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Resumo

Universidade Sagrado corao

gabriela BRASIL romo

indstria de perfumariabauru

2012SUMRIO1. Introduo...............................................................................................................1

1.1. Indstria de perfumes.......................................................................................12. Desenvolvimento...................................................................................................22.1. Constituintes de um perfume............................................................................22.1.1. Veculo......................................................................................................42.1.2. Fixador......................................................................................................4

2.1.2.1. Fixadores animais...............................................................................4

2.1.2.2. Fixadores resinosos............................................................................6 2.1.2.3. leos essenciais fixadores.................................................................6 2.1.2.4. Fixadores sintticos............................................................................62.2. Substncias odorferas.....................................................................................7 2.2.1. leos essenciais......................................................................................7 2.4.1.1. Destilao, usualmente a vapor....................................................10 2.4.1.2. Prensagem....................................................................................11 2.4.1.3. Enfleurage......................................................................................11 2.4.1.4. Extrao por solventes volteis.....................................................12 2.2.2. Isolados..................................................................................................14 2.2.3. Sintticos e semissintticos usados em perfumes e agentes spidos..14 2.2.3.1. Processos de condensao..........................................................15 2.2.3.2. Processos de esterificao...........................................................17 2.2.3.3. Processos de Grignard.................................................................18 2.2.3.4. Hidrogenao................................................................................19 2.2.3.5. Processos de nitrao...................................................................19 2.2.3.6. Processos de oxidao.................................................................20 2.3. Formulao de perfumes.................................................................................22 2.4. Qualidade do perfume.....................................................................................233. Concluso....................................................................................................................244. Referencias bibliogrficas.........................................................................................25INDSTRIA DE PERFUMARIA1. Introduo1.1. Indstria de perfumesA fabricao de perfumes, gua-de-colnia de toalete, conhecida coletivamente como indstria de perfumaria, sofreu modificaes drsticas no ltimo quarto de sculo. Anteriormente, os perfumistas eram treinados, atravs de aprendizado em laboratrios, at alcanarem a habilidade de misturao e composio em processamento bem definido. Com os desenvolvimentos modernos, foi possvel obter aromas sintticos e melhorar os mtodos para obter leos puros.Os primeiros perfumes surgiram, provavelmente, associados a atos religiosos, h mais ou menos 800 mil anos, quando o homem descobriu o fogo. Os deuses eram homenageados com a oferenda de fumaa proveniente da queima de madeira e de folhas secas. Essa prtica foi posteriormente incorporada pelos sacerdotes dos mais diversos cultos, que utilizavam folhas, madeira e materiais de origem animal como incenso, na crena de que a fumaa com cheiro adocicado levaria suas preces para os deuses. Da o termo perfume originar-se das palavras latinas per (que significa origem de) e fumare (fumaa). O passo seguinte na evoluo do emprego dos aromas foi sua apropriao pelas pessoas, para o uso particular, algo que provavelmente aconteceu entre os egpcios.

Um avano posterior foi a descoberta de que certas flores e outros materiais vegetais e animais, quando imersos em gordura ou leo, deixavam nestes uma parte de seu princpio odorfero. Assim eram fabricados os ungentos e os perfumes mencionados na Bblia. Os Cruzados retornates Europa trouxeram toda a arte e habilidade da perfumaria oriental, alm das informaes relacionadas s gomas, de leos e de substncias odorferas. A arte de extrao de perfumes foi bastante aprimorada pelos rabes h cerca de mil anos. Eles faziam essas extraes a partir de flores maceradas, geralmente em gua, obtendo gua de rosas e gua de violetas, dentre outras. J no final do sculo XIII, Paris tornara-se a capital mundial do perfume. At hoje, muitos dos melhores perfumes provm da Frana. J as guas de colnia clssicas tm menos de 200 anos, sendo originrias da cidade de Colnia, na Alemanha, e, provavelmente, foram as primeiras importaes dos Estados Unidos. Foi somente nos anos posteriores depresso que a indstria americana descobriu que podia ser lucrativa a venda de perfumes diludos em lcool.2. Desenvolvimento

2.1. Constituintes de um perfumeUm perfume pode ser definido como qualquer mistura de substncias olorantes agradveis, incorporadas num veculo apropriado. Antigamente, todos os perfumes usados em perfumaria eram de origem natural. Mesmo quando se principiou a sintetizar os materiais para emprego neste setor, fizeram-se esforos em duplicar os melhores perfumes naturais. Entretanto, nos anos recentes h uma tendncia marcada de colocar no mercado perfumes que no tm contrapartida exata no reino floral, mas que tiveram ampla aceitao no pblico. Os melhores perfumes modernos nem so inteiramente sintticos nem completamente naturais. O melhor produto da arte a mistura judiciosa dos dois tipos, para se ter o realce do perfume natural, para reduzir o preo e para introduzir fragrncias na deliciosa gama olorosa que existe atualmente. Um produto feito apenas com materiais sintticos tende a ser grosseiro e artificial em virtude da ausncia de impurezas em pequenos traos, que do o toque final e arredondam o buqu dos odores naturais. Os qumicos tambm conseguiram criar essncias de flores que no produzem essncias naturais, ou de outras flores cuja essncia muito cara, ou muito fugidia para que sua extrao seja econmica. So exemplos o lrio-do-vale, o lils e a violeta. A anlise qumica dos perfumes mostra que eles so uma complexa mistura de compostos orgnicos denominada fragrncia (odores bsicos). Inicialmente, as fragrncias eram classificadas de acordo com sua origem. Por exemplo: a fragrncia floral consistia no leo obtido de flores tais como a rosa, jasmim, lils etc. A fragrncia verde era constituda de leos extrados de rvores e arbustos, como o eucalipto, o pinho, o citrus, a alfazema, a cnfora, etc. A fragrncia animal consistia em leos obtidos a partir do veado almiscareiro (almscar), do gato de alglia (alglia), do castor (castreo), etc. A fragrncia amadeirada continha extratos de razes, de cascas de rvores e de troncos, como por exemplo, do cedro e do sndalo.

