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4 AS FORÇAS DE MERCADO DA OFERTA E DA DEMANDA Quando uma frente fria atinge a Flórida, o preço do suco de laranja au- menta em todos os supermercados do país. Quando o tempo esquenta na Nova Inglaterra todo verão, as diárias dos hotéis despencam no Caribe. Quando surge uma guerra no Oriente Médio, o preço da gasolina aumenta nos Estados Unidos e 'caem os preços dos Cadillacs usados. O que estes acontecimentos têm em comum? Todos eles mostram a ação da oferta e da demanda. O Oferta e demanda são as palavras que os economistas utilizam com mais frequência e comboas razões. Oferta e demanda são as forças que movem as economias de mercado. Determinam a quantidade produzida de cada bem e o preço pelo qual será vendido. Se você quiser saber como um fato ou uma políti- ca afetará a economia, você precisa pensar primeiro em seus impactos sobre a °fe rta e a demanda. da oferta è da àemanda.jConsidera como rtam e como interagem. Mostra como a oferta e a demanda determinam os preços nas economias de mercado e como os preços, por sua vez, alocam os recursos escassos da economia. Examinará fl ijwe tteterrnv á demanda de um bem n um mercado compffith'1 Verá curno a oferta e a demanda em conjunto deterriiiríam o preço'e a quantidade venAiáa deúmbem

Texto Eco1 Capitulo IV

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  • 4

    A S F O R A S D E M E R C A D O D A

    O F E R T A E D A D E M A N D A

    Quando uma frente fria atinge a Flrida, o preo do suco de laranja au-menta em todos os supermercados do pas. Quando o tempo esquenta naNova Inglaterra todo vero, as dirias dos hotis despencam no Caribe.Quando surge uma guerra no Oriente Mdio, o preo da gasolina aumentanos Estados Unidos e 'caem os preos dos Cadillacs usados. O que estesacontecimentos tm em comum? Todos eles mostram a ao da oferta e dademanda.

    O Oferta e demanda so as palavras que os economistas utilizam com maisfrequncia e com boas razes. Oferta e demanda so as foras que movem aseconomias de mercado. Determinam a quantidade produzida de cada bem e opreo pelo qual ser vendido. Se voc quiser saber como um fato ou uma polti-ca afetar a economia, voc precisa pensar primeiro em seus impactos sobre aferta e a demanda.

    da oferta da emanda. jConsidera comortam e como interagem. Mostra como a

    oferta e a demanda determinam os preos nas economias de mercado e comoos preos, por sua vez, alocam os recursos escassos da economia.

    Examinar fl ijwe tteterrnv demanda de um bem num mercado compffith'1

    Ver curno a oferta e ademanda em conjuntodeterriiiram o preo'e a

    quantidade venAiadembem

  • >l. ATI II OriRTA E D E M A N D A I: COMO FUNCIONAM OS MERCADOS

    marcadottm grupo de compradores evenjjtdores de um dado bemOU Sena fO

    Os termos oferta e demanda se referem ao comportamento das pessoas quandointeragem nos mercados. Um mercado um grupo de compradores e vende-dores de um dado bem ou servio. Os compradores, em conjunto, determinama demanda pelo produto, e os vendedores, em conjunto, determinam a ofertado produto. Antes de observar como os compradores e vendedores se condu-zem, examinemos mais atentamente o que queremos dizer com "mercado" eos vrios tipos de mercado que se apresentam na economia.

    mercado competitivoum mercado em que h muitoscompradores e muitosvendedores de modo que cadaum deles exerce um impactonegligencivel sobre os preosde mercado

    MERCADOS COMPETITIVOS

    Os mercados apresentam diversas formas. s vezes so extremamente organi-zados, como os mercados de commodities agrcolas. Em tais mercados os com-pradores e vendedores se encontram em horrios e locais especficos, onde umleiloeiro ajuda a fixar os preos e combinar as vendas.

    Mais frequentemente, os mercados so menos organizados. Por exemplo,observemos o mercado de sorvete de uma dada cidade. Os compradores desorvete no se renem em um horrio determinado. Os vendedores de sorveteso encontrados em diversos locais e oferecem produtos diferentes. No h lei-loeiro anunciando o preo do sorvete. Cada vendedor estabelece um preopara a casquinha de sorvete e cada comprador decide a quantidade de sorveteque comprar em cada loja.

    Mesmo no sendo organizado, o grupo de compradores e vendedores desorvete forma um mercado. Cada comprador sabe que h vrios vendedoresentre os quais escolher e cada vendedor sabe que seu produto similar ao ofe-

    ' recido por outros vendedores JO preo do sorvete e a quantidade de sorvetevendido no so determinados por um nico comprador ou vendedor. Pelocontrrio, o preo e a quantidade so determinados por todos os compradorese vendedores medida que interagem no mercado/

    O mercado de sorvete, como a maioria dos mercados, altamente compe-titivo. Um mercado competitivo um mercado em que h muitos comprado-res e muitos vendedores, de modo que cada um deles exerce um impacto negli-gencivel sobre os preos de mercado. Cada vendedor de sorvete tem um con-trole limitado sobre o preo pelo qual outros vendedores oferecem um produ-to similar. Um vendedor tem poucos motivos para cobrar menos do que o pre-o corrente e, se cobrar mais, os compradores iro comprar em outro lugar. Deforma anloga, nenhum comprador individual de sorvete pode influenciar seupreo porque compra apenas uma pequena frao do total.

    Neste captulo veremos como compradores e vendedores interagem emmercados competitivos. Observaremos como as foras da oferta e da demandadeterminam tanto a quantidade vendida quanto o preo de um bem.

    CONCORRNCIA: PERFEITA E OUTRAS

    Vamos supor neste captulo que os mercados sejam perfeitamente competitivos.Os mercados perfeitamente competitivos se definem por meio de duas caracte-rsticas: (1) os bens oferecidos venda so todos iguais, e (2) os compradores evendedores so to numerosos que nenhum nico comprador ou vendedorpode influir no preo de mercado/Como compradores e vendedores em mer-cados perfeitamente competitivos devem aceitar o preo que o mercado deter-mina, diz-se que so tomadores de preos.

    CAPTULO 4 AS F O R A S DE MERCADO DA O F E R T A E DA DEMANDA 67

    Em alguns mercados o conceito de concorrncia perfeita se aplica perfei-tamente. No mercado de trigo, por exemplo, h milhares de agricultores quevendem trigo e milhes de consumidores que usam o trigo e seus subprodu-tos. Como nenhum comprador ou vendedor pode influir no preo do trigo,cada um deles considera esse preo um dado.

    Contudo, os mercados de muitos bens e servios no so perfeitamentecompetitivos. Em alguns mercados existe apenas um vendedor, e este vende-dor determina o preo. Este tipo de vendedor constitui um monoplio. Seu for-necedor de televiso a cabo, por exemplo, pode ser um monoplio. Os mora-dores de sua cidade provavelmente s contam com uma empresa para forne-cer esse servio.

    Em outros mercados h poucos vendedores que nem sempre competemagressivamente. Este tipo de mercado denominado oligoplio. Por exemplo,algumas rotas areas so oligoplios. Se a rota entre duas cidades atendidapor duas ou trs empresas areas, estas muito provavelmente evitaro a con-corrncia para manter os preos altos. Em outros mercados, ainda, h muitosvendedores oferecendo produtos ligeiramente diferentes. Como os produtosno so idnticos, cada vendedor pode determinar, em certa medida, o preode seu produto. Diz-se que um mercado deste tipo monopolisticamente compe-titivo. Um exemplo deste tipo de mercado o de software. Muitos processado-res de textos concorrem por usurios, mas os programas diferem entre si e tmseu prprio preo.

