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SÉRIE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - HARDWARE TERMINOLOGIA DE HARDWARE , SOFTWARE E REDES

Terminologia de Hardware, Software e Redes

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Série TeCNOLOGiA DA iNFOrMAÇÃO - hardware

TERMINOLOGIA DE HARDWARE,

SOFTWARE E REDES

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Série TeCNOLOGiA DA iNFOrMAÇÃO - hardware

TERMINOLOGIA DE HARDWARE,

SOFTWARE E REDES

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CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Robson Braga de AndradePresidente

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA - DIRET

Rafael Esmeraldo Lucchesi RamacciottiDiretor de Educação e Tecnologia

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI

Conselho Nacional

Robson Braga de AndradePresidente

SENAI – Departamento Nacional

Rafael Esmeraldo Lucchesi RamacciottiDiretor-Geral

Gustavo Leal Sales FilhoDiretor de Operações

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Série TeCNOLOGiA DA iNFOrMAÇÃO - hardware

TERMINOLOGIA DE HARDWARE,

SOFTWARE E REDES

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SENAI

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional

Sede

Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br

© 2012. SENAI – Departamento Nacional

© 2012. SENAI – Departamento Regional de Goiás

A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por escrito, do SENAI.

Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de Goiás, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.

SENAI Departamento Nacional Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP

SENAI Departamento Regional de Goiás Núcleo de Educação – NED

______________________________________________________________

S477t SENAI-Departamento Regional de Goiás Terminologia de hardware, software e redes/SENAI – Departamento Regional de Goiás – Goiânia, 2012. 178p.: il.

1. Introdução ao hardware. 2. Funcionamento do hardware. 3 Ferramentas de instalação. 4. Introdução do software. 5. Relação entre hardware e software. 6. Introdução a redes de computadores. 7.. Educação a distância.

I. Autor. II. Título.

CDD – 004 ______________________________________________________________

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Lista de ilustraçõesFigura 1 - Ábaco ................................................................................................................................................................18Figura 2 - Hardware básico de um computador ...................................................................................................22Figura 3 - Processador e local para encaixe do processador na placa-mãe ................................................25Figura 4 - Exemplo de Placa-mãe ...............................................................................................................................26Figura 5 - Gabinete AT ...................................................................................................................................................27Figura 6 - Gabinete ATX ................................................................................................................................................28Figura 7 - Gabinete BTX ................................................................................................................................................28Figura 8 - Principais conectores de uma placa-mãe ............................................................................................29Figura 9 - Memória DDR ................................................................................................................................................30Figura 10 - Memória DDR2 ...........................................................................................................................................30Figura 11 - Memória DDR3 ...........................................................................................................................................30Figura 12 - Memóra Sodimm .......................................................................................................................................30Figura 13 - Disco rígido .................................................................................................................................................31Figura 14 - Conexões SCSI ............................................................................................................................................31Figura 15 - Conector SATA.............................................................................................................................................32Figura 16 - Conector IDE ................................................................................................................................................32Figura 17 - Placa PCI ........................................................................................................................................................32Figura 18 - Placa de video AGP ...................................................................................................................................33Figura 19 - Placa de video PCI-Express .....................................................................................................................33Figura 20 - Floppy Drive .................................................................................................................................................33Figura 21 - Drive de CD/DVD ROM .............................................................................................................................34Figura 22 - Drive Blu-Ray ................................................................................................................................................34Figura 23 - Cooler .............................................................................................................................................................34Figura 24 - Monitor 3D ...................................................................................................................................................35Figura 25 - VGA (video graphics array) – sinal analógico ....................................................................................36Figura 26 - DVI (digital video interface) .....................................................................................................................36Figura 27 - HDMI (high-definition multimedia) .......................................................................................................36Figura 28 - Impressora a laser ......................................................................................................................................37Figura 29 - Impressora matricial .................................................................................................................................37Figura 30 - Impressora térmica ...................................................................................................................................37Figura 31 - Scanner de mesa ........................................................................................................................................38Figura 32 - Scanner óptico .............................................................................................................................................38Figura 33 - Teclado ergonômico .................................................................................................................................39Figura 34 - Gabinete padrão ........................................................................................................................................48Figura 35 - Forma correta de manusear os componentes eletrônicos .........................................................49Figura 36 - Forma errada de manusear os componentes eletrônicos ..........................................................49Figura 37 - Visão de chapa traseira do gabinete ...................................................................................................49Figura 38 - Placa-mãe .....................................................................................................................................................50Figura 39 - Chapa gabinete ..........................................................................................................................................50

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Figura 40 - Parafusos utilizados para fixar a placa-mãe 01 ...............................................................................50Figura 41 - Parafusos utilizados para fixar a placa mãe 02 ................................................................................50Figura 42 - Placa-mãe fixada na chapa de apoio ..................................................................................................51Figura 43 - Parafusos de fixação na chapa de apoio ...........................................................................................51Figura 44 - Local reservado para o processador ...................................................................................................51Figura 45 - Local reservado para pente de memória ..........................................................................................52Figura 46 - Fonte...............................................................................................................................................................52Figura 47 - HD ....................................................................................................................................................................52Figura 48 - Fios dos componentes .............................................................................................................................53Figura 49 - Placa AT..........................................................................................................................................................53Figura 50 - Placa ATX .......................................................................................................................................................54Figura 51 - Conectores para hardware externo .....................................................................................................54Figura 52 - Cabo de alimentação ................................................................................................................................54Figura 53 - Símbolo da tecnologia USB ....................................................................................................................55Figura 54 - USB para PS/2 ..............................................................................................................................................56Figura 55 - USB para iPod paralela .............................................................................................................................56Figura 56 - USB porta ......................................................................................................................................................57Figura 57 - Modelos de conectores do padrão USB.01 ......................................................................................58Figura 58 - Modelos de conectores do padrão USB.02 ......................................................................................58Figura 59 - Slots de expansão ......................................................................................................................................59Figura 60 - Conectores PCI-Express ...........................................................................................................................60Figura 61 - Diversos tipos de PCI-Express................................................................................................................60Figura 62 - Conectores PCI ............................................................................................................................................60Figura 63 - Conectores AGP ..........................................................................................................................................61Figura 64 - Conectores ISA ............................................................................................................................................61Figura 65 - Mini PCI e Mini PCI-Express ....................................................................................................................61Figura 66 - PCMCIA ..........................................................................................................................................................62Figura 67 - PCMCIA no notebook ............................................................................................................................. 62Figura 68 - Estabilizador ................................................................................................................................................63Figura 69 - No-Break .......................................................................................................................................................64Figura 70 - Memória DDR1 ...........................................................................................................................................65Figura 71 - Memória DDR2 ...........................................................................................................................................66Figura 72 - Memória DDR3: ..........................................................................................................................................66Figura 73 - Disco rígido externo .................................................................................................................................67Figura 74 - HD PATA e SATA ..........................................................................................................................................68Figura 75 - HD SSD ...........................................................................................................................................................68Figura 76 - Disco rígido ..................................................................................................................................................68Figura 77 - Unidade de CD/DVD .................................................................................................................................69Figura 78 - Cartão de memória (memory stick) de 16 GB ..................................................................................70Figura 79 - Adaptador USB-SD ....................................................................................................................................70Figura 80 - Adaptador microSD-SD ...........................................................................................................................70Figura 81 - Compact Flash ............................................................................................................................................70

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Figura 82 - MMC (multi media card) ...........................................................................................................................71Figura 83 - SD (secure digital) .......................................................................................................................................71Figura 84 - Localização da BIOS na placa-mãe ......................................................................................................72Figura 85 - BIOS AMI ........................................................................................................................................................76Figura 86 - BIOS AWARD ................................................................................................................................................76Figura 87 - BIOS PHOENIX .............................................................................................................................................76Figura 88 - Inspeção visual ...........................................................................................................................................76Figura 89 - Jogo de Chave Philips ..............................................................................................................................88Figura 90 - Chave de Fenda ..........................................................................................................................................89Figura 91 - Chave Pozidriv ............................................................................................................................................89Figura 92 - Chave Canhão .............................................................................................................................................89Figura 93 - Chave Torx ....................................................................................................................................................90Figura 94 - Chave Allen ..................................................................................................................................................90Figura 95 - Chave Robertson ........................................................................................................................................90Figura 96 - Chaves tri-wing, torq-set ........................................................................................................................91Figura 97 - Ponteiras de chaves ..................................................................................................................................91Figura 98 - Parafuso com rosca ...................................................................................................................................92Figura 99 - Parafuso utilizado para fixar discos rígidos ......................................................................................93Figura 100 - Parafusos utilizados para fechar o gabinete ..................................................................................93Figura 101 - Parafusos de plástico para fixar a placa-mãe ................................................................................93Figura 102 - Parafusos para fixar a placa-mãe .......................................................................................................93Figura 103 - Parafusos com arruelas..........................................................................................................................94Figura 104 - Alicate bico fino .......................................................................................................................................97Figura 105 - Alicate de corte ........................................................................................................................................97Figura 106 - Alicate tradicional ...................................................................................................................................97Figura 107 - Alicate extralongo especial.................................................................................................................98Figura 108 - Alicate meia cana com corte ...............................................................................................................98Figura 109 - Alicates: 1 - Ponta redonda; 2 - Misto – meia cana; 3 - Ponta achatada;

4 - Paralelo de ponta chata ..................................................................................................................98Figura 110 - Alicate decapador ...................................................................................................................................99Figura 111 - Alicate de crimpagem......................................................................................................................... 100Figura 112 - Crimpagem de conector RJ-45 ........................................................................................................ 100Figura 113 - Cabo de rede crimpado .................................................................................................................... 101Figura 114 - Utilizando uma pinça .......................................................................................................................... 102Figura 115 - Pinça antiestática .................................................................................................................................. 103Figura 116 - Pinça de três pontas ............................................................................................................................ 103Figura 117 - Pinça extratora de chip .....................................................................................................................103Figura 118 - Pinça com iluminação embutida .................................................................................................... 104Figura 119 - Kit de pinças ........................................................................................................................................... 104Figura 120 - Pincel ......................................................................................................................................................... 105Figura 121 - Borracha ................................................................................................................................................... 105Figura 122 - Limpa contato ....................................................................................................................................... 106Figura 123 - Álcool Isopropílico ............................................................................................................................... 106

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Figura 124 - Limpando o mouse .............................................................................................................................. 107Figura 125 - Limpando o monitor ........................................................................................................................... 107Figura 126 - Lata de ar comprimido ....................................................................................................................... 109Figura 127 - Compressor de ar ................................................................................................................................. 109Figura 128 - Luvas de borracha ................................................................................................................................ 111Figura 129 - Plástico antiestático ............................................................................................................................. 111Figura 130 - Pulseira antiestática ............................................................................................................................. 112Figura 131 - Manta antiestática................................................................................................................................ 112Figura 132 - Imperfeições nas superfícies ............................................................................................................ 113Figura 133 - Pasta térmica aplicada ........................................................................................................................ 113Figura 134 - Pasta térmica .......................................................................................................................................... 114Figura 135 - Testador de cabo de rede .................................................................................................................. 115Figura 136 - Sugador, rolo de estanho e ferro de solda .................................................................................. 116Figura 137 - Kit de ferramentas ................................................................................................................................ 118Figura 138 - Ícones de programas de computador .......................................................................................... 134Figura 139 - Gerenciador de tarefas do Windows ............................................................................................. 141Figura 140 - Onde se encontra o firmware ........................................................................................................... 157Figura 141 - Cabo Patch Cord Ethernet ................................................................................................................... 166Figura 142 - Ilustração da geografia de uma LAN ............................................................................................. 167Figura 143 - Ilustração da geografia de uma MAN............................................................................................ 168Figura 144 - Ilustração da geografia de uma WAN ............................................................................................ 168Figura 145 - Ilustração de topologia em anel ..................................................................................................... 169Figura 146 - Ilustração de topologia em barramento ...................................................................................... 170Figura 147 - Ilustração de topologia em estrela ................................................................................................ 170Figura 148 - Esquema simples do funcionamento do firewall ...................................................................... 176Figura 149 - Cordões ópticos ................................................................................................................................... 177Figura 150 - Estrutura de cabo de fibra óptica ................................................................................................... 177Figura 151 - Cabo com conector ST ....................................................................................................................... 178Figura 152 - Cabo com conexão simultânea ....................................................................................................... 178Figura 153 - Cabo híbrido SC/ST .............................................................................................................................. 179Figura 154 - Ilustração da transmissão multimodo e monomodo ............................................................. 179Figura 155 - Coaxial fino, coaxial grosso e par trançado ................................................................................. 180Figura 156 - Conectores I ............................................................................................................................................ 181Figura 157 - Placa de rede .......................................................................................................................................... 181Figura 158 - Placa de rede com conexão RJ-45 e cabo UTP .......................................................................... 182Figura 159 - Transceiver 10BASE-FL ........................................................................................................................182Figura 160 - Switch ....................................................................................................................................................... 183Figura 161 - Logotipo conexão Wi-Fi ..................................................................................................................... 184

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Quadro 1 - Habilitação Profissional Técnica em Manutenção e Suporte em Informática .......................15Quadro 2 - Características dos Slots de expansão .................................................................................................59Quadro 3 - Tipos de AGP .................................................................................................................................................60

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Sumário1 Introdução ........................................................................................................................................................................15

2 Introdução ao Hardware ..............................................................................................................................................172.1 História do hardware ..................................................................................................................................182.2 Gerações de hardware .............................................................................................................................202.3 Introdução aos periféricos .......................................................................................................................222.4 Os componentes do hardware ...............................................................................................................242.5 Componentes internos .............................................................................................................................272.6 Os componentes externos .......................................................................................................................35

3 Funcionamento do Hardware ....................................................................................................................................453.1 Introdução à conexão e instalação dos componentes de hardware ........................................443.2 A conexão padrão usb ..............................................................................................................................513.3 Slots de expansão ........................................................................................................................................543.4 Estabilizador e no-break ............................................................................................................................583.5 Memórias ........................................................................................................................................................603.6 Armazenamento permanente – disco rígido e mídias ..................................................................623.7 Processo de inicialização ..........................................................................................................................673.8 Detectar defeito por bips de alerta .......................................................................................................693.9 Detectar defeito por inspeção visual ...................................................................................................72

4 Ferramentas de instalação..........................................................................................................................................794.1 As diferentes chaves e seu uso: fenda, philips, allen, torx, posidriv e robertson ..................804.2 Parafusos, manipulação e uso .................................................................................................................834.3 Parafusadeira: conceitos e cuidados no uso ......................................................................................864.4 Alicates: tipos e uso ....................................................................................................................................884.5 Alicate decapador: características e uso .............................................................................................904.6 Alicate de crimpagem: características e uso......................................................................................924.7 Pinças: tipos e usos .....................................................................................................................................944.8 Ferramentas de limpeza............................................................................................................................964.9 Ar comprimido: característica, cuidados e uso .............................................................................. 1004.10 Eletricidade estática: pulseira, luva e manta antiestática ........................................................ 1024.11 Pasta térmica: características, tipos, cuidados e uso ................................................................. 1054.12 Testador de cabos de lan: características e uso ........................................................................... 1064.13 Ferro de solda e estação de solda: características e tipos ....................................................... 1084.14 Montando um kit de ferramentas .................................................................................................... 110

5 Introdução ao Software............................................................................................................................................. 1155.1 Conceito de software ............................................................................................................................... 1165.2 Tipos de software ...................................................................................................................................... 1175.3 Introdução aos sistemas operacionais .............................................................................................. 1195.4 Windows x linux ........................................................................................................................................ 120

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5.5 Programas aplicativos e utilitários web ............................................................................................ 1225.6 Procedimentos para utilização de softwares .................................................................................. 124

6 Relação entre Harware e Software ........................................................................................................................ 1296.1 Software x hardware ................................................................................................................................ 1306.2 Instalação de software ............................................................................................................................ 1316.3 Remoção de software .............................................................................................................................. 1326.4 Drivers ........................................................................................................................................................... 1336.5 Os erros mais comuns dos iniciantes ................................................................................................ 1356.6 Firmware ...................................................................................................................................................... 1366.7 Atualizações de firmware ....................................................................................................................... 138

7 Introdução a Redes de Computadores ............................................................................................................... 1437.1 Conceito de redes .................................................................................................................................... 1447.2 Evolução de redes .................................................................................................................................... 1457.3 Classificação de redes (lan, man, wan) ............................................................................................. 1477.4 Topologia de redes ................................................................................................................................... 1497.5 Tipos e meios de comunicação ........................................................................................................... 1517.6 Protocolos de comunicação ................................................................................................................. 1537.7 Segurança da conexão à internet ....................................................................................................... 1547.8 Cabos de rede local: cordões ópticos ................................................................................................ 1567.9 Rede ethernet e equipamentos de rede .......................................................................................... 1607.10 Rede wi-fi: conceito e equipamentos ............................................................................................. 1647.11 Router ADSL, router cabo, modem 3g .............................................................................................. 166

Referências ........................................................................................................................................................................ 171

Minicurrículo dos Autores ........................................................................................................................................... 173

Índice .................................................................................................................................................................................. 175

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Caro aluno, nesta unidade curricular você aprenderá noções fundamentais de hardware, software e redes de computador. São conceitos básicos, sobretudo a respeito da terminologia destas áreas, de grande importância a qualquer profissional que almeja trabalhar no campo da informática.

Serão apresentadas: uma introdução ao hardware e como se dá o seu funcionamento; as ferramentas de instalação; uma introdução ao software; as relações entre software e hardware; e uma introdução às redes de computadores. O objetivo é construir a base do seu conheci-mento, preparando-o para o subsequente aprofundamento, visando sempre o mais alto nível de excelência.

Veja no quadro seguir um breve detalhamento da matriz curricular do curso.

Quadro 1 - Habilitação Profissional Técnica em Manutenção e Suporte em Informática

Módulos Unidades Curriculares Carga HoráriaCarga Horária

Módulo

Básico

• Fundamentos para Documentação Técnica 140 h

320 h• Eletroeletrônica Aplicada 120h

• Terminologia de Hardware, Software e Redes 60 h

Específico I

•Arquitetura e Montagem de Computadores 160h

880h

• Instalação e Manutenção de Computadores 250h

• Instalação e Configuração de Rede 160h

• Instalação e Configuração de Rede 50h

• Sistemas Operacionais 120h

• Tendências e Demandas Tecnológicas em TI 60h

•Gerenciamento de Serviços de TI 80h

Bons estudos!

introdução

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Page 19: Terminologia de Hardware, Software e Redes

2Introdução ao Hardware

A proposta deste capítulo é apresentar conceitos básicos sobre o hardware, a parte física do computador, com um enfoque em sua história e terminologia básica.

O desenvolvimento de hardware é constante, e é intimamente ligado ao aparecimento de novas tecnologias. Novos componentes e upgrades surgem constantemente, e com isso ocor-rem mudanças frequentes na conceituação de hardware. Entretanto, como bom profissional, é importante que você conheça e defina a nomenclatura básica dessa área.

Ao terminar este capitulo voce estará apto a:

a) definir a história do hardware;

b) definir as gerações de hardware;

c) interpretar os conceitos de periféricos;

d) comparar os componentes internos e externos.

Estude este conceitos e domine-os para ter sucesso no mercado profissional!

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Terminologia de hardware, software e redes18

2.1 HiSTÓriA DO hardware

Você sabia que a humanidade tem utilizado recursos para auxiliar a computa-ção há milênios? A palavra computação vem de computar, que significa calcular. Portanto, o computador é uma máquina de calcular.

A primeira tentativa de se criar uma máquina nesse sentido foi o ábaco, consi-derado o dispositivo inventado para facilitar o trabalho do homem na execução de operações matemáticas.

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2)

Figura 1 - Ábaco

Existem muitas controvérsias sobre onde e quando o ábaco teria surgido. O que se sabe ao certo é que diversas culturas antigas utilizaram esse tipo de instru-mento para calcular, como os mesopotâmios, gregos, romanos e chineses. Ain-da hoje, podemos encontrá-lo em algumas culturas como a japonesa, chamado de soroban. E também como ferramenta didática para o ensino da matemática (MARTINS, 2009).

A ERA MODERNA

Por volta de 1614, John Napier, matemático escocês, inventou um dispositivo feito de marfim que demonstrava a divisão por meio de subtrações e a multipli-cação por meio de somas. A semelhança do marfim com ossos fez com que o dispositivo ficasse conhecido como Ossos de Napier.

O primeiro instrumento moderno de calcular, do tipo mecânico, foi construído pelo filósofo, matemático e físico francês Blaise Pascal, em 1642. A engenhoca era baseada em dois conjuntos de discos interligados por engrenagens. Um disco servia para a introdução de dados e outro para armazenar os resultados. A máqui-na, chamada de Pascalina, não foi um sucesso comercial devido ao seu funciona-mento pouco confiável.

Como predecessora direta do computador moderno, podemos considerar a máquina analítica proposta por Charles Babbage (1791–1871). Babbage projetou duas versões de suas máquinas, a máquina analítica I e a II, porém nunca conse-

1 ELETROMECâNICOS

Sistemas e dispositivos que integram componentes elétricos e mecânicos no seu mecanismo.

2 RELéS

Um relé é um interruptor acionado eletricamente. A movimentação física deste “interruptor” ocorre quando a corrente elétrica percorre as espiras da bobina do relé, criando assim um campo magnético que, por sua vez, atrai a alavanca responsável pela mudança do estado dos contatos.

3 ELETRôNICO

Circuito formado por componentes elétricos e eletrônicos, com o objetivo principal de representar, armazenar, transmitir ou processar informações.

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2 Introdução ao hardware 19

guiu levar o projeto adiante. O que mais chamou atenção em seus projetos foi o uso de programas para fazer a máquina funcionar.

SAIBA MAIS

O projeto de Babbage foi executado finalmente em 2002 na Inglaterra e funcionou perfeitamente. Para conhecer deta-lhes da máquina analítica de Babbage, visite <http://www.computerhistory.org/babbage/>.

Antes da Segunda Guerra Mundial, cientistas de vários países estavam traba-lhando em projetos que visavam construir computadores eletromecânicos1, que tinham como principal característica a utilização de relés2. Especialmente na Ale-manha e nos EUA, diversos modelos de computadores foram desenvolvidos.

Na Alemanha, entre os anos de 1938 e 1941, Konrad Zuze lançou três modelos de computadores eletromecânicos, o Z1, Z2 e Z3. Algumas das principais caracte-rísticas desses modelos eram a utilização da mesma base matemática dos compu-tadores modernos, a capacidade de receber comandos por meio de uma fita de papel e a capacidade de realizar operações matemáticas como adição, multiplica-ção e extração da raiz quadrada em poucos segundos.

Nos EUA, em 1944, a IBM e a universidade de Harvard desenvolveram juntos o Mark I, máquina da Marinha para navegação, capaz de efetuar as quatro ope-rações fundamentais, mais o cálculo de funções trigonométricas, exponenciais e logarítmicas.

Durante a Segunda Guerra Mundial foi desenvolvido o primeiro computador eletrônico3, finalizado em 1946 e batizado de ENIAC. O computador era gigantes-co, ocupava o espaço de um laboratório inteiro, pesava 30 toneladas e consumia 200 quilowatts de potência. O computador gerava muito calor através das suas mais de 19.000 válvulas, os elementos principais dos circuitos do computador. Tinha também 15 mil relés e centenas de milhares de resistores, capacitores e indutores.

Podemos fazer uma analogia entre as pedras do ábaco e as válvulas do ENIAC. O grau de complexidade das operações de cada um varia, mas o objetivo é o mesmo, calcular.

A história da evolução do ábaco ao ENIAC, nesses mais de 4000 anos, demons-tra a necessidade do homem de facilitar os processos de cálculo. Seja nas primei-ras máquinas de calcular ou nos computadores da década de 40, a computação de dados mostrou-se um instrumento importante para o desenvolvimento da civilização.

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Terminologia de hardware, software e redes20

2.2 GerAÇÕeS De hardware

Antigamente, a evolução dos computadores era dividida em gerações. Hoje em dia, como a evolução é muito rápida, não se usa mais esse tipo de termino-logia. Mesmo assim é interessante conhecer as antigas divisões e sua principais características, pois são parte da história da computação. Vamos lá?

A PRIMEIRA GERAÇÃO – 1946/1958

Um bom começo é lembramos do ENIAC. Esse computador gigantesco apre-senta todas as características da primeira geração. A primeira geração é marcada pela utilização da válvula. Os computadores utilizavam cerca de 20.000 válvulas eletrônicas. Como a válvula é um componente que aquece e fica muito lento com o uso, os computadores quebravam com facilidade.

Essas máquinas não possuíam sistema operacional (as instruções eram intro-duzidas manualmente em linguagem de máquina). Essas características torna-vam os computadores pouco confiáveis, porque queimavam com frequência e os resultados finais eram meio duvidosos. Para o controle da temperatura, precisa-vam de enormes sistemas de refrigeração e com isso consumiam muita energia e quilômetros de fios.

Exemplos de computadores da primeira geração: MARK I (início de 1940), ENIAC (início de 1946), EDVAC I (sucessor do ENIAC), e UNIVAC I (primeiro compu-tador produzido em escala comercial).

Outras características dos computadores da primeira geração:

a) cada válvula funcionava como um interruptor de luz, ligando e desligan-do, soltando pequenas cargas elétricas. Esse movimento era interpretado assim: se a válvula ligasse, o computador entendia 1 (um). Se desligasse, era 0 (zero). Lembra do filme Matrix, onde apareciam tantos 0 e 1? Essa é a lin-guagem binária4;

b) cada sequência de 0 e 1 significa algo para o computador. Representam ba-sicamente a presença ou não de energia;

c) no início da década de 1950 era possível gravar programas nos cartões e lê-los, em vez de usar cabos e conectores. Nessa época, a entrada e saída de informações aconteciam através da utilização de cartões perfurados;

d) o 1º computador só chegaria ao Brasil em 1961. Era um UNIVAC 1105 e foi comprado para o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) (CAR-DOSO, 2011).

4 LINGUAGEM BINÁRIA

Linguagem baseada em sequências de 0 (zero) e 1 (um), muito utilizada na computação.

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2 Introdução ao hardware 21

A SEGUNDA GERAÇÃO – 1955/1965

Os computadores que fazem parte da segunda geração baseavam-se em ou-tra tecnologia. Em vez de válvulas, utilizavam circuitos eletrônicos transistoriza-dos ou transistores. As operações internas eram realizadas em microssegundos e as máquinas não precisavam de tempo para aquecer antes de começar a fun-cionar. Além disso, consumiam menos energia, possuíam maior confiabilidade e eram muito mais rápidos.

Exemplos de computadores da segunda geração:

a) IBM 1401 (computador comercial típico da II geração);

b) IBM 7094 (computador científico, totalmente transistorizado).

O transistor surgiu nos EUA, e a sua invenção contribuiu para a miniaturização dos circuitos eletrônicos, a partir da década de 1960, reduzindo o tamanho dos computadores. Os computadores dessa geração tornaram-se muito mais confi-áveis, mas ainda precisavam operar dentro de salas refrigeradas e eram muito caros, sendo encontrados somente em grandes corporações, importantes órgãos do governo e universidades.

A TERCEIRA GERAÇÃO – 1965/1971

A terceira geração trouxe o advento dos circuitos integrados, componentes em que vários transistores são construídos em uma mesma base de silício. Com isso, o tamanho dos computadores e seu consumo de energia diminuíram muito, e a capacidade de processamento aumentou. Circuitos integrados são também conhecidos como chips.

A QUARTA GERAÇÃO – 1971/1981

A quarta geração é marcada pelo surgimento de computadores que utiliza-vam circuitos com a tecnologia VLSI (very large scale integration) e a popularização da transmissão de dados através de redes entre computadores. A tecnologia VSLI possibilitou o desenvolvimento dos microprocessadores.

SAIBA MAIS

Para ampliar ainda mais o seu universo de conhecimento e familiarizar-se com as gerações de computadores, visite: <www.museudocomputador.com.br/sobremuseu.php>.

Page 24: Terminologia de Hardware, Software e Redes

Terminologia de hardware, software e redes22

2.3 iNTrODUÇÃO AOS PeriFériCOS

Quando pensamos em um computador moderno, diversas características nos vêm à mente:

a) sistema eletrônico preciso e confiável;

b) alta velocidade de processamento de informações que facilita nossa vida;

c) lugar para se armazenar músicas, vídeos, textos, imagens etc.

São tantas funções que ficamos assustados ao pensar como uma máquina desse tipo funciona. A princípio, precisamos saber que um computador divide--se em hardware (todos os dispositivos físicos do computador, mouse, teclado, gabinete, processador etc.) e software (tudo que não é físico, como programas, arquivos etc.).