O sistema moderno de classificao das fragrncias engloba um total de 14 grupos, organizados segundo a volatilidade de seus componentes: ctrica (limo), lavanda, ervas (hortel), aldedica, verde (jacinto), frutas (pssego), florais (jasmim), especiarias (cravo), madeira (sndalo), couro (resina de vidoeiro), animal (alglia), almscar, mbar (incenso) e baunilha. A Fig. 01 classifica essas fragrncias segundo sua volatilidade.

Fig. 01 - Escala de notas de um perfume e a participao de diferentes fragrncias nessas notas.

Fonte: Dias e Silva (1996, p. 4). Os perfumes tm em sua composio uma combinao de fragrncias distribudas segundo o que os perfumistas denominam de notas de um perfume. Assim, um bom perfume possui trs notas:

Nota superior (ou cabea do perfume): a parte mais voltil do perfume e a que detectada primeiro pelo olfato, geralmente nos primeiros 15 minutos de evaporao;

Nota do meio (ou corao do perfume): a parte intermediria do perfume, e leva um tempo maior para ser percebida, de trs a quatro horas;

Nota de fundo (ou base do perfume): a parte menos voltil, geralmente leva de quatro a cinco horas para ser percebida. tambm denominada fixador do perfume.

A Fig. 01 ilustra a participao das diversas fragrncias nas notas de um perfume.Os constituintes os perfumes so de trs tipos: o veculo ou solvente, o fixador e os elementos odorferos. 2.1.1. Veculo

O solvente moderno da mistura e da manuteno dos materiais de perfumaria o lcool etlico super-refinado, misturado com mais ou menos gua, de acordo com as solubilidades dos leos empregados. Este solvente, que tem natureza voltil, ajuda a proteger o perfume dissolvido, bastante inerte aos solutos e no muito irritante para a pele humana. O ligeiro odor do lcool removido por desodorizao, ou pela pr-fixao, o que se faz pela adio de uma pequena quantidade de goma de benjoim ou de outro fixador de natureza resinosa ao lcool, deixando-se a infuso maturar durante uma ou duas semanas. O resultado um lcool quase sem odor, tendo havido a neutralizao do cheiro natural das resinas.

2.1.2. Fixador

Na soluo comum de substncias olorantes, as mais volteis evaporam-se primeiro, e o cheiro do perfume constitudo por uma srie de impresses olfativas e no pelo conjunto de todas elas. Para contornar esta dificuldade, adiciona-se soluo um fixador. Definem-se os fixadores como substncias de volatilidade mais baixa que os leos odorferos, as quais retardam e uniformizam a velocidade de evaporao dos diversos constituintes olorosos. Os fixadores utilizados so secrees animais, produtos resinosos, leos essenciais e substncias sintticas. Qualquer dos fixadores pode ou no contribuir para o cheiro do produto final; quando contribuem, devem misturar-se fragrncia principal completando-a.

2.1.2.1. Fixadores animaisDe todos os produtos animais, o emprego em maior quantidade o castreo, um exsudato de colorao castanho-amarelada das glndulas perneas do castor. Entre os componentes odorferos do leo voltil do castreo esto o lcool benslico, a acetofenona, o l-borneol e a castorina (um componente resinoso voltil de estrutura desconhecida).

A alglia a secreo gordurosa, mole, das glndulas perneas dos gatos-de-alglia (civeta), indgenas em diversas regies e desenvolvidos na Etipia. As secrees so recolhidas de 4 em 4 dias, mediante colheres, e embaladas em chifres ocos, para exportao. O almscar cru tem um cheiro desagradvel, devido presena do escatol. Pela diluio e maturao, o cheiro do escatol desaparece e surge o odor doce e um tanto floral da civetona, uma cetona cclica.

Fig. 02 Componentes do almscar. Fonte: Brink e Shreve (2008, p. 397). O almscar a secreo seca das glndulas prepuciais do almisqueiro macho, encontrado nos Himalaias. O cheiro devido a uma cetona cclica, a muscona, presente num teor de 0,5 a 2%. O almscar atribui corpo e suavidade a uma formulao odorfera mesmo quando diludo, de modo que seu prprio cheiro fica imperceptvel. Com o seu prprio odor, o almscar usado nos perfumes orientais pesados.

O mbar cinzento o menos usado, mas provavelmente o mais conhecido, entre os fixadores animais. uma secreo desenvolvida por certas baleias. obtido nas entranhas das baleias capturadas ou nas que arribam s praias. Tem uma consistncia cerosa, amolecendo-se a 60C, e pode ser branco, amarelo, castanho, negro, ou ter veios como o mrmore. constitudo por 80 a 85% de ambrena (lcool tricclico triterpnico), assemelhada ao colesterol, a qual atua como aglutinante, e por 12 a 15% de leo de mbar cinzento, que o ingrediente ativo. empregado na forma de tintura, que deve ser maturada antes do uso. O cheiro da tintura assemelha-se ao bolor, e seu poder de fixao grande.