    Apesar da diversidade de mercados encontrados no mundo real, come-aremos estudando a concorrncia perfeita. Mercados perfeitamente competi-tivos so os mais fceis de analisar. Mais ainda, como algum grau de concor-rncia est presente na maioria dos mercados, muito do que aprendermos es-tudando a oferta e a demanda na concorrncia perfeita se aplica, tambm, amercados mais complexos.

    TESTE RPIDOdo competitivo?

    O que mercado? Quais os requisitos de um merca-

    Iniciaremos o estudo dos mercados observando o comportamento dos com-pradores. Veremos o que determina a quantidade demandada de qualquerbem, que a quantidade dobem que os compradores desejam e podem com-prar. Para pr em evidncia nossas ideias, vamos tratar de um bem em espe-cial sorvete.

    quantidadedemandadaquantidade do bem que oscompradores desejam e podemcomprar

    DETERMINANTES DA DEMANDA INDIVIDUAL

    tPense em sua demanda por sorvete. Como vote decide quanto sorvete com-prar todo ms e que fatores influem em sua deciso? Aqui esto algumas dasrespostas que voc pode dar. ..:, : ;

    Preo Se o preo do sorvete aumentar para US$ 20 a unidade, voc com-prar menos sorvete. Voc poder substitu-lo por iogurte congelado. Se o pre-o casse para US$ 0,20 a unidade, voc compraria muito mais. Uma vez que aquantidade demandada cai quando aumenta o preo e aumenta quando o pr-

  • * PAITi II OFtTA l OIMANDA I: COMO FUNCIONAM OS MERCADOS CAPTULO 4 AS F O R A S DE MERCADO DA O F E R T A E DA DEMANDA, 69

    lei da demandaa afirmao de que, tudo o maismantido constante, aquantidade demandada de umbem aumenta quando o preoda bem diminui

    bem normalum bem para o qual, tudo omais mantido constante, umaumento na renda provoca umaumento na quantidadedemandada

    bem Inferioraquele cuja quantidadedemandada diminui, tudo omais mantido constante,quando a renda aumenta

    bens substitutosdois bens para os quais, tudo omais mantido constante, umaumento no preo de um delesaumenta a demanda pelo outro

    bens complementaresbens para os quais o aumentono preo de um dos bens leva auma reduo na demanda pelooutro bem

    o cai, dizemos que a quantidade demandada se relaciona negativamente com opreo. Esta relao entre preo e quantidade demandada valida para a maio-ria dos bens, e de fato to disseminada que os economistas a chamam de a leida demanda: tudo o mais mantido constante, quando o preo de um bem au-menta, a quantidade demandada cai.

    R e n d a O que aconteceria com sua demanda por sorvete se voc perdesseseu emprego no vero? Muito provavelmente cairia. Uma renda menor signifi-ca que voc tem menos dinheiro para seus gastos totais, de modo que voc te-ria que gastar menos com alguns e provavelmente com todos os bens. Sea demanda por um bem cai, quando a renda cai, chamamos esse bem de bemnormal.

    Nem todos os bens so normais. Se a demanda por um bem aumentaquando a renda cai, diz-se que o bem inferior. Um exemplo de bem inferiorso as viagens de rtibus. Se sua renda cair, mais difcil que voc compre umcarro ou ande de txi, e mais provvel que voc ande de nibus.

    P r e o s de produtos r e l a c i o n a d o s Suponha que o preo do io-gurte congelado caia. A lei da demanda diz que voc provavelmente comprarmenos sorvete. Uma vez que o sorvete e o iogurte congelado so, ambos, so-bremesas frias, doces e cremosas, eles satisfazem desejos semelhantes. Quandoa queda no preo de um bem reduz a demanda por outro bem, dizemos que setrata de bens substitutos. Outros pares de bens substitutos so, por exemplo,cachorros-quentes e hambrgueres, suteres de l e casacos de moletom, in-gressos para cinema e locao de fitas de vdeo.

    Suponha agora que o preo da cobertura de chocolate quente caia. Deacordo com a lei da demanda, voc comprar mais cobertura. Contudo, nestecaso voc tambm comprar mais sorvete, porque em geral a cobertura e o sor-vete so usados em conjunto. Quando a queda no preo de um bem aumenta ademanda por outro bem, os bens so chamados de complementares. Outrospares de bens complementares so gasolina e automveis, computadores esoftwares, patins e ingressos para pistas de patinao.

    Gostos O mais bvio determinante para a sua demanda so seus gostos. Sevoc gosta de sorvete, voc compra mais. Os economistas, em geral, no ten-tam explicar os gostos das pessoas, porque estes se baseiam em foras histri-cas ou psicolgicas que esto fora do campo de estudo da economia. Todavia,os economistas examinam o que acontece quando os gostos mudam.

    Expec ta t ivas Suas expectativas em relao ao futuro podem afetar hoje asua demanda por um bem ou servio. Por exemplo, se voc espera um aumen-to em sua renda a partir do ms que vem, voc pode estar disposto a gastar par-te de sua poupana na compra de sorvetes. Outro exemplo, se voc espera umaqueda no preo do sorvete para amanh, voc pode estar menos disposto acomprar hoje um picol.

    ESQUEMA DE DEMANDA E CURVA DE DEMANDA -

    Vimos que h muitas variveis que determinam a quantidade de sorvete quealgum demanda. Imagine, por enquanto, que todas essas variveis, exceto opreo, permaneam constantes. Vejamos agora como o preo afeta a quantida-dedemandada. : . ' : ' . . ..

    A Tabela 4-1 mostra quantas casquinhas de sorvete Catarina compramensalmente, dados os diferentes preos do sorvete. Se o sorvete for de graa,Catarina come 12 casquinhas. A um preo unitrio de US$ 0,50, Catarina com-pra 10 casquinhas. medida que o preo sobe, ela demanda cada vez menoscasquinhas de sorvete. Quando o preo atinge US$ 3,00, ela desiste de comprarsorvete. A Tabela 4-1 o esquema de demanda, um quadro que mostra a rela-o entre o preo de um bem e a quantidade demandada.

    A Figura 4-1 representa graficamente os nmeros contidos na Tabela4-1. Por conveno, o preo do sorvete est representado no eixo vertical e aquantidade demandada, no eixo horizontal. A linha inclinada para baixo,que relaciona preo e quantidade demandada, denominada curva de de-manda.

    PREO DA CASQUINHADE SORVETE

    $0,000301,001302,002,503,00

    QUANTIDADE DEMANDADA DECASQUINHAS DE SORVETE

    121086420

    Preo dacasquinha

    esquema de demandatabela que mostra a relaoentre preo de um bem equantidade demandada

    curva de demandagrfico da relao entre preode um bem e quantidadedemandada

    ESQUEMA DE DEMANDADE CATARINA

    CURVA DE DEMANDADE CATARINA. Esta curvade demanda, que representagraficamente o esquema dedemanda apresentado naTabela 4-1, mostra como aquantidade demandada do

    bem varia medida que seupreo se altera. Como umpreo menor aumenta a

    quantidade demandada, acurva de demanda se

    inclina para baixo.