Para entendermos melhor a diferença entre hardware e software, podemos fa-zer uma analogia com o corpo humano. Toda a parte física (cabeça, braços, per-nas etc.) seria o hardware; enquanto tudo o que não é físico (os pensamentos, ideias etc.) seria o software.

é claro que existem diferenças entre os computadores, alguns possuem muito mais dispositivos que outros. Vale a pena perguntar, então, quais são as peças de hardware fundamentais para o funcionamento básico de um computador.

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Figura 2 - Hardware básico de um computador

Perceba que na imagem não existem caixas de som, webcam5, scanner6, so-mente gabinete, monitor, teclado e mouse. Isso significa que um computador, para funcionar, precisa somente desses elementos, desde que o gabinete esteja com os dispositivos internos necessários para o seu funcionamento adequada-mente instalados.

Dentro do gabinete fica localizada a CPU7, a peça mais importante de um com-putador, controladora de todo o processamento da máquina. Todas as outras pe-ças são chamadas de periféricos, pois estão na periferia da CPU.

5 WEBCAM

Câmera utilizada para transmitir vídeos em tempo real entre usuários através da internet.

6 SCAnnER

Dispositivo utilizado para digitalizar materiais impressos.

7 CPU

Central process unit é a peça responsável por processar as informações que passam pelo computador. Também é conhecido por processador.

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2 Introdução ao hardware 23

Os periféricos são os nossos dispositivos de entrada e saída de informação. Per-mitem a comunicação do computador com um agente externo, o usuário. Esses periféricos são classificados, quanto ao sentido da comunicação, em dois tipos:

a) periféricos de entrada;

b) periféricos de saída.

PERIFÉRICOS DE ENTRADA E DE SAÍDA

Periféricos são os dispositivos que fazem funcionar um sistema computacio-nal, são aparelhos (externos) ou placas (internas) que recebem ou enviam infor-mações ao processador. Eles são classificados como periféricos de entrada e pe-riféricos de saída.

Os periféricos de entrada são os utilizados pelo usuário para enviar informa-ções para a CPU, os de saída para que o computador “responda” para o usuário. Em alguns casos, um periférico pode exercer as duas funções, de entrada e saída, enviando em alguns momentos informação para a CPU e em outros momentos recebendo informações vindas da CPU.

Para entendermos melhor, vamos pensar em um exemplo prático de como lidamos com os periféricos de entrada e saída no dia a dia. Todos os dias, uma quantidade enorme de e-mails é enviada de todos os cantos do mundo. Você mesmo já deve ter enviado muitos. O processo de enviar e-mails utiliza periféricos dos dois tipos que citamos, de entrada e de saída.

Quando começamos a escrever o texto de nosso e-mail, fazemos isso utilizan-do um periférico de entrada, o teclado. Cada tecla que apertamos no teclado en-via um comando para a CPU do computador, que processa essa informação e responde desenhando as letras do seu texto. Para visualizar como o nosso texto está ficando, nós utilizamos um periférico de saída, o monitor, que nos mostra o texto que estamos escrevendo.

VOCÊ SABIA?

O mouse foi criado em 1968, por Douglas Engelbart, nos Estados Unidos. O mouse se popularizou a partir da década de 1980, quando a Apple passou a utilizar o dis-positivo em seus computadores.

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Terminologia de hardware, software e redes24

Como pudemos ver, os periféricos são fundamentais para a operação de um computador. Com o processador, eles formam toda a parte de hardware de um computador. Podemos dizer que um computador é um dispositivo eletrônico que recebe informações dos usuários, processa essas informações e envia uma resposta para o usuário.

Os periféricos trabalham interagindo um com o outro, para que o usuário possa operar o computador com maior velocidade. Eles também têm se tornado peças cada vez mais importantes na execução de trabalhos especializados, possi-bilitando novas funções como a digitalização de imagem e a interação através de

videoconferências.

2.4 OS COMPONeNTeS DO hardware

Para funcionar, um computador é formado por uma série de componentes. Neste tópico iremos conhecer os principais componentes e a sua função dentro do computador. Você está pronto?

O PROCESSADOR

Também conhecido com CPU (central process unit), ele é responsável por car-regar e realizar operações lógicas e cálculos. Os processadores recebem informa-ções enviadas pelos periféricos de entrada do computador, processa essas infor-mações e as devolve processadas para os periféricos de saída ou memória.

é o componentes do computador que necessita maior conhecimento tecno-lógico para ser desenvolvido e, por isso, atrai os olhares dos fãs de tecnologia. O fato de ser um componente que exige alta tecnologia para ser feito também faz com que seja um dos componentes mais caros de um computador.

Existem no mercado diversos modelos de processadores. Os mais conhecidos são os processadores da Intel e AMD. Podemos citar alguns processadores em ordem crescente de evolução:

a) processadores Intel: Pentium MMX, Pentium II, Celeron, Pentium III, Pentium IV, Pentium M, Core Duo , Core 2, i3, i5, i7, entre outros;

b) processadores AMD: K6, K6 II, Duron, Athlon, Opteron, Phenom, entre outros.

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Placas que trazem embutidas placas de vídeo, som, rede e outros.

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As placas são independentes e conectadas à placa-mãe em encaixes específicos chamados de slots.

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Figura 3 - Processador e local para encaixe do processador na placa-mãe

Normalmente os processadores, dentro de uma mesma família, são fabrica-dos para serem compatíveis com a maioria das placas-mãe, mas observe a con-figuração do equipamento antes de decidir substituir o processador para evitar surpresas.

A PLACA-MÃE

é a espinha dorsal de um computador. é ela quem conecta o processador e demais periféricos. Geralmente cada placa-mãe aceita somente um tipo de pro-cessador. O número de terminais (pinos) e o encaixe do processador mudam de família para família, inviabilizando o uso de uma placa genérica. Normalmente existe um casamento entre placa-mãe e família de processador, permitindo que se usem apenas conjuntos compatíveis.

As placas-mãe podem ser classificadas em on-board8 ou off-board9.

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Figura 4 - Exemplo de Placa-mãe

OUTROS COMPONENTES

Além do processador e da placa-mãe, para funcionar corretamente o compu-tador precisa de outros componentes como:

a) Memória RAM: vendida na forma de pequenas placas chamadas de módu-lo de memória, também conhecida como “pente de memória”, ela é volátil, ou seja, o conteúdo que não estiver salvo é perdido quando o computador for desligado;

b) Disco rígido: também conhecido como HD (hard disk). Armazena arquivos mesmo quando o computador está desligado, e sua capacidade de armaze-namento é medida em bytes, gigabytes, terabytes etc;

c) Placa de vídeo: também conhecida como aceleradora gráfica, é responsá-vel por enviar sinais que se transformarão em imagens no monitor.

Temos também outros componentes de hardware que permitem ampliar os recursos de um microcomputador. São comumente chamados de opcionais. Al-guns exemplos são unidades de CD/DVD, placa de som, placa de rede, entre ou-tros.

VOCÊ SABIA?

Cada vez que o computador é iniciado, ele executa uma série de testes onde reconhece os periféricos e suas configurações. Para realizar a tarefa, a placa-mãe possui um software residente denominado BIOS (basic input output system).

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2 Introdução ao hardware 27

2.5 COMPONeNTeS iNTerNOS

Possuir um conhecimento básico de informática é essencial nos dias de hoje. é interessante saber quais são os componentes de um computador e suas funções. Assim, no momento de comprar ou fazer um upgrade em um computador, você saberá escolher componentes de qualidade e que atendam às suas necessidades.

GABINETE

Muitas pessoas chamam incorrentamente o gabinete de CPU (central process unit). Gabinete é a caixa que tem como função proteger e acomodar os compo-nentes eletrônicos internos do computador, enquanto CPU é o processador que fica conectado à placa-mãe. Atualmente, os três principais tipos de gabinete no mercado são AT, ATX e BTX.

AT: modelo mais antigo que dificilmente será encontrado para venda. A prin-cipal característica é seu formato, que influencia na questão térmica, e o uso de fonte AT, que é acionada diretamente, sem uso da placa-mãe, via botão liga/des-liga.

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Figura 5 - Gabinete AT

ATX: teve seu desenho térmico refeito, levando em conta o novo posiciona-mento de processadores em placas-mãe, bem como a adoção de um novo forma-to de fonte, o ATX, em que a alimentação é controlada logicamente via placa-mãe.

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Figura 6 - Gabinete ATX

BTX: evolução do ATX, em que se leva em conta cada vez mais a integração de componentes on-board e a busca de espaço. Podemos notar a opção de inverter a localização dos slots de expansão na placa-mãe de lado, como mudança mais marcante.

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Figura 7 - Gabinete BTX

Encontramos ainda no mercado diversos tipos de gabinetes, desde o FLEXATX a formatos para servidores, sejam horizontais ou verticais. A escolha de um bom gabinete é importante na montagem de um computador.

FONTE DE ALIMENTAÇÃO

O tipo e formato da fonte de alimentação normalmente se casam com o tipo de gabinete. Converte corrente alternada em corrente contínua, necessária para a alimentação do computador. A fonte geralmente é presa ao gabinete.

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2 Introdução ao hardware 29

Gabinete, fonte e placa-mãe precisam ser de um mesmo padrão para funcio-narem corretamente. Hoje empregamos o padrão ATX de 20 e 24 pinos para a placa-mãe e outros conectores para os demais periféricos.

CONECTORES

A placa-mãe, a “espinha dorsal” do computador, interliga todas as placas de expansão internas através de conectores.

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Figura 8 - Principais conectores de uma placa-mãe

A. Conectores externos para mouse, teclado e áudio etc.

B. Slot onde o processador deve ser encaixado.

C. Slots onde os pentes de memória RAM são inseridos.

D. Conector para disco rígido/CD-ROM/DVD do tipo IDE.

E. Conectores para disco rígido/CD-ROM/DVD do tipo SATA.

F. Slots de expansão para conectar placas de vídeo, som, rede etc.

RAM

As memórias RAM (random access memory), também conhecidas como “pen-tes de memória”, são responsáveis pelo armazenamento dos dados e instruções que o processador precisa para executar suas tarefas. Quando o computador é desligado, as informações que estavam na memória RAM são perdidas, por isso ela é considerada uma memória volátil. O padrão de memória RAM mais utilizado atualmente é o DDR3, mas existem diversas outras como DDR2, DDR e DIMM. As memórias para notebook são menores em relação ao desktop, sendo que algumas vezes podem ser usadas também em desktops, dependendo da placa-mãe.

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Vejamos os principais tipos de memória a seguir:

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Figura 9 - Memória DDR

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2)Figura 10 - Memória DDR2

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Figura 11 - Memória DDR3

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Figura 12 - Memóra Sodimm

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2 Introdução ao hardware 31

DISCO RÍGIDO

O disco rígido armazena informações ou arquivos de forma persistente, ou seja, até que o usuário decida apagá-los. Eles são constituídos por discos, dividi-dos em trilhas que, por sua vez, são formadas por setores, onde as informações são armazenadas. Esses dispositivos conseguem armazenar uma quantidade enorme de bytes. Atualmente, podemos comprar discos rígidos com capacidade de armazenamento na casa dos terabytes (1.024 gigabytes).

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Figura 13 - Disco rígido

A rotação dos discos varia conforme o modelo. Os padrões mais comuns são 5.400 rpm (rotações por minuto), 7.200 rpm e 10.000 rpm.

O disco rígido se conecta ao computador por meio de uma interface de con-trole, sendo mais comuns as conexões IDE (integrated drive electronics), SCSI (small computer system interface) e SATA (serial ATA).

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Figura 14 - Conexões SCSI

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Figura 15 - Conector SATA

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Figura 16 - Conector IDE

PLACA DE VÍDEO

é responsável por mostrar dados de vídeo no monitor. Existem placas de vídeo on-board (que já vêm acopladas na placa-mãe) e off-board (as placas são indepen-dentes e são conectadas à placa-mãe em encaixes específicos chamados de slots).

As placas on-board normalmente são mais baratas que as off-board, porém também possuem um desempenho inferior. Para a utilização de softwares que trabalhem com imagens e jogos, a melhor opção é comprar placas off-board. An-tigamente, os slots do tipo PCI e AGP eram o padrão; hoje, o padrão é a tecnologia PCI-Express.

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Figura 17 - Placa PCI

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Figura 18 - Placa de video AGP

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Figura 19 - Placa de video PCI-Express

DRIVES

São dispositivos que permitem ler e gravar dados em mídias removíveis. An-tigamente utilizavam-se disquetes para o armazenamento de dados, mas esse tipo de dispositivo já não é comum nas máquinas modernas. Atualmente, o que encontramos são drives de CD, DVD e Blu-ray. Estes drives podem ser somente leitores, ou também podem ter a capacidade de gravar dados, mas mesmo esse tipo de mídia tem sido substituído por dispositivos de armazenamento de estado sólido como os pen drives com conexão USB.

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Figura 20 - Floppy Drive

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Figura 21 - Drive de CD/DVD ROM

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Figura 22 - Drive Blu-Ray

COOLER

é um pequeno ventilador que tem a função de refrigerar o processador e ou-tros componentes. Normalmente são de 5 V ou 12 V.

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Figura 23 - Cooler

Instalado sobre o processador, ele é responsável pela refrigeração desse com-ponente. Devemos tê-lo conectado no local adequado na placa-mãe e sempre funcionando, assim evita-se que o processador queime por superaquecimento.

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2 Introdução ao hardware 35

2.6 OS COMPONeNTeS eXTerNOS

Neste tópico iremos conhecer os principais componentes externos do compu-tador. Esses dispositivos são os mais conhecidos pelos usuários comuns e profis-sionais de fora da área de TI, como designers, digitadores etc. Vamos conhecê-los?

MONITOR

Hardware de saída de dados, o monitor é fundamental para exibir visualmen-te as solicitações processadas pelo computador. Tendo como inspiração a TV, os monitores evoluíram lentamente por anos e sua primeira versão era monocromá-tica, emitindo apenas uma cor. Em seguida surgiram os monitores coloridos, que emitiam de 4 a 16 cores. A partir daí surgiram várias versões que melhoraram a re-solução, aumentando o número de pixels até a chegada da imagem digital. Hoje eles emitem imagens 3D e até obedecem a comandos pelo toque da mão com tela touch screen. A novidade fica com os monitores holográficos, que podem pro-jetar a imagem dispersa no ar através de uma base (PRADA, 2012). Do CRT inicial, caminhou para tecnologias LCD e LED atualmente.

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Figura 24 - Monitor 3D

Os tipos de conexões do monitor podem fazer toda a diferença na resolução da imagem que você verá na tela. Vamos entender um pouco mais os tipos de conexões de um monitor.

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Figura 25 - VGA (video graphics array) – sinal analógico

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Figura 26 - DVI (digital video interface)

DVI dispensa conversores, pois preserva os dados em formato digital. Dois modelos podem ser encontrados: DVI-D (somente sinal digital) e DVI-I (permite conectar monitor analógico).

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Figura 27 - HDMI (high-definition multimedia)

HDMI (high-definition multimedia): conexão comum nas TVs de última geração. Envia sinal digital de áudio e vídeo com excelente resolução.

CAIXAS DE SOM

Outro hardware de saída de dados, as caixas de som são responsáveis por emi-tir todo conteúdo sonoro de músicas, vídeos, alertas de e-mail, mensagens e ani-mação de sites que você quiser visitar.

Page 39: Terminologia de Hardware, Software e Redes

2 Introdução ao hardware 37

IMPRESSORA

Hardware de saída de dados, recebe a solicitação feita pelo usuário e se res-ponsabiliza por imprimir, ou emitir cópias das informações que você pediu.

TIPOS DE IMPRESSORA

Jato de tinta: imprime pelo esguicho de pequenas quantidades de tinta sobre a mídia (papel).

Laser: mais rápidas e com secagem instantânea, é a preferida das empresas.

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Figura 28 - Impressora a laser

Matricial: imprime pelo impacto de agulhas contra uma fita que transfere a tinta para o papel. Hoje, muito usada no processo fiscal, porém tende a desapare-cer com a nota fiscal eletrônica.

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Figura 29 - Impressora matricial

Térmica: imprime pelo aquecimento do papel, em rolo, especial. Responsável pela emissão de cupom fiscal ou de cartão de crédito.

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Figura 30 - Impressora térmica

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Tipos de conexão de impressoras: podem ser conectadas via USB, serial, wire-less ou bluetooth.

SCANNER

Hardware de entrada de dados, tem a função de digitalizar o conteúdo de um livro, revista ou foto, por exemplo, e transformá-lo em dado digital. Também en-contrado em algumas impressoras multifuncionais, dispensando a aquisição de mais um equipamento externo.

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Figura 31 - Scanner de mesa

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Figura 32 - Scanner óptico

A qualidade do scanner é medida em dpi (pontos por polegadas) ou pixel (pic-ture element): quanto maior, mais detalhada é a imagem. Os modelos mais sim-ples possuem resolução de 300 dpi x 300 dpi, mas há scanners que podem atingir 2.400, 4.800, 9.600 dpi ou mais.

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2 Introdução ao hardware 39

TECLADO

Hardware de entrada de dados, possui normalmente conexao PS/2 ou USB. Permite ao usuário digitar textos, e em muitos casos dispensa o uso do mouse, pois permite a configuração de muitos atalhos. Por isso, nada de pânico caso o mouse deixe de funcionar. Iluminado, flexível, ergonômico, escolha o seu.

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2)Figura 33 - Teclado ergonômico

VOCÊ SABIA?

Se o teclado for PS/2, podemos utilizar um conversor PS/2 USB para conectá-lo a uma porta USB.

MOUSE

Hardware de entrada muito conhecido pelos usuários por facilitar a navega-ção. é possível ainda configurar a velocidade e animação do mouse, e baixar soft-wares que complementam sua funcionalidade. Sua conexão pode ser PS/2, serial ou USB.

WEBCAM

Esse hardware de entrada de dados é muito utilizado em videoconferências. A maioria dos notebooks já vem de fábrica com uma webcam acoplada.

Conhecer cada componente do computador é fundamental.

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CASOS e reLATOS

O uso do computador na educação

Nos dias de hoje, tornou-se comum o comentário de que a tecnologia está presente em todos os lugares, o que certamente seria um exage-ro. Entretanto, não se pode negar que a informática, de forma mais ou menos agressiva, tem intensificado a sua presença em nossas vidas.

Gradualmente, o computador vai tornando-se um aparelho corriqueiro em nosso meio social. Aos poucos, todas as áreas vão fazendo uso deste equipamento e fatalmente todos terão de aprender a conviver com essas máquinas na vida pessoal assim como também na vida profissional. Na educação não seria diferente.

Entretanto, embora seja um instrumento fabuloso devido a sua grande capacidade de armazenamento de dados e à facilidade na sua mani-pulação, não se pode esquecer que o computador não foi desenvolvido com fins pedagógicos, e por isso é importante que se lance sobre o mes-mo um olhar crítico e se busque, face às teorias e práticas pedagógicas, o bom uso desse recurso. O mesmo só será uma excelente ferramenta, se houver a consciência de que possibilitará mais rapidamente o acesso ao conhecimento e não, somente, utilizado como uma máquina de escrever, de entretenimento, de armazenagem de dados (ROCHA, 2008).

Adaptado de “O Uso do Computador na Educação: A Informática Educati-va”. Disponível em: <http://www.espacoacademico.com.br/085/85rocha.htm>. Acesso em: 29 mar. 2012.

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2 Introdução ao hardware 41

reCAPiTULANDO

Você aprendeu que o significado de computar é calcular, e como foi a evolução das máquinas de calcular, do ábaco até o computador. Definiu as diferentes gerações de hardware, do ENIAC ao surgimento da tecnologia VLSI, tendo a última possibilitado o surgimento de processadores.

Entendeu o conceito de periféricos, os quais podem ser de entrada, saída ou mistos. E, por fim, compreendeu o que são os componentes internos (placa de vídeo, conectores etc.) e externos (o monitor, caixas de som etc.), comparando-os.

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3Funcionamento do Hardware

Neste capítulo você aprenderá como funcionam os componentes internos e externos, cons-tituintes do hardware. São conceitos de grande importância para alicerçar suas bases de conhe-cimento do campo da informática.

O reconhecimento das diversas funcionalidades do hardware são vitais a qualquer profissio-nal da área, seja das definições, como, por exemplo, dos tipos de conectores, ou dos procedi-mentos de detecção de defeitos.

Ao final deste capítulo, você será capaz de:

a) definir a conexão e a instalação dos componentes de hardware;

b) discutir o padrão de conexão USB;

c) definir os slots de expansão;

d) interpretar o funcionamento do estabilizador e no-break;

e) interpretar o funcionamento de memórias;

f) interpretar o funcionamento do disco rígido e mídias de armazenamento;

g) discutir o processo de inicialização;

h) usar a detecção de defeitos por bips de alerta e por inspeção visual.

Concentre-se em seus estudos, para que você absorva este conhecimento, o qual será, sem dúvida, fundamental a sua carreira. Aproveite!

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Terminologia de hardware, software e redes44

3.1 iNTrODUÇÃO À CONeXÃO e iNSTALAÇÃO DOS COMPONeNTeS De hardware

Antes de começar a conexão e instalação dos componentes de hardware, é sem-pre bom tomar algmas precauções. Prepare o ambiente para executar o trabalho, separe as ferramentas que serão necessárias e armazene os parafusos utilizados para fixar os componentes de forma adequada. Sempre confira o manual identifi-cando cada componente que será utilizado e como ele deve ser instalado. Coloque os equipamentos de ESD adequados, luvas e pulseira antiestática, e mãos à obra!

FIQUE ALERTA

Antes de começar, certifique-se de desligar o cabo de força do computador para você trabalhar com seguran-ça e não provocar danos aos componentes. Mesmo des-ligada, a fonte ATX continua alimentando a placa-mãe.

Abaixo você pode observar um gabinete vazio pronto para receber as peças.

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Figura 34 - Gabinete padrão

Basicamente, é nestes locais que você deverá instalar as seguintes peças:

a) placa-mãe;

b) fonte;

c) placas para remoção e instalação de placas de extensão;

d) deve ser aberta e ali ficarão o conector do teclado, seriais, paralela, USB etc;

e) drives e disco rígido;

f) botões de LED liga/desliga.

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3 funcionamento do hardware 45

A figura abaixo demonstra a maneira correta de segurar o componente ele-trônico. Processadores e disco rígido devem seguir a mesma forma de manuseio.

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Figura 35 - Forma correta de manusear os componentes eletrônicos

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Figura 36 - Forma errada de manusear os componentes eletrônicos

Como a maioria dos componentes é acoplada à placa-mãe, ela deve ser o pri-meiro item a ser instalado, devido à sua importância (VASCONCELOS, 2002). Isso facilitará a instalação dos demais componentes. Observe que na parte de trás do gabinete tem uma placa de metal onde deverá ser fixada a placa-mãe.

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Figura 37 - Visão de chapa traseira do gabinete

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Figura 38 - Placa-mãe

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Figura 39 - Chapa gabinete

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Figura 40 - Parafusos utilizados para fixar a placa-mãe 01

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Figura 41 - Parafusos utilizados para fixar a placa mãe 02

Após a instalação da placa mãe fixe-a na chapa de apoio.

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3 funcionamento do hardware 47

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Figura 42 - Placa-mãe fixada na chapa de apoio

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Figura 43 - Parafusos de fixação na chapa de apoio

Após a finalização da instalação da placa-mãe, instale o processador (não es-queça de aplicar a pasta térmica) e a memória encaixando os pentes nas bases recomendadas. Muito cuidado para não amassar os dentes de encaixe do proces-sador ou tocar no circuito eletrônico do pente de memória!

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Figura 44 - Local reservado para o processador

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Figura 45 - Local reservado para pente de memória

Um outro componente importante do computador é a fonte. Escolha com cui-dado a sua e fique atento, pois é através dela que a energia elétrica será enviada para o computador. Em seguida, instale o HD.

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Figura 46 - Fonte

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Figura 47 - HD

Nem sempre eles estarão identificados, mas será necessário instalar os fios do painel frontal. Tenha sempre em mãos o manual de instalação por perto, mas não se preocupe, em geral os componentes e fios que você precisa conectar são quase todos identificados por cores e, geralmente, só encaixam se estiverem na posição correta.

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Figura 48 - Fios dos componentes

Na placa-mãe, eles terão seu lugares de conexão. O mesmo procedimento de-verá ser feito para as portas USB. Em computadores mais novos, existe uma en-trada para microfone e saída para fones de ouvido ou auto-falante e o conjunto pode chegar a 9 fios. Na placa-mãe você pode localizar a escrita JAUDIO; após identificar, basta fazer a conexão.

SAIBA MAIS

Para conhecer mais detalhadamente o processo de instala-ção dos componentes nas placas AT e ATX, visite: <www.laer-cio.com.br/artigos/hardware/hard-011/hard-011.htm>.

Veja agora como ficam distribuídos os componentes em placa AT e ATX.

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Figura 49 - Placa AT

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Figura 50 - Placa ATX

Abaixo você pode visualizar os conectores que ficaram expostos para ligar os cabos que alimentaram hardwares externos como impressora, mouse, teclado etc.

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Figura 51 - Conectores para hardware externo

é recomendável a organização e união dos fios dentro do gabinete, dessa for-ma a ventilação ocorrerá mais facilmente.

A conexão do gabinete com a rede elétrica é feita através de um cabo especí-fico de alimentação. Veja abaixo a imagem do cabo que deverá vir junto com o computador.

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Figura 52 - Cabo de alimentação

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3 funcionamento do hardware 51

SAIBA MAIS

Você pode acompanhar a montagem de um com-putador através do endereço: <www.youtube.com/watch?v=msMWmK2P_QI&feature=related>.

Depois de tudo instalado e conferido, é hora de ligar o computador!

Assim que você liga o computador, ele faz uma rápida leitura em todos os componentes instalados e, se não houver problemas com a instalação, ele estará pronto para você iniciar a instalação do sistema operacional e configurá-lo da sua maneira.

3.2 A CONeXÃO PADrÃO USB

Você já deve ter ouvido falar sobre a conexão USB (universal serial bus). Devido à facilidade de manuseio, ele vem substituindo a maioria das portas de conexão.

A conexão USB suporta trabalhar com diversos dispositivos diferentes. Além disso, a maioria dos dispositivos USB são dispositivos PnP (plug and play), ou seja, ao serem detectados pelo sistema operacional, os drivers necessários para o uso são automaticamente instalados.

COMO SURGIU O PADRÃO USB?

Inicialmente, no IBM-PC era utilizada a interface serial e paralela para conexão de dispositivos externos. Com o crescimento da necessidade de uma conexão de alta velocidade entre os dispositivos, a Apple, principal concorrente da IBM, resol-veu o problema da velocidade com o firewire. Em consequência disso, o mercado dos IBM-PCs foi obrigado a procurar uma conexão de alta velocidade para os seus produtos. A solução encontrada foi o padrão USB.

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Figura 53 - Símbolo da tecnologia USB

Como características-chaves desta tecnologia, temos:

a) Conexão padrão: não é necessário ter um tipo de conector específico para cada aparelho;

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a) Plug and Play: a maioria dos dispositivos USB é desenvolvida para ser co-nectada ao computador e ser utilizada logo em seguida, sem a necessidade de reiniciar o computador;

a) Alimentação elétrica através do conector: normalmente os dispositivos USB não precisam ser ligados a uma fonte externa de energia. A própria co-nexão fornece energia para o dispositivo através da alimentação à qual o computador está conectado;

a) Conexão de vários dispositivos em uma única entrada: em uma única entrada USB é possível conectar até 127 dispositivos ao mesmo tempo. Isso pode ser feito com a utilização de hubs (dispositivos que expandem o núme-ro de entradas de uma porta USB);

a) Compatibilidade: o padrão é compatível com diversas plataformas e siste-mas operacionais, como Windows, Linux e Mac. As portas USB também po-dem ser encontradas em diversos aparelhos: celulares, televisores, aparelhos de som etc.

CABOS USB

Apesar de alguns dispositivos USB se conectarem diretamente ao computa-dor, alguns utilizam cabos para isso. Os cabos USB podem ter em uma extremida-de um conector USB e na outra um tipo diferente que seja adequado ao disposi-tivo a qual o cabo pertence. Os cabos USB podem ter no máximo 4 metros, pois, além deste tamanho a qualidade do sinal fica comprometida (GOOKIN, 2008).

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Figura 54 - USB para PS/2

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Figura 55 - USB para iPod paralela

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Figura 56 - USB porta

O FUNCIONAMENTO DA USB

Uma conexão USB é composta de quatro fios de transmissão internos. Cada um deles é responsável por executar uma função específica:

a) VBus (VCC): é o responsável pela alimentação elétrica;

b) D+ e o D-: a letra “D” vem da palavra data do inglês, que em português sig-nifica dado;

c) GDN: funciona como fio terra para o controle elétrico da conexão.