O almscar zibata o mais novo fixador animal, derivado das glndulas do rato almiscareiro da Louisiana. Somente durante a Segunda Guerra Mundial o almscar zibata foi comercializado. Cerca de 90% dos materiais insaponificveis das glndulas do rato almiscareiro consistem em alcois cclicos, inodoros, de cadeia grande, que se convertem em cetonas, com um aumento de umas 50 vezes no cheiro caracterstico do almscar. um substitutivo, ou um complemento, do almscar asitico.2.1.2.2. Fixadores resinososSo exsudatos normais ou patolgicos de certos vegetais, que tm maior importncia histrica que industrial. So resinas duras, por exemplo, benjoim e resisnas-goma; resinas mais moles, por exemplo, mira e ldano; blsamos, moderadamente moles, por exemplo, blsamo-do-peru, blsamo-de-tolu, copaba e estoraque; oleorresinas, materiais oleosos, por exemplo, terpenos; extratos de resinas, menos viscosos, por exemplo, ambrena. Todas estas substncias, quando preparadas para formulaes odorferas, so dissolvidas e maturadas por mtodos transmitidos pela tradio oral. Quando a soluo se faz a frio, a mistura denominada tintura. Quando se precisa de calor para a solubilizao, a mistura uma infuso. O lcool o solvente, algumas vezes auxiliado pelo benzoato de benzina ou pelo ftalato de dietila. O mais importante entre as gomas moles o ldano. As folhas de uma planta (esteva, Cistus sp.) que cresce na rea mediterrnea exsudam esta substncia pegajosa. O extrato desta goma tem um cheiro que lembra o do mbar cinzento e comercializado sob o nome de ambrena, tendo um valor fixador extremamente bom. Entre as resinas vegetais mais duras utilizadas em perfumaria, o benjoim a mais importante. Na histria primitiva da qumica orgnica, um cido isolado desta resina tornou-se conhecido como cido benzico, de onde se derivam os nomes de todos os benzo compostos da atualidade.

2.1.2.3. leos essenciais fixadoresAlguns leos essenciais so utilizados devido s suas propriedades fixadoras e tambm em virtude do odor que evolam. Os mais importantes entre eles so o leo de slvia (Salvia sclarea), de vetiver (Andropogun squarrosum), de patchuli (Pogostenum cablin), de ris europia (Iris florentina) e de sndalo (Santalum sp.). Estes leos tm o ponto de ebulio mais altos que os usuais (285 a 290C).2.1.2.4. Fixadores sintticos

Para substituir certos fixadores animais importados, usam-se alguns steres de ponto de ebulio elevado e comparativamente inodoros. Entre eles esto o diacetato de glicerina (259C), o ftalato de etila (295C) e o benzoato de benzila (323C). Outros sintticos so utilizados como fixadores, embora tenham um cheiro caracterstico particular, o qual contribui para o conjunto em que so misturados. Alguns deles so: benzoato de amila, feliacetato de fenetila, steres de lcool cinmico, steres de cido cinmico, acetofenona, almscar cetona, almpiscar ambreta, benzofenona, vanilina, cumarina, heliotropina, hidroxitronelal, indol e escatol.2.2. Substncias odorferasA maioria das substncias olorantes usadas em perfumaria enquadra-se numa das trs categorias: leos essenciais, substncias isoladas naturais e substncias sintticas ou semi-sintticas.2.2.1. leos essenciaisAs fragrncias caractersticas dos perfumes foram obtidas durante muito tempo exclusivamente a partir de leos essenciais extrados de flores, plantas, razes e de alguns animais selvagens. Esses leos receberam o nome de leos essenciais porque continham a essncia, ou seja, aquilo que confere planta seu odor caracterstico.

Embora os leos essenciais sejam ainda hoje obtidos a partir dessas fontes naturais, tm sido substitudos cada vez mais por compostos sintticos. Os qumicos j identificaram cerca de trs mil leos essenciais, sendo que cerca de 150 so importantes como ingredientes de perfumes. Para que possam ser usados com esse fim, os leos essenciais devem ser separados do resto da planta. As tcnicas usadas para isso baseiam-se em suas diferenas de solubilidade, volatilidade e temperatura de ebulio. A extrao por solventes, por exemplo, utiliza o solvente ter de petrleo (uma mistura de hidrocarbonetos) para extrair leos essenciais de flores. J o leo de eucalipto pode ser separado das folhas passando atravs delas uma corrente de vapor de gua (destilao por arraste de vapor).

Uma vez obtido um leo essencial, a anlise qumica permite identificar quantos e quais componentes esto presentes. Antes do advento das modernas de anlise de leos essenciais (cromatografia a gs, espectrometria de massa, ressonncia magntica nuclear, espectroscopia de infravermelho etc.), os qumicos identificavam quase exclusivamente o componente principal de um leo essencial. Hoje, possvel identificar todos os componentes de um leo, mesmo aqueles que esto presentes em quantidades mnimas. Alguns leos essenciais chegam a ter mais de 30 componentes. A Fig. 04 apresenta as frmulas dos principais componentes de alguns leos essenciais.

Fig. 04 - Principais componentes de alguns leos essenciais. Fonte: Dias e Silva (1996, p. 5). Podem ser definidos como leos volteis, odorferos, de origem vegetal (Fig. 05).

