56 CULTURA / COOLT
Amigas, vinhos, Beatles e Beatnicks
GASTRONOMIA / GOOD FOOD
O que você foi fazer no mato?
26
18ENTREVISTA / TALK
Roberto Filippini fala sobre patrimônio histórico e cultural
24 COMUNICAÇÃO E MKT / MEDIA
Entendendo o Branding
O engodo do PIB 22 ECONOMIA / MONEY
32
CAPA / HEADLINE
São Patrício é pop
Nessa edição
Fale conosco:54 3242 [email protected]
Atendimento telefônico: 54 3242 5793 | 54 9188 3815
Para anunciar: [email protected]
Opiniões e sugestões de pauta: [email protected]
Endereço postal:
Rua Felix Engel, 86 / 405 - Centro - Nova Prata - RS - 95320-000
Acompanhe a TL[mag] nas redes sociais:
twitter.com/trendlinemagfacebook.com/tlmag
FOTO SABRINA GABANA
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26
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Editorial
Termo de ResponsabilidadeO conteúdo de artigos assinados e de peças publicitárias é de responsabilidade exclusiva de seus autores.
Copyright 2012 Trendline [mag]. Todos os direitos reservados.
Mudar é impreciso, viver não é preciso, diria Fernando,
o Pessoa, se visse o que fizemos
com a Trendline nesse começo de
ano. Ocorreu mais ou menos assim:
em uma noite de verão o patrão
ficou louco e decidiu mudar tudo.
Em poucas horas de
trabalho ininterrupto
- que pareceram dias
para os envolvidos -
não concluímos a
mudança, ela já
estava ali, nos esperando, na forma
de um novo projeto gráfico.
Mais fotos, mais imagens, o mesmo
estilo de texto.
Já pressentíamos a necessidade de
mudar há alguns meses. A gente
olhava uma, duas, três vezes e
sentia que precisava mexer. Até
porque ou t ras pub l i cações
passaram a copiar o estilo gráfico
que trouxemos junto com a nossa
proposta (o editorial eles nem
tentam), então estava
n a h o r a d e s e
diferenciar e lançar
novas tendências.
As mudanças não
devem parar aqui.
Mas disso, falaremos em outro
momento.
Até junho, na edição de inverno.
Mudamos a cara,mas não a
essência.
FOTO DIVULGAÇÃO
Samuel Ramos, editor
da Trendline [mag] e
extreme make over.
FO
TO
SA
BR
INA
GA
BA
NA
Editorial
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Mudar é impreciso, viver não é preciso, diria Fernando,
o Pessoa, se visse o que fizemos
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em uma noite de verão o patrão
ficou louco e decidiu mudar tudo.
Em poucas horas de
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não concluímos a
mudança, ela já
estava ali, nos esperando, na forma
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Já pressentíamos a necessidade de
mudar há alguns meses. A gente
olhava uma, duas, três vezes e
sentia que precisava mexer. Até
porque ou t ras pub l i cações
passaram a copiar o estilo gráfico
que trouxemos junto com a nossa
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tentam), então estava
n a h o r a d e s e
diferenciar e lançar
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As mudanças não
devem parar aqui.
Mas disso, falaremos em outro
momento.
Até junho, na edição de inverno.
Mudamos a cara,mas não a
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Samuel Ramos, editor
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COLUNISTAS:
Jarbas Gambogi, Alexandre Lattari,
Maria Cristina Frazon Telles,
Marcos Beck Bohn, Quéli Giuriatti,
Douglas Ceconello, Luís Felipe dos Santos,
Iuri Müller, Maurício Brum,
Greici Audibert e Maurício Chaulet.
DIREÇÃO GERAL:
Samuel Ramos - Reg. Prof. 11.388-RS
CONSELHO ADMINISTRATIVO:
Caroline Boito Maurmann
CONSELHO EDITORIAL:
Marcos Beck Bohn
COMERCIAL:
Daniel Luis Barbizan
(54) 9176 1384
PROJETO GRÁFICO:
DIY
DIAGRAMAÇÃO:
Samuel Ramos
REVISÃO:
Marcel Nogueira
Quem fazTIRAGEM:
3 mil exemplares
PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO:
Coan Indústria Gráfica
PERIODICIDADE:
Trimestral
Próxima edição: Junho 2012
PUBLICAÇÃO:
Daschund Comunicação Integrada
www.daschund.com.br
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VERANÓPOLIS
Academia VigorConfraria das LetrasDelicato CestasJ’adore le Café Parisiense
CARLOS BARBOSA
Café Brasil
FLORES DA CUNHA
Empório FachinFranshopL’Osteria Del GalloVinícola Viapiana
GARIBALDI
Café Luna ParkCoisas Boas DelicatessenSelezione
OUTRAS CIDADES
Vila Flores - RSParadouro MascaronVilla do Pão
Farroupilha - RSArmazém PedóCroasonho Café
Paraí - RSPH Fashion
Torres - RSEspaço Top Fitness
Para anunciar:54 3242 579354 9176 1384
onde encontrar** Mediante disponibilidade.
A Trendline possui distribuição gratuita, veja
BENTO GONÇALVES
Armazém das Cantinas HistóricasBiscoteria ItallinniCafeelato Café e DoceriaCadoro ModasCanta MariaCasa Vanni E. GastronômicoCroasonho CaféDi PaoloDolce Gusto Café & ConfeitariaDoppio Malto BirreriaQuorumRefinaria Deli GourmetValle Rustico RestauranteVinícola AlmaúnicaViverone Café Boutique
CAXIAS DO SUL
Aromas e Sabores EmpórioBella Gulla (San Pelegrino)Bier Haus (Tronca, 3068)Boccati Vinhos (B. Sta Catarina)Café Nobre (Centro e Iguatemi)Colcci (Iguatemi)Croasonho Café (Centro)Di PaoloDo Arco da Velha LivrariaÉvidence Moda Viva OriginalStella Doceria e GelateriaThe King Gastro Pub (Tronca, 2802)
PORTO ALEGRE
BierMarkt (Rio Branco) BierKellerEmpório Mercatto (Rio Branco)Fulô Diminina (Independência)Lagom BrewPub (Bom Fim)Mercatto Café (Cidade Baixa)Província do Café (Centro)Quincy Store (Moinhos)Shamrock Irish Pub (Bom Fim)
Cantina do LenziCozer RestauranteEmpório São JoãoPH FashionPousada dos PinheiraisSabor CaféVigor Musculação
NOVA PRATA
FOTO SAMUEL RAMOS
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PORTO ALEGRE
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RE
SP
ON
SÁ
VE
L
RE
SP
ON
SÁ
VE
L
‘ Atingimos o ponto de alienação quanto ao nosso patrimônio histórico’’
‘
Roberto Fillipini
TALK / entrevista exclusiva
Texto e fotos deSamuel Ramos
facebook.com/samueltlmag
Essa incompreensão é o que faz
com que o patrimônio material e
imaterial da nossa cultura seja
devastado. E essa questão se
manifesta nas mais variadas esferas
d a s o c i e d a d e : p o p u l a ç ã o ,
lideranças políticas e também
dentre muitos colegas arquitetos ou
e m p r e s a s q u e a t u a m n o
p lane jamento u rbano e na
construção civil.
Tudo começa pela falta de diretrizes
e de conhecimento técnico na
elaboração do Plano Diretor das
cidades, tarefa que cabe ao poder
público. Depois, existem muitos
interesses em jogo na hora de
elaborar o planejamento urbano, de
maneira que é possível perceber
influências para que as áreas
tragam o maior rendimento aos
empreendedores, mesmo que isso
signifique derrubar construções
históricas para enfileirar prédios que
formam verdadeiros paredões nas
ruas.
[mag] Para o poder público a conta
é bem simples. Em vez de um
casarão antigo, levanta-se um
conjunto de apartamentos e então
você não recebe de uma só pessoa,
mas sim de dezenas de novos
contribuintes que pagam imposto
Roberto Filippini urbanista do que arquiteto. Pelo
menos essa foi a sensação que
tivemos ao conversar com ele sobre
o seu primeiro livro, Formas
Ignoradas: ornamentos, estilos,
memórias. A obra, lançada em
setembro do ano passado, pode ser
descrita como um guia para a leitura
arquitetônica da história de Caxias
do Sul.
O tema é pertinente, pois mostra a
destruição que acompanhamos,
inertes, do patrimônio cultural das
cidades da região da Serra. Locais,
habitações e prédios de importância
histórica são colocados abaixo, sem
cerimônia, para dar lugar a novos
empreendimentos imobiliários. Tais
alterações, em nome de um
progresso imaginário, não apenas
transformam a história em ruínas,
mas também fomentam um
processo caótico de urbanização,
em que a lógica que impera é a do
dinheiro.
é mais
[ m a g ] S e u l i v r o r e c u p e r a
importantes informações sobre
estilos e construções de época, a
maior parte já inexistentes. Por que
nossos prédios históricos seguem
sendo destruídos?
Roberto Filippini Predomina uma
forma de analfabetismo cultural na
nos s a s oc i ed ad e . H á uma
preocupação legítima com as
questões de meio ambiente, mas
pouco se fala sobre a qualidade do
nosso meio ambiente urbano. A
destruição de prédios históricos e a
ocupação desordenada das
cidades derivam dessa alienação
que mantemos sobre as coisas do
nosso passado.
luz, de lixo, e o que mais inventarem.
Além disso, o governo sabe que a
construção civil absorve muita mão-
de-obra e não exige um grau de
qualificação alto, o que movimenta a
economia e deixa a população
satisfeita pela disponibilidade de
vagas. É um ganho duplo: mais
arrecadação e mais empregos.
RF Contudo, esse é só o resultado
de curto prazo. É um ganho irreal,
p o i s a u r b a n i z a ç ã o s e m
planejamento acarreta muitos
p r o b l e m a s . É p r e c i s o t e r
p r o g n ó s t i c o s , e n t e n d e r a s
implicações que essas mudanças
causam na qualidade de vida das
pessoas. Isso significa considerar
os problemas que a falta de
aproveitamento da luz do sol causa,
a paralisação do trânsito e também
as questões ambientais.
Muitos municípios da região
precisam rever os seus Planos
Diretores, pois a situação caminha
para o estrangulamento das
cidades. Há 10 anos eu atravessava
o centro de Caxias em 5 minutos,
hoje é impossível levar menos de
meia hora.
Vejo o Governo Federal como maior
culpado dessa situação. Inexiste
uma regulamentação de nível
nacional, não existem diretrizes que
sirvam de guia para o planejamento
urbano. É preciso capacitar
profissionais nessa área para então
criar normativas a serem seguidas e
fiscalizadas.
No fim das contas, hoje, cada
cidade faz o que quer, de acordo
com a pressão que lida. O Plano
Diretor se tornou o tabuleiro de um
grande jogo de interesses.
‘‘O patrimônio
histórico da
região tem
sofrido dois
destinos: é
destruído ou
obstruído.’’
TALK
/ entrevista exclusiva
TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [19]
‘ Atingimos o ponto de alienação quanto ao nosso patrimônio histórico’’
‘
Roberto Fillipini
TALK / entrevista exclusiva
Texto e fotos deSamuel Ramos
facebook.com/samueltlmag
Essa incompreensão é o que faz
com que o patrimônio material e
imaterial da nossa cultura seja
devastado. E essa questão se
manifesta nas mais variadas esferas
d a s o c i e d a d e : p o p u l a ç ã o ,
lideranças políticas e também
dentre muitos colegas arquitetos ou
e m p r e s a s q u e a t u a m n o
p lane jamento u rbano e na
construção civil.
Tudo começa pela falta de diretrizes
e de conhecimento técnico na
elaboração do Plano Diretor das
cidades, tarefa que cabe ao poder
público. Depois, existem muitos
interesses em jogo na hora de
elaborar o planejamento urbano, de
maneira que é possível perceber
influências para que as áreas
tragam o maior rendimento aos
empreendedores, mesmo que isso
signifique derrubar construções
históricas para enfileirar prédios que
formam verdadeiros paredões nas
ruas.
[mag] Para o poder público a conta
é bem simples. Em vez de um
casarão antigo, levanta-se um
conjunto de apartamentos e então
você não recebe de uma só pessoa,
mas sim de dezenas de novos
contribuintes que pagam imposto
Roberto Filippini urbanista do que arquiteto. Pelo
menos essa foi a sensação que
tivemos ao conversar com ele sobre
o seu primeiro livro, Formas
Ignoradas: ornamentos, estilos,
memórias. A obra, lançada em
setembro do ano passado, pode ser
descrita como um guia para a leitura
arquitetônica da história de Caxias
do Sul.
O tema é pertinente, pois mostra a
destruição que acompanhamos,
inertes, do patrimônio cultural das
cidades da região da Serra. Locais,
habitações e prédios de importância
histórica são colocados abaixo, sem
cerimônia, para dar lugar a novos
empreendimentos imobiliários. Tais
alterações, em nome de um
progresso imaginário, não apenas
transformam a história em ruínas,
mas também fomentam um
processo caótico de urbanização,
em que a lógica que impera é a do
dinheiro.
é mais
[ m a g ] S e u l i v r o r e c u p e r a
importantes informações sobre
estilos e construções de época, a
maior parte já inexistentes. Por que
nossos prédios históricos seguem
sendo destruídos?
Roberto Filippini Predomina uma
forma de analfabetismo cultural na
nos s a s o c i ed ad e . H á uma
preocupação legítima com as
questões de meio ambiente, mas
pouco se fala sobre a qualidade do
nosso meio ambiente urbano. A
destruição de prédios históricos e a
ocupação desordenada das
cidades derivam dessa alienação
que mantemos sobre as coisas do
nosso passado.
luz, de lixo, e o que mais inventarem.
Além disso, o governo sabe que a
construção civil absorve muita mão-
de-obra e não exige um grau de
qualificação alto, o que movimenta a
economia e deixa a população
satisfeita pela disponibilidade de
vagas. É um ganho duplo: mais
arrecadação e mais empregos.
RF Contudo, esse é só o resultado
de curto prazo. É um ganho irreal,
p o i s a u r b a n i z a ç ã o s e m
planejamento acarreta muitos
p r o b l e m a s . É p r e c i s o t e r
p r o g n ó s t i c o s , e n t e n d e r a s
implicações que essas mudanças
causam na qualidade de vida das
pessoas. Isso significa considerar
os problemas que a falta de
aproveitamento da luz do sol causa,
a paralisação do trânsito e também
as questões ambientais.
Muitos municípios da região
precisam rever os seus Planos
Diretores, pois a situação caminha
para o estrangulamento das
cidades. Há 10 anos eu atravessava
o centro de Caxias em 5 minutos,
hoje é impossível levar menos de
meia hora.
Vejo o Governo Federal como maior
culpado dessa situação. Inexiste
uma regulamentação de nível
nacional, não existem diretrizes que
sirvam de guia para o planejamento
urbano. É preciso capacitar
profissionais nessa área para então
criar normativas a serem seguidas e
fiscalizadas.
No fim das contas, hoje, cada
cidade faz o que quer, de acordo
com a pressão que lida. O Plano
Diretor se tornou o tabuleiro de um
grande jogo de interesses.
‘‘O patrimônio
histórico da
região tem
sofrido dois
destinos: é
destruído ou
obstruído.’’
TALK
/ entrevista exclusiva
TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [19]
[mag] Mas a população também
tem sua parcela de culpa. Muitas
vezes as famílias só esperam o
falecimento dos membros mais
velhos para vender todo o
patrimônio, chega a dar a impressão
de que aproveitam o atestado de
óbito para transferir também a
escritura e economizar em serviço
notarial.
RF Isso ocorre porque não há
incentivo e nem penalização para a
destruição do patrimônio histórico.