A comunicação entre os dispositivos conectados via USB e o computador é feita através de protocolos. Existe uma troca de sinais entre o computador e o dispositivo USB, em seguida é estabelecido um endereço para cada dispositivo conectado à porta. Uma vez estabelecida a comunicação é identificado o tipo de dispositivo, para que o computador determine qual a melhor maneira de trans-mitir os dados.

OS TIPOS DE CONECTORES USB

A tecnologia USB possui alguns tipos de conectores que veremos a seguir. O tipo A é o conector mais encontrado nos computadores. Entretanto, devido à ne-cessidade específica de dispositivos diferentes, foram desenvolvidos conectores alternativos.

Devido à presença de conectores do tipo A nos computadores e de conectores de outros tipos em dispositivos, é comum encontrarmos cabos com o conector do tipo A em uma das pontas e de um tipo diferente na outra ponta. Vejamos os modelos de conectores:

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Figura 57 - Modelos de conectores do padrão USB.01

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Figura 58 - Modelos de conectores do padrão USB.02

Acessíveis e de fácil utilização, ficam claros os motivos da preferência pela co-nexão USB.

3.3 SLOTS De eXPANSÃO

Uma das razões do sucesso dos primeiros IBM-PCs foi oferecer para o usuário a possibilidade de customizar seu computador. A customização podia ser feita atra-vés da instalação de placas de vídeo, som, modem, em slots (conectores que per-mitem a conexão de placas de expansão). Atualmente, devido às tendências da indústria de computadores, os slots vêm perdendo espaço para placas on-board (placa-mãe que já vem com outras placas instaladas de fábrica).

Observe na figura abaixo o local onde estão posicionados os slots de expansão.

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Figura 59 - Slots de expansão

O número e tipos de slots disponíveis em um computador dependem da placa--mãe. Existem placas de diversos tamanhos, algumas menores com poucos slots de expansão, outras maiores com mais slots e alguns modelos não os possuem.

Quando a placa-mãe é instalada dentro do gabinete, uma das laterais é pro-jetada para a parte posterior, deixando os conectores expostos para que cabos e periféricos externos se conectem à placa-mãe. As placas de expansão, quando co-nectadas nos slots da placa-mãe, também tem seus conectores voltados para trás.

No momento de instalar a placa de expansão na placa-mãe, é necessário des-viar de diversos cabos, o que torna a instalação complicada.

Vamos conhecer agora alguns tipos de slots de expansão, o PCI Express e ou-tros mais antigos, como PCI, AGP e ISA. Além do formato diferente, os slots de expansão possuem barramentos e velocidades que os diferenciam. Veja o quadro abaixo:

Quadro 2 - Características dos Slots de expansão

Barramento Clock Número de bits Taxa de Transferência

PCI-Express 66 a 133 MHz 64 533 a 4.266 MB/s

PCI 33 a 66 MHz 32 a 64 133 a 533 MB/s

AGP 66 MHz 32 266 a 2.133 MB/s

PCI EXPRESS (PERIPHERAL COMPONENT INTERCONNECT)

Também conhecida como PCI-e ou PCI-Ex, é atualmente o slot de expansão mais eficiente. Comunica-se de maneira rápida com a placa-mãe e, portanto, com o processador. Ideal para placas de vídeo com tecnologia de ponta. Ao comprar uma placa para um computador com slots PCI Express, lembre-se de comprar uma placa que também seja PCI Express; caso contrário, ela não funcionará.

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Figura 60 - Conectores PCI-Express

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Figura 61 - Diversos tipos de PCI-Express

PCI: slot mais comum de expansão interna para um PC. Alguns computadores possuem tanto slots PCI como PCI Express.

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Figura 62 - Conectores PCI

SLOTS DE EXPANSÃO ANTIGOS

Além do PCI Express, ou em vez dele, seu computador pode possuir um slot de expansão mais antigo:

AGP (accelerated graphic port): foi desenvolvido especificamente para placas de vídeo. As placas mais modernas utilizam o PCI Express.

Quadro 3 - Tipos de AGP

AGP Taxa de transferência Voltagem

1x 266MB/s 3,3v

2x 533MB/s 3,3v

4x 1.066MB/s 1,5v

8x 2.133MB/s 1,5v

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Figura 63 - Conectores AGP

FIQUE ALERTA

Esses slots possuem voltagem e, portanto, devem ser compatíveis com os dispositivos conectados a eles. Caso contrário, eles não funcionarão.

ISA (industry standard architecture): tipo mais antigo de slot de expansão. Alguns computadores ainda possuem slots ISA, pois é compatível com placas de expansão antigas.

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Figura 64 - Conectores ISA

Há outros tipos de slot, como MCA, VESA Local Bus, NuBus, EISA, porém rara-mente serão encontrados.

Foi necessário adaptar os slots de mercado para utilização em notebooks e, atualmente, são conhecidos como PCI Express Mini e o PC Card, também chama-do de PCMCIA.

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Figura 65 - Mini PCI e Mini PCI-Express

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Figura 66 - PCMCIA

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2)Figura 67 - PCMCIA no notebook

VOCÊ SABIA?

Há placas de expansão que podem ser adicionadas pela porta USB.

3.4 eSTABiLiZADOr e NO-BreaK

Neste tópico vamos conhecer agora dois hardwares muito comuns nas empre-sas e residências e que servem para proteger o computador de alguns problemas que não temos como prever.

Sempre que você adquirir um novo equipamento, é recomendada uma peça auxiliar que deverá ser conectada entre a ligação dos componentes do gabinete e a tomada elétrica. Estabilizador ou no-break? Vamos ver a diferença entre eles e qual dos dois é a melhor opção.

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3 funcionamento do hardware 59

ESTABILIZADOR

Se o seu computador estiver conectado a um estabilizador, não se preocupe; esse equipamento é conhecido entre os brasileiros há décadas, antes mesmo da popularização dos computadores residenciais e isso graças à grande instabilida-de da rede elétrica no nosso país.

Muito popular, o estabilizador surgiu na década de 1940 para resolver pro-blemas que eventualmente sua rede elétrica poderia ter e que podem prejudicar aparelhos sensíveis como rádio e TV. Sua função é, como o próprio nome sugere, ”estabilizar“ a voltagem corrigindo eventuais oscilações como descargas elétri-cas, sub ou sobretensões (MORIMOTO, 2007).

Os estabilizadores nivelam a tensão elétrica (voltagem) da rede, evitando que picos de energia afetem os aparelhos. Basicamente, deveriam aumentar a ten-são em quedas de energia e reduzir a tensão em sobrecargas elétricas, muito co-muns durante as tempestades, porém o que realmente fazem é queimar antes que essas variações na rede elétrica atinjam seu equipamento. Isso mesmo, eles possuem um fusível que queima em situações de instabilidade elétrica, parando imediatamente o seu funcionamento e, por consequência, cortando o forneci-mento de energia.

FIQUE ALERTA

Não economize na fonte de alimentação. Afinal, é ela a grande responsável pela proteção do equipamento.

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Figura 68 - Estabilizador

Existem ainda outros pontos negativos do estabilizador, como o tempo de res-posta que oferece, podendo comprometer aparelhos sensíveis.

Neste ponto você deve se perguntar se existe outra forma para conter a insta-bilidade elétrica. E a resposta é sim! Porém, o custo é um pouco mais alto.

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Terminologia de hardware, software e redes60

NO-BREAK

O no-break poderia ser traduzido literalmente para o português como “sem interrupção”. Esse componente cria uma proteção contra instabilidades da rede elétrica. Existem dois tipos de no-breaks: o off-line, comum e barato, é recomen-dado para residências; e o on-line, mais confiável, porém recomendado para uso em servidores empresariais.

A principal função do no-break é armazenar energia elétrica em suas baterias, suprindo a necessidade, em casos de oscilação de energia, além de manter o sinal elétrico estável e limpo.

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Figura 69 - no-Break

Em redes mais estáveis, a utilização de filtros de linha com suporte a filtragens eletromagnéticas já é suficiente (VASCONCELOS, 2002).

3.5 MeMÓriAS

A memória é um dos recursos mais importantes do computador. Ela é res-ponsável por armazenar os programas e as informações com as quais você está trabalhando, deixando o seu computador mais ágil. Um computador com pouca memória é como um ônibus cheio de passageiros: qualquer ação fica mais difícil e lenta. Mas um computador com bastante memória é como nadar em um oceano. Quanto mais memória, melhor!

A memória é capaz de registrar, conservar e recuperar informações. O proces-sador faz os cálculos e precisa da memória para armazenamento, mas ele também pode manipular o conteúdo. é dessa maneira que os programas trabalham com dados: estes são armazenados na memória cujo conteúdo é controlado pelo pro-cessador.

A memória de armazenamento temporário RAM (random access memory) re-quer eletricidade para manter seu conteúdo. é por isso que, além da memória de

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3 funcionamento do hardware 61

armazenamento temporário, o computador precisa de um local para armazenar informações de longo prazo, chamado disco rígido.

CHIPS DE MEMÓRIA

Fisicamente, a memória é instalada na na placa-mãe, bem ao lado do proces-sador, de modo a ter um acesso mais rápido. A memória possui pequenas partes chamadas chips DRAM. No computador, eles são usados em grupos de oito, os quais são fixos aos pentes de memória chamados DIMMs (GOOKIN, 2008).

Cada módulo DIMM contém uma determinada quantidade de RAM calculada em bytes. Cada slot de memória no qual se encaixam os pentes é chamado de banco de memória. Portanto, um computador com 2 GB de RAM pode ter quatro bancos com 512 MB ou dois bancos de 1 GB, por exemplo.

O termo DRAM (dynamic RAM) significa memória dinâmica de acesso aleató-rio. Pronuncia-se “derrã“ e é o tipo de módulo de memória mais comum instalado em um PC (GOOKIN, 2008).

Existem outros tipos de módulos de memória, com nomes similares ao DRAM, como EDORAM ou DODGERAM. Há também o DDR, DDR2, DDR3, GDDR2, WRAM e por aí vai.

A memória SDRAM (synchronos dynamic RAM) trabalha sincronizada com a placa-mãe, obtendo uma leitura por ciclo. Abaixo, você conhecerá alguns tipos de memória SDRAM.

DDR ou DDR1 (double data rate), que significa taxa de transferência dobrada: transfere dois dados por pulso de clock, obtendo o dobro do desempenho de memórias sem este recurso.

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Figura 70 - Memória DDR1

DDR2: dobra a capacidade da DDR1 transferindo 2 dados por pulso.

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Figura 71 - Memória DDR2

DDR 3: consomem menos energia que a DDR 2 e transmite 8 dados por pulso.

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Figura 72 - Memória DDR3:

3.6 ArMAZeNAMeNTO PerMANeNTe – DiSCO rÍGiDO e MÍDiAS

O nosso cérebro guarda informações temporárias e permanentes. No compu-tador é a memória RAM que faz o papel de armazenar temporariamente as infor-mações. Mas onde são armazenadas as informações permanentes como progra-mas, arquivos e outros?

Existem diversos tipos de dispositivos que oferecem armazenamento perma-nente, como o disco rígido, unidades ópticas e cartões de memória. Cada um desses dispositivos apresenta características próprias e usos específicos. A seguir iremos conhecer um pouco mais sobre cada um desses dispositivos.

O DISCO RÍGIDO

O disco rígido é um disco de metal revestido com um material magnético (óxi-do de ferro). O óxido de ferro armazena sinais elétricos por meio da orientação de suas partículas magnéticas em uma ou em outra direção. Dessa maneira, a infor-

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3 funcionamento do hardware 63

mação é gravada no disco como sinais elétricos, que posteriormente poderão ser novamente convertidos em informação.

O disco rígido é o local primordial para o armazenamento de dados no com-putador, pois ele é uma mídia que armazena um grande volume de informações e permite que essas informações sejam acessadas rapidamente. Apesar de nor-malmente ser um dispositivo interno, já existem no mercado versões externas que podem ser utilizadas para aumentar a capacidade de armazenamento de um computador ou facilitar o transporte das informações.

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Figura 73 - Disco rígido externo

é bom saber que um único disco rígido pode ser dividido em múltiplas unida-des lógicas. Essa divisão é feita por meio do particionamento (divisão) da unidade.

TIPOS DE DISCO RÍGIDO

O componente final da unidade de disco é a interface (ou cabos), por meio da qual as informações são enviadas para ou recebidas da placa-mãe e do proces-sador. Atualmente, os computadores usam uma interface SATA para conectar os dispositivos dentro do gabinete ou na parte externa com o uso da interface USB ou E-SATA. Os primeiros discos rígidos para PC empregavam o padrão IDE, ou PATA (parallel AT). Hoje fazemos uso do padrão SATA (serial attachment technolo-gy advanced), que suporta taxas maiores de transmissão de dados, chegando a 3/Gbps. Uma mudança que tem acontecido ainda é a adoção dos SSDs (solid-state drive), que empregam armazenamento em memória de estado sólido, no lugar de pratos de metal. Quase sempre os SSD possuem interface SATA.

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Figura 74 - HD PATA e SATA

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Figura 75 - HD SSD

VOCÊ SABIA?

A maioria dos discos rígidos contém múltiplos discos dentro de sua caixa hermeticamente fechados, que impede a entrada ou a saída de ar. Dessa forma, o disco rígido pode ser extremamente preciso, sem interferên-cia de partículas de poeira.

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Figura 76 - Disco rígido

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A UNIDADE ÓTICA

A unidade de disco pode se configurar de várias maneiras, por isso, é importan-te conhecer dois conceitos, para que você compreenda as demais informações:

Mídia: é onde as informações são gravadas.

Unidade: é o dispositivo que lê ou grava as informações da mídia (CD, DVD).

A mídia varia, dependendo do tipo de unidade.

Diferentemente do disco rígido, onde unidade e mídia não podem ser separa-dos, na unidade de CD/DVD a mídia é removível. A mídia é o próprio disco de CD ou DVD, enquanto a unidade é o leitor desses discos.

Os discos de CD/DVD são formados por uma fina folha metálica presa entre dois discos plásticos. As informações são gravadas na folha metálica na forma de pequenas ranhuras que são detectadas e lidas por um raio laser.

Hoje em dia, a maioria das unidades de DVD vendidas pode ler e gravar discos. Elas geralmente são rotuladas como CD/DVD-RW, que leem e gravam CDs e DVDs.

Um CD comum suporta até 640 MB de dados, enquanto um DVD comum su-porta até 4 GB. Existem variações, como discos menores, dupla face e de alta ca-pacidade, sem contar os discos de alta definição e o Blu-Ray.

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Figura 77 - Unidade de CD/DVD

CARTÕES DE MEMÓRIA

A forma mais recente de tecnologia de armazenamento permanente é o car-tão de memória. Ele existe em diversos tamanhos e, assim como nas outras mí-dias de armazenamento, sua capacidade de memória é medida em bytes. Quanto maior a capacidade, mais caro se torna. Já existem cartões com capacidade de armazenamento superior a 16 GB de memória.

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Figura 78 - Cartão de memória (memory stick) de 16 GB

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Figura 79 - Adaptador USB-SD

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Figura 80 - Adaptador microSD-SD

Para ler um cartão, o computador precisa de um leitor de cartão de memória. A maioria dos PCs hoje em dia possui um leitor integrado, com quatro entradas distintas para cada um dos tipos de cartões a serem inseridos. Alguns dos princi-pais tipos são:

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Figura 81 - Compact Flash

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2)Figura 82 - MMC (multi media card)

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Figura 83 - SD (secure digital)

Cada tipo possui suas próprias variações. Por exemplo, há diversos tamanhos e tipos do Memory Stick e Secure Digital, mas não vale a pena memorizar. Os car-tões de memória são muito usados em máquinas de fotografia digital e celulares.

Lembre-se de que é muito importante saber que, assim como qualquer outro tipo de mídia de armazenamento, os cartões de memória possuem um tempo de vida útil. Para armazenar dados, eles usam memória flash, a qual possui um limite de leituras e gravações. Essas limitações são muito altas, e os cartões de memória são fabricados para que você utilize a capacidade de armazenamento da forma mais eficiente possível, evitando perda de dados. Mesmo assim, com o tempo o cartão de memória começará a dar erro e não funcionará mais.

3.7 PrOCeSSO De iNiCiALiZAÇÃO

A primeira atividade que um computador realiza ao ser ligado é carregar a BIOS (basic input output system), um programa instalado em um chip que vem de fábrica. A BIOS, também conhecida como firmware, é responsável por executar diversos testes básicos no computador e carregar o sistema operacional, para que o usuário possa começar a utilizar o computador.

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Figura 84 - Localização da BIOS na placa-mãe

Durante a inicialização, o usuário poderá acessar o programa setup da BIOS, onde poderá verificar algumas configurações do seu sistema, como relógio do sistema, temperatura da placa-mãe e do processador, velocidade da ventoinha do processador, qual a memória de onde o sistema operacional está sendo car-regado etc. Porém, é recomendado que somente usuários que entendem o que são essas funcionalidades e como elas afetam o computador mexam nessas con-figurações, pois se configuradas incorretamente, podem danificar o computador.

O primeiro passo da BIOS é realizar o teste de POST em que memória, proces-sador e demais controladoras são testados e ajustados de forma adequada para funcionarem. Finalizada a verifcação da BIOS, o boot entra em ação. O termo boot é usado para definir o processo de inicialização do sistema operacional. Quando você aperta o botão ligar do seu computador, na verdade você está dando início ao boot da máquina.

VOCÊ SABIA?

O termo boot deriva de bootstraps, que significa “cadar-ço de bota” e faz alusão às histórias sobre o Barão de Münchhausen. Nas histórias, o barão afirmava ser capaz de se levantar do chão puxando os cadarços das pró-prias botas. No computador, o processo de boot tem a capacidade de “levantar” o sistema por conta própria.

O QUE É DISCO DE INICIALIZAÇÃO?

Só para recordar, para que um computador seja útil, ele precisa de um progra-ma específico: o sistema operacional, presente em um armazenamento perma-nente, deve ser carregado para a memória toda vez que o computador é ligado.

Para achar essa mídia de armazenamento ou o disco de inicialização, o PC pro-cura pelo sistema operacional primeiro no disco rígido e depois na unidade de

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CD/DVD. Qualquer que seja a unidade usada para carregar o sistema operacional, ela se torna o disco de inicialização.

Os computadores atuais têm a opção de permitir que o usuário escolha não só o disco de inicialização, como também a ordem de busca das mídias de arma-zenamento. Para alterar o disco de inicialização ou a ordem de busca, você deve usar o programa setup.

Para entrar no setup, você tem que pressionar a tecla del durante a contagem de memória. Em alguns computadores, a tecla pode ser outra, então preste aten-ção às instruções que aparecem na tela durante a contagem para poder ter aces-so ao setup. Dentro dele, a navegação é normalmente feita utilizando-se as setas de movimentação do teclado: a tecla enter para selecionar um menu, esc para retornar ao menu anterior e as teclas page up e page down para modificar uma opção existente. As alterações feitas enquanto você está dentro do setup não são gravadas automaticamente dentro da memória de configuração (CMOS). Por isso, há a necessidade de se gravarem as alterações antes de sair do setup, por meio da opção save and exit.

3.8 DeTeCTAr DeFeiTO POr BiPS De ALerTA

Quando chega o final do ano, todos nós pensamos em comer aquele delicio-so peru de Natal. Nas propagandas, podemos perceber que quando o peru está pronto, um dispositivo emite um sinal de alerta avisando que é hora de retirá-lo do forno. O mesmo acontece quando acionamos o alarme do carro: é emitido um som para que você tenha certeza de que o alarme foi ligado. Com o computador as coisas não são diferentes, pois ele também utiliza um recurso sonoro para nos avisar se tudo anda bem ou não.

Assim que você liga o computador, um programa entra em ação e faz uma leitura em todos os componentes instalados para certificar que tudo esteja corretamente conectado para o funcionamento perfeito do computador. Cabos mal encaixados, memória com problemas, defeitos na placa-mãe ou de vídeo e incompatibilidade entre os componentes são apenas alguns problemas de uma enorme lista de situa-ções que podem prejudicar o funcionamento de um computador.

Caso seja detectado algum problema, o computador emitirá bips sonoros. Contando cuidadosamente quantos bips foram emitidos, é possível descobrir o que o seu computador está tentando dizer. Ele dará uma pista do que está errado, mesmo que você não veja nenhuma mensagem de erro em seu monitor. é impor-tante lembrar que algumas BIOS podem levar até 2 minutos para fazer a leitura e retornar com os bips indicando o erro.

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Terminologia de hardware, software e redes70

O primeiro passo a ser seguido diante de um problema de inicialização é con-ferir a conexão de todos os cabos para garantir que não se trata de mal contato. Confira também se a placa de vídeo e memórias estão bem encaixadas. Se não for este o problema, você deverá desconectar as unidades de disco, pois elas podem estar em conflito com o boot de inicialização. Se ele iniciar normalmente, você deverá encaixá-las novamente uma a uma para tentar identificar qual delas está causando o problema. Em caso de insucesso é possível que algum componente esteja danificado e, nesse caso, você deverá substituir um por um até descobrir qual deles está com o problema.

Infelizmente, não existe um “padrão de bip” definido. Todos os fabricantes de computadores sabem que seus equipamentos devem emitir um bip quan-do algo está errado, mas como não existem regras a serem seguidas, todos eles atribuem”códigos de bip” diferentes a problemas diferentes.

Na aquisição de um computador, você recebe os manuais para instalação e geralmente a placa-mãe possui um manual específico no qual você poderá en-contrar uma tabela com as sequências de bips e o significado de cada uma.

A codificação dos bips pode mudar de uma marca de BIOS para outra ou até mesmo entre uma placa-mãe e outra. Entretanto, não se deve tomar como ver-dade absoluta esses códigos de bip. Eles dão uma pista do motivo que levou o computador a agir de modo estranho, mas eles não apontam sempre o verdadei-ro problema.

As instruções abaixo servirão como referência caso você não tenha em mãos o manual da placa-mãe:

1 bip curto: a melhor resposta emitida pelo BIOS, pois informa que tudo está em funcionamento perfeito. Se o seu sistema inicializar normalmente, mas não emitir o bip, verifique se o alto-falante está corretamente ligado à placa-mãe.

1 bip longo: falha no carregamento/Refresh failure, circuito da placa-mãe está com problemas devido a danos na própria placa-mãe ou falhas nos módulos de memória RAM.

1 bip longo e 2 bips curtos ou 1 bip longo e 3 bips curtos: problemas com a placa de vídeo. Geralmente causado por mal contato, portanto retire, limpe o contato e conecte novamente tentando inclusive conexão em outro slot.

2 bips curtos: falha grave em algum componente não identificado pelo BIOS, geralmente na placa-mãe ou memória.

2 bips longos: erro nos módulos de memória ou nos circuitos de paridade. Substituir os pentes de memória. Se você utilizar pentes de memória sem o bit de paridade, desative a opção parity check1 encontrada no setup2.

1 PARiTy CHECk

Verificação de paridade.

2 SETuP

Configuração.

3 TiMER

Contador de tempo.

4 GATE

Porta.

5 PRoCESSoR ExCEPTion

Falha no processador.

6 ovERCLoCk

Técnica utilizada para fazer o processador trabalhar acima da sua capacidade normal.

7 uPGRADE

Processo que envolve a melhoria de algo, no caso do computador pode ser a substituição de um dispositivo por outro de capacidade superior.

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3 funcionamento do hardware 71

3 bips longos: problema grave nos primeiros 64 KB da memória RAM. Pode ser mal contato ou um defeito na memória ou na própria placa-mãe. Retire os pentes de memória, limpe seus contatos e recoloque-os com cuidado.

4 bips longos: timer3 não operacional. O problema pode ser a placa-mãe ou módulos de memória.

5 bips: erro no processador. Confira se o processador está bem encaixado, e se a alavanca do soquete zif está abaixada.

6 bips: falha no gate4 20, responsável por colocar o processador em modo pro-tegido. Pode ser algum dano no processador ou com o chip 8042 localizado na placa-mãe.

7 bips: processor exception5: o processador está apresentando um erro que pode ser causado por um overclock6 malsucedido. Se persistir, baixe a frequência de operação do processador.

8 bips: erro na memória da placa de vídeo/Display memory error: Pode ser cau-sado por mal contato. Repita a sequência das memórias, retire a placa, limpe seus contatos e recoloque cuidadosamente.

9 bips: erro na memória ROM/RoM checksum error: Local onde está gravado o BIOS, geralmente causado por um dano físico no chip do BIOS, por um upgrade7 malsucedido ou mesmo pela contaminação de um vírus.

10 bips: falha no registro de saída do CMOS/CMOS shutdown register error: causado por algum defeito físico no chip. Não resta opções senão trocar a placa--mãe.

11 bips: problemas com a memória cache/cache memory bad: Geralmente o BIOS consegue inicializar o sistema normalmente, desabilitando a memória ca-che. Porém, deteriora o desempenho do sistema. Você pode entrar no setup e aumentar os tempos de espera da memória cache. Geralmente, com essa folga conseguimos que ela volte a funcionar normalmente.

Caso as sugestões de contornar os erros não funcionem, considere a troca do componente.

Mais uma vez, lembre-se de não tomar como verdade absoluta a regra de bips. Eles dão apenas uma pista para o problema que está acontecendo.

Existem alguns tipos de BIOS que variam de acordo com o fabricante como a BIOS AMI, Phoenix e Award ou ainda de acordo com a placa-mãe.

BIOS EM IMAGENS

Veja como você encontra o BIOS dentro do gabinete.

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Figura 85 - BIOS AMI

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Figura 86 - BIOS AWARD

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2)Figura 87 - BIOS PHOENIX

SAIBA MAIS

Quer saber mais sobre os possíveis erros que um computa-dor pode apresentar? Acesse <www.laercio.com.br/artigos/hardware/hard-005/hard-005.htm>.

3.9 DeTeCTAr DeFeiTO POr iNSPeÇÃO ViSUAL

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Figura 88 - Inspeção visual

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3 funcionamento do hardware 73

Os cinco sentidos: audição, olfato, visão, tato e paladar sempre foram essen-ciais na execução das mais diversas atividades humanas. Na informática, diversos desses sentidos nos serão úteis no momento de executarmos nosso trabalho.

Quando você trabalha com manutenção de hardware, a visão será uma das principais ferramentas de trabalho, pois muitos defeitos poderão ser detectados a partir de uma inspeção visual.

A inspeção visual é um importante recurso para identificar um padrão de aca-bamento superficial, além de alterações dimensionais e superficiais como trincas, manchas, corrosão, alinhamento, cavidades etc.

No interior de um computador existem diversos componentes, como o disco rígido, o cooler e as placas de circuito eletrônico, que permitem uma análise visual antes mesmo de iniciarmos a retirada das peças para substituí-las ou limpá-las.

O fato de olhar uma placa ou componente interno de um gabinete pode ser o suficiente para que você consiga diagnosticar um problema que está ocorrendo no equipamento.

Uma segunda função importante da inspeção visual durante a manutenção de computadores é reconhecer que a coloração e os ligamentos internos de cada componente são essenciais e podem economizar horas de pesquisa e procura desnecessária.

é necessário estudar e praticar muito para poder conhecer o suficiente e mon-tar o seu arquivo visual. Depois disso, você poderá utilizar a visão para agilizar e economizar o seu tempo de trabalho.

Portanto, sempre que desmontar um equipamento, fique atento e procure as-sociar tudo o que vê. Faça anotações mentais, principalmente quando localizar o motivo do problema. Assim, quando você enfrentar outra situação semelhante, recordará o que já vivenciou. Anotações em papel também são válidas, pois você poderá consultá-las futuramente.

Nossos outros sensores naturais contribuem frequentemente para a detecção de defeitos em equipamentos eletrônicos. Você pode verificar o superaqueci-mento de determinada peça ao tocá-la (tato) ou ainda identificar um equipamen-to queimado pelo cheiro (olfato).

CORROSÃO

A umidade causa diversos problemas nos componentes elétricos, principal-mente em regiões próximas às praias. Essas regiões estão expostas à maresia constante. Um dos principais problemas causados pela umidade é a oxidação. é um problema sutil que não é detectado facilmente, até porque inicialmente não

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Terminologia de hardware, software e redes74

causa problemas na execução das atividades do computador. Porém, em estágio avançado, ela pode corroer a placa e será necessário tentar reparar a trilha e algu-mas vezes substituir o componente.

De modo geral, não se recomenda a utilização de sprays para a proteção da peças. Você pode optar por componentes de melhor qualidade que já possuem um banho de verniz protetor ou até mesmo optar por componentes banhados a metais nobres. Alguns capacitores (peça interna do gabinete) já possuem blin-dagem – você vai perceber que estas escolhas permitem maior proteção e dura-bilidade dos componentes. De fato, o custo inicial será maior, mas os problemas serão menores. Se você reside próximo à praia, vale a pena o investimento.

