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SUPREMO CONSELHO DO BRASIL PARA O GRAU 33DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO
AUGUSTA LOJA DE PERFEIÇÃO “BRASÍLIA” nº 20018FUNDADA EM 11 DE ABRIL DE 1974
TRABALHO DESTINADO AO GRAU 04
O LIVRE ARBITRIO
Alexandre Lopes Araujo
CIM 264549
(61) 96812686
Junho/2012
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SUPREMO CONSELHO DO BRASIL PARA O GRAU 33DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO
AUGUSTA LOJA DE PERFEIÇÃO “BRASÍLIA” nº 20018FUNDADA EM 11 DE ABRIL DE 1974
Índice
1 – INTRODUÇÃO...................................................................................32 – ESCOLÁSTICOS................................................................................43 – PROVAS MORAIS..............................................................................54 – PROVAS SOCIAIS..............................................................................55 - PROVA METAFÍSICA.......................................................................56 – O DETERMINISMO...........................................................................67 - FATALISMO PANTEÍSTICO............................................................68 - FATALISMO TEOLOGICO..............................................................69 – O LIVRE ARBÍTRIO E O DETERMINISMO UNIVERSAL.........710 - O LIVRE ARBÍTRIO E A CONSERVAÇÃO DE ENERGIA.......711 - O DETERMINISMO FISIOLÓGICO..............................................712 - O DETERMINISMO PSICOLOGICO.............................................813 – CONCLUSÃO.....................................................................................914 – BIBLIOGRAFIA...............................................................................10
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Introdução
O livre arbítrio é o poder que tem a vontade de se determinar por si mesma, por sua
própria escolha, a agir ou não agir, sem ser constrangida a isso por força alguma,
externa ou interna.
Há termos sinônimos, também usados para significá-lo, tais como liberum arbitrium,
liberum voluntatis arbitrium, libertas arbitrii. O livre arbítrio, que quer dizer,
o juízo livre, é a capacidade de escolha pela vontade humana entre o bem e o mal,
entre o certo e o errado, conscientemente conhecidos.
Assim, entre dois ou mais pensamentos que nos solicita em sentidos opostos, o
livre arbítrio decide qual deles seguirá. Do mesmo modo que, em um litígio, as
partes recorrem a um árbitro, assim também atua o livre arbítrio, que decide em
favor de uma ou de outra parte.
Ele – livre arbítrio – é prerrogativa essencial do ser humano; a violência pode privá-
lo da liberdade física e a autoridade pode restringir a sua liberdade moral; no
entanto, o seu livre arbítrio está acima de tudo; enquanto conservar a razão, ele
será sempre livre para querer ou não querer.
Um dos principais aspectos da filosofia maçônica, pois que permite ao homem o
seu desenvolvimento e evolução através do livre aprendizado podendo assumir com
isso total responsabilidade por suas ações.
EscolásticosPara os escolásticos, esse termo toma um sentido bem claro. É a capacidade
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do ser espiritual para tomar, por si mesmo (sem determinações de
qualquer espécie), uma direção ante valores limitados conhecidos, para escolher
ou não escolher um desses valores ou valores julgados limitados. Só
há liberdade onde há apreensão de valor como real, mas dotado de limites. Onde,
porém, o valor é absoluto, é natural que a vontade a ele se dirija
por impulso natural, revelando uma aspiração necessária desse bem. O livre
arbítrio não quer dizer de modo algum que é um querer sem causa como o
pretendem interpretar alguns deterministas, que se opõem à sua aceitação.
Liberdade de vontade não é ausência de causa, nem afirma que sempre
o homem atua livremente, pois são muitas e em maior número às vezes em
que não atua livremente. O livre arbítrio fundamenta-se, para nós, na
capacidade axiológica do ser humano em poder fazer apreciações das coisas,
por meio de comparação com valores tomados como perfeições.
Essa capacidade humana permite apreciar os valores das diversas possibilidades
do seu atuar, e daí ser o homem o que responde pelo por que do seu
ato (responsabilidade), pois se fizer ou não fizer então qualquer das duas atitudes,
tomadas em si, nada perturbam a ordem da causa- universal. O livre arbítrio é,
assim, eminentemente ético, e gira também na esfera dessa disciplina.
A liberdade humana marca a dignidade ética do homem. Pode-se, em muitos casos,
prever, com certa segurança, quais as atitudes que um homem determinado, desde
que conhecida a sua formação moral, tomará em face de certas circunstâncias.
