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CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCÍNIO FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA ENGENHARIA MECATRÔNICA ANDRÉ ORLANDINI DIEGO COMPRI FERNANDO HELLMEISTER FREDERICO DE OLIVEIRA SISTEMA SUPERVISÓRIO DE PRESSÃO: SALA DE GASES PADRÕES DO LABORATÓRIO DE EMISSÕES Salto, SP 2012

Trabalho de Conclusão de Curso

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Trabalho de Conclusão de Curso:SISTEMA SUPERVISÓRIO DE PRESSÃO

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Page 1: Trabalho de Conclusão de Curso

CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCÍNIO

FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA

ENGENHARIA MECATRÔNICA

ANDRÉ ORLANDINI

DIEGO COMPRI

FERNANDO HELLMEISTER

FREDERICO DE OLIVEIRA

SISTEMA SUPERVISÓRIO DE PRESSÃO:

SALA DE GASES PADRÕES DO LABORATÓRIO DE EMISSÕES

Salto, SP

2012

Page 2: Trabalho de Conclusão de Curso

ANDRÉ ORLANDINI

DIEGO COMPRI

FERNANDO HELLMEISTER

FREDERICO DE OLIVEIRA

SISTEMA SUPERVISÓRIO DE PRESSÃO:

SALA DE GASES PADRÕES DO LABORATÓRIO DE EMISSÕES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Engenharia Mecatrônica da Universidade

Nossa Senhora do Patrocínio como requisito

parcial à obtenção do título de Engenheiro

Mecatrônico.

Professor orientador: Jorge Antônio

Vaz Guerra.

SALTO, SP

2012

Page 3: Trabalho de Conclusão de Curso

ANDRÉ ORLANDINI

DIEGO COMPRI

FERNANDO HELLMEISTER

FREDERICO DE OLIVEIRA

SISTEMA SUPERVISÓRIO DE PRESSÃO:

SALA DE GASES PADRÕES DO LABORATÓRIO DE EMISSÕES

Trabalho de Conclusão do Curso apresentado à

banca examinadora do “Centro Universitário Nossa

Senhora do Patrocínio”, como requisito parcial par

a obtenção do Grau de Bacharel em Engenharia

Mecatrônica.

Professor Cássio Donizete Marques, Jorge Antônio

Vaz Guerra e Carlos Eduardo Hellmeister.

Aprovado em _ _ / _ _ / _ _

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________________

Professor Cássio Donizete Marques – Orientador Metodológico

CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATRCÍNIO

__________________________________________________________

Professor Jorge Antônio Vaz Guerra – Orientador Temático

CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATRCÍNIO

__________________________________________________________

Professor Carlos Eduardo Hellmeister – Orientador Temático

CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATRCÍNIO

Page 4: Trabalho de Conclusão de Curso

Ao Professor Cássio por sanar inúmeras

dúvidas na elaboração deste trabalho, aos

nossos pais e a todos os amigos que

compreenderam a nossa ausência em

inúmeros finais de semana afastados

decorrentes dos estudos.

Page 5: Trabalho de Conclusão de Curso

“O Engenheiro nunca desiste”

Jackson Tsukada

Page 6: Trabalho de Conclusão de Curso

RESUMO

A confiabilidade do sistema aplicado no processo industrial é de suma

importância para a obtenção da qualidade final do produto e na redução de

desperdícios, que estão relacionados conseqüentemente com o custo empregado no

produto final oferecido aos clientes. Assim, este trabalho proposto visa melhorar o

processo no laboratório de emissões de uma empresa automobilistica, no qual

possui uma deficiência de monitoramento em seu processo de gases padrões, no

qual são utilizados para a realização da comparação dos gases emitidos pelos

veículos automotores. Este processo existente exige a atenção dos técnicos, pois

caso falte o gás padrão para a comparação da amostra emitida, os testes são

perdidos causando atrasos nos cronogramas de projetos e obtendo custos

desnecessários decorrentes de retrabalhos.

Tendo como objetivo a redução de falhas humanas no processo e tornar o

sistema mais confiável, propõe-se neste trabalho acadêmico um sistema de

supervisão para monitorar o processo a distância, onde os gases padrões poderão

ser supervisionados dentro da sala de controle pelos operadores que terão

constantemente os níveis de pressão de todos os casos em uma interface dedicada.

Este processo de monitoramento dos gases proposto trará grandes benefícios

ao processo como um todo, comparando com o monitoramento manual, pois além

de torná-lo mais confiável ele eliminará etapas na rotina dos técnicos, os quais, não

mais necessitarão realizar monitoramento contínuo, pois o sistema supervisório

proposto informará o instante exato para a troca do gás, pois monitorará

constantemente a pressão dos cilindros informando com alerta visual na interface

dos operadores. Assim, os técnicos que realizam o monitoramento manual

atualmente poderão aplicar suas habilidades em outras atividades do processo.

Palavras chave: Gases padrões; Sistema de supervisão; Monitoramento; Confiável.

Page 7: Trabalho de Conclusão de Curso

ABSTRACT

The reliability of the system applied in the industrial process is of paramount

importance to obtain the final product quality and reducing waste, which are

consequently related to the appointed cost in the final product offered to customers.

This work aims to improve the process in the laboratory of a company automobilistica

emissions, which has a deficiency in its monitoring process gases patterns, which are

used to perform the comparison of the gases emitted by motor vehicles. This existing

process requires the attention of technicians, because if lacks the standard gas for

the comparison of sample issued, the tests are lost causing delays in the schedules

of projects and getting unnecessary costs deriving from the rework required.

Our objective is to reduce human error in the process and make the system

more reliable, so we are proposing in this academic work a supervision system to

monitor the process of a determined distance, in which the standard gases will can

be supervised inside the control room by the operators who will have, constantly, the

pressure levels of all the cases in a dedicated interface.

This monitoring process of the gases proposed, will bring great benefits to the

process as a whole, compared with the manual monitoring, because besides making

it more reliable, it will eliminate steps in the technicians’ routine who won’t need to do

continuous monitoring, because the proposed supervisory system will inform the

exact instant for gas exchange, because it will be constantly monitoring the pressure

of the cylinders informing with visual alert in the interface of the operators. Therefore,

the technicians who are currently performing manual monitoring, can now to apply

their skills in other activities in the process.

Keywords: standard gases. Supervisory system. Monitoring; Reliable

Page 8: Trabalho de Conclusão de Curso

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01. Conversor catalítico ................................................................................. 21

Figura 02. Funcionamento do laboratório de emissões ........................................... 23

Figura 03. Degraus gerados pela conversão analógica para digital ........................ 27

Figura 04. Comparação de um conversor de 4 bits e 8 bits ..................................... 28

Figura 05. Demonstração da curva linear ideal ........................................................ 29

Figura 06. Topologia Anel ........................................................................................ 30

Figura 07. Topologia Estrela .................................................................................... 31

Figura 08. Topologia Barramento ………………………………………………….…… 31

Figura 09. Cabo de pares Trançados ....................................................................... 32

Figura 10. Transmissão Half-duplex e Full-duplex ................................................... 32

Figura 11. Transdutor de pressão modelo 3PP6-12 ................................................ 38

Figura 12. Inserindo o chicote ao transdutor de pressão ......................................... 39

Figura 13. Curva de referência do Transdutor de pressão ....................................... 40

Figura 14. Conversor analógico para digital ............................................................. 41

Figura 15: Dimensionamento físico do conversor analógico para digital ................. 42

Figura 16. Funcionamento do módulo 7017 ............................................................ 43

Figura 17. Módulo 7561 - Conversor de sinal RS-485 para USB ............................ 44

Figura 18. Funcionamento do módulo 7561 - conversor RS-485 para USB ............ 44

Figura 19. Fonte modelo IP-24AC alimentando os módulos 7017 e 7561 .............. 45

Figura 20. Fonte de alimentação 5 volts ................................................................. 46

Figura 21. Configuração do sistema supervisório ................................................... 47

Figura 22. Interface digital do Sistema Supervisório ................................................ 47

Figura 23. Visualização de todo processo pelo galvanômetro ................................. 48

Figura 24. Tabela de amostragem das pressões ................................................... 49

Figura 25. Consumo dos gases graficamente .......................................................... 49

Figura 26. Alarmes do sistema supervisório ........................................................... 50

Page 9: Trabalho de Conclusão de Curso

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01. Emissão de monóxido de carbono no Brasil .......................................... 19

Gráfico 02. Testes de emissões perdidos ................................................................ 51

Page 10: Trabalho de Conclusão de Curso

LISTA DE TABELAS Tabela 01.Gases na atmosfera ............................................................................... 16

Tabela 02. Limites de emissões .............................................................................. 18

