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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CIV0451 – PAVIMENTAÇÃO DOCENTE: MOACIR GILHERMINO DA SILVA Tipos de Revestimentos Aslfálticos Discentes: Eduardo Eiler Batista de Araújo Ênio Bruno de Aquino Matheus Macêdo de Oliveira

Tipos de Revestimentos Asfálticos

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Tipos de Revestimentos Asfálticos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTEDEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVILCIV0451 PAVIMENTAODOCENTE: MOACIR GILHERMINO DA SILVA

Tipos de Revestimentos AslflticosDiscentes: Eduardo Eiler Batista de Arajonio Bruno de AquinoMatheus Macdo de Oliveira

1. Introduo

Os pavimentos so estruturas de mltiplas camadas, sendo o revestimento a camada que se destina a receber a carga dos veculos e mais diretamente a ao climtica

Na maioria dos pavimentos brasileiros usa-se como revestimento uma mistura de agregados minerais, de vrios tamanhos, podendo tambm variar quanto fonte, com ligantes asflticos

De forma adequadamente proporcionada e processada, garante ao servio executado os requisitos de impermeabilidade, flexibilidade, estabilidade, durabilidade, resistncia derrapagem, resistncia fadiga e ao trincamento trmico de acordo com o clima e o trfego previstos para o local1. Introduo

Para atender os requisitos tcnicos e de qualidade de um pavimento asfltico sero necessrios:

projeto adequado da estrutura do pavimento

projeto de dosagem da mistura asfltica compatvel com as outras camadas escolhidas1. Introduo

Nos casos mais comuns, at um determinado volume de trfego, um revestimento asfltico de um pavimento novo consiste de uma nica camada de mistura asfltica

1. Introduo

O material de revestimento pode ser fabricado em usina especfica (misturas usinadas), fixa ou mvel, ou preparado na prpria pista (tratamentos superficiais)Os revestimentos so tambm identificados quanto ao tipo de ligante: a quente com o uso de CAP, ou a frio com o uso de EAPAs misturas usinadas podem ser separadas quanto distribuio granulomtrica em: densas, abertas, contnuas e descontnuas1. Introduo

Em casos de recomposio da capacidade estrutural ou funcional, alm dos tipos descritos, possvel ainda lanar mo de outros tipos de misturas asflticas que se processam em usinas mveis especiais que promovem a mistura agregados-ligante imediatamente antes da colocao no pavimento, podendo ser separadas em:

misturas novas relativamente fluidas (lama asfltica e microrrevestimento)

misturas recicladas com uso de fresadoras-recicladoras 1. Introduo

2.1 Misturas Usinadas

A mistura de agregados e ligante ocorre em usina estacionria, de onde a mistura ser transportada por um caminho at o ponto de lanamento por uma vibroacabadora. Seguidamente, o material compactado at atingir um grau de compresso que resulte num arranjo estrutural estvel e resistente.

2.1 Misturas Usinadas

As misturas a quente se diferenciam em vrios tipos de acordo com o padro-granulomtrico empregado e as exigncias de caractersticas mecnicas de acordo com a sua finalidade.

Em geral, as misturas so compostas de agregado grado, agregado mido, ligante asfltico e, eventualmente, fler.

2.1.1 Misturas Usinadas a Quente

Concreto Asfltico (CA):Mistura resistente em todos os aspectos, desde que seja preparado com a dosagem correta. Pode ser:

Convencional: CAP e agregados aquecidos, segundo a especificao DNIT-ES 013/2004.

Especial quanto ao ligante asfltico:- Com aslfalto modificado por polmero ou com asfalto-borracha.Com asfalto duro, misturas de mdulo elevado (EME).

Devido ao arranjo bem-graduado, a quantidade de ligante asfltico requerida para preencher os vazios no pode ser muito elevada, pois a mistura necessita de contar com vazios com AR aps a compactao.

Concreto Asfltico (CA):Sistema Superpave:Evitam misturas de difcil compactao (ex: com muita areia fina). Hoje em dia as tabelas com critrios de dosagem tm sido substitudas pela curva granulomtrica.

O CA o tipo de revestimento mais utilizado no Brasil. Contudo, suas propriedades so muito sensveis a variao do teor de ligante asfltico. Ligante asfltico convencional pode ser substitudo por ligante modificado por polmero ou por polmero borracha.