Se você vender hoje um imóvel da
década de 30 ou 40 o pior que lhe
acontece é pagar uma multa, e bem
baixa. O poder público não faz
nenhum esforço para manter esses
prédios em pé.
Muitos empreendedores compram
imóveis nessas condições e antes
mesmo de decidirem o que irão
construir colocam tudo abaixo, para
evitar um processo de tombamento.
Precisamos ter pol í t icas de
preservação do patrimônio, a
exemplo do que ocorre em diversos
lugares do mundo. Na Europa isso é
muito frequente. Veja o caso da Ilha
de Capri, na Itália. Lá você não
remove nem uma janela de uma
casa. Além de ter restrições legais, o
patrimônio histórico vale uma
fortuna, ninguém é louco de
estragar nada, estaria rasgando
dinheiro.
Hoje, no Brasil, que benefício tem o
proprietário de um imóvel antigo?
Nenhum. Pior ainda. O custo de
manutenção dessas construções é
altíssimo, e não existem facilidades
que incentivem o proprietário a
preservar. Falta vontade política,
af inal você não vê nenhum
candidato no palanque dizendo que
entre as metas dele está a
preservação do patrimônio histórico
e cultural da cidade. Isso não dá
voto, mas deveria.
Precisamos de uma verdadeira
mudança de paradigma quanto à
v a l o r i z a ç ã o d o s c o n j u n t o s
históricos de arquitetura. É preciso
dialogar com o passado, em vez de
negá-lo e pô-lo abaixo.
Ainda espero ver, algum dia, a
formação de um debate sobre o
tema, que traga propostas e
soluções.
Porém, até o momento, não tem
acontecido nada e os prédios
históricos seguem caindo.
Prédio do antigo
Cine Ópera,
derrubado na
década de 90
para dar lugar a
um
estacionamento.
Um dos maiores
crimes contra o
patrimônio
histórico de
Caxias do Sul.
TALK
/ entrevista exclusiva
[mag] O seu livro traz muitas
‘‘dicas’’ para que possamos
i d e n t i f i c a r e a p r e c i a r a s
características históricas das
nossas construções mais antigas.
Como foi o processo de formulação
desse conteúdo?
RF A parte mais difícil foi conseguir
trabalhar a nomenclatura dos
ornamentos. Muitas ornamentações
possuíam um estilo próprio. Embora
t ivessem alguma inspiração
estrangeira, eram criadas e
executadas aqui. São únicas, você
não encontra em nenhuma outra
parte do mundo. Por isso mesmo
são tão importantes.
Não há bibliografia, pois os projetos
d a é p o c a n ã o r e c e b i a m
conceituações. O projetista erguia a
obra de acordo com estudos que
não conhecemos, e o significado ou
o conceito da criação morriam junto
com o criador.
Além da identificação desses
elementos, fizemos um inventário
de obras já demolidas. Esse
capítulo foi o que mais tocou as
pessoas que passeavam pelas ruas
centrais de Caxias nas décadas
passadas, por trazer muitas
memórias.
N e s s e m o m e n t o e s t a m o s
finalizando a conversão do livro para
o formato de vídeo, com 17 minutos
de duração. Montamos uma história
em quadrinhos, com animações,
sonorizações e tudo o mais. O
trabalho está de ótimo nível, e creio
que vai emocionar muitas pessoas.
Vamos passar para DVD e distribuir
o material em 130 escolas de Caxias
do Sul.
[mag] É possível preservar a
memória patrimonial das cidades e
ainda assim viabi l izar bons
negócios nesses espaços?
RF Sem dúvidas, esse é um modelo
viável. Existem exemplos próximos.
No Uruguai, em Montevidéu, há a
Av. 18 de Julho, lugar que reúne
diversos prédios históricos e onde
estão diversos teatros, cinemas e
l i v ra r ias . Buenos A i res , na
Argentina, também possui um
c e n t r o h i s t ó r i c o b a s t a n t e
preservado, um dos motivos pelo
qual a cidade recebe tantos turistas.
Aqui no estado, podemos apontar
Passo Fundo como grande
exemplo. Acompanhei algumas
realizações lá e pude ver que a
comunidade está preocupada em
construir com preservação.
Então, é possível sim, mas antes é
preciso ter vontade política e
vergonha na cara.
O livro Formas
Ignoradas está à
venda na livraria
e café Do Arco da
Velha, em Caxias
(18 do Forte,
1690).Preço: R$ 20
TALK
/ entrevista exclusiva
[mag] Mas a população também
tem sua parcela de culpa. Muitas
vezes as famílias só esperam o
falecimento dos membros mais
velhos para vender todo o
patrimônio, chega a dar a impressão
de que aproveitam o atestado de
óbito para transferir também a
escritura e economizar em serviço
notarial.
RF Isso ocorre porque não há
incentivo e nem penalização para a
destruição do patrimônio histórico.
Se você vender hoje um imóvel da
década de 30 ou 40 o pior que lhe
acontece é pagar uma multa, e bem
baixa. O poder público não faz
nenhum esforço para manter esses
prédios em pé.
Muitos empreendedores compram
imóveis nessas condições e antes
mesmo de decidirem o que irão
construir colocam tudo abaixo, para
evitar um processo de tombamento.
Precisamos ter pol í t icas de
preservação do patrimônio, a
exemplo do que ocorre em diversos
lugares do mundo. Na Europa isso é
muito frequente. Veja o caso da Ilha
de Capri, na Itália. Lá você não
remove nem uma janela de uma
casa. Além de ter restrições legais, o
patrimônio histórico vale uma
fortuna, ninguém é louco de
estragar nada, estaria rasgando
dinheiro.
Hoje, no Brasil, que benefício tem o
proprietário de um imóvel antigo?
Nenhum. Pior ainda. O custo de
manutenção dessas construções é
altíssimo, e não existem facilidades
que incentivem o proprietário a
preservar. Falta vontade política,
af inal você não vê nenhum
candidato no palanque dizendo que
entre as metas dele está a
preservação do patrimônio histórico
e cultural da cidade. Isso não dá
voto, mas deveria.
Precisamos de uma verdadeira
mudança de paradigma quanto à
v a l o r i z a ç ã o d o s c o n j u n t o s
históricos de arquitetura. É preciso
dialogar com o passado, em vez de
negá-lo e pô-lo abaixo.
Ainda espero ver, algum dia, a
formação de um debate sobre o
tema, que traga propostas e
soluções.
Porém, até o momento, não tem
acontecido nada e os prédios
históricos seguem caindo.
Prédio do antigo
Cine Ópera,
derrubado na
década de 90
para dar lugar a
um
estacionamento.
Um dos maiores
crimes contra o
patrimônio
histórico de
Caxias do Sul.
TALK
/ entrevista exclusiva
[mag] O seu livro traz muitas
‘‘dicas’’ para que possamos
i d e n t i f i c a r e a p r e c i a r a s
características históricas das
nossas construções mais antigas.
Como foi o processo de formulação
desse conteúdo?
RF A parte mais difícil foi conseguir
trabalhar a nomenclatura dos
ornamentos. Muitas ornamentações
possuíam um estilo próprio. Embora
t ivessem alguma inspiração
estrangeira, eram criadas e
executadas aqui. São únicas, você
não encontra em nenhuma outra
parte do mundo. Por isso mesmo
são tão importantes.
Não há bibliografia, pois os projetos
d a é p o c a n ã o r e c e b i a m
conceituações. O projetista erguia a
obra de acordo com estudos que
não conhecemos, e o significado ou
o conceito da criação morriam junto
com o criador.
Além da identificação desses
elementos, fizemos um inventário
de obras já demolidas. Esse
capítulo foi o que mais tocou as
pessoas que passeavam pelas ruas
centrais de Caxias nas décadas
passadas, por trazer muitas
memórias.
N e s s e m o m e n t o e s t a m o s
finalizando a conversão do livro para
o formato de vídeo, com 17 minutos
de duração. Montamos uma história
em quadrinhos, com animações,
sonorizações e tudo o mais. O
trabalho está de ótimo nível, e creio
que vai emocionar muitas pessoas.
Vamos passar para DVD e distribuir
o material em 130 escolas de Caxias
do Sul.
[mag] É possível preservar a
memória patrimonial das cidades e
ainda assim viabi l izar bons
negócios nesses espaços?
RF Sem dúvidas, esse é um modelo
viável. Existem exemplos próximos.
No Uruguai, em Montevidéu, há a
Av. 18 de Julho, lugar que reúne
diversos prédios históricos e onde
estão diversos teatros, cinemas e
l i v ra r ias . Buenos A i res , na
Argentina, também possui um
c e n t r o h i s t ó r i c o b a s t a n t e
preservado, um dos motivos pelo
qual a cidade recebe tantos turistas.
Aqui no estado, podemos apontar
Passo Fundo como grande
exemplo. Acompanhei algumas
realizações lá e pude ver que a
comunidade está preocupada em
construir com preservação.
Então, é possível sim, mas antes é
preciso ter vontade política e
vergonha na cara.
O livro Formas
Ignoradas está à
venda na livraria
e café Do Arco da
Velha, em Caxias
(18 do Forte,
1690).Preço: R$ 20
TALK
/ entrevista exclusiva
PIB: um engodosexagenário
MONEY / economia e iconoclastia
Texto deAlexandre Lattari
marketsbyfactfinder.blogspot.com
No final de 2011 consultoria britânica Centre for
Economics and Business Research
(CEBR) revelou que o produto
interno bruto (PIB) brasileiro havia
se tornado o sexto maior do mundo,
tomando o lugar antes ocupado
pelo das terras da Rainha Inglesa. A
notícia – tida como grande novidade
- tomou de assalto todas as
redações das mídias escrita e
televisiva de Pindorama.
No entanto, essa projeção já
constava em estudos passados da
a própr ia CEBR e de out ras
organizações intergovernamentais. Sabe-se, por exemplo, que o PIB
britânico ultrapassará o francês
daqui a alguns anos. E o da Índia e o
da Rússia deixarão o do Brasil para
trás em menos de uma década.
Much ado about nothing.
Criado pelo economista keynesiano
Simon Kuznets e divulgado ao
Congresso Americano em meados
da década de 30, o PIB permanece
até hoje como referência de
crescimento econômico em todo o
mundo.
Em um país
continental, como
o Brasil, invocar
estatísticas
absolutas é
quase sempre
uma fraude.
[22] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
FOTO DIVULGAÇÃO
A medição do PIB almeja estimar o
montante produzido de bens e
serviços em determinado país ou
região, a partir da soma de
consumo, investimento e gastos
governamentais.
Alinhado com os desígnios da
época (anos 30), esse cálculo acaba
sobrevalorizando a participação
dos governos. Para aumentar o PIB
e orgulhar os nacionais basta que
entes estatais efetuem despesas
(mesmo que elas apareçam nas
c o n t a s c a m u f l a d a s c o m o
“investimentos”).
Com isso, bizarras distorções
acon tecem. Imag inem, po r
exemplo, que o segmento privado
esteja em estagnação. Recessão?
Não mesmo. Para que o PIB
“cresça”, basta aumentar o custeio
da máquina pública, seja através de
altos salários para funcionários
públicos ou através de repasses a
qualquer uma dessas ONGs
picaretas que vicejam em todo o
território nacional.
Esse viés keynesiano embutido no
indicador de PIB permite afirmações
que beiram a galhofa.
Em entrevista à rede CNN o
ganhador do Prêmio Nobel, Paul
Krugman, sugeriu que esforços de
guerra contra uma invasão de
alienígenas reativariam a economia
americana, assim como a Segunda
Guerra Mundial o fez quando
encerrou a Grande Depressão.
A metodologia de cálculo do PIB é
tão mais perniciosa quanto mais
desigual for a distribuição de renda
dos habitantes. Em um país de
p o p u l a ç ã o e d i m e n s õ e s
continentais, como o Brasil, invocar
estatísticas absolutas é quase
sempre uma fraude.
Indicadores como o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH),
empregado pelo Programa das
N a ç õ e s U n i d a s p a r a o
Desenvolvimento (PNUD) são mais
acurados na avaliação do nível de
bem-estar dos cidadãos de um país
ou região.
Indicadores à parte, o crescimento
econômico dos países está muito
m a i s r e l a c i o n a d o a o
macroambiente e ao aspecto
demográfico das populações que
as virtudes ou idiossincrasias de
seus dirigentes políticos.
Como nos lembra o analista
norteamericano Jim Rogers, em
recente entrevista a um periódico
nacional, políticos se apropriam
sempre de fatos sobre os quais
t iveram pouca ou nenhuma
inf luência. Trata-se de uma
tendência universal, que já ocorreu
nos idos da década de 80 na
Inglaterra de Margaret Thatcher
enquanto o petróleo jorrava no Mar
do Norte em profusão.
A empulhação nunca termina.
FOTO: DIDA SAMPAIO | AGÊNCIA ESTADO
PIB: um engodosexagenário
MONEY / economia e iconoclastia
Texto deAlexandre Lattari
marketsbyfactfinder.blogspot.com
No final de 2011 consultoria britânica Centre for
Economics and Business Research
(CEBR) revelou que o produto
interno bruto (PIB) brasileiro havia
se tornado o sexto maior do mundo,
tomando o lugar antes ocupado
pelo das terras da Rainha Inglesa. A
notícia – tida como grande novidade
- tomou de assalto todas as
redações das mídias escrita e
televisiva de Pindorama.
No entanto, essa projeção já
constava em estudos passados da
a própr ia CEBR e de out ras
organizações intergovernamentais. Sabe-se, por exemplo, que o PIB
britânico ultrapassará o francês
daqui a alguns anos. E o da Índia e o
da Rússia deixarão o do Brasil para
trás em menos de uma década.
Much ado about nothing.
Criado pelo economista keynesiano
Simon Kuznets e divulgado ao
Congresso Americano em meados
da década de 30, o PIB permanece
até hoje como referência de
crescimento econômico em todo o
mundo.
Em um país
continental, como
o Brasil, invocar
estatísticas
absolutas é
quase sempre
uma fraude.
[22] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
FOTO DIVULGAÇÃO
A medição do PIB almeja estimar o
montante produzido de bens e
serviços em determinado país ou
região, a partir da soma de
consumo, investimento e gastos
governamentais.
Alinhado com os desígnios da
época (anos 30), esse cálculo acaba
sobrevalorizando a participação
dos governos. Para aumentar o PIB
e orgulhar os nacionais basta que
entes estatais efetuem despesas
(mesmo que elas apareçam nas
c o n t a s c a m u f l a d a s c o m o
“investimentos”).
Com isso, bizarras distorções
acon tecem. Imag inem, po r
exemplo, que o segmento privado
esteja em estagnação. Recessão?
Não mesmo. Para que o PIB
“cresça”, basta aumentar o custeio
da máquina pública, seja através de
altos salários para funcionários
públicos ou através de repasses a
qualquer uma dessas ONGs
picaretas que vicejam em todo o
território nacional.
Esse viés keynesiano embutido no
indicador de PIB permite afirmações
que beiram a galhofa.
Em entrevista à rede CNN o
ganhador do Prêmio Nobel, Paul
Krugman, sugeriu que esforços de
guerra contra uma invasão de
alienígenas reativariam a economia
americana, assim como a Segunda
Guerra Mundial o fez quando
encerrou a Grande Depressão.
A metodologia de cálculo do PIB é
tão mais perniciosa quanto mais
desigual for a distribuição de renda
dos habitantes. Em um país de
p o p u l a ç ã o e d i m e n s õ e s
continentais, como o Brasil, invocar
estatísticas absolutas é quase
sempre uma fraude.
