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Trabalhos de arte contemporânea (intervenções, instalações e performance).Trabalhos individuais e do coletivo Balbucio
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ndice de projetos
twindow (2011)
En Canto (2011)
Cores (2011)
Cntico dos Cnticos (2011)
Renasce Remorre (2011)
O lenhador desconhecido (2011
)Deus te abenoe (2010)
Andr Quintino | [email protected] | (85) 8834-8813
VENDIDO (2010)
Kandin.sky (2010)
Som Encanado (2010)
O essencial saber ver (2007)
Ternos (2005)
Glossolalic Machine #2 - Torture (2004)
twindow
Twindow (2011)
Mensagens textuais com at 140 caracteres so projetadas na janela exterior do apartamento.
Twindow uma tentativa de comunicao textual (no mximo 140 caracteres) entre vizinhos que no se conhecem. O
apartamento onde Andr Quintino reside transformou-se em projeto e a janela de vidro da sala na tela do monitor. noite,
sobre uma camada de papel vegetal fixada janela, a mensagem textual projetada.
Esse projeto prope uma reflexo alargada sobre a hiptese de que estamos mais conectados com o Mundo e mais desligados
daquilo que nos prximo, do nosso entorno. Essa temtica ganha importncia diante da difuso e evoluo de dispositivos
comunicacionais (celular, internet...) e de casos extremos de isolamento, a exemplo dos Otakus digitais e de pessoas que,
esquecidas pela famlia e vizinhos, so encontradas mortas em casa com o corpo em adiantado estado de putrefao.
Na sala de estar, computador e data show utilizados para fazer a projeo.
Folhas de papel vegetal coladas junto ao vidro possibilitam a leitura da projeo.
A postagem na janela, o texto projetado, no um recado nem uma publicidade para venda do imvel, mas sim um convite
conversa. O trabalho discute a convivncia social na contemporaneidade, considerando as tecnologias da
comunicao e a vizinhana (espao cotidianamente compartilhado) como bases para essa reflexo.
Twindow uma tentativa de comunicao textual entre vizinhos desconhecidos.
O trabalho prope uma reflexo sobre a convivncia interpessoal na era da comunicao digital.
Ficha tcnica:
Categoria: Interveno Urbana
Concepo: Andr Quintino
Produo: Jedi e Joo Vilnei
Registro Fotogrfico: Jedi
Data: 05/2011
Local: Rua Almirante Cndido dos Reis,
n. 7, Aveiro - Portugal
Material: Vdeo projetor, computador,
janela de vidro e papel vegetal
En Canto
En Canto (2011)
Direita: o duche funcionava como caixa de som. | Esquerda: girando a torneira o volume aumentava ou diminua.
Basta girar a torneira. Abrindo um pouco, os sons so fracos, quase como pingos. Abrindo um pouco mais, o volume aumenta e
se torna forte como uma bica. O duche est acessvel e a fonte sonora pode passear pelo corpo daquele que sentir-se a vontade
em utiliz-lo.
O som presentifica um corpo ausente. Pigarros, cuspes, melodia, msicas e voz. No total, so pouco mais de 20 minutos de
gravao. Um aps o outro, so reproduzidos os banhos sonoros de cinco pessoas que foram convidadas a participarem da
instalao.
Direita: detalhe para a parafernlia eletrnica que foi montada debaixo da pia.
A instalao sonora foi montada no banheiro do museu e utilizou as conexes de gua existentes.
Detalhe dos visitantes interagindo com a obra.
Ficha tcnica:
Categoria: Instalao Sonora
Data: 10/06/2011
Local: Museu Santa Joana, Aveiro - Portugal
Evento: Expo Mestrado 2011
Concepo: Andr Quintino
Audio: Wellington jr, Edmilson Forte, Joo Vilnei,
Tobias Gaede e Jedi
Produo: jedi
*clique no cone abaixo para ter acesso ao audio do
trabalho.
Material: chuveiro, sistema de som, mp3 e
encanamento.