2.1.1 Misturas Usinadas a Quente

Camada Porosa de Atrito (CPA):Tambm chamado de revestimento asfltico drenante, o CPA possui uma pequena quantidade de fler, de agregado mido e de ligante asfltico. Logo, ela empregada como camada de rolamento e tem finalidade funcional de aumento de aderncia pneu-pavimento em dias de chuva. Essa camada drenante dever ser executada sobre uma camada densa estrutural.

2.1.1 Misturas Usinadas a Quente

Camada Porosa de Atrito (CPA):Principais Vantagens:

Reduo da espessura da lmina dgua.Reduo das distncias de frenagem.Reduo do spray proveniente do borrifo de gua pelos pneus dos veculos.Maior distncia de visibilidade.Reduo da reflexo da luz dos faris noturnos.Reduo de rudo de rolamento.

Principal Desvantagem:Pode ocorrer colmatao, resultante da contaminao dos vazios por impurezas.

2.1.1 Misturas Usinadas a Quente

Stone Matrix Asphalt (SMA):

Originado na Alemanha, tem sua aplicao comumente relacionada com a reabilitao de pavimentos.A mistura contm uma elevada porcentagem de agregados grados, com os vazios preenchidos por mstique asfltico (areia, fler, ligante asfltico e fibras).Aplicado como camada de rolamento ou de ligao.

2.1.1 Misturas Usinadas a Quente

Stone Matrix Asphalt (SMA):

Devido a alta concentrao de agregados grados, tem-se uma macrotextura superficialmente rugosa, formando pequenos canais" entre os agregados grados, responsveis por uma eficiente drenabilidade superficial e aumento de aderncia pneu-pavimento.

2.1.1 Misturas Usinadas a Quente

Stone Matrix Asphalt (SMA):

Principais aplicaes: vias com alta frequncia de caminhes, intersees, pistas de aeroporto, estacionamento, reas de carregamento e descarregamento de cargas.

Principais vantagens: boa estabilidade a elevadas temperaturas, boa flexibilidade a baixas temperaturas, elevada resistncia ao desgaste, boa resistncia a derrapagem, reduo do spray de gua, reduo do rudo ao rolamento.

2.1.1 Misturas Usinadas a Quente

Gap-Graded:A mistura contm uma graduao descontnua densa que resulta em macrotextura rugosa, mas sem apresentar alto teor de vazios. Geralmente, vm sendo utilizada com asfalto-borracha.

2.1.1 Misturas Usinadas a Quente

Gap-Graded:Tem sido utilizada como camada estrutural estrutural de revestimento, como na restaurao de pavimentao e duplicao de trechos de rodovias. Deve ser espalhada e compactada a quente.

2.1.1 Misturas Usinadas a Quente

Areia Asfalto Usinada a Quente:

Tipo de argamassa asfltica que utilizada em regies onde no existem agregados ptreos grados, possui maior consumo de ligante do que os concretos asflticos convencionais devido ao aumento da superfcie especfica.Normalmente empregada como revestimento de rodovias de trfego no muito elevado.

Desvantagem:-Possui menor resistncia s deformaes permanentes quando comparado s outras misturas usinadas.

2.1.1 Misturas Usinadas a Quente

Os pr-misturados a frio (PMF) consistem em misturas usinadas de agregados gra-dos, midos e de enchimento, misturados com emulso asfltica de petrleo (EAP) temperatura ambiente. 2.1.2 Misturas Usinadas a Frio

Dependendo do local da obra, podem ser usadas para misturar os PMFs:

usinas de solo ou de brita graduada

usinas de concreto asfltico sem ativar o sistema de aquecimento dos agregados

usinas de pequeno porte com misturadores tipo rosca sem fim

ou usinas horizontais dotadas de dosadores especiais2.1.2 Misturas Usinadas a Frio

Utilizao:

O PMF pode ser usado como revestimento de ruas e estradas de baixo volume de trfego, ou ainda como camada intermediria (com CA superposto) e em operaes de conservao e manuteno

2.1.2 Misturas Usinadas a Frio

Os aspectos funcional, estrutural e hidrulico do PMF, variam de acordo com o volume de vazios, e funo da granulometria escolhida. Usada como camada de base ou revestimento, pode ser executado em trs categorias

aberto (PMFA): com pequena ou nenhuma quantidade de agregado mido e com pouco ou nenhum fler, ficando aps a compactao, com volume de vazios (VV) elevado, 22 < VV 34%;

semidenso: com quantidade intermediria de agregado mido e pouco fler, ficando aps a compactao com um volume de vazios intermedirio, 15 < VV 22%;

denso (PMFD): com agregados grado, mido e de enchimento, ficando aps a compactao com volume de vazios relativamente baixo, 9 < VV 15%.