Indicadores como o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH),
empregado pelo Programa das
N a ç õ e s U n i d a s p a r a o
Desenvolvimento (PNUD) são mais
acurados na avaliação do nível de
bem-estar dos cidadãos de um país
ou região.
Indicadores à parte, o crescimento
econômico dos países está muito
m a i s r e l a c i o n a d o a o
macroambiente e ao aspecto
demográfico das populações que
as virtudes ou idiossincrasias de
seus dirigentes políticos.
Como nos lembra o analista
norteamericano Jim Rogers, em
recente entrevista a um periódico
nacional, políticos se apropriam
sempre de fatos sobre os quais
t iveram pouca ou nenhuma
inf luência. Trata-se de uma
tendência universal, que já ocorreu
nos idos da década de 80 na
Inglaterra de Margaret Thatcher
enquanto o petróleo jorrava no Mar
do Norte em profusão.
A empulhação nunca termina.
FOTO: DIDA SAMPAIO | AGÊNCIA ESTADO
TRENDLINE@trendlinemagAcompanhe a Trendline
nas redes sociais eparticipe de
promoções e sorteios.
De olho namarca
Texto deMagali Lahude
twitter.com/magylahude
Publicitária,Diretora da Ateliê Digital, Bento Gonçalves
Oi, vocês “desenham”
logotipos?
Todo dia recebemos ligações assim
aqui na Ateliê Digital. E todo dia
temos que explicar que sim, e que
não.
Comecemos pelo básico. O que
vem a ser um logotipo? Bem, toda
marca precisa de um nome e ele
pode ser escrito de diversas formas,
utilizando uma tipografia já existente
ou criando um padrão novo. A essa
forma personalizada de escrever o
nome, chamamos de logotipo.
Passemos, agora, para a marca. Ela
é, muitas vezes, formada por um
elemento gráfico que sintetiza
determinada ideia. Esse elemento é
conhecido como símbolo. Sabe o
cavalinho da Ferrari? Pois é.
A essa junção de logotipo e símbolo
acrescentamos, ainda, as cores
padrão, que representam a marca.
Disso tudo podemos chegar à
conclusão nº 1: criar uma marca é
bem mais complicado do que
‘‘desenhar’’ um logotipo. É, na
verdade, uma ciência, chamada de
Branding (do inglês brand =
marca).
A marca de qualquer empresa é
como um ser vivo que nasce,
cresce, passa por diversas etapas,
cria rugas, tem crises existenciais, é
remodelado e em alguns casos
pode morrer e levar uma empresa à
falência. Os bons profissionais da
área de Branding são os médicos
que trabalham para que isso não
ocorra. E como eles fazem isso?
Em primeiro lugar trabalham para
que a marca esteja SEMPRE na
cabeça e no coração do público
alvo. Isso significa se conectar com
os sentidos e com o emocional do
cliente. Contudo, uma marca só terá
vida longa e feliz se o que ela é, faz e
diz for verdadeiro. Sua filosofia
p r e c i s a s e r i d e n t i f i c a d a e
reconhecida.
E é justamente aqui que mora o
perigo. Depois de ter desenvolvido
mais de 150 marcas em 15 anos de
mercado publicitário, conheço de
longe aquele cliente que não
consegue falar sobre a alma de sua
empresa. Muitos deitam no divã e
deliram: ‘‘Ah Magali, faça qualquer
desenho bonito aí que tá bom. Ahhh
sem azul porque sou colorado!’’.
Nessas horas preciso explicar que a
marca dele é o que o consumidor
acha e não o que queremos que eles
achem.
É u m a p e n a q u e m u i t o s
empresários ainda acreditem que o
trabalho de Branding é algo distante
do orçamento de suas companhias
– na sua grande maioria altamente
rentáveis e sólidas - e que a
logomarca fixada na porta da
empresa, nos caminhões e na
sacolinha do brinde de Natal são
movimentos eficientes e suficientes
para a consolidação e fidelização da
marca.
[24] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
MEDIA / comunicação e mkt
TRENDLINE@trendlinemagAcompanhe a Trendline
nas redes sociais eparticipe de
promoções e sorteios.
De olho namarca
Texto deMagali Lahude
twitter.com/magylahude
Publicitária,Diretora da Ateliê Digital, Bento Gonçalves
Oi, vocês “desenham”
logotipos?
Todo dia recebemos ligações assim
aqui na Ateliê Digital. E todo dia
temos que explicar que sim, e que
não.
Comecemos pelo básico. O que
vem a ser um logotipo? Bem, toda
marca precisa de um nome e ele
pode ser escrito de diversas formas,
utilizando uma tipografia já existente
ou criando um padrão novo. A essa
forma personalizada de escrever o
nome, chamamos de logotipo.
Passemos, agora, para a marca. Ela
é, muitas vezes, formada por um
elemento gráfico que sintetiza
determinada ideia. Esse elemento é
conhecido como símbolo. Sabe o
cavalinho da Ferrari? Pois é.
A essa junção de logotipo e símbolo
acrescentamos, ainda, as cores
padrão, que representam a marca.
Disso tudo podemos chegar à
conclusão nº 1: criar uma marca é
bem mais complicado do que
‘‘desenhar’’ um logotipo. É, na
verdade, uma ciência, chamada de
Branding (do inglês brand =
marca).
A marca de qualquer empresa é
como um ser vivo que nasce,
cresce, passa por diversas etapas,
cria rugas, tem crises existenciais, é
remodelado e em alguns casos
pode morrer e levar uma empresa à
falência. Os bons profissionais da
área de Branding são os médicos
que trabalham para que isso não
ocorra. E como eles fazem isso?
Em primeiro lugar trabalham para
que a marca esteja SEMPRE na
cabeça e no coração do público
alvo. Isso significa se conectar com
os sentidos e com o emocional do
cliente. Contudo, uma marca só terá
vida longa e feliz se o que ela é, faz e
diz for verdadeiro. Sua filosofia
p r e c i s a s e r i d e n t i f i c a d a e
reconhecida.
E é justamente aqui que mora o
perigo. Depois de ter desenvolvido
mais de 150 marcas em 15 anos de
mercado publicitário, conheço de
longe aquele cliente que não
consegue falar sobre a alma de sua
empresa. Muitos deitam no divã e
deliram: ‘‘Ah Magali, faça qualquer
desenho bonito aí que tá bom. Ahhh
sem azul porque sou colorado!’’.
Nessas horas preciso explicar que a
marca dele é o que o consumidor
acha e não o que queremos que eles
achem.
É u m a p e n a q u e m u i t o s
empresários ainda acreditem que o
trabalho de Branding é algo distante
do orçamento de suas companhias
– na sua grande maioria altamente
rentáveis e sólidas - e que a
logomarca fixada na porta da
empresa, nos caminhões e na
sacolinha do brinde de Natal são
movimentos eficientes e suficientes
para a consolidação e fidelização da
marca.
[24] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
MEDIA / comunicação e mkt
Texto deSamuel Ramos
facebook.com/samueltlmag
Fotos deSabrina Gabana
facebook.com/sabrina.gabana
O dia maisverde do ano
HEADLINE
/ matéria de capa
Texto deSamuel Ramos
facebook.com/samueltlmag
Fotos deSabrina Gabana
facebook.com/sabrina.gabana
O dia maisverde do ano
HEADLINE
/ matéria de capa
N a ú l t i m a e d i ç ã o , q u e
acompanhamos no ano passado,
foram consumidos mais de 700
litros de cerveja, que é vendida com
preços especiais.
Durante toda a noite também
ocorrem sorteios e promoções, que
garantem animação extra. O
responsável pela comunicação dos
premiados, um irlandês maluco que
fala um português atravessado, é
um show à parte.
«As últimas três edições tiveram
ingressos esgotados. Quando
chega perto da data, as pessoas
imploram para conseguir um, mas é
impossível. E quem participa em um
ano, não quer ficar de fora do
próximo», explica Rafael.
Informações:
Onde fica?
www.shamrockpub.com.br
Pode-se afirmar que a pequena
história do Saint Patrick´s Day no
Rio Grande do Sul se iniciou ali, em
2005, quando Simon organizou o
primeiro e surpreendeu a todos.
Desde então, ano após ano, o
Shamrock realiza o evento mais
consagrado da capital. Oferece
cerveja verde, Guinness - além de
outras irlandesas - e traz muitas
atrações.
O atual responsável pelo Pub,
Rafael Rocha (o Simon ainda é o
dono, mas tem passado mais tempo
na Irlanda), é quem tem cuidado de
todos os detalhes das últimas
edições do Saint Patrick´s Day do
Shamrock.
O evento, que costuma esgotar os
260 ingressos para a festa com
alguma antecedência, é o mais
disputado da cidade.
Saint Patrick´s
Day do Shamrock,
o mais tradicional
de Poa, esse ano
chega à 7ª edição.
TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [29]
Shamrock Pub, Poa
Na porta de entrada do Shamrock
Pub, em Porto Alegre, o quadro de
avisos dá a tônica sobre o que
esperar do lugar: «No idiots». Claro
que nem sempre a regra é
respeitada, mas o Pub é, sem
dúvidas, um dos melhores da
cidade.
Obra e graça de Simon Nesbitt,
gaélico «da gema», o Shamrock é
literalmente um pedaço da Irlanda
em Porto Alegre: tem boa cerveja,
boa comida, sinuca e jogo de
dardos. Eu moraria lá!
HEADLINE
/ matéria de capa
Dentre os mais de dez
mil santos que figuram na
listagem da Igreja Católica há um
que opera um verdadeiro milagre a
cada 17 de março: consegue reunir
n a s u a f e s t a n ã o a p e n a s
simpatizantes de outras crenças,
mas também pagãos e ateus.
Seu nome: São Patrício,
ou Saint Patrick, como é
conhecido em seu país
de origem.
Patrono da Irlanda, São
Patrício nasceu no final
do século IV e ganhou
naquele país status de
herói nacional depois de ter tido
influência decisiva na conversão
dos i r l andeses (a té en tão ,
politeístas) para o cristianismo. O
trevo, símbolo do pequeno país,
ilustra a influência de São Patrício,
pois ele utilizava as suas três folhas
analogia à Santíssima Trindade
católica (o Pai, o Filho e o Espírito
Santo).
A memória de São Patrício é
evocada mundialmente no dia 17 de
março, data de sua morte. A
tradição irlandesa prega que nesse
dia, o Saint Patrick´s Day, sejam
realizados banquetes e festividades.
Na metade do século XIX, com a
chegada de imigrantes nos Estados
Unidos, eles resolvem iniciar
naquele país a parada do Dia de São
Patrício. E como essa parada
envolvia grandes festividades,
outras culturas se juntaram e
aderiram à vestimenta verde.
No Dia de São Patrício, bares e pubs
abrem logo cedo e distribuem fartas
quantidades de cerveja verde, tudo
para lembrar as cores do trevo
irlandês. Bairrismo puro!
Ops, eu falei bairrismo? Então essa
festa deve interessar aos gaúchos.
É, de fato, interessa.
O Rio Grande do Sul é
um dos locais em que a
t r a d i ç ã o d o S a i n t
Patrick´s Day só cresce.
Ve ja nas p róx imas
páginas o porquê.
O verde toma
conta do Saint
Patrick´s Day.
Inclusive em
vestimentas,
bebidas e comidas.
Ateus celebrando uma festa cristã?
Bem vindo ao Dia de São Patrício.
[28] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
HEADLINE
/ matéria de capa
N a ú l t i m a e d i ç ã o , q u e
acompanhamos no ano passado,
foram consumidos mais de 700
litros de cerveja, que é vendida com
preços especiais.
Durante toda a noite também
ocorrem sorteios e promoções, que
garantem animação extra. O
responsável pela comunicação dos
premiados, um irlandês maluco que
fala um português atravessado, é
um show à parte.
«As últimas três edições tiveram
ingressos esgotados. Quando
chega perto da data, as pessoas
imploram para conseguir um, mas é
impossível. E quem participa em um
ano, não quer ficar de fora do
próximo», explica Rafael.
Informações:
Onde fica?
www.shamrockpub.com.br
Pode-se afirmar que a pequena
história do Saint Patrick´s Day no
Rio Grande do Sul se iniciou ali, em
2005, quando Simon organizou o
primeiro e surpreendeu a todos.
Desde então, ano após ano, o
Shamrock realiza o evento mais
consagrado da capital. Oferece
cerveja verde, Guinness - além de
outras irlandesas - e traz muitas
atrações.
O atual responsável pelo Pub,
Rafael Rocha (o Simon ainda é o
dono, mas tem passado mais tempo
na Irlanda), é quem tem cuidado de
todos os detalhes das últimas
edições do Saint Patrick´s Day do
Shamrock.
O evento, que costuma esgotar os
260 ingressos para a festa com
alguma antecedência, é o mais
disputado da cidade.
Saint Patrick´s
Day do Shamrock,
o mais tradicional
de Poa, esse ano
chega à 7ª edição.
TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [29]
Shamrock Pub, Poa
Na porta de entrada do Shamrock
Pub, em Porto Alegre, o quadro de
avisos dá a tônica sobre o que
esperar do lugar: «No idiots». Claro
que nem sempre a regra é
respeitada, mas o Pub é, sem
dúvidas, um dos melhores da
cidade.
Obra e graça de Simon Nesbitt,
gaélico «da gema», o Shamrock é
literalmente um pedaço da Irlanda
em Porto Alegre: tem boa cerveja,
boa comida, sinuca e jogo de
dardos. Eu moraria lá!
HEADLINE
/ matéria de capa
Dentre os mais de dez
mil santos que figuram na
listagem da Igreja Católica há um
que opera um verdadeiro milagre a
cada 17 de março: consegue reunir
n a s u a f e s t a n ã o a p e n a s
simpatizantes de outras crenças,
mas também pagãos e ateus.
Seu nome: São Patrício,
ou Saint Patrick, como é
conhecido em seu país
de origem.
Patrono da Irlanda, São
Patrício nasceu no final
do século IV e ganhou
naquele país status de
herói nacional depois de ter tido
influência decisiva na conversão
dos i r l andeses (a té en tão ,
politeístas) para o cristianismo. O
trevo, símbolo do pequeno país,
ilustra a influência de São Patrício,
pois ele utilizava as suas três folhas
analogia à Santíssima Trindade
católica (o Pai, o Filho e o Espírito
Santo).
A memória de São Patrício é
evocada mundialmente no dia 17 de
março, data de sua morte. A
tradição irlandesa prega que nesse
dia, o Saint Patrick´s Day, sejam
realizados banquetes e festividades.
Na metade do século XIX, com a
chegada de imigrantes nos Estados
Unidos, eles resolvem iniciar
naquele país a parada do Dia de São
Patrício. E como essa parada
envolvia grandes festividades,
outras culturas se juntaram e
aderiram à vestimenta verde.
No Dia de São Patrício, bares e pubs
abrem logo cedo e distribuem fartas
quantidades de cerveja verde, tudo
para lembrar as cores do trevo
irlandês. Bairrismo puro!
Ops, eu falei bairrismo? Então essa
festa deve interessar aos gaúchos.
É, de fato, interessa.
O Rio Grande do Sul é
um dos locais em que a
t r a d i ç ã o d o S a i n t
Patrick´s Day só cresce.
Ve ja nas p róx imas
páginas o porquê.
O verde toma
conta do Saint
Patrick´s Day.
Inclusive em
vestimentas,
bebidas e comidas.
Ateus celebrando uma festa cristã?
Bem vindo ao Dia de São Patrício.
[28] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
HEADLINE
/ matéria de capa
TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [31]
HEADLINE
/ matéria de capa
Anote!Dia de
São Patrício 2012
Sábado, 17 de março
Locais para degustar a
cerveja verde
da Prost Bier:
Caxias
Mississippi
BierHaus
Nova PrataEmpório São João
VeranópolisJ’Adore Le Café
Lagom BrewPub, Poa
Se no Lagom (se pronuncia
Lágom), também em Porto Alegre,
falta a tradição de já ter um Saint
Patrick´s Day consolidado, como é
o do Shamrock, uma coisa as duas
casas possuem em comum: cerveja
de qualidade.