Page 11: Trabalho de Conclusão de Curso

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

A – Área

A – Argônio

A/D – Analógico para digital

AC – Corrente Continua

CH4 – Metano

CHO – Aldeídos

CO2 – Monóxido de carbono

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente

CPU – Unidade central de processamento

F – Força

g/km – gramas por quilometro

H2 – Hidrogênio

He – Hélio

HTML – Linguagem de Marcação de Hipertexto

HTTP – Protocolo de Transferência de Hipertexto

IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

IP – Protocolo de Internet

Kbps – Quilobit por segundo

Kg – Quilograma

Kr – criptônio

Mbps – megabits por segundo

mg/m³ – Miligrama por metro cúbico

MHz – Mega Hertz

MPA – Mega pascal

N2 – Nitrogênio

N2O – Óxido nitroso

Ne – Neônio

O2 – Oxigênio

P – Pressão

Pa – Pascal

PLC – Controlador lógico programável

PPM – Partículas por milhão

Page 12: Trabalho de Conclusão de Curso

PROCONVE – Programa de controle de emissões veiculares

PSI – Libra por polegada quadrada

RS – Recommended Standard

RTU – Remote terminal unit

SCADA – Sistemas de Supervisão e Aquisição de Dados

SI – Sistema internacional

TCP – Protocolo de Controle de Transmissão

USB – Universal Serial Bus

VDC – Tensão contínua

Xe – Xenônio

Page 13: Trabalho de Conclusão de Curso

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 14

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 16

2.1 Gases na atmosfera ........................................................................................... 16

2.1.1 Emissão de poluentes veiculares .................................................................... 17

2.1.2 Monóxidos de Carbono ................................................................................... 18

2.1.3 Óxidos de Nitrogênio (Nox) ............................................................................. 19

2.1.4 Hidrocarbonetos .............................................................................................. 20

2.2 Conversores catalíticos ...................................................................................... 20

2.3 Laboratório de emissões .................................................................................... 21

2.4 Pressão .............................................................................................................. 23

2.4.1 Pressões dos Gases ....................................................................................... 23

2.4.2 Manômetros ..................................................................................................... 24

2.4.3 Sensores ......................................................................................................... 24

2.4.4 Sensores de pressão ....................................................................................... 25

2.4.5 Transdutores de pressão ................................................................................. 25

2.5 Conversões de sinais analógicos para digitais ................................................... 26

2.5.1 Resolução ........................................................................................................ 27

2.5.2 Velocidade de amostragem ............................................................................. 28

2.5.3 Linearidade ...................................................................................................... 29

2.6 Redes de automação ......................................................................................... 29

2.6.1 Especificações de uma rede de automação .................................................... 30

2.6.2 Protocolos ........................................................................................................ 33

2.6.2.1 Protocolo RS-485 ......................................................................................... 33

2.6.2.2 Protocolo Universal Serial Bus ..................................................................... 34

2.7 Sistemas Supervisorios ...................................................................................... 34

2.7.1 Historia dos Sistemas Supervisorios ............................................................... 35

2.7.2 Componentes Físicos de um Sistema Supervisorio ........................................ 35

2.7.3 Comunicação de um Sistema Supervisorio ..................................................... 36

3 CARACTERÍSTICAS DO PROJETO .................................................................... 38

3.1 Transdutores de pressão ................................................................................... 38

Page 14: Trabalho de Conclusão de Curso

3.2 Módulo conversor de sinal analógico para digital ............................................... 40

3.3 Módulo conversor de protocolo RS-485 para USB ............................................ 43

3.4 Fonte de alimentação dos módulos .................................................................... 44

3.5 Fonte de alimentação dos transdutores de pressão .......................................... 45

3.6 Sistemas supervisorios ....................................................................................... 46

3.7 Custo aplicado no projeto ................................................................................... 50

3.8 Melhorias adquiridas decorrentes da implementação do projeto ....................... 51

CONSIDERAÇÔES FINAIS ..................................................................................... 52

REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 53

ANEXOS ................................................................................................................... 54

Page 15: Trabalho de Conclusão de Curso

14

1. INTRODUÇÃO

A Revolução Industrial ocorrida no século XVIII no continente europeu

transpôs diversas conseqüências e evoluções para o mundo, demonstrando os

benefícios tecnológicos dispostos em uma corporação proporciona vantagens

produtivas. Assim a competitividade no mercado através de metas e lucros

superiores a cada ano, é orientada com avanços tecnológicos onde os investimentos

empregados na fabricação do produto são concebidos pelo menor tempo que o

produto é fabricado, pelo processo automatizado em que a repetição da qualidade

do produto é continua e com falhas esporádicas e conseqüentemente a redução de

retrabalhos no processo que é um dos fatores que mais gera desperdício e custos

desnecessários.

O projeto sistema de supervisão de pressão na sala de gases padrões do

laboratório de emissões, será implementado em um laboratório de uma empresa

automobilistica situada em Indaiatuba, com ituito de proporcionar os beneficios de

um processo automatizado, no qual o processo atual de monitoramento de pressão

de gases é efetuado manualmente por técnicos que muitas das vezes tem seu

tempo desperdiçado pelo deslocamento e pela verificação de diversos manômetros

de diferentes tipos de gases padrões.

A automação proposta foi visualizada com a necessidade de melhorar o

processo e transformá-lo mais confiável, evitando falhas humanas na leitura e

interpretação da pressão obtida nos cilindros utilizados como referência para

calibração de analisadores de gases. O projeto propõe também reduzir tempo no

processo, eliminando o tempo gasto atualmente de deslocamento dos técnicos para

a sala de gases padrão e o de analise das pressões nos manômetros,

transformando este processo em uma visualização online de todas as pressões em

uma única “janela” de interface em um computador não dedicado para este fim, já

situado na sala de controle. Contudo o mesmo possibilitará maior capacidade de

testes a serem realizados no laboratório de emissões, assim obtendo mais dados

para desenvolvimento de novos produtos com qualidade.

Neste projeto, observando a situação em nosso mercado competitivo de

extrema concorrência onde o custo final ao consumidor interfere diretamente ao

sucesso do produto ou projeto, assim foi empregado o dimensionamento ideal de

material evitando custos desnecessários, porém de qualidade reconhecida, assim

Page 16: Trabalho de Conclusão de Curso

15

podendo oferecer um projeto de baixo custo e obter grandes benefícios. A

automação proposta reduzirá o tempo do processo de verificação e controle de

pressão dos gases, assim reduzindo o custo no processo e possibilitando maior

tempo disponível para que a empresa e financiadora do projeto execute testes de

desenvolvimento de veículos com qualidade superior com as demais empresas do

seguimento.

Page 17: Trabalho de Conclusão de Curso

16

2. ESTUDO DOS GASES 2.1. Gases na atmosfera

De acordo com Mano, Pacheco e Bonelli (2005), a atmosfera é composta por

uma massa gasosa que envolve o nosso planeta Terra, no qual existem quatro

camadas que a divide, onde as camadas se diferenciam pela temperatura, pressão e

composição química. A camada que esta em contato com a superfície terrestre é a

troposfera, no qualsua espessura varia entre oito a vinte quilômetros dependendo da

localização no globo terrestre. A massa da troposfera constitui cerca de noventa e

dois por cento no volume da atmosfera, onde possuímos dois gases com maior

concentração que são eles nitrogênio e oxigênio que estão na proporção de

aproximadamente setenta e oito por cento o nitrogênios e vinte e um por cento de

oxigênio, conforme mostra tabela 01.

Nome Formula % (porcentagem) PPM

Nitrogênio N2 78.08 -

Oxigênio O2 20.94 -

Argônio A 0.85 -

Dióxido de Carbono CO2 0.03 -

Neônio Ne - 18.18

Hélio He - 5.24

Metano CH4 - 2.00

Criptônio Kr - 1.14

Hidrogênio H2 - 0.50

Oxido de Nitrogênio N2O - 0.50

Xenônio Xe - 0.09

Outros 0.10 2.35

Tabela 01. Gases na atmosfera

Fonte tabela 1: (MANO, PACHECO e BONELLI, 2005, p.27)

Page 18: Trabalho de Conclusão de Curso

17

2.1.1 Emissão de poluentes veiculares

Segundo o PROCONVE1,, a análise do crescimento da frota brasileira de

veículos automotores nas últimas décadas tornou-sedeterminante a elaboração de

um plano para reduzir e controlar os níveis de emissões dos principais poluentes

veiculares, entre eles o monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (Nox),

hidrocarbonetos (HC) e aldeídos (CHO). Tendo em consideração que o gás dióxido

de carbono (CO2) apesar de não ser controlado com normas regulamentadoras

devido à sua baixa toxidade, deve ser levado em consideração, pois compõe

contribui para o efeito estufa.