Se o equipamento que você possui não foi beneficiado com esse tipo de peça ou se a condição financeira não permite tal investimento, é necessário ficar aten-to e sempre ter a manutenção em dia para minimizar esses problemas.

VOCÊ SABIA?

Em casos de oxidação, alguns técnicos utilizam pincel, desengripante e borracha (aquelas escolares mesmo) para limpar o local afetado. Mas cuidado! Utilize luvas de proteção e evite encostar nos chips, pois a estática gerada pode danificá-los.

CUIDADOS

Como você pôde ver, nosso corpo é uma ferramenta ativa de trabalho. Portan-to, cuide dele! Utilize sempre protetores visuais, luvas e o que mais for necessário. Dessa maneira você evita que acidentes de trabalho prejudiquem o seu desem-penho e a sua integridade física.

Neste tópico conseguimos observar que o próprio corpo humano oferece fer-ramentas que auxiliam nas atividades que realizaremos diariamente em nosso tra-balho. Por isso, é imprescindível que você cuide do seu bem-estar físico e mental, pois eles serão seu principal instrumento de trabalho e merecem atenção especial.

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3 funcionamento do hardware 75

CASOS e reLATOS

Reciclagem de CDs

O consumo de CDs como meio de armazenamento de dados está em de-clínio, e a causa pode ser atribuída a vários motivos: o fácil acesso à inter-net; o surgimento da computação em nuvem; e o uso de novas mídias, como o Blu-ray. Por outro lado, devido ao seu baixo custo, o CD ainda é muito usado, seja para gravação de arquivos ou para a instalação de programas de computador, sem contar a pirataria, outro fator que faz au-mentar em muito esse consumo.

Percebe-se aí um cenário onde há o uso extensivo de uma mídia que está se tornando obsoleta, o que vem ocasionando seu descarte generaliza-do. é por isso que, para o professor Adilson Santiago, a reciclagem de CDs apresenta uma área de mercado que deve ser explorada no Brasil.

Ainda há poucos empreendedores do ramo no país, pois a baixa disponi-bilidade de tecnologia para reciclagem de CDs reduz a demanda por este material no mercado de reciclagem, causando queda no preço de venda do CD pós-consumo. Isto desistimula a coleta e a separação, sendo os CDs misturados e comercializados juntamente com outros plásticos. En-tretanto, é preciso ficar atento: Santiago teve sucesso com testes de re-ciclagem em baixa escala e partiu em a busca de parceiros para montar um negócio. Você poderia ter sucesso em uma empreitada semelhante, não é?

Adaptado de “Reciclagem Industrial de CDs”. Disponível em: <http://www.setorreciclagem.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=907>. Acesso em: 29 mar. 2012.

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Terminologia de hardware, software e redes76

reCAPiTULANDO

Você aprendeu a definir a conexão e instalação de alguns componentes de hardware, como a placa-mãe. Discutiu os conceitos da conexão USB, como surgiu, como funciona e como é usada, além de definir os diferentes tipos de slots de expansão.

Interpretou como funcionam o estabilizador e o no-break; como funcionam e quais os conceitos de memórias; e o funcionamento do disco rígido e de diferentes mídias de armazenamento, como CD, DVD e Blu-ray.

Viu como se dá o processo de inicialização da CPU e também aprendeu a detectar defeitos no computador através dos bips de alerta e por inspeção visual.

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3 funcionamento do hardware 77

Anotações:

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4Ferramentas de Instalação

Agora, que você domina conhecimentos a respeito dos fundamentos e funcionalidades do hardware, aprenderá a definir as características e o uso das ferramentas de instalação, conceitos que ajudarão a consolidar o seu entendimento sobre este campo.

Ao entender quais equipamentos você deve usar para a instalação de componentes, como os diferentes tipos de chave, e quais o ajudam a fazer um trabalho de qualidade, como os ma-teriais de limpeza, deixarão você apto a competir no mercado.

Este capítulo lhe fornecerá subsídios para:

a) definir as diferentes chaves e seu uso;

b) listar os diferentes tipos de parafuso;

c) discutir o conceito de parafusadeira e seus cuidados no uso;

d) definir os diferentes tipos de alicates e seu uso;

e) definir os diferentes tipos de pinças e seu uso;

f) usar as ferramentas de limpeza;

g) definir os equipamento contra descarga eletrostática;

h) usar a pasta térmica;

i) definir características e uso do testador de cabos de LAN;

j) definir características e uso do ferro e estação de solda;

k) montar um kit de equipamentos.

Estude e aprenda estes conceitos e procedimentos que, certamente, o tornarão um excelen-te profissional.

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Terminologia de hardware, software e redes80

4.1 AS DiFereNTeS CHAVeS e SeU USO: FeNDA, PHiLiPS, ALLeN, TOrX, POSiDriV e rOBerTSON

Depois que você detectar o problema no seu computador, é hora de colocar as mãos na massa! Vamos aprender neste tópico quais ferramentas você não pode esquecer para consertar um computador. Faremos com que você esteja correta-mente equipado e preparado para qualquer surpresa que possa surgir.

CHAVES DE TODOS OS TIPOS

Você já abriu um computador? Se já abriu, sabe aonde queremos chegar. E se nunca abriu, podemos adiantar que parafusos são muito comuns por lá. Existem parafusos de todos os tipos e tamanhos e, quanto mais tipos, mais chaves serão necessárias para afrouxá-los ou apertá-los.

Estas chaves são facilmente encontradas no mercado, pois são utilizadas na computação e além disto na construção civil, oficinas mecânicas, serviços elétri-cos e muitas outras profissões populares no nosso país. Porém, existem algumas diferenças básicas entre elas que não as tornam especiais, mas sim específicas para o fim ao qual se destinam.

Como o nosso foco é a informática, vamos entender um pouco mais sobre os tipos de chaves mais comuns utilizadas em um computador.

O modelo de chave mais utilizado na manutenção de computadores tem sua ponta em forma de estrela e é conhecido como chave Philips. Você encontrará facilmente esta peça, pois é muito comum em diversos equipamentos. é ideal que você tenha vários tamanhos dela, desde as mais finas até as médias, pois um computador não possui peças de grande porte (BRICOLAGEM, 2008).

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Figura 89 - Jogo de Chave Philips

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4 Ferramentas de instalação 81

Outro modelo muito comum é a chave de fenda para parafusos que tem a ca-beça em forma de fenda, ou seja, apenas um corte para encaixe da chave. Assim como a Philips, é ideal que você tenha alguns exemplares de tamanhos diferen-tes, permitindo tratar cenários diferenciados.

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2)Figura 90 - Chave de Fenda

Mais tarde surge a chave Pozidriv, uma evolução da chave Philips que inclui uma pequena alteração do formato, mas diminuiu o escape da chave e permite maior torque na remoção e apertos de parafusos.

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Figura 91 - Chave Pozidriv

Outros tipos de chaves também são necessárias para a montagem dos com-ponentes de um gabinete. Uma delas tem formato hexagonal e sua chave é um pouco diferente, pois encobre toda a cabeça do parafuso para possibilitar seu ajuste, conhecida como chave canhão. Você também deve ter a chave canhão em diversos tamanhos.

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Figura 92 - Chave Canhão

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A chave Torx possui um desenho hexagonal em forma de estrela. Ela é mais precisa e normalmente mais resistente que a chave Phillips. Os parafusos da cha-ve Torx são comuns nos discos rígidos e notebooks.

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Figura 93 - Chave Torx

A chave Allen tem formato em L com conexão hexagonal. Ela possui diversas espessuras e geralmente é utilizada em impressoras e placas especializadas.

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Figura 94 - Chave Allen

Já a chave Robertson possui conexão em ponta quadrada, garantindo o tor-que e dificultando o escape. Seu tamanho é facilmente identificado pelas cores dos cabo. é pouco empregada na informática, mas pode ser útil.

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Figura 95 - Chave Robertson

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4 Ferramentas de instalação 83

Além desses modelos, existem diversos outros. Vale a pena citar em especial as chaves tri-wing, torq-set e spanner.

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Figura 96 - Chaves tri-wing, torq-set

FIQUE ALERTA

Existem no mercado chaves imantadas que possuem uma camada de ímã na ponta para evitar que os para-fusos caiam dentro do gabinete, mas devem ser usadas com cuidado. Alguns componentes não devem ser ma-nipulados com esse tipo de chave.

Como você pôde verificar, as chaves são essenciais no seu kit de ferramentas. Um bom técnico de manutenção de computadores deve estar munido desses utensílios para evitar qualquer imprevisto ou atraso no serviço prestado e para não comprometer a expectativa do seu cliente.

A imagem abaixo mostra as diferentes ponteiras de chaves.

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Figura 97 - Ponteiras de chaves

4.2 PArAFUSOS, MANiPULAÇÃO e USO

Parafusar corretamente as peças é apenas uma das partes fundamentais para fazer com que o equipamento funcione de maneira correta. Saber o que fazer e como fazer é muito importante, pois quando você adquire um computador, em partes, recebe além das caixas do monitor e gabinete, várias outras bem menores cheias de parafusos. E aí começa um quebra-cabeças.

Mas cada um tem sua função específica e o que vamos ver agora é como dife-renciá-los para, pelo menos, iniciar o trabalho de identificação.

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Terminologia de hardware, software e redes84

PARAFUSOS

Eles são muito importantes na montagem de computadores. Tamanhos, tipos de rosca, grossura e comprimento são algumas das diferenças que existem entre eles e todos fazem parte do mesmo equipamento.

Os parafusos são fundamentais para fixar e manter as peças no seu lugar den-tro do gabinete até porque muitas delas ficam suspensas e suportadas apenas por eles.

IDENTIFICANDO UM PARAFUSO

Para quem já se aventurou a abrir um gabinete, sabe a quantidade de parafu-sos, componentes e fios que irá encontrar.

Para evitar surpresas é importante saber qual parafuso utilizar em cada perifé-rico, pois forçar um encaixe errado pode danificar o componente que está sendo manuseado. Por exemplo, o parafuso que prende o disco rígido é diferente do parafuso utilizado para fixar outros drives.

A partir de agora, vamos aprender algumas técnicas que serão muito úteis para que você possa identificar mesmo que visualmente o parafuso correto para cada encaixe. Esse conhecimento tornará a manutenção do computador mais rá-pida e segura.

Uma técnica que auxilia a identificação é partir do princípio de que eles pos-suem apenas três tipos de rosca. A rosca do tipo autoatarraxante é utilizada ape-nas para prender ventoinhas responsáveis pela refrigeração do equipamento. Em geral suas cabeças são achatadas e em forma de estrela, sendo necessária a utili-zação da chave Philips que você já conhece.

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Figura 98 - Parafuso com rosca

O parafuso com conexão Philips e em forma de panela (cabeça arredondada) é utilizado para aparafusar discos rígidos ao gabinete.

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4 Ferramentas de instalação 85

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Figura 99 - Parafuso utilizado para fixar discos rígidos

Já o que tem a cabeça achatada com formato hexagonal e conexão Philips fixa a tampa do gabinete e demais partes metálicas ao gabinete.

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Figura 100 - Parafusos utilizados para fechar o gabinete

Você vai verificar que alguns parafusos se encaixam em outros locais causando a falsa impressão de sucesso, porém o comprimento errado pode lascar ou até mesmo quebrar algum outro componente.

Já os parafusos de rosca fina são utilizados para prender a placa-mãe. Em al-guns casos, podem ser de plástico.

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Figura 101 - Parafusos de plástico para fixar a placa-mãe

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Figura 102 - Parafusos para fixar a placa-mãe

Muito comum para fixar as placas-mãe são os parafusos que vêm com arruelas vermelhas.

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Terminologia de hardware, software e redes86

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Figura 103 - Parafusos com arruelas

Dica: Uma maneira muito útil de identificá-los é analisando o tamanho do encaixe reservado para fixação de determinadas peças, pois como já vimos, eles podem ter a entrada larga, para os parafusos com ponta grossa, e entrada fina, permitindo a identificação rápida e visual.

Você ainda pode ter sempre em seu kit um jogo de parafusos como os apre-sentados aqui para substituir um parafuso danificado ou um que eventualmente possa ser perdido durante a montagem do computador.

Como você pode observar, é importante que você conheça e principalmen-te reconheça os parafusos que irá precisar sabendo exatamente onde utilizá-los, pois dessa forma você não danifica outras conexões. Normalmente, os parafusos vêm com seus periféricos, como por exemplo DVD, HD e gabinete.

Fique atento ao desembalar um equipamento novo. Isso pode contribuir e muito na montagem do computador.

4.3 PArAFUSADeirA: CONCeiTOS e CUiDADOS NO USO

Trabalhar com dispositivos eletrônicos como computadores é mexer com de-zenas de parafusos o tempo inteiro. Apesar de apertar e soltar parafusos ser uma tarefa fácil, repetir este processo muitas vezes pode se tornar cansativo. é por isso que a parafusadeira é uma ferramenta fundamental para auxiliar este tipo de serviço, agilizando o trabalho e diminuindo o risco de LER (lesão por esforço repetitivo). Vamos lá?

PARAFUSADEIRA

Como já sabemos, temos um grande número de parafusos para fixar os com-ponentes no gabinete. Já teremos que gastar um determinado tempo para locali-zar o parafuso certo para o local certo, não é mesmo? Em contrapartida, podemos economizar tempo parafusando ou desparafusando. Você já sabe como?

é aí que entra a parafusadeira! Esse nome lhe soa familiar? Bom, ela fará o tra-balho braçal no seu lugar trazendo benefícios como rapidez, precisão e evitando

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4 Ferramentas de instalação 87

o desgaste físico. A parafusadeira tem como principal função o ato de parafusar e desparafusar os parafusos de um computador. Seu estojo conta com um kit de ponteiras especiais para cada tipo de parafuso existente e outros tipos de chaves. Seu trabalho será apenas identificar qual é a ponteira correta (fenda, Philips etc.) e acionar o botão para que ela faça o serviço. Dessa forma você poderá dispensar o estojo de chaves, diminuindo o volume e o peso que terá que carregar a cada manutenção que dará.

UTILIZAÇÃO

Você deve estar se perguntando como ela entenderá o comando que deve seguir – parafusar ou desparafusar. Existe uma chave no próprio equipamento e você irá direcioná-la para o comando desejado, o resto ela fará.

é importante que você controle a força do equipamento para não parafusar demais e danificar o local de entrada do parafuso. A força é também conhecida por torque, e fica a dica: prefira sempre parafusadeiras multitorque que permite o controle de torque de forma tal que não danifique pequenos equipamentos eletrônicos.

VOCÊ SABIA?

Em geral, as parafusadeiras funcionam com baterias. Portanto, mesmo que não tenha energia elétrica no lo-cal, você poderá trabalhar sem problema na montagem do gabinete.

CUIDADOS

Alguns cuidados são fundamentais para garantir sua integridade física e a boa funcionalidade do equipamento. Veja:

a) em locais úmidos, use apenas parafuseiras com certificação para este tipo de ambiente, não esquecendo do uso de EPI adequado. O uso inadequado pode causar descarga elétrica e queimar o aparelho, além de danos à pessoa;

b) monitore o estado físico dos cabos e tomadas. Se estiverem danificados, troque o equipamento ou ponta do cabo elétrico;

c) sempre acione o equipamento na tomada no modo desligado;

d) evite a aproximação do equipamento ligado dos cabelos e em peças de rou-pas como manga de camisas ou gravatas;

e) nunca ligue o aparelho em contato com o corpo, evitando perfurações;

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Terminologia de hardware, software e redes88

f) mantenha o equipamento longe do alcance das crianças.

Como você pôde ver aqui, a parafusadeira é um equipamento multiúso. Siga as dicas aqui mencionadas e mantenha um kit de ponteiras diversas. Dessa forma, dificilmente você precisará “dar um jeitinho” para realizar o serviço. Além disso, você protegerá sua saúde evitando problemas como a LER.

4.4 ALiCATeS: TiPOS e USO

Como em qualquer outro ramo que necessita de equipamentos especifícos, a manutenção de computadores exige tanto conhecimento eletrônico como elé-trico, levando o profissional da área da informática a se deparar com diversas si-tuações para as quais deverá estar munido de conhecimento e ferramentas apro-priadas para não ser pego de surpresa e comprometer sua imagem profissional.

Neste tópico a intenção é muni-lo de conhecimento sobre as ferramentas bási-cas que você deverá portar ao realizar uma manutenção. Principalmente quando esta for feita em outro local.

Para evitar transtornos no momento em que você estiver realizando a manu-tenção de um computador, vamos conhecer uma ferramenta essencial que con-tribui muito para a manutenção de computadores. Ela será uma ótima aliada no seu dia a dia e contribuirá para facilitar o seu serviço. Pronto para começar?

ALICATES

Imprescindível na manutenção de computadores, os alicates, assim como as chaves de fenda, são outro tipo de ferramenta que não pode faltar no seu kit de trabalho.

O alicate possibilita a você realizar tarefas como resgatar parafusos que even-tualmente caiam dentro do gabinete, pressionar objetos, firmar fios para corte ou encaixe, colocar parafusos em locais de difícil acesso, colocar e retirar parafusos hexagonais ou jumpers etc.

O alicate ainda permite diversas outras funções como decapar fios, por exem-plo, embora exista uma ferramenta específica para este fim, o alicate decapador.

Como você pode ver, são diversos os fins aos quais se destinam os alicates. Vamos ver agora como escolher o alicate correto para cada função.

Eles possuem espessuras e tamanhos diferentes inclusive de ponta. Para a manutenção de computadores, é recomendável alicates que tenham ponta mais estreita comummente chamado de alicate de bico. Este tipo de alicate é indicado

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4 Ferramentas de instalação 89

para situações em que o movimento deve ser preciso e o local de alcance é de difícil acesso.

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Figura 104 - Alicate bico fino

Como mencionamos acima, outra boa funcionalidade deles é que possui um lo-cal próprio para cortes e decape de fios, apesar de não ser sua principal função, pois por não ser a ferramenta específica para este objetivo, ele pode danificar a fiação.

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Figura 105 - Alicate de corte

O alicate tradicional também pode ser útil em diversas situações, seja substituin-do outra ferramenta ou ainda servindo de suporte para dar pressão ao parafusar e desparafusar componentes na montagem ou desmontagem do computador.

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Figura 106 - Alicate tradicional

FIQUE ALERTA

Assim como nas chaves (fenda, Philips e outras), prefira a ferramenta com cabo emborrachado para evitar aci-dentes elétricos.

Tente não forçar muito o alicate nas peças mais delicadas, pois você pode da-nificá-las as mesmas. Use-o com calma e firmeza.

Confira na figura abaixo outros tipos de alicates que podem ser úteis:

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Terminologia de hardware, software e redes90

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Figura 107 - Alicate extralongo especial

O modelo abaixo não possui uma ponta tão acentuada como o mostrado an-teriormente, mas pode se tornar essencial na manutenção do computador.

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Figura 108 - Alicate meia cana com corte

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Figura 109 - Alicates: 1 - Ponta redonda; 2 - Misto – meia cana; 3 - Ponta achatada; 4 - Paralelo de ponta chata

Como você pôde ver, diversos são os modelos de alicates e para diversas ati-vidades se destinam. Conhecê-los e obtê-los, na medida do possível, pode tirá-lo de uma boa errascada. Indispensáveis na manutenção de computadores, tenha sempre um com você.

4.5 ALiCATe DeCAPADOr: CArACTerÍSTiCAS e USO

Um alicate é uma ferramenta indispensável no seu kit de manutenção. Sabe-mos que ele possui várias funções e uma delas é decapar fios, porém, por não ser

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4 Ferramentas de instalação 91

a ferramenta específica para este fim, ele pode danificar os fios internos de um cabo. Veremos agora o alicate decapador que irá facilitar este serviço, evitando acidentes que possam danificar os fios.

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Figura 110 - Alicate decapador

Já ouviu falar dele? Se sim, você deve estar se perguntando por que ter um ali-cate decapador se o alicate comum pode auxiliar nessa função. Bem, a verdadeira função do alicate comum é cortar o fio por inteiro, mas também costumamos ob-servar que ele é utilizado para a decapagem de fios. Com o alicate decapador, você tem mais precisão e segurança para realizar a decapagem de fios com facilidade e agilidade, principalmente quando for necessário trabalhar com fios finos e curtos.

Decapar é a ação de retirar a proteção plástica do cabo elétrico para uso, ou para detectar uma possível corrosão. Esse tipo de diagnóstico pode levar inclusi-ve à substituição do fio.

UTILIZAÇÃO

A maioria das ferramentas precisa ser ajustada e com o alicate decapador não é diferente. Portanto, fique atento e ajuste a altura das lâminas de corte antes da utilização, observando as indicações do manual.

FIQUE ALERTA

é importante que você, ao realizar um serviço elétrico, sempre desligue o equipamento da tomada, evitando acidentes com descarga elétrica.

Conhecemos aqui mais uma ferramenta indispensável para a manutenção do seu computador. Você deve ter percebido que, ao optar pela ferramenta correta, o seu trabalho ganhará agilidade e segurança.

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Terminologia de hardware, software e redes92

4.6 ALiCATe De CriMPAGeM: CArACTerÍSTiCAS e USO

Este é mais um tipo de alicate do qual você irá precisar ao longo de suas expe-riências como técnico em manutenção de computadores.

A ferramenta que iremos conhecer agora serve para crimpar ou, na linguagem comum, esmagar os contatos de conectores em cabos de telefones ou redes, ou cabos coaxiais.

Os alicates de crimpar estão ficando cada vez melhores e todo profissional que trabalha com cabos deve ter conhecimento dessa ferramenta. Escolha bem, pois esses alicates precisam ser fortes e precisos (REVISTA PC E CIA, 2010).

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Figura 111 - Alicate de crimpagem

Observe na figura acima que há dois tipos de guilhotinas: uma para desenca-par e outra que apara os fios. Observe ainda que há um espaço para crimpagem de conectores RJ-45. A visualização fica mais clara na imagem a seguir:

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Figura 112 - Crimpagem de conector RJ-45

UTILIZAÇÃO

Os materiais necessários para a crimpagem de um cabo são: alicate de crim-pagem; conectores RJ-45 e cabos de rede. O cabo mais utilizado é o cabo de par trançado ou UTP CAT 5, que vem substituindo os cabos coaxiais devido à facilida-de de manutenção e à possibilidade de atingir uma maior taxa de transferência.

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4 Ferramentas de instalação 93

Para iniciar a crimpagem de um cabo, é preciso descascar a ponta do cabo externo – o próprio alicate de crimpagem tem essa função, porém utilizar o ali-cate decapador é o ideal – e inserir os cabos internos nas vias do conector. Após realizar este procedimento, você deve inserir o conector no alicate e pressioná-lo com força até o final (KOTVISKI, 2011).

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Figura 113 - Cabo de rede crimpado

A função do alicate é fornecer pressão suficiente para que a lâmina do conec-tor esmague os fios, criando o contato. Você vai ter certa dificuldade no início para deixar os fios extremamente retos, mas isso é fundamental para o funcio-namento correto do conector. Não tenha medo de empregar sua força com este equipamento e, quanto melhor a qualidade do alicate de crimpagem, mais fácil e seguro se tornará o serviço (MORIMOTO, 2011).

O alicate ainda o ajudará a dar pressão para prender a trava plástica do conec-tor. Instrua o usuário a nunca puxar o fio ou cabo pela sua extensão, mas sim pelo conector plástico que fica na base da ligação com o gabinete ou tomada elétrica. Esse é um dos principais motivos do rompimento da ligação desses conectores (KOTVISKI, 2011).

Acompanhe detalhadamente a crimpagem de um cabo de rede no site: <www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=SnvSU1DeG8I>.

VOCÊ SABIA?

Um grande auxiliar para identificar se um cabo está rompido ou não é um equipamento de teste de cabos. Isso pode ajudá-lo a identificar se o problema é real-mente no cabo e não em outro dispositivo.

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Terminologia de hardware, software e redes94

4.7 PiNÇAS: TiPOS e USOS

Utilizada em diversas atividades e profissões que exigem precisão, a pinça é uma ferramenta imprescindível para auxiliar a execução de tarefas delicadas. Na informática, onde lidamos o tempo todo com parafusos, conectores, chips etc., a pinça é uma ferramenta que não pode faltar.

Para a manutenção de computadores, a pinça terá diversas funções importan-tes para que você obtenha sucesso no seu trabalho. A pinça é uma grande aliada no momento de resgatar parafusos que por acidente caiam dentro do gabinete e que a chave imantada não consiga acessar, ou ainda auxiliar a conexão dos jum-pers1 nas placas. Outra importante função dessa ferramenta é auxiliar na limpeza do computador. A pinça será de grande utilidade para remover sujeiras alojadas em locais de difícil acesso nos quais o ar comprimido não tenha sucesso. Você po-derá remover desde pedaços de papel até blocos de poeira que podem se formar dentro do gabinete.

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Figura 114 - Utilizando uma pinça

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é uma ligação móvel entre dois pontos de um circuito eletrônico. é, geralmente, uma pequena peça plástica isolante que contém uma peça metálica em seu interior, responsável pela condução de eletricidade.

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4 Ferramentas de instalação 95

TIPOS DE PINÇA

Prefira a pinça antiestática e de preferência com cabo emborrachado. Assim como nas outras ferramentas, ele não permite a passagem da corrente elétrica, evitando que algum componente do seu computador seja danificado.

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Figura 115 - Pinça antiestática

A pinça de três pontas é uma ferramenta excelente e você vai precisar dela em muitos momentos. Observe que ela possui três pontas que têm o objetivo de abraçar o objeto que se deseja resgatar. Com a extremidade móvel, você regula a abertura que ela deve manter para que consiga alcançar o objeto.

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Figura 116 - Pinça de três pontas

Pinça extratora de chip. Específica para a retirada de chip devido à ponta leve-mente fechada, possibilitando o encaixe perfeito para retirar um chip com segu-rança sem danificá-lo.

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Figura 117 - Pinça extratora de chip

Existem também pinças com iluminação embutida, o que facilita a visualiza-ção dos componentes dentro do gabinete.

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Terminologia de hardware, software e redes96

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Figura 118 - Pinça com iluminação embutida

Além desses itens, você irá encontrar pinças com desenhos anatômicos, im-portantes para a manutenção de computadores.

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Figura 119 - Kit de pinças

Fácil de encontrar e com preço acessível, vale a pena adicionar essa ferramen-ta ao seu kit. Assim como as demais ferramentas, mantenha-a longe do alcance das crianças, pois sua ponta pode causar perfurações graves ao corpo humano.

Então, viu como a pinça pode facilitar trabalhos mais delicados e evitar que ou-tras partes do computador sejam afetadas? Mantenha essa ferramenta ao alcance sempre que precisar fazer uma manutenção.

4.8 FerrAMeNTAS De LiMPeZA

Um computador normalmente acumula poeira internamente, por uma série de motivos: trabalhar em local não apropriado, aberturas traseiras do computa-dor sem a devida proteção e até mesmo pela ventilação necessária para resfriar componentes internos, o que acaba trazendo poeira junto com o ar do ambiente.

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4 Ferramentas de instalação 97

FIQUE ALERTA

Sempre trabalhe com o computador desconectado da rede elétrica. Nunca utilize água nos componentes in-ternos do gabinete e trate os componentes eletrônicos com delicadeza para não danificá-los.

PINCEL

CARACTERÍSTICAS: Com cerdas finas e sintéticas, alcança os lugares mais es-condidos de um teclado e pode servir para limpar a parte interna do gabinete e seus componentes.

USOS: Limpeza do teclado, da parte interna do gabinete e do cooler.

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Figura 120 - Pincel

BORRACHA

CARACTERÍSTICAS: A composição desse objeto permite a remoção de sujeiras de maneira delicada, evitando que o contato seja danificado.

USOS: Limpeza de placas de e de memória RAM.

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Figura 121 - Borracha

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Terminologia de hardware, software e redes98

LIMPA CONTATO

CARACTERÍSTICAS: Sua função é recuperar a condutividade elétrica e remover a fuligem, a graxa ou a umidade.

USOS: Limpeza de contatos elétricos e eletrônicos.

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Figura 122 - Limpa contato

ÁLCOOL ISOPROPÍLICO

CARACTERÍSTICAS: Levemente tóxico, porém altamente inflamável, deve ser diluído em água antes do uso.

USOS: Muito utilizado para limpar a parte externa do computador: tela, tecla-do e gabinete.

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Figura 123 - Álcool Isopropílico

ÁGUA DEIONIZADA

CARACTERÍSTICAS: Água com carga elétrica neutralizada. Remove nitrato, rá-dio, chumbo, cálcio, magnésio e bário. O enxágue com esse produto remove resí-duos químicos, detergentes e espumas.

USOS: Limpeza de tela de LCD.