2.1.2 Misturas Usinadas a Frio

Observao: No que concerne permeabilidade, pode-se observar:

vazios 12% apresenta baixa permeabilidade podendo ser usado como revestimento;

vazios > 12% apresenta alta permeabilidade, necessitando uma capa selante caso seja usado como nica camada de revestimento.

Quando >20% pode ser usado como camada drenante

2.1.2 Misturas Usinadas a Frio

Aplicao:

Os PMFs podem ser usados em camada de 30 a 70mm de espessura compactada, dependendo do tipo de servio e da granulometria da mistura.

Espessuras maiores devem ser compactadas em duas camada

2.1.2 Misturas Usinadas a Frio

Aplicao:

As camadas devem ser espalhadas e compactadas temperatura ambiente.

O espalhamento pode ser feito com vibroacabadora ou at mesmo com motoniveladora, o que conveniente para pavimentao urbana de ruas de pequeno trfego.2.1.2 Misturas Usinadas a Frio

As principais vantagens da tcnica de misturas a frio so:

uso de equipamentos mais simples

trabalhabilidade temperatura ambiente

boa adesividade com quase todos os tipos de agregado britado

possibilidade de estocagem

Flexibilidade elevada2.1.2 Misturas Usinadas a Frio

O DNIT inclui a possibilidade de uso de emulso asfltica modificada por polmero nos pr-misturados a frio, para atender caractersticas especficas de clima e trfego2.1.2 Misturas Usinadas a Frio

Misturas asflticas processadas em usinas mveis especiais que promovem a mistura agregados-ligante imediatamente antes da colocao no pavimento;

Caracterizadas por serem misturas relativamente fluidas;

Exemplos: Lama asfltica e microrrevestimento; 2.2 Misturas In Situ em Usinas Mveis

LAMA ASFLTICA:

Caractersticas:

Material de Consistncia fluida;

Oriundo da mistura de agregados minerais, material de enchimento ou fler, emulso asfltica e gua, uniformemente misturadas e espalhadas no local da obra, temperatura ambiente.

2.2 Misturas In Situ em Usinas Mveis

LAMA ASFLTICA:

Utilizao:

Utilizada no Brasil, Estados Unidos e Frana desde a dcada de 60;

Principal aplicao em manuteno de pavimentos, especialmente nos revestimentos com desgaste superficial e pequeno grau de trincamento

2.2 Misturas In Situ em Usinas Mveis

LAMA ASFLTICA:

Utilizao:Aplica-se especialmente em ruas e vias secundrias

Pode ser utilizada com granulometria mais grossa, para repor a condio de atrito superficial e resistncia aquaplanagem2.2 Misturas In Situ em Usinas Mveis

LAMA ASFLTICA:

Utilizao:

Usado tambm como capa selante aplicada sobre tratamentos superficiais envelhecidos (No entanto, no corrige irregularidades acentuadas nem aumenta a capacidade estrutural)

2.2 Misturas In Situ em Usinas Mveis

LAMA ASFLTICA:

Processamento:

Usinas mveis com um silo de agregados e um de emulso, em geral de ruptura lenta, um depsito de gua e um de fler;

A mistura ocorre em propores preestabelecidas imediatamente antes de serem aplicadas.

2.2 Misturas In Situ em Usinas Mveis

LAMA ASFLTICA:

Aplicao:

Espalhada atravs de barra de distribuio de fluxo contnuo e tanto quanto possvel homogneo, em espessuras delgadas de 3 a 4mm, sem compactao posterior.

2.2 Misturas In Situ em Usinas Mveis

LAMA ASFLTICA:

Aplicao de lama asftica. (Fonte: Prefeitura de Tapurah-MT)2.2 Misturas In Situ em Usinas Mveis

MICRORREVESTIMENTO:

Caractersticas:

Considerada uma evoluo da lama asfltica;

Usa o mesmo princpio e concepo, mas utiliza emulses modificadas com polmeros, aumentando a sua vida til;

2.2 Misturas In Situ em Usinas Mveis

MICRORREVESTIMENTO:

Caractersticas:

Caracteriza-se por ser uma mistura a frio, processada em usina mvel especial;

Eventualmente adiciona-se fibras;

Rapidez na liberao do trfego.