Compreende-se que, em tais casos, há um imperativo categórico, que é aceito, e
serve de norma para a atuação de um indivíduo eticamente bem formado. A
liberdade humana não pode ser negada, porque se realmente nunca fosse o
homem livre, jamais lhe surgiria a ideia da liberdade. Por não se poder explicar a
liberdade, dentro da matéria ou no atuar da matéria, tem ela servido
de argumento em favor da espiritualidade do homem e também tem sido
tal fato a razão porque os inimigos da espiritualidade humana, mais dia ou menos
dia, terminam por negar a liberdade e atraiçoá-la.
Provas moraisAs provas morais da existência do livre arbítrio baseiam-se no fato da obrigação e
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da responsabilidade (o remorso e o mérito são conseqüências da
responsabilidade).
Com efeito, só nos sentimos moralmente responsáveis pelos atos de que somos a
causa livre, isto é, pelos atos cuja execução – ou não execução – só dependem de
nós. Os atos de que não podemos nos abster, podem se constituir em motivo de
alegria ou de tristeza, mas não serão motivos de remorso ou de insatisfação moral.
Provas sociaisTodas as sociedades possuem sanções que têm por objeto a recompensa ou a
punição de certos atos. O castigo só é justo, e a recompensa só é lisonjeira, quando
são merecidos; por sua parte, o mérito supõe o livre arbítrio.
O livre arbítrio se demonstra também pelas promessas e pelos contratos, por meio
dos quais os homens se comprometem mutuamente a cumprir certos atos em
determinadas circunstâncias. É evidente, com efeito, que não podemos nos
comprometer com antecipação a um ato, se não estivermos certos de que esse ato
depende da nossa livre vontade.
Prova metafísicaO homem não conhece somente os bens particulares e concretos; por meio da
razão, graças à noção abstrata do bem, eleva-se à noção do bem absoluto, no qual
não existe o mal. Deste modo, a escolha fica restrita a bens particulares que se
opõem, mas que sempre são bens, ainda que de outra ordem.
Assim, o ser humano se encontra sempre em presença de uma ou outra escolha, e
a indeterminação da sua vontade mantém-se até ele a quebrar, decidindo-se por
um ou outro bem; nisto consiste precisamente o livre arbítrio. Exposta a natureza do
livre arbítrio, demonstrada a sua existência, resta conhecer um pouco os sistemas
que o rejeitam.
O determinismoDeterminismo é todo o sistema que nega o livre arbítrio, e afirma que o homem está
submetido a certas influências. Chama-se Fatalismo à forma especial de
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determinismo, que atribui todos os nossos atos voluntários a uma causa
transcendente, superior a toda a regra.
As teorias deterministas podem reduzir-se três tipos: o Fatalismo Teológico, que se
fundamenta nos argumentos da natureza de Deus; o Fatalismo Científico, que se
baseia nas leis gerais do mundo; e o Fatalismo Psicológico ou Fisiológico, que se
baseia nas leis da natureza humana.
Fatalismo panteisticoÉ evidente que todo o sistema panteísta leva à negação do livre arbítrio. Esta
espécie de fatalismo refuta-se do mesmo modo que o panteísmo em que se origina,
pela consciência da nossa livre personalidade.
O panteísmo é a teoria que afirma a identidade substancial de Deus e do mundo,
isto é, Deus e o mundo são uma só e a mesma substância, considerada sob
diversos aspectos.
Na história da filosofia o panteísmo aparece sob duas formas:
a) O Panteísmo naturalista, que absorve o infinito no finito, Deus no mundo, e tende
assim ao materialismo e ao ateísmo.
b) 0 panteísmo idealista, que absorve o finito no infinito, o mundo em Deus, e leva
ao puro fenomenismo. Também neste caso, o ateísmo é a alternativa.
Fatalismo teológicoSegundo este fatalismo, Deus, inteligência infinita, conhece, desde a eternidade, os
nossos futuros atos. Como diria um muçulmano, Maktub – estava escrito e
determinado por Deus no livro do destino. Esta teoria não se sustenta, porque Deus
não está submetido à duração sucessiva do tempo, porque nem o futuro nem o
passado existem para Deus, mas tão somente o presente eterno, o qual, na sua
indivisível simplicidade, abraça todos os tempos passados e futuros. Assim sendo,
Deus não prevê o que sucederá; Ele vê o que existe, como existe, e porque existe.
Deste modo, sendo a presciência divina e a liberdade humana duas verdades
igualmente certas, nada autoriza a negação de nenhuma destas verdades.