Registro Fotogrfico: Jedi, Juliana Alvarenga e
Ktia S
Cores
Cores (2011)
Verde e laranja no bar.
Vermelho e laranja na sala castanha.
Cores altas, magras e sem rosto caminham pela cidade. Cinco performers, cada um deles vestindo uma roupa de helanca de
cor na ltima verso, Verde, Azul, Laranja, Rosa e Vermelho fazem sua vida de maneira silenciosa, sem trocar palavra com
as pessoas que passam por eles. Na mesma medida em que o tecido lhes cobre e turva os sentidos olhos e boca tapados, nariz comprimido, pele e dedos cobertos e ouvidos abafados faz com
que aumente o interesse e a ateno de quem cruza com eles.
Verde a ver uma performance na sala branca.
Rosa a descansar.
Vermelho a acenar.
Azul verde e laranja na escada.
Vermelho e laranja a meditarem.
Ficha tcnica:
Categoria: Performance
Concepo: Joo Vilnei
Figurino: Wellington Jr (Tutunho)
Performers: Andr Quintino, Joo Vilnei,
Edmilson Jnior (Juin), Tobias Gaede e
Wellington Jr (Tutunho)
Registro Fotogrfico: Teresa Melo e Letcia Lopes
*clique no cone abaixo para ter acesso ao vdeo do
trabalho.
Data: 27/05/2011
Local: Mercado Negro Aveiro, Portugal
Evento: Ciclo de Artes Performativas
Material: Macaco de helanca
Cntico dos Cnticos
Cntico dos Cnticos (2010)
A obra foi montada no ptio do antigo convento, hoje transformado no Museu Santa Joana.
Atualmente est lacrado o poo que era utilizado pelas freiras do convento.
A luz e a escurido so valores complementares. Apesar desta dualidade so correlatas e inseparveis, de forma que uma
contm a pista da outra. Da gravidez da escurido, nasce a luz. Ainda que no se possa perceb-la, possvel senti-la atravs do
seu rastro, do calor, transmitido s coisas. (Ramos, 2006)
Esse trabalho explora a idia de segredo. A sombra a chave para leitura do texto, que apresentado quando objeto, fonte de luz e
superfcie esto alinhados em um determinado ngulo ideal.
O primeiro desenho mostra o alinhamento das sombras s 10h e o segundo s 17h.
Mais de 260 velas vermelhas foram usadas para escrever a passagem bblica do livro Cntico dos Cnticos.
Velas vermelhas, centenas delas, fixadas perpendicularmente com o cho do ptio do antigo Convento de Aveiro e dispostas em
cinco linhas, anunciam uma epifania com hora marcada para comear e terminar. Luz e sombra so a matria da obra. Quando o Sol estabelecer com a Terra o ngulo correto, quando todas as
peas alinharem-se, as sombras projetaro no cho um trecho do livro bblico Cntico dos Cnticos.
s 10h10, durante cerca de 20 minutos, as sombras das velas revelam a seguinte passagem: s um jardim fechado, uma fonte
lacrada. CT. 4.12.
Sempre no mesmo horrio e precedendo a missa dominical na S de Aveiro, localizada ao lado do prdio do Museu, dia aps dia, o
texto escrito e apagado.
Somente na faixa horria da 10h s 10:20 era possvel ler o texto feito com as sombras.
s um jardim fechado, uma fonte lacrada. Cnticos 4.12
Ficha tcnica:
Categoria: Instalao
Concepo: Andr Quintino
Produo: Jedi
Registro Fotogrfico: Jedi, Juliana
Alvarenga, Ivo Daniel
Data: 10/06/2011
Local: Museu Santa Joana Aveiro /
Portugal
Evento: Expo Mestrado 2011
Material: Velas vermelhas
Renasce Remorre
Renasce Remorre (2011)
Para Jlio Plaza, trauduzir recriar forma e contedo. Nessa obra, o poema Nasce Morre (1958), do concretista brasileiro Haroldo de
Campos, escrito a partir da sombra de quem o observa. As dicotomias nascer e morrer, cima e baixo, luz (dia) e sombra
(noite), leitura e escrita, so reforadas visualmente.