Com a analise do crescimento da frota brasileira foi elaborado na data 06 de

maio de 1986, a Resolução nº18 do Conselho Nacional do Meio Ambiente

(CONAMA) desenvolveu o Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos

Automotores (PROCONVE), coordenado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e

dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), onde foi estabelecido os primeiros

limites de emissão para veículos leves. Porém a obrigatoriedade foi estabelecida

apenas na data de 28 de outubro de 1993 com a lei nº 8.723 no intuito de reduzir os

níveis de emissão dos poluentes de origem veicular e induzir o desenvolvimento

tecnológico de motores mais econômicos, tendo base que o consumo do veiculo

esta diretamente relacionado com a emissão de seus poluentes gerado pela queima

do combustível com o ar que entra no motor, realizando a função desejada que seria

a explosão nos cilindros do motor.

As exigências estabelecidas no controle de emissão de poluentes de veículos

automotores são aferidas por meio de ensaios padronizados em dinamômetro com

combustíveis referenciados e percurso previamente determinados e padronizados.

O PROCONVE também requera certificação de veículos protótiposcom

acompanhamento estatístico, até chegarmos nafasede produção, os veículos

encontrados em desconformidade dos veículos não homologados é tem sua

proibição da comercialização.

A homologação de protótipos veiculares é a maior responsabilidade atribuída

ao PROCONVE, no qual impõe que as montadoras ofereçam projetos com baixo

potencial poluidor, com uma taxa previamente determinada de deterioração do

1PROCONVE é a sigla referente ao Programa de Controle de Emissões Veiculares, criado pelo

Conselho Nacional do Meio Ambiente, como objetivo de controlar a qualidade do ar nos centros

urbanos.

Page 19: Trabalho de Conclusão de Curso

18

conversor catalítico que é responsável pela conversão dos gases controlados. A

classificação e limites empregados aos veículos é atribuída pela razão de seu peso,

sendo que a fase caracterizada pela letra "L” são para veículos leves até 1.700kg.

Podemos visualizar na tabela 02 o nível L-5 que corresponde aos limites das

unidades homologadas atualmente e na coluna ao lado valores do nível L-6 que

entrará em vigor no ano de 2014.

POLUENTES (g/km) Limite fase L-5

(Desde1º/1/2009)

Limite fase L-6

(Desde1º/1/2014)

Monóxido de carbono 2,00 1,30

Hidrocarbonetos 0,30(2) 0,30(2)

Não metano 0,05 0,05

Óxidos de nitrogênio 0,12(3)- 0,25(4) 0,08

Material particulado (4) 0,05 0,025

Aldeídos(3) 0,02 0,02

Emissão evaporativa 2,0 1,5(6) - 2,0(5)(6)

Emissão de gás no cárter Nula Nula (1) Em 2014 para todos os novos lançamentos e 2015 para todos os veículos comercializados.

(2) Aplicável somente a veículos movidos a GNV; (3) Aplicável somente a veículos movidos a gasolina ou etanol;

(4) Aplicável somente a veículos movidos a óleo diesel; (5) Aplicável aos ensaios realizados em câmera selada de volume variável

(6) Aplicado a todos os veículos a partir de 1º/1/2012

Tabela 02 – Limites de emissões

Fonte: IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis,

2012.

Vale lembrar que para a redução dos limites de emissões apresentados na

tabela 2, são empregadas novas tecnologias em todo o processo assim, podendo

alcançar os limites estabelecidos com o rendimento e potência aceitável pelo

consumidor.

2.1.2 Monóxidos de Carbono

Page 20: Trabalho de Conclusão de Curso

19

O monóxido de carbono é um gás insípido, inodoro, insípido e mais leve que o

ar. As concentrações encontradas no ar que respiramos é 0,01 à 0,23 mg/m³ no qual

a concentração nas áreas urbanas variam de acordo com as condições climáticas e

a circulação da frotadeste poluente denominado primário. A maior quantidade de

emissão de monóxido de carbono na forma antropogenica é dada pelos veículos

automotores, onde as piores condições são na partida onde o conversor catalítico

que os veículos automotores possuem, encontra-se em temperatura baixa e

converte o monóxido de carbono em uma quantidade inferior em relação ao estado

aquecido deste conversor, que tem como objetivo reduzir a concentração dos gases

tóxicos e nocivos. Abaixo podemos verificar o gráfico 01 que nos indica a emissão

do monóxido de carbono como sendo a mais significativa em comparação com

outros fatores geradores do monóxido de carbono (Vieira, 2009).

Gráfico 01. Emissão de monóxido de carbono no Brasil

Fonte: Vieira, Poluição do Ar, 2009, pág. 39.

2.1.3 Óxidos de Nitrogênio

Segundo Vieira (2009), os óxidos de nitrogênio (Nox) é a representação das

combinações de óxido nítrico (NO) e dióxido de nitrogênio (NO2), no qual podem ser

produzidos por fenômenos naturais e por fontes antropogenica, onde os fenômenos

naturais são atribuídos aos relâmpagos, as erupções vulcânicas e a ação bacteriana

no solo, enquanto a emissão realizada por fontes antropogenica é dada pela queima

de combustíveis em motores, unidades de geração de energia térmica, sistemas de

aquecimento domestico e incineradores,tendo que a concentração do oxido nítrico

Page 21: Trabalho de Conclusão de Curso

20

representa noventa por cento desta relação. O oxido nítrico é transformado na

combustão do nitrogênio aplicado em alta temperatura da queima dos combustíveis

de veículos automotores, podendo ser oxidado em oxido de nitrogênio dependendo

da temperatura da câmara de combustão no qual se encontra (Vieira, 2009).

2.1.4 Hidrocarbonetos

Segundo Vieira (2009), os hidrocarbonetos emitidos por veículos

automotoresprovem do combustível não queimado, ou parcialmente queimado,

gerado pela explosão da queima do motor, que se eleva em condições nas quais se

trabalha com mistura rica (com menos ar do que o ideal para queima

estequiométrica) ou muito pobre (excesso de ar para queima estequiométrica) que

comprometem a combustão dos motores. Os hidrocarbonetos reagem na atmosfera,

provocando a formação do “smog” que seria uma camada de poluição na atmosfera.

A emissão dos hidrocarbonetos ocorre com maior concentração quando o

motor se encontra na fase fria e com decorrer do aquecimento natural do motor e do

conversor catalítico temos a diminuição significativa deste elemento poluidor. A

legislação brasileira responsável pelo controle de emissão de poluentes de veículos

automotores estabelece limites de emissões menores a cada ano, com o objetivo de

reduzir ao máximo este elemento poluidor no ar que respiramos emitida por grande

quantidade nos veículos automotores (Vieira, 2009).

2.2. Conversores catalíticos

Segundo Glehn, os catalisadores mais conhecidos como conversores

catalíticos recebem este nome por conseguir reduzir aproximadamente noventa por

cento dos principais gases poluentes decorrentes da queima nos cilindros dos

veículos automotores. Os catalisadores possuem um elemento cerâmico em formato

de colmeias, no qual recebem uma película dos metais paládio, ródio, molibdênio ou

a platina, que tem a função catalítica desejada para a transformação dos poluentes.

Vejamos a representação na Figura 01.

Page 22: Trabalho de Conclusão de Curso

21

Figura 01. Conversor catalítico

Fonte: Jennifer Vargas Fogaça (2012) - http://www.mundoeducacao.com.br/quimica/catalise-

heterogenea.htm

2.3 Laboratório de emissões

Conforme Torres (2008), o laboratório de emissões de poluentes tem como

objetivo desenvolver e certificar veículos automotores, de maneira que possa

oferecer potência, consumo de combustível e emissão de poluentes de acordo com

as exigências do mercado e dos consumidores que se tornam cada vez mais

exigentes devido a grande diversidade de veículos. Por isso os laboratórios de

emissões buscam representar da maneira mais representativa possível as condições

que os clientes encontrariam nas ruas, avenidas e rodovias. Assim, a temperatura do

ambiente onde o veículo é ensaiado, as velocidades do veículo (ou do motor), as

forças (potências) enfrentadas a cada condição de velocidade, os regimes

transitórios e, sobretudo, a porcentagem de permanência em cada conjunto de

condições simultâneas devem ser cuidadosamente simuladas em laboratório para

ser possível uma medição correta e de boa repetitividade, cujos resultados reflitam a

realidade do trânsito na região em estudo, sem o que seria impossível correlacionar

os dados de qualidade do ar com os fatores de emissão dos veículos e,

conseqüentemente, determinar o percentual de redução da emissão necessário ao

controle ambiental.

