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Eliade – Tratado de história das religiões
Introdução Estudo fenomenológico; hierofania; tipologias (10).
Morfologia e estrutura do sagrado Heterogeneidade; dialética das hierofanias; ambivalência. Estrutura.
Céu Significância: transcendência; simbolismo: altura; Deus otiosus; fusão e substituição; soberania; Grande Deusa.
Sol Estrutura: racional, coerente; descendência; solarização; psicopompo e hierofante iniciático.
Lua Ritmos da vida que se repetem; águas, vegetação, fertilidade; tempo; morte, iniciação, destinos.
Águas Germes; cosmogonias aquáticas; água viva; imersão; dilúvio; função.
Pedras Modo de ser absoluto; utilizadas; fertilizantes; meteoritos.
Terra Maternidade; céu e terra; estrutura: indistinta; homo-humus; solidariedade; solo cultivável e a mulher.
Vegetação Regeneração; classificação; microcosmos; habitação da divindade; centro do universo; descendência.
AgriculturaMistério da regeneração vegetal mais dramático; oferendas mágicas; força manifestada na colheita; morte; mulher; sexualidade; orgia.
EspaçoRepetição da hierofania primordial; consagração do espaço; construção; centro do mundo; simbolismo do centro; nostalgia do paraíso.
TempoTempo contínuo; periodicidade; regeneração total do tempo; repetição simbólica da criação; nostalgia da eternidade.
Morfologia e função dos mitos Mitos cosmogônicos; coincidentia oppositorum; androginia divina; androginia humana; história exemplar; degeneração.
Estrutura dos símbolos Degeneração: infantilismo; simbolismo é hierofania; sistemas simbólicos coerentes.
Weber – Sociologia da religião
Nascimento das religiõesIntramundanos; poderes supra-sensíveis; naturalismo e simbolismo; culto aos antepassados; monoteísmo; universalismo e monoteísmo; magia como coação.
Mago e sacerdoteSacerdotes são funcionários profissionais, sua autoridade se
define por seu cargo institucionalizado; o mago exerce profissão liberal.
Conceito de deus, ética e tabuDivindades éticas; importância sociológica das normas
estabelecidas pelo tabu; ética mágica e religiosa.
ProfetaPosição em relação ao mago e sacerdote; profeta legislador,
mestre e mistagogo; revelação profética.
CongregaçãoProfeta, séquito e congregação; congregação de leigos;
religiosidade congregacional; profecia e sacerdócio.
Saber sagrado, sermão e cura de almas
Escrituras canônicas e dogmas; sermão e cura de almas.
Estamentos, classes e religião
Camponeses; aristocracia de cavaleiros; burguesia; negativamente privilegiados; condicionamento da religiosidade de salvação pela classe e estamento;
intelectualismo.
O problema da teodiceiaIdeia monoteísta de deus e a imperfeição do mundo;
escatologias messiânicas.
Os caminhos de salvação e sua influência sobre a condução da vida
Ritualismo; êxtase, orgia, euforia e método de salvação racional; racionalização do método de salvação; ética de
virtuosos; ascetismo intramundano, extramundano e misticismo extramundano; mitos soteriológicos; salvação pela graça sacramental e pela institucional; salvação pela fé; graça
de predestinação.
Ética religiosa e o mundoÉtica de convicção; tensão entre racionalização ético-religiosa
e racionalização econômica da vida; relações sexuais.
Religiões mundiais e o mundoJudaísmo, islã, budismo; capitalismo; economia de católicos,
judeus e puritanos.
Pierucci – A religião como solvente
O padrão desenvolvimentista do campo religioso brasileiro é a passagem de religiões étnicas para universais. Exemplo: candomblé e luteranismo. É a religião universal de salvação individual dissolvendo laços de sangue, para criar laços puramente religiosos em uma congregação de fiéis, uma comunidade social nova. Ela é disruptiva e extrativista.