Fig. 05 leos essenciais importantes. Fonte: Brink e Shreve (2008, p. 399).Entretanto, deve-se distinguir entre os leos de flores naturais, obtidos por enfleurage ou por extrao por solvente, e os leos essenciais, obtidos por destilao. Os leos essenciais destilados podem no ter certos componentes, que no so suficientemente volteis ou que se perdem durante a destilao. Dois exemplos deste efeito so o leo de rosa, em que o lcool feniletlico perdido na poro aquosa do destilado, e o leo de flor de laranja, no qual o leo destilado contm somente uma pequena proporo do antranilato de metila, enquanto o leo obtido por extrao das flores pode conter at um sexto deste constituinte. Os leos essenciais, em princpio, pouco de dissolvem em gua, mas so solveis em solventes orgnicos. Muitas vezes, a solubilidade em gua suficiente para dar um odor intenso soluo, como o caso da gua de rosas e a gua de flor de laranja. Estes leos so muito volteis para que destilem inalterados na maior parte dos casos, e tambm so destilados a vapor. Podem ter colorao que vai do amarelo ao castanho at o incolor. Um leo essencial, usualmente, uma mistura de compostos, embora o leo de gaultria seja quase o salicilato de metila puro. Os ndices de refrao dos leos so elevados, chegando, em mdia, a 1,5. Os leos tm uma ampla faixa de atividade tica, dextrogira e levogira.

Os compostos que comparecem nos leos essenciais podem ser classificados da seguinte forma:

steres: principalmente dos cidos benzoico, actico, saliclico, cinmico;

lcoois: linalol, geraniol, citronelol, terpinol, mentol, borneol;

Aldedos: citral, citronelal, benzaldedo, aldedo cinmico, aldedo cumnico, vanilina;

cidos: benzoico, cinmico, mirstico, isovalrico em estado livre;

Fenis: eugenol, timol, carvacrol;

Cetonas: carvona, mentona, pulegona, irona, fenchona, tujona, cnfora, metilnonilcetona, metilptilcetona;

steres: cineol, ter interno (eucaliptol), anetol e safrol;

Lactonas: cumarina;

Terpenos: canfeno, pineno, limoneno, felandreno, cedreno;

Hidrocarbonetos: cimeno, estireno (fenileteno).

Nos vegetais vivos, os leos esto provavelmente relacionados com o metabolismo, com a fertilizao ou com a proteo contra inimigos. Qualquer parte das plantas, ou todas elas, pode conter o leo. Encontram-se os leos essenciais nos botes, nas flores, nas folhas, na casca, nos ramos, nos frutos, nas sementes, no lenho, nas razes, e nos rizomas; em algumas rvores resinosas aparecem nos exsudatos.So vrios mtodos de obteno dos leos volteis dos vegetais, so eles: Pensagem;

Destilao;

Extrao por solventes volteis;

Enfleurage;

Macerao.

A maior parte dos leos obtida por destilao, usualmente a vapor, mas alguns leos so afetados adversamente pela ao do calor. Os leos de laranja destilados so de qualidade inferior; por isso so obtidos por prensagem. Com algumas flores que no produzem leo por destilao, ou produzem-no deteriorado, usam-se os trs ltimos mtodos. A extrao por solventes volteis, que um processo relativamente moderno, superou a macerao (extrao a gordura quente) para todos os fins prticos e est substituindo a enfleurage. A extrao por solventes o processo tecnicamente mais avanado e fornece odores verdadeiramente representativos, sendo, porm, mais cara que a destilao.2.2.1.1. Destilao, usualmente a vapor

As folhas e capins so usualmente carregados no alambique, em qualquer preparao. As folhas e as razes suculentas e os raminhos so todos cortados em pequenos pedaos. Os materiais secos so pulverizados. As madeiras e as razes resistentes so cerradas em pequenos pedaos ou cortadas mecanicamente. As sementes e as amndoas passam por rolos convenientemente espaados para esmaga-las. As bagas so carregadas no estado natural, pois o calor da destilao provoca rapidamente a presso suficiente para romper o respectivo tegumento. Os alambiques empregados nas fbricas so em cobre, revestido de estanho ou em ao inoxidvel, com uma capacidade de 2270 litros. Tm condensadores de diferentes tipos, sendo mais eficientes os tubulares; dispem de um separador para dividir a camada oleosa da camada aquosa. Embora sejam usadas cestas removveis para conter o material a ser destilado, o melhor procedimento parece ser construir o alambique com uma chapa perfurada logo acima do fundo. Por debaixo deste falso fundo esto as serpentinas de vapor, as fechadas e as perfuradas. Na operao dos alambiques, aquecida pelo vapor nos tubos fechados e abertos, com o que se efetua a destilao econmica do vapor. A camada aquosa no condensado tem, muitas vezes, constituintes valiosos em soluo, como o caso na destilao das rosas e das flores de laranja; por isso, bombeada novamente no alambique, para constituir parte da gua necessria destilao. A destilao a vapor usualmente efetuada na presso atmosfrica. Quando os constituintes do leo so sujeitos hidrlise, o processo efeituado a vcuo. Boa parte da destilao dos leos essenciais feita no local da colheita, em alambiques muito rudimentares. Estes destiladores so barris de leo ou tachos de cobre equipados com tubos condensadores que passam por banhos arrefecedores de gua. O material e a gua so carregados no alambique e aquecidos por fogo direto embaixo, alimentado pelo material seco e extrado das destilaes anteriores. A eficincia baixa e o leo fica contaminado por produtos de pirlise, como a acrolena, a trimetilamina e substncias anlogas ao creosoto. Os leos crus obtidos dos alambiques sofrem, em alguns casos, antes do uso final, uma retificao a vcuo, ou uma cristalizao fracionada, ou uma lavagem com hidrxido de potssio, para remover os cidos livres e os compostos fenlicos, ou a remoo de aldedos e cetonas, desejveis ou indesejveis, mediante a formao de compostos de adio com bissulfetos, ou atravs da formao de produtos especficos insolveis.2.2.1.2. Prensagem