  • * FACTI II OFEtTA l DEMANDA I: COMO FUNCIONAM OS MERCADOS C A P T U L O 4 AS FORAS DE MERCADO DA OFERTA E DA DEMANDA 71

    O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Quantidade decasquinhas de sorvete

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0 ti 12 Quanbdadedecasquinhas de sorvete

    Precedacasquinhade sorvete

    Demanda de mercado

    9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Quantidade decasquinhas de sorvete

    DEMANDA DE MERCADOCOMO SOMATRIO DAS

    DEMANDAS TNDIV1DUAISA curva de demanda de

    mercado obtidasomando-se, na horizontal,

    as curvas de demandaindividuais. Ao preo deUS$ 2 Catarina demanda4 casquinhas de sorvete e

    Nicolau demanda3 casquinhas. A quantidadedemandada pelo mercado

    a esse preo de7 casquinhas.

    ceteris paribusexpresso latina traduzidacomo "outras coisas sendoiguais", usada para lembrarque todas as variveis, que noaquela que est sendo estudada,so mantidas constantes

    CfTfR/S PARIBUS

    Sempre que vir uma curva de demanda lembre que ela foi traada mantendo mui-tos fatores constantes. A curva de demanda de Catarina, na Figura 4-1, mostra oque acontece com a quantidade de sorvete que ela demanda quando apenas variao preo do sorvete. A curva traada supondo que a renda, os gostos e as expecta-tivas de Catarina, bem como os preos dos produtos relacionados, no mudam.

    Os economistas usam a expresso ceteris paribus paia dizer que todas asvariveis relevantes, exceto a que estiver sendo estudada na ocasio, so man-tidas constantes. A expresso latina significa, literalmente, "outras coisas sen-do iguais". A curva de demanda se inclina para baixo porque, ceteris paribus,preos menores indicam uma maior quantidade demandada.

    Embora a expresso ceteris paribus se refira a uma situao hipottica naqual algumas variveis so mantidas constantes, no mundo real muitas coisasse alteram simultaneamente. Por isso, quando usarmos as ferramentas da ofer-ta e da demanda para analisar fatos ou polticas, importante ter em mente oque est sendo mantido constante e o que est mudando.

    DEMANDA DE MERCADO VERSUS DEMANDA INDIVIDUAL

    At agora falamos da demanda de uma pessoa por um produto. Para analisarofundonamento dos mercados precisamos determinar a demanda de mercado, que o somatrio de todas as demandas individuais por um dado bem ou servio.

    A Tabela 4-2 mostra os esquemas de demanda por sorvete de duas pessoas Catarina e Nicolau. A curva de demanda de Catarina nos diz quanto sorveteela compra a cada preo e a curva de demanda de Nicolau nos diz o quanto elecompra. A demanda de mercado o somatrio das duas demandas individuais.

    J

    /

    Uma vez que a demanda de mercado deriva das demandas individuais,a quantidade demandada no mercado depende dos fatores que determinam aquantidade demandada por compradores individuais. Assim, a quantidadedemandada pelo mercado no depende apenas do preo do bem, mas tambmda renda, gostos e expectativas dos consumidores, bem como dos preos dosbens relacionados. E depende tambm do nmero de compradores. (Se Pedro,outro consumidor de sorvete, se juntasse a Catarina e Nicolau, a quantidadedemandada pelo mercado seria, a cada preo, maior.) O esquema de demandada Tabela 4-2 mostra o que acontece com a quantidade demandada quando opreo varia enquanto as demais variveis que determinam a quantidade de-mandada so mantidas constantes.

    A Figura 4-2 mbstra as curvas de demanda que correspondem a esses es-quemas de demanda. Observe que somamos as curvas de demanda individualna horizontal paia obter'a curva de demanda de mercado. Isto , para obter aquantidade total demandada a cada preo, somamos as quantidades deman-dadas individuais registradas no eixo horizontal das curvas de demanda indi-

    PREO DA CASQUINHA ;' ',DE SORVETE .CATARINA : .NICOLAU MERCADO

    $0,000,501,001,502,00 -2,503,00

    12 +1086420

    '" 7 " ' = :

    65432

    |i; 1 :, i i

    19161310,7

    41

    ESQUEMAS DEDEMANDA INDIVIDUAL

    E DE MERCADO.A quantidade demandadano mercado a soma dasquantidades demandadaspor todos os compradores.

  • PAITf II OFIBTA i DEMANDA l: COMO FUNCIONAM OS MERCADOS

    viduais. Como estamos interessados em analisar o funcionamento dos merca-dos, trabalharemos, em geral, com a curva de demanda de mercado. Ela nosmostra como a quantidade total demandada de um bem varia quando o preodo bem varia.

    DESLOCAMENTOS DA CURVA DE DEMANDA

    Suponha que a Associao Americana de Medicina anuncie uma nova desco-berta: pessoas que comem regularmente sorvete tm vidas mais longas e sau-dveis. Como esta notcia afeta o mercado de sorvetes? A descoberta altera osgostos das pessoas e aumenta a demanda por sorvete. A qualquer preo dado,os compradores agora desejam comprar maior quantidade de sorvete e a curvade demanda por sorvete se desloca para a direita.

    Quando qualquer fator determinante da demanda, exceto o preo, muda, acurva de demanda se desloca. Como mostra a Figura 4-3, qualquer alterao queaumente a quantidade demandada a cada preo desloca a curva de demandapara a direita. Da mesma forma qualquer alterao que diminua a quantidadedemandada a cada preo desloca a curva de demanda para a esquerda.

    A Tabela 4-3 lista as variveis que determinam a quantidade demanda-da no mercado e como uma alterao na varivel afeta a curva de demanda.Observe que o preo desempenha um papel especial na tabela. Como o preo registrado no eixo vertical quando representamos graficamente a curva dademanda, uma variao no preo no desloca a curva, mas significa um des-locamento ao longo da mesma/J quando variam a renda, o preo de bens re-lacionados, os gostos, as expectativas ou o nmero de compradores, a quanti-dade demandada a cada preo varia; isso representado por um desloca-mento da curva da demanda.

    Em resumo, a curva de demanda mostra o que acontece com a quantidade de-mandada de um bem quando seu preo varia, mantidos constantes todos os outros de-terminantes da demanda. Quando um desses determinantes muda, a curva de de-manda se desloca.

    DESLOCAMENTOS DACURVA DE DEMANDA.Qualquer mudana que

    aumente a quantidade queos compradores desejam

    comprar a um preo dadodesloca a curva de demanda

    para a direita. Qualquermudana que diminua a

    quantidade que oscompradores desejam

    comprar a um preo dadodesloca a curva de demanda

    para esquerda.

    CAPTULO 4 AS F O R A S DE MERCADO DA OFERTA E DA DEMANDA73

    VARIVEIS QUE AFETAM AQUANTIDADE DEMANDADA UMA ALTERAO NESTA VARIVEL...

    Preo

    RendaPreos de bens relacionadosGostosExpectativasNmero de compradores

    Representa um movimento ao longoda curva de demandaDesloca a curva de demandaDesloca a curva de demandaDesloca a curva de demandaDesloca a curva de demandaDesloca a curva de demanda

    ESTUDO DE CASO: DUAS MANEIRAS DE REDUZIR AQUANTIDADE DEMANDADA DE TABACO

    Os formuladores de polticas pblicas frequentemente desejam reduzir o con-sumo de tabaco. H duas maneiras de atingir este objetivo.