LIMPANDO O COMPUTADOR

Comece pelo teclado. Vire-o de cabeça para baixo e sacuda-o, em seguida uti-lize ar comprimido para remover a sujeira que estiver por baixo das teclas. O pin-

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4 Ferramentas de instalação 99

cel também pode ser útil nesse caso. Passe um pano úmido sobre as teclas para eliminar a oleosidade dos dedos e, a seguir, seque com um pano seco.

Se sentir segurança, você pode retirar as teclas para limpar por baixo, mas cui-dado para não desordená-las quando for recolocá-las. Os cotonetes serão úteis para limpar os cantos de difícil acesso.

O mouse também deve ganhar atenção e, com um pano úmido, você já con-segue caprichar nesse componente. é necessário realizar uma limpeza na parte inferior para facilitar o deslizamento do mouse, pois geralmente ocorre acúmulo de poeira.

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Figura 124 - Limpando o mouse

Para os cabos, é recomendável apenas uma limpeza com pano úmido, cui-dando para não chegar às pontas metálicas. Você sabe: água e eletricidade não combinam! Em seguida, passe um pano seco.

Muito cuidado com o monitor. Independentemente do modelo, você deve uti-lizar sempre um algodão ou pano levemente umedecido e sempre secar. A parte externa pode ser limpa com água e detergente. A utilização de produtos como o álcool pode desbotar o equipamento com o tempo.

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Figura 125 - Limpando o monitor

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O restante da parte externa pode ser limpo com pano úmido e aspirador de pó. Você pode utilizar o cotonete para limpar o botão liga/desliga.

LIMPEZA DA PARTE INTERNA

A sujeira pode causar o aquecimento interno de alguns componentes, por-tanto a limpeza interna é recomendada. Há quem diga que limpar uma vez por ano é o suficiente para garantir a longevidade do equipamento. Mas se a limpeza externa requer alguns cuidados, a interna tem que ser muito mais delicada.

Muito cuidado com os componentes eletrônicos do gabinete. São as placas que contêm as ligações elétricas e passar um pano nelas pode danificar suas co-nexões (VALIN, 2009).

é mais seguro utilizar o pincel para limpar as ventoinhas e outros componen-tes internos. Lembre que você não deve empregar força física em excesso, pois isso pode acabar prejudicando algum contato essencial para o funcionamento do equipamento.

Como vimos aqui, limpar o computador é uma tarefa simples, mas que exi-ge cuidado e delicadeza. Não esqueça: devemos realizar uma limpeza geral no computador a cada ano. Assim contribuímos para um melhor desempenho do equipamento e conservação das peças.

4.9 Ar COMPriMiDO: CArACTerÍSTiCA, CUiDADOS e USO

Os componentes internos do gabinete de um computador exigem grande cuidado de manuseio, principalmente quando falamos de conectores ou placas eletrônicas.

Na manutenção de computadores, você precisa estar atento aos itens especí-ficos. Prevenir para que tenhamos todos os itens necessários é muito importante para economizar nosso tempo.

Vamos ver agora um importante aliado para facilitar a limpeza do computa-dor, o ar comprimido. Este item é de suma importância, principalmente quando falamos de limpeza de um computador.

Ar comprimido é o mesmo que ar compactado. O ar comprimido fica sob uma grande pressão confinado em um reservatório, o que mantém o ar comprimido em estado líquido. é o mesmo princípio do sistema utilizado em botijões de gás, em escala menor.

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4 Ferramentas de instalação 101

Para resolver pequenos problemas, apenas uma lata de ar comprimido funcio-nará por algum tempo, mas para o trabalho constante, em oficina de manuten-ção, certamente será necessário um compressor de ar.

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2)Figura 126 - Lata de ar comprimido

Comercializado geralmente em lata, o ar comprimido não é inflamável. Sua embalagem é semelhante a uma lata de tinta spray, além disso possui um bico fino e longo que permite direcionar o jato de ar e alcançar locais de acesso difícil.

O jato de ar de alta pressão expelido é útil para remover poeira e pequenas sujeiras em locais de difícil acesso em dispositivos como teclados, CPUs, scanners, câmeras, impressoras e muitos outros.

COMPRESSORES

Para uso profissional, podemos lançar mão de compressores de ar que per-mitem um fluxo melhor de pressão do ar, bem como um custo menor do que a compra constante de latas de ar comprimido. Ao adquirir um compressor, você deve estar atento a sua capacidade de armazenamento de ar comprimido, bem como ao fluxo de ar fornecido.

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Figura 127 - Compressor de ar

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CUIDADOS NECESSÁRIOS NO MANUSEIO DO AR COMPRIMIDO

Apesar de não ser um produto químico, você deve estar atento ao utilizar esse recurso, pois o contato direto com a pele pode causar irritações. O manuseio do equipamento deve ser feito com cuidado. A pressão do jato de ar pode arrancar um olho da órbita, causar hemorragias e até mesmo o rompimento do tímpano. Portanto, esteja atento ao pino de saída do produto, evitando acioná-lo quando es-tiver em direção ao rosto. Em reservatórios maiores, a ruptura da mangueira causa chicoteamento, podendo atingir quem estiver por perto. Se uma pressão muito alta for empregada, podemos causar danos graves a componentes eletrônicos.

FIQUE ALERTA

Assim como qualquer outro item do seu kit, mantenha o ar comprimido fora do alcance de crianças.

Conhecemos neste tópico o ar comprimido e vimos que ele é um importante aliado para a limpeza do computador. Se você já usou essa ferramenta, deve ter percebido quanto ela facilita na eliminação de sujeiras em teclados, CPUs, impres-soras etc. Se você ainda não utilizou, não deixe de experimentar. Mas fique atento às dicas dadas neste material: tenha certeza de que o jato de ar está direcionado para o computador antes de usá-lo.

4.10 eLeTriCiDADe eSTÁTiCA: PULSeirA, LUVA e MANTA ANTieSTÁTiCA

Você já levou um choque ao tocar em maçanetas ou na porta do carro? Isso é muito comum. Mas para quem lida com manutenção de computadores, pode causar alguns problemas. Você vai entender como isso acontece, quais os male-fícios na manutenção de computadores e como podemos evitar acidentes com essa energia a que chamamos eletricidade estática.

DE ONDE VEM?

Sempre presente no mundo e problemática para a área de eletrônica e infor-mática. A eletricidade estática surge naturalmente devido ao atrito com materiais isolantes como cabelo, vidro, lã, etc. e, como geralmente caminhamos sobre ma-teriais isolantes, carpetes ou a própria sola dos tênis e sapatos, a eletricidade não consegue fluir para o solo e acaba ficando acumulada em nosso corpo. O choque ocorre quando essa eletricidade estática acumulada encontra uma maneira de

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4 Ferramentas de instalação 103

“escapar” através de um material condutor, como a maçaneta metálica de uma porta, por exemplo.

COMO PODEMOS EVITAR ESSE TIPO DE CONTRATEMPO?

Devido a esse acúmulo de energia que o ser humano é capaz de guardar, tec-nologias foram desenvolvidas pensando justamente em preservar os circuitos e placas eletrônicas do gabinete. Abaixo, você verá as opções que estão disponíveis no mercado para evitar acidentes:

Luvas de borracha: isolam a mão do contato direto com os componentes ele-trônicos. Sozinhas, porém, não impedem completamente os danos aos circuitos eletrônicos.

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Figura 128 - Luvas de borracha

Plástico antiestático: aquele normalmente utilizado para embalar as peças eletrônicas de um computador. Ele tem uma estrutura diferente do plástico con-vencional, garantindo a integridade dos componentes armazenados.

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Figura 129 - Plástico antiestático

VOCÊ SABIA?

Os componentes devem permanecer nas embalagens até o momento em que serão utilizados. A embalagem antiestática protege os componentes e ajuda a evitar que sejam danificados.

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Terminologia de hardware, software e redes104

Pulseira antiestática: devido à constante carga estática gerada pelo corpo humano, é a ferramenta mais indicada, pois ela permite ligar um fio de aterra-mento entre seu corpo e o gabinete, por exemplo, com o objetivo de eliminar as cargas acumuladas. Em geral são acessíveis e é sempre bom ter uma.

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Figura 130 - Pulseira antiestática

Manta antiestática: ela minimiza o acúmulo de carga eletrostática tanto nos componentes como no técnico que está trabalhando. Você deve revestir a ban-cada na qual irá trabalhar com a manta. As mantas são encontradas em lojas es-pecializadas em equipamentos de solda. Em geral são caras e não chegam a 1 m de comprimento. Alguns técnicos utilizam mantas de borracha e acabam tendo o mesmo desempenho. Independentemente disso, para manter a segurança das peças é imprescindível que você utilize o kit completo, ou seja, a manta, as luvas e a pulseira que vimos acima.

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Figura 131 - Manta antiestática

VOCÊ SABIA?

Além dos cuidados mencionados, recomenda-se sempre trabalhar manuseando os componentes pela borda, evi-tando contato com os chips e contatos metálicos.

Manuseie e armazene os componentes internos do gabinete de maneira cor-reta, evitando a perda ou comprometimento dos mesmos. A manutenção de computadores exige muita habilidade e cuidados específicos e é por isso que es-tudamos sobre o assunto.

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4 Ferramentas de instalação 105

4.11 PASTA TérMiCA: CArACTerÍSTiCAS, TiPOS, CUiDADOS e USO

Veremos a seguir um utensílio que tem um fim específico, porém é fundamen-tal na função de condutor térmico regulando a quantidade de calor que flui no processador.

A pasta térmica surge para melhorar a condutividade térmica entre um com-ponente e o dissipador. A necessidade de sua utilização deve-se a minúsculas imperfeições na superfície do dissipador e do componente, que podem ser vistas a seguir. Essas lacunas impedem um contato perfeito entre eles. Para resolver o problema é necessário aplicar pasta térmica entre eles, preenchendo as minúscu-las lacunas.

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Figura 132 - Imperfeições nas superfícies

A pasta térmica, na maioria das vezes, acompanha o cooler, podendo também ser adquirida no mercado. Geralmente comercializada em tubo ou seringas, a pasta térmica tradicional é composta de óxido de zinco e tem a cor branca, exis-tindo ainda as baseadas em prata, de melhor qualidade. Aplicada entre o cooler e o processador, ela melhora a condutividade térmica e deve ser utilizada a partir do momento em que o processador estiver instalado. Condutividade térmica é a quantidade de calor que circula pelo equipamento.

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Figura 133 - Pasta térmica aplicada

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Abaixo você pode conhecer algumas formas de como a pasta térmica é co-mercializada.

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Figura 134 - Pasta térmica

A aplicação da pasta deve ser feita de maneira uniforme, cobrindo todo o dissi-pador do processador através de uma camada fina antes de instalar o cooler. Não espalhar homogeneamente a pasta térmica pode causar dano nos componentes. A pressão do cooler sobre a pasta espalhada incorretamente pode fazer a pasta atingir outras partes do processador que não deveriam entrar em contato com a pasta e, por ter em sua composição uma liga metálica, a pasta pode causar curto, danificando os componentes.

Alguns equipamentos já vêm com a pasta térmica aplicada, eliminando uma etapa da instalação, mas você pode removê-la utilizando uma flanela e álcool isopropílico com cuidado e aplicar a pasta adequada para a situação. Não utilize objetos metálicos na remoção, pois além de arranhar a base do cooler, pode ainda prejudicar a dissipação do calor, por aumentar as imperfeições na superfíce.

Há algum tempo era utilizado um produto emborrachado chamado elastôme-ro, mas em temperaturas superiores a 60 graus ele derretia e não era tão eficiente como a pasta térmica. Caso você encontre um deles por aí, é recomendável remo-vê-lo e aplicar a pasta térmica, pois aplicar a pasta por cima torna o elastômero ineficiente.

4.12 TeSTADOr De CABOS De LAN: CArACTerÍSTiCAS e USO

No mercado encontramos cabos de rede que já vêm prontos para ser utiliza-dos. Entretanto, é muito comum técnicos que trabalham com a instalação de ca-bos de LAN comprarem rolos de 300 m e confeccionar o cabo de acordo com sua necessidade. Uma ferramenta muito útil para quem executa esse tipo de trabalho é o testador de cabos. Vamos conhecer mais um pouco sobre essa ferramenta?

Existem vários tipos de testador – dos mais simples aos mais sofisticados. Os modelos mais simples verificam a continuidade dos cabos, enviando um sinal elé-trico e verificando se o sinal chega do outro lado, checando seu nível de atenua-ção e se ele cumpre as especificações mínimas. Apresenta o diagnóstico através

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de luzes ou de um display, indicando se existe uma ou mais conexões com pro-blemas, porém não identifica em que ponto o cabo está partido, o que obriga a trocá-lo por inteiro (MORIMOTO, 2011).

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Figura 135 - Testador de cabo de rede

Modelos mais avançados oferecem um diagnóstico detalhado, mostrando se os cabos são indicados para as transmissões de 100 a 1.000/Mbps e avisando se algum dos 8 fios está rompido. Equipamentos ainda mais sofisticados avisam in-clusive o local em que o cabo está rompido. Para receber esse diagnóstico, você deverá conectá-lo no testador e a partir daí obterá a leitura.

Há quem considere esses testadores dispensáveis para os trabalhos esporá-dicos, pois é raro os cabos virem com defeito de fábrica. Resistentes e flexíveis, os cabos são facilmente instalados por dentro das tubulações e quase sempre os problemas são por causa de conectores mal crimpados. é nessa situação que você utilizará o alicate de crimpagem, para realizar a manutenção.

VOCÊ SABIA?

Antes de trocar um cabo é interessante verificar se os conectores estão bons. Na maioria dos casos, simples-mente trocar o conector pode resolver o problema e evitar a troca dos cabos.

Agora você já conhece as características e as funções de um testador de cabo de LAN. é importante que você, como técnico, tenha noção sobre tudo o que abran-ge um computador, pois mesmo que não seja sua especialidade, você precisará ter uma noção mínima para poder diagnosticar um problema. Continue atento!

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4.13 FerrO De SOLDA e eSTAÇÃO De SOLDA: CArACTerÍSTiCAS e TiPOS

Vamos conhecer agora uma ferramenta que será útil na manutenção de com-putadores, caso você se depare com alguma conexão interna danificada: o ferro de solda.

Trata-se de um equipamento de fácil manuseio e muito comum entre os téc-nicos de informática. Ao adquirir seu kit de solda básico, você deverá ter: o ferro de soldar, sugador de solda, rolo de estanho apropriado para eletrônica, alicate de corte e alicate de bico.

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Figura 136 - Sugador, rolo de estanho e ferro de solda

O ferro de solda é um dispositivo elétrico que, em contato com o estanho, provoca um derretimento, conectando dois objetos metálicos. Observe os outros conectores e procure manter a mesma quantidade de solda em cada conector. Ele possui diversos tamanhos e potências, cada um para um fim diferente. Na informática devemos estar atentos às características do componente com que estamos trabalhando, de forma a escolher o adequado. Alguns o chamam de lá-pis por ter pequenas dimensões e baixa potência, mas é o ideal para serviços de pequeno porte.

O mais importante num ferro de solda é a sua extremidade, que chamamos de ponta.

é ela que vai aquecer e derreter o material para que possamos realizar a solda propriamente dita. Por esse motivo é de grande importância saber qual ponta usar para realizarmos mais facilmente uma soldadura.

Você encontrará diferentes tipos de pontas no mercado e cada uma tem sua finalidade específica. A ponta pode ser facilmente trocada por outra, desenros-cando-a e substituindo-a por outra, de acordo com o trabalho que estamos rea-lizando.

Devido ao aquecimento acentuado que ela adquire, manuseie a troca das ponteiras sempre com o equipamento desligado. Do contrário, você poderá so-

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frer queimaduras. Procure descançá-la em um suporte para ferro de solda ou em algum lugar seguro para que não derreta outros componentes que estejam ex-postos no local.

FUNCIONAMENTO

De posse do componente a ser soldado e depois de identificar a polaridade correta do componente, inicie o processo de solda. Entenda por polaridade a po-sição correta para encaixe do componente. Assim como existe uma posição para colocar as pilhas em um controle remoto, por exemplo, os componentes como LEDs ou diodos podem não funcionar caso estejam em posição invertida ou ainda estarem danificados permanentemente, como transistores ou chips.

DICA: Não havendo instrução, visualize e anote a posição em que os compo-nentes se encontram para que posteriormente possa recolocá-los corretamente.

Ligue o ferro de solda na tomada e aguarde até que aqueça. Você encontrará a temperatura quando a ponta do ferro derreter facilmente o fio de solda. Você não deve assoprar ou virar a placa que está soldando. Ela secará rapidamente sozinha.

Muitas vezes é necessário remover a solda existente para trocar um compo-nente danificado ou caso precise desfazer o serviço. Para isso utilize o sugador de solda. Ele deverá remover a solda derretida no circuito – basta aquecer a solda até que ela derreta e utilize o sugador para removê-la.

é aconselhável que você teste sua habilidade com a solda antes de realmente executar algo.

A limpeza do equipamento deve ser feita com a ponteira ainda quente, utili-zando uma esponja vegetal ou um pano umedecido em água destilada e remo-vendo todo o excesso da ponta. Nunca lixe o equipamento, pois isso diminui sua vida útil e prejudica a difusão do calor da ponteira.

Para soldar placas de circuito, prefira as pontas finas e cilíndricas, também co-nhecidas por cônicas, pois elas alcançam facilmente o local que precisará de ma-nutenção.

ESTAÇÃO DE SOLDA

A estação de solda é uma outra ferramenta que pode ser útil nessa fase do trabalho, auxiliando na perfeita temperatura que o ferro de solda pode atingir. Em geral, a informação da temperatura é visualizada em visores de LED, mas fique atento, pois alguns equipamentos só começam a aquecer se o ferro de solda for

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retirado da base. A ponteira pode ser limpa na esponja que o próprio equipamen-to dispõe, porém tome cuidado, pois está trabalhando com um equipamento elé-trico e a esponja deve estar levemente umedecida. A ponteira deve ser passada rapidamente pela esponja, a fim de retirar o excesso de solda.

SAIBA MAIS

Para saber mais sobre a estação de solda, assista ao seguinte vídeo: <http://www.youtube.com/watch?v=fO0a5SPTkbQ>.

4.14 MONTANDO UM KiT De FerrAMeNTAS

Com o tempo, você acabará ganhando experiência na execução do seu traba-lho, e em consequência disso desenvolverá seu próprio método e o seu próprio kit de ferramentas. Mas, por enquanto, fique com a sugestão do nosso kit.

Neste tópico você conhecerá os equipamentos básicos para o kit de ferramen-tas de um técnico de informática. Vamos lá?

O que faremos agora é relacionar os principais itens, além de alguns outros que consideramos relevantes para você ter sempre por perto.

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Figura 137 - Kit de ferramentas

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Algumas das ferramentas que você verá a seguir são de baixo custo e de fácil acesso, porém outras são um pouco mais caras e talvez você prefira adquiri-las aos poucos, de acordo com suas necessidades.

Além da maleta em si, sempre tenha em mãos:

a) chaves com todos os seus tipos e tamanhos;

b) alicates;

c) alicate decapador;

d) alicate de crimpagem;

e) pinças;

f) borracha;

g) pincel;

h) pasta térmica;

i) testador de cabos LAN;

j) lata de compressor de ar;

k) ferro de solda de diversas potências, bem como estanho e sugador de solda;

l) miniaspirador de pó. A higiene faz parte da sua apresentação como profis-sional;

m) pano;

n) parafusos extras (afinal, se você não for o primeiro a dar manutenção no equipamento, podem faltar parafusos);

o) parafusadeira com ponteiras;

p) multímetro, com capacidade de leitura de temperatura.

No laboratório fixo devem estar presentes, além dos itens citados, o compres-sor de ar, bem como componentes reservas para teste como peças extras do com-putador. Portanto, tenha sempre um processador, um cabo de disco rígido, cabo SATA, placa-mãe, placa de rede e vídeo, ventoinha, disco rígido, pente de memó-ria, unidades de CD e DVD, leitor de cartão de memória e uma fonte, ou outros itens que você empregue no dia a dia em seu atendimento.

São itens que devemos ter em mãos ao realizar a manutenção de computa-dores. A partir de agora você aumentará ou diminuirá essa lista, de acordo com a sua vivência. é importante pesquisar sempre os preços, pois variam muito de um local para outro.

é válido lembrar que na internet existem fóruns, que são redes sociais de dis-cussão sobre manutenção de computadores. Muitas pessoas da área postam seus

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comentários e tiram dúvidas criando um grande centro de troca de experiências. Mas você precisa confirmar as fontes, pois muito do que circula na internet pode não ser confiável.

CASOS e reLATOS

Seja um excelente técnico de informática

Alguns cargos em TI sempre terão sua demanda e sempre serão essen-ciais para o funcionamento deste setor. Um cargo antigo e que não dá sinais de extinção é o de técnico em informática. O profissional que atua nesta área está na linha de frente, tendo contato direto com o consumi-dor final.

Para ser um bom técnico em TI, estude o máximo possível. Seja qual for a sua área dentro da informática, uma coisa é certa, ela sempre estará sendo atualizada. Na mesma rapidez dos processadores, novas tecnolo-gias surgem, além das tendências de mercado. Portanto, tem vantagem quem sair na frente. Não pare no tempo, busque sempre as novidades. Nada pior que um profissional de tecnologia desatualizado.

Tenha sempre em mãos seu cinto de utilidades! Indispensável: pen drive com seus programas e uma caixa de ferramentas (chaves, alicates, medi-dores etc). Tudo depende de sua área de atuação, mas alguns softwares são quase que obrigatórios, como os antivírus.

Saiba seu foco principalmente o que precisa fazer. Analise o mercado e acompanhe experiências profissionais próximas. Liste o que será neces-sário para ser um profissional bem sucedido e, com um pouco de organi-zação, conseguirá traçar seu percurso. Sucesso!

Adaptado de “Saiba como bom ser um bom técnico em Informática”. Dis-ponível em: <http://www.ceviu.com.br/blog/info/dicas/saiba-como-ser--um-bom-tecnico-em-informatica>. Acesso em: 29 mar. 2012.

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4 Ferramentas de instalação 113

reCAPiTULANDO

Neste capítulo, você aprendeu a distinguir os diferentes tipos de chave (Philips, de Fenda, torx, spanner etc.) e listou os tipos de parafusos comuns a a área de informática. Viu conceitos da parafusadeira e os cuidados que deve ter ao usá-la .

Definiu os diferentes tipos de alicate (de crimpagem, de corte, decapador etc.), pinças (antiestática, de três pontas, extratora de chips etc.) e manei-ras de usá-las. Aprendeu procedimentos de uso de ferramentas de limpeza, dos equipamentos contra descarga eletrostática e da pasta térmica, impor-tantes para manter a qualidade de um serviço.

Você também definiu as características e o uso do testador de cabos de LAN, do ferro e da estação de solda, além de conhecer dicas de como mon-tar um kit de equipamentos.

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5Introdução ao Software

Depois de estudar conhecimentos referentes à parte física do computador, você aprenderá fundamentos básicos de softwares, programas que possibilitam aos usuários o contato com o hardware, providenciando a eles uma maneira de ordenar o computador a realizar as mais diversas tarefas.

O mercado de desenvolvimento de softwares é uma área em franca expansão. Os usos são muitos, seja no campo de automação industrial, na medicina ou indústria de entretenimento (jogos). Com esta generalização, o conhecimento de softwares não é apenas importante, mas obrigatório a qualquer profissional da informática.

Os objetivos deste capítulo são:

a) definir o conceito de software;

b) definir os tipos de software;

c) discutir os conceitos básicos de sistemas operacionais;

d) discutir as diferenças entre Windows e Linux;

e) comparar os programas aplicativos e utilitários;

f) aprender procedimentos de uso de software.

Esforce-se para absorver este conhecimento, essencial para sua formação. Tenha um bom aprendizado!

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Terminologia de hardware, software e redes116

5.1 CONCeiTO De SOFTware

Vamos conhecer um pouco mais sobre o conceito de software, a força “men-tal” que faz com que o computador processe informações e permite a interação e os milhares de atividades que podemos realizar com eles.

Software é um programa de computador. Um conjunto de informações trans-formado em comando lógico. é a parte intangível do computador, aquela que você não pode tocar.

O programa de computador será o intermediário entre o usuário e os disposi-tivos eletrônicos. O usuário “entra” com um comando a partir de um dispositivo de entrada, e esse comando é interpretado pelo programa de computador, que envia essas informações ao processador. No processador, as informações são pro-cessadas e devolvidas para o programa de computador, que envia a informação processada para um dispositivo de entrada. O dispositivo de entrada torna as in-formações acessíveis ao usuário.

Pense que qualquer arquivo, seja de imagem, áudio, texto etc., é formado por milhares de códigos numéricos, e que o programa de computador é o que con-verte esses códigos e permite que você possa visualizar uma foto, por exemplo, como está acostumado a ver.

Nada no computador funcionaria sem que os softwares estivessem lá para orientá-lo sobre o que fazer. Alguns exemplos de programas fundamentais em um computador são os sistemas operacionais: todo computador precisa ter um sistema operacional (Windows, Linux etc.). Outros programas você mesmo irá ins-talar, como MSN, Skype, jogos ou os aplicativos que sua empresa usa. Já existem até programas que você não precisa instalar no seu computador e podem ser utilizados diretamente na internet, como o Dicionário Michaelis.

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Figura 138 - Ícones de programas de computador

Para cada programa de computador, existe uma licença de uso. Todo software é criado por alguém que nem sempre quer distribuir gratuitamente o trabalho que foi desenvolvido, portanto fique atento às dicas abaixo para saber os tipos de licença que podem existir sobre o material que está sendo disponibilizado.

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5 Introdução ao software 117

Freeware: totalmente gratuito;

Shareware: gratuito por prazo limitado. Após o período determinado pelo au-tor, o programa deixará de funcionar e será necessário o registro mediante paga-mento ao autor;

Demo: liberado parte do serviço ou coloca um logo em marca d’água do autor para teste;

Trial: liberado temporariamente;

Open source (código aberto): programa liberado até mesmo para que usuá-rios avançados possam contribuir e aperfeiçoá-lo.

SAIBA MAIS

Conheça os tipos de licença de software em: <tecnologia.uol.com.br/ultnot/2007/12/20/ult4213u266.jhtm>.

Independentemente do programa de computador escolhido, sempre verifi-que se a sua origem é confiável. Não se esqueça de que o material disponível na internet pode conter vírus e outros programas maliciosos.

5.2 TiPOS De SOFTware

Podemos dividir os softwares em programas de sistema, focados no funcio-namento e suporte da máquina, e em programas aplicativos, que o usuário final utiliza em sua atividade corriqueira.

PROGRAMAS DE SISTEMA

Permitem o funcionamento estável da máquina para o usuário final, dando suporte aos dispositivos eletrônicos existentes. Temos aqui:

a) BIOS (Basic Input, Output System): sistema básico de entrada e saída de dados. Instalado em um chip na placa-mãe, ele inicia uma verificação em to-dos os componentes e conexões com a própria placa-mãe, memórias, disco rígido etc. Esse processo é realizado assim que o computador é ligado e o processador é quem executa esse programa. Após a verificação do BIOS, o sistema operacional é iniciado;

b) SISTEMA OPERACIONAL: faz o papel de intermediário entre o usuário e os dispositivos eletrônicos do computador. Normalmente provê ainda ao usu-

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Terminologia de hardware, software e redes118

ário uma GUI (interface gráfica). Existem diversos tipos de sistemas opera-cionais no mercado. Podemos mencionar aqui alguns dos mais conhecidos: Windows, Linux, Mac OS e Android;

c) DRIVERS DE DISPOSITIVOS: são a parte do sistema operacional que cuida dos periféricos. Quando instalamos um novo periférico, devemos adicionar o driver de dispositivos para o mesmo.

PROGRAMAS APLICATIVOS

Fornecem capacidade para o usuário final utilizar o computador no seu dia a dia de forma estável e funcional. Encontramos diversos tipos aqui, que vão dos antivírus aos jogos.

a) ANTIVÍRUS: permitem proteger o computador dos chamados vírus compu-tacionais.

b) APLICATIVOS: utilizados para tarefas específicas, como o pacote Office, da Microsoft (que permite a digitação de textos no Word, confecção de plani-lhas de cálculos no Excel, apresentação de trabalhos no Power Point), banco de dados, jogos e navegadores de internet como o Google Chrome ou Fire-fox.

c) LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO: através desse tipo de software os pro-gramadores podem desenvolver sistemas empresariais como controle de estoque, financeiro, de venda, compra, de recursos humanos etc.

d) TUTORIAIS: utilizados para ensino a distância ou treinamentos. Geralmen-te são programas fechados específicos de uma instituição que permitem ao funcionário ou aluno assistir a aulas, praticar exercícios e o que mais foi de-senvolvido para esse fim.

e) DE BUSCA: todos os programas que servem para pesquisas e consultas de informações.

f) DE SIMULAÇÃO: são utilizados para simular situações da vida real como in-vestimento em bolsa fictícia com dados da bolsa real, simuladores de voos, gerenciadores de cidade. Para muitos é apenas diversão, mas estão sendo empregados como fortes aliados no treinamento profissional.

g) JOGOS: trata-se dos video games. A maioria dos jogos de vídeo já podem ser jogados no computador.