O B r e w P u b j á f o i
destaque na nossa
matéria sobre cervejas
artesanais (Ed. 2, 2011)
por ser o pr imeiro
estabelecimento do
gênero no Brasil: ali se
produz e se consome o
precioso líquido, que sequer é
engarrafado - é sim servido direto do
barril.
Pois o Lagom realiza, em 2012, a
segunda edição do seu Saint
Patrick’s Day.
No ano passado acompanhamos a
primeira edição, cuja proposta era
indecente: R$ 65 de ingresso, que
dava direito a uma quantidade
homérica de dois estilos de cerveja:
uma cremosa Stout e uma Pilsen
tingida de verde.
Para esse ano, a ideia é repetir a
dose, e dessa vez com duas
novidades: o bar passará por uma
ampliação e o Lagom inaugurará
uma nova unidade, uma fábrica,
onde serão produzidas as cervejas
da casa.
Informações:
Onde fica?
www.lagom.com.br
No Lagom
BrewPub, a
cerveja feita em
casa é a atração
do dia verde.
[30] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
Em 2012 o Lagom abre a sua fábrica
de cerveja e também amplia o
espaço físico do bar já existente,
localizado no BomFim.
HEADLINE
/ matéria de capa
HEADLINE
/ matéria de capa
TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [31]
HEADLINE
/ matéria de capa
Anote!Dia de
São Patrício 2012
Sábado, 17 de março
Locais para degustar a
cerveja verde
da Prost Bier:
Caxias
Mississippi
BierHaus
Nova PrataEmpório São João
VeranópolisJ’Adore Le Café
Lagom BrewPub, Poa
Se no Lagom (se pronuncia
Lágom), também em Porto Alegre,
falta a tradição de já ter um Saint
Patrick´s Day consolidado, como é
o do Shamrock, uma coisa as duas
casas possuem em comum: cerveja
de qualidade.
O B r e w P u b j á f o i
destaque na nossa
matéria sobre cervejas
artesanais (Ed. 2, 2011)
por ser o pr imeiro
estabelecimento do
gênero no Brasil: ali se
produz e se consome o
precioso líquido, que sequer é
engarrafado - é sim servido direto do
barril.
Pois o Lagom realiza, em 2012, a
segunda edição do seu Saint
Patrick’s Day.
No ano passado acompanhamos a
primeira edição, cuja proposta era
indecente: R$ 65 de ingresso, que
dava direito a uma quantidade
homérica de dois estilos de cerveja:
uma cremosa Stout e uma Pilsen
tingida de verde.
Para esse ano, a ideia é repetir a
dose, e dessa vez com duas
novidades: o bar passará por uma
ampliação e o Lagom inaugurará
uma nova unidade, uma fábrica,
onde serão produzidas as cervejas
da casa.
Informações:
Onde fica?
www.lagom.com.br
No Lagom
BrewPub, a
cerveja feita em
casa é a atração
do dia verde.
[30] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
Em 2012 o Lagom abre a sua fábrica
de cerveja e também amplia o
espaço físico do bar já existente,
localizado no BomFim.
HEADLINE
/ matéria de capa
HEADLINE
/ matéria de capa
Valle Rustico:um jantar no‘‘matinho’’Texto e fotos deSamuel Ramos
facebook.com/samueltlmag
GOODFOOD
/ cozinhas recomendadas
Valle Rustico:um jantar no‘‘matinho’’Texto e fotos deSamuel Ramos
facebook.com/samueltlmag
GOODFOOD
/ cozinhas recomendadas
GOOD FOOD
/ cozinhas recomendadas
Primeiro encontro.O cara quer impressionar a guria e
procura um restaurante, descolado,
reservado e intimista. Mesmo que
ele não saiba o que intimista
significa. Resolve ligar no Valle
Rustico, pequeno restaurante do
Vale dos Vinhedos. Sabe que o
ambiente é despretensioso e a
comida é boa. Há mais um fator
determinante: o vinho custa o
mesmo que nas vinícolas da região.
Não precisará estuprar a própria
carteira para criar o clima certo.
No caminho, uma curva à direita
quase põe tudo a perder. Depois de
entrar na remota comunidade do 15
da Graciema, passar a ponte e
seguir a indicação das placas, a
caroneira sua frio quando o
motorista coloca o carro numa ruela
de chão, cercada de mato.
‘ Será ele um psicopata, que vai me
levar pro matinho?’’. Que nada.
Em menos de dois minutos o
suspense acaba: al i está o
restaurante. Agora é tudo uma
questão de química - e da dose certa
de vinho.
Esse é o Valle Rustico, uma das
pérolas escondidas do badalado
circuito turístico do Vale dos
Vinhedos.
Comandado pelo atencioso chef
Rodrigo Bellora, o lugar é de um
charme único.
Mescla uma ambientação rural, uma
vista linda dos vales e uma sólida
proposta gastronômica.
Está instalado em uma casa quase
centenária, que teve a sua estrutura
‘
recuperada para receber o
restaurante.
‘‘Essas terras são da família há
muitos anos. Estava tudo meio
abandonado aqui, até que voltei
para cá e pensei em reativar o
e s p a ç o , c o m o i n t u i t o d e
estabelecer algum negócio com o
enoturismo’’, revela Rodrigo.
O Valle Rustico
não é só cozinha
italiana. Há um
apreço especial
pelo preparo da
carne com
influência platina.
[34] | TRENDLINE[MAG] . ED 6 TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [35]
GOOD FOOD
/ cozinhas recomendadas
Brownie com
nozes e avelã;
antepasto de
pizza. Fim e
começo de um
grande menu
degustação.
GOOD FOOD
/ cozinhas recomendadas
Primeiro encontro.O cara quer impressionar a guria e
procura um restaurante, descolado,
reservado e intimista. Mesmo que
ele não saiba o que intimista
significa. Resolve ligar no Valle
Rustico, pequeno restaurante do
Vale dos Vinhedos. Sabe que o
ambiente é despretensioso e a
comida é boa. Há mais um fator
determinante: o vinho custa o
mesmo que nas vinícolas da região.
Não precisará estuprar a própria
carteira para criar o clima certo.
No caminho, uma curva à direita
quase põe tudo a perder. Depois de
entrar na remota comunidade do 15
da Graciema, passar a ponte e
seguir a indicação das placas, a
caroneira sua frio quando o
motorista coloca o carro numa ruela
de chão, cercada de mato.
‘ Será ele um psicopata, que vai me
levar pro matinho?’’. Que nada.
Em menos de dois minutos o
suspense acaba: al i está o
restaurante. Agora é tudo uma
questão de química - e da dose certa
de vinho.
Esse é o Valle Rustico, uma das
pérolas escondidas do badalado
circuito turístico do Vale dos
Vinhedos.
Comandado pelo atencioso chef
Rodrigo Bellora, o lugar é de um
charme único.
Mescla uma ambientação rural, uma
vista linda dos vales e uma sólida
proposta gastronômica.
Está instalado em uma casa quase
centenária, que teve a sua estrutura
‘
recuperada para receber o
restaurante.
‘‘Essas terras são da família há
muitos anos. Estava tudo meio
abandonado aqui, até que voltei
para cá e pensei em reativar o
e s p a ç o , c o m o i n t u i t o d e
estabelecer algum negócio com o
enoturismo’’, revela Rodrigo.
O Valle Rustico
não é só cozinha
italiana. Há um
apreço especial
pelo preparo da
carne com
influência platina.
[34] | TRENDLINE[MAG] . ED 6 TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [35]
GOOD FOOD
/ cozinhas recomendadas
Brownie com
nozes e avelã;
antepasto de
pizza. Fim e
começo de um
grande menu
degustação.
GOOD FOOD
/ cozinhas recomendadas
O chef retornou para a Serra há
cerca de 4 anos, depois de se
graduar em Turismo e de uma
experiência profissional na
praia de Trancoso, Bahia.
Sua ideia inicial para o Valle
Rustico era construir um
ecoparque. Enquanto fazia
os estudos, Rodrigo passou
a receber pequenos grupos
para jantares na casa. Nesse
momento, ganhou força uma
nova intenção: transformar o
lugar em pousada.
Porém, o destino tinha outros
planos. A frequência dos jantares
começou a aumentar. Cada vez
mais e mais pessoas pediam
reservas, até que há dois anos
Rodrigo se convenceu do destino
do Valle Rustico: ele seria um
restaurante. Para tal, evocou uma
proposta de serviço quase slow
food: não há pressa e correria para
trazer os pratos. A proposta não é
encher a pança e ir embora, mas sim
curtir e aproveitar cada minuto da
refeição.
O c a r d á p i o é d e f i n i d o
semanalmente, de acordo com o
que tiver de mais fresco. A partir daí,
Rodrigo monta o cardápio especial
(menu degustação) e também as
pizzas, cuja massa é uma atração à
parte - Rodrigo poderia abrir uma
boulangerie fácil fácil: é feita todo
dia a partir de uma fermentação
lenta. Faz toda a diferença.
Além da influência italiana, Bellora
também aprecia muito o preparo de
carnes no estilo portenho. Isso
permite que se vejam famílias
jantando por lá - os pequenos
adoram as pizzas, e os grandes
as carnes.
O Valle Rustico é a pedida ideal
para quem procura paz ,
t ranqui l idade e uma boa
refeição. E traz, também, uma
boa resposta para a chatíssima
música - que não toca por lá - ‘‘O
que que você foi fazer no mato,
Maria Chiquinha?’’.
Fui no Valle Rustico, ora bolas!
A vista para o
vale é a atração
do happy hour.E nem precisa
pagar couvert
artístico.
[36] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
Onde fica?
GOOD FOOD
/ cozinhas recomendadas
O chef retornou para a Serra há
cerca de 4 anos, depois de se
graduar em Turismo e de uma
experiência profissional na
praia de Trancoso, Bahia.
Sua ideia inicial para o Valle
Rustico era construir um
ecoparque. Enquanto fazia
os estudos, Rodrigo passou
a receber pequenos grupos
para jantares na casa. Nesse
momento, ganhou força uma
nova intenção: transformar o
lugar em pousada.
Porém, o destino tinha outros
planos. A frequência dos jantares
começou a aumentar. Cada vez
mais e mais pessoas pediam
reservas, até que há dois anos
Rodrigo se convenceu do destino
do Valle Rustico: ele seria um
restaurante. Para tal, evocou uma
proposta de serviço quase slow
food: não há pressa e correria para
trazer os pratos. A proposta não é
encher a pança e ir embora, mas sim
curtir e aproveitar cada minuto da
refeição.
O c a r d á p i o é d e f i n i d o
semanalmente, de acordo com o
que tiver de mais fresco. A partir daí,
Rodrigo monta o cardápio especial
(menu degustação) e também as
pizzas, cuja massa é uma atração à
parte - Rodrigo poderia abrir uma
boulangerie fácil fácil: é feita todo
dia a partir de uma fermentação
lenta. Faz toda a diferença.
Além da influência italiana, Bellora
também aprecia muito o preparo de
carnes no estilo portenho. Isso
permite que se vejam famílias
jantando por lá - os pequenos
adoram as pizzas, e os grandes
as carnes.
O Valle Rustico é a pedida ideal
para quem procura paz ,
t ranqui l idade e uma boa
refeição. E traz, também, uma
boa resposta para a chatíssima
música - que não toca por lá - ‘‘O
que que você foi fazer no mato,
Maria Chiquinha?’’.
Fui no Valle Rustico, ora bolas!
A vista para o
vale é a atração
do happy hour.E nem precisa
pagar couvert
artístico.
[36] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
Onde fica?
Texto deMaurício Chaulet
twitter.com/mauriciochaulet
Cervejeiro caseiro e membro do
Beer Judge Certification Program.
Artesanalou Industrial
Você já deve ter visto, comprado ou até mesmo ter sido
presenteado com alguma cerveja
artesanal. Ela está em quase todo
lugar hoje: f requenta bons
r e s t a u r a n t e s , t e m m u i t o s
admiradores - em todas as classes
sociais - e é a queridinha dos chefs
mais atualizados do Brasil. Mas o
que vem a ser uma cerveja
artesanal? De onde vem o termo e,
quem, realmente pode usá-lo?
Um pouco de juridiquês: no Brasil, a
Lei nº 8.918, de 14 de julho de 1994,
dispõe sobre a padronização, a
classificação, o registro, a inspeção,
a produção e a fiscalização de
bebidas. Ela diz, no artigo 64, mais
ou menos o seguinte:
a) A cerveja é o fruto da fermentação
alcoólica do mosto oriundo do malte
de cevada e água potável, por ação
da levedura, com adição de lúpulo;
b) O malte e o lúpulo podem ser
substituídos por seus respectivos
extratos;
c) Parte do malte de cevada pode
ser substituído por outros cereais -
m a l t a d o s o u n ã o - e p o r
carboidratos de origem vegetal -
transformados ou não. Os cereais
referidos neste artigo são a cevada,
o arroz, o trigo, o centeio, o milho, a
aveia e o sorgo. Eles podem ser
integrais, em flocos ou mesmo na
sua parte amilácea.
A cerveja
artesanal carece
de uma
regulamentação
jurídica
específica.
BEERCLUB / cultura cervejeira
[38] | TRENDLINE[MAG] . ED 6 TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [39]
Texto deMaurício Chaulet
twitter.com/mauriciochaulet
Cervejeiro caseiro e membro do
Beer Judge Certification Program.
Artesanalou Industrial
Você já deve ter visto, comprado ou até mesmo ter sido
presenteado com alguma cerveja
artesanal. Ela está em quase todo
lugar hoje: f requenta bons
r e s t a u r a n t e s , t e m m u i t o s
admiradores - em todas as classes
sociais - e é a queridinha dos chefs
mais atualizados do Brasil. Mas o
que vem a ser uma cerveja
artesanal? De onde vem o termo e,
quem, realmente pode usá-lo?
Um pouco de juridiquês: no Brasil, a
Lei nº 8.918, de 14 de julho de 1994,
dispõe sobre a padronização, a
classificação, o registro, a inspeção,
a produção e a fiscalização de
bebidas. Ela diz, no artigo 64, mais
ou menos o seguinte:
a) A cerveja é o fruto da fermentação
alcoólica do mosto oriundo do malte
de cevada e água potável, por ação
da levedura, com adição de lúpulo;
b) O malte e o lúpulo podem ser
substituídos por seus respectivos
extratos;
c) Parte do malte de cevada pode
ser substituído por outros cereais -
m a l t a d o s o u n ã o - e p o r
carboidratos de origem vegetal -
transformados ou não. Os cereais
referidos neste artigo são a cevada,
o arroz, o trigo, o centeio, o milho, a
aveia e o sorgo. Eles podem ser
integrais, em flocos ou mesmo na
sua parte amilácea.
A cerveja
artesanal carece
de uma
regulamentação
jurídica
específica.
BEERCLUB / cultura cervejeira
[38] | TRENDLINE[MAG] . ED 6 TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [39]
DelíciasrosadasNessa edição fomos
atrás de três amostras
de espumantes Rosé
que caem bem para o
calor da estação.
BOOZE / bebidas recomendadas
Don Giovanni Brut Rosé
Produzido pelo método Charmat,
leva variedades: Merlot (50%), Pinot
Noir (40%) e Chardonnay (10%),
com uvas de produção própria.
Apesar de ser um Brut, não tem o
paladar tão seco, na boca lembra
mais um Demi-Sec. Muito saboroso.