    Uma das maneiras de reduzir o consumo de tabaco deslocar a curva dedemanda por cigarros e outros produtos derivados do tabaco. Publicidadecontra o tabagismo, obrigao de afixar rtulos de advertncia nos maos decigarro, proibio de anncios na televiso so todas polticas voltadas para re-duzir a quantidade de cigarros demandados a qualquer preo. Se bem-suce-didas, essas polticas deslocam a curva de demanda de cigarros para a esquer-da, como no painel (a) da Figura 4-4.

    Outra forma seria aumentar o preo dos cigarros. Se o governo tributar asfbricas de cigarros, por exemplo, boa parte do aumento da tributao ser re-passada aos consumidores mediante uma elevao dos preos. Um preo maisalto estimula os fumantes a reduzir a quantidade de cigarros consumidos.Neste caso, a reduo do consumo no significa um deslocamento da curva dedemanda. Em vez disso, o que se tem um movimento ao longo da curva dedemanda at um ponto em que o preo mais alto e a quantidade menor,como no painel (b) da Figura 4-4. ;

    ...-:,. Qual a resposta dos fumantes ao preo dos cigarros? Os economistas ten-taram responder a esta pergunta estudando o que acontece quando muda oimposto sobre os cigarros. Eles observaram que um aumento de 10% no preoreduz em 4% a quantidade demandada. Os adolescentes so especialmentesensveis ao preo dos cigarros: um aumento de 10% no preo reduz em 12% aquantidade de cigarros demandada por esta faixa etria.

    Uma questo afim como o preo dos cigarros afeta a demanda por drogasilcitas, como a maconha. Aqueles que se opem tributao sobre os cigarrosargumentam com frequncia que tabaco e maconha so substitutos, de modoque o aumento no preo dos cigarros incentiva o uso da maconha. J muitos es-pecialistas em uso de drogas consideram o tabaco como uma "porta de entrada"levando os jovens a experimentar outras substncias prejudiciais. A maioria dosestudos feitos sobre dados compatvel com esta viso: concluem que preosmenores dos cigarros esto associados a um uso maior de maconha. Em outraspalavras, tabaco e maconha parecem ser complementares e no substitutos.

    T E S T E R P I D O Liste os determinantes da demanda por pizza. Dum exemplo de esquema de demanda por pizza e represente graficamente curva. D um exemplo de algo que possa deslocar essa curva de deman-da. Uma alterao no preo da pizza deslocaria essa curva de demanda?

    DETERMINANTESDA QUANTIDADE

    DEMANDADA.Este quadro lista as

    variveis que podeminfluenciar a quantidade

    demandada num mercado.Observe o papel especial

    desempenhado pelospreos: uma variao nos

    preos representa ummovimento ao longo da

    curva de demanda

    I enquando uma alteraoem qualquer das demaisvariveis desloca a curva

    da demanda.

    l

  • >4 tTI II O f R T A E DEMANDA I: COMO FUNCIONAM OS MERCADOS

    DESLOCAMENTOS NACURVA DE DEMANDAVERSUS MOVIMENTOSAO LONGO DA CURVA

    DE DEMANDA.Se advertncias nos maosde cigarro convencem os

    fumantes a fumar menos,a curva de demanda por

    cigarros se desloca para aesquerda. No painel (a) a

    curva de demanda sedesloca de Oj para D?. A um

    preo de US$ 2 o mao, aquantidade demandada caide 20 para 10 cigarros por

    dia, como mostra odeslocamento do ponto Apara o ponto B. Por outro

    lado, se um impostoaumenta o preo doscigarros, a curva de

    demanda no se desloca.O que observamos ummovimento em direo aoutro ponto da curva dedemanda. No painel (b),

    quando o preo aumenta deUS$ 2 para US$ 4, a

    quantidade demandada caide 20 para 12 cigarros pordia, o que mostrado pela

    passagem do ponto Apara o ponto C.

    Uma (rito de combate ao- 'tmdnlgateunadt

    Agora nos voltaremos para o outro lado do mercado e observaremos o com-qucmtidade oferecida portamento dos vendedores. A quantidade oferecida de qualquer bem ou ser-quantlade de um bem ou V a quantidade que os vendedores esto dispostos e podem vender. Maisservio que os vendedores uma vez, para concentrar o foco de nossa analise, consideremos o mercado dequerem e podem vender sorvetes e os fatores que determinam a quantidade oferecida.

    CAPTULO 4 AS F O R A S DE MERCADO DA O F E R T A E DA DEMANDA 75

    DETERMINANTES DA OFERTA INDIVIDUAL

    Imagine que voc administra a Sorvete do Estudante, empresa que produz evende sorvetes. O que determina a quantidade que voc est disposto a pro-duzir e colocar venda? H algumas respostas possveis.

    P r e o O preo do sorvete um dos determinantes da quantidade oferecida.Quando o preo do sorvete alto, a venda de sorvete lucrativa e, portanto, aquantidade oferecida grande. Sendo um vendedor de sorvete, voc trabalha-r muitas horas, comprar mquinas de fabricar sorvete e contratar muitosfuncionrios. Ao contrrio, se o preo do sorvete for baixo, seu negcio sermenos lucrativo e voc produzir menos sorvete. Se o preo cair mais ainda,voc poder achar mais conveniente encerrar as atividades da empresa e aquantidade oferecida cair para zero.

    Uma vez que a quantidade oferecida aumenta medida que o preo au-menta e cai quando o preo se reduz, dizemos que a quantidade oferecida serelaciona positivamente com o preo do bem. A relao entre preo e quantidadeoferecida chamada lei da oferta: tudo o mais mantido constante, quando opreo de um bem aumenta, a quantidade oferecida do bem tambm aumenta.

    Preo dos i n s u m o s Para produzir os sorvetes, a Sorvete do Estudanteutiliza vrios insumos: creme de leite, acar, essncias, mquinas para fabri-car sorvete, o prdio onde funciona a fbrica, o trabalho dos funcionrios quemisturam os ingredientes e operam as mquinas. Quando o preo de um oumais desses insumos aumenta, a produo de sorvete se torna menos lucrativae a empresa oferecer menos sorvete. Se o preo dos insumos subir demais,pode ser prefervel fechar a fbrica e no oferecer nenhum sorvete. Portanto, aquantidade oferecida se relaciona negativamente com o preo dos insumosusados na sua fabricao.

    T e c n o l o g i a A tecnologia para transformar insumos em sorvete outrodeterminante da quantidade oferecida. A inveno da mquina de sorvetesmecanizada, por exemplo, reduziu a quantidade de trabalho necessria parafabricar sorvete. Ao reduzir os custos da empresa, os avanos tecnolgicos au-mentam a quantidade de sorvete oferecida.

    E x p e c t a t i v a s A quantidade de sorvete que voc oferece hoje pode de-pender de suas expectativas quanto ao futuro. Por exemplo, se voc esperaque o preo do sorvete aumente no futuro, voc estocar parte do sorvete queest sendo produzido e1 oferecer hoje menos sorvete.

    lei da ofertaafirmao de que, tudo omais mantido constante,a quantidade oferecida dobem aumenta quandoo seu preo aumenta

    ESQUEMA DE OFERTA E CURVA DE OFERTA

    Observe agora como a quantidade oferecida varia com o preo, mantendoconstantes os preos dos insumos, a tecnologia e as expectativas. A Tabela 4-4mostra a quantidade oferecida por Ben, um vendedor de sorvete, a vrios pre-os. Se o preo for inferior a US$ l, Bn no oferece nennufn sorvete. medidaque o preo sobe, ele oferece quantidades cada vez maiores. Este quadro sechama esquema d e oferta, ' ' . - . . :

    esquema de ofertaquadro que mostra a relafloentre o preo de um bem e aquantidade oferecida

  • 76 PARTI U OFIITA E D E M A N D A I: COMO FUNCIONAM OS MERCADOS

    ESQUEMA DEOFERTA DE BEM.