A prensagem a mquina pode dar um leo de composio quase idntica do produto prensado a mo. Entre os processos de prensagem manual, o processo da esponja o mais importante, pois o que produz o leo de melhor qualidade. O fruto cortado ao meio, e a casca recortada e remolhada em gua durante vrias horas. Cada casca comprimida contra uma esponja, que absorve o leo e periodicamente prensada. Por este mtodo, pode-se preparar 250 g de leo de limo por dia, mas o processo ainda praticado, especialmente na Silcia. 2.2.1.3. Enfleurage

O processo de enfleurage um processo de extrao por gordura a frio usado com alguns tipos de flores delicadas (jasmim, tuberosa, violeta, etc.), que no fornecem leo mediante a destilao. No caso especial do jasmim e da tuberosa, as flores colhidas continuam a produzir perfume, enquanto esto vivas (cerca de 24h), o que utilizado neste processo. A gordura, ou base, constituda por 1 parte de sebo e 2 partes de toucinho, a que se acrescentam 0,6% de benjoim, como preservativo. O processo realizado num chassi, que uma armao retangular de madeira, com 5 cm de altura, 50 cm de comprimento e 40 cm de largura, a qual suporta uma folha de vidro recoberta, em ambas as faces, pela mistura gordurosa. O chassi cheio pelas flores em cada 24 h, sendo as antigas retiradas mo, uma por uma. Os chassis so empilhados um sobre os outros, a fim de que formem um compartimento estanque ao ar. Ao termino das 8 a 10 semanas da colheita, a gordura, que no se renova durante o processo, est saturada pelo leo das flores. A gordura saturada denominada pomada. A pomada removida dos vidros e sofre uma extrao com lcool, para a recuperao do perfume. Esta soluo alcolica resfriada e filtrada, para a remoo da pequena quantidade de gordura dissolvida. A soluo alcolica o extrato, e o resduo da evaporao do solvente a enfleurage absoluta, semelhante aos produtos dos antigos processos de macerao. Os rendimentos dependem do leo e do mtodo. A partir de 4.500Kg de material virgem, os rendimentos podem ir de 155g de leo de violeta a 816 kg de leo de cravo.2.2.1.4. Extrao por solventes volteis

O fator mais importante no sucesso desta prtica a escolha do solvente. preciso que o solvente seja seletivo, isto , dissolva rpida e completamente os componentes odorferos, mas apenas um mnimo de matria inerte; tenha um baixo ponto de ebulio; seja quimicamente inerte frente aos leos; evapore-se completamente sem deixar qualquer resduo oloroso; seja barato e, se possvel, no inflamvel. Usam-se diversos solventes, mas o que tem maior sucesso o ter de petrleo superpurificado, seguido pelo benzeno. O ter de petrleo especialmente preparado mediante retificaes repetidas e tem um ponto de ebulio que no mais elevado que 75C. Quando se usa o benzeno, a purificao feita por cristalizao repetida. O equipamento de extrao complicado e relativamente caro. Consiste em alambiques para fracionar o solvente, baterias de extrao das flores e alambiques para concentrar as solues de leos florais. Os extratores usados so do tipo estacionrio ou rotatrio.

No processo rotatrio, o leo extrado em contracorrente. Os tambores com 350 gales (1330 l), e tambm camisa de vapor, giram em torno de um eixo horizontal e so divididos em compartimentos por chapas perfuradas situadas em ngulo reto com seu eixo. No primeiro tambor so colocadas 136 kg de flores, juntamente com 150 gales (570 l) de ter de petrleo que j passou pelos outros dois tambores. O tambor e seu contedo giram durante uma hora a frio e cerca de meia hora adicional com vapor na camisa. O solvente saturado bombeado para o alambique de recuperao e as flores so tratadas mais duas vezes, a segunda vez com o solvente que j efetuou uma extrao e a ltima pelo solvente virgem do alambique de destilao. As flores extradas so tratadas a vapor, para a recuperao do solvente aderente. Cerca de 90% do solvente so evaporados presso atmosfrica, e o restante removido a vcuo. Depois de o solvente ser removido, em qualquer dos processos, o resduo semisslido contm o leo essencial, juntamente com as ceras, resinas e matria corante dos botes. Esta massa pastosa o concreto. Por seu turno, ela tratada com lcool a frio, no qual a maior parte da cera e da resina insolvel . A pequena quantidade de material indesejvel que se dissolve removida por resfriamento da soluo a 20C e filtragem. O lquido resultante contm o leo essencial e parte dos corantes da flor solveis em ter; conhecido como extrato. Quando o lcool tiver sido removido, o resduo o absoluto.