Preço varia entre R$ 28 (na vinícola)
até R$ 40 (restaurantes).
Dal Pizzol Brut Rosé
Bom espumante da Dal Pizzol,
vinícola do distrito de Faria Lemos,
em Bento Gonçalves, terreno que
produz bons espumantes. Para
esse vinho, em específico, a vinícola
utilizou o método Charmat e uma
mescla de uvas Chardonnay e Pinot
Noir.
Seu preço varia entre R$ 33 (na
vinícola) até R$ 50 (restaurantes).
Pizzato Brut Rosé
Este belo produto da Pizzato é feito
pelo método Tradicional com os
varietais Merlot e Egiodola (uva
francesa, trazida pela família para o
Brasil). Também é um Brut muito
equilibrado, que cai bem no
acompanhamento de uma refeição
leve ou durante o happy hour.
Preço varia entre R$ 40 (na vinícola)
até R$ 60 (restaurantes).
Don Giovanni
Espumante Brut
Rosé 750 ml
13% Vol
Servir entre 6° e 8°
dongiovanni.com.br
Dal Pizzol
Espumante Brut
Rosé 750 ml
12% Vol
Servir entre 4° e 8°
dalpizzol.com.br
Pizzato Brut Rosé
Champenoise 750
ml
12% Vol
Servir entre 6° e 8°pizzato.net
Guenther Sehn Bohemian Pilsneraka Trendline Beer Blond Daschund 750 ml
Essa maravilha de cerveja foi produzida pelo homebrewer Guenther
Sehn, que gentilmente nos vendeu 42 botillas de sua produção caseira
para que engarrafássemos a Trendline Beer de fim de ano, presente
que foi encaminhado para amigos e parceiros comerciais.
De amargor marcante (Ave lúpulo Saaz) e um sabor incomparável, foi
deixada em alguns bares e restaurantes de amigos, porém ninguém se
atreveu a vender, foi toda consumida pelos próprios donos.
Esperamos que o Guenther providencie uma nova leva. Logo!
Horst & Biermann Blond Ale 1L
A produção cervejeira de Porto Alegre não para de nos surpreender, e
assim foi com essa baita cerveja. Descobrimos por indicação do Seu
Cláudio, do Parangolé (Cidade Baixa), pois sequer constava na carta -
o safado estava querendo guardar todas para ele.
A combinação de sabor do começo ao fim, com pouco lúpulo, faz dela a
pedida certa para o happy hour, pois é leve, com um final quase frutado.
Nota-se claramente o ying e yang da mão do casal cervejeiro
responsável pela cerveja, Carin Horst e Sandro Biermann, pois essa
Blond Ale mostra delicadeza de paladar e sabor marcante.
Schloss Eggenberg Hopfenkönig 330ml
Até provarmos essa loira austríaca jurávamos de pé junto que a melhor
Pilsen industrializada era a premiadíssima Urquell da República
Tcheca. Pois bem, a Hopfenkönig, da Eggenberg, nos fez rever
conceitos e nos deixou divididos sobre qual é realmente a melhor.
Saborosa, de um amarelo ouro sensacional, é perfeita para o fim de
tarde de um dia quente. Ela não desce pela garganta, desliza.
Para melhorar, em geral, chega com um bom preço aqui no país -
inclusive abaixo do valor da Urquell.
Cervasrecomendadas
FOTO DIVULGAÇÃO DON GIOVANNI
DelíciasrosadasNessa edição fomos
atrás de três amostras
de espumantes Rosé
que caem bem para o
calor da estação.
BOOZE / bebidas recomendadas
Don Giovanni Brut Rosé
Produzido pelo método Charmat,
leva variedades: Merlot (50%), Pinot
Noir (40%) e Chardonnay (10%),
com uvas de produção própria.
Apesar de ser um Brut, não tem o
paladar tão seco, na boca lembra
mais um Demi-Sec. Muito saboroso.
Preço varia entre R$ 28 (na vinícola)
até R$ 40 (restaurantes).
Dal Pizzol Brut Rosé
Bom espumante da Dal Pizzol,
vinícola do distrito de Faria Lemos,
em Bento Gonçalves, terreno que
produz bons espumantes. Para
esse vinho, em específico, a vinícola
utilizou o método Charmat e uma
mescla de uvas Chardonnay e Pinot
Noir.
Seu preço varia entre R$ 33 (na
vinícola) até R$ 50 (restaurantes).
Pizzato Brut Rosé
Este belo produto da Pizzato é feito
pelo método Tradicional com os
varietais Merlot e Egiodola (uva
francesa, trazida pela família para o
Brasil). Também é um Brut muito
equilibrado, que cai bem no
acompanhamento de uma refeição
leve ou durante o happy hour.
Preço varia entre R$ 40 (na vinícola)
até R$ 60 (restaurantes).
Don Giovanni
Espumante Brut
Rosé 750 ml
13% Vol
Servir entre 6° e 8°
dongiovanni.com.br
Dal Pizzol
Espumante Brut
Rosé 750 ml
12% Vol
Servir entre 4° e 8°
dalpizzol.com.br
Pizzato Brut Rosé
Champenoise 750
ml
12% Vol
Servir entre 6° e 8°pizzato.net
Guenther Sehn Bohemian Pilsneraka Trendline Beer Blond Daschund 750 ml
Essa maravilha de cerveja foi produzida pelo homebrewer Guenther
Sehn, que gentilmente nos vendeu 42 botillas de sua produção caseira
para que engarrafássemos a Trendline Beer de fim de ano, presente
que foi encaminhado para amigos e parceiros comerciais.
De amargor marcante (Ave lúpulo Saaz) e um sabor incomparável, foi
deixada em alguns bares e restaurantes de amigos, porém ninguém se
atreveu a vender, foi toda consumida pelos próprios donos.
Esperamos que o Guenther providencie uma nova leva. Logo!
Horst & Biermann Blond Ale 1L
A produção cervejeira de Porto Alegre não para de nos surpreender, e
assim foi com essa baita cerveja. Descobrimos por indicação do Seu
Cláudio, do Parangolé (Cidade Baixa), pois sequer constava na carta -
o safado estava querendo guardar todas para ele.
A combinação de sabor do começo ao fim, com pouco lúpulo, faz dela a
pedida certa para o happy hour, pois é leve, com um final quase frutado.
Nota-se claramente o ying e yang da mão do casal cervejeiro
responsável pela cerveja, Carin Horst e Sandro Biermann, pois essa
Blond Ale mostra delicadeza de paladar e sabor marcante.
Schloss Eggenberg Hopfenkönig 330ml
Até provarmos essa loira austríaca jurávamos de pé junto que a melhor
Pilsen industrializada era a premiadíssima Urquell da República
Tcheca. Pois bem, a Hopfenkönig, da Eggenberg, nos fez rever
conceitos e nos deixou divididos sobre qual é realmente a melhor.
Saborosa, de um amarelo ouro sensacional, é perfeita para o fim de
tarde de um dia quente. Ela não desce pela garganta, desliza.
Para melhorar, em geral, chega com um bom preço aqui no país -
inclusive abaixo do valor da Urquell.
Cervasrecomendadas
FOTO DIVULGAÇÃO DON GIOVANNI
Texto e fotos deSamuel Ramos
facebook.com/samueltlmag
Buenos Aires,sem tango
GOTHERE
/ destinos recomendados
Texto e fotos deSamuel Ramos
facebook.com/samueltlmag
Buenos Aires,sem tango
GOTHERE
/ destinos recomendados
Um em cada três
brasileiros que viajam para
fora do Brasil tem como destino
Buenos Aires, a capital da
Argentina. Os motivos são muitos:
passagens aéreas mais baratas
(quem voa de Porto Alegre para lá
gasta menos do que quem vai até
São Paulo), o câmbio nos é
favorável, a cidade tem
muitas atrações e é
realmente linda.
Porém, apesar desse
g r a n d e f l u x o d e
brasileiros pelas calles
por teñas , f ica fác i l
perceber que a ampla maioria dos
visitantes sucumbe ao trabalho de
traçar o roteiro de viagem, deixando
essa tarefa nas mãos das grandes
operadoras de turismo. Como
resultado, concentram os seus
passeios nos mesmos e manjados
pontos turísticos: Casa Rosada,
Microcentro, Puerto Madero,
Caminito, Recoleta e Avenida 9 de
Julho. São todos lugares muito
interessantes, porém não revelam a
totalidade do lado mais charmoso e
cultural da capital argentina.
Fora desse circuito mais conhecido,
que de tão turístico chega a ser
cênico e ensaiado demais, se
esconde uma Buenos Aires cheia de
m u s e u s , p a r q u e s , b a r e s ,
restaurantes e lojas que realmente
permitem vivenciar a verdadeira
experiência portenha. E o melhor:
com preços melhores do que
aqueles praticados nas áreas mais
badaladas da cidade.
Percorrer essa Buenos Aires mais
típica é fácil, sobretudo porque o
preço da corrida de táxi é
baratíssimo (corridas curtas saem
por R$ 6 e atravessar a cidade custa
R$ 30). Um bom ponto de partida é o
Museo Nacional de Bellas Artes.
Possui entrada gratuita e uma
coleção de obras impressionante:
Degas, Van Gogh, Picasso, Goya,
Monet, Manet, Renoir,
além de outros talentos
locais e internacionais.
Parada
obrigatória #1:
Museo Nacional
de Bellas Artes.
Fica bem perto da
Recoleta.
Ao redor da Recoleta também é possível
conhecer, a pé, a Floralis Genérica, a
Biblioteca Nacional e o Palais de Glace.
[44] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
GO THERE
/ destinos recomendados
Show de Tango xcozinha molecular
Logo que chegamos a Buenos
Aires, a concièrge do nosso hotel
perguntou se gostaríamos de fazer
reserva para um jantar com show de
tango. Como não gostamos de
comprar nada no primeiro dia, antes
de ver os preços no
comércio local - que
sempre possuem uma melhor
cotação do que o câmbio ‘‘pega-
turista’’ - declinamos a oferta para
pensar um pouco mais sobre o
assunto. O custo do espetáculo era
de AR$ 500 (cerca de R$ 220), por
pessoa.
Enquanto avaliávamos as nossas
opções, e debatíamos o alto valor
do show de tango, verificamos que o
Aramburu (Salta, 1050, San Telmo)
oferecia um jantar especial, com
harmonização e onze serviços, pelo
mesmo valor. O restaurante é
b a s t a n t e c o n h e c i d o p e l o s
apreciadores da alta gastronomia, e
optamos por ir até lá.
Gastamos, em dois, pouco mais de
mi l pesos e sa ímos de lá
maravilhados. O jantar foi, sem
sobra de dúvidas, um dos melhores
que já tivemos na vida. O chef
Gonzalo Aramburu assina o menu,
que é dividido em passos, e incluiu
onze maravilhosos pratos, dentre os
quais as vieiras da foto abaixo.
A h a r m o n i z a ç ã o ,
realizada com cinco
t a ç a s d e v i n h o
( e s p u m a n t e , d o i s
brancos, tinto e colheita
tardia), apresentou boas
surpresas de pequenas
vinícolas argentinas.
Se for até lá seguir os onze passos
do chef, não esqueça de fazer
reserva antes, pois o lugar é
pequeno. Ah, convém pegar um
táxi, pois o local é minimalista até na
fachada - nem placa tem na frente:www.arambururesto.com.ar
Tem um paladar
exigente e
cansou da
parrilla? Vá até o
Aramburu.
O serviço do Aramburu é realizado em
passos, e pode ser acompanhado de
harmonização com vinhos locais.
TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [45]
GO THERE
/ destinos recomendados
Um em cada três
brasileiros que viajam para
fora do Brasil tem como destino
Buenos Aires, a capital da
Argentina. Os motivos são muitos:
passagens aéreas mais baratas
(quem voa de Porto Alegre para lá
gasta menos do que quem vai até
São Paulo), o câmbio nos é
favorável, a cidade tem
muitas atrações e é
realmente linda.
Porém, apesar desse
g r a n d e f l u x o d e
brasileiros pelas calles
por teñas , f ica fác i l
perceber que a ampla maioria dos
visitantes sucumbe ao trabalho de
traçar o roteiro de viagem, deixando
essa tarefa nas mãos das grandes
operadoras de turismo. Como
resultado, concentram os seus
passeios nos mesmos e manjados
pontos turísticos: Casa Rosada,
Microcentro, Puerto Madero,
Caminito, Recoleta e Avenida 9 de
Julho. São todos lugares muito
interessantes, porém não revelam a
totalidade do lado mais charmoso e
cultural da capital argentina.
Fora desse circuito mais conhecido,
que de tão turístico chega a ser
cênico e ensaiado demais, se
esconde uma Buenos Aires cheia de
m u s e u s , p a r q u e s , b a r e s ,
restaurantes e lojas que realmente
permitem vivenciar a verdadeira
experiência portenha. E o melhor:
com preços melhores do que
aqueles praticados nas áreas mais
badaladas da cidade.
Percorrer essa Buenos Aires mais
típica é fácil, sobretudo porque o
preço da corrida de táxi é
baratíssimo (corridas curtas saem
por R$ 6 e atravessar a cidade custa
R$ 30). Um bom ponto de partida é o
Museo Nacional de Bellas Artes.
Possui entrada gratuita e uma
coleção de obras impressionante:
Degas, Van Gogh, Picasso, Goya,
Monet, Manet, Renoir,
além de outros talentos
locais e internacionais.
Parada
obrigatória #1:
Museo Nacional
de Bellas Artes.
Fica bem perto da
Recoleta.
Ao redor da Recoleta também é possível
conhecer, a pé, a Floralis Genérica, a
Biblioteca Nacional e o Palais de Glace.
[44] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
GO THERE
/ destinos recomendados
Show de Tango xcozinha molecular
Logo que chegamos a Buenos
Aires, a concièrge do nosso hotel
perguntou se gostaríamos de fazer
reserva para um jantar com show de
tango. Como não gostamos de
comprar nada no primeiro dia, antes
de ver os preços no
comércio local - que
sempre possuem uma melhor
cotação do que o câmbio ‘‘pega-
turista’’ - declinamos a oferta para
pensar um pouco mais sobre o
assunto. O custo do espetáculo era
de AR$ 500 (cerca de R$ 220), por
pessoa.
Enquanto avaliávamos as nossas
opções, e debatíamos o alto valor
do show de tango, verificamos que o
Aramburu (Salta, 1050, San Telmo)
oferecia um jantar especial, com
harmonização e onze serviços, pelo
mesmo valor. O restaurante é
b a s t a n t e c o n h e c i d o p e l o s
apreciadores da alta gastronomia, e
optamos por ir até lá.
Gastamos, em dois, pouco mais de
mi l pesos e sa ímos de lá
maravilhados. O jantar foi, sem
sobra de dúvidas, um dos melhores
que já tivemos na vida. O chef
Gonzalo Aramburu assina o menu,
que é dividido em passos, e incluiu
onze maravilhosos pratos, dentre os
quais as vieiras da foto abaixo.
A h a r m o n i z a ç ã o ,
realizada com cinco
t a ç a s d e v i n h o
( e s p u m a n t e , d o i s
brancos, tinto e colheita
tardia), apresentou boas
surpresas de pequenas
vinícolas argentinas.
Se for até lá seguir os onze passos
do chef, não esqueça de fazer
reserva antes, pois o lugar é
pequeno. Ah, convém pegar um
táxi, pois o local é minimalista até na
fachada - nem placa tem na frente:www.arambururesto.com.ar
Tem um paladar
exigente e
cansou da
parrilla? Vá até o
Aramburu.
O serviço do Aramburu é realizado em
passos, e pode ser acompanhado de
harmonização com vinhos locais.
TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [45]
GO THERE
/ destinos recomendados
Parada
obrigatória #2:Feira da
Plazoleta Júlio
Cortazar,
esquina das
calles Serrano e
Honduras
(Palermo Soho).
[46] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
GO THERE
/ destinos recomendados
TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [45]
Se o seu negócio
é arte moderna,
não deixe de
visitar o Palais de
Glace, pertinho
da Recoleta.
TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [47]
GO THERE
/ destinos recomendados
Parada
obrigatória #2:Feira da
Plazoleta Júlio
Cortazar,
esquina das
calles Serrano e
Honduras
(Palermo Soho).
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GO THERE
/ destinos recomendados
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Se o seu negócio
é arte moderna,
não deixe de
visitar o Palais de
Glace, pertinho
da Recoleta.
TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [47]
GO THERE
/ destinos recomendados
Para curtir a cidade,Palermo Soho
Encontrar hospedagem em Buenos
Aires é das tarefas mais fáceis. A
cidade possui uma rede hoteleira
bastante grande, que oferece
diferentes faixas de preço.
Via de regra, você encontrará bons
hotéis na faixa de R$ 130 a R$ 300 a
diária (para duas pessoas).
Uma boa dica é ficar em algum dos
charmosos hotéis boutique do
Palermo Soho. O lugar, tipicamente
residencial, é bastante arborizado e
relativamente calmo, o que garante
o típico ar portenho que falta nos
bairros de maior atividade turística.
É possível encontrar excelentes
hotéis, com conforto e muito estilo
(o pessoal não brinca na hora de
decorar)por no máximo R$ 300 para
a diária de casal. Algumas opções:
Miravida Soho, Mine, Rendez
Vous, Sissi Haz e Duque.
No Palermo Soho você também
encontrará uma grande diversidade
de restaurantes, lojas e bares. São
tantos que o bairro parece combinar
algumas características de Porto
Alegre: a quantidade de botecos da
Cidade Baixa, a variedade de lojas
de grandes e pequenas grifes do
Moinhos, tudo isso com os preços
do Centro. Por outro lado, se você
estiver afim de judiar do cartão de
crédito, sem dó, é só entrar em
alguma das lojas das grandes grifes
internacionais que possuem loja no
bairro.
O deslocamento no Soho é muito
tranquilo, sendo o passeio a pé por
entre as sombras das grandes
árvores uma das melhores maneiras
de se tomar contato com as
centenas de boutiques, cafés e
res tauran tes que es tão a l i
instalados, cada um contando com
design e decoração específicos.
Outra pedida certeira é conferir os
horários de happy hour e desfrutar
os descontos de até 50% que
algumas lojas e bares oferecem.
Para a hora do jantar, o difícil será
escolher uma única opção, pois o
Palermo Soho abriga restaurantes
de praticamente todas as cozinhas.
Além da gastronomia local, você
pode optar por excelentes lugares
que servem culinária chinesa,
japonesa, mexicana, italiana,
francesa, peruana, vietnamita,
tailandesa e até mesmo armênia.
Essa possibilidade de escolhas,
além da atmosfera cool, moderna e
descolada, faz do Palermo Soho o
local perfeito para se conhecer e se
integrar ao estilo de vida portenho.
Bares do Palermo
Soho lotam
durante os fins de
tarde com
descontos e
promoções.
GO THERE
/ destinos recomendados
Tufic: o melhor
sorvete portenho.
Há produtos que acabam custando
o mesmo do que os comprados
aqui, de maneira que tratamos de
listar alguns produtos e a diferença
de preço para o Brasil:
Tênis: Em média 50% a menos;
Roupas, em geral: De 30% a 50% a
menos na Calle Florida (Centro).
Nas outlets da Córdoba há muita
peça com defeito e os preços não
são tão bons. A grande dica,
contudo, é procurar peças
exclusivas em pequenas grifes, tais
como PerroVaca, Los De Dos,
PutaMadre, dentre outras;
Bebidas: Vinhos argentinos são
mais baratos nos mercados do
Brasil do que nos portenhos (o que
ferra com os produtores brasileiros).
Preços bons para cervejas (as
belgas Chimay e Duvel custam
cerca de R$ 14, e a deliciosa
Antares - artesanal argentina -
menos de R$ 5).
Eletrônicos: Praticamente o
mesmo preço;
Restaurantes: Entre 30% e 50%
mais baratos (depende muito do
lugar). Pela qualidade do que é
oferecido, contudo, são muito mais
baratos. Algumas dicas no Palermo
Soho: Kayzen Sushi, La Fabrica
Del Taco (baratíssimo), La Cabrera
(porções para duas pessoas e
serviço de espumante free na
espera pela mesa) e Sarkys
(comida armênia).
Cosméticos: De 50% a 70% mais
baratos. Por sinal, os preços nas
farmácias argentinas se equivalem
ao dos free shops, o que gera a
pergunta: por que é tão caro no
Brasil?
Farmácia: Hipocondríacos fazem a
festa, remédios no mínimo 50%
mais baratos. Impossível não voltar
com pelo menos uma caixinha de
remédio para dor de cabeça.
Pet shops: Antipulgas (Advantage e
Frontline) por no máximo R$ 15 (!).
Sorvete: Prove o do Tufic !
Compras: o quevale a pena?
O turismo em Buenos Aires também
é jus t i f i cado pe los preços
praticados no comércio, condição
que é ressaltada pelo nosso câmbio
atual, entre 2,20 e 2,50 pesos
argentinos para cada real. Essa
relação sozinha se encarrega de
dobrar o nosso poder de compra, e
é o que faz os preços portenhos nos
serem tão vantajosos.
Mesmo assim, nem tudo que se
compra em Buenos Aires se
enquadra no pague um, leve dois.
GO THERE
/ destinos recomendados
Para curtir a cidade,Palermo Soho
Encontrar hospedagem em Buenos
Aires é das tarefas mais fáceis. A
cidade possui uma rede hoteleira
bastante grande, que oferece
diferentes faixas de preço.
Via de regra, você encontrará bons
hotéis na faixa de R$ 130 a R$ 300 a
diária (para duas pessoas).
Uma boa dica é ficar em algum dos
charmosos hotéis boutique do
Palermo Soho. O lugar, tipicamente
residencial, é bastante arborizado e
relativamente calmo, o que garante
o típico ar portenho que falta nos
bairros de maior atividade turística.
É possível encontrar excelentes
hotéis, com conforto e muito estilo
(o pessoal não brinca na hora de
decorar)por no máximo R$ 300 para
a diária de casal. Algumas opções:
Miravida Soho, Mine, Rendez
Vous, Sissi Haz e Duque.
No Palermo Soho você também
encontrará uma grande diversidade
de restaurantes, lojas e bares. São
tantos que o bairro parece combinar
algumas características de Porto
Alegre: a quantidade de botecos da
Cidade Baixa, a variedade de lojas
de grandes e pequenas grifes do
Moinhos, tudo isso com os preços
do Centro. Por outro lado, se você
estiver afim de judiar do cartão de
crédito, sem dó, é só entrar em
alguma das lojas das grandes grifes
internacionais que possuem loja no
bairro.
O deslocamento no Soho é muito
tranquilo, sendo o passeio a pé por
entre as sombras das grandes
árvores uma das melhores maneiras
de se tomar contato com as
centenas de boutiques, cafés e
res tauran tes que es tão a l i
instalados, cada um contando com
design e decoração específicos.
Outra pedida certeira é conferir os
horários de happy hour e desfrutar
os descontos de até 50% que
algumas lojas e bares oferecem.
Para a hora do jantar, o difícil será
escolher uma única opção, pois o
Palermo Soho abriga restaurantes
de praticamente todas as cozinhas.
Além da gastronomia local, você
pode optar por excelentes lugares
que servem culinária chinesa,
japonesa, mexicana, italiana,
francesa, peruana, vietnamita,
tailandesa e até mesmo armênia.
Essa possibilidade de escolhas,
além da atmosfera cool, moderna e
descolada, faz do Palermo Soho o
local perfeito para se conhecer e se
integrar ao estilo de vida portenho.
Bares do Palermo
Soho lotam
durante os fins de
tarde com
descontos e
promoções.
GO THERE
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Tufic: o melhor
sorvete portenho.
Há produtos que acabam custando
o mesmo do que os comprados
aqui, de maneira que tratamos de
listar alguns produtos e a diferença
de preço para o Brasil:
Tênis: Em média 50% a menos;
Roupas, em geral: De 30% a 50% a
menos na Calle Florida (Centro).
Nas outlets da Córdoba há muita
peça com defeito e os preços não
são tão bons. A grande dica,
contudo, é procurar peças
exclusivas em pequenas grifes, tais
como PerroVaca, Los De Dos,
PutaMadre, dentre outras;
Bebidas: Vinhos argentinos são
mais baratos nos mercados do
Brasil do que nos portenhos (o que
ferra com os produtores brasileiros).
Preços bons para cervejas (as
belgas Chimay e Duvel custam
cerca de R$ 14, e a deliciosa
Antares - artesanal argentina -
menos de R$ 5).
Eletrônicos: Praticamente o
mesmo preço;
Restaurantes: Entre 30% e 50%
mais baratos (depende muito do
lugar). Pela qualidade do que é
oferecido, contudo, são muito mais
baratos. Algumas dicas no Palermo
Soho: Kayzen Sushi, La Fabrica
Del Taco (baratíssimo), La Cabrera
(porções para duas pessoas e
serviço de espumante free na
espera pela mesa) e Sarkys
(comida armênia).
Cosméticos: De 50% a 70% mais
baratos. Por sinal, os preços nas
farmácias argentinas se equivalem
ao dos free shops, o que gera a
pergunta: por que é tão caro no
Brasil?
Farmácia: Hipocondríacos fazem a
festa, remédios no mínimo 50%
mais baratos. Impossível não voltar
com pelo menos uma caixinha de
remédio para dor de cabeça.
Pet shops: Antipulgas (Advantage e
Frontline) por no máximo R$ 15 (!).
Sorvete: Prove o do Tufic !
Compras: o quevale a pena?
O turismo em Buenos Aires também
é jus t i f i cado pe los preços
praticados no comércio, condição
que é ressaltada pelo nosso câmbio
atual, entre 2,20 e 2,50 pesos
argentinos para cada real. Essa
relação sozinha se encarrega de
dobrar o nosso poder de compra, e
é o que faz os preços portenhos nos
serem tão vantajosos.
Mesmo assim, nem tudo que se
compra em Buenos Aires se
enquadra no pague um, leve dois.
GO THERE
/ destinos recomendados
STYLE / QG do Estilo
Texto deQuéli Giuriatti
twitter.com/quelig
Jornalista eprofessora de Moda.
Fotos deAgência Fotosite
O que teremospela frente
Nada de muito novo na
temporada de outono-inverno
2012. Mas isso não quer dizer
que as coleções lançadas no
São Paulo Fashion Week e no
Fashion Rio estão boring.
Ao contrário: só a moda é capaz de
fazer com que “mais do mesmo”
soe como vanguarda em peças
absolutamente necessárias. A
TrendLine [mag] conferiu os desfiles
e traz aqui um recorte do que vale a
pena anotar, comprar, usar e abalar.
STYLE / QG do Estilo
Texto deQuéli Giuriatti
twitter.com/quelig
Jornalista eprofessora de Moda.
Fotos deAgência Fotosite
O que teremospela frente
Nada de muito novo na
temporada de outono-inverno
2012. Mas isso não quer dizer
que as coleções lançadas no
São Paulo Fashion Week e no
Fashion Rio estão boring.
Ao contrário: só a moda é capaz de
fazer com que “mais do mesmo”
soe como vanguarda em peças
absolutamente necessárias. A
TrendLine [mag] conferiu os desfiles
e traz aqui um recorte do que vale a
pena anotar, comprar, usar e abalar.
COCA-COLA
CLOTHING
Com uma pegada
neoesportiva, a Coca-
Cola Clothing aposta
em um inverno 2012
com pitadas de neon e
um colorido intenso
pontuado por detalhes
metalizados, bem como
seus jovens clientes
adoram.
A inspiração maior da
coleção veio do
espaço. As roupas de
astronautas e as
estampas digitais com
imagens estelares – de
belíssimas e longínquas
constelações –
compuseram vestidos,
tops, shorts, calças,
agasalhos e t-shirts
para eles e para elas.
Tudo bem pop e
animado.
[52] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
ST
YL
E
/ qg
do
estilo
ELLUS ACESSORIES
A Ellus é um estandarte da
moda nacional. A marca de
vibe urbana apostou em
acessórios emblemáticos para
este inverno, como as
luvinhas curtas em couro, os
óculos de sol de shape
retangular e moderno, botas a
ankle boots sensuais e bolsas
de modelagens práticas e
cool.
Armados tal como
microssaias, os cintos
merecem destaque pois são
complementos que garantem
efeitos poderosos nos looks
de noite. O couro foi um dos
materiais mais fortes também
no vestuário da marca, que
apostou inclusive no leather
denim, que é o jeans da hora,
com uma textura de couro
obtida por meio de uma resina
especial aplicada sobre o
tecido.
TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [53]
ST
YL
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/ q
g d
o e
stilo
COCA-COLA
CLOTHING
Com uma pegada
neoesportiva, a Coca-
Cola Clothing aposta
em um inverno 2012
com pitadas de neon e
um colorido intenso
pontuado por detalhes
metalizados, bem como
seus jovens clientes
adoram.
A inspiração maior da
coleção veio do
espaço. As roupas de
astronautas e as
estampas digitais com
imagens estelares – de
belíssimas e longínquas
constelações –
compuseram vestidos,
tops, shorts, calças,
agasalhos e t-shirts
para eles e para elas.
Tudo bem pop e
animado.
[52] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
ST
YL
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/ qg
do
estilo
ELLUS ACESSORIES
A Ellus é um estandarte da
moda nacional. A marca de
vibe urbana apostou em
acessórios emblemáticos para
este inverno, como as
luvinhas curtas em couro, os
óculos de sol de shape
retangular e moderno, botas a
ankle boots sensuais e bolsas
de modelagens práticas e
cool.
Armados tal como
microssaias, os cintos
merecem destaque pois são
complementos que garantem
efeitos poderosos nos looks
de noite. O couro foi um dos
materiais mais fortes também
no vestuário da marca, que
apostou inclusive no leather
denim, que é o jeans da hora,
com uma textura de couro
obtida por meio de uma resina
especial aplicada sobre o
tecido.
TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [53]
ST
YL
E
/ q
g d
o e
stilo
ALESSA, JULIANA JABOUR
E NICA KESSLER
A influência étnica da vez vem dos
índios norteamericanos. Apaches,
sioux, cheyennes, navajos, comanches,
entre outras tribos e suas coloridas
tramas inspiraram diversas coleções
direta ou indiretamente.
A releitura dessas culturas se fez visual
e interessante nas criações de Alessa,
Juliana Jabour e Nica Kessler, seja
numa estampa, num jacquard , num
debrum ou num cabelo trançado da
modelo. As franjas – ícone da
indumentária destes povos ancestrais –
estão em tudo, de bolsas a botas.
[54] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
ST
YL
E
/ qg
do
estilo
ALEXANDRE HERCHCOVITCH, SAMUEL
CIRNANSCK E R.ROSNER
Vai casar em 2012? Ou será madrinha de casamento? É
ano de formatura? Quer inspiração para as festas mais
importantes da sua vida?
Olhe com atenção o vestido em camadas de renda-ouro
que Alexandre Herchcovitch fez, o qual a gauchinha Carol
Trentini desfilou na SPFW. Poderia ser over, mas ficou
simplesmente perfeito e prova que nem todo look festivo
tem que ser colado no corpo e cheio de cavas e decotes.