    A curva de oferta mostraa quantidade fornecida

    a cada preo.

    PREO DA CASQUINHADE SORVETE

    $0,000,501,001,502,002,503,00

    QUANTIDADE OFERECIDA DECASQUINHAS DE SORVETE

    0012345

    CURVA DE OFERTA

    DE BEN. Esta curva deoferta, que representa

    graficamente o esquema deoferta da Tabela 4-4, mostraque a quantidade oferecida

    do bem muda quando opreo se altera. Como um

    preo maior aumenta aquantidade oferecida, a

    curva de oferta se inclinapara cima.

    A Figura 4-5 representa graficamente a relao entre a quantidade de sor-vete oferecida e o preo. A curva que relaciona preo e quantidade oferecida

    curva de ofer ta denominada curva de oferta. A curva de oferta se inclina para cima porque, ce-grfico representando a relao teris paribus, um preo maior implica uma maior quantidade oferecida.entre o preo de umamercadoria e a quantidade

    oferecida O F E R T A DE M E R C A D O VfUSUS OFERTA I N D I V I D U A L

    j Da mesma forma que a demanda de mercado o somatrio das demandas detodos os compradores, a oferta de mercado o somatrio das ofertas de todosos vendedores. A Tabela 4-5 mostra os esquemas de oferta de dois produtoresde sorvete Ben e Jerry. Qualquer que seja o preo, o esquema de oferta deBen nos mostra quanto sorvete Ben oferece, e o de Jerry nos mostra o quantoeste oferece. A oferta de mercado o somatrio das duas ofertas individuais.

    C A P T U L O 4 AS F O R A S DE MERCADO DA OFERTA E DA DEMANDA - ,77

    PREO DA CASQUINHADE SORVETE

    $0,000,501,001,502,002,503,00

    BEN

    0012345

    JERRY

    + 0002468

    MERCADO

    00147

    1013

    ESQUEMAS DE OFERTAINDIVIDUAIS E DE

    MERCADO.A quantidade oferecida

    no mercado a soma dasquantidades fornecidas

    por todos os vendedores.

    A quantidade oferecida no mercado depende dos fatores que determi-nam a quantidade oferecida pelos vendedores individuais: o preo do bem, ospreos dos insumos usados na produo do bem, a tecnologia disponvel e asexpectativas. Alm disso, a oferta de mercado depende do nmero de vende-dores. (Se Ben ou Jerry sassem do ramo dos sorvetes, a quantidade oferecidano mercado cairia.) Os esquemas de oferta da Tabela 4-5 mostram o que acon-tece com a quantidade oferecida quando o preo varia enquanto todos os de-mais fatores que determinam a quantidade oferecida so mantidos constantes.

    A Figura 4-6 mostra as curvas de oferta correspondentes aos esquemas deoferta da Tabela 4-5. Como no caso das curvas de demanda, somamos horizon-talmente para obter a curva de oferta de mercado. Em outras palavras, parachegar quantidade oferecida total, a qualquer preo, somamos as quantida-des individuais, representadas no eixo horizontal das curvas de oferta indivi-duais. A curva de oferta de mercado nos mostra que a quantidade oferecida to-tal varia com as variaes do preo do bem.

    DESLOCAMENTOS DA CURVA DE OFERTA

    Suponha que o preo do acar cai. Como que esta mudana afeta a oferta desorvete? Como o acar um dos insumos utilizados na produo de sorvete,a queda nos preos do acar torna as vendas de sorvete mais lucrativas. Istoaumenta a oferta de sorvete: a qualquer preo dado, os vendedores esto dis-postos agora a produzir quantidades maiores. Portanto, a curva de oferta desorvete se desloca para a direita.

    Sempre que qualquer um dos determinantes da oferta (exceto o preo) sealterar, a curva de oferta se desloca. Como mostra a Figura 4-7, qualquer mu-dana que aumentar a quantidade oferecida a qualquer preo desloca curvade oferta para a direita. Analogamente, qualquer mudana que reduzir a quan-tidade oferecida a qualquer preo desloca a curva de oferta para a esquerda.

    A Tabela 4-6 lista as variveis que determinam a quantidade oferecida aomercado e como uma mudana na varivel afeta a curva de oferta. Mais umavez, o preo desempenha um papel especial na tabela. Como o preo registra-do no eixo vertical da representao grfica da curva da oferta, uma variaodo preo no desloca a curva mas constitui um movimento ao longo dela. Jquando h variao no preo dos insumos, na tecnologia, nas expectativas ouno nmero de vendedores, a quantidade oferecida a cada preo varia; isso re-presentado por um deslocamento da curva de oferta. ,

    Em resumo, a curva de oferta mostra o que acontece com a quantidade oferecidade um bem quando seu preo varia, mantendo constantes todos os outros determinan-tes da oferta. Quando um desses determinantes muda, a curva de oferta se desloca.

  • 7 PARTE II OFERTA E DEMANDA I: COMO FUNCIONAM OS MERCADOS

    S jSIiSiiWSfiBBiS IM S

    CAPTULO 4 AS F O R A S DE MERCADO DA O F E R T A E DA DEMANDA79

    HHHHHHBi.

    Prendacasquinhade sorvete

    $3,00

    Pisco iscuqumhadesorwat

    J3.0C

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0 1 1 1 2 Quantidade d ecasquinhas de sorvete

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Quantidade dscasquinhas de sorvete

    DETERMINANTESDA OFERTA.

    Este quadro lista asvariveis que podem

    influenciar a quantidadeofertada em um mercado.Observe o papel especial

    desempenhado pelospreos: uma variao nos

    preos representa ummovimento ao longo da

    curva de oferta enquantouma alterao em qualquer

    das demais variveisdesloca a curva de oferta.

    VARIVEIS QUE AFEIAM AQUANTIDADE OFERECIDA

    Preo

    Preo dos insumosTecnologiaExpectativas . . .Nmero de vendedores

    UMA ALTERAO NESTA VARIVEL

    Representa um movimento aolongo da curva de ofertaDesloca a curva de ofertaDesloca a curva de ofertaDesloca a curva de ofertaDesloca a curva de oferta

    T E S T E R P I D O , Liste os determinantes da oferta de pizza. * D umexemplo do esquema de oferta de pizza e plote a curva de oferta respectiva. D um exemplo de algo que deslocaria essa curva de oferta. * Uma varia-o no preo da pizza deslocaria a curva de oferta?

    Depois de ter analisado a oferta e a demanda em separado, vamos combin-laspara observar como elas determinam quantidade de um bem vendida aomercado e seu preo.

    Preo dacasquinhade sorvete

    Curva de oferta, S3

    Quantidade decasquinhas de sorvete

    OFERTA DE MERCADOCOMO SOMA DAS

    OFERTAS INDIVIDUAIS.A curva de oferta de

    mercado obtida medianteo somatrio horizontal das

    curvas de oferta individuais.Ao preo de US$ 2, Benoferece 3 casquinhas desorvete e Jerry oferece 4.

    A quantidade oferecida aomercado a esse preo de7 casquinhas de sorvete.

    DESLOCAMENTOS DACURVA DE OFERTA.

    Qualquer alterao queaumentar a quantidade que

    os vendedores desejamproduzir a um preo dadodesloca a curva de ofertapara a direita. Qualqueralterao que diminuir a

    quantidade que osvendedores desejam

    produzir a um preo dadodesloca a curva de oferta

    para a esquerda.