Nasce Morre (1958), poema concreto de Haroldo de Campos.
O texto s revelado quando a fonte de luz correta incidir sobre as agulhas.
As sombras das agulhas revelam um trecho do poema Nasce Morre.
Desenhos demonstrando que o corpo do visitante, ao circular a obra, a chave para a leitura do poema.
O ciclo ou apenas o circular a chave para organizar as imagens latentes. Ao bloquear a luz, o corpo cria uma sombra sobre o papel, que por sua vez, permite a leitura do poema. A escrita
surge como sombra da sombra.
O poema construdo manualmente, um trabalho lento e delicado. Agulhas cosem as sombras e unem as partes do nascer e
morrer de cada dia.
As agulhas so ordenadas de acordo com o formato de cada letra, criando assim, uma tipologia especfica.
A linha da agulha a sombra. No papel, o poema costurado com a luz.
Ficha tcnica:
Categoria: Instalao
Concepo: Andr Quintino
Registro Fotogrfico: Jedi
Data: 01/2011
Material: Kapa line, agulhas de costura e
refletores.
Dimenses: 1m x 0,7m
O lenhador desconhecido
O lenhador desconhecido (2011)
Na Serra da Arada (Fraguinha-Portugal), um lenhador desconhecido deixou algumas rvores derrubadas no cho. Foi
como um convite para um jogo (uma atividade que tem o seu fim em si mesma) de construo de significados.
Como construir relaes entre o contnuo e o tracejado, a vida e a morte, o fixo e o transportvel, o horizontal e o vertical, o homem
e natureza? Do jogo, trs possibilidades foram executadas: a estrela que caiu na terra e tenciona voltar para o cu, a sombra
morta e as mos descarnadas.
Essas obras so conseqncias do encontro acidental entre agentes desconhecidos.
Troncos cobertos de matria orgnica verde unem sete rvores criando um nico ser de seis pontas
A estrela que caiu na terra, formou razes e tenciona voltar para o cu.
Os trocos foram enfileirados seguindo a sombra da rvore que est na base.
Esquerda: troncos cortados, como vrtebras fraturadas| Direita: detalhe da rvore que se volta para o cu.
A rvore construda horizontalmente contrasta com a verticalidade natural da rvore.
A funo do lenhador transformar a rvore em lenha. Ele deita o tronco no cho e secciona-o em pedaos menores e
transportveis. Nesse caso, a morte da rvore, diferentemente da morte para o homem (enterro e caixo), est ligada a possibilidade
de transporte, transformao e construo.
Tal como os artistas Dada brincaram com a imagtica fotogrfica e topogrfica das revistas e dos jornais ou como os projetos Net Art, a exemplo do grupo "jodi.org", desconstruram a linguagem visual
da Internet, a obra "O lenhador desconhecido" joga com a linguagem visual da paisagem natural e suas caractersticas da
verticalidade e continuidade.
Duas marcas com o formato da palma da mo: uma no troco deitado no cho e a outra na rvore.
Detalhe da rvore que foi descarnada com a mo.
O homem transforma a rvore em tronco. O imvel em mvel.
Ficha tcnica:
Categoria: Land Art
Data: 04/2011
Local: Serra da Arada, Fraguinha -
Portugal
Evento: Residncia NODAR
(www.nodar.org)
Registro Fotogrfico: Jedi
Material: troncos cortados
Concepo: Andr Quintino
Deus te abenoe
Deus te abenoe (2010)
Deus te abenoe uma instalao sonora criada para a Mostra Balbucio de Tecnologias Ordinrias, que ocorreu de 18 de
novembro a 17 de dezembro de 2010, no Centro Cultural Banco do Nordeste (www.bnb.gov.br/cultura), em Fortaleza - Brasil. A
mostra apresentou trabalhos produzidos incorporando ferramentas tecnolgicas simples (gadgets), presentes nas
experincias ordinrias da vida e encontradas sem dificuldades em qualquer loja de eletrnicos.
