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TREINAMENTO FUNCIONAL PARA GESTANTES Prof.ª Msc. Clarissa Rios Simoni Mestre em Atividade Física e Saúde – UFSC Especialista em Personal Trainer –UFPR Licenciatura Plena em Educação Física – UFSC Doutoranda em Medicina - UNISUL

TREINAMENTO FUNCIONAL PARA GESTANTES · Interromper os exercícios quando sentirem-se fatigadas e não devem se exercitar até a exaustão. A intensidade pode ser controlada pela

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TREINAMENTO FUNCIONAL PARA GESTANTES

Prof.ª Msc. Clarissa Rios Simoni

Mestre em Atividade Física e Saúde – UFSCEspecialista em Personal Trainer – UFPR

Licenciatura Plena em Educação Física – UFSCDoutoranda em Medicina - UNISUL

EVIDÊNCIA CIENTÍFICA

• Não existem evidências 100% seguras!

• Intensidade, duração e frequência... (AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS, 2002)

• Pesquisas realizadas com cobaias como cadelas e ratas.

• É indiscutível a melhora da qualidade de vida dos indivíduos a partir da prática de • É indiscutível a melhora da qualidade de vida dos indivíduos a partir da prática de exercícios físicos regulares e, portanto, por que não treinar as gestantes?

• Gestantes praticantes de atividades físicas, quando comparadas as inativas, tiveram uma redução de aproximadamente 50 e 40% no risco de desenvolver Diabetes Gestacional e pré-eclâmpsia, respectivamente;

• Redução na média do ganho de peso em gestantes praticantes de exercícios. (STREULING, et al., 2011)

• Na ausência de contra-indicações clínicas ou obstétricas...

ANATOMIA/FISIOLOGIA

• Diversas adaptações para criar um ambiente adequado para o desenvolvimento do feto:

� Aumento do volume sanguíneo em 40 a 50% � Secreção hormonal alterada� Deslocamento do centro de gravidade� Aumento da pressão sobre os órgãos intra-abdominais (estômago,

pulmão, intestino, etc.)pulmão, intestino, etc.)� Aumento da frequência cardíaca em repouso e durante exercícios

submáximos � Alterações no débito cardíaco e aumento do consumo de oxigênio

principalmente em exercícios com pesos;

As alterações são decorrentes do aumento da necessidade calórica, protéica, mineral e vitamínica do feto em desenvolvimento (POWERS; HOWLEY, 2000).

ANATOMIA/FISIOLOGIA

ANATOMIA/FISIOLOGIA

ANATOMIA/FISIOLOGIA

NOÇÕES GERAIS DE TREINO

• Mulheres previamente treinadas.(CURET, 1976 em estudo com ovelhas; NELSON, 1983 em estudo com porcas, TERADA, 1974 em estudo com ratas)

• Relação exercício-tempo. (GILBERT, 1979 em estudo com porcas)

• Gestantes sem complicações clínicas ou obstétricas submetidas a exercício físico aeróbico em esteira até a fadiga. submetidas a exercício físico aeróbico em esteira até a fadiga. (PIGGATO, et al.,2014)

DEVEMOS, ENTRETANTO, DESENCORAJAR NOSSAS GESTANTES DE REALIZAR TREINAMENTOS PROLONGADOS

OU DE ALTA INTENSIDADE.

CONTRA-INDICAÇÕES

SINAIS E SINTOMAS DE ALERTA

I ����nterromper a práEca de exercício Fsico:

� �Sangramento vaginal

� �Dor no abdome ou no peito

� �Perda de líquido pela vagina

� �Inchaço repenIno na face, mãos ou pés

� �Dor de cabeça forte ou persistente

� �Palpitações � �Palpitações

� �Tontura

� �Redução dos movimentos fetais

� �Dor ou sensação de ardência ao urinar

� �Febre

� �Náuseas ou vômitos persistentes

� �Contrações uterinas frequentes

� �Sensação de falta de ar

� Torpor ou sensação de luzes piscando

TREINAMENTO

RECOMENDAÇÕES

� Executar exercícios de leve a moderada intensidade é considerado prática segura tanto para a mãe quanto para o feto. (NASCIMENTO, 2014).

� ***Atletas conseguem manter atividades em intensidade moderada a intensa até o segundo trimestre de gestação e precisam reduzir no terceiro trimestre, devendo ter monitorização médica mais frequente. monitorização médica mais frequente.

� Realizar exercícios regulares no mínimo 3 vezes na semana. Mulheres previamente ativas 4 a 5 vezes na semana por 30-40 minutos ou mais, não excedendo 60 minutos. Sedentárias deveriam iniciar com 15 minutos 3 vezes na semana e aumentar gradativamente.

RECOMENDAÇÕES

� Exercícios de fortalecimento muscular para promover melhor adaptação às alterações posturais provenientes da evolução da gestação e para prevenir quedas, traumas e desconfortos musculoesqueléticos. Priorizar a musculatura paravertebral lombar, cintura escapular, e envolver preferencialmente grandes grupos musculares.

� Preferir o peso do próprio corpo, elásticos e faixas elásticas � Preferir o peso do próprio corpo, elásticos e faixas elásticas (evitar cargas elevadas).

� Exercícios de força devem ser executados de 10 a 12 repetições, envolvendo grandes grupos musculares, com cargas leves. Em estudo de Barakat (2009) mulheres que se exercitaram desta maneira no segundo e terceiro trimestre gestacional, com pesos iguais ou menores que 3Kg ou faixas elásticas, tiveram menor ganho de peso gestacional.

� Evitar manobra de Valsava durante o exercício físico (bloqueio da respiração).

RECOMENDAÇÕES

� Evitar períodos prolongados em pé sem movimento, bem como exercícios em isometria intensos e repetitivos.

� Exercícios de alongamento são fundamentais para permitir melhora da flexibilidade e relaxamento muscular, além de ajudar na adaptação postural e na prevenção de dores de origem musculoesqueléticas.

� Exercícios para o assoalho pélvico são muito indicados, principalmente para diminuir o risco de incontinência urinária pós gestacional.

RECOMENDAÇÕES

� Interromper os exercícios quando sentirem-se fatigadas e não devem se exercitar até a exaustão. A intensidade pode ser controlada pela escala de percepção subjetiva do esforço (Escala de Borg de 12 a 14) ou pela frequência cardíaca (60 –80% da máxima).

RECOMENDAÇÕES

� Evitar qualquer exercício que envolva a possibilidade de traumatismo abdominal, risco de queda, atividades de contato e de alto impacto.

� Apoio nutricional para o balanceamento das calorias.

� Exercícios aeróbicos de moderada intensidade com o objetivo de manter a capacidade cardiorrespiratória e o de manter a capacidade cardiorrespiratória e o condicionamento físico, além de auxiliar na prevenção e no controle do Diabetes Gestacional, da hipertensão gestacional e no ganho de peso.

� Retomar os exercícios físicos gradualmente 25 dias após parto normal e 30 a 60 dias pós cesariana.

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