    EQUIL BRIO

    A Figura 4-8 mostra as curvas de oferta e demanda em um mesmo grfico.Observe que h um ponto em que as curvas se cruzam; este ponto chamadode equilbrio de mercado. O preo no qual as curvas se cortam o preo de equ i l b r io

    -.- i .uj.j --''*> ilhrioNesteexemploopreode equiiiono aemertauu. w yievj "" vjum . __ , , , .,..,.,equilbrio e a quantidade, a quantidade de equilbrio. Neste exemplo o preo situao em que a ofertade equilbrio de US$ 2/casquinha de sorvete e a quantidade de equilbrio e a demanda coincidem

    de 7 casquinhas de sorvete.

  • | PARTI U OFERTA E DEMANDA t: COMO FUNCIONAM OS M E R C A D O S

    preo de equilbrioftrrf o que iguala oferta e

    quantidadede equilbrioa quantidade oferecida e iiquantidade demandadaregistradas na situaoetn que oferta e demandacoincidem

    excesso de ofertasituao em que a quantidadeoferecida maior do que aquantidade demandada

    escassezsituao em que a quantidadedetnandada maior do que aquantidade oferecida

    O dicionrio define a palavra equilbrio como a situao em que vriasforas so iguais e isso tambm descreve um equilbrio de mercado. Aopreo de equilbrio, a quantidade do bem que os compradores desejam e podem com-prar exatamente igual quantidade que os vendedores desejam e podem vender. Opreo de equilbrio s vezes chamado de preo de ajustamento do mercadoporque a este preo todo o mercado foi atendido: os compradores compra-ram o que desejavam comprar e os vendedores venderam o que desejavamvender.

    As aes de compradores e vendedores conduzem naturalmente o mer-cado em direo ao equilbrio. Para ver por que isto acontece, considere o queocorre quando o preo de mercado no igual ao preo de equilbrio.

    Para comear, suponha que o preo de mercado se encontra acima dopreo de equilbrio, como no painel (a) da Figura 4-9. Ao preo de US$ 2,50 porcasquinha de sorvete, a quantidade oferecida (10 casquinhas) superior quantidade demandada (4 casquinhas). H um excesso de bem: os fornecedo-res no conseguem vender tudo o que desejam ao preo corrente. Esta situao denominada excesso de oferta. Quando h excesso de oferta no mercado desorvetes, por exemplo, os vendedores vem seus congeladores abarrotados desorvete que gostariam de vender mas no conseguem. Eles respondem ao ex-cesso de oferta reduzindo seus preos. E os preos continuam a cair at que omercado atinja o equilbrio.

    Suponha agora que o preo de mercado se encontre abaixo do preo deequilbrio como no painel (b) da Figura 4-9. Neste caso, o preo de US$ 1,50cada casquinha de sorvete e a quantidade demandada supera a quantidadeoferecida. H escassez de bens: os compradores, ao preo vigente, no conse-guem comprar tudo o que desejam. Esta situao denominada escassez. Qu-ando ocorre escassez no mercado de sorvete, por exemplo, os compradores fa-zem longas filas para poder comprar as poucas casquinhas disponveis. Emvista dos muitos compradores atrs de poucos bens, os vendedores respon-

    O EQUILBRIO DA OFERTAE DA DEMANDA.

    O equilbrio se encontraonde as curvas de oferta ede demanda se cruzam. Ao

    preo de equilbrio, aquantidade oferecida igual

    quantidade demandada.Neste caso o preo de

    equilbrio de USS 2: a estepreo so oferecidas

    7 casquinhas de sorvetee so demandadas 7

    casquinhas de sorvete.

    Preo dacasquinhade sorvete

    $2,00

    Oferta

    i i i i r

    $2,000 1 2 3 4 5 7 8 9 10 11 12 13 , Quantidade de

    casquinhas de sorvete

    C A P T U L O 4 AS FORAS DE MERCAPO DA OFERTA E DA DEMANDA

    (a} Excesso de oferta

    Preo dacasquinhade sorvete

    $2,50

    2,00

    Oferta

    Demanda

    Quantidade decasquinhas de sorvete

    (b) Excesso de demanda

    Preto dacasquinhade sorvete

    $2,00

    1,50

    Oferta

    Demanda

    Quantidade de

    MERCADOS FORA DOEQUILBRIO. No painel (a),

    h excesso de produto.Como o preo de USS 2,50

    est acima do preo deequilbrio, a quantidade

    oferecida (10 casquinhas desorvete) superior

    quantidade demandada (4casquinhas). Os ofertantestentam aumentar as vendasreduzindo os preos e isso

    conduz os preos a seu nvelde equilbrio. No painel (b)

    h escassez de produto.Como o preo de mercado,

    USS 1,50, est abaixo dopreo de equilbrio, a

    quantidade demandada(10 casquinhas de sorvete) maior do que a quantidade

    ofertada (4 casquinhas).Como muitos compradoresesto atrs de poucos bens,os ofertantes podem tirar

    partido da escassezaumentando os preos.Portanto, em ambos os

    casos, o ajustamento dospreos conduz o mercadoem direo ao equilbrioentre oferta e demanda.

    dem escassez aumentando os preos sem prejuzo das vendas. Enquanto ospreos sobem, o mercado se move em direo ao equilbrio.

    Portanto, s atvidades dos muitos compradores e vendedores conduzemautomaticamente o mercado em direo ao preo de equilbrio. Uma vez que omercado alcana seu ponto de equilbrio, todos os compradores e vendedoresesto satisfeitos e no h presses, para cima ou para baixo, sobre os preos. Arapidez com que os preos atingem seu nvel de equilbrio difere de mercado

  • r*lTI II O F t S T A I D E M A N D A I: COMO FUNCIONAM OS M E R C A D O S

    lei da ofertae da demandaafirmao de que o preo dequalquer bem se ajusta deforma a equilibrar a ofertae a demanda desse bem

    "CONRE Ert\flM\.rl/KOLD.MOFERTA OU DEm/TP

    OFERTA DEAWhPfl"

    para mercado, dependendo da velocidade de ajustamento dos preos. Emmuitos mercados livres, contudo, excesso e escassez so apenas temporrios,porque os preos se movem rumo aos nveis de equilbrio. De fato, este fen-meno to difundido que frequentemente denominado lei da oferta e da de-manda: o preo de qualquer bem se ajusta de forma a equilibrar a oferta e a de-manda desse bem.

    TRS PASSOS PARA ANALISAR ALTERAESDO EQUILBRIO

    Vimos at agora como a oferta e a demanda determinam, em conjunto, o equi-lbrio de mercado, o que, por sua vez, determina o preo do bem e a quanti-dade que os compradores adquirem e os vendedores produzem. Natural-mente, preo e quantidade de equilbrio dependem da posio das curvasde oferta e de demanda. Quando algum fato desloca uma dessas curvas, oequilbrio do mercado se altera. A anlise de tais mudanas chamada est-tica comparativa porque envolve a comparao entre um equilbrio antigo eum equilbrio novo.

    Ao analisar como algum evento afeta o mercado procedemos em trs eta-pas. Primeira, verificamos se o fato desloca a curva de oferta, a curva de de-manda ou, em alguns casos, ambas as curvas. Segunda, verificamos se a cur-va se desloca para a direita ou para a esquerda. Terceira, usamos o diagramada oferta e demanda para examinar como o deslocamento afeta preo e quan-tidade de equilbrio. A Tabela 4-7 resume as trs etapas. Para mostrar comoesta receita usada, vejamos vrios fatos que poderiam afetar o mercado desorvetes.