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5 Introdução ao software 119

5.3 iNTrODUÇÃO AOS SiSTeMAS OPerACiONAiS

Talvez você não esteja familiarizado com o termo SO (sistema operacional), mas com certeza já utilizou um. O exemplo mais conhecido é o Windows, da Mi-crosoft.

O sistema operacional é um conjunto de programas que atua como interme-diário entre o usuário, outros programas e os dispositivos eletrônicos do compu-tador. Entre suas funções básicas estão o gerenciamento dos dispositivos eletrô-nicos do computador e fornecer ao usuário uma interface gráfica para organizar programas e dados de maneira simplificada.

Em termos de funcionamento interno, os sistemas operacionais podem ser di-vididos em dois tipos principais:

a) Sistemas operacionais monotarefa: só permitem que o usuário execute um único programa por vez, trabalhando de forma bastante natural, pois o processador executa somente o que está sendo determinado pelo progra-ma em uso. Exemplo: MS-DOS;

b) Sistemas operacionais multitarefa: são divididos em dois tipos: multita-refa cooperativa e multitarefa preemptiva. Na cooperativa, cada programa controla a CPU enquanto está sendo executado. Na preemptiva, é o sistema operacional que controla o tempo de execução de cada programa, alternan-do a atenção entre os programas abertos. Esses processos são tão rápidos que se tem a impressão de que os programas estão sendo executados ao mesmo tempo. Exemplos: Windows, Linux.

O KERNEL

A tradução do inglês para o português do termo kernel é “núcleo”. Ele é exata-mente o componente central de um sistema operacional, o responsável por fazer a ponte entre os demais programas e os dispositivos eletrônicos do computador. Representa a camada de programas de computador mais próxima dos dispositi-vos eletrônicos.

RELAÇÃO ENTRE O KERNEL, OS DEMAIS PROGRAMAS E OS DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS

No kernel estão definidas funções para a operação de periféricos como mouse, discos e impressoras, entre outros. Ele fornece para os programas uma interface para que estes tenham acesso aos recursos do sistema.

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Terminologia de hardware, software e redes120

Quanto à arquitetura de um kernel, existem dois tipos:

a) monolítico: em um único bloco, com todas as funcionalidades carregadas na memória;

b) modular: as tarefas são carregadas em módulos específicos dinamicamente.

FUNÇÕES DO SISTEMA OPERACIONAL

As principais tarefas do sistema operacional se encaixam em seis categorias:

a) gerenciamento do processador;

b) gerenciamento da memória;

c) gerenciamento de dispositivos;

d) gerenciamento de armazenamento;

e) interface com aplicativos;

f) interface com usuário.

Agora você tem uma visão geral de como um sistema operacional pode im-pactar diretamente na utilização de um computador.

SAIBA MAIS

Para conhecer mais sobre sistemas operacionais, leia o capítulo 1 de Fundamentos de Sistemas Operacionais, de Abraham Silberschatz (Editora LTC, 2010, 583 p., ISBN: 9788521617471).

5.4 WiNDOWS X LiNUX

Existem diversos sistemas operacionais no mercado. Alguns dos principais atualmente são o sistema operacional Windows, em sua versão 7 para desktop e 2008 para servidores, e o GNU Linux, em suas diversas distribuições, e produtos derivados como o Android. Neste tópico, vamos discutir alguns pontos-chaves em relação ao Linux e ao Windows.

O Linux compete com segurança, estabilidade, preço, código aberto e liber-dade de uso e o Windows contra-ataca com a facilidade de uso e a popularidade.

ORIGEM

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5 Introdução ao software 121

O Microsost Windows foi lançado em 1985, sendo inicialmente apenas uma interface gráfica sobre o MS-DOS. Posteriormente se consolidou em um sistema operacional pleno, a partir do Núcleo NT. O Linux foi lançado em 1991, sendo uma adaptação do sistema acadêmico Minix (uma simplificação do Unix). Hoje, o Kernel 3.0 tem sido o padrão de fato na internet e vem tomando rapidamente o mercado de servidores.

LICENCIAMENTO

O Microsoft Windows mantém o modelo de licença comercial, que deve ser adquirida para uso. O Linux faz uso em seu núcelo (kernel) de licença aberta via licença GPL (general public license), que permite o uso sem custos, bem como acesso ao código-fonte e sua alteração. O usuário pode modificar, redistribuir e até mesmo vender os aplicativos desenvolvidos por você (desde que mantenha o código-fonte disponível).

INSTALAÇÃO

Nas versões para computador final, tanto o Windows como o Linux têm as mes-mas facilidades de instalação; nas versões para servidor, só exigem conhecimento do hardware onde será instalado. Podemos dizer que a facilidade é a mesma.

UTILIZAÇÃO

O Microsoft Windows tem uma interface gráfica (GUI) que acabou se conso-lidando como padrão de mercado, embora não represente a melhor solução de estabilidade. O Mac OS da Apple sempre foi bem superior, e não podemos esque-cer que o mesmo ocorre com um Unix e com o Linux. O Linux provê diversas al-ternativas de interface gráfica semelhantes ao Windows ou Mac OS. Um caminho interessante tem sido o dos servidores Microsoft Windows, que têm adotado a administração via linha de comando, que comumente é usada no Linux por me-lhor produtividade.

SEGURANÇA

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Terminologia de hardware, software e redes122

Mesmo com o forte investimento da Microsoft em segurança no Windows, é indiscutível a maior estabilidade e segurança no Linux/Unix.

CUSTO

Podemos medir o custo de um produto pelo valor de compra ou pelo custo total de propriedade (TCO), em que se leva em conta o custo do suporte e outros. O Linux, nesse item (TCO), tem um custo bem menor que o Windows ao longo de sua vida em uma empresa.

Você viu algumas características dos sistemas operacionais Linux e Windo-ws. Basicamente, hoje são produtos que diferem no modelo de negócio, aberto e fechado, respectivamente. Internamente apresentam modelos de construção muito próximos, ambos seguindo os preceitos do Unix. No mercado notamos uma maior presença do Windows devido à estratégia de marketing da empresa proprietária, bem como ao medo que se criou nos usuários com a ideia de que é difícil usar Linux.

Do ponto de vista prático, podemos considerar o sistema operacional, para o usuário final, uma commodity, em que se tem deixado de lado o sistema operacio-nal local no micro e se usado basicamente o navegador de internet para acesso aos dados e aplicações que estão na nuvem computacional. A tendência é o uso de sistemas baseados no Unix/Linux, como o Android.

5.5 PrOGrAMAS APLiCATiVOS e UTiLiTÁriOS weB

Neste tópico vamos tratar sobre programas que são extremamente importan-tes para o funcionamento dos computadores. Você sabe qual é a diferença entre programa aplicativo e programa utilitário?

Alguns autores e desenvolvedores de programas acreditam que não existe di-ferença entre essas duas nomenclaturas, porém elas são bastante utilizadas pelos profissionais da área. Por isso é importante conhecê-las. Vamos lá?

PROGRAMAS UTILITÁRIOS OU DE SISTEMA

São programas acoplados ao sistema operacional com funções específicas, que possibilitam que os aplicativos funcionem normalmente no seu computador.

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5 Introdução ao software 123

Nem sempre você interage diretamente com ele, mas sem eles o sistema opera-cional não poderia ser carregado.

é o caso do BIOS. Esse programa entra em ação assim que você liga o com-putador e confere as instalações dos componentes internos automaticamente, sem que você precise solicitar que ele execute essa operação. Da mesma forma trabalha o boot, que é responsável por carregar o sistema operacional, e isso é feito antes mesmo de você conseguir interagir com a interface desse programa.

Esse também é o caso de utilitários que monitoram o uso da internet, da CPU, verificam a ocupação de espaço em disco. No Windows você pode executá-lo pressionando o Ctrl+Alt+Del para abrir o gerenciador de tarefas.

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Figura 139 - Gerenciador de tarefas do Windows

Outros exemplos de utilitários são o sistema de limpeza de disco e os antivírus. Algumas dessas aplicações são inicializadas com o sistema operacional logo após o boot, seja no Windows ou no Linux, outras são inicializadas quando o usuário entra no sistema. Algumas ainda devem ser executadas explicitamente.

PROGRAMAS APLICATIVOS

Esse tipo de programa é totalmente dependente do usuário tanto para insta-lação no computador como para sua utilização. Eles executam tarefas específicas e você terá de baixá-los pela internet ou comprar os CDs de instalação.

Alguns aplicativos bem conhecidos são os navegadores web, como Mozilla, Firefox, Google Chrome e Internet Explorer. E outros como Download Acelera-tor (programa gerenciador de downloads mais rápidos e sem interrupções), MSN,

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Terminologia de hardware, software e redes124

GoogleTalk, os gerenciadores de e-mails Thunderbird e Outlook, os pacotes Offi-ce, como o Microsoft Office ou o LibreOffice, que permitem a digitação de textos, a apresentações de slides, planilhas de cálculo etc.

Programas empresariais também são classificados como aplicativos e pos-suem grande valor para a empresa. Jogos de computadores e aplicações multimí-dia podem também ser enquadrados nessa categoria.

Compreender as diferenças básicas dos programas e dispositivos eletrônicos do computador é extremamente importante para que você se diferencie entre os técnicos que prestam serviços no mercado. A teoria irá ajudá-lo a se tornar mais eficiente no dia a dia.

5.6 PrOCeDiMeNTOS PArA UTiLiZAÇÃO De SOFTwareS

A maioria dos computadores possui um sistema operacional que já vem ins-talado na máquina. Se não vier, será necessário instalá-lo para que o computador possa ser utilizado. O sistema operacional é a base do funcionamento de todos os outros programas.

Em várias ocasiões, você terá que instalar um programa, seja por necessidade ou por algum benefício que ele possa lhe proporcionar. Mas você deve considerar alguns fatores imprescindíveis para o bom funcionamento do programa, como o espaço no disco rígido, memória RAM e processador. Os programas possuem ta-manhos variados e cada um ocupará um espaço diferente. Verifique os requisitos mínimos exigidos pelo programa e escolha os que estejam dentro da capacidade do seu computador.

Não se esqueça de verificar a compatibilidade com o sistema operacional ins-talado: os programas não são compatíveis com qualquer sistema operacional. Opte por programas que sejam do mesmo fabricante ou que tenham uma obser-vação informando a compatibilidade com o seu sistema.

Sempre verifique a data de desenvolvimento do programa para confirmar se você está instalando uma versão atual. De nada vai adiantar instalar um progra-ma com informações já desatualizadas, a não ser que seu sistema operacional ou equipamento não suporte as novas versões.

Além desses cuidados, há outro dado importante sobre a forma como os con-teúdos podem ser adquiridos. Em sites de download é comum constar já na pági-na principal dados como a classificação dos usuários (que informam se gostaram ou não do programa), o tamanho do arquivo e a forma como ele é disponibili-zado. Termos como freeware e shareware são comuns e é importante que você conheça a diferença entre eles.

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5 Introdução ao software 125

é imprescindível que você tenha instalado em seu computador programas des-compactadores como o Winzip ou Winrar, pois muitos dos arquivos e programas vêm compactados e precisarão ser descompactados para posterior instalação.

Agora você sabe um pouco mais sobre os programas computacionais. Nunca esqueça de consultar a confiabilidade desses programas. Como já citamos ante-riormente, você pode contar com as informações disponibilizadas no próprio site de download (como o número de visitantes, por exemplo). Além disso, procure fóruns de discussões, pois neles você interage com outros usuários e partilha seus conhecimentos. O importante é que você nunca esqueça que a internet é um veí-culo de comunicação aberta e nem tudo o que as pessoas indicam é testado. Des-confie de arquivos com duas extensões, geralmente apresentados com formato documento.txt.exe ou fotos.jpg.exe – normalmente são arquivos infectados.

CASOS e reLATOS

Falta de planejamento

As empresas brasileiras têm um índice de adoção de software aberto em sua infraestrutura de TI muito maior do que a média mundial. Entre as grandes corporações, a relação de companhias que utilizam algum tipo de software livre chega a 61%.

Os dados são de um estudo publicado pelo CGI.br, que levantou o uso de Tecnologia de Informação e Comunicação no mercado corporativo em 2008. Segundo a pesquisa, considerando as empresas de todos os portes, 26% delas utilizam software de código aberto em sua estrutura de TI.

“Se comparada à média de outros países, em que a adoção não chega a 10% no mercado corporativo, pode-se dizer o Brasil está muito bem na adoção de software livre”, afirma o coordenador do Comitê Gestor da Internet no Brasil, Augusto Cesar Gadelha.

Foram consultadas 3,5 mil empresas que atuam no Brasil, acima de 10 funcionários, de todas as regiões do país. Entre as empresas médias, a adoção chega em 44% das companhias. O que puxa para baixo o percen-tual geral são as pequenas empresas. Elas possuem uma representativi-dade muito grande na amostragem e apenas 22% delas utilizam software livre (FERRARI, 2009).

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Terminologia de hardware, software e redes126

reCAPiTULANDO

Neste capítulo, você definiu o que é software e quais são seus diferentes tipos: programas de sistema (BIOS, sistemas operacionais, drivers) e progra-mas aplicativos (antivírus, tutoriais, simuladores, jogos etc.). Também com-parou os programas aplicativos aos utilitários.

Discutiu os conceitos básicos de sistemas operacionais, além de reconhec-er as diferenças entre Windows e Linux. E, no fim, viu alguns procedimentos do uso de softwares.

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5 Introdução ao software 127

Anotações:

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6Relação entre Hardware e Software

Com o conhecimento dos fundamentos de software e hardware, seguiremos a nossa jornada de estudo com o aprendizado da associação dessas duas partes da informática.

Como instalar um programa? Como removê-lo? O que fazer para atualizar drivers? Estas são perguntas que serão respondidas com o entendimento da relação entre hardware e software. Alguns são procedimentos básicos, cuja aprendizagem o diferenciará de usuários iniciantes.

Este capítulo lhe deixará apto a:

a) discutir diferenças entre software e hardware;

b) usar procedimento de instalação e remoção de softwares;

c) reconhecer conceitos de uso de drivers;

d) reconhecer os erros mais comuns;

e) definir o conceito e a atualização de firmware.

O domínio desses assuntos credenciará você ao mercado. Por isso, empenhe-se. Bons estu-dos!

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Terminologia de hardware, software e redes130

6.1 SOFTware X hardware

Software e hardware são expressões em inglês utilizados para designar, res-pectivamente, os programas de computador e os dispositivos eletrônicos e de-mais peças do computador. Software são os programas de computador, que não podemos tocar, pois são somente conjuntos de informações lógicas. Hardware são todos os dispositivos eletrônicos e demais peças do computador, tudo o que podemos tocar, a parte física do computador.

Se fôssemos comparar com o corpo humano, os softwares seriam os nossos pensamentos, e os hardwares seriam o nosso corpo.

SOFTWARE

Softwares são os programas de computador. Eles nada mais são do que uma sequência de instruções a ser executada pelo computador.

Existem praticamente dois grandes grupos de programas de computador: os sistemas operacionais e os aplicativos. Como já vimos, a maioria dos novos com-putadores já vem de fábrica com um sistema operacional instalado, como o Mac OS, o Linux ou o Windows.

Além dos sistemas operacionais, existem diversos outros programas aplicati-vos, como os antivírus, os editores de texto, as planilhas eletrônicas, os jogos etc.

HARDWARE

Atualmente existe uma enorme variedade de dispositivos eletrônicos e peças para o computador. Basicamente, um computador é composto por gabinete, monitor, teclado e mouse. O gabinete contém os principais componentes, como placa-mãe, processador, memória, fonte, drivers, disco rígido etc. é por meio do monitor que os textos e as imagens processadas são exibidas para o usuário. Com o teclado você pode digitar as informações de entrada, e o mouse permite sele-cionar e mover os itens na tela. Além desses componentes, você pode incorporar ao seu computador outros periféricos externos, como uma impressora, que gera cópias em papel; um scanner; um modem, que pode ser interno ou externo, entre outros.

O computador permite que você entre com os dados desejados (através do te-clado, mouse, joystick etc.) e a partir daí ele processa as instruções no processador, que gerencia o fluxo de informações que circulam pelo computador. Conta tam-bém com um dispositivo de armazenamento que lê e grava as suas informações.

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6 RELAÇÃO ENTRE HARDWARE E SOFTWARE 131

Os dispositivos mais comuns são: unidade de disco rígido, pen drive e CD-ROM. Já a saída da informação é realizada através do monitor, impressora ou caixas de som.

6.2 iNSTALAÇÃO De SOFTware

Instalar programas é uma rotina praticamente diária para o profissional que trabalha com informática. Então fique atento para saber como instalar seus pro-gramas com eficiência.

Você mesmo pode instalar um programa usando um “arquivo de instalação” ou “instalador”. Entenda por instalador um arquivo compactado que possui to-dos os arquivos necessários para o funcionamento do programa e, graças a essa ferramenta, não precisamos nos preocupar com o destino dos arquivos ou com a criação de pastas para salvá-los, pois ele criará tudo automaticamente. Cada arquivo será colocado na pasta ou subpasta adequada do programa.

No Windows, essa pasta geralmente estará dentro de um diretório, por exem-plo, de C:\Arquivo de Programas\subpasta. Se você preferir, poderá criar a pasta no diretório de sua preferência para realizar a instalação. No Linux, essa instalação é feita em \usr ou \opt.

Com o instalador habilitado, escolha o programa desejado. Assegure-se de que o programa seja de uma fonte confiável e clique no arquivo de instalação para iniciá-lo. Normalmente irá abrir a tela de instalação e você deverá selecionar algumas opções de configuração até o término da instalação (idioma, por exem-plo). As opções de configuração variam de um programa para outro, por isso leia com atenção antes de prosseguir em cada etapa. Pode-se também utilizar o modo indicado pelo Windows em: Menu Iniciar\Configurações\Painel de Contro-le\Adicionar ou Remover Programas ou ainda no Windows Explorer e dar um du-plo clique no arquivo .exe do instalador. Algumas perguntas simples deverão ser respondidas, geralmente clicando em opções como “Sim” ou “Avançar”. Na maio-ria dos casos é criado um atalho na sua área de trabalho (VASCONCELOS, 2002).

Durante a instalação no Windows, é aconselhável fechar todos os aplicativos abertos, evitando problemas se uma aplicação estiver usando um arquivo neces-sário para a instalação (lock de arquivo) ou outro recurso do sistema operacional.

Alguns programas precisam de bibliotecas ou de outros programas para que funcionem corretamente. Portanto, antes de instalar qualquer programa, não se esqueça de verificar os requisitos de instalação.

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Terminologia de hardware, software e redes132

VOCÊ SABIA?

Se o arquivo ou pasta que deseja instalar estiver com-pactado, clique com o botão direito do mouse sobre ele e escolha o item “extrair arquivos aqui” e pronto! O novo arquivo surgirá no fim da lista de arquivos.

é aconselhável reiniciar o sistema depois de instalar um novo programa, an-tes de testá-lo. Geralmente aparece uma janela avisando se isso for necessário. Se precisar executar o arquivo baixado, clique em Iniciar\programas\programa desejado. Você pode também clicar no ícone que apareceu no processo de insta-lação, dando dois cliques rápidos e sucessivos no arquivo .exe. Verifique o menu e veja se é necessário configurar ou personalizar algo.

E então, conseguiu acompanhar facilmente o que estudamos aqui? Agora você já sabe o que é um instalador e já consegue seguir todos os passos para rea-lizar a instalação de um programa. Se precisar, reveja o material antes de avançar. Não fique com dúvidas!

6.3 reMOÇÃO De SOFTware

A busca por novos programas é uma constante para o profissional da informá-tica e conhecer os melhores programas é essencial no seu dia a dia. Em muitos casos você irá baixar o arquivo apenas para ver como ele funciona e como é o seu desempenho. A partir daí, formará uma opinião para recomendar aos seus clientes e amigos.

Você será uma pessoa capacitada e provavelmente requisitada para recomen-dar a melhor solução.

Contudo, diversos aplicativos instalados em um computador podem acabar gerando problemas devido a alguma incompatibilidade de versões, ou por serem carregados sempre gastando muita memória e capacidade de processamento, ou meramente por estarem ocupando muito espaço em disco etc. Você fará escolhas e descartará as opções que não lhe agradam. Mas apenas apagar o arquivo não é suficiente. Vamos ver neste tópico a maneira correta de excluir definitivamente um arquivo do seu computador. Vamos lá?

Ao realizar a instalação de um programa, você não copia apenas o programa, pois dessa maneira a maioria não funcionaria. Juntamente com o arquivo princi-pal vêm vários outros executáveis fundamentais para o funcionamento completo do programa.

Assim, a partir do momento que você optar por outro programa melhor do que o que você possui, é recomendável desinstalar o antigo. Existe um procedi-

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6 RELAÇÃO ENTRE HARDWARE E SOFTWARE 133

mento para realizar essa operação e agora vamos aprender a apagar corretamen-te os arquivos e programas indesejados.

Como você já sabe, apenas apagar o ícone não significa que você excluiu re-almente o arquivo do disco de seu computador. Além de inclusões e alterações no registro do seu sistema operacional, ele continuará ocupando espaço e, quem sabe, até mesmo executando alguma atividade, prejudicando o desempenho do seu equipamento.

Quando você quiser excluir algum programa indesejado no sistema operacio-nal Windows, siga os seguintes passos (SUPORTE MICROSOFT, 2011):

a) primeiro clique em Iniciar, em seguida em Painel de Controle e clique duas vezes em Adicionar ou remover programas;

b) na caixa Programas Instalados, clique no programa que deseja remover e acione a opção Remover.

A maioria dos programas abre um desinstalador, que irá solicitar algumas con-firmações. Leia com atenção e selecione a opção desejada até que o programa esteja desinstalado. Esse sempre deve ser o procedimento a ser seguido quando tomar a decisão de excluir definitivamente um programa.

Conseguiu acompanhar o passo a passo de como desinstalar um programa? Muito simples, não é mesmo? Para reforçar o que estudamos, não esqueça que geralmente um programa vem acompanhado de outros executáveis e apagar apenas o ícone que foi criado na instalação não garante a exclusão completa do programa. Excluir completamente um programa do computador é um procedi-mento que lhe tomará uns minutinhos a mais, porém a longo prazo fará uma grande diferença no desempenho do seu equipamento.

6.4 drIVerS

Muitos usuários, mesmo os iniciantes, se aventuram a formatar o computa-dor, ou seja, desinstalam todo o sistema operacional e reinstalam novamente. A grande maioria das pessoas consegue fazer isso, mas enfrentam problemas de-pois quando o sistema não possuir os drivers necessários para o funcionamento de alguns dispositivos eletrônicos. Isso gera o não funcionamento do dispositivo eletrônico e em alguns casos gera conflitos e travamentos.

Você sabe que o computador é um conjunto de dispositivos eletrônicos, não é? Juntos, eles transformam o computador nesta máquina potente que ele é. Mas para funcionar corretamente, um computador também precisa de drivers. Você já ouviu falar neles?

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Terminologia de hardware, software e redes134

Driver é um programa de computador que permite a interação do sistema ope-racional com o dispositivo eletrônico. A falta dele pode causar uma grande dor de cabeça na instalação do equipamento, impedindo seu funcionamento. Sem esse programa, uma placa de vídeo, de som, a impressora, entre outros aplicativos, pode não funcionar corretamente.

COMO ENCONTRÁ-LOS

Geralmente, os drivers acompanham o pacote Windows e ficam localizados no Windows Update ou no Painel de Controle. Se o Windows não vier com o driver necessário, verifique o CD de instalação do seu dispositivo ou acesse o site do fabricante na área de suporte.

Algumas pessoas procuram pelo driver na internet, mas é importante verificar se a fonte é confiável, evitando assim a contaminação do seu equipamento com vírus. A atualização segura do driver é feita no site do fabricante, que geralmente é identificado no manual do componente.

BACKUP

Para evitar a perda dos dados, você deve manter um backup dos drivers e, de preferência, manter a salvo os que são imprescindíveis para o seu PC, como por exemplo o do mouse, o da impressora, o da placa gráfica, o de rede, o do monitor, o da unidade óptica e o da controladora USB.

E por que devo fazer o backup?

Bem, você deve saber que ao formatar seu computador, deverá reinstalar seu sistema operacional e sem os drivers isso será bem mais difícil. Lembre-se de que sem drivers você não conseguirá acessar a internet e, consequentemente, não conseguirá baixar os drivers que faltam (MICROSOFT, 2011).

Viu? Uma ótima justificativa! Por isso fique alerta e tenha sempre com você os drivers de que irá precisar quando for formatar um computador.

VOCÊ SABIA?

O Windows 7 64 bits requer assinaturas dos drivers, por isso não esqueça de verificar se o drivers é compatível com o sistema operacional.

Acompanhou o que vimos neste tópico? Nem sempre instalar um sistema operacional no computador é rápido. Com a prática, você vai descobrir outras

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6 RELAÇÃO ENTRE HARDWARE E SOFTWARE 135

funcionalidades e inovações que irão surgir, mas como você está iniciando agora, deixo uma dica: mantenha um check-list pré e pós manutenção. Assim você não se esquece do que deve levar e não vai deixar pendências ao finalizar o serviço.

6.5 OS errOS MAiS COMUNS DOS iNiCiANTeS

Errar é humano, mas repetir o erro é desnecessário. Aqui abordaremos os erros mais comuns que pessoas que iniciam como técnicos em informática cometem.

Lembra quando você era criança e sua avó saía correndo, quando chovia mui-to, e tirava todos os fios elétricos das tomadas?

Ela estava certa! Nas tempestades, a descarga elétrica pode queimar alguns equipamentos eletrônicos, e com o computador não é diferente.

A evolução na área da informática cuidou do problema das descargas elétricas ao sugerir no-breaks e estabilizadores, que fazem a conexão até a tomada. Por esse motivo, jamais ligue o seu equipamento diretamente na tomada.

Conecte corretamente os cabos. O manual do equipamento será de grande utilidade nessa hora!

Preocupe-se também em instalar o programa compatível com a configuração do seu computador, garantindo que ele esteja completo.

O estado precário do cabo elétrico ou de rede pode ser o motivo do problema gerado, portanto comece pela análise visual externa, sem se esquecer de conferi--los com uma ferramenta adequada.

Outros erros comuns que um técnico pode cometer quando inicia nessa pro-fissão é conectar os componentes incorretamente, como tentar colocar a memó-ria no socket errado, utilizar frequência de memória e processador incompatíveis, entortar as pernas de um processador ou da placa-mãe (socket 775), utilizar a pas-ta térmica em excesso etc. Lembre-se de medir sua força, pois em geral as peças de um gabinete são delicadas e não exigirão seus dotes de força física.

Além dos problemas causados pela instalação técnica, podem ocorrer tam-bém problemas com peças defeituosas. é raro acontecer, porém as peças podem ter sido danificadas durante o transporte.

Somente após todas as conexões feitas e o sistema operacional funcionando, você pode considerar o trabalho finalizado.

Tenha uma placa de diagnóstico, pois ela facilitará a localização de eventuais problemas. Além da placa, você pode adquirir um programa de diagnóstico que deve ser utilizado antes de instalar o sistema operacional para detectar proble-mas na instalação da CPU, memórias e demais placas do gabinete.

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Terminologia de hardware, software e redes136

FIQUE ALERTA

Se você detectar que o problema está na CPU, não terá outra solução a não ser substituí-la, mas cuidado, pois uma fonte de alimentação com defeito pode resultar no mal desempenho da CPU.

SAIBA MAIS

Saiba mais informações sobre este assunto no livro Hardware Total, de Laércio Vasconcelos.

Vimos aqui alguns erros mais comuns cometidos pelos usuários e pelos técni-cos de informática. Não esqueça que a pessoa que está adquirindo um computa-dor pode estar fazendo isso pela primeira vez e que o simples fato de ter que ligá--lo na tomada elétrica pode ser desconhecido por ela. Não ironize nem ofenda o usuário, pois a realidade dele pode ser diferente da sua – dê o suporte necessário para que o equipamento não traga transtornos.

6.6 FIrMware

é preciso ter em mente que, mesmo que não seja sua especialidade, saber o que é e qual a finalidade de cada item do gabinete é fundamental para o melhor entendimento da informática. Vamos ver por quê?

Você já sabe que o hardware se refere aos dispositivos eletrônicos e peças de um computador, como placa-mãe, placa de vídeo e disco rígido, ou popularmen-te falando, as peças que de fato nós podemos tocar. Já os softwares são progra-mas de computador, os aplicativos que estão instalados na parte física (sistema operacional e outros programas que você pode instalar), porém você não pode tocá-los de fato.