Ao se aproximar do sensor de movimento, uma bno reproduzida.
Nas paredes do espao expositivo, sensores anunciadores de presena foram instalados a um metro do cho. O equipamento eletrnico identificava a presena de pessoas dentro do raio de
dois metros e disparava uma gravao em udio pr-gravada. Trata-se das bnos que os pedintes e moradores de rua do
entorno do CCBNB proferem ao receber esmolas e foram capturadas pelo artista.
Os pequenos sensores foram instalados na altura da cabea de uma pessoa sentada.
Mulher sentada pedindo dinheiro no centro da cidade.
A instalao estimula a reflexo a partir das dualidades: interior e exterior, individual e coletivo, caridade e indiferena, religio e
mercado, esmola e beno, presena sonora e invisibilidade. No inteno estimular a filantropia, mas questionar a banalidade da
misria, assim como, a conduta automatizada do desejar o bem.
Detalhe do aparelho que reconhece o movimento de uma pessoa e dispara um udio como resposta.
Ficha tcnica:
Categoria: Instalao sonora
Concepo: Andr Quintino
Data: 18/11/2010 a 17/12/2010
Local: Centro Cultural Banco do Nordeste
Evento: Mostra Balbucio de Tecnologias
Ordinrias
Registro Fotogrfico: Jos Cndido
Queiroz
*clique no cone abaixo para ter acesso ao
audio do trabalho.
VENDIDO
VENDIDO (2010)
Placa da imobiliria A Casa foi tomada de emprstimo e recortada.
A montagem da casa feita unicamente por encaixe, no utilizado cola. Clique aqui baixar os modelos.
Considero interveno no espao pblico toda uma srie de aes desenvolvidas prioritariamente na rua, no
necessariamente com uma inteno artstica, e que vai desde o graffiti, stencil, sticker, passando pelas placas publicitrias,
cartazes, vitrines de loja, chegando at ao papel deixado no passeio, s placas de sinalizao de trnsito, entre outras
possibilidades.
Em VENDIDO, utiliza-se placas de vende-se/aluga-se colocadas no espao pblico.
Essas placas so cortadas de modo simples, seguindo dois modelos (em placas de PVC de 33cmx25cm e 60cmx40cm),
de maneira que a juno de suas partes forme uma casa de pssaro. Essas casas so colocadas novamente no mesmo lugar
onde estavam as placas. No so utilizados pregos, parafusos nem cola para a montagem, somente os encaixes
feitos com o corte.
Dois modelos de casa para passarinho; o primeiro com 28 cm de altura e o segundo com 15 cm.
Placa publicitria da imobiliria afixada em local proibido.
Depois de montada, a placa publicitria modificada devolvida para o mesmo local.
VENDIDO procura, atuando e alterando algumas dessas intervenes, propor uma discusso sobre os limites entre o pblico e o privado. Como a cidade construda a partir das
interferncias dos seus moradores e de que maneira o espao pblico preenchido por intervenes particulares? Ao distorcer e
alterar a mensagem e o objetivo para o qual a placa de vende-se/aluga-se fora construda, VENDIDO se apresenta como uma
interveno da interveno, procurando assim, o dilogo com outros agentes do espao pblico. O trabalho tambm chama a
ateno para esses lugares esquecidos, aparentemente abandonados, espaos de memria e de histria que, apesar de j
terem servido para inmeras funes, hoje so espaos desocupados.
A especulao imobiliria e os limites entre pblico e privado so alguns dos temas desse projeto.
Ficha tcnica:
Categoria: Interveno urbana
Data: 2010 e 10/06/2011
Local: Bairro do Coc, Fortaleza - Brasil e
Vila de bidus, Portugal
Evento: Junho das Artes 11
Concepo: Andr Quintino
Produo: Jedi e Joo Vilnei
Registro Fotogrfico: Edgar Librio, Jedi e
Joo Vilnei
Material: Placas publicitrias de PVC
Kandin.sky
Kandin.sky (2010)
O plano cede terreno ao espao. As telas Composio VIII (1923) e Frohlicher Aufstieg (1923) de Wassily Kandinsky so digitalizadas na forma de vetores numricos. Pontos, linhas e superfcies so
utilizadas como matria prima para compor uma matriz de modelagem em 3D.