Page 23: Trabalho de Conclusão de Curso

22

Tal simulação é feita através da colocação do veículo (ou do motor, no caso

de veículos pesados) num dinamômetro que impõe as mesmas condições de força

enfrentadas no movimento em trânsito normal. O operador dirige o veículo (ou opera

o motor) de acordo com um ciclo de condução padronizado que determina as

condições de velocidade. Durante o ensaio, os poluentes emitidos são coletados

através de um sofisticado sistema de amostragem e analisados qualitativa e

quantitativamente.

A amostragem e a análise dos poluentes fazem parte dos itens mais

delicados do ensaio de emissão de um veículo ou de um motor. Desde a coleta, a

transferência, a armazenagem e até a medição do poluente, uma série de cuidados

devem ser tomados para evitar condensações e reações químicas durante o

processo, bem como conhecer e manter a temperatura, a pressão e a umidade dos

gases dentro de certos limites que garantam a repetitividade e permitam a correção

dos resultados para as condições padrão.

Desta forma, as células de ensaio do laboratório serão dotadas de sistemas

de coleta e análise de gases de exaustão concentrados ou diluídos, dinamômetros

de bancada (dinâmico e passivo) e de chassi (leve e de motocicletas), bancadas de

analisadores de gases de emissão, instalações e equipamentos auxiliares, visando a

perfeita simulação das condições que um veículo enfrenta no tráfego urbano, além

de um laboratório químico capaz de realizar análises de poluentes não

convencionais e de combustíveis, dando suporte ao desenvolvimento de limites de

emissão para novos poluentes e para a melhoria da qualidade de combustíveis.

Page 24: Trabalho de Conclusão de Curso

23

Figura 02. Funcionamento do laboratório de emissões

Fonte: Torres, Ampliação do laboratório de emissões, 2008, pag.34.

2.4 Pressão

Conforme Franco (1987), a pressão é definida como sendo a força normal

exercida por unidade de superfície, esta relação pode ser representada pela

equação P=F/A, no qual “P” seria pressão, “F” força e “A” como sendo a área. A

pressão é uma grandeza escalar, e existem diversas unidades de medidas para

pressão, porém a padronizada pelo Sistema Internacional de Unidades (SI) é o

Pascal, representado pela sigla Pa em homenagem ao cientista francês Blaise

Pascal.

2.4.1 Pressões dos Gases

O estudo da cinética dos gases nos permite relacionar as propriedades dos

gases pelo principio de fenômenos de movimento mecânico das moléculas quando

estas são analisadas de forma isolada. Analisando as partículas que se movimentam

independentemente e de forma aleatória, sem qualquer direção no espaço, com uma

determinada velocidade pode se dizer que as mesmas ocupam apenas uma

pequena parte do volume do recipiente, a maioria do seu espaço permanece vazio.

A energia cinética média das moléculas do gás varia de acordo com a variação de

Page 25: Trabalho de Conclusão de Curso

24

temperatura. No choque entre as moléculas geralmente há modificação da

velocidade das partículas.

A força exercida pelo gás sobre a parede de um reservatório que no caso

seria o cilindro de gás a ser verificada sua pressão, a pressão do gás pode ser

atribuída aos choques das moléculas contra as paredes do cilindro, transmitindo

impulso às paredes.

Podemos simplificar os termos de definição e dizer que a pressão de um gás

é a conseqüência macroscópica dos choques moleculares das suas partículas sobre

as paredes de um reservatório onde se encontram. As partículas de um gás

possuem grande liberdade de movimentos e se desloca no espaço em todas as

direções, chocando entre si ou com as superfícies de todos os corpos. Quanto maior

for o número de choques das partículas sobre a superfície, em num determinado

tempo, maior é a pressão exercida pelo gás (Franco, 1987).

2.4.2 Manômetros

A pressão de um gás armazenado num recipiente fechado pode ser

mensurada com um manômetro, instrumento inventado no ano de 1661 pelo físico e

astrônomo holandês Christiaan Huygens. Manômetros são instrumentos utilizados

para aferir pressões de fluidos contidos em recipientes fechados. O manômetro é

classificado como um instrumento simples pelo fato de medir a pressão entre dois

pontos em um fluido

.Então podemos dizer que o manômetro analisa uma grandeza analógica que

seria a pressão, mas esta grandeza em questão pode ser analisada nos dias de hoje

por sensores eletrônicos que transformam a informação analógica em digital para

ser interpretado por interfaces automatizadas e sistemas que possuem um

monitoramento constante da pressão no sistema, transformando um elemento

essencial para automação de diversos sistemas que possuem a pressão de um gás

a ser utilizada como informação no processo de fabricação (Tripler, 1995).

2.4.3 Sensores

Conforme Ribeiro (2001), as informações obtidas para os sistemasde

aquisição de dados geralmente são analógicas, referentes ao valor numéricode

algum parâmetro físico não elétrico, como a pressão, temperatura, vazão, nívelou

Page 26: Trabalho de Conclusão de Curso

25

análise. O sensor tem por objetivo realizar a conversão de um sinal não elétrico para

um sinal elétrico equivalente.

As funções mais comuns de um sensor são: sentir a presença ou o tamanho

de um objeto, verificar o nível de um líquido, captar a corrente de um circuito elétrico

ou a pressão de algum tipo de gás (Moraes e Castrucci, 2007, página 70).

Sensores são dispositivos amplamente utilizados na automação industrial

que transformam variáveis físicas, como posição, velocidade, temperatura,

nível, em variáveis convenientes. A classificação técnica dos sensores

depende de um grande número de parâmetros, cujo conhecimento e correta

interpretação são muito importantes para o desempenho e a confiabilidade

dos sistemas de automação industrial. Afinal, os sensores são os canais de

comunicação dos processos físicos, reais, com os sistemas de controle,

automação e supervisão. São os “olhos e ouvidos” desses sistemas. Na

automação industrial o principal objetivo de um sensor é comandar eventos,

como por exemplo, a chegada de um objeto a uma posição, ou um nível de

um líquido a um determinado valor.

2.4.4 Sensores de Pressão

Segundo Moraes e Castrucci (2007), atualmente os sensores eletrônicos

de pressão são de imensa importância pela necessidade de possuir um sistema

automatizado, onde sua função é enviar sinais elétricos diretamente para

circuitos de controle ou de monitoramento que são muitos empregados em

sistemas supervisórios, onde conhecimento das características dos sensores e

seu funcionamento são de grande importância para compreensão e ideal

utilização.

A pressão por ser uma grandeza analógica, permite infinidades intervalos de

trabalho, no qual cada tipo de sensor converte através das propriedades de

movimento de uma agulha numa escala, em uma tensão elétrica, uma corrente

elétrica, ou em outra grandeza que possa ser observada e interpretada por sistemas

inteligentes que compõem o processo, que trabalha a informação decodificada por

algum tipo de sensor, com a finalidade de informar de modo digital a pressão até

então interpretada de maneira analógica onde o sistema não consegue trabalhar a

informação.

2.4.5 Transdutores de pressão

Page 27: Trabalho de Conclusão de Curso

26

É o nome designado a um dispositivo completo, que contém o sensor,

utilizado para transformar uma grandeza qualquer em outra que pode ser utilizada

nos dispositivos de controle. Um transdutor pode ser considerado uma interface ás

formas de energia do ambiente e o circuito de controle ou ocasionalmente entre o

controle e o atuador.

Os transdutores de pressão convertem uma grandeza física (a pressão) em

um sinal de tensão ou corrente que pode ser prontamente entendido por um sistema

de controle. Deste modo, o transdutor é um dispositivo que transforma uma forma de

energia em outra.

Em muitas ocasiões os termos “sensor” e “transdutor” são usados de forma

confusa; pelo simples fato do sensor ser apenas um componente do transdutor, ou

seja, o transdutor é o instrumento completo, que reúne o sensor e todos os circuitos

de interface apropriados de serem utilizados numa aplicação industrial (Machado,

2012).

2.5 Conversões de sinais analógicos para digitais

Segundo Wakerly (2000), atualmente necessitamos coletar diversas

grandezas físicas como, por exemplo, a temperatura, pressão, velocidade entre

outras no qual estas são grandezas de natureza analógica, que por sua vez

necessitam de sistemas conversores para sinais digitais para que possam ser

interpretadas as informações em codificação de bits denominamos este processo

“Conversão Analógico-Digital”. No qual existem diferentes técnicas de conversão

analógica para digital, que varia em função da precisão desejada e do tempo

máximo aceitável para se realizar esta conversão. A maioria dos sensores que

coletam a informação analógica fornece uma tensão que é proporcional à grandeza

medida e que varia de forma contínua numa faixa de valores.

No qual os equipamentos modernos que fazem a aquisição dos dados dos

sensores trabalham com técnicas digitais para controle de processos ou apenas

mensurar o processo. Com isso o dado analógico, uma grandeza que varia de forma

contínua, necessita ser convertido para a forma digital, conforme mostra a figura 03.