Em alguns leos, grande a quantidade de terpenos. Isto especialmente verdade no caso dos leos de limo e de laranja, que tm at 90% de d-limoneno na composio normal. Os terpenos e sesquiterpenos no s tm valor muitssimo pequeno para a fora e o carter dos leos, mas tambm oxidam-se e polimerizam-se com rapidez, quando em repouso, formando compostos que tm o cheiro forte de terebintina. Alm disso, os terpenos so insolveis nas baixas concentraes de lcool usados nos solventes e formam solues turvas, que s so clarificadas com grande dificuldade. Por isso, desejvel remover, de muitos leos, os terpenos e sesquiterpenos. Depois da extrao, o leo, o de laranja, por exemplo, 40 vezes mais forte que o original e forma soluo lmpida no lcool diludo. O leo tem agora tendncia muito pequena a ranar, embora no tenha todo o frescor do leo original. Estes leos tratados so classificados como livres de terpenos e sesquiterpenos (em ingls, pela sigla TSF). Em virtude de cada leo ter uma composio diferente, a desterpenao requer um processo especial. Esto envolvidos dois mtodos: a remoo dos terpenos, dos sesquiterpenos e das parafinas por destilao fracionada a vcuo, ou extrao de compostos oxigenados mais solveis (principalmente odorferos) pelo lcool diludo ou por outros solventes.

Diante da natureza complexa de muitos leos essenciais e do preo elevado que alcanam, grande a adulterao, ou falsificao, que se pratica. Na maior parte dos casos, as adies so extremamente difceis de detectar, pois, sempre que possvel, usa-se uma mistura de adulterantes que no altera as constantes fsicas do leo. Os agentes comuns usados so o lcool, o leo de cedro, a terebintina, os terpenos, os sesquiterpenos e as fraes leves do petrleo. O advento de muitos steres do glicol e do glicerol no mercado aumentou a dificuldade de deteco, pois estes compostos so incolores e praticamente inodoros; combinados apropriadamente, podem similar quase que quaisquer especificaes de densidade e de ndice de refrao, igualando-se aos leos que pretendem adulterar. O leo de rosas adulterado com geraniol ou por uma mistura de geraniol e citronelol; o leo de gaultria e o de btula so misturados com grandes quantidades de salicilato de metila sinttico; o leo de limo muitas vezes diludo consideravelmente com o citral, do leo do capim-limo.2.2.2. IsoladosSo compostos qumicos puros cuja fonte um leo essencial ou outro material natural perfumado. Exemplos notveis so o eugenol, do leo de cravo-da-ndia, o pineno, da terebintina, o anetol, do leo de anis e o linalol, do leo de linaloa (e do leo de pau-rosa).2.2.3. Sintticos e semissintticos usados em perfumes e agentes spidos crescente o nmero de constituintes importantes dos perfumes e dos aditivos spidos que se fazem mediante os procedimentos qumicos usuais. Mais de 50% das fragrncias usadas nos perfumes modernos so provenientes de composies contendo sintticos baratos. Alguns constituintes so sintetizados quimicamente a partir de um isolado ou de outros materiais naturais e classificados como semissintticos. Exemplos so a vanilina, preparada do eugenol do leo de cravo-da-ndia; a ionona, do citral do leo do capim-limo; e os terpineis, da terebintina e do leo de pinho. 2.2.3.1. Processos de condensaoA cumarina ocorre na fava-de-cheiro (cumaru) e em outras 65 plantas, mas sua fonte econmica de natureza sinttica. Era empregada para reforar o gosto da vanilina, como fixador e agente reforador de leos essenciais e produtos de tabaco, e para mascarar os cheiros desagradveis de produtos industriais. O produto sinttico pode ser preparado de diversas maneiras. Um mtodo utiliza a reao de Perkin:

Fig. 06 Sntese da cumarina atravs do aldedo saliclico, anidrido actico e o acetato de sdio.

Fonte: Brink e Shreve (2008, p. 402).O aldedo saliclico, o anidrido actico e o acetato de sdio so refluxados entre 135 a 155C. A mistura reacional resfriada e lavada. A cumarina recuperada por extrao a solvente ou por destilao. Outros mtodos importantes de preparao da cumarina partem do o-cresol, ou baseiam-se na sntese de Hassmann-Reimer, em que se produz a cumarina-3-carboxlico como intermedirio. Anualmente, produz-se mais de um milho de libras.

O xido, ou ter, de difenila amplamente usado nas indstrias de sabo e perfume em virtude da sua grande estabilidade e forte cheiro de gernio. O xido de difenila obtido como subproduto da fabricao do fenol, a partir do clorobenzeno e da soda custica.Fig. 07 Sntese do ter de difenila que obtido como subproduto da fabricao do fenol. Fonte: Brink e Shreve (2008, p. 402).

A ionona e seus homlogos possuem um odor do tipo violeta, e servem de base para os perfumes de violeta. Entretanto, estes compostos so indispensveis nos perfumes finos, e somente alguns poucos no contm pelo menos uma pequena porcentagem de iononas. Anualmente, cerca de 227000 kg so produzidas. Em virtude do elevado preo do leo natural de violeta, este foi um dos primeiros leos essenciais sintetizados, embora tenha sido descoberto, posteriormente, em certas plantas pouco conhecidas. As propriedades olfatrias do ionona so devidas presena da dl--ionona e da -ionona. Sua fabricao envolve duas etapas: primeiro, prepara-se a pseudo-ionona pela condensao do citral obtido a partir do leo de capim-limo. Esta condensao seguida pelo fechamento cido do anel; a ionona comercial purificada, ento, por destilao. As iononas comerciais so em geral misturadas, com uma das formas predominando, embora se faam, algumas vezes, separaes mediante composto de bissulfito.