O Google Earth a nova tela. Um software gratuito que permite navegar por um modelo tridimensional do globo terrestre
construdo a partir de um mosaico de imagens capturadas por satlites. Kandin.sky foi instalado em Braslia, uma cidade
projetada para ser a capital do Brasil e marcada pelas linhas e curvas do arquiteto Oscar Niemeyer.
Composio VIII (1923). Pintura de Wassily Kandinsky.
Modelagem em 3D, com textura e sombra, da Composio VIII.
Detalhe do desenho tridimensional da Composio VIII.
Frohlicher Aufstieg (1923). Pintura de Wassily Kandinsky.
Desenho vetorial baseado na pintura Frohlicher Aufstieg.
Detalhe da modelagem em 3D da pintura Frohlicher Aufstieg.
As pinturas de Kandinsky geraram um modelo de planta baixa para a construo dos desenhos digitais. No ambiente virtual
tridimensional, as direes de posicionamento, cima e baixo, da tela so ampliadas. Assim, criada uma nova verticalidade, as novas formas ganham um carter de explorao dinmica e se
voltam para o cu.
Kandin.sky um projeto embrionrio que prope explorar a composio de pinturas abstratas em ambientes virtuais
tridimensionais; na tentativa de compreender as novas relaes que essa tcnica de modelagem 3D desenvolve com a percepo.
A representao tridimensional da pintura de Kandinsky pode ser acessada pelo software Google Earth.
O software permite que, qualquer usurio conectado a Internet, navegue pelas construes tridimensionais.
As construes baseadas nas pinturas de Kandinsky foram instaladas em Braslia, em frene ao Congresso Nacional.
Ficha tcnica:
Categoria: Net Art
Concepo: Andr Quintino
Data: 2010
Tcnica: modelagem em 3D utilizando o
software Google SketchUp e exibio no
software Google Earth.
Som Encanado
Som Encanado (2010)
O aprisionamento do som em caixas remonta a concepo mtica de algumas lendas. Uma das mais antigas data de dois mil anos
antes de Cristo e discorre sobre um imperador chins que recebeu de pressente, de um viajante, uma estranha caixa que continha
palavras, as quais somente poderiam ser lidas com as orelhas.
Outro relato, de Sir Robert Hart (1835/1911), conta a histria de um prncipe chins que enviava mensagens a seu irmo atravs de outra estranha caixa que, quando recebida e aberta, transmitia as
palavras que nela foram registradas.
A estrutura de transmisso de som inspirada no telefone de barbante ou telefone de cordel.
O volume do som baixo e o visitante precisa encostar a cabea no fone de lata para ouvir.
Uma caixa de madeira, do tamanho de um micro system, est fixada numa parede a um metro e meio de altura do cho. Existem
oito furos na caixa, quatro de cada lado. Dos orifcios saem tubos de at 20 metros de comprimento que se espalham pelas paredes
e se conectam em latas de tinta. Esses tubos amarelos de PVC, conhecidos comumente como eletroduto de garganta, tm a
funo de canalizar os fios por dentro das paredes.
O sistema est completo. Dentro da caixa de madeira, um aparelho estreo reproduz o som que percorre a tubulao de
garganta e desemboca nas bocas de lata. Seu volume baixo como um sussurro. preciso se aproximar e encostar o ouvido,
como se quisesse ouvir o que as paredes tm a dizer.
Os sons reproduzidos pelos dois canais so diferentes. O canal esquerdo reproduz sons gravados do lado de fora do espao
expositivo e o outro canal reproduz sons gravados do lado de dentro. Assim, feita uma diviso espacial a partir dos sons que
foram registrados naquele lugar.
No interior da caixa de madeira duas colunas de som e um cd player.