Page 28: Trabalho de Conclusão de Curso

27

Figura 03. Degraus gerados pela conversão analógica para digital

Fonte: Braga, (2012) - http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/instrumentacao/78-artigos-

diversos/1879-ins059.html

Para realizarmos esta conversão necessitamos de circuitos eletrônicos

denominados “conversores analógicos digitais”, que de acordo com as necessidades

de cada projeto podem variar sua metodologia e construção de conversão do sinal.

Por isso veremos na seqüência algumas características dos conversores de sinais

analógicos para digitais.

2.5.1 Resolução

Entre os valores extremos que seria o máximo e o mínimo da escala de

valores analógicos que devem ser convertidos para o sinal digital existem infinitos

valores intermediários, que corresponde a natureza de grandezas analógicas. No

entanto, quando transformamos o valor analógico que corresponde infinitas

possibilidades não podemos representar digitalmente, pois necessitaríamos de

infinitos bits. No qual a quantidade de bits adotado no projeto corresponde a

possibilidades de valores a ser interpretados digitalmente, na figura abaixo temos um

exemplo de conversão de 4 bits que resulta em 16 valores possíveis digitalmente e a

conversão de 8 bits que possibilita a utilização de 256 valores em seu projeto

(Wakerly, 2000).

Page 29: Trabalho de Conclusão de Curso

28

Figura 04. Comparação de um conversor de 4 bits e 8 bits.

Fonte: Braga, (2012) - http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/instrumentacao/78-

artigos-diversos/1879-ins059.html

Um caso pratico que podemos exemplificar seria a variação de tensão de um

sensor qualquer de 0 a 4 volts com a escolha 4 bits, a conversão dos "degraus" da

escada de conversão seria 0,25 volts no qual seria o valor de sua resolução. No

entanto se optarmos por ter uma resolução maior, teríamos que aumentar a

quantidade de bits no projeto exemplificando o aumento com um de 8 bits teríamos

uma resolução aproximada de 0,015 volts por degrau de conversão. Claramente

observamos que quanto maior a precisão que nosso sistema necessita maior será a

quantidade de bits que teremos que utilizar no projeto (Wakerly, 2000).

2.5.2 Velocidade de amostragem

A maioria dos processos de aquisição de dados necessita ser rápidos, no qual

o método de conversão do sinal analógico para digital que optarmos corresponderá

uma velocidade ideal de analise. Um multímetro pode ser utilizado conversores

denominados lentos com taxas ou velocidades de amostragens de até algumas

amostragens por segundo, os multímetros comuns realizam aproximadamente de 1

a 10 amostragens por segundo. Porém, um osciloscópio digital que analisa uma

forma de onde de 10 MHz, para possuir uma definição razoável deve realizar pelo

menos 100 milhões de amostragens por segundo (Wakerly, 2000).

Page 30: Trabalho de Conclusão de Curso

29

2.5.3 Linearidade

Na conversão da grandeza analógica para o sinal digital devemos buscar a

uma curva linear para obtermos uma conversão de qualidade, no qual não devem

existir desvios na correspondência entre o valor analógico e a saída digital ao longo

da escala de valores em que o conversor executa. Porém, na prática na maioria das

vezes surgem alguns desvios, conforme mostra a figura 05.

Figura 05. Demonstração da curva linear ideal.

Fonte: Braga, (2012) - http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/instrumentacao/78-artigos-

diversos/1879-ins059.html

Significando que em determinados intervalos de amostragem a conversão

pode ser menos precisa no qual é de maior gravidade na conversão de maior

definição, pois os desvios podem obter a mesma ordem de grandeza que os

"degraus" da escada de conversão, afetando significativamente a precisão final da

conversão (Wakerly, 2000).

2.6 Redes de Automação

Pode-se dizer que o desejo de controlar os processos industriais acompanha

o homem desde a criação das primeiras máquinas. Até a década de 1940, as

plantas eram operadas manualmente por um grande número de operadores, os

quais se valiam de alguns poucos instrumentos mecânicos elementares que

realizavam controle local.

Atualmente as redes de comunicação estão sendo empregadas em larga

escala, devido ao crescimento da tecnologia. Otimizando o tempo, minimizando os

custos e maximizando a produção, pois apresentam vantagens como diminuição da

fiação, facilidade na manutenção e eliminação de possíveis riscos na produção.

Apresentam protocolo padronizado onde possibilita haver comunicação entre

Page 31: Trabalho de Conclusão de Curso

30

dispositivos e fabricantes distintos. Fazendo com que criássemos um sistema

supervisório de gases utilizando rede de comunicação.

Para a construção desta rede de comunicação consideramos a que melhor

atendeu a aplicação desejada, buscando conhecer detalhes referentes à velocidade

de transmissão, acessibilidade, meios de transmissão, confiabilidade e outros

requisitos importantes (Gutierrez, 2008).

2.6.1 Especificações das redes de automação

Segundo Moraes e Castrucci (2007), são necessárias para a especificação de

uma rede de automação as seguintes variáveis: taxa de transmissão, topologia física

da rede, meio físico de transmissão, tecnologia de comunicação e algoritmo de

acesso ao barramento.

Taxa de transmissão é a quantidade média de dados a serem transmitidos na

rede em um período de tempo. O termo utilizado para esta especificação é

throughput2. A taxa de transmissão de dados é medida em kilobits por segundo

(kbps), que significa 1000 bits por segundo.

Topologia física da rede está relacionada com a disposição construtiva na

qual os dispositivos estão conectados na rede. Exemplos de topologias físicas de

rede: anel, estrela e barramento.

Figura 06. Topologia Anel

Fonte: http://estudoderedes.wordpress.com/2012/04/22/topologia-de-redes/

2Throughput é a quantidade de dados transferidos de um lugar a outro, ou a quantidade de dados

processados em um determinado espaço de tempo.

Page 32: Trabalho de Conclusão de Curso

31

Figura 07. Topologia Estrela

Fonte: http://estudoderedes.wordpress.com/2012/04/22/topologia-de-redes/

Figura 08. Topologia Barramento

Fonte: http://estudoderedes.wordpress.com/2012/04/22/topologia-de-redes/

O meio físico de transmissão estão relacionados ao cabeamento utilizado

para a interconexão dos dispositivos. Existem muitos tipos de meios físicos de

transmissão, e alguns exemplos são: par trançado, cabo coaxial e fibra ótica.

(Moraes; Castrucci, 2007).

Cabo par trançado para conector de rede RS-485 e Universal Serial bus

(USB) é um cabo blindado de dois pares trançados com características necessárias

para transmissão de dados em alta velocidade no ambiente industrial.

Page 33: Trabalho de Conclusão de Curso

32

Figura 09. Cabo de pares Trançados

Fonte: http://www.datalinkcom.net/rs232_converters/DL-21150121.htm

A transmissão Half-Duplex podereceber e enviar dados, porem ora envia

dados e na outra recebe, não consegue realizar o processo simultaneamente. Já

atransmissão Full-duplex consegue enviar e receber dados no mesmo instante

conforme ilustra a figura 10.

Figura 10. Transmissão Half-duplex e Full-duplex

Fonte: http://pbelyea.blogspot.com.br/2010/04/full-vs-half-duplex.html

Tecnologia de comunicação é a forma de gerenciamento entre os pontos de

comunicação (nós) da rede no tocante à comunicação de dados. As tecnologias

típicas de comunicação são mestre/escravo e produto/consumidor (Moraes;

Castrucci, 2007).

Mestre escravo somente a estação chamada de mestre pode agir como

detentora do direito de transmissão. Esse direito de acesso ao meio físico é

distribuído por ela para as estações escravas por um determinado tempo. Tal

configuração deixa o sistema dependente da estação central, mesmo assim é

bastante utilizado em instalações industriais. Este método garante um tempo entre

transmissões consecutivas a qualquer estação da rede, pela realização de um

controle com supervisão centralizada. (Rosario, 2005).

Page 34: Trabalho de Conclusão de Curso

33

2.6.2 Protocolos

Protocolos caracterizam os elementos de maior importância nas redes de

automação industrial, tanto que as redes passam a ser denominadas pelos

protocolos utilizados (Moraes; Castrucci, 2007).

2.6.2.1 Protocolo RS-485

O protocolo RS-485 surgiu em 1983, é capaz de fornecer uma forma bastante

robusta de comunicação multiponto e vem sendo muito utilizado na indústria em

controle de sistemas e comunicação de dados.

A comunicação é half-duplex ou full-duplex, e pode ser utilizado sem

protocolo, desde que a comunicação seja ponto a ponto unidirecional ou bidirecional.