    E X E M P L O : UMA M U D A N A NA D E M A N D A Suponha que emum determinado vero faa muito calor. Como isto afetaria o mercado de sor-vetes? Para responder sigamos as trs etapas.

    l. O calor afeta a curva alterando o desejo por sorvete das pessoas. Isto , o cli-ma altera a quantidade de sorvete que as pessoas desejam consumir qual-quer preo. A curva de oferta permanece inalterada porque o clima no afe-ta diretamente as empresas que vendem sorvete.

    C A P T U L O 4 AS F O R A S OE MERCADO DA OFERTA E DA DEMANDA 83

    1. Decidir se o evento interfere na curva de oferta ou de demanda (ou emambas).

    2. Decidir em qual direo a curva se desloca.

    3. Usar o diagrama de oferta e demanda para ver como o deslocamentoaltera o equilbrio.

    UM PROGRAMA EMTRS ETAPAS PARA

    FAZER ESTTICACOMPARATIVA.

    Como com o calor aumenta o consumo de sorvete, a curva de demanda sedesloca para a direita. A Figura 4-10 mostra este aumento na demandacomo sendo o deslocamento da curva de demanda de D, para D2. Este des-locamento indica que a quantidade de sorvete consumido maior qual-quer que seja o preo.

    Como mostra a Figura 4-10, o aumento na demanda aumenta o preo deequilbrio de US$ 2 para US$ 2,50 e a quantidade de equilbrio de 7 para 10casquinhas. Em outras palavras, o clima quente aumenta o preo do sorve-te e a quantidade de sorvete vendido.

    D E S L O C A M E N T O S D A S C U R V A S V f R S U S M O V I M E N T O SAO L O N G O DAS C U R V A S Observe que quando o calor impulsionao aumento dos preos do sorvete, a quantidade de sorvete oferecida pelas em-presas aumenta, embora a curva de oferta se mantenha a mesma. Neste caso oseconomistas dizem que ocorreu um aumento da "quantidade oferecida" masno uma alterao na "oferta".

    COMO UM AUMENTO NADEMANDA AFETA O

    EQUILBRIO. Um fato queprovoque um aumento naquantidade demandada a

    qualquer preo dado deslocaa curva de demanda para a

    direita. O preo e aquantidade de equilbrio

    aumentam. Neste exemplo,um vero anormalmente

    quente leva osconsumidores a demandarmais sorvete. A curva de

    demanda se desloca de Djpara D^ , o que provoca um

    aumento no preo deequilbrio de US$ 2 para

    US$ 2,50 e a quantidade deequilbrio de 7 para 10

    casquinhas.

  • 84 PARTE II OFERTA E DEMANDA I: COMO FUNCIONAM OS MERCADOS

    COMO UMA REDUONA OFERTA AFETA O

    EQUILBRIO. Um fato queprovoque uma reduo na

    quantidade oferecida aqualquer preo dado desloca

    a curva de oferta para aesquerda. O preo de

    equilbrio aumenta e aquantidade de equilbrio cai.

    Neste exemplo, umterremoto leva os

    produtores a oferecer menossorvete. A curva de oferta sedesloca de Sj para S2 , o que

    provoca um aumento nopreo de equilbrio deUSS 2 para US$ 2,50 e a

    quantidade de equilbrio de7 para 4 casquinhas.

    "Oferta" uma expresso que se refere posio da curva de oferta, en-quanto "quantidade oferecida" se refere ao quantitativo que as empresas dese-jam vender. Neste exemplo, a oferta no se altera porque o clima no muda avontade das empresas de vender a um dado preo. J o clima quente altera odesejo dos consumidores de comprar qualquer que seja o preo e, portanto,desloca a curva de demanda. O aumento da demanda provoca o aumento nospreos de equilbrio. Quando o preo aumenta, a quantidade oferecida cresce.Este aumento na quantidade oferecida representado pelo movimento ao lon-go da curva de oferta.

    Em resumo, um deslocamento da curva de oferta denominado "alte-rao na oferta" e um deslocamento da curva de demanda denominado"alterao na demanda". Um movimento ao longo de uma dada curva deoferta chamado "alterao na quantidade oferecida" e um movimento aolongo de uma dada curva de demanda chamado "alterao na quantidadedemandada".

    E X E M P L O : UMA M U D A N A NA O F E R T A Suponha que, num ou-tro vero, um terremoto destri vrias fbricas de sorvete. Como este aconteci-mento afetar o mercado de sorvetes? Mais uma vez, para responder pergun-ta, seguiremos os trs passos.

    1. O terremoto afeta a curva de oferta. Ao reduzir o nmero de vendedores, oterremoto altera a quantidade de sorvete que as empresas produzem e ven-dem a um preo dado qualquer. A curva de demanda permanece inaltera-da porque o terremoto no muda diretamente a quantidade de sorvete queas pessoas desejam comprar.

    2. A curva de oferta se desloca para a esquerda porque, a qualquer preo, aquantidade total de sorvete que as empresas desejam e podem vender menor. A Figura 4-11 ilustra esta reduo na oferta como sendo um deslo-camento da curva de oferta de S, paia S2,

    C A P T U L O 4 AS F O R A S DE MERCADO DA O F E R T A E DA DEMANDA , 8 5>>

    3. Como mostra a Figura 4-11, o deslocamento da curva de oferta provoca umaumento do preo de equilbrio de US$ 2 para USS 2,50 e reduz a quantida-de de equilbrio de 7 para 4 casquinhas de sorvete. Em consequncia do ter-remoto, o preo do sorvete aumenta e a quantidade vendida diminui.

    E X E M P L O : U M A M U D A N A S I M U L T N E A N A O F E R T A ENA D E M A N D A Agora imaginemos que a onda de calor e o terremoto ocor-ram simultaneamente. Para analisar esta combinao de circunstncias segui-remos, mais uma vez, os trs passos.

    1. Verificamos que ambas as curvas se deslocam. A onda de calor afeta a cur-va de demanda porque altera a quantidade de sorvete que as pessoas dese-jam adquirir, a qualquer preo. Ao mesmo tempo, o terremoto altera a cur-va de oferta porque muda a quantidade de sorvete que as empresas dese-jam vender, a qualquer preo.

    2. As curvas se deslocam na mesma direo em que se movimentaram nasanlises anteriores: a curva de demanda se desloca para a direita e a curvade oferta, para a esquerda. A Figura 4-12 ilustra estes deslocamentos.

    3. Como mostra a Figura 4-12, h dois resultados possveis, dependendo daextenso relativa dos deslocamentos da demanda e da oferta. No painel (a)a demanda aumenta significativamente, enquanto a reduo da oferta bastante pequena e a quantidade de equilbrio tambm aumenta. No pai-nel (b) ocorre o oposto, a oferta se reduz substancialmente enquanto a de-manda aumenta ligeiramente e a quantidade de equilbrio diminui. Por-tanto, estes fatos certamente aumentam o preo do sorvete, mas seu impac-to sobre a quantidade de sorvete vendido ambguo.