O som se espalha pelo espao expositivo sendo direcionado, em eletrodutos de garganta, por at 20 metros.
Ficha tcnica:
Categoria: Instalao Sonora
Data: 18/11/2010 a 17/12/2010
Local: Centro Cultural Banco do Nordeste
Evento: Mostra Balbucio de Tecnologias
Ordinrias
Registro Fotogrfico: Jos Cndido e Jedi
*clique no cone abaixo para ter acesso ao
audio do trabalho.
Material: eletroduto de garganta, latas
de tinta, caixa e aparelho de som
Concepo: Andr Quintino
O essencial saber ver
O essencial saber ver (2007)
A primeira ilustrao as mostra o alinhamento das sombras s 10h e a segunda ilustrao s 15h.
Na Praa Clvis Bevilqua foram dispostos 163 canos de PVC brancos, com 10 centmetros de dimetro e comprimento
variando entre 30 centmetros e 1 metro. Os canos estavam na posio vertical, organizados em dois blocos e ocupando uma rea de aproximadamente 50 m. O local de exposio desses cilindros recebia diretamente a luz do sol e sua sombra se modificava com o passar das horas. Durante o dia,havia dois momentos especiais.
No primeiro, s 07h50min, as sombras dos canos do primeiro bloco estavam alinhadas de tal forma que revelavam, por alguns
minutos, a frase: O ESSENCIAL. No segundo momento, s 14h50min, as sombras do segundo bloco completavam a escrita com: SABER VER. Durante quatro dias (11 a 14/12/2007) foi
exibido um fragmento do poema O que ns vemos de Alberto Caeiro. No cho da praa, os versos de um dos heternimos de
Fernando Pessoa foram escritos e apagados dia aps dia.
A dimenso das lestras dialogavam com a escala urbana e permitiam sua visualizao do alto dos prdios.
A tipologia com sombras, proposta nesse projeto, explora as caractersticas pticas da luz.
Na praa, o texto que d o nome ao obra foi dividido em dois blocos: O essencial e saber ver.
A criao da obra o essencial saber ver atende necessidade de refletir sobre o espao pblico na cidade de Fortaleza. A obra
est numa praa, inserida no fluxo do cotidiano. O poema foge da lgica do imediatismo, pois construdo no tempo e a partir da
metamorfose das sombras. O pblico convidado a observar uma mensagem escrita e no apenas decodifica-la. O ESSENCIAL. A
obra possui uma imagem latente; prope a releitura de um poema de Fernando Pessoa com os olhos do concretismo. SABER VER.
Quando o Sol e a Terra estiverem alinhados, as sombra dos canos de PVC revelaro O essencial.
s 15h surge saber ver. Dia aps dia, o poema de Alberto Caeiro reescrito no cho da praa.
Ficha tcnica:
Categoria: Instalao
Data: 11/12/07 a 14/12/07
Local: Praa Clvis Bevilqua - Fortaleza
Produo: Adalberto Lopes e Jedi
Montagem: Adalberto Lopes, Jedi, Edmilson
Jnior (Juin) e estudantes da Escolade
Audiovisual (Vila das Artes)
Registro audiovisual: Fred Benevides
*clique no cone abaixo para ter acesso ao vdeo do
trabalho.
Concepo: Andr Quintino
Material: Canos de PVC e compensados de
madeira
Ternos
TERNOS (2005)
Cinco performers altos e vestidos elegantemente com ternos e gravatas limpavam os vidros dos carros que paravam no semforo
do cruzamento. Em vez de pedir dinheiro pelo servio, os limpadores davam moedas aos motoristas que lhes permitiam
fazer seu servio.
Cinco performers, vestidos de terno e gravata, limpavam o vidro dos carros junto com os flanelinhas do local.