Segue alguns exemplos:

- Mestre enviando sinal para o escravo: Computador e uma impressora ou um

dispositivo controlado;

- Escravo enviando sinal para o mestre: Um coletor de dados que não

necessite a confirmação do mestre.

A comunicação RS-485 é utilizada para as seguintes particularidades:

- Instalações em ambientes industriais hostil, com alto nível de ruído

eletromagnético;

- Ambientes com alto grau de umidade;

- Dutos de passagem que compartilham com outros cabos elétricos;

- Comunicação em ambientes externos, com blindagem e aterramento;

- Quando o cabo apresentar comprimento superior a 100 metros.

As características básicas do RS-485 são:

- Multiponto;

- Até 32 dispositivos em redes;

- Distância máxima de 1200 metros.

Distância de transmissão:

Uma das vantagens da transmissão por par trançado na comunicação RS-485

é a capacidade de anular os ruídos e as interferências, com isso o alcance pode

chegar até 1200 metros.

O alcance é muito elevado, podendo chegar até 1200 metros, porém quanto

maior a distância percorrida dos dados menor será a taxa de transmissão.

Page 35: Trabalho de Conclusão de Curso

34

2.6.2.2 Protocolo Universal Serial Bus

O protocolo universal serial busrepresentado usualmente pela sigla USB é um

tipo de conexão que permite ligar e usar sem a necessidade de desligar os

equipamentos, e é baseada na transferência de pacotes.

Para conseguir altas velocidades para a transferência dos dados o cabo USB

utiliza o procedimento de transar os cabos para anular a interferência

eletromagnética mutuas entre fios. Para a utilização de baixa velocidade não há

necessidade de transar os fios.

Taxa de transmissão: o USB possui três diferentes taxa de transmissão,

sendo elas High-Speed, Full-Speed e Low-Speed. O High-Speed possui taxa de 480

Mbps e é utilizada quando há necessidade de grande transferência e recebimento de

dados. O Full-Speed possui taxa de 12 Mbps e é utilizado quando necessita de

média transferência e recebimento de dados. O Low-Speed possui a menor taxa que

é de 1,5 Mbps. A Vantagem do cabo Low-Speed é possuir o baixo custo, o Full-

Speed é de ter custo baixo e largura da banda garantida e High- Speed é de possuir

banda larga e banda garantida (Moraes; Castrucci, 2007).

2.7 Sistemas supervisorios

De acordo com Lopes (2009), o sistema supervisório é um meio pelo qual

podemos ter acesso a tudo que está ocorrendo em um processo produtivo ou

instalação física, afim de obter um maior desempenho no monitoramento dessas

atividades para garantir mais segurança e confiabilidade para um determinado setor

de trabalho, isso funciona da seguinte forma: uma vez monitoradas e rastreadas as

informações do processo ou instalação física em questão, elas são coletadas

através de equipamentos de aquisição de dados e, em seguida, manipulados,

analisados, armazenados e apresentados ao usuário, este sistema também é

chamado de controle de supervisão e aquisição de dados (SCADA).

Este tipo de sistema fornece uma supervisão remota, utilizando sistemas de

telemetria através de tecnologias sem fio, como celulares, rádios ou satélites, os

quais permitem que o sistema SCADA tenha a capacidade de controlar qualquer

processo industrial, podendo ser utilizado desde os monitoramentos na área da

logística e até mesmo grandes empresas automotivas.

Page 36: Trabalho de Conclusão de Curso

35

2.7.1 História dos sistemas supervisorios

A primeira utilização de um sistema supervisóriofoi no início da década de 80,

mas esse sistema tinha pouca tecnologia empregada, isso porque os computadores

da época não tinham muitos recursos e ocupavam enormes espaços, além deles

serem a tecnologia mais avançada dessa época o que fazia com que o custo fosse

extremamente alto, mas com a demanda dos processos crescendo cada vez mais e

as novas práticas de gestão, as empresas exigiam informações do processo em

intervalos de tempo cada vez mais curtos.Uma grande solução foi a descoberta dos

transistores que teve um enorme papel para a evolução dos computadores, a partir

daí começa-se a desenvolver sistemas supervisórios cada vez mais robustos, até

que em meados da década de 1980 surgem os sistemas SCADA

(SupervisoryControl And Data Aquisition), os quais não só supervisionam o

processo, mas também o controlam.

No final da década de 1980, os sistemas supervisórios estavam cada vez

mais velozes em termos de monitoração do processo e armazenando um número

maior de tags (variáveis do sistema), chegando-se a um ponto em que um único

sistema supervisório (SCADA) monitora mais de 400.000 tags, tudo isso devido à

enorme velocidade com que os computadores estavam avançando na época,

segundo Lopes (2009).

2.7.2 Componentes físicos de um sistema supervisório

Os componentes físicos de um sistema de supervisão são: sensores e

atuadores, rede de comunicação, estações remotas (aquisição/controle) e de

monitoração central (sistema computacional SCADA).

Os sensores são dispositivos no qual, quando conectados aos equipamentos

controlados e monitorados pelos sistemas supervisório, convertem parâmetros

físicos tais como de nosso projeto a pressão para sinais analógicos e digitais,

transformando em sinais de leitura para o controle e monitoramento. Já os atuadores

são especificados para realizar a ação ou simplificando o movimento físico do

sistema. O controle e aquisição dos dados começam nas estações remotas, com a

leitura de valores dos dispositivos que a ele estão programados para cada

determinada função de trabalho.

Page 37: Trabalho de Conclusão de Curso

36

A rede de comunicação é o meio pelo qual as informações são transferidas do

PLC para o sistema supervisório, assim as exigências do sistema e a distância a ser

transferida a informação, podem ser utilizadas por meio de cabos Ethernet, fibras

ópticas, linha dial-up, linhas dedicadas e entre outras.

As estações de monitoração central são as unidades principais dos sistemas

supervisórios, tendo a responsabilidade de coletar as informações adquiridas pelas

estações remotas e atuar de acordo com as necessidades do sistema desenvolvido,

podendo ser centralizadas num único computador, de modo que compartilhe as

informações obtidas.

O processo de controle e aquisição de dados se inicia nas estações remotas,

controladores lógicos programáveis (PLCs) e Remote Terminal Units (RTUs), os

quais são unidades computacionais específicas, utilizadas nas instalações fabris (ou

qualquer outro tipo de instalação que se deseje monitorar) com a função de ler

entradas, realizar cálculos ou controles, e atualizar saídas. A diferença entre os dois

é que os PLCs são mais flexíveis na linguagem de programação na linguagem de

programação e controle de entradas e saídas, já as RTUs têm uma arquitetura mais

distribuída entre sua unidade central de processamento (CPU) e os cartões de

entradas e saídas com uma precisão maior (Lopes, 2009).

2.7.3 Comunicação de um sistema supervisório

A principal funcionalidade dos sistemas supervisórios são as trocas de

informação, que podem ser as seguintes:

- Comunicação com os PLCs;

- Comunicação com outros sistemas supervisórios;

- Comunicação com outros sistemas.

A comunicação com os equipamentos em campo é executada através de um

protocolo, no qual a metodologia pode ser tanto de domínio público ou de acesso

restrito.

A comunicação por denominada como “polling” (Master/Slave) é a

comunicação em que a estação central possui o controle absoluto das

comunicações, efetuando seqüencialmente a escolha dos dados obtidos em cada

estação remota, onde estas estações remotas apenas informam à estação central

após a recepção de um pedido, ou seja, um sistema de comunicação denominado

Page 38: Trabalho de Conclusão de Curso

37

como “half-duplex”. Este processo transpassa simplicidade na coleta de dados,

inexistência de colisões no tráfego da rede. No entanto impossibilita a comunicação

em situações inversas no qual seria à estação central enviar informações e dado

para estações remotas.

A comunicação por interrupção é utilizada quando o PLC monitora os seus

valores de entrada e, ao detectar alterações significativas ou valores que

ultrapassem os limites definidos em sua programação pré definida, envia as

informações para a estação central, evitando informações desnecessárias,

diminuindo o tráfego na rede, e permitindo uma rápida detecção de informação entre

estações remotas. Porém este sistema tem as desvantagens da estação central

apenas conseguir a identificação das falhas na ligação depois de um determinado

período e também porque esta comunicação necessita de outros métodos para obter

os valores atualizados.

A comunicação com outros sistemas supervisorios pode ser realizada através

de um protocolo desenvolvido pelo próprio fabricante do sistema supervisório ou

através de um protocolo conhecido pelo sistema aplicado via TCP/IP.