Mas a umbanda desde a década de 1970 é considerada universal, e o catolicismo sempre o foi, então porque esses perdem espaço, não convertem? Dentre as religiões de visada e missão universal saem-se melhor aquelas de cunho consequentemente individualista e militantemente missionário. Além disso, o Brasil está se destradicionalizando em termos religiosos.
Geetz – A religião como sistema cultural
Introdução Definição de cultura; ethos e visão do mundo.
Religião é (1)...um sistema de símbolos que atua para...
Objeto, ato/concepção; padrões culturais; modelo de e modelo para.
(2)...estabelecer poderosos, penetrantes e duradouros ânimos e motivações nos homens
através da...
São modelos para; disposições; motivações (tendência permanente, significativa quanto ao fim); ânimos (menos duradouras, significativa quanto ao surgimento).
(3)...formulação de conceitos de uma ordem de existência geral e...
Necessidade de explicar a ordem geral das coisas; pontos no qual o caos ameaça: 1)nos limites de sua capacidade analítica, 2)de seu poder de suportar, 3)de sua introspecção moral; Problema do Significado.
(4)...vestindo essas concepções com tal aura de fatualidade que...
Aquele que tiver que saber precisa primeiro acreditar; perspectivas religiosa, senso-comum, ciência, estética; ritual.
(5)... os ânimos e motivações parecem singularmente realistas.
Impacto do ritual está no senso-comum.
Conclusão Estudo antropológico da religião é uma operação em dois estágios.
Asad – A construção da religião como uma categoria antropológica
Buscas teóricas de uma essência da religião levaram a separá-la do domínio de poder. Argumento: Não pode haver conceitos universalistas de religião (conceito de Geertz é), por
elementos constituintes e suas relações são historicamente específicos, e esta definição é ela mesma o produto histórico de processos discursivos.
Símbolo não é um objeto que serve como veículo para uma concepção: ele é a própria concepção. Suposição errada de que existem dois níveis separados em interação: o cultural, de um lado
(consistindo em símbolos), e o social e psicológico, do outro. Assim, separando símbolos de condições socais e estados mentais.
Não é possível prever qual seria o conjunto de disposições “distintivas” de um devoto cristão na sociedade industrial moderna, pois que não é apenas a devoção, mas as instituições sociais, políticas e econômicas em geral, que conferem estabilidade ao fluxo de atividades de um cristão e à qualidade de sua experiência. Portanto, não são apenas os símbolos que implantam disposições verdadeiramente cristãs, mas o poder.
Uma consequência de supor que existe um sistema simbólico separado das práticas é que distinções importantes são obscurecidas ou negadas. O processo simbólico através do qual os conceitos de disposições religiosas são inseridas em um arcabouço cósmico é uma operação bastante distinta e os signos envolvidos são bastante distintos. É uma ideia moderna a de que um praticante não sabe como viver religiosamente sem ser capaz de articular esse saber.
Geertz assume, inadvertidamente, o ponto de vista da teologia ao insistir na primazia do significado
em detrimento dos processos através dos quais os significados são construídos.
A visão modesta da religião como uma questão de como cultivar uma atitude positiva em relação
ao problema da desordem é produto do único espaço legítimo permitido ao cristianismo pela
sociedade pós-iluminista, o direito à crença individual.
E esta visão tomaria qualquer filosofia que realizasse tal função como religião.
O tratamento de Geertz da crença religiosa é um modo cristão privatizado e moderno ao enfatizar a prioridade da crença enquanto um estado mental ao invés de um corpo de saberes práticos, portanto, o axioma básico subjacente ao que Geertz chama de “a perspectiva religiosa” não é o mesmo em toda parte.
A religião hoje é uma perspectiva, mas a ciência não o é. A passagem sobre os rituais oscila entre especulações arbitrárias sobre o que acontece na
consciência daqueles que conduzem cerimônias religiosas e afirmações infundadas sobre o ritual. Toda sua abordagem é ambígua e fenomenológica. Os dois estágios propostos por Geertz são um. Os símbolos religiosos não podem ser
compreendidos independentemente de suas relações históricas.