Mas o que é o firmware? Por que ele é importante para o funcionamento do computador? Quais as complicações que podem surgir caso você o opere de ma-neira incorreta?

Bom, essas são respostas que você dificilmente irá precisar responder em uma manutenção de computador, por ser algo que a grande maioria dos usuários desco-nhece, porém é extremamente fundamental saber até onde é seguro modificá-lo.

A palavra firmware não tem uma tradução específica para o português e, se-paradamente, pode ser lida como firm = empresa e ware = produto. Saiba que o firmware tem uma função específica e indispensável para o bom funcionamento do equipamento.

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6 RELAÇÃO ENTRE HARDWARE E SOFTWARE 137

O firmware é o software BIOS da placa-mãe com outro nome e formato, ou seja, é um software instalado em um chip de memória que é acoplado na maioria dos componentes, podendo estar ainda no microcontrolador ou ser carregado pelo sistema operacional junto com o driver de dispositivo.

São instruções operacionais instaladas, diretamente pelo fabricante, em um hardware acoplado à placa-mãe. Geralmente encontramos esse programa no dis-co rígido, na placa-mãe, placa de vídeo, placa de som ou ainda em calculadoras de mão e celulares.

O que o torna singular é que ele já vem instalado de fábrica diretamente num chip de memória de hardware, e de tempos em tempos você pode buscar por atu-alizações no site do fabricante. Normalmente é responsável por operações muito básicas num computador, fazendo a leitura BIOS e conferindo se todos os com-ponentes estão devidamente instalados para, posteriormente, iniciar o sistema operacional.

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Figura 140 - Onde se encontra o firmware

Além dos componentes do computador, você poderá encontrar firmwares em outros dispositivos como roteador, acces point, switchs ou outras appliances em-barcadas.

Geralmente o fabricante disponibiliza uma nova versão do firmware para apli-car alguma melhoria ou correção de erros. Porém, fique atento à segurança da in-formação, pois o arquivo pode estar contaminado com vírus e pode comprome-ter a integridade do seu firmware. Caso isso ocorra, o chip poderá ser danificado permanentemente, restando apenas a você realizar a troca desse componente.

FUNÇÃO

é o firmware que dispara o comando inicial de execução do disco rígido e da placa-mãe do computador, por exemplo. Simplificando, é ele que contém as in-formações que possibilitam o correto funcionamento da máquina.

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Terminologia de hardware, software e redes138

FIQUE ALERTA

O mau manuseio desse componente pode danificá-lo e inviabilizar seu uso.

Agora você já consegue diferenciar hardwares, softwares e firmwares. Se dese-jar, pesquise novas informações além das trazidas neste material para aprofundar ainda mais seus conhecimentos. Vamos em frente!

6.7 ATUALiZAÇÕeS De FIrMware

Vamos entender agora por que é importante ter cuidado quando formos atu-alizar o firmware. Preparado?

A atualização do firmware pode ser importante, mas também perigosa. Muito perigosa! Entenda por que e como fazer direito para que você não danifique o componente em manutenção. E não esqueça: só o atualize se realmente for ne-cessário.

Como você já sabe, o termo firmware é desconhecido para a maioria dos usu-ários, mas como esse assunto já é de seu conhecimento, poderá melhorar rapi-damente o desempenho do seu computador e seus dispositivos, adicionando ra-pidez, estabilidade, segurança e aumentando o número de funcionalidades, que não estavam previstas na fabricação.

COMO ATUALIZAR?

Você consegue atualizá-lo por meio de aplicativos do próprio fabricante do dispositivo. São pequenos programas que ampliam seu leque de recursos, vida útil ou desempenho, assim como corrigem erros importantes.

A necessidade de atualização de um firmware varia de acordo com seu fabrican-te. Ninguém espera por novidades semanais e geralmente é você quem buscará por elas. Você também pode ficar atento aos alertas que o próprio fabricante cos-tuma divulgar. Às vezes os avisos surgem no próprio equipamento (TORRES, 2001).

No entanto, alguns fabricantes orientam que você ignore as atualizações a menos que esteja com problemas nos dispositivos eletrônicos do seu computa-dor, para evitar que novos problemas surjam.

Quando você busca pelo melhor desempenho, a recomendação é que traba-lhe com o firmware mais atual que achar, uma vez que melhora a estabilidade e podem ser adicionados novos recursos ao computador. Nem todos os compo-

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6 RELAÇÃO ENTRE HARDWARE E SOFTWARE 139

nentes de um computador são diretamente atualizáveis. Alguns dependem de outros para melhorar seu desempenho, como o processador, que é dependente da placa-mãe, por exemplo. Outros não possuem atualizações de melhoria e são disponibilizados apenas para corrigir eventuais erros que possam surgir em dis-cos rígidos e drivers ópticos (TORRES, 2001).

A atualização do firmware não irá revolucionar seu desempenho, mas vai me-lhorá-lo. Isso pode ser necessário caso você precise de atualização de drivers ou compatibilidade extra.

CUIDADOS

Você precisa tomar alguns cuidados em sua atualização. Tenha sempre em mente que isso pode causar danos enormes ao equipamento caso você não siga as instruções do fabricante. Redobre a atenção ao utilizar atualizações terceirizadas, pois podem contaminar seu equipamento, além de ocasionar a perda da garantia. Basicamente devemos pelo menos providenciar backups e ter necessariamente um no-break, de forma que não falte energia durante o processo de atualização. Em um notebook, a bateria deve estar carregada e conectada à rede elétrica.

Agora você já sabe que o firmware pode ser atualizado e que a melhor maneira para fazer isso é por meio de aplicativos do próprio fabricante.

Verifique, confirme e cheque sempre se você está atualizando o firmware cor-reto para o dispositivo desejado. Algumas empresas automatizam o processo para você, mas em geral o serviço é manual e não é algo que você fará em um minuto. Retornar o firmware para a sua configuração inicial é bem mais difícil.

CASOS e reLATOS

Peopleware

“Peopleware pode ser a definição dada a pessoas que trabalham direta ou indiretamente com a área de processamento de dados, como digita-dores, programadores e analistas de sistemas. Em um passado não mui-to distante, estas pessoas ficavam dentro de uma sala e passavam horas sentadas em frente aos seus computadores.

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Hoje, esses profissionais passam muito mais tempo lidando diretamente com pessoas do que com máquinas. é claro que um bom profissional da área tem que ter conhecimentos profundos sobre hardware, software e redes; porém, o grande desafio hoje é saber lidar com pessoas, os usuá-rios de tecnologia.

Não há como evitar este contato diário com os usuários, pois são eles quem direcionam o foco das atividades. Quando se inicia um projeto de software, a primeira coisa que se faz é procurar uma pessoa da organiza-ção para realizar o levantamento de requisitos, a parte mais importante para o desenvolvimento do sistema. Se a comunicação entre o profissio-nal e o usuário não for boa, com certeza o sistema não ficará bom.

é comum lidar com pessoas estressadas, que estão em situação de pres-são e dependem de computadores e sistemas para realizar seu trabalho. Às vezes, os problemas são causados pelos próprios usuários, mas nem sempre é assim. Um bom diálogo com o usuário resolve a maioria dos problemas.

O profissional da área de informática deve ser um pouco psicólogo e tam-bém professor. Ao colocar-se no lugar do usuário, pode entender suas necessidades e deficiências e tomar medidas preventivas que evitem um mal estar entre a área de TI e os demais departamentos.”

Adaptado de “Peopleware”. Disponível em:

<http://diariodeuminformata.wordpress.com/2008/01/15/peoplewa-re/>. Acesso em: 29 mar. 2012.

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6 RELAÇÃO ENTRE HARDWARE E SOFTWARE 141

reCAPiTULANDO

Você aprendeu as principais diferenças entre software e hardware, conhe-cendo a analogia de que se o hardware fosse o corpo humano, o software seria o pensamento. Também viu procedimentos de instalação e remoção de softwares.

Reconheceu conceitos de uso de drivers, além de aprender algumas noções de backup. Conheceu quais são os erros mais comuns de técnicos iniciantes e como previni-los. Por último, definiu o conceito de firmware e compreen-deu como é feita sua atualização.

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7Introdução a Redes de Computadores

Para muitas pessoas, o entendimento de redes se resume à internet. Entretanto, este é um assunto amplo e complexo, e por este motivo, será aprofundado neste capítulo.

Ter noções dos equipamentos necessários para a criação de redes e saber reconhecer as ques são seguras é fundamental, pois estar conectado à World Wide Web, a rede mundial de computadores, tornou-se para muitas pessoas uma necessidade. Eis, então, um bom nicho de mercado a ser explorado.

Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:

a) definir o conceito e evolução das redes;

b) comparar os diferentes tipos de redes;

c) discutir conceitos de topologia de redes;

d) discutir tipos e meios de comunicação;

e) discutir conceitos de protocolos de comunicação;

f) discutir conceitos de segurança de conexão à internet;

g) reconhecer os diferentes tipos de cabo de rede local;

h) reconhecer os equipamentos de rede local;

i) reconhecer o conceito e equipamentos de rede wi-fi.

Dedique-se à aprendizagem destes conceitos para sua formação, para que tenha sucesso em um futuro próximo. Siga em frente!

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7.1 CONCeiTO De reDeS

Uma rede computacional consiste em um conjunto de elementos, computa-dores ou sistemas embarcados, interconectados por meios de comunicação, per-mitindo a troca de dados entre os mesmos. Diferencia-se de terminais devido à capacidade de processamento local nas máquinas conectadas.

A internet, por exemplo, é um tipo de rede de computador, que atinge maior alcance e é o mais famoso tipo de rede do mundo. Mas as redes atuam de outra maneira também. Vamos conhecer?

As redes interligam os computadores fazendo com que se comuniquem, di-vidindo os mesmos dados. Essa não é uma inovação recente da informática, mas o alto custo inviabilizou a sua popularização juntamente com os computadores.

A necessidade de compartilhar dados entre os computadores torna uma rede essencial nas empresas, mas não se preocupe, pois com a configuração correta os dados de um setor não são acessados por outro. Você é quem determina o que cada usuário poderá acessar.

Pense em um sistema financeiro, por exemplo, no qual os funcionários do se-tor têm poderes para alterar e salvar as informações e o pessoal dos recursos hu-manos nem tem ideia do que está sendo alterado lá. é assim também que você poderá dividir suas planilhas de Excel, documentos do Word ou qualquer outro arquivo do seu computador, mas isso só é possível se os computadores estiverem interligados em rede.

é através da conexão em rede que podemos compartilhar ainda periféricos, como a impressora, dentro dos escritórios. Já imaginou se para cada computador fosse necessário uma impressora? é, o ambiente ficaria realmente tumultuado, sem falar no custo que iria gerar.

Toda rede é conectada a um servidor, responsável pelo compartilhamento, que deverá estar ligado para permitir que outros computadores ligados à mesma rede possam abrir e alterar os arquivos e salvar suas informações.

TIPOS DE REDE

Podemos encontrar dois tipos de rede, que variam mais de acordo com o tipo de compartilhamento configurado do que com a estrutura física instalada. São eles:

REDE PONTO-A-PONTO: A maioria dos sistemas operacionais já incluem a possibilidade de compartilhamento de arquivos para computadores interligados em rede. é um sistema muito simples que permite a instalação da impressora em um computador e o seu compartilhamento por outros próximos clicando apenas

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7 Introdução a redes de computadores 145

com o botão direito sobre o ícone da impressora e marcando a opção compar-tilhamento. Você ainda pode definir uma senha para o acesso desses usuários, limitando o número de pessoas habilitadas para esse compartilhamento. De fácil configuração, mas com nível de segurança muito reduzido.

REDE CLIENTE-SERVIDOR: Esse tipo é indicado para redes com mais de 10 usuários interligados. Neste caso, você dispõe de um micro para realizar apenas a tarefa de compartilhamento, permitindo respostas mais rápidas às solicitações feitas a ele.

Em ambos, o local que está sendo compartilhado precisa estar ligado para que os outros computadores acessem a informção armazenada.

As redes são compostas por estruturas físicas (hardware) e lógicas (software) e são classificadas quanto à capacidade de sua cobertura geográfica.

7.2 eVOLUÇÃO De reDeS

Neste tópico vamos abordar um pouco da história dessa ferramenta e como se deu sua evolução.

Como todas as invenções do ser humano, as redes evoluíram muito ao longo dos anos. Criada na década de 1960 com o objetivo de transferir dados de um computador para outro, a rede substituiu o meio de armazenamento de dados, que ainda utilizava, na época, o cartão perfurado. Que evolução, não é mesmo?

No início dos anos 1970, começaram a surgir ensaios da internet, quando a rede foi colocada no ar em algumas universidades americanas, como, por exem-plo, a de Stanford, na Califórnia. Muito lenta para nossa realidade, mas na época era um grande feito na informática. Inicialmente os testes foram realizados inter-ligando quatro computadores apenas, porém a expansão foi rápida e em 1973 já interligava 30 instituições entre universidades, unidade militar e empresas. Os testes englobaram até o funcionamento da rede mesmo com a interrupção de algumas conexões, tornando-a confiável.

Em 1990, tudo muda com a abertura do acesso à internet. A população aca-dêmica e a rede conquistam seu espaço, uma vez que ter uma rede local era a maneira mais econômica de conectar todos os computadores à internet.

INTERNET

Pense em como seria o seu dia de trabalho sem internet. “Caos” é a resposta para a maioria das pessoas. Poucas horas sem essa ferramenta e o prejuízo finan-ceiro para muitas empresas é irrecuperável.

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Terminologia de hardware, software e redes146

Desde os primórdios, o homem teve a necessidade de se comunicar, seja atra-vés de gestos, pinturas em cavernas, hieróglifos, sistemas de escrita etc. Com a evolução contínua dos meios de comunicação, surgiu a imprensa na era moder-na; foram criados o telégrafo e o telefone no século XIX; e no século XX, os meios de comunicação em massa: o rádio, a TV e a internet.

A internet surgiu durante a Guerra Fria com a necessidade de garantir que as Forças Armadas dos EUA não perdessem contato com sua base de comunicação caso sofressem um atentado. Já entre 1970 e 1980, ela se espalhava pelas univer-sidades. Somente em 1990 a população começou a ter acesso a ela.

AS CONEXÕES

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Figura 141 - Cabo PATCH CoRD ETHERnET

Vários são os tipos de conexão à internet. Eles vêm evoluindo gradativamente, e em breve teremos acesso ilimitado ao ar livre. Vamos conhecê-los.

Dial Modem: no Brasil, foi uma das primeiras. O famoso acesso discado já não é tão comum entre os usuários. A baixa velocidade, a cantoria emitida ao tentar a conexão e a dependência de ter um telefone apenas para esse fim comprome-teram o seu uso.

ADSL (digital subscriber line) ou linha de assinante digital: a banda larga libe-rou o telefone, aumentando a velocidade de navegação e a velocidade de cone-xão. Foi uma grande revolução para os internautas.

Cabo: dispensou o uso do telefone, aumentou a velocidade de navegação, fa-cilitou a criação de redes de computadores, permitiu a distribuição sem fios atra-vés de roteadores wireless, porém necessita de um modem especial.

Wi-Fi: rápida e sem fios, é uma versão melhorada da banda larga comum. Tão difundida e bem-aceita, foi adaptada para outros equipamentos como celulares, smartphones e computadores domésticos.

Rádio: permite a conexão através das ondas de rádio. Não precisa de fio, cabo ou modem, uma vez que o sinal é transmitido por uma antena de longo alcance. O problema é que é facilmente desestabilizada, inclusive por chuvas.

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7 Introdução a redes de computadores 147

Satélite: utiliza um sistema semelhante à conexão por rádio, porém fica muito mais distante de nós, pois orbita sobre o nosso planeta e isso pode torná-la um pouco mais instável e lenta. Ela pode ser acessada de qualquer lugar. Mas ainda é cara, necessita de dois modens (envio e recebimento) e uma antena específica.

WiMAX: com maior velocidade e cobertura do que a Wi-Fi, pode cobrir uma cidade inteira, porém também sofre com instabilidade, diminuindo o sinal.

A evolução não parou e deve continuar com novidades. Será que ainda po-demos melhorar e inovar nessa área? Enfim, se houver novidade, independente-mente do tipo de conexão que você usa, a notícia certamente estará divulgada na internet.

7.3 CLASSiFiCAÇÃO De reDeS (LAN, MAN, WAN)

é interessante observar a evolução que as redes de computadores tiveram nos últimos anos e a forma como se tornaram imprescindíveis no mundo hoje. Mas você sabe dar uma definição exata sobre a forma como elas são classificadas? Bom, neste tópico abordaremos alguns pontos interessantes que você deve co-nhecer para entender bem o conceito dessa ferramenta.

As redes podem ser classificadas de diversas formas, porém é muito comum dividi-las em três categorias, de acordo com sua cobertura geográfica: LAN, MAN e WAN. Vamos identificar cada uma?

LAN (Local Area Network): Você já ouviu falar em lan house? Isso mesmo, o nome tem a ver com a cobertura desta rede. Também conhecida como rede local, ela possui uma alta velocidade de conexão, porém sua cobertura geográfica é muito reduzida. Você encontrará esse tipo de rede em residências, escolas e em-presas que não necessitam de uma cobertura muito ampla.

Internet Wi-Fi

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Figura 142 - Ilustração da geografia de uma LAN

MAN (Metropolitan Area Network): Este tipo de rede é normalmente distri-buído por empresas telefônicas. Possui abrangência maior que a LAN, podendo

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Terminologia de hardware, software e redes148

cobrir uma cidade inteira interligando diversas redes LANs. Atualmente as empre-sas que distribuem redes MAN estão modernizando sua tecnologia com a substi-tuição dos cabos de tráfego normal por cabos de fibra óptica.

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Figura 143 - Ilustração da geografia de uma MAN

WAN (Wide Area Network): Sua abrangência pode cobrir um país inteiro. A WAN mais conhecida é a internet, e é provavelmente a rede mais utilizada no mundo.

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Figura 144 - Ilustração da geografia de uma WAN

Porém, existem outros tipos de redes como a PAN (Personal Area network), com abrangência muito curta (1 metro aproximadamente), utilizada normalmen-te para conectar o computador a dispositivos como o celular, por exemplo. A versão sem fio dessa tecnologia é conhecida como bluetooth, comum para trans-ferência de dados entre celulares, ou IRDA (infravermelho), semelhante à usada por controle remoto e geralmente utilizada em notebooks para conexão com a impressora.

é sempre interessante construir uma rede maior do que a utilizada no momen-to, principalmente no caso de uma empresa. O objetivo das empresas é crescer e isso inclui número de funcionários, que por sua vez se tornam usuários dessas redes, compartilhando um maior número de informação.

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7 Introdução a redes de computadores 149

Agora você já sabe distinguir as redes mais utilizadas atualmente e já pode decidir que tipo usar para o trabalho que você deseja realizar.

7.4 TOPOLOGiA De reDeS

Topologia, de acordo com o dicionário Michaelis, significa “modo pelo qual os vários elementos de uma rede são interconectados”. Refere-se ao “layout físico” e a forma como estão conectados. Cada ponto recebe a denominação de nó, ou nodo, e sempre estão associados a um endereço para serem identificados pela rede. Ao se planejar uma rede, muitos fatores devem ser considerados, mas o tipo de participação dos nodos é um dos mais importantes.

Um nodo pode ser fonte ou usuário de recursos, ou uma combinação de am-bos. A topologia de uma rede depende do projeto das operações, da confiabili-dade e do seu custo operacional. Você conhecerá as três topologias mais básicas e frequentemente empregadas.

Vamos começar pela topologia em anel:

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Figura 145 - Ilustração de topologia em anel

A rede em anel é formada por estações conectadas por meio de um caminho fechado. Nessa configuração, muitas das estações não se comunicam diretamen-te com o computador central. Elas são capazes de transmitir e receber dados de maneira unidirecional, simplificando os protocolos de comunicação que garan-tem a entrega da mensagem. A mensagem enviada por um nodo circula no anel até ser retirada pelo nó destino, ou retorna ao nó fonte, dependendo do protoco-lo utilizado. O último caminho é mais correto, pois permite o envio de múltiplas estações simultaneamente. Ela permite receber pacotes enviados por qualquer outra estação da rede, independentemente de qual seja o destino.

Essa topologia tem pouca tolerância a falhas e pode perder o controle de aces-so empregado, sendo difícil determinar com certeza se foi realmente perdido ou qual nó deverá recriá-lo.

Além disso, a mensagem de erro pode continuar eternamente a circular no anel. A estação auxilia no monitoramento e contorno desses problemas e é res-ponsável também por iniciar o anel e enviar pacotes de teste e diagnóstico. Esta

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Terminologia de hardware, software e redes150

configuração requer que cada nodo seja capaz de remover seletivamente mensa-gens da rede ou passá-las adiante para o próximo nó. Em redes unidirecionais, se uma linha entre dois nodos cair, todo o sistema sai do ar; já se a rede for bidirecio-nal, nada ficará inacessível, pois terá o suporte do outro lado.

Agora você entenderá como funciona a topologia em barramento:

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Figura 146 - Ilustração de topologia em barramento

Nesta configuração, todas as estações (nodos) estão ligadas ao mesmo meio de transmissão e é geralmente compartilhada em tempo e/ou frequência, permi-tindo transmissão de informação.

Nas redes em barra comum todas as informações transmitidas podem ser ou-vidas. Isso facilita as aplicações com mensagens para múltiplas estações e o seu controle de acesso pode ser centralizado ou descentralizado. De forma centraliza-da, o direito de acesso é determinado por uma estação especial da rede. Já se for descentralizado, a responsabilidade de acesso é distribuída entre todos os nodos. Aqui, as falhas não causam a parada total do sistema e o nodo com problema é desconectado no momento em que é detectada a falha.

Seu desempenho é determinado pelo meio de transmissão, número de nodos conectados, controle de acesso, tipo de tráfego, entre outros fatores.

Por último, vamos abordar a topologia em estrela:

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Figura 147 - Ilustração de topologia em estrela

Neste tipo de rede, a comunicação é central e tem o controle supervisor do sistema, chamado concentrador ou DCE. Por meio do host, os usuários podem se comunicar e comunicar-se com processadores remotos ou terminais. No segundo caso, o host funciona como um comutador de mensagens para passar os dados entre eles.

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7 Introdução a redes de computadores 151

é a melhor escolha desde que o padrão de comunicação seja de um conjunto

de estações secundárias que se comunicam com o nodo central. Suas principais funções são de chaveamento e processamento normal. Entretanto, se uma falha ocorrer no nodo central, todo o sistema pode ficar fora do ar. A solução deste problema seria a redundância, mas isto acarreta um aumento considerável dos custos.

Sua expansão é limitada e depende da capacidade de chaveamento, número de circuitos concorrentes que podem ser gerenciados e número de nós disponíveis.

O desempenho depende do tempo de processamento e encaminhamento de mensagens e do tráfego de conexão, ou seja, é limitado à capacidade de proces-samento do nodo central.

Esta é a configuração mais utilizada nos sistemas de computação com funções

de comunicação, facilitando o controle da rede. A rede ethernet, padrão de fato no mercado, emprega esse tipo de topologia.

7.5 TiPOS e MeiOS De COMUNiCAÇÃO

Conceitos dominados, agora partimos para uma visão histórica da evolução da comunicação. Este tópico vai levar você a uma viagem no tempo, vai fazer você relembrar alguns fatos importantes da nossa história e talvez o faça pensar em como o tempo passou. Podemos começar?

A comunicação humana começou há milhares de anos e os primeiros registros dela estão nas cavernas que eram utilizadas como moradia pelos homens primiti-vos. Lá ficaram gravadas partes da história desta civilização por meio de desenhos que retratavam as suas experiências. Muitos anos depois, nasce a escrita na Meso-potâmia (SUA PESQUISA, 2011).

Escrita, fala, a popularização do jornal, o surgimento do rádio, cinema e TV mudaram completamente a maneira de nos comunicarmos e o telefone foi um dos primeiros instrumentos a promover maior interatividade na comunicação humana.

VOCÊ SABIA?

Alexander Graham Bell, inventor do telefone, dava aulas para surdos, chegando a abrir sua própria escola para surdos nos Estado Unidos.

A busca por melhoria contínua é constante na humanidade e na área da tec-nologia não é diferente. Graças a esse esforço de engenheiros e profissionais de áreas afins, novas tecnologias surgiram aumentando a velocidade e diminuindo

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Terminologia de hardware, software e redes152

as interferências na trasmissão de dados. Cabos coaxiais, par trançado e fibra óp-tica são tecnologias desenvolvidas nos últimos anos e que vêm revolucionando a qualidade de comunicação.

O cabo coaxial foi o primeiro a surgir e é muito comum em televisões a cabo. Logo ganhou espaço pela possibilidade que proporcionava de transmitir dados de um lado para outro, porém possuía muitas falhas, como inflexibilidade, que dificultava a instalação, interrupção de transmissão de dados em caso de rom-pimento parcial e ruídos. O cabo de par trançado se destacou por ser mais leve, fexível, veloz e oferecer maior nível de transmissão de dados. Já o cabo de fibra óptica é a revolução do cabeamento de dados. Imune a interferências, mais segu-ro, leve e sem ruídos, ele certamente é o futuro do cabeamento de dados. Porém, ainda possui um custo elevado.

Mas é comum em qualquer área que a inovação tenha um custo alto demais para beneficiar toda uma população. Com o tempo, ela deverá se tornar acessível ao público em geral.

Pensando nos benefícios que o cabeamento de fibra óptica oferece, você deve estar imaginando como seria bom se houvesse um cabo de fibra óptica para fazer uma comunicação segura e sem ruídos entre as pessoas, não é mesmo?

Da mesma forma que os cabeamentos, os sistemas de conexão sem fio vêm ganhando espaço, mas ainda sofrem muito com a concorrência em velocidade e qualidade de conexão entre os usuários. Mas o futuro está traçado. Tecnologias bluetooth, infravermelha, por rádio e satélite, que dispensam os fios de conexão e dão liberdade ao usuário de estar conectado em qualquer lugar sem a necessida-de de cabeamentos, é a promessa para os próximos anos.

Esse tipo de tecnologia terá um futuro semelhante ao celular, que entrou em nossa vida a partir de 1973, e em pouquíssimo tempo já era acessório indispen-sável em nosso cotidiano. Em 2010, havia 4,6 bilhões de assinantes de linhas de celular no mundo. Em outubro de 2011 alcançamos a marca de 227 milhões de usuários de aparelhos celulares somente no Brasil (TELECO, 2011). E essa é uma tecnologia que dispensa o uso de cabos!

O COMPUTADOR

No fim do século XX, entramos na era da informação e surgiram os primeiros computadores. Eles rapidamente evoluíram, diminuindo tamanho e custos, até se tornarem acessíveis à população em geral.

A popularização e a inserção do computador no dia a dia das pessoas fez com que fosse desenvolvido algo novo que transformou a vida de todos nós: a inter-

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7 Introdução a redes de computadores 153

net. A internet se popularizou nos anos 90 e, em 2009, 1,67 bilhão de pessoas já tinham acesso a ela.

A informação chega em tempo real mesmo que do outro lado do mundo. O ambiente, que antes era somente um meio para receber informações, se tornou um espaço em que a troca de informações não tem limite.

Gostou de conhecer um pouco da evolução histórica da comunicação? Com este pequeno texto você já deve ter percebido como os meios de comunicação se espalham em ritmo acelerado entre a população do mundo inteiro.

Fica claro que a velocidade com que a informação chega aos nossos lares for-talece nossa capacidade de socialização e define tendências. é o ambiente virtual contribuindo para estreitar os relacionamentos sociais!

7.6 PrOTOCOLOS De COMUNiCAÇÃO

Você deve estar se perguntando como é que os computadores entendem as mensagens ou como você daqui consegue acessar o conteúdo de qualquer outro país. Bom, agora que um pouco da história foi conhecida, você conhecerá qual é a regra para que os computadores falem a “mesma língua” e verá ainda que assim como em nossa sociedade, eles também precisam de algumas regras para que possam interagir sem problemas. Vamos entender como isso funciona?

Quando saímos para visitar amigos ou parentes, percebemos que seus cos-tumes são diferentes dos nossos. Alguns não têm TV no quarto, outros tiram os sapatos para circular dentro de casa. Não podemos viajar para a Irlanda e esperar que falem português, pois o idioma daquele país é diferente do nosso. Essas di-vergências não são tão expressivas na informática.

Assim como nós, para que “funcionem” corretamente, a liguagem dos com-putadores precisam seguir algumas regras ou padrões criados e a isso chamamos protocolos.

MAS O QUE SÃO PROTOCOLOS?