A Internet pode ser um meio a se utilizar como meio de comunicação para os

sistemas supervisórios, tecnologias relacionadas com a Internet, e padrões como

Ethernet, TCP/IP, HTTP e HTML, é possível distribuir dados entre áreas de campo

até o a camada de supervisão e controle. Com o browser de Internet, é possível

controlar em tempo real, um sistema localizado em qualquer parte do mundo. No

qual o browser comunica com o servidor através do protocolo HTTP, e envia o

pedido referente à operação pretendida, onde recebe uma resposta em HTML, que

seria uma “página” de visualização. As vantagens da utilização da Internet e do

browser como interface de visualização de sistemas supervisórios são o modo

simples de visualização pelo operador e a fácil manutenção do sistema, segundo

Lopes (2009).

Page 39: Trabalho de Conclusão de Curso

38

3. CARACTERISTICAS DO PROJETO

Analisando a situação no processo de verificação de pressão dos gases

padrões que é efetuada manualmente em vinte e quarto cilindros instalados na sala

de gases do laboratório de emissões, foi observado a possiblidade de aplicar um

sistema supervisório para monitorar os cilindros de gases padrões a distância.

O projeto elaborarado possui o intuito de obter os benefícios de um sistema

automatizado, utilizando components simples e com baixo custo, sendo eles o

sistema supervisório, conversor de sinal analógico para digital, conversor de

protocolos ( RS 485 para USB) e transdutores de pressão.

No decorrer deste trabalho, veremos as características dos componentes

utilizados no projeto e também a metodologia aplicada em cada etapa da

automação.

3.1 Transdutores de pressão

A necessidade de interpretar uma grandeza física, no qual é a pressão obtida

nos cilindros padrões e transformar em uma grandeza mensurável logicamente por

um sistema digital foi necessário adquirir transdutores de pressão. Possibilitando

assim, interpretar as diferenças de pressão obtida na utilização dos gases padrões

dos cilindros. Isso pode ser feito, pois os transdutores emitem uma variação de

tensão na sua saída, no qual esta relacionada com a variação de pressão na entrada

do transdutor. Vejamos o transdutor adquirido na figura 11, da empresa SENSATA

com modelo 3PP6-12.

Figura 11. Transdutor de pressão modelo 3PP6-12

Page 40: Trabalho de Conclusão de Curso

39

Este sensor de pressão também conhecido como transdutor de pressão foi

adquirindo juntamente com o chicote elétrico do mesmo fabricante dos transdutores,

assim facilitando a montagem e garantindo qualidade contra ruídos nos sinais. Este

chicote foi inserido na saída do transdutor que emite o sinal em tensão conforme

citamos anteriormente. Em seguida podemos observa a figura 12 que nos possibilita

a visualização do chicote elétrico sendo inserido na saída do transdutor, onde este

nos fornece três fios sendo eles, a alimentação do transdutor em tensão continua de

5 voltsidentificado pela cor do fio vermelho, o ground que seria o terra do sistema

representado pelo fio da cor azul e por fim o fio da cor marrom que é a saída de

tensão do sistema que será encaminhado para a conversão do sinal analógico para

digital.

Figura 12. Inserindo o chicote ao transdutor de pressão

Este transdutor utilizado pode ser dito como o item de maior relevância na

redução de custos do projeto, pois buscamos através de orçamentos um sensor

acessível financeiramente, porém que nos fornecesse um sinal confiável, também

nos atentamos com a precisão em sua curva característica de acordo com as

necessidades do projeto. Onde os transdutores utilizados possuem uma relação de

preço treze vezes menor conforme anexo A e anexo B que nos possibilita visualizar

a diferença entre valores das cotações dos transdutores.

Esta diferença pode ser dada pela precisão oferecida pelo fabricante de cada

transdutor, no qual com analise do nosso projeto verificamos que não havia a

necessidade de uma precisão muito elevada no sistema de supervisão dos gases.

Page 41: Trabalho de Conclusão de Curso

40

Podendo ser aplicado o sensor mencionado com uma precisão de ± 2% linear do

sinal conforme a figura 13 fornecida pelo manual do fabricante.

Figura 13. Curva de referência do Transdutor de pressão

Na figura acima podemos observar uma relação de pressão e tensão

graficamente, gerando uma reta característica seguida de duas retas paralelas que

nos identifica a precisão do transdutor de acordo com a pressão aplicada. Esta

precisão é representada por todo range de trabalho do transdutor que compreende

na grandeza de 0 MPA à 30 MPA, decorrentes da relação de tensão de saída do

sensor que emite 0,5 volts à 4,5 volts. No qual o nível zero de pressão (0 MPA) é

representado pela saída de tensão 0,5 volts e nível Maximo de pressão aplicado no

transdutor é representado por 4,5 volts em sua saída.

3.2 Módulo conversor de sinal analógico para digital

O módulo utilizado no projeto para converter o sinal analógico para digital é o

modelo 7017 da empresa IMPAC, no qual contém oito entradas analógicas que

provém das saídas dos sensores em níveis de tensão. Onde o conversor recebe

estes sinais de tensão em suas entradas e converte em um único sinal digital para

que assim possamos trabalhar ao longo do processo. O protocolo que o modulo

emite em sua saída é o RS 485, que nos possibilita um alcance de mais de um

Page 42: Trabalho de Conclusão de Curso

41

quilometro sem haver percas decorrentes da distancia. Sua alimentação para

funcionamento é de 24 VDC recebido pela fonte de alimentação que será descrita na

seqüência do projeto. A seguir podemos observar a relação das entradas de sinais,

saída do sinal e alimentação do módulo através da figura 14.

Figura 14. Conversor de sinal analógico para digital.

O dimensionamento físico do módulo é encontrado na figura 15, que utiliza a

escala em milímetros como referência para a ilustração.

Page 43: Trabalho de Conclusão de Curso

42

Figura 15: Dimensionamento físico do conversor analógico para digital

O processo de conversão do sinal realizado pelo módulo pode ser observado

superficialmente pela representação da figura 16, no qual exemplifica o processo

utilizado na conversão do sinal analógico ( tensão ) para sinal digital ( protocolo RS

485 ).

Page 44: Trabalho de Conclusão de Curso

43

Figura 16. Funcionamento do módulo 7017

3.3 Módulo conversor de protocolo RS-485 para USB

O módulo responsável pela conversão do sinal recebido do conversor

analógico para digital é o modelo 7561 da empresa IMPAC, este conversor de

protocolo recebe o sinal emitido pelo conversor 7017 via protocolo RS-485 e

transforma o sinal no protocolo “Universal Serial Bus”, mas conhecido pela sigla

USB, possibilitando o envio das informações obtidas no processo para uma interface

configurada para a visualização das pressões dos gases.

Page 45: Trabalho de Conclusão de Curso

44

Figura 17. Módulo 7561 - Conversor de sinal RS-485 para USB

Figura 18. Funcionamento do módulo 7561 - conversor RS-485 para USB

3.4 Fonte de alimentação dos módulos

Page 46: Trabalho de Conclusão de Curso

45

A fonte de alimentação para alimentar os módulos de conversão de sinal

analógico para digital e conversão de sinal 485 para USB é fornecida pela fonte do

modelo IP-24AC que fornece tensão necessária para os módulos, correspondendo a

24 volts de tensão continua. Tendo sua entrada a tensão convencional de 110 volts

de tensão alternada no qual transforma para sinal de 24 volts contínuos. A seguir

podemos observar a figura 19 da fonte alimentando a entrada dos módulos.

Figura 19. Fonte modelo IP-24AC alimentando os módulos 7017 e 7561.

3.5 Fonte de alimentação dos transdutores de pressão

Visando otimizar os custos empregados neste projeto, reutilizamos uma fonte

convencional de computador que no caso não fosse ser inserida neste projeto seria

encaminhada ao lixo, assim reaproveitamos um material em que estava em ótimo

estado para fornecer a energia necessária aos transdutores de pressão sem agregar

valor financeiro no projeto. Esta fonte tem como objetivo transforma a tensão

alternada de 110 volts em 5 volts contínuos, no qual foi distribuído de forma paralela

entre os transdutores de pressão que necessitam ser alimentados entre os valores

de 4,5 volts à 5,5 volts.

Page 47: Trabalho de Conclusão de Curso

46

A seguir podemos observas a figura 20 da fonte reutilizada no projeto e seus

respectivos cabos de energia de entrada e saída.

Figura 20. Fonte de alimentação 5 volts

3.6 Sistemas Supervisório

O sistema supervisório aplicado no projeto, tem como objetivo informar em

tempo real a pressão dos cilindros padrões de gases, podendo ser identificado

quando houver a necessidade de troca dos cilindros, este ocorre quando a pressão

interna do cilindro estiver baixa decorrente do uso necessário para a realização da

comparação dos gases executado pelos analisadores, no qual foi atribuído um limite

da mínima pressão interna que o cilindro deve conter que corresponde a 200 PSI,

tendo em vista a margem de segurança para que não ocorra percas de teste com

ausência dos gases padrões.