Samuel Cirnansck, por sua vez, criou uma noiva que
trocou bordados de cristais por plumas. Pode ser muita
ousadia para os casamentos tradicionais, contudo no rabo
de sereia, esse sim, é preciso prestar atenção, pois é um
sinal de tendência que não deve passar em branco.
R. Rosner também usou essa modelagem ampla na parte
de baixo dos vestidos, mas a sua maneira. Entretanto, o
vestido-casaco bordado é um lembrete para nós,
mulheres, de que não é preciso congelar no inverno para
ficar linda em uma festa! .
TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [55]
ST
YL
E
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o e
stilo
ALESSA, JULIANA JABOUR
E NICA KESSLER
A influência étnica da vez vem dos
índios norteamericanos. Apaches,
sioux, cheyennes, navajos, comanches,
entre outras tribos e suas coloridas
tramas inspiraram diversas coleções
direta ou indiretamente.
A releitura dessas culturas se fez visual
e interessante nas criações de Alessa,
Juliana Jabour e Nica Kessler, seja
numa estampa, num jacquard , num
debrum ou num cabelo trançado da
modelo. As franjas – ícone da
indumentária destes povos ancestrais –
estão em tudo, de bolsas a botas.
[54] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
ST
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/ qg
do
estilo
ALEXANDRE HERCHCOVITCH, SAMUEL
CIRNANSCK E R.ROSNER
Vai casar em 2012? Ou será madrinha de casamento? É
ano de formatura? Quer inspiração para as festas mais
importantes da sua vida?
Olhe com atenção o vestido em camadas de renda-ouro
que Alexandre Herchcovitch fez, o qual a gauchinha Carol
Trentini desfilou na SPFW. Poderia ser over, mas ficou
simplesmente perfeito e prova que nem todo look festivo
tem que ser colado no corpo e cheio de cavas e decotes.
Samuel Cirnansck, por sua vez, criou uma noiva que
trocou bordados de cristais por plumas. Pode ser muita
ousadia para os casamentos tradicionais, contudo no rabo
de sereia, esse sim, é preciso prestar atenção, pois é um
sinal de tendência que não deve passar em branco.
R. Rosner também usou essa modelagem ampla na parte
de baixo dos vestidos, mas a sua maneira. Entretanto, o
vestido-casaco bordado é um lembrete para nós,
mulheres, de que não é preciso congelar no inverno para
ficar linda em uma festa! .
TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [55]
ST
YL
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/ q
g d
o e
stilo
A Serra Gaúcha mais uma vez é
cenário de produções artísticas, que
se intensificaram – pelo que me
recordo – a partir do filme O
Quatri lho, de Fábio Barreto,
indicado ao Oscar em 1994.
Desta vez, a produtora cultural
Luciana Druzina e a jornalista
Saskia Sá escolheram a região para
finalizar as gravações da primeira
temporada da série Amigas e
Vinhos, que deve estrear no Brasil
ainda em 2012.
E l a s p e r c o r r e r a m t r ê s m i l
quilômetros pelo Rio Grande do Sul
e encerraram o percurso no Vale
dos Vinhedos, em Bento Gonçalves.
Passaram ainda por Garibaldi, Pinto
Bandeira e Monte Belo do Sul,
c o n t a b i l i z a n d o 1 1 r e g i õ e s
produtoras de vinho.
Luciana Druzina, da Super8
Produções, de Porto Alegre, Saskia
Sá, da Liquido Produções
Culturais, de Vitória/ES, são
produtoras, diretoras e atrizes da
série, que mostra o olhar feminino
sobre o mundo do vinho.
- É uma série moderna para todos se
s e n t i r e m à v o n t a d e , s e m
preconceitos - explica Saskia.
A exibição no Brasil deve ocorrer em
canais abertos (TV Brasil, TV Cultura
e SESC TV) e em canais por
assinatura (Discovery Travel Living
Chanel, TLC e TLC HD).
Internacionalmente, deve ser
comercializada para mais de 20
países.
Nova série de TV
divulga onze
regiões que se
dedicam à feitura
do vinho.
Exibição ocorre
esse ano.
FOTO DEISE CHAGAS
[56] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
CULT / cultura e subcultura
Amigase Vinhos
Texto deGreici Audibert
facebook.com/greiciaudibert
Jornalista e repórter do Grupo RSCOMe do Portal leouve.com.br
Leve e elegante
On the Road - a bíblia hippie
Ouço neste momento enquanto
escrevo - e indico - Kisses on the
Bottom, o novo disco de Paul
McCartney.
Um álbum inspirado nas canções
ouvidas na casa de seus pais, com
covers de clássicos do jazz dos anos
1920, 1930 e 1940.
Como ele mesmo diz, é um CD que
escutamos depois de um longo dia
de trabalho, com uma taça de vinho
ou uma xícara de chá. Relaxante,
elegante e impecável.
O ex-beatle se concentrou em
músicas nem tão conhecidas e
outras velhas companheiras de
estrada, já apresentadas por Paul
via Internet. My Valentine, composta
em um dia dos namorados no
Marrocos com a recente esposa,
Nancy, conta com a guitarra de Eric
Clapton. A inédita Only our Hearts
tem a gaita de Stevie Wonder.
Diana Krall toca piano e também
levou seus músicos para a
produção do álbum.
É o 15º álbum de estúdio de Paul,
O filme On the Road, a nova
produção internacional de Walter
Salles, terá première mundial no
Festival de Cannes, em maio, e seu
lançamento no Brasil promete
estrelas de Hollywood.
A produção, que começou ainda em
2010, é de Francis Ford Coppola e
o roteiro de José Rivera, que
trabalhou com Walter Salles em
Diários de Motocicleta. O filme é
uma adaptação do livro On the
Road, de Jack Kerouac, obra
consagrada mais tarde como a
bíblia hippie e responsável por uma
das maiores revoluções culturais do
século XX. Foi das 384 páginas da
publicação que surgiu o termo
Geração Beatnick. O livro é uma
obra-prima, cheia de emoção, ação,
jazz, sonho e reflexão. Eu já li e reli. É
lindo. E se você ainda não leu, passe
já em uma livraria e compre uma
edição de bolso (em torno de R$ 25)
para depois conferir a versão dos
cinemas.
On the Road
narra a trip de
dois jovens -
Sal Paradise
e D e a n
Moriarty -
que cruzam
os Estados
U n i d o s a
p a r t i r d a
lendária Rota
66.
passa nos anos 1950 e foi uma
grande influência para os jovens
que colocavam a mochila nas
costas e pegavam a estrada nos
anos 60.
que já anunciou outro disco de
inéditas para 2012.
‘‘Talvez não seja pop, talvez seja
rock, talvez psicodélico’’, disse o ex-
beatle, que ganhou uma estrela na
Calçada da Fama de Hollywood, em
Los Angeles.
TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [57]
FOTO DIVULGAÇÃO
FOTO DIVULGAÇÃO
A Serra Gaúcha mais uma vez é
cenário de produções artísticas, que
se intensificaram – pelo que me
recordo – a partir do filme O
Quatri lho, de Fábio Barreto,
indicado ao Oscar em 1994.
Desta vez, a produtora cultural
Luciana Druzina e a jornalista
Saskia Sá escolheram a região para
finalizar as gravações da primeira
temporada da série Amigas e
Vinhos, que deve estrear no Brasil
ainda em 2012.
E l a s p e r c o r r e r a m t r ê s m i l
quilômetros pelo Rio Grande do Sul
e encerraram o percurso no Vale
dos Vinhedos, em Bento Gonçalves.
Passaram ainda por Garibaldi, Pinto
Bandeira e Monte Belo do Sul,
c o n t a b i l i z a n d o 1 1 r e g i õ e s
produtoras de vinho.
Luciana Druzina, da Super8
Produções, de Porto Alegre, Saskia
Sá, da Liquido Produções
Culturais, de Vitória/ES, são
produtoras, diretoras e atrizes da
série, que mostra o olhar feminino
sobre o mundo do vinho.
- É uma série moderna para todos se
s e n t i r e m à v o n t a d e , s e m
preconceitos - explica Saskia.
A exibição no Brasil deve ocorrer em
canais abertos (TV Brasil, TV Cultura
e SESC TV) e em canais por
assinatura (Discovery Travel Living
Chanel, TLC e TLC HD).
Internacionalmente, deve ser
comercializada para mais de 20
países.
Nova série de TV
divulga onze
regiões que se
dedicam à feitura
do vinho.
Exibição ocorre
esse ano.
FOTO DEISE CHAGAS
[56] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
CULT / cultura e subcultura
Amigase Vinhos
Texto deGreici Audibert
facebook.com/greiciaudibert
Jornalista e repórter do Grupo RSCOMe do Portal leouve.com.br
Leve e elegante
On the Road - a bíblia hippie
Ouço neste momento enquanto
escrevo - e indico - Kisses on the
Bottom, o novo disco de Paul
McCartney.
Um álbum inspirado nas canções
ouvidas na casa de seus pais, com
covers de clássicos do jazz dos anos
1920, 1930 e 1940.
Como ele mesmo diz, é um CD que
escutamos depois de um longo dia
de trabalho, com uma taça de vinho
ou uma xícara de chá. Relaxante,
elegante e impecável.
O ex-beatle se concentrou em
músicas nem tão conhecidas e
outras velhas companheiras de
estrada, já apresentadas por Paul
via Internet. My Valentine, composta
em um dia dos namorados no
Marrocos com a recente esposa,
Nancy, conta com a guitarra de Eric
Clapton. A inédita Only our Hearts
tem a gaita de Stevie Wonder.
Diana Krall toca piano e também
levou seus músicos para a
produção do álbum.
É o 15º álbum de estúdio de Paul,
O filme On the Road, a nova
produção internacional de Walter
Salles, terá première mundial no
Festival de Cannes, em maio, e seu
lançamento no Brasil promete
estrelas de Hollywood.
A produção, que começou ainda em
2010, é de Francis Ford Coppola e
o roteiro de José Rivera, que
trabalhou com Walter Salles em
Diários de Motocicleta. O filme é
uma adaptação do livro On the
Road, de Jack Kerouac, obra
consagrada mais tarde como a
bíblia hippie e responsável por uma
das maiores revoluções culturais do
século XX. Foi das 384 páginas da
publicação que surgiu o termo
Geração Beatnick. O livro é uma
obra-prima, cheia de emoção, ação,
jazz, sonho e reflexão. Eu já li e reli. É
lindo. E se você ainda não leu, passe
já em uma livraria e compre uma
edição de bolso (em torno de R$ 25)
para depois conferir a versão dos
cinemas.
On the Road
narra a trip de
dois jovens -
Sal Paradise
e D e a n
Moriarty -
que cruzam
os Estados
U n i d o s a
p a r t i r d a
lendária Rota
66.
passa nos anos 1950 e foi uma
grande influência para os jovens
que colocavam a mochila nas
costas e pegavam a estrada nos
anos 60.
que já anunciou outro disco de
inéditas para 2012.
‘‘Talvez não seja pop, talvez seja
rock, talvez psicodélico’’, disse o ex-
beatle, que ganhou uma estrela na
Calçada da Fama de Hollywood, em
Los Angeles.
TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [57]
FOTO DIVULGAÇÃO
FOTO DIVULGAÇÃO
mais equilíbrio, por trabalhar o
corpo de maneira generalizada com
diferentes estímulos e acessórios.
Ele serve, também, como alternativa
ou complemento ao Pilates, por
agregar atividade aeróbica.
Alguns exercícios podem ser feitos
com auxílio de aparelhos de
musculação, mas a maior parte
deles são realizados com o peso do
próprio corpo, através de cabos,
elásticos, pesos livres e o uso de
bases de superfície instável e
reduzida (medicine ball e bola
Com o Core 360° você
puxa, empurra, faz
abdominais, agacha e
flexiona.
O t r e i n a m e n t o
funcional chegou ao Brasil há
mais de 10 anos, mas só agora
ganha o seu espaço em um maior
número de academias. Seu objetivo
é desenvolver a região do Core, o
centro representado pelo conjunto
de músculos que dá força e
estabilidade ao complexo lombo-
pélvico-quadril. O objetivo das
sessões é preparar o corpo para as
atividades corriqueiras do dia-a-dia.
As aulas contam com exercícios
s i m p l e s , a d a p t á v e i s p a r a
sedentários ou para atletas de
qualquer modalidade, praticadas
em média duas vezes na semana.
Além de ajudar a emagrecer, o treino
funcional melhora a postura e traz
suíça). São exercícios motivadores
e desa f ian tes , amplamente
utilizados na reabilitação de lesões e
cirurgias - principalmente de joelhos
e tornozelos.
Você pode continuar realizando os
seus exercícios de Pilates, de
preparação física dos esportes
coletivos (trotes, mudança de
direção, velocidade, equilíbrio), de
musculação ou ginástica aeróbica e
ainda assim agregar algumas aulas
do treinamento funcional. Com o
Core 360° você puxa, empurra, faz
abdominais, agacha e flexiona,
realizando os mais importantes
movimentos que auxiliam nas
atividades do cotidiano. De quebra,
ainda ganha saúde, bem-estar e o
corpo em dia.
GOODLIVING / cuide do seu corpo
O Core 360º
Texto deMaria Cristina Frazon Telles
Personal trainer, Pós-graduada emFisiologia do Exercício UGF/RJ
mais equilíbrio, por trabalhar o
corpo de maneira generalizada com
diferentes estímulos e acessórios.
Ele serve, também, como alternativa
ou complemento ao Pilates, por
agregar atividade aeróbica.
Alguns exercícios podem ser feitos
com auxílio de aparelhos de
musculação, mas a maior parte
deles são realizados com o peso do
próprio corpo, através de cabos,
elásticos, pesos livres e o uso de
bases de superfície instável e
reduzida (medicine ball e bola
Com o Core 360° você
puxa, empurra, faz
abdominais, agacha e
flexiona.
O t r e i n a m e n t o
funcional chegou ao Brasil há
mais de 10 anos, mas só agora
ganha o seu espaço em um maior
número de academias. Seu objetivo
é desenvolver a região do Core, o
centro representado pelo conjunto
de músculos que dá força e
estabilidade ao complexo lombo-
pélvico-quadril. O objetivo das
sessões é preparar o corpo para as
atividades corriqueiras do dia-a-dia.
As aulas contam com exercícios
s i m p l e s , a d a p t á v e i s p a r a
sedentários ou para atletas de
qualquer modalidade, praticadas
em média duas vezes na semana.
Além de ajudar a emagrecer, o treino
funcional melhora a postura e traz
suíça). São exercícios motivadores
e desa f ian tes , amplamente
utilizados na reabilitação de lesões e
cirurgias - principalmente de joelhos
e tornozelos.
Você pode continuar realizando os
seus exercícios de Pilates, de
preparação física dos esportes
coletivos (trotes, mudança de
direção, velocidade, equilíbrio), de
musculação ou ginástica aeróbica e
ainda assim agregar algumas aulas
do treinamento funcional. Com o
Core 360° você puxa, empurra, faz
abdominais, agacha e flexiona,
realizando os mais importantes
movimentos que auxiliam nas
atividades do cotidiano. De quebra,
ainda ganha saúde, bem-estar e o
corpo em dia.
GOODLIVING / cuide do seu corpo
O Core 360º
Texto deMaria Cristina Frazon Telles
Personal trainer, Pós-graduada emFisiologia do Exercício UGF/RJ
Texto e (quase todas as) fotos deMaurício Brum
facebook.com/mauribrum
O matador doEstádio Nacional
TOCO EME VOY
/ impedimento
Tudo mudou no Chile de 1973. Logo após o golpe
de 11 de setembro, os militares - os
novos ‘‘técnicos’’ que escalariam
times, dirigentes e o que mais fosse
preciso - decretaram toque de
recolher por 42 horas. Uma
concentração e tanto.