Fig. 08 Sntese da ionona.

Fonte: Brink e Shreve (2008, p. 403).

O aldedo cinmico tem um cheiro de canela. Oxida-se ao ar a cido cinmico e, por isso, deve ser protegido contra a oxidao. Este aldedo a partir do leo de canela do Ceilo ou da China, mas tambm pode ser sintetizado pela ao de um lcali sobre a mistura de benzaldedo e de acetaldedo pela condensao. A produo cerca de 363000 kg anuais.Fig. 09 Fluxograma de produo do aldedo cinmico. Fonte: Brink e Shreve (2008, p. 404).

Este, como a maioria dos produtos olerosos, deve ser purificado mediante fracionamento a vcuo, por exemplo.

Fig. 10 Equipamento de fracionamento a vcuo e alta temperatura. Fonte: Brink e Shreve (2008, p. 405).2.2.3.2. Processos de esterificao

O benzoato de benzila tem um leve cheiro aromtico, ferve entre 323C e 324C, e um fixador e agente spido. Ocorre, naturalmente, em blsamos (blsamos-do-peru, blsamos-de-tolu), mas preparado industrialmente pela esterificao do cido benzoico pelo lcool benzlico ou pela reao de Cannizzaro com o benzaldedo. Nas indstrias de perfumes e de sabores, so importantes industrialmente dois steres do cido saliclico. Usam-se usualmente cerca de 159000 Kg de salicilato de amila em diversos perfumes, graas sua permanente qualidade e ao seu baixo preo. Carca de 1,8 milho de quilogramas de salicilato de metila (leo sinttico de gaultria) so consumidos anualmente como ingrediente spido, Estes steres so preparados da seguinte forma: o dixido de carbono e o fenato de sdio reagem sob presso, para dar o sal do cido fenilcarbnico. Este sal isomerizado a salicilato de sdio pelo aquecimento entre 120-140C. Os steres so feitos a partir do cido e do lcool apropriado.O acetato de benzila (C6H5CH2OCOCH3) outro ster amplamente usado em virtude de seu baixo custo e cheiro floral. Vendem-se anualmente cerca de 453000 Kg para os perfumes de sabes e perfumes industriais. preparado pela esterificao do lcool benzlico, mediante o aquecimento com anidro actico em excesso, ou com cido actico e cidos minerais. O produto purificado pelo tratamento com cido brico e destilado, ficando uma pureza acima de 98%. So usadas grandes quantidades de lcool benzlico em produtos farmacuticos, lacas, etc. (na ordem de 1,8 milho de Kg anuais). Este lcool tem um cheiro muito mais fraco que os seus steres. feito pela hidrlise do cloreto de benzila.

2.2.3.3. Processos de Grignard

O lcool feniletlico tem um cheiro de rosas e ocorre nos leos volteis de rosa, de flor de laranjeira e de outras flores. um lquido oleoso muito usado nas formulaes dos perfumistas sendo vendido anualmente mais de 453000 Kg. O lcool feniletlico pode ser feito por diferentes procedimentos; usa-se em geral a reao de Grignard: Fig. 11 Reao de Grignard. Fonte: Brink e Shreve (2008, p. 404).Na Fig. 12, esquematiza-se o fluxograma da reao de Friedel-Crafts, de acordo com:

Fig. 12 lcool feniletlico formado pela reao de Friedel-Crafts. Fonte: Brink e Shreve (2008, p. 406).2.2.3.4. HidrogenaoA Fig. 13 mostra a obteno do citronelal a partir do citronelol pela hidrogenao a nquel Raney, a 14 atm.

Fig. 13 Hidrogenao sob presso de 14 atm para converter o citronelal a citronelol. Fonte: Brink e Shreve (2008, p. 406).2.2.3.5. Processos de nitraoOs almscares artificiais compreendem diversos produtos que no so idnticos ao almscar natural, cujo cheiro devido a compostos macrocclicos. Os almscares nitrados so substitutos econmicos para este fixador natural, bastante caro, e fabricam-se anualmente mais de 91000 Kg apenas de almscar xileno. As reaes de fabricao de trs almscares de importncia industrial so as seguintes:

Fig. 14 - Snteses dos almscares ambreta e xileno, respectivamente. Fonte: Brink e Shreve (2008, p. 405).2.2.3.6. Processos de oxidaoA vanilina um dos agentes spidos mais amplamente utilizados, sendo fabricado mais de 680000 kg anualmente. usada como aditivo spido e na desodorizao de produtos manufaturados. Na sua fabricao, adotam-se diversos processos, entre os quais so mais empregados os seguintes:

A partir do eugenol do leo de cravo-da-ndia, por intermedirio do isoeugenol, seguido pela oxidao a vanilina, usando-se o nitrobenzeno como agente oxidante:

Fig. 15 Sntese da vanilina.

Fonte: Brink e Shreve (2008, p. 406). A partir da lignina, mediante um cozimento alcalino, sob presso de 9 a 4 atm, durante 0,5 a 1 h do sal de clcio do cido lignossulfnico. A vanilina purificada mediante o bissulfito de sdio e a extrao pelo benzeno ou pelo isopropanol, como mostra na figura abaixo:

Fig. 16 Vanilina a partir da lignina. Fonte: Brink e Shreve (2008, p. 407). A partir do fenol ou do o-cloronitrobenzeno, mediante o guaiacol, seguido pelo procedimento sinttico usual.A heliotropina, ou piperonal, tem um cheiro aromtico agradvel, parecido com o do heliotrpio. obtida a partir do safrol, pelas seguintes reaes:

Fig. 17 Sntese da heliotropina a partir do safrol.

Fonte: Brink e Shreve (2008, p. 407).A sacarina (o-benzossulfimida) um composto aproximadamente 500 vezes mais doce que o acar. amplamente usado pelos diabticos, nas bebidas e alimentos dietticos. Fabrica-se a sacarina mediante as seguintes reaes, com um rendimento de 90% na ltima etapa.Fig. 18 Sntese da sacarina a partir do tolueno. Fonte: Brink e Shreve (2008, p. 408).Numa outra sntese, a partir do cido antranlico, afirma-se que o produto obitdo tem um gosto residual menos amargo.

Fig. 19 Sntese da sacarina a partir do cido antranlico. Fonte: Brink e Shreve (2008, p. 408).2.3. Formulao de perfumesUm exemplo real de um perfume composto, semelhante a um produto muito vendido, mostra os diversos componentes discutidos neste trabalho ( fig. ??) e apresenta o respectivo emprego num produto compsito.

Fig. 20 Composio de um perfume.

Fonte: Brink e Shreve (2008, p. 409).As fragrncias bsicas provm dos eugenis, da metilionona e do leo de tangerina. Embora a formulao dada no quadro tenha um nmero pequeno de compostos, um nico perfume pode conter de 50 at 100 compostos e subcompostos diferentes; na verdade, podem-se usar at 300 ingredientes. Para a produo de perfumes, existem aproximadamente 500 leos naturais e 3000 sintticos.2.4. Qualidade do perfume

A maioria das fbricas de perfume americanas nas fabricas as prprias essncias; usualmente, elas importam os leos florais naturais e obtm os sintticos por encomendas s firmas de aromticos. medida que a habilidade e os recursos do perfumista aumentam, com a experincia e a pesquisa, desenvolvem-se novos equipamentos para identificar os componentes de um perfume, mesmo em quantidade de ordem de traos; pertencem a esta categoria os espectrgrafos a infravermelho e a ultravioleta e os cromatgrafos em fase vapor. Eventualmente, esta instrumentao ser aperfeioada para acelerar o processo de produo, mas costumeiro se considerar o olfato do perfumista como o rgo mais discriminativo para se atingir a uma mistura criativa de ingredientes exticos. A qualidade elevada de partida assegurada rotineiramente por ensaios padronizados como a densidade, atividade tica, ndice de refrao, nmero cido e nmero de ster. Desde que se tenha at a o sucesso, preciso que o nome, a embalagem e a comercializao sejam perfeitamente adaptados ao produto.

O efeito psicolgico dos odores usado com xito, para aumentar o apelo ao consumidor. A mercadoria perfumada vende muito mais, e por larga margem, que a sua anloga inodora. 3. Concluso

O presente trabalho mostrou a importncia das indstrias qumicas orgnicas, em especfico, as de perfumaria, aromatizantes e aditivos alimentares que desempenham papis de grande relevncia comercial, industrial, em pesquisa laboratorial e na participao que elas trazem para a vida cotidiana.Uma formulao de perfume bem elaborada requer um conhecimento vasto sobre matrias-primas e suas respectivas reaes qumicas. Para tanto existe o perfumista que consegue usar a fantasia e o olfato para criar fragrncias refrescantes, sedutoras, acolhedoras, que despertem sentimentos ou aumentam a autoestima das pessoas.

A qumica dos perfumes, aromatizantes e aditivos alimentares uma atividade econmica crescente e importante fonte de renda para muitos pases.4. Referncias bibliogrficasSHEREVE, R.N., BRINK JR., J.A. Indstria de processos qumicos. Traduo por Horcio Macedo. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 2008, p. 396-413.DIAS, S. M., SILVA, R. R. Perfumes: uma qumica inesquecvel. Disponvel em: < http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc04/quimsoc.pdf>. Acesso em: 26 maio 2012.CONSTRUINDO inovando. A importncia da qumica orgnica na indstria. Disponvel em: . Acesso em: 26 maio 2012.BARROS, A. L. N. Anlise de perfumes. Disponvel em: . Acesso em: 26 maio 2012.

EMBED Excel.Sheet.12

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Plan1

ComponenteGramasComponentesGramas

leos essenciais:Sintticos:

leo de sndalo10Cumarina27.5

leo de tangerina117.5Vanilina(do guaiacol)20

leo de ilangue-ilangue40Acetato de benzila 30

leo de Laranja azeda10Oleoresina, oppanax2.5

leo de flor de laranja10Blsamos (resinides):

Atar de rosas15Tolu5

Absoluto de jasmim20Peru7

Isolados:Benjoim70

Eugenol (do leo de cravo da ndia)90Fixador animal, tintura de castreo a 1:1012.5

Santalol (do sndalo)15Fixadores sintticos:

Semi-sintticos:Almscar cetona32.5

Isoeugenol (do eugenol)110Almscar ambreta12.5

Heliotropina (do safrol)15Veculo, lcool etlico450 Kg

Metilionona (do citral)237.5