    NENHUMA UM UMAMUDANA AUMENTO REDUONA OFERTA DA OFERTA DA OFERTA

    NENHUMA MUDANA NA DEMANDA P igualQ igual

    UM AUMENTO DA DEMANDA

    UMA REDUO DA DEMANDA

    P cai P aumentaQ aumenta Q cai

    P aumenta P ambguo P aumentaQ aumenta Q aumenta Q ambgua

    P cai P cai P ambguoQ cai Q ambgua Q cai

    O QUE ACONTECE AOPREO E QUANTIDADEQUANDO A OFERTA OU ADEMANDA SE DESLOCAM?

    R E S U M O . Acabamos de ver trs exemplos do uso das curvas de oferta edemanda para analisar uma variao do equilbrio. Sempre que um fato deslo-ca a curva de oferta, a curva de demanda, ou talvez ambas as curvas, vocpode aplicar ssas ferramentas para prever como o fato alterar a quantidadevendida no equilbrio e o preo ao qual vendida. A Tabela 4-8 mostra o resul-tado previsto para qualquer combinao de deslocamentos das duas curvas.Para assegurar-se de ter entendido como aplicar as ferramentas da oferta e dademanda, pegue alguns casos da tabela e veja se pode explicar para voc mes-mo por que ocorrer o previsto na tabela.

  • t-6 PARTE II OFERTA E DEMANDA I: COMO FUNCIONAM OS M E R C A D O S

    DESLOCAMENTO DASCURVAS DE OFERTA E DE

    DEMANDA. Aquiobservamos um aumento nademanda e uma reduo da

    oferta que ocorremsimultaneamente. No painel

    (a), o preo de equilbriosobe de Pj para 2 e a

    quantidade de equilbrioaumenta de Q, para Q,.No painel (b), o preo de

    equilbrio sobe de P; paraP2 mas a quantidade deequilbrio se reduz de

    T E S T E R P I D O Analise o que ocorre com o mercado de pizza quandoo preo dos tomates aumenta. Analise o que ocorre com o mercado de piz-za se o preo do hambrguer cai.

    C A P T U L O 4 AS F O R A S DE MERCADO DA O F E R T A E DA DEMANDA 87

    DOS JORNAIS

    Me natureza deslocaa curva de oferta

    De acordo com nossa anlise, um desastre natu-ral, que reduz a oferta, reduz a quantidade vendi-da e aumenta o preo. Eis um exemplo recente.

    F R E N T E F R I A C A S T I A A CAL IFRNIADURANTE QUATRO DIAS: SAFRA

    D E V A S T A D A ; AUMENTO NO PREODOS C T R I C O S

    TODO S. PURDUM

    Uma brutal geada que perdurou quatro diasdestruiu mais de um tero da safra anual de ctri-cos na Califrnia, causando prejuzos de meio bi-lho de dlares e levantou a perspectiva de que ospreos da laranja tripliquem semana que vem nossupermercados.

    Por todo o estado, o ar seco e frio vindo doGolfo do Alasca fez com que as temperaturas fi-

    cassem abaixo de zero a partir de segunda-feirana rica regio agrcola do Central Valley - o piorperodo de frio desde os dez dias de geada de1990. Os agricultores procuraram usar seus equi-pamentos de irrigao para manter as rvoresquentes, mas as autoridades consideram que oprejuzo tenha sido quase que total e que prova-velmente metade da produo estadual de laranjatenha se perdido...

    A Califrnia produz algo em torno de 80%da produo de laranja destinada ao consumo innatura e 90% dos limes, e os atacadistas afirma-ram que os preos da fruta no varejo podem tripli-car nos prximos dias. Certamente o preo dos li-mes aumentar tambm, mas o preo do suco delaranja dever se menos afetado porque a maiorparte da laranja para a indstria produzida naFlrida.

    Em alguns mercados californianos, os ataca-distas constataram que o preo da laranja-de-um-bigo aumentou para US$ 1,80 o quilo na quar-ta-feira em comparao com os US$ 0,70 da vs-pera.

    FONTE: The New York Times, 25 de dezembro de 1998, p. Al.

    CON< if OS

    Este captulo analisou a oferta e a demanda em um nico mercado. Embora adiscusso tenha sido centrada em torno do mercado de sorvetes, as lies aquiexpostas se aplicam maioria dos outros mercados. Sempre que voc for auma loja comprar qualquer coisa, estar contribuindo para a demanda desseitem. Sempre que voc procurar um emprego, estar contribuindo para a ofer-ta de servios de mo-de-bbra. Como a demanda e a oferta so fenmenos eco-nmicos to abrangentes, o modelo da oferta e da demanda um poderosoinstrumento de anlise. Nos captulos seguintes recorreremos seguidamente aesse modelo.

    Um dos Dez Princpios de Economia apresentados no Captulo l o de queos mercados so, em geral, uma boa forma de organizar a atividade econmi-ca. Embora ainda seja muito cedo para julgar se os resultados do mercado sobons ou ruins, neste captulo comeamos a ver como os mercados funcionam.Em qualquer sistema econmico, os recursos escassos tm que ser alceados en-tre usos que competem entre si. As economias de mercado controlam as forasda oferta e da demanda para servir a este fim. Oferta e demanda determinam,em conjunto, os preos dos diferentes bens e servios da economia; os preos,por sua vez, so sinais que orientam a alocao dos recursos.

    Por exemplo, imagine a alocao de terrenos beira-mar. Como os terre-nos so limitados, nem todos podem usufruir o luxo de morar na praia. Quemfica com este recurso? A resposta : quem quiser pagar o preo. O preo dos

  • 88 PARTE II OFERTA E DEMANDA I: COMO FUNCIONAM OS MERCADOS

    "Dois dlares..." "...e setenta e cinco centavos."

    terrenos beira-mar se ajusta at que a quantidade de terrenos demandadaseja exatamente igual quantidade oferecida. Assim, nas economias de merca-do, os preos so o mecanismo que raciona os recursos escassos.

    Da mesma forma, os preos determinam quem produz cada bem e quan-to produzido. Por exemplo, imagine a agricultura. Como necessitamos de ali-mentos para sobreviver, crucial que algumas pessoas trabalhem na agricul-tura. O que que determina quem agricultor e quem no ? Em uma econo-mia livre no h um rgo de planejamento tomando essa deciso e asseguran-do uma oferta adequada de alimentos. Em lugar disso, a alocao de trabalha-dores para a agricultura feita com base nas decises de emprego de milhesde trabalhadores. Este sistema descentralizado funciona bem porque essas de-cises dependem dos preos. Os preos dos alimentos e os salrios dos traba-lhadores rurais (o preo de seu trabalho) se ajustam para que um nmero sufi-ciente de pessoas decida trabalhar na agricultura.

    Se algum nunca viu uma economia de mercado em ao, a ideia pode pa-recer absurda. As economias so grandes grupos de pessoas envolvidas emmuitas atividades interdependentes. O que impede que as decises tomadasde forma descentralizada degenerem em caos? O que coordena as aes de mi-lhares de pessoas com suas vrias habilidades e desejos? O que assegura que oque precisa ser feito seja, de fato, feito? A resposta, em uma palavra, so ospreos. Se as economias de mercado so guiadas por uma mo invisvel, comodisse Adam Smith, ento o sistema de preos a batuta que essa mo invisvelutiliza para reger a orquestra econmica.

    CAPTULO 4 AS FORAS DE M E R C A D O DA OFERTA E DA D E M A N D A . ,89

    Os economistas utilizam o modeko da oferta eda demanda para analisar mercadcos concorren-ciais. Em um mercado concorrenciiil h muitoscompradores e vendedores, cada um dos quaistem muito pouca influncia sobre os preos demercado.

    A curva de demanda mostra que t quantidadedemandada de um bem depende