2.2 Misturas In Situ em Usinas Mveis

MICRORREVESTIMENTO:

Processamento:

Aplicado com emulso asfltica de ruptura controlada modificada por polmero;

A emulso preparada de tal forma que permita sua mistura aos agregados como se fosse lenta e em seguida sua ruptura torna-se rpida.2.2 Misturas In Situ em Usinas Mveis

MICRORREVESTIMENTO:

Utilizao:

Recuperao funcional de pavimentos deteriorados;Capa selante;Revestimento de pavimentos com baixo volume de trfego;Camada intermediria anti-reflexo de trincas em projetos de reforo estrutural 2.2 Misturas In Situ em Usinas Mveis

Foto comparativa:antes e depois da aplicao do microrrevestimento. (Fonte: BR distribuidora)2.2 Misturas In Situ em Usinas Mveis

2.3 Misturas Asflticas Recicladas

Definio:

Entende-se por reciclagem de pavimentos o processo de reutilizao de misturasasflticas envelhecidas e deterioradas para produo de novas misturas, aproveitandoos agregados e ligantes remanescentes, provenientes da fresagem, com acrscimo deagentes rejuvenescedores, espuma de asfalto, CAP ou EAP novos, quando necessrios,e tambm com adio de aglomerantes hidrulicos.

2.3 Misturas Asflticas Recicladas

Caractersticas:

Normalmente os agregados de uma mistura envelhecida mantm as suas caractersticas fsicas e de resistncia mecnica intactas, enquanto o ligante asfltico tem suas caractersticas alteradas;

possvel reaproveitar totalmente o material triturado ou cortado pelas e recuperar as caractersticas do ligante com a adio de agentes de reciclagem ou rejuvenescedores;2.3 Misturas Asflticas Recicladas

Processamento:

A reciclagem pode ser efetuada:

A quente: Utiliza CAP, agente rejuvenescedor e agregados fresados aquecidos;

A frio: Utiliza EAP, agente rejuvenescedor emulsionado e agregados fresados a temperatura ambiente.2.3 Misturas Asflticas Recicladas

Processamento:

A reciclagem pode ser realizada em:

Usina: A quente ou a frio Material fresado levado para usina;

In situ: A quente ou a frio Material fresado misturado ao ligante no prprio local;

In situ: Com espuma de asfalto Pode ser incorporada ao revestimento antigo, uma parte da base Formao de nova base.2.3 Misturas Asflticas Recicladas

2.4 Tratamentos Superficiais

Definio:

Os chamados tratamentos superficiais consistem em aplicao de ligantes asflticos e agregados sem mistura prvia, na pista, com posterior compactao que promove o recobrimento parcial e a adeso entre agregados e ligantes.

Caractersticas:

Proporcionar uma camada de rolamento de pequena espessura, porm, de alta resistncia ao desgaste;Impermeabilizar o pavimento;Proporcionar um revestimento antiderrapante;Proporcionar um revestimento de alta flexibilidade.

2.4 Tratamentos Superficiais

Classificao:

TSS Tratamento Superficial Simples

TSD Tratamento Superficial Duplo;

TST Tratamento Superficial Triplo.2.4 Tratamentos Superficiais

Classificao:.

Esquema de tratamento superficiais (sem escala). (Fonte:Nascimento, 2004)2.4 Tratamentos Superficiais

2.4 Tratamentos Superficiais

Etapas construtivas de um tratamento supercial simples).

3. Concluso

De forma geral, os diferentes tipos de revestimentos atendem s diferentes necessidades. Para isso, o tipos de revestimentos se diferenciam principalmente com relao as suas dosagens, composies e granulometrias. Alm disso, a correta escolha do tipo de revestimento dependem do volume de trfego, das aes climticas e condies de disposio dos materiais em torno do local de aplicao.

4. Referncias

BERNUCCIi, Liedi Barinani, et al. Pavimentao Asfltica: Formao Bsica para Engenheiros. Rio de Janeiro, 2008. Cap.4.

MOURA, Edson. Transportes e Obras de Terra: Movimento de Terra e Pavimentao. So Paulo. Faculdade de Tecnologia de So Paulo. 2011. Notas de Aula. Disponvel em: , Acesso em 19 de maro de 2015.