Quando foi possível sair de casa,
pisar na rua era pisar num outro
país. Soldados armados nas
esquinas, helicópteros voando
baixo, rajadas de tiros ao longe.
rapidamente No poder já não estava mais
Salvador Allende, o primeiro
marxista eleito democraticamente
no mundo. Visto com maus olhos
pelos Estados Unidos depois de
n a c i o n a l i z a r c o m p a n h i a s
estrangeiras em plena Guerra Fria,
Allende havia se suicidado no dia do
golpe, durante o bombardeio aéreo
sofrido pelo palácio do governo.
Quem mandava agora era uma
Junta Militar liderada por Augusto
Pinochet, comandante do Exército.
[60] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
Acima, cena do
espetáculo teatral "La
Victoria de Víctor",
sobre a execução do
cantor popular Víctor
Jara, que foi morto
quando seria
transferido para o
Estádio Nacional.
FOTO CAMILA MARCHESAN
No Chile de Pinochet, a autoridade
era garantida pela repressão.
Velhos esquerdistas se evitavam
nas ruas. Todos podiam estar sendo
seguidos. Batidas em casas de
suspeitos eram comuns. Ter em
mãos um livro chamado, digamos,
“A revolução das células”, poderia
ser um problema sério. Não daria
tempo de explicar que era uma obra
de biologia.
Um dos maiores símbolos da
mudança era o Estádio Nacional
do Chile. Inaugurado em 1938, com
o passar dos anos ele se tornara um
campo mítico da América do Sul. O
Nacional virou a cancha preferida
para os jogos de desempate em
s o l o n e u t r o n o s t o r n e i o s
continentais, contando hoje com
onze finais de Libertadores
recebidas, além de cinco da Copa
América e os principais jogos da
Copa do Mundo de 1962.
Naqueles dias iniciais após o golpe,
o Nacional era o maior campo de
prisioneiros de um país repleto de
escolas e recintos esportivos
conver t idos em cent ros de
detenção e torturas. Mais de cem
pessoas eram amontoadas em cada
vestiário. Outros ficavam em
corredores.
Os menos afortunados dormiam
nas arquibancadas, ao relento. O
poeta Jorge Montealegre, então
com 19 anos, esteve detido no
estádio e publicou um dos melhores
testemunhos da experiência
terrificante. No mesmo lugar em que
vira o Santos de Pelé jogar,
escreveu, era agora mantido sob
pressão psicológica, em péssimas
c o n d i ç õ e s d e h i g i e n e e
alimentação, temendo o futuro. Fora
a angústia, o que mais perturbava
era o frio. Em pouco tempo, os
cobertores se tornaram mais
valiosos que a comida. Uma manta
chegava a valer dois pães. Os
únicos cobertores que sobravam
eram de donos ausentes – libertos
ou fuzilados.
A hora do fuzilamento seguia um
r i t u a l : e n q u a n t o a s a r m a s
disparavam, os ventiladores dos
vestiários eram ligados para abafar
os ruídos e ninguém ter certeza
quanto à sorte dos companheiros
de cárcere. Na manhã seguinte, o
gramado era sempre regado,
buscando l impar o sangue
acumulado em poças. Somente
durante a semana que se estendeu
do momento do golpe até 18 de
setembro, os dias mais sangrentos
de um longo regime que mataria
opositores até o fim dos anos 80,
estimam-se cerca de 400 mortes no
Estádio Nacional, em até sete
sessões diárias de execuções.
O uso do campo para fuzilamentos
acabaria levando o Chile à Copa do
Mundo de 1974 – a União Soviética,
adversária da repescagem, deu
W/O ao se recusar a jogar no
estádio. Às vésperas do Mundial,
antes de o Chile embarcar para a
Alemanha, o governo recebeu o
time para desejar boa sorte. Na hora
dos cumprimentos, o atacante
Carlos Caszely, que no passado
havia feito campanha por Allende e
estava a salvo do regime por jogar
na Espanha, não estendeu a mão
para Pinochet. Muito tempo depois,
em outubro de 1985, ele fez sua
despedida do futebol em um jogo
no Estádio Nacional, que já não
tinha prisioneiros. A partida ocorreu
durante os primeiros protestos
fortes pelo fim da ditadura, e o
público entoou cânticos contra o
regime. Como escreveu Jorge
Montealegre: “Era el inicio del
exorcismo del Estadio Nacional”.
TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [61]
Setor do Estádio
Nacional acessado
pela Escotilla 8, o
único que
permanece como
era em 1973, em
memória às vítimas
Texto e (quase todas as) fotos deMaurício Brum
facebook.com/mauribrum
O matador doEstádio Nacional
TOCO EME VOY
/ impedimento
Tudo mudou no Chile de 1973. Logo após o golpe
de 11 de setembro, os militares - os
novos ‘‘técnicos’’ que escalariam
times, dirigentes e o que mais fosse
preciso - decretaram toque de
recolher por 42 horas. Uma
concentração e tanto.
Quando foi possível sair de casa,
pisar na rua era pisar num outro
país. Soldados armados nas
esquinas, helicópteros voando
baixo, rajadas de tiros ao longe.
rapidamente No poder já não estava mais
Salvador Allende, o primeiro
marxista eleito democraticamente
no mundo. Visto com maus olhos
pelos Estados Unidos depois de
n a c i o n a l i z a r c o m p a n h i a s
estrangeiras em plena Guerra Fria,
Allende havia se suicidado no dia do
golpe, durante o bombardeio aéreo
sofrido pelo palácio do governo.
Quem mandava agora era uma
Junta Militar liderada por Augusto
Pinochet, comandante do Exército.
[60] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
Acima, cena do
espetáculo teatral "La
Victoria de Víctor",
sobre a execução do
cantor popular Víctor
Jara, que foi morto
quando seria
transferido para o
Estádio Nacional.
FOTO CAMILA MARCHESAN
No Chile de Pinochet, a autoridade
era garantida pela repressão.
Velhos esquerdistas se evitavam
nas ruas. Todos podiam estar sendo
seguidos. Batidas em casas de
suspeitos eram comuns. Ter em
mãos um livro chamado, digamos,
“A revolução das células”, poderia
ser um problema sério. Não daria
tempo de explicar que era uma obra
de biologia.
Um dos maiores símbolos da
mudança era o Estádio Nacional
do Chile. Inaugurado em 1938, com
o passar dos anos ele se tornara um
campo mítico da América do Sul. O
Nacional virou a cancha preferida
para os jogos de desempate em
s o l o n e u t r o n o s t o r n e i o s
continentais, contando hoje com
onze finais de Libertadores
recebidas, além de cinco da Copa
América e os principais jogos da
Copa do Mundo de 1962.
Naqueles dias iniciais após o golpe,
o Nacional era o maior campo de
prisioneiros de um país repleto de
escolas e recintos esportivos
conver t idos em cent ros de
detenção e torturas. Mais de cem
pessoas eram amontoadas em cada
vestiário. Outros ficavam em
corredores.
Os menos afortunados dormiam
nas arquibancadas, ao relento. O
poeta Jorge Montealegre, então
com 19 anos, esteve detido no
estádio e publicou um dos melhores
testemunhos da experiência
terrificante. No mesmo lugar em que
vira o Santos de Pelé jogar,
escreveu, era agora mantido sob
pressão psicológica, em péssimas
c o n d i ç õ e s d e h i g i e n e e
alimentação, temendo o futuro. Fora
a angústia, o que mais perturbava
era o frio. Em pouco tempo, os
cobertores se tornaram mais
valiosos que a comida. Uma manta
chegava a valer dois pães. Os
únicos cobertores que sobravam
eram de donos ausentes – libertos
ou fuzilados.
A hora do fuzilamento seguia um
r i t u a l : e n q u a n t o a s a r m a s
disparavam, os ventiladores dos
vestiários eram ligados para abafar
os ruídos e ninguém ter certeza
quanto à sorte dos companheiros
de cárcere. Na manhã seguinte, o
gramado era sempre regado,
buscando l impar o sangue
acumulado em poças. Somente
durante a semana que se estendeu
do momento do golpe até 18 de
setembro, os dias mais sangrentos
de um longo regime que mataria
opositores até o fim dos anos 80,
estimam-se cerca de 400 mortes no
Estádio Nacional, em até sete
sessões diárias de execuções.
O uso do campo para fuzilamentos
acabaria levando o Chile à Copa do
Mundo de 1974 – a União Soviética,
adversária da repescagem, deu
W/O ao se recusar a jogar no
estádio. Às vésperas do Mundial,
antes de o Chile embarcar para a
Alemanha, o governo recebeu o
time para desejar boa sorte. Na hora
dos cumprimentos, o atacante
Carlos Caszely, que no passado
havia feito campanha por Allende e
estava a salvo do regime por jogar
na Espanha, não estendeu a mão
para Pinochet. Muito tempo depois,
em outubro de 1985, ele fez sua
despedida do futebol em um jogo
no Estádio Nacional, que já não
tinha prisioneiros. A partida ocorreu
durante os primeiros protestos
fortes pelo fim da ditadura, e o
público entoou cânticos contra o
regime. Como escreveu Jorge
Montealegre: “Era el inicio del
exorcismo del Estadio Nacional”.
TRENDLINE[MAG] . ANO 2 | [61]
Setor do Estádio
Nacional acessado
pela Escotilla 8, o
único que
permanece como
era em 1973, em
memória às vítimas
CRT / telefone vermelho
O cotovelo do surdo
Texto deMarcos Beck Bohn
Jornalista, com Mestrado em Comunicação Transnacional e Mídia Global pelo Goldsmiths College, em Londres.
Dia de calor minutos de adianto na chegada à
rodoviária me permitem comprar o
jornal. O corredor da tabacaria é
estreito e há um homem ali. Por volta
dos 45 anos, os cabelos cor de caju
contrastam com o rosto enrugado.
De costas para mim, ele bloqueia a
passagem. Peço licença. Nada
acontece.
Peço licença uma segunda vez. Se
passar, posso até amainar a
esbarrada que darei com o corpo,
mas a bolsa que carrego vai atingi-
lo. Peço licença mais uma – a
terceira – vez. Quase atrasado, já
não falo tão baixo. “Com licença,
senhor!” Faltam menos de dez
minutos, o ônibus parte do outro
lado do terminal. O homem não se
mexe. Resolvo me movimentar e se
dá, talvez leve, a trombada.
Enquanto alcanço o jornal, meu
adversário esboça um sorriso, que
assumo ser de boa vizinhança.
Surpreso, retribuo, constrangido
pela minha violência. Imagino que
me dará passagem durante o trajeto
e pressa. Alguns em direção ao caixa.
O homem, no entanto, continua a
bloquear o corredor. Num misto de
intriga e raiva, atravesso. Ele baixa a
cabeça. O conflito se materializa na
ponta aguda do cotovelo. Golpe
f i rme, certe i ro, ao lado do
estômago. Levanto a voz. “Ô,
companheiro, o que é isso, ficar
dando cotovelada?”
Espero uma resposta do meu
inimigo. Uma explicação. O que
ouço parece um murmúrio de poucocaso. Insisto. “Pedi licença e você
não me deixou passar, precisava
fazer isso?” O homem faz um
esforço. Quer falar. Mas não
consegue.
Entre sinais com as mãos e mais
murmúrios, reclama de mim. Passei
pelo corredor apertado, esbarrei
nele. A cotovelada possui uma
justificava. Finalmente, entendo o
que aconteceu. Meu oponente não
escutou – não ouviu – meus pedidos
de licença. Consternado, sigo para
o caixa.
Em tempos de um império do
politicamente correto, tanto eu
como meu colega de tabacaria
erramos em nosso modo de agir.
Como adivinhar que aquela pessoa
é deficiente auditiva? Se houvesse
uma briga, de quem seria a culpa?
A diferença entre nós, elemento
primordial desse episódio, não
elimina as responsabilidades de
cada um. Eu poderia ter dado meia
volta, chegando ao jornal pelo outro
lado. O cabra, sabedor de sua
condição, teria uma razão a mais
para não bloquear o corredor. Para
citar o Luis Fernando Verissimo,
sem pedir licença, não dá para
chamar anão de verticalmente
prejudicado.
FOTO DIVULGAÇÃO UFC
[62] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
A diferença entre nós
não elimina as
responsabilidades de
cada um.
CRT / telefone vermelho
O cotovelo do surdo
Texto deMarcos Beck Bohn
Jornalista, com Mestrado em Comunicação Transnacional e Mídia Global pelo Goldsmiths College, em Londres.
Dia de calor minutos de adianto na chegada à
rodoviária me permitem comprar o
jornal. O corredor da tabacaria é
estreito e há um homem ali. Por volta
dos 45 anos, os cabelos cor de caju
contrastam com o rosto enrugado.
De costas para mim, ele bloqueia a
passagem. Peço licença. Nada
acontece.
Peço licença uma segunda vez. Se
passar, posso até amainar a
esbarrada que darei com o corpo,
mas a bolsa que carrego vai atingi-
lo. Peço licença mais uma – a
terceira – vez. Quase atrasado, já
não falo tão baixo. “Com licença,
senhor!” Faltam menos de dez
minutos, o ônibus parte do outro
lado do terminal. O homem não se
mexe. Resolvo me movimentar e se
dá, talvez leve, a trombada.
Enquanto alcanço o jornal, meu
adversário esboça um sorriso, que
assumo ser de boa vizinhança.
Surpreso, retribuo, constrangido
pela minha violência. Imagino que
me dará passagem durante o trajeto
e pressa. Alguns em direção ao caixa.
O homem, no entanto, continua a
bloquear o corredor. Num misto de
intriga e raiva, atravesso. Ele baixa a
cabeça. O conflito se materializa na
ponta aguda do cotovelo. Golpe
f i rme, certe i ro, ao lado do
estômago. Levanto a voz. “Ô,
companheiro, o que é isso, ficar
dando cotovelada?”
Espero uma resposta do meu
inimigo. Uma explicação. O que
ouço parece um murmúrio de poucocaso. Insisto. “Pedi licença e você
não me deixou passar, precisava
fazer isso?” O homem faz um
esforço. Quer falar. Mas não
consegue.
Entre sinais com as mãos e mais
murmúrios, reclama de mim. Passei
pelo corredor apertado, esbarrei
nele. A cotovelada possui uma
justificava. Finalmente, entendo o
que aconteceu. Meu oponente não
escutou – não ouviu – meus pedidos
de licença. Consternado, sigo para
o caixa.
Em tempos de um império do
politicamente correto, tanto eu
como meu colega de tabacaria
erramos em nosso modo de agir.
Como adivinhar que aquela pessoa
é deficiente auditiva? Se houvesse
uma briga, de quem seria a culpa?
A diferença entre nós, elemento
primordial desse episódio, não
elimina as responsabilidades de
cada um. Eu poderia ter dado meia
volta, chegando ao jornal pelo outro
lado. O cabra, sabedor de sua
condição, teria uma razão a mais
para não bloquear o corredor. Para
citar o Luis Fernando Verissimo,
sem pedir licença, não dá para
chamar anão de verticalmente
prejudicado.
FOTO DIVULGAÇÃO UFC
[62] | TRENDLINE[MAG] . ED 6
A diferença entre nós
não elimina as
responsabilidades de
cada um.
AP
RE
CIE
CO
M M
OD
ER
AÇ
ÃO
. SE
BE
BE
R N
ÃO
DIR
IJA.
O dia deSão Patrício
A festa do santo mais
pop do mundo cresce
e marca sua presença
no estado.
Entrevista
Roberto Filippini
Turismo
Buenos Aires
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Valle Rustico
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