O livre arbitro e o determinismo universal
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É princípio fundamental que os fenômenos estão unidos entre si por meio de
relações necessárias, de modo que cada um deles tem a sua razão necessária e
suficiente naquele que o precede. Isto não se verifica no ato suposto livre, que é,
por definição, um fenômeno que não está ligado – necessariamente – a nenhum
dos seus antecedentes.
Considerando que a vontade, colocada sucessivamente em circunstâncias
idênticas, pode tomar decisões opostas, conclui-se que o ato livre não está em
oposição ao princípio de causa e efeito.
O Livre arbítrio e a conservação de energiaNada se perde e nada se cria na natureza; não existem senão transformações,
princípio este que se aplica às forças e às substâncias. Se for verdade que esta lei
se aplica no domínio da física e da química, o mesmo não acontece no domínio da
atividade livre. A decisão livre em si mesma, como força imaterial, escapa à lei da
conservação da energia; a força corporal necessária à execução da vontade, já
existe nos músculos do corpo e se alimenta pela nutrição; O papel da vontade livre
se limita a dirigir, neste ou naquele sentido, a transformação destas forças.
O Determinismo fisiológicoO determinismo fisiológico diz que os atos voluntários são apenas as reações do
organismo, que resultam das influências exteriores. Neste caso, a vontade nada
mais é do que a resultante de todas as forças que atuam sobre o ser humano. E se
os homens não atuam todos do mesmo modo é porque são diferentes em sua
conformação.
A verdade é que, pela reflexão, o homem tem o domínio de si mesmo, e a sua
vontade conservam sempre o poder de resistir aos incitamentos, quaisquer que
sejam eles. Para o determinista fisiológico, a virtude se confunde com um
temperamento sadio, e o vício se confunde com a doença. Esta teoria materialista
suprime a moral por completo.
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O Determinismo psicológicoEste sistema, desenvolvido por Leibniz, afirma que as decisões da vontade são
sempre determinadas por um forte motivo. Segundo Leibniz, a vontade é uma
atividade inteligente, e nunca se decide sem um bom motivo. Neste caso, se uma
decisão é tomada tendo por base um forte motivo, então esta decisão não é tomada
livremente, segundo o princípio do livre arbítrio.
A verdade é que nem sempre se faz o que se julga ser o melhor. A consciência nos
diz que uma decisão não é função de um impulso, mas sim o resultado de um ato
livremente praticado. Leibniz andou longe da verdade quando comparou a vontade
a uma balança, que pende sempre para o lado que estiver mais pesado. Sem
dúvida, a decisão consiste em pesar os motivos; mas não se pode esquecer que
esta operação é da inteligência, cujos juízos são determinados pela evidência. Mas
não é por isso que a vontade fica menos senhora de suas decisões, apesar do
atrativo mais intenso do prazer, do conselho mais ajuizado do interesse, ou da
ordem mais forte do dever. É precisamente nisto que consiste o livre arbítrio.
Conclusão
O livre arbitrio é a expressão máxima da divindade materilalizada na liberdade de
expressão e ação, ao escolher entre o bem e o mal, certo e errado, deve e não
deve ser feito, sendo assim influenciado por todo o cabedal de experiências de seu
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usuário. Em nosso caso em particular como maçons temos o livre arbítrio cerceado
e impulsionado pelo conhecimento e luta pela evolução do homem e da sociedade.
Sendo um dos mais importantes aspectos do maçon pois que é a base para a
execução dos princípios da filosofia maçônica em sua tríplice argamassa –
liberdade, igualdade e fraternidade – é a força motriz que nos trouxe até aqui e nos
mantém pois somos compelidos todo o tempo a ir de encontro a nossas obras, faz-
se imperioso o zelo para com seu uso, a observação cuidadosa de nossas ações no
intento de “construir masmorras ao vicio e castelos a virtude”.
Bibliografia
ANTÓNIO ROCHA FADISTA M.'.I.'., Loja Cayrú 762 GOERJ / GOB – Brasil
Gilles Deleuze, Espinoza, Filosofia Prática
DETERMINISMO, PREVISIBILIDADE E CAOS Femando Lang da Silveira, Instituto
de Física da UFRGS
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A Gênese, os milagres e as predições segundo o espiritismo (publicado em janeiro
de 1868)
http://www.filoinfo.bem-vindo.net/filosofia/modules/lexico/entry.php?entryID=509
http://www.maconaria.net/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=38