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66 Revista da SBDG – n. 3, p. 66-80, dezembro de 2007 Carolina Ruvira Batista da Silva Fabiano Coimbra da Silva Egberto Zulian Luciana Cairrão Eraldo Luiz Pasquini Sonia Ignatowicz Vidotti Teste sociométrico de análise quantitativa e qualitativa da inter-relação dos membros participantes da formação em Dinâmica dos Grupos da SBDG do norte do Paraná TRABALHO DE CONCLUSÃO – FORMAÇÃO Resumo – Este trabalho se pauta na aplicação e resultado do Teste Sociométrico de análise quantitativa e qualitativa da inter-relação dos membros da formação em dinâmica dos grupos da Sociedade Brasileira de Dinâmica dos Grupos, após 17 meses de convivência, dos 20 previstos. Para tanto, foi aplicado um questionário com o objetivo de montagem de um sociograma, embasado na teoria de Jacob Levy Moreno. Foram levantadas as redes de comunicação e de relações télicas através das afinidades e da visualização dos subgrupos existentes. Também foram explicitadas as percepções dos membros com a indicação daqueles que mais contribuíram para o desenvolvi- mento individual. O trabalho traz ainda os motivos destas escolhas e os comportamentos que mais ajudaram e/ou atrapalharam o desen- volvimento individual durante o período de convivência do curso, pelo viés de cada participante. Palavras-chave – Teste Sociométrico. Sociometria. Inter-relacio- namento. Relacionamento Humano. Abstract – This work is guideline in the application and result of the Sociometric Test of quantitative and qualitative analysis of the interrelation of members of formation in dynamic of groups of the Brazilian Dynamic Society of Groups, after 17 months of contact, from the 20 predicted. It was applied a questionnaire with the objective of assembly of a sociogramma, based in the Jacob Levy Moreno ‘s theory. The nets of communication and tele relations through the affinities and the visualization of the existing sub-groups had been raised. Also they had been exposed the perception of the members with the indication of that they had more contributed for the indivi- dual development. The work still brings the reasons of these choices and the behaviors that had helped and/or disturbed the individual development during the period of contact of the course, according to each participant. Key words – Sociometric. Test Sociometry. Inter-relationship. Human Relationship. INTRODUÇÃO O grupo estudado O trabalho tem como base de dados o material obtido por meio de um Questionário e de um Teste Sociométrico (de Escolha e de Percepção), aplicados junto aos membros do Grupo de Formação em Dinâmica dos Grupos da SBDG, ocorrido no Norte do Paraná. O presente trabalho propõe-se a medir o nível de relacionamento dos membros desse grupo após 17 encontros, bem como analisar alguns desses relacionamentos, correlacionando-os com alguns comportamentos e buscar responder quais destes comportamentos impactaram no desenvolvimento individual. Vale destacar que os nomes aqui apresentados foram constituídos de modo fictício, tendo em vista que o trabalho ora apresentado cumpre uma função científica.

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66 Revista da SBDG – n. 3, p. 66-80, dezembro de 2007

Carolina Ruvira Batista da Silva Fabiano Coimbra da SilvaEgberto Zulian Luciana CairrãoEraldo Luiz Pasquini Sonia Ignatowicz Vidotti

Teste sociométrico de análisequantitativa e qualitativada inter-relação dos membrosparticipantes da formaçãoem Dinâmica dos Gruposda SBDG do norte do Paraná

TRABALHO DE CONCLUSÃO – FORMAÇÃO

Resumo – Este trabalho se pauta na aplicação e resultado do TesteSociométrico de análise quantitativa e qualitativa da inter-relaçãodos membros da formação em dinâmica dos grupos da SociedadeBrasileira de Dinâmica dos Grupos, após 17 meses de convivência,dos 20 previstos. Para tanto, foi aplicado um questionário com oobjetivo de montagem de um sociograma, embasado na teoria deJacob Levy Moreno. Foram levantadas as redes de comunicação e derelações télicas através das afinidades e da visualização dos subgruposexistentes. Também foram explicitadas as percepções dos membroscom a indicação daqueles que mais contribuíram para o desenvolvi-mento individual. O trabalho traz ainda os motivos destas escolhase os comportamentos que mais ajudaram e/ou atrapalharam o desen-volvimento individual durante o período de convivência do curso,pelo viés de cada participante.

Palavras-chave – Teste Sociométrico. Sociometria. Inter-relacio-namento. Relacionamento Humano.

Abstract – This work is guideline in the application and result of theSociometric Test of quantitative and qualitative analysis of theinterrelation of members of formation in dynamic of groups of theBrazilian Dynamic Society of Groups, after 17 months of contact,from the 20 predicted. It was applied a questionnaire with the objectiveof assembly of a sociogramma, based in the Jacob Levy Moreno ‘stheory. The nets of communication and tele relations through theaffinities and the visualization of the existing sub-groups had beenraised. Also they had been exposed the perception of the memberswith the indication of that they had more contributed for the indivi-dual development. The work still brings the reasons of these choicesand the behaviors that had helped and/or disturbed the individualdevelopment during the period of contact of the course, according toeach participant.

Key words – Sociometric. Test Sociometry. Inter-relationship.Human Relationship.

INTRODUÇÃO

O grupo estudado

O trabalho tem como base de dados o materialobtido por meio de um Questionário e de um TesteSociométrico (de Escolha e de Percepção), aplicadosjunto aos membros do Grupo de Formação emDinâmica dos Grupos da SBDG, ocorrido no Norte doParaná.

O presente trabalho propõe-se a medir o nível derelacionamento dos membros desse grupo após 17encontros, bem como analisar alguns dessesrelacionamentos, correlacionando-os com algunscomportamentos e buscar responder quais destescomportamentos impactaram no desenvolvimentoindividual.

Vale destacar que os nomes aqui apresentadosforam constituídos de modo fictício, tendo em vista queo trabalho ora apresentado cumpre uma funçãocientífica.

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Contextualização

Num breve passeio pelo Grupo de Formação daSBDG, do Norte do Paraná, observou-se o empenho edeterminação de pessoas para que este curso seconcretizasse. E este trabalho de persistência de algunscolegas durou aproximadamente um ano. Depois deconcluídas todas as fases preliminares e empenho demuitos, vinte e três pessoas iniciaram o curso deformação e desde então havia se passado 17 encontrosdos 20 para a conclusão do curso.

Pode-se afirmar que esse grupo passou por todosos estágios que um grupo necessariamente passa.Também houve muitos momentos ricos e marcantespara o crescimento do grupo, dentro destas fases.Membros que queriam se impor, membros quebuscaram explicações cognitivas, membros quedeixaram seus sentimentos explodirem, membros quese resguardaram, membros que queriam mais do grupodo que ele podia dar, membros que cobraram maiorparticipação dos “calados”, muitos que pediram a quedadas “máscaras” e o fim da omissão. Houve momentosde escolhas, momentos de posturas dialéticas ouparadoxal, isto é, cobrava-se autenticidade, mas erasuperficial, desejava-se feedback, mas tinha dificuldadeem recebê-lo. E assim ficou explícita a cultura destegrupo em evitar o conflito e a competição.

O grupo teve oportunidade de trabalhar commembros muito comprometidos e outros nem tanto,trabalhou-se com posturas de amor e ódio (atração erepulsão). Foi possível aprender que os grupos fechadosse formaram, chamados de “panelinhas”, e percebeu-se que estes se formam por afinidade, mesmo quecriticado, bem como outros se isolam. Tambémaprendeu que estes grupos fechados fazem parte dadinâmica dos grupos e que, muitas vezes, as pessoasse percebem fazendo julgamentos e pré-conceituandoestes grupos. Importante ainda foi saber das disputaspor liderança, sem se dar conta, muitas vezes, dosboicotes, dos porta-vozes, dos “bodes expiatórios”, deavaliações veladas de colegas na tarefa decoordenadores. Assim se deu esta viagem pelointrapessoal e pela percepção do conjunto dossentimentos e do conhecimento das relaçõesinterpessoais entre os membros do grupo, que échamado de “Tele”, por Moreno (1974). Essacompreensão explicaria os movimentos de atração erepulsa inerentes ao relacionamento humano e que,

obviamente, foi observado no Grupo de Formação daSBDG ora estudado.

Justificativa

É sabido que as relações interpessoaisdesenvolvem-se em decorrência da interação entre aspessoas. O processo de interação humana é, semdúvida, complexo e ocorre permanentemente, sob aforma de comportamentos manifestos ou não, verbaise não-verbais, como pensamentos, sentimentos,reações mentais e/ou físico-corporais.

Moscovici (2001) deixa explícito sobre aimportância das relações interpessoais no dia-a-dia ediz:

Pessoas convivem e trabalham com pessoas e portam-se como pessoas, isto é, reagem às outras pessoas comas quais entram em contato: comunicam-se, simpatizame sentem atrações, antipatizam e sentem aversões, apro-ximam-se, afastam-se, entram em conflito, competem,colaboram, desenvolvem afeto. Essas interferências oureações, voluntárias ou involuntárias, intencionais ounão-intencionais, constituem o processo de interaçãohumana, em que cada pessoa, na presença de outra,não fica indiferente a essa situação de presençaestimuladora (p. 32-33).

Segundo a autora, a forma de interação humanamais freqüente e usual é representada pelo processoamplo de comunicação, verbal ou não-verbal. Emtempos distintos, mas nesta mesma linha do inter-relacionamento pessoal, é importante lembrar da teoriade Moreno (1974), que já em 1912, em Viena, lançouos fundamentos da Sociometria e da Teoria daEspontaneidade, segundo a qual a partir de noções dospapéis sociais ligados à percepção de si e do outro, ede cada um com os indivíduos de seu ambiente pessoal,estabeleceu o que chamou de átomo social de cadaum, e arrolou que entre as necessidades essenciais dohomem está a de ser amado, estimado, reconhecido eaceito. Bem como a necessidade do indivíduo de fazerparte do grupo, de ser incluído. Este “comportamento”é possível aparecer na rede sociométrica e na estruturado grupo. Esta rede explicaria a posição de cada umno grupo.

Moscovici (2001) reitera que a interação humanafunciona como suporte para o desenvolvimento, àmedida que as atividades e as interações prosseguem,os sentimentos despertados podem ser diferentes dos

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esperados inicialmente e, então, inevitavelmente, ossentimentos influenciam as interações e as própriasatividades. Assim, sentimentos positivos de simpatia eatração provocam aumento de interação e cooperação,repercutindo favoravelmente nas atividades eensejando maior produtividade e desenvolvimentopessoal.

Sentimentos negativos de antipatia e rejeição, porsua vez, tendem a provocar diminuição das interações,afastamento e menor comunicação, repercutindodesfavoravelmente nas atividades, com provável quedade produtividade e conseqüentemente dodesenvolvimento.

Esta afirmação suscita dúvidas. Será que um grupoque convive há 17 meses e experimentou sentimentosde inclusão, de controle, de afeição, mas também o deexclusão, repulsão e tomou conhecimento deste próprioconteúdo pode se abalar com algum sentimento a pontode ver prejudicado o seu desenvolvimento?

E quantos têm este sentimento de “prejuízo”? Ecomo está no momento final do curso a posição decada membro na rede sociométrica? Que posiçãoocupa os mais reservados (calados) na RedeSociométrica? Estas e outras são perguntas que estetrabalho se propõe a responder observando o resultadoda pesquisa aplicada.

OBJETIVOS

Geral:• Elaborar o Mapeamento das Relações

Interpessoais no grupo da SBDG do Norte doParaná e os comportamentos que mais impactaramo desenvolvimento individual e interpessoal destesindivíduos, segundo suas percepções.

Específicos:• Verificar se ao final de um período de 17 meses

de convivência existem membros isolados ouexcluídos;

• Identificar que sentimento/comportamento ajudouo desenvolvimento interpessoal;

• Identificar que sentimento/comportamentoprejudicou o desenvolvimento individual;

• Verificar se há relação entre os membrosescolhidos em afinidade pessoal e processo deaprendizagem do grupo;

• Observar se os participantes que mais semanifestaram no grupo são os mais escolhidos porafinidade;

• Observar se os participantes escolhidos como osque mais contribuíram para o desenvolvimento dogrupo tem relação com o grupo das afinidades;

• Observar se as pessoas mais reservadas (tímidase caladas) interferiram negativamente nodesenvolvimento do grupo;

• Verificar se o grupo considera os mais reservados(tímidos e calados) como omissos.

METODOLOGIA

O método

A Sociometria, como parte da Socionomia, é aciência que permite medir o relacionamento humano.Como tal, ela se ocupa do estudo matemático dascaracterísticas psicossociais da população, dos métodosexperimentais e dos resultados saídos da aplicação deprincípios quantitativos, direcionando a sua investigaçãopara a pesquisa do desenvolvimento e organização dosgrupos e da situação dos indivíduos que os compõem.Uma de suas tarefas é determinar o número e aextensão das correntes psicossociais e o modo comose desenrolam na população dos grupos. Para atingirseus objetivos, a Sociometria utiliza instrumentossociométricos, principalmente o Teste Sociométrico eo Teste de Percepção Sociométrica.

Nessa perspectiva, afirma Moreno (1974, p. 39):“[...] a antiga dicotomia ‘quantitativo’ versus‘qualitativo’ é resolvida na Socionomia de novamaneira. O ‘qualitativo’ está contido no ‘quantitativo’;não é destruído ou esquecido, mas, sempre que possíveltratado como uma unidade”.

Assim, o presente trabalho aplicou um testesociométrico nos membros do Curso de Formação deDinâmica dos Grupos da SBDG, utilizando-se de umaferramenta que tem a intenção de abranger o numéricoe o qualitativo, apenas para facilitar o entendimento eas medidas qualitativas do relacionamento interpessoaldo grupo.

A ferramenta proposta é a aplicação de umformulário, para a construção do sociograma e dosgráficos, além de uma análise qualitativa dos resultados.

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As etapas seguidas foram as seguintes: aplicação doformulário; tabulação dos dados; análise do sociograma,do gráfico individual e da tabela de motivos e suasinter-relações; e, finalmente, a conclusão.

O Teste Sociométrico

O foco metodológico deste trabalho é o TesteSociométrico, que se define e se constitui, segundoMoreno (1974, p.41-42), como: “um método de pesquisade estruturas sociais através da medida das atraçõese rejeições que existem entre os membros de um grupo.No domínio das relações interpessoais, são utilizadosconceitos de significado humano, como ‘escolha’ e‘aversão’ [...]. E este ir e vir das relações dos indivíduosno grupo é chamado Sociograma e este determina asituação de cada pessoa dentro do grupo a que pertence,onde ela vive ou trabalha”.

Os instrumentos utilizados

Neste trabalho, foi utilizado como instrumento oquestionário, com a finalidade principal de identificar etraçar o perfil geral dos indivíduos do grupo estudadoe levantar alguns comportamentos.

O Teste Sociométrico de Escolha, considerado oprincipal instrumento e designado apenas de TesteSociométrico e, como complementar, o Teste dePercepção Sociométrica são dois instrumentos quepermitem identificar as redes de relações existentesno grupo, o índice télico e transferencial do grupo e anatureza das relações que se estabelecem na estruturado grupo.

É importante ressaltar que as informações quepermitem a identificação de cada sujeito que compõeo grupo estudado são absolutamente necessárias nafase de organização, tratamento e análise dos dados.Contudo, respeitando rigorosamente os parâmetroséticos da pesquisa, seus nomes serão ocultados natranscrição e elaboração final do trabalho. Os nomesusados serão fictícios.

A aplicação do questionário se deu com asexplicações a todos os presentes no grupo. A exceçãose deu devido a uma colega, cuja desistência do cursofoi informada no encontro anterior, mas o grupo optoupor incluir seu nome na pesquisa, caso fosse de suaanuência, e assim ocorreu; a pesquisa foi aplicada em

23 membros participantes do curso (100% dosmembros). O coordenador distribuiu os formulários,solicitou que cada um escrevesse o nome no cabeçalhoe, em seguida, preenchesse o que entendia porafinidade pessoal.

Na seqüência, solicitou que distribuíssem os nomesde todas as pessoas do grupo pelos quadrantes 1, 2, 3ou 4, de acordo com o critério de afinidade pessoal, ouseja, numa escala de 1 a 4, de forma que no quadrante1 aparecessem as pessoas com maior afinidade. Depois,pediu que preenchesse no verso os motivos que olevaram a colocar aquelas pessoas no quadrante 1.

Passou-se para o formulário dois. O coordenadorpediu, então, que os membros preenchessem no versoda folha os comportamentos que mais o ajudaram noseu desenvolvimento pessoal e os que maisatrapalharam. Na seqüência, foi solicitado para quevoltassem à página anterior e distribuíssem os nomesde todas as pessoas pelos quadrantes 1, 2, 3 ou 4, deacordo com o critério dos que mais o ajudaram a sedesenvolver, isto é, colocando os nomes de todos osmembros distribuídos numa escala de 1 a 4, de acordocom o nível de ajuda. (Conforme figura 01 – Formuláriosutilizados no teste sociométrico)

Construção do sociograma

O sociograma foi construído a partir dos nomesque cada um colocou no quadrante 1. Assim, cadaparticipante foi ligado por uma seta aos nomes queindicou no quadrante 1 e se houve reciprocidade, aseta aparece com dupla orientação. Dessa forma, osociograma é o registro das interações entre osmembros do grupo estudado e representa o “mapa”do relacionamento no 17º encontro, dentro dascondições preconizadas.

Construção de tabelas individuais

As tabelas foram elaboradas, considerando quantasvezes o indivíduo foi citado em cada quadrante. Estastabelas proporcionam ao indivíduo uma dimensão decomo ele é percebido pelos demais membro do grupo.A partir dessas tabelas, também é possível fazer acorrelação com sua posição no sociograma.

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REFERENCIAL TEÓRICO

A Sociometria deve ser tomada como o ponto departida e o ponto de chegada de toda a construçãoteórica e metodológica proposta por Moreno. Comobem observa Bustos (1979), ela inclui em si todos oselementos teóricos que sustentam a Psicoterapia deGrupo, o Psicodrama e o Sociodrama.

Na sua essência, ela contém a seqüênciaconceitual do pensamento moreniano, uma vez que oeixo em torno do qual se constroem todas as suaspostulações teóricas é o conceito de vínculo. Pode-sedizer, portanto, que, sem “vínculos”, o homem nãoexiste. O homem é sempre um ser social, imerso emum universo de relações intersubjetivas, que secaracteriza pelo aglomerado de papéis quedesempenha e que, ao mesmo tempo o define; afinal,como afirma o próprio Moreno (1974, p. 25),

O desempenho de papéis é anterior ao surgimento doeu. “Os papéis não emergem do eu; é o eu quem, toda-via, emerge dos papéis”. O sujeito humano tem, desdeseu nascimento, estruturas de relacionamento ao seuredor: mãe, pai, avó e outros membros de seu ambienteprimitivo, que se constituem como estruturas vincula-res da sua “matriz de identidade”, na qual ele se forma eda qual ele se lança para outras redes de relações vin-culares mais amplas, permanecendo nelas até a morte.

Contudo, os conceitos de “papéis” e “vínculos”remetem para os conceitos de “Tele” e“Transferência”. As perguntas geradoras dessesconceitos são: Como o indivíduo percebe o outro noexercício dos papéis sociais? Que significado tem oque se denomina de compreensão, amor, amizade,diálogo, encontro? Como entender os movimentos deatração, de repulsa e de indiferença presentes nasrelações humanas?

As respostas para essas perguntas, considerandoo conceito de transferência, dado pela Psicanálise, paraexplicar as relações, Moreno (1974) propõe o conceitode “Tele”, e o define como sendo o conjunto depercepções, idéias e sentimentos que o homem,progressivamente, desde o nascimento, desenvolve emrelação às pessoas e objetos que o cercam no interiordo seu átomo social e que determinam a natureza, adireção e a intensidade das relações interpessoais.

Assim, a “Tele” é considerada como o fundamentode todas as relações interpessoais saudáveis e oelemento essencial de todo método eficaz das

psicoterapias. Na relação télica, o indivíduo sente epercebe o outro de forma realística, tal como ele é, ese aproxima ou se distancia dele motivado por esseconjunto de sentimentos e percepções realísticas quedecorrem da relação.

Na relação transferencial, ao contrário, o outro épercebido de forma distorcida, a partir de seus“fantasmas” internos, sendo eles os motivadores desuas percepções e sentimentos e das conseqüentesaproximações e distanciamentos.

Nesse sentido, complementa Bustos (1979, p. 17),“Tele implica um conceito existencial e totalizador,intelectivo, afetivo, biológico e social. Ao abandonar oacaso em nossa infância, começa a seleção. Buscamossociometricamente aqueles que complementempositivamente nossos objetivos, rechaçamos outros oupermanecemos indiferentes a terceiros.”.

Quando se dá o encontro, existe a certeza de quenão são necessárias verbalizações de confirmação.Produzem-se respostas, condutas coerentes com aspropostas. Deste modo, sabe-se que é o fator Teleque está funcionando. O vínculo adquire ascaracterísticas que nascem da complementação, maspara o conhecimento desta dinâmica é necessárioavaliar a intensidade da eleição.

As redes de comunicação

Após o levantamento de todas as respostas, épossível construir uma carta sociométrica do grupo,isto é, o chamado “sociograma”. A disposição dos laçosde comunicação informal constitui uma rede que, comose sabe, é o mapa dos canais não-oficiais por quepassam as informações paralelas e os rumores.

O estudo da rede de comunicação por meio demodelos grafos, do tipo sociograma, pode facilitar eampliar o conhecimento a respeito das interações, tantopositivas como negativas, que ocorrem na organizaçãoem termos de canais de comunicação interpessoal.Mostra nitidamente a posição de cada membro em seugrupo, a saber: aqueles que têm maior potencial deliderança, ou os estrelas; aqueles com menor potencialde liderança, ou os periféricos; e os que não têmliderança, os rejeitados, os isolados, na organização/comunidade.

Rodrigues (1978) destaca que o sociograma, ouseja, a rede de comunicação interpessoal, é composta

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de duas unidades básicas de análise: os nodos e oselos. Os nodos simbolizam os indivíduos componentesdo sistema, enquanto os elos representam a pluralidadede relações de comunicação entre os indivíduos.

Os nodos assumem duas categorias: atuantes enão-atuantes. Os nodos atuantes são aqueles queparticipam ativamente do processo de troca etransferência de informações entre os membros darede. Nodos não-atuantes são aqueles que têm muitopouco ou nenhum contato com os outros membros dosistema. Entre os nodos atuantes, Rodrigues (1978,p.87) destaca a liderança de opinião, e a define como“atributo das pessoas que exercem informalmentealguma influência sobre o comportamento ou a atitudede seus pares, conduzindo-os freqüentemente emdeterminada direção desejada”. E ainda acrescenta:“consideram-se líderes de opinião os que receberamindicações sociométricas de pelo menos 15% dos seuspares, sob quaisquer dos critérios investigados (situaçãoafetiva, instrumental, etc.)”.

Ainda de acordo com Rodrigues (1978), trêsprincipais categorias definem os nodos atuantes ouparticipantes, na estrutura de comunicação:

• Membro de clique – Indivíduo que tem a maioriade suas ligações voltadas para outros nodos domesmo subsistema Define-se “clique” ou“subgrupo” como um componente estrutural darede de comunicação, formado de pelo menos trêselementos em interação. Rodrigues (1978), em seusestudos, considerou “clique” como o conjunto deelementos (no mínimo três) vinculados com pelomenos metade dos outros membros por ligaçõesdiretas e não necessariamente simétricas. Nessacondição, para ser membro de “clique”, o indivíduoprecisa ter ligações diretas com 50% ou mais doseventuais integrantes do grupo”.

• Ligação ou liaison – Indivíduo que interliga doisou mais subsistemas da rede de comunicação, sempertencer especificamente a nenhum deles. Semfazer parte de nenhuma clique, ele passainformação de uma clique para outra.

• Ponte – Indivíduo que, além de pertencer adeterminada clique, mantém ligações com outrascliques para as quais envia informações ou dasquais recebe informação.

Além desse referencial teórico voltado à análisesociométrica, Paixão (2002), seguindo a nomenclaturamoreniana, utilizaram o seguinte termo para osindivíduos com muita interação social: Estrela (oulíder) – É o indivíduo mais votado ou aquele que éindicado por grande número de escolhas.

Entre os nodos não-atuantes, o mesmo autorconsidera a seguinte tipologia:

• Isolado tipo I – Indivíduo que não tem nenhumaespécie de ligação com outro membro do sistema;não procura outras pessoas e também não éprocurado.

• Isolado tipo II ou periférico – Embora esteja situadofora do fluxo principal da rede de comunicação,mantém um contato mínimo com algum membrodo sistema. Ele não pode transferir informação nosistema; pode, porém, ser uma fonte de informaçãoextra-sistema se tiver ligações que o habilitem atanto.

• Díade isolada – Subsistema no qual dois indivíduosestão em interação.

Pode ser simétrica ou assimétrica, dependendo sehouver ou não reciprocidade de relações. A díade nãorecebe nem transmite informação, considerando a redede comunicação. Sob esse aspecto, assemelha-se aoisolado tipo I.

• Nodo ramificado – Indivíduo que, além de estarligado a alguém que participa de uma clique,mantém relações com um nodo periférico. Elecontrola a informação gerada no sistema que possachegar ao indivíduo periférico.

• Corrente – Subsistema formado de indivíduosinterligados linearmente por meio de relaçõesunidirecionais, transitivas. Seus membros ficam,portanto, isolados de quaisquer relacionamentoscom a rede de comunicação.

Cabe aqui esclarecer que Moreno defendia queum elemento isolado não é necessariamente umindivíduo pouco sociável, pois pode desempenhar muitobem um papel importante num outro grupo. E arepresentação só é valida para a questão durante apesquisa sociométrica e o tema proposto. Outra questãoou outro problema poderia determinar uma estruturadiferente o que deveria ser comparada com o primeirosociograma.

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Com base na nomenclatura moreniana, Paixão(2002) utilizou os seguintes termos para os indivíduosde pouca ou nenhuma interação social: periférico éaquele que escolhe, mas não é escolhido por ninguém;solitário é aquele que não escolhe nem recebe escolhade nenhum colega; e, isolado é aquele que é escolhido,mas não escolhe ninguém.

RESULTADO DA PESQUISA

Os resultados ora apresentados são frutos daaplicação do teste sociométrico no grupo de formaçãoem dinâmica dos grupos da SBDG, ocorrido no Nortedo Paraná. Para atender aos objetivos propostos foipesquisado junto aos integrantes do grupo o conceitoindividual de afinidade, as pessoas com as quais seestabeleceu maior relação de afinidade pessoal e quaisos motivos que propiciaram esta relação. Outracondição proposta na pesquisa diz respeito aoscomportamentos identificados no grupo e que de algumaforma contribuíram ou comprometeram odesenvolvimento do integrante pesquisado. Osresultados apresentados captam um momento dorelacionamento interpessoal no grupo sob as condiçõespropostas, no caso com relação à afinidade pessoal erelação de aprendizado após dezessete encontros. Otrabalho considerou aspectos qualitativos, quantitativose de percepção.

Resultado da pesquisa de afinidade pessoal

A Tabela 1 denominada Tabulação do resultadogeral da pesquisa sobre afinidade pessoaldemonstra em quais quadrantes se concentra aindicação de cada participante, e proporciona umareflexão sobre sua forma de agir, confrontado com osresultados da indicação, bem como se constitui em umfeedback no qual o indivíduo pode avaliar suas atitudese comportamentos e modificá-los ou não.

Para o grupo pesquisado a palavra afinidade temo significado de semelhanças de gostos e sentimentos,interesses comuns, identidade, cumplicidade, confiança,companheirismo, respeito, simpatia, empatia, serconfidente, ter respeito e muitos pontos em comum,gostar de estar junto, sentimento de igualdade e deidéias, compartilhar idéias e intimidades, ser autêntico,transparente e fiel, entre outros.

Dentre os motivos que levaram um integrante aser indicado para o quadrante de maior afinidadedestacaram-se: maior relacionamento, confiança,amizade, afeição, carinho, liberdade para comunicação,sinergia e coisas em comum.

Foram identificados no grupo vários integrantesque, segundo Paixão (2002), seguindo a nomenclaturamoreniana, são classificados como “estrelas” pelaexpressiva indicação recebida (aqui computada noQuadrante 01) e que podem exercer, informalmente,alguma influência sobre o comportamento ou atitudesde seus pares; são eles: Renata, Gisele, Camila,Rodrigo, Silvia, Benedito, Flávia, Magda e Leonardosendo este último integrante escolhido pela maior partedos participantes do grupo, tendo recebido 68% dasescolhas no Quadrante um (01). Observando osquadrantes, nota-se variação nas relações, mas nãofoi identificado nenhum caso de isolamento, pois todosindicaram e foram indicados.

Outra nomenclatura moreniana da sociometria,Paixão (2002), é a do elemento periférico, que escolhee que não é escolhido por ninguém. No grupo estudadonão houve esta situação extremista, mas pela indicaçãoexpressiva no último quadrante, podem serconsiderados como elementos periféricos osintegrantes Alessandra e Carlos.

Houve situações atípicas no grupo quedespertaram nossa atenção e são passíveis de análisemais minuciosa, contudo fugiam ao objetivo propostode análise do primeiro e último quadrantes. Destaforma, manteve-se o foco da análise nos integrantesjá citados.

A integrante Alessandra foi a mais indicada noúltimo quadrante, tendo 45% das indicações. Estaparticipante apresentou, por questões particulares, altonível de faltas nos encontros o que acabou inclusiveculminando na desistência da formação. Levantou-sea hipótese de que a ausência seja o principal motivo daalta indicação no quadrante quatro.

O integrante Carlos também teve indicaçãoexpressiva no último quadrante. Fazendo uma análisede sua trajetória nos encontros, pode-se perceber que,embora tenha apresentado uma interação socialbastante acentuada nos primeiros encontros, teve umamudança de comportamento, diminuindo sua interação,tornando-se mais reservado. Considerando que deacordo com Moscovici (2001), na medida em que as

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atividades e as interações prosseguem, os sentimentosdespertados podem ser diferentes dos esperadosinicialmente e que, inevitavelmente, influenciam asinterações seguintes. Levantou-se a hipótese de quetendo o integrante se deparado com um sentimentonegativo, diminuiu sua interação social e suacomunicação o que pode ter contribuído para suaindicação neste quadrante e o tornado também umelemento periférico.

Na seqüência, se encontra a Rede Sociométricade inter-relacionamento (Conforme Figura 02). Aslinhas das indicações são evidenciadas com setas epontilhado e as reciprocidades com linhas contínuasrepresentando as interações dos votos recíprocos.

Por meio do sociograma com as reciprocidades,situação em que um participante indicou para o primeiroquadrante o integrante que também o indicou, pode-seperceber que existem dois blocos distintos, mas todosinterligados entre si por diversos integrantes: o primeiroé composto pelos integrantes Leonardo, Fabrício,Carlos, Camila, Mara, Suelen, Fernanda, Benedito,Rebeca, Bruna, Flávia e Louise; e o segundo porRenata, Regina, Silvia, Magda, Ligia, Gisele,Alessandra, Lorena, Isadora, Rodrigo e Rodolfo.

Considerando este fluxograma de reciprocidades,pode-se afirmar que os participantes com maisinteração são Renata, Silvia, Leonardo, Suelen e Gisele,portanto Estrelas do Sociograma. Embora com menosinterações, ainda se sobressaem outros integrantes comquatro interações: Fabrício, Flávia e Mara. Diantedestes nomes e das definições apresentadas pelosintegrantes, conclui-se que as pessoas tendem a seaproximar daquelas que apresentam características ousentimentos semelhantes aos seus, formando no grupoblocos ou subgrupos – as, comumente, chamadas“panelinhas”. Para Moreno (1974), é o momento queocorre a “Tele”, movimento natural dos grupos.

Segundo Rodrigues (1978), os indivíduos sãosimbolizados por nodos, podendo ser definidos comoatuantes e não atuantes. No tocante aos nodos atuantes,são destacadas pelo autor três categorias: Membro deClique ou Subgrupo, Elemento de Ligação e Ponte. Omembro de Clique ou subgrupo se forma quando pelomenos três elementos estão em interação e vinculadosa pelo menos 50% dos demais membros do grupo deforma direta, não necessariamente simétrica.Atendendo a estas características, identificou-se na

análise por afinidade os seguintes subgrupos: 1.Leonardo, Renata e Fabrício; 2. Leonardo, Renata eSilvia; 3. Leonardo, Silvia e Rodrigo; 4. Silvia, Rodrigoe Gisele.

Como elemento de ligação é considerado aqueleque faz ligação de um Clique ou Subgrupo para outro,sem pertencer a nenhum, neste caso, não houve nenhumelemento de ligação. Por fim, na categoria de Ponte,ou seja, o elemento de um Clique (subgrupo), quemantém ligação com outros Cliques, foramidentificados: Renata, Leonardo e Silvia.

No sociograma das reciprocidades, foramidentificados alguns elementos considerados periféricosem função da sua mínima interação: Rebeca, Rodolfo,Louise, Alessandra e Carlos. Como Nodos Ramificadosque são os que estão ligados a um membro de Clique ea um periférico, tem-se: Carlos (nodo ramificado),ligado ao Clique Leonardo e ligado ao nodo periféricoLouise. Considerando ainda Rodrigues (1978),destacam-se como nodos não atuantes, ou seja,elementos que receberam indicações inferiores a 15%,os integrantes: Bruna, Rodolfo, Alessandra e Louise.

O estudo deste fluxograma deixa claro que serreservado não é sinônimo de omissão, exclusão e/ouisolamento, porque a integrante Renata, mesmo sendoreservada (calada) teve indicação expressiva.Contrastando com esta, os nodos não atuantes citadosacima, que não são considerados reservados, masinteragiram pouco com o grupo e tiveram poucaindicação de reciprocidade. (Conforme Figura 03 –Afinidade pessoal – Sociograma de Reciprocidade –inter-relacionamento)

Resultado da pesquisa de contribuição para

o processo de aprendizagem no grupo

Após analisar o resultado da afinidade pessoal dogrupo, passou-se à aprendizagem no grupo,representado pela Tabela – Tabulação do resultadogeral sobre aprendizagem no grupo. Aqui cabe ressaltaro fato de a Isadora ter preenchido apenas o quadrante01, pois encontrou dificuldade em preencher os demaisquadrantes, segundo suas próprias palavras. Mas issonão prejudicou o resultado final do trabalho.

Este episódio serviu para análise e levantamentode hipótese, pois esta é uma característica destemembro e representa um comportamento recorrente

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74 Revista da SBDG – n. 3, p. 66-80, dezembro de 2007

do grupo em não afrontar ou melindrar comobservações. Levantou-se a hipótese de que foipreenchido somente o quadrante 01, porque é o queenaltece o próximo e não haveria contrariedades comos demais integrantes, o que ocorre no preenchimentodos demais quadrantes.

Os integrantes indicaram dezenas decomportamentos que contribuíram para o seuaprendizado, contudo os que quantitativamente sedestacaram foram: autenticidade, sinceridade, amizade,afeição, carinho, dar e receber feedback, aceitação,acolhimento, respeito, demonstrar sentimentos,persistência e perseverança, troca de experiência,paciência, dedicação, admiração e entusiasmo,companheirismo e compreensão. Já oscomportamentos que atrapalharam o desenvolvimentopessoal nos encontros foram: omissão, não se expor,pressa e impaciência, estar presente e não participar,descomprometimento, pouca vontade, esperar pelosoutros, e mais alguns quantitativamente menosindicados.

Pelas indicações expressivas no quadrante 01 (um),destacam-se os integrantes que mais contribuíram parao crescimento do grupo, estes são denominados de“estrela” ou líder na teoria moreniana. São eles: Renata,Gisele, Camila, Rodrigo, Silvia, Fernanda, Leonardo,Benedito, Fabrício, Suelen, Regina e Lorena. Osindivíduos Gisele, Leonardo e Rodrigo tiveramindicação expressiva no tocante à contribuição para oaprendizado no grupo, recebendo, respectivamente:90,5% , 81% e 76% das indicações, ficaram aindaacima dos 50% de indicações Silvia e Lorena.

Como já visto em afinidade, no processo deaprendizagem também não houve membros isolados,porque todos indicaram e foram indicados. Elementosperiféricos, em função do baixo índice de indicação noQuadrante 01 (um) e alto nível no Quadrante 04(quatro), foram considerados como periféricos osintegrantes Rebeca, Alessandra e Carlos. E merecemdestaque ainda, pelos mesmos critérios, Bruna e Louise.

No presente sociograma com as reciprocidades,observou-se um único bloco formado pelos membros:Suelen, Silvia, Regina, Camila, Flávia, Gisele, Lorena,Rodrigo, Rodolfo, Renata, Benedito e Leonardo.

Observou-se ainda que os membros Fernanda,Mara, Ângela, Rebeca, Magda, Carlos, Isadora eBruna, transitam em torno do bloco central, ligado aalgum membro deste bloco e os membros Alessandra,

Fabrício e Louise estão isolados do bloco central, semnenhuma ligação de reciprocidade.

Observando a quantidade de reciprocidades,aparecem como estrela os membros: Rodrigo, Gisele,Silvia, Suelen, Regina, Renata e Leonardo. ConformeRodrigues (1978), se enquadram nas categorias denodos atuantes: Membro de Clique ou Subgrupo,Elemento de Ligação e Ponte, que se destaca na análisefeita sobre o sociograma de reciprocidade. (ConformeFigura 04 – Rede sociométrica aprendizagem emgrupo)

Membro de Clique ou Subgrupo: 1. Leonardo,Renata e Rodrigo; 2. Rodrigo, Lorena, Silvia e Gisele;3. Gisele, Suelen e Silvia; 4. Renata, Gisele e Rodrigo;5. Silvia, Regina e Rodrigo. Elementos de Ligação:Benedito e Flávia. Pontes: Leonardo, Renata, Rodrigo,Lorena, Regina, Gisele, Silvia e Suelen.

Foram identificados ainda no sociograma dereciprocidade os seguintes elementos consideradosisolados: Alessandra, Louise e Fabrício, e periféricos:Isadora, Carlos, Bruna, Magda, Flávia, Rodolfo, Camila,Mara, Benedito, Fernanda, Rebeca e Ângela.

Como nodos ramificados, foram identificados:Fernanda, nodo ramificado, ligado ao Clique Suelen eligado ao nodo periférico Mara. Magda (nodoramificado), ligado ao Clique Rodrigo e ligado aosnodos periféricos Carlos e Bruna. Assim, em anexo(fig.05), se encontra o quadro das interações, com afinalidade de melhor visualizar os resultados obtidosna pesquisa.

Resultados finais

Em repostas aos objetivos propostos neste trabalho,pode-se afirmar que não há relação entre os membrosescolhidos em afinidade pessoal com os membrosescolhidos no processo de aprendizagem, embora tenhahavido coincidências. No aspecto quantitativo, onúmero de votação se manteve equivalente, visto queos mais votados em afinidade continuaram sendo osmais votados na contribuição para o aprendizado. Assimcomo os menos votados em afinidade pessoalcontinuaram também no processo de aprendizagem.

Dessa forma, observou-se que a afinidade pessoalnão é necessariamente determinante para o processode aprendizagem. Isto pode ser evidenciado quandoefetuado um comparativo entre as indicações realizadasem ambos os quesitos, tendo havido variações que

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75Revista da SBDG – n. 3, p. 66-80, dezembro de 2007

superaram a casa dos 100% de acréscimo emindicações, com destaque maior para o processo deaprendizagem do que para a afinidade pessoal. Nesteaspecto, destacam-se os elementos Gisele, Rodrigo,Silvia, Fernanda, Suelen e Lorena, que receberam maiorindicação no quesito aprendizagem.

Vale ressaltar também que os participantes quemais se manifestaram no grupo são os mais escolhidosno processo de aprendizagem, embora tenha havidocontribuição de um elemento pouco participativo, tidono grupo como calado, indicado como contribuidor doprocesso de aprendizagem. Isto leva a concluir queser reservado não significa ser omisso.

Salta aos olhos ainda que, transcorridos 17 mesesde convivência, existem membros isolados no grupo,pois alguns elementos estão situados fora do fluxoprincipal da rede de comunicação do sociograma deinteração, mas mantêm contato mínimo com algunsmembros do sistema.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo não se esgota aqui, ao grupo cabe aindaa tarefa de realizar a partir de suas própriasobservações, outras análises e conclusões, validandoseu entendimento e despertando para fatos ainda nãopercebidos.

Com segurança, pode-se afirmar que não é possívelfazer generalizações e que as relações se estabelecemde forma diferente a cada situação apresentada.Afinidade não é fator determinante para relações deaprendizado, ter comportamento reservado não,necessariamente, significa ser omisso, contudo para oprocesso de desenvolvimento e aprendizado aexposição é fator de grande importância.

Não se pode afirmar que o fato de algunsintegrantes serem mais reservados ou “calados” tenhainterferido no aprendizado do grupo. Contudo diantedas afirmações realizadas, conclui-se que haveria maiordesenvolvimento no grupo se seus participantestivessem se exposto mais. Ora, essa solicitação nãocabe apenas aos tidos como “calados”, pois estestambém deram prova de sua contribuição para o

processo de aprendizagem do grupo.Constatou-se ainda que nem mesmo o tempo foi

decisivo nas relações de afinidade e aprendizado, poismesmo depois de 17 meses de convivência foi possívelidentificar pessoas isoladas, embora o grupo semprebuscasse incluir todos.

Persistem ainda problemas de afeto/atração erepulsão, mas não se pode afirmar que comportamentosexplosivos inibiram o desenvolvimento do grupo.Embora tenha havido indicação esta não foisignificativa para que se faça esta afirmação.

Por fim, é muito bom ver as pessoas evoluírem e,melhor ainda, saber que há muito a se fazer, os grandesvilões desta caminhada, e que certamente se fossepossível não seriam permitidos neste grupo, são: deixarde se expor, omitir-se, ser impaciente, ter pressa e serdescomprometido. Outrossim, o que garantiu osresultados obtidos nesta caminhada foi: sinceridade,autenticidade, amizade, afeição, dedicação, carinho, dare receber feedback, aceitação e respeito.

REFERÊNCIAS

BUSTOS, Dalmiro. Novos rumos do psicodrama. São Paulo: Ática.Disponível em: <http://institutojlmoreno.com/portu/publicaciones.html>. Acesso em: 18 mar. 2007MORENO, J. L. Psicoterapia de grupo e psicodrama: introdução àteoria e à práxis. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1974.MOSCOVICI, F. Desenvolvimento interpessoal. 11. ed. Rio de Janeiro:José Olympio, 2001.PAIXÃO, L. E. S.; MUCHON, D.; SALOMON, D. V. Evolução dasrelações interpessoais e do sistema de valores através do questionáriosociométrico. In: WEIL, P. Dinâmica de grupo e desenvolvimentoem relações humanas. Belo Horizonte: Itatiaia, 2002.ROCHA, Francisco Eduardo de Castro et al. Mapeamento das RelaçõesInterpessoais em Três Assentamentos de Reforma Agrária de Unaí,MG. In: Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília, v. 20, n. 2, p.305-323, maio/ago. 2003.RODRIGUES, C. M. Análise comparativa de redes de comunicaçãointerpessoal em duas comunidades rurais sob a ótica de mudançastecnológicas. 1978. Dissertação (Mestrado em Comunicação) –Universidade de Brasília, Brasília, 1978.SCHUTZ, Will. Profunda simplicidade. São Paulo: Agora, 1989,p.103; 124.

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76 Revista da SBDG – n. 3, p. 66-80, dezembro de 2007

ANEXOS

1º Questionário (Afinidade)

Nome:________________________________________________________________________

1º. O que você considera como afinidade pessoal (qual o significado para você)?_________________________________________________________________________________________2º. Distribua abaixo o nome de todas as pessoas do Curso do SBDG, pelos quadrantes, 1, 2, 3 ou 4, de

acordo com o grau de afinidade pessoal, ou seja, na escala de 1 a 4 as pessoas com maior grau de afinidade noquadrante 1 e assim sucessivamente até o quadrante 4.

Os nomes serão mantidos incógnitos e substituídos por nomes fictícios no resultado final.

1 23 4

3º. Relacione os motivos que o levou a escolher as pessoas para o quadrante 1.

2º Questionário (Comportamentos)

Nome:__________________________________________________________________________

1º. No verso do formulário, descreva os comportamentos dos membros do grupo que mais contribuírampara o seu desenvolvimento no curso e os comportamentos que mais atrapalharam o seu desenvolvimentopessoal no curso.

2º. Distribua abaixo o nome de todas as pessoas do Curso do SBDG, pelos quadrantes, 1, 2, 3 ou 4, deacordo com o grau de contribuição que essas pessoas te ajudaram no processo de aprendizagem individual, ouseja, na escala de 1 a 4 as pessoas que mais contribuíram no quadrante 1 e assim sucessivamente até oquadrante 4, considerando os comportamentos relacionados no verso.

Os nomes serão mantidos incógnitos e substituídos por nomes fictícios no resultado final.

1 23 4

Verso

Comportamentos que mais Comportamentos que mais atrapalharamcontribuírampara o meu desenvolvimento para o meu desenvolvimento

Figura 1 – Formulários utilizado no teste sociométrico

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Tabela 1 – Tabulação do resultado geral da pesquisa sobre afinidade pessoal

Nomes Ren Gis Cam Reb Rod Sil Fer Leo Bene Fab Isa Ang Bru Rodo Fla Su Reg Ale Loui Ma Car Mag Lor

Renata 2 2 2 2 1 3 1 4 1 1 1 3 2 3 2 1 4 3 3 4 1 2

Gisele 2 1 4 1 1 3 2 2 4 4 3 2 2 2 2 4 1 3 2 4 1 1

Camila 4 1 4 3 3 2 2 1 1 1 4 4 2 1 1 4 3 3 1 2 3 2

Rebeca 3 4 3 4 4 4 1 1 2 2 2 1 4 3 2 2 4 2 4 3 3 1

Rodrigo 2 1 3 4 1 3 1 3 3 4 2 3 1 3 4 3 3 3 3 3 2 3

Silvia 1 1 2 3 1 2 1 3 4 1 3 3 2 1 3 1 4 3 3 4 1 2

Fernanda 2 2 1 3 2 2 2 1 4 2 3 4 3 1 1 2 2 3 1 4 1 2

Leonardo 1 2 2 4 1 1 3 2 1 2 3 4 3 3 1 2 4 4 3 1 2 2

Benedito 4 2 3 1 3 4 1 1 2 3 4 2 2 2 1 3 4 4 3 1 4 2

Fabrício 1 2 1 2 2 4 4 1 1 3 3 2 2 2 4 1 4 4 2 1 3 3

Isadora 1 3 1 2 3 3 2 1 1 2 1 2 3 1 2 1 1 3 3 1 1 1

Ângela 1 3 4 2 1 2 2 1 4 3 2 1 2 2 2 2 3 2 3 4 1 2

Bruna 2 1 3 1 1 3 4 1 1 1 1 1 1 1 2 2 4 3 4 3 2 1

Rodolfo 2 2 3 3 1 1 3 2 3 3 3 2 3 3 3 2 3 2 3 3 2 3

Flávia 2 1 2 3 2 1 2 1 3 4 2 1 1 4 2 3 4 1 1 4 2 3

Suelen 1 2 1 2 2 3 1 1 1 4 3 3 3 3 3 4 2 4 1 2 1 1

Regina 1 1 2 1 1 1 4 1 2 1 2 1 3 2 3 4 3 3 4 2 2 2

Alessandra 2 1 2 2 2 2 3 2 2 2 2 2 3 2 2 2 2 3 1 4 2 1

Louise 2 1 3 3 1 2 4 1 3 4 4 1 2 2 1 4 3 4 3 1 2 4

Mara 3 4 1 3 4 4 1 2 3 2 4 3 4 4 1 1 3 2 3 2 3 3

Carlos 4 4 1 1 2 4 1 1 2 2 3 3 3 2 2 1 2 4 1 1 1 4

Magda 1 2 1 3 3 1 2 2 3 3 2 1 2 2 1 2 2 3 2 3 2 2

Lorena 2 1 1 3 3 3 1 1 1 3 1 2 3 4 2 2 2 1 4 1 4 2

T – Q1 8 9 9 4 8 8 5 15 8 5 5 7 3 2 8 6 4 3 2 7 5 8 6

T – Q2 9 8 6 6 7 4 6 7 5 6 8 5 6 12 7 10 10 3 4 2 5 9 9

T – Q3 2 2 6 8 5 5 6 0 7 5 5 8 9 4 7 2 5 6 11 10 4 4 5

T – Q4 3 3 1 4 2 5 5 0 2 6 4 2 4 4 0 4 3 10 5 3 8 1 2

22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22

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78 Revista da SBDG – n. 3, p. 66-80, dezembro de 2007

Figura 2 – Rede sociométrica de inter-relacionamento

Figura 3 – Afinidade pessoal – Sociograma de Reciprocidade (inter-relacionamento)

Gisele

Camila

Rebeca

Renata

Alessandra

Flávia

Magda Carlos

Louise

Mara

Regina

Suelen

Ângela

Bruna

Isadora Fabrício

Leonardo

Benedito

Fernanda

Silvia

Rodolfo

Lorena Afinidade Pessoal

Rodrigo

Alessandra

Flávia

Silvia

Louise

Lorena

Rodrigo

Leonardo

Mara

Renata

Gisele

Rodolfo

Isadora

Ângela

Bruna

Carlos

Rebeca

Fernand

Fabrício

Magda Camila

Regina

Suelen

Benedit

Afinidade Pessoal

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79Revista da SBDG – n. 3, p. 66-80, dezembro de 2007

Tabela 2 – Tabulação do resultado geral sobre aprendizagem no grupo

Nomes Ren Gis Cam Reb Rod Sil Fer Leo Bene Fab Isa Ang Bru Rodo Fla Su Reg Ale Lou Ma Car Mag Lor

Renata 1 1 2 1 1 1 1 2 2 2 1 3 1 3 2 1 3 3 2 3 1 1

Gisele 1 1 4 1 1 2 2 2 3 4 3 3 2 1 1 4 3 3 2 4 1 1

Camila 3 1 4 1 1 3 1 2 1 4 2 4 1 2 2 3 4 2 2 3 2 3

Rebeca 1 1 1 3 4 1 1 1 2 3 3 2 4 2 1 1 4 2 3 3 1 2

Rodrigo 1 1 2 4 1 2 1 2 2 4 2 3 1 2 4 1 4 3 2 3 1 1

Silvia 2 1 1 3 1 1 2 2 4 1 3 3 2 2 1 1 4 3 1 4 2 1

Fernanda 2 1 1 4 1 2 1 1 4 2 3 4 4 2 1 2 3 3 1 4 2 1

Leonardo 1 1 2 4 1 1 2 1 2 2 3 4 2 1 1 2 4 3 2 3 2 1

Benedito 3 2 2 2 1 4 2 1 4 1 3 2 4 1 1 2 4 3 3 4 2 1

Fabrício 2 1 2 2 2 4 4 3 3 3 3 1 2 2 4 2 4 4 2 3 3 3

Isadora 1 - - - - - - - - - 1 - - 1 1 1 - - - 1 - -

Ângela 2 1 3 4 1 1 1 1 2 3 3 4 3 3 2 1 1 4 4 4 2 1

Bruna 1 1 2 3 1 2 3 1 1 3 2 4 3 2 2 2 4 4 3 3 1 1

Rodolfo 1 1 2 3 1 1 3 1 2 3 3 2 3 2 2 3 3 3 3 2 2 3

Flávia 2 1 1 4 2 1 1 1 2 4 3 3 2 4 1 4 4 1 1 4 3 1

Suelen 2 1 3 4 2 1 1 1 1 4 4 3 4 3 3 3 3 4 2 3 2 1

Regina 1 1 2 1 1 1 3 1 2 1 2 1 3 2 3 3 3 3 3 2 2 2

Alessanda 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 1 1 2 2 1 3 1 1

Louise 2 1 1 4 1 3 2 1 4 4 2 3 3 2 3 2 1 4 2 3 3 4

Mara 2 2 2 4 2 3 1 1 2 3 4 3 4 2 3 2 2 4 4 4 3 2

Carlos 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Magda 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Lorena 2 1 3 4 1 1 2 2 2 3 1 4 3 4 3 2 2 2 4 3 4 2

T – Q1 11 19 11 3 16 14 10 17 8 5 6 5 3 5 7 11 9 3 3 6 2 7 14

T – Q2 9 2 8 4 4 2 6 3 11 4 6 4 4 8 8 8 8 1 3 8 2 10 3

T – Q3 2 0 3 3 1 2 4 1 1 6 5 11 8 3 7 1 3 6 9 6 10 4 3

T – Q4 0 0 0 11 0 3 1 0 1 6 5 2 6 5 0 2 2 11 6 1 8 0 1

22 21 22 21 21 21 21 21 21 21 22 22 21 21 22 22 22 21 21 21 22 21 21

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80 Revista da SBDG – n. 3, p. 66-80, dezembro de 2007

Figura 4 – Rede sociométrica aprendizagem em grupo

Figura 5 – Processo de aprendizagem: sociograma de reciprocidade

Gisele

Camila

Rebeca

Rodrigo

Renata

Alessandra

Flávia

Magda Carlos

Louise

Mara

Regina

Suelen

Ângela

Bruna

Isadora Fabrício

Leonardo

Benedito

Fernanda

Silvia

Rodolfo

Lorena

Processo de Aprendizagem

Alessandra

Flavia

Silvia

Louise

Lorena

Rodrigo

Leonardo

Mara Renata

Gisele

Rodolf

Isadora

Ângela

Bruna

Carlos Rebeca

Fernand

Fabrício

Magda

Camila

Regina

Suelen

Benedito

Processo de Aprendizagem