A interface configurada conforme figura 21, tem como objetivo a identificação

constante dos gases de forma digital, facilitando ao operador que também executa

testes de emissões, assim podendo visualizar a todo o momento a pressão dos

gases conforme a figura 22, e comunicar aos técnicos o tempo exato de se realizar a

troca dos cilindros.

Page 48: Trabalho de Conclusão de Curso

47

Figura 21. Configuração do sistema supervisório

Figura 22. Interface digital do Sistema Supervisório

O sistema aplicado em nosso projeto também é possível visualizar de forma

analógica, assim podendo observar todo o processo simultaneamente conforme a

figura 23, no qual o galvanômetro nos fornece em tempo real a informação das

pressões dos cilindros.

Page 49: Trabalho de Conclusão de Curso

48

Figura 23. Visualização de todo processo pelo galvanômetro.

A interface escolhida em nossa automação (ImpacLogX) da empresa IMPAC,

possibilita coletar amostragens de pressão em determinados tempos, no qual

podemos optar pelo intervalo desejado para a realização da amostragem conforme

as necessidades decorrentes do consumo. Esta amostragem de pressão é de

grande importância para se obter um relatório diário ou mensal do consumo dos

gases críticos existente no laboratório, possibilitando identificar possíveis

vazamentos na linha caso haja consumo elevado de algum gás especifico, assim

registrando um histórico para o controle do sistema em um arquivo especifico que o

supervisorio cria um arquivo provindo do aplicativo Excel, porém também pode ser

visualizado no próprio supervisório através da opção “tabela” na parte inferiordo

sistema conforme nos mostra a figura 24.

Page 50: Trabalho de Conclusão de Curso

49

.

Figura 24. Tabela de amostragem das pressões

O supervisório aplicado neste projeto, podemos visualizar graficamente o

consumo dos gases, assim analisando com extrema facilidade caso ocorra picos de

consumo e identificar falhas no sistema de emissão de gases, assim evitando

grandes desperdícios de gases que são de custo muito elevado para o laboratório de

emissões. A seguir temos a figura 25 que nos identifica graficamente em tempo real

o consumo dos gases.

Figura 25. Consumo dos gases graficamente

Page 51: Trabalho de Conclusão de Curso

50

No supervisório utilizado é possível registrar os alarmes de mínima pressão

caso atinja o limite inferior de 200 PSI, o sistema informa a data e hora que o cilindro

entrou no limite inferior de pressão, assim registrando na interface do sistema na

opção “alarmes” o histórico dos limites, conforme figura 26.

Figura 26. Alarmes do sistema supervisório

3.7 Custos aplicados no projeto

Os valores de cada componente utilizado no projeto “Sistema de Supervisão

da sala gases padrões do laboratório de emissões”, observado na tabela 03, que nos

identifica um valor financeiro relativamente baixo quando comparados com sistemas

similares existentes.

Equipamento Valor unitário Unidades Valor total

Transdutores de pressão R$ 65,10 24 R$ 1562,40

Conversor A/D R$ 1.200,00 01 R$ 1.200,00

Conversor 485/USB R$ 530,00 01 R$ 530,00

Fonte de Alimentação R$ 100,00 01 R$ 100,00

Supervisório R$ 900,00 01 R$ 900,00

Conexões Diversas R$ 120,00 16 R$ 120,00

Total - - R$ 4.412,40

Tabela 03. Orçamento do projeto.

Page 52: Trabalho de Conclusão de Curso

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3.8 Melhorias adquiridas decorrentes da implementação do projeto

A automação proposta por este projeto além de tornar o processo mais

confiável nós possibilita ganhos econômicosdecorrentes dos retrabalhos evitados, no

qual seria a capacidade de se realizar testes de emissões sem que ocorram falhas

no processo devido à ausência do gás padrão para realizar a comparação emitida

durante a amostragem. O projeto proposto “Sistema supervisório de pressão: Sala

de gases padrões do laboratório de emissões” poderá reduzir significativamente os

testes perdidos tendendo a zerar o numero de falhas, o gráfico 02 nos exemplifica

três meses típicos de teste realizados no laboratório de emissões.

Gráfico 02. Testes de emissões perdidos.

Tendo em base de cálculo que o custo de cada teste no laboratório de

emissões é de aproximadamente dois mil reais segundo dados internos fornecidos

pela supervisão do laboratório, podemos dizer que o custo previsto no projeto de

aproximadamente quatro mil reais abordados no tópico 3.7 deste documento é

irrelevante se comparado com os benefícios econômicos que o projeto fornecerá ao

laboratório que será implementado, tendo seu valor investido recuperado logo nos

primeiros meses que o projeto for aplicado em campo. Conforme o gráfico 02 que

exemplifica um período de três meses, no qual ocorreram cinco testes perdidos

decorrentes à falta de gases padrões na linha de análise, gerando custo

desnecessário de aproximadamente dez mil reais, devido a somatória do valor

agregado de cada teste.

Page 53: Trabalho de Conclusão de Curso

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CONSIDERAÇÔES FINAIS

Pode-se concluir que a automação proposta neste trabalho “Sistema

Supervisorio de Pressão: Sala de gases padrões do laboratório de emissões” vem a

oferecer todos os aspectos de melhorias que possuem os sistemas automatizados,

no qual corresponde ao ganho de produtividade (redução do tempo aplicado na

tarefa), o aumento da confiabilidade no sistema de controle, a uniformidade no

processo de qualidade e o ganho de custo com a redução de retrabalhos.

O projeto aplicado no laboratório de emissões pode contribuir com a

confiabilidade do processo de verificação dos cilindros padrões, no qual os técnicos

que realizam estas atividades reduziram uma etapa no processo de verificação

diária, podendo assim aplicar este tempo ganho em outras atividades que agreguem

valor no processo de maneira que aumente a qualidade dos serviços e produtos.

Assim, a automação aplicada no laboratório de emissões de uma empresa

automobilística pode fornecer uma maior capacidade de testes realizados e com

qualidade superior quando comparados com a realização da tarefa manual.

Contudo, a empresa que custeou os materiais aplicados no projeto, obteve os

benefícios citados acima, podendo se destacar na qualidade de seu processo e

consequentemente do seu produto final, diferenciando no mercado competitivo do

ramo automobilístico.

Page 54: Trabalho de Conclusão de Curso

53

REFERÊNCIAS

FRANCO, Sérgio Nobre, Comandos hidráulico. Informações tecnológicas. Apostila SENAI, São Paulo, 1987 GLEHN, Fábio Ribeiro Von, Curso de Injeção eletrônica. Conceitos teóricos e aspectos práticos. 4ed. Goiânia: Ciclo Engenharia, 2001. GUTIERREZ. Complexo Eletrônico. Automação do Controle Industrial - Disponível em: http://br.librosintinta.in/biblioteca/ver-pdf/www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/bnset/set2807.pdf.htx. Acessado em 15/09/2012. LOPES, Marco Aurélio Moreira. “A importância dos sistemas supervisórios no controle de processos industriais”. 2009. 39. Trabalho acadêmico – Universidade Federal de Ouro Preto, MG. MANO, Eloisa Biasotto; PACHECO, Élen; BONELLI, Cláudia. Meio ambiente, poluição e reciclagem. São Paulo: Edgard, 2005. MACHADO, Paulo Roberto. Curso de engenharia mecânica da ULBRA. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA5MsAG/sensores-pressao#. Acessado em 25/08/2012. MORAES, Cícero Couto de; CASTRUCCI, Plínio de Lauro. Engenharia de automação industrial. 2ª edição. Rio de janeiro: LTC, 2007. PROCONVE; PROGRAMAS DE CONTROLE DE EMISSÕES VEICULARES. Disponível em: http://www.ibama.gov.br/areas-tematicas-qa/programa-proconve. Acessado em 03/09/12. TORRES, Danilo Antônio. “Ampliação do laboratório de emissões”. 2008. Trabalho acadêmico – Centro Universitário Salesiano de São Paulo, SP. TRIPLER, Paul A.; Física Para Cientistas e Engenheiros. 3ª edição. Rio de janeiro: LTC, 1995. RIBEIRO, Marco Antônio. Automação Industrial. 4ª edição Editora: TEK treinamento & consultoria LTDA, 2001. ROSÁRIO, J.M. Princípios de Mecatrônica. São Paulo: Prentice Hall, 2005. VIEIRA, Neise Ribeiro. Poluição do Ar. Rio de Janeiro: E-papers, 2009. WAKERLY, John F. Digital Design Principles & Practices. 3ª edição. Prentice Hall: Rio de Janeiro, 2000.

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ANEXOS

Anexo A: Orçamento dos transdutores de pressão da empresa “MTS”

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Anexo B: Orçamento dos transdutores de pressão da empresa “HBM”