Protocolo é a padronização de dados usada em redes e sistemas de comuni-cação que utiliza um canal em duas direções, simultaneamente, enviando dados sem entrar em conflito com outras transmissões, separando-os em pacotes e ve-rificando erros (DICIONÁRIO MICHAELIS, 2011).

Simplificando, entenda por protocolo o conjunto de especificações objetivas que os computadores compreendem. A denominação técnica os define como re-gras padrão que caracterizam o formato, a sincronização, a sequência e a detec-

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Terminologia de hardware, software e redes154

ção de erros e falhas na transmissão de informação entre dois ou mais computa-dores. Dessa forma, eles precisam falar a mesma linguagem, utilizando o mesmo protocolo.

Resumindo: protocolo é todo o conjunto de regras de comunicação que per-mite a comunicação entre dois ou mais sistemas computacionais.

Mas, para que essa comunicação se dê, você precisa ter pelo menos um canal, um emissor e um receptor e garantir que ambos utilizem um protocolo comum.

TIPOS DE PROTOCOLOS

Existem protocolos para o suporte à rede internet, como os TCP, UDP e IP; protocolos para conteúdos como HTTP (suporte à web); SNMP (gerência de rede) para comunicação, como POP3, Imap e smtp, SIP, entre outros.

Os mais importantes são o Darpa TCP, UDP e IP além dos ARP e RARP, que pro-vêm apoio no caso de uso de redes ethernet com IP.

Conhecemos aqui o significado de protocolo e agora sabemos que é todo con-junto de regras de comunicação que permite a comunicação entre computadores.

Como você deve ter notado, todos os computadores, para trabalharem em conjunto, precisam seguir um mesmo protocolo.

SAIBA MAIS

Sobre protocolos e seu funcionamento visitando o site <http://www.protocols.com/>.

7.7 SeGUrANÇA DA CONeXÃO À iNTerNeT

Vamos abordar neste tópico um assunto muito importante para que você na-vegue bem na internet e tome os cuidados necessários para manter seu compu-tador sempre protegido de qualquer programa malicioso que possa rondar sua pesquisa.

Preparado para aprender sobre os cuidados que você dever ter ao utilizar a internet?

A primeira informação que você deve ter clara em mente é a diferença entre o antivírus e o firewall. Essas são duas palavras que você ouvirá em qualquer lugar em que estiver sendo discutida a segurança de uma rede.

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7 Introdução a redes de computadores 155

Assim como as pessoas, os computadores precisam de proteção constante para evitar a contaminação com vírus que podem danificar ou anular o funciona-mento de um computador.

Para mensurar a importância da segurança, você pode se perguntar: Qual o valor da minha informação? Que perdas vou ter caso a informação seja “roubada” ou apagada?

ANTIVÍRUS

Software desenvolvido para prevenir, detectar e eliminar um vírus no compu-tador. Você encontrará bons antivírus gratuitos distribuídos na internet e a ma-nutenção que deve ser dispendida a esta ferramente é apenas a atualização do software, atividade que muitos já fazem automaticamente, bastando apenas que seja configurado para isso.

Seu computador fica exposto ao acessar a internet. Frequentemente os vírus estão escondidos em imagens e arquivos disponíveis em sites ou até mesmo en-viados automaticamente por e-mail, onde o remetente nem sabe que está conta-minado. Para que você não tenha problemas com este tipo de ataque, mantenha o seu antivírus sempre atualizado.

FIREWALL

O que você entende por firewall? Para auxiliar o seu entendimento, vamos tra-duzir o termo para o português: fire = fogo e wall = parede, ou seja, parede de fogo (MICROSOFT, 2011).

Ele funciona como uma barreira entre o que circula na internet e o que é aces-sado pelo seu computador, podendo inclusive ajudar a impedir o ataque de ha-ckers ou softwares mal-intencionados, bem como impedir que o computador en-vie esses softwares para outros computadores (MICROSOFT, 2011).

MAS COMO FUNCIONA?

Pense que um computador tem diversas portas de entrada e saída de dados. Toda vez que você entra na internet e ela lhe envia uma resposta exibindo a pá-gina solicitada, ela é transmitida através de uma porta de entrada do seu compu-tador, assim como o recebimento de mensagens de e-mails, ou seja, cada serviço executado no computador passa por essas portas, assim como os malwares que tentam utilizar uma delas para invadir o sistema.

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O firewall trabalha exaustivamente para tentar bloquear todo o conteúdo sus-peito disponibilizado na internet e que tenta entrar através das portas que não es-tão sendo ocupadas pelos serviços ativos no computador. Portanto, assim como o próprio nome diz, ele serve para barrar acessos indesejados. Ele determina o que irá circular na sua rede.

O firewall é normalmente apresentado como um programa e você pode insta-lar sozinho no seu computador. Geralmente o programa comercializado possui firewall como nome ou sobrenome do programa. Mas ele também pode ser apre-sentado em forma de dispositivos eletrônicos como modens roteadores utilizados em conexões ADSL. Usualmente eles serão encontrados em empresas ou grandes redes, mas estas costumam reservar um equipamento exclusivo para executar so-mente este serviço de firewall. Nada entra na rede da empresa sem ser verificado (MICROSOFT, 2011).

Os dois tipos de firewall (software ou hardware) são importantes para garantir a segurança de sua rede, mas sabemos que o custo é alto, porém dispor de um bom firewall e navegar com cuidado são medidas que ajudarão a impedir que a sua rede seja infectada ou invadida.

Podemos concluir então que o firewall tem a mesma função de um vigia: ele libera o acesso interno somente após a identificação do conteúdo. Não esqueça: o único sistema 100% seguro é aquele que está desligado.

Internet

Firewall

Computadorpessoal

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Figura 148 - Esquema simples do funcionamento do firewall

SAIBA MAIS

Você pode ler mais sobre o assunto no livro de Marcus Gon-çalves, Firewalls – Guia completo (Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2000).

7.8 CABOS De reDe LOCAL: COrDÕeS ÓPTiCOS

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Figura 149 - Cordões ópticos

Atualmente a fibra ótica é a tecnologia de cabeamento mais avançada que você encontrará no mercado de redes. Esse tipo de cabo permite a transmissão de dados através de raios de luz evitando interferências, atingindo um maior al-cance, velocidade e resistência. Sua desvantagem é que são rígidos, pouco ma-leáveis, o que dificulta sua utilização nas instalações em pontos onde as curvas devem ser mais agudas.

Utilizados para construção de redes de comunicação, os cabos de fibra óptica são constituídos de um filamento de vidro e camadas de proteção que evitam que ele se rompa com facilidade. A estrutura do cabo tem três camadas: núcleo (filamento de vidro pelo qual passará o raio de luz); casca (reveste o núcleo impe-dindo a dispersão dos raios de luz) e revestimento primário (camada de plástico que tem a finalidade de proteger o núcleo e a casca contra umidade e qualquer tipo de dano).

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Figura 150 - Estrutura de cabo de fibra óptica

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TIPOS DE CONECTORES

Tão importante quanto o cabo de fibra óptica, são os conectores que permitem a ligação do cabo em um equipamento eletrônico. Fundamental para garantir o desempenho com qualidade do sinal de transmissão, você deve ter total atenção na montagem, pois o mal alinhamento entre cabo e conector comprometerá a transmissão do sinal de luz e a transmissão dos dados serão comprometidas.

Em geral os cabos de fibra óptica não são mais caros que os convencionais, po-rém seus conectores e mão de obra podem ser bem elevados devido ao alto custo dos cursos de especialização e equipamentos sofisticados necessários como mi-croscópios, equipamentos de corte, polimento, entre outros. Abaixo veremos os tipos de conectores mais comuns.

CONECTOR ST

Normalmente você encontrará as conexões ST com protetores plásticos que devem ser removidos antes de conectá-los à placa de rede, hub e outros equipa-mentos.

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Figura 151 - Cabo com conector ST

CONECTOR SC

Cabo com conexão simultânea.

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Figura 152 - Cabo com conexão simultânea

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CONECTOR LC

Você ainda encontrará cabos com dois tipos de conectores, também conheci-dos como cabos híbridos. Confira a figura abaixo:

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2)Figura 153 - Cabo híbrido SC/ST

Existe ainda outros tipos de conectores, como SC2, MU, FC, HMS e E2000.

FIQUE ALERTA

Jamais olhe diretamente para o raio de luz de um cabo de fibra óptica. Ele pode causar danos irreversíveis à vi-são, como a cegueira. A maioria possui protetores, mas não facilite.

CLASSIFICAÇÃO DOS CORDÕES

As fibras podem ser classificados como multimodo e monomodo. Vamos co-nhecer melhor cada tipo.

MULTIMODO: alcança até 2 quilômetros e é mais comum em redes locais. Oferece uma largura de banda inferior, além de ser menor.

MONOMODO: primeiro a ser produzido e comercializado, tem maior alcance e taxa de transmissão que o multimodo, mas também possui um custo maior.

Sinaisde luzes

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Figura 154 - Ilustração da transmissão multimodo e monomodo

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Como já mencionamos anteriormente, tenha muito cuidado com a radiação luminosa que esses cabos emitem, pois pode trazer danos permanentes à visão humana.

7.9 reDe eTHerNeT e eQUiPAMeNTOS De reDe

Internet e Ethernet são coisas completamente diferentes. Graças a essa tecno-logia, é possível compartilhar dados entre computadores, interligá-los a impres-soras e ter acesso ao que conhecemos hoje como internet.

O primeiro teste da rede Ethernet surgiu em 1973, quando Bob Metcalfe e David Boggs, funcionários da Xerox, tentavam conectar um computador a uma impressora e acabaram desenvolvendo um método de cabeamento que conec-tava vários dispositivos em rede. O conceito inicial era possibilitar a comunicação entre todos os dispositivos através de um cabo. Isso mesmo, todos os micros en-volvidos eram interligados por um cabo, porém, assim como todas as tecnolo-gias, ela sofreu adaptações e hoje agrega novas funcionalidades.

é a arquitetura mais utilizada em redes locais e é composta de placas e cabos do tipo Ethernet. Você encontrará três tipos de cabos: coaxial fino, coaxial grosso e par trançado. é importante verificar o tipo de cabo ao qual a placa será conecta-da antes de adquiri-la ou iniciar o trabalho em uma rede.

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Figura 155 - Coaxial fino, coaxial grosso e par trançado

Existem três tipos de conectores: BCN para coaxial fino, AUI para coaxial gros-so e RJ-45 para par trançado. A importância de identificar o tipo de conector ao adquirir uma placa de rede minimiza o risco de errar na instalação, pois algumas placas disponibilizam um, dois ou os três tipos de conexão.

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Figura 156 - Conectores I

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Figura 157 - Placa de rede

Mas como as informações circulam pela Ethernet? O CSMA/CD (carrier-sense multiple access with collision detection ou acesso múltiplo com detecção de por-tadora e detecção de colisão) é responsável por gerenciar como as informações circulam pela rede. Simplifica o tráfego, uma vez que comporta-se como se os computadores estivessem ligados apenas por um cabo, mesmo que você utilize um hub.

O problema é que quando duas ou mais estações tentam transmitir dados ao mesmo tempo, ocorre uma colisão, mas o CSMA/CD possui um sistema que de-tecta quando um cabo está ocupado e aguarda até que este fique livre para trans-mitir os dados. Apesar da perda de tempo durante uma colisão, seus dados estão seguros e certamente serão transmitidos.

EQUIPAMENTOS DE REDE

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A rede Ethernet conta com alguns equipamentos que são essenciais para o funcionamento dessa ferramenta. Vamos entender um pouco mais sobre estes equipamentos.

PLACA DE REDE: Hardware que tem a função de comunicar computadores e uma rede. Responsável por verificar se o cabo de rede está livre para transmitir os dados. Se o cabo estiver ocupado, ela espera até que fique livre para concluir a solicitação. Quando ocorre de duas solicitações encontrarem um cabo livre para fazer sua transmissão, pode ocorrer uma colisão de dados e a placa de rede irá aguardar um tempo aleatório para retransmitir.

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Figura 158 - Placa de rede com conexão RJ-45 e cabo UTP

VOCÊ SABIA?

Todas as placas de rede recebem um endereço que é gravado na memória ROM. Isso faz com que apenas a máquina com o endereço de destino capture os dados enviados.

TRANSCEIVER: Também conhecido como transceptores, este aparelho é ca-paz de converter um sinal recebido, ou seja, recebe um sinal elétrico e o trans-forma em sinal óptico. Este processo o torna popular, sendo uma opção mais em conta para os usuários, pois os transmissores de fibra óptica ainda possuem um alto custo. Podem ser instalados em switches ou roteadores, porém atualmente eles já vêm instalados na placa de rede.

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Figura 159 - Transceiver 10BASE-FL

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HUB: é o ponto central de uma rede. Permite a conexão de vários computado-res e é responsável por receber os dados dos computadores e distribuí-los, mas funciona como um espelho encaminhando os dados para todas as estações co-nectadas.

A velocidade de transmissão de dados de um hub está diretamente relaciona-da à velocidade com que os computadores operam. Portanto, mesmo que o hub finalize a transmissão para um computador mais rápido que opere a 100 Mbps, ele continuará sua transmissão nos computadores da rede que eventualmente operam em velocidade menor, como 10 Mbps, por exemplo, até que todo o con-teúdo tenha sido entregue ao destino.

Dentro da tecnologia de redes, você ainda pode ouvir termos como pontes ou switch.

Vamos entender um pouco melhor essas terminologias.

PONTE: Equipamento de interconexão que controla o fluxo, detecta e algu-mas vezes corrige erros de transmissão. Trabalha como um seletor inteligente de transmissão de dados, pois ele consegue analisar o que está sendo transmitido pela rede. Dessa forma, identifica o endereço da placa de rede e direciona os da-dos para que o computador de destino consiga capturar a informação. Além dis-so, a ponte pode interligar redes com arquiteturas diferentes, desde que operem utilizando um mesmo tamanho de quadro de dados.

SWITCH: Mais inteligente, estabelece ligação entre receptor e destinatário, permitindo várias transmissões ao mesmo tempo. O uso do switch preserva o de-sempenho da rede mesmo com um número maior de estações conectadas.

A principal diferença entre hub e switch é que o último encaminha os dados apenas para o destinatário correto, aumentando o desempenho e possibilitando adicionar mais computadores do que seria possível unindo vários hubs e tornan-do-os mais seguros. Ele ainda permite dividir a rede em 2 ou mais segmentos, reduzindo a frequência de colisões de pacote. Sua velocidade funciona como a do hub (10 Mbps, 100 Mbps e 1 Gbps), com memória temporária para transmitir dados para computadores com velocidades diferentes.

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Figura 160 - Switch

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Existem diversos padrões de velocidade com que os computadores operam, mas os três mais comuns são o 10BASE-T, o 100BASE-TX e o 1.000BASE-T, que cor-respondem ao padrão 10, 100 e 1000 megabits que usamos no dia a dia. Vamos entender um pouco melhor sobre as principais velocidades.

10BASE-T: com velocidade de 10 Mpbs e cabos de par trançado medindo no máximo 100 metros, esta é a tecnologia que popularizou a Ethernet.

100BASE-TX: também conhecida como Fast Ethernet, trabalha com velocida-de de 100 Mbps. O comprimento do cabo também é limitado a 100 metros.

1000BASE-T: conhecida como Gigabit Ethernet, funciona com velocidade de 1.000 Mbps (1 Gbps), com comprimento máximo de cabo de 100 metros.

Nem tão complicado, nem tão simples, o conceito de redes surgiu de uma sim-ples experiência e tornou-se uma megainvenção. é a mente humana trabalhando para facilitar a vida moderna.

7.10 reDe Wi-Fi: CONCeiTO e eQUiPAMeNTOS

Chamada de conexão Wi-Fi, ela permite o acesso à internet dispensando a uti-lização de fios ou cabos conectados ao seu computador, além de possibilitar a distribuição do sinal entre várias máquinas.

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Figura 161 - Logotipo conexão Wi-Fi

Surgiu de um esforço em dispensar o uso de cabos para interligar dados entre os computadores empregando comunicação sem fio via rádio. A maior dificul-dade, no entanto, era criar um padrão que as empresas adotassem para que o projeto fosse viabilizado.

Anunciada como um diferencial em bares, praças de alimentação, hotéis e di-versos locais públicos, ela é oferecida ao cliente sem custo e sem necessidade de cabeamento, sendo necessário em alguns casos o acesso através de senha forne-cida pelo próprio estabelecimento. Essa tecnologia vem dominando equipamen-tos eletrônicos de todos os tipos.

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A captação do sinal Wi-Fi é feita através de um roteador especial, placa de rede sem fio, conectores USB semelhantes ao pen drive, porém o computador deve possuir um dispositivo compatível com a conexão Wi-Fi.

Para que o equipamento funcione com eficiência, é necessário que você fique atento à distância de instalação do modem para os computadores que utilizaram o sinal, pois a proximidade com muitos aparelhos eletrônicos pode dificultar ou ainda reduzir a velocidade de conexão. Outro detalhe fundamental é que emis-sores e receptores de sinal devem funcionar na mesma frequência. Fique atento para a configuração utilizada.

Por ser uma tecnologia que permite o acesso à internet a uma determinada distância sem necessidade de cabos, qualquer pessoa próxima que tenha a confi-guração necessária em seu computador poderá acessar sua rede.

Combinar um bom antivírus e um firewall ajudará na prevenção contra inva-sores indesejados.

SEGURANÇA: WEP, WPA, WPA2 E WPS

A rede Wi-Fi é extremamente vulnerável e, assim como toda tecnologia conec-tada à internet, precisa estar corretamente protegida para garantir segurança na conexão. Neste caso alguns cuidados com a segurança serão necessários. Vamos conhecer algumas das tecnologias que auxiliam na segurança da sua rede.

WEP (Wired Equivalent Privacy): um dos primeiros métodos utilizado na tenta-tiva de dar segurança à conexão Wi-Fi, porém contém falhas que não a tornam a melhor opção, o que deu origem à tecnologia WPA.

WPA (Wired Protected Access): mais segura que a WEP, atualiza o código de co-nexão frequentemente, dificultando invasões.

WPA2 (Wireless Protected Access 2): versão evoluída da WPA, utiliza um sistema complexo de criptografia, o que acaba muitas vezes desencorajando um possível ataque à rede.

Altere as senhas do equipamento, pois muitos invasores conhecem as senhas utilizadas pelo fabricante. Além disso, mantenha o firewall atualizado e correta-mente configurado.

Lembre-se sempre de ler o manual do equipamento e seguir atentamente as orientações do fabricante. Isso ajudará a manter sua rede longe de invasões inde-sejadas.

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7.11 rOUTer ADSL, rOUTer CABO, MOdeM 3G

Na década de 1960, começam os primeiros experimentos acadêmicos de in-terconexão de computadores de universidades em uma rede conhecida como Arpanet. Ao longo da década de 70, a Arpanet evoluiu e surgiu a necessidade de todos os conectados a ela empregarem os mesmos protocolos. Foram então definidos os protocolos TCP/IP como oficiais da rede, e no ano de 1981 a Arpa-net passou a ser denominada Internet, mas ainda estava restrita à comunidade acadêmica. Finalmente na década de 90, a rede Internet foi liberada ao grande público, surgindo a necessidade de conexão remota a partir das residências.

Vamos discutir um pouco essas formas de conexão e equipamentos envolvidos.

O primeiro modelo de conexão a se popularizar foi o dial modem ou internet discada. Dependente de uma linha telefônica fixa, impedia o uso desta para re-alizar ligações simultaneamente. Emitia um sinal de discagem para fazer a cone-xão, possuía navegação lenta, congestionamento de rede e, ainda, necessitava de uma estrutura de cabeamento. Se você estivesse utilizando o dial modem e alguém tirasse o fone do gancho, derrubava sua conexão e você tinha que iniciar todo o processo novamente. Mas, sendo o que tínhamos para nos comunicar com o mundo, era algo maravilhoso.

BANDA LARGA

Em seguida surge a banda larga e praticamente extingue a rede discada. Com velocidade muito superior à do dial modem, dispensa a ocupação do telefone, transmite dados com maior rapidez e mantém o usuário permanentemente co-nectado. Apesar de dispensar a ocupação do telefone, é necessário a contratação de uma operadora para disponibilizar o acesso para você.

A banda larga pode ser acessada de diversas formas. Vamos conhecer quais?

Conexão via cabo: mantém a velocidade, porém requer uma estrutura de ca-beamento, o que impossibilita sua instalação em algumas regiões.

Conexão via celular: oferece cobertura da operadora escolhida e modem por-tátil semelhante a um pen drive, porém seu custo ainda é alto. Tecnologia em de-senvolvimento, já apresenta melhoras no quesito velocidade. A sua populariza-ção contribui para a queda dos preços. Você já deve ter ouvido falar em conexões 3G. é a mais conhecida neste tipo de conexão.

DSL (Digital Subscriber Line): termo generalizado como ADSL, necessita de uma linha telefônica fixa, porém não a ocupa durante o uso. Oferece conexão per-manente e de alta velocidade. Requer a instalação de um modem, que em geral

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7 Introdução a redes de computadores 167

é disponibilizado pela operadora de telefonia fixa, dependendo do pacote que você assinar.

Rádio: quanto maior o número de usuários, menor o custo, mas pode com-prometer a velocidade de navegação. Seu sinal é distribuído através de antenas instaladas nos locais que dispõem desta tecnologia. Comum em locais públicos como aeroportos e restaurantes, dispensa o uso de fios e cabos, porém exige atenção e cuidados especiais quanto à segurança.

Satélite: apesar dos custos elevados, sua abrangência atinge locais de difícil acesso. Além de dois modens, é necessário também uma antena para receber e enviar o sinal.

VOCÊ SABIA?

Existem sites que fazem uma rápida conferência nas ta-xas de conexão e informam se a velocidade é realmente o que foi oferecido pela operadora contratada.

Independentemente do tipo de conexão que você encontrar, alguns equipa-mentos serão necessários para permitir o acesso.

CASOS e reLATOS

A importância do antivírus

Alessandro Iglesias, colaborador do TechTudo, site de tecnologia da Glo-bo.com, e voluntário no movimento Brasil sem Vírus, compartilhou sua experiência com computador infectado por vírus e alertou sobre a impor-tância de manter sempre os programas de antivírus atualizados.

“Em meu primeiro PC, eu utilizava um antivírus gratuito. Na época, no entanto, não me deu a proteção devida. O computador começou a ficar estranho e em uma verificação de vírus, o AV alertava que havia um ou mais vírus e ‘lavava as mãos’. Algo como ‘Opa! Há um vírus aqui. O proble-ma é seu!’. O trojan em questão travava acesso aos arquivos executáveis, fazendo com que, em média, somente 20% do PC funcionasse a cada li-gada”, disse.

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Alessandro ressaltou a importância dos usuários estarem abertos a co-nhecerem outros programas de proteção. “Não se acomodem com os an-tivírus básicos. Hoje, temos ampla variedade deles em modalidades paga e gratuita”, concluiu.

Adaptado de “Por que é importante manter o antivírus atualizado?”. Dis-ponível em: <http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2012/01/por--que-e-importante-manter-o-antivirus-atualizado.html>. Acesso em: 29 mar. 2012.

reCAPiTULANDO

Neste capítulo, você definiu o conceito de redes e viu como se deu sua evo-lução; comparou os diferentes tipos de rede (LAN, MAN e WAN); discutiu conceitos de topologia de redes, entre estas as topologias em anel, barra-mento e estrela.

Viu uma discussão a respeito dos tipos e meios de comunicação; aprendeu conceitos sobre os protocolos de comunicação e conheceu alguns concei-tos de segurança de conexão à internet, entre eles os antivírus e o firewall.

Reconheceu os tipos de cabo de redes locais (cordões ópticos) e seus tipos de conectores; equipamentos de rede local (router, switch, hub etc.) e tam-bém conceitos e equipamentos de redes wi-fi.

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Anotações:

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reFerÊNCiAS

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RESNITZKY, Renata. Evolução dos meios de comunicação. 2010. Disponível em: <www.artigonal.com/internet-artigos/evolucao-dos-meios-de-comunicacao-3237090.html>. Acesso em: 2 dez. 2011.

REVISTA PC E CIA. Alicates de crimpar. 2010. Disponível em: <www.revistapcecia.com.br/index.php/artigos/40-hardware/330-alicates-de-crimpar.html>. Acesso em: 2 dez. 2011.

ROCHA, Sinara Socorro Duarte. O Uso do Computador na Educação: A Informática Educativa. 2008. Disponível em: <http://www.espacoacademico.com.br/085/85rocha.htm>. Acesso em: 29 mar. 2012.

SANTOS, Roberto Elísio dos. As teorias da comunicação: da fala à internet. São Paulo: Paulinas, 2003.

SUA PESQUISA. História da escrita. Disponível em: <www.suapesquisa.com/artesliteratura/historiadaescrita.htm>. Acesso em: 2 dez. 2011.

SUPORTE MICROSOFT. Como alterar ou remover programas no Windows. Disponível em: <support.microsoft.com/kb/307895/pt-br>. Acesso em: 28 nov. 2011.

TELECO. Estatísticas de celulares no Brasil. 2011. Disponível em: <www.teleco.com.br/ncel.asp>. Acesso em: 2 dez. 2011.

TORRES, Gabriel. Redes de computador – Curso completo. Rio de Janeiro: Axcel Books Editora, 2001. 664 p.

VALIN, Alan. Como limpar inteiramente um computador sem ter medo. 2009. Disponível em: <www.tecmundo.com.br/limpeza/1260-como-limpar-inteiramente-um-computador-sem-ter-medo.htm>. Acesso em: 02 dez. 2011.

VASCONCELOS, L. Hardware total: Tudo sobre hardware, montagem, manutenção, expansões e arquitetura de PCs. São Paulo: Makron Books, 2002.

Page 175: Terminologia de Hardware, Software e Redes

MiNiCUrrÍCULO DOS AUTOreS

Wilson de Almeida é graduado em Sistemas da Informação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com o trabalho de conclusão de curso “Performance Evaluation of Ruby interpre-ters”. é especialista em desenvolvimento de softwares. Trabalha em empresas da área e como au-tônomo. é integrante do CNXS, grupo de pesquisa de desenvolvimento de softwares.

Luiz Flávio Campelo de Lara é graduado em Ciência da Computação pela Universidade Católica de Góiás e pós-graduado em Educação Multimídia pela Universidade do Porto - Portugal. Atua no setor de informática e educação. Grande parte da experiência profissional foi adquirida com assessoria em informática educativa, instalação e manutenção de hardware e software, aulas, treinamentos, vendas e gestão de projetos autônomos. Possui vivência no exterior para estudos acadêmicos no que concerne à utilização das tecnologias da informação na prática educacional, estando apto para: produção, implantação e avaliação de conteúdos digitais, finalização de textos e arte para mídia digital, gestão e distribuição da informação, pesquisa e ensino.

Page 176: Terminologia de Hardware, Software e Redes
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ÍNDiCe

C

CPU 22, 23, 24, 27, 76, 101, 102, 119, 123, 135, 136

E

Eletromecânicos 19

Eletrônico 19, 21, 22, 24, 27, 45, 47, 73, 86, 87, 88, 97, 98, 100, 102, 103, 116, 117, 119, 124, 130, 133, 134, 135, 136, 138, 156, 158, 164, 165

G

Gate 71

J

Jumper 88, 94

L

Linguagem binária 20

O

off-board 24

on-board 24

overclock 71

P

Parity check 70

Processor exception 71

R

Relés 19

Page 178: Terminologia de Hardware, Software e Redes

S

Scanner 22, 38, 101, 130

Setup 68, 69, 70, 71

T

Timer 71

Transistores 21, 109

U

upgrade 17, 27, 71

W

Webcam 22, 39

Page 179: Terminologia de Hardware, Software e Redes

SENAI – DEPARTAMENTO NACIONALUNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLóGICA – UNIEP

Rolando vargas vallejosGerente Executivo

Felipe Esteves MorgadoGerente Executivo Adjunto

Diana neriCoordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros

SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DE GOIÁS

Ariana Ramos MassensiniCoordenação do Desenvolvimento dos Livros no Departamento Regional

Wilson de AlmeidaLuiz Flávio Campelo de LaraiElaboração

Cláudio Martins GarciaRevisão Técnica

FABRICO

Bruno LorenzzoniCamilla LückmannJaqueline TartariLourenço TristãoWania Maria de Almeida PereiraDesign Educacional

Carmen GarcezRevisão Ortográfica, Gramatical e Normativa

Bruno LorenzzoniDenis PacherThiago Rochavictor Américo CardosoIlustrações

Page 180: Terminologia de Hardware, Software e Redes

Denis PacherThiago RochaTratamento de Imagens

Carmen Garcez Normalização

Mariana BuôgoThiago RochaDenis Pacher Diagramação

i-ComunicaçãoProjeto Gráfico

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