A performance ternos, baldes e rodinhos pretende discutir, lidando diretamente com os antagonismos existentes no servio
do flanelinha nos sinais de trnsito (limpeza do vidro/sujeira do limpador, riqueza/pobreza), um problema social to presente nas
grandes cidades.De maneira sutil, as pessoas atingidas, tanto as que apenas viram
quanto aquelas que participaram diretamente da performance permitindo que os vidros de seus carros fossem lavados, alm dos performers, passaram a ver, aps a apresentao que durou cerca de 2 horas, com outros olhos o problema da falta de emprego nas
grandes cidades e o servio prestado por esses cidados marginalizados.
O performer se aproximava e perguntava: Bom dia. O senhor me daria o prazer de limpar a vidro do seu carro.
Depois de limpar o vidro, o performer agradecia e entregava algumas moedas ao motorista.
Material utilizado para a performance.
Ficha tcnica:
Categoria: Performance
Concepo: Joo Vilnei
Material: Ternos, rodos com esponja, garra dagua e moedas
Data: 28/04/2005
Local: Avenida da Universidade, Benfica Fortaleza Cear)
Performers:Joo Vilnei, Andr Lopes (Jedi), Edmilson Jnior (Juin),
Thomas Fernandes, Tobias Gaede
Registro fotogrfico: Chico Monteiro e Igor Grazziano
Registro audiovisual: Fred Benevides e Igor Grazziano
Glossolalic Machine #2 - Torture
Glossolalic Machine #2 Torture (2004)
Doze metros de mveis antigos da universidade formavam uma torre, palco da segunda performance do Projeto Balbucio.
Distribudos ao longo da imensa obra, performers emitiam pulsos glossollicos que faziam referncia tortura, sofrimento. A obra, titulada Glossolalic Machine #2 - Torture, refere-se ao perodo de
perseguio poltico da Ditadura Militar no Brasil, lembrando os 40 anos deste momento da histria do pas.
Doze metros de mveis antigos da universidade formavam uma torre.
Trabalhando sob a perspectiva de o abandono em que vivemos um tipo de tortura, apesar do abandono, ainda conseguimos
fazer arte e o abandono da ditadura, a performance tambm fez um manifesto contra o descaso com o Centro de Humanidades,
local onde fora montada e apresentada a performance, dentro da programao da I Semana de Humanidades da UFC.
Relacionada a perspectiva de o abandono em que vivemos um tipo de tortura e o abandono da ditadura.
Distribudos ao longo da obra, performers emitiam pulsos glossollicos que faziam referncia tortura.
Torture, rememora os 40 anos do perodo de perseguio poltico da Ditadura Militar no Brasil.
Ficha tcnica:
Categoria: Performance
Concepo: Wellington Jr (Tutunho) e Demitri Tlio
Material: Mveis antigos e andaime industrial
Data: 30/4/2004
Local: Centro de Humanidades II - UFC Fortaleza Cear
Performers:Joo Andr Lopes (Jedi), Chris Salas Roldan, Greta
Frota, Joo Vilnei, Edmilson Jnior (Juin), Lvia Salomoni, Marcela
Belchior, Raquel Arajo, Sharllenny Queiroz, Tobias Gaede,
Thalles Walker e Verdiene Verdiano
Preparao corporal: Joubert Arrais
Produo: Dadylla Rabelo
Maquiagem: Isadora Pontes e Lia Damasceno
Arquitetura: Clvio Rabelo
Registro fotogrfico: Andr Milito, Celina Hissa, Philipi e
Silas de Paula
Registro audiovisual: Fred Benevides, Mariana Smith e
Pablo Assumpo
00 - indice individual 2_0100 - indice individual 2_0201 - twindow00 - indice individual 2_0302 - Encanto00 - indice individual 2_0403 - cores00 - indice individual 2_0504 - Cantico dos Canticos00 - indice individual 2_0605 - Renasce Remorre00 - indice individual 2_0706 - O lenhador desconhecido00 - indice individual 2_0807 - Deus te abencoe00 - indice individual 2_0908 - VENDIDO00 - indice individual 2_1009 - Kandinsky00 - indice individual 2_1110 - Son encanado00 - indice individual 2_1211 - O essencial saber ver00 - indice individual 2_1312 - ternos 200500 - indice individual 2_